Produções poéticas multimídia: as experiências da ciberpoesia e do blogcast Versos Controversos

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    Intercom Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da ComunicaoXXXIII Congresso Brasileiro de Cincias da Comunicao Caxias do Sul, RS 2 a 6 de setembro de 2010

    Produes poticas multimdia: as experincias da ciberpoesia e do blogcast VersosControversos1

    Clareana Oliveira RODRIGUES2Andra MOTA3

    Suzana Cunha LOPES4

    Raphael Santos FREIRE5Kalynka CRUZ6

    Universidade Federal do Par, Belm, PA

    RESUMO

    Diante dos novos contornos da contemporaneidade, o homem e suas prticas culturaisse reconfiguram cotidianamente. Os acessos s novas concepes e s inmeraspossibilidades tecnolgicas fazem parte deste cenrio. E estes foram os ingredientesutilizados para que experimentssemos at onde se pode ir com a combinao de

    linguagens, suportes e criatividade. Resultado: criao de uma ciberpoesia em rede e umblogcast, produto que rene a linguagem dos blogs com as possibilidades de umpodcast. Ambos assentados no conceito-chave de multimdia. Este artigo se prope arefletir sobre estas experincias e seus produtos.

    PALAVRAS-CHAVE: multimdia; linguagem potica; hibridizao; blogcast;ciberpoesia.

    INTRODUO

    Seria certo dizer que o cotidiano que nos espere ou ser que o contrrio? Esta

    contemporaneidade que nos ambienta trouxe consigo dois alicerces entrecruzados: num

    est o homem com suas aes sobre o mundo, noutro est o mundo que carrega e

    carregado por uma cotidianidade imensurvel. Cada ao humana produz mltiplas

    variaes no espao-tempo. Verdades refutadas, criao de teclas de atalho e at a

    mistura de linguagens intervm e, ao mesmo tempo, so reflexos de um cenrio.

    Neste artigo, o palco foi o ciberespao. Neste espao, pretendemos narrar sobre duasexperincias/intervenes multimdia, elaboradas na disciplina Laboratrio de

    1 Trabalho apresentado na Diviso Temtica DT 5 Comunicao Multimdia, da Intercom Jnior Jornada deIniciao Cientfica em Comunicao, evento componente do XXXIII Congresso Brasileiro de Cincias daComunicao.2 Estudante de Graduao 8 semestre do Curso de Comunicao Social - Jornalismo da Universidade Federal do Par(UFPA), email:[email protected] Estudante de Graduao 8 semestre do Curso de Comunicao Social - Jornalismo da Universidade Federal do Par(UFPA), email:[email protected] Estudante de Graduao 8 semestre do Curso de Comunicao Social - Jornalismo da Universidade Federal do Par(UFPA), email:[email protected] Estudante de Graduao 8 semestre do Curso de Comunicao Social - Jornalismo da Universidade Federal do Par

    (UFPA), email:[email protected] Orientadora do trabalho. Professora da Faculdade de Comunicao da Universidade Federal do Par, email:[email protected].

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    Jornalismo Digital e Novas Mdias ministrada, no 2 semestre de 2009, pela professora

    MSc. Kalynka Cruz. Uma, se ateve a experimentar as possibilidades da ciberpoesia,

    uma construo de textos poticos em rede por vrias mos. Noutra, aproximamos a

    linguagem caracterstica dos blogs s possibilidades proporcionadas pela ferramenta do

    podcast. As duas produes multimdia exploraram a temtica da poesia em seu

    contedo.

    Antes de mostrarmos nossas experincias poticas no ciberespao, necessrio que

    passemos pela trajetria conceitual que nos levou a denominar nossas prticas de

    produes poticas multimdia, centrando no que entendemos por poesia e por

    multimdia.

    PRODUO POTICA E MULTIMDIA

    Para entender o significado da palavra poesia necessrio abrir a mente para coisas

    incompreensveis, significantes insignificveis do ponto de vista da linguagem usual,

    cotidiana. Talvez por isso o texto potico, quando recorre metalinguagem, contenha as

    melhores explicaes. O poeta Manuel de Barros (1980) diz em um verso: poesia um

    inutenslio, ou seja, que ela no serve para nada. No primeiro momento isso pode

    parecer uma ofensa. No entanto, constitui sua principal caracterstica.

