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1/9 09 Aula Manejo de dejetos suinos Produção de suínos Eduardo Viola

Produção de suínos - Instituto de Estudos Pecuários - O portal …iepec.com/.../2015/10/slides-producao-suinos-aula-09.pdf · 2015-10-22 · 09 Aula Manejo de dejetos suinos 2/9

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1/909 Aula Manejo de dejetos suinos

Produção de suínos

Eduardo Viola

2/909 Aula Manejo de dejetos suinos

Manejo de dejetos Suínos

Transformando problemas ambientais em alternativas tecnológicas

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Introdução

Brasil– Aproximadamente 82% dos suínos são criados em pequenas propriedades são

criados em propriedades de até 100 ha– Atividade presente em 47% das propriedades rurais do país (5,8 milhões)– Mão de obra familiar– Produtor de proteínas de qualidade– Desenvolvimento da suinocultura trouxe a produção de grandes quantidades

de dejetos– Entre 10 e 15% dos suinocultores possui sistema de tratamento e

aproveitamento dos dejetos• 85% das fontes de água estão contaminadas com dejetos

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Características dos dejetos

Produção quantitativa– Varia de acordo com o desenvolvimento dos suínos

• Entre 8,5 e 4,9% do peso corporal/dia• Grande variação na produção de urina• Líquidos: depende da quantidade de água desperdiçada

Resíduo UnidadeSuínos

Frangos de corte

Gado de Corte

Gado de Leite

Líquidos % peso vivo/dia 5,1 6,6 4,6 9,4

Sólidos Kg/animal/dia 2,3 - 2,5 0,12 – 0,18 10 - 15 10 - 15

Produção diária de resíduos líquidos e esterco

Adaptado: NRC, Konzen (1980)

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Produção diária de dejetos suínos

CategoriaEsterco,

kg/dia

Esterco + Urina, kg/dia

Dejetos Líquidos, L/dia

Estrutura para estocagemM3/suíno/mês

Esterco+urina Dejetos Líquidos

25 – 100 kg 2,30 4,90 7,00 0,16 0,25

Porcas gestante 3,60 11,00 16,00 0,34 0,48

Porca lactação 6,40 18,00 27,00 0,52 0,81

Machos 3,00 6,00 9,00 0,18 0,28

Leitões 0,35 0,95 1,40 0,04 0,05

Média 2,35 5,80 8,60 0,17 0,27

Adaptado: Tietejn (1966)

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Composição química dejetos suínos

Adaptado: Silva, 1996

DQO: Demanda Química de Oxigênio

Variável Mínimo (mg/L) Máximo (mg/L) Média (mg/L)

DQO 11.530 38.448 25.543

Sólidos Totais 12.697 49.432 22.399

Nitrogênio 1.660 3.710 2.374

Fósforo 320 1.180 578

Potássio 260 1.140 536

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Conceito e caracterização

Dejetos:• Fezes• Urina• Água• Resíduos ração• Pelos• Poeira

Esterco:• Fezes

• Matéria orgânica• Nitrogênio• Minerais

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Estimativa de volume de dejetos

Fonte: Oliveira, 1993

Categoria Esterco (kg/d) Esterco+Urina (kg/d) Dejetos (L/d)

Suínos 25-100 kg 2,30 4,90 7,00

Porca gestação 3,60 11,00 16,00

Porca lactação + leitões 6,40 18,00 27,00

Macho 3,00 6,00 9,00

Leitões creche 0,35 0,95 1,40

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Impacto ambiental dos dejetos

Sistemas ConfinadosDoenças infecciosasGases nocivos

• Amônia• Sulfeto de Hidrogênio• Dióxido Carbono• Metano

Contaminação Solo• Fosfato• Nitrato e Nitrito

Contaminação água• Organismos patogênicos• Matéria orgânica• Alteração flora aquática

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Planejamento do manejo de dejetos

Seleção:• Potencial poluidor• Necessidade mão-de-obra• Área disponível• Operacionalidade• Legislação• Confiabilidade• Custos

Necessário quantificar produção real de dejetos

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Considerar:– Produção e coleta– Armazenagem– Tratamento– Distribuição

• Forma liquida• Formal pastosa• Forma sólida

Planejamento do manejo de dejetos

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Coleta

Instalação típica

Detalhe canalização de coleta de dejetos

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Edificações

Beiral estreitoPermite entrada de água da chuva

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Instalações

Canal de coleta de dejetos aberto Canal de coleta de dejetos fechado

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Técnicas de Tratamento dos Dejetos

Tratamento físicoSeparação das fases

DecantaçãoPeneiramentoCentrifugaçãoDesidratação

Tratamento químicoSulfato de Alumínio, Sais de Ferro, Hidróxido,Óxido de Cálcio

Duas formas:

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Técnicas de tratamento físicoSeparação de fases

– Separa as partículas maiores da fração líquida gerando 2 produtos:• Fração Liquida:

• Fluída• Mesma concentração de nutrientes solúveis

• Fração sólida:• Resíduos da peneira• Umidade aproximada de 70%• Pode evoluir para um composto

– Processos• Decantação• Peneiramento• Centrifugação

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Decantação• Armazena volume de dejetos líquidos em um

reservatório por um determinado período de tempo.

