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Produções Colaborativas: Poder & Interação

Produções Colaborativas: Poder & Interação

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Produções Colaborativas: Poder & Interação. Comunidades Virtuais: se apresentam de várias formas, compartilham elementos comuns tais como: metas, conhecimento, relacionamento, confiança, e comprometimento com uma causa ou protocolo social. (McCalla, 2000; Schwier, 2001). - PowerPoint PPT Presentation

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Produções Colaborativas:Poder & Interação

Page 2: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Contexto de Contexto de Colaboração:Colaboração:

Comunidades Virtuais:Comunidades Virtuais: se apresentam se apresentam

de várias formas, de várias formas, compartilham elementos compartilham elementos

comuns tais como: metas, conhecimento, comuns tais como: metas, conhecimento,

relacionamento, confiança, e comprometimento relacionamento, confiança, e comprometimento

com uma causa ou protocolo social. com uma causa ou protocolo social. (McCalla, (McCalla,

2000; Schwier, 2001).2000; Schwier, 2001).

Page 3: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Contexto de Contexto de Colaboração:Colaboração:

Comunidades Virtuais:Comunidades Virtuais: são agregados são agregados

sociais que surgem da rede, quando uma sociais que surgem da rede, quando uma

quantidade suficiente de gente leva adiante essas quantidade suficiente de gente leva adiante essas

discussões públicas durante um tempo suficiente, discussões públicas durante um tempo suficiente,

com suficientes sentimentos humanos, para com suficientes sentimentos humanos, para

formar rede de relacionamentos pessoais no formar rede de relacionamentos pessoais no

espaço cibernético. (RHEINGOLD, 1996:20).espaço cibernético. (RHEINGOLD, 1996:20).

Page 4: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Contexto de Contexto de Colaboração:Colaboração:

Comunidades Virtuais:Comunidades Virtuais: formam subculturas virtuais tão formam subculturas virtuais tão

variadas que é simplesmente impossível mapear todas as variadas que é simplesmente impossível mapear todas as

espécies e subespécies. O ritmo em que elas se formam e se espécies e subespécies. O ritmo em que elas se formam e se

desfasem acompanha, basicamente, o mesmo de todos os grupos desfasem acompanha, basicamente, o mesmo de todos os grupos

humanos. Algumas poucas permanecem ao longo dos anos. humanos. Algumas poucas permanecem ao longo dos anos.

Muitas vivem da iniciativa de grupos de interesse – empresas, Muitas vivem da iniciativa de grupos de interesse – empresas,

ONGs, instituições educacionais, movimentos minoritários, etc. ONGs, instituições educacionais, movimentos minoritários, etc.

(COSTA, 2003)(COSTA, 2003)

Page 5: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Diferenças:Diferenças:

Comunidades Virtuais de Aprendizagem:Comunidades Virtuais de Aprendizagem: um um

grupo de pessoas que se reúnem no ciberespaço com a grupo de pessoas que se reúnem no ciberespaço com a

intenção de alcançar metas de aprendizagem.intenção de alcançar metas de aprendizagem.

(McCalla & Schwier, 2002)(McCalla & Schwier, 2002)

Page 6: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Diferenças:Diferenças:

Comunidades de Prática:Comunidades de Prática: um grupo de indivíduos um grupo de indivíduos

geograficamente distribuído que está informalmente geograficamente distribuído que está informalmente

reunido com o objetivo específico de compartillhar reunido com o objetivo específico de compartillhar

conhecimento técnicos e habilidades e interesses ou conhecimento técnicos e habilidades e interesses ou

trabalho. Esses indivíduos necessitam das tecnologias de trabalho. Esses indivíduos necessitam das tecnologias de

informação e comunicação para se conectarem uns aos informação e comunicação para se conectarem uns aos

outros. outros. (McCalla & Schwier, 2002).(McCalla & Schwier, 2002).

