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ESTADO DA BAHIA PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMAÇARI SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO - SEDUR PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO PRODUTO 13 RELATÓRIO FINAL DO PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE CAMAÇARI BA VERSÃO PRELIMINAR VOLUME II PROPECTIVAS E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO CAMAÇARI / BA AGOSTO, 2016

PRODUTO 13 RELATÓRIO FINAL DO PLANO MUNICIPAL DE …arquivos.camacari.ba.gov.br/sedur/pmsb/PMSB_P13_PMSB... · 2016. 9. 22. · estado da bahia prefeitura municipal de camaÇari

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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO

PRODUTO 13 – RELATÓRIO FINAL DO PLANO MUNICIPAL

DE SANEAMENTO BÁSICO DE CAMAÇARI – BA

VERSÃO PRELIMINAR

VOLUME II – PROPECTIVAS E PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

CAMAÇARI / BA

AGOSTO, 2016

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Plano Municipal de Saneamento Básico

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PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 1.174/2013

TOMADA DE PREÇOS Nº 003/2014

CONTRATO Nº 140/2014

Versão Preliminar do Produto 13 – Relatório

Final do Plano Municipal de Saneamento Básico,

Volume II – Prospectivas e Planejamento

Estratégico, apresentado pela Saneando

Projetos de Engenharia e Consultoria Ltda. para

a Secretaria de Desenvolvimento Urbano

(SEDUR), como parte integrante do Plano

Municipal de Saneamento Básico de Camaçari -

BA.

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ADEMAR DELGADO

Prefeito Municipal

MARIA DO CARMO SIQUEIRA

Vice Prefeita

DJALMA MACHADO DE SOUZA

Secretário Municipal de Desenvolvimento Urbano

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FICHA TÉCNICA

Comitê de Coordenação

Membro Titular Secretarias

Marina Rodriguez Alonso (Coordenadora) SEDUR/ASTEC

Anselmo Sebastião Salgueiro dos Santos SEDUR/CPL

Eduardo da Silva Barreto SEDUR/CMA

Fabio Antônio Moura Costa de Souza SEDUR/ASTEC

Lélia Maria dos Reis Dias SEDUR/ASTEC

Maiana Fernandes Vaz Freitas SEDUR/ASTEC

Maressa Lacerda Viera SEDUR/ASTEC

Milai Rodrigues Alves Cordeiro SEDUR/CMA

Sandra Lima dos Santos SEDUR/CMA

Silvio Roberto Gantois SEDUR/CMA

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Comitê Executivo

Instituições e Secretarias Membro Titular Membro Suplente

Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR)

Secretaria de Infraestrutura (SEINFRA)

Marina Rodriguez Alonso

Sérgio Murilo Falcão Silva

Maressa Lacerda Viera

Cesar Aparecido dos Santos

Secretaria de Saúde (SESAU) Valmir Santos Araújo Ruteane da Silva dos Santos

Secretaria de Habitação (SEHAB) Monique Matos Rodrigues Azevedo Santiane Araújo Godinho Cruz

Secretaria de Serviços Públicos (SESP) Flávio Ribeiro Lobo Filho José Marcelo Rocha de Almeida

Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDES) Elaine Maciel de Souza da Silva Mateus dos Santos de Oliveira

Limpeza Pública de Camaçari (LIMPEC) Rute do Nascimento Luiz Balbino Bittencourt Teixeira

Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAM)

Francisco de Assis Silva

Crispim Carvalho da Hora

Conselho Municipal de Saúde (CMS) Paulo César Souza Costa Verbenia Lúcia da Silva Santos

Conselho Municipal de Educação (CME) Elielza de Santana Bispo Souza Mário José Santos Filho

Conselho Municipal da Cidade (CONCIDADE) Everaldo de Jesus Vieira Jorge Carlos Ramos Gonçalves

Comitê de Fomento Industrial (COFIC)

Mariene Salatiel Oliveira

José de Anchieta da Silva Filho

Comitê da Bacia Hidrográfica do Recôncavo Norte e Inhambupe (CBHRNI)

Sérgio de Almeida Bastos

Maria José Rosas

Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. (Embasa)

Mário Sergio Soares May

Taís Meireles Oliveira

Poder Legislativo Municipal (CMC) Sávio Nonato Barreto de Oliveira Gilseppi Mário Reis D’errico

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Equipe Técnica da Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria Ltda.

Nome Cargo

Geraldo Leite Botelho Coordenador Gerencial do Contrato

Gabriela Vieira de Toledo L. Ataíde Coordenadora Técnica de Planejamento

Lívia Duca de Lima Supervisora Técnica do PMSB

Lenon Sol de Souza Marques Supervisor Técnico do PMGIRS

Kalila Calil Barreto Couto Engenheira Sanitarista e Ambiental

Mariana Mascarenhas de Souza Engenheira Sanitarista e Ambiental

Victor Moreira da Silva Vidal Engenheiro Ambiental e Sanitarista

Victor Pompeu Teixeira Rodriguez Engenheiro Sanitarista e Ambiental

Leila Santos Borges Nunes Assistente Social

Luiz Claudio Ferraz Freire de Carvalho

Tiago Santana Dutra

Geógrafo/Técnico em Geoprocessamento

Estagiário em Eng. Sanitária e Ambiental

Carolina Rodeiro Nunes Estagiária em Eng. Sanitária e Ambiental

Verônica Paternostro Andrade Estagiária em Eng. Sanitária e Ambiental

Ilo César Menezes Estagiário em Geografia

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Apresentação

A Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria Ltda. – ME apresenta à Prefeitura

Municipal de Camaçari a versão preliminar do Produto 13 – Relatório Final do

Plano Municipal de Saneamento Básico, Volume II – Prospectivas e

Planejamento Estratégico, conforme contrato nº 140/2014.

O presente documento foi desenvolvido com base na Lei Federal nº 11.445/2007,

que estabelece diretrizes para a Política Nacional de Saneamento Básico (PNSB),

regulamentada através do Decreto Nº 7.217/2010, alterado pelo Decreto nº 8.629/

2015 e na Lei Estadual nº 11.172/2008, que institui a Política Estadual de

Saneamento Básico (PESB).

O Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) é o principal instrumento de

planejamento da gestão dos serviços de abastecimento de água, esgotamento

sanitário, drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, bem como de limpeza

urbana e manejo de resíduos sólidos. É desenvolvido para atuar em um horizonte de

20 anos e deve passar por revisões periódicas a cada 4 anos, a fim de manter-se

atualizado.

Em relação à elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico, o artigo 1º do

Decreto nº 8.629/15 afirma:

Após 31 de dezembro de 2017, a existência de plano de saneamento

básico, elaborado pelo titular dos serviços, será condição para o

acesso a recursos orçamentários da União ou a recursos de

financiamentos geridos ou administrados por órgão ou entidade da

administração pública federal, quando destinados a serviços de

saneamento básico.

Dessa forma, atendendo aos princípios e objetivos abordados na Política Nacional

de Saneamento Básico, além de outras premissas, a Prefeitura Municipal de

Camaçari desenvolve este instrumento como forma de estabelecer diretrizes

aplicáveis, de forma sistemática, para o planejamento dos serviços de saneamento

básico adequado a realidade do município.

Em seu desenvolvimento, o PMSB foi estruturado de forma a apresentar o

diagnóstico, que retrata a atual situação dos serviços de saneamento básico em

Camaçari; o estudo de cenários e a hierarquização das intervenções, bem como os

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mecanismos e procedimentos a serem utilizados na implementação das metas;

programas, projetos e ações nos devidos horizontes temporais de curto, médio e

longo prazo, conforme determina o termo de referência.

As etapas de elaboração do PMGIRS e do PMSB estão descritas a seguir, de

acordo com os requisitos do Termo de Referência e diretrizes preconizadas pela

Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental:

Etapa 1:

- Plano de Trabalho e Plano de Mobilização Social;

Etapa 2:

- Caracterização física e socioeconômica do Município;

- Oficina de Capacitação do Comitê Executivo.

Etapa 3:

- Diagnóstico dos Serviços de Água;

- Diagnóstico dos Serviços de Esgoto;

- Diagnóstico dos Serviços de Drenagem de Águas Pluviais;

- Diagnóstico dos Serviços de Limpeza Urbana e Manejo dos Resíduos

Sólidos.

Etapa 4:

- Estudos de Cenários;

- Hierarquização das Intervenções;

- Versão Preliminar do PMGIRS;

- Audiências Públicas Locais para Apresentação do PMGIRS;

- Versão revisada e complementada do PMGIRS com base nas audiências

públicas locais (proposta de Lei enviada à Câmara).

Etapa 5:

- Plano Municipal de Saneamento Básico (Versão Preliminar);

- Audiências públicas locais para apresentação do PMSB.

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Etapa 6:

- Versão revisada e complementada do PMSB com base nas audiências

públicas locais (Minuta de Proposta de Lei);

- Relatório Síntese do PMSB (proposta de Lei enviada à Câmara).

Para que o PMSB contemple todos os seus objetivos e garanta uma melhor gestão

dos serviços de saneamento básico, é necessário a participação popular,

enriquecendo o diagnóstico dos técnicos e garantindo, também, o controle social.

Dessa forma, a população tem papel central na elaboração do plano, participando do

planejamento. A eficiência desse processo é maior se grupos organizados e

entidades representativas dos setores econômicos e sociais de comunidade ou

região participarem ativamente, desde a sua elaboração até a sua implementação.

O esforço do município de Camaçari em elaborar seu Plano de Saneamento Básico

objetiva não só cumprir um marco legal no saneamento, como obter um momento

ímpar no exercício de titular efetivo dos serviços que lhe concede a Lei Federal nº

11.445/2007, deixando clara quem deverá exercer as distintas funções inerentes a

gestão dos serviços de saneamento: o ato de planejar, de prestar, de regular e

fiscalizar, e permeando transversalmente a todos estes, o controle social.

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LISTA DE SIGLAS

ABES – Associação Brasileira de Engenharia Sanitária

AGERSA – Agência Reguladora de Saneamento Básico

ANA – Agência Nacional de Águas

APP – Área de Preservação Ambiental

ASTEC – Acessoria Técnica

CAESA – Companhia de Água e Esgoto do Amapá

CERB – Companhia de Engenharia e Recursos Hídricos da Bahia

CETREL – Central de Efluentes Líquidos do Polo de Camaçari

CMA - Coordenadoria de Meio Ambiente

CMB – Conjunto Motor-Bomba

CNRH – Conselho Nacional de Recursos Hidricos

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente

COVIAM – Coordenação de Vigilância Ambiental em Saúde

COF - Coordenadoria de Fiscalização do Uso do Solo e Meio Ambiente

CONCIDADE – Conselho das Cidades

COS - Coordenadoria do Uso do solo

CPE - Coordenadoria de Elaboração de Projetos

CPL - Coordenadoria de Planejamento

CPRM – Companhia de Pesquisas em Recursos Minerais

CRAS – Centro de Referência e Assistência Social

CREA – Conselho Regional de Engenharia e Agronomia

CSAN – Coordenadoria de Saneamento Básico

CTM - Cadastro Territorial Multifinalitário

DAC – Distribuidora de Água de Camaçari

DBO – Demanda Bioquimica de Oxigênio

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DIVISA – Diretoria da Vigilância Sanitária e Ambiental

DQO – Demanda Quimica de Oxigênio

EEE – Estação Elevatória de Esgoto

EEAB – Estação Elevatória de Água Bruta

EEAT – Estação Elevatória de Água Tratada

EMBASA – Empresa Baiana de Água e Saneamento S.A

EMRMS – Entidade Metropolitana da Região Metropolitana de Salvador

ETA – Estação de Tratamento de Água

ETE – Estação de Tratamento de Esgoto

ETL – Estação de Tratamento de Lodo

FUNASA – Fundação Nacional da Saúde

GEPLU - Gerência de Planejamento Urbano

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IMEA – Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária

INEMA – Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos

IPECE – Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará

IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial Urbana

IWA – International Water Association

MC – Ministério das Cidades

MMA – Ministério do Meio Ambiente

NBR – Norma Brasileira

ODM – Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

OGU – Orçamento Geral da União

OMS – Organização Mundial de Saúde

ONU – Organização das Nações Unidas

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PAC – Programa de Aceeração do Crescimento

PAE – Plano de Ação de Emergência

PARMS – Plano de Abastecimento de Água da Região Metropolitana de Salvador,

Santo Amaro e Saubara

PDDU – Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano

PIC – Polo Industrial de Camaçari

PLANSAB – Plano Nacional de Saneamento Básico

PMCMV – Programa Minha Casa Minha Vida

PMSB – Plano Municipal de Saneamento Básico

PNEA – Politica Nacional de Educação Ambiental

PNSB – Politica Nacional de Saneamento Básico

PSA – Plano de Segurança de Água

RAD – Reservatório Apoiado de Distribuição

RED – Reservatório Elevado de Distribuição

SAA – Serviço de Abastecimento de Água

SABESP – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo

SAC – Solução Alternativa Coletiva

SAI – Solução Alternativa Individual

SEDUR – Secretaria de Desenvolvimento Urbano

SEINFRA – Secretaria de Infraestrutura

SESAB – Secretaria de Saúde do Estado da Bahia

SESAU – Secretaria de Saúde

SIAA – Sistema Integrado de Abastecimento de Água

SIAGAS – Sistema de Informações de Águas Subterrâneas

SIDRA - Sistema IBGE de Recuperação Automática

SIG – Sistema de Informações Geográficas

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SISAGUA – Sistema de Informação de Vigilância de Qualidade da Água para

Consumo Humano

SLAA – Sistema Local de Abastecimento de Água

SNIS – Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento

SSAA – Sistema Simplificado de Abastecimento de Água

SSD – Sistema de Suporte a Decisão

SUS – Sistema Único de Saúde

SUVISA – Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde

SWOT - Strengths, Weaknesses, Opportunities and Threats

UTA – Unidades de Tratamento de Água

VISA – Vigilância Sanitária e Ambiental

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Organograma da Coordenadoria de Saneamento Básico (CSAN). .......... 56

Figura 2 – Atribuições da Coordenadoria de Saneamento Básico. ........................... 58

Figura 3 – Estrutura da SEDUR com a criação da Coordenadoria de Saneamento

Básico. ...................................................................................................................... 59

Figura 4 - Alternativas de captação de água de chuva. ............................................ 80

Figura 5 – Alternativas de tratamento da água no domicilio (filtro de barro e

desinfetante). ............................................................................................................. 81

Figura 6 - Representação esquemática dos sistemas convencional e condominial. . 87

Figura 7 - Produção agrícola irrigada com reuso de esgoto tratado. ......................... 90

Figura 8 - Esquema em corte de uma fossa seca. .................................................... 91

Figura 9 - Desenho esquemático de uma fossa séptica. ........................................... 94

Figura 10 - Instalação das fossas sépticas econômicas. .......................................... 95

Figura 11 - Vala de infiltração para disposição do efluente da fossa séptica

econômica. ................................................................................................................ 96

Figura 12 - Ciclo dos nutrientes de acordo com o ecossaneamento. ........................ 96

Figura 13 - Tanque de evapotranspiração. ............................................................... 98

Figura 14 - Círculo de bananeiras. ............................................................................ 99

Figura 15 - Esquema do círculo de bananeiras (corte e vista). ............................... 100

Figura 16 - Corte lateral de um banheiro seco mostrando o seu funcionamento. ... 101

Figura 17 - Bombonas de armazenamento temporário (esquerda) e de estocagem

(direita) em sanitário com separação de urina implantadas em países da África. ... 103

Figura 18 - Banheiro seco com bacia sanitária segregadora de urina. ................... 103

Figura 19 - Detenção on-line e off-line. ................................................................... 105

Figura 20 - Exemplo de seção composta para os canais revestidos com vegetação.

