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0 SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Superintendência da Educação Diretoria de Políticas e Programas Educacionais Programa de Desenvolvimento Educacional Marilene de Araújo Produção Didático-Pedagógica OAC DECIFRANDO OS COMPONENTES DOS ALIMENTOS: “UM NOVO DIÁLOGO”. CASCAVEL Julho/2008

Produção Didático-Pedagógica OAC DECIFRANDO OS … fileda composição dos alimentos, importância dos sentidos sensoriais e ... Observa-se a utilização e dependência por parte

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Superintendência da Educação

Diretoria de Políticas e Programas Educacionais

Programa de Desenvolvimento Educacional

Marilene de Araújo

Produção Didático-Pedagógica OAC

DECIFRANDO OS COMPONENTES DOS ALIMENTOS:

“UM NOVO DIÁLOGO”.

CASCAVEL Julho/2008

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Secretaria de Estado da Educação – SEED

Superintendência da Educação – SUED Diretoria de Políticas e Programas Educacionais – DPPE

Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE

FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA PROFESSOR PDE

1. Nome do Professor PDE: Marilene de Araújo

2. Disciplina/Área: Ciências

3. IES: UNIOESTE – Universidade Estadual do Oeste do Paraná

4. Orientador (a): Prof.ª Dr.ª Maria Amélia Menck Soares

5. Co-Orientador (a) (se houver):

6. Caracterização do objeto de estudo (exceto Professor PDE Titulado):Estudo

da composição dos alimentos, importância dos sentidos sensoriais e

utilização de diferentes atividades lúdicas.

7. Título da produção Didático-Pedagógica: Decifrando os componentes dos

alimentos: Um novo diálogo.

8. Justificativa da Produção: Diante do aumento do número de obesos na

população, a alimentação deve ser abordada de maneira mais criteriosa

nas escolas possibilitando compreender melhor a importância da correta

e adequada forma de alimentar-se para manter a saúde. Nesse sentido

pontua-se o desafio de aperfeiçoar permanentemente as aulas.

9. Objetivo geral da Produção: Com o presente estudo objetiva-se uma nova

perspectiva na forma de explorar o conteúdo alimento no ensino

fundamental, levando os alunos a uma aprendizagem significativa e de

qualidade utilizando atividades lúdicas.

10. Tipo de Produção Didático-Pedagógica:

( ) Folhas ( X ) OAC ( ) Outros (descrever):

11. Público alvo: Ensino fundamental

Guaraniaçu, 12 de dezembro de 2008.

_________________________________________

Professor PDE

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

OAC nº 8555

1. IDENTIFICAÇÃO Autora: Marilene de Araújo

Estabelecimento: C E Des. Antônio F. F. Costa E Fund. MD Nor.

Ensino: E F Anos finais

Disciplina: Ciências

Conteúdo estruturante: Sistemas Biológicos

Conteúdo específico: Alimentos

2. PROBLEMATIZAÇÃO

A mídia mostra índices de aumentos do número de obesos de todas as

idades, não apenas pela quantidade de alimentos ingeridos, mas também pela

qualidade dos mesmos. Por este motivo a alimentação deve ser abordada de

maneira mais criteriosa, possibilitando aos alunos compreender melhor a

importância da correta e adequada forma de alimentar-se para manter a saúde.

Diante disso, pontua-se o desafio de aperfeiçoar permanentemente às aulas,

deixar de ser mero transmissor de conteúdos para mediar à aprendizagem,

recorrendo a atividades lúdicas no resgate a criatividade, a alegria e o prazer

de ensinar e aprender.

Observa-se a utilização e dependência por parte dos professores, quase

que exclusiva do livro didático de ciências para ministrar as aulas. Estes

apresentam conteúdos desvinculados de situações e experiências vivenciadas

pelos alunos, prontos e acabados, superficiais, sem dimensão histórica e sem

contextualização, de forma a desmotivar o aluno e torna o ensino sem

3

significado. A prática docente permanece insistindo na memorização de

informações, explorados de forma tradicional.

Nesse sentido, vê-se a necessidade de repensar e reestruturar os

programas de formação de professores, no sentido de instrumentalizá-los para

superar tal deficiência.

“Não se trata de formar o educador, como se ele não existisse. Como se

houvesse escolas de gerá-lo, ou programas que pudessem trazê-lo à luz (...). É

necessário acordá-lo” (Rubem Alves, 1995, p. 23).

REFERÊNCIAS:

ALVES, R. in Capacitação GT: mobilização comunitária. SEED, 2004.

DELIZOICOV, D.; ANGOTTI, J. A.; PERNAMBUCO, M. M.. Ensino de

Ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002.

MEC. Guia dos Livros Didáticos. 5ª. A 8ª séries Programa Nacional do Livro

Didático. Matemática. Volume 1 a 5. Brasília: Ministério da Educação.

Secretaria de Educação Infantil e Fundamental, 2004.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de

Ciências para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2008.

POLATO, A.; MAURO, B. S.; RATIER, Rodrigo. A chave do Ensino. Nova

Escola. São Paulo, Abril, n. 213: 44-62, jun/jul 2008.

3. INVESTIGAÇÃO DISCIPLINAR

PARA ENTENDER A NUTRIÇÃO

È necessário conhecer alguns princípios básicos da nutrição, como o

funcionamento dos processos da alimentação e da digestão, na busca por uma

melhor qualidade de vida ou um padrão de vida mais equilibrado.

O alimento é toda a substância nutritiva que o homem consome

independente do estado físico. A alimentação é voluntária e consciente, é um

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processo pelo qual o homem obtém produtos para o consumo, a fim de

fornecer ao organismo energia e material para:

• Manutenção ou reposição dos tecidos envelhecidos e a energia gasta

• Formação ou crescimento de novas estruturas

• Crescimento das espécies, manutenção e reprodução das mesmas

• Reposição de estruturas e de tecidos danificados.

A nutrição é um processo involuntário e inconsciente e abrange a

ingestão do alimento, digestão e absorção das substâncias úteis pelas células

do corpo. A nutrição do homem é onívora, isto é, variada, constituída tanto de

produtos animais quanto de origem vegetal. Os tipos de alimentos e a

quantidades que ingerimos compõem a dieta, que precisa conter carboidratos,

lipídios, proteínas, sais minerais, vitaminas e água. Essas substâncias

constituintes dos alimentos, com funções específicas e que funcionam

associadamente, são chamadas de nutrientes.

As funções dos nutrientes presentes nos alimentos são:

• Energéticos ou fornecedores de energia. As gorduras, proteínas e os

carboidratos, ao serem desdobrados em seus constituintes no processo

de digestão e depois no metabolismo, fornecem a energia para manter o

funcionamento das células, tecidos e órgãos, síntese de novas

substâncias, a manutenção da temperatura corporal e a realização de

trabalho.

• Plásticos ou formadores. São as proteínas, lipídios e sais minerais. As

proteínas fornecem aminoácidos que nossas células utilizam para a

produção de suas próprias proteínas. Os nutrientes plásticos fornecem

substâncias químicas essenciais para a formação de estruturas das

células e tecidos, para a formação do esqueleto e demais estruturas do

corpo, para a reparação das células e tecidos.

• Reguladores ou protetores. As vitaminas, sais minerais e água forma

esse grupo. São indispensáveis para regular os processos metabólicos,

na forma de enzimas, eletrólitos e outros bio-reguladores e no

funcionamento do intestino (celulose ou fibra).

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Segundo Haida (2001, p.15), a dieta deve fornecer diariamente a

quantidade de alimentos (energia), a qualidade (tipos de nutrientes) que deve

ser equilibrada e adequada a cada indivíduo, além disso, deve-se levar em

conta a idade, o peso, a altura, o clima, o sexo, o quanto se gasta com

atividades físicas, estados fisiológicos (Gestante, lactente) e patológicos.

Para Danon (2002, p.13) uma alimentação saudável e equilibrada é

aquela que contém uma quantidade de alimentos suficiente para suprir as

calorias de que necessitamos, tenha uma variedade de nutriente de que

precisamos, em proporções harmônicas e balanceadas, possibilitando o

exercício pleno de nossas atividades físicas e mentais em todas as fases de

nossa vida.

O Sistema Digestório

Na digestão, os componentes dos alimentos são transformados em

substância assimiláveis pelas células através da digestão mecânica (trituração

dos alimentos) e pela digestão química (quebra de moléculas orgânicas por

ação de enzimas hidrolíticas). No homem a digestão mecânica é realizada

pelos dentes, língua, e contrações da musculatura lisa nas paredes do tubo

digestivo. Já a digestão química, fica a cargo de enzimas secretadas por

células glandulares do tubo digestivo e de glândulas anexas.

O tubo digestivo, com cerca de 9 m, tem na sua porção inicial a boca

circulada por lábios, que auxiliam na tomada do alimento, além de sensor tátil.

Na boca os dentes trituram os alimentos, a língua ajuda na movimentação na

percepção do sabor. As glândulas salivares produzem a saliva, que liberada

através de canais, inicia a digestão química dos alimentos por ação da principal

enzima amilase salivar ou ptialina. A função da ptialina é quebraras grandes

moléculas de amido e glicogênio em dextrinas e na seqüência no dissacarídeo

maltose. Os alimentos misturados com a saliva, forma o bolo alimentar, que é

empurrado pela língua para a faringe, rumo ao esôfago, devido ao processo

conhecido como deglutição. Nesse processo, a laringe (canal que leva ar aos

6

pulmões), deve ficar fechada, evitando que o alimento entre nas vias

respiratórias.

No esôfago o alimento é impulsionado até o estômago por ondas

peristálticas ou peristaltismo (contrações rítmicas das paredes musculares),

passando pela cárdia, ou esfíncter cárdico, uma válvula onde o orifício pode

fechar pela contração de um anel de musculatura lisa. Quando a musculatura

da cárdia relaxa o bolo alimentar passa para o estômago.

No estômago, uma bolsa de paredes musculares localizado no lado

esquerdo superior do abdome, secreta o suco gástrico formado de ácido

clorídrico, da enzima pepsina e renina. O ácido clorídrico deixa o conteúdo do

estômago ácido, o que facilita a eliminação de microrganismos, amolece os

alimentos e favorece a ação da pepsina. As células da superfície estomacal

mesmo protegida por muco são atacadas constantemente pelo suco gástrico e

devido a isso, são substituídas continuamente. A pepsina é secretada na forma

precursora inativa, o pepsinogênio, que é transformado em pepsina ativa pelo

ácido clorídrico. A função da pepsina é quebrar as ligações peptídicas entre

alguns aminoácidos, transformando proteínas do bolo alimentar em

aminoácidos chamado peptonas. A renina, produzida em pequena quantidade

nos adultos e em grande quantidade nas crianças e recém-nascidos, provoca a

coagulação da caseína (proteína do leite), esta permanecendo mais tempo no

estômago, facilita a ação da pepsina. No estômago, o alimento pode

permanecer por quatro horas ou mais, transformando-se em uma massa ácida,

semi-líquida chamada quimo que é liberado em pequenas porções para o

duodeno através do esfíncter pilórico (válvula muscular contrátil que liga o

estômago ao intestino).

O intestino delgado é dividido em três regiões: O duodeno (com

aproximadamente 25 cm de comprimento, o jejuno (com 4,5 m) e o íleo (com

1,5 m). É no duodeno que ocorre a maior parte da digestão do quimo. Nas

paredes do duodeno há milhares de pequenas glândulas que produzem suco

intestinal, ou suco entérico com as seguintes enzimas:

• Enteroquinase: transforma tripsinogênio em tripsina.

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• Peptidase: (carboxipeptidase e aminopeptidase), completam a digestão

das proteínas e peptonas, decompondo-as em aminoácidos.

• Carboidrases: digere dissacarídios como maltose e sacaroses.

