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Processo Seletivo Vestibular 2013 - 20 de outubro de 2012 – Questões Objetivas 2 | Página PROCESSO SELETIVO VESTIBULAR 2013 DIREITO PORTUGUÊS Leia o texto a seguir que será objeto de análise para as questões 1 a 6. CRIME NÃO É PRIVILÉGIO DOS POBRES NEM TAMPOUCO DOS FEIOS O belo rosto da mulher de Carlos Cachoeira, Andressa Mendonça, que está em liberdade sob fiança, depois que teria ameaçado o juiz Alderico Rocha, em Goiás, nos sugere algumas reflexões criminológicas. Cabe recordar que a antropologia criminal, no século XVIII, na tentativa de explicar a origem do crime, acabou assumindo a concepção racista de que o rosto feio estaria vinculado ao mal, ao crime, ao anormal. Alguns séculos antes, na França, o édito Valeriano já dizia: quando dois são os réus, havendo dúvida sobre a autoria, condena-se o mais feio. Nietzsche afirmava que para a antropologia criminal “o tipo do criminoso é feio: monstrum in fronte, monstrum in ánimo”. Em outras palavras, rosto feio, alma monstruosa (criminosa). Assim o delinquente foi enfocado pela famosa criminologia positivista, liderada por um médico muito polêmico, chamado Cesare Lombroso (1836-1909), para quem o criminoso, sendo um selvagem, deveria sofrer medida de segurança, em nome da defesa social. Ele requer correção não apenas por sua transgressão, senão, sobretudo, pela sua degeneração e perversão (como sublinhava Foucault). O interesse da filosofia, da literatura e da ciência pela análise da fisionomia, na verdade, não é recente. Aristóteles escreveu um livro chamado Fisiognômica (Fisiognomia), onde sustenta que, apoiando-se nos dados corpóreos de um objeto, se torna possível julgá-lo. O caráter como fenômeno ético seria extração da leitura do corpo (ou do rosto). Kant, no século XVIII, afirmava que a fisiognomia é a maneira de se conhecer o interior do ser humano por meio do seu exterior (ou seja: o rosto seria a visibilidade do invisível, como bem sintetizou Levinas). É impressionante como a ciência, a criminologia, a filosofia e a literatura passaram a admitir juízos éticos sobre uma pessoa a partir da beleza ou da feiura do seu rosto. É nesse contexto que a pouca (ou nenhuma) beleza do filósofo Sócrates teria servido de base para Zapiro reputá-lo “néscio, brutal, voluntarioso e inclinado à embriaguez”. Nietzsche e Montaigne, muitos séculos depois, tampouco faziam referências elogiosas à estética fisionômica de Sócrates. O filósofo, no entanto, em sua defesa afirmava que a beleza interior está nas palavras (não no rosto): “Fale para que eu possa vê-lo.” Nós não valeríamos pelo que ostentamos exteriormente, sim, pelo que falamos, pelo que sabemos. Lombroso, é bem verdade, para além do aspecto fisionômico, ainda agregou a carga da herança genética, para criar a teoria determinista do “delinquente nato” (alguns já nasceriam delinquente). Como se vê, na segunda metade do século XIX, o pensamento mecanicista (naturalista) tomou conta das ciências, incluindo a criminologia. O rosto, como se pode concluir, tem sentido ético (Levinas), visto que ele serve para julgar o outro, pela sua diferença (porque não existem dois rostos iguais). O outro não é um idêntico (Idem-ente), sim, um difer-ente. Assim ele é julgado. A exterioridade (do rosto) seria a medida do julgamento ético do outro. Foi assim que o positivismo criminológico passou a julgar o criminoso como um ser anormal, que foi chamado por Foucault de monstro moral e político. O monstro está atrelado ao feio, ao anormal, ao excesso, à desordem, em síntese, à criminalidade. Aliás, é a partir dessa concepção que se organizam as instâncias do poder assim como os campos do saber, desde o final do século XVIII (diz Foucault). A cara de Andressa Mendonça, acusada e apresentada midiaticamente como criminosa, contradiz tudo isso. Razão, portanto, assistiria, à teoria sociológica norte-americana do labelling approach, que afirma que o crime está regido pelo princípio da ubiquidade, ou seja, todas as classes sociais delinquem, todos os rostos podem ser delinquentes. O crime não é privilégio das classes pobres nem tampouco dos feios. O homem não é coisa (Ortega y Gasset), sim, uma pessoa, uma história, que nunca é idêntica (uma à outra). O que marca o ser humano não é “idem- entes”, sim, o “difer-entes”, sendo certo que (como advertia Nietzsche) “todo homem que luta contra monstros, ao fazer isso deve procurar não se converter em outro monstro”. (GOMES, Luiz Flávio. Revista Consultor Jurídico, 23 ago. 2012. Disponível em: <www.conjur.com.br>. Acesso em: 01 set. 2012)

PROCESSO SELETIVO VESTIBULAR – 2013 DIREITO · Fisiognômica (Fisiognomia), onde sustenta que, apoiando-se nos dados corpóreos de um objeto, se torna possível julgá-lo. O caráter

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DIREITO

PORTUGUÊS

���� Leia o texto a seguir que será objeto de análise para as questões 1 a 6.

CRIME NÃO É PRIVILÉGIO DOS POBRES NEM TAMPOUCO DOS FEIOS

O belo rosto da mulher de Carlos Cachoeira, Andressa Mendonça, que está em liberdade sob fiança, depois que teria ameaçado o juiz Alderico Rocha, em Goiás, nos sugere algumas reflexões criminológicas. Cabe recordar que a antropologia criminal, no século XVIII, na tentativa de explicar a origem do crime, acabou assumindo a concepção racista de que o rosto feio estaria vinculado ao mal, ao crime, ao anormal. Alguns séculos antes, na França, o édito Valeriano já dizia: quando dois são os réus, havendo dúvida sobre a autoria, condena-se o mais feio.

Nietzsche afirmava que para a antropologia criminal “o tipo do criminoso é feio: monstrum in

fronte, monstrum in ánimo”. Em outras palavras, rosto feio, alma monstruosa (criminosa). Assim o delinquente foi enfocado pela famosa criminologia positivista, liderada por um médico muito polêmico, chamado Cesare Lombroso (1836-1909), para quem o criminoso, sendo um selvagem, deveria sofrer medida de segurança, em nome da defesa social. Ele requer correção não apenas por sua transgressão, senão, sobretudo, pela sua degeneração e perversão (como sublinhava Foucault).

O interesse da filosofia, da literatura e da ciência pela análise da fisionomia, na verdade, não é recente. Aristóteles escreveu um livro chamado Fisiognômica (Fisiognomia), onde sustenta que, apoiando-se nos dados corpóreos de um objeto, se torna possível julgá-lo. O caráter como fenômeno ético seria extração da leitura do corpo (ou do rosto). Kant, no século XVIII, afirmava que a fisiognomia é a maneira de se conhecer o interior do ser humano por meio do seu exterior (ou seja: o rosto seria a visibilidade do invisível, como bem sintetizou Levinas).

É impressionante como a ciência, a criminologia, a filosofia e a literatura passaram a admitir juízos éticos sobre uma pessoa a partir da beleza ou da feiura do seu rosto. É nesse contexto que a pouca (ou nenhuma) beleza do filósofo Sócrates teria servido de base para Zapiro reputá-lo “néscio,

brutal, voluntarioso e inclinado à embriaguez”. Nietzsche e Montaigne, muitos séculos depois, tampouco faziam referências elogiosas à estética fisionômica de Sócrates. O filósofo, no entanto, em sua defesa afirmava que a beleza interior está nas palavras (não no rosto): “Fale para que eu possa vê-lo.” Nós não valeríamos pelo que ostentamos exteriormente, sim, pelo que falamos, pelo que sabemos.

Lombroso, é bem verdade, para além do aspecto fisionômico, ainda agregou a carga da herança genética, para criar a teoria determinista do “delinquente nato” (alguns já nasceriam delinquente). Como se vê, na segunda metade do século XIX, o pensamento mecanicista (naturalista) tomou conta das ciências, incluindo a criminologia. O rosto, como se pode concluir, tem sentido ético (Levinas), visto que ele serve para julgar o outro, pela sua diferença (porque não existem dois rostos iguais). O outro não é um idêntico (Idem-ente), sim, um difer-ente. Assim ele é julgado. A exterioridade (do rosto) seria a medida do julgamento ético do outro.

Foi assim que o positivismo criminológico passou a julgar o criminoso como um ser anormal, que foi chamado por Foucault de monstro moral e político. O monstro está atrelado ao feio, ao anormal, ao excesso, à desordem, em síntese, à criminalidade. Aliás, é a partir dessa concepção que se organizam as instâncias do poder assim como os campos do saber, desde o final do século XVIII (diz Foucault).

A cara de Andressa Mendonça, acusada e apresentada midiaticamente como criminosa, contradiz tudo isso. Razão, portanto, assistiria, à teoria sociológica norte-americana do labelling

approach, que afirma que o crime está regido pelo princípio da ubiquidade, ou seja, todas as classes sociais delinquem, todos os rostos podem ser delinquentes. O crime não é privilégio das classes pobres nem tampouco dos feios. O homem não é coisa (Ortega y Gasset), sim, uma pessoa, uma história, que nunca é idêntica (uma à outra). O que marca o ser humano não é “idem-

entes”, sim, o “difer-entes”, sendo certo que (como advertia Nietzsche) “todo homem que luta contra monstros, ao fazer isso deve procurar não se converter em outro monstro”.

(GOMES, Luiz Flávio. Revista Consultor Jurídico, 23 ago. 2012. Disponível em: <www.conjur.com.br>. Acesso em: 01 set. 2012)

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Questão 01

Análise as assertivas a seguir acerca do conteúdo do texto “Crime não é privilégio dos pobres nem tampouco dos feios”.

I – O crime, ainda nos dias atuais, está ligado à feiura, tanto que os réus são pessoas com fisionomia amarga.

II – Grandes estudiosos – como Aristóteles, Kant, Nietzsche, Lombroso – afirmaram que o exterior do ser humano é um dado relevante pelo qual a pessoa pode ser julgada.

