65
Conceição Barbosa >>

Produção Gráfica 2012

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Apresentação sobre Produção Gráfica

Citation preview

Page 1: Produção Gráfica 2012

Conceição Barbosa

>>

Page 2: Produção Gráfica 2012

Introdução Serigrafia

Criatividade -vs- Produção Impressão Digital

Arte final Impressão Electrofotográfica e Offset Digital

Tramas e Pontos Impressão a Jacto de Tinta

Provas Papéis e Outros Suportes para Impressão

Processos de Impressão Convencional Características do Papel

Flexografia Técnicas de Acabamento

Rotogravura

Litografia Offset Pedir Orçamentos a Gráfica

Escolher a Gráfica

PRODUÇÃOGRÁFICA

>>

Page 3: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Por produção gráfica entende-se todas as operações que estão envolvidas

na materialização dum projecto gráfico.

Cabe ao produtor gráfico aconselhar o criativo sobre a melhor forma de produzir

a sua ideia . Quanto mais o criativo perceber de produção mais fácil é criar peças

que possam ser produzidas e não sentir a frustração de criar algo impossível

de produzir.

Existe sempre mais do que uma forma de produzir uma peça gráfica. Cabe ao produtor

gráfico decidir qual o melhor caminho a seguir e isso varia conforme alguns factores:

qualidade prazo orçamento quantidade (tiragem)

>>

Page 4: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

O produtor gráfico deverá ser envolvido no trabalho ainda na fase do desenvolvimento

criativo para poder acompanhar o criativo no processo de escolha de materiais e técnicas.

Depois do projecto ser maquetizado cabe ao produtor gráfico avaliar a melhor forma

de produzir a peça ao preço mais competitivo. Ver quais os materiais mais adequados,

a gráfica mais indicada, o tempo necessário para produção e o menor custo possível.

Depois da aprovação da maqueta e do orçamento, por parte do cliente entra-se na

fase de pré-produção. Segue-se a arte final que deve ser feita seguindo as especificações

dadas pelo produtor gráfico e que deve ser rigorosamente controlada.

Depois de enviada a arte final para a gráfica, esta terá que fazer as provas necessárias

de acordo com o trabalho em causa, podem ser apenas ozalides, provas de cor

ou monos para testar acabamentos.

Ultrapassada a fase das provas apresentadas pela gráfica segue-se a impressão

e por fim os acabamentos.

<< >>

Page 5: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

WORKFLOW CONVENCIONAL

conceito/ideia

maqueta

__logótipos__fotografias__ilustrações__textos

arte final__aplicações__provas em papel__mono

__pdfs__freehand/illustrator__photoshop__indesign/quark

provas__ozalid__provas de cor__provas de máquina

__digitais__analógicas

ctp

chapas (O); clichés (F); quadros (S); Cilindros (R)

impressão

acabamentos

distribuição (O)- Offset (F) - Flexografia (S) - Serigrafia (R)- Rotogravura

<< >>

Page 6: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

WORKFLOW DIGITAL

conceito/ideia

maqueta

__logótipos__fotografias__ilustrações__textos

arte final__aplicações__provas em papel__mono

__pdfs__freehand/illustrator__photoshop__indesign/quark

provas__provas digitais__provas de máquina

impressão

acabamentos

distribuição

<< >>

Page 7: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

A produção deve estar ao serviço da criatividade, deve-a reforçar e não anular.

Conhecer as limitações dos processos de impressão não é para “limitar” a criatividade,

mas sim para a estimular no sentido de explorar outras características dos processos

de impressão tirando partido duma forma criativa das suas limitações.

A Serigrafia é um processo de impressão muito limitado na reprodução de fotografia,

mas é fantástica para imprimir cores sólidas e opacas em qualquer tipo de material.

No entanto, se explorarmos a má definição da imagem de propósito pode dar tra-

balhos muito crativos.

CRIATIVIDADE -VS- PRODUÇÃO

<< >>

Page 8: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

O fio condutor em qualquer projecto gráfico é normalmente o CONCEITO CRIATIVO.

Chama-se CONCEITO ao conjunto de ideias que vai sustentar toda a parte gráfica. É o

conceito que comunica, que faz a imagem ter sentido. Uma peça gráfica sem conceito

é apenas bonita ou feia. Uma peça gráfica com conceito pode ser muitas outras coisas,

pode comunicar emoções e sensações, pode ser simpática, triste, forte, brincalhona

etc...

Do ponto de vista de produção é muito mais fácil produzir uma peça com um conceito

do que uma sem conceito algum. O produtor gráfico deve perceber o conceito e encon-

tar materiais e técnicas que “fechem” esse conceito.

CRIATIVIDADE -VS- PRODUÇÃO

<< >>

Page 9: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Chama-se arte final ao ficheiro que é enviado para a gráfica. É normalmente feita no

programa mais adequado tendo em conta o tipo de trabalho.

Aspectos a considerar na arte final:

__dimensões – as medidas devem ser as correctas e normalmente a 1x1, excepto

quando são peças muitos grandes e faz-se à proporção, devendo sempre avisar qual

a escala;

__textos – todos os textos devem ser revistos nesta fase para evitar gralhas; os textos

devem ser convertidos a curvas, caso contrário é necessário enviar a fonte para

a gráfica;

__bleed – considerar ou não margem de corte. O bleed garante que, mesmo que haja

um desvio na guilhotina durante o corte, não apareça o branco do papel à volta

da imagem;

ARTE FINAL

<< >>

Page 10: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

__resolução – a resolução de uma imagem é o seu indicativo de definição e detalhe.

A imagem no ecrã é formada por um conjunto padronizado de pontos, com cor

e luz, a que denominamos pixel (picture element). Quando impressa, passa a ser

composta por pontos – image dot. Quanto maior é a resolução, maior é a concentração

de dpi – dots per inch – e maior a concentração de pontos, lpi – lines per inch; logo, a

definição é maior.