Page 7: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Diferenças:Diferenças:

A Natureza dos Membros:A Natureza dos Membros:

Enquanto a maioria dos indivíduos na comunidade virtual Enquanto a maioria dos indivíduos na comunidade virtual

de aprendizagem freqüentemente mal conhecem uns aos de aprendizagem freqüentemente mal conhecem uns aos

outros, os indivíduos nas comunidades de prática conhecem outros, os indivíduos nas comunidades de prática conhecem

bem uns aos outros.bem uns aos outros.

As comunidades virtuais de aprendizagem implicam que os As comunidades virtuais de aprendizagem implicam que os

membros tenham um envolvimento explícito com as metas membros tenham um envolvimento explícito com as metas

de aprendizagem, e também um cronograma e mediadores de aprendizagem, e também um cronograma e mediadores

qualificados cujo conhecimento promoverá o crescimento qualificados cujo conhecimento promoverá o crescimento

do grupo. do grupo. (McCalla & Schwier, 2002).(McCalla & Schwier, 2002).

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Do Poder:Do Poder:

Max Weber (1910 -1912):Max Weber (1910 -1912):

- Concepção social da economia – a importância da Concepção social da economia – a importância da

sociedade ao se fazer uma análise econômica de um sociedade ao se fazer uma análise econômica de um

período histórico. período histórico.

- Poder, autoridade, dominação: capacidade de grupos ou - Poder, autoridade, dominação: capacidade de grupos ou

indivíduos impor vontades uns sobre os outros. Visa a um indivíduos impor vontades uns sobre os outros. Visa a um

determinado objetivo comum. É de Max Weber uma das determinado objetivo comum. É de Max Weber uma das

primeiras definições do que é comunidade.primeiras definições do que é comunidade.

Três formas legítimas de poder: tipos sociais – legal, Três formas legítimas de poder: tipos sociais – legal, carismático, patriarcal.carismático, patriarcal.

Economia e Sociedade: 1910-1912/ 1919 – obra escrita em Economia e Sociedade: 1910-1912/ 1919 – obra escrita em partes.partes.

Page 9: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Do Poder:Do Poder:

Michel Foucault (1979):Michel Foucault (1979):

- Poder não é um estado do ser, mas se configura nas - Poder não é um estado do ser, mas se configura nas

relações.relações.

- Não está centralizado apenas na figura do Estado.- Não está centralizado apenas na figura do Estado.

- Poder é diferente de dominação seja pela violência ou - Poder é diferente de dominação seja pela violência ou pelas regras.pelas regras.

- Implica em atitudes positivas como - Implica em atitudes positivas como aprimoramento/adestramento do ser humano.aprimoramento/adestramento do ser humano.

Poder para Foucault está na multiplicidade de correlações. Poder para Foucault está na multiplicidade de correlações. E, nesse sentido, encontramos nas comunidades virtuais a E, nesse sentido, encontramos nas comunidades virtuais a catalisação desta experiência.catalisação desta experiência.

Page 10: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Do Poder:Do Poder:

Fukuyama (1996) e Granovetter (2000):Fukuyama (1996) e Granovetter (2000):

-Crítica à teoria econômica e da enorme dificuldade dos Crítica à teoria econômica e da enorme dificuldade dos

economistas para incluírem sua visão às inúmeras variáveis economistas para incluírem sua visão às inúmeras variáveis

do campo social.do campo social.

- A tese de que os indivíduos exercem suas escolhas com - A tese de que os indivíduos exercem suas escolhas com

base na maximização da utilidade agindo assim de forma base na maximização da utilidade agindo assim de forma

racional, não parece resistir a uma análise que leve em racional, não parece resistir a uma análise que leve em

conta a vida em redes e associações que caracteriza a conta a vida em redes e associações que caracteriza a

grande maioria dos homens.grande maioria dos homens.