No duodeno desemboca o canal colédoco, que traz as secreções

produzidas no pâncreas e no fígado. O suco pancreático, produzido pelo

pâncreas é uma solução aquosa alcalina, com diversas enzimas digestivas. A

presença de bicarbonato de sódio (NaHCO3) neutraliza a acidez e eleva o pH

para 8 a 8,5 deixando o quimo alcalino, isto favorece a atuação das enzimas

dos sucos intestinal e pancreático. As enzimas pancreáticas são:

• Tripsina e quimotripsina: digerem proteínas e peptonas, transformando-

as em aligopeptídios (cadeias com poucos aminoácidos).

• Lipase pancreática: digerem lipídios, tranformando-os em ácidos graxos

e glicerol.

• Amilase pancreática ou amilopsina: digere os polissacarídeos amido e

glicogênio transformando-os em maltose.

• Ribonucleases e desoxirribonucleases: que digerem RNA e DNA

respectivamente.

A Bile é outra secreção que atua no duodeno. Produzida pelo fígado e

armazenada na vesícula biliar, não contém enzimas digestivas, mas sais

biliares que emulsionam gorduras, isto é, transforma gotas grandes de gordura

em pequenas gotas microscópicas, o que facilita a ação da lípase pancreática.

O quimo após passar pelas transformações catalisadas pelas enzimas

do suco pancreático e do suco entérico torna-se um líquido esbranquiçado

chamado quilo.

A superfície interna do intestino delgado apresenta as vilosidades

intestinais, ou seja, milhões de pequenas dobras. As membranas das células

do epitélio intestinal apresentam dobras microscópicas, chamadas

microvilosidades. As vilosidades e microvilosidades aumentam a superfície de

contato entre os nutrientes e as células, proporcionando aumento na

capacidade de absorção intestinal.

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Saiba +: Se esticássemos todas as vilosidades e microvilosidades, a

área total da superfície do intestino teria mais de 30M2.

O intestino grosso com cerca de 50 cm, é dividido em três regiões: ceco,

colo e reto. Os resíduos não aproveitados levam 9 h para chegar ao intestino

grosso, onde ficam ali de um a três dias. Durante a permanência, ocorre

absorção de água e sais e grande proliferação de bactérias. As bactérias

formam a flora intestinal, com a função de evitar a proliferação de bactérias

patogênicas, também produzem substâncias como vitaminas K, B12, tiamina e

riboflavina, entre outras.

Saiba +: A massa de resíduo perde água e forma as fezes. Da parte sólida das

fezes, cerca de 70% é composta sais, muco, fibra de celulose e outros

componentes não digeridos e 30% compõem-se de bactérias vivas e mortas.

Já a coloração escura se deve a presença de pigmentos vindo da bile.

O reto, parte final do intestino grosso, geralmente fica vazio, e enche-se

de fezes apenas no momento de sua eliminação. A presença de fezes nesse

lugar estimula terminações nervosas que leva ao relaxamento involuntário do

esfíncter anal interno, constituído de musculatura lisa. Já o esfíncter anal

externo, constituído de musculatura estriada e, portanto sob nossa vontade,

permite a expulsão das fezes.

Saiba +: A diarréia é a eliminação de fezes líquidas ou semilíquidas, resultado

de uma infecção intestinal. O intestino grosso aumenta o número de contrações

peristálticas, as fezes ficando menos tempo no intestino menor a quantidade de

água absorvida, tornando-se mais líquidas.

O funcionamento conjunto e harmonioso dos sistemas.

Nosso organismo apresenta um funcionamento harmonioso e em

conjunto o sistema digestório, cardiovascular, respiratório e urinário, permite

que todas as células tenham suas necessidades básicas atendidas. Por isso, é

importante e útil conhecer o corpo e seu funcionamento, para poder manter-se

mais saudável

9

Certas substâncias como o álcool etílico, alguns sais e água podem ser

absorvidos no estômago, mas é no intestino delgado que ocorre a maior

absorção de nutrientes. Aminoácidos e glicídios, resultantes da digestão de

proteínas e carboidratos, atravessam as células do revestimento intestinal e

chegam ao sangue que circula nos capilares sangüíneos intestinais. Quando os

capilares se unem, forma a veia porta-hepática, que conduz esses nutrientes

absorvidos até ao fígado, onde haverá a absorção da glicose e conversão em

glicogênio. Do fígado, o sangue rico em nutrientes chega ao coração que logo

após o envia a todas as partes do corpo. Os lipídios absorvidos pela mucosa

intestinal passam para vasos linfáticos ao coração, e este conduzirá a todas as

partes do corpo.

Toda a digestão é controlada pelo sistema nervoso autônomo e por

hormônios. O sistema nervoso central é estimulado pela visão, cheiro e sabor

dos alimentos, passando a enviar estímulos às glândulas salivares e às

glândulas estomacais para secretarem saliva e suco gástrico. Alimentos ricos

em proteínas, quando no estômago, estimulam certas células da parede do

estômago a liberar no sangue a hormônio gastrina. A gastrina circulando nos

vasos sangüíneos do estômago estimula as glândulas estomacais a

secretarem suco gástrico em grande quantidade, além de atuar sobre o

esfíncter pilórico, fazendo-o relaxar, e sobre o esfíncter cardíaco, contraindo-o.

A presença de quimo no duodeno faz com que células da parede

intestinal liberem no sangue o hormônio secretina, com a função de inibir a

secreção gástrica no estômago e reduzir a mobilidade intestinal, e assim

estimular a produção de secreção pancreática, a produção de bile pelo fígado e

a secreção de suco entérico pela parede intestinal. No quimo a presença de

proteínas ou gorduras parcialmente digeridas faz com que células do duodeno

liberem no sangue o hormônio colecistoquinina ou pancreozimina, com a

função de estimular a contração da vesícula biliar para eliminara bile e também

o pâncreas a liberar suco pancreático.

O intestino é estimulado pelo quimo a liberar no sangue um hormônio

para diminuir a atividade gástrica, e com isso diminuir os movimentos

10

peristálticos estomacais, proporcionando mais tempo para que a digestão

ocorra. Essa estimulação é proporcional a quantidade de gorduras ou de

carboidratos presentes no quimo.

REFERÊNCIAS

AMABIS, J.M.; MARTHO, G. R. Fundamentos da Biologia moderna. 4. Ed.

São Paulo: Moderna, 2006.

DANON, J.; POLINI, L. Guia de calorias de A a Z. São Paulo: Estação

Liberdade, 2002.

HAIDA, K. S. Contribuição da química para a interdisciplinaridade. v. 2.

Cascavel: Edunioeste, 2001.

LEHNINGER, A. Bioquímica: componentes celulares das células. v. 1.

Tradução de José Reinaldo Magalhães. São Paulo: Editora Edgard Blücher

LTDA. 1976.

OS NUTRIENTES

Os alimentos e bebidas que o homem consome, são transformados em

pequenas partículas através da digestão. De dimensões moleculares, essas

partículas chamadas nutrientes, são absorvidas e transportadas pela corrente

sangüínea, nutrindo todo o nosso organismo. Esse processo permite obtermos

energia para manter nosso corpo e para realizarmos nossas tarefas. È

fundamental conhecermos alguns desses nutrientes.

A ÁGUA

Mesmo não sendo propriamente um nutriente, a água é fundamental à

vida, pois é no meio aquoso do interior da célula que ocorrem as reações vitais,

além de participar como reagente em diversas reações celulares.

A água além de constituir 70 a 90% do peso dos seres vivos, também

representa a fase contínua da matéria viva. É uma substância altamente reativa

e com propriedades únicas que a distingue dos outros líquidos.

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A capacidade da água de dissolver (solvente) certas substâncias como

sais, gases, glicídios, aminoácidos, proteínas e ácidos nucléicos, se deve às

suas moléculas serem eletricamente polarizadas, isto é, cada molécula

comporta-se como um pequeno ímã, com pólo positivo e um negativo.

A água participa como reagente em reações de hidrólise, ou surge como

produto em reações em que ocorre união de moléculas nas reações de

condensação ou síntese por desidratação. As reações de digestão que

ocorrem em nosso tubo digestivo são reações de hidrólise. As ligações entre

aminoácidos que compões uma proteína resultam de síntese por desidratação.

Nos processos fisiológicos de digestão, absorção e excreção, a água é

essencial. Atua como lubrificantes nas articulações ósseas e entre órgãos,

diminuindo o atrito, além de manter a temperatura corpórea. Os centros

nervosos no hipotálamo controlam a temperatura corporal pela regulação tanto

da perda como da produção de calor. A água mantém a constância física e

química dos líquidos intra e extracelular, participando diretamente na

manutenção da temperatura corporal. Também a água é necessária para

respirar melhor. É liberada junto com o gás carbônico. Pessoas com doenças

respiratórias, como asma e bronquite, perdem muita água pelo grande esforço

para obter o oxigênio. O catarro endurece e dificulta a respiração. Por esse

motivo se indica a inalação e ingestão de líquidos, pois a água dissolve o

catarro e hidrata os brônquios. É também por esse motivo que se indica

natação em piscina térmica.

SAIBA +: Pessoas desidratadas, que sofreram cirurgias, traumas, vítimas de

terremoto, por exemplo, que passam muito tempo sem água e alimentos, deve

consumir bebidas isotônicas, isto é, que tenham também sais minerais, devido

à perda de água e sais do organismo. Deve ser dada em doses pequenas e

bem devagar. A perda de 20% de água corpórea pode causar a morte. Em

clima moderado, os adultos podem viver até 10 dias sem água; as crianças até

05 dias. Ao contrário, é possível sobreviver sem alimentos por várias semanas.

OS SAIS MINERAIS

12

Os sais minerais encontrados tanto nas células vivas como na natureza

não viva, são nutrientes inorgânicos que fornecem elementos químicos

importantes para o corpo humano. São necessárias em pequenas quantidades

no organismo, porém uma deficiência pode conduzir a várias enfermidades.

Sob a forma de íons dissolvidos na água, são tão importantes que

pequenas variações na sua porcentagem modificam profundamente as

propriedades da célula, tais como: permeabilidades da membrana, viscosidade

do citoplasma, capacidade de responder a estímulos.

Sob a forma imobilizada e pouco solúvel, alguns sais entram como

componentes de estruturas esqueléticas, como os esqueletos, ossos e dentes;

casca de ovos, carapaças. Outros participam das reações de coagulação do

sangue e da contração muscular; participam das reações químicas vitais às

células; pelo funcionamento das células nervosas.

Alguns íons importantes para os seres vivos são: cálcio, fósforo,

potássio, sódio, cloro, magnésio, ferro, zinco, cobre, iodo, flúor, cromo, selênio,

manganês, molibdênio. São encontrados em leite e seus derivados, vegetais,

carnes, peixes, cereais, leguminosas e diversos alimentos.

AMINOÁCIDOS

O aminoácido é uma molécula orgânica formada por átomos de carbono,

hidrogênio, oxigênio e nitrogênio e em alguns aminoácidos átomos de enxofre.

Essas moléculas se unem entre si por meio de ligação peptídica. Tem por

função formar proteínas, são precursores de hormônios, vitaminas, coenzimas,

alcalóides, polímeros de parede celular, porfirinas, antibióticos, pigmentos e

substâncias neurotransmissoras. A cisteína tem papel especial na estrutura

protéica da insulina e imunoglobulinas ou anticorpos. Na natureza somente os

vegetais produzem os 20 aminoácidos diferentes, a partir destes são

sintetizadas as proteínas. Por essa razão os animais devem obter alguns

aminoácidos por meio da alimentação. Quando produzidos por um organismo,

os aminoácidos são chamados de naturais, e quando necessitam ser ingeridos

é chamado de essenciais. O que é essencial para uma espécie pode não ser à

outra espécie, no caso do homem são essenciais: a arginina, fenilalanina,

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histidina, isoleucina, leucina, lisina, metionina, treonina, triptofano e vanila. Ter

uma alimentação variada é importante devido ao fato de que poucos alimentos

contêm todos os aminoácidos essenciais. Comer feijão e arroz propicia a

ingestão de todos os aminoácidos essenciais que nosso organismo precisa.

PROTEÍNAS

A palavra proteína significa primeira ou mais importante, são

componentes fundamentais de todos os seres vivos. As moléculas de proteínas

são consideradas grandes por serem formadas pela união seqüencial de

dezenas ou centenas de aminoácidos.