Qual a resolução ideal?

A resolução varia conforme o destino da imagem. Em termos de impressão convencional

a imagem a imprimir deve ter de resolução o dobro do número de linhas de pontos

a imprimir.

Resolução output = 2 x lpi

Resolução input = resolução output x factor de ampliação

O número de linhas a que vamos imprimir a imagem está directamente

<< >>

ARTE FINAL

Page 11: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

relacionado com o tipo de papel que lhe vai servir de suporte:

__Papéis mais absorventes exigem menos lpi

__Papéis menos absorventes aguentam mais lpi.

Está praticamente generalizada a noção de que a resolução adequada

para webdesign é 72 ppi e para impressão offset 300 ppi.

Todos os aspectos que têm a ver com tonalidade, densidade, contraste, resolução

e definição dependem principalmente da resolução da imagem.

__cores – há duas formas de criarmos cor: através da luz ou através da tinta.

A primeira é conhecida como RGB e consiste na mistura das cores aditivas; a segunda

é o CMYK e consiste na mistura das cores subtractivas.

Os sensores dos nossos olhos são sensíveis às cores primárias: vermelho, verde e

azul (red, green e blue – RGB) e a partir daí estão preparados para enviar sinais,

ARTE FINAL

<< >>

Page 12: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

via nervo óptico, para o cérebro, onde milhões de sinais criam uma imagem colorida.

As cores aditivas primárias (RGB) combinadas formam o CMYK e todas juntas formam

o branco, que, na impressão, corresponde à ausência de cor.

Green + Blue = Cyan

Red + Green = Yellow

Red + Blue = Magenta

Em artes gráficas, à medida que se vai avançando no processo de reprodução,

as limitações vão aumentando e a gama de cores que é possível reproduzir vai

diminuindo.

ARTE FINAL

<< >>

Page 13: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

CMYK O CMYK é constituído pelas cores das tintas utilizadas para impressão, quando se

pretende reproduzir uma fotografia. As três juntas formam o preto, que, acrescentado,

forma o CMYK. Quadricromia ou selecção de cores são outras denominações utiliza-

das para o CMYK. Podem ser feitas combinações de quatro, duas ou três cores, depen-

dendo do resultado pretendido. Essas combinações são sempre feitas através de per-

centagens que se transformam em tramas de pontos.

Os pantones, a que também podemos chamar cores directas ou sólidas, são uma refer-

ência universal de cores que define a composição das tintas. O sistema desenvolvido

pela Pantone é o mais antigo e o mais utilizado. Inclui milhares de cores pantone e as

respectivas combinações em CMYK. A Pantone disponibiliza uma variedade de catálo-

gos de cores normais, metálicas, fluorescentes, cores pastel e várias combinações de

percentagens do CMYK.

ARTE FINAL

<< >>

Page 14: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Pantones Coated / Uncoated

Nos pantones existe a divisão entre os coated e os uncoated, conforme se trate de im-

pressão em papéis revestidos (coated), como o couché, ou não revestidos (uncoated),

como acontece com a maioria dos fine papers. Se em alguns casos a diferença do

coated para o uncoated é insignificante, noutros parece tratar-se mesmo de um

pantone diferente.

__acabamentos – é na arte final que são feitas todas as contas para dar as devidas

compensações relativamente às dobras ou outros tipos de acabamento. Em peças

mais complicadas ou com muitas dobras em que temos dúvidas e bom pedir à gráfica

que faça um mono antes de fazermos a arte final para testar.

ARTE FINAL

<< >>

Page 15: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

trama convencional / trama estocástica / trama híbrida

Há dois tipos de originais que comandam a forma como se processa a impressão:

a fotografia (ficheiro bitmap) e a ilustração (desenho vectorial). O processo

para reproduzir fotografias processa-se sempre através da passagem da imagem

a uma trama ou rede, composta por pequenos pontos (halftone), enquanto que

os desenhos ou traços não são um conjunto de pontos, excepto se quisermos criar

diferentes tonalidades e transformarmos o desenho numa trama.

A fotografia digital é constituída por milhões de pixels e quando impressa, passa a ser

constituída por milhões de pontos bem definidos. Esses pontos formam quatro tipos

de tramas ou redes, cada uma das quais corresponde a uma das cores do CMYK, que,

quando conjugadas segundo determinados ângulos, formam a imagem.

TRAMAS E PONTOS

<< >>

Page 16: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Existem dois tipos de tramas sendo a mais utilizada a convencional, a trama AM

(amplitude modelada); a outra, mais recente e por isso menos utilizada, é a rede FM

(frequência modelada), ou trama estocástica. Actualmente alguns processos

de impressão estão também a utilizar uma mistura das duas tramas, a que se

denomina de trama híbrida ou irregular.

Na rede AM, a distribuição dos pontos mantém-se constante ao longo da imagem.

A distância entre os centros dos pontos é sempre a mesma e estes variam no

tamanho conforme se trate de uma sombra ou de um brilho.

TRAMAS E PONTOS

<< >>

Page 17: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Na rede estocástica, acontece exactamente o inverso: o tamanho dos pontos é sempre

o mesmo e o que varia é a distância entre eles. Nas sombras, os pontos aparecem

todos muito juntos, enquanto que nos brilhos estão mais separados.

Em rotogravura podemos também falar em trama de intensidade modelada,

em que varia não só o tamanho do ponto, mas também a sua profundidade.