III – Para a antropologia criminal, a origem do crime acabou assumindo um caráter preconceituoso o que está sendo desfeito na atualidade.

Assinale a opção correta:

a) I, II e III são corretas. b) I e II são corretas. c) I e III são corretas. d) II e III são corretas. e) Todas estão incorretas.

Questão 02

Marque o que for correto acerca do Texto I.

a) Ao dizer “[...] nos sugere algumas reflexões criminológicas” (1º parág.), o autor tenta incluir o leitor como se este estivesse na mesma condição de quem produz o texto – uma espécie de co-autor.

b) Em “Nietzsche afirmava que para a antropologia criminal [...]”(2º parág.), trata-se de um argumento que o autor do texto utiliza. Entretanto, por ser um autor estranho ao mundo jurídico e à maioria das pessoas, não é possível dizer que o emprego de tal argumento traga credibilidade ao texto.

c) Na construção “Lombroso, é bem verdade, [...]”(5º parág.), a expressão em destaque (sublinhada) traz a ideia de ratificação do que foi proferido anteriormente.

d) O emprego de fatos históricos, como em – “Alguns séculos antes, na França, o édito Valeriano já dizia: quando dois são os réus, havendo dúvida sobre a autoria, condena-se o mais feio.”(1º parág.), reforça a tese defendida pelo autor do texto.

e) O aspecto fisionômico de Sócrates revelava que o fato de não ser belo não deve ser motivo para uma condenação. No entanto, é

uma forte razão para que a pessoa estude e tente ser exemplar no uso da palavra, prova disso é o próprio discurso do filósofo – “Fale para que eu possa vê-lo” (4º parág.). A palavra dá visibilidade à pessoa, porque a palavra dignifica.

Questão 03

No que tange à pontuação, empregada no texto I, analise os enunciados a seguir:

I – Em “[...], depois que teria ameaçado o juiz Alderico Rocha, [...]”(1º parág.), o emprego das vírgulas se justifica por se tratar de expressão circunstancial.

II – Em “O filósofo, no entanto, em sua defesa afirmava que a beleza interior está nas palavras [...]”(4º parág.), a vírgula após defesa é facultativa, uma vez que a expressão no entanto, deslocada, já está entre vírgulas.

III – Em “Todo homem que luta contra monstros, ao fazer isso deve procurar não se converter em outro monstro” (7º parág.), o emprego da vírgula não está de acordo com a norma padrão da Língua Portuguesa.

IV – Em “O monstro está atrelado ao feio, ao anormal, ao excesso, à desordem, em síntese, à criminalidade.”(6º parág.), todos os empregos da vírgula se justificam por se tratar de elementos de mesma função sintática, com exceção do termo que representa resumo do que foi dito.

V – Em [...] teoria sociológica norte-americana do labelling approach, que afirma que o crime está regido pelo princípio da ubiquidade, ou seja, todas as classes sociais delinquem, todos os rostos podem ser delinquentes.” (7º parág.), o emprego do itálico em se justifica, uma vez que labelling approach trata-se de expressão em língua estrangeira. Além disso, a expressão “ou seja” fica entre vírgulas, por introduzir esclarecimento.

Assinale a alternativa correta:

a) Apenas uma está correta. b) Apenas duas estão corretas. c) Apenas três estão corretas. d) Apenas quatro estão corretas. e) Todas estão corretas.

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Questão 04

Marque a alternativa correta quanto aos elementos linguísticos e às construções gramaticais.

a) Na construção “É nesse contexto que a pouca (ou nenhuma) beleza do filósofo Sócrates [...]” (4º parág.), a expressão “é – que”, em geral, tem valor expletivo. No entanto, neste fragmento, assume valor sintático distinto, pois a ausência dos dois termos provocaria um desvio da norma padrão.

b) Na construção “Como se vê [...]”(5º parág.), há não somente a ideia de concessão, mas também a ideia de um diálogo implícito entre autor e leitor, uma vez que aquele conta com a concordância deste.

c) Na construção “Razão, portanto, assistiria, à teoria sociológica norte-americana do labelling approach [...]”(7º parág.), o verbo assistir, em geral, ao ser empregado de forma transitiva indireta requer a preposição a. Neste caso, o complemento, apesar de não ter características humanas, é empregado com traços de prosopopeia.

d) Na construção “Ele requer correção não apenas por sua transgressão, senão, sobretudo, pela sua degeneração e perversão [...]” (2º parág.), há o emprego da correlação marcada pelos termos em destaque (grifo). Deste modo, o emprego do “senão” é apropriado para expressar a correlação, visto que traz uma nuança de adição.

e) Na construção “Aliás, é a partir dessa concepção [...]”, o emprego de “aliás” traz implícita a ideia de continuidade discursiva, numa construção condicional.

Questão 05

A partir do conteúdo textual, assinale o dito popular que melhor se adequa à tese defendida pelo autor.

a) “É melhor prevenir do que remediar”. b) “Quem vê cara não vê coração.” c) “Falar é prata, calar é ouro.” d) “Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe.” e) ” Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.”

Questão 06

Assinale a opção que não está de acordo com a

norma padrão da língua portuguesa.

a) “Cabe recordar que a antropologia criminal, no século XVIII, na tentativa de explicar a origem do crime, acabou assumindo a concepção racista de que o rosto feio estaria vinculado ao mal, ao crime, ao anormal.” (1º parág.)

b) “Em outras palavras, rosto feio, alma monstruosa (criminosa). Assim o delinquente foi enfocado pela famosa criminologia positivista, liderada por um médico muito polêmico, chamado Cesare Lombroso (1836-1909), para quem o criminoso, sendo um selvagem, deveria sofrer medida de segurança, em nome da defesa social.” (2º parág.)

c) “O interesse da filosofia, da literatura e da ciência pela análise da fisionomia, na verdade, não é recente.” (3º parág.)

d) “O rosto, como se pode concluir, tem sentido ético (Levinas), visto que ele serve para julgar o outro, pela sua diferença (porque não existem dois rostos iguais).” (5º parág.)

e) “O crime não é privilégio das classes pobres nem tampouco dos feios.” (7º parág.)

���� As questões a seguir – 7 a 10 – utilizarão como objeto de análise o texto II.

TEXTO II Numa padaria, mãe e filha estão comprando presunto. Gentil, o balconista dá uma fatia para a menina, enquanto fatia o produto na máquina. Em câmera lenta, ela degusta com vontade a fatia. Ao fundo, uma voz em off diz que todo mundo sabe qual é o melhor presunto.

Terminado o trabalho, o balconista coloca a peça de presunto Sadia de volta ao freezer, ao lado de uma peça comum, sem a marca em alto-relevo que caracteriza a marca Sadia (conhecida nacionalmente pelo S criado pela agência DPZ). A peça ao lado, como se tivesse vida, começa a trepidar e, aos poucos, de trás para frente, começa a escrever, também em alto-relevo, a palavra “Sadia”. Mas a grafia final sai "Çadia". A menina, num misto de horror e indignação, comenta: "Que burro!". A mãe, ao ver aquilo, diz ao balconista: "Moço, esse presunto tá querendo me enganar". E o balconista: "Liga não, isso aí é inveja". Em off, o locutor conclui: "Presunto, só o melhor; só Sadia.” (POSSENTI, Sírio et. al. Escrita de Textos: sugestões de trabalho.

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DIREITO

Série Linguagem e letramento em foco. Campinas: Cefiel/IEL/Unicamp/Ministério da Educação, 2008)

Questão 07

Quanto ao texto II, é possível assegurar que:

I – a fala da menina, ao ver o erro ortográfico, revela preconceito linguístico, visto que, na concepção dela, erros de ortografia são sinônimos de burrice.

II – há incoerência na fala da menina, pois ela se revela preconceituosa no que tange à ortografia da “peça [de presunto] ao lado”, no entanto não esboça essa mesma reação ao ouvir o discurso da mãe – “moço, esse presunto tá querendo me enganar”, que traz uma forma coloquial do verbo “estar”.

III – por se tratar de uma fala coloquial, o discurso do balconista não pode ser aceito para este tipo de gênero textual.

IV – ao concluir, o locutor declara que não há presunto que não seja da marca Sadia.

Assinale a opção correta:

a) todas estão corretas. b) I, II, III estão corretas. c) I, II, IV estão corretas. d) II, III, IV estão corretas. e) todas estão incorretas.

Questão 08

Para que um texto seja um todo de sentido completo, é necessário o emprego de vários elementos linguísticos os quais estabelecem diversas relações sintáticas e semânticas. Acerca dessas manifestações no texto, não se pode assegurar que:

a) Em “Mãe e filha estão numa padaria comprando presunto” (1º parág.), a construção destacada (grifo) remete a uma ação que ocorre durante o momento da fala.

b) Em “[...] enquanto fatia o produto” (1º parág.), remete a uma concepção temporal.

c) Em “[...] (conhecida nacionalmente pelo S criado pela agência DPZ)” (2º parág.), a construção entre parênteses trata-se de uma explicação. O uso dos parênteses se justifica devido ao destaque que se quer dar à explicação apresentada.

d) Em “[...] começa a escrever [...]” (2º parág.), o verbo auxiliar imprime à locução verbal uma ideia de tempo.

e) Em “A mãe, ao ver aquilo, [...]” (2º parág.), o pronome “aquilo” retoma a cena assistida.

Questão 09

Acerca dos elementos linguísticos e das construções gramaticais do texto II, observe as assertivas.

I – Em “[...] que todo mundo sabe qual é o melhor presunto.” (1º parág.), a oração destacada é uma oração subordinada substantiva objetiva direta e a oração seguinte (sem estar sublinhada) trata-se de uma oração subordinada adjetiva restritiva.

II – Em “Terminado o trabalho [...]” (2º parág.), o verbo no particípio imprime uma relação temporal à frase em que está inserido.

III – Em “A peça ao lado, como se tivesse vida [...]” (2º parág.), a construção sublinhada estabelece uma relação hipotética, caracterizando a presença da hipérbole.

Assinale a opção correta:

a) todas estão corretas. b) todas estão incorretas. c) I e II estão corretas. d) I e III estão incorretas. e) II e III estão incorretas.

