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PROCESSO SELETIVO 2017 Edital 24/2016 - NC – Prova: 26/11/2016 INSCRIÇÃO TURMA NOME DO CANDIDATO ASSINO DECLARANDO QUE LI E COMPREENDI AS INSTRUÇÕES ABAIXO: CÓDIGO ORDEM Conhecimentos Específicos INSTRUÇÕES 1. Confira, acima, o seu número de inscrição, turma e nome. Assine no local indicado. 2. Aguarde autorização para abrir o caderno de prova. Antes de iniciar a resolução das questões, confira a numeração de todas as páginas. 3. A prova desta fase é composta de 10 questões discursivas de Sociologia. 4. As questões deverão ser resolvidas no caderno de prova e transcritas na folha de versão definitiva, que será distribuída pelo aplicador de prova no momento oportuno. 5. A interpretação das questões é parte do processo de avaliação, não sendo permitidas perguntas aos aplicadores de prova. 6. Ao receber a folha de versão definitiva, examine-a e verifique se o nome impresso nela corresponde ao seu. Caso haja qualquer irregularidade, comunique-a imediatamente ao aplicador de prova. 7. As respostas das questões devem ser transcritas NA ÍNTEGRA na folha de versão definitiva, com caneta preta. Serão consideradas para correção apenas as respostas que constem na folha de versão definitiva. 8. Não serão permitidas consultas, empréstimos e comunicação entre os candidatos, tampouco o uso de livros, apontamentos e equipamentos eletrônicos ou não, inclusive relógio. O não cumprimento dessas exigências implicará a eliminação do candidato. 9. São vedados o porte e/ou o uso de aparelhos sonoros, fonográficos, de comunicação ou de registro, eletrônicos ou não, tais como: agendas, relógios com calculadoras, relógios digitais, telefones celulares, tablets, microcomputadores portáteis ou similares, devendo ser desligados e colocados OBRIGATORIAMENTE no saco plástico. São vedados também o porte e/ou uso de armas, óculos escuros ou de quaisquer acessórios de chapelaria, tais como boné, chapéu, gorro ou protetores auriculares. Caso alguma dessas exigências seja descumprida, o candidato será excluído do concurso. 10. O tempo de resolução das questões, incluindo o tempo para a transcrição na folha de versão definitiva, é de 2 horas e 30 minutos. 11. Ao concluir a prova, permaneça em seu lugar e comunique ao aplicador de prova. Aguarde autorização para entregar o caderno de prova, a folha de versão definitiva e a ficha de identificação. Sociologia DURAÇÃO DESTA PROVA: 2 horas e 30 minutos.

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  • PROCESSO SELETIVO 2017

    Edital 24/2016 - NC Prova: 26/11/2016

    INSCRIO

    TURMA

    NOME DO CANDIDATO

    ASSINO DECLARANDO QUE LI E COMPREENDI AS INSTRUES ABAIXO: CDIGO

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    specfic

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    INSTRUES

    1. Confira, acima, o seu nmero de inscrio, turma e nome. Assine no local indicado.

    2. Aguarde autorizao para abrir o caderno de prova. Antes de iniciar a resoluo das questes, confira a numerao de todas as pginas.

    3. A prova desta fase composta de 10 questes discursivas de Sociologia.

    4. As questes devero ser resolvidas no caderno de prova e transcritas na folha de verso definitiva, que ser distribuda pelo aplicador de prova no momento oportuno.

    5. A interpretao das questes parte do processo de avaliao, no sendo permitidas perguntas aos aplicadores de prova.

    6. Ao receber a folha de verso definitiva, examine-a e verifique se o nome impresso nela corresponde ao seu. Caso haja qualquer irregularidade, comunique-a imediatamente ao aplicador de prova.

    7. As respostas das questes devem ser transcritas NA NTEGRA na folha de verso definitiva, com caneta preta.

    Sero consideradas para correo apenas as respostas que constem na folha de verso definitiva.

    8. No sero permitidas consultas, emprstimos e comunicao entre os candidatos, tampouco o uso de livros, apontamentos e equipamentos eletrnicos ou no, inclusive relgio. O no cumprimento dessas exigncias implicar a eliminao do candidato.

    9. So vedados o porte e/ou o uso de aparelhos sonoros, fonogrficos, de comunicao ou de registro, eletrnicos ou no, tais como: agendas, relgios com calculadoras, relgios digitais, telefones celulares, tablets, microcomputadores portteis ou similares, devendo ser desligados e colocados OBRIGATORIAMENTE no saco plstico. So vedados tambm o porte e/ou uso de armas, culos escuros ou de quaisquer acessrios de chapelaria, tais como bon, chapu, gorro ou protetores auriculares. Caso alguma dessas exigncias seja descumprida, o candidato ser excludo do concurso.

    10. O tempo de resoluo das questes, incluindo o tempo para a transcrio na folha de verso definitiva, de 2 horas e 30 minutos.

    11. Ao concluir a prova, permanea em seu lugar e comunique ao aplicador de prova. Aguarde autorizao para entregar o caderno de prova, a folha de verso definitiva e a ficha de identificao.

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    01 - A sociedade do sculo XIX era marcada por novas formas de produo material e pela intensa diviso do trabalho social entre

    os homens. sobre esse assunto, por exemplo, que Auguste Comte (1798-1857) se debruou [...]. Segundo ele, a humanidade passaria por trs estgios de conhecimento: o teolgico, em que os homens atribuiriam aos deuses as causas dos fenmenos objetivos; o metafsico, no qual os homens recorreriam a conceitos abstratos para entender o mundo; e o estgio positivo, caracterizado pela organizao racional do trabalho, em que os homens aplicariam mtodos cientficos para compreender as causas dos fenmenos. [...]. Comte acreditava que a sociologia ou fsica social estaria relacionada a uma hierarquia de cincias, partilhando com outros ramos do conhecimento humano o mesmo esprito positivo que marcaria modernidade industrial, mas diferenciando-se pela singularidade de seu objeto de estudo, que no poderia ser explicado por aspectos biolgicos, psicolgicos etc. Assim, ao olharmos para a sociedade, deveramos buscar as leis sociais que determinariam o curso de evoluo da humanidade [...]. Comte legou imaginao sociolgica uma viso grandiosa dos poderes da disciplina, destacando a possibilidade de se usar o conhecimento das leis da sociedade para organiz-la de forma tcnica, na direo do progresso pacfico. (MAIA, J. M. E.; PEREIRA, L. F. A. Pensando com a sociologia. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009. p. 10-11).

    Com base nesse fragmento e nos conhecimentos sociolgicos, caracterize a Sociologia na perspectiva comtiana, discorrendo sobre os aspectos relevantes dessa perspectiva apontados no texto-base e sua relao com o sculo XIX.

    02 - Considere os seguintes dados da Retrospectiva da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, referente ao perodo de 2003 a 2013:

    A taxa de desocupao de 2013 (mdia de janeiro a dezembro) foi estimada em 5,4%. Esta taxa era de 12,4% em 2003. [...] A pesquisa apontou disparidade entre os rendimentos de homens e mulheres e, tambm, entre brancos e pretos ou pardos. Em 2013, em mdia, as mulheres ganhavam em torno de 73,6% do rendimento recebido pelos homens. A menor proporo foi a registrada em 2003, 70,8%. O rendimento dos trabalhadores de cor preta ou parda, entre 2003 e 2013, teve um acrscimo de 51,4%, enquanto o rendimento dos trabalhadores de cor branca cresceu 27,8%. A pesquisa registrou, tambm, que os trabalhadores de cor preta ou parda ganhavam, em mdia, em 2013, pouco mais da metade (57,4%) do rendimento recebido pelos trabalhadores de cor branca. [...] Destaca-se que, em 2003, no chegava metade (48,4%).

    (BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. Retrospectiva da Pesquisa Mensal de Emprego 2003 a 2013. Disponvel em: . Acesso em: 20 ago. 2016. Texto adaptado).

    Escreva um texto apontando as concluses a que se pode chegar com a interpretao dos dados apresentados.

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    03 - Leia com ateno o fragmento abaixo.

    Segundo a citao de Maia e Pereira (2009, p. 7-8), retirada do livro Pensando com a Sociologia, em seu famoso livro sobre

    as formas de fazer sociologia, Wright Mills utilizou a expresso imaginao sociolgica. [...] essa imaginao poderia ser aprendida e exercida por qualquer pessoa educada que se mostrasse curiosa a respeito das relaes entre biografia e histria. Ou seja, a sociologia no seria simplesmente uma disciplina acadmica ou uma cincia ultrassofisticada, mas uma forma de argumento pblico capaz de revelar as conexes entre as transformaes na vida cotidiana e os processos mais amplos de mudana histrica. Nas palavras de Wright Mills: A imaginao sociolgica um ato que permite ir alm das experincias e das observaes pessoais para compreender temas pblicos de maior amplitude. O divrcio, por exemplo, um fato pessoal inquestionavelmente difcil para o marido e para a esposa que se separam, bem como para os filhos. Entretanto, o uso da imaginao sociolgica permite compreender o divrcio no apenas como problema pessoal individual, mas tambm como uma preocupao social. O aumento da taxa de divrcio redefine uma instituio fundamental a famlia. Cabe salientar que a imaginao sociolgica no consistiria simplesmente em aumentar o grau de informao das pessoas, mas numa [...] qualidade de esprito que lhes ajude a usar a informao e a desenvolver a razo, a fim de perceber, com lucidez, o que est ocorrendo no mundo e o que pode estar acontecendo dentro deles mesmos (MILLS, 1969, p. 11). A imaginao sociolgica uma forma crtica de pensar em sociologia, que nos permite conectar a nossa experincia vivida (e a experincia vivida dos outros) no contexto mais amplo das instituies sociolgicas em que ocorre. A utilizao da imaginao sociolgica se fundamenta na necessidade de conhecer o sentido social e histrico do indivduo na sociedade e no perodo no qual sua situao e seu ser se manifestam. Mills tambm sugere que por meio da imaginao sociolgica os homens podem perceber o que est acontecendo no mundo e compreender o que acontece com eles, como minsculos pontos de cruzamento da biografia e da histria, na sociedade (MILLS, 1969, p. 14).

    (MAIA, Joo Marcelo Ehlert; PEREIRA, Lus Fernando Almeida. Pensando com a sociologia. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009.)

    No fragmento de texto acima, o autor usa o divrcio para exemplificar de que forma as experincias individuais se conectam com as transformaes sociais mais amplas. Com base nos conhecimentos sociolgicos, caracterize a imaginao sociolgica, discorrendo sobre os aspectos relevantes dessa perspectiva apontados no texto-base, e mencione e explique outro fato social para exemplificar o raciocnio da imaginao sociolgica.

    04 - O fragmento abaixo foi retirado do livro O que Sociologia? e refere-se ao pensamento do socilogo Max Weber.