TRAMAS E PONTOS

<< >>

Page 18: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

O ganho do ponto

Esta expressão descreve o aumento do tamanho do ponto causado pelas diversas

fases por que passa até ser impresso: passa do computador para a chapa; da chapa

para o cauchu e, finalmente, deste para o papel. Ao passar por estas diversas

fases, o ponto tem tendência a aumentar, gerando cores mais escuras e tons mais

fortes do que aqueles que foram criados no ficheiro.

Há outros factores que contribuem para o ganho de ponto:

__qualidade do papel, especialmente a sua capacidade de absorção: quanto

mais absorvente for o papel, maior será o ganho de ponto;

__propriedades das tintas: tintas metálicas e fluorescentes causam maior

ganho de ponto;

TRAMAS E PONTOS

<< >>

Page 19: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

__sistema de impressão: diferentes sistemas, como offset, serigrafia, flexografia

ou outros criam diferentes ganhos de ponto;

__velocidade da impressão: trabalhos impressos em rotativas têm um ganho

superior ao da impressão folha a folha;

__pressão dos cilindros: quanto maior for a pressão do cilindro de impressão ou do

cauchu, maior será o ganho de ponto;

__tipo de trama: na trama estocástica, o ganho de ponto é menor do que na

convencional, pois os pontos são mais pequenos;

__molha: na impressão sem molha, o ganho de ponto diminui, pois não há

perigo de humidade para o papel.

TRAMAS E PONTOS

<< >>

Page 20: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

É necessário que todos os passos da produção sejam devidamente controlados

e aprovados, para que se possa passar à fase seguinte.

Pode-se exigir uma prova em qualquer fase do processo de produção. O tempo

que esta demora a ser feita e os seus custos é que variam, conforme se esteja no

princípio ou no fim do processo.

A primeira fase é a aprovação da arte final, cuja prova é normalmente feita em papel,

numa impressora a jacto de tinta ou laser.

Uma vez aprovada a arte final, segue-se os ozalides e provas de cor digitais se for

necessário.

PROVAS

<< >>

Page 21: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Por fim, as provas mais morosas e mais caras: as provas de máquina.

Embora as provas sejam uma simulação do que será o aspecto final do trabalho,

há sempre uma variação entre a prova e a impressão final, por várias razões.

A única prova realmente fiel é a prova de máquina, pois é feita com tinta,

sobre o papel final e com uma máquina indicada para esse trabalho.

Interpretar as provas de cor

A maior parte das provas de cor contém a barra de cores, a barra dos cinzentos,

as miras de corte e as miras de acerto. Existem vários tipos de barras de cores, mas,

basicamente, todas dão indicações sobre os seguintes aspectos:

densidade da tinta, equilíbrio das cores, registo e ganho de ponto.

PROVAS

<< >>

Page 22: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

A grande característica dos processos de impressão convencional é que a imagem

a imprimir fica gravada num suporte fisico, um transportador de imagem, que tanto

pode ser uma chapa de alumínio em offset, um quadro em serigrafia, um cilindro em

rotogravura ou um cliché em flexografia. Enquanto que a impressão digital

processa-se directamente do ficheiro digital para o papel, sem que seja necessário

fazer essa distinção mecanicamente.

O que mais caracteriza e, por consequência, mais distingue cada processo

deimpressão é o transportador da imagem. É a forma como se separa a zona

a imprimir da zona a não imprimir.

PROCESSOS DE IMPRESSÃO CONVENCIONAL

<< >>

Page 23: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Seja qual for o processo

de impressão é necessário

separar zona de imagem

de zona de não imagem

Método do relevo ou

carimbo: tipografia e

flexografia

Método do baixo relevo:

rotogravura

Método planográfico:

litografia offset

Método stencil: serigrafia

PROCESSOS DE IMPRESSÃO CONVENCIONAL

<< >>

Page 24: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Ao transportador de imagem em flexografia chama-se cliché e são chapas

de fotopolímero relativamente flexíveis. As tintas utilizadas são fluídas e os custos

de preparação não são muito elevados, comparado com outros processos

de impressão.

Este é o processo que tecnologicamente mais tem evoluído nos últimos anos.

Aos poucos vai-se aproximando cada vez mais da rotogravura, em tecnologia

e em qualidade.

Quanto mais lpi tem o trabalho, mais difícil é controlar a impressão. Para trabalhos

com um número elevado de lpi, o rolo que transporta a tinta – o anilox – tem de ser

especial e esta tem de ser mais pigmentada, para evitar que entupa facilmente.

O anilox é perfurado com milhões de células minúsculas que transportam a tinta.

FLEXOGRAFIA

<< >>

Page 25: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Quanto mais células tiver, mais lpi tem, logo, maior é a definição.

Devido ao tipo de chapa utilizada, a flexografia tem um ganho de ponto superior

ao offset e o registo é também mais difícil de controlar. Na pré-impressão, deve-se

ter em consideração o material e a máquina onde vai ser impresso o trabalho.

Os clichés são rectificados de acordo com a máquina

a utilizar.

Grande parte das máquinas de flexografia são rotativas,

mas também existem máquinas planas para imprimir

suportes mais pequenos, como cartão ou sacos

já fechados. Esquema do sistema

flexografia

FLEXOGRAFIA

<< >>

Page 26: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Gravação das chapas

A chapa de fotopolímero é exposta à luz ultravioleta através de um fotolito negativo.

As zonas expostas à luz sofrem uma transformação na sua estrutura e solidificam.

Posteriormente, a chapa é revelada num banho com dissolventes especiais,

que removem a camada de polímero na zona não exposta. O resultado é

a zona de imagem em alto relevo, tipo carimbo – o cliché. Actualmente, é mais

frequente os clichés serem gravados digitalmente através de tecnologia laser,

sem necessitar dos fotolitos.

