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Fábio Campos
PRODUÇÃO DE CINEMA E VÍDEO.
Produção de Cinema e Vídeo.
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APRESENTAÇÃO
No Brasil, infelizmente, temos pouquíssima literatura sobre o processo de produção de filmes e vídeos. Isso se deve muito pelo autodidatismo das pessoas que passaram a trabalhar nesta área, por conta disso é importante registrar que não existe um consenso de unidade da organização da produção.
Nosso trabalho pretende contribuir para enriquecer a discussão sobre este tema.
Fabio Campos.
Este trabalho está licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-SemDerivações 4.0 Internacional. Para ver uma cópia desta licença, visite http://creativecommons.org/licenses/by-nd/4.
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ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO
1.1 -‐‑ Produtoras independentes 1.2 -‐‑ Tipos de trabalho
2 EQUIPE -‐‑ quem é quem 2.1 -‐‑ Departamentos de um filme 2.2 -‐‑ Departamento de direção 2.3 -‐‑ Departamento de produção 2.4 -‐‑ Departamento de fotografia 2.5 -‐‑ Departamento de arte 2.6 -‐‑ Departamento de som
3 CONTRATAÇÃO 3.1 -‐‑ Diretores de Departamentos e Equipe Técnica 4 -‐‑ ROTEIRO 4.1 – Roteiro literário 4.2 – Roteiro técnico 4.3 – Plano 4.4 – Tipos de enquadramento 4.5 – Decupagem do roteiro 4.6 – Plano de filmagem
5 CRONOGRAMAS 5.1– Analítico 5.2-‐‑ Físico 5.3 Físico / Financeiro 5.4 -‐‑ Produção 5.5 -‐‑ Ordem do Dia 6 A PRODUÇÃO E SUAS FASES
6.1 -‐‑ Preparação
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6.2 -‐‑ Pré-‐‑produção 6.3 -‐‑ Filmagem 6.4 – Finalização 6.4.1 -‐‑ Desprodução 6.4.2 -‐‑ Pós-‐‑produção 6.5 -‐‑ Distribuição 6.6 – Exibição
7 ORÇAMENTO 7.1 -‐‑ Detalhado 7.2 – Resumido
8 ASPECTOS DA PRODUÇÃO 8.1 – Relação da equipe 8.2 -‐‑ Pasta de produção 8.3 -‐‑ Solicitação de orçamento 8.4 -‐‑ Sala de produção 8.5 -‐‑ Secretária de produção 8.6 -‐‑ Mala de produção/Kit básico 8.7 -‐‑ Meteorologia 8.8 -‐‑ Geradores 8.9 -‐‑ Unidade móvel 8.10 -‐‑ Tele-‐‑Prompters 8.11 -‐‑ Áudio 8.12 -‐‑ Rádios 8.13 -‐‑ Autorização para externas 8.14 -‐‑ Autorização para uso de imagem 8.15 -‐‑ Notas fiscais 8.16 -‐‑ Cheques caução 8.17 -‐‑ Como desmarcar uma filmagem 8.18 -‐‑ O que fazer no set de filmagem 8.19 – Providenciando material no momento da filmagem 8.20 -‐‑ Fazendo “economia” 8.21 – Dica para um “bom produtor” 9 GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS 10 ANEXOS
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1 -‐‑ INTRODUÇÃO
Nossa intenção não é apenas apresentar os aspectos técnicos de como realizar uma produção audiovisual, mas também o de fornecer elementos para que o leitor compreenda o processo que gira em torno desta atividade.
A figura do produtor muitas vezes é confundida com a de um “cara mau humorado” de terno e gravata, que fuma charuto, carrega uma mala de dinheiro e sempre cobra resultados. E não aparenta qualquer comprometimento com o processo criativo.
Pelo contrário. São estes profissionais os que, concretamente, viabilizam os projetos e se desdobram por intervir o menos possível no conteúdo estético dos mesmos. São eles que correm atrás das verbas de investidores e/ou apoiadores, de co-‐‑produtores etc.
Um bom produtor garante que o projeto chegue ao seu final com êxito, honrando todos os compromissos e prazos estabelecidos. A equipe de Produção é responsável pelo suporte e assistência a todos os demais profissionais, durante todo o processo da execução dos projetos.
1.1 – Produtoras Independentes Em primeiro lugar precisamos entender quais são as estruturas físicas e
jurídicas que viabilizam e/ou produzem os projetos audiovisuais no Brasil. Nesse sentido, as Produtoras Independentes são as responsáveis pela grande maioria da produção de filmes (curta, media e longa -‐‑ metragem), documentários, vídeoclipes, comerciais ou institucionais, programas para televisão, vídeo-‐‑arte, etc. O proprietário ou os proprietários das Produtoras Independentes são denominados de Produtores. Detêm os direitos patrimoniais das obras audiovisuais, ou seja, são eles que exercem o direito de negociar, de veicular, de liberar, e de exibir.
Em nosso país, muitas vezes o Produtor também exerce a função de Diretor Artístico. Podem ser profissionais de Advocacia, de Economia, de Comércio, etc.
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Na estrutura das Produtoras Independentes uma das funções mais importantes é exercida pelo Contato ou Diretor comercial, uma vez que são estes profissionais os responsáveis pela apresentação do “rolo” (material feito pelas produtoras) junto às Agências de Propaganda.
As Agências de Propaganda criam e realizam as campanhas publicitárias dos seus clientes (indústrias, bancos, etc. ). Normalmente essas agências trabalham com pesquisa de mercado, identificando o perfil do público-‐‑alvo que consome e/ou tem potencial para consumir os produtos e/ou serviços veiculados. A partir daí são criadas as campanhas publicitárias e definidas as estratégias de divulgação.
Os filmes comerciais e os institucionais são peças nobres (na mídia eletrônica) e fazem parte destas campanhas publicitárias. Normalmente as Agências de Propaganda realizam concorrência, enviam os roteiros para as Produtoras Independentes e estas definem os orçamentos e os cronogramas. A produtora vencedora realiza o trabalho através do roteiro recebido, que não pode ser modificado.
As Produtoras Independentes criam roteiros de programas para a televisão e também roteiros para documentários, que podem ser negociados com as emissoras de TV, sejam elas abertas ou a cabo. Existem, basicamente, duas formas de negociação: a compra do espaço para a veiculação, e as co-‐‑produções com os exibidores.
Os clipes são também produzidos pelas Produtoras Independentes. Geralmente nesses casos, a produtora tem liberdade para criar o roteiro, que é aprovado pelas gravadoras junto com os empresários dos artistas (músicos e/ou as bandas).
Apesar de um significativo crescimento nas produções de filme no Brasil, com o respectivo retorno financeiro, ainda são poucas as Produtoras Independentes que conseguem sobreviver só com a produção de filmes de longa-‐‑metragem e/ou de documentários produzidos com o objetivo de serem exibidos nas salas de projeção. 1.2 – Tipos de Trabalho
1. Clipes 2. Vídeos institucionais 3. Documentários
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4. Ficção: Curta, Média e Longa-‐‑metragem 5. Comerciais 6. Eventos 7. Programas variados de TV 8. Festivais A preocupação com as tarefas de produção vai variar de acordo com cada
tipo de trabalho. Deve ser levado em conta o porte físico do projeto, ou seja, o tempo de execução que vai consumir em sua realização e também a complexidade envolvida. Por exemplo: um comercial com a duração de um minuto, que conta com um único apresentador descrevendo sobre as vantagens e os benefícios de um determinado produto comercial, institucional, ou de informe publicitário, tem a sua produção mais “simples” do que a de um comercial de trinta segundos (metade do tempo), mas que apresente vários atores, figurantes. planos e locações.
No caso de clipe musical, o diretor tem liberdade de criação. Com isso, a produção acaba sendo mais dinâmica e o roteiro mais solto. A captação de áudio pode ser feita em playback, o que amplia a gama de locações, pois não leva em conta o nível de som ambiente das mesmas.
Portanto, no que se refere ao trabalho de Produção – foco de nosso estudo – passamos a discorrer sobre todo o andamento do processo, passo a passo, desde o momento em que o roteiro é/ou aprovado recebido.
Vamos apresentar todos os recursos que facilitam a Produção, mas não podemos esquecer de cultivar o bom senso e o discernimento para sua adequação às necessidades do trabalho que se tem em mãos. E, principalmente, atentar para os limites de gastos impostos pelo orçamento apresentado e os prazos existentes. 2 – EQUIPE – quem é quem
Vamos agora discorrer sobre os profissionais que trabalham nos departamentos responsáveis pela execução de filmes e vídeos. Existem basicamente cinco departamentos fundamentais, tanto para definição estética quanto para a produção dos filmes.
São eles: Direção Artística, Fotografia, Produção, Arte e Som.
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Cada departamento conta com um profissional responsável. Muitas vezes, dependendo da complexidade ou das características do projeto a ser executado, pode haver a necessidade de uma outra pessoa que colabore nessa função. Esses profissionais respondem pelos outros técnicos do setor.
Os Diretores de departamento definem a concepção estética do projeto, cada um em sua área. 2.1 – Departamentos de um filme
O departamento de direção, através do seu diretor coordena a unidade estética do filme, é este profissional que vai orientar todos os outros departamentos, evidentemente respeitando e acatando sugestões, prazos e orçamento. O Departamento de Produção funciona dando suporte para todos os outros departamentos, é responsável pelo acompanhamento das tarefas dos outros departamentos, bem como seus gastos. Departamento de Fotografia, é responsável pela definição da luz do filme, da captação das imagens e movimentação da camera Departamento de Arte, cria e define a cenografia, os objetos de cena, o figurino, a maquiagem o cabelo dos personagens Departamento de Som, é responsável pela concepção estética do som do filme. 2.2 -‐‑ Departamento de Direção Artística. DIRETOR ARTÍSTICO – podemos dizer que funciona como um maestro. Profissional responsável por adaptar e transformar os conteúdos do roteiro, em imagens. Define, com o Diretor de Fotografia, a luz e os enquadramentos dos planos a serem filmados. Também atua junto à Direção de Arte, para a aprovação do cenário, a escolha dos objetos de cena e os figurinos. Com o desenhista de Som combina qual vai ser a estética sonora. Além disso, é ele que define, ensaia e coordena o elenco, determinando posturas e reações dos
Direção Artística
Direção de Produção
Direção de Fotografia
Direção de Arte
Desenho de Som
Direção de
Arte
Desenho de Som
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participantes. Adapta a atuação dos personagens de acordo com o que espera de cada um. Por fim, participa ativamente da edição posterior do trabalho. ASSISTENTE DE DIREÇÃO – estabelece o elo entre o diretor e a equipe. Muitas vezes pode ser incumbido de dirigir sozinho algumas cenas, reportando-‐‑se à Produção sempre que necessário. A partir dos conceitos estéticos e artísticos estabelecidos pelo Diretor, orienta o Diretor de Elenco na escolha dos atores, do elenco de apoio, dos modelos e dos figurantes que vão participar do teste de elenco e seleciona as opções que mais se enquadram nas necessidades do trabalho. Edita o teste, a fim de facilitar a definição dos atores, elenco de apoio, modelos e/ou figurantes, pelo diretor. Cabe ao Assistente de Direção posicionar adequadamente o elenco de apoio e os figurantes, durante as filmagens. Responsável ainda por cronometrar o tempo de duração dos planos e supervisionar o andamento de todos os Departamentos durante o processo de filmagem. Realiza o plano de filmagem e a analise técnica do filme. Junto com o Diretor de Produção, organiza a Ordem do Dia do filme. É ele o responsável por recolher as assinaturas de todos os atores, elenco de apoio e figurantes dos filmes e/ou vídeos. Obs.: adiante serão apresentadas e explicadas as planilhas e autorizações citadas. DIRETOR DE ATOR – Profissional que auxilia, quando necessário, os ensaios, testes dos atores ou do elenco de apoio. DIRETOR DE AÇÃO – Responsável pelas cenas de ação e/ou de perigo que acontecem no filme. Precisam compreender os conceitos do diretor e avaliar e definir “como” e o “quê” utilizar para dar vida e realismo a estas cenas. Também coordenam os dublês. COREÓGRAFO – Profissional que cria as coreografias a serem apresentadas, define e escolhe os bailarinos que vão participar, ensaia e coordena a atuação no set de filmagem, junto com o Diretor Artístico. CONTINUISTA – Cabe ao continuista dar seqüência, tanto no posicionamento dos atores quanto do cenário e figurino. Quando as cenas a serem filmadas são
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definidas, muitas vezes ocorre que, por questões de economia, a linearidade do roteiro não é seguida. Nesses casos, o continuista tem a incumbência de anotar, fotografar e/ou filmar todos os detalhes de cada plano, para que uma cena possa ser editada corretamente em sua continuação.