Questão 10

Das cinco alternativas a seguir, há uma justificativa acerca do emprego da vírgula que destoa completamente das demais justificativas. Assinale esta opção que não tem uma justificativa semelhante às demais.

a) “Em câmera lenta, ela degusta com vontade a fatia.” (1º parág.)

b) “Ao fundo, uma voz em off diz que todo mundo sabe qual é o melhor presunto.” (1º parág.)

c) “Numa padaria, mãe e filha estão comprando presunto.” (1º parág.)

d) “Em off, o locutor conclui [...].” (2º parág.) e) “Moço, esse presunto tá querendo me

enganar.” (2º parág.)

MATEMÁTICA

Questão 11

Um funcionário de uma determinada Empresa contratou um empréstimo consignado para ser liquidado em 24 prestações fixas. Os descontos mensais referentes ao empréstimo

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DIREITO

comprometem 40% da sua renda bruta. Qual deve ser o percentual de aumento sobre esta renda para que o valor descontado, permanecendo o mesmo, passe a comprometer 30% dela?

a) 10%. b) 75%. c) 25%. d) Entre 30% e 35%. e) 40%.

Questão 12

O terceiro termo z da PA (x; y; z) é:

a) 2y – x. b) x + 2y. c) 2x + y. d) 2(y - x). e) 2(x + y).

Questão 13

Se, num triângulo retângulo, tg x = 2, em que x é um ângulo agudo desse triângulo, cos x e sen x valem, respectivamente:

75,06,0)5

1;

5

5)

5

5;

5

1)

5

52;

5

5)

5

5;

5

52)

ee

d

c

b

a

Questão 14

Considere Q a matriz inversa da matriz W =

− 12

21. A soma dos elementos da diagonal

principal da matriz Q é:

5

4)

5

2)

5

4)

5

1)

0)

e

d

c

b

a

Questão 15

Sejam as matrizes

=

=

06

24

02

11BeA .

Determinar a matriz M, tal que M . A = B.

=

=

=

=

=

10

23)

01

32)

30

12)

31

02)

03

21)

Me

Md

Mc

Mb

Ma

Questão 16

A tabela mostra quantos segundos, por minuto, ficam abertos os semáforos A, B, C, D, E e F, que são sucessivos numa avenida:

A B C D E F

15 20 30 40 50 45 Admitindo a total independência dos semáforos, ou seja, se um deles estiver aberto ou fechado em nada influenciará os demais. Assim, a probabilidade de A, B, C estarem abertos e D, E e F estarem fechados é:

1728

1)

1728

5)

2

1)

288

1)

288

5)

e

d

c

b

a

Questão 17

Simplificando a expressão 2,

3.,4,

m

mm

C

CC +, tem-se:

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DIREITO

24

)2)(1()

12

)2)(1()

12

)2)(1()

12

)2)(1()

24

)2)(1()

−+

+−

−+

++

−−

mme

mmd

mmc

mmb

mma

Questão 18

A razão entre os comprimentos das circunferências circunscrita e inscrita, em um quadrado de lado 2, é:

23)

22)

2)

2)

2

2)

e

d

c

b

a

Questão 19

Qual o número máximo de retas determinadas por cinco pontos diferentes?

5º2)

25)

20)

15)

10)

≤< retasdene

d

c

b

a

Questão 20

O conjunto solução, em R, da equação

exponencial 12022222 3211 =+−++ +++− xxxxx

a) 1. b) 3. c) 2. d) 5. e) 4.

LITERATURA BRASILEIRA

Questão 21

Sobre o romance As meninas de Lygia Fagundes Telles, não é correto afirmar.

a) O predomínio é do tempo psicológico, alternando-se o tempo vivido e a evocação do

passado.

b) O pano de fundo para o desenrolar do enredo

é o regime de exceção iniciado nos anos 60.

c) A tensão entre social e individual domina o

romance, misturando-se os sonhos, os desejos

e os ideais.

d) Os acontecimentos predominam sobre as

reflexões, o que torna mais dinâmica a

narrativa.

e) O foco narrativo em primeira pessoa alterna-

se nas reflexões das três amigas que dão

nome ao romance.

Questão 22

Relacione os trechos apresentados com as afirmativas seguintes:

I – “Era-lhe desconhecido, sentou-se ao seu lado e observou, solitário, a paisagem ao redor, a chapada deserta com a sua única árvore. Do saco tirou uma pá e começou a pensar onde enterraria o defunto.”

II – “Mas era primavera. Até o leão lambeu a testa glabra da leoa. Os dois animais louros. A mulher desviou os olhos da jaula, onde só o cheiro quente lembrava a carnificina que ela viera buscar no Jardim Zoológico. Depois o leão passeou enjubado e tranquilo, e a leoa lentamente reconstituiu sobre as patas estendidas a cabeça de uma esfinge.”

III – “De manhã cedo era sempre a mesma coisa renovada: acordar. O que era vagaroso, desdobrado, vasto. Vastamente ela abria os olhos. Tinha quinze anos e não era bonita. Mas por dentro da magreza, a vastidão quase majestosa em que se movia como dentro de uma meditação. E dentro da nebulosidade algo precioso. Que não se espreguiçava, não se comprometia, não se contaminava. Que era intenso como uma joia. Ela.” Podemos afirmar em relação aos contos de Clarice Lispector, cujos trechos foram apresentados nos itens I, II e III, que:

a) Os três contos, essencialmente, tratam de temática feminina.

b) A narração em primeira pessoa torna os textos mais verossímeis.

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DIREITO

c) Os três contos tratam dos “laços de família” que dão nome à reunião de contos.

d) Os animais servem aos personagens para pôr em questão a existência humana.

e) A conjunção “mas”, nos trechos II e III, demonstra a introspecção das personagens.

Questão 23

Rubem Braga foi considerado o poeta da crônica, cujo gênero foi um dos grandes mestres brasileiros. Braga combinou, em seus textos, a brevidade inerente ao gênero com o lirismo retirado do cotidiano, do banal. Em Ai de ti,

Copacabana, o autor reuniu crônicas produzidas entre abril de 1955 e fevereiro de 1960, publicadas em jornais e revistas da época. Sobre as crônicas que compõem o livro, não é correto afirmar:

a) São crônicas que retratam o dia a dia dos moradores do bairro carioca que dá nome ao título.

b) Em “Nascer no Cairo, ser fêmea de cupim”, o autor discute, em um texto claramente metalinguístico, os conteúdos da língua portuguesa e sua utilidade.

c) Na crônica “Dois escritores no quarto andar”, o autor discute seu ofício, a partir de reflexões sobre a escrita de seus textos e a vida de escritores, ele e outros.

d) “O poema que não foi aprovado” apresenta uma reflexão sobre a utilidade e o valor dos poemas e dos poetas.

e) Ressalta-se como tema a memória e a melancolia, um tom emotivo e evocativo de um outro tempo, mais puro e mais feliz.

Questão 24

O recado do morro, de João Guimarães Rosa, reapresenta, em sua tessitura, temas e tramas recorrentes na obra do escritor, especialmente no romance Grande Sertão: Veredas. Dentre esses temas, não se encontra:

a) Sertão e cidade. b) Estórias, relatos e mitos. c) Saber e não saber. d) A linguagem como salvação. e) O amor como centro da trama.

Questão 25

Observe os três trechos de poemas retirados de A

rosa do povo, de Carlos Drummond de Andrade e

considere as afirmações a seguir:

I) Uma flor nasceu na rua! Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego. Uma flor ainda desbotada ilude a polícia, rompe o asfalto. Façam completo silêncio, paralisem os negócios, garanto que uma flor nasceu.

II) Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície intata. Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário.

III) Já agora te sigo a toda parte, e te desejo e te perco, estou completo, me destino, me faço tão sublime, tão natural e cheio de segredos, tão firme, tão fiel… Tal uma lâmina, o povo, meu poema, te atravessa. Em relação aos trechos e aos poemas em questão, marque a correta:

a) Trata-se o livro de uma das primeiras obras de Drummond, em que se destaca o tema do homem refletindo sobre sua existência no mundo.

b) Compõe-se de poemas com teor metalinguístico, como exemplificado nos trechos I e II.

c) A relação entre o povo e a rosa aparece em todos os trechos acima.

d) A relação entre o povo e o poema é o tema dos trechos I e III.

e) Tratam do ofício de escrever os poemas I e III.

Questão 26

Leia a letra da música de Wander Lee, a seguir:

ROMÂNTICOS Românticos são poucos Românticos são loucos Desvairados Que querem ser o outro Que pensam que o outro É o paraíso... Românticos são lindos Românticos são limpos

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E pirados Que choram com baladas Que amam sem vergonha E sem juízo... [...] São tipos populares Que vivem pelos bares E mesmo certos Vão pedir perdão Que passam a noite em claro Conhecem o gosto raro De amar sem medo De outra desilusão... Romântico É uma espécie em extinção! Romântico É uma espécie em extinção! (Vander Lee)

A letra da música do compositor mineiro reafirma a permanência de uma estética produzida na arte do século XIX. Compare o poema com o Romantismo e assinale a característica que não aparece na comparação.

a) Idealismo. b) Subjetivismo. c) Versos livres. d) Condoreirismo. e) Individualismo.

Questão 27

Sobre a Semana de Arte Moderna de 1922, marco do início do Modernismo no Brasil e um dos maiores empreendimentos de renovação estética no país, marque a alternativa correta.

a) Participaram do movimento os poetas Mário de Andrade, Oswald de Andrade e João Cabral de Melo Neto.

b) Retomam-se as estéticas Simbolista e Parnasiana como forma de reafirmação da “arte pela arte”.

c) Foram apresentados sete espetáculos de poesia no Teatro Municipal de São Paulo.

d) Graça Aranha, autor de Canaã, posicionou-se radicalmente contra o Movimento.

e) Apresentou-se o poema “Os sapos” de Manuel Bandeira com sucesso.

Questão 28

Considerando as obras, os escritores e as fases

do Modernismo, é correto afirmar:

a) o regionalismo é marca Clarice Lispector e de Guimarães Rosa.

b) Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles fazem parte da segunda fase.

c) Drummond escreveu toda a sua obra poética na segunda fase.

d) Drummond e Clarice Lispector são poetas da segunda fase.

e) Clarice Lispector e Guimarães Rosa destacam-se na mesma fase.