    Alm de intil, pode-se afirmar que a poesia refere-se sempre a elementos invisveis aos

    olhos presos realidade, pragmticos, dependentes de resultados. Por isso, segundo a

    enciclopdia Barsa, a poesia uma perverso da linguagem. O poeta Mrio Quintana

    (1994) faz a mesma provocao no poema a seguir. Para qu nomes?/Era azul e

    voava.... Existem significados que no podem se mostrar a partir do uso tradicional que

    fazemos das palavras todos os dias. Por isso existe a poesia.

    De acordo com o autor francs, Jean Cohen (1976), a palavra poesia pode ser entendida

    de duas maneiras predominantes. Uma refere-se sua utilizao na poca clssica,

    quando possua uma funo nica: designar um gnero de literatura, o poema,

    caracterizado pelo uso do verso. Por outro lado, com o passar dos anos, e o surgimento

    da corrente esttica conhecida como Romantismo, o sentido da palavra espraiou-se paraoutras formas de percepo.

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    ...podemos analisar, em linhas gerais, do seguinte modo: em primeiro

    lugar, o termo, por transposio, passou da causa ao efeito, do objetoao sujeito. Deste modo,poesia designou a impresso esttica especialproduzida normalmente pelo poema. Por essa altura, tornou-secorrente falar de sentimento ou de emoo potica. Depois, alargando-se, o termo foi aplicado a qualquer objeto extraliterrio susceptvel deprovocar esse tipo de sentimento, primeiro nas outras artes (poesia damsica, da pintura, etc.), depois s prprias coisas da natureza.

    (COHEN, 1976, p.15).

    Recorrer linguagem potica a melhor forma de discorrer sobre poesia, pois os

    elementos que compem o texto potico, cria da sensibilidade humana, no podem ser

    separados de seus aspectos formais, da maneira como esto materializados na

    sociedade. Eduardo Galeano (2002) nos diz que arte existe para que o homem possa

    enxergar o mundo, e tudo que h nele, em sua plenitude, no apenas a partir decategorias frias e predeterminadas por modos de vida estabelecidos.

    A contemporaneidade se configura como um momento de hibridismo, em que

    linguagens, credos e, principalmente, comportamentos se misturam. O viajante sem

    rumo atravessa rios, mares e oceanos e, por onde passa, leva consigo um punhado de

    rostos e estrias. Quando atraca em algum cais narra, entre sofreguido e sobressaltos,

    algo sobre mundos que no lhe pertencem. Este errante, apesar de encerrado em linhasliterrias, reflete o perfil dos indivduos na era do ciberespao. Sujeito sem rosto que

    trafega, sem dimenso definida, pelos mltiplos caminhos de um no-lugar7,

    previamente redefinido pelos avanos tecnolgicos da informao e da comunicao. E

    nesta nova dinmica social que o ciberespao se assenta. Seus viajantes apresentam

    caractersticas cada vez mais desterritorializadas, na qual cultivam relaes distncia,

    com panoramas de sociabilidade mais geis e temporalmente escassos. Este lao frouxo

    entre os indivduos reflete, nas aes humanas, as ferramentas de informao.

    Santaella (2007), apresenta ainda o conceito de linguagens lquidas como fenmeno

    social da era contempornea.

    Texto, imagem e som j no so mais o que costumavam ser. Deslizamuns para os outros, sobrepem-se, complementam-se, confraternizam-se, unem-se, separam-se e entrecruzam-se. Tornaram-se leves,

    7 Conceito elaborado pelo antroplogo Marc Aug (1994), que corresponde aos espaos simblicos ou no queapresentam a inexistncia das inter-relaes. Nestes no-lugares, os indivduos no possuem experincia narrativa emantm apenas relao com as instituies.

