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Processos Emocionais I Psicologia Jorge Barbosa

PROCESSOS EMOCIONAIS I

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Page 1: PROCESSOS EMOCIONAIS I

Processos Emocionais I

Psicologia

Jorge Barbosa

Page 2: PROCESSOS EMOCIONAIS I

Sumário

Valor Adaptativo das Emoções

Circuitos Neuronais Implicados nas Emoções

Características das Emoções

Componentes das Emoções

Estados Emocionais

•Atenção e Aprendizagem

•Avaliação de pessoas e situações

•Estimativa de riscos

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Processos Emocionais

Page 4: PROCESSOS EMOCIONAIS I

Valor Adaptativo das EmoçõesRecordemos:

•O sistema nervoso autónomo envia mensagens de e para os

órgãos internos do corpo;

•O sistema nervoso autónomo monitoriza processos como os

da respiração, digestão, batimento cardíaco, etc.

•O sistema nervoso autónomo está dividido em:

•Sistema Nervoso Simpático

•Sistema Nervoso Parassimpático

Page 5: PROCESSOS EMOCIONAIS I

Valor Adaptativo das EmoçõesRecordemos:

•O sistema nervoso simpático é responsável pela activação

do organismo: Assegura uma resposta rápida a um factor

stressante, através de:

•Aumento da pressão arterial

•Aumento do batimento cardíaco

•Aumento do ritmo respiratório

•Aumento do fluxo sanguíneo conduzido ao cérebro

•Simultaneamente, lentifica ou pára o processo de digestão, por não

ser necessário no imediato para a acção

Page 6: PROCESSOS EMOCIONAIS I

Valor Adaptativo das EmoçõesRecordemos:

•O sistema nervoso parassimpático acalma o corpo, através

de:

•Diminuição ou regularização da pressão arterial

•Diminuição ou regularização do batimento cardíaco

•Diminuição ou regularização do ritmo respiratório

•Aumenta a actividade do estômago e regulariza a digestão

•O sistema nervoso parassimpático promove o relaxamento e a

regularização do estado geral do organismo.

Page 7: PROCESSOS EMOCIONAIS I

Valor Adaptativo das EmoçõesImagine a seguinte situação:

Está num picnic com a (o) sua (seu) namorada (o). De repente, surge,

a grande velocidade, um touro bravo na vossa direcção. O que

acontece?

•O senso comum diz que começa a fugir porque tem medo, isto é,

primeiro surge a emoção e depois as reacções fisiológicas.

•As teorias de William James e de Carl Lange defendem que a

emoção resulta dos estados fisiológicos, provocados pelos estímulos

do ambiente.

•As teorias de Walter Cannon e de Philip Bard defendem que as

emoções e as reacções fisiológicas ocorrem simultaneamente.

Embora este assunto ainda seja objecto de muito debate, o certo é

que nenhuma teoria científica está de acordo com o senso comum,

isto é, que sejam as emoções a provocar as reacções fisiológicas.

Page 8: PROCESSOS EMOCIONAIS I

Valor Adaptativo das Emoções

As emoções sinalizam estados do organismo, adaptando-o às

situações do ambiente.

As emoções constituem um primeiro código de comunicação

do organismo com o ambiente.

A sobrevivência do indivíduo depende, entre outras coisas,

de:

•Sistemas rápidos de comunicação com o ambiente;

•Sinalizações rápidas sobre o estado do organismo em cada

momento.

Page 9: PROCESSOS EMOCIONAIS I

Circuitos Neuronais

O Medo: 2 circuitos

Page 10: PROCESSOS EMOCIONAIS I

Circuitos Neuronais

A amígdala desempenha um

papel fundamental na emoção

de medo;

Quando a amígdala determina

que existe um perigo, muda

para alta velocidade, reunindo

recursos do cérebro para evitar

problemas.

Page 11: PROCESSOS EMOCIONAIS I

Circuitos Neuronais

A emoção de medo envolve dois

circuitos:

•Um circuito directo do tálamo

para a amígdala

•Um circuito indirecto do

tálamo, através do córtex

sensorial, para a amígdala.

Recordar: o tálamo funciona

como uma plataforma de

distribuição de informação

ascendente.

Page 12: PROCESSOS EMOCIONAIS I

Circuitos Neuronais

•O circuito directo não conduz informação detalhada sobre o

estímulo, mas tem a vantagem de ser extremamente rápido; a

rapidez é uma importante característica da informação que

permite ao organismo enfrentar uma ameaça e sobreviver.

•O circuito indirecto conduz impulsos nervosos dos órgãos

sensoriais (olhos, por ex.) ao tálamo; a partir do tálamo, os

impulsos nervosos viajam pelo córtex sensorial respectivo que

os envia então para a amígdala.

Page 13: PROCESSOS EMOCIONAIS I

Circuitos Neuronais

Memória das Emoções

A amígdala está associada à memória (às memórias

emocionais).

Esta importante função da amígdala tem, pelo menos, duas

consequências:

•Positiva: Uma vez sabido que um estímulo é perigoso, não

precisamos de aprender de novo a mesma coisa;

•Negativa: Aprendemos a ter medos que não nos servem

para nada; muitas pessoas têm medos e ansiedade por razões

pouco fundamentadas que melhor seria que perdessem, mas

não é fácil perder um medo.

Page 14: PROCESSOS EMOCIONAIS I

Circuitos Neuronais

Não é garantido que a amígdala seja a mediadora de todas as

emoções. Mas é certo que participa, em conjunto com todo o

sistema límbico de que faz parte, tanto em emoções positivas

como em emoções negativas.