Questão 29

Leia os trechos das canções de Gonzaguinha e de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.

CANTAR PRA FAZER O SOL ADORMECER [...] Cantar Pra fazer o sol Adormecer Cantar Pra fazer o sol menino Sonhar Sonhar com um banho de chuva Um banho de chuva fresca Que a minha mãe terra Secando Carece tomar

Cantar Para não precisar Invadir as cidades Pra comer Cantar Para não sair do meu nada Para o não sei Cantar Para ter a alegria De engravidar a mãe terra Cantar Pela honra e o trabalho Ser mais feliz (Gonzaguinha)

ASA BRANCA Quando olhei a terra ardendo Qual fogueira de São João Eu perguntei a Deus do céu, ai Por que tamanha judiação Que braseiro, que fornalha Nem um pé de plantação Por falta d'água perdi meu gado Morreu de sede meu alazão

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Até mesmo a asa branca Bateu asas do sertão Então eu disse adeus Rosinha Guarda contigo meu coração (Luiz Gonzaga/Humberto Teixeira)

Considere as afirmações a seguir e marque a errada.

a) As letras das músicas retomam temas da segunda geração da prosa modernista.

b) Raquel de Queiroz e Érico Veríssimo escreveram sobre a seca do Nordeste.

c) Gonzaguinha e Gonzagão reforçam a temática, utilizando-se de figuras de linguagem e de imagens.

d) A natureza e a temática social se combinam na estética regionalista.

e) Além da Literatura e da Música, também a pintura retratou a seca brasileira.

Questão 30

Em qual dos trechos das letras de música apresentadas na questão anterior, não se encontra o uso da linguagem figurada.

a) “Para ter alegria/de engravidar a mãe terra”. b) “Então eu disse adeus Rosinha”. c) “Cantar/Pra fazer o sol/Adormecer”. d) “[...] ardendo/Qual fogueira de São João”. e) “Um banho de chuva fresca/Que a minha mãe terra/Secando/Carece tomar”.

HISTÓRIA

Questão 31

O historiador (capixaba) Renato Pacheco levantou os principais episódios do massacre de 13 de fevereiro de 1930, no seu livro “Os Dias Antigos”. Segundo ele, o tiroteio começou quando falava o senador piauiense Pires Rabelo. Já era noite no Largo do Carmo (cidade alta) apinhado de gente, quando o tribuno, dirigindo-se para a massa, disse: "Este governo é um ladrão (de votos)". Ele propugnava a vitória de João Pessoa e Getúlio Vargas e dizia que os detentores do poder encontrariam meios de roubar votos da oposição, sobretudo no campo e graças ao coronelismo. Foi o bastante. Tomando o "ladrão" em seu sentido literal, os comandantes da Força Pública mandaram os subordinados abrirem fogo e avançarem sobre a massa com uma carga de cavalaria.

(A praça do Carmo, onde se deu o massacre. Texto adaptado e

imagem disponível em: <http://www.seculodiario.com.br/seculo/2001/seculo15/index9.htm>. Acesso em: 14 jul. 2012)

Com base nos registros históricos de Renato Pacheco, foi na Praça do Carmo, em Vitória, no dia 13 de fevereiro de 1930, que ocorreu a última reação violenta da República Velha contra os simpatizantes da Aliança Liberal. Esse acontecimento desgastou a imagem do então governador. Vargas assumiu e nomeou um interventor para o Espírito Santo, o qual governou o Estado por 13 anos.

Estabelecendo uma relação entre política nacional e a estadual no período em questão, considere as proposições a seguir:

I – O governador em questão era Florentino Avidos, representante das oligarquias tradicionais que, perseguido pela oposição, abandonou o governo espiritossantense por ocasião da revolução de 30.

II – Com a vitória de Vargas, foi nomeado como interventor do Estado do Espírito Santo, o capitão João Punaro Bley, que governou com o apoio dos jeronimistas, representantes da Aliança Liberal Capixaba.

III – Em 1943, Vargas nomeou um novo interventor para o Espírito Santo, Jones Santos Neves, político ligado aos grandes cafeicultores e que, mais tarde, foi um dos articuladores do processo de transição para a democracia.

Estão CORRETAS as proposições:

a) I e II. b) II e III. c) I e III. d) I, II e III. e) Apenas a III.

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Questão 32

Observe as imagens.

IMAGEM 1

(Disponível em: <http://revistaevolua.wordpress.com/2011/03/20/relacao-do-lixo-com-a-peste-negra-na-idade-media>. Acesso em: 10 jul. 2012)

IMAGEM 2

(Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Lenepveu,_Jeanne_d%27Arc_au_si%C3%A8ge_d%27Orl%C3%A9ans.jpgImagem>. Acesso em: 10 jul. 2012)

IMAGEM 3

(Disponível em: <http://www.mundoeducacao.com.br/historiageral/revoltas-camponesas-no-seculo-xiv.htm>. Acesso em: 10 jul. 2012)

As imagens mencionadas reproduzem um dos momentos cruciais da crise que a Europa viveu no século XIV.

A partir dos seus conhecimentos e da observação das imagens I, II e III, leia atentamente as proposições a seguir:

I – Na França, a Guerra dos 100 Anos, além de contribuir, ainda que de forma incompleta, para a centralização do poder, despertou o sentimento nacionalista, contribuindo para a consolidação do poder central em bases nacionais.

II – No caso inglês, a vitória na Guerra dos 100 Anos e a opressão fiscal provocou a insatisfação dos senhores feudais que, apoiados pela burguesia, impuseram ao Rei a Magna Carta, considerada a Carta Fundamental das liberdades inglesas, limitando os poderes do Rei.

III – A peste propagou-se rapidamente, atingindo apenas as camadas populares, devido às péssimas condições de vida a que estavam expostas, sendo explicada, pelos cronistas medievais, como castigo divino.

IV – Um fator fundamental para a quebra das estruturas do sistema feudal foi a longa série de rebeliões dos servos contra os senhores feudais, tornando inviável a manutenção das relações servis. A partir do século XIV, com mais rapidez em algumas regiões e menor em outras, as obrigações feudais foram se extinguindo.

V – Na Guerra dos 100 Anos, não houve vencedores nem derrotados, mas teve como consequência principal a consolidação territorial e a retomada do poder político pelos reis. Como a nobreza encontrava-se enfraquecida, os monarcas contaram com o apoio econômico da burguesia para recuperar e fortalecer sua autoridade.

Estão CORRETAS apenas:

a) I, II e V. b) II, IV e V. c) I e IV. d) III e V.

Questão 33

Leia atentamente o fragmento de texto abaixo:

“Os filósofos tinham o sentimento de libertar o espírito humano do peso da barbárie que o

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obscurecia e de guiá-lo para as luzes da razão. Por volta de 1760, a filosofia das Luzes tornara-se uma verdadeira crença na elite ‘esclarecida’ […] A razão levava a maior parte dos filósofos ao deísmo. Havendo o ser supremo regulado o mundo através de leis da natureza, seria inútil suplicar a ele para modificar o seu curso. […] Explicavam tudo através das propriedades da matéria. […] Considerava-se como legítima a busca do prazer. A vida em sociedade exigia o respeito dos direitos naturais, portanto, a tolerância e a prática da filantropia. Alguns reconheciam o direito à revolta no caso de violação desses direitos naturais, mas a maioria achava que esses direitos seriam melhor garantidos por um príncipe esclarecido e todo-poderoso […].” (Corvisier, André. História Moderna. 2. ed. São Paulo/Rio de Janeiro: Difel, 1980, p.371)

Analise as afirmativas sobre o assunto apresentado e assinale as alternativas corretas.

I – A barbárie a que se refere o texto nos remete ao período medieval que, dominado pelo pensamento religioso, retirava do homem a possibilidade de enxergar à luz da razão.

II – A elite esclarecida, mencionada no texto, corresponde ao baixo clero e a burguesia que, adepta da promoção do desenvolvimento material e intelectual das classes inferiores, defendia a causa iluminista como forma de promover a igualdade jurídica.

III – Os iluministas admitiam a existência de um Deus criador, mas não negavam a realidade de um mundo completamente regido pelas leis naturais e científicas.

IV – Os monarcas esclarecidos adotaram princípios do Iluminismo, como a igualdade perante o imposto, a tolerância religiosa e a tripartição do poder, como defendia Montesquieu, a fim de triunfar sobre as forças capazes de contestar o caráter absoluto de seu poder.

V – Os iluministas, ao defenderem o racionalismo, adotaram uma postura de rejeição à existência de Deus como criador do Universo. Por essa razão, tudo era explicado por meio da propriedade da matéria.

Estão CORRETAS as afirmativas:

a) I, II e III. b) II, III e IV. c) I, III e V. d) I, II, III e V. e) I e III. Questão 34

Leia atentamente o texto abaixo:

“Na madrugada de 18 de Março, Paris acordou com o rebentar do trovão de “Vive la Commune”. Que é a Comuna, essa esfinge que tanto atormenta o espírito burguês? “Os proletários da capital” – dizia o Comitê Central no seu manifesto do 18 de Março – “no meio dos desfalecimentos e das traições das classes governantes, compreenderam que para eles tinha chegado a hora de salvar a situação tomando em mãos a direção dos negócios públicos [...] O proletariado [...] compreendeu que era seu dever imperioso e seu direito absoluto tomar em mãos os seus destinos e assegurar-lhes o triunfo conquistando o poder.” Mas a classe operária não pode apossar-se simplesmente da maquinaria de Estado já pronta e fazê-la funcionar para os seus próprios objetivos.” (MARX, Karl. O que é a Comuna. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/50305091/Comuna-de-Paris< Acesso em: 08.jul.2012)

Sobre a Comuna de Paris, analise as seguintes afirmativas:

I – Foi a primeira experiência de ditadura do proletariado na história que instaurou um autogoverno dos trabalhadores, criado pela revolução proletária em Paris.

II – A Comuna de Paris foi resultado da luta da classe operária francesa e da classe internacional contra a dominação política e a opressão da burguesia.