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    perambulantes. Perderam a estabilidade que a fora da gravidade dossuportes fixos lhes emprestavam. (SANTAELLA, 2007, p. 24)

    Como Santaella analisa, as linguagens passam a ser diversificadas e fluidas tambm

    devido aos suportes. Estes tambm se diversificam, interagem entre si e se integram,formando os chamados contedos multimdia. Nesse sentido, multimdia a reunio de

    vrios formatos em um nico produto ou processo.

    O termo multimdia surge pela primeira vez na dcada de 50 para designar os

    produtos que apresentam diferentes meios de comunicao, seja na funo de

    complementaridade, de agregadora ou com a finalidade de promover a interao, com

    exemplo os CD-ROMs. Com a evoluo tecnolgica, os computadores e os softwares

    educativos comearam a participar do cotidiano e integraram os elementos multimdias

    aos seus suportes de informao. Posteriormente, os documentos multimdias se

    consolidaram enquanto suporte de interatividade.

    O termo surge em expresses como sesso ou apresentaomultimdia, significando apresentao ou sesso em que se tirapartido de mais de um formato, no implicando numa fase inicial autilizao do computador. Assim, esta primeira fase caracteriza-sepela utilizao de dois ou mais formatos, em diferentes suportes no

    informticos. (CARVALHO, 2002, 246-247).

    A multimdia, ao apresentar caracterstica multilinear, interativa e agregadora, se

    configura como produto e produtora dos novos cenrios de sociabilidade, e mais ainda,

    como expresso discursiva no ciberespao8. A multimdia nesse ambiente expandiu

    suas possibilidades interativas. disposio de novos suportes e com a difuso de um

    ambiente informacional colaborativo, observa-se a multiplicidade de combinaes que

    surgem no cenrio da cibercultura. Alm de concepes sendo estabelecidas em novos

    cenrios, a cena ciberntica da atualidade hibridiza suportes, meios e mensagens outrora

    cristalizados.

    As expresses estticas, nesse contexto, tambm lanam mo do hbrido para se

    manifestarem. Recursos comunicacionais como vdeo, udio, imagem, texto,

    animaes, emoticons, entre outras linguagens no somente so utilizados poeticamente,

    8 RIBAS, Beatriz. Infografia Multimdia:um modelo narrativo para o webjornalismo, 2004. Artigo apresentadono V Congreso Iberoamericano de Periodismo en Internet, na Faculdade de Comunicao da Universidade Federal daBahia.

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    A ciberpoesia, portanto, nada mais do que uma nova expresso potica do nosso

    tempo. Uma nica voz ativa relativizada. Tal como a figura do receptor. Assim, sendo

    tambm uma filha da internet e do ciberespao, ambos meio e espao hbridos, a

    ciberpoesia possui uma construo hbrida, tanto na linguagem (multimiditica) quanto

    no modo de acesso (amplamente disponvel). udio, texto escrito e a estrutura de jogos

    virtuais fundem-se, e confundem-se, a fim de atingir o plano da poesia neste novo

    momento.

    J que este um novo momento, o que muda nesta forma de expresso? As

    caractersticas e como elas esto presentes nas ciberpoesias so: interatividade,

    hipertextualidade, a/multilinearidade, recursos estticos multimiditicos e

    colaboratividade.

    Construo do hbrido infinitamente colaborativo

    Uma das nossas experincias multimdia foi a construo colaborativa em rede de uma

    ciberpoesia. A ideia era que essa ciberpoesia fosse construda a partir do alcance da

    rede, inclusive esse alcance suscitou a seguinte reflexo: se configuraria uma poesia

    colaborativa se utilizssemos um caderno com um grupo de pessoas, em que cada umapudesse escrever uma frase ou palavra que, ao suposto final do processo, o que foi

    escrito compusesse um sentido? A essa questo respondemos a ns mesmos que sim,

    porm a participao colaborativa estaria restrita somente ao grupo e dessa maneira no

    seria construda uma ciberpoesia de acordo com as caractersticas descritas acima. No

    ciberespao, a construo de uma poesia alcanaria um maior nmero de

    colaboradores/autores que no estariam necessariamente ao mesmo tempo no mesmo

    espao geogrfico, mas sim, no mesmo espao ciber.

