20
1 Processos de Markov Processos “sem memória”: probabilidade de X t assumir um valor futuro depende apenas do estado atual (desconsidera estados passados). P(X n =x n | X 1 =x 1 ,X 2 =x 2 ,...,X n-1 =x n-1 ) = P(X n =x n |X n-1 =x n-1 ) para n = 0, 1, 2, ... Seja X t um processo de Markov, i e j estados, e t tempos: p ij = P[X t ( + t) = j | X t () = i] 0 e t 0 Se p ij independe do tempo então o processo de Markov é dito ESTACIONÁRIO ou homogêneo.

Processos de Markov - UFSCmarcelo/Processos02.pdf6 Processos de Nascimento e Morte Modelam as alterações em uma “população”: caso particular de cadeias de Markov a tempo contínuo

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  • 1

    Processos de Markov

    Processos “sem memória”: probabilidade de Xt assumir um

    valor futuro depende apenas do estado atual (desconsidera

    estados passados).

    P(Xn=xn| X1=x1,X2=x2,...,Xn-1=xn-1) = P(Xn=xn|Xn-1=xn-1)

    para n = 0, 1, 2, ...

    Seja Xt um processo de Markov, i e j estados, e t tempos:

    pij = P[Xt( + t) = j | Xt() = i] ≥ 0 e t ≥ 0

    Se pij independe do tempo então o processo de Markov é dito

    ESTACIONÁRIO ou homogêneo.

  • 2

    Processos de Markov

    Parâmetros Estados

    Discretos Contínuos

    Discretos Cadeias de Markov

    com tempo discreto

    Processos de Markov

    com tempo discreto

    Contínuos Cadeias de Markov

    com tempo contínuo

    Processos de Markov

    com tempo contínuo

  • Cadeias de Markov a tempo discreto

    Estados discretos, parâmetros discretos.

    Probabilidade de estado pi[n] = P(Xt = ai) i=1,2,...

    Probabilidades de transição: pij[n1,n2] = P(Xtn2 = aj | Xtn1 = ai)

    3

    ]n[pn,kpkp1n,np jiji

    i

    j

    21ij

    i

    l

    j

    k n1

    n2

    pii pil

    pij

    pik

  • 4

    Matriz de transição

    O conjunto P(Xtn2|Xtn1) para n = 1, 2, ... constitui as

    probabilidades de transição de um passo.

    Matriz N+1 por N+1 de elementos pij que satisfaz:

    pij ≥ 0 ij = 0, 1, 2, ..., N pij = 1 para j=1,...,n e i.

    NN1N0N

    N11110

    N00100

    ij

    p...pp

    ............

    p...pp

    p...pp

    pP

    Se pij independentes

    do tempo: processo

    HOMOGÊNEO.

  • Cadeias de Markov a tempo contínuo

    Estados discretos, parâmetros contínuos.

    Probabilidade de estado pi[t] = P(Xt(t) = ai) i=1,2,...

    Probabilidades de transição: pij[t1,t2] = P(Xt(t2)= aj| Xt(t1)= ai)

    5

    ]t[pt,tptp1t,tp 2j21iji

    1i

    j

    21ij

  • 6

    Processos de Nascimento e Morte

    Modelam as alterações em uma “população”: caso particular

    de cadeias de Markov a tempo contínuo.

    Estado do processo no instante t (Xt) representa o tamanho

    da população no instante t.

    Filas e sistemas de telecomunicações.

    Assume-se que “nascimentos” e/ou “mortes” múltiplos

    ocorrem ao mesmo tempo com probabilidade zero.

    As transições ocorrem apenas entre estados vizinhos.

  • 7

    Processos de Nascimento e Morte

    K - 1 K K + 1

    1 nascimento

    1 morte

    1 nascimento

    1 morte

  • Processos de Nascimento e Morte

    Taxas de nascimento λi para i = 0,...,

    Taxas de morte μi para i = 0,...,

    Processo de nascimento puro: μi = 0 para i 0

    Divisão de bactérias

    Processo de morte puro: λi = 0 para i 0

    8

  • 9

    Processo de Poisson

    Processo de nascimento puro pois a taxa de nascimento é

    constante: .

    Pk(t) = [(t) k e - t]/k! Para k≥0 e t≥0.

    Probabilidade de haver k nascimentos no intervalo (0,t).

    Número médio de nascimentos no intervalo (0,t) = t.