III – A Comuna de Paris derrubou a autocracia francesa e levou ao poder o Partido dos Trabalhadores. No fim do processo, surgiu o primeiro Estado socialista do mundo.

IV – A causa direta do surgimento da Comuna de Paris consistiu no agravamento das contradições de classe, entre o proletariado e a burguesia, decorrente da derrota sofrida pela França na guerra Franco-Prussiana (1870-1871).

V – Entre as causas da derrota da Comuna de Paris, pode-se apontar a ausência de aliança

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combativa entre a classe operária e o campesinato.

Está CORRETO o que se afirma em:

a) I, II, III e V. b) II, III e IV. c) III, IV e V. d) I, II, IV e V. e)I, II, III, IV e V. Questão 35

[...] Desde que foi eleito, Collor, sem assinar uma única grande obra, conquistou a simpatia dos alagoanos e a popularidade no Brasil inteiro. Descobriu primeiro a mina de impacto político que pode ser aberta com uma boa caçada aos marajás do serviço público. Esse é o seu segredo. [...] (A GUERRA ao turbante. Revista VEJA, 23 mar. 1988. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/arquivo_veja/fernando-collor-de-mello-confisco-pc-farias-impeachment-casa-da-dinda.shtml>. Acesso em: 14 jul. 2012.

[...] Antes de tomar posse, o presidente informou que só tinha uma bala na agulha para disparar contra a inflação e, portanto, não poderia errar. Fez o disparo – só que, ao invés de uma bala de revólver, detonou uma bomba nuclear sobre a economia. [...] (O PRESIDENTE dispara sua bomba. Revista VEJA, 21 mar. 1990. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/arquivo_veja/fernando-collor-de-mello-confisco-pc-farias-impeachment-casa-da-dinda.shtml>. Acesso em: 14 jul. 2012)

Sobre a ascensão e a queda do então presidente e atual senador Fernando Collor de Mello, assinale a alternativa CORRETA.

a) Sua plataforma política assemelhava-se a de Vargas nos anos 50, como “pai dos pobres” e “mãe dos ricos”. Esse discurso nacionalista, paternalista e moralista aproximou os setores conservadores da sociedade que lhe deu amplo suporte da mídia, marcando a influência do marketing político no processo eleitoral brasileiro.

b) A classe média dominante deu total suporte à candidatura de Fernando Collor de Mello, como sendo a melhor saída para enfrentar os candidatos da direita e do centro, representada por Lula e por Leonel Brizola, respectivamente.

c) Para combater a grave crise econômica, o governo formulou o plano econômico Cruzado Novo que incluía, além de medidas

econômicas para conter a elevada inflação, o estabelecimento total do congelamento de preços e de salários; ato este que lhe rendeu grande impopularidade.

d) O setor empresarial que havia dado suporte político à campanha eleitoral de Collor deixou de apoiá-lo quando se iniciou o processo de abertura da economia com a isenção de impostos para importação, eliminando-se vários privilégios para o setor nacional e expondo a indústria brasileira à concorrência estrangeira.

e) Apesar de ter sido acusado de crime de responsabilidade e envolvimento direto em esquemas de corrupção, as acusações contra Collor não foram confirmadas. Por isso, a Câmara dos Deputados e o Senado, para evitar uma crise política, optaram apenas pelo seu afastamento da vida pública por oito anos.

Questão 36

Estabelecendo um paralelo entre os processos de emancipação da América Espanhola, EUA, Haiti e Brasil, assinale a alternativa INCORRETA.

a) O movimento de independência da América teve início quando as Treze Colônias, de propriedade da Inglaterra, se manifestaram contra a abusiva política tributária. Os colonos revoltados organizaram manifestações e assumiram posturas radicais, resultando em uma guerra entre colônia e metrópole.

b) O caso haitiano é uma exceção, pois vivenciou uma revolta de escravos contra a classe dominante. Foi o único movimento de independência da América movido por escravos, mas não aboliu a escravidão como era previsto.

c) No Brasil, não houve guerra contra Portugal, mas sim guerras internas para afirmar a unidade territorial e, à exceção de todo continente americano, optou-se pela adoção de uma monarquia escravista.

d) O processo de independência da América espanhola caracterizou-se por ser uma disputa política, econômica e administrativa, entre os criollos, apoiados pela Inglaterra, e os chapetones, defensores da Espanha.

e) Na América espanhola, a independência trouxe a desagregação e a fragmentação política do território, dando origem ao surgimento de vários países.

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Questão 37

Ao longo da História, a Igreja Católica realizou 21 Concílios Ecumênicos, realizados, sobretudo nos primeiros séculos do Cristianismo. Nos últimos 500 anos, foram celebrados: o de Trento, no século XVI; o Vaticano I, no século XIX e o Vaticano II, no século XX. Preocupado com a conjuntura internacional do período pós 2ª Guerra Mundial, a Guerra Fria, que colocava em risco a estabilidade da paz e os avanços no respeito à dignidade humana, o Papa João XXIII, no dia 11 de outubro de 1962, abria, de modo solene, o Concílio Ecumênico Vaticano II.

Assinale a alternativa CORRETA.

Como reflexo das determinações do Concílio do Vaticano II na vida política brasileira entre os anos 70 e 80, podemos afirmar que este contribuiu para:

a) o surgimento da Teologia da Libertação, doutrina católica com forte influência do pensamento de direita e com amplo apoio das classes populares.

b) a disseminação das chamadas comunidades eclesiais de base (da igreja), com acentuada atuação política em sindicatos e em movimentos populares, os quais, durante a

ditadura militar, contribuíram para a redemocratização do Brasil.

c) a formação de grupos políticos terroristas, tais como o MR- 8, que defendia ideias comunistas.

d) a organização da Liga Camponesa que, apoiada por todo o clero brasileiro, indispôs-se com o regime militar.

e) o surgimento, dentro da Igreja Católica Brasileira, de um grupo de teólogos, que por meio da pregação religiosa, criticava a Santa Sé.

Questão 38

Se examinarmos nosso Código Civil, tanto o atual como o antigo, notaremos que ele tem a mesma estrutura, a mesma distribuição que os demais códigos. Consta de vários livros: Parte Geral, Direito das Obrigações, Direito dos Contratos, Direito das Coisas, Direito de Família, Direito das Sucessões. Há artigos de nosso código iguais aos de algum outro código, parecendo que eles tomaram por base algum código anterior. É o que parece, mas é o que também acontece. Todos

eles partiram de código-padrão, denominado “Corpus Juris Civilis”. (Disponível em: <http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/o-

corpus-juris-civilis-se-transformou-no-c%C3%B3digo-civil-do-brasil>. Acesso em: 06 ago. 2012)

Sobre o Corpus Juris Civilis, assinale a alternativa INCORRETA.

a) O Corpus Juris Civilis é uma obra fundamental da jurisprudência, surgido não em Roma, mas em Constantinopla, atual Istambul, por iniciativa do imperador Justiniano, do Império Romano do Oriente.

b) O Corpus Juris Civilis foi o primeiro conjunto de leis escritas na Europa medieval. A vigência dessas leis era somente válida nas regiões originais do território imperial, deixando que os costumes e as tradições dos povos conquistados fossem preservados.

c) Foi no Corpus Juris Civilis, obra-prima do Direito Romano, que os legistas da Idade Média e dos Tempos Modernos estudaram a legislação romana e foi também ele que serviu de base aos nossos códigos atuais.

d) Sua importância se deve à compilação das leis que já existiam e à formulação de novas leis, que se tornaram a base do Direito Civil moderno. Além de representar uma revolução jurídica, é também um documento importante sobre a vida no Império Romano.

e) A obra é composta de quatro partes: o Código de Justiniano, que continha toda a legislação romana revisada desde século II; o Digesto, composto pela jurisprudência romana; Institutas, os princípios fundamentais do direito; e as Novelas, com leis formuladas por Justiniano·

Questão 39

Durante a Idade Média, o trabalho era duro, rural e adaptado ao clima, às festas e aos repousos ditados pela família e pela religião, onde havia inúmeros dias santos.

Trabalhava-se em média de 700 a 1.000 horas por ano. Nesta sociedade, predominavam os valores de vida comunitária, onde adultos e crianças partilhavam de atividades comuns, onde o trabalho e o lúdico tinham o mesmo grau de importância. Camargo (1998) descreve: "A labuta iniciava ao alvorecer e terminava quando a luz do dia faltava, mas havia as pausas impostas pelo cansaço, aos

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domingos e feriados religiosos, das entressafras, a chuva era uma pausa forçada”. (MALACRIDA, Priscila Lomas; MACHADO, Dalmo Roberto Lopes. Retrospectiva do lúdico: consequências da Revolução Industrial sobre a temática lazer e trabalho. Revista Multidisciplinar da UNIESP – Saber Acadêmico, n. 06, dez. 2008. Disponível em: <http://www.uniesp.edu.br/revista/revista6/pdf/9.pdf>. Acesso em: 25 jul. 2012)

No início da Idade Moderna, a Igreja Católica sofreu uma ruptura irreversível que deu origem às várias correntes religiosas do catolicismo e do protestantismo.

Considerando as informações contidas no fragmento de texto acima e seus conhecimentos sobre trabalho e religião na Idade Moderna, leia atentamente as proposições abaixo:

I – No catolicismo, de forma geral, condenava-se o não fazer nada e o divertimento em geral e as atividades lúdicas eram consideradas ociosas e geradoras de desvios. A regra ditava que o trabalho era uma obrigação a que o homem estava condenado. Data-se desta época o surgimento de provérbios comuns até a atualidade, como “a ociosidade é mãe de todos os vícios”.

II – No Calvinismo, havia a valorização excessiva do trabalho e o acúmulo de riquezas. Tal corrente foi a base ética que deu suporte para a ascensão do capitalismo, procurando conciliar o capitalismo nascente com a fé. Daí a expressão “o trabalho enriquece, a preguiça empobrece”.

III – No Luteranismo, a riqueza, era vista como benção divina, e a falta de dinheiro, a pobreza, como ausência de sintonia com Deus, um estado de doença espiritual. Daí a expressão “cabeça vazia, oficina do diabo”.

Considerando as proposições acima, assinale a alternativa CORRETA.

a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) Apenas a III. e) Apenas a II.