    Como no possuamos tempo suficiente para criarmos um blog ou site na internet e

    posteriormente moviment-lo, decidimos ento sair em busca de sites, blogs, fruns,

    entre outros, onde pudssemos construir nossa ciberpoesia de forma colaborativamente

    em rede, para isso nos utilizamos da ferramenta de busca universal Google Search e

    nela tentamos fazer a busca por palavras-chave como ciberpoesia, poesia colaborativa,

    colaboratividade e poesia, entre outras, nos idiomas portugus, ingls e espanhol. Para

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    nossa surpresa, encontramos unicamente um blog que tratasse do assunto, oWikesia -

    Wiki de Poesias9.

    A proposta do blog Wikesia era:

    O que voc acha de construir uma poesia a quatro, cinco, seis, 'n'mos? Essa a proposta deste blog. A idia criarmos poesias deforma colaborativa, onde cada leitor poder sugerir a prxima palavra,verso, estrofe, frase, etc. claro que poesias so profundas expressessentimentais do autor, portanto individuais. Mas a proposta exatamente quebrar essa individualidade. (Trecho retirado dadescrio do blog Wikesia. Disponvel em:http://wikesia.blogspot.com/).

    Ao visitarmos o blog Wikesia, percebemos que nele existia somente uma nica

    postagem10 do dia 1 de agosto de 2007, ou seja, apesar de haver o incio da ciberpoesia,

    o blogWikesia estava desatualizado. Mesmo assim, decidimos nos utilizar do blog para

    a construo da nossa ciberpoesia, uma vez que este possua o carter e a proposta

    semelhantes ao nosso trabalho. Para moviment-lo, enviamos um email a alguns

    estudantes de comunicao e para outros contatos explicando nosso trabalho e proposta,

    e solicitando que nos ajudassem a construir a ciberpoesia. Alguns membros da equipe

    tambm postaram no blog para ajudar na construo da ciberpoesia.

    Passada esta fase da construo do trabalho, percebemos que as pessoas s quais

    enviamos o email, estavam postando no blog e construindo colaborativamente em rede a

    ciberpoesia. Entretanto, algumas postagens no estavam sendo acrescentadas a

    ciberpoesia, elas apareciam no blog, porm no eram incorporadas ao texto principal

    (ciberpoesia) pelo autor/dono do Wikesia. Nesse momento, passamos a nos questionar

    acerca da autoria da ciberpoesia: Haveria um autor da ciberpoesia? Quem seria o autor

    da ciberpoesia? Ser que o autor/dono do blog, ou de qualquer outro meio nociberespao, onde a ciberpoesia esteja sendo construda o autor ou o principal autor da

    mesma? Ou ser que todos aqueles que construram colaborativamente a ciberpoesia

    tambm seriam autores dela? Esses foram alguns questionamentos que nos fizemos

    durante a elaborao do trabalho e que constituram um ponto de discusso acalorado

    durante nossa apresentao em sala de aula. Durante a produo do trabalho, em

    nenhum momento a equipe entrou em contato com o autor/dono do blog Wikesia para

    9 http://wikesia.blogspot.com/

    10 Incio... "A saudade arrumar o quarto do filho que j morreu." (Chico Buarque).

    http://wikesia.blogspot.com/http://wikesia.blogspot.com/http://wikesia.blogspot.com/http://wikesia.blogspot.com/http://wikesia.blogspot.com/http://wikesia.blogspot.com/http://wikesia.blogspot.com/http://wikesia.blogspot.com/http://wikesia.blogspot.com/http://wikesia.blogspot.com/http://wikesia.blogspot.com/http://wikesia.blogspot.com/
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    sabermos como ele se sentia ou se via diante a essa situao. O contato foi feito

    posteriormente, em maro de 2010, onde o autor do blog Wikesia, Leopoldo Souza,

    comenta sobre a autoria de uma ciberpoesia.