Como a tinta é muito fluída, devido à pressão do cilindro de impressão sobre o

cliché, este sofre uma deformação e a tinta é obrigada a escorrer para a zona sem

imagem. Quando deixa de haver essa pressão, a tinta volta a recolher, criando um

anel de tinta em torno da imagem.

FLEXOGRAFIA

<< >>

Page 27: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Aplicações

A flexografia é o processo vulgarmente utilizado

para imprimir embalagens em plástico, papel, cartão

ou outros materiais absorventes e não absorventes.

Por ser um processo económico, comparado com

a rotogravura, é muito utilizado em produtos de baixo

custo, como sacos de plástico ou de papel, guardanapos

de papel, rolos de cozinha, papel de parede, embalagens

de plástico para snacks e diversas embalagens

de produtos de grande consumo. É um processo

simples e adapta-se a imprimir uma grande variedade

de materiais flexíveis.

FLEXOGRAFIA

Característica da impressão

flexografica

<< >>

Page 28: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

A rotogravura, tal como o nome indica, é um dos processos utilizados para impressão

de rótulos de elevada qualidade, bem como para a impressão de catálogos

ourevistas também de elevada qualidade e, principalmente, com tiragens muito

elevadas.

O seu elevado custo de preparação, nomeadamente no que toca à gravação

dos cilindros, limita a sua aplicação às grandes tiragens.

Ao contrário da tipografia e da flexografia, que imprimem pelo método

de alto relevo (tipo carimbo), a rotogravura imprime pelo método de baixo relevo.

A zona de imagem fica perfurada, sob a forma de pequenas células no cilindro,

enquanto que a zona sem imagem fica intocável. O cilindro roda num tinteiro e a tinta

infiltra-se nas células gravadas. O excesso de tinta à superfície é depois retirado

com uma espátula e a superfície fica limpa de tinta.

ROTOGRAVURA

<< >>

Page 29: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Gravação dos cilindros

Os custos de gravação dos cilindros são muito elevados,

o tempo de gravação é relativamente lento e fazer

correcções depois do trabalho estar na máquina é um

pesadelo!

A unidade de impressão é composta por um reservatório

de tinta onde circula o cilindro gravado com a imagem.

A tinta que fica à superfície é depois raspada por uma

espátula e, finalmente, através da pressão, a imagem é

transferida para o suporte. Tal como acontece em

flexografia, é necessário secar de cada vez que é aplicada

a tinta, antes de passar à tinta seguinte; daí que cada

unidade de impressão tenha uma unidade de secagem.

A tinta de rotogravura é

muito líquida para

penetrar facilmente nas

células gravadas

ROTOGRAVURA

<< >>

Page 30: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

A tinta utilizada em rotogravura é muito fluida e escorre como água no cilindro.

Por ser uma tinta à base de solvente, seca muito rapidamente por evaporação do

solvente. A secagem é também acelerada pela passagem num túnel de secagem.

As tintas de rotogravura são, por isso, ideais para imprimir, a alta velocidade, materiais

não absorventes, como plásticos ou qualquer outro tipo de película flexível.

Colocar slide G e H

As células gravadas são

diferentes na dimensão e

na profundidade

Esquema do

sistema

rotogravura

ROTOGRAVURA

<< >>

Page 31: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Aplicações

A rotogravura é utilizada para imprimir uma vasta variedade de produtos,

desde que as tiragens sejam bastante elevadas e de preferência com várias

cores, como caixas de tabaco e selos do correio. As aplicações encontram-se mais

ao nível da indústria das embalagens, das revistas e dos catálogos de vendas por

correio. O que significa que em rotogravura se consegue não só elevada qualidade,

mas também grande

velocidade.

ROTOGRAVURA

Tipologias de máquinas de

rotogravura

Tipologias de máquinas de

rotogravura

<< >>

Page 32: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

É o processo de impressão mais popular quando se trata de imprimir papel com

mais qualidade ao mais baixo custo.

Ao contrário da tipografia, da flexografia ou da rotogravura, em que existe uma

distinção de alto e baixo relevo entre a zona de imagem e a zona sem imagem,

em offset as zonas de imagem e sem imagem encontram-se ao mesmo nível na

chapa de alumínio, de acordo com aquilo a que se chama «processo planográfico».

A litografia assenta no principio de que água e tinta não se misturam.

A distinção é conseguida pela superfície da chapa e pela reacção de repulsa entre

água e tinta. As zonas sem imagem estão preparadas para receber água e as zonas

de imagem para rejeitar a água e receber a tinta.

LITOGRAFIA OFFSET

<< >>

Page 33: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

A litografia é o único processo em que não há contacto directo entre a chapa

e o suporte a imprimir – daí o nome offset, que aos poucos se tornou sinónimo

de litografia. Entre o cilindro da chapa e o cilindro da impressão existe um outro

cilindro, revestido a cauchu, a matéria que lhe deu o nome. O cilindro da chapa

transfere primeiro a imagem para o cauchu e este transfere-a depois para o papel.

A matéria flexível do cauchu ajusta-se perfeitamente à superfície irregular do papel,

suavizando a transferência da tinta.

Ao iniciar-se a impressão, o cilindro que contém a chapa roda primeiro na molha

e só depois na tinta. A água vai humedecer toda a área da chapa onde não tem

imagem gravada e, quando passa pelo tinteiro, esta zona repele a tinta.

A unidade básica de impressão em offset é composta por três cilindros: o cilindro

da chapa, o cauchu e o cilindro da impressão.

LITOGRAFIA OFFSET

<< >>

Page 34: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Os formatos das máquinas mais comuns e que estão directamente ligados

aos formatos do papel, os mais comuns são: 35 cm x 55 cm, para trabalhos pequenos

como material de estacionário, 50 cm x 70 cm ou 70 cm x 100 cm.

