Avicultura e Ornitopatologia

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Produção de Poedeiras Comerciais

Parte I

Prof. Bruno Antunes

A GALINHA POEDEIRA É A MAIS BELA E MAIS EFICIENTE MÁQUINA BIOLÓGICA QUE DEUS CRIOU.

1. Tipos de Produtores de Ovos

Produtores Independentes e Cooperativas

3

2. Principais Linhagens de Poedeiras Comerciais

Hy-Line W36 - Hy-Line Brown

Lohmann LSL - Lohmann Brown

Hisex White - Isa-Brown

Dekalb White - Dekalb Brown

4

2. Principais Linhagens de Poedeiras Comerciais

2. Principais Linhagens de Poedeiras Comerciais

3. Principais Características Desejadas

Poedeiras Brancas

Maturidade sexual com 18 semanas

Peso adulto: 1,3- 1,5 Kg

Produção anual: > 300 ovos

CA: 1,8- 2,2

CR: 95g/ave/dia

Descarte: 80 semanas

7

Poedeiras Vermelhas

Maturidade sexual com 18 semanas

Peso adulto: 1,4- 1,7 Kg

Produção anual: > 300 ovos

CA: 2,0-2,2

CR: 110g/ave/dia

Descarte: 80 semanas

Conceito de Pico de Produção

Conceito de Persistência de Postura

Mudanças fisiológicas na ave

4. Fases de Criação das Poedeiras

1º )Fase de Cria

1 – 5 semanas de idade *

2º )Fase de Recria

6 – 18 semanas de idade

* Frangas de Reposição

3º) Fase de Postura

19 semanas em diante

9

Instalações diferentes para cada fase

4.1 Fase de Cria/ Inicial das Aves

10

Tipos de instalações: criação em piso, baterias metálicas ou gaiolas modernas.

4.1 Fase de Cria/ Inicial das Aves

Criação em piso Alojamento: círculo de proteção, ambiência (temperatura, umidade e manejo de cortina), fornecimento de água e ração.

Densidade: 20-25 aves/m².

Qualidade da pintainha alojada

19

Idade (dias) Temperatura °C

1 32

2-7 30

2ª semana 29

3ª semana 27

4ª semana 24

4.1 Fase de Cria/ Inicial das Aves

Criação em Gaiolas Vantagens: densidade, manejo, permanece com a ave até o fim da recria, sanidade do plantel. Desvantagens: investimento, aquecimento, limpeza e desinfecção. Densidade Poedeiras Brancas: 160 cm²/ave Poedeiras Vermelhas: 200 cm²/ave

20

4.2 Fase de RECRIA

Criação em piso Densidade: 7 - 8 aves/m².

21

Equipamentos: Comedouros tubular: 1/40 aves Bebedouro pendular: 1/100 aves

4.2 Fase de RECRIA

Criação em Gaiola Densidade:

Brancas 313 cm²/ave

Vermelhas 350 cm²/ave

Equipamentos

Comedouro calha: 5-8 cm/ave

Bebedouros Nipple: 1 bico/ 10-15 aves

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Manejo na Recria

4.2 Fase de RECria

Fornecimento de Ração e Água: à vontade, controle do CR, monitoramento do GP.

Debicagem: primeira até 10 dias de idade, segunda até 10ª semana de idade (método lâmina quente). (Aula de Anatomia e Fisiologia Aviária)

Vacinações: pressão de infecção é o que determina o programa.

Monitoramento da Uniformidade: ponto crucial que influencia na qualidade da produção.

Pesagem das aves: a cada 15 dias. Amostragem (1%)

Aves de baixo peso: identificar e correr contra o tempo !!!!

Consequências: produção tardia e baixa, ovos menores.

Aves com peso superior: controle nutricional.

Consequências: maturidade mais precoce, produção baixa, qualidade da casca inferior, viabilidade reduzida.

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Curva de distribuição da uniformidade de frangas

-10% +10% PM

90%

Manejo na Recria

O que afeta a uniformidade de frangas ?