................................................................................................................................ 108

Figura 21 - Exemplo de seção composta para os canais revestidos de concreto ou

muro de gabião a) trapezoidal e b) retangular......................................................... 108

Figura 22 - Parques lineares - exemplo 01. ............................................................ 110

Figura 23 - Parques lineares - exemplo 02. ............................................................ 111

Figura 24 - Leito de cheia, leito menor e leito de estiagem de um rio. .................... 112

Figura 25 - Exemplo de pavimento drenante........................................................... 113

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Figura 26 - Campo de futebol utilizado no período de chuva para amortecimento da

cheia. ....................................................................................................................... 113

Figura 27 - Bacias de amortecimento e áreas de lazer com potencial de

amortecimento de cheias - Distrito Sede. ................................................................ 115

Figura 28 - Bacias de amortecimento e áreas de lazer com potencial de

amortecimento de cheias - Distrito de Abrantes (orla). ........................................... 116

Figura 29 - Bacias de amortecimento e áreas de lazer com potencial de

amortecimento de cheias - Distrito de Monte Gordo (orla). ..................................... 117

Figura 30 - Fluxograma esquemático do Plano de Ações de Emergências. ........... 122

Figura 31 - Hierarquia entre Plano, Programa, Projeto e Ação ............................... 144

Figura 32 - Objetivos do Vigiagua. .......................................................................... 155

Figura 33 - Estruturação do Sisagua. ...................................................................... 156

Figura 34 - Ações básicas para operacionalização da vigilância da qualidade da

água para consumo humano. .................................................................................. 157

Figura 35 - Sistema de gerenciamento de reparo de vazamentos. ......................... 162

Figura 36 - Ações para controle de perdas. ............................................................ 163

Figura 37 - Arcabouço legal. ................................................................................... 165

Figura 38 - Mapa Estratégico da Embasa. .............................................................. 169

Figura 39 - Programas para o PPA de Esgotamento Sanitário de Camaçari - BA. . 174

Figura 40 - Fluxograma do processo ....................................................................... 248

Figura 41 – Organograma do FUNCEP. ................................................................. 251

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Hipóteses escolhidas para o Cenário de Referência para área urbana. 41

Quadro 2 – Hipóteses escolhidas para o Cenário de Referência para área urbana. 43

Quadro 3 – Hipóteses escolhidas para o Cenário de Referência para área rural ..... 44

Quadro 4 – Metas de referência do cenário de abastecimento de água. ................. 45

Quadro 5 - Hipóteses escolhidas para o Cenário de Referência para área urbana .. 47

Quadro 6 - Cenário de referência para a Zona Rural do município de Camaçari...... 48

Quadro 7 – Metas de referência do cenário de esgotamento sanitária na zona

urbana ....................................................................................................................... 50

Quadro 8 – Metas de referência do cenário de esgotamento sanitária na zona rural

.................................................................................................................................. 50

Quadro 9 - Cenário 02 da drenagem urbana e manejo de águas pluviais. ............... 51

Quadro 10 - Metas de referência do cenário de drenagem urbana e manejo de

águas pluviais. ........................................................................................................... 52

Quadro 11 - Vazão demandada e explorada em Camaçari/BA................................. 84

Quadro 12 - Causas e efeitos possíveis da interrupção do SAA. ............................ 132

Quadro 13 - Consequências da presença de substâncias, compostos e organismos

na água. .................................................................................................................. 133

Quadro 14 - Alternativas para evitar a paralisação do sistema de abastecimento de

água. ....................................................................................................................... 136

Quadro 15 - Alternativas para evitar a paralisação do sistema de Esgotamento

Sanitário. ................................................................................................................. 138

Quadro 16 - Ações de emergências e contingências para o sistema de drenagem

urbana e manejo de águas pluviais ......................................................................... 142

Quadro 17 - Quadro de funcionários da coordenação de vigilância sanitária e

ambiental em março 2016. ...................................................................................... 158

Quadro 18 - Déficit do quadro de funcionários da coordenação de vigilância sanitária

e ambiental. ............................................................................................................. 159

Quadro 19 - Materiais e insumos existentes vs necessários. .................................. 159

Quadro 20- Balanço Hídrico (IWA). ......................................................................... 161

Quadro 21 - Características principais das perdas reais e aparentes. .................... 161

Quadro 23 - Características dos subprojetos do projeto Bahia Produtiva que

possuem interface com saneamento. ...................................................................... 247

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Quadro 24 - Matriz impacto/incerteza/intensidade o Programa Educação Ambiental

para o município de Camaçari. ................................................................................ 262

Quadro 25 - Matriz impacto/incerteza/intensidade do Programa Fortalecimento da

Gestão. .................................................................................................................... 263

Quadro 26 -Horizontes de implantação dos projetos para a Gestão dos Serviços de

Saneamento. ........................................................................................................... 265

Quadro 27 - Resumo dos prazos por projeto. ......................................................... 266

Quadro 28 - Matriz impacto/incerteza/intensidade para os projetos do programa

Gestão Sustentável para cada distrito. .................................................................... 267

Quadro 29 - Matriz do Programa “Recuperação, Preservação e Proteção de

Mananciais” ............................................................................................................. 271

Quadro 30 - Matriz do Programa “Universalização do Acesso a Água Potável”. .... 274

Quadro 31 - Horizontes de inicio da implantação dos projetos em cada distrito. .... 277

Quadro 32 - Resumo dos prazos por projeto. ......................................................... 278

Quadro 33 - Projetos ordenador por prioridade de implantação no distrito de Monte

Gordo. ..................................................................................................................... 279

Quadro 34 - Projetos ordenados por prioridade de implantação no distrito de

Abrantes. ................................................................................................................. 279

Quadro 35 - Projetos ordenados por prioridade de implantação no distrito Sede. . 279

Quadro 36 - Matriz impacto/incerteza/intensidade para os projetos do programa

Gestão Sustentável para cada distrito. .................................................................... 280

Quadro 37 - Matriz impacto/incerteza/intensidade para os projetos do programa

Esgotamento Sanitário para Todos para cada distrito. ............................................ 281

Quadro 38 - Horizontes de implantação dos projetos em cada distrito. .................. 284

Quadro 39 - Resumo dos prazos por projeto. ......................................................... 285

Quadro 40 - Projetos ordenador por prioridade de implantação no Distrito Sede. .. 285

Quadro 41 - Projetos ordenador por prioridade de implantação no Distrito de

Abrantes. ................................................................................................................. 286

Quadro 42 - Projetos ordenador por prioridade de implantação no Distrito de Monte

Gordo ...................................................................................................................... 286

Quadro 43 - Matriz impacto/incerteza/intensidade o Programa Manejo Adequado das

Águas Pluviais. ........................................................................................................ 287

Quadro 44 - Matriz impacto/incerteza/intensidade o Universalização dos Serviços de

Drenagem................................................................................................................ 288

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Quadro 45 - Horizontes de implantação dos projetos em cada distrito. .................. 289

Quadro 46 - Resumo dos prazos por projeto. ......................................................... 290

Quadro 47 - Projetos ordenador por prioridade de implantação no Distrito Sede. .. 291

Quadro 48 - Projetos ordenador por prioridade de implantação no Distrito de

Abrantes. ................................................................................................................. 291

Quadro 49 - Projetos ordenador por prioridade de implantação no Distrito de Monte

Gordo. ..................................................................................................................... 291

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Projeção populacional de Município de Camaçari - Ba. ........................... 28

Tabela 2 - Estimativa de demanda per capita de água por faixa da população. ....... 29

Tabela 3 - Índice de perdas na distribuição por SAA de Camaçari no ano de 2014. 29

Tabela 4 – Projeção de vazão demandada por sistema de abastecimento de água da

EMBASA. .................................................................................................................. 31

Tabela 5 – Demanda atual, capacidade de atendimento e previsão de ampliação dos

sistemas da Embasa. ................................................................................................ 32

Tabela 6 – Capacidade de reservação por SAA. ...................................................... 33

Tabela 7 – Volume de reservação demandado anualmente por SAA em metros

cúbicos. ..................................................................................................................... 33

Tabela 8 - Projeção de demanda de esgotamento sanitário para o Distrito Sede do

Município do Camaçari-BA. ....................................................................................... 35

Tabela 9 - Estimativa de demanda de esgotamento sanitário para o Distrito de

Abrantes do Município do Camaçari-BA. .................................................................. 36

Tabela 10 - Projeção de demanda de esgotamento sanitário para o Distrito de Monte

Gordo do Município do Camaçari-BA. ....................................................................... 37

Tabela 11 - Características dos sistemas da Embasa em Camaçari/BA, ano 2014. . 63

Tabela 12 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura da

zona rural, considerando metas estabelecidas no Cenário 2. ................................... 78

Tabela 13 - Disponibilidade hídrica por manancial. ................................................... 85

Tabela 14 - Relação dos volumes estimados utilização de áreas de lazer para

amortecimento temporário de cheias. ..................................................................... 118

Tabela 15 - Síntese das Características dos Mananciais de Camaçari/BA. ............ 164

Tabela 16 - Custo do Projeto Educação Ambiental nas Escolas............................. 193

Tabela 17 - - Custo do Projeto Educação Ambiental voltada aos Povos e

Comunidades Tradicionais. ..................................................................................... 194

Tabela 18 - Custo do Projeto Educação Ambiental para Promoção do Saneamento

Eficiente, Eficaz e Efetivo na Zona Urbana. ............................................................ 195

Tabela 19 - Custo do Projeto Educação Ambiental para Promoção do Saneamento

na Zona Rural. ......................................................................................................... 197

Tabela 20 - Custo do Projeto Valorização da Gestão Integrada de Políticas Públicas.

................................................................................................................................ 199

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Tabela 21 – Custo do Projeto Estruturação da Coordenadoria de Saneamento

Básico. .................................................................................................................... 201

Tabela 22 – Custo do Projeto Responsabilidade, Participação e Controle Social... 202

Tabela 23 – Custo do Projeto Integração entre os entes envolvidos com o

Saneamento. ........................................................................................................... 203

Tabela 24 – Custo do Projeto Integração e Valorização da Legislação Urbanística ao

Saneamento Básico. ............................................................................................... 204

Tabela 25 - Plano de investimento para a Gestão dos serviços de saneamento do

município de Camaçari. ........................................................................................... 206

Tabela 26 - Custo total do Projeto “Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado”. . 208

Tabela 27 - Custo total do Projeto “Melhoria do Monitoramento da Qualidade da

Água”. ...................................................................................................................... 210

Tabela 28 - Custo total do Projeto “Controle de Perdas.” ........................................ 212

Tabela 29 - Custo total do Projeto “Recuperação, Preservação e Proteção de

Mananciais. ............................................................................................................. 213

Tabela 30 - Custo total para o SLAA de Camaçari (sede). ..................................... 215

Tabela 31 - Custo total para o SLAA de Parafuso. .................................................. 215

Tabela 32 - Custo total para o SIAA de Machadinho. ............................................. 216

Tabela 33 - Custo total para o SIAA de Jordão. ...................................................... 216

Tabela 34 - Custo total para o SIAA de Barra do Pojuca. ....................................... 217

Tabela 35 - Custo total para o SSAA de Canto dos Pássaros. ............................... 217

Tabela 36 - Custo total do Projeto “Soluções Alternativas para a Zona Rural”. ...... 219

Tabela 37 – Comparativo dos investimentos por projeto. ....................................... 220

Tabela 38 - Custo total do Projeto “Melhoria da qualidade do serviço prestado”. ... 221

Tabela 39 - Custo total do Projeto “Ampliação do Acesso aos Serviços de

Esgotamento Sanitário na Zona Urbana”. ............................................................... 223

Tabela 40 - Custo total do Projeto “Soluções alternativas para zona rural e para

povos e comunidades tradicionais”. ........................................................................ 224

Tabela 41 - Plano de investimento para os Serviços de Esgotamento Sanitário do

município de Camaçari. ........................................................................................... 225

Tabela 42 - Custo total para a Projeto: Retenção e ou Redução do Escoamento

Superficial................................................................................................................ 226

Tabela 43 - Custo total para a Projeto: Revitalização dos Rios Urbanos. ............... 227

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Tabela 44 - Custo total para a Projeto: Relocação e Contenção de Construções em

Áreas de Proteção Permanente .............................................................................. 228

Tabela 45 - Custo total para a Projeto: Ampliação e Melhoria da Drenagem Urbana.