    A Sociologia por ele [Max Weber] desenvolvida considerava o indivduo e a sua ao como ponto chave da investigao. Com isso, ele queria salientar que o verdadeiro ponto de partida da sociologia era a compreenso da ao dos indivduos e no a anlise das instituies sociais ou do grupo social, to enfatizadas pelo pensamento conservador. Com essa posio, no tinha a inteno de negar a existncia ou a importncia dos fenmenos sociais, como o Estado, a empresa capitalista, a sociedade annima, mas to somente a de ressaltar a necessidade de compreender as intenes e motivaes dos indivduos que vivenciam estas situaes sociais. A sua insistncia em compreender as motivaes das aes humanas levou-o a rejeitar a proposta do positivismo de transferir para a Sociologia a metodologia de investigao utilizada pelas cincias naturais. No havia, para ele, fundamento para essa proposta, uma vez que o socilogo no trabalha sobre uma matria inerte, como acontece com os cientistas naturais [...]. Vivendo em uma nao retardatria quanto ao desenvolvimento capitalista, Weber procurou conhecer a fundo a essncia do capitalismo moderno. Ao contrrio de Marx, no considerava o capitalismo um sistema injusto, irracional e anrquico. Para ele, as instituies produzidas pelo capitalismo, como a grande empresa, constituam clara demonstrao de uma organizao racional que desenvolvia suas atividades dentro de um padro de preciso e eficincia.

    (MARTINS, Carlos Benedito. O que Sociologia? So Paulo: Brasiliense, 2011. p. 69 e p. 72. Coleo Primeiros Passos.)

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    Com base nos conhecimentos sociolgicos, caracterize a Sociologia na perspectiva weberiana, discorrendo sobre os aspectos relevantes dessa perspectiva apontados no texto-base.

    05 - Leia o fragmento abaixo, escrito por Giddens e Sutton:

    A capacidade limitada dos sistemas taylorista e fordista de customizar seus produtos refletida na famosa frase de Henry Ford sobre o primeiro carro produzido em massa: As pessoas podem ter o modelo T em qualquer cor desde que seja preto. [...] Stanley Davis fala da emergncia da customizao em massa: as novas tecnologias permitem a produo em grande escala de objetos criados para clientes especficos. [...] Um dos fabricantes que levaram a customizao em massa mais adiante a fbrica de computadores Dell. Os clientes que desejarem comprar um computador do fabricante devem entrar na internet a empresa no mantm lojas e navegar pelo website da Dell, onde podem selecionar a mistura de caractersticas que quiserem. Depois de feito o pedido, um computador construdo segundo as especificaes e enviado geralmente dentro de alguns dias. De fato, a Dell virou de cabea para baixo a maneira tradicional de construir um produto: as empresas antes construam o produto primeiro, e depois se preocupavam em vend-lo; hoje, os customizadores em massa como a Dell vendem antes e constroem depois. Essa mudana tem consequncias importantes para a indstria. A necessidade de manter estoques de peas um custo importante para os fabricantes foi dramaticamente reduzida. Alm disso, uma proporo cada vez maior da produo terceirizada. Assim, a transferncia rpida de informaes entre fabricantes e fornecedores tambm facilitada pela tecnologia da internet essencial para a implementao da customizao em massa.

    (GIDDENS, Antony; SUTTON, Phillipe W. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2012, p. 336).

    O fragmento destaca um aspecto das relaes do mundo do trabalho que passou por significativa transformao. Escreva um texto caracterizando esse aspecto. Seu texto deve mencionar qual foi a principal mudana apontada no fragmento acima, destacando o fenmeno que possibilitou a transformao e como essa transformao afetou as relaes recentes do trabalho de forma mais ampla.

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    06 - Leia o fragmento abaixo, que fala sobre movimentos sociais na contemporaneidade.

    Na realidade histrica, os movimentos sempre existiram, e cremos que sempre existiro. Isso porque representam foras sociais organizadas, aglutinam as pessoas no como fora-tarefa de ordem numrica, mas como campo de atividades e experimentao social, e essas atividades so fontes geradoras de criatividade e inovaes socioculturais. A experincia da qual so portadores no advm de foras congeladas do passado embora este tenha importncia crucial ao criar uma memria que, quando resgatada, d sentido s lutas do presente. A experincia recria-se cotidianamente, na adversidade das situaes que enfrentam. Concordamos com antigas anlises de Touraine, em que afirmava que os movimentos so o corao, o pulsar da sociedade. Eles expressam energias de resistncia ao velho que oprime ou de construo do novo que liberta. Energias sociais antes dispersas so canalizadas e potencializadas por meio de suas prticas em fazeres propositivos. Os movimentos realizam diagnsticos sobre a realidade social, constroem propostas. Atuando em redes, constroem aes coletivas que agem como resistncia excluso e lutam pela incluso social. Constituem e desenvolvem o chamado empowerment de atores da sociedade civil organizada medida que criam sujeitos sociais para essa atuao em rede. Tanto os movimentos sociais dos anos 1980 como os atuais tm construdo representaes simblicas afirmativas por meio de discursos e prticas. Criam identidades para grupos antes dispersos e desorganizados, como bem acentuou Melucci (1996). Ao realizar essas aes, projetam em seus participantes sentimentos de pertencimento social. Aqueles que eram excludos passam a se sentir includos em algum tipo de ao de um grupo ativo.

    (GOHN, Maria da Glria. Movimentos sociais na contemporaneidade. Revista Brasileira de Educao, Rio de Janeiro, vol.16, n. 47, p. 336, maio/ago. 2011).

    Desenvolva uma sntese das ideias apresentadas nesse fragmento, destacando os principais aspectos da relao dos movimentos sociais com a dinmica social como um todo.

    07 - Leia o texto a seguir, retirado do pensamento de Judith Butler:

    A heteronormatividade a regulao da prtica heterossexual, imposta como norma no apenas cultural, mas tambm biolgica, se constituindo como uma ordem compulsria do sexo/gnero/desejo. A homossexualidade vista, desta maneira, como fuga norma e, consequentemente, como um desvio que precisa ser novamente reintegrado norma. A homofobia no se justifica porque, afinal, se o gnero so os significados culturais assumidos pelo corpo sexuado, no se pode dizer que ele decorra de um sexo, desta ou daquela maneira. Levada a seu limite lgico, a distino sexo/gnero sugere uma descontinuidade radical entre corpos sexuados e gneros culturalmente construdos. Supondo por um momento a estabilidade do sexo binrio, no decorre da que a construo de homens aplique-se exclusivamente a corpos masculinos, ou que o termo mulheres interprete somente corpos femininos. Alm disso, mesmo que os sexos paream no problematicamente binrios em sua morfologia e constituio (ao que ser questionado), no h razo para supor que os gneros tambm devam permanecer em nmero dois.

    (BUTLER, J. Problemas de gnero: feminismo e subverso da identidade. Rio de Janeiro: Civilizao Brasileira, 2003.)

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    Escreva um texto caracterizando heteronormatividade e suas consequncias e explique por que, para Butler, a homofobia no se justifica.

    08 - Leia o trecho abaixo, a respeito dos processos migratrios mais recentes.

    As cenas de frgeis barcos rebocados em alto mar ou de centenas de pessoas amontoadas em improvisados campos de refugiados causam indignao, insuflam a solidariedade e obrigam as autoridades a tomar atitudes para a resoluo do problema. Por outro lado, a chegada de milhares de imigrantes muulmanos, negros e ciganos vem aumentando o sentimento xenfobo de parte da populao europeia [...]. Diante da crise econmica, que parece global, os fascistas e neonazistas vm ampliando o espao poltico na Europa, notadamente na Alemanha, ustria, Frana, Sucia, Grcia, Itlia e Irlanda. curioso, porque justamente a Alemanha, o Imprio Austro-Hngaro, a Itlia, a Irlanda e a Sucia despejaram, no sculo XIX, milhes de camponeses esfomeados para fora de suas fronteiras, o que provocou um reequilbrio demogrfico, possibilitando o reerguimento econmico no sculo seguinte. Estes, que deveriam ser os primeiros a abrir as portas para os estrangeiros, veem em uma dimenso cada vez larga crescer o preconceito tnico e religioso. Alis, de forma pattica, algo semelhante comea a ocorrer no Brasil. Pas de diversidade tnica, acompanhamos horrorizados as manifestaes explcitas de xenofobia e racismo contra os mdicos cubanos e mais recentemente contra senegaleses e haitianos. Onde vive o ser humano, mora a estupidez. RUFFATO, Luiz. Imigrao e xenofobia. El Pas. Set. 2015. Seo Opinio. Disponvel em: < http://brasil.elpais.com/brasil/2015/09/09/opinion/ 1441811691_233922.html>. Acesso em: 21 ago. 2016.

    O texto aborda o processo migratrio na perspectiva da reao negativa por parte de alguns pases que tm recebido refugiados. Discorra sobre esse processo a partir de perspectiva diferente da reao negativa que est presente no texto, enfocando aspectos socioeconmicos e culturais desse contato.

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    09 - Leia os fragmentos abaixo, reproduzidos de Theodor W. Adorno, do livro intitulado A indstria cultural:

    Tudo indica que o termo indstria cultural foi empregado pela primeira vez no livro Dialtica do esclarecimento, que Horkheimer

    e eu publicamos em 1947, em Amsterd. Em nossos esboos, tratava-se do problema da cultura de massa. Abandonamos essa ltima expresso para substitu-la por indstria cultural, a fim de excluir de antemo a interpretao que agrada aos advogados da coisa; estes pretendem, com efeito, que se trata de algo como uma cultura surgindo espontaneamente das prprias massas, em suma, da forma contempornea da arte popular. Ora, desta arte a indstria cultural se distingue radicalmente. (ADORNO, 1986, p. 92).

    [...] As mercadorias culturais da indstria se orientam, como disseram Brecht e Suhrkamp h j trinta anos, segundo o princpio de sua comercializao e no segundo seu prprio contedo e sua figurao adequada. Toda a prtica da indstria cultural transfere, sem mais, a motivao do lucro s criaes espirituais. A partir do momento em que essas mercadorias asseguram a vida de seus produtores no mercado, elas j esto contaminadas por essa motivao. (ADORNO, 1986, p. 92)

    [...] O que na indstria cultural se apresenta como um progresso, o insistentemente novo que ela oferece permanece, em todos os seus ramos, a mudana da indumentria de um sempre semelhante; em toda parte a mudana encobre um esqueleto no qual houve to poucas mudanas como na prpria motivao do lucro desde que ela ganhou ascendncia sobre a cultura. (ADORNO, 1986, p. 94)

    [] A satisfao compensatria que a indstria cultural oferece s pessoas ao despertar nelas a sensao confortvel de que o mundo est em ordem frustra-as na prpria felicidade que ela ilusoriamente lhes propicia. O efeito do conjunto da indstria cultural o de uma antidesmistificao, a de um anti-iluminismo; [] Ela impede a formao de indivduos autnomos, independentes, capazes de julgar e de decidir conscientemente. Mas estes constituem, contudo, a condio prvia de uma sociedade democrtica, que no poderia salvaguardar e desabrochar seno atravs de homens no tutelados. (ADORNO, 1986, p. 99)

    (ADORNO, Theodor W. A indstria cultural. In: COHN, Gabriel (org.). Adorno, Theodor W. So Paulo: tica, 1986.)

    Com base nesses fragmentos e nos conhecimentos sociolgicos, discorra sobre a indstria cultural, abordando em

    seu texto os seguintes aspectos:

    a razo pela qual Adorno substituiu a expresso cultura de massa por indstria cultural; de que forma a prtica da indstria cultural transfere a motivao do lucro para as criaes espirituais. o que Adorno quer dizer com a metfora sobre o progresso da indstria cultural como uma indumentria que recobre um

    esqueleto. a relao entre indstria cultural e democracia na perspectiva de Adorno.