    Eu me sinto um mero organizador, uma pessoa no meio -do-caminho e no no seu fim ou incio... No me vejo como um autor,mesmo porque, para iniciar [a ciberpoesia] eu no postei nadaautntico, usei a letra de uma msica de Chico Buarque que achei serfcil de se fazer poesia. Por isso no me considero o autor nem faoparte do grupo de autores (SOUZA, 2010).

    Mas at que ponto o organizador das postagens para construir a ciberpoesia no ou

    no pode ser tambm um autor da mesma, uma vez que este decide quais postagens so

    mais convenientes e as organiza segundo seus critrios. Quanto s postagens nopublicadas, Leopoldo Souza, esclarece seu posicionamento:

    De fato tiveram vrios posts. Alguns ficam claro que no socontribuies "poticas" para a construo da [ciber]poesia. Nesteponto fica fcil decidir por no "agreg-lo" ao texto. Mas realmentesurge uma questo delicada: como julgar se um determinadocomentrio deve ou no ser agregado "obra"? Pelo princpio de umambiente colaborativo factvel a existncia de um "moderador" quefica monitorando a evoluo do site/frum/wiki. No meu caso eupergunto antes se o objetivo daquele comentrio "potico" e deve ser

    acrescido poesia ou no. Teve um caso desses. Mas o supostocolaborador no respondeu. Ento decidi no agreg-lo, aguardando aposio dele. (SOUZA, 2010).

    Mas ento qual seria a sada? Moderar de fato as postagens ou deixar que os prprios

    autores/colaboradores da ciberpoesia decidam, conjuntamente, as postagens que

    formaro a ciberpoesia e a ordem da mesma? Deixar a construo colaborativa

    totalmente nas mos dos autores/colaboradores faria o autor/dono do blog nica e

    exclusivamente com a funo de administrador da ciberpoesia, possuindo somente opapel de ordenar a ciberpoesia?

    At pensei em fazer uma espcie de "enquete" ou votao para ver se

    um determinado comentrio deveria ou no ser acrescido a "obra".Mas cheguei concluso que tornaria a construo lenta, morosa, oque para um ambiente "ciberntico" ultrapassado. Na internet ascoisas so muito rpidas, no podem ficar esperando por uma decisocoletiva. Talvez isso esteja indo de encontro com os princpios dademocracia Na minha idia, um ambiente colaborativo aberto paraqualquer proposta de uma forma mais democrtica possvel, inclusive

    (e principalmente) aberto para discusso se uma determinada idiadeve ou no ser postada como colaborao. Foi com essa idia, de ser

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    um ambiente mais democrtico possvel, que deixei os comentriossem moderao para que tudo fosse publicado automaticamente,independente da minha vontade. Mas infelizmente o blog comeou aser bombardeado com spams e comentrios totalmente fora docontexto. Por isso passei a moderar. (SOUZA, 2010).

    Talvez a soluo esteja no suporte onde a ciberpoesia seja construda. Um blog, um site,

    um frum, um wiki requer moderao/administrao, mesmo que nos comentrios no o

    seja necessrio, porm somente o autor/dono pode fazer postagens ou autoriz-las.

    Quem sabe a problemtica da autoria da ciberpoesia no seja resolvida no momento em

    que ela passe a ser construda em um suporte realmente democrtico, onde no exista a

    necessidade de moderao/administrao e todos os autores/colaboradores tenham a

    conscincia de que esto envolvidos num processo de construo ciberpotica

    colaborativa.

    Alguns dias depois, o autor/dono do blog Wikesia j havia selecionado as postagens e

    organizado a ciberpoesia sua maneira. Resolvemos ento, produzir um hibrido

    audiovisual que contribusse para que a ciberpoesia se tornasse mais multimiditica, j

    que o ciberespao nos permite isso. O processo de construo do Ciberpoesia: um

    hbrido infinitamente colaborativo11, retrata como uma ciberpoesia que mistura outros

    formatos pode ser construda. O hbrido no foi produzido em rede, devido ao poucotempo que a equipe possua para apresent-lo como avaliao final do Laboratrio de

    Jornalismo Digital e Novas Mdias. Porm, a equipe tentou produzir como se construdo

    colaborativamente em rede por meio de imagens foram feitas pelos prprios integrantes

    da equipe, outras imagens e efeitos foram retiradas do YouTube, uma das integrantes da

    equipe resgatou um vdeo feito em 2009 na cidade de Curitiba para utilizarmos no

    hbrido, editado por integrantes da prpria equipe.