A impressão pode ser feita em plano (folha a folha) ou em rolo, por rotativa.

Offset plana ou rotativa. Definir se um trabalho será impresso folha a folha ou por rolo

depende principalmente da tiragem.

LITOGRAFIA OFFSET

Esquema do sistema

litografia offset

Esquema do sistema

litografia offset

<< >>

Page 35: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Aplicações

A litografia offset é o processo vulgarmente utilizado para imprimir

papel. Consegue uma boa qualidade de reprodução da fotografia e das cores,

mesmo em papéis de menor qualidade. As suas aplicações são variadas, principal-

mente

ao nível da publicidade, e vão desde brochuras a folhetos, cartazes, catálogos,

revistas, jornais, material de estacionário e embalagens.

LITOGRAFIA OFFSET

<< >>

Page 36: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Este processo de impressão utiliza uma tela de poliéster ou nylon (o mais comum

é o poliéster) onde a imagem é desenhada, presa por uma moldura de metal

a que se chama «quadro». A tela de poliéster pode ser mais aberta ou mais fechada

conforme tenha mais ou menos fios por centímetro, dependendo da qualidade

do trabalho.

É, de todos os processos, o mais rudimentar. As unidades de impressão são muito

simples: o papel ou material a imprimir é colocado por baixo do quadro, a tinta por

cima e, com a ajuda de uma espátula, faz-se pressão na tinta, para que esta passe

para o papel através dos buracos abertos na tela, que definem a imagem.

Este processo oferece algumas vantagens relativamente aos outros e uma das

principais é o facto de se utilizar uma tinta muito espessa que resulta numa

intensidade e numa opacidade extraordinárias.

SERIGRAFIA

<< >>

Page 37: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

A tinta dura mais tempo e torna este processo ideal para imprimir publicidade

de exterior, como mupis e outdoors.

Pode imprimir-se praticamente em todo o tipo de material, liso, texturado ou frágil;

daí que exista também uma grande variedade de tintas para serigrafia. É o processo

ideal para imprimir cores directas a cheio; em contrapartida, para imprimir tramas,

não é muito aconselhado, pois o número de linhas por polegada é inferior ao dos out-

ros processos o que resulta numa perda de definição da imagem.

A velocidade de impressão é relativamente lenta.

SERIGRAFIA

<< >>

Page 38: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

A gravação dos quadros:

Os materiais mais utilizados para fazer os quadros são o nylon e o poliéster. A gravação

ou abertura dos quadros é feita pelo processo fotomecânico, como acontece com outros

processos, ou digitalmente, através do computer to screen, que também já é uma

realidade no nosso país. No processo fotomecânico, a tela é coberta com uma emulsão

fotossensível. Quando esta emulsão está seca, a tela é exposta à luz ultravioleta, em

contacto com o fotolito positivo. As zonas não expostas à luz são depois removidas,

enquanto que as zonas expostas ficam tapadas pela emulsão e a imagem fica aberta no quadro.

Quadro aberto

SERIGRAFIA

<< >>

Page 39: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

As aplicações:

A serigrafia é um processo de impressão muito versátil, utilizado

para várias aplicações. Há quem lhe chame o «processo-imprime-tudo». Na verdade,

ele permite imprimir em praticamente todos os materiais em que imprimem

os outros processos e em muitos mais: papel, plásticos, madeira, ferro, loiça, vidro,

acrílicos, tecidos, lonas…

Máquina serigrafia a 1 cor

SERIGRAFIA

<< >>

Page 40: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Mais do que imprimir, os sistemas de impressão digital representam uma nova forma

de criar e de comunicar. Com prazos cada vez mais apertados e tiragens reduzidas,

a impressão digital tem ganho cada vez mais adeptos, principalmente em publicidade.

Ao eliminar os tempos da pré-impressão necessários para fazer as chapas, é possível

imprimir algumas centenas de folhetos em poucas horas, em vez de dias.

Uma das grandes vantagens da impressão digital é a possibilidade de se poder

fazer uma prova directamente na máquina e correcções de imediato.

Outra vantagem é o facto de o toner ou as tintas utilizadas na impressão digital

secarem quase automaticamente após a impressão, o que não acontece nos processos

convencionais.

IMPRESSÃO DIGITAL

<< >>

Page 41: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Ao contrário da impressão convencional, na impressão digital é possível criar uma

imagem diferente de cada vez que se imprime. Esta capacidade de variar a informação

de impressão para impressão torna este processo imbatível quando se trata

de impressões personalizadas.

Na impressão convencional, os custos que dizem respeito à pré-impressão e à preparação

das máquinas são considerados custos fixos. Na mpressão digital não existem

propriamente custos fixos, o custo unitário mantém-se praticamente o mesmo,

imprima-se 10 ou 100 cartazes.

IMPRESSÃO DIGITAL

<< >>

Page 42: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Na impressão digital pequeno formato existem várias opções. Os equipamentos mais

conhecidos na impressão electrofotográfica, talvez por terem sido os pioneiros, são a

HP Indigo, pela sua versatilidade ao imprimir vários tipos de substratos (papel e outros

materiais) e a Xeikon, que, apesar de ter sofrido alguma

instabilidade, é uma excelente opção para impressão em rolo. Mais recentemente,

surgiu a Xerox com a Igen3 e a Heidelberg com a Nexpress 2100. Em

comum, todas elas procuram alcançar, ou superar, a qualidade do offset e estão

seriamente no bom caminho.

IMPRESSÃO DIGITAL

<< >>

Page 43: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

A impressão electrofotográfica permite imprimir em pequenas tiragens aquilo que,

em offset convencional, seria demasiado caro.