São as moléculas orgânicas mais abundantes nas células, constituídas

de cerca de 10 a 20% da massa celular do corpo humano, mais de 50% de

peso seco. As funções das proteínas são bastante diversificadas.

• Estruturais: servem como filamentos, cabos ou lâminas para dar firmeza

ou proteção. Ex:

• Reguladora: numa série de processos celulares a função reguladora é

realizada pelos hormônios.

• Toxinas: Algumas proteínas são tóxicas como:

• Protetora: Os anticorpos são proteínas altamente específicas que

reconhecem e se combinam com substância estranhas.

• Proteínas contráteis: dotam as células e organismos à capacidade de

contrair-se, mudar de forma ou mover-se. Componentes dos músculos.

• Transportadoras: Diversas moléculas pequenas e íons são

transportados por proteínas específicas. E outras como gorduras,

vitaminas, hormônios e carboidratos são transportados presos às

proteínas.

• Proteínas de armazenamento: são proteínas nutrientes ou de reservas.

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• Enzimas catalisadoras: Todas as enzimas são proteínas que catalisam

as reações metabólicas. Aumentando a velocidade de uma reação.

• Energéticas: proteínas também fornecem energias aos seres vivos. Um

grama de proteínas fornece 4 kcal de energia.

• Informação gênica: através das proteínas se expressa à informação

gênica. A expressão seqüencial controlada da expressão gênica é

importante para o crescimento ordenado e diferenciação celular.

São fontes de proteínas as: carnes, ovos, peixes, frangos, leite e derivados,

justamente por apresentarem todos os aminoácidos essenciais, mas os cereais

e leguminosas não devem ser desprezados.

CARBOIDRATOS

Os carboidratos, também chamados de glicídios, hidratos de carbono ou

açúcares, são moléculas orgânicas constituídas por carbono, hidrogênio e

oxigênio. É a principal substância produzida pelos vegetais, e utilizada tanto

por células animais quanto vegetais como combustível para produção de

energia. Presentes em diversos tipos de alimentos, como o mel (glicose), a

cana-de-açúcar (sacarose), o leite (lactose), frutos adocicados (glicose e

frutose). São divididos em três grupos:

• Monossacarídeos: açúcares simples, com 3 a 7 carbonos na molécula.

Exemplo: glicose, galactose, frutose, ribose e desoxirribose.

• Dissacarídeos: são açúcares formados por duas moléculas de

monossacarídeos. Exemplos: sacarose e lactose.

• Polissacarídeos: formados por muitas moléculas de monossacarídeos.

Exemplos: amido, glicogênio, celulose e a quitina.

As principais funções dos carboidratos são:

• Fornecer energia por oxidação para os demais processos metabólicos.

São combustíveis que fornecem4kcal/g.

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• Economizam proteínas se a quantidade de carboidratos for suficiente,

caso contrário utilizam proteínas para obter energia.

• Alguns carboidratos são necessários para a completa oxidação das

gorduras do corpo.

• No fígado, o ácido glicurônico, um metabólito da glicose, tem a função

de combinar-se com toxinas a químicas e bacterianas e convertê-los

numa forma para serem excretados.

• Indispensável para manter a integridade funcional do tecido nervoso, a

glicose torna-se a única fonte de energia para o cérebro.

• A lactose do leite estimula o crescimento de bactérias benéficas, com

ação laxativa, e também se acredita que essas bactérias sintetizam

certas vitaminas e o aumento do consumo de Ca++.

• Carboidratos insolúveis e indigeríveis como a celulose, auxiliam no

peristaltismo intestinal e eliminação das fezes.

• Os carboidratos e seus produtos derivados são precursores dos ácidos

nucléicos, matriz do tecido conjuntivo e os galactosídeos do tecido

nervoso.

• Fornece sabor doce, apetitoso que estimula o consumo de bolos, tortas,

que aumentam as calorias e conseqüentemente o peso e o volume

corporal.

• Armazenamento de energia temporária, amido nos vegetais e glicogênio

nos animais.

• São elementos de estrutura e de sustentação de paredes celulares de

plantas e bactérias; revestimento de membrana de animais (glicocálix);

tecido conjuntivo nos animais.

• Auxilia no metabolismo do álcool.

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A combinação de açúcar com certas bactérias encontradas resulta na

produção de ácidos inorgânicos que dissolvem os minerais, podendo atacar os

dentes e levar à cárie.

As fontes de carboidratos são os açúcares refinados; cereal como trigo,

arroz, centeio, milho, aveia, cevada; as sementes de leguminosas como feijão

e soja; massas e pães; frutas e verduras; frutas secas; carnes; mel; leite e seus

derivados.

LIPÍDIOS

Os lipídios são substâncias orgânicas oleosas ou gordurosas, insolúveis

em água e solúveis em solventes orgânicos como o clorofórmio, éter, acetona,

benzeno, hexano e heptano. A insolubilidade dos lipídios se deve às suas

moléculas serem apolares, isto é, sem carga elétrica e por isso, não tem

afinidade com as moléculas da água. Os lipídios são compostos de carbono

(7%), hidrogênio (12%) e oxigênio (11%), e às vezes de fósforos ou nitrogênio.

A classificação dos lipídios varia de acordo com os autores, mas

basicamente estão divididos em:

• Carotenóide: lipídios que nas plantas e algumas algas, atuam como

pigmentos acessórios da fotossíntese. Os carotenóides dividem-se em

carotenos e xantofilas. São precursores da vitamina A.

• Triglicerídeos: São as gorduras e óleos, formados pela união de três

moléculas de ácidos graxos com glicerol, com perda de água. Os ácidos

graxos saturados formam a maior parte da gordura animal, armazenada

em tecidos adiposos. Os ácidos graxos insaturados estão nos óleos

presentes nas plantas. O excesso de ácido graxo insaturado na dieta

humana pode contribuir para a ocorrência de doenças cardíacas.

• Fosfolipídios: formados por duas moléculas de ácido graxo e uma

contendo fosfato, ligado a uma molécula de glicerol. As membranas

celulares e a membrana plasmática são formadas por dupla camada de

fosfolipídios e proteínas imersas, por isso são chamadas de lipoprotéica.

17

• Cerídeos: representados pelas ceras, que impermeabilizam as

superfícies de frutos, folhas e pétalas. As abelhas produzem cera na

construção das colméias.

• Esteróides: são complexos, de estrutura química diferente dos demais

lipídios, com átomos de carbono interligados. Produzido no fígado, o

colesterol é um importante componente das membranas de nossas

células e em excesso pode trazer diversos problemas de saúde. Os

hormônios sexuais e os corticosteróides são exemplos de esteróides, já

a vitamina D é produzida a partir de um composto semelhante ao

colesterol.

As fontes de lipídios são bastante variadas desde leite e seus derivados,

carnes, peixes, ovos, óleos vegetais, frutos, entre outros.

VITAMINAS

Substâncias orgânicas essenciais mesmo em pequenas quantidades,

mas que nossas células necessitam para se manter saudáveis. Atuam como

fator auxiliar em reações químicas catalisadas por enzimas, onde a falta de

alguma vitamina na dieta, geram distúrbios conhecidos como avitaminose. As

vitaminas podem ser solúveis em água (hidrossolúveis) ou solúveis e lipídios

(lipossolúveis). As hidrossolúveis são: B1 (tiamina), B2 (riboflavina), B3 (Niacina

ou nicotinamida ou PP), B5 (ácido pantotênico), B6 (piridoxina), B8 ou H

(biotina), B9 (ácido fólico), B12 (cobalamina), C (ácido ascórbico). Essas

vitaminas não são armazenadas no organismo e necessitam ser repostas

quase que diariamente. Como se dissolvem facilmente na água da fervura,

uma parte pode se perder pelo calor, portanto deve-se usar o mínimo de água

no cozimento dos vegetais. As vitaminas lipossolúveis são: A (retinol), D

(colecalciferol), E (tocoferol), K (filoquinona).

As necessidades diárias de vitaminas são supridas através de uma

alimentação variada, as fontes de vitaminas são: carnes, legumes, cereais

integrais, verduras, leite e seus derivados, ovos, fígado, peixes, frutas.

REFERÊNCIAS:

18

AMABIS, J.M.; MARTHO, G. R. Fundamentos da Biologia moderna. 4. Ed.

São Paulo: Moderna, 2006.

DANON, J.; POLINI, L. Guia de calorias de A a Z. São Paulo: Estação

Liberdade, 2002.

HAIDA, K. S. Contribuição da química para a interdisciplinaridade. v. 2.

Cascavel: Edunioeste, 2001.

LEHNINGER, A. Bioquímica: componentes celulares das células. v. 1.

Tradução de José Reinaldo Magalhães. São Paulo: Editora Edgard Blücher

LTDA. 1976.

LOPES, S.; ROSSO, S. Biologia 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

SILVA JÚNIOR, C. DA, SASSON, S. Biologia seres vivos: estrutura e função.

v. 1. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

SILVA JÚNIOR, C. DA, SASSON, S. Biologia seres vivos: estrutura e função.

v. 2. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

EQUILÍBRIO

Nosso corpo necessita de energia para viver, repor perdas e para

crescer. A energia necessária vem dos alimentos que ingerimos, onde os

carboidratos, protídios, lipídios, ácidos nucléicos são degradados em partes

menores no sistema digestório e distribuídos pelo sangue a todas às células de

nosso corpo. O fornecimento de energia se dá por oxidação (queima) dos

nutrientes. Os alimentos ricos em gorduras são mais calóricos, visto que um

grama de carboidrato fornece 4 calorias; um grama de proteína fornece

também 4 calorias e um grama de gordura fornece 9 calorias.

Segundo Danon (2002, p.13) caloria é uma unidade de medida que

exprime a energia fornecida pelos diversos nutrientes que compõem os

alimentos ao serem metabolizados pelo organismo. Também determina o valor

calórico dos alimentos. Uma caloria é a quantidade de energia necessária para

elevar em 1°C a temperatura de um grama de água. Embora seja usado por

19

hábito o termo caloria, a energia dos alimentos é medida em quilocalorias

(kcal).

Para realizar suas atividades, cada pessoa necessita e um mínimo de

energia, que pode variar de acordo com a idade, estatura, estrutura óssea,

atividades físicas realizadas, entre outros fatores.

Para manter o peso adequado, o segredo é comer somente o necessário

para fornecer a energia que nosso corpo precisa para estar bem. Se comermos

demais, engordamos; se comermos de menos emagrecemos. Somente

devemos fazer uma dieta mediante orientação médica, pois só um médico

pode avaliar a necessidade ou não de uma dieta.

No mundo inteiro o número de obesos vem aumentando. Nos Estados

Unidos é tratada como epidemia e no Brasil, a obesidade chegam a 10% de

toda a população, outros 30% estão acima do peso ideal. Tudo isso se deve

aos maus hábitos alimentares e o sedentarismo.

Para sabermos se estamos dentro dos limites de peso adequados, é

utilizado o método de índice de massa corporal- IMC. Para cada pessoa, esse

índice é calculado dividindo-se sua massa em quilogramas (peso,

popularmente chamado) pela altura (em metros) elevada ao quadrado:

IMC=

IMC abaixo de 18,5: Magreza, risco de desnutrição.

IMC de 18,5 a 25: Peso saudável, ideal.

ICM de 25 a 30: Sobrepeso ou pré-obesidade, saúde pode estar sendo

comprometida.

ICM de 30 a 35: Obesidade grau 1, onde o risco para a saúde já existe.

ICM de 35 a 40: Obesidade grau 2, o perigo a saúde é ainda maior.

ICM acima de 40: Obesidade grau 3.

20

O excesso de peso aumenta probabilidade de surgirem alguns

problemas como diabete, hipertensão e infarto. A obesidade tem relação direta

ao excesso de gordura corporal, do que simplesmente o excesso de peso. São

recomendados valores médios de gordura corporal para homens na faixa de

15% e para mulheres 23%. Valores acima de 25% para homens e de 32% para

mulheres, são considerados obesos. É muito perigosa a gordura acumulada no

abdômen, pois está relacionada ao diabete tipo 2 e às doenças cardíacas. Para

saber se a distribuição de gordura está trazendo algum risco à saúde faça a

seguinte divisão:

= distribuição de gordura

Observe e fique atento quando o resultado for igual ou maior que 1,0 para

homens, ou igual ou maior que 0,8 para mulheres.