Questão 40

As Ilhas Malvinas, arquipélago situado acerca de 500 quilômetros da costa argentina, foram palco de uma das mais curtas, sangrentas e desnecessárias guerras que aconteceram no século XX. A região foi ocupada pelos britânicos desde o século XIX e integrava uma parcela mínima dos vastos territórios que compunham o imenso império britânico. Após a Segunda Guerra, mesmo com o processo de descolonização, a região sul americana se manteve sob a tutela inglesa.

(Disponível em: <http://guerras.brasilescola.com/seculo-xx/guerra-das-malvinas.htm>.Acesso em: 12 jul. 2012)

Sobre o conflito argentino e britânico ocorrido em 1982, pela disputa da posse das Ilhas Malvinas, e seus episódios recentes, leia atentamente as proposições a seguir e assinale a alternativa CORRETA.

I – Na atualidade, o governo argentino defende a soberania sobre as ilhas com base no argumento de que a população é descendente dos espanhóis de quem compraram as ilhas, os kelpers, que preferem ficar ligados ao governo argentino devido às afinidades culturais.

II – O governo ditatorial argentino, na época do conflito, vivia a crise do regime militar. O governo ditatorial do então General Leopoldo Galtieri ocupou militarmente as Malvinas, na tentativa de desviar a atenção da população sobre os problemas internos do país.

III – As tensões entre o governo argentino e o britânico acirraram nos últimos anos, quando uma companhia britânica deu início à prospecção de petróleo na região. A atual presidente, Cristina Kirchner, como represália, expropriou 51% da empresa petrolífera, causando grande indignação na comunidade internacional.

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IV – No período em que estourou o conflito, o Chile, sob a ditadura de Pinochet, colaborou com o governo argentino, em razão de uma disputa territorial com os britânicos por limites de fronteiras no extremo sul do continente.

V – O governo brasileiro, sob o comando do General João Batista Figueiredo, considerava justa a reivindicação argentina, mas temendo a possibilidade de restrições econômicas pelos britânicos, norte americanos e europeus defendeu uma solução pacífica para o conflito.

Estão CORRETAS:

a) I, III e V. b) II, III e IV. c) II e V. d) III e V. e) I e IV.

GEOGRAFIA

Questão 41

Sobre o assunto em destaque no fragmento a seguir, assinale a afirmativa ERRADA.

“A cada dez anos, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) realiza o Censo, uma radiografia da população e das condições de vida dos brasileiros. O primeiro aconteceu em 1872, quando o país ainda possuía um regime imperial. De lá para cá, muita coisa mudou. Hoje, a pesquisa quantifica (e, posteriormente, com os estudos sobre seus significados, qualifica) as mudanças demográficas estruturais pelas quais o país passa, além de apresentar uma periodicidade regular”. (Disponível em: <https://almanaque.abril.com.br/materia/o-brasil- no-espelho>. Acesso em: 10 set. 2012)

a) A maior expectativa de vida dos brasileiros obriga os poderes Executivo e Legislativo a repensar suas políticas públicas.

b) Com taxa de fecundidade menor e maior expectativa de vida, a estrutura etária da população brasileira está se alterando rapidamente.

c) Em 2010, foi a primeira vez, desde o início do século XX, que a população branca deixou de ser maioria da população brasileira.

d) O Censo registrou maior crescimento populacional nas cidades de médio porte, polos articuladores da economia e serviços, esvaziando o campo.

e) O Censo constatou uma intensa migração das regiões menos povoadas para as grandes cidades industrializadas.

Questão 42

Em 1946, logo após sua fundação, a Organização das Nações Unidas (ONU) adotou como bandeira e símbolo oficial a projeção representada na figura abaixo.

Qual tipo de projeção estilizada é adotada no símbolo da ONU ?

a) Cilíndrica equidistante. b) Cilíndrica equivalente. c) Semelhante ou conforme. d) Azimutal. e) Cilíndrica conforme.

Questão 43

Em uma análise acerca da distribuição populacional, ou seja, a proporção entre a população e a superfície territorial, é possível identificar a intensidade do povoamento de um determinado lugar.

Analise os dados informados a seguir:

País População absoluta

(habitantes em 2012)

Superfície (Km2)

China 1.347.000.000 9.572.900

EUA 313.000.000 9.341.175

Brasil 196.000.000 8.514.876

Bangladesh 150.000.000 147.570

França 63.000.000 543.965 (Almanaque Abril – 2012)

De acordo com os dados apresentados, qual é o país de menor população relativa?

a) China. b) EUA. c) Brasil. d) Bangladesh. e) França.

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Questão 44

As delegações dos 188 Estados-Membros presentes na Rio+20, acompanhados por mais três observadores, aprovaram, na noite de sexta-feira (22/06), no encerramento da Conferência, o documento “O Futuro que Queremos”. Após decisão consensual em assembleia, as delegações expressaram contentamento com os esforços multilaterais, mas também reservas de interpretação para pontos específicos do documento. (Disponível em: <http://www.onu.org.br/rio20-termina-e-documento-final-o-futuro-que-queremos-e-aprovado-com-elogios-e-reservas/>. Acesso em: 25 jun. 2012)

O documento final da Rio+20 cita as principais ameaças ao planeta. Dentre elas, está ERRADO o que se afirma em:

a) desertificação. b) corrupção. c) desmatamento. d) aquecimento climático. e) esgotamento dos recursos pesqueiros.

Questão 45

“O aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas reacendeu a memória de um conflito que divide até hoje argentinos e britânicos. Em fevereiro (2012), o governo argentino pediu a reabertura de negociações sobre a soberania das ilhas e acusou o Reino Unido de militarizar a área após o envio de um navio britânico”. (Disponível em: <http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/04/entenda-guerra-das-malvinas.html>. Acesso em: 5 jul. 2012)

(Disponível em: <http://contextoshistoricos.blogspot.com.br/2012/04/pio-penna-filho-comenta-os-30-anos>. Acesso em: 5 jul. 2012)

Sobre o assunto em destaque, assinale a afirmativa CORRETA.

a) A possibilidade de existência de petróleo está tornando as Malvinas alvo de interesses econômicos.

b) As Malvinas estão localizadas dentro das águas territoriais argentinas.

c) O governo argentino deseja garantir a exploração de petróleo nas ilhas, sem interesses políticos.

d) O governo britânico visa resgatar o seu poder geopolítico no hemisfério sul, invadindo territórios como os das ilhas.

e) Os moradores das Malvinas já afirmaram, várias vezes, o desejo de se tornarem cidadãos argentinos.

Questão 46

“Os problemas habitacionais existentes no mundo, hoje não atingem mais apenas a população de baixíssima renda. A falta de moradia cresce à medida que os problemas econômicos, sociais e, acima de tudo, políticos surgem no cenário mundial. Porém, estes problemas se sobressaem nos países em desenvolvimento, onde a falta de moradia resulta no surgimento de grandes aglomerados com inúmeras precariedades físicas, ambientais e sociais”. (Disponível em:

<http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos>. Acesso em: 9 jul. 2012)

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Assentamento precário é a denominação da ONU para as comunidades popularmente conhecidas no Brasil como favelas. É possível atribuir como uma das causas dos assentamentos precários:

a) aumento da criminalidade. b) problemas com insegurança pública. c) agravamento da infraestrutura viária. d) crescimento muito acelerado da população

urbana. e) agravamento de processos de degradação

ambiental.

Questão 47

”Dia 20 de junho de 2012, após terem sido investidos 143,2 milhões de reais, o Exército Brasileiro entregou ao Ministério da Integração as obras do Eixo Norte do canal de transposição do rio São Francisco em Cabrobó (PE)”. (Disponível em: <http://veja.abril.br/blog/ricardo-setti/tag/canal-de-transposiçao-do-rio-sao-francisco/ 27/06/2012>. Acesso em: 01 jul.2012)

O Projeto de Transposição do Rio São Francisco não é uma ideia nova. Ampliado no governo Lula, ele existe há décadas. Contudo, tem sido criticado por ambientalistas e representantes de outros setores da sociedade, incluindo a Igreja Católica.

Analise as afirmativas a seguir sobre a Transposição do Rio São Francisco.

I - A transposição provocará, a longo prazo, um significativo aumento dos números referentes a emprego e renda.

II - A transposição poderá provocar alterações no Rio São Francisco e a diminuição do seu volume de água.

III - Elevado custo da obra, cujas verbas poderiam ser utilizadas para revitalização do rio.

IV- A atividade pecuarista seria beneficiada garantindo o abastecimento do gado.

As afirmativas que apresentam aspectos positivos da obra em destaque são:

a) I e II. b) II e III. c) I e IV. d) II e III. e) III e IV.

Questão 48

“O comércio internacional é um dos principais motores da globalização. A expansão do intercâmbio comercial aprofunda a divisão internacional do trabalho e as especializações produtivas de cada país, viabilizando sua efetiva inserção no espaço econômico mundial”. (MAGNOLI, Demétrio e ARAÚJO, Regina. Geografia: a construção do

mundo. São Paulo: Moderna 2005, p.378)

Sobre o comércio externo brasileiro, assinale a afirmativa CORRETA.

a) O Brasil tem registrado déficits na balança comercial desde 2001.

b) No comércio com o Brasil, os EUA perderam espaço para a China.

c) O Brasil tem reduzido suas exportações para os países emergentes.

d) O Brasil tem aumentado a dependência do mercado dos países desenvolvidos.

e) O Brasil prioriza suas vendas para os países do hemisfério Sul.

Questão 49

“A desconcentração industrial é um fenômeno mundial, que vem ocorrendo em escala global, nacional e regional. Trata-se de um processo que tende à nova lógica da organização industrial mundial. Se a primeira grande linha de pensamento industrial surgida no século XIX, o Fordismo, prezava pela concentração espacial de todos os processos produtivos (verticalização) além da proximidade dos estabelecimentos industriais das fontes de matéria-prima e do mercado consumidor a nova tendência organizacional, surgida no século XX e conhecida por Toyotismo, privilegia a desconcentração espacial das diferentes etapas de produção (horizontalização) e a não necessidade da proximidade dos recursos de matéria-prima ou do mercado consumidor, caracterizando assim um novo espaço industrial”. (Disponível em: <http://www.fev.edu.br/graduaçao/desconcentraçao_industrial_o_processo_seus_motivos>. Acesso em: 10 set. 2012)

Sobre as motivações para essa nova lógica da organização industrial mundial, analise as afirmativas a seguir e assinale a que estiver ERRADA.