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    10 - Leia o texto a seguir, sobre a taxa de fecundidade no Brasil.

    A taxa de fecundidade total no Brasil, que at 1960 era de mais de 6,0 filhos por mulher, tem apresentado desde ento sucessivas e significativas quedas, chegando a 1,90 filho em 2010, situando-se abaixo do nvel de reposio, de 2,1 filhos, valor que garante a substituio das geraes. A reduo dos nveis de fecundidade nos ltimos 50 anos foi a principal razo para a queda do ritmo de crescimento da populao brasileira, que chegou a crescer cerca de 3,0% ao ano, sendo de 1,17% na ltima dcada. Alm disso, a fecundidade teve influncia determinante tambm na mudana da estrutura etria populacional do Pas, que se apresenta bem mais envelhecida, em funo do aumento proporcional de idosos e da diminuio de crianas. Apesar da queda da fecundidade ter se dado em todas as Grandes Regies e grupos populacionais, o momento e a velocidade em que ela ocorreu foram diferenciados em relao a essas populaes. A oportunidade de efetivao do tamanho desejado da famlia em funo da maior disseminao de prticas contraceptivas a partir da dcada de 1980, em especial a esterilizao feminina, possibilitou uma reduo mais significativa da fecundidade nas Regies Norte e no Nordeste do Pas, contribuindo para a diminuio dos diferenciais regionais da fecundidade. Essa tendncia prosseguiu nas ltimas duas dcadas, j que as duas regies com os maiores nveis de fecundidade foram as que apresentaram as maiores redues em suas taxas nos perodos 1991/2000 e 2000/2010. A Regio Norte, contudo, a nica que ainda apresentava, em 2010, uma fecundidade acima do nvel de reposio, situando-se em um patamar um pouco acima das demais regies. O declnio dos nveis de fecundidade no Brasil foi resultante da queda nas taxas especficas por idade em todas as faixas etrias no perodo de 2000 a 2010. Contudo, essa queda foi maior nos grupos mais jovens, o que fez com que o padro de fecundidade brasileiro, que indicado pela intensidade com que as mulheres tm filhos ao longo das idades, tambm sofresse alteraes nesse perodo.

    (Disponvel em: .)

    Escreva um texto destacando do fragmento acima dados relevantes para a compreenso das mudanas ocorridas na taxa de fecundidade da populao brasileira nas ltimas dcadas, discorrendo sobre o que esse quadro nos permite projetar em relao ao futuro cenrio das polticas pblicas no Brasil.

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    Edital 24/2016 - NC Prova: 26/11/2016

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    1. Confira, acima, o seu nmero de inscrio, turma e nome. Assine no local indicado.

    2. Aguarde autorizao para abrir o caderno de prova. Antes de iniciar a resoluo das questes, confira a numerao de todas as pginas.

    3. A prova desta fase composta de 10 questes discursivas de Qumica.

    4. As questes devero ser resolvidas no caderno de prova e transcritas na folha de verso definitiva, que ser distribuda pelo aplicador de prova no momento oportuno.

    5. A interpretao das questes parte do processo de avaliao, no sendo permitidas perguntas aos aplicadores de prova.

    6. Ao receber a folha de verso definitiva, examine-a e verifique se o nome impresso nela corresponde ao seu. Caso haja qualquer irregularidade, comunique-a imediatamente ao aplicador de prova.

    7. As respostas das questes devem ser transcritas NA NTEGRA na folha de verso definitiva, com caneta preta.

    Sero consideradas para correo apenas as respostas que constem na folha de verso definitiva.

    8. No sero permitidas consultas, emprstimos e comunicao entre os candidatos, tampouco o uso de livros, apontamentos e equipamentos eletrnicos ou no, inclusive relgio. O no cumprimento dessas exigncias implicar a eliminao do candidato.

    9. So vedados o porte e/ou o uso de aparelhos sonoros, fonogrficos, de comunicao ou de registro, eletrnicos ou no, tais como: agendas, relgios com calculadoras, relgios digitais, telefones celulares, tablets, microcomputadores portteis ou similares, devendo ser desligados e colocados OBRIGATORIAMENTE no saco plstico. So vedados tambm o porte e/ou uso de armas, culos escuros ou de quaisquer acessrios de chapelaria, tais como bon, chapu, gorro ou protetores auriculares. Caso alguma dessas exigncias seja descumprida, o candidato ser excludo do concurso.

    10. O tempo de resoluo das questes, incluindo o tempo para a transcrio na folha de verso definitiva, de 2 horas e 30 minutos.

    11. Ao concluir a prova, permanea em seu lugar e comunique ao aplicador de prova. Aguarde autorizao para entregar o caderno de prova, a folha de verso definitiva e a ficha de identificao.

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    01 - A estrutura molecular que compe as fibras dos tecidos define o comportamento deles, como maciez, absoro de umidade do corpo e tendncia ao encolhimento. As fibras de algodo contm, em maior proporo, celulose, um polmero carboidrato natural. J os tecidos sintticos de polister tm propriedades diferentes do algodo. O polister uma classe de homopolmeros e copolmeros que contm o grupo funcional ster na sua estrutura, como o politereftalato de etileno.

    a) Tecidos de algodo absorvem muito bem a umidade, diferentemente do polister. Com base nas estruturas qumicas mostradas, escreva um texto explicando a razo pela qual a fibra do algodo apresenta essa propriedade.

    b) Roupas de tecidos de algodo tendem a encolher aps as primeiras lavagens, principalmente se secas em secadoras, diferentemente dos tecidos de polister. Isso ocorre porque as fibras de algodo so esticadas a altas tenses no processo de tecelagem. Porm esse estado tensionado no o mais estvel da fibra. Com o movimento proporcionado pela lavagem e o aquecimento na secadora, as fibras tendem a relaxar para conformao mais estvel, causando o encolhimento. Escreva um texto explicando qual o tipo de interao responsvel por atrair as fibras e resultar no encolhimento do tecido.

    02 - O cromo um metal bastante utilizado em processos industriais e seu descarte imprprio causa diversas preocupaes devido

    sua alta toxicidade, no estado de Cr(VI), em humanos, animais e plantas. Recentemente, pesquisadores propuseram uma forma de tratar resduos de Cr(VI) utilizando um agente redutor natural, a epigalocatequina galato (EGCG), um polifenol presente nas folhas de ch verde. A EGCG reduz Cr(VI) a Cr(III), que menos txico e tende a precipitar ou a se ligar ao solo em meio alcalino. O estudo cintico dessa reao foi realizado em trs concentraes diferentes de Cr(VI), em pH = 6,86, temperatura ambiente e em concentrao de EGCG muito superior a de Cr(VI), condio em que se pode considerar que [EGCG] permanece praticamente inalterada. Os dados de concentrao inicial de cromo VI ([Cr(VI)]0) e velocidade inicial (v0) so mostrados na tabela:

    Experimento [Cr(VI)]0 / M v0 / M min-1

    1 40 0,64

    2 30 0,48

    3 20 0,32

    (Fonte: Liu, K., Shi, Z., Zhou, S., Reduction of hexavalent chromium using epigallocatechin gallate in aqueous solutions: kinetics and mechanism, RSC Advances, 2016, 6, 67196.)

    O

    O

    O O *

    OH

    OH

    OHOH

    OH

    OH

    * n

    O

    O O

    O*

    *n

    celulose politereftalato de etileno

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    a) Fornea a lei de velocidade para a reao mencionada.

    b) Qual a ordem de reao com relao a Cr(VI)? Por qu?

    c) Qual o valor da constante cintica observvel kobs (kobs = k[EGCG]y) dessa reao? Mostre o clculo.

    03 - Numa atividade fsica intensa, as clulas do tecido muscular de um atleta demandam energia. Essa energia

    armazenada na forma de molculas de ATP (adenosina trifosfato) e pode ser obtida atravs da converso de ATP em ADP (adenosina difosfato), conforme mostrado na equao (I). Essa reao em condio intracelular fornece uma

    energia livre de Gibbs G0 = -11,5 kcal mol-1.

    A creatina (M = 131 g mol-1) um dos suplementos mais populares utilizados atualmente por atletas. A ingesto de creatina faz com que aumente a concentrao de fosfocreatina dentro da clula do tecido muscular. A fosfocreatina reage com ADP, produzindo ATP atravs de uma reao enzimtica, mostrada na equao de equilbrio (II).

    a) Durante esforo fsico intenso, o que acontece com a razo entre as concentraes [creatina] / [fosfocreatina] dentro da clula do tecido muscular?

    b) Como se pode prever isso utilizando o Princpio de Le Chtelier?

    H2PO

    3

    NH

    N

    NH

    O

    OH NH2

    N

    NH2+

    O

    O

    ATP + H2O ADP + HPO42- + H+

    + ADP + H+ + ATP

    (I)

    (II)

    (fosfocreatina) (creatina)

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    c) Qual a quantidade de energia gerada atravs da hidrlise de ATP proveniente exclusivamente da ingesto de 3 g de creatina, admitindo-se que toda essa creatina acumulada na forma de fosfocreatina nas clulas? (Utilize uma casa decimal nos clculos)

    04 - Policlorobifenila, conhecido como PCB, uma classe de compostos sintticos aromticos que foi extensivamente

    utilizada em fluidos refrigerantes para transformadores, capacitores e motores eltricos, devido excelente propriedade dieltrica e estabilidade qumica. O descarte inapropriado de PCB no meio ambiente causa diversos problemas, em funo da alta toxicidade e longevidade no ambiente. Os PCBs so agentes carcinognicos para humanos e animais. A remediao de solos contaminados com PCB bastante difcil, devido alta estabilidade desses compostos. A incinerao desses solos em temperaturas inferiores a 700 C produz compostos volteis perigosos, como as dioxinas. Dioxinas so ainda mais txicas e so agentes carcinognicos e teratognicos. A equao a seguir

    corresponde reao de oxidao de 1,1'-bifenila, 2,2',3,3'-tetracloro (fH0= 73,2 kJ mol-1) em 2,3,7,8-tetraclorodibenzo-

    p-dioxina (fH0= -114,4 kJ mol-1). A entalpia de formao da gua nas condies de reao (fH0= -241,8 kJ mol-1).

    a) Calcule a entalpia da reao ilustrada. Mostre como chegou ao valor.

    b) Essa reao endotrmica? Explique como se chega a tal concluso.

    Cl

    Cl

    Cl

    Cl

    O

    O

    Cl

    Cl

    Cl

    Cl

    + 3/2 O2 + H2O

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    05 - comum as pessoas observarem que ao cozinhar brcolis em gua e panela tampada, o vegetal perde a cor verde e adquire uma cor amarelada. Isso ocorre porque compostos volteis cidos presentes no vegetal se desprendem pela ao da temperatura de cozimento e reagem com a clorofila, pigmento verde, produzindo feofitina, que um pigmento amarelo. Para manter a cor verde no brcolis, recomenda-se no tampar a panela ou adicionar bicarbonato de sdio (NaHCO3).

    a) De que maneira o bicarbonato de sdio age para evitar a perda da cor verde no brcolis?

    b) Por que no tampar a panela produz o mesmo efeito da adio de bicarbonato?

    c) Escreva a equao qumica balanceada da reao envolvida pelo bicarbonato de sdio que explica a resposta do item a.