-Crítica à crença dos economistas numa natureza humana Crítica à crença dos economistas numa natureza humana

fundamentalmente egoísta. Capital social: criado, fundamentalmente egoísta. Capital social: criado,

transmitido por mecanismos culturais como religião, transmitido por mecanismos culturais como religião,

tradição ou hábitos históricos.tradição ou hábitos históricos.

Page 11: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Do Poder:Do Poder:Deleuze & Guattari (1982)Deleuze & Guattari (1982)- Conceitos de Rizoma:Conceitos de Rizoma: organização da sociedade, descentralização do organização da sociedade, descentralização do poder.poder.

- Conceitos de Agenciamento Coletivo da Enunciação:Conceitos de Agenciamento Coletivo da Enunciação:

O enunciado é o produto de um agenciamento, sempre coletivo, que põe O enunciado é o produto de um agenciamento, sempre coletivo, que põe

em jogo, em nós e fora de nós, as populações, as multiplicidades, os em jogo, em nós e fora de nós, as populações, as multiplicidades, os

territórios, os devires, os afetos, os acontecimentos. O nome próprio não territórios, os devires, os afetos, os acontecimentos. O nome próprio não

designa um sujeito mas qualquer coisa que se passa, pelo menos entre dois designa um sujeito mas qualquer coisa que se passa, pelo menos entre dois

termos que não são sujeitos, mas agentes, elementos. Os nomes próprios termos que não são sujeitos, mas agentes, elementos. Os nomes próprios

não são nomes de pessoas, mas de povos e tribos, de faunas e de floras, não são nomes de pessoas, mas de povos e tribos, de faunas e de floras,

de operações militares e tufões, de coletivos, de sociedades anônimas e de operações militares e tufões, de coletivos, de sociedades anônimas e

escritórios de produção.escritórios de produção.

(...) O que é um agenciamento ? É uma multiplicidade que comporta muitos (...) O que é um agenciamento ? É uma multiplicidade que comporta muitos

termos heterogêneos e que estabelece ligações, relações entre eles, termos heterogêneos e que estabelece ligações, relações entre eles,

através das idades, sexos, reinos - de naturezas diferentes. Assim, a única através das idades, sexos, reinos - de naturezas diferentes. Assim, a única

unidade do agenciamento é o co-funcionamento: é a simbiose, uma unidade do agenciamento é o co-funcionamento: é a simbiose, uma

"simpatia". [p.84]"simpatia". [p.84]

Page 12: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Do Poder:Do Poder:

Yochai Benkler (2006)Yochai Benkler (2006)

-Descentralização: ação individual descentralizada – ação Descentralização: ação individual descentralizada – ação cooperativa e coordenada por meio de mecanismos radicalmente cooperativa e coordenada por meio de mecanismos radicalmente distribuídos e fora do sistema de mercado que não dependem de distribuídos e fora do sistema de mercado que não dependem de estratégias proprietárias.estratégias proprietárias.

- Influência mediada: indivíduos podem alcançar e informar - Influência mediada: indivíduos podem alcançar e informar ou inspirar milhões por todo o mundo. ou inspirar milhões por todo o mundo.

- Efeitos coordenados: o efeito agregado da ação individual, - Efeitos coordenados: o efeito agregado da ação individual, mesmo quando não é conscientemente cooperativo, produz mesmo quando não é conscientemente cooperativo, produz o efeito coordenado de um novo e rico ambiente de o efeito coordenado de um novo e rico ambiente de informação.informação.

Page 13: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Do Poder:Do Poder:

Yochai Benkler (2006)Yochai Benkler (2006)

Capacidade de Capital Necessário: ação + cooperação.Capacidade de Capital Necessário: ação + cooperação.

O resultado é que significantemente mais daquilo que os seres O resultado é que significantemente mais daquilo que os seres

humanos dão valor pode ser feito por indivíduos, que interagem humanos dão valor pode ser feito por indivíduos, que interagem

uns com os outros socialmente, como seres humanos e como seres uns com os outros socialmente, como seres humanos e como seres

sociais, ao invés de como agentes de mercado por um sistema de sociais, ao invés de como agentes de mercado por um sistema de

preços. preços. ..