Por exemplo: um casal conversando numa sala está sendo filmado. Na parede que se situa atrás do homem, há um relógio que marca 14hs30min. Depois da cena filmada, é hora do almoço da equipe. No retorno, ao serem retomadas as filmagens, cabe ao continuista solicitar ao pessoal do departamento de Arte, que o relógio seja acertado na mesma hora em que os trabalhos foram interrompidos: 14hs 30min.
2.3 -‐‑ Departamento de Produção PRODUTOR – Detentor dos direitos patrimoniais das obras realizadas. PRODUTOR EXECUTIVO – Responsável pela estratégia de captação e coordenação das fases de produção. COORDENADOR DE PRODUÇÃO – Quando existem vários projetos em andamento nas Produtoras Independentes, torna-‐‑se necessária a figura do Coordenador de Produção. Contratado pela produtora, é o profissional que coordena, junto com o Produtor Executivo, o andamento de cada um dos projetos. Portanto, para cada projeto especifico deve haver um Diretor de Produção, contratado temporariamente, em regime de free-‐‑lancer. DIRETOR DE PRODUÇÃO – A partir do orçamento operacional recebido pelo Produtor Executivo, o Diretor de Produção contrata a equipe técnica, reserva os equipamentos dos departamentos de fotografia e som. Disponibiliza verba e transporte para todos os departamentos, controla e acompanha o andamento das tarefas previstas em cronograma, contrata o serviço de alimentação, durante a fase da filmagem do filme e/ou vídeo. Negocia os preços de compra de todo o material de produção necessário à realização do filme. Também é de sua alçada, fechar todas as locações e providenciar todas as autorizações necessárias.
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PRODUTOR DE LOCAÇÃO – Orientado pelo Diretor de Produção -‐‑ que relaciona as características estéticas das locações pretendidas e os valores disponíveis para custear as mesmas -‐‑ o Produtor de Locação sai em busca de opções. Caso utilize em sua locomoção seu próprio carro, deve ser reembolsado da quantia que gasta com combustível e com alimentação. O reembolso será calculado de acordo com a tabela vigente de aluguel de carro e acertado antes, com a Produção. Se o profissional não usar carro próprio, a Equipe de Produção providencia o transporte. Para o registro das imagens dos locais visitados, o Produtor de Locação precisa portar equipamento fotográfico ou câmera pequena. Se a empresa contar com um cameraman em sua equipe, este acompanha o Produtor nessa busca e garante imagens com qualidade profissional. Ao realizar seu trabalho, o Produtor seleciona, no mínimo, cinco prováveis locações, que são registradas em vídeo ou em fotografia. Alguns detalhes devem ser observados pelo Produtor na hora da avaliação. Entre eles: a distância existente entre o local, a Produtora e as empresas fornecedoras; ocorrência de barulho que atrapalhe a perfeita captação de áudio, existência de banheiros que atendam à equipe, luz natural adequada a proposta estética do trabalho, local para a organizar o aparato da alimentação, espaço para instalar camarim e para acondicionar os figurinos, De volta à Produtora, o Produtor de Locação apresenta os resultados ao Assistente de Direção, que edita as três melhores opções e encaminha ao Diretor Artístico. Este, então, define a que mais lhe convier. A partir daí a Produção agenda uma visita ao local, da qual devem participar o Diretor Artístico, o Diretor de Fotografia, o Diretor de Arte. o Diretor de Produção. Mais uma vez, transporte e alimentação devem ser providenciados. Caso ocorram dúvidas quanto à aprovação do local, uma segunda visita é feita, e até mesmo uma terceira. Isso até que se esgote o leque de possibilidades. Pode acontecer de nenhuma das locações selecionadas for do agrado e, então, o trabalho de busca é repetido. Não é recomendável, uma vez que os gastos de tempo e de dinheiro aumentam. Para evitar situações desse tipo, o ideal é que a primeira busca seja muito bem feita e que o Produtor apresente um bom número de possibilidades. Definida a locação o Diretor de Produção inicia a negociação com o proprietário e o Produtor ou seu Assistente viabilizam o termo de autorização para uso de imagem do imóvel.
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PRODUTOR DE ELENCO – o Diretor Artístico e/ou Assistente de Direção entra em contato com o Produtor de Elenco para especificar as características físicas e conceituais dos personagens pretendidos. Este último entra em contato com atores, modelos, figurantes, etc que estejam dentro do perfil exigido, apresenta o projeto, o valor do cachê e confirma a participação dos profissionais no projeto de filmagem. Informa também as possíveis datas e o local da gravação e dos ensaios. Para cada personagem, o Produtor de Elenco deve listar pelo menos cinco opções. Tanto na hora do teste de elenco, quanto nos momentos de filmagem, esse profissional precisa estar presente. PRODUTOR DE BASE – Responsável pelos procedimentos burocráticos do trabalho de Produção. Muita vezes encaminha os orçamentos junto aos fornecedores de serviços, comunica-‐‑se com todos os membros da Equipe, informando sobre alguma nova orientação de trabalho, mudança de planos ou recados da Diretoria e da Coordenação de Produção. Mantém a equipe informada sobre os prazos estipulados. Monta a lista de equipe, contendo o telefone de todos os participantes do projeto. Encamunha as autorizações de filmagem junto à Prefeitura, _a Companhia Estadual de Transporte -‐‑ CET-‐‑RIO, à Polícia Militar -‐‑ PM, à Light ou a qualquer outro órgão público. Todas as autorizações de uso de imagem e voz, de locação e outras em geral, devem ser copiadas e arquivadas. Cada produtora tem o seu modelo, estas autorizações são redigidas por advogados especializados ( direito patrimonial e autoral). PRODUTOR DE SET (platô) – Este profissional é responsável pelo cumprimento da Ordem do Dia. Adiante será apresentada e explicada a planilha dessa função. BOY DE SET – Pessoa que realiza toda a limpeza e manutenção do set de filmagem. Deve ser atento, ágil, rápido e despachado. De uma maneira geral, ajuda a todos que precisam do seu auxílio. 2.4 – Departamento de Fotografia
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DIRETOR DE FOTOGRAFIA – Responsável pela proposição do enquadramento de planos e pelo conceito estético da iluminação. Responsável por indicar, ao Diretor de Produção, os equipamentos necessários para a execução desses itens.
Após visitar as locações definidas para a filmagem, cria o desenho de luz, relaciona os equipamentos relativos à câmera como as lentes os tripés os filtros a sensibilidade dos negativos as gelatinas e os difusores. Indica os vários tipos de refletores necessários e a maquinaria, (grua, carrinho, trilhos, praticáveis, etc.), que serão utilizados. Define a sensibilidade dos negativos. Também opera a câmera, auxiliado pelo Primeiro Assistente de Fotografia, especifica a forma de revelação do negativo e acompanha o processo cromático de finalização do projeto. FOQUISTA / PRIMEIRO ASSISTENTE DE CÂMERA -‐‑ Cuida da operação da câmera, do foco, da troca de lentes quando solicitado, da troca de fitas magnéticas ou do negativo. Faz a decupagem (numeração, data, etc.) das fitas e/ou dos negativos. Responsável por verificar se o equipamento (lentes, câmera e acessórios) locado pelo Diretor de Produção está em perfeito estado. Garante a manutenção, limpeza e lubrificação desse equipamento durante o processo de filmagem. Quando solicitado pelo Diretor de Fotografia, troca as lentes e fica atento à metragem rodada. Troca o chassi da câmera e organiza as latas de filmes utilizadas, que serão entregues ao Diretor de Produção após a filmagem. SEGUNDO ASSISTENTE DE CÂMERA – Encarrega-‐‑se dos equipamentos da câmera que não estão sendo utilizados durante as filmagens e ajuda a carregar os acessórios utilizados no set de filmagem ELETRICISTA – O Eletricista Chefe trabalha diretamente com o Diretor de Fotografia e é responsável pelo posicionamento de todo o equipamento necessário à iluminação e por conectá-‐‑lo à rede elétrica e/ou gerador. Normalmente trabalha com um ou dois assistentes. Este trabalho exige que durante as filmagens, o profissional lide com cargas de voltagem muito altas, o que representa grande perigo. Requer, portanto, extremo cuidado. MAQUINISTA – Este profissional é responsável pela instalação da maquinaria pesada. Arma os trilhos onde vão deslizar os carrinhos, ligeirinhos; monta as
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gruas etc. A montagem desses equipamentos exige muita precisão, pois são eles que vão permitir todo o movimento da câmera. Nesse sentido, é um trabalho extremamente cansativo, normalmente demanda um ou dois auxiliares. 2.5 -‐‑ Departamento de Arte DIRETOR DE ARTE -‐‑ o Diretor de Arte propõe o conceito estético das cores a serem usadas, define o cenário e o estilo do figurino e também escolhe os objetos de cena. CENÓGRAFO – trabalha a partir dos conceitos estipulados pela Direção de Arte, desenvolvendo o projeto arquitetônico para a construção de cenários e objetos de grande porte. Se necessário, reformula o projeto. Supervisiona a construção executada pelo Cenotécnico , na montagem e desmontagem das peças. CENOTÉCNICO – A partir do projeto do Cenógrafo, o cenotécnico providencia a construção do projeto aprovado. Esse profissional tem uma equipe especializada. É um trabalho minucioso, realizado por criativos carpinteiros, pintores e artesãos. Como nada escapa às lentes da câmera, qualquer defeito ou detalhe mal acabado pode botar tudo a perder. PRODUTOR DE OBJETOS – sai em busca de todos os adereços necessários para a composição dos cenários, de acordo com as especificações dadas pela Direção de Arte. FIGURINISTA – providencia os figurinos para os personagens do filme, comprando, alugando, confeccionando, ou tomando emprestadas as peças necessárias. Está subordinado à Direção de Arte, que fornece a idéia do estilo a ser adotado e depois aprova as peças selecionadas. Pode ter um ou mais assistentes, de acordo com o volume do trabalho. Além disso, o figurinista coordena as camareiras de sua equipe, responsáveis por passar as peças e providenciar os ajustes necessários. MAQUIADOR/CABELEIREIRO – Profissionais encarregados da maquiagem e penteados dos integrantes do elenco e também cuidam da manutenção de seu
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trabalho durante todo o processo de filmagem. São responsáveis pelas caracterizações dos personagens.
CONTRA-‐‑REGRA -‐‑ O Contra-‐‑regra é a pessoa que auxilia o Produtor de Objetos. Tem a função de colocar os objetos nos lugares demarcados pela Direção de Arte. Além disso improvisa arranjos e suportes que garantam a sustentação e a fixação destes objetos.
2.6 – Departamento de Som DESENHISTA DE SOM – profissional que define, junto com o Diretor Artístico, a concepção estética do som do filme. Faz a decupagem técnica das cenas e é o responsável pela coordenação da criação da trilha sonora, dos ruídos e da captação do som direto e/ou ambiente. TÉCNICO DE SOM – responde pela captação do som direto (diálogos e som ambiente) das cenas que estão sendo filmadas ASSISTENTE DE SOM – auxilia o técnico de som segurando a vara do microfone MÚSICO (OS) – Caso haja necessidade EDITOR DE SOM – profissional que vai, a partir das imagens montadas, inserir os sons ambiente, os ruídos e a trilha sonora. MIXADOR DE SOM – Este profissional vai receber do editor de som uma fita DAT, ADAT, CD contendo os vários sons ( ambiente, ruídos, trilha ) todos separados por pistas. Este profissional vai equalizar estes sons e mixá-‐‑los , ou seja teremos uma só pista contendo todos os sons equalizados.