    Apesar do hbrido imagtico no ter sido produzido e editado em rede, sabe-se da

    existncia de softwares12 totalmente grtis onde possvel a edio de vdeos online e

    de maneira colaborativa, a exemplo de sites como opensourcecinema.org. Dessas

    ferramentas surge a possibilidade de se construir uma ciberpoesia cujo seu incio seja

    em formato audiovisual, a segunda estrofe ou frase em formato texto, seguida de um

    trecho de uma msica em formato udio e finalizada por uma imagem, por exemplo.

    11 O hbrido pode ser acessado no link:http://www.youtube.com/watch?v=_fiKtUyRm0U

    12Eyespot,Jumpcut, StarterStash,Brushvideo, entre outros.

    http://www.youtube.com/watch?v=_fiKtUyRm0Uhttp://www.youtube.com/watch?v=_fiKtUyRm0Uhttp://www.youtube.com/watch?v=_fiKtUyRm0Uhttp://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.opensourcecinema.org%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFEXfqXWYA75orMUXUFendqSYRwVQhttp://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.opensourcecinema.org%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFEXfqXWYA75orMUXUFendqSYRwVQhttp://www.youtube.com/watch?v=_fiKtUyRm0Uhttp://www.youtube.com/watch?v=_fiKtUyRm0Uhttp://www.youtube.com/watch?v=_fiKtUyRm0Uhttp://www.youtube.com/watch?v=_fiKtUyRm0Uhttp://www.google.com/url?q=http%3A%2F%2Fwww.opensourcecinema.org%2F&sa=D&sntz=1&usg=AFQjCNFEXfqXWYA75orMUXUFendqSYRwVQhttp://www.youtube.com/watch?v=_fiKtUyRm0Uhttp://www.youtube.com/watch?v=_fiKtUyRm0Uhttp://www.youtube.com/watch?v=_fiKtUyRm0U
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    EXPERINCIA POTICA MULTIMDIA: PODCAST VERSOS

    CONTROVERSOS

    Entre links interminveis e dvidas mil, ns o achamos. Seu nome: Versos

    Controversos. Criado a mais de 10 anos pelo escritor Alan Salgueira, o blog foi

    escolhido para criao de um blogcast, produto da disciplina Laboratrio de

    Jornalismo Digital e Novas Mdias. A experincia consistia em selecionar um blog e

    transp-lo para a linguagem de um podcast. Resultado: trs posts selecionados, trilha

    sonora de fundo e um produto genuinamente multimdia: o Podcast Versos

    Controversos13.

    Apesar de seus mais de 100 fiis seguidores, o blog no apresenta frmulas

    revolucionrias. Layout simples e temas cotidianos permeiam a produo do escritor. O

    que lhe diferencia no concorrido mundo blogueiro est na combinao de palavras.

    Aliteraes, assonncias e paranomsias so algumas das figuras de linguagem que

    transformam as linhas em verdadeiros concertos sem instrumento sonoro. Para ter uma

    ideia, ai vai um trecho:

    Ah, se to fcil fosse como brincar de casinha, fugir do domnio doefeito domin, do barulho da queda do castelo de baralho, pois em vezde casario, aqui se est numa casa-rio, onde o lago quase a laje, emque se quase um fragata precisando de resgate, uma nau frgilsucumbindo ao naufrgio, em que se avistam meias soquetes em meio sucata (SALGUEIRO, 18 ago. 2009).