Page 14: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Do Poder:Do Poder:

Emergência/ Reputação:Emergência/ Reputação:

-Desafio: impossível categorizar.Desafio: impossível categorizar.

- As relações entre os membros, a interação num ambiente As relações entre os membros, a interação num ambiente colaborativo faz emergir mediadores e pessoas que colaborativo faz emergir mediadores e pessoas que recebem a consideração dos outros participantes que é recebem a consideração dos outros participantes que é construída através da ação do indivíduo na relação em construída através da ação do indivíduo na relação em comunidade. comunidade.

- Ainda que haja uma certa pressão para que o objetivo da Ainda que haja uma certa pressão para que o objetivo da comunidade seja conquistado, o coronograma cumprido, as comunidade seja conquistado, o coronograma cumprido, as metas alcançadas, não há como estabelecer uma metas alcançadas, não há como estabelecer uma categorização rígida.categorização rígida.

- A hierarquia não está baseada apenas na capacidade e no A hierarquia não está baseada apenas na capacidade e no conhecimento dos indivíduos mas sim na relação entre os conhecimento dos indivíduos mas sim na relação entre os membros, na ação em comunidade.membros, na ação em comunidade.

Page 15: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Do Poder:Do Poder:

Emergência/ Reputação:Emergência/ Reputação:

- Desafio: compreender melhor a atividade desses coletivos, Desafio: compreender melhor a atividade desses coletivos, a maneira como comportamentos e idéias emergem e se a maneira como comportamentos e idéias emergem e se propagam.propagam.

- A hierarquia não está baseada apenas na capacidade e no A hierarquia não está baseada apenas na capacidade e no conhecimento dos indivíduos mas sim na relação entre os conhecimento dos indivíduos mas sim na relação entre os membros, na ação em comunidade.membros, na ação em comunidade.

Page 16: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Da Interação:Da Interação:O que é interação/ interatividade?O que é interação/ interatividade?

Weber(1912): a comunidade está baseada na ação social e que, necessariamente, Weber(1912): a comunidade está baseada na ação social e que, necessariamente,

fundamenta-se em um laço emocional e afetivo.fundamenta-se em um laço emocional e afetivo.

Pierre Lévy (1993): apesar de não “presente”, esta comunidade está repleta de paixões Pierre Lévy (1993): apesar de não “presente”, esta comunidade está repleta de paixões

e de projetos, de conflitos e de amizades. Ela vive sem lugar de referência estável: em e de projetos, de conflitos e de amizades. Ela vive sem lugar de referência estável: em

toda parte onde se encontrem seus membros móveis...ou em parte alguma. (...) toda parte onde se encontrem seus membros móveis...ou em parte alguma. (...)

TURKLE, Sherry. TURKLE, Sherry. (1997)(1997)

““Diferentes conceitos procuram definir a Diferentes conceitos procuram definir a interatividadeinteratividade, e, no seu conjunto, são , e, no seu conjunto, são

definições complementares. Do ponto de vista social, é uma relação interpessoal, na definições complementares. Do ponto de vista social, é uma relação interpessoal, na

qual pessoas trocam informações que podem levar ou não à alteração do(s) qual pessoas trocam informações que podem levar ou não à alteração do(s)

comportamento (s) individual (is) ou coletivo (s). Sistemicamente, a interatividade é um comportamento (s) individual (is) ou coletivo (s). Sistemicamente, a interatividade é um

fenômeno que envolve indivíduos constituídos em grupo, no qual os comportamentos fenômeno que envolve indivíduos constituídos em grupo, no qual os comportamentos

de cada um tornam-se estímulos para o outro, permitindo a construção da identidade”de cada um tornam-se estímulos para o outro, permitindo a construção da identidade”

..

Page 17: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Da Interação:Da Interação:

O que é interaçã/interatividade?O que é interaçã/interatividade?