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a) Adaptação do espaço industrial às novas realidades impostas pelo capitalismo moderno.

b) O encurtamento das distâncias, promovido pela evolução dos meios de transportes e de comunicação.

c) Incentivos fiscais oferecidos por alguns países, estados ou municípios, para atrair esse tipo de atividade para seu território.

d) O não pagamento de taxas para ocupação do solo, para produzir determinado gênero é atrativo para a maximização dos lucros da empresa.

e) Para maximização dos lucros, ocorre uma intensa movimentação industrial pelo espaço globalizado, que se apresenta bastante homogeneizado.

Questão 50

A energia solar e a energia eólica fazem parte do rol de fontes alternativas aos combustíveis fósseis, principalmente em virtude de duas características: elas são renováveis e não emitem gases poluentes durante o processo de geração. A ampliação do seu uso é possível em países com:

a) desenvolvimento tecnológico avançado. b) reduzida densidade demográfica. c) baixo índice de industrialização. d) condições climáticas favoráveis. e) grande extensão territorial.

INGLÊS

����All the questions refer to the text below.

DID THE THREE LITTLE PIGS GET A FAIR TRIAL?

The Guardian is promoting its "open journalism"

campaign with a clever new ad. But what are the

costs of encouraging the public to judge a case

before the legal system can grant due process?

The Guardian

Like many other journalists on this side of the Atlantic, I am impressed both with the energy and the creativity of The Guardian's new "open journalism" campaign , which launched earlier this week to rave international reviews. The online video produced by the venerable British news organization is striking. Two minutes long, brilliantly produced, it uses the classic tale of the "Three Little Pigs " to illustrate why good journalism matters on both a micro and a macro level. Take the time to watch it. Now, you could watch that video 10 times (I stopped at six) and come away with 10 different perceptions. It's a story about the power of social media. It's a story about the marketplace of ideas. It's a story of power. It's a story of economics. It's a story about property rights. It's a story about how things are never quite what they initially seem to be. As a legal analyst, I chose to see the story first as the classic constitutional battle between free press rights under the 1st Amendment and fair trial rights under the 6th Amendment.

Did the Three Little Pigs ever get a fair trial? The video never answers that question. But it's a legitimate topic -- after all, at 1:33 of the 2:01 video, we see pretrial publicity for the pigs, who are apprehended for crimes against the Big Bad Wolf. For 93 seconds, three quarters of the spot, the viewers being informed about "open journalism" see many of the ugly elements familiar to anyone who has ever followed a high-profile case here in America. The shrieking headlines. The rampant speculation. The arrest. The spin. Even the perp walk.

Maybe The Guardian doesn't answer the obvious question because the answer is one of those inconvenient truths that arise for journalists whenever their rights rub up against the rights of the accused to a trial free from prejudicial pretrial publicity. "Open" journalism may be great. Broad 1st Amendment rights are essential. But it comes at a cost in criminal cases -- costs to the defendant, to the justice system, and to the essence of justice itself. As a society we've come to accept these costs. But that doesn't mean we should ignore them.

To me, "open journalism" in the context of the American legal system is both a sword and a shield. Initially, it is a sword for the police and

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prosecutors, who hold huge legal and practical advantages over criminal suspects. Officials use their access to the media -- the other side of the "open" door, you could say -- to leak incriminating information about those suspects. The leak is designed to create the very thing the Constitution is supposed to protect against: prejudicial pretrial publicity that undermines a criminal defendant's right to a fair trial. The media, which benefit from such leaks, naturally do little to expose how or why they occur and what damage they often do to a criminal defendant's presumption of innocence. I've long called this relationship a "conspiracy" and think it would be great if some public-interest media group out there did some "open journalism" work on how the 6th Amendment rights of criminal defendants have fared in the age of social media and instant global communication via handheld device.

The Guardian's marketing film makes it seem as though a curious public is quickly rallying in support of the right of the pigs to defend themselves in their homes. But then the story turns. The Big Bad Wolf had asthma. We learn about the financial incentive for the defense of their homes, etc. Then the story turns again. In real life, here in America, to the extent that the public ever rallies to any murder defendant in any case, it's typically years later, when the truth surfaces about the details of an unfair trial, or a biased judge, or a recanted witness.

And here is where "open journalism" also can be a shield -- or maybe a shovel. It is "open" journalism, after all, which helps the nation learn about prosecutorial misconduct in capital cases or about racial disparities in sentencing. It is "open" journalism that allows the woman in Maine to know the details of injustice to men in Ohio or in Alabama, allows her to see patterns of prejudice, incompetence, or plain bad judgment from government officials, lay witnesses, judges, and medical experts. You get a whiff of that, too, in The Guardian's spot.

Bad judges. Bad lawyers. Bad witnesses. Bad laws. Bad cases. Thanks to the Internet and "open journalism," they all all get more quickly exposed today to international scrutiny and scorn. The increased use of DNA testing is the single biggest reason why we know so much more now about

some of the wrongfully convicted people in our criminal justice systems. But new avenues of public dissemination about some of these cases surely accounts for shifting perceptions about he death penalty, our prison systems, and the accuracy of criminal trials.

It is telling that when The Guardian's creative minds sat down to create their video they thought that the pretrial phase of a high-profile criminal case would best enable them to flesh out the concept of "open journalism." It is also telling that the journalists moved on without telling us whether justice was done at the pigs' trial. Pretrial publicity is, indeed, almost by definition, remorseless like that. The leaks occur. The damage is done. And then everyone pretends that jurors can be objective at trial despite what they've heard or seen beforehand.

What are the costs of "open journalism" before trial? When does "open journalism" go too far in prejudicing the rights of defendants? If jurors, indeed, can erase their minds of preconceived notions and judge a defendant solely on courtroom evidence, then why do prosecutors and the police (and, later, defense attorneys) spend so much time and energy trying to manage pretrial perceptions? I hope The Guardian makes a sequel spot, where we learn how the case against the pigs turns out. And I sure hope they had a good lawyer.

(The Guardian, mar. 2 2012. Disponível em: <http://www.theatlantic.com/national/archive/2012/03/did-the-three-little-pigs-get-a-fair-trial/253864/>. Acesso em: 10 jul. 2012).

Questão 51

The main idea of the article:

a) discusses the importance of an advertising campaign on spreading a new marketing concept.

b) is to define “open journalism”. c) is to argue about the costs of a trial involving

celebrities and the media. d) is to show the media’s role in influencing a jury

and a trial’s outcome. e) is to talk about the influence of pretrial costs

for the judicial system.

Questão 52

After reading the article what can be inferred about the Three Little Pigs trial?

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a) The pigs got a fair trial under the principles of the first Amendment, but not under the sixth’s.

b) The pigs were victims or manipulative fraudsters or both.

c) The Big Bad Wolf died due to an asthma crisis. d) The Big Bad Wolf used the press to influence

the jurors. e) The press supported the pigs from the

beginning to the end of the trial.

Questão 53

Read the following sentence from the article:

“Maybe The Guardian doesn't answer the obvious question because the answer is one of those inconvenient truths that arise for journalists whenever their rights rub up against the rights of the accused to a trial free from prejudicial pretrial publicity.”

Which of the following sentences best express the essential information in the above sentence?

a) Even for the Guardian the distinction between the press’ rights of free speech and the defendant’s right of a fair trial is not clear.

b) A journalist has the right to inform what is true and not be influenced by any feeling it may arise.

c) It is always inconvenient for the accused party when the press prints the truth.

d) Prejudicial pretrial publicity should be avoided at any cost as it slows down the judicial process and may harm the accused rights.

e) At anytime there is an article before a trial the defendant‘s rights have been used against him.

Questão 54

The best explanation for the word “undermines” in “[…] prejudicial pretrial publicity that undermines a criminal defendant's right to a fair trial.” is:

a) without the opportunities enjoyed by other members of society.

b) to judge or rate below the average. c) to state something without full information. d) to disguise. e) to weak or ruin something by or as if by

wearing away a base or foundation.

Questão 55

The author of the article opinion can be said to be:

a) biased and prejudicial. b) incriminating and damaging. c) informative and optimistic. d) objective and clever. e) Witless and confusing.

Questão 56

O texto usa palavras relacionadas ao universo jurídico. Assinale a alternativa que não contém palavra(s) desse universo.

a) Defendant, witness, judge, law. b) Damage, pattern, condemn, incompetence. c) Amendment, rights, courtroom. d) Capital cases, trials, convicted people. e) Juror, jury, sentence.

Questão 57

Quanto ao uso de testes de DNA, analise as assertivas a seguir:

I. O uso de teste de DNA é responsável por um maior número de condenações nos últimos anos e pela divulgação desses crimes.

II. O uso de teste de DNA é, sem dúvida, o maior fator de esclarecimento de crimes nos últimos anos.

III. O uso de teste de DNA é o principal recurso condenatório do sistema judicial atualmente.

IV. O uso de teste de DNA é o maior responsável pela revisão e pelo esclarecimento de casos antigos sem solução.

Assinale a opção CORRETA:

a) I, II e III. b) II, III e IV. c) I, III e IV. d) Todas estão corretas. e) Todas estão erradas.

Questão 58

A questão debatida no artigo:

a) mostra a importância da imprensa em qualquer julgamento devido ao seu alcance mundial.

b) assegura que o conceito de julgamento justo e de liberdade de expressão não é influenciado pela cobertura da imprensa.

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c) desmistifica a importância da cobertura da imprensa antes do julgamento.

d) discute o conceito de julgamento justo e o papel da mídia no mesmo.

e) argumenta em favor da liberdade de imprensa, independentemente de qualquer consequência.

Questão 59

Em “The Guardian's marketing film makes it seem as though a curious public is quickly rallying in support of the right of the pigs to defend themselves in their homes. ”, a melhor tradução das palavras as though e rallying, respectivamente, é:

a) através – gritando. b) como se – reunindo-se. c) parecer – pensando. d) pensante – raramente. e) apesar – torcendo.