Em 2006, Burgdorf e Panksepp, demonstraram que o

neurotransmissor dopamina estava especialmente activo nas

emoções positivas.

Estudos recentes justificam a hipótese de que:

•O hemisfério esquerdo seria especialmente activado em

situações de felicidade;

•O hemisfério direito seria especialmente activado em

situações de desgosto ou nojo.

Page 15: PROCESSOS EMOCIONAIS I

Características das Emoções

•As emoções desenrolam-se no tempo

•As emoções variam de intensidade

•As emoções reflectem-se em alterações corporais

•As emoções têm causas e objectos a que se destinam

•As emoções são versáteis

•As emoções são polares

•As emoções são reacções específicas a experiências

específicas

•As emoções são determinadas pelas interpretações dos

factos

Page 16: PROCESSOS EMOCIONAIS I

Componentes das Emoções

•A experiência subjectiva da emoção

•Respostas corporais internas, sobretudo as ligadas ao

sistema nervoso autónomo – componente fisiológica

•Cognição sobre a emoção e situações associadas –

componente cognitiva

•A expressão facial e outras expressões corporais –

componente expressiva

•Reacções à emoção – componente avaliativa

•Tendência para a acção – componente comportamental.

Page 17: PROCESSOS EMOCIONAIS I

Componentes das Emoções

•Os cientistas que estudam as emoções concordam

normalmente com uma perspectiva sistémica na abordagem

da emoção.

•Consideram, com efeito, que os componentes de uma

emoção exercem efeitos recíprocos uns sobre os outros.

As questões colocadas pelo investigadores têm sobretudo a

ver com a forma como:

•Respostas do sistema nervoso autónomo;

•Crenças e cognições; e

•Expressões faciais

Contribuem para a intensidade de uma emoção.

Page 18: PROCESSOS EMOCIONAIS I

Estados Emocionais

Vulgarmente quando se fala de emoção, referimo-nos a

estados emocionais intensos e de curta duração.

Mas há estados emocionais duradouros.

A. Damásio chama-lhes emoções de fundo.

Na linguagem comum, chamamos-lhes HUMOR.

O Humor corresponde a disposições emocionais, isto é, a

dispositivos (neuronais e combinações de

neurotransmissores) que favorecem ou dificultam a

manifestação de emoções intensas e de curta duração.

Page 19: PROCESSOS EMOCIONAIS I

Estados Emocionais

Atenção e Aprendizagem: congruência de humor.

Temos tendência a prestar mais atenção a acontecimentos

que combinem com o nosso humor.

Como funciona esta tendência?

•Já sabemos que podemos aprender melhor um novo

material, se pudermos relacioná-lo com informações que já

estão na memória;

•O nosso humor, ou emoções de fundo, durante a

aprendizagem, pode aumentar a disponibilidade das

memórias que combinam com esse estado emocional.

•Essas memórias serão mais facilmente relacionadas a um

novo material que também combine com esse estado

emocional.

Page 20: PROCESSOS EMOCIONAIS I

Estados Emocionais

Atenção e Aprendizagem: congruência de humor.

1.Suponhamos que está mal humorado, triste ou desiludido

com a vida.

Um amigo conta-lhe a história de um colega que reprovou a

Psicologia.

2.Suponhamos que está muito bem humorado, sente-se

feliz e satisfeito com a vida.

Um amigo conta-lhe a história de um colega que reprovou a

Psicologia.

•Em qual destas situações, a história do aluno que reprovou a

Psicologia lhe chama mais a atenção?

Page 21: PROCESSOS EMOCIONAIS I

Estados Emocionais

Avaliação e Estimativa de Riscos: efeitos do humor.

Os nossos estados emocionais podem afectar a avaliação que

fazemos de outras pessoas.

Por ex.:

1.quando estamos de bom humor, o hábito de alguém

repetidamente verificar a sua aparência ao espelho, pode

parecer-nos uma maneira de ser do nosso amigo ou amiga;

2. quando estamos de mau humor, esse mesmo

comportamento pode parecer-nos irritante.

Page 22: PROCESSOS EMOCIONAIS I

Estados Emocionais

Avaliação e Estimativa de Riscos: efeitos do humor.

Os nossos estados emocionais também afectam o nosso juízo

sobre o risco das situações.

1.quando estamos de mau humor, temos tendência a ver os

riscos como mais prováveis.

2. quando estamos de bom humor, temos tendência a ver os

riscos como menos prováveis.

Page 23: PROCESSOS EMOCIONAIS I

Estados Emocionais

Avaliação e Estimativa de Riscos: efeitos do humor.

Estar de mau humor faz o mundo parecer mais perigoso e as

pessoas menos interessantes.

Esta percepção das coisas reforça o mau humor.

Estar de mau humor também nos leva a prestar mais atenção

a situações negativas, o que também reforça o mau humor.

O bom humor faz o mundo parecer menos arriscado e a

prestar mais atenção a coisas positivas.

As consequências gerais dos nossos estados emocionais têm

tendência a reforçar esses mesmos estados emocionais

Page 24: PROCESSOS EMOCIONAIS I

Roda das Emoções, segundo

Plutchic (1980)

Aceitação

Alegria

Antecipação

CóleraDesgosto

Tristeza

Surpresa

Medo

Amor

Optimismo

Agressividade

Desprezo

Remorso

Desilusão

Terror

Submissão

Page 25: PROCESSOS EMOCIONAIS I

Perguntas

Ninguém está

dispensado de

responder ao

questionário do

Exercício Emoções 1

As respostas podem

ser dadas:

1.On-line (através do

“Moodle”)

2.Em papel (fornecido

pelo professor)

O exercício será feito

em sala de aula.