Alguns casos de obesos, uma minoria, têm problemas hormonais ou genéticos

que os predispõem à obesidade, onde a maioria dos casos se deve a ao

excesso de calorias ingerida e insuficiência de atividades físicas.

Nosso organismo precisa de quantidade diária de energia, isto é, de calorias

devido a:

• Taxa de metabolismo basal: é a taxa que determina a quantidade de

energia gasta para manter as funções vitais do organismo, como

respiração, temperatura, entre outros.

• Processo de digestão: determina a quantidade de energia necessária

para o corpo receber e transformar os alimentos, e assim sejam

absorvidos e excretados.

• Atividades físicas: necessita uma quantidade de energia de acordo com

a duração e intensidade do exercício.

REFERÊNCIAS:

AMABIS, J.M.; MARTHO, G. R. Fundamentos da Biologia moderna. 4. Ed.

São Paulo: Moderna, 2006.

21

DANON, J.; POLINI, L. Guia de calorias de A a Z. São Paulo: Estação

Liberdade, 2002.

HAIDA, K. S. Contribuição da química para a interdisciplinaridade. v. 2.

Cascavel: Edunioeste, 2001.

LOPES, S.; ROSSO, S. Biologia 1.ed.São Paulo: Saraiva, 2005.

SILVA JÚNIOR, C. DA, SASSON, S. Biologia seres vivos: estrutura e função.

v. 1. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

SILVA JÚNIOR, C. DA, SASSON, S. Biologia seres vivos: estrutura e função.

v. 2. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

4. PERSPECTIVA INTERDISCIPLINAR

Do que somos Feitos?

Somos constituídos de moléculas desprovidas de vida, que quando

isoladas e examinadas individualmente, comportam-se de acordo com as leis

físicas e químicas da matéria inanimada.

Essa matéria que forma os seres vivos, a “matéria orgânica”,

caracteriza-se pela presença constante de alguns elementos químicos como o

Carbono (C), o Hidrogênio (H), o Oxigênio (O), o Nitrogênio (N), Fósforo (P) e

Enxofre (S). Esses elementos constituem 98% da massa corporal da maioria

dos seres vivos. O restante, 2% são de elementos químicos diversos, mas

necessários ao funcionamento celular. Os elementos a seguir são essenciais

na nutrição de uma ou mais espécies, porém nem todos são essenciais para

todas as espécies:

• Elementos formadores de matéria orgânica: O, C, N, H, P, S.

• Íons monoatômicos: Na+, K+, Mg²+, Ca²++, Cl-.

• Oligoelementos: Mn, Fe, Co, Cu, Zn, B, Al, V, Mo, I, Si, Sn, Ni, Cr, F, Se.

Então... Nós e a Química, tudo a ver...

22

A massa de qualquer ser vivo é constituída de 15 a 25% de substâncias

orgânicas, 75 a 85% de água e sais minerais (+/- 1%). Das substâncias

orgânicas temos as proteínas (10 a 15%), lipídios (2 a 3%), glicídios (1%) e os

ácidos nucléicos (1%).

A alimentação tem papel importante nas nossas vidas, não só pela

questão de sobrevivência, mas de promoção da saúde, prevenção e tratamento

de diversas doenças. Nosso organismo necessita de alguns íons, como K+,

Na+, Ca2+, Mg2+, Fe2+, I- e PO43-, presentes em muitos alimentos na forma de

sais.

Sais e a Medicina

Alguns sais possuem aplicações relevantes na medicina (Peruzzo, p. 129)

• Bicarbonato de sódio (NaHCO3) é antiácido.

• Carbonato de amônio ((NH4)2CO3) é expectorante.

• Carbonato de lítio (Li2CO3) é antidepressivo.

• Cloreto de amônia (NH4Cl) é acidificante do tubo digestivo.

• Cloreto de sódio (NaCl) está no soro fisiológico.

• Fluoreto de estanho II (SnF2) fortalece o esmalte dental.

• Iodeto de sódio ou de potássio (NaI/KI) fonte de iodo para a tireóide.

• Nitrato de potássio (KNO3) é diurético.

• Nitrato de prata (AgNO3) é germicida usado nos olhos de recém-

nascidos.

• Permanganato de potássio (KMnO4) é antimicótico.

• Sulfato de bário (BaSO4) contraste em radiografia intestinal.

• Sulfato de cálcio (CaSO4) é o gesso para imobilizações.

• Sulfato de ferro II (FeSO4) fonte de ferro para anêmicos.

• Sulfato de magnésio (MgSO4) é laxante.

No homem, os íons de cálcio (Ca2+) participam das reações de

coagulação do sangue e da contração muscular, além de serem componentes

fundamentais dos ossos. Os íons de magnésio (Mg2+) de manganês (Mn2+) e

de zinco (Zn2+), entre outros, participam de reações químicas vitais da célula. O

23

bom funcionamento das células nervosas acontece principalmente pelos íons

de sódio (NA+) e de potássio (K+).

Alguns sais inorgânicos, como fosfatos (PO43-) e carbonatos (CO3

2-), são

importantes no controle da concentração de íons de hidrogênio (H+) no meio

celular. O potencial hidrogeniônico, ou pH, é importante, pois muitas reações

químicas essenciais à vida só ocorrem se as condições de pH são favoráveis.

Fosfatos e carbonatos neutralizam íons H+ em excesso.

REFERÊNCIAS:

AMABIS. J. M.; MARTHO G. R. Fundamentos da biologia moderna. v. único.

4. Ed. São Paulo: Moderna, 2006.

HAIDA, K. S. Contribuição da química para a interdisciplinaridade. v. 2.

Cascavel: Edunioeste, 2001.

LEHNINGER, A. Bioquímica: componentes celulares das células. v. 1.

Tradução de José Reinaldo Magalhães. São Paulo: Editora Edgard Blücher

LTDA. 1976.

PERUZZO, T. M.; CANTO, E. L. Química: na abordagem do cotidiano. v.

único. 1. Ed. São Paulo: Moderna, 1996

AS SENSAÇÕES

Em todos os momentos das nossas vidas as sensações e percepções

estão presentes e nos tornam únicos. É necessário compreender a visão, a

audição, o olfato, o tato, o paladar, a dor, o frio, o calor, assim como as

substâncias naturais ou sintéticas, que estão presentes em nossa volta, como

corantes, açúcares, adoçantes, aromatizantes, fragrâncias, analgésicos,

anestésicos, entre outros, tudo isso é algo complexo que requer o estudo e

conceitos de várias áreas do conhecimento.

É necessário aprofundar os conhecimentos sobre os aspectos químicos

relacionados ao sabor, ao odor e ao aroma presentes nos alimentos e

fragrâncias que impressionam os receptores da boca e narinas.

24

Tudo o que envolve a sensação de sabor está intimamente ligada a

nossa sobrevivência, desde fome, a vontade de comer, os alimentos que

precisamos ou que não devemos comer.

Cada povo, de acordo com sua cultura, tem uma predileção alimentar.

Portanto, o que pode ser rejeitado por um povo, pode ser bem aceito por outro.

Um exemplo clássico é a existência de povos que por necessidades da época,

passam a consumir e apreciar insetos, como formiga, gafanhotos, besouros,

entre outros. Já para nós brasileiros isso é inconcebível.

A análise sensorial (textura, aparência, forma, dureza, cor e a

temperatura) é importante na indústria de alimentos, devido a contribuir para o

desenvolvimento de novos produtos. São feitos muitos testes afetivos para se

saber se os consumidores gostam ou não dos alimentos que serão lançados no

mercado.

Milhares de moléculas podem evocar uma grande quantidade de

sabores, mas nós só reconhecemos quatro sabores: o doce, o amargo, o

azedo ou ácido e o salgado. As moléculas interagem com os receptores

sensíveis a elas e enviam mensagem ao encéfalo, onde é interpretada a

sensação de sabor. Os receptores sensíveis ao sabor azedo, amargo, doce e

salgado estão espalhados na boca, principalmente na língua. Essas estruturas

são denominadas papilas e possuem botões gustativos, é neles que estão

localizados os receptores que se comunicam com terminações nervosas

especializadas que enviam o sinal ao sistema nervoso central.

As moléculas que são sentidas como doce, exemplo da glicose, a

sacarose, a sacarina, o ácido ciclâmico e o acessulfame, possuem a

propriedade de fazer ligações de hidrogênio proporcionais aos receptores

sensoriais.

O sabor amargo se dá pelo fato de as ligações de hidrogênio não serem

proporcionais aos receptores sensoriais. Já os compostos que evocam sabor

azedo, em geral, são ácidos orgânicos e inorgânicos, enquanto que os que

evocam sabor salgado se devem a alguns sais, principalmente o cloreto de

sódio.

25

Assim como outra sensação qualquer, o sabor só existe no cérebro, e,

por isso pode existir uma memória para o sabor e também estar relacionado

com outras sensações, tais como as visuais, as da temperatura, as

temperaturas, as emoções e as olfativas.

O Aroma

O que diferencia um chocolate de uma bala de menta não é o sabor,

mas o aroma que eles provocam. O aroma é uma mistura de duas sensações:

a do sabor e a de odor.

O que determina o gosto por um determinado alimento, não é apenas o

sabor, mas o aroma, que é percebido pelo nariz e língua. Assim, não existem

40 tipos de sabores diferentes de sorvete, existem 40 tipos diferentes de

aromas de sorvete, o sabor é um só: o doce

Os 50 milhões de quimiorreceptores espalhados no epitélio olfativo são

estimulados tanto por células aromatizantes quanto odorantes. Isto acontece

porque as moléculas do aroma são voláteis e solúveis no muco que reveste a

região olfativa do nariz e também pela sua estrutura ter uma parte lipossolúvel

adaptando-se aos quimiorreceptores que são compostos principalmente por

lipídios.

Os quimiorreceptores olfativos se comunicam com o cérebro, onde a

sensação é interpretada como odor e é transformada em percepção.

Geralmente, obtemos as moléculas que são utilizadas como fragrâncias,

extraindo seu óleo essencial. Já foram identificados 3 mil óleos essenciais e

várias centenas deles estão disponíveis no comércio. Um óleo essencial pode

conter centenas de tipos diferentes de moléculas, e a percepção de odor que

ele causa pode ser mudada mesmo removendo-se algumas moléculas

presentes em concentrações muito baixas.

REFERÊNCIA:

FARIA, P.; RETONDO, C. G. Química das sensações. Campinas, SP:

Editora Átomo, 2008.

26

5. CONTEXTUALIZAÇÃO

A PRÁTICA PEDAGÓGICA

As Diretrizes Curriculares já na sua introdução menciona a importância

de não utilizar um único método, valorizando o pluralismo metodológico,

levando em conta a diversidade dos recursos pedagógico-tecnológicos

disponíveis e a amplitude de conhecimentos científicos a se trabalhar na

escola.

Muitos são os problemas no ensino de ciências, mas destaca-se a seguir

alguns pontos para que o professor reflita sua prática pedagógica,

estabelecendo relações entre os conteúdos e os recursos pedagógicos.

O professor em um processo contínuo de formação necessita conhecer

a história da ciência, associados aos conhecimentos científicos de acordo com

o contexto político, ético, econômico e social que originaram a construção dos

mesmos. Conhecer os métodos científicos usados na produção do

conhecimento, bem como as estratégias de ensino, as relações conceituais,

interdisciplinares e contextuais. Perceber que a ciência não é verdade absoluta

e conhecer os conhecimentos científicos recentes, através de divulgação

científica. Enfim, o professor precisa conhecer os conteúdos de forma

aprofundada, apropriar novos conhecimentos, os avanços científicos e

tecnológicos, as questões sociais e ambientais.