    06 - O ano 2016 corresponde ao aniversrio de centenrio do artigo The Atom and the Molecule, publicado por Gilbert N.

    Lewis em 1916, no qual ele props seu modelo de compartilhamento de pares de eltrons na ligao. Desse modelo se desenvolveram os diagramas (diagramas de Lewis) e a regra do octeto. Originalmente, Lewis denominou seu modelo de Teoria do tomo Cbico, em que os tomos possuiriam uma estrutura eletrnica rgida num caroo e eltrons mveis na camada de valncia, que se dispe formando um cubo. Na ligao qumica, os tomos compartilhariam arestas ou faces dos cubos de modo a preencher oito eltrons nos vrtices de cada tomo. No esquema abaixo est ilustrado o tomo de cloro, que possui 7 eltrons (crculos nos vrtices) na camada de valncia. Dois tomos se unem por uma aresta para formar a molcula de Cl2, preenchendo os 8 eltrons, 1 em cada vrtice de cada tomo.

    N

    N

    N

    N

    O

    O

    O

    OO

    O

    2

    Mg

    clorofila a

    NH

    NH

    N

    N

    O

    O

    O

    OO

    O

    2

    feofitina a

    Cl ClCl

    2

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    a) O tomo de oxignio possui nmero atmico 8. Quantos eltrons pertencem ao caroo e quantos esto na camada de valncia?

    b) Desenhe a estrutura do tomo de oxignio segundo o modelo do tomo cbico.

    c) Desenhe a estrutura da molcula de O2 segundo o modelo do tomo cbico. Nessa molcula, os tomos esto conectados por uma aresta ou face do cubo? Justifique.

    07 - A formao de ligaes carbono-carbono (C-C) um grande desafio na qumica orgnica, e entre as estratgias

    disponveis, pode-se citar a Reao de Grignard. Nessa reao, um halogeneto de alquila ou arila (R-X) reage com magnsio metlico (Mgo), levando ao organomagnsio correspondente (RMgX), adicionando-se, na sequncia, um composto carbonilado (RCOR). A reao termina com a adio de um cido mineral (H3O+), levando ao produto a partir da formao de uma nova ligao C-C.

    Com relao ao emprego dos reagentes brometo de etila (bromoetano) e acetaldedo (etanal) na Reao de Grignard, responda:

    a) Qual a frmula estrutural (notao em basto) do produto formado?

    b) Qual a funo orgnica presente no produto?

    c) Qual o nome oficial IUPAC da substncia obtida como produto?

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    08 - Peptdeos so formados pela combinao de aminocidos, por meio de ligaes peptdicas. O aspartame, um adoante cerca de 200 vezes mais doce do que a sacarose (acar de mesa), um peptdeo formado pela combinao entre fenilalanina na forma de ster metlico e cido asprtico. O aspartame formado pela ligao peptdica entre o grupo amino da fenilalanina com o grupo cido carboxlico do cido asprtico, em que uma molcula de gua liberada na reao em que se forma essa ligao.

    a) Apresente a estrutura do aspartame (notao em basto).

    b) Identifique na estrutura do aspartame a ligao peptdica citada.

    c) Qual a funo qumica que corresponde ligao peptdica?

    09 - Num laboratrio, um estudante encontrou dois frascos de reagentes sem rtulo e, ao consultar a lista do almoxarifado,

    descobriu que estavam faltando o lcool benzlico e a benzilamina. Para descobrir quais substncias se encontravam em cada frasco, ele realizou dois ensaios, conforme o fluxograma abaixo:

    a) A qual classe de substncias orgnicas pertencem os produtos A e B?

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    b) Qual o nome da reao entre A e KOH?

    c) Por que o composto B no reagiu com KOH?

    10 - Isomeria o fenmeno associado quando mais de uma substncia apresenta a mesma frmula molecular, mas difere

    estruturalmente quanto disposio dos tomos na molcula. Entre as possibilidades de ocorrncia desse fenmeno, as isomerias de funo e geomtrica so muito importantes na qumica orgnica. A tautomeria um caso particular de isomeria de funo, envolvendo um enol (R-CH=C(OH)-R) que se encontra em equilbrio com seu tautmero carbonilado (R-CH2-C(O)-R). A isomeria geomtrica, por sua vez, depende da disposio espacial dos tomos, como o caso da posio relativa dos tomos ligados aos carbonos de uma ligao dupla carbono-carbono, conhecido como isomeria cis-trans.

    a) A ciclohexan-1,3,5-triona, mostrada a seguir, possui um tautmero. Apresente a estrutura do composto presente em

    equilbrio.

    b) Os cidos fumrico e maleico so ismeros geomtricos que possuem frmula molecular HO2C-HC=CH-CO2H. O cido

    fumrico o ismero trans. Apresente as frmulas estruturais espaciais (notao em basto) dos cidos fumrico e maleico. Indique claramente a geometria e identifique as molculas do cido fumrico e do maleico.

  • PROCESSO SELETIVO 2017

    Edital 24/2016 - NC Prova: 26/11/2016

    INSCRIO

    TURMA

    NOME DO CANDIDATO

    ASSINO DECLARANDO QUE LI E COMPREENDI AS INSTRUES ABAIXO: CDIGO

    ORDEM

    Conhecim

    ento

    s E

    specfic

    os

    INSTRUES

    1. Confira, acima, o seu nmero de inscrio, turma e nome. Assine no local indicado.

    2. Aguarde autorizao para abrir o caderno de prova. Antes de iniciar a resoluo das questes, confira a numerao de todas as pginas.

    3. A prova desta fase composta de 10 questes discursivas de Matemtica.

    4. As questes devero ser resolvidas no caderno de prova e transcritas na folha de verso definitiva, que ser distribuda pelo aplicador de prova no momento oportuno.

    5. A interpretao das questes parte do processo de avaliao, no sendo permitidas perguntas aos aplicadores de prova.

    6. Ao receber a folha de verso definitiva, examine-a e verifique se o nome impresso nela corresponde ao seu. Caso haja qualquer irregularidade, comunique-a imediatamente ao aplicador de prova.

    7. As respostas das questes devem ser transcritas NA NTEGRA na folha de verso definitiva, com caneta preta.

    Sero consideradas para correo apenas as respostas que constem na folha de verso definitiva.

    8. No sero permitidas consultas, emprstimos e comunicao entre os candidatos, tampouco o uso de livros, apontamentos e equipamentos eletrnicos ou no, inclusive relgio. O no cumprimento dessas exigncias implicar a eliminao do candidato.

    9. So vedados o porte e/ou o uso de aparelhos sonoros, fonogrficos, de comunicao ou de registro, eletrnicos ou no, tais como: agendas, relgios com calculadoras, relgios digitais, telefones celulares, tablets, microcomputadores portteis ou similares, devendo ser desligados e colocados OBRIGATORIAMENTE no saco plstico. So vedados tambm o porte e/ou uso de armas, culos escuros ou de quaisquer acessrios de chapelaria, tais como bon, chapu, gorro ou protetores auriculares. Caso alguma dessas exigncias seja descumprida, o candidato ser excludo do concurso.

    10. O tempo de resoluo das questes, incluindo o tempo para a transcrio na folha de verso definitiva, de 2 horas e 30 minutos.

    11. Ao concluir a prova, permanea em seu lugar e comunique ao aplicador de prova. Aguarde autorizao para entregar o caderno de prova, a folha de verso definitiva e a ficha de identificao.

    Mate

    mtica

    DURAO DESTA PROVA: 2 horas e 30 minutos.

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    01 - Encontre o conjunto soluo em IR das seguintes inequaes:

    a) 5 + 2. b) |3 + 1| < 3.

    02 - Na modelagem matemtica de um processo de fabricao, comum supor que no h perda de material com emendas,

    sobreposio de partes etc.

    Deseja-se construir um reservatrio cilndrico com dimetro de 120 cm e capacidade de 1,5 m3. Neste problema, estamos nos referindo a um cilindro circular reto perfeito. Para fazer a lateral desse cilindro, ser usada uma chapa metlica retangular de comprimento e altura . Use = , e d suas respostas com duas casas decimais.

    a) Calcule o comprimento que a chapa deve ter. b) Calcule a altura que a chapa deve ter.

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    03 - Em uma pesquisa de inteno de voto com 1075 eleitores, foi constatado que 344 pretendem votar no candidato A e 731 no candidato B.

    a) Qual a porcentagem de pessoas entrevistadas que pretendem votar no candidato A? b) Sabendo que esse mesmo grupo de 1075 entrevistados composto por 571 mulheres e 504 homens, e que 25% dos

    homens pretendem votar no candidato A, quantas mulheres pretendem votar no candidato B?

    04 - Responda s seguintes perguntas a respeito da funo () =

    a) Qual o domnio de ? b) Qual a inversa de ?

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    05 - Um agricultor tem arame suficiente para construir 120 m de cerca, com os quais pretende montar uma horta retangular de tamanho a ser decidido.

    a) Se o agricultor decidir fazer a horta com todos os lados de mesmo tamanho e utilizar todo o arame disponvel cercando apenas trs dos seus lados, qual ser a rea da horta?

    b) Qual a rea mxima que a horta pode ter se apenas trs dos seus lados forem cercados e todo o arame disponvel for

    utilizado?

    06 - Seja o crculo de raio = e centro no ponto = (, ).

    a) Qual a equao do crculo 1?

    b) Considere o crculo 2 definido pela equao 2 + 2 = 2. Para quais valores de o crculo 1 intersecta o crculo 2?

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    07 - Considere a funo () = (

    ) , com (, +).

    a) Qual o valor mnimo que a funo atinge? b) Para que valores de temos () = 1?

    08 - A velocidade de impresso de uma impressora calculada em pginas por minuto (ppm). Suponha que determinada

    impressora tem velocidade de impresso de 15 ppm em preto-e-branco e de 8 ppm em cores.

    a) Quanto tempo essa impressora gasta para imprimir 230 pginas em preto-e-branco? D sua resposta no formato minseg.

    b) Trabalhando ininterruptamente durante 30 minutos, essa impressora imprimiu 366 pginas entre preto-e-branco e colorida.

    Quantas dessas pginas eram coloridas?

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    09 - Considere o tringulo ao lado.

    a) Quanto mede o ngulo ? b) Quanto mede x?

    10 - Dada a funo polinomial () = + , faa o que se pede:

    a) Calcule (2

    5).

    b) Encontre as razes de ().

    x

    75 60

    8 cm

  • PROCESSO SELETIVO 2017

    Edital 24/2016 - NC Prova: 26/11/2016

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    TURMA

    NOME DO CANDIDATO

    ASSINO DECLARANDO QUE LI E COMPREENDI AS INSTRUES ABAIXO: CDIGO

    ORDEM

    Conhecim

    ento

    s E

    specfic

    os

    INSTRUES

    1. Confira, acima, o seu nmero de inscrio, turma e nome. Assine no local indicado.

    2. Aguarde autorizao para abrir o caderno de prova. Antes de iniciar a resoluo das questes, confira a numerao de todas as pginas.