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3 -‐‑ CONTRATAÇÃO 3.1 – Diretores de Departamentos e Equipe Técnica. Dependendo das características do roteiro, o Produtor Executivo, muitas vezes junto ao Diretor, indica os profissionais que vão assinar (trabalhar) nos Departamentos do filme. O valor dos cachês (remuneração a ser paga aos profissionais free-‐‑lancer) sofre variações. Existe uma tabela do STIC (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Cinematográfica), que é uma referência para a definição dos pagamentos. Os trabalhos de filmagem mais bem remunerados são os comerciais. Normalmente feitos com muita pressa e prazos curtos. Já os filmes e alguns programas de televisão (realizados por Produtoras Independentes), por exemplo, não pagam tão bem, mas têm um prazo de execução mais longo. Um fator importante: quanto maior o valor dos recursos financeiros disponíveis para um projeto, mais rápido ele pode ser executado. As definições para a contratação de pessoal técnico deve ser uma decisão muito bem pensada e avaliada. O Produtor responsável precisa estar sempre em contato com todos os Departamentos para ser informado sobre o numero de profissionais necessários para a composição dos Departamentos. Claro que depende da complexidade de cada um. Por exemplo: um filme de ficção que acontece no Brasil, no ano de 2050. É necessária a construção de uma cidade cenográfica, que pode ser construída em algum estúdio alugado. O roteiro do filme indica que apenas 4 atores vão atuar. O número de profissionais envolvidos no Departamento de Arte vai ser muito maior do que o exigido no Departamento de Direção. Vai haver um gasto maior de dinheiro e de tempo no Departamento de Arte do que no Departamento de Direção. Outro ponto importante: numa tentativa de economizar ao máximo, muitos produtores contratam menos pessoas do que realmente o trabalho exige. Esta pretensa economia pode levar a grandes prejuízos. Por outro lado, contratar gente demais faz com que o trabalho não renda o que poderia, e pode atrapalhar os profissionais empenhados em realizar suas funções.
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4 – ROTEIRO
Todos os roteiros pretendem contar uma história. Mas, ao contrário dos livros narrativos, as histórias escritas para roteiros cinematográficos, utilizam, primordialmente, recursos visuais. São as imagens, enquanto linguagem, que fazem o fio condutor para a compreensão do enredo. Então, nesse caso, as narrativas não se sustentam por si só.
4.1 – Roteiro Literário
Chamamos de roteiro literário, aquele texto que é escrito e estruturado por ações separadas e determinadas. É no roteiro literário que são pontuadas as ações da historia. Para isso temos que especificar a situação de cada uma das ações, determinando aquelas que acontecem no interior de uma casa ou apartamento, ou igreja, etc, ou se a cena ocorre no exterior do imóvel; se ação acontece numa praia, montanha, parque, etc; se a hora é diurna ou noturna e assim por diante. A sinalização é anotada, como o exemplo a seguir:
INT. APT/SALA . JÕAO-‐‑ DIA ( interior do apartamento do João, sala de dia)
EXT. ESTRADA -‐‑ NOITE
( exterior; numa estrada, à noite)
Mudamos de ação quando ocorrem mudanças de espaço ou de tempo.
INT. APT/SALA . JÃO-‐‑DIA
INT. APT/QUARTO . JOÃO-‐‑ DIA
4.2 – Roteiro Técnico
Como o próprio nome diz, o roteiro técnico representa todas as definições técnicas para a filmagem das ações contidas. Essas definições indicam os tipos
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de planos a serem definidos e enquadramento a ser adotado. Para tanto, o roteiro é dividido em seqüência, cena e plano. A seqüência como um parágrafo, a cena como uma frase e o plano como uma palavra, ou seja a seqüência é composta por um conjunto de cenas e a cena por um conjunto de planos. Obs: As ações que estão contidas no roteiro literário tornam-‐‑se cenas no roteiro técnico. Nos exemplos a seguir, essa idéia está melhor detalhada: 1. SEQUÊNCIA – CASAMENTO. 1. Cena -‐‑ Ext. Igreja/ escada – noite. 1. Plano Geral (P.G) -‐‑ Noiva saindo do carro. 2. Plano Médio (P.M) -‐‑ Noiva subindo as escadas. 2. Cena -‐‑ Int. Igreja/ altar – noite. 3. Plano Americano ( PA) -‐‑ Noivo no altar. 4. Plano detalhe (P D) – mão do noivo 2. SEQÜÊNCIA – PRAIA. 1. Cena -‐‑ Ext. Praia de Ipanema / Arpoador – dia. 5. Plano americano (PA) -‐‑ Noivo tomando uma cerveja. 6. Plano fechado (PF) – Copo de cerveja 2. Cena -‐‑ Ext.Praia de Ipanema / posto 9 – dia. 7. Plano Médio (PM) -‐‑ Noiva caminhando em direção ao mar. OBS: a numeração dos planos segue independente da mudança na numeração das seqüências e cenas. Cada vez que mudamos de seqüência voltamos a contar as cenas de novo.
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Não existe um consenso a respeito do critério utilizado para a divisão do roteiro técnico. Alguns profissionais trabalham com sequências e planos, outros com sequências e cenas e outros ainda, com cenas e planos. Para a produção, quanto mais detalhado for a divisão do roteiro, melhor.
4.3 -‐‑ Plano Chamamos de plano o momento em que uma imagem é gravada ou filmada desde o seu inicio até o seu corte. Podemos usar vários tipos de enquadramentos para filmarmos um plano. Os planos abertos passam a sensação do ambiente, são planos usados para situar o espectador. Os planos fechados servem para enfatizar algo especifico. Chamamos de take, às tentativas que fazemos para escolher o melhor plano. Quando dizemos que um filme foi rodado na proporção de cinco para um, isto significa que filmamos cinco takes para escolhermos um plano. A definição dos planos é dada pelo Diretor Artístico em parceria com o Diretor de Fotografia. As escolhas dos planos, sua duração, e enquadramentos fazem parte da estética do filme. Quando as cenas são complexas se faz necessário a criação do story board, feito por desenhistas profissionais. Estes desenham todos os planos que fazem parte da cena seguindo a orientação do Diretor Artístico. 4.4-‐‑ Tipos de Enquadramento Infelizmente não existe um consenso sobre a nomeclatura utilizada para classificar os tipos de enquadramento de um plano. Segue abaixo exemplos das mais utilizadas:
SEQUÊNCIA
CENA
PLANO
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PLANO GERAL – O cenário aparece em relevância. Se há atores presentes na cena, eles aparecem de corpo inteiro. O Plano localiza a ação PLANO MÉDIO – os atores surgem mais próximos. Corta o corpo pela cintura e o cenário tem importância secundária. PLANO AMERICANO – o ator é mostrado apenas do joelho para cima PRIMEIRO PLANO ou CLOSE– o ator aparece do tórax para cima, com ênfase no rosto. PlANO FECHADO ou BIG CLOSE – mostra o detalhe de um objeto ou do rosto PLONGE – enquadra o objeto, de cima para baixo. CONTRA-‐‑PLONGE – enquadra o objeto, de baixo para cima. PLANO SUBJETIVO – plano faz o papel de deslocamento do personagem PAM – Panorâmica ou plano geral de conjunto. 4.5 -‐‑ Decupagem de Roteiro A decupagem do roteiro é uma análise minuciosa que fornece todos os dados importantes para podermos organizar e realizar com êxito, o nosso projeto. Quem realiza essa tarefa é o Assistente de Direção em conjunto com a Equipe de Produção. Num primeiro momento são definidas algumas questões: como o Diretor Artístico visualiza o filme, como os planos serão filmados (storyboard), o estilo de figurino e da cenografia, os equipamentos a serem providenciados etc. São analisados, plano a plano, todos os elementos necessários para a execução do filme.
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O trabalho de decupagem permite a definição e contratação da Equipe mínima necessária, o tipo de locação, o cenário, o figurino, o equipamento técnico para que o Produtor possa fazer um primeiro orçamento. Em trabalhos longos e mais demorados, geralmente ocorrem várias reuniões com os membros mais importantes da equipe responsável (os Diretores dos Departamentos), para o acerto de eventuais mudanças e para avaliação do andamento dos trabalhos e das filmagens. Muitas vezes o roteiro pode sofrer alterações, chamadas de tratamento (primeiro, segundo...). Essas alterações influenciam diretamente no trabalho da Produção, pois às vezes exigem redefinição de locação, de equipamento e de tempo de trabalho. O Diretor de Produção precisa de jogo de cintura para adequar o orçamento, os prazos a todo e qualquer imprevisto.
Denomina-‐‑se Análise Técnica do Roteiro; esta decupagem descrita acima. Em cada projeto de filme são necessárias planilhas de análises técnicas. É muito importante entender que sem o roteiro estar dividido em seqüência, cena e plano seria muito difícil elaborarmos as planilhas das analises técnicas. A seguir, uma relação das planilhas necessárias:
• Analise técnica de atores Com ela identificamos e organizamos todas as cenas das quais os atores participam. • Analise técnica da fotografia Detalha todos os planos de todas as cenas, incluindo seus enquadramentos e minutagem. • Analise técnica da produção Detalha e agrupa todos os locais onde serão filmadas as cenas ( locação), prevê o numero de pessoas que estarão no set de filmagem e ainda quais as cenas que precisarão de café da manhã, almoço, lanche e ou jantar. • Analise técnica da arte Decupa os cenários e os objetos utilizados em cada cena. • Analise técnica do figurino Decupa os figurinos utilizados em cada cena. A analise técnica do figurino e feita levando-‐‑se em conta o roteiro literário. • Analise técnica do som
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Detalha todas as cenas e planos que terão som ambiente, ruídos e/ou trilha sonora. • Analise técnica do filme Esta planilha contem as informações de todas as outras analises técnicas.
Obs. As análises técnicas dividas por departamentos foram criadas para que os iniciantes entendam melhor o processo de decupagem.
ANÁLISE TÉCNICA DE ATORES
SEQ CE
NA PERSO
NA GEM
TIPO
FÍSICO
PERFIL PISCOLO
GICO
ATOR LOCAL DA
FILMAGEM
DIA DE FILMAGEM
4
1
Tio
João
Alto Branco Careca Manco
Humilde
Subserviente
XXXXX
Igreja
1º dia
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OBS: As observações em negrito não fazem parte das planilhas, são exemplos de preenchimento.
ANÁLISE TÉCNICA DA FOTOGRAFIA
SEQ CENA
PLANO
ENQUADRAMENT
O
LUMINOSIDADE
MINUTAGE
M
Obs
1
1
1
P.M – Plano médio
Realist
a
2
Seg.
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O conceito estético de luminosidade de um filme e/ou vídeo é definido
muitas vezes tomando-se como referencia obras pictóricas: Impressionismo, expressionismo, barroco, romantismo, realismo, etc.
ANÁLISE TÉCNICA DA PRODUÇÃO
SEQ CENA
LOCAÇÃO
Nº PESSOAS
ALIMENTAÇÃO
TRANSPORTE
Obs
5
2
Prai
a Posto 9 Ipanema
8
atores
10 figurantes
35 equip
e 4
seguranças
8 motoristas
Café da
manhã
Van - Figurant
es Van - atores Van -
Produção
Van - câmera Caminh
ão elétrica Treiler / camari
m Van arte
4 banheiros químicos
Caminhão gerador
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ANÁLISE TÉCNICA DA ARTE
SEQ CENA
CENÁRIO OBJETOS DE ARTE
OBS.