• As frações sólida decanta, separando as duas fases : sólida e líquida

• Fatores que afetam a sedimentação:– Tamanho e a massa das partículas,– Quantidade de matérias em suspensão– Temperatura do líquido– Tempo de retenção– Profundidade, forma e homogeneidade dos

sedimentos– Velocidade do fluxo no tanqueDecantador de dejetos suínos

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PeneiramentoObjetivo:

Facilitar o manejo e o processamento dos dejetosObter duas frações distintas dos dejetos

• Líquida• Sólida

– Uso de peneiras• Estática• Vibratórias• Rotativas

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Peneiras estáticasSimplesMenor eficiênciaConcentração de sólidos nos dejetos menor (9%)

Peneira estacionária

Peneira com injetores

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Peneiras vibratórias

• Mais eficiente• Menor eficiência em relação ao uso de

decantados• Permitem operar com maior concentração

de sólidos nos dejetos (16%)• Operação contínua• Pequena ou nenhuma obstrução dos

crivos• Capacidade de remover partículas finas e

grosseiras

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Centrifugação

Separação ocorre mediante o uso de força gravitacional que incide nas partículas em suspensão dos dejetos

Tipo HorizontalCilindro rotativoCônico

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Tratamento biológico

Compostagem– Decomposição da matéria orgânica ocorre por duas processos:

• Aeróbico – presença de oxigênio• Anaeróbico – ausência de oxigênio

– Fatores importantes a considerar• Temperatura• Umidade

• 40° a 60°C

• Aeração

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Tratamento biológicoCompostagem

– Preparo• Local adequado para a

construção das leiras• Protegido do vento• Protegido de insolação• Não sujeito a enxurradas• Boa drenagem• Declividade ou drenagem

Sequência de montagem

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Técnicas de Tratamento dos Dejetos

Acondicionados em caixas abertas de madeira, tijolos, tela cercada

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Lagoas de estabilização

Lagoas anaeróbicasLagoas FacultativasLagoas aeróbicas (aeração natural)Lagoas aeróbicas (aeração mecânica)

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Lagoas facultativas

Região superficial zona aeróbica (fotossíntese) e suprimento de oxigênioRegião central- Zona facultativaRegião fundo - anaerobiose

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Lagoas facultativas

Dique de oxidaçãoSistema de tratamento com aeração artificial e câmaras de oxidação em circuito fechado ou contínuo

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Três estágios: – Hidrólise de materiais complexos– Produção de ácidos– Fermentação metanogênica

Objetivo: – Destruição e estabilização Matéria

Orgânica

– Lagoas anaeróbica– Biodigestores

Tratamento anaeróbico

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Tratamento anaeróbio

Ácidos Orgânicos

(Propiônico, butírico, isobutírico)

Material Orgânico Complexo

Material Orgânico Simples

Ácidos Orgânicos Simples

(Fórmico, acético)

acidogênese Bactérias produtoras de ácidos

Hidrogenogênese

CH4 e CH2

Bactérias produtoras de metano

Bactérias produtoras de H2

hidrólise

Técnicas de Tratamento dos Dejetos

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Tratamento anaeróbico

Biodigestores– De batelada ou descontínuos– De fluxo descendente

Modelo Indiano

Digestor de Vala

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Técnicas de Tratamento dos Dejetosna Pequena Propriedade

Forma Sólida– Esterqueira convencional

• Sem revestimento• Com revestimento

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Forma Líquida– Bioesterqueira

Técnicas de Tratamento dos Dejetos na Pequena Propriedade

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Lagoa anaeróbia revestida polietileno

Volume (m3) A B D E800 14,50 2,75 1,00 2,752500 23,00 3,50 1,00 3,50

Dimensões distâncias (m)

Oliveira, 1993

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Outras alternativas:

Cama sobreposta

Técnicas de Tratamento dos Dejetos na Pequena Propriedade

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Outras alternativas:

Criação ao ar livre

Técnicas de Tratamento dos Dejetos na Pequena Propriedade

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Um novo método

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Técnicas valorização dos dejetos

Alimentação animalAdubação solosFertirrigação

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Uso na agricultura

Utilização na adubação de lavouras– Traz ganhos econômicos– Auxilia na conservação do solo

• Determinar a densidade• Determinar valor como fertilizante

• N• P• K• Tabela de Conversão (ROLAS, 1995)

• Aplicação• Trator e tanque de aplicação

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Uso na agriculturaDensidade Matéria Seca N P K Quantidade a aplicar ((m3/ha)

(Kg/m3) (%) (Kg/m3) (Kg/m3) (Kg/m3) MO 2,5 a 3,5% MO 3,5 a 6,0

1,002 - 0,68 0,22 0,63 206 176

1,004 0,27 0,98 0,52 0,75 143 122

1,006 0,72 1,29 0,83 0,88 1,09 93

1,010 1,63 1,91 1,45 1,13 73 63

1,012 2,09 2,12 1,75 1,25 76 57

1,036 7,56 5,90 5,45 2,75 24 20

1,038 8,02 6,21 5,76 2,88 23 19

Adaptado: ROLAS, 1995

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Grandes empresas

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