................................................................................................................................ 229

Tabela 46 - Custo total para a Projeto: Fortalecimento da Defesa Civil. ................. 230

Tabela 47 - Demonstrativo dos investimentos para os serviços de drenagem urbana

do município de Camaçari. ...................................................................................... 231

Tabela 48 - Distribuição anual dos investimentos do programa por executor (em US$

1.000,00). ................................................................................................................ 258

Tabela 49 - Plano de investimento físico x financeiro dos serviços de abastecimento

de água. .................................................................................................................. 293

Tabela 50 - Plano de investimento físico x financeiro dos serviços de esgotamento

sanitário. .................................................................................................................. 297

Tabela 51 - Plano de investimento físico x financeiro dos serviços de drenagem e

manejo de águas pluviais urbanas. ......................................................................... 302

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SUMÁRIO

6. PROJEÇÃO DE DEMANDA FUTURA .................................................................. 27

6.1. Abastecimento de Água ................................................................................ 29

6.2. Esgotamento Sanitário ................................................................................. 34

6.3. Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas ......................................... 38

7. CENÁRIO DE REFERENCIA, OBJETIVOS E METAS ......................................... 40

7.1. Gestão dos Serviços ..................................................................................... 40

7.1.1. Objetivos ................................................................................................ 42

7.1.2. Metas ..................................................................................................... 42

7.2. Abastecimento de Água ................................................................................ 43

7.2.1. Objetivos ................................................................................................ 44

7.2.2. Metas ..................................................................................................... 45

7.3. Esgotamento Sanitário ................................................................................. 46

7.3.1. Objetivos ................................................................................................ 48

7.3.2. Metas ..................................................................................................... 49

7.4. Drenagem e Manejo De Aguas Pluviais Urbanas ......................................... 50

7.4.1. Objetivos ................................................................................................ 51

7.4.2. Metas ..................................................................................................... 52

8. ALTERNATIVAS TÉCNICAS PARA COMPATIBILIZAÇÃO ENTRE DEMANDAS E

DISPONIBILIDADES DOS SERVIÇOS ..................................................................... 53

8.1. Alternativas de Gestão ................................................................................. 53

8.2. Alternativas de Abastecimento de Água ....................................................... 62

8.2.1. Alternativas Técnicas para Atendimento da Demanda da Área Urbana 62

8.2.2. Sistema Local de Abastecimento de Água Camaçari ............................. 63

8.2.3. Sistema Local de Abastecimento de Água Parafuso .............................. 66

8.2.4. Sistema Integrado de Abastecimento de Água Machadinho .................. 67

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8.2.5. Sistema Integrado de Abastecimento de Água Jordão .......................... 70

8.2.6. Sistema Integrado de Abastecimento de Água Barra do Pojuca ............ 72

8.2.7. Sistema Simplificado de Abastecimento de Água Canto dos Pássaros . 75

8.2.8. Alternativas Técnicas para Atendimento da Demanda da Zona Rural ... 76

8.2.9. Alternativas de Mananciais Para Atender Às Demandas ....................... 83

8.3. Alternativas Técnicas de Esgotamento Sanitário ......................................... 86

8.3.1. Alternativas Técnicas para Atendimento das Demandas das Áreas

Urbanas ............................................................................................................ 86

8.3.2. Alternativas Técnicas para Atendimento das Demandas das Áreas

Rurais ou com Domicílios Dispersos ................................................................ 91

8.4. Alternativas Técnicas de Drenagem e Manejo de Àguas Pluviais Urbanas 104

8.4.1. Alternativas Técnicas para Atendimento da Demanda na Área Urbana104

8.5. Alternativas Técnicas para Atendimento das Demandas das Áreas Rurais124

9. ÁREAS DE INTERESSE PARA O SANEAMENTO BÁSICO .............................. 127

9.1. Abastecimento de Água .............................................................................. 127

9.2. Esgotamento Sanitário ............................................................................... 128

9.3. Drenagem Urbana e Manejo de Àguas Pluviais ......................................... 129

10. AÇÕES DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA .............................................. 131

10.1. Abastecimento de Água .............................................................................. 132

10.2. Esgotamento Sanitário ............................................................................... 137

10.3. Drenagem Urbana e Manejo de Àguas Pluviais ......................................... 141

11. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES ............................................................ 144

11.1. Gestão dos Serviços ................................................................................... 145

11.1.1. Programa: Educação Ambiental para Saneamento ......................... 145

11.2. Abastecimento de Água .............................................................................. 152

11.2.1. Programa: Gestão Sustentável ........................................................ 152

11.2.2. Programa: Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais .. 164

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11.2.3. Programa: Universalização do Acesso à Água Potável ................... 169

11.3. Esgotamento Sanitário ............................................................................... 174

11.3.1. Programa: Gestão Sustentável dos Serviços de Esgotamento

Sanitário 174

11.3.2. Programa: Esgotamento Sanitário Para Todos ................................ 177

11.4. Drenagem e Manejo de Àguas Pluviais Urbanas ....................................... 186

11.4.1. Programa: Manejo Adequado das Águas Pluviais ........................... 186

11.4.2. Programa: Universalização dos Serviços de Drenagem .................. 189

12. ESTIMATIVAS DOS RECURSOS NECESSÁRIOS AOS INVESTIMENTOS .. 192

12.1. Gestão dos Serviços ................................................................................... 192

1.1.1 Programa: Educação Ambiental ........................................................... 192

1.1.2 Programa Fortalecimento da Gestão ................................................... 198

1.1.3 Demonstrativo dos Investimentos ........................................................ 205

12.2. Abastecimento de Água .............................................................................. 207

12.2.1. Programa: Gestão Sustentável ........................................................ 207

12.2.2. Programa: Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais .. 212

12.2.3. Programa: Universalização do Acesso à Água Potável ................... 214

12.2.4. Demonstrativo dos Investimentos .................................................... 219

12.3. Esgotamento Sanitário ............................................................................... 221

12.3.1. Programa: Gestão Sustentável dos Serviços de Esgotamento

Sanitário 221

12.3.2. Programa: Esgotamento Sanitário Para Todos ................................ 222

12.3.3. Demonstrativo dos Investimentos .................................................... 225

12.4. Drenagem e Manejo de Àguas Pluviais Urbanas ....................................... 226

12.4.1. Programa: Manejo Adequado das Águas Pluviais ........................... 226

12.4.2. Programa: Universalização dos Serviços de Drenagem .................. 229

12.4.3. Demonstrativo dos Investimentos .................................................... 230

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13. ACESSO AOS RECURSOS DE SANEAMENTO ............................................ 232

13.1. Âmbito da União ......................................................................................... 232

13.1.1. Instrumentos e Procedimentos para Transferência de Recursos da

União 232

13.1.2. Natureza dos Recursos .................................................................... 233

13.1.3. Modalidades de Repasse dos Recursos Federais ........................... 236

13.1.4. Acesso aos Programas de Investimento no âmbito do Ministério das

Cidades 238

13.1.5. Acesso aos Investimento do Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social ........................................................................................ 243

13.2. Âmbito do Estado da Bahia ........................................................................ 243

13.2.1. Programa Água para Todos ............................................................. 244

13.2.2. Projeto Bahia Produtiva .................................................................... 246

13.2.3. Fontes de Recursos ......................................................................... 248

13.3. Âmbito Municipal ........................................................................................ 253

13.3.1. Taxas e Tarifas ................................................................................. 253

13.3.2. PPA, LOA, LDA e FMDU .................................................................. 254

13.4. Âmbito Internacional ................................................................................... 256

13.5. Participação do Capital Privado .................................................................. 258

14. HIERARQUIZAÇÃO DAS INTERVENÇÕES ................................................... 260

14.1. Gestão dos Serviços de Saneamento ........................................................ 261

14.1.1. Programa: Educação Ambiental ....................................................... 261

14.1.2. Programa Fortalecimento da Gestão................................................ 263

14.1.3. Projetos X Prazos ............................................................................. 264

14.2. Abastecimento de Água .............................................................................. 266

14.2.1. Programa “Gestão Sustentável” ....................................................... 266

14.2.2. Programa “Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais” . 271

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14.2.3. Programa “Universalização do Acesso à Água Potável” .................. 274

14.2.4. Projetos X Prazos ............................................................................. 277

14.3. Esgotamento Sanitário ............................................................................... 280

14.3.1. Programa Gestão Sustentável ......................................................... 280

14.3.2. Programa Esgotamento Sanitário para Todos ................................. 281

14.3.3. Projetos X Prazos ............................................................................. 284

14.4. Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas ....................................... 286

14.4.1. Programa Manejo Adequado das Água Pluviais .............................. 286

14.4.2. Programa Universalização dos Serviços de Drenagem. .................. 287

14.4.3. Projetos X Prazos ............................................................................. 288

15. PLANO DE INVESTIMENTO ........................................................................... 292

REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 305

APENDICE A – ÁREAS DE INTERESSE AO ABASTECIMENTO DE ÁGUA......... 319

APENDICE B – ÁREAS DE INTERESSE AO ESGOTAMENTO SANITÁRIO ........ 320

APENDICE C – ÁREAS DE INTERESSE A DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS

PLUVIAIS URBANAS .............................................................................................. 321

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6. PROJEÇÃO DE DEMANDA FUTURA

Para avaliação da capacidade de atendimento das infraestruturas frente as

demandas atuais e futuras de abastecimento de água e esgotamento sanitário, é

necessário, inicialmente, considerar a população futura de usuários, cujo estudo

demográfico está disponível na integra no Produto 2 - Caracterização Física e

Socioeconômica do Município de Camaçari – Volume I.

A projeção realizada considera a evolução de (03) três grandes grupos

populacionais de Camaçari: urbana, rural, e a população flutuante, sendo este último

subdividido por praias do município. Os resultados das análises já realizadas são

apresentados na Tabela 1 a seguir. Cabe ratificar que a taxa de crescimento

adotada foi de 2,288% a.a. tanto para a população residente quanto para a flutuante.

Os valores de partida adotados no de 2010 foram extraídos do IBGE e o cálculo de

capacidade de saturação das sete praias de Camaçari e, estudo de literatura

referenciado no Produto 2, resultando, respectivamente, na população residente e

flutuante do município.

Reitera-se novamente que este é um exercício cuja metodologia se apoia nos dados

obtidos no municipio como um todo, assim, aplicá-lo a uma porção de praias, trata-

se apenas de um exercício figurativo levando em consideração uma porcentagem

que não diz respeito ao crescimento na escala em questão, ou seja, das praias do

litoral de Camaçari-BA.

Cabe salientar também que o crescimento populacional apresentado é apenas uma

estimativa e que pode ser reformulado a cada revisão prevista deste documento, ou

seja, a cada 4 anos.

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Tabela 1 - Projeção populacional de Município de Camaçari - Ba.

Ano Projeção populacional de Camaçari Projeção da população flutuante (sete praias de Camaçari)

TOTAL Pop. Urbana Pop. Rural Pop residente Busca Vida Jauá Interlagos Arembepe Barra do Jacuípe Guarajuba Itacimirim

2015 273.585 13.793 287.378 13.050 10.875 6.525 21.207 17.401 19.576 5.438 381.450

2016 279.385 14.086 293.470 13.327 11.106 6.664 21.657 17.769 19.991 5.553 389.536

2017 285.308 14.384 299.692 13.610 11.341 6.805 22.116 18.146 20.414 5.671 397.795

2018 291.356 14.689 306.045 13.898 11.582 6.949 22.584 18.531 20.847 5.791 406.228

2019 297.533 15.001 312.534 14.193 11.827 7.096 23.063 18.924 21.289 5.914 414.840

2020 303.840 15.319 319.159 14.494 12.078 7.247 23.552 19.325 21.741 6.039 423.634

2021 310.282 15.644 325.925 14.801 12.334 7.400 24.052 19.735 22.201 6.167 432.616

2022 316.860 15.975 332.835 15.115 12.596 7.557 24.561 20.153 22.672 6.298 441.787

2023 323.577 16.314 339.891 15.435 12.863 7.718 25.082 20.580 23.153 6.431 451.153

2024 330.437 16.660 347.097 15.762 13.135 7.881 25.614 21.017 23.644 6.568 460.717

2025 337.442 17.013 354.455 16.097 13.414 8.048 26.157 21.462 24.145 6.707 470.485

2026 344.596 17.374 361.970 16.438 13.698 8.219 26.711 21.917 24.657 6.849 480.459

2027 351.902 17.742 369.644 16.786 13.989 8.393 27.278 22.382 25.179 6.994 490.645

2028 359.362 18.118 377.480 17.142 14.285 8.571 27.856 22.856 25.713 7.143 501.046

2029 366.980 18.502 385.483 17.506 14.588 8.753 28.447 23.341 26.258 7.294 511.668

2030 374.760 18.894 393.655 17.877 14.897 8.938 29.050 23.836 26.815 7.449 522.516

2031 382.705 19.295 402.000 18.256 15.213 9.128 29.665 24.341 27.383 7.607 533.593

2032 390.819 19.704 410.523 18.643 15.536 9.321 30.294 24.857 27.964 7.768 544.905

2033 399.104 20.122 419.226 19.038 15.865 9.519 30.937 25.384 28.557 7.932 556.457

2034 407.565 20.548 428.113 19.442 16.201 9.721 31.592 25.922 29.162 8.101 568.254

2035 416.205 20.984 437.189 19.854 16.545 9.927 32.262 26.472 29.780 8.272 580.301

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2015

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6.1. Abastecimento de Água

Como no diagnóstico de abastecimento de água foi analisado separadamente todos

os sistemas de abastecimento de água, tentou-se adequar a projeção populacional

apresentada de modo que ela refletisse a informação para os SAA do município,

cuja metodologia utiizada encontra-se descrita no Produto 4 – Item 7.1, permitindo

assim realizar análises quanto a projeção de demanda, estimativa de consumo e

capacidade de atendimento das unidades.