LÉVY, Pierre. (1999)LÉVY, Pierre. (1999)““A interatividade assinala muito mais um problema, a A interatividade assinala muito mais um problema, a necessidade de um novo trabalho de observação, de necessidade de um novo trabalho de observação, de concepção e de avaliação dos modos de comunicação, do concepção e de avaliação dos modos de comunicação, do que uma característica simples e unívoca atribuível a um que uma característica simples e unívoca atribuível a um sistema específico”. (13)sistema específico”. (13)

JOHNSON, Steven. JOHNSON, Steven. Cultura de InterfaceCultura de Interface (2001) trad. Maria (2001) trad. Maria Luiza X. De ª Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.Luiza X. De ª Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor.Sobre um critério para se medir a participação em uma Sobre um critério para se medir a participação em uma comunidade: “...a profundidade da experiência partilhada é o comunidade: “...a profundidade da experiência partilhada é o critério pelo qual se mede em última análise uma critério pelo qual se mede em última análise uma comunidade – e esse é provavelmente um indicador melhor comunidade – e esse é provavelmente um indicador melhor do que qualquer outro”. (56).do que qualquer outro”. (56).

Page 18: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Da Interação:Da Interação:Rogério da Costa (2007) - RascunhosRogério da Costa (2007) - Rascunhos

A Planilha dos 4 Cs: níveis de implicância do sujeito em A Planilha dos 4 Cs: níveis de implicância do sujeito em ambientes colaborativos virtuais: compartilhar, contribuir, ambientes colaborativos virtuais: compartilhar, contribuir, colaborar, cooperar.colaborar, cooperar.

Implicância Implicância => níveis de interesse do sujeito.=> níveis de interesse do sujeito.

Compartilhar: no sentido de distribuir. O sujeito não Compartilhar: no sentido de distribuir. O sujeito não manifesta uma atitude positiva, implicada. Compartilhar um manifesta uma atitude positiva, implicada. Compartilhar um propósito, um objetivo, uma causa, uma idéia, um mesmo propósito, um objetivo, uma causa, uma idéia, um mesmo ambiente, um objeto, um arquivo mp3, um prato de comida. ambiente, um objeto, um arquivo mp3, um prato de comida.

Page 19: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Da Interação:Da Interação:Rogério da Costa (2007) - A Planilha dos 4 CsRogério da Costa (2007) - A Planilha dos 4 Cs

Colaborar:Colaborar: os integrantes possuem objetivos distintos mas que podem se os integrantes possuem objetivos distintos mas que podem se

tornar comuns, convergindo para um determinado fim. Há o desejo de tornar comuns, convergindo para um determinado fim. Há o desejo de

estabelecer um laço social seja de que natureza for. Elaboração de idéias, estabelecer um laço social seja de que natureza for. Elaboração de idéias,

conceitos, esquemas em conjunto, mas para o benefício de outro. O benefício conceitos, esquemas em conjunto, mas para o benefício de outro. O benefício

de si seria indireto. Com trabalho, ações ou discursos, dentro de um de si seria indireto. Com trabalho, ações ou discursos, dentro de um

processo, para o objetivo de outro.processo, para o objetivo de outro.

Contribuir:Contribuir: implica em uma atitude positiva, implicação com o processo. Os implica em uma atitude positiva, implicação com o processo. Os

participantes podem contribuir com uma idéia, com conhecimento, com participantes podem contribuir com uma idéia, com conhecimento, com

informação, com uma habilidade, com um objeto, com dinheiro, com um informação, com uma habilidade, com um objeto, com dinheiro, com um

trabalho específico ou pontual.trabalho específico ou pontual.

