Processos Tecnologia Gráfica Substratos

Substratos: suportes de impressão

Toda superfície que venha a receber uma

impressão é chamada de suporte ou substrato

na indústria Gráfica.

Há uma diversidade enorme de suportes, desde

variados tipos de papéis, filmes plásticos [PE,

BOPP…] até vinil, tecido, acrílico, lona…..

Vamos focar nos papéis!

O Papel

“Não compreendo a civilização sem papel.

Ele se presta aos mais tristes e ignóbeis fins,

mas isto não lhe macula a honra instrínseca.”

Carlos Drummond de Andrade

Papel: um negócio da China

Origem do papel: ano 105 d.C. na China – só

chegou à Europa entre os séc. XII e XIII.

A invenção foi realizada com pedaços de

Madeira de amoreira, trapos de roupas

velhas, pedaços de bambús e redes de pescar,

reagrupando as fibras chegaram a uma folha de

papel que secava exposta ao Sol.

Papel

Seu processo foi se desenvolvendo e

ganhando o mundo.

Em 1454, com a invenção dos tipos móveis,

há uma maior necessidade de desenvolvimento

no seu processo de fabricação.

Papel

Hoje, o papel é produzido a partir da celulose

[derivada da Madeira, principalmente do Pinus

e Eucalipto], cargas minerais [argila, gesso,

amianto…] e colagem.

Papel Tratamento de superfície: revestimento que

tem por finalidade conferir características

adequadas e diferenciadas para cada tipo de papel:

Ex: papel couché – recebe dois tipos de

acabamentos - Brilhante [glossy] e Fosco [mate]

É aplicado sobre o papel a tinta couché, que cobre

espaços entre as fibras, obtendo um papel mais

liso. Já o aspecto de brilho é obtido através da

calandragem [polimento].

Propriedades dos papéis • Aparência: alvura [propriedade de refletir luz], brancura, tonalidade, brilho, opacidade e corpo

• Composição química: composição do

revestimento, umidade, resistência a água

• Estrutura: sentido de fibra, estabilidade

dimensional, porosidade, rigidez, gramatura [peso,

expresso em gramas, de uma folha de um metro

quadrado de papel]

• Superfície: lisura, absorção de tinta, resistência

superficial

Alguns tipos de papéis

• Bíblia – papel bastante fino, opaco, é utilizado

em publicações com grande número de informações

como bíblias, dicionários…

• Couché – revestido dos dois lados e calandrado,

ótima qualidade de impressão, pode ser brilho ou

fosco.

Alguns tipos de papéis

• Cartão duplex – formado por duas camadas,

a primeira branqueada e a segunda formada com

pasta mista. Muito utilizado para embalagens tipo

cartucho e displays de PDV.

• Cartão triplex – da mesma família do duplex,

mas com uma terceira camada, onde as partes

externas são brancas, mas uma mais porosa,

também muito utilizado para embalagens tipo

cartucho e displays de PDV.

Alguns tipos de papéis

• Cartão Duo Design – possue um tratamento

melhor nas partes brancas, permitindo uma ótima

impressão dos dois lados do cartão.

• Jornal – papel de baixa resistência e

durabilidade, utilizado em publicações diárias.

• Kraft – há o kraft natural [pardo] e o branco,

fabricado com diferentes tipos de pastas químicas.

Muito utilizado em envelopes, sacolas e

embalagens.

Alguns tipos de papéis

• Metalizados: geralmente a base são couchés ou

cartões, recebem uma película metalizada.

[utilizado em embalagens e rótulos]

• Monolúcido – utiliza pasta química branqueada,

tem uma das faces com bastante brilho, utilizado

para rótulos.

• Offset – papel poroso [uncoated], branco,

indicado para impressão offset

Alguns tipos de papéis • Papelão Ondulado – possue capa + miolo. A

capa é geralmente em kraft e o miolo é com kraft

com ondas. Utilização: embalagens e displays

• Reciclato – papel 100% reciclado, possue uma

coloração bege. Utilização: papelaria, envelopes,

catálogos…

Alguns tipos de papéis

• Vergé – em geral colorizados, possue textura de

linhas retas. Utilização: papelaria, envelopes…

• Papéis sintéticos – suportes em PP que se

assemelham com papel, mas é sintético.

Utilização: papelaria, catálogos…

Papéis especiais dos mais variados

tipos e fabricantes:

Há uma gama imensa de papéis diferenciados

nacionais e importados a serem especificados

pelos diretores de arte / produtores.