Em relação a variável do cálculo de demandas, cuja formula é apresnetada no

Produto 4 – Item 7.2, denominada consumo per capita, considerou-se a favor da

segurança mais pertinente utilizar dados de literatura referenciados por Von Sperling

(2005), conforme Tabela 2, uma vez que os valores apresentados no SNIS e

fornecidos pela EMBASA estão aquém do esperado para um município do porte de

Camaçari.

Tabela 2 - Estimativa de demanda per capita de água por faixa da população.

Fonte: Von Sperling. 2005.

Ainda de acordo com Von Sperling (2005), cabe mencionar que os valores de

consumo per capita definidos referem-se exclusivamente à água consumida,

devendo ser considerada na projeção de demanda as perdas de produção e

distribuição. Para os cálculos realizados foram considerados os índices de perdas

referente a cada SAA, fornecidos pela EMBASA e referentes ao ano de 2014,

apresentados na Tabela 3.

Tabela 3 - Índice de perdas na distribuição por SAA de Camaçari no ano de 2014.

SAA Perdas (%)

SLA Camaçari 44,3

SLA Parafuso 53,1

SIAA Machadinho 52,3

SIAA Jordão 60,0

SIAA Barra do Pojuca 54,3

Fonte: EMBASA, 2014.

Para os sistemas aos quais a EMBASA não forneceu os dados de perdas, SAA

Lauro de Freitas e o SIAA Canto dos Pássaros, foi considerado o índice relativo à

média dos demais sistemas, visto que os valores não apresentam significativa

discrepância.

Tipo de usuário Demanda per capita

População urbana 200 l/hab.dia

População rural 100 l/hab.dia

População flutuante 300 l/hab.dia

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Tabela 4 – Projeção de vazão demandada por sistema de abastecimento de água da EMBASA.

Vazão demandada por Sistema de Abastecimento de Água (l/s)

Ano

SLA Camaçari

SLA Parafuso

SIAA Machadinho

SLA Canto dos Pássaros

SIAA Jordão SIAA

Pojuca (Camaçari)

SIAA Pojuca

(3)

(Mata de São João)

SAA Lauro de Freitas

População não atendida pela

EMBASA TOTAL

Urbana Urbana Urbana Flutuante

(1)

Urbana Urbana Flutuante

(2)

Urbana Urbana Urbana Flutuante

(4)

Rural

2015 721,96 18,35 217,49 245,00 7,22 112,78 282,76 26,31 41,12 38,30 83,09 39,47 1.833,85

2016 737,27 18,74 222,10 250,19 7,37 115,17 288,75 26,87 41,99 39,12 84,85 40,31 1.872,73

2017 752,90 19,14 226,81 255,49 7,53 117,61 294,88 27,44 42,88 39,95 86,65 41,17 1.912,43

2018 768,86 19,54 231,62 260,91 7,69 120,10 301,13 28,02 43,79 40,79 88,48 42,04 1.952,97

2019 785,16 19,96 236,53 266,44 7,85 122,65 307,51 28,61 44,72 41,66 90,36 42,93 1.994,38

2020 801,80 20,38 241,54 272,09 8,02 125,25 314,03 29,22 45,67 42,54 92,28 43,84 2.036,66

2021 818,80 20,81 246,66 277,86 8,19 127,91 320,69 29,84 46,64 43,44 94,23 44,77 2.079,84

2022 836,16 21,25 251,89 283,75 8,36 130,62 327,49 30,47 47,63 44,36 96,23 45,72 2.123,93

2023 853,89 21,70 257,23 289,77 8,54 133,39 334,43 31,12 48,64 45,30 98,27 46,69 2.168,96

2024 871,99 22,16 262,68 295,91 8,72 136,21 341,52 31,78 49,67 46,26 100,35 47,68 2.214,94

2025 890,47 22,63 268,25 302,18 8,90 139,10 348,76 32,45 50,72 47,24 102,48 48,69 2.261,89

2026 909,35 23,11 273,94 308,59 9,09 142,05 356,15 33,14 51,80 48,25 104,65 49,72 2.309,85

2027 928,63 23,60 279,75 315,13 9,29 145,06 363,70 33,84 52,89 49,27 106,87 50,77 2.358,81

2028 948,32 24,10 285,68 321,81 9,48 148,14 371,41 34,56 54,02 50,31 109,14 51,85 2.408,82

2029 968,42 24,61 291,74 328,63 9,68 151,28 379,29 35,29 55,16 51,38 111,45 52,95 2.459,89

2030 988,95 25,14 297,92 335,60 9,89 154,49 387,33 36,04 56,33 52,47 113,81 54,07 2.512,04

2031 1.009,92 25,67 304,24 342,72 10,10 157,76 395,54 36,80 57,52 53,58 116,23 55,22 2.565,29

2032 1.031,33 26,21 310,69 349,98 10,31 161,11 403,92 37,59 58,74 54,72 118,69 56,39 2.619,68

2033 1.053,19 26,77 317,27 357,40 10,53 164,52 412,49 38,38 59,99 55,88 121,21 57,58 2.675,21

2034 1.075,52 27,34 324,00 364,98 10,75 168,01 421,23 39,20 61,26 57,06 123,78 58,81 2.731,93

2035 1.098,32 27,92 330,87 372,71 10,98 171,57 430,16 40,03 62,56 58,27 126,40 60,05 2.789,85

(1) Foram adicionadas ao SIAA Machadinho as populações flutuantes calculadas para as praias de Arembepe, Jauá e Interlagos;

(2) Foram adicionadas ao SIAA Jordão as populações flutuantes calculadas para as praias de Itacimirim, Barra do Jacuípe e Guarajuba;

(3) A população abastecida pelo SAA Pojuca que não faz parte do município de Camaçari, mas tem sua demanda hídrica atendida por um manancial estudado;

(4) Foi adicionada ao SAA Lauro de Freitas a população flutuante calculada para a praia de Busca Vida.

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2015.

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Após caracterização dos SAA e de posse da projeção das demandas futuras, foi

possível avaliar a necessidade de ampliação das unidades dos sistemas, para tanto

a análise que foi realizada no Produto 4 – Diagnostico dos Serviços de

Abastecimento de Água se ateve às unidades de maior porte, como captação,

tratamento e reservatório, visto que avaliar o sistema de distribuição requer um nível

de aprofundamento que se assemelha à elaboração de um projeto.

Para determinar a necessidade de ampliação da captação e das unidades de

tratamento de cada SAA, foi realizada a comparação entre os dados fornecidos pela

EMBASA e as demandas anuais estimadas, visto que existe uma relação intrínseca

entre a demanda de água dos usuários de um sistema a sua capacidade de extrair

água bruta do manancial.

De posse das informações levantadas e das análises apresentados no produto 4,

apresenta-se a seguir a Tabela 5, onde está indicado o ano ao qual cada SAA

deverá fornecer maior vazão de água tratada, ou seja, quando será necessário

ampliar as suas unidades de captação e tratamento a fim de atender às demandas

dos usuários.

Tabela 5 – Demanda atual, capacidade de atendimento e previsão de ampliação dos sistemas da

Embasa.

SAA Demanda em

2015 (l/s) Capacidade de

atendimento (2015) Ano previsto para

ampliação

SLA Camaçari 721,96 882,12 2025

SLA Parafuso 18,35 12,22 2015

SIAA Machadinho 583,88 491,11 2015

SIAA Jordão 395,54 340,06 2015

SIAA Barra do Pojuca 67,43 170,00 2035

Fonte: Saneando, 2015; EMBASA, 2015.

Comparando a capacidade das infraestruturas de captação e tratamento com a

projeção de demandas para cada sistema, observa-se que apenas o SLAA da sede

e o SIAA Barra do Pojuca ainda possuem capacidade de atendimento para as

demandas futuras, os demais devem ser ampliados o mais rápido possível.

Já com relação aos reservatórios presentes nos sistemas, a Tabela 6 apresenta qual

o volume disponível, salientando que as unidades que já estão em construção, ou

que estão previstos para um futuro próximo, foram consideradas no cálculo.

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Tabela 6 – Capacidade de reservação por SAA.

SAA Capacidade de reservação (m³)

SLA Camaçari 14.000

SLA Parafuso 150

SIAA Machadinho 900

SLA Canto dos Pássaros 40

SIAA Jordão 3.150

SIAA Pojuca 1.350

Fonte: EMBASA, 2015.

Comparando os volumes apresentados na tabela anterior com a demanda de

reservação calculada para cada sistema utilizando formula apresentada no produto

4, foi possível estimar até que ano os reservatórios atenderão plenamente aos

sistemas, conforme pode-se observar sinalizado em vermelho na Tabela 7 a seguir.

Tabela 7 – Volume de reservação demandado anualmente por SAA em metros cúbicos.

Ano SLA

Camaçari SLA

Parafuso

SIAA Machadinho

(1)

SLA Canto dos

Pássaros

SIAA Jordão

SIAA Pojuca

2015 14.409 345 11.034 136 7.120 1.259

2016 14.715 352 11.268 139 7.271 1.285

2017 15.027 360 11.506 142 7.425 1.313

2018 15.345 368 11.750 145 7.582 1.340

2019 15.670 375 11.999 148 7.743 1.369

2020 16.003 383 12.254 151 7.907 1.398

2021 16.342 391 12.514 154 8.075 1.427

2022 16.688 400 12.779 158 8.246 1.458

2023 17.042 408 13.050 161 8.421 1.489

2024 17.403 417 13.327 164 8.599 1.520

2025 17.772 426 13.609 168 8.781 1.552

2026 18.149 435 13.898 171 8.968 1.585

2027 18.534 444 14.192 175 9.158 1.619

2028 18.927 453 14.493 179 9.352 1.653

2029 19.328 463 14.800 183 9.550 1.688

2030 19.738 473 15.114 186 9.753 1.724

2031 20.156 483 15.434 190 9.959 1.761

2032 20.584 493 15.762 194 10.171 1.798

2033 21.020 504 16.096 198 10.386 1.836

2034 21.466 514 16.437 203 10.606 1.875

2035 21.921 525 16.786 207 10.831 1.915

(1) Adicionada toda a demanda do SAA Lauro de Freitas, considerando reintegração do SIAA Machadinho

Fonte: Saneando Projetos e Consultoria, 2015.

Nota-se imediatamente que, com exceção do SIAA Pojuca, os volumes atualmente

reservados já não são compatíveis com as demandas calculadas, o que indica que a

maioria dos reservatórios dos SAA de Camaçari funcionam como mera caixa de

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passagem, não provendo, desta forma, a segurança e regularidade que os

reservatórios devem conferir ao abastecimento de água.

Em relação os sistemas implantados pela CERB não foram realizados essas

analises devido a carência de dados.

6.2. Esgotamento Sanitário

A geração de esgoto está diretamente relacionada com o consumo de água e para

isto foi utilizado volume de água consumido, atribuindo-se um coeficiente de retorno

de 80%, ou seja, apenas 20% do volume de água é utilizada para o consumo

consultivo, o demais é para o consumo não consultivo (higiene, limpeza, lazer, etc.)

Considerando os dados oficiais fornecidos pelo SNIS, têm-se que, no ano de 2010, a

população de 216.974 habitantes (atendidos por sistema de abastecimento de água)

consumiu aproximadamente 9.823.000 m³ de água tratada. Assim, aplicada a razão

entre os valores, efetuadas as devidas alterações nas unidades de medidas e

aplicando o coeficiente de retorno de 0,8 é calculada a demanda per capita de

100,61 l/hab.dia para o município de Camaçari.

Por outro ângulo, foi informado pela Embasa, por meio de um questionário aplicado,

que o consumo per capita de esgoto é de 108,00 l/hab.dia.

Salienta-se que ambos os valores calculados estão aquém do esperado para um

município do porte de Camaçari, o que pode indicar fragilidade nos dados fornecidos

e do controle de coleta das informações.

A partir desse valor foi estimado de acordo com a projeção populacional, Tabela 4, a

demanda atual e projeção futura da geração de esgoto no Município de Camaçari-

BA, esta divisão contemplou todos os Distritos: Sede, Monte Gordo e Abrantes,

conforme Tabela 8.

Com base nesta projeção, observa-se que em final de plano, considerando as

máximas vazões diárias e horárias, o Distrito Sede terá a maior demanda com 0,244

m³/s em 2015 e 0,372 m³/s em 2035, o Distrito de Abrantes com 0,136 m³/s em

2015 e 0,208 m³/s em 2035 e o Distrito de Monte Gordo com 0,096 m³/s em 2015 e

0,146 m³/s em 2035.

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Tabela 8 - Projeção de demanda de esgotamento sanitário para o Distrito Sede do Município do Camaçari-BA.