Page 20: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Da Interação:Da Interação:Rogério da Costa (2007) - A Planilha dos 4 CsRogério da Costa (2007) - A Planilha dos 4 Cs

Cooperar:Cooperar: através de um objetivo comum. O laço social acontece durante a através de um objetivo comum. O laço social acontece durante a

vigência de um trabalho de co-realização que atinge o significado de trabalho vigência de um trabalho de co-realização que atinge o significado de trabalho

coletivo. A colaboração está incluída nele, mas o contrário não é verdadeiro. coletivo. A colaboração está incluída nele, mas o contrário não é verdadeiro.

Pressupõe relações de respeito mútuo e não-hierárquicas entre os Pressupõe relações de respeito mútuo e não-hierárquicas entre os

envolvidos, assumindo uma postura de tolerância e convivência com as envolvidos, assumindo uma postura de tolerância e convivência com as

diferenças dentro de um processo de negociação constante. Atividades e diferenças dentro de um processo de negociação constante. Atividades e

ações conjuntas e coordenadas.ações conjuntas e coordenadas.

Coopetition:Coopetition: quando cocorrentes colaboram para alcançar um objetivo em quando cocorrentes colaboram para alcançar um objetivo em

comum. comum. (Brandenburger e Nalebuff, 1996)(Brandenburger e Nalebuff, 1996)

Page 21: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Da Interação:Da Interação:

- Generosidade e Colaboração- Generosidade e Colaboração

Redes - Negociações Paralelas – Linkania – Redes - Negociações Paralelas – Linkania –

Afinidades.Afinidades.

Os links constituem uma rede paralela, formando Os links constituem uma rede paralela, formando uma web invisível.uma web invisível.

Afinidade entre as pessoas formando alianças Afinidade entre as pessoas formando alianças mais fortes e uja influência poderá ser exercida a mais fortes e uja influência poderá ser exercida a favor ou não dos interesses dos amigos ou favor ou não dos interesses dos amigos ou inimigos na produção coletiva.inimigos na produção coletiva.

Page 22: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Do Programa:Do Programa:A cultura digital (Costa, 2003) coloca a inter-relação A cultura digital (Costa, 2003) coloca a inter-relação cotidiana por meio de dispositivos computacionais cotidiana por meio de dispositivos computacionais inteligentes capazes de proporcionar formas de interação inteligentes capazes de proporcionar formas de interação (Fragoso, 2001) maquínica e humana. (Fragoso, 2001) maquínica e humana.

Como o cotidiano das pessoas está cercado de artefatos Como o cotidiano das pessoas está cercado de artefatos tecnológicos é necessário nos educarmos para lidar e tecnológicos é necessário nos educarmos para lidar e conseguirmos, através deles o que queremos. Assim conseguirmos, através deles o que queremos. Assim funcionam as interfaces, elas se colocam entre nós e tudo funcionam as interfaces, elas se colocam entre nós e tudo aquilo que desejamos obter (Johnson, 2001). Não há aquilo que desejamos obter (Johnson, 2001). Não há informação digital sem que esta passe por um filtro ou informação digital sem que esta passe por um filtro ou filtros, a própria interface e o código funcionam como filtros filtros, a própria interface e o código funcionam como filtros para o leitor internauta. Filtros de imersão que ajudam os para o leitor internauta. Filtros de imersão que ajudam os atores a lidar com o excesso de informação.atores a lidar com o excesso de informação.

Page 23: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Do Programa:Do Programa:

Mas a importância do acesso a essas tecnologias e da aprendizagem através desse meio deve a características próprias do dispositivo como um conjunto multilinear (Deleuze, 1996, apud. Orlando, 2006), cujas linhas não delimitam sistemas homogêneos, possibilitando uma multiplicidade de processos singulares de verificação, objetivação, subjetivação, totalização, sofrendo variações e mutações de agenciamento.

Aprendizagem através de multimídia lida com diversos sentidos o que facilita a compreensão e a abstração. Não há como fugir muito disso uma vez que podemos dizer que vivemos em uma cultura cíbrida (Beiguelman, 2004) cuja conexão não tem fim quando desligamos as tecnologias ao nosso redor.