Tal como os métodos de impressão convencionais, o processo electrofotográfico

também exige um transportador de imagem, só que neste caso a imagem

é recarregada no cilindro após cada impressão. Isto é uma limitação no caso de

grandes tiragens todas iguais, mas uma vantagem para pequenas tiragens

personalizadas.

O processo consiste num cilindro revestido a um material fotocondutor carregado

com diferentes níveis de luz que criam áreas condutoras nesse cilindro.

As partículas de toner aderem a essas áreas, formando a imagem que é depois

transferida para o papel, através de atracção electrostática. O cilindro volta a ser

carregado em cada rotação, pelo que cada impressão pode ser diferente

IMPRESSÃO ELECTROFOTOGRÁFICA E OFFSET DIGITAL

<< >>

Page 44: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

das restantes. No caso da impressão a quatro cores, este processo repete-se

quatro vezes, só no fim sendo o produto transferido para o papel; o toner

é fixado através de calor.

Esta tecnologia também é utilizada nas impressoras a laser. O cilindro fotocondutor

é carregado ponto por ponto, como determinado pelo bitmap «ripado» do

ficheiro. Nalguns sistemas, cada ponto pode ser definido com várias profundidades,

o que se traduz em várias intensidades de exposição e, por consequência,

em várias intensidades de cor.

IMPRESSÃO ELECTROFOTOGRÁFICA E OFFSET DIGITAL

<< >>

Page 45: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

De todos os processos de impressão digital, o jacto de tinta é dos que mais tem

evoluído em termos de qualidade e versatilidade. Hoje em dia é possível imprimir

quase tudo em jacto de tinta. Existem máquinas que imprimem materiais flexíveis,

como papel, lonas ou tecidos e imprimem também materiais rígidos, como PVC,

acrílico, vidro, madeira e outros. Tudo isto com uma qualidade ao nível da reprodução

da fotografia e das cores muito elevada.

Há alguns anos atrás só era possível imprimir branco pelo processo de serigrafia, hoje

em dia já é possível imprimir branco em jacto de tinta sobre materiais flexíveis ou rígi-

dos. Este sistema nada tem de similar com os processos anteriores.

IMPRESSÃO A JACTO DE TINTA

<< >>

Page 46: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Neste tipo de impressão, não existe transportador da imagem e imprime-se utilizando-se

tintas, e não toner. A tinta é enviada directamente, através de sinais digitais, para

o papel ou para outros materiais, como lona, viníl, tecido ou outros. A imagem é criada

no papel através da projecção rápida e

sucessiva de pequenas partículas de tinta, ou seja através de rápidos jactos de

tinta, sob controlo directo do computador. A forma como essas partículas de

tinta são projectadas para o suporte a imprimir varia de tecnologia para tecnologia.

IMPRESSÃO A JACTO DE TINTA

<< >>

Page 47: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Conhecer os papéis existentes no mercado, as suas características e sua melhor

aplicação é de extrema importância para o designer, director de arte ou produtor

gráfico, por duas razões principais: primeiro por ser um dos elementos do design

que afecta a qualidade do trabalho e segundo por ter um peso significativo no

orçamento da produção. O custo do papel pode representar entre 30% a 40% do

custo total do trabalho, o mais.

As diferentes tecnologias de impressão digital têm diferentes especificações relativa-

mente ao tipo de papel que imprimem. Por exemplo, as tecnologias que imprimem à

base de toner exigem papéis mais lisos e com uma superfície suave, pois os papéis

texturados prejudicam a adesão do toner à superfície do papel.

PAPÉIS E OUTROS SUPORTES PARA IMPRESSÃO

<< >>

Page 48: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

O mesmo acontece com a tecnologia a jacto de tinta, pois os jactos da tinta são tão

pequenos que podem ficar distorcidos pela textura irregular do papel. No caso da

impressão convencional, há papéis que não funcionam na impressão em offset,

mas podem funcionar em serigrafia, como acontece com os muito texturados,

muito absorventes ou de cores mais escuras.

Podemos dividir os papéis em três grandes categorias:

Os revestidos, os não-revestidos e os reciclados, que muitas vezes, no dia-a-dia, são

traduzidos por couchés, fine papers e reciclados, respectivamente. Qualquer um

deles é feito a partir de fibras vegetais, primárias no caso das virgens e secundárias

no caso das recicladas.

PAPÉIS E OUTROS SUPORTES PARA IMPRESSÃO

<< >>

Page 49: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

De acordo com a sua utilidade, cada papel é fabricado de forma diferente,

com diferentes tipos de fibra e diferentes aditivos. As características intrínsecas

de cada papel dependem da sua forma de fabrico. Por exemplo: fibras curtas dão mais

opacidade e fibras longas proporcionam mais resistência ao papel.

Para além das características do papel, há outros factores que influenciam a sua

escolha, entre eles o processo de impressão, o tipo de trabalho e aquele que muitas

vezes, infelizmente, prevalece sobre todos os outros: o orçamento disponível!

PAPÉIS E OUTROS SUPORTES PARA IMPRESSÃO

<< >>

Page 50: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

__Resistência: a resistência do papel é uma das características mais importantes

para a indústria das embalagens. O papel tem de aguentar as dobras, plastificações,

colagens, contracolagens e todo o manuseamento a que a peça irá

estar sujeita.