6
1
Quarto de criança,
pequeno, Cinza,
paredes sujas
Berço azul
velho, cortinas brancas
sujas
O berço esta todo arranhado
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ANÁLISE TÉCNICA DO FIGURINO
DIA DO
ROTEIRO LITERÁRIO
PERSONAGEM
CONJUNTO DAS
PEÇAS DE ROUPA DO
PERSONAGEM
OBSERVAÇÃO
R 1
Tio João
Terno preto de linho, gravata
vermelha, sapatos pretos
Terno desgastado
sapatos furados
R 1A
Tio João
Camisa branca,
bermuda preta
Camisa sem manga
R 1
Tia Maria
Vestido
vermelho
Característica estética do
vestido
R 2
Tio João
Descrição Característica estética do
vestido
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R 2
Tia Maria
Descrição Característica estética do
vestido R: conjunto das roupas do personagem. Numero: dia do roteiro literário. Letra: Se houver mudança de figurino, no mesmo dia do roteiro literário.
ANÁLISE TÉCNICA DO SOM
SEQ CENA PLANO SOM DIRETO
SOM AMBIENTE
RUÍDOS TRILHA SONORA
2
1
Fechado
Monologo
Chuva
Telefone
Solo de violino
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ANÁLISE TÉCNICA DO FILME
SEQ. Nº.
CENA Nº.
I/E Int ou Ext
D//N Dia ou Noite
PÁG DO ROTEIRO Literário
MINUTAGEM Total da cena
DATA Da filmagem
LOCAÇÃO: Local da filmagem
ENDEREÇO: da locação TEL: da locação CONTATO: Pessoa responsável pela locação
ATORES FIGURANTES
OUTROS
Que participarão
Que participarão
Que participarão
OBSERVAÇÃO Caso haja necessidade EQUIPAMENTOS DE FOTOGRAFIA Que estarão presentes na filmagem EQUIPAMENTO SOM Que estarão presentes na filmagem CENOGR
AFIA OBJETO DE CENA
FIGURINO
MAQUIAGEM
Se houver
Se houver
Se houver
Se houver
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RESUMO DA CENA PLANOS DA CENA
MINUTAGEM
AÇÃO OBSERVAÇÃO
Plano americano
2 segundos
Homem caminhando
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4.6 _ Plano de Filmagem Quando organizamos os dias de filmagem temos que levar em conta os aspectos práticos. Na maioria das vezes a filmagem não pode ser realizada na ordem linear do roteiro. Os motivos são os mais diversos e incluem: agenda dos atores, aluguel dos equipamentos, local das filmagens, etc. Como num jogo de quebra cabeça temos que procurar as peças semelhantes. Em primeiro lugar separamos todas as cenas diurnas das noturnas, depois separamos as externas das internas. e assim por diante. A filmagem deve iniciar sempre pelas externas, se houver necessidade de adiá-‐‑la por motivo de chuva substituímos pelas internas sem aumentar os dias de filmagem. A fase da filmagem de um filme é o momento em que devemos ficar atentos, pois toda economia é importante. Disponibilizamos as cenas que irão ser filmadas por dia. Para isso temos que levar em conta o número de planos de cada cena. Um dia de filmagem dura dez horas e filmamos de cinco a quinze planos por dia.
PLANO DE FIMAGEM
1O DIA
QUARTA-FEIRA
7:00 – 17:00
5 planos
CENA
AMB /LUZ
AÇÃO
LOCAÇÃ
O
PERSONAGENS
PLANOS
20 Ext / Dia
Ele entra na Casa xxxxx. Ela atrás
Saara e Casa
xxxxx
Marido e Mulher
31,32,33
9 (crianças)
Ext / Dia
Crianças de rua
Ruas Centro
Crianças de rua
17
26
Ext / Dia
Ela caminha pensativa. Vê substituta, conversam
Rua das Laranje
iras
Mulher e Substitut
a
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2O DIA
SEGUNDA-FEIRA
9:00 – 19:00
11 planos
CENA
AMB /LUZ
AÇÃO
CENÁRIO
PERSONAG
ENS
PLANOS
4 Int / Dia
Apresentação dele
Escritório
Marido 4, 5, 6
6 Int /Dia-Noite
Início do diálogo até núpcias
Escritório
Marido e Mulher
8, 9, 10, 11, 12, 13
8
Int / Noite
Ele se controla, ela diz que chorava
Escritório
Marido e Mulher
16
12 Int / Noite
H - Não olhe para mim
Escritório
Marido e Mulher
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3O DIA TERÇA-FEIRA
9:00 – 19:00
11 planos
CENA
AMB /LUZ
AÇÃO
CENÁRIO
PERSONAGENS
PLANOS
10 (5
min)
Int / Noit
e
M- se ele for preto?até H-...eu não saio d casa.
Escritório
Marido e Mulher
18, 19, 20, 21
17 (2
min)
Int / Noit
e
M – Você? até M - Eu sabia q vc era o amante
Escritório
Marido e Mulher
28, 29, 30
25 (2
min)
Int / Noit
e
H-Eu pensei q fosse..até M-..uma solução p nós2
Escritório
Marido e Mulher
38, 39, 40
27 (50 s)
Int / Noit
e
M – Durante esses anos até M - Acompanha meu raciocínio...
Escritório
Marido e Mulher
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5 – CRONOGRAMAS 5.1–Analítico.
O cronograma analítico é o cronograma que descreve todas as tarefas a serem realizadas de todos os departamentos nas fases de preparação, pré-‐‑produção, filmagem e finalização. Para melhor descrevermos estas tarefas, devemos sempre pensar em cada departamento de uma vez. ( feito na fase de preparação do projeto) Preparação
• Desenvolvimento do roteiro final • Analise Técnica do roteiro • Cronogramas do filme • Pesquisa • Orçamento estimado • Captação de recursos • Estrutura física para a produção
Pré-produção
• Contratação da equipe • Reunião para leitura do roteiro com os diretores dos departamentos • Lista de equipe • Cronograma e orçamento de todos os departamentos • Opções de locações • Edição das melhores opções locações • Visitas com os diretores de departamento para definção das locações • Fechamento das locações • Elaboração do plano de filmagem • Criação do Story Bord • Ordem do dia • Escolha do elenco ( teste de elenco), elenco de apoio e figurantes • Edição do teste de elenco • Ensaio com os atores • Confecção e/ou aluguel dos figurinos • Compra e/ou aluguel de todo o material necessário ( objetos de arte, material sensível, etc.) • Mapa de transporte • Autorizações e seguros necessários
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Filmagem
• Captação de todas as imagens previstas • Inicio da desprodução ( devolução de todos os objetos e/ou equipamentos
alugados) • Inicio da fase de finalização
Finalização
• Revelação • Preparação e lavagem • Telecinagem off Line de todo material filmado • Edição on line • Confecção dos creditos • Edição de som • Ruídos de sala • Gravação da trilha sonora • Mixagem do som • Transcrição de som • Revelação de som • Copião em 16 mm conf. De boletim • Montagem em 16 mm • Copião c/marcação de luz 16 mm • Interpositivo ampliado em janela molhada • Internegativo ampliado 35 mm • Copião e/luz marcada 35 mm p/sincar com som • 1º copia sonora em 35 mm
Obs. Este é um exemplo teórico, a organização do cronograma depende do roteiro e da verba disponível. Devemos sempre consultar as empresas finalizadoras. 5.2–Físico. O cronograma físico insere, temporalmente, as tarefas descritas no cronograma analítico. A unidade de tempo pode ser diária ou semanal, (feito na fase de preparação do projeto)
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SEMANA 1
2
3
4
5
6 7
PREPARAÇÃO PRÉ- PRODUÇÃO
FILMAGEM DES-PRODUÇÃO
FINALIZAÇÃO
5.3 – Físico/Financeiro.
O cronograma físico/financeiro é o cronograma físico, mais os valores gastos em cada tarefa. Este cronograma é fundamental para acompanharmos o que está sendo realizado e seus respectivos gastos 5.4 – Produção Este cronograma reúne as informações contidas no cronograma analítico e físico. O Cronograma de Produção também deve ser feito e refeito quantas vezes forem necessárias e distribuído para toda a equipe. Sempre que for necessário atualizar a equipe sobre alguma mudança ocorrida. É o cronograma que possui maior número de informações. No caso da produção de filmes e ou de vídeos, a distribuição deve abranger todos os departamentos. Como unidade de tempo, pode ser usado, tanto o dia como a semana ou o mês. Observe os exemplos.
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MÊS DIAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9
SEM SEG TERÇ QUART QUINT SEXT SAB DOM SEG TERÇ
Produção de apoio Produção de apoio
Confirmar Objeto de cena/ Figurino Mapa de Transporte Fechar lista de equipe Fechar lista figurantes
Apoio de Figurino Apoio de Figurino
Compra de Objs de
cena
Confirmar figurante Definição dos atores
Cliente : Curso de Alemão xxxx Produtora : xxxxxxxxxxxx DIA HORA ATIVIDADE 30/11 11:00 REUNIÃO PRÉ-PRODUÇÃO - Fotografia - Cenografia 01/12 14:00 SEGUNDA REUNIÃO Elenco 02/12 18:00 TERCEIRA REUNIÃO - Cenografia - Figurino 05/12 INÍCIO CONSTRUÇÃO DO CENÁRIO 06/12 12:00 FILMAGEM ALTO-MAR p/fundo Chroma-key 07 e 08/12 TESTE DE ELENCO – Produtora EDIÇÃO DO TESTE 09/12 10:00 REUNIÃO AGÊNCIA 10 à 15/12 PRODUÇÃO 18/12 PRÉ-LIGHT – Estúdio 19/12 FILMAGEM – Estúdio
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5.5 – Ordem do dia Quando se tem em mãos o Plano de filmagem dividido em Seqüência, Cena e Plano, a denominação da Planilha, que define os horários do que vai ser filmado (película) e/ou gravado (magnético), é chamada de Ordem do Dia. Quando o trabalho a ser filmado é um show, a denominação é Cronograma de Filmagem e/ou gravação. Ele define os horários de chegada de todos os membros da equipe, o tempo que temos para prepararmos o set de filmagem, a duração que os atores levarão para se aprontar, o horário da alimentação etc. Este cronograma deve ser feito e refeito quantas vezes forem necessárias e deve ser distribuído a todos os membros da equipe. Ele representa a garantia do cumprimento do plano de filmagem. Quem é responsável pela feitura da Planilha Ordem do dia, Cronograma de Filmagem e/ou gravação é o Assistente de Direção junto com o Diretor de Produção. Obs. Mais importante do que escolher um modelo é aprender a pensar na organização da produção. Veja os exemplos a seguir :
Especial de fim de ano Tv. Azul Direção: xxxxx xxxxxx Produção : xxxxxxx Local : Teatro xxxxx – Av. Xxxxxxxx Nº 370 Vila da Penha - Tel: xxxxxxxxx DIA 06/12 - SEGUNDA-FEIRA 13:00HS: CÂMERAS PREPARANDO FIGURINO ENSAIO GERAL 14:00HS: Banda 1 15:30HS: Cantora 1 17:00HS: Cantora 2 18:30HS: Banda 2 DIA 07/ 12 - TERÇA FEIRA 09:00HS: Cantor 1 10:30HS: Banda 3 12:00HS: ALMOÇO 13:30HS: Cantora 3 15:00HS: Cantor 2 16:30HS: Banda 4
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Especial de fim de ano Tv. Azul Direção: xxxxx xxxxxx Produção : xxxxxxx Local : Teatro xxxxx – Av. Xxxxxxxx Nº 370 Vila da Penha - Tel: xxxxxxxxx
DIA 06 DE DEZEMBRO
HORÁRIO ATIVIDADE 07:00HS Montagem do Cenário Chegada da U.M. Chegada da Equipe Técnica e Produção 09:30HS Montagem da Iluminação 12:00HS Chegada da apresentadora Almoço 12:30HS Chegada Coro xxxxxxx Ensaio Geral 13:00HS Chegada da Figuração Maquiagem 14:00HS GRAVAÇÃO Chegada da Banda 1
XXXXXX ETC XXXXXX
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ORDEM DO DIA
FILME: XXXXXXX DIRETOR: XXXXXXX LOCAÇÃO: Hotel Amarelo DATA: 14 de maio
CENA PLANO
ELENCO
OBSERVAÇÕES
Homem andando P.M Jair Mulher sentada P.A Carm
em
HORÁRIO: 7:00 h Chegam no SET: Carlos ( prod. De locação) Café da Manhã (D.Jurema) Elétrica e maquinaria 7:30 h Chegada, figurino , arte, fotog., som e 8:00 h Chegada dos atores diretor 8:30h Atores maquiando e se vestindo Arte entrega o set Fotog., afina luz 9:00 h Ensaio com camera 10:00 h Roda o primeiro Plano
ELENCO: Jair e Carmem
FIGURAÇÃO: Não tem
FIGURINO: Heloisa, Clara, Rosa
ARTE: Nelson, Marcos
ELÉTRICA: Paulo, Manoel
MAQUINÁRIA: Edinho, João
FOTOGRAFIA: César. Fernando, Ruy
SOM: Antonio, Claudio
PRODUÇÃO: Carlos, Renan, Camila Dona jurema
EFEITOS: Não tem
COMIDA, ANIMAIS E VEÍCULOS DE CENA: Não tem
OBS.: PARA CADA LOCAÇÃO UMA NOVA ORDEM DO DIA
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6-‐‑ A PRODUÇÃO E SUAS FASES O trabalho de Produção é composto de seis etapas, ao final das quais o filme está pronto para ser encaminhado às salas de exibição ou veiculação. A saber: 6.1 – Preparação Constitui-‐‑se na fase inicial de qualquer projeto, quando todos os detalhes serão pensados e avaliados, num trabalho delicado de definição das escolhas. As tarefas da Preparação podem ser assim relacionadas:
• Roteiro literário • Roteiro técnico (1º tratamento) • Plano de filmagem (1º tratamento) • Cronograma analítico • Cronograma físico • Cronograma físico/financeiro, • Orçamento detalhado • Aprovação do projeto junto às Leis de Incentivo • Captação de recursos financeiros • Consolidação da estrutura financeira do trabalho • Início da pesquisa histórica e de imagem, a partir do roteiro • Pré-‐‑seleção de locações e definição da Equipe Técnica • Montagem da estrutura física para o início da Produção
6.2 -‐‑ Pré-‐‑Produção
• Decupagem do Roteiro (roteiro técnico) • Elaboração da análise técnica do filme • Elaboração do plano de filmagem • Aprovação do orçamento operacional • Contratação da Equipe Técnica e Artística • Contratação da Equipe de Consultoria Científica • Fechamento das datas de filmagem para aluguel de equipamento
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• Cronograma de produção • Solicitação de apoio • Escolha e aprovação final das locações; solicitação das autorizações (
locações, Prefeitura, CET – Rio, Policia Militar, menor de idade) • Elaboração da ordem do dia • Negociação com empresas fornecedoras • Compra do material necessário • Aprovação do projeto cenográfico • Teste de elenco • Ensaio com os atores • Aprovação de figurino
6.3 -‐‑ Filmagem
• Filmagem/Captação das imagens, observando a analise técnica do filme, plano de filmagem, ordem do dia e mapa de transporte. É fundamental ter em mãos as autorizações de locação (ões), Prefeitura, CET-‐‑Rio, Policia Militar, de menor(es) etc.