Questão 60

Após ler o texto, podemos dizer que a escolha dos porquinhos como tema do comercial foi: a) primordial para o sucesso do filme, pois associa

a realidade ao mundo da fantasia, em um tema atemporal.

b) a chave do sucesso do filme, visto que lida com o emocional do expectador em um universo irreal.

c) surpreendente, por tratar uma história infantil de forma adulta e instigante.

d) correta, por ser do conhecimento de todos e por abordar um tema sempre atual: assassinato.

e) acertada, pois, a partir de uma história conhecida, apresenta a importância da interatividade do público com a mídia.

ESPANHOL

TEXTO I – EL FLANCO DÉBIL

La idea de que los medicamentos se paguen en función de la renta y no de la situación laboral es una vieja reivindicación de cierto grupo de economistas. Ya se mencionaba en el Informe

Abril, de 1991, apenas cinco años después de instaurado el actual sistema nacional de salud. La partida de lo que pagan las Administraciones por los fármacos que se dispensan con receta (11.000 millones anuales y bajando, según los últimos

datos del ministerio) es la más visible de todas. De hecho, es la única que se cuantifica y se hace pública mes a mes, algo que no sucede con las compras de los hospitales, las nóminas o los costes de los procesos o los indicadores de eficacia y calidad del sistema, por ejemplo.

De hecho, no todos los pensionistas están exentos de pagar por sus fármacos. Los que han elegido el sistema de Muface, heredero de las viejas mutuas, pagan el 30% de los fármacos. Y algunos estudios apuntan a que ellos gastan, precisamente, un 25% menos en medicamentos, sin que parezca que su salud se haya resentido. Claro que, a cambio, pagan -pagaban- solo un 30% de los medicamentos cuando estaban en activo, en lugar del 40% del resto de los trabajadores.

Pero la idea siempre ha tenido críticas desde varios puntos de vista. La primera es de concepto. Porque los jubilados sí que pagan por su sistema sanitario, y ya lo hacen en función de su renta. Lo hacen cada vez que ponen gasolina, compran una barra de pan, con la parte del IRPF que se les descuenta de la pensión o cuando pagan la luz, porque la sanidad se paga con los impuestos que el Estado recauda en cada uno de los movimientos financieros. En definitiva, lo hacen en función de su declaración de la renta. Y en la del patrimonio. Y esto último es importante, porque este sistema tiene la ventaja, frente a fijarse solo en los ingresos, de que grava todo. Es decir, eso de que paga menos el pensionista que cobra 100.000 euros que el parado no es verdad. Seguramente el primero, si cumple con Hacienda, esté pagando mucho más. Lo que nos lleva a otro asunto: de nuevo el cambio beneficia a los defraudadores, que pagarán menos por sus medicinas.

La segunda crítica de gran calado es que penaliza a los enfermos. A igualdad de renta (o de pensión), detrae más dinero de quien necesite más medicamentos. Y esto es algo que el usuario muchas veces no puede evitar. Él no decide qué toma, sino que se lo manda el médico. Por último está la cuestión técnica. Al sistema de salud le ha costado diez años que las comunidades se hablen informáticamente. A ver cómo sale lo de meter ahora a Hacienda por medio. (BENITO, Emilio de. EL País, 18 abr. 2012)

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Questão 51

“las nóminas” (Línea 13 del 1º párrafo). Marque abajo la única opción correcta que se relaciona con la palabra destacada, dentro del contexto.

a) Declaración de la renta de las personas físicas. b) Lista de los nombres de las personas que

trabajan en una empresa. c) Declaración del patrimonio de las personas

físicas. d) Declaración especial de los jubilados. e) Declaración especial de los parados. Questão 52

“Muface, heredero de las viejas mutuas” (Línea 3 del 2º párrafo). Marque abajo la única opción correcta que se relaciona con las palabras destacadas, dentro del contexto.

a) Empresa que ha heredado otra empresa del mismo ramo.

b) Empresa que heredó todas las empresas del mismo ramo.

c) Sistema de salud que se financia a través de las aportaciones del Estado y de los pensionistas, que presta sus servicios mediante aseguradoras médicas o la Seguridad Social.

d) Sistema de salud que se financia a través de las aportaciones mensuales del propio obrero sin participación del gobierno.

e) Sistema de salud que es financiada sólo a través de aportaciones del gobierno, el obrero sólo paga por sus medicinas.

Questão 53

Marque abaixo a única opção correta que expressa o tipo de mudança no sistema de saúde pública, de que trata o texto.

a) A mudança em todo o sistema de saúde pública da Espanha.

b) A mudança no sistema de saúde pública para os aposentados.

c) A mudança no sistema de saúde pública para os desempregados.

d) A mudança no sistema de saúde pública para os acidentados.

e) A mudança no sistema de saúde pública para os funcionários públicos.

Questão 54

Entre as críticas feitas ao plano de saúde pública

da Espanha, marque abaixo quais as classes que o autor acredita terem sido as mais prejudicadas, dentro do contexto.

a) Funcionários públicos desempregados. b) Operários acidentados. c) Acidentados e funcionários públicos. d)Funcionários públicos que recebem salário

mínimo. e) Pensionistas e aposentados.

Questão 55

“De hecho” (Linha 1 do 2º parágrafo). Marque abaixo a única opção que traduz corretamente a expressão destacada, dentro do contexto.

a) Bem feito. b) De jeito. c) No eixo. d) De fato. e) Não necessariamente.

TEXTO II FALLECE UN ESTUDIANTE ESPAÑOL HERIDO EN ROMA AL HUIR DE LA

POLICÍA

A las tres de la madrugada del martes, J. D. A., de 18 años, y sus compañeros de segundo de bachillerato del instituto Alonso Berruguete de Palencia se encontraban de fiesta en Roma. Era su última noche del viaje de estudios en Italia. Según la primera versión recopilada por la Embajada de España, algún vecino del barrio de Chipre, cercano al Vaticano, se quejó del alboroto a los Carabinieri, que enviaron varias patrullas a la zona. Algunos muchachos emprendieron la huida. Entre ellos, J. D. A, que se precipitó por un desnivel de siete metros. Fue trasladado muy grave al hospital Gemelli, y ha muerto hoy, según ha informado la agencia Efe.

El cónsul general de España en Roma, Eduardo De Laiglesia, calificó el hecho como un “desgraciado accidente”. A última hora de la tarde, se encontraba en el hospital junto a los padres, una hermana y una profesora del joven accidentado. Al parecer, a eso de las tres de la madrugada, algunos vecinos advirtieron a la policía de que un grupo de chavales estaba bebiendo en la calle, montando alboroto y causando daños en algunos vehículos aparcados en las cercanías de la estación de metro de Chipre. Los agentes de los Carabinieri llegaron a tiempo de identificar a algunos jóvenes, pero otros lograron escapar, con

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tan mala fortuna que, en su huida, J. D. A. saltó el muro que protege la entrada del metro.

La estación de Chipre, entre las de Valle Aurelia y Octaviano, pertenece a la línea A del metro de Roma. Su entrada principal está rodeada por un muro de mármol de Carrara. Al parecer, J. D. A. no calculó el gran desnivel entre la calle y la plazoleta y la caída resultó fatal. Sus heridas, según fuentes diplomáticas, eran tan graves que le han acabado ocasionando la muerte. Los profesores y algunos alumnos de la treintena que forman el segundo curso de bachillerato del Alonso Berruguete se encontraban desde la una de la madrugada en el hotel. Otros decidieron seguir la fiesta bebiendo en la calle, pero en Roma ni se estila el botellón —y menos un lunes por la noche— ni las celebraciones se alargan hasta tan tarde. Tal vez fue eso lo que motivó la queja de los vecinos y la llegada de los Carabinieri. A las siete de la tarde, los compañeros de J. D. A emprendieron, tal como estaba previsto, el regreso a España vía Madrid. Una profesora se quedó en Roma esperando a los padres y una hermana del compañero accidentado. Las fuentes consultadas por este periódico descartan cualquier responsabilidad de la policía italiana en el accidente.

(ORDAZ, Pablo. El País, 17 abr. 2012)

Questão 56

“emprendieron la huida” (Linha 10 do 1º parágrafo). Marque abaixo a única opção que traduz corretamente a oração destacada, dentro do contexto.

a) Levaram a bebida. b) Levaram a motoneta. c) Fugiram. d) Levaram os veículos. e) Esconderam as garrafas.

Questão 57

“plazoleta” (Linea 6 del 3º párrafo). Marque abajo la única opción correcta que se relaciona con la palabra destacada, dentro del contexto.

a) Glorieta. b) Escalera. c) Muro. d) Pared. e) Barandilla.

Questão 58

“en Roma ni se estila el botellón” (Linha 13 do 3º parágrafo). Marque abaixo a única opção correta que traduz a palavra destacada, dentro do contexto.

a) Em Roma não é permitido bebida em garrafões.

b) Em Roma não é permitido beber nas ruas. c) Em Roma não é costume fazer alvoroço na rua. d) Em Roma não é costume beber em grupo nas

ruas. e) Em Roma não é permitida a venda de bebida

destilada em garrafões.

Questão 59

“Alonso Berruguete” (Linea 11 del 3º párrafo). Marque abajo la única opción correcta que se relaciona con el nombre destacado, dentro del contexto.

a) Alumno del mismo colegio de la victima. b) Nombre del colegio de la víctima. c) Hermano de la victima. d) Nombre del policía que rescató la victima. e) Profesor de la víctima.

Questão 60

Marque abaixo a única afirmação correta de acordo com o texto.

a) Um estudante espanhol morreu ao cair de um desnível de sete metros que havia entre a rua e a entrada do estacionamento de um hotel.

b) Uma professora do estudante acidentado ficou ao lado do corpo esperando a chegada de seus pais e da irmã.

c) Os “carabinieri” são policiais especiais que tratam de problemas relacionados a turistas.

d) O acidente aconteceu próximo à estação de metrô do bairro Chipre, que fica no Vaticano.

e) A embaixada da Espanha esteve no local colhendo informações sobre o acidente.

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