Nossa visão de mundo, nossa leitura já foi reconfigurada, bem como o nosso corpo, não somos mais corpo nem máquina mas estamos conectados e desequilibrados pelas tecnologias da informação.

Page 24: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Questão:Questão:Retirando da questão os méritos de essa Retirando da questão os méritos de essa disciplina ser ou não responsável por formar uma disciplina ser ou não responsável por formar uma comunidade virtual de aprendizagem e prática, comunidade virtual de aprendizagem e prática, com todos os conceitos e dúvidas que envolvem com todos os conceitos e dúvidas que envolvem esse termo, o que interessa para essa esse termo, o que interessa para essa pesquisadora é como acontece a organização da pesquisadora é como acontece a organização da produção colaborativa entre os alunos para a produção colaborativa entre os alunos para a construção do texto coletivo através das construção do texto coletivo através das tecnologias da informação?tecnologias da informação?

Page 25: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Justificativa

A relevância está associada ao fato de que trabalhar coletivamente

se tornou uma obrigação impulsionada pelas ferramentas de comunicação.

A aprovação e o crescimento de cursos à distância mediados,

sugerem uma melhor investigação do processo de elaboração do

conhecimento em trabalhos colaborativos.

Page 26: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Hipóteses

- As lideranças são legitimadas pelo acesso e intimidade com a tecnologia.

- As relações de poder acontecem devido à uma organização social do grupo em: doutorandos, mestrandos, alunos especiais, ouvintes.

- As relações de poder acontecem devido a características pessoais.

Hipóteses

- Os critérios que poderíamos utilizar para avaliar a produção colaborativa seriam fornecidos através do grau de implicação dos indivíduos durante o desenvolvimento do texto coletivo.

- As decisões são tomadas com base em algum direcionamento que provêm, além das hierarquias acadêmicas: (doutorandos, mestrandos, especiais e ouvintes), da leitura da imagem apresentada nos primeiros encontros.

- Aspectos de liderança e organização das tarefas são associados aos alunos que possuem mais conhecimento da técnica e do programa adotado para o desenvolvimento do trabalho colaborativo.

- A liderança e a organização das tarefas recaem sobre aqueles que possuem mais tempo para se dedicarem ao trabalho colaborativo durante a vigência da disciplina.

- Aspectos de liderança têm alguma relação com a formação dos alunos ou com características pessoais dos membros da turma.

Page 27: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Carlos Matus

• Homem: produtor, pessoa ou ator:

• Criador de produtos intelectuais: linguagem, ciências, conceitos, idéias, instituições.

• Transformador da natureza virgem em capital social.

• A partir de ambas as capacidades são realizados fluxos de produção social que dinamizam o jogo social.

Page 28: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Teoria do Jogo Social

• Conflitos: nascem produção interior do homem x da intencionalidade coletiva.

• Jogo social: coletividade, agregação de seres humanos em cooperação, concorrência, coopetition, empatia ou antipatia.

• Coletividade: faço algo como parte do nosso fazer: compartilhamos um propósito coletivo. Intencionalidade coletiva: sem a qual não há fatos sociais, não há interação humana.

Page 29: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Teoria do Jogo Social

• O processo de produção social congrega grande número de atores que não obedecem a um mesmo comando.

• Jogo social: por definição, em um jogo não existe hierarquia entre

os competidores.

• Desigualdades: a abolição das relações hierárquicas não significa a abolição das desigualdades.

• Regras: impedem o caos no processo, servem para regulamentar as vantagens adquiridas por uns em detrimentos de outros.

Page 30: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Metodologia

• Dados etnográficos.• Questionário em escala.• Observação participante durante um ano.• Entrevistas ou grupos de discussão.

Confronto dos dados quantitativos e qualitativos.

Page 31: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Depoimentos

"Todo trabalho realizado em grupo dá mesmo TRA – BA –LHO! Desde o

início sabia que deveria usar 100% de paciência, bom senso para

conviver com as diferenças...(que não foram poucas!).