    Processo de Parâmetros Contínuos e Estados Discretos.

  • 10

    Processo de Poisson

    Evento: “nenhuma chegada nos primeiros t minutos”

    Equivalente à “primeira chegada após o tempo t”.

    Seja t uma variável aleatória que represente o tempo de 0

    até a 1ª chegada:

    P(T > t) = e- t P(T ≤ t) = 1 - e- t = F(T)

    f(T) = F(T)/t = e- t

    T tem distribuição exponencial: E(T)=1/ V(T)=1/2

    tt0

    0 e!0

    e)t()t(P

  • 11

    Modelagem de falhas

    Confiabilidade de sistemas

    Necessário modelar o comportamento do sistema,

    identificando os seus estados.

    Importância do estado “fora de operação”, que é causado por

    uma falha.

    Obter alguma medida da frequência com que o sistema falha:

    Taxa de falha (transição, risco – Hazard Rate)

    Considerar a possibilidade de reparo.

  • 12

    Taxa de falha em um momento t

    ta 0 de ciasobrevivên de Prob.

    1 te t entre falha de Prob.

    )t(R

    )t(f

    )t(F1

    )t(f)t(Z

    Z(t): taxa de falha no momento t

    f(t): função densidade de probabilidades de falha

    F(t): função distribuição acumulada de falha.

    R(t): confiabilidade do sistema

    Raciocínio análogo para a taxa de reparo (t).

  • 13

    Dados para os modelos de falha

    Testes de tempo de vida.

    Dados operacionais do sistema (campo).

    Em t = 0, N componentes são colocados em

    operação, e no tempo t existem apenas n(t)

    sobreviventes

    Deduzir as expressões da função densidade de falha

    e da taxa de falha propriamente dita.

  • 14

    Principais modelos de falha

    1) Taxa de falha crescente: útil no período de

    envelhecimento dos componentes.

    Z(t) = Kt

    2Kt2

    1

    eKt)t(f

    2Kt2

    1

    e)t(R

    t

    f(t)

    e

    K

    K

    K

    1 t

    R(t)

    K

    1

    e

    1

    1

  • 15

    Principais modelos de falha

    2) Taxa de falha linearmente decrescente: útil quando as

    falhas vão diminuindo ao longo do tempo (fase inicial de vida

    do equipamento).

    tt

    ttK/K

    K/Kt0

    )tt(K

    0

    tKK

    )t(Z

    0

    010

    10

    0

    10

    Z(t)

    K0

    t K0/K1

  • 16

    Principais modelos de falha

    3) Curva usual para risco de falha: curva da banheira

    Z(t)

    Vida útil

    Envelhecimento Queima

  • 17

    Principais modelos de falha

    4) Taxa de falha constante: Z(t) = .

    f(t) = e -t R(t) = e -t = 1 – F(t)

    Distribuição “independe do passado”: vida restante não depende

    de quanto tempo o componente está em funcionamento

    t

    Z(t)

    t

    e

    1

    f(t)

    t

    1

    e

    11

    1

    F(t)

    t

    1

    e

    1

    1

    R(t)

  • 18

    Tempo Médio Para Falha

    Caracterização do modelo de falha por um único parâmetro.

    Do teste de vida feito em uma população de N elementos com

    tempos de falhas t1, t2, ..., tn:

    Usando um modelo de risco:

    Para a exponencial: R(0) = 1, R(∞) = 0.

    n

    1i

    itN

    1TMPF

    0

    dt)t(tf)t(ETMPF

    0

    0dt)t(R)t(tR)t(ETMPF

    0

    dt)t(RTMPF

  • 19

    Tempo Médio Entre Falha

    Somente tem sentido se houver renovação: reparo ou troca

    do componente falhado.

    t1 t3 t2

    TMPF TMPF TMPF

    TMPR TMPR

    TMEF = TMPF + TMPR

    = taxa de falha = taxa de reparo Exponencial: TMPF=1/

  • 20

    Exemplo 1

    Seja z uma taxa de transição qualquer: se falha = , se

    reparo = , se é uma transição do estado 1 para o 2 = 12.

    TMPF = 1/ , TMPR = 1/

    n

    1i

    i11 /1TMPF

    Estado 1

    Estado 2

    2 1 5

    T = 11

    8

    3

    operação tempo

    falhas no.12 P1 = 8/11