__Absorção: a estrutura fibrosa do papel contém aberturas microscópicas entre as

fibras que o fazem absorver líquidos e reagir à temperatura ambiente. Todo o

papel é absorvente, embora uns o sejam mais do que outros. Os couchés são

menos absorventes do que os fine papers e os papéis revestidos têm uma menor

capacidade de absorção. Um papel muito absorvente influencia não só a impressão,

como também a reprodução das cores. A capacidade de absorção do papel

faz com que haja mais ganho de ponto na impressão

CARACTERÍSTICAS DO PAPEL

<< >>

Page 51: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

__Nível de PH: O facto de se tratar de um papel ácido ou alcalino afecta a impressão.

Recentemente, alguns fabricantes decidiram reduzir a acidez dos papéis, pois

constataram que os papéis ácidos duram menos; para além disso, tendem a neutralizar

os aditivos de secagem das tintas, o que causa problemas na secagem do trabalho.

__Cor: Na maior parte dos papéis é branca, mas nem todos os brancos são iguais.

Para distinguir os vários tipos de branco, os fabricantes atribuíram-lhes nomes, como

branco brilhante, branco natural, branco neve ou branco glaciar. É durante o fabrico

do papel, que por natureza deveria ser castanho, que lhe são adicionados

químicos para o branquear, assim como corantes para lhe dar cor. Essa cor vai

influenciar a reprodução das cores impressas, pois temos de contar com a soma

da cor da tinta com a cor do papel.

CARACTERÍSTICAS DO PAPEL

<< >>

Page 52: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

__Opacidade: A opacidade está relacionada com a transparência do papel. Quando

se imprime num lado do papel, não é conveniente que se veja a imagem do verso ou,

o que é muito pior, a página seguinte. A opacidade do papel evita que isso aconteça.

Quanto mais opaco for o papel, menos se verá a imagem impressa no verso.

A opacidade resulta da própria espessura, do peso do papel, do tipo de fibra, do tipo

de fabrico, dos aditivos e do tipo de revestimento. Devido aos resíduos da tinta, o papel

reciclado é normalmente mais opaco do que os papéis feitos a partir de fibras virgens.

CARACTERÍSTICAS DO PAPEL

<< >>

Page 53: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

__Brilho: O brilho é a quantidade de luz reflectida pela superfície do papel e que

afecta o contraste e o brilho da imagem impressa. Resulta do tipo de pasta de

papel, da quantidade de químicos utilizados para branqueá-lo e do revestimento

da sua superfície. Os papéis coated têm brilho, os uncoated não. Os papéis coated

são ideais para imprimir fotografias, mas pouco aconselháveis para imprimir

texto. Ao reflectir a luz, os papéis brilhantes prejudicam a leitura e cansam os

olhos. As gráficas preferem imprimir em papel brilhante por ser mais fácil conseguir

as cores pretendidas, mais fácil de imprimir e mais rápido a secar.

CARACTERÍSTICAS DO PAPEL

<< >>

Page 54: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

__Revestimento: o revestimento do papel tem a ver com a sua superfície. É no

fabrico do papel que se define como será essa superfície, ao olhar, ao tacto e

tendo em conta a sua funcionalidade na impressora. Decide-se também se essa

superfície será lisa ou rugosa. As superfícies lisas são as mais indicadas para imprimir

fotografia com mais definição e fidelidade à cor, porque este tipo de superfície

reflecte luz directamente sem dispersar. Por outro lado, os papéis rugosos são

ideais para trabalhos pouco convencionais, mas é necessário ter em consideração

que a definição das fotografias será inferior, as cores serão menos fiéis e o ganho

de ponto será superior nesses casos.

CARACTERÍSTICAS DO PAPEL

<< >>

Page 55: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Os acabamentos são as operações efectuadas depois de o trabalho estar impresso

e incluem operações muito específicas que fazem das várias folhas impressas

uma peça gráfica – um livro, um catálogo, um desdobrável...

É aconselhável pensar e testar os acabamentos antes de a peça ser impressa, de forma

a antecipar eventuais problemas.

Ainda na fase do orçamento, dependendo da complexidade dos acabamentos,

é conveniente pedir à gráfica que faça um mono para testarmos se o acabamento

funciona.

Entre as operações mais frequentes, à parte de vincar, dobrar e cortar, encontram-se

o cortante especial, o cunho ou relevo, a plastificação, a estampagem a quente

e aplicação de vários tipos de verniz.

TÉCNICAS DE ACABAMENTO

<< >>

Page 56: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Corte: o trabalho pode ser cortado de duas formas: com a guilhotina ou com um cortante especial. A guilhotina é uma máquina controlada por computador que é capaz de cortar elevadas quantidades de papel, exactamente com as mesmas medidas. Quando o trabalho apresenta um corte fora do normal, com formas complicadas, é necessário criar um molde com esse corte.

A este molde chama-se «cortante» e é feito numa base de madeira, onde o desenho do corte é feito a laser e depois preenchido com lâminas finas que cortam o papel quando pressionado. Se, para além do corte, existirem dobras, em vez de terminar em lâmina, o metal tem um acabamento arredondado para não cortar o papel.

Quando o cortante convencional não consegue recortar determinada forma, ou porque é muito pequena ou porque tem pormenores muito minuciosos, podemos sempre recorrer ao corte a laser, que, apesar de ficar perfeito, tem os inconvenientes de ser mais caro do que o cortante gráfico e de queimar ligeiramente o papel (embora

isso se note mais em papel branco do que em papel de cor).

TÉCNICAS DE ACABAMENTO

<< >>

Page 57: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Dobras e vincos: o sistema de dobra e a imposição das páginas impressas são

fases relacionadas entre si. Antes de o trabalho ser dobrado, à folha impressa chama-se

«plano». Algumas gráficas utilizam a imposição standard de 8, 16 ou 32 páginas..

Existem vários tipos de máquinas com variadas configurações. Para facilitar as dobras,

principalmente em papéis de gramagens superiores, o trabalho começa por ser vincado

e só depois é dobrado. Depois de o plano impresso estar dobrado em cadernos, há

que alceá-los, ou seja, colocá-los por ordem, para serem depois cosidos numa peça só,

como é o caso nos livros e catálogos.