6.4 – Finalização 6.4.1-‐‑Desprodução
Nessa fase são feitos os últimos pagamentos (aos fornecedores, à equipe técnica, ao elenco). As locações são desocupadas e os equipamentos alugados são devolvidos.
6.4.2-‐‑Pós-‐‑produção Tarefas para quando o material é captado em película (produto final em película)
• Revelação dos negativos utilizados nas filmagens • Copião do negativo • Transcrição de som direto • Montagem do copião
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• Telecinagem off-‐‑line • Edição de som • Som direto • Ruidos • Trilha sonora • Confecção de letreiros • Mixagem • Transcrição ótica • Marcação de luz • Cópia zero • Primeira cópia • Copiagem • Divulgação • Distribuição
Tarefas para quando o material é captado em película (produto final em fita magnética)
• Revelação dos negativos utilizados no filme • Banho de ultra-‐‑som e preparação para telecinagem • Telecinagem off-‐‑line ou on-‐‑line • Edição das imagens • Edição do som • Som direto • Ruídos • Trilha sonora • Confecção dos créditos • Mixagem • Telecinagem on line • Cópia master • Copiagem • Divulgação • Distribuição
Depois de realizada a Copiagem tem início a comercialização do filme, executada por firma distribuidora que oferece às salas de exibição ou a grupo de salas, para aluguel e se a negociação é concretizada, a cópia do filme é entregue, acompanhada de todo o material de divulgação confeccionado para o mesmo.
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Tarefas para quando o material captado em fita magnética ou digital (produto final em película)
• Edição das imagens • Edição do som • Som direto • Ruídos • Trilha Sonora • Confecção dos créditos • Mixagem • Telecinagem on line • Transfer • Cópia zero • Primeira cópia • Copiagem • Divulgação • Distribuição
Tarefas para quando o material é captado em fita magnética ou digital (produto final em fita magnética)
• Edição das imagens • Edição do som • Som direto • Ruídos • Trilha sonora • Confecção dos créditos • Mixagem • Telecinagem on-‐‑line • Copiagem • Divulgação • Distribuição
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7 -‐‑ ORÇAMENTO.
7.1 -‐‑ Orçamento Detalhado. Normalmente as unidades de tempo mais utilizadas, são o dia e/ou a semana. Com a definição, existem condições para a montagem da planilha de orçamento. Obs. : É aconselhável que o profissional de produção domine o programa Excel/Microsoft, ou outro similar que contenha os recursos de diagramação, pois isso facilita bastante o trabalho, na hora de executar as contas do orçamento. A planilha de Orçamento Detalhado deve conter todos os itens necessários para a produção do projeto. Esta planilha precisa conter, além do numero de dias ou semanas gastos, os valores unitários de cada item orçado. Exemplificando: Orçamento Detalhado. 1 -‐‑ Equipe técnica.
FUNÇÃO
NOME
UNIDA
DE
QUANT
VALOR UNITÁRIO
VALOR TOTAL
Diretor
W G
Sema
na
8
1200
9600
Assist. direção
D F S
Sema
na
8
Dir. Fotografia
C V G
Diária
20
Produtor D R Sema 7
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T na Câmera P O
L
Dir. Arte C N Y
Etc... Subtotal Xxxxxxx
Obs: Modelo completo da planilha do orçamento detalhado encontra-‐‑se no capitulo 10 -‐‑ anexos 2 -‐‑ Elenco principal. Nome dos atores que vão interpretar os principais papeis do roteiro 3 -‐‑ Elenco de apoio. Nome dos atores que vão compor os personagens que eventualmente participam de cenas e podem ter pequenas falas 4 -‐‑Figuração. Nome dos atores e/ou modelos que aparecem, apenas compondo as cenas.
Consideração sobre os procedimentos de contratação do elenco (principal, de apoio) e de figuração.
Em várias situações o trabalho com elenco pode ser de atores profissionais, atores de apoio ou de figurantes. Nesse momento, o Produtor de Elenco apresenta à Direção, as opções de escolha. Essa apresentação pode ser feita em book ou em vídeotape. Esse profissional trabalha diretamente com o Assistente de Direção, que muitas vezes orienta o Teste de Elenco. Escolhidos os “concorrentes”, é realizado o teste específico para a definição dos atores. Por vezes pode ser um trabalho demorado, é feito na fase de Pré-‐‑produção. Algumas vezes é necessária a presença da Equipe de Figurino, do Maquiador, do Cabeleireiro e da Camareira, pois o trabalho de escolha pode exigir que os atores estejam com seus personagens caracterizados . De qualquer forma, logo após a aprovação dos atores, a equipe de figurino entra
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em ação para tirar as medidas antropométricas dos escolhidos. 5 -‐‑ Figurino. Indumentária utilizada pelo elenco do filme. Por vezes são alugadas, ou compradas ou confeccionadas por costureiras contratadas. Uma boa figurinista sabe como os tipos de tecidos reagem diante de uma câmera. Outra preocupação é quanto a tonalidade dos tons na composição conjulgada de cada conjunto de peças que vai caracterizar os pesonagens. 6 -‐‑ Objetos de arte São os adereços que compõem as cenas. Tudo aquilo que aparece na tela que não sejam os atores e os figurinos constitui-‐‑se em objeto de arte: a cortina, o abajur, um vaso, o quadro, o relógio, uma cesta de lixo, etc. Estes objetos obedecem à concepção estética do Diretor de Arte. 7 -‐‑ Projeto cenográfico Projetos de construção de cenários 8 -‐‑ Locação. Refere-‐‑se ao local aonde vão ser filmadas as seqüências do roteiro. Estes espaços podem ser construídos em estúdios e/ou alugados. Para isso é preciso levar em consideração alguns aspectos, como por exemplo, a localização, o acesso, a iluminação, o barulho, a segurança, etc. Quando são utilizados logradouros públicos, é necessário obter-‐‑se autorização aos órgãos competentes. No caso de ruas, a Prefeitura, a CET-‐‑Rio, a Policia Militar, IBAMA, etc. No caso de estúdio, a escolha vai depender das necessidades do trabalho. Existem várias vantagens em se trabalhar em estúdio, pois já existem camarins,
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tratamento acústico, instalações elétricas adequadas. Pode ser usado o recurso do chroma-‐‑key, construir cenários, fazer pré-‐‑light, trabalhar a madrugada inteira com segurança, dispor de ar condicionado, espaço para alimentação da equipe, etc. 9 -‐‑ Transporte. A questão do transporte é de suma importância, uma vez que, quando bem definida, agiliza e facilita as idas e vindas dos diversos profissionais envolvidos nos trabalhos, além de proporcionar economia de tempo e de dinheiro. Para que assim ocorra, e se previsto no orçamento, deve ser feito um cronograma de transporte detalhado, econômico, inteligente e de fácil manuseio e compreensão. Na fase de Pré-‐‑produção costuma-‐‑se prever transporte para a equipe responsável pelo Figurino e pela Arte. A Equipe de Figurino vai visitar várias lojas, à procura das peças necessárias. O tempo que necessita de transporte e o tamanho do mesmo vai depender da grandeza do trabalho e do tamanho das peças. Se for um trabalho pequeno, com o uso de poucas roupas, pode ser usado o veículo de um membro da equipe que recebe o reembolso correspondente à quantidade de combustível gasto. No caso da Arte e da Cenografia devem ser planejado o uso de veículos de porte médio ou grande (pick-‐‑up abertas ou mesmo caminhões), pois esses Departamentos trabalham, na maioria das vezes, com materiais grandes, pesados e/ou em quantidade, mas tudo depende do roteiro que se tem em mãos. Atentar, sempre, que tudo o que se produz requer desprodução. Logo, na hora de fazer o mapa de transporte, isso deve ser levado em consideração. Os Diretores que não têm ou não desejam usar condução própria, são transportados nos carros destinados pelo Diretor de Produção. O ideal é que a Produção tenha um bom número de motoristas e de tipos de carro, como opção para as várias demandas. Como a maioria dos profissionais trabalha em regime de diária, não se pode correr o risco de “ficar na mão”. Quanto a fornecedores/serviços, também é aconselhável o maior número de opções. Mais fácil fica o fechamento do cronograma de transporte. A prática
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de trabalhar com pessoas do ramo, acostumadas a lidar com projetos de filmagem, poupa tempo e evita muitas especificações e explicações. A fim de poupar custo e tempo, os responsáveis pelo transporte devem ter uma boa noção da geografia da cidade e do local em que se situa o trabalho. A pontualidade é uma das qualidades mais importante para esse profissional. Também é da responsabilidade do Diretor de Produção, além do pagamento da diária do veículo, o custo com a alimentação, com o combustível e com o motorista. Os pagamentos são efetuados, mediante a apresentação das respectivas notas fiscais e/ou cupões fiscais. Ver livro as tias dizem que no livro existe mais texto!!! 10 -‐‑ Alimentação.