    3. A prova desta fase composta de 10 questes discursivas de Histria.

    4. As questes devero ser resolvidas no caderno de prova e transcritas na folha de verso definitiva, que ser distribuda pelo aplicador de prova no momento oportuno.

    5. A interpretao das questes parte do processo de avaliao, no sendo permitidas perguntas aos aplicadores de prova.

    6. Ao receber a folha de verso definitiva, examine-a e verifique se o nome impresso nela corresponde ao seu. Caso haja qualquer irregularidade, comunique-a imediatamente ao aplicador de prova.

    7. As respostas das questes devem ser transcritas NA NTEGRA na folha de verso definitiva, com caneta preta.

    Sero consideradas para correo apenas as respostas que constem na folha de verso definitiva.

    8. No sero permitidas consultas, emprstimos e comunicao entre os candidatos, tampouco o uso de livros, apontamentos e equipamentos eletrnicos ou no, inclusive relgio. O no cumprimento dessas exigncias implicar a eliminao do candidato.

    9. So vedados o porte e/ou o uso de aparelhos sonoros, fonogrficos, de comunicao ou de registro, eletrnicos ou no, tais como: agendas, relgios com calculadoras, relgios digitais, telefones celulares, tablets, microcomputadores portteis ou similares, devendo ser desligados e colocados OBRIGATORIAMENTE no saco plstico. So vedados tambm o porte e/ou uso de armas, culos escuros ou de quaisquer acessrios de chapelaria, tais como bon, chapu, gorro ou protetores auriculares. Caso alguma dessas exigncias seja descumprida, o candidato ser excludo do concurso.

    10. O tempo de resoluo das questes, incluindo o tempo para a transcrio na folha de verso definitiva, de 2 horas e 30 minutos.

    11. Ao concluir a prova, permanea em seu lugar e comunique ao aplicador de prova. Aguarde autorizao para entregar o caderno de prova, a folha de verso definitiva e a ficha de identificao.

    His

    tria

    DURAO DESTA PROVA: 2 horas e 30 minutos.

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    01 - Considere a charge do cartunista sudans Khalid Albaih a seguir:

    Traduo: Opes para as crianas srias: se ficam, se partem.

    Cite qual pas colonizou a Sria durante a Primeira Guerra Mundial e explique de que maneira a colonizao europeia produziu as fronteiras existentes at a atualidade.

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    02 - [...] Ataram-lhe s mos e ps quatro cordas e prenderam-nos ao dorso de quatro cavalos [...]. No sei se porque os cavalos

    no fossem muito fortes, ou o ndio, em realidade, fosse de ferro, no puderam absolutamente dividi-lo, depois de um interminvel momento em que o mantiveram puxando, de modo que o tinham no ar, num estado em que parecia uma aranha. Tanto que o visitador, movido de compaixo, para que no padecesse mais aquele infeliz, despachou uma ordem mandando que o carrasco cortasse sua cabea, como se executou [...]. Desse modo, acabaram Jos Gabriel Tupac Amaru e Micaela Bastidas. [...]

    (Fonte: Ktia Gerab e Maria Anglica Campos Resende. A Rebelio de Tupac Amaru - luta e resistncia no Peru do sculo XVIII. So Paulo: Editora Brasiliense, 1987. p. 40-41.)

    De acordo com o relato e seus conhecimentos sobre o antigo sistema colonial na Amrica espanhola, caracterize Tupac Amaru e qual era a reivindicao mais importante perante a coroa espanhola no Vice-Reinado do Peru, assim como qual foi o papel da igreja catlica durante o conflito armado.

    03 - Explique o surgimento da expresso Idade Mdia e por que a expresso Idade das Trevas considerada

    inadequada para se nomear o perodo entre a queda do Imprio Romano do Ocidente em 476, no sculo V, e a conquista de Constantinopla pelos turcos em 1453, no sculo XV.

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    04 - A primeira metade do sculo XIX foi um perodo que se caracterizou, entre outras coisas, pelo despoletar de uma srie de rebelies escravas no Brasil. A revolta dos mals, em 1835, em Salvador, na Bahia, pode ser contabilizada como uma das mais significativas.

    Caracterize o contexto poltico e social da Salvador da poca abolicionista, assim como os participantes da revolta, justificando por que essa revolta pode ser contabilizada como uma das mais significativas.

    05 - Calicute cidade de cristos que so homens morenos. Usam barbas grandes e cabelos compridos, alguns trazem as cabeas

    rapadas, outros tosquiadas. Usam topetes na moleira, para mostrar que so cristos, e nas barbas, bigodes. Tem as orelhas furadas, e nos buracos delas trazem muito ouro. Andam nus da cinta para cima, para abaixo usam uns panos de algodo muito finos. Estes que andam vestidos assim so mais honrados; os outros vestem-se como podem.

    (lvaro Velho. Roteiro da primeira viagem de Vasco da Gama (1497-1499), editada por A. Fontoura da Costa, 3. ed., Lisboa, Agncia Geral do Ultramar, 1969, p. 41.)

    De acordo com o fragmento do relato de Vasco da Gama e com os conhecimentos sobre o perodo denominado Grandes Descobrimentos, discorra sobre a viagem desse navegador ao Oriente, mencionando os dois objetivos mais importantes que levaram a coroa portuguesa para essa regio, delineando a rota seguida pelo navegador no seu priplo para a ndia. Mencione quatro cidades onde os portugueses estabeleceram feitorias e identifique qual delas se tornou o Estado da ndia portuguesa.

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    06 - Leia o seguinte excerto de autoria do historiador Enrique Serra Padrs:

    A Operao Condor est diretamente vinculada s experincias histricas das ditaduras civil-militares de Segurana Nacional que se disseminaram pelo Cone Sul entre as dcadas de 60 e 80. Na prtica, consistiu na extrapolao alm-fronteiras dos mecanismos repressivos que j vinham sendo colocados em prtica, com muita eficincia, no interior de cada um dos pases. Atravs de um complexo processo de articulao e coordenao das foras de segurana, procurou-se combater a oposio exilada na regio e, posteriormente, toda e qualquer forma de dissidncia, manifestao e denncia contra as ditaduras em qualquer parte do planeta, casos da Europa e dos Estados Unidos (EUA).

    (Extrato do captulo: Conexo repressiva internacional: o Rio Grande do Sul e o Brasil na rota do Condor. Em: Ditadura de Segurana Nacional no Rio Grande do Sul (1964-1985): histria e memria. Org. Enrique Serra Padrs, Vnia M. Barbosa, Vanessa Albertinence Lopez, Ananda Simes Fernandes. Porto Alegre: Corag, 2009. pg. 49.)

    Considerando o trecho acima e de acordo com os conhecimentos sobre a Doutrina de Segurana Nacional (DSN) no Cone Sul (Brasil, Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai), delineie a origem e o contexto de implementao da DSN, identificando as trs caractersticas mais relevantes da sua implementao nas Ditaduras latino-americanas entre as dcadas de 1960 e 1980.

    O texto a seguir referncia para as questes 07 e 08.

    Eu chamo, pois, repblica todo Estado regido por leis, independente da forma de administrao que possa ter; porque ento somente o interesse pblico governa, e a coisa pblica algo representa. Todo governo legtimo republicano (...). As leis no so propriamente seno as condies de associao civil. O povo, submetido s leis, deve ser o autor das mesmas; compete unicamente aos que se associam regulamentar as condies da sociedade.

    (Rousseau, Jean-Jacques. Do contrato social. verso para E-Book, . Traduo Rolando Roque da Silva. p. 54.)

    07 - Durante o sculo XVIII, foi se constituindo uma corrente de pensamento chamada iluminismo. Jean-Jacques Rousseau

    (1712-1778) era um dos seus mais importantes representantes. Escreva um texto sobre o iluminismo, comentando trs representantes contemporneos de Rousseau e trs das propostas mais importantes desse movimento intelectual.

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    08 - A corrente iluminista apontava, entre outras coisas, para a reforma do sistema poltico reinante em oposio ao antigo

    regime.

    Escreva um texto identificando e explicando dois aspectos do poder poltico do antigo regime, comentando quatro aspectos que caracterizavam a estrutura socioeconmica do perodo.

    09 - A Carta do Atlntico, assinada em 1941 pelo presidente dos Estados Unidos Franklin D. Roosevelt e o Primeiro Ministro britnico

    Winston Churchill, declarava no seu artigo Quinto: Desejam promover, no campo da economia, a mais ampla colaborao entre todas as naes, com o fim de conseguir, para todos, melhores condies de trabalho, prosperidade econmica e segurana social. E no seu artigo Sexto: Depois da destruio completa da tirania nazista, esperam que se estabelea uma paz que proporcione a todas as naes os meios de viver em segurana dentro de suas prprias fronteiras, e aos homens em todas as terras a garantia de existncias livres de temor e de privaes.

    (Carta do Atlntico 1941, em Documentos Internacionais da Sociedade das Naes (1919 a 1945), Biblioteca Digital dos Direitos Humanos, USP. Disponvel em: . Acesso: 30.08.2016.)

    Com base nos artigos citados dessa carta e nos conhecimentos sobre a Segunda Guerra Mundial, escreva um texto comentando trs aspectos envolvidos na participao das colnias africanas na guerra, mencionando trs consequncias dessa participao para os movimentos de independncia dessas colnias.

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    10 - Considere a imagem a seguir:

    Caracterize o cinismo no perodo helenstico e explique o destaque dado aos ces na pintura que Jean-Leon Gerome

    fez do filsofo Digenes de Sinope.

    Digenes, Obra de Jean-Leon Gerome (1860).

  • PROCESSO SELETIVO 2017

    Edital 24/2016 - NC Prova: 26/11/2016

    INSCRIO

    TURMA

    NOME DO CANDIDATO

    ASSINO DECLARANDO QUE LI E COMPREENDI AS INSTRUES ABAIXO: CDIGO

    ORDEM

    Conhecim

    ento

    s E

    specfic

    os

    INSTRUES

    1. Confira, acima, o seu nmero de inscrio, turma e nome. Assine no local indicado.

    2. Aguarde autorizao para abrir o caderno de prova. Antes de iniciar a resoluo das questes, confira a numerao de todas as pginas.

    3. A prova desta fase composta de 10 questes discursivas de Geografia.

    4. As questes devero ser resolvidas no caderno de prova e transcritas na folha de verso definitiva, que ser distribuda pelo aplicador de prova no momento oportuno.

    5. A interpretao das questes parte do processo de avaliao, no sendo permitidas perguntas aos aplicadores de prova.

    6. Ao receber a folha de verso definitiva, examine-a e verifique se o nome impresso nela corresponde ao seu. Caso haja qualquer irregularidade, comunique-a imediatamente ao aplicador de prova.

    7. As respostas das questes devem ser transcritas NA NTEGRA na folha de verso definitiva, com caneta preta.

    Sero consideradas para correo apenas as respostas que constem na folha de verso definitiva.

    8. No sero permitidas consultas, emprstimos e comunicao entre os candidatos, tampouco o uso de livros, apontamentos e equipamentos eletrnicos ou no, inclusive relgio. O no cumprimento dessas exigncias implicar a eliminao do candidato.