    Com meias soquetes, taras e micoses no congresso, o autor se destacou em meio ao

    emaranhado fluido de links e hiperlinks. Na atualidade, os blogs se configuram como

    espao colaborativo e de expressa autonomia de seu idealizador. Ambientando o cenrio

    de fluidez no qual os homens e suas aes apresentam temporalidade imediata, aatividade blogueira se configura como potencializadora de uma emergente formatao

    individualizada do ser. Alm das aes cotidianas vividas na atualidade, o cenrio

    reconfigurado pelos blogs transformou a informao em um cenrio de trocas, no qual,

    na cena ciberntica ningum apresenta poder detentor da informao.

    Da literatura, passando pelo cinema e chegando ao jornalismo, osblogs simplesmente inundaram a rede mundial de computadores,

    13 O Blogcast Versos Controversos pode ser acessado no link http://soundcloud.com/raphaelfreire/versos-controversos-podcast

    http://soundcloud.com/raphaelfreire/versos-controversos-podcasthttp://soundcloud.com/raphaelfreire/versos-controversos-podcasthttp://soundcloud.com/raphaelfreire/versos-controversos-podcasthttp://soundcloud.com/raphaelfreire/versos-controversos-podcasthttp://soundcloud.com/raphaelfreire/versos-controversos-podcast
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    realidade que acabou trazendo uma nova face para os meios decomunicao, um sinal claro de que so e continuaro a ser agentesfundamentais da transformao miditica dos prximos anos.(BORGES, 2007, p.42).

    Mais do que dirios eletrnicos, os blogs adquiriram vez e voz no cenrio jornalstico eat nas apostas publicitrias. Com a nova configurao, h quem almeje levar um

    pedao de uma fatia em asceno no mercado da comunicao. De quem estamos

    falando? Mais uma vez dos jovens. Segundo Borges (2007), o jovem se preocupa em

    estar inserido nas chamadas tribos. Na atualidade, para se tornar membro deste grupos

    preciso estar inserido no ambiente tecnolgico.

    Independente do motivo no qual optamos pelo blog Versos Controversos, chegamos sprximas etapas. Selecionamos trs textos com temticas diversas: Na Morada, texto

    que fala sobre relaes amorosas; (Des)Construo, com a temtica relativa s

    mudanas; e, finalmente, Meu Relgio de Segundos, texto solto que fala sobre a

    soberania do tempo. E numa dessas tardes sem chuva, sentamos ao redor de um

    computador, aps gargarejos com gua e sal e soltamos a voz.

    A proposta era ambientar, sonoramente, a partir dos principios que norteiam a feitura de

    um podcast. Inicialmente, vale explorar um pouco sobre essa ferramenta originalmente

    multimdia criada pelo VJ da MTV, Adam Curry. Adam misturou o Ipod tocador de

    udio digital projetado e vendido pela empresa Apple com o chamado Broadcasting

    que consiste numa forma de transmisso de dados iguais para diversos receptores ao

    mesmo tempo. Resultado: a tecnologia de udio agora ganhava espao na web.

    O podcasting especial por permitir editar radioshows ou outrosficheiros e estes serem recebidos automaticamente sem se ter de ir aosite e fazer o download. Qualquer pessoa pode ouvir a emisso derdio ou o programa udio preferido, basta inscrever-se nos podcasts escolha e o iTunes faz o resto. (MOURA; CARVALHO, 2005, p. 1).

    Apesar do podcast j mesclado com antigos formatos tecnolgicos e de linguagem, foi

    difcil se pensar numa roupagem que desse originalidade a este produto sem que se

    perdesse no caminho seus traos originais. Para isso, utilizamos o conceito de

    transposio intersemitica para nortear nossas escolhas e combinaes estruturais.

    Segundo Ricardo (2007), traduo intersemitica concebida como recriao, j que

    para o autor no possvel se compreender a traduo como outra forma de apresentar

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    o texto artstico integralmente em outro suporte ou linguagem. Para exemplificar,

    Clver (apud Ricardo, 2007) afirma:

    A literatura, entendida como um sistema semitico, to fraca e

    fortemente determinada como a pintura, e como ela sujeita aflutuaes em abordagens interpretativas. O sentido de um poema no mais claro e auto-evidente do que o do texto pictrico. A deciso dotradutor quanto preservao das caractersticas formais serdeterminada pela sua interpretao e julgamento, e tambm pelaimportncia e eficcia dessas caractersticas nos hbitos deinterpretao do leitor. (CLVER, 2006 apud RICARDO, 2007).