Ano

Sede

População Fixa Total

Demanda

Rural Urbano (m³/s) (l/s)

2015 3.908 191.510 195.418 0,244 244,27

2016 3.991 195.570 199.561 0,249 249,45

2017 4.076 199.716 203.791 0,255 254,74

2018 4.162 203.950 208.112 0,260 260,14

2019 4.250 208.274 212.524 0,266 265,66

2020 4.340 212.689 217.029 0,271 271,29

2021 4.432 217.198 221.630 0,277 277,04

2022 4.526 221.803 226.329 0,283 282,91

2023 4.622 226.505 231.127 0,289 288,91

2024 4.720 231.307 236.027 0,295 295,03

2025 4.820 236.210 241.031 0,301 301,29

2026 4.923 241.218 246.141 0,308 307,68

2027 5.027 246.332 251.359 0,314 314,20

2028 5.133 251.554 256.687 0,321 320,86

2029 5.242 256.887 262.129 0,328 327,66

2030 5.353 262.333 267.686 0,335 334,61

2031 5.467 267.894 273.361 0,342 341,70

2032 5.583 273.574 279.157 0,349 348,95

2033 5.701 279.374 285.075 0,356 356,34

2034 5.822 285.296 291.118 0,364 363,90

2035 5.945 291.345 297.290 0,372 371,61

Fonte: Saneando Projeto de Engenharia e Consultoria, 2015.

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Tabela 9 - Estimativa de demanda de esgotamento sanitário para o Distrito de Abrantes do Município do Camaçari-BA.

Fonte: Saneando Projeto de Engenharia e Consultoria, 2015.

Ano

Abrantes

População Fixa População Flutuante

Total Demanda

Rural Urbano Busca Vida

Jauá Inter- lagos

Arem- bepe (m³/s) (l/s)

2015 2.299 55.176 13.050 10.875 6.525 21.207 109.133 0,136 136,42

2016 2.347 56.346 13.327 11.106 6.664 21.657 111.447 0,139 139,31

2017 2.397 57.541 13.610 11.341 6.805 22.116 113.809 0,142 142,26

2018 2.448 58.761 13.898 11.582 6.949 22.584 116.222 0,145 145,28

2019 2.500 60.006 14.193 11.827 7.096 23.063 118.686 0,148 148,36

2020 2.553 61.278 14.494 12.078 7.247 23.552 121.202 0,152 151,50

2021 2.607 62.578 14.801 12.334 7.400 24.052 123.772 0,155 154,72

2022 2.662 63.904 15.115 12.596 7.557 24.561 126.396 0,158 158,00

2023 2.719 65.259 15.435 12.863 7.718 25.082 129.075 0,161 161,34

2024 2.776 66.642 15.762 13.135 7.881 25.614 131.812 0,165 164,77

2025 2.835 68.055 16.097 13.414 8.048 26.157 134.606 0,168 168,26

2026 2.895 69.498 16.438 13.698 8.219 26.711 137.460 0,172 171,83

2027 2.957 70.971 16.786 13.989 8.393 27.278 140.374 0,175 175,47

2028 3.019 72.476 17.142 14.285 8.571 27.856 143.350 0,179 179,19

2029 3.083 74.013 17.506 14.588 8.753 28.447 146.389 0,183 182,99

2030 3.149 75.582 17.877 14.897 8.938 29.050 149.492 0,187 186,87

2031 3.216 77.184 18.256 15.213 9.128 29.665 152.661 0,191 190,83

2032 3.284 78.820 18.643 15.536 9.321 30.294 155.898 0,195 194,87

2033 3.353 80.491 19.038 15.865 9.519 30.937 159.203 0,199 199,00

2034 3.424 82.198 19.442 16.201 9.721 31.592 162.578 0,203 203,22

2035 3.497 83.940 19.854 16.545 9.927 32.262 166.025 0,208 207,53

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Tabela 10 - Projeção de demanda de esgotamento sanitário para o Distrito de Monte Gordo do Município do Camaçari-BA.

Fonte: Saneando Projeto de Engenharia e Consultoria, 2015.

O município de Camaçari dispõe de uma infraestrutura de esgotamento sanitário

muito deficiente. No Distrito Sede existe uma rede coletora de esgoto (sem

tratamento) construída pela prefeitura, e conjuntos residenciais que implantaram

estações de tratamento de esgoto ou que lançam para a Cetrel, com a abrangência

aproximada de 28% da população. Atualmente, no Distrito Sede está sendo

implantada uma rede coletora de esgoto que após finalizada irá abranger

aproximadamente 58% da população.

No Distrito de Abrantes não existe rede coletora implantada pela Embasa ou

prefeitura, existe apenas conjuntos residências que implantaram soluções privadas

de coleta e tratamento do esgoto atingindo apenas 11% da população. No Distrito de

Ano

Monte Gordo

População Fixa População Flutuante Total

Demanda

Rural Urbano Barra do Jacuípe

Guarajuba Itacimirim (m³/s) (l/s)

2015 7.586 26.898 17.401 19.576 5.438 76.899 0,096 96,12

2016 7.747 27.469 17.769 19.991 5.553 78.529 0,098 98,16

2017 7.912 28.051 18.146 20.414 5.671 80.194 0,100 100,24

2018 8.079 28.646 18.531 20.847 5.791 81.894 0,102 102,37

2019 8.251 29.253 18.924 21.289 5.914 83.630 0,105 104,54

2020 8.425 29.873 19.325 21.741 6.039 85.403 0,107 106,75

2021 8.604 30.506 19.735 22.201 6.167 87.214 0,109 109,02

2022 8.787 31.153 20.153 22.672 6.298 89.063 0,111 111,33

2023 8.973 31.814 20.580 23.153 6.431 90.951 0,114 113,69

2024 9.163 32.488 21.017 23.644 6.568 92.879 0,116 116,10

2025 9.357 33.177 21.462 24.145 6.707 94.848 0,119 118,56

2026 9.556 33.880 21.917 24.657 6.849 96.859 0,121 121,07

2027 9.758 34.598 22.382 25.179 6.994 98.912 0,124 123,64

2028 9.965 35.332 22.856 25.713 7.143 101.009 0,126 126,26

2029 10.176 36.081 23.341 26.258 7.294 103.150 0,129 128,94

2030 10.392 36.846 23.836 26.815 7.449 105.337 0,132 131,67

2031 10.612 37.627 24.341 27.383 7.607 107.570 0,134 134,46

2032 10.837 38.425 24.857 27.964 7.768 109.851 0,137 137,31

2033 11.067 39.239 25.384 28.557 7.932 112.180 0,140 140,23

2034 11.302 40.071 25.922 29.162 8.101 114.558 0,143 143,20

2035 11.541 40.921 26.472 29.780 8.272 116.986 0,146 146,23

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Monte Gordo existe uma rede coletora de esgoto seguida de tratamento implantada

pela Embasa que atinge 13,1% da população.

Com relação à rede coletora de esgoto pode-se inferir que é um tipo de

infraestrutura que tem certa limitação em atender uma maior demanda populacional,

como visto, a rede coletora do Município de Camaçari requer uma ampliação

emergencial para atender a demanda populacional.

Com relação à capacidade de tratamento das estações de tratamento de esgoto, a

demanda de tratamento do Distrito Sede, que prioritariamente irá lançar o esgoto

coletado para a Cetrel, é menor do que a sua disponibilidade de tratamento. No

Distrito de Abrantes não há nenhuma estação de tratamento de esgoto que possa

servir a população caso se implante rede coletora de esgoto neste distrito, sendo

assim ao implantar uma rede coletora para atender a população será necessária a

construção de uma estação de tratamento de esgoto para suprir a demanda. No

Distrito de Monte Gordo existe a estação de tratamento de esgoto Barra do Pojuca

com capacidade de atendimento de 0,070 m³/s e atualmente é lançado para lá uma

vazão de 0,011 m³/s, porém se toda a população do distrito for contemplada com

rede coletora a estação de tratamento de esgoto existente não suprirá a demanda,

sendo necessário ampliar o sistema.

6.3. Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas

A Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais como relatado no Produto 06 –

Diagnóstico dos Serviços de Drenagem Urbana e Manejo de Aguas Pluviais tem

uma deficiência muito grande com relação a informações primárias, como a

inexistência do cadastro do sistema de drenagem e a falta de um mapa de risco

contendo espacializados os pontos de alagamento, inundação e deslizamento de

terra. Essa deficiência repercute diretamente na projeção das demandas futura

deste componente, sendo boa parte apresentada de forma qualitativa.

O Município de Camaçari é um grande polo gerador de empregos, implicando em

um grande fluxo migratório de pessoas de outros municípios, contribuído para o

crescimento e adensamento informal da malha urbana ocupando áreas impróprias,

como Áreas de Proteção Permanente (APP) e áreas frágeis passíveis de riscos de

desabamentos, deslizamentos e inundações. Além do fluxo migratório a procura de

um emprego, existe o setor imobiliário, principalmente na orla, que avança pelo

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território de forma desordenada suprimindo vegetação, assoreando lagoas e

ocupando APP, como manguezais e áreas de dunas.

Aliado a isso, a dificuldade de fiscalização em algumas áreas do município tem

contribuído para o crescimento e o adensamento informal da malha urbana que vem

ocupando áreas impróprias, como APPs e outras áreas frágeis que normalmente

são passíveis de riscos de desabamentos, deslizamentos e inundações.

No zona rural, a agropecuária e a mineração são os maiores vilões encontrados no

município, muitas vezes não realizam um manejo adequado do meio ambiente com

prática de supressão da mata ciliar, assoreamento de rios e lagos e

descaracterização de nascentes.

Tanto no meio rural e urbanos, a fiscalização do uso e ocupação do solo deve ser

ampliado, coibindo práticas que degradem o meio ambiente, consequentemente, as

bacias hidrográficas e todo escoamento natural das águas. Os cadastros do sistema

de drenagem urbana, das potenciais bacias de amortecimento e do uso e ocupação

do solo em áreas de proteção permanente, elaboração de mapas de risco de

alagamento, inundação e deslizamento de terra, devem ser elaborados a fim de

subsidiar tomadas de decisões futuras sobre a drenagem urbana e manejo de águas

pluviais, e assim o município possa planejar adequadamente e aumentar a eficiência

e abrangências da prestação do serviço deste componente do saneamento.

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7. CENÁRIO DE REFERENCIA, OBJETIVOS E METAS

Diante do diagnóstico dos serviços de saneamento apresentado, o PMSB parte para

formular estratégias, definindo objetivos, diretrizes e metas, para representar o

caminho a ser seguido por Camaçari na tentativa de alcançar a gestão sustentável

dos serviços no seu território. Este item sintetiza as análises feitas no Produto 8 –

Estudo de Cenários, Tomo I (Gestão dos Serviços), Tomo II (Abastecimento de

Água), Tomo III (Esgotamento Sanitário) e Tomo IV (Drenagem e Manejo de

Águas Pluviais Urbanas).

Uma destas estratégias é a formulação de cenários, estabelecendo visões de futuros

do município, identificando-se as soluções compatíveis com o crescimento

econômico, a sustentabilidade ambiental, a prestação dos serviços e a equidade

social no município, de maneira a orientar a tomada de decisão.

7.1.Gestão dos Serviços

Para a componente gestão dos serviços em Camaçari, o estudo de cenários foi

desenvolvido compreendendo o território de Camaçari como um todo, sem distinção

de zonas, devido à abrangência global inerente à componente em análise. E, ainda

motivado por isso, foi adotada uma abordagem qualitativa para avaliação do

comportamento das variáveis empregadas. O cenário adotado como referência

projeta Camaçari em 2036 como um município saudável e sustentável, com

significativos avanços na gestão de suas políticas e ações, com expressiva melhoria

dos indicadores sociais, com redução das desigualdades urbanas e regionais e

recuperação da qualidade do meio ambiente.

Sendo assim, o cenário de referência considerou um crescimento moderado,

compatível com a relação dívida/PIB, a consolidação do município com avanços na

capacidade de gestão, a ampliação da capacidade de planejamento integrado com

outros instrumentos do planejamento, possibilitando que o município assuma o papel

de provedor dos serviços públicos e condutor das políticas públicas essenciais, em

suma, o quadro a seguir sintetiza as hipóteses adotadas.

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Quadro 1 – Hipóteses escolhidas para o Cenário de Referência para área urbana.

Variável Hipóteses

1. Política macroeconômica

Crescimento moderado, compatível com a relação dívida / PIB

2. Gestão e gerenciamento das políticas públicas

O Município se consolida com avanços na capacidade de gestão de suas políticas e ações, com implementação de diretrizes e fundamentos do Plano Diretor e relativos ao desenvolvimento de políticas setoriais adequadas. Ampliação da capacidade de planejamento integrado e da criação de instrumentos capazes de orientar políticas, programas e projetos, favorecendo continuidade entre mandatos governamentais e fortalecendo suas relações institucionais culminando na integralidade da gestão, de forma a abranger todas as suas fases e componentes.

3. Estabilidade e continuidade das políticas públicas

Ampliação da capacidade de planejamento integrado e da criação de instrumentos capazes de orientar políticas, programas, planos e projetos, favorecendo a continuidade das políticas entre diferentes mandatos governamentais.

4. Papel do estado / modelo de desenvolvimento

O Município assume o seu papel de provedor dos serviços públicos e condutor das políticas públicas essenciais, garantindo direitos sociais de forma universal, com a incorporação da variável ambiental em seu modelo de desenvolvimento, estimulando o consumo sustentável.

5. Marco regulatório

Estabilidade, aprimoramento e fortalecimento dos instrumentos jurídicos, normativos e de regulação, com definições claras para os atores envolvidos, consolidação das funções de gestão e relação entre os agentes do setor bem estabelecidas

6. Relação interfederativa/ metropolitana

Forte cooperação e coordenação entre os entes federativos. Fortalecimento das relações institucionais e técnicas entre os municípios da Região Metropolitana de Salvador decorrente dos trabalhos da Entidade Metropolitana, do Colegiado Metropolitano, da agência reguladora de saneamento e do Concidades/BA (CT Saneamento).

7. Investimentos no setor

Crescimento do patamar dos investimentos públicos municipais em relação ao PIB e recursos da União e do Estado submetidos ao planejamento e ao controle social, priorizando medidas estruturantes.

8. Participação e controle social

Fortalecimento da participação social a partir de órgãos colegiados legalmente constituídos e representativos da sociedade civil, com caráter consultivo e deliberativo, possuindo influência decisiva na formulação e implementação das políticas de saneamento básico.