No caso da Produção ser pequena, é comum a prática de estipular, no orçamento, um valor diário de gasto com alimentação para cada membro da equipe. Esse valor deve ser repassado diariamente ou então vai sendo reembolsado ao longo da produção. Essa prática também costuma funcionar com todos os que trabalham na Pré-‐‑produção.
Quando a filmagem ocorre em estúdio ou em externas, e a equipe é média ou grande, costuma-‐‑se contratar uma empresa especializada que, de acordo com o pedido, fornece o serviço de alimentação.
Se forem encomendados café da manhã e almoço, pode ser incluído no orçamento o oferecimento de cafezinho e de alguns biscoitos, frutas entre as refeições e após o almoço, chamamos isto de manutenção do set.
O preço é fixado por pessoa e cabe à Produção estipular o número de comensais e os horários em que vão ser servidas as refeições. Tudo devidamente documentado previamente, por fax.
Cabe à Produção escolher um local apropriado para serem montados o buffet, as mesas e as cadeiras e assim a equipe pode fazer as refeições de forma adequada. Os horários em que serão servidas as refeições devem ser passados as empresas fornecedoras, caso haja alguma alteração, as empresas devem ser avisadas imediatamente.
É muito importante que a mesa de café da manhã esteja pronta assim que a equipe começa a chegar. É uma maneira de o dia começar bem, com todos alimentados e confortáveis.
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Também é da responsabilidade da Produção, o bom andamento desse serviço, é muito importante, controlar a distribuição de café e água no set de filmagem, próximo ao Diretor.
O serviço prevê isopores com gelo para água e qualquer outra bebida orçada no pacote da alimentação.
Para que o andamento da filmagem não seja interrompido, deve ser estipulado horários das refeições em turnos. Assim, por exemplo, no caso da Figurinista e de sua assistente, primeiro uma almoça, depois a outra. O setor não fica a descoberto.
É de bom alvitre espalhar vários depósitos para o recolhimento de lixo. Assim , a ordem e a arrumação do set ficam garantidas. Essa responsabilidade então, é do pessoal encarregado da alimentação e do boy de set, que devem ter à mão sacos de lixo em quantidade suficiente para, sempre que necessário, providenciar a troca dos mesmos. 11-‐‑ Material sensível
Fitas e Negativos. Todo o orçamento é alterado por conta da captação de imagens em
película ou em VT. São muitas e básicas as diferenças para a Produção. O processo em película é muito mais caro do que em fita magnética. Além
da lata de negativo ter um custo maior do que o de qualquer fita magnética, a película exige revelação , muitas vezes, Telecinagem, etc. Fora isso, a escolha de certos profissionais precisa ser mais específica, como a do Diretor de Fotografia, e dos equipamentos de iluminação.
A Produção providencia as fitas ou as latas de negativo de acordo com a especificação do Diretor e do Diretor de Fotografia. Precisa ser informada sobre a quantidade necessária e, no caso de ser usada película, qual a sensibilidade dos negativos, etc.
O material virgem fica sob a responsabilidade da Produção que deve transportá-‐‑lo e guardá-‐‑lo de forma correta. Nada pode ficar exposto ao calor e à umidade. As fitas e/ou os negativos são entregues ao 1º Assistente de Câmera, que ao final do dia de filmagem deve devolve-‐‑las a Produção.
O material gravado (vt) ou filmado ( película), precisa estar etiquetado e estar acompanhado do boletim de câmera na hora da entrega. A Produção
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recebe, verifica se os quesitos estão cumpridos e então passa à Edição ou ao laboratório, para a revelação, no caso de ser película. Fitas magnéticas: VHS , Super VHS, BetaCam, BetaDigital, Mini-‐‑DV, DVcam, etc. Película: 8 mm, 16mm, 35mm, 70 mm, etc Características: - Fita de celulóide transparente e altamente sensível com Brometo de Prata.
Nas pontas da fita há perfurações que se encaixam na câmera ou no projetor. - Antigamente , as câmeras funcionavam à manivela. Hoje, o processo é
automático e pode ser regulada a abertura e a velocidade. O padrão é de 24 frames (imagens) por segundo.
12 – Equipamentos
Referem-‐‑se aos equipamentos solicitados pelos Departamentos de Fotografia e de Som. 13 – Iluminação e maquinaria. Fazem parte deste item, todos os tipos de refletores solicitados pelo Diretor de Fotografia, todos os cabos, intermediarias, caixas de distribuições, etc. solicitados pelo Eletricista Chefe, após ter conversado com o Diretor de Fotografia ter visto a lista de refletores do mesmo. É fundamental que o eletricista chefe visite as locações definidas a fim de verificar toda as condições necessárias. Os equipamentos de maquinaria, são todos aqueles que dão suporte aos movimentos de câmera; ligeirinho, carrinho, trilhos, gruas, etc. Além destes temos também escada, panos pretos, praticáveis, etc. O Eletricista Chefe ou o Maquinista, após conversar com o Diretor de Fotografia, definem os equipamentos que serão utilizados.
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Os acessórios comprados pela Produção para os trabalhos de iluminação incluem gelatinas, isopores, pregadores de roupa, fita isolante, fita crepe etc. As gelatinas e isopores são especificados pelo Diretor de Fotografia. 14 -‐‑ Finalização Revelação Se a filmagem termina em horário comercial, as latas de negativo são encaminhadas ao Laboratório imediatamente após a finalização do trabalho.
Essas latas precisam estar devidamente identificadas e numeradas de forma clara (trabalho do Assistente de Câmera). Edição. Existem dois sistemas de ilha de Edição: Linear e Não-‐‑linear. Linear. Esse tipo de ilha de edição, em geral, possui um painel com vários comandos de vídeo e de áudio, dois time code (um para cada monitor) com hora/minuto/segundo/frame, dois monitores, dois ou três aparelhos de videocassete interligados – um player onde fica a fita original, um recorder onde fica a fita virgem que vai receber a edição (master) e um edit que controla tudo. Esse é o método mais utilizado em trabalhos simples. Com ele pode ser feita a edição na ordem cronológica do que vai ser visto no resultado final, ou seja , take 1 depois take 2, 3, 4, etc. A edição por esse método segue um roteiro mais planejado. Não linear . O processo é feito por computador. Existem vários tipos de programas no mercado (AVID, por exemplo ) e a maioria desses programas oferece vários recursos para a edição: pode-‐‑se alterar o tempo dos takes expandindo-‐‑os ou comprimindo-‐‑os; dispõe-‐‑se de uma série de efeitos, colorização e alteração de
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cores, sonorização e filtros, animação gráfica, inversão e distorção de imagens, etc. O material original transferido para uma fita magnetica é digitalizado para dentro do computador (renderizado). Essa fase específica pode demorar um pouco. Todos os takes viram arquivos que podem ser mexidos em qualquer ordem, ao toque do mouse. Telecinagem. Telecinagem on-‐‑line Se o trabalho é em película, existe o recurso do Telecine. Após a revelação, através da telecinagem vários recursos podem ser usados: ajuste das cores, dos contrastes, do brilho, entre outros. É uma fase importante, pois possibilita que algumas correções sejam feitas. A telecinagem proporciona a unidade cromática do filme. O processo é caro e é calculado por hora. Dele participam: o Diretor, o Diretor de Fotografia e o Operador do Telecine (da própria empresa). Cabe ao Diretor de Produção ficar atento ao tempo requerido pelo Diretor, para que o orçamento não seja estourado. Telecinagem off-‐‑line Esse sistema de telecinagem permite também a passagem do material de película para fita analógica e/ou digital. Computação/Animação Gráfica. Cada vez mais são utilizados efeitos de computação gráfica na finalização de trabalhos. Seja em clip musical, em propaganda comercial ou política, nos longas, etc. Cabe à Produção oferecer opções de profissionais para a realização desse trabalho, caso a Direção Artística não tenha nomes para sugerir. O projeto em questão deve ser esboçado. O trabalho fica sujeito à aprovação, e deve ser refeito ou sofrer ajustes quando necessário.
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Sonorização Quando o filme é gravado em película, o som é captado (diálogos, ruídos, etc) em separado pelo técnico de áudio, como dito anteriormente. Nesse caso, o processo de captação é realizado em fita magnética de som (Dat, Adat, etc ). Pode ser usada uma gama de efeitos sonoros: passos, vento, sirenes, pássaros, etc. Também faz parte da Sonorização a Locução, a Trilha Sonora e a Dublagem. Posteriormente ainda ocorre a Edição do Som e a Mixagem, que sincroniza e equaliza o som com a imagem. No caso da finalização em película, faz-‐‑se após a mixagem a revelação do som ótico. Este som será inserido na cópia montada a partir do negativo. 7.2-‐‑Orçamento Resumido. Consta da relação de todos os itens do Orçamento Detalhado, junto com os valores dos subtotais do orçamento: Exemplo: Orçamento Resumido. 1 - Equipe técnica R$ 6.987,00 2 - Elenco principal R$ 7.878,00 3 - Elenco de apoio R$ 2.470,00 4 – Figuração R$ 1.200,00 5 – Figurino R$ 879,00 6 - Objetos de arte R$ 1.100,00 7 - Projeto cenográfico R$ 5.800,00 8 – Locação R$ 400,00 9 – Transporte R$ 500,00 10 – Alimentação R$ 740,00 11 - Material sensível R$ 1530,00 12 – Equipamento R$ 2.800,00 13-Iluminação e maquinaria R$ 1.000,00 14 – Finalização R$ 5.700,00 Sub-total R$ 38.984,00 Taxa Administrativa 20% R$ 7.796,80 Total parcial R$ 46.780.80 Encargos Sociais 17 % R$ 7.952,73 Total Geral R$ 79.995,10
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Obs: Os valores das percentagens de Taxa Administrativa e de encargos sociais variam, dependendo do tipo de trabalho executado e da produtora. 8 – ASPECTOS DA PRODUÇÃO.
8.1 -‐‑ Relação da Equipe. Com a equipe definida e contatada, o Produtor de Base ou a Secretária de Produção ou o Assistente de Produção faz uma lista da equipe, contendo os nomes de todos os profissionais envolvidos, seus telefones e endereços. Essa lista deve ser distribuída a todos. 8.2 -‐‑ Pasta de Produção. É importante que, no início dos trabalhos de Produção, seja providenciada uma pasta para a guarda de todos os documentos gerados pela execução do projeto. Vale o preceito: produção organizada, desprodução rápida e eficiente. 8.3 -‐‑ Solicitação de Orçamento. No momento em que é providenciada a solicitação de orçamento a algum fornecedor (para equipamento, alimentação, serviço, etc) é de praxe que a negociação seja feita via fax. O pedido é enviado pela Produtora em papel timbrado e assinado pelo Diretor de Produção. Depois de recebido pelo fornecedor, o fax retorna com a especificação do serviço, a forma de pagamento e o número de dias da locação (se for o caso),.o valor orçado e definitivo (pós-‐‑negociação) e vai diretamente para a Pasta de Produção, referida acima. Ele documenta e previne futuros mal entendidos. Além disso, a Equipe de Produção dispõe de uma verba para gastos eventuais, que precisa ser controlada rigorosamente, item por item. Não se gasta nada sem a autorização do Diretor de Produção e sem o comprovante: nota fiscal ou cupão de caixa.