Há desde papeis cartões coloridos, papéis vegetais

de todas as cores, passando por papéis reciclados,

com textura, sintéticos, com acabamentos

metálicos, até papéis artesanais…..

O custo geralmente é mais alto, a viabilidade

depende do valor agregrado dado ao material /

orçamento do projeto.

Como escolher um papel?

• O valor subjetivo:

beleza, sofisticação, diferenciação…

• O custo:

depende da verba do projeto e da tiragem

Como escolher um papel?

• A disponibilidade do mercado:

exceto os papéis mais utilizados como o couché por

exemplo, outros tipos podem ser mais difíceis de se

encontrar

• Restrições técnicas e características

físicas:

verificar o processo de impressão e quais

características estrururais o projeto terá, o que

interfere muito na escolha da gramatura

Aproveitamento de papel

Ao desenvolver um projeto gráfico é necessário

levarmos em consideração os formatos de papéis

para o cálculo de seu melhor aproveitamento,

com o objetivo de chegar ao melhor custo e

aproveitamento do material, com a menor perda

possível.

Aproveitamento de papel

Há uma padronização de formatos de papel,

de acordo com o formato da máquina

impressora.

Antes de calcular o aproveitamento, é necessário

saber quais são os formatos que a gráfica que

vai imprimir o material possue.

Os formatos partem de um formato inicial, e

os outros são derivados das divisões deles pela

metade.

A0 – 841 x 1189 mm

A1 – 594 x 841 mm

A2 – 420 x 594 mm

A3 – 297 x 420 mm

A4 – 210 x 297 mm

A5 – 148 x 210 mm

A6 – 105 x 148 mm

A7 – 74 x 105 mm

A8 – 52 x 74 mm

A9 – 37 x 52 mm

A10 – 26 x 37 mm

A11 – 18 x 26 mm

A12 – 13 x 18 mm

Além das séries internacionais B e C.

Temos o formato internacional série A:

Aproveitamento de papel

Mas no Brasil, para melhor adaptação aos formatos

de máquinas existentes, surgiram 2 outras tabelas

padrões de acordo com a ABNT, que seguimos:

Série Brasil AA Série Brasil BB

AA – 76 x 112 cm BB – 66 x 96 cm

A – 56 x 76 cm B – 48 x 66 cm

1/2 A – 38 x 56 cm 1/2 B – 33 x 48 cm

1/4 A – 28 x 38 cm 1/4 B – 24 x 33 cm

1/8 A – 19 x 28 cm 1/8 B – 16 x 24 cm

1/16 A – 14 x 19 cm 1/16 B – 12 x 16 cm

1/32 A – 9 x 14 cm 1/32 B – 8 x 12 cm

Aproveitamento de papel

Existem outros formatos, como o 89 x 117 cm, a

folha de papelão geralmente mede 80 x 100 cm…

Chamamos os formatos maiores [AA e BB] de

“folha inteira” e as primeiras divisões [A e B] de

“meia folha”.

OBS: Uma resma de papel corresponde a 500

folhas.

Aproveitamento de papel

Considerar sempre o refile de 1cm de cada

lado e 2cm de pinça [por onde o papel é puxado

pela máquina].

EX: iremos imprimir um trabalho no papel com

formato 66 x 96 cm.

A área de impressão descontando refile e pinça será

63 [2cm de pinça e 1cm refile] x 94 cm [2 cm de

refile, 1cm para cada lado].

Deveremos fazer o cálculo, verificando quantos

impressos cabem no papel, fazendo estudos

dos dois lados.

Aproveitamento de papel

Aproveitamento de papel

Esquema “tira-e-retira”.

Quando temos um número par de impressos

distribuídos por igual no papel [metade de cada

lado] e com as mesmas cores dos dois lados,

podemos trabalhar no esquema “tira-e-retira”.

Desta forma há um único acerto de máquina

frente e verso, economizando tempo e gastos.

Aproveitamento de papel

Esquema “tira-e-retira”

Crédito para Profa. Ligia Lirove

Referências bibliográficas

BAER, Lorenzo. Produção Gráfica. 4. Ed.

CARRAMILLO NETO, Mário. Contato imediato com a produção

gráfica. FERNANDES, Amaury. Fundamentos de Produção Gráfica

para quem não é produtor gráfico.

SILVA, Cláudio. Apostila Produção Gráfica Pancrom

Obrigado

Profº Luis Porto Colaboração: Prof ª Ligia Rovere