9. Matriz tecnológica

Desenvolvimento tecnológico e fomento de programas e projetos, com adoção dos princípios da Lei nº11.445/2007 e da Lei nº12.305/2010, no uso de tecnologias alternativas, adequadas e ambientalmente sustentáveis, apropriadas à realidade de cada comunidade.

10. Disponibilidade hídrica

Adoção de estratégias de conservação, preservação e recuperação de mananciais e de mecanismos de desenvolvimento limpo. Monitoramento e fiscalização da qualidade e quantidade dos mananciais, atento às peculiaridades do Município.

11. Dinâmica demográfica

Administração municipal capaz de conduzir o crescimento populacional e o processo de expansão urbana de forma ordenada conforme a legislação urbanística vigente.

12. Direito à informação/ comunicação

Melhoria da comunicação interinstitucional e existência de um sistema de informação municipal sobre saneamento. Publicização da informação completa e atualizada sobre todos os aspectos envolvidos na gestão dos serviços de saneamento.

Fonte: Saneando Projetos e consultoria, 2016.

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A partir do cenário referência, são traçados abaixo, os objetivos e metas, para a

gestão ambientalmente adequada da gestão dos serviços no município de

Camaçari.

7.1.1. Objetivos

Estruturação institucional da gestão;

Integração com os diversos setores do planejamento;

Integração com as demais políticas públicas;

Fortalecimento das relações institucionais e técnicas entre os municípios da

Região Metropolitana de Salvador;

Fortalecimento da participação social;

Estímulo ao consumo sustentável;

Crescimento do patamar dos investimentos públicos municipais, que se

somam aos recursos oriundos da União e do Estado;

Gestão voltada para a intersetorialidade, existindo um fortalecimento das

estratégias de conservação, preservação e recuperação de mananciais;

Estímulo aos mecanismos de desenvolvimento limpo no desenvolvimento de

atividades produtivas;

Gestão municipal norteada no planejamento intersetorial e regional capaz de

conduzir o crescimento populacional e o processo de expansão urbana de

forma ordena, voltada para o desenvolvimento sustentável;

7.1.2. Metas

As metas representam o caminho a ser percorrido para o cumprimento dos objetivos

e são fixadas de acordo com os indicadores definidos para o horizonte de

planejamento. Assim, devido à integralidade da gestão dos serviços com as demais,

cada componente de saneamento deverá se desenvolver buscando cumprir o que

preconiza o cenário de gestão, desenvolvendo suas atividades de maneira a se

integrar na resolução das questões mais abrangentes do município, como a melhoria

da qualidade ambiental urbana, ao mesmo tempo que resolve suas questões e

gargalos próprios, esses estudos são apresentados no Produto 8, Tomos I, II, III, IV,

V e sintetizadas nos itens a seguir.

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7.2.Abastecimento de Água

Para a componente abastecimento de água em Camaçari, o estudo de cenários foi

dividido em urbano e rural, devido a disponibilidade de dados. Para a área urbana o

cenário de referência considerou a elevação do índice de atendimento até a

universalização em um horizonte de planejamento de médio prazo, uma vez que a

cobertura do serviço já é elevada. O consumo de água por pessoa não sofre

nenhuma variação, permanecendo 125 L/(hab*dia), pois de acordo com referências

de alguns autores já é baixo . No que tange ao índice de perdas, este será reduzido

até 33% a uma taxa anual proposta pelo Plansab (2014) para a região Nordeste,

indicando melhorias através de investimentos no sistema de distribuição, como

substituição de tubulações antigas e principalmente a efetividade das políticas

públicas voltadas para o controle do uso e ocupação do solo, afim de evitar as

ocupações irregulares onde são verificados segundo a Concessionária os maiores

números de ligações clandestinas.

Os quadros a seguir sintetizam as hipóteses adotadas para o cenário de referência,

que pode representar o mais adequado para o município de Camaçari. Suas metas

devem ser cumpridas para que aconteça o planejado e o gerenciamento do serviço

de abastecimento de água no município percorra um caminho ambientalmente

adequado, como propõe a Política Nacional de Saneamento Básico.

Quadro 2 – Hipóteses escolhidas para o Cenário de Referência para área urbana.

Variável Hipótese 1 Hipótese 2 Hipótese 3

Índice de atendimento

(%)

Manutenção do índice de

atendimento

Elevação do índice de atendimento até a universalização

Redução do índice de atendimento

Consumo per capita (L/hab*dia)

Manutenção do

consumo per capita Elevação do

consumo per capita Redução do

consumo per capita

Índice de perdas (%)

Manutenção do índice de perdas

Elevação do índice de perdas

Redução do índice

de perdas

Fonte: Saneando Projetos e consultoria, 2016.

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Quadro 3 – Hipóteses escolhidas para o Cenário de Referência para área rural

Variável Hipótese 1 Hipótese 2 Hipótese 3

UNIVERSALIZAÇÃO

DO ACESSO

Ampliação do índice de cobertura até o alcance

da universalização

Ampliação do índice de cobertura sem o alcance

da universalização conforme meta do

Plansab para a região Nordeste que é de 74%.

Manutenção do índice de cobertura.

TECNOLOGIA

APROPRIADA

Implantação de tecnologias adequadas,

considerando as peculiaridades locais e a

capacidade de pagamento dos

usuários.

Implantação de tecnologias adequadas

de forma dispersa, considerando as

peculiaridades locais e a capacidade de

pagamento dos usuários.

Implantação de soluções não

compatíveis com as peculiaridades locais e

a capacidade de pagamento dos

usuários.

QUALIDADE DA

SOLUÇÃO

ADOTADA OU DO

SERVIÇO

PRESTADO

Atendimento das condições mínimas de qualidade na prestação dos serviços públicos de abastecimento de água:

a regularidade, a continuidade, o

atendimento dos usuários e condições

operacionais e de manutenção dos

sistemas.

Atendimento parcial das condições mínimas de qualidade na prestação dos serviços públicos de abastecimento de água:

a regularidade, a continuidade, o

atendimento dos usuários e as condições

operacionais e de manutenção dos

sistemas.

Não atendimento das condições mínimas de qualidade na prestação dos serviços públicos de abastecimento de

água: a regularidade, a continuidade, o

atendimento dos usuários e as condições

operacionais e de manutenção dos

sistemas.

Fonte: Saneando Projetos e consultoria, 2016.

A partir do cenário referência, são traçados abaixo, os objetivos e metas, para a

gestão ambientalmente adequada dos serviços de abastecimento de água no

município de Camaçari.

7.2.1. Objetivos

Universalizar o acesso aos serviços de abastecimento de água, de modo a atender

todos os domicílios (urbano e rural);

Garantir condições de acesso de toda a população de Camaçari à água em

quantidade e qualidade que assegure a proteção à saúde, observadas as normas

relativas para o consumo humano e em conformidade com a legislação ambiental e a

de recursos hídricos;

Garantir meios adequados para o atendimento da população rural dispersa,

mediante a utilização de soluções compatíveis com suas características econômicas

e sociais peculiares;

Ampliar e monitorar os sistemas existentes, promovendo a implantação de novas

adutoras, redes, etas, reservatórios, poços;

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Garantir a qualidade dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos,

principalmente os destinados ao abastecimento humano, buscando a sua

recuperação e preservação, com destaque para a importância da proteção das

matas ciliares e da preservação dos terrenos circunvizinhos aos mananciais;

Promover a conservação dos recursos hídricos, por meio da redução das perdas nos

sistemas de distribuição, da captação de água de chuva e da reutilização das águas

servidas para usos menos nobres;

Priorizar ações nas áreas onde se encontram os maiores déficits no abastecimento

de água;

Promover a qualidade dos serviços de abastecimento de água, visando a máxima

eficiência, eficácia e efetividade (conhecido como “3 es”);

Reforçar os mecanismos de fiscalização da qualidade da água consumida, sobretudo

para a população rural que é abastecida por sistemas simplificados e por soluções

individualizadas;

Estabelecer medidas de apoio à reabilitação dos sistemas existentes e à implantação

de novos sistemas para atendimento à população rural;

Melhorar a regulação e fiscalização dos serviços, ampliando para os sistemas

simplificados;

Reforçar a comunicação com a sociedade e promover a educação ambiental.

7.2.2. Metas

As metas representam o caminho a ser percorrido para o cumprimento dos objetivos

e são fixadas de acordo com os indicadores definidos para o horizonte de

planejamento. No Quadro 4 abaixo são listadas as metas de curto, médio e longo

prazo, para a componente abastecimento de água num horizonte de 20 anos.

Quadro 4 – Metas de referência do cenário de abastecimento de água.

Meta Cenário de Referência (%)

2016 2017 2021 2025 2029 2036

Manter o atual consumo per capita ao longo do horizonte de planejamento

125 125,0 125,0 125,0 125,0 125,0

Elevação do índice de abastecimento de água até a universalização

Urbano 96,0 96,5 98,5 100,0 100,0 100,0

Rural 43,0 44,9 53,1 62,9 74,4 100,0

Elevação do índice de abastecimento de água até a universalização

49,0 48,1 44,6 41,4 38,4 33,0

Fonte: Saneando Projetos e Consultoria, 2015.

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No Produto 8, Tomo II, são apresentadas as estratégias para alcançar estas metas,

com base na versão preliminar do Plano Nacional de Saneamento Básico aprovado

em 2013 e em diretrizes para o município.

7.3.Esgotamento Sanitário

Para a componente esgotamento sanitário em Camaçari, o estudo de cenários

também foi dividido em urbano e rural, devido a disponibilidade de dados. Para a

área urbana o cenário de referência considerou a seguinte situação:

a) Elevação do índice de atendimento por rede coletora ou fossa séptica até a

meta de 86% estabelecida pelo PLANSAB em 2033: foi considerada a conclusão

das obras de esgotamento sanitário na sede (PAC I e II) em 2017, sendo necessário

um crescimento de 2,4% ao ano para atingir a meta de 86% estabelecida pelo

Plansab em 2033, abrangendo no final de plano 93,1% da população urbana. Para o

atendimento por fossa séptica foi adotada uma redução gradativa de 0,1% anuais ao

longo do horizonte de planejamento, de acordo com o Plansab (2013)

b) Aumento do índice de tratamento de esgoto coletado até atingir a

universalização em 2017: considerou-se a conclusão das obras do PAC I e II em

2017, quando a população da sede que era contemplada apenas com rede coletora

passará a ter tratamento.

c) Redução da quantidade de extravasamentos até níveis aceitáveis em 2036

(fim de plano): A quantidade de extravasamentos de esgoto por extensão de rede

será reduzido gradativamente a uma taxa anual de 0,5 extrav./km, até atingir um

valor menor do que 0,5 extrav./km em 2036, considerado como ideal de acordo com

a Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento (ARIS) do Município de Santa

Catarina.

d) Manutenção da geração de esgoto per capita, permanecendo em

108L/hab.dia: foi previsto que ocorreriam ações de educação ambiental e

conscientização da população no tocante ao uso racional dos recursos hídricos.

O Quadro 5 sintetiza as hipóteses adotadas para o cenário de referência, que pode

representar o mais adequado para a zona urbana do município de Camaçari.

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Quadro 5 - Hipóteses escolhidas para o Cenário de Referência para área urbana

Indicadores Hipótese 1 Hipótese 2 Hipótese 3

Índice de atendimento por rede geral de coleta e fossas sépticas

(%)

Elevação do índice de atendimento até a universalização

Elevação do índice de atendimento

Manutenção do índice de

atendimento

Índice de tratamento do esgoto coletado (%)

Elevação do índice de tratamento até a

universalização

Elevação do índice de tratamento

Manutenção do índice de

tratamento

Geração per capita de esgoto (litros/hab.dia)

Redução da geração per capita Manutenção da

geração per capita Aumento da

geração per capita

Extravasamento de Esgoto por extensão de rede (extrav. / Km)

Redução do

extravasamento/km

Manutenção do extravasamento/km

Aumento do extravasamento/km

Fonte: Saneando Projeto de Engenharia e Consultoria, 2016.

Para a área rural, o cenário de referência considerou que serão priorizados os

investimentos para assegurar a implantação de tecnologias de Esgotamento

Sanitário apropriadas à realidade local e a qualidade na prestação dos Serviços de

Esgotamento Sanitário, tanto das soluções coletivas quanto individuais. Visa-se

ampliar o índice de cobertura de Esgotamento Sanitário, porém sem alcançar a

universalização, conforme prevê o PLANSAB para o Brasil e para a região nordeste,

considerando as perspectivas de crescimento econômico do País menos otimistas

para os próximos 20 anos. Esse cenário almeja garantir a qualidade da prestação

dos Serviços, com as condições de operação e manutenção dos sistemas

asseguradas, assim como o monitoramento e manutenção contínuos das soluções

individuais implantadas.

O Quadro 6 sintetiza as hipóteses adotadas para o cenário de referência, que pode

representar o mais adequado para a zona rural do município de Camaçari.

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Quadro 6 - Cenário de referência para a Zona Rural do município de Camaçari. Variável Hipótese 1 Hipótese 2 Hipótese 3

Universalização do acesso

Ampliação do índice de cobertura até a universalização.

Ampliação do índice de cobertura sem o alcance da

universalização.

Manutenção do índice de cobertura.

Tecnologia apropriada

Implantação de tecnologias adequadas

para a zona rural, considerando as

peculiaridades locais e a capacidade de pagamento dos

usuários.

Implantação de tecnologias adequadas de forma

dispersa, considerando as peculiaridades locais e a

capacidade de pagamento dos usuários.

Implantação de soluções não

compatíveis com as peculiaridades locais e

regionais e a capacidade de pagamento dos

usuários.

Qualidade da solução adotada

ou do serviço prestado

Atendimento das condições mínimas de qualidade na prestação dos serviços públicos de Esgotamento Sanitário,

como as condições operacionais e de manutenção dos

sistemas. Monitoramento e

manutenção contínuos das soluções individuais

implantadas.