O professor precisa ter autonomia tanto pra escolha de conteúdos

quanto ao uso de estratégias e recursos, de acordo com o desenvolvimento

cognitivo dos alunos, materiais e tecnologias disponíveis. Sempre que puder o

professor deve ir além o livro didático, usar textos de jornais, revistas

científicas, figuras, revistas em quadrinhos, música, mapas, modelos

anatômicos, instrumentos de laboratório, experimentos, jogos, computadores,

entre outros. Também ultrapassar o modelo único de aula expositiva oral,

leitura do livro didático e uso apenas de quadro e giz, não que devam ser

eliminados, mas acrescentadas outras atividades, outros encaminhamentos

27

como a problematização, a contextualização, a interdisciplinaridade, a

pesquisa, a leitura científica, a atividade em grupo, a observação, a atividade

experimental, os recursos instrucionais e o lúdico.

REFERÊNCIA:

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de

Ciências para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2008.

ALIMENTAÇÃO: UMA HISTÓRIA A SER CONTADA.

Assim como o homem evoluiu, também sofisticaram seus hábitos

alimentares. A história da alimentação está intimamente ligada história sócio-

econômica do homem. Desde o homem primitivo até hoje, a necessidade de

alimentação é um traço marcante, não apenas para a sobrevivência, mas para

uma vida satisfatória e de qualidade. Um dos maiores desafios para a

humanidade é garantir comida de qualidade e quantidade suficiente para todos.

No período da pré-história, acredita-se que o homem começou a

alimentar-se observando os animais. Composta basicamente de frutos e raízes,

e sendo o mel a primeira sobremesa. Passou a consumir mais tarde carne crua

e moluscos, após a descoberta do fogo, passou a comê-los cosidos e assados.

Inúmeras experiências na alimentação sucederam após a invenção da

cerâmica e do encontro de terras e povos.

No período paleolítico (500.000 a.C a 1.000 a.C) homem não conhecia a

agricultura e tão pouco domesticava animais, eram nômades devido às

dificuldades climáticas e de obtenção de alimentos. Durante a migração,

perceberam que as sementes que caíam no chão da terra multiplicavam suas

colheitas, e assim tornaram-se agricultores. Com isso foi possível formar as

primeiras aldeias fixas, devido à abundância de cereais desenvolvendo a

agricultura. A invenção do arco e da flecha difundiu a caça, aumentando assim

a quantidade de alimentos.

No período dos metais (10.000 a.C a 4.000 a. C) havia a caça de

animais menores como javali, lebres, pássaros e se criavam bovinos, ovinos,

caprinos e suínos; as colheitas abundantes. Esses fatores contribuíram para o

28

aumento da população e formação de grupos familiares maiores. A base da

alimentação tradicional tem início com a cultura de cereais e seu uso na

fabricação dos pães e de bebidas.

No Egito antigo, as elites tinham comida farta e variada, pois nas tumbas

dos faraós foram encontradas massas, carnes, peixes, laticínios, frutas,

legumes, cereais, condimentos, especiarias, mel e bebidas. Já o povo,

segundo alguns documentos históricos consumiam alimentos vindo da

agricultura, criação de animais, da caça e da pesca. A saúde e longevidade

para o povo egípcio dependiam dos prazeres da mesa, e a falta de apetite era

considerada uma moléstia. O povo egípcio já conhecia algumas propriedades

das ervas medicinais e relacionavam a alimentação com a cura de doenças.

Na antigüidade (séculos V a X d. C) os médicos conheciam os efeitos

preventivos e terapêuticos dos alimentos. Hipócrates (médico grego) associa à

cevada, o trigo, as favas, o grão-de0bico, as lentilhas e o gergelim ao combate

às doenças. Na Grécia, além de consumir grãos, frutas, alho, cebola e agrião

também apreciavam as carnes de boi, suíno, aves, cães, javali, peixes e

moluscos. Dava-se importância ao sabor e aos condimentos como o poejo,

manjericão e tomilho. A bebida consumida era o vinho. A alimentação dos

romanos era similar à grega, não havendo muita diferença.

Na Idade Média (séculos X a XV d. C) as cozinha medievais se

destacam por apresentar três sabores fundamentais: o forte (devido aos

temperos), o doce (uso do açúcar), e o ácido (uso do vinagre, vinho e suco de

frutas cítricas).

Com a Idade Moderna (séculos XV a XVIII) a agricultura que era de

subsistência, passa a ter fins comerciais. Alguns alimentos tornam-se

importantes na alimentação ocidental como o tomate, batata, milho, arroz. Em

todas as classes sociais o Pão era bastante consumido e as crises na

produção de cereais tiveram impacto direto sobre a mortalidade da época.

Já na Idade Contemporânea (séculos XIX e XX) a agricultura

desenvolveu e passou a ser cultivada e consumida uma variedade maior de

frutas e verduras. O consumo de açúcar que era restrito às elites passa a ser

29

consumido pelas classes mais pobres. Também aumentou o consumo de ovos

e gorduras.

Hoje, contamos com uma variedade enorme de produtos alimentícios,

sofisticaram as formas de cultivos, a conservação, a transgenia, os enlatados,

os pré-cozidos, o self-service e o fast-food. Com tudo isso, existe muita

preocupação por parte dos nutricionistas e consumidores para saber o valor

nutritivo dos alimentos, seu efeito sobre nosso bem-estar e saúde.

CURIOSIDADES:

Alguns hábitos adquiridos em tempos passados persistiram até hoje:

• Uso de pedras quentes para aquecer a água. No Brasil era usado no

preparo de café de comboieiro ou café de pedra, onde se adiciona o pó

de café na água fria e se joga uma pedra aquecida no recipiente.

• Assar pelo calor, ao serem retiradas as pedras aquecidas, num forno

subterrâneo, ou ainda acender o fogo sobre a panela enterrada.

• Assar no calor de brasas, a provável origem do churrasco.

• Cozinhar nas cinzas, Indígenas brasileiros (século XVII) preparavam

peixes embrulhados em folhas e colocavam debaixo de cinzas para

ficarem assados ou cozidos.

REFERÊNCIA:

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. História da

Alimentação. Disponível em <http://www.mds.gov.br/ascom/hot_sa/not15.htm>

acesso em 02/12/2008.

A HISTÓRIA DA DESCOBERTA DA DIGESTÃO

No ano de 1822 em Mackinac, junto ao lago de Michigan, o jovem

franco-canadense Alexis St. Martin foi atingido acidentalmente por um tiro de

arcabuz e que atingiu a parte superior do abdome e a parede do estômago. Foi

socorrido por William Beaumont, um jovem cirurgião do exército americano.

Naquela época, ferimentos dessa natureza eram quase sempre fatais;

porém, para espanto de todos, o paciente se restabeleceu. Contudo conservou

30

uma abertura na superfície do corpo, que se comunicava diretamente ao

estômago, por toda a sua vita.

O Dr. Willian Beaumont aproveitou-se desse fato para fazer alguns

estudos sobre a digestão e as propriedades do suco gástrico, pois podia

observar a movimentação do interior do estômago do Sr. Martin, podia colocar

alimentos dentro dele e estudar as modificações ocorridas tanto nos alimentos

quanto nas paredes estomacais.

Mostrou que o suco gástrico só é secretado quando a comida chega ao

estômago, que esse órgão só digere alguns tipos de alimentos e que o suco

gástrico contém ácido clorídrico e outra substância que Beaumont ainda não

conhecia. Essa substância foi identificada posteriormente por Schwann como a

pepsina.

Mesmo na condição médica em que encontrava, com a fístula aberta pelo

acidente, o Sr. Martin faleceu com a avançada idade de 86 anos.

REFERÊNCIAS:

A extraordinária história da descoberta da digestão, disponível em

http://www.nutriweb.org.br/n0203/beaumont.htm, acesso em 04/12/2008.

SILVA JÚNIOR, C. DA, SASSON, S. Biologia seres vivos: estrutura e função.

v. 2. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

6. SUGESTÃO DE LEITURA

• PLURALISMO METODOLÓGICO NO ENSINO DE CIÊNCIAS Ciências & Educação

http://www2.ufpa.br/ensinofts/artigo5/pluralismociencias.pdf

O artigo sugere uma abordagem metodológica pluralista para o ensino de ciências. Onde quanto mais variado e rico for o meio intelectual, metodológico ou didático fornecido pelo professor, maiores serão as condições de desenvolver a aprendizagem significativa dos alunos.

• CONTRIBUIÇÃO DA QUÍMICA PARA A INTERDISCIPLINARIDADE

31

Este livro oferece uma visão atualizada do ensino de química, com diversas metodologias, visando compreender os conhecimentos, a partir do estudo dos fenômenos dentro do contexto histórico-social real, desenvolvendo os mesmos, de forma que cada fenômeno possa ser desvendado, com a máxima abrangência e exploração sob os argumentos dos conhecimentos da química, física e biologia, com um trabalho interdisciplinar

• AÇÃO NA APRENDIZAGEM http://64.233.169.132/search?q=cache:1sN99olK46QJ:www.icpg.com.br/hp/revista/download.exec.php%3Frpa

O artigo aborda a importância da prática e dos sentidos sensoriais humanos na aprendizagem da disciplina de ciências de 5ª a 8ª série do ensino fundamental.

• VIAGENS COM TIA CLARA: APRENDENDO NUTRIÇÃO. Este livro é indicado para os alunos com o objetivo de reforçar os

conceitos aprendidos na aula de ciências quanto aos nutrientes presentes nos alimentos e sua importância. Mostra a origens de alguns alimentos e integra conceitos de história e geografia, relacionados com alimentação. Destaca aspectos de higiene alimentar e receitas. O roteiro de leitura permite a fixação de conceitos nutricionais de maneira lúdica.

7. PROPOSTA DE ATIVIDADES

ALUNOS EM ATIVIDADES

O trabalho de planejar e conduzir a prática pedagógica são tarefa do

professor. Cada professor se encontra em uma realidade única e por isso não é

possível estabelecer receitas prontas. Estas sugestões de atividades podem

facilitar a organização do planejamento e do cotidiano em sala de aula.

Também não é necessário usar todas as atividades, mas selecionar às que

possam ser usadas diante das possibilidades.

ATIVIDADE Nº 01

• Elaborar uma lista de alimentos consumidos nas últimas 24 horas.

• Separar os alimentos em grupos de acordo com pirâmide alimentar ou

grupos (grupo I: leite e derivados, grupo II: carnes, peixes, ovos, grupo

III: azeite, óleos vegetais, gorduras animais)

32

• Verificar se está faltando consumir algum alimento ou se consome em

excesso.

• Apresentação dos resultados e conclusão de forma escrita ou oral.

ATIVIDADE Nº 02

• Fazer pesquisa sobre tabus alimentares e ou hábitos alimentares dos

povos. Discutir os mesmos e apresentar de forma lúdica, com cartazes,

desenhos ou colagem, caricaturas.

ATIVIDADE Nº 03

• Juntar rótulos de produtos industrializados consumidos pelas famílias

dos alunos.

• Separar os alunos em grupos e cada grupo estudar produtos similares.

Ex: grupo I: balas doces; grupo II: chocolates; grupo III: salgadinhos;

grupo IV: margarinas; grupo V: refrigerantes; grupo VI: alimentos semi-

prontos e outros.

• Verificar nos rótulos os aditivos químicos utilizados, valor calórico,

carboidrato, lipídios, proteínas, sais, vitaminas.

• Apresentar o resultado observado nos rótulos na forma de tabelas,

cartazes ou outra forma para apresentar à sala.

ATIVIDADE Nº 04

• Algumas pesquisas podem ser realizadas no laboratório de informática

Ex: Vitaminas (funções e fontes), Sais Minerais (funções e fontes),

aprofundar os conteúdos de acordo com o interesse dos alunos.

• Pesquisa sobre quais são os alimentos que fazem parte da cesta básica

e seu custo, além de observar e discutir se suprem as necessidades de

nutrientes necessários para manter a saúde.

ATIVIDADE Nº 05

Analisando os rótulos dos alimentos II – Tarefa individual

Nesta atividade, você vai analisar e conhecer a composição de diversos

alimentos que consome durante o dia. No Brasil, as empresas de produtos

33

alimentícios são obrigadas por lei a colocar a composição nutricional na

embalagem dos produtos.