Durante a dobra do trabalho, pode surgir um outro problema, que se prende com

a direcção da fibra do papel. Quando se dobra no sentido da fibra, o trabalho fica

impecavelmente dobrado, mas o mesmo não acontece quando se dobra contra

o sentido da fibra. Nestes casos, na zona da dobra, o papel e a tinta quebram, resultando

um aspecto «descascado» e branco.

TÉCNICAS DE ACABAMENTO

<< >>

Page 58: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Coser: os trabalhos compostos por vários cadernos, como acontece com os livros

ou brochuras, são depois cosidos entre si, a arame, a linha ou simplesmente com

cola. Coser a arame é o acabamento mais simples, mais rápido e mais económico,

enquanto que coser à linha é um acabamento com mais qualidade, mas mais

demorado e também mais caro. Os cadernos cosidos à linha são posteriormente

colados à lombada.

É o acabamento que garante mais durabilidade e o ideal para livros de qualidade.

TÉCNICAS DE ACABAMENTO

<< >>

Page 59: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Verniz e plastificação: o verniz e a plastificação são muitas vezes considerados

opções alternativas, mas é possível combinar os dois. É frequente vermos trabalhos

com plastificação mate e verniz ultravioleta brilhante localizado, por cima.

O verniz pode ser aplicado no geral ou com reservas localizadas. Tanto um como outro

protegem o trabalho de marcas ou sujidade, embora o plástico ofereça mais resistência

ao trabalho. O verniz pode ser dado pelo processo offset ou por serigrafia que permite

uma varieade muito maior no tipo de verniz. A pastificação é sempre na totalidade do

trabalho mas existe uma grande variedade de opções criativas.

Cunho ou relevo: o cunho ou relevo dá à imagem impressa uma terceira dimensão:

a profundidade. Pode ser alto relevo ou baixo relevo. Em ambos os casos, a imagem

a que se pretende dar relevo é moldada em metal (gravura) de forma a que, quando

pressionado no papel, resulta na sua distorção, dando um efeito tridimensional.

Quando o cunho é feito sobre o papel, sem tinta, diz-se ser relevo a seco ou a branco,

o que é mais simples do que quando se tem de acertar o relevo com a imagem impressa.

TÉCNICAS DE ACABAMENTO

<< >>

Page 60: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Estampagem a quente: esta técnica utiliza folhas metálicas ou pigmentadas.

A folha é posta em contacto com o suporte debaixo de calor e pressão. A imagem

pressionada passa definitivamente para o suporte.

É necessário criar antes uma gravura de metal à semelhança do que acontece com

o relevo a seco, mas a gravura é mais fina para não provocar uma grande distorção

no papel.

Pode-secombinar o relevo a seco com a estampagem a quente. Existe uma grande

variedade de cores para estampagem a quente. A estampagem a quente é tão opaca

que tapa qualquer superfície escura.

TÉCNICAS DE ACABAMENTO

<< >>

Page 61: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Acabamentos para livros: existem vários tipos de acabamentos para livros

conforme se trate de um livro de capa dura ou de um livro de capa mole. A capa dura

é o processo que oferece mais resistência e qualidade. A capa é feita de cartão

prensado e forrada a papel, tecido ou qualquer outro material. Os cadernos são

cosidos à linha e colados à lombada, presos por um tecido chamado transhefil.

No caso da capa mole, trata-se de uma cartolina ou um papel de gramagem mais

elevada e os cadernos podem ser cosidos ou apenas serotados e colados á lombada.

A diferença nota-se ao nível da durabilidade e dos custos envolvidos.

TÉCNICAS DE ACABAMENTO

<< >>

Page 62: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Quando escolhemos uma gráfica, há três critérios que devemos ter sempre em

consideração: o preço, a qualidade e o serviço.

O ideal é conhecermos muito bem as gráficas com que vamos trabalhar; saber

exactamente que equipamentos têm e qual é o seu empenho na qualidade e no serviço.

Estes três aspectos estão interligados, pois a qualidade depende também do tipo

de tecnologia utilizada, da competência dos profissionais e da sua experiência no

tipo de trabalho em causa. Para termos uma ideia do critério de qualidade de uma

gráfica, é conveniente pedirmos para ver o seu portefólio, visitarmos as suas instalações

ou termos referências de outras identidades.

ESCOLHER A GRÁFICA

<< >>

Page 63: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

A avaliação do serviço prestado pelo gráfica prende-se com aspectos como:

o respeito pelos prazos estabelecidos, a capacidade de dar resposta às nossas

consultas, a capacidade de prestar atenção a pormenores e de fazer uma análise

crítica ao nosso trabalho, alertando-nos para eventuais incorrecções que

ele possa ter.

Acima de tudo, é preciso perceber se há possibilidades de estabelecer uma parceria

com a gráfica para futuros trabalhos e criar uma relação de confiança.

ESCOLHER GRÁFICA

<< >>

Page 64: Produção Gráfica 2012

PRODUÇÃOGRÁFICA

menu

Elementos que devem constar no pedido:

__identificar a peça

__exemplo: desdobrável

__formato aberto e fechado

__exemplo: 40x20cm aberto e 10x20cm fechado

__nº de cores frente / verso

__exemplo: 4/4 cores

__tipo de papel e gramagem

__exemplo: couché 200grs

__acabamentos

__exemplo: plastificação mate f/v, 3 vincos e 3 dobras em harmónio

__tiragem

__exemplo: 1 000 ex.

PEDIR ORÇAMENTOS A GRÁFICAS

<< >>

Page 65: Produção Gráfica 2012

menu

Conceição Barbosa