    9. So vedados o porte e/ou o uso de aparelhos sonoros, fonogrficos, de comunicao ou de registro, eletrnicos ou no, tais como: agendas, relgios com calculadoras, relgios digitais, telefones celulares, tablets, microcomputadores portteis ou similares, devendo ser desligados e colocados OBRIGATORIAMENTE no saco plstico. So vedados tambm o porte e/ou uso de armas, culos escuros ou de quaisquer acessrios de chapelaria, tais como bon, chapu, gorro ou protetores auriculares. Caso alguma dessas exigncias seja descumprida, o candidato ser excludo do concurso.

    10. O tempo de resoluo das questes, incluindo o tempo para a transcrio na folha de verso definitiva, de 2 horas e 30 minutos.

    11. Ao concluir a prova, permanea em seu lugar e comunique ao aplicador de prova. Aguarde autorizao para entregar o caderno de prova, a folha de verso definitiva e a ficha de identificao.

    Geogra

    fia

    DURAO DESTA PROVA: 2 horas e 30 minutos.

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    01 - Considere o texto abaixo:

    O povo brasileiro pagou, historicamente, um preo terrivelmente alto em lutas das mais cruentas de que se tem registro na histria, sem conseguir sair, atravs delas, da situao de dependncia e opresso em que vive e peleja. Nessas lutas, ndios foram dizimados e negros foram chacinados aos milhes, sempre vencidos e integrados nos plantis de escravos. O povo inteiro, de vastas regies, s centenas de milhares, foi tambm sangrado em contrarrevolues sem conseguir jamais, seno episodicamente, conquistar o comando de seu destino para reorientar o curso da histria. Ao contrrio do que alega a historiografia oficial, nunca faltou aqui, at excedeu, o apelo violncia pela classe dominante como arma fundamental da construo da histria. O que faltou, sempre, foi espao para movimentos sociais capazes de promover sua reverso.

    (RIBEIRO, D. O povo brasileiro. So Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 25-26)

    Com base nesse texto e nos conhecimentos sobre formao populacional brasileira, escreva um texto de no mximo 12 linhas, estabelecendo um paralelo entre a formao histrica da populao brasileira e a realidade poltica, econmica e social dessa populao hoje.

    02 - A minerao uma importante atividade econmica no Brasil. A explorao de diamantes, ouro, ferro e rochas

    ornamentais, entre muitos outros bens minerais, representou cerca de 4% do Produto Interno Bruto (PIB) do pas em 2013. O desastre de Mariana, um dos maiores desastres ambientais do mundo, um exemplo de quanto a minerao, embora necessria, pode impactar negativamente o meio ambiente. Em um texto de no mximo 10 linhas, defina o que impacto ambiental e cite dois exemplos, apontando suas consequncias.

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    03 - Envolvendo trabalho, poltica, imaginrio, sade, cultura, redes, desejos, gnero etc., desde Marcel Mauss ([1950], 2005) e

    Abdelmaleck Sayad (1998) se compreende a migrao como um fato social total. [...]. A mobilidade do trabalho h tempos constitui um dos principais fatores das migraes. Mais recentemente, embora perceptveis j h algum tempo, polticas migratrias transnacionais, guerras, conflitos tnicos e religiosos, mudanas climticas e orientao sexual tm se destacado como motivaes relevantes de fluxos migratrios e como chaves de anlise para a sua melhor compreenso e formulao de polticas pblicas voltadas a migrantes, aptridas, deslocados e refugiados.

    (Travessia Revista do Migrante, n.77, jul.-dez./2015, p.5.).

    Com base no trecho acima e nos conhecimentos sobre o fenmeno da migrao internacional, faa o que se pede:

    a) Escreva um texto de at 8 linhas, explicando por que migrantes e refugiados so considerados ora como uma soluo, ora como um problema para os pases de destino.

    b) Em no mximo 10 linhas, caracterize e diferencie migrantes econmicos, refugiados e aptridas. D exemplos, no contexto

    do mundo atual, de um caso de migrao econmica e de um caso de fluxo de refugiados, identificando suas causas principais.

    04 - Leia com ateno o seguinte texto:

    Estamos em 2016 e no Brasil ainda se consomem frutas, verduras e legumes que cresceram sob os borrifos de pesticidas que l fora j foram banidos h anos. A quantidade de agrotxicos ingerida no Brasil to alta, que o pas est na liderana do consumo mundial desde 2008. Desde esse ano, o Brasil ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de consumo de agrotxicos.

    Os nmeros falam por si. Nos ltimos dez anos, o mercado mundial desse setor cresceu 93%; j no Brasil, esse crescimento foi de 190%, de acordo com dados divulgados pela ANVISA. Segundo o Dossi ABRASCO (Associao Brasileira de Sade Coletiva) um alerta sobre o impacto dos agrotxicos na sade , 70% dos alimentos in natura consumidos no pas esto contaminados por agrotxicos Destes, segundo a Anvisa, 28% contm substncias no autorizadas. Isso sem contar os

    alimentos processados, que so feitos a partir de gros geneticamente modificados e cheios dessas substncias qumicas, diz Karen Friedrich, da Associao Brasileira de Sade Coletiva (ABRASCO) e da Fundao Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). De

    acordo com ela, mais da metade dos agrotxicos usados no Brasil hoje so banidos em pases da Unio Europeia e nos Estados Unidos. Segundo a Organizao Mundial da Sade (OMS), entre os pases em desenvolvimento, os agrotxicos causam,

    anualmente, 70.000 intoxicaes agudas e crnicas [] A essa morosidade somam-se incentivos fiscais. O Governo brasileiro concede reduo de 60% do ICMS (imposto relativo circulao de mercadorias), iseno total do PIS/COFINS (contribuies para a Seguridade Social) e do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) produo e comrcio dos pesticidas.

    (Fonte: Portal Instituto Humanitas Unisinos. 29/04/2016. Disponvel em: .)

    http://www.ihu.unisinos.br/entrevistas/539242-fragilidade-da-anvisa-e-o-uso-indiscriminado-de-agrotoxicos-no-brasil-entrevista-especial-com-victor-manoel-pelaez-alvarezhttp://www.ihu.unisinos.br/noticias/554285-brasil-lider-mundial-no-uso-de-agrotoxicoshttp://www.ihu.unisinos.br/noticias/553469-agrotoxicos-o-veneno-que-o-brasil-ainda-te-incentiva-a-consumirhttp://www.ihu.unisinos.br/noticias/554285-brasil-lider-mundial-no-uso-de-agrotoxicos

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    Acerca desse contexto, responda s seguintes perguntas:

    a) Quais so as razes para o grande aumento dos agrotxicos no Brasil?

    b) Que impactos ambientais, sociais e econmicos os agrotxicos provocam no pas?

    05 - A mundializao da economia capitalista gerou a segmentao do espao econmico mundial. Essa caracterstica geogrfica

    se expressa, [desde] o final do sculo XX, na formao de blocos econmicos em todo o mundo.

    (Oliveira U. A mundializao do capitalismo e a geopoltica mundial no fim do sculo XX. In: Geografia do Brasil. ROSS, J. (org.). So Paulo: EDUSP, 2000, p.125).

    Em um texto de no mximo 10 linhas, defina o que so blocos econmicos, explicite as razes para sua criao e

    exemplifique com dois blocos atuais, localizando-os geograficamente.

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    06 - De acordo com o Painel Intergovernamental para Mudanas Climticas (da sigla em ingls, IPCC), as alteraes causadas pelo aquecimento global acentuaro os eventos climticos extremos em todo o mundo, especialmente nas reas urbanas, por serem locais com alta densidade populacional. Segundo as projees de cenrios futuros geradas pelos modelos de previso, haver aumento das ondas de calor, das tempestades e consequentemente dos riscos para a populao. Considerando cenrio, pergunta-se:

    a) Como a as caractersticas da urbanizao do Brasil agravam essas consequncias?

    b) Que aes de adaptao e mitigao so necessrias para enfrentar esses eventos em reas urbanas?

    07 - No dia 13 de junho de 2016, foi lanado em So Paulo, em carter experimental, um aplicativo denominado de UberCOPTER.

    Por meio dele, o usurio pode solicitar um helicptero para realizar trajetos em pontos definidos da cidade de So Paulo, em especial entre os aeroportos e certos hotis de luxo.

    (Fonte: . Acesso em 25 de agosto de 2016.)

    Tal aplicativo representa uma especializao dos servios oferecidos pelo Uber, que tem sido objeto de polmicas em razo de ser um servio de compartilhamento de viagens e que concorre diretamente com os taxis. Considerando o papel de So Paulo no contexto da rede urbana brasileira, aponte razes que expliquem o fato de essa cidade ter sido escolhida para a implantao experimental do referido sistema.

    http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/uber-lanca-ubercopter-servico-de-helicopteros-em-sp

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    08 - No perodo da Guerra Fria, a antiga URSS subsidiou fortemente a economia cubana. Ao exportar petrleo para Cuba, o Estado

    sovitico praticava preos bem abaixo daqueles vigentes no mercado mundial, ao mesmo tempo em que, nas importaes de acar cubano, pagava at cinco vezes os preos internacionais desse produto.

    (Adaptado de VESENTINI, J. W. A nova ordem mundial. 2. ed. So Paulo: tica, 1996, p. 21)

    Com base no texto e nos conhecimentos de Geografia:

    a) Apresente duas razes pelas quais a URSS realizava essa poltica de subsdios.

    b) Explique por que tal poltica contribuiu para o fim do modelo de economia planificada na URSS.

    09 - Poderamos assim, grosseiramente e como sugesto para um debate , reconhecer a existncia de quatro Brasis: uma Regio

    Concentrada, formada pelo Sudeste e pelo Sul, o Brasil do Nordeste, o Centro-Oeste e a Amaznia.

    (SANTOS, Milton; SILVEIRA, Mara Laura. Brasil. Territrio e Sociedade no incio do sculo 21. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 268.)

    Por que o autor do texto faz distino entre esses quatro Brasis? Justifique sua resposta, apontando diferenas entre as regies brasileiras citadas.

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    10 - Nos ltimos 10 anos, houve um aumento considervel, na literatura, de referncias sobre os biomas brasileiros. Por outro lado,

    inmeras iniciativas voltadas para a indicao de reas prioritrias para conservao ocorreram neste perodo, tendo como temtica os biomas enfocados regionalmente.

    (Brasil: uma viso geogrfica e ambiental no incio do sculo XXI / Adma Hamam de Figueiredo (org.). Rio de Janeiro: IBGE, Coordenao de Geografia, 2016, p. 139. . Acesso em 30.08.2016.)

    Caracterize, do ponto de vista geogrfico

    a) O que um bioma?

    b) Cite dois biomas, localizando-os geograficamente no territrio brasileiro e identificando problemas relacionados sua

    conservao.

    http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv97884.pdf

  • PROCESSO SELETIVO 2017

    Edital 24/2016 - NC Prova: 26/11/2016

    INSCRIO

    TURMA

    NOME DO CANDIDATO

    ASSINO DECLARANDO QUE LI E COMPREENDI AS INSTRUES ABAIXO: CDIGO

    ORDEM

    Conhecim

    ento

    s E

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    INSTRUES

    1. Confira, acima, o seu nmero de inscrio, turma e nome. Assine no

    local indicado.