Procedimento

a) Escolha cinco alimentos e recorte da embalagem o quadro que

apresenta a composição nutricional.

b) Cole no caderno os rótulos e identifique cada alimento.

c) Analise os rótulos e compare-os quanto à composição nutricional.

Responda no caderno:

1) Faça uma lista dos componentes que aparecem nos rótulos.

2) Escreva qual componente aparece em maior quantidade em cada

alimento que você selecionou.

3) Aparecem os mesmos co0mponentes nutricionais em todos os rótulos

Os alimentos que comemos são compostos por carboidratos, lipídios

(gorduras), proteínas, sais minerais, vitaminas e água. Essas substâncias

químicas presentes nos alimentos que ingerimos são conhecidas como

nutrientes, e cada um deles exerce funções importantes no nosso corpo. Os

nutrientes, quando presentes nas células proporcionam energia, formam novos

compostos corporais e auxiliam no funcionamento dos processos químicos

vitais. Em qualquer ser vivo, a energia é importante para que as células

realizem suas atividades.

ATIVIDADE Nº 06

Para discutir e refletir:

1) A fome é um problema mundial extremamente grave. Mas, mesmo sem

passar fome, muitas pessoas sofrem de desnutrição. Quais seriam as possíveis

causas responsáveis pela desnutrição de pessoas que não passam fome?

2) A obesidade é um distúrbio nutricional que vem afetando um número

cada vez maior de pessoas. Procure relacionar esse fato com o modo de vida

nas cidades de hoje em dia.

34

3) Suponha que uma pessoa coma somente alimentos ricos em proteínas e

carboidratos, porém com pequena quantidade de vitamina A. Essa pessoa

poderá ter, ao longo do tempo, algum problema de saúde? Justifique a sua

resposta.

ATIVIDADE Nº 07

Por que a mastigação é importante?

Além de facilitar a deglutição, a mastigação dos alimentos tem uma

função que você descobrirá ao fazer esta atividade experimental. Vai observar

a dissolução de comprimidos efervescente e fazer uma comparação com o que

ocorre na mastigação. Quando os comprimidos efervescentes entram em

contato com a água, ocorrem dissolução e transformação química dos seus

componentes. Nessa transformação observa-se a produção de bolhas no

líquido, é a produção de gás carbônico.

Material:

• Dois comprimidos efervescentes;

• Água;

• Dois copos transparentes;

• Folha de papel.

Procedimento

a) Coloque quantidade igual de água nos dois copos (meio copo).

b) Pegue um comprimido efervescente e, sobre meia folha de papel triture-

o em pedaços pequenos. Deixe o outro comprimido inteiro.

c) Coloque no mesmo instante, o comprimido inteiro em um dos copos e o

comprimido triturado em outro.

d) Observe o material efervescente.

Responda no caderno:

1) Que comprimido se dissolveu mais rapidamente?

35

2) Como você explica o resultado da atividade?

3) Que comparação pode fazer entre a trituração dos comprimidos e a

mastigação dos alimentos?

As transformações químicas da digestão ocorrerão com maior rapidez se a

área de contato do alimento com as substâncias químicas responsáveis pelo

processo for ampliada.

ATIVIDADE Nº 08

Identificando substâncias ácidas e alcalinas.

A digestão é um processo que envolve transformações químicas dos

alimentos ao longo do tubo digestório. As enzimas (proteínas que aumentam a

rapidez das transformações químicas) interagem com os alimentos

possibilitando a transformação de seus componentes nutritivos.

No interior do tubo digestório há produção de substâncias ácidas e

alcalinas (ou Bases) que são fundamentais para o funcionamento das enzimas.

Sua tarefa é identificar substâncias ácidas e básicas, a partir da

interação com o bicarbonato de sódio e a fenolftaleína.

Material:

• Vinagre branco;

• Leite de magnésia diluído;

• Água sanitária diluída;

• Suco de limão;

• Solução de fenolftaleína;

• Bicarbonato de sódio em pó;

• Oito copos transparentes;

• Uma colher das de café;

• Etiquetas

36

.

Procedimento:

a) Para testar como o vinagre branco, o leite de magnésia, a água sanitária

e o suco de limão comportam-se ao interagir com o bicarbonato de sódio,

coloque-os em quatro copos até mais ou menos 1 cm de altura. Identifique com

etiquetas.

b) Adicione meia colher das de café de bicarbonato de sódio em cada um

dos copos e observe.

c) Para testar como o vinagre branco, o leite de magnésia, a água sanitária

e o suco de limão comportam-se ao interagir com a fenolftaleína, repita o

procedimento “a“ fazendo uma nova bateria de quatro copos.

d) Adicione meia colher das de café da solução de fenolftaleína em cada

um dos copos e observe.

Responda em seu caderno:

1) Quais materiais interagem com o bicarbonato de sódio produzindo

efervescência?

2) Quais materiais interagem com a fenolftaleína produzindo coloração

rosada ou avermelhada?

3) Substâncias ácidas interagem com ........................................................

produzindo bolhas. De acordo com os resultados (procedimentos “a”e “b”) que

substâncias são ácidas?

4) As substâncias alcalinas interagem com...................................................

produzindo mudança de coloração para rosa ou vermelha. De acordo com os

resultados (procedimentos “c” e “d”), que substâncias são alcalinas?

Estudos dessa natureza possibilitam a criação de uma escala de pH, que pode

variar de 0 até 14. As soluções chamadas ácidas têm pH abaixo de 7 e as

básicas têm pH acima de 7, as de pH 7 ,como o sal de cozinha, são

37

consideradas neutras. As enzimas que atuam no estômago têm seu melhor

rendimento em solução ácida, com valores de pH entre 2 e 3 na escala. Já no

intestino, o quimo que é ligeiramente básico, com pH próximo de 08 na escala.

ATIVIDADE Nº 09

Estas atividades são sugestões de trabalhos lúdicos, aproximando o

tema da realidade do aluno. A importância do lúdico na educação e seu papel

estruturante no desenvolvimento do educando, uma vez que os jogos e as

brincadeiras são excelentes oportunidades de mediação entre o prazer e o

conhecimento.

• Propor uma reflexão sobre os hábitos presentes em outras comunidades

ou países; comparar o que se come e o que se bebe em cada refeição

do dia; como são conservados os alimentos ontem e hoje; como são

produzidos, quem produz e que caminhos os alimentos percorrem até

chegar ao consumidor; qual a história dos alimentos e dos hábitos

alimentares (relacionar a economia, a imigração, os meios de

comunicação). Os resultados pode ser a criação de uma exposição

sobre a história dos alimentos e com a ajuda dos pais dos alunos podem

até editar um livro com as receitas típicas.

• Propor uma atividade que estimula os sentidos como o estudo dos

temperos. Louro, canela, pimenta, noz-moscada e tantas outras

especiarias que dão à comida gosto e aroma irresistível, onde no

passado, navegadores atravessavam os mares comprando e

revendendo esses produtos que chegaram para ficar em nossa mesa.

• Na hora de fazer os exercícios , faça, pesquise exercícios diferentes dos

que estão nos livros didáticos, principalmente se forem apenas do tipo

perguntas-respostas, mas diversifique. Junto com perguntas e respostas

um exercício de palavras cruzadas, um caça-palavras, um criptograma.

• Outra sugestão é o trabalho com esquemas ou desenhos. Tanto para

pintura e nomenclatura de partes, quanto às funções. Como exemplo, o

esquema do sistema digestório com a localização de órgãos e a função

de cada um.

38

• Nos sites citados abaixo são indicados jogos sobre alimentos, pesquise

e selecione o que melhor se adapte aos seus alunos.

JOGO DAS FRUTAS, em

http://www.ufrgs.br/faced/extensao/brincar/jogodasfrutas.html acesso

30/11/2008.

JOGO DAS FRUTAS, crie caretas em

http://recreionline.abril.com.br/jogos/diversos/frutas.html acesso 30/11/2008.

JOGO DA FORCA, tema frutas, é só clicar nas letras e formar a palavra

escondida em

http://recreionline.abril.com.br/jogos/diversos/frutas.html acesso 30/11/2008.

Na ZUZUBULÂNDIA, os alunos podem aprender mais sobre a pirâmide

alimentar em

http://iguinho.ig.com.br/zuzu/diversao_piramide.html aceso em 30/11/2008

DISCOVERY Kids para alunos menores, em

http://www.discoverykidsbrasil.com/jogos/ciencias/nivel_avancado/corpo/

http://www.discoverykidsbrasil.com/jogos/ciencias/nivel_avancado/doki_aliment

os/

http://www.discoverykidsbrasil.com/jogos/ciencias/nivel_avancado/sentidos/

acesso 30/11/2008.

REFERÊNCIAS

HAIDA, K. S. Contribuição da química para a interdisciplinaridade. v. 2.

Cascavel: Edunioeste, 2001.

TRIVELATO, J. ET AL. Ciências, Natureza & cotidiano: criatividade, pesquisa

e conhecimento. 1. ed. sétima série, oitavo ano, primeiro grau: livro do

professor. São Paulo: FTD, 2006.

TESTANDO O AMIDO NOS ALIMENTOS (01).

39

O objetivo dessa atividade experimental é entender como a tintura de

iodo pode ser utilizada para testar a presença de amido.

Materiais:

• Farinha de trigo (adquirido em mercado)

• Amido de milho (adquirido em mercado)

• Sacarose (açúcar comum)

• Tintura de iodo (adquirido em farmácia)

• Colher das de café limpa e seca

• Conta-gota

• Quatro copinhos plásticos descartáveis para café

• Pano limpo

Procedimento:

1. Coloque uma colherada de farinha de trigo num dos copinhos. A farinha

contém grande quantidade de amido.

2. Lave bem a colher e seque-a. Coloque uma colherada de amido de

milho no segundo copinho.

3. Lave bem a colher e seque-a. Coloque uma colherada de sacarose no

terceiro copinho.

4. Lave bem a colher e seque-a. Coloque uma colherada de glicose no

último copo.

5. Pingue quatro ou cinco gotas de tintura de iodo sobre o material sólido

de cada copo observe e relate.

Essa experiência envolve três carboidratos:

• O amido presente nos dois primeiro copinhos.

• A sacarose.

• A glicose.

A tintura de iodo permite comprovar a presença de amido, mas não a de

sacarose ou de glicose. Que evidências você observou ao fazer essa

40

experiência que confirmam essa afirmação? Do diálogo de respostas orais, e

nas perguntas ao longo da experiência , que os alunos façam, devem ser

relatadas no caderno na forma de relatório da atividade

A avaliação das atividades experimentais ocorre durante o processo,

mediante a participação e interesse dos alunos, cumprimento das etapas do

processo, registro na forma de relatório e conclusão dos mesmos.

REFERÊNCIAS

CANTO, E. L. Ciências Naturais: aprendendo com o cotidiano. São Paulo:

Moderna. 1999, Vol.3, p.259.

INVESTIGAR ALGUNS ALIMENTOS QUE CONTÉM AMIDO (2)

Esta atividade objetiva investigar a presença de amido em alguns alimentos.

Materiais:

• Tintura de iodo

• Conta gotas

• Rodela de batata crua

• Pedaço de batata cozida

• Fatia de pão

• Fatia de bolo

• Grãos de arroz cru

• Grãos de arroz cozido

• Rodela de mandioca crua

• Rodela de mandioca cozida

• Um pedaço de queijo

• Macarrão cru

• Alguns fios de macarrão

cozido

• Fatia de laranja

• Fatia de limão folha de alface

• Bolacha água e sal

• Bolacha doce

• Fatia de torrada

• Óleo em um copinho

• Farinha de rosca

• Farinha de milho

• Rodela de tomate

• Rodela de banana

• Bala

• Chocolate

Procedimento:

1. Coloque os alimentos sobre toalhas de papel ou pratos, pingue quatro

ou cinco gotas de tintura de iodo sobre cada um dos alimentos.