Atendimento parcial das condições mínimas de

qualidade na prestação dos serviços públicos de

Esgotamento Sanitário, como as condições operacionais e de

manutenção dos sistemas. Monitoramento disperso das soluções individuais

implantadas.

Não atendimento das condições mínimas de qualidade na prestação dos serviços públicos

de saneamento básico, como as condições operacionais e de manutenção dos

sistemas. Nenhum monitoramento e manutenção das

soluções individuais implantadas.

Fonte: Saneando Projeto de Engenharia e Consultoria, 2016.

A partir do cenário referência, são traçados abaixo, os objetivos e metas, para a

gestão ambientalmente adequada dos serviços de esgotamento sanitário no

município de Camaçari.

7.3.1. Objetivos

Os objetivos traçados para a gestão dos Serviços de Esgotamento Sanitário na zona

urbana do município de Camaçari são apresentados a seguir:

Universalizar o acesso aos Serviços de Esgotamento Sanitário, de modo a atender

todos os domicílios;

Garantir condições de acesso de toda a população de Camaçari aos Serviços de

Esgotamento Sanitário de forma que evite a exposição da população à organismos

patogênicos e a contaminação do meio ambiente, tratando o efluente em

conformidade com a legislação ambiental e a de recursos hídricos;

Garantir meios adequados para o atendimento da população urbana (locais mais

afastados do centro) e rural, mediante a utilização de soluções individualizadas

adequadas e compatíveis com suas características econômicas e sociais peculiares;

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Iniciar o monitoramento dos corpos receptores de esgoto (tratado ou não) levantando

os parâmetros, físicos, químicos e biológicos destes, e enquadra-los de acordo com

a Resolução CONAMA Nº 430;

Melhoria continua da operação do sistema de Esgotamento Sanitário como a

implantação de medidores de vazão (verificar a infiltração de água na rede coletora)

e de cadastro georreferenciado dos equipamentos e de não conformidades do

sistema.

Priorizar ações nas áreas onde se encontram os maiores déficits no Esgotamento

Sanitário;

Melhorar a regulação e fiscalização dos serviços;

Reforçar a comunicação com a sociedade e promover a educação ambiental.

Os objetivos traçados para a gestão dos Serviços de Esgotamento Sanitário na zona

rural do município de Camaçari são apresentados a seguir:

Ampliação gradual do índice de cobertura do acesso aos Serviços de Esgotamento

Sanitário;

Emprego de tecnologias apropriadas à realidade local e à capacidade de pagamento

dos usuários em toda área rural;

Aplicação de tarifas módicas;

Prestação dos serviços ou da solução adotada obedecendo as condições mínimas

de operação e manutenção com qualidade;

Monitoramento e manutenção contínuos das soluções individuais adotadas;

Fortalecimento da relação da comunidade com o meio ambiente;

Capacitação da comunidade para uso das tecnologias adequadas.

7.3.2. Metas

As metas representam o caminho a ser percorrido para o cumprimento dos objetivos

e são fixadas de acordo com os indicadores definidos para o horizonte de

planejamento. No Quadro 7 e no Quadro 8 são listadas as metas de curto, médio e

longo prazo, para a componente esgotamento sanitário na zona urbana e rural, num

horizonte de 20 anos.

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Quadro 7 – Metas de referência do cenário de esgotamento sanitária na zona urbana

Meta Cenário de Referência (%)

2016 2017 2021 2025 2036

Elevação do índice de atendimento até a meta estabelecida pelo Plansab

32,7% 48,2% 57,6% 67,1% 93,1%

Universalização do índice de tratamento do esgoto coletado em 2030

64,8% 100% 100% 100% 100%

Manutenção da geração per capita de esgoto (l/hab.dia) 108 108 108 108 108

Redução dos extravasamentos de esgoto (nº de extravasamentos / km de rede)

11,0 10,5 8,4 6,3 <0,5

Fonte: Saneando Projetos e Consultoria, 2016.

Quadro 8 – Metas de referência do cenário de esgotamento sanitária na zona rural

Meta Cenário de Referência (%)

2016 2017 2021 2025 2036

Universalização do acesso Índice de cobertura por solução individualizada de

esgotamento (%)

32% 33% 39% 50% 80%

Uso de tecnologia apropriada - - - - -

Qualidade da solução adotada ou do serviço prestado

- - - - -

Fonte: Saneando Projetos e Consultoria, 2016.

No Produto 8, Tomo II, são apresentadas as estratégias para alcançar estas metas,

com base na versão preliminar do Plano Nacional de Saneamento Básico aprovado

em 2013 e em diretrizes para o município

7.4.Drenagem e Manejo De Aguas Pluviais Urbanas

Para a componente drenagem urbana e manejo de águas Pluviais em Camaçari, o

estudo de cenários foi melhor detalhado para a zona urbana, sendo que o cenário de

referência considerou a seguinte situação:

a) Cobertura com a infraestrutura de Microdrenagem: inicialmente foi

considerada inicialmente a elaboração do cadastro do sistema de drenagem até o

ano de 2018, em seguida um incremento da cobertura até atingir 70% em 2025, e a

universalização em 2035.

b) Pontos de Alagamento e Inundação: no Município de Camaçari, de acordo com

dados fornecidos pela Defesa Civil, em 2015 ocorreram cerca de 32 alagamentos ou

inundações na zona urbana, para melhor representar esse total por dividido por

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10.000 habitantes resultando um valor de 0,87 alagamento e inundação por 10.000

habitantes). Foi considerado uma redução dos pontos de alagamentos e inundação

até atingir 0,38 no final de plano em 2036.

c) Ocupação das margens dos canais: foi considerada inicialmente a elaboração

do cadastro técnico das margens ocupadas com risco para a população até 2018,

em seguida redução das margens ocupadas com risco para a população até

ausência dessas margens ocupadas em 2026.

d) Qualidade da água nos canais urbanos de drenagem (córregos, riachos e

rios): inicialmente foi considerado o enquadramento dos canais urbanos de

drenagem acordo com a Resolução Conama Nº 357 e 430 até 2018, em seguida a

eliminação das fontes poluidoras até 2030, e o atendimento aos padrões de

lançamento até final de plano em 2036.

O Quadro 9 sintetiza as hipóteses adotadas para o cenário de referência, que pode

representar o mais adequado para a zona urbana do município de Camaçari.

Quadro 9 - Cenário 02 da drenagem urbana e manejo de águas pluviais.

Variável Hipótese 1 Hipótese 2 Hipótese 3

Cobertura com a infraestrutura de microdrenagem

Aumento da cobertura até a universalização

Aumento da cobertura Manutenção da

cobertura

Pontos de Alagamento e Inundação

Ausência de pontos de alagamento e

inundação

Redução dos pontos de alagamento e

inundação

Aumento dos pontos de alagamento e inundação

Ocupação das margens dos canais

Ausência ocupação das margens

Redução da ocupação das margens

Aumento ocupação das margens

Qualidade da água nos canais urbanos de drenagem (córregos,

riachos e rios)

Atendimento aos padrões de

enquadramento da Resolução Conama Nº

357 e 430.

Atendimento parcial aos padrões de

enquadramento da Resolução Conama Nº

357 e 430.

Não enquadramento dos trechos de acordo com a Resolução Conama Nº

357 e 430.

Fonte: Saneando Projeto de Engenharia e Consultoria, 2016.

A partir do cenário referência, são traçados abaixo, os objetivos e metas, para a

gestão ambientalmente adequada dos serviços de drenagem e manejo de águas

pluviais no município de Camaçari.

7.4.1. Objetivos

Elaboração do Cadastro Técnico do Sistema de Drenagem;

Enquadramento dos canais de drenagem (córregos, riachos e rios) conforme

Resolução Conama Nº 357 e 430.

Promover o manejo das águas pluviais por meio de ações estruturantes;

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Proteger ecossistemas que colaboram com os serviços de drenagem urbana

(lagoas, rios e florestas)

Redução de edificações em áreas de Áreas de Proteção Permanente (APP) e

em áreas de risco;

Preservação das matas ciliares:

Iniciar o monitoramento dos canais de drenagem a fim de verificar a presença

de esgoto ou resíduos sólidos;

Melhoria continua da operação do sistema de drenagem urbana

Priorizar ações nas áreas onde se encontram os maiores riscos de

alagamento, inundação e escorregamento de terra.

Implementar a regulação e fiscalização dos serviços;

Reforçar a comunicação com a sociedade e promover a educação ambiental.

7.4.2. Metas

As metas representam o caminho a ser percorrido para o cumprimento dos objetivos

e são fixadas de acordo com os indicadores definidos para o horizonte de

planejamento. No Quadro 3 abaixo são listadas as metas de curto, médio e longo

prazo, para a componente abastecimento de água num horizonte de 20 anos.

Quadro 10 - Metas de referência do cenário de drenagem urbana e manejo de águas pluviais.

Meta Cenário de referência

2017 2021 2025 2036

Cobertura com a infraestrutura de

Microdrenagem (%)

Cadastro técnico do sistema de

drenagem até 2018.

Incremento da microdrenagem

até 70% em 2025.

Incremento da microdrenagem até 100% em

2035.

100%

Pontos de Alagamento e

Inundação (pontos por 10.000 habitantes)

0,81 0,70 0,60 0,38

Ocupação das margens dos canais

(%)

Elaboração do cadastro técnico das margens ocupadas com risco para a

população até 2018.

Redução das margens

ocupadas com risco para a

população até 2025.

Ausência das margens

ocupadas com risco para a

população até 2036.

Ausência das margens

ocupadas com risco para a população.

Qualidade da água nos canais urbanos

de drenagem (%)

Enquadramento de acordo com a

Resolução Conama Nº 357 e 430 até

2018.

Eliminação das fontes poluidoras até 2030.

Atendimento aos padrões de

enquadramento previstos na Resolução

Conama Nº 357 e 430.

Fonte: Saneando Projeto de Engenharia e Consultoria, 2016.

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No Produto 8, Tomo IV são apresentadas as estratégias para alcançar estas metas,

com base na versão preliminar do Plano Nacional de Saneamento Básico aprovado

em 2014 e em diretrizes para o município.

8. ALTERNATIVAS TÉCNICAS PARA COMPATIBILIZAÇÃO ENTRE

DEMANDAS E DISPONIBILIDADES DOS SERVIÇOS

8.1. Alternativas de Gestão

No município de Camaçari, a atividade de planejamento das ações de saneamento

básico se inicia com os esforços voltados para a elaboração do Plano Municipal de

Saneamento Básico (PMSB), instrumento do planejamento. A prestação dos

serviços, que não é universal em quantidade e qualidade suficiente, vem

acontecendo sem nenhuma regulação e fiscalização estruturada para acompanhar

sua execução. Da mesma maneira se encontra o controle social, que ainda não foi

institucionalizado via lei municipal.

Como pode-se observar nos quadros anteriores, a condição atual da gestão do

saneamento básico no município exige reformulação, melhorias e inserção de

atividades. Em todas as componentes as atividades de prestação se encontram com

problemas de equipe e gerenciamento, principalmente na atuação em áreas rurais e

de população dispersa.

A atividade de regulação não está estruturada e o único ente de regulação existente,

a Agersa, se encontra pouco apta para cumprir sua função plena em regular as

quatro componentes do saneamento básico.

A atividade de fiscalização, acontece de forma pontual e em casos específicos para

cada componente, deixando de se realizar uma fiscalização amparada por

instrumentos regulatórios voltados para o saneamento básico que seguem os

princípios previstos nas Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico.

A atividade de planejamento é realizada de forma pulverizada, sem integração e, em

alguns casos, apenas pelos prestadores de serviço, o que configura uma baixa

capacidade de planejar a gestão desses serviços pelo aparato atual e pouco

conhecimento sobre como são desempenhadas essas atividades no município.

Outro aspecto importante é o conflito entre as atribuições e atividades previstas nos

regimentos internos e as atividades desempenhadas no dia a dia, das secretarias e

entes públicos executores das atividades de saneamento básico, esses conflitos

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impedem o entendimento e a definição clara de quais os atores devem ser

responsáveis por determinadas funções, fragilizando a capacidade de gestão

municipal.

Para reestruturar esse quadro, a fim de implementar as funções de gestão em

saneamento básico, conforme preconiza a política pública, o Município deve criar

uma infraestrutura mínima capaz de coordenar o planejamento dos serviços,

viabilizando a integração entre os diferentes atores envolvidos, e acompanhar os

responsáveis pela execução das atividades de regulação, fiscalização e prestação.

Nesse sentido, propõe-se a adequação e/ou o fortalecimento, no arranjo institucional

do poder público, das Secretarias e Coordenações já existentes, que tem papel

estruturante para a gestão no município, conforme se apresenta nos regimentos

internos das secretarias municipais.