    2. Aguarde autorizao para abrir o caderno de prova. Antes de iniciar a resoluo das questes, confira a numerao de todas as pginas.

    3. A prova desta fase composta de 10 questes discursivas de Fsica.

    4. As questes devero ser resolvidas no caderno de prova e transcritas

    na folha de verso definitiva, que ser distribuda pelo aplicador de prova no momento oportuno.

    5. A interpretao das questes parte do processo de avaliao, no

    sendo permitidas perguntas aos aplicadores de prova.

    6. Ao receber a folha de verso definitiva, examine-a e verifique se o nome impresso nela corresponde ao seu. Caso haja qualquer

    irregularidade, comunique-a imediatamente ao aplicador de prova.

    7. As respostas das questes devem ser transcritas NA NTEGRA na folha de verso definitiva, com caneta preta.

    Sero consideradas para correo apenas as respostas que constem na folha de verso definitiva.

    8. No sero permitidas consultas, emprstimos e comunicao entre

    os candidatos, tampouco o uso de livros, apontamentos e equipamentos eletrnicos ou no, inclusive relgio. O no cumprimento dessas exigncias implicar a eliminao do candidato.

    9. So vedados o porte e/ou o uso de aparelhos sonoros, fonogrficos,

    de comunicao ou de registro, eletrnicos ou no, tais como: agendas, relgios com calculadoras, relgios digitais, telefones celulares, tablets, microcomputadores portteis ou similares, devendo

    ser desligados e colocados OBRIGATORIAMENTE no saco plstico. So vedados tambm o porte e/ou uso de armas, culos escuros ou de quaisquer acessrios de chapelaria, tais como bon, chapu, gorro

    ou protetores auriculares. Caso alguma dessas exigncias seja descumprida, o candidato ser excludo do concurso.

    10. O tempo de resoluo das questes, incluindo o tempo para a

    transcrio na folha de verso definitiva, de 2 horas e 30 minutos.

    11. Ao concluir a prova, permanea em seu lugar e comunique ao aplicador de prova. Aguarde autorizao para entregar o caderno de

    prova, a folha de verso definitiva e a ficha de identificao.

    Fs

    ica

    DURAO DESTA PROVA: 2 horas e 30 minutos.

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    FSICA 01 - Nas Paralimpadas recentemente realizadas no Brasil,

    uma das modalidades esportivas disputadas foi o basquetebol. Em um determinado jogo, foi observado que um jogador, para fazer a cesta, arremessou a bola quando o centro de massa dessa bola estava a uma altura de 1,4 m. O tempo transcorrido desde o instante em que a bola deixou a mo ao jogador at ter o seu centro de massa coincidindo com o centro do aro foi de 1,1 s. No momento do lanamento, o centro de massa da bola estava a uma distncia horizontal de 4,4 m do centro do aro da cesta, estando esse aro a uma altura de 3,05 m, conforme pode ser observado na figura ao lado. Considerando que a massa da bola igual a 600 g, que a resistncia do ar desprezvel e que o valor absoluto da acelerao gravidade de 10 m/s2, determine, utilizando todas as unidades no Sistema Internacional de Unidades:

    a) A velocidade horizontal da bola ao atingir o centro do aro da cesta de basquete.

    b) A velocidade inicial vertical da bola.

    c) A energia cintica da bola no momento do lanamento (considerando o exato instante em que a bola deixa a mo do atleta).

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    02 - Foi feito um estudo com uma associao de resistores (de acordo com a figura ao lado), a qual foi conectada a uma fonte de tenso com fora eletromotriz de 7,5 V e resistncia interna r. Os valores dos resistores da associao esto indicados na figura ao lado. Todos os fios condutores so ideais e os resistores so hmicos. Verificou-se uma intensidade de corrente eltrica no resistor R2 de 0,5 A. Assim, determine:

    a) O resistor equivalente da associao.

    b) A tenso eltrica nos extremos da associao de resistores.

    c) A resistncia interna do gerador.

    03 - Um espelho cncavo, com raio de curvatura 10 cm e centro em C, foi posicionado de acordo com a figura abaixo. Um

    objeto O, com 2 cm de altura, est localizado a 3 cm do espelho e orientado para baixo, a partir do eixo principal. Os segmentos que podem ser observados sobre o eixo principal so equidistantes entre si.

    a) Na figura, assinale o foco do espelho, ressaltando-o por meio da letra F.

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    b) Determine graficamente, na figura, a imagem formada, representando, adequadamente, no mnimo, dois raios notveis, antes e aps a ocorrncia da reflexo.

    c) Determine, apresentando os devidos clculos, o tamanho da imagem. sabido que a ampliao corresponde ao simtrico

    da razo entre a distncia da imagem ao espelho e a distncia do objeto ao espelho, ou a razo entre o tamanho da imagem e o tamanho do objeto, com as devidas orientaes.

    04 - Em 18 de junho de 2016, foi lanado o foguete Ariane 5 ECA, que transportava o satlite de comunicao EchoStar

    XVIII, com o objetivo de transferi-lo para uma rbita geoestacionria. As rbitas geoestacionrias so aquelas em que o perodo de revoluo do satlite de 24 h, o que corresponde a seu posicionamento sempre sobre um mesmo ponto da superfcie terrestre no plano do Equador. Considere o raio R1 da rbita desse satlite como sendo de 42.000 km.

    Em 15 de setembro de 2016, foi lanado o foguete Vega, transportando os satlites SkySats, denominados de 4 a 7 (satlites de uma empresa do Google), para mapeamento com alta preciso da Terra inteira. A altitude da rbita desses satlites, em relao superfcie terrestre, de 500 km. Considerando o raio da terra como sendo de aproximadamente 6500 km e que a velocidade de um satlite, tangencial rbita, pode ser calculada pela raiz quadrada do produto da constante gravitacional G pela massa M da terra dividida pelo raio da rbita do satlite, determine:

    (Obs.: No necessrio o conhecimento dos valores de G e M e todos os clculos devem ser claramente apresentados. Alguns dos

    valores esto com aproximaes por convenincia de clculo. No necessrio determinar os valores das razes quadradas, basta deixar os valores numricos, aps os devidos clculos, indicados no radical.)

    a) O valor numrico da velocidade V2 do satlite EchoStar XVIII, em relao velocidade V1 de um dos satlites SkySats.

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    b) O valor do perodo T2 dos satlites SkySats, em horas, por aplicao da terceira Lei de Kepler.

    05 - Num estudo sobre ondas estacionrias, foi feita uma montagem na qual uma fina corda teve uma das suas

    extremidades presa numa parede e a outra num alto-falante. Verificou-se que o comprimento da corda, desde a parede at o alto-falante, era de 1,20 m. O alto-falante foi conectado a um gerador de sinais, de maneira que havia a formao de uma onda estacionria quando o gerador emitia uma onda com frequncia de 6 Hz, conforme mostrado na figura a seguir.

    Com base nessa figura, determine, apresentando os respectivos clculos:

    a) O comprimento de onda da onda estacionria.

    b) A velocidade de propagao da onda na corda.

    06 - Uma mquina trmica terica ideal teve um dimensionamento tal que, a cada ciclo, ela realizaria trabalho de 50 cal e

    cederia 150 cal para a fonte fria. A temperatura prevista para a fonte quente seria de 127 oC. Determine:

    a) O rendimento dessa mquina trmica.

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    b) A temperatura prevista para a fonte fria, em graus Celsius.

    07 - O raio da roda de uma bicicleta de 35 cm. No centro da roda h uma engrenagem cujo

    raio de 4 cm. Essa engrenagem, por meio de uma corrente, acionada por outra engrenagem com raio de 8 cm, movimentada pelo pedal da bicicleta. Um ciclista desloca-se fazendo uso dessa bicicleta, sendo gastos 2 s a cada trs voltas do pedal. Assim, determine:

    (Obs.: represente a constante pi apenas por . No necessrio substituir o seu valor numrico nos clculos.)

    a) A velocidade angular da engrenagem do pedal, em radianos por segundo.

    b) O valor absoluto da velocidade linear de um dos elos da corrente que liga a engrenagem do pedal engrenagem do centro

    da roda.

    c) A distncia percorrida pela bicicleta se o ciclista mantiver a velocidade constante, nas condies citadas no enunc iado do problema, durante 5 minutos.

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    08 - Em uma cmara com vcuo, um acelerador de eltrons emite partculas que saem dele em movimento retilneo uniforme com trajetria horizontal. Um dispositivo composto por um ncleo de ferro, um solenoide e uma bateria, conforme mostrado na figura ao lado, produz um campo magntico uniforme de 0,03 T no entreferro do ncleo de ferro. O sistema tem dimensionamento tal que o campo magntico significativo apenas no entreferro.

    a) Represente, no entreferro do ncleo de ferro da figura, as linhas de campo magntico. Justifique a sua resposta.

    b) Qual , por ao do campo magntico, o comportamento da trajetria a ser descrita pelos eltrons no ncleo de ferro no

    incio do movimento no entreferro? Indicar tambm o sentido do movimento a ser executado. Justifique a sua resposta.

    c) Considerando os valores aproximados, por convenincia de clculo, para algumas das grandezas fsicas mostradas

    abaixo, determine a acelerao de cada eltron que penetra no entreferro do ncleo de ferro se a velocidade deles , ao iniciarem o movimento no entreferro, for de 400 m/s.

    meltron = 9.10-31 kg qeltron = 1,5.10-19 C

    F = q. v . B . sen

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    09 - Um corpo com peso P1 flutua em um lquido de maneira que o volume submerso de 1,1 m3. Sobre ele colocado um outro corpo com peso P2 = 1050 N. Com esse procedimento, verificou-se que o conjunto dos dois corpos afunda mais um pouco, de maneira que o volume submerso passa a ser de 1,2 m3, conforme mostrado na figura ao lado. Considere o valor da acelerao gravitacional como 10 m/s2.

    Sabendo que o empuxo corresponde ao peso do lquido deslocado, determine o valor da massa especfica (densidade) do lquido, no Sistema Internacional de Unidades.

    10 - O sistema representado na figura ao lado corresponde a uma prensa

    hidrulica com acionamento por meio de uma alavanca. O sistema est dimensionado de tal maneira que a alavanca aciona o mbolo do cilindro menor da prensa no seu ponto central e o raio do mbolo do cilindro maior o triplo do raio do mbolo do cilindro menor. Demonstre qual seria a fora F2 disponvel no cilindro maior em relao fora F1, vertical, aplicada no cilindro menor.

  • PROCESSO SELETIVO 2017

    Edital 24/2016 - NC Prova: 26/11/2016

    INSCRIO

    TURMA

    NOME DO CANDIDATO

    ASSINO DECLARANDO QUE LI E COMPREENDI AS INSTRUES ABAIXO: CDIGO

    ORDEM

    Conhecim

    ento

    s E

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    INSTRUES

    1. Confira, acima, o seu nmero de inscrio, turma e nome. Assine no local indicado.

    2. Aguarde autorizao para abrir o caderno de prova. Antes de iniciar a resoluo das questes, confira a numerao de todas as pginas.

    3. A prova desta fase composta de 10 questes discursivas de Filosofia.

    4. As questes devero ser resolvidas no caderno de prova e transcritas na folha de verso definitiva, que ser distribuda pelo aplicador de prova no momento oportuno.