    A partir destes elementos possvel visualizar o produto criado a partir de dois

    alicerces: um trazendo sua linguagem e o outro oferecendo um suporte diferenciado.

    Entretanto, ambos aproximados pelo mesmo cenrio do qual se originam: a web. Apesardas especificidades textuais que envolvem a linguagem de web e as possibilidades do

    podcast, optamos por preservar os textos literrios de Alan Salgueiro, modificando

    apenas sua leitura da linguagem escrita para a ouvida. O que predominou no processo

    de traduo intersemitica foi a recriao dos ambientes que envolviam os textos.

    Para Plaza (apud RICARDO, 2001), a utilizao de metforas, smbolos ou outros

    signos de carter convencional correspondem ao que ele chama de traduo simblica,no qual a traduo se realiza em casos como traduo entre lnguas ou explicao de

    uma mensagem no-verbal atravs de palavras. Na experincia entre podcast e o blog

    Versos Controversos, ambientamos o espao outrora representado pelo layout da web

    (disposio do texto, elementos da pgina, imagens, cores) com msicas selecionadas.

    Cada pargrafo de um post apresenta cores diferenciadas. No recurso de udio,

    utilizamos a mudana de narradores. No que se refere imagem de uma praia no

    cabealho do blog, utilizamos a msica com sons das ondas do mar a cada mudana de

    bloco. A antiga imagem se tornou vinheta do material de udio. Alm disso, a cada

    trmino de post, gravamos alguns dos comentrios originais presentes em cada texto.

    Ttulo, data e nmero de comentrios fazem parte do produto.

    CONSIDERAES

    De acordo com Santaella (1983), "Toda definio acabada uma espcie de morte,porque, sendo fechada, mata justo a inquietao e curiosidade que nos impulsionam

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    para as coisas que, vivas, palpitam e pulsam". Entender a disciplina Jornalismo Digital e

    Novas Mdias como uma caixa simblica que encerra apenas contedos tcnicos sobre a

    virtualidade e a carreira jornalstica matar o que h de mais importante em um

    estudante de fenomenologia: a capacidade de abrir o esprito para o mundo.

    Desde o incio da disciplina "Jornalismo Digital e Novas Mdias", quando professora e

    alunos assumiram o compromisso de romper com o pensamento cartesiano na educao,

    ficou entendido que as definies acabadas estariam fora da sala de aula. Desejou-se

    mais que apreender tcnicas de webjornalismo ou entender a definio do que era o

    virtual, na verdade, atravs da combinao de linguagens, suportes e criatividade se

    buscou superar as amarras da linguagem e do pensamento formal levando cada membro

    a reflexes mais filosficas sobre o cotidiano digital e suas mltiplas interfaces. O

    blogcast e a ciberpoesia compuseram uma mirade multicolore e somaram-se a podcasts,

    webdocumentrios, hqtrnicas, entre outros produtos que sim, tratavam sobre

    jornalismo, mas mais do que isso, proporcionaram a verdadeira imerso na virtualidade.

    Uma nova maneira de experimentar a cincia e assim romper com o a superficialidade

    tcnica na qual muitas vezes a discusso sobre tecnologia e comunicao se d.

    Responde-se aqui ao questionamento sobre at onde se pode ir com a combinao de

    linguagens, suportes e criatividade: no h limites nem ao esprito, nem ao potencial que

    cada estudante de fenomenologia traz em si. Basta que se rompam as amarras da

    educao formalizada, cega e encaixotada que algumas vezes empobrecem o percurso

    acadmico na comunicao.

    REFERNCIAS

    AUG, Marc. No-lugares. Introduo a uma antropologia da Supermodernidade.Campinas: Papirus, 1994.

    BARROS, Manoel de. Arranjos para Assobio. Rio de Janeiro:Editora Record. 1980.

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