A primeira, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), que tem por

finalidade formular diretrizes, planejar, executar, acompanhar, fiscalizar e avaliar as

políticas e ações municipais de desenvolvimento urbano, de preservação do meio

ambiente e de defesa civil, se mostra como secretaria fundamental para o

fortalecimento das ações de gestão. Dentro dela está previsto a Coordenadoria de

Planejamento – CPL, que tem por finalidade elaborar a Política Urbana do Município

de Camaçari, contando com algumas gerências, entre elas, a Gerência de

Planejamento Urbano (GEPLU), que se mostra responsável pela a integração das

atividades de planejamento dentro da CPL, ou seja, a gerência capaz de cumprir o

papel de integração necessário à gestão urbana. A seguir apresenta-se a suas

atribuições:

Gerência de Planejamento Urbano (GEPLU) - essa gerência tem entre suas

atribuições:

a. promover a atualização, complementação e ajuste das diretrizes e proposições do

Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Município, bem como, acompanhar a

implementação e execução correspondentes;

b. avaliar comparativamente o perfil urbano-ambiental do Município com os planos,

projetos e programas existentes ou em execução, identificando as áreas que

necessitam de intervenção pública em caráter prioritário;

c. promover a articulação do Plano Diretor com os diferentes níveis e escalas de

planejamento no âmbito do Município;

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d. promover a elaboração de estudos de viabilidade sócio-econômica e respectivos

impactos de planos, projetos e programas propostos;

e. monitorar a implantação de projetos e programas, avaliando os seus impactos, de

modo a realimentar o processo de planejamento;

f. promover a regulamentação dos instrumentos de Política Urbana, interagindo com

os órgãos que exercem competências complementares quanto a esses

instrumentos;

g. propor e avaliar os indicadores utilizados na monitoração da aplicação dos

instrumentos de Política Urbana, aferindo sua eficácia quanto à qualidade de vida

urbana;

h. elaborar e coordenar estudos para o estabelecimento de índices e parâmetros

urbanísticos;

i. elaborar planos urbanísticos de unidades espaciais selecionadas no processo de

planejamento, conforme a necessidade de detalhamento das diretrizes e

proposições do Plano Diretor;

j. orientar ou participar de ações de órgãos e entidades de diferentes esferas de

governo que atuam na promoção do desenvolvimento municipal, fornecendo

indicadores básicos e outros insumos;

k. articular-se com órgãos e entidades municipais, privadas e de outras esferas de

governo com o objetivo de obter as informações necessárias ao desenvolvimento

dos projetos, bem como compatibilizá-los com as ações programadas e em curso;

l. exercer outras competências correlatas.

Assim, essa Coordenação de Planejamento e suas gerências terão a atribuição de:

estruturar as ações de planejamento das políticas públicas municipais (conforme

itens “b” e “c” da GEPLU); implantar o Cadastro Territorial Multifinalitário (CTM), que

integre as diferentes informações relativas às infraestruturas existentes no território

do município, englobando as informações de cadastro de infraestrutura urbanas, as

informações gerados pelos prestadores de serviços, as informações de

monitoramento social e ambiental, dados oriundos das ações de licenciamento e

fiscalização (Acrescentando algumas categorias ao que está previsto na Minuta do

Regimento Interno da SEDUR item “XI” e “XII”). Outra atividade importante que deve

ser implantada é a compilação das ações realizadas pelas diferentes secretárias e

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órgãos do poder público, de maneira a evitar sobreposição de ações e desperdício

de recursos públicos (conforme itens “d”, “e”, “f” e “g”da GEPLU).

A essa coordenação caberá, portanto, a função de coordenar a integração entre os

planos das diferentes secretarias e órgãos do município, conduzir a rotina do

planejamento intersetorial, mediar as relações entre os geradores de informações

setoriais e auxiliar os órgãos da prefeitura a tomar decisões que exijam olhares

complexos da realidade. Para cumprir todas essas atividades a Coordenação de

Planejamento deverá atribuir às suas gerências as atividades específicas para cada

macro atividade, ou seja, o Cadastro Multifinalitário; a Articulação Institucional; a

Gestão de Projetos e Ações; e a Integração. Espera-se assim viabilizar um ambiente

institucional/técnico favorável ao desenvolvimento integrado do município.

Sugere-se, para além do fortalecimento do arranjo existente, a criação da

Coordenadoria de Saneamento Básico (CSAN), no âmbito da SEDUR, que terá

como atribuição implementar, acompanhar, monitorar e avaliar a gestão dos serviços

de saneamento básico no município. Essa coordenadoria deve ser composta de pelo

menos quatro núcleos, a saber: o Núcleo de Abastecimento de Água; o Núcleo de

Esgotamento Sanitário; o Núcleo de Manejo de Resíduos Sólidos; e o Núcleo de

Drenagem e Manejo das Águas de Pluviais.

Figura 1 - Organograma da Coordenadoria de Saneamento Básico (CSAN).

Fonte: Saneando Projetos e Consultoria, 2016.

Coordenadoria de Saneamento Básico

1 Coordenador

Nucleo de Abastecimento de

Água 1 Tecnico de Nível Superior

Nucleo de Esgotamento

Sanitário 1 Técnico de Nível Superior

Nucleo de Manejo de Resíduos Sólidos

1 Técnico de Nível Superior

Nucleo de Drenagem Urbana e Manejo de

Águas Pluviais 1 Técnico de Nivel Superior

Equipe de apoio da Corrdenação e

Núcleos 4 Técnicos de Meio Ambiente e/ou

Saneamento Básico

1 Técnico administravito

1 Técnico da Area Social

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Cada núcleo deverá se articular de maneira a conduzir o processo de planejamento

do saneamento e acompanhar, monitorar e auxiliar outros entes que executem as

atividades de prestação, regulação e fiscalização dos serviços em todo o território do

município. A coordenação deverá também, por meio de seu coordenador, realizar

atividades que viabilizem e fortaleçam os mecanismos e procedimentos de

participação e controle social.

Assim, cada núcleo deverá acompanhar os entes executores do poder público ou

entes delegatários, caso existam, coletando dados e informações pertinentes à sua

atividade, e realizando ações integrativas das funções de gestão no âmbito da

Coordenadoria. Assim, quando chamado a responder qualquer questão referente ao

saneamento básico no/do município, o Chefe do Executivo terá o suporte técnico

dessa Coordenadoria, que lhe auxiliará ainda na proposição de ações relacionados

ao saneamento e temas afins.

A seguir apresenta-se as um quadro síntese com principais atribuições a serem

desempenhadas pela CSAN.

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Fonte: Saneando Engenharia e Consultoria, 2016.

•promover a articulação entre os diferentes níveis e escalas de planejamento no âmbito da gestão do serviços no Município

•promover a articulação entre as instituições dos governo estadual e Federal, que atuam no saneamento básico municipal;

•Integrar as informações dos núcleos da coordenação e colaborar com a política municipal urbana, propondo os zoneamentos das áreas de interesse para o sanemaneto básico;

•Apoiar e fortalecer a implementação dos mecanismos e procedimentos de controle social;

•Apoiar a coleta, organização e disponibilização der dados e informações de saneamento básico a outros órgãos do poder público;

Coordenadoria de Saneamento

Básico

•articular e conduzir o processo de planejamento;

•acompanhar, monitorar e auxiliar outros entes que executem, direta ou indiretamente, as atividades de prestação, regulação e fiscalização dos serviços;

• auxiliar na produção de informações sobre os serviços para o cadastro multifinalitário;

•acompanhar as atividades relacionadas à proteção de presenvação dos manaciais do município, com enfase nos usados para os sistemas de abastecimento de água.

Núcleo de Abastecimento de

Água

•articular e conduzir o processo de planejamento da componente;

•acompanhar, monitorar e auxiliar outros entes que executem, direta ou indiretamente, as atividades de prestação, regulação e fiscalização dos serviços;

•auxiliar na produção e organização de dados e informações para o cadastro multifinalitário;

•acompanhar as atividades relacionadas à minimização de impacto do esgotamento sanitário nos manaciais e ambiente do município.

Núcleo de Esgotamento

Sanitário

•articular e conduzir o processo de planejamento da componente;

•acompanhar, monitorar e auxiliar outros entes que executem, direta ou indiretamente, as atividades de prestação, regulação e fiscalização dos serviços;

•auxiliar na produção e organização de dados e informações para o cadastro multifinalitário;

•acompanhar as atividades relacionadas à implantação municipal da Política Nacional de Resíduos Sólidos, na responsabilidade compartilhada, na não geração de resíduos, na logística reversa, na coleta seletiva, na educação ambiental e destinação ambientalmente adequada.

Núcleo de Manejo de Resíduos

Sólidos

•articular e conduzir o processo de planejamento da componente;

•acompanhar, monitorar e auxiliar outros entes que executem, direta ou indiretamente, as atividades de prestação, regulação e fiscalização dos serviços;

•auxiliar na produção e organização de dados e informações para o cadastro multifinalitário;

•acompanhar as atividades relacionadas a implantação da drenagem sustentável e proteção dos ecossitemas fundamentais para o manejo das águas pluviais.

Núcleo de Drenagem Urbana

e Manejo de Águas Pluviais

Figura 2 – Atribuições da Coordenadoria de Saneamento Básico.

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Dessa maneira, com a criação dessa nova coordenadoria a SEDUR passará a ter a

seguinte estrutura:

Figura 3 – Estrutura da SEDUR com a criação da Coordenadoria de Saneamento Básico.

Fonte: PMC e Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

Com a existência de uma Coordenadoria de Saneamento Básico o município disporá

de uma equipe que poderá desenvolver atividades relacionada à melhoria da gestão

dos serviços de saneamento. Entre as atividades possíveis destaca-se: a verificação

da viabilidade de regularização de áreas em impasse social, político e/ou judicial

para, então, prover a implementação dos serviços de saneamento; o trabalho em

parceria com a coordenadoria de Fiscalização do Uso do Solo e Meio Ambiente para

promover a fiscalização mais eficiente, para aplicação da legislação urbanística e

ambiental, sobretudo no que se relaciona à ocupação em áreas sensíveis, como as

APP e aquelas de interesse para abastecimento de água e para a manejo de águas

pluviais; a capacitação de agentes de saúde e de endemias para contribuírem de

forma mais efetiva e eficaz na promoção e prevenção da saúde através de ações

básicas de saneamento; a realização de palestras em escolas, centros de referência

e assistência social (Cras), unidades de saúde, associações de moradores,

comunidades tradicionais abordando temas referentes ao saneamento e meio

ambiente, entre outras.

SEDUR

COS - Coordenadoria do Uso do solo

CPL - Coordenadoria de Planejamento Urbano

CPE - Coordenadoria de Elaboração de Projetos

CMA - Coordenadoria de Meio Ambiente

COF - Coordenadoria de Fiscalização do Uso do Solo

e Meio Ambiente

CSAN - Coordenadoria de Saneamento Básico

CAD

ASTEC

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A importância de se criar a CSAN se respalda na demanda relativa ao saneamento

existente no município, no número significativo de atores sociais que devem ser

acompanhados para se garantir a gestão responsável dos serviços e na

necessidade de autonomia e capacidade resolutiva que a coordenaria tem que ter

para tratar assuntos com outras instituições e com as demais coordenadorias. Além

disso, esse modelo de gestão, onde o saneamento possui uma área específica no

órgão, é adotado pelo Ministério das Cidades para a Política Nacional de

Saneamento Básico, demonstrando a relevância dessa área.

Para realizar suas atividades a CSAN necessita de um corpo técnico mínimo, com

04 técnicos e 01 coordenador, formado por profissionais de nível superior, 5

profissionais de nível técnico e/ou médio, 1 técnico social de nível superior,

equipamentos e ferramentas de gerenciamento de dados e informações.

Atualmente não existe uma equipe voltada para a gestão do saneamento no

município. Porém, observa-se a presença nas diferentes secretarias de técnicos que

desempenham funções relacionadas ao saneamento. Nesse sentido, se mostra

possível, com os devidos ajustes, formar uma equipe para a CSAN a partir da

realocação desses técnicos de outras secretarias e/ou coordenações.

Essa reestruturação trará ao município maior capacidade de organizar a sua gestão,

no que tange a atividade de planejamento e assim investir de forma mais eficiente,

eficaz e efetiva, com foco no desenvolvimento sustentável a longo prazo, além de

conseguir influenciar de forma contundente e informada na EMRMS.

Para realizar as funções de Regulação e Fiscalização, o município deverá seguir o

que preconiza a Lei Complementar nº 41/2014, em seu Atr. 20, que define que as

entidades estaduais serão responsáveis por essas atividades. Nesse sentido, é

possível optar por alguns caminhos:

A) Aceitar a Regulação e Fiscalização pela Agência Reguladora de Saneamento da

Bahia (AGERSA), que atualmente só a realiza para os serviços de abastecimento de

água e esgotamento sanitário.

B) Pressionar Agência Reguladora de Saneamento da Bahia (AGERSA) a realizar a

Regulação e Fiscalização para as quatro componentes de Saneamento Básico.

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C) Pressionar a EMRMS a criar uma instância de Regulação e Fiscalização para as

quatro componentes de Saneamento Básico.

O município deverá avaliar qual a opção mais adequada para sua atual conjuntura e

planejar a estruturação das suas atividades de regulação e fiscalização dos serviços

a longo prazo.

Dessa maneira, uma estratégia que parece ser mais potencializadora de forma local

e regional seria o fortalecimento da AGERSA, com a ampliação das suas ações para

as quatro componentes de saneamento básico.

A implementação das funções de regulação e fiscalização dos serviços de

saneamento, deve ser realizada em curto prazo (3 a 8 anos), já que a médio prazo

(9 a 12 anos), espera-se que o titular já disponha de uma administração mais

estruturada, com maior aporte financeiro e técnico, favorecendo a melhoria dos

serviços de saneamento, e o fortalecimento da atuação do Controle Social.

Assim, estruturado os arranjos relativos a gestão, seja qual for a alternativa adotada,

as equipes terão a função de dar suporte ao chefe do executivo nos

encaminhamentos e decisões relativos à gestão do saneamento básico, dando

maior condição de acompanhar a situação do saneamento em todo o território do

município, acompanhar a implementação do plano, manter o planejamento como

uma atividade continuada, fazer o preenchimento e acompanhamento do sistema de

informação municipal, acompanhar as atividades da regulação e fiscalização,

promover os espaços de participação e controle social, manter uma prática de

trabalhar em conjunto com as diferentes secretarias do município com ações

relacionadas aos serviços de saneamento básico, além de qualificar a sua atuação

no colegiado da EMRMS.

Para o desenvolvimento dos mecanismos e procedimentos de participação e

controle social deve ser formulada e aprovada a política municipal de saneamento

básico, definindo entre outras coisas quais as maneiras de participação previstas na

gestão e implantação das ações de saneamento e a instância responsável pela

realização do controle