    5. A interpretao das questes parte do processo de avaliao, no sendo permitidas perguntas aos aplicadores de prova.

    6. Ao receber a folha de verso definitiva, examine-a e verifique se o nome impresso nela corresponde ao seu. Caso haja qualquer irregularidade, comunique-a imediatamente ao aplicador de prova.

    7. As respostas das questes devem ser transcritas NA NTEGRA na folha de verso definitiva, com caneta preta.

    Sero consideradas para correo apenas as respostas que constem na folha de verso definitiva.

    8. No sero permitidas consultas, emprstimos e comunicao entre os candidatos, tampouco o uso de livros, apontamentos e equipamentos eletrnicos ou no, inclusive relgio. O no cumprimento dessas exigncias implicar a eliminao do candidato.

    9. So vedados o porte e/ou o uso de aparelhos sonoros, fonogrficos, de comunicao ou de registro, eletrnicos ou no, tais como: agendas, relgios com calculadoras, relgios digitais, telefones celulares, tablets, microcomputadores portteis ou similares, devendo ser desligados e colocados OBRIGATORIAMENTE no saco plstico. So vedados tambm o porte e/ou uso de armas, culos escuros ou de quaisquer acessrios de chapelaria, tais como bon, chapu, gorro ou protetores auriculares. Caso alguma dessas exigncias seja descumprida, o candidato ser excludo do concurso.

    10. O tempo de resoluo das questes, incluindo o tempo para a transcrio na folha de verso definitiva, de 2 horas e 30 minutos.

    11. Ao concluir a prova, permanea em seu lugar e comunique ao aplicador de prova. Aguarde autorizao para entregar o caderno de prova, a folha de verso definitiva e a ficha de identificao.

    Filo

    sofia

    DURAO DESTA PROVA: 2 horas e 30 minutos.

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    01 - Em vista de uma globalizao imposta por meio de mercados sem limites, muitos de ns tm a esperana de um retorno ao

    poltico sob outra forma no a forma hobbesiana original de um Estado de segurana globalizado, ou seja, com dimenses de polcia, servio secreto e foras militares, mas de um poder mundial de configurao civilizadora. No momento no nos resta muito mais do que a plida esperana em alguma astcia da razo e um pouco de autorreflexo. Pois aquela ruptura muda cinde tambm a nossa prpria casa. Ns s conseguiremos aferir adequadamente os riscos de uma secularizao que saiu dos trilhos em outros lugares, se tivermos claro o que significa a secularizao em nossas sociedades ps-seculares.

    (HABERMAS, J. F e Saber. So Paulo: Editora Unesp, 2013, p. 4.)

    Explique por que Habermas considera que a secularizao saiu dos trilhos em outros lugares e o que seria

    necessrio para se construir uma possvel alternativa.

    02 - O amor no pode existir sem o reconhecer-se em um outro, a liberdade no pode existir sem o reconhecimento recproco. Essa

    reciprocidade na figura humana, por seu turno, tem de ser livre para poder retribuir a doao de Deus [...]. por isso que Deus pode determinar os homens no sentido de que ao mesmo tempo os capacita e os obriga liberdade. Ora, no preciso acreditar nas premissas teolgicas para entender que, se desaparecesse a diferena assumida no conceito de criao, e no lugar de Deus entrasse um sujeito qualquer, entraria em cena uma dependncia de tipo inteiramente no causal. Seria esse o caso, por exemplo, se um homem quisesse interferir na combinao causal dos cromossomos paterno-maternos segundo suas prprias preferncias, sem ao menos supor contrafaticamente um consenso com o outro concernido.

    (HABERMAS, J. F e Saber. So Paulo: Editor Unesp, 2013, p. 24-25.)

    Para Habermas, as intervenes pr-natais no teraputicas na composio gentica dos seres humanos tm consequncias que podem minar a autocompreenso da tica da humanidade. Qual a diferena conceitual entre uma criao atribuda a Deus e uma criao atribuda a um outro sujeito qualquer? Justifique sua resposta.

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    03 - Esse discernimento se deve a uma trplice reflexo dos fiis sobre a sua possibilidade em uma sociedade pluralista.

    Primeiramente, a conscincia religiosa tem de assimilar o encontro cognitivo dissonante com outras confisses e religies. Em segundo lugar, ela tem de adaptar-se autoridade das cincias que detm o monoplio social do saber mundano. Por fim, ela tem de adaptar-se s premissas do Estado constitucional, que se fundam em uma moral profana. Sem esse impulso reflexivo, os monotesmos acabam por desenvolver um potencial destrutivo em sociedades impiedosamente modernizadas [...]. To logo uma questo existencialmente relevante v para a agenda poltica, os cidados tanto crentes como no crentes entram em coliso com suas convices impregnadas de vises de mundo e, medida que trabalham as agudas dissonncias desse conflito pblico de opinies, tm a experincia do fato chocante do pluralismo das vises de mundo. Quando aprendem a lidar pacificamente com esse fato na conscincia de sua prpria facilidade sem rasgar, portanto, o lao de uma comunidade poltica eles reconhecem o que significam, em uma sociedade ps-secular as condies seculares de tomada de decises, estabelecidas pela Constituio.

    (HABERMAS, J. F e Saber. So Paulo: Editor Unesp, 2013, p. 6-7.)

    De acordo com Habermas, quais so as principais condies para que os argumentos religiosos sejam levados em considerao na agenda poltica? Qual a proposta de Habermas para melhorar a comunicao entre F e Cincia em sociedades ps-seculares?

    04 - Inrcia e covardia so as causas de que uma to grande maioria dos homens, mesmo depois de a natureza h muito t-los

    liberado de uma direo alheia (naturalmente maiores), de bom grado permanea toda a vida na menoridade, e porque seja to fcil a outros apresentarem-se como seus tutores. to cmodo ser menor. Possuo um livro que faz as vezes de meu entendimento; um guru espiritual, que faz as vezes de minha conscincia; um mdico, que decide por mim a dieta etc.; assim no preciso eu mesmo dispender nenhum esforo. No preciso necessariamente pensar, se posso apenas pagar; outros se incumbiro por mim desta aborrecida ocupao.

    (KANT, I. Resposta questo: o que esclarecimento? In: MARAL, J.; CABARRO, M.; FANTIN, M. E. (Org.). Antologia de Textos Filosficos. Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 406.)

    Na passagem citada acima, extrada do texto Resposta questo: o que esclarecimento?, Kant apresenta alguns motivos pelos quais o homem, a despeito de sua idade, prefere manter-se num estado de menoridade, abdicando ao esclarecimento. Tendo em vista essa passagem e o conjunto do texto no qual ela se encontra, responda s seguintes questes: O que o esclarecimento para Kant? O que ele entende por menoridade? Em que circunstncia, segundo o filsofo, o homem seria considerado culpado por manter-se em um estado de menoridade?

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    05 - O uso pblico de sua razo deve sempre ser livre, e ele apenas pode difundir o esclarecimento entre os homens; o uso privado

    da mesma pode, contudo, ser estreitamente limitado, sem todavia por isso prejudicar sensivelmente o progresso do esclarecimento.

    (KANT, I. Resposta questo: o que esclarecimento? In: MARAL, J.; CABARRO, M.; FANTIN, M. E. (Org.). Antologia de Textos Filosficos. Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 409.)

    Na passagem citada acima, temos uma distino entre o uso pblico e o uso privado da razo e a observao de que o uso privado da razo no prejudica, necessariamente, o progresso do esclarecimento. Tendo em vista o texto citado e as explicaes de Kant sobre o tema, defina o que seja o uso pblico e o uso privado da razo e explique o que seria necessrio para que um profissional, um oficial ou um sacerdote, por exemplo, mesmo cumprindo suas obrigaes no mbito privado, no prejudicasse o esclarecimento.

    06 - Se, ento, for perguntado: vivemos em uma poca esclarecida? A resposta ser: no, mas em uma poca de esclarecimento.

    No atual estado de coisas, falta ainda muito para que os homens, tomados em seu conjunto, estejam em condies, ou possam vir a dispor de condies, de servirem-se do seu prprio entendimento sem a direo alheia de modo seguro e desejvel em matria de religio.

    (KANT, I. Resposta questo: o que esclarecimento? In: MARAL, J.; CABARRO, M.; FANTIN, M. E. (Org.). Antologia de Textos Filosficos. Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 413.)

    Kant um dos primeiros filsofos a se perguntar sobre o seu prprio tempo, no caso, se esse tempo corresponde a uma poca esclarecida. Qual o assunto que Kant coloca em relevo quando ele se pergunta se vive em uma poca esclarecida e por que, ao analisar esse assunto, ele pode dizer que vive em uma poca de esclarecimento?

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    07 - A humanidade to semelhante em todas as pocas e lugares que a histria no nos revela nada de novo ou estranho nesse

    aspecto. Sua principal utilidade apenas revelar os princpios constantes e universais da natureza humana, mostrando os homens em todas as variedades de circunstncias e situaes e fornecendo materiais a partir dos quais podemos ordenar nossas observaes e familiarizar-nos com os motivos regulares da ao e do comportamento humano.

    (Hume, D. Uma Investigao sobre o entendimento humano, seo 8, In: MARAL, J.; CABARRO, M.; FANTIN, M. E. (Orgs.). Antologia de Textos Filosficos. Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 379.)

    De acordo com David Hume em Uma Investigao sobre o entendimento humano, seo 8, possvel fazer uma cincia da ao e do comportamento humano? Por qu?

    08 - O que se entende por liberdade quando esse termo aplicado s aes voluntrias? Com certeza no estamos querendo dizer

    que as aes tenham to pouca conexo com motivos, inclinaes e circunstncias que no se sigam deles com certo grau de uniformidade, e que estes no apoiem nenhuma inferncia que nos permita concluir a ocorrncia daquelas, pois tais fatos so simples e bem conhecidos. Por liberdade, ento, s podemos entender um poder de agir ou no agir de acordo com as determinaes da vontade; ou seja, se escolhermos ficar parados, podemos ficar assim, e se escolhemos nos mover, tambm podemos faz-lo. (...) Qualquer que seja a definio que se d de liberdade, devemos ter o cuidado de observar duas condies necessrias: primeiro, que essa definio seja consistente com os fatos; segundo, que seja consistente consigo mesma.

    (HUME, D. Uma Investigao sobre o entendimento humano, seo 8, In: MARAL, J.; CABARRO, M.; FANTIN, M. E. (Orgs.). Antologia de Textos Filosficos. Curitiba: SEED-PR, 2009, p. 390.)

    De acordo com Hume, em Uma Investigao sobre o entendimento humano, seo 8, qual seria a boa definio de liberdade? Quais razes ele aponta para defender essa definio?

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    09 - No possvel explicar precisamente como a Divindade poder ser a causa imediata de todas as aes dos homens sem ser

    autora do pecado e da maldade moral. Esses so mistrios que a simples razo natural desassistida no est minimamente preparada para examinar (...). Feliz [da filosofia] se (...) tornar-se consciente de quo temerrio espreitar mistrios to sublimes, e, abandonando um cenrio to cheio de obscuridades e complicaes, retornar com a devida modstia a sua provncia prpria e genuna, o exame da vida ordinria, em que encontrar dificuld