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Em casos que de reembolso para alguns membros da equipe, por gastos com alimentação e gasolina, os valores são acertados previamente. A equipe de Produção tem a incumbência de providenciar uma planilha de desembolso que contenha todas as saídas de verba do Departamento. Isso deve ser feito a partir do primeiro dia de trabalho, diariamente, para que não ocorram aborrecimentos por falta de documentação ou anotação. Qualquer relação com dinheiro deve ser cuidadosamente controlada. A planilha de desembolso é entregue ao contador da empresa Produtora da filmagem, e deve estar clara e corretíssima. 8.4 – Sala de Produção. A Produção precisa estar instalada num espaço dotado de telefone (se for possível de mais de uma linha) e computador, para garantir uma excelente organização. Toda a documentação, planilhas e cronogramas devem ficar arrumados separadamente, em pastas e à mão. Importante: não é recomendável que o orçamento esteja ao alcance de todos os componentes da equipe. Apenas o Diretor de Produção deve ter acesso a ele. Também é aconselhável que a Produção conte com um mural, onde estarão afixados os cronogramas, de forma visível para todos. Diariamente é bom que a equipe de produção faça uma reunião antes de começarem os trabalhos, para a divisão de tarefas; e uma outra no final, para levantamento de eventuais pendências. Essas reuniões são vitais para um balanço do andamento do trabalho, das dificuldades de um ou de outro e ainda serve para manter a equipe afinada e “batendo bola”. 8.5 – Secretária de Produção. Quando o orçamento permite, é uma mão na roda...! A Secretária de Produção fica encarregada de atender o telefone e de completar ligações solicitadas, anotar recados, digitar e encaminhar aos fornecedores os fax de solicitação de serviços ou compras, receber os fax com os orçamentos pedidos. Cabe a ela solicitar os dados pessoais dos participantes da equipe, a fim de organizar uma lista completa. Também fica responsável por
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digitar qualquer alteração que ocorra nos cronogramas de trabalho. Pode realizar eventuais serviços bancários ou compras de urgência. 8.6 – Mala de Produção / Kit Básico. Muito importante a organização e manutenção da Mala de Produção, que contém itens necessários para uma filmagem e que suprem qualquer falha de reposição do estoque. Previne saídas não programadas da locação e/ou paralisação do trabalho. O kit inclui ainda, material básico para pequenos socorros. A lista a seguir relaciona o material básico que deve constar da Mala de Produção; o que estiver faltando, deve ser comprado:. • Baterias e Pilhas • Pregadores de roupa • Fita Crepe – double face, fina e larga • Fita isolante • Super bonder • Cola branca, para madeira e cola Pritt • Tesouras • Perfex • Spray anti-‐‑brilho • Glicerina • Álcool • Detergente • Esponja de limpeza e Bombril • Saco de lixo • Folhas de isopor • Gelatina • Fitas VHS para vídeo • Latas de negativo vazias, para a colocação das pontas não usadas • Papel higiênico • Lenços de papel • Mini-Farmácia – antisséptico, band-aid, algodão, esparadrapo, gaze, repelente,
bloqueador solar, anti-histamínico e aspirina. 8.7 – Meteorologia.
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A Equipe de Produção deve estar sempre a par dos boletins meteorológicos divulgados pela imprensa, a fim de evitar problemas de descontinuidade. Existem vários sites idôneos que fornecem essas informações. 8.8 – Geradores. Na maioria das vezes são precisos caminhões-‐‑geradores para as filmagens em Externas. Também são indispensáveis nas filmagens feitas no interior de casa ou apartamento alugados, uma vez que a estrutura elétrica do imóvel pode não suportar a carga de energia que vai ser utilizada. Outro motivo para a presença do gerador é quando o proprietário do local veta a puxada de energia da caixa de distribuição do imóvel. O serviço de aluguel dos caminhões-‐‑geradores é orçado em diárias e está previsto o custeio da mão de obra responsável pela manipulação do equipamento. A hora/diesel é cobrada à parte, de acordo com o uso. 8.9 -‐‑ Unidade Móvel. Designada como “U.M”, é composta de um caminhão que disponibiliza uma mesa de corte/edição. Quem opera essa máquina é o Diretor de Corte, profissional com bastante experiência, com um ou dois assistentes. Compõe-‐‑se de um equipamento caríssimo, que oferece vários recursos de edição. A Unidade Móvel é usada quando o trabalho demanda mais de uma câmera. Possui uma ilha de edição completa em seu interior, e as imagens captadas por mais de uma câmera ficam disponíveis, ao vivo, em seus monitores . Comumente é utilizada em shows ao vivo. O corte é feito na hora e os sinais são recebidos pela emissora e/ou enviado o material pré-‐‑editado à Produtora responsável pelo trabalho. 8.10 – Tele-‐‑Prompters. O “TP” é usado para facilitar a leitura de textos longos, sem que o ator necessite decorar tudo, devendo apenas ter uma noção geral do assunto.
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Existem vários tipos de TP no mercado, apesar de seu mecanismo ser basicamente o mesmo: os caracteres (palavras) gerados com o texto em questão é enviado a uma espécie de micro-‐‑TV, com um espelho (45 graus em relação à lente da câmera), de forma que o ator ou apresentador possa fazer a leitura sem qualquer problema. O espectador tem a nítida impressão de que ele dirige o olhar diretamente para a câmera. Mas, na verdade está lendo o texto logo abaixo dela. Obviamente a câmera que recebe o tele-‐‑prompter não pode estar muito distante, o que impossibilitaria a leitura do texto. Quando não é possível a aquisição de um TP, um outro recurso pode ser desenvolvido: o texto é escrito em cartões, com letras grandes, e alguém o segura de forma visível para que o ator/apresentador possa lê-‐‑lo. 8.11 – Áudio. Quanto à captação de som, muitas vezes há necessidade de um profissional de áudio ser contratado. Quando o filme é gravado em película, é imprescindível a presença desse técnico. Normalmente esse técnico traz consigo o equipamento e um assistente e, é ele quem zela pela qualidade do som captado. As tarefas do assistente consistem em acondicionar os microfones nas posições determinadas antecipadamente, segurar o boom -‐‑ uma haste comprida onde está acoplado um microfone em sua extremidade posterior. O boom deve ficar sobre os atores, fora do enquadramento da câmera, para que o espectador não possa vê-‐‑lo. Este é um trabalho cansativo, pois muitas vezes o assistente permanece segurando a engrenagem por horas a fio, ao longo do dia de filmagem. Outros equipamentos usados na captação de som são: o boom–direcional, que capta o som num espaço pré-‐‑determinado e seu uso é aconselhável em externas, pois não registra ruídos ambientais fora da cena. E o Microfone-‐‑Lapela, que tem a vantagem de permitir que seu portador possa se locomover livremente, uma vez que fica preso à camisa. É ideal para estúdios ou em ambientes silenciosos, pois é extremamente sensível.
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8.12 – Rádios. O aluguel de rádios, para a comunicação inter-‐‑profissionais, deve ser providenciado em gravações de vídeo ou em filmagens em película, quando os locais de trabalho forem amplos: externas, grandes estúdios, casas de show, etc. Por exemplo, no “Especial de fim de ano” da Rede Bandeirantes, citado anteriormente. Nesse caso eram seis rádios distribuídos entre a equipe: um ficava com o Diretor, no palco; outro com o Produtor Executivo, um terceiro com o Diretor de Produção, dois em trânsito com os Assistentes de Produção e um no camarim, com a Figurinista e as Camareiras. Sem eles a equipe não funcionaria nem agilizaria as providências. Quando uma banda esta terminando de gravar, o Diretor de Produção avisa à Figurinista e à Maquiadora que já preparou a/o protagonista da atração seguinte e encaminham-‐‑na para o palco. Noutro momento, quando uma banda chega à garagem da casa de espetáculos, o Assistente de Produção pode saber, através do rádio, qual dos camarins está liberado e pronto para ser usado novamente. A Produção é responsável pelo funcionamento de todos os rádios, garantindo que as baterias estejam carregadas, mantendo baterias extras em carregamento, e providenciando a troca das mesmas, quando necessário. Ao alugar esse tipo de equipamento, a Produção avalia se todos os itens estão em perfeito estado: rádios, baterias, carregadores e antenas. Se houver algum problema, contcta o fornecedor, para a substituição imediata do item com defeito. 8.13 – Autorização para Externas.
Quando as locações estão definidas, a Produção parte para conseguir a autorização exigida para veiculação de imagem, junto a órgãos públicos, a pessoas jurídicas ou físicas. Apenas os trabalhos de cunho jornalístico são dispensados e dispõem de liberdade para gravar em qualquer local. As imagens podem ser veiculadas por até três minutos; mesmo assim é aconselhável que a equipe esteja devidamente credenciada, para o caso de ocorrer algum impedimento. Se o projeto de filme for para um comercial, para um novo complexo de cinema, realizado dentro de um shopping, a autorização deve ser solicitada à empresa em questão e à administração do shopping, que estipula, inclusive, o horário para que a equipe possa trabalhar.
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Se a filmagem for em uma rua de movimento, a autorização é solicitada à Prefeitura, comunicada à Polícia Militar, à CET –Rio e, se necessário, é pedido o isolamento da área e a presença de policiamento. Obs: Modelo de autorização encontra-‐‑se no capitulo 10 – anexos. 8.14 – Autorização para Uso de Imagens. Mesmo que as pessoas a serem filmadas sejam desconhecidas, como transeuntes, moradores locais, é necessário o pedido de autorização para uso de imagem. Caso os participantes façam parte do elenco escolhido, o Assistente de Produção, ou a Secretária, redige os termos da autorização, recolhe os dados necessários e as assinaturas dos envolvidos, entrega ao Assistente de Direção que toma as providências finais para o cumprimento dessa exigência.
TERMO DE AUTORIZAÇÃO DE IMAGEM
Eu , _______________________________________ portador da carteira de
identidade número_____________________ pelo presente instrumento de autorização de imagem , autorizo a Produtora xxxxxx xxxx. inscrita no CGC/MF de número _____________/_______e Inscrição Municipal número ____________________, sediada à Rua xxxxxxx xxxx xxx, Jardim Botânico , Rio de Janeiro, o uso da minha imagem na propaganda entitulada “xxxxxxx xxx xx xxx xxxxxxs“, com duração de 30 segundos e versão de 15 segundos, destinada a divulgação do detergente da xxxxx Nome : Estado civil: Endereço: Nascimento: CPF: Telefone: Identidade:
________________________________________ ASSINATURA
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Se o trabalho envolve crianças menores de idade, o Termo de Autorização é específico e deve ser apresentado ao Juizado de Menores. Quem assina a autorização, pelo menor, é seu responsável. Nesse caso é aconselhável que a documentação das crianças seja encaminhada ao Juizado de Menores assim que elas forem escolhidas, porque a liberação do processo leva, em média, quarenta dias. O trabalho com menores não pode ser veiculado antes da liberação da documentação, pois a multa para a Produtora é considerável. E pior: se durante a filmagem externa surgir alguma pessoa do Juizado de Menores, os trabalhos podem ser paralisados. Documentos necessários para autorização de menores, feito em papel timbrado da empresa ou produtora que vai executar o trabalho:
Identidade e CPF dos pais ou responsáveis, atestado escolar, médico e caderneta de vacinação dos menores.
TERMO DE AUTORIZAÇÃO PARA CRIANÇA
Pelo presente instrumento, eu, _________________________ (responsável) _________, portador da Carteira de Identidade número______________expedida pelo__________________________, CPF número______________________,na qualidade de responsável pelo menor__________________________________________________, nascido em(data)________________residente e domiciliado na rua_____________ cidade________estado__________, em atendimento ao que dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente Lei 8069 de 13 /07/90 e provimento 03/93 de 01/03/93 (DO. De 05/03/91) venho autorizar expressamente, a participação do menor acima identificado, nas filmagens do Programa de ___________________, da emissora (ou produtora)______________, sobre o qual tenho pleno conhecimento do roteiro e das cenas que o compõem, e por mim, responsável, devidamente aprovado.