41

2. Ocorre alguma mudança significativa nos alimentos onde foi pingado

tintura de iodo? Em que casos?

3. Da observação feita dos alimentos que conclusões podem ser

relatadas?

Do diálogo de respostas orais, e nas perguntas ao longo da experiência ,

que os alunos façam, devem ser relatadas no caderno na forma de relatório da

atividade

A avaliação das atividades experimentais ocorre durante o processo,

mediante a participação e interesse dos alunos, cumprimento das etapas do

processo, registro na forma de relatório e conclusão dos mesmos

REFERÊNCIA

CANTO, E. L. Ciências Naturais: aprendendo com o cotidiano. São Paulo:

Moderna. 1999, Vol.3, p.260.

SALIVA E A DIGESTÃO DO AMIDO (3).

O objetivo dessa atividade é investigar a atuação da saliva na digestão do

amido.

Materiais:

• Fatia de pão

• Faca

• Tintura de iodo

• Dois copinhos plásticos descartáveis

• Conta gotas

• Relógio

Procedimento:

1. Corte dois pedaços de pão de dois centímetros de lado. (cuide para não

se ferir com a faca).

42

2. Ponha um dos quadrados de pão dentro de um copinho plástico. Ele

servirá de controle.

3. Coloque o outro quadrado de pão na boca e mastigue-o várias vezes

durante dois minutos, misturando-o bem com a saliva. Ao final do tempo, o

alimento terá a consistência de líquido. Em vez de engolir o alimento cuspa

esse liquido no outro copinho plástico.

4. Pingue quatro gotas de tintura de iodo sobre o conteúdo de cada um dos

copos. O que se observa em cada copo? Agite bem o copinho que contém o

pão mastigado, para misturar-se ao iodo.

5. Comece a marcar o tempo. A cada 10 minutos observe o conteúdo de

ambos os copos e dê uma agitada no copo com o pão mastigado. Que

mudanças se percebem ao longo do tempo? Como explicá-la?

Do diálogo de respostas orais, e nas perguntas ao longo da experiência , que

os alunos façam, devem ser relatadas no caderno na forma de relatório da

atividade

A avaliação das atividades experimentais ocorre durante o processo,

mediante a participação e interesse dos alunos, cumprimento das etapas do

processo, registro na forma de relatório e conclusão dos mesmos

REFERÊNCIA

CANTO, E. L. Ciências Naturais: aprendendo com o cotidiano. São Paulo:

Moderna. 1999, Vol.3, p.261.

8. DESTAQUES

ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA

Os diferentes tipos de alimentos devem ser distribuídos de forma

equilibrada numa dieta de um dia inteiro. Uma representação gráfica muito

utilizada é a PIRÂMIDE ALIMENTAR. Nela estão incluídos os grupos dos

energéticos, construtores e reguladores. A Pirâmide Alimentar foi construída

com os alimentos distribuídos em oito grupos (cereais, frutas, vegetais,

leguminosas, leite, carnes, gorduras e açúcares) de acordo com a contribuição

43

de cada nutriente básico na dieta. Pode ser utilizada como instrumento para

orientação nutricional de indivíduos e grupos populacionais, respeitando-se os

hábitos alimentares e as diferentes realidades regionais e institucionais.

Na pesquisa sobre pirâmide alimentar, observa-se algumas variações e

diante disso passo a relatar a pirâmide alimentar aprovada pela ANVISA.

Resolução - RDC nº 39, de 21 de março de 2001 D.O. de 22/3/2001

Revogada pela Resolução - RDC nº 359, de 23 de dezembro de 2003 (PDF)

Revogada pela Resolução - RDC nº 360, de 23 de dezembro de 2003

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária no uso da

atribuição que lhe confere o art. 11 inciso IV do Regulamento da ANVISA

aprovado pelo Decreto nº 3.029, de 16 de abril de 1999, em reunião realizada

em 20 de março de 2001, considerando a necessidade de constante

aperfeiçoamento das ações de controle sanitário na área de alimentos, visando

à saúde da população; considerando a necessidade de estabelecer as porções

dos alimentos e bebidas embalados para fins de rotulagem nutricional, adotou

a seguinte Resolução de Diretoria Colegiada e eu, Diretor-Presidente,

determino a sua publicação:

Art. 1º Aprovar a Tabela de Valores de Referência para Porções de Alimentos e

Bebidas Embalados para Fins de Rotulagem Nutricional, constante do anexo

desta Resolução.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

A pirâmide é dividida em níveis e em cada nível apresenta alguns

grupos:

Nível 1 (Base) - Grupo 1: Produtos de panificação, cereais e derivados, outros

grãos, raízes e tubérculos = 8 porções diárias.

Nível 2 - Grupo 2: Legumes e Verduras = 3 porções diárias; Grupo 3: Frutas e

sucos de frutas = 3 porções diárias.

44

Nível 3 - Grupo 4: Leite e Derivados = 3 porções diárias; Grupo 5: Carnes e

Ovos = 2 porções diárias; Grupo 6: Leguminosas = 1 porção diária.

Nível 4 - Grupo 7: Óleos e gorduras = 2 porções diárias; Grupo 8: Açúcares,

balas, chocolates, salgadinhos = 2 porções diárias.

Os produtos alimentícios e bebidas foram agrupados em categorias de acordo

com a classificação da pirâmide alimentar. As calóricas de cada grande

categoria de alimentos foram estabelecidas baseadas em uma dieta fixada em

2.500 calorias, com base nas Diretrizes Alimentares para a População

Brasileira definidas pelo Ministério da Saúde, as quais se seguem:

a) Grupo 1: caracteriza-se pelo alto teor de carboidratos complexos. Os

carboidratos devem contribuir com 55% das calorias totais. São recomendadas

8 porções diárias destes produtos com aproximadamente 150 kcal, por porção.

b) Grupo 2: de verduras e legumes, e grupo 3, de frutas, caracterizam-se por

conter micronutrientes (vitaminas e minerais) e devem contribuir, em média,

com 10% das colorias totais. São recomendadas 3 porções de vegetais e 3

porções de frutas, ao dia, de aproximadamente 15 kcal e 70 kcal, por porção,

respectivamente.

c) Grupo 4, do leite, queijos e derivados, e grupo 5, de carnes e ovos, e o

grupo 6, de leguminosas, caracterizam-se, na dieta saudável, pelo suprimento

protéico. Considerando-se que as proteínas devem contribuir com,

aproximadamente, 15% das calorias totais da dieta, estes grupos de alimentos

participam com aproximadamente 120 kcal, 130 kcal e 55 kcal, por porção,

respectivamente. O número de porções diárias recomendadas para cada um

destes grupos é 1 porção de leguminosas, 2 porções de carnes/ovos e 3

porções de leite e seus derivados. A contribuição total destes 3 grupos de

alimentos excede os 15% das calorias totais da dieta uma vez que os mesmos

também possuem outros nutrientes, especialmente gorduras.

d) Grupo 7, de óleos e gorduras e grupo 8, de açúcares, balas, chocolates e

salgadinhos, caracterizam-se pela sua alta densidade energética. Estes

alimentos têm lugar numa dieta saudável se consumidos com moderação. As

45

Diretrizes Alimentares para a população brasileira recomendam o consumo de

2 porções de cada um dos grupos, sendo que cada porção deve corresponder,

aproximadamente, a 120 kcal e 80 kcal, respectivamente. As gorduras devem

contribuir, numa dieta saudável, com 20 a 25% do aporte calórico total, não

excedendo 30%. O grupo dos óleos e gorduras contribui com

aproximadamente 10% deste aporte diário total dado que nos demais grupos

de alimentos também existem uma contribuição expressiva das gorduras,

particularmente os grupos de carnes/ovos e leite e

derivados.

Pirâmide Alimentar, arquivo da autora.

Grupo 1: Pães,cereais, derivados,grãos, raízes e tubérculos. 8 porções /dia

Grupo 2: Legumes e verduras. 3 porções /dia

Grupo 3: frutas e sucos. 3 porções /dia

Grupo 5: carnes e ovos. 2 porções /dia

Grupo 4: Leite e derivados. 3 porções /dia

Grupo 8: açúcares, doces, salgadi nhos. 2 porções /dia

Grupo 7: óleos e gorduras. 2 porções /dia

Grupo 6: legumino sas. 1 porção/ dia

46

REFERÊNCIA

Pirâmide alimentar consultada

http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/39_01rdc.htm acesso em 08/12/2008.

RADICAIS LIVRES

Recentes estudos afirmam que envelhecimento precoce e algumas

doenças crônicas como a arteriosclerose, hipertensão, diabete, câncer entre

outras enfermidades são causadas pela ação dos radicais livres.

Os radicais livres são moléculas presentes naturalmente em nosso

corpo, e que são produzidas a partir das atividades respiratórias. Do total de

oxigênio respirado, 2% a 5% são transformados em radicais livres. Porém,

observa-se um aumento exagerado e indesejável da produção de radicais

livres devido a fatores como o estresse, fumo, poluição, alimentação incorreta.

Na alimentação balanceada estão presentes alimentos que possuem

função antioxidante, isto é, com a tarefa de combater o excesso de radicais

livres. São chamados alimentos funcionais ou protetores.

As principais substâncias antioxidante são as vitaminas A, E e C, os

minerais selênio, magnésio, molibdênio e zinco e as gorduras poliinsaturada

(ômega 3) e monoinsaturada (ácido oléico), além dos fitoquímicos (pigmentos,

fitoestrógenos, flavonóides e carotenóides). Fitoquímicos são substâncias

químicas, biologicamente ativas, presentes em algumas plantas.

Algumas dessas substâncias, suas fontes e benefícios são:

• Fitoestrógenos: presentes na soja e derivados bem como na linhaça, é

hormônio natural, previne câncer, osteoporose e doenças cardíacas.

• Ômega 3: encontrado nos peixes, algas marinhas e linhaça, reduz

triglicerídeos e colesterol no sangue, aumenta a imunidade e tem ação

antiinflamatória.

47

• Sulfetos alicínicos: alho, cebola e gengibre têm a função de inibir a

agregação plaquetária, reduzem o colesterol e triglicerídeos, estimulam

a função imunológica e tem ação antioxidante.

• Selênio: presente na castanha-do-pará, sementes de girassol, frutos do

mar, peixes e algas marinhas, tem ação antioxidante e diminuição da

ansiedade.

• Carotenóides: presente na goiaba, tomate, melancia, mamão, cenoura,

abóbora, vegetais verde-escuros, batata-doce e damasco previnem o

câncer, aterosclerose, ações antioxidante, antiinflamatória e antialérgica.

• Vitamina C: está presente na acerola, caju, goiaba, laranja, vegetais de

folhas verdes e pimentão, com ação antioxidante, dá elasticidade às

artérias, aumenta a imunidade e auxilia na cicatrização.

• Molibdênio: presente na ervilha, lentilha, couve flor, levedura de cerveja,

arroz integral, peixes, germe de trigo e aveia, tem ação antioxidante.

• Vitamina E: presente nas frutas oleaginosas, germe de trigo, vegetais

verdes escuros, abacate, azeite de oliva, aveia e batata-doce, com ação

antioxidante e antiinflamatória.

• Zinco: encontrado na semente de abóbora, semente de girassol, noz-

pecan e amêndoa, tem ação antioxidante, contribui para a formação de

hormônios, auxilia nas funções de reprodução e imunológica.

• Magnésio: presentes nos vegetais verde-escuros, peixes e frutos do

mar, cereais integrais; com ação antioxidante, antidepressivo, previne

aterosclerose e osteoporose.

• Indóis e isotioicianatos: presente nos brócolis, couve-flor, rabanete,

couve-de-bruxelas e repolho, previnem câncer.

Todos os alimentos fontes de fibras solúveis são também considerados

alimentos funcionais. As fibras solúveis em água (pectina, goma, mucilagens)

são encontradas na aveia, nas leguminosas, como o feijão e a soja, e nos

frutos, em particular maçãs e cítricos.

As fibras insolúveis (lignina, celulose e as hemiceluloses) encontram-se,

nos derivados de grãos inteiros e nas verduras.