Já havia participado de um trabalho coletivo em ambiente virtual e isso

me ajudou reforçando em mim o espírito de equipe. Hoje, fazendo um

retrospecto, vejo que não foi tão difícil assim.

Importante ressaltar a flexibilidade e boa vontade demonstrada por

todos para que pudéssemos concluir o nosso texto coletivo, na certeza

de que estamos passando pela transição para as novas maneiras de

construção do conhecimento." Aluna/2005.

Page 32: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Depoimentos

O conflito de idéias, e posições é bem vindo. Dele nasce a negociação, a reavaliação de posturas (quem sabe engessadas?), a colaboração e a participação construtiva.

Aplacados os ânimos, eis que começa a ser delineado o projeto, com tema, problema, hipóteses possíveis de serem comprovadas ou contestadas. As mangas estavam arregaçadas.” (2005)

"Os astros estavam embuídos do espírito do Katrina, ou do Rita!!! A definição de um trabalho coletivo passa por diversas fases. Neste ponto, os participantes do texto coletivo estavam sofrendo das influências do Katrina. Não houve consenso sobre o tema, problema, hipótese ou justificativa. O desconforto era sensível, visível e audível.

Page 33: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Depoimentos

“Houve distanciamento, discussão, princípio de briga, cansaço,

desânimo, raiva, gente se levantando e indo embora, gente

perdendo o controle e levantando a voz, gente entrando em fuga

desvairada, gente rindo de desespero, gente que saiu e voltou,

gente que adoeceu e se curou, gente sorrindo e gente chorando..

Houve até mal entendido entre pessoas que se gostavam muito e

virou piada das mais hilárias. Mas neste cenário de confusão, onde

pessoas mudaram até de casa, também floresceram belas

amizades, parcerias, cooperação. Houve conversas no bar, os

lanches, cafés, as escapadas para fumar. (2006).

Page 34: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Depoimentos

"Além desse ponto, a questão da negociação de opiniões diferentes

também foi um momento muito precioso, pois temos que aprender a

negociar e a ceder em pontos que não são tão fundamentais para

nós e a defender nossas idéias.

Esse relacionamento foi um dos aspectos mais positivos da

realização do trabalho em grupo, além de nos forçar a aprender a

respeitar diferenças, tanto pessoais quanto de competências."

Aluna/2004.

Page 35: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Depoimentos

"O ‘Jornalista de plantão’ da turma observa que notou "ter rolado um stress" nas discussões do fórum nas semanas de greve da USP (29/08 a 16/09/05). Acrescenta ainda ter discordado sobre a forma como se decidiu por votação e não por consenso, ao final do prazo dado para as discussões, sobre o provável tema/hipótese(s) do texto coletivo!" (2005).

"O ‘Pacificador’ concorda com o ‘Jornalista’ e esclarece que antes

das lufadas do Katrina que assolaram esta turma, estavam todos

envolvidos nas discussões e caminhávamos, mais ou menos, na

mesma sintonia e que com a quebra provocada pelas discussões

desnecessárias o tema não progrediu." (2005)

Page 36: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Depoimentos

“Somente na fase final, quando essa liberdade estava por

transformar o trabalho em um absoluto caos, algumas lideranças

ganharam novos contornos e tomaram pulso da situação.

Entretanto, é importante dizer que não delegamos funções

individuais por acreditarmos que isso deixaria o trabalho muito

convencional e dentro do objetivo de investigar, queríamos ter a

sensação real de 10 pessoas trabalhando juntas, no mesmo

trabalho, com o mesmo nível de importância”. (2006).

Page 37: Produções Colaborativas: Poder & Interação

Referências Bibliográficas

• BEN, Daniel; SCHWIER, Richard A.; McCALLA, Gorgon. (2003) Social Capital in Virtual Learning Communities and Distributed Communities of Practice. In: Canadian Journal of Learning and Technology Volume 29(3) Fall / automne.

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