Obra esta produzida pela empresa xxx Comunicações ltda. Rio de Janeiro , ______________________________ Responsável (qualificação de parentesco):__________________ NOME LEGÍVEL _______________________ ASSINATURA _________________________ ID ou CPF ____________________________
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8.15 – Notas Fiscais As despesas com o projeto devem ser registradas com rigor absoluto, através de relação que contenha a especificação do material, o nome do fornecedor, o número da Nota Fiscal, o profissional que solicitou, a data e o valor da compra. Todas as Notas Fiscais, sejam elas de pequenos serviços ou de Fornecedores, devem ficar muito bem organizadas e guardadas: uma pasta para as Notas Fiscais dos fornecedores e uma outra para as Notas relativas a gastos da Produção. Esse material vai ser entregue ao Contador, no final do trabalho. Um exemplo de controle das despesas:
Quando o pagamento é feito em mais de uma parcela, a relação de controle deve ser assim organizada:
ESPECIFICAÇÃO
EMPRESA
NOTA F/ CUP
EQUIPE
DATA
VALOR
combustível
Posto Shell
4563
Fábio
26/Fev
20,00
pilhas
Sendas
23654
Fábio
26/Fev
8,00
filme fotográfico 32
Deplá
147
Fábio
26/Fev
13,00
alimentação
Mc Donald's
cf 12365892
Renata
26/Fev
7,00
combustível
Posto Lagoa
5632
Denise Arte
26/Fev
30,00
alimentação
La Mole
25896
Babita figurino
26/Fev
11,00
Total
89,00
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ESPECIFICAÇÃO
EMPRESA
NOTA F/ CUP
PAG À VISTA 15.05.05
PG A PRAZO 15.06.05
TOTAL
Luz
Naymar
12356
1.200,00
1.200,00
2.400,00
Maquinária
Mattedi
6358
900,00
900,00
Alimentação Set
Delaine
563214
750,00
750,00
1.500,00
Câmera 16 mm
Brian
58931
2.300,00
2.300,00
TOTAL
7.100,00
Esse controle deve ser feito no momento da entrada das notas na empresa. A planilha é impressa em disquete e a atualização pode ser feita diariamente. Assim, o Contador recebe o material de forma limpa e organizada, e não vai precisar solicitar esclarecimentos após o trabalho realizado.
8.16 – Cheque Caução. Muitas vezes a Produção solicita ao Contador que libere cheques da empresa devidamente assinados, que são dados como garantia quando, por alguma necessidade, são feitos empréstimos. São passados, por conveniência, ao Departamento de Arte, ao Departamento de Figurino e à própria Produção, mediante a assinatura de recibos. Isso para que não “gastem” seus próprios cheques quando são feitos empréstimos de roupas e/ou de móveis. Quando o material é devolvido, o cheque caução é resgatado e entregue à Produção, que o encaminha novamente ao Contador. 8.17 – Como Desmarcar uma Filmagem. Desmarcar uma filmagem é sempre um transtorno, independente dos motivos do cancelamento. Os mais comuns são os imprevistos da meteorologia, quando o mau tempo impede filmagens externas. Isso representa
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prejuízo, pois a preparação do trabalho implicou gastos e o Orçamento, então, fica mais apertado. Para evitar problemas como esse, o primeiro passo é consultar Boletins Meteorológicos idôneos e certificar-‐‑se sobre a previsão do tempo para o dia em questão. Mesmo assim podem ocorrer falhas. A natureza é imprevisível! Quanto ao equipamento de luz e à maquinária, a solução é menos descomplicada, uma vez que a locação desse material é feita de véspera. O maior problema se dá com a equipe em geral, caso tenham agendado algum outro compromisso ou trabalho inadiável. Nesses casos cabe à Produção, substituí-‐‑los adequadamente. Os transtornos maiores dizem respeito ao elenco aprovado. Se algum componente não puder trabalhar no novo dia de filmagem, volta-‐‑se à estaca zero, porque os testes de elenco precisam ser refeitos. De maneira geral é um aborrecimento que provoca um corre-‐‑corre contra o tempo, para a Equipe de Produção. Todos precisam ser avisados, as autorizações refeitas, remarcados os serviços e isso pode gerar desconforto, na relação entre os profissionais. 8.18 -‐‑ O que fazer no Set de Filmagem. A Equipe de Produção deve ser a primeira a comparecer ao set de filmagem, junto com os responsáveis pela alimentação . De início, precisa monitorar o transporte, para que os horários previstos sejam garantidos. Ao mesmo tempo a Alimentação organiza seu material no local designado como mais apropriado. Logo depois, todo o equipamento é posicionado de acordo com as especificações do Diretor. No set, a Equipe de Arte posiciona o cenário e os objetos adequadamente. No camarim as roupas são passadas e dispostas nas araras. A Maquiadora e o Cabeleireiro se organizam em seus espaços e esperam a chegada do elenco. No camarim os trabalhos devem estar sintonizados: veste – maqueia – penteia, levando-‐‑se em conta a ordem de aparição em cena, descrita no Cronograma de Filmagem ou ordem do dia, que todos têm em mãos. Nesse primeiro momento pode surgir a necessidade da compra de algum item que tenha escapado à Produção ou que não se sabia necessário. Como o
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ideal é que a Produtora tenha carros disponíveis, um Assistente de Produção sai ás compras. Quando são dois os profissionais da Equipe de Produção, a localização ideal é um permanecer no set de filmagem e o outro na sala de produção, ou junto a um telefone. Os dois precisam estar ligados em tudo o que acontece, inclusive monitorando os horários para que o Cronograma seja cumprido à risca. Normalmente a Produção encarrega um outro membro da equipe para exercer essa função. A Produção precisa estar atenta ao andamento da filmagem, a fim de providenciar o repasse do material virgem, fitas e/ou negativos, que estão em seu poder e assim o trabalho não sofre atraso. Quando está próxima a hora estipulada para o almoço, a Produção deve estar atenta para que a refeição seja servida no momento acertado. Deve organizar os turnos para que a engrenagem não pare. Ao fim do dia, a Produção verifica, com os motoristas, o mapa de transporte (volta para casa e/ou produtora – equipe técnica, atores, etc.). . 8.19 – Providenciando Material na Hora da Filmagem. Quando houver necessidade de providênciar, à última hora, aquisição de algum material necessário, e tendo carros à disposição, um Assistente da Produção sai com um motorista e vai à busca, em qualquer lugar que seja. Deve levar dinheiro da Verba de Produção e, ao voltar, apresenta a nota ou o cupão fiscal correspondente. 8.20 -‐‑ Fazendo “Economia”. São várias as formas para reduzir os gastos do orçamento. Em primeiro lugar, quando os pagamentos são feitos à vista, podem ser solicitados descontos. Também, se os contratos de serviços forem feitos com antecedência, os preços podem ser reavaliados. Além disso, o Produtor Executivo pode negociar cotas do filme com o elenco, a equipe e com as empresas fornecedoras. Lembrar sempre que os créditos das produções nas quais se trabalha são moedas de troca: saber valorizá-‐‑los é muito importante.
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8.21 – Dicas para um “Bom Produtor”.
1. Ser paciente. 2. Ser organizado. 3. Estar inteirado de tudo o que acontece diariamente, cada passo da equipe. 4. Saber planejar, usando bem o tempo disponível. 5. Não acumular funções a mais do que o necessário. 6. Saber delegar funções – às pessoas competentes ou de acordo com a
disposição de cada um -‐‑ e não deixar de cobrar deles, resultados. 7. Ter espaço para qualquer membro da equipe que necessite do seu auxílio.
Ouvir as queixas e colocar panos quentes quando for relevante e necessário.
8. Ter em mente, e anotadas, todas as pendências a serem resolvidas. 9. Facilitar um bom relacionamento com todas as pessoas da equipe. 10. Saber pechinchar. 11. Gostar do trabalho em equipe. 12. Saber explicar o que precisa ser feito e argumentar quando necessário. 13. Organizar um bom Caderno de Produção, com todos os telefones
passíveis de consulta. 14. Não sobrecarregar a equipe desnecessariamente. 15. Saber cortar custos, sem interferir na qualidade do trabalho. 16. Ter na ponta da língua uma boa solução para eventuais problemas. 17. Saber ouvir e filtrar os referenciais. 18. Ser um túmulo: nunca passar adiante fatos sobre a vida pessoal de
alguém. 19. Não misturar trabalho com amizade. Obs: O bom Produtor tem uma agenda com a relação de todos os fornecedores de que possa precisar, com variedade de opções. É muito importante que tenha bom relacionamento com as pessoas-‐‑chave dessas empresas, de forma que isso possibilite a negociação de preços e prazos de pagamento.
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9 -‐‑ GLOSSÁRIO DE TERMOS TÉCNICOS. ACÚSTICA: Parte da Física, ciência que estuda os fenômenos associados ao som. AMPÈRE: unidade da magnitude do fluxo elétrico. Medida de intensidade de corrente elétrica. AMPLIFICADOR: equipamento que amplifica a intensidade dos sinais de áudio e fornece potência para os monitores de áudio. BITOLA: medida padronizada da largura da película cinematográfica. BOBINA: ou carretel, no qual se enrola o filme para projeção, armazenagem ou transporte. BOOM: haste na qual o microfone fica preso. BRIEFING: conjunto de especificações a serem seguidas CABEÇA DE TRIPÉ: possui mecanismo de fricção regulável; que permite movimentos de câmera horizontais ou verticais. CABEÇA GIROSCÓPICA: cabeça de tripé de câmera, que permite o movimento giratório para a imagem. CABEÇA MAGNÉTICA: cabeça do projetor que serve para ler a trilha sonora magnética dos filmes. CHAPÉU-‐‑ALTO: suporte de câmera que a posiciona perto do chão. CHROMAKEY: fundo sobre o qual são inseridas imagens. Pode ser pintado com tinta especial ou ser confeccionado em tecido. Cores mais usadas: azul e verde.
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CLAQUETE: instrumento de identificação de tomadas e takes. Pode ser manuscrita ou eletrônica. Bate-‐‑se a claquete à cada take e ela fica visível na frente da câmera e o seu som deve ser captado pelo áudio. Possibilita a sincronização de som e de imagem. CÓPIA ZERO: a partir dela será feita a Copiagem. COPIADORA – JANELA MOLHADA: copiadora que serve para reduzir os arranhões do negativo. CROOS-‐‑OVER: equipamento que separa o sinal sonoro em diferentes faixas de freqüência. DECIBEL: unidade que mede o nível de pressão sonora. DENSITÔMETRO: aparelho que mede a densidade óptica de uma imagem fotográfica. DOLBY: sistema que reduz ruídos para captação e reprodução de som . EMULSÃO: camada da película fotográfica sensível à luz, onde fica impressa a imagem do filme. FLICKER: variações na projeção que conferem efeito de cintilamento. FOCO: regulagem que deixa a imagem nítida. FOTÔMETRO: aparelho usado para medir a intensidade luminosa. FRAME: fotograma ou quadro. FUSÃO: mudança de um plano para o outro, em que o novo vai surgindo em sobreposição ao plano anterior, que acaba desaparecendo. GELATINA: espécie de celofane especial, de várias cores, que modifica a luz dos refletores.
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HORÍMETRO: aparelho que controla o tempo de utilização das lâmpadas. INSERT: inserção de imagem ou imagens previamente filmadas, ou imagens de arquivo. Serve para enriquecer a edição, exemplificar fatos, localizar geograficamente uma tomada de cena, etc. INTERNEGATIVO: negativo produzido a partir de uma cópia positiva original. A partir dele fazem-‐‑se novas cópias. LENTE ANAMÓRFICA: lente que diminui a largura da imagem à metade do valor original. PLAYBACK: música gravada previamente, sobre a qual o ator ou músico vai trabalhar seja em dublagem ou fundo musical. PONTA PRETA: película preta colocada no início do rolo do filme para proteção. POTENCIÔMETRO: instrumento que regula os níveis sonoros na captação ou na reprodução. PRÉ-‐‑LIGHT: posicionamento do equipamento de luz em estúdio, para teste. É realizado antes da filmagem e visa economizar tempo. SET: local aonde a filmagem se realiza. Pode ser em estúdio, interior ou em externa. STORYBOARD: todo o roteiro desenhado cena a cena, como uma história em quadrinhos que mostra os ângulos e os movimentos das tomadas. SINCRONISMO: harmonia perfeita entre imagem e som. TEMPERATURA DE COR: medida dada em graus Kelvin para descrição das cores de diferentes fontes. TIME CODE: Instrumento que registra numericamente cada frame filmado e/ou gravado, o que facilita a edição e o sinc com o som, trilha sonora, ruídos.
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