Transferência das aves para instalações de postura ( ao final das 16 semanas)

Manejo na Recria

Realizar o jejum alimentar de 6h.

Manejo na Recria

4. 3 Fase de POSTURA

Crista grande e vermelha Bico e canela mais claros

Cloaca grande, úmida e branca

Reversão de cloaca.

Aves fora da postura: cloaca

amarela, seca, estreita e formato circular.

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Características Morfológicas de Aves em Postura

4. 3 Fase de Postura

28

Características Morfológicas de Aves em Postura

Distância entre o esterno e os ossos pélvicos de 4 a 5 cm.

Distância entre ossos

pélvicos de 3 a 4 cm (+ de 2 dedos)

4. 3 Fase de Postura

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Manejo da Postura

Fornecimento de água e ração Coleta de ovos: manual ou automática.

Controle da produção diária Controle da mortalidade.

Densidade: 375 cm²/ ave Δ

10 cm de comedouro calha / ave Controle ambiental

T°C 20-24°C

4. 3 Fase de Postura

30

Manejo da Postura

4. 3 Fase de Postura

31

T°C

Reduz a disponibilidade de

carbonatos afetando na qualidade da casca

Manejo da Postura

5 Programa de Luz Objetivo: uniformizar a maturidade sexual das aves. Estimula a postura e facilita o consumo de ração no

período noturno.

As aves estão sensíveis há estímulos luminosos a partir de 10 semanas de idade.

Algumas medidas práticas para induzir a produção

em algumas poedeiras tardias.

Verificar o período do ano Luz crescente 21/06 a 21/12

Luz decrescente 21/12 a 21/06 32

5 Programa de Luz

33

1º -3º dia: 24h de luz 4º- 7º dia: 22h de luz

2ª-9ª semana: luz

natural 10ª-17ª semana: programa de luz

decrescente

18ª semana:15,30,60 min/ semana até o total de 17h/ dia*

Programa de luz para poedeiras que completarem 10 semanas no período de luz crescente 21/06 – 21/12

Horário para acender a luz interfere na qualidade o ovo

5 Programa de Luz

34

1º -3º dia: 24h de luz 4º- 7º dia: 22h de luz

10ª-18ª semana: luz

natural

18ª semana:15,30,60 min/ semana até o total de 17h/ dia*

Programa de luz para poedeiras que completam 10 semanas no período de luz decrescente

21/12 – 21/06

6 Descarte de Aves

35

Venda permitida apenas para Abatedouros

Proibida a venda de galinhas vivas em mercados e feiras conforme a IN SDA N° 17, de 7 de abril de

2006 do Ministério da Agricultura

Mercado EUROPEU Gaiolas enriquecidas: poleiros,

ninhos, cama, lixa, espaço (750cm²/ave)

7 Novas exigências em Ambiência para Poedeiras

Criação de aves soltas em galpões

9 aves/m², ninhos e poleiros

0

20

40

60

80

100

120

2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

GANHO/SEM

orgãos

vitais

tecido

esquelético

Órgãos

reprodutivos

Idade em semanas

Estágio de Crescimento e Desenvolvimento de Órgãos

8 NUTRIÇÃO DAS POEDERIAS

Ca e P

Recomendações

8 NUTRIÇÃO DAS POEDERIAS

As recomendações entre as linhagens variam de acordo com a curva de crescimento da linhagem.

Fase inicial9 (Cria): extremamente importante o desenvolvimento do TGI ( EM = 3087 Kcal/kg e PB= 20%)

Fase de crescimento: hipertrofia dos órgãos em geral. A ave atinge em média 90% do peso adulto por volta da 10-12ª semana. (EM= 3131 Kcal/kg e PB = 16-17,5%). Crescimento de músculo e acúmulo de tecido adiposo.

Fase pré-postura: finaliza o desenvolvimento do trato reprodutivo e apresenta as características sexuais secundárias.