48

As fibras se destacam pela atuação na redução do colesterol e da

glicose, pelos efeitos benéficos no sistema imunológico e pela ação positiva na

prevenção do câncer de cólon e do de mama, além de auxiliar no tratamento

da obesidade. O consumo de fibras deve ser aumentado gradualmente e

acompanhada de ingestão de líquidos, principalmente água.

REFERÊNCIA

DANON, J. ; POLINI, L. Guia de calorias de A a Z. São Paulo: Estação

Liberdade, 2002.

9. SUGESTÃO DE SÍTIOS

Atlas do corpo humano

http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/portal/corpohumano/

Este sítio ilustra e descreve os sistemas do corpo humano, explicando

suas características, funções, localização e importância para o funcionamento

do organismo. Além do sistema digestório apresenta os outros sistemas.

Canal Kids

http://www.canalkids.com.br/alimentacao/index.php3

Este sítio apresenta vários hiperlinks relacionados a diversos assuntos

práticos do dia-a-dia, muito interessante e divertido, tratando de assuntos

como: alimentação, higiene, meio ambiente, saúde e muito mais, além de ter

um excelente material para o professor aproveitar para trabalhar em sala de

aula. Seus alunos vão adorar navegar neste sítio!!!

Ciência Hoje online

http://cienciahoje.uol.com.br/

Artigos selecionados das revistas Ciência Hoje, Ciência Hoje das

Crianças e Ciência Hoje na Escola. Notícias sobre ciência e tecnologia no

Brasil e no mundo e a produção tecnológica das universidades.

Ciências para professores do ensino fundamental.

49

http://educar.sc.usp.br/ciencias/

Fornecer subsídios aos professores do ensino fundamental para as

aulas de ciências e para aqueles que gostam de ciências.

Espaço ciência Viva.

http://www.cienciaviva.org.br/arquivo/cdebate/003nutricao/index.html

O sítio relaciona notícias atualizadas, debates, textos e traz recursos de

apoio às pesquisas na área de Ciências e Biologia. Você também encontra

diversos textos relacionados com alimentação.

10. RECURSO PARANÁ

PRATOS TÍPICOS PARANAENSE

A culinária de nosso Estado é formada pela influência de todos os povos

que por aqui chegaram, passaram ou simplesmente que já habitavam nossas

terras. Os pratos típicos mais conhecidos no Paraná são: Barreado, churrasco

feito no fogo de chão, carne de porco, polenta, virado de feijão, arroz carreteiro,

peixe grelhado, feijoada, purê de batata.

Morretes é a região do Barreado, já Santa Felicidade é famosa a

polenta. Outros pratos famosos são característicos de festas tradicionais como:

o carneiro no buraco, porco no rolete, boi no rolete, pinhão cozido, pintado na

telha, quirera com suã e Peixe à caiçara.

O Paranaense também toma um bom chimarrão. Era comum entre os

índios usarem folhas de erva-mate na sua alimentação, daí a herança dos

paranaenses, também dos catarinenses e dos gaúchos, que cultivam até hoje o

costume de tomar chimarrão, chá-mate e outras formas de bebida e infusão.

O Pinhão (semente do Pinheiro do Paraná) se forma dentro de uma

pinha fechada, que com o tempo vai-se abrindo, e liberta o pinhão. Seu gosto

característico é muito apreciado no sul do País No Paraná é talvez a comida

mais típica do estado, sendo consumido assado ou cozido. Existe até mesmo a

50

Festa do Pinhão. A culinária de nosso Estado é formada pela influência de

todos os povos que por aqui chegaram, passaram ou simplesmente que já

habitavam nossas terras. Os índios, por exemplo, tinha no pinhão sua base de

alimentação por excelência. Os coroados guardavam as sementes em cestos

submersos em água corrente por 48 horas, sendo secas ao sol depois para

serem consumidas fora da época de safra. Até hoje o pinhão faz parte dos

hábitos alimentares dos paranaenses, sendo encontrado nas festas juninas ou

nos costumes do homem do campo, como a sapecada, a paçoca ou ainda em

saborosos pratos como croquetes, sopas, aperitivos e suflês encontrados em

sofisticados restaurantes.

O barreado ou carne barreada é um prato típico do litoral paranaense.

Sua origem é açoriana de um ritual de 300 anos ainda seguido no preparo do

prato. A origem atribuída aos portugueses que vieram para o litoral do Paraná

no século XVIII. Os registros antigos indicam a Ilha de Guaraqueçaba como a

disseminadora da receita. O tempero do prato seguiu junto com outras

manifestações culturais para o continente, entre elas o fandango, dança de

tamancos ao som da rabeca. O prato consiste em uma carne cozida, servida

com arroz e farinha de mandioca. O segredo na preparação é o tempo de

cozimento na panela de barro - cerca de vinte horas - o suficiente para desfiar

toda a carne. Depois de cozida, as fibras da carne se soltam resultando em um

caldo grosso e saboroso. Para manter o sabor da carne, é preciso vedar a

panela com uma massa de farinha e água, um barro preparado para manter o

vapor dentro da panela.

Carneiro no buraco é um prato típico de Campo Mourão, tendo sido

inspirado em um filme de l960, onde a carne era preparada dentro de buracos

em cima de brasas. A forma inusitada de preparo da comida chamou a atenção

de um grupo de pioneiros da cidade que resolveu fazer o prato introduzindo

uma série de inovações. Da primeira receita utilizada à atual, foram realizadas

muitas experiências e adaptações para aprimorar a iguaria, que ao longo de

muitos anos foi servida esporadicamente em encontros de amigos.

51

O Churrasco é o nome dado ao prato feito a base de carne in natura ou

processada, assada sobre fogo ou brasa, com a utilização de estacas de

madeira ou metal, chamados de espetos e ou grelhas. A provável origem do

churrasco, foi a partir do domínio do fogo, na pré-história, o homem passou a

assar a carne de caça, ao perceber que o processo a deixava mais macia.

Assim, com o tempo, novas técnicas foram empregadas, principalmente entre

os caçadores e criadores de gado, dependendo sempre do tipo de carne e

lenha disponíveis. No Brasil e América do Sul, as primeiras grandes áreas de

criação de gado foram o estado do Rio Grande do Sul, e os países vizinhos,

principalmente Argentina e Uruguai, onde os vaqueiros, conhecidos como

gaúchos tornaram o prato famoso, e típico daquelas regiões, aonde a carne

assada ainda é consumida em larga escala em festas e reuniões familiares.

Existe muita discussão sobre o verdadeiro churrasco, se é assado na lenha ou

carvão, no espeto ou grelha, temperado ou não, com sal grosso ou refinado, de

gado, suíno, aves e até de frutos do mar, mas o certo é que não existe fórmula

precisa, e cada região desenvolveu um tipo diferente de carne assada.

A quirera com suã é um prato típico do interior paranaense,

notadamente na região dos Campos de Ponta Grossa. Consiste de papa de

quirera de milho (canjiquinha), cozida com carne de porco (especialmente o

suã), temperada com cheiro-verde e manjerona. Saborosa, sua origem é

atribuída aos tropeiros que passavam pela região, conduzindo as tropas desde

o Rio Grande do Sul até Sorocaba e Minas Gerais. É comida de viajante, pois

podia ser feita em acampamento, de maneira fácil e rápida, e a carne de porco

era geralmente defumada, salgada ou guardada dentro da própria gordura

(banha). Por ser um prato quente, ajudava a enfrentar as noites de inverno nos

Campos Gerais do Paraná. Hoje é muito apreciada no inverno, acompanhada

de uma salada de folhas verdes (alface, rúcula, almeirão ou agrião), e de vinho

tinto. Alguns, por preconceito ou desconhecimento, não consideram ser a

quirera um prato típico da região. É que, sendo os ingredientes muito baratos,

sempre foi considerada "comida de pobre". No entanto, bons restaurantes na

região a oferecê-la como atrativo gastronômico.

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O Boi no Rolete é assado inteiro, é utilizado geralmente um boi de

aproximadamente 250 a 350 quilos já limpo, sem a cabeça e partes internas. É

injetado o tempero utilizando uma bomba de pressão. É construída uma

churrasqueira grande com 4 ou 6 locais para colocar o carvão e sobre essa

churrasqueira, é colocado uma cúpula de metal, simulando um forno. O tempo

necessário para assar o boi no rolete é de em torno de 16 horas. O animal é

servido acompanhado de saladas verdes, maioneses e cucas. A Festa

Nacional do Boi no Rolete foi instituída oficialmente pela Câmara Municipal de

Vereadores de Marechal Cândido Rondon, Paraná, no dia 27 de novembro de

1978. Todo ano na ocasião das festividades do aniversário do município, é

realizada a Festa, sendo assados o número de bois conforme a idade do

município, em 2008 foram assados 48 bois.

O porco no rolete é o maior e mais saboroso evento gastronômico da

região de Toledo, onde são preparados centenas de leitões recheados. Na

festa, também ocorre concurso entre assadores que concorrem preparando o

melhor assado, sendo julgados por uma comissão de juízes degustadores.

REFERÊNCIAS

http://www.toledo.pr.gov.br/?page=festasGastronomicas.php Acesso em

24/11/2008.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Paran%C3%A1 Acesso em 01/11/2008.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Churrasco Acesso em 01/11/2008.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Quirera_(com_Su%C3%A3) Acesso em 01/11/2008.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Boi_no_rolete Acesso em 01/11/2008.

http://www.minhagula.com.br/Noticias/2005_14_08_n1.htm Acesso em

01/11/2008

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11. NOTÍCIAS

COMPORTAMENTO MAGRO

http://www.paranashop.com.br/colunas/colunas_n.php?op=saude&id=20523

Na busca alucinada pelo padrão estético “ideal” se cometem excessos

que comprometem a própria saúde, sempre tentando encontrar uma fórmula

mágica para perder, rapidamente, quilinhos indesejáveis. Apesar da temática

obesidade e sobrepeso serem muito divulgados hoje, poucas pessoas sabem

que a alimentação saudável esbarra também em questões comportamentais e

emocionais. Por isso, o primeiro passo para o emagrecimento saudável está

relacionado à mudança de pensamento e comportamento em relação à

comida, alterando diretamente a forma de se relacionar com a alimentação.

Leia na íntegra essa matéria no endereço da web.

CARDIOLOGISTA E NUTRÓLOGO DO HOSPITAL DO CORAÇÃO DÁ DICAS

DE ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA O VERÃO

http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=18518&

Itemid=1

Com a chegada do verão cardiologista e nutrólogo do hospital do

coração dá dicas de alimentação saudável. Pesquisa realizada pelo Ministério

da Saúde, entre os anos de 1999 e 2007, onde ocorreram 5.699 surtos de

doenças transmitidas por alimentos, sendo que 50% desse total foram

causados por bactérias. É importante atentar-se ao armazenamento e

manuseio correto dos alimentos, pois com as altas temperaturas o risco de

deterioração é grande e o aumento de intoxicação alimentar se acentua.

Deve-se aumentar o consumo de líquidos, segundo o especialista. "O

consumo de água, chás gelados, sucos e líquidos em geral ajudam a repor a

água do corpo. Frutas e verduras também são fontes importantes de minerais

que se perdem facilmente na transpiração, por isso deve-se ter a preocupação

com a ingestão de muito líquido e a reposição destes minerais para manter a

hidratação", esclarece Dr. Magnoni. Leia na íntegra esta notícia no endereço da

Web.

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A NOVA PIRÂMIDE

http://veja.abril.com.br/080801/p_092.html

Na reportagem, os nutricionistas contestam a dieta tradicional e

apresentam uma versão da pirâmide alimentar sem tanto carboidrato. Outra

novidade é o fato de que os exercícios físicos e o controle de peso ganharam

importância e ocupam a base no novo desenho da pirâmide, com tanta

relevância quanto à própria escolha dos alimentos.

12. SUGESTÃO DE IMAGENS

A imagem sugere o consumo de alimentos variados para uma

alimentação saudável. Frutas e verduras possuen nutrientes indispensáveis

Alimentos saudáveis – Arquivo da autora