( EM= 2955, PB= 16,5%, Ca=2,5%)

Recomendações

8 NUTRIÇÃO DAS POEDERIAS

Cálcio e Fósforo principais mineiras nesta produção. Formação óssea; Qualidade interna e externa do ovo;

Aminoácidos essenciais: metionina, lisina, treonina,

triptofano, valina, isoleucina e arginina.

Aditivos: probióticos, mananoligosacarídeos (MOS), frutoligossacarídeos (FOS), ácidos orgânicos, enzimas como fitase, adsorventes.

Alterações Fisiológicas na Muda

9 MUDA FORÇADA

Aumento da vascularização dos folículos das penas e das papilas. Aumento da síntese de proteínas. Aumento da taxa metabólica. Mobilização do cálcio ósseo. Redução da gordura corporal e a renovação do aparelho reprodutivo da ave. Na muda natural, a ave se torna hiperfágica antes de iniciar a muda.

Estresse Glândulas Adrenais Atividade sexual Atresia ovariana

Reabsorção da gema Eixo hipotalâmico-hipofisário Hormônios Corticotróficos e

Tireotróficos

Hipertrofia e Hiperfunção

Reduz a liberação de FSH e LH

Alterações Fisiológicas na Muda

9 MUDA FORÇADA

Objetivo da muda forçada: rejuvenescer as aves do plantel, prolongar a vida produtiva, recuperar a qualidade interna e externa do ovo e alcançar novo pico de postura em tempo menor. Realizada a partir de 63 semanas de idade. Chega a prolongar a produção em 25 a 30 semanas. Métodos: Muda induzida por privação de alimentos

Método de Restrição Alimentar

9 MUDA FORÇADA

Restrição da alimentação por 5-14 dias Após os 4-6 primeiros dias de jejum para a produção de ovos Redução de 25-35% do PV Redução do fotoperíodo para 8h/dia ou apenas natural.

Após 4 -5 semanas do jejum alimentar : retorno à produção, com pico por volta de 10-

12 semanas.

Consequências: ovos maiores, produção neste ciclo em torno de 10% menor do ciclo anterior, mortalidade maior.

Manejo dos Ovos

10 ENTREPOSTO

1. Coleta dos Ovos

2. Classificação do ovo conforme a qualidade da casca

3. Ovoscopia

4. Lavagem e selagem

( 35- 45°C) 1. Classificação conforme o peso

Coleta dos Ovos

10 ENTREPOSTO

Monitorar as condições do sistema automático... Cuidado com aves mortas!

Coleta dos Ovos

10 ENTREPOSTO

Programar para no mínimo 2 vezes por dia

Classificação conforme a casca

10 ENTREPOSTO

Quebrados Trincados

Sujos Rugosidades

Formato

Classificação conforme a Qualidade

10 ENTREPOSTO

Classe A Classe B Classe C

Casca Limpa, íntegra e sem deformação

Limpa, íntegra com ligeira deformação e manchas

Limpa, íntegra com defeitos de textura, contorno e mancha.

Câmara de Ar Fixa e com no máximo 4 mm de altura

Fixa e com no máximo 6mm de altura

Solta e com no máximo 10 mm de altura

Clara (albúmen) Límpida, transparente, consistente e chalazas intacatas

Límpida, transparente, relativamente consistente e chalazas intacatas

Ligeira turvação, relativamente consistente e chalazas intactas

Gema Translúcida, consistente, centralizada e sem o desenvolvimento do germe

Consistente, ligeiramente descentralizada e deformada, sem des. Do germe

Descentralizada e deformada, contorno definido e sem desenvolvimento do germe.

Classificação conforme o Peso/ Tamanho

10 ENTREPOSTO

Tipo Categoria Peso Unitário

1 Jumbo > 65g

2 Extra 60 – 64g

3 Grande 55 – 59g

4 Médio 50 – 54g

5 Pequeno 45 – 49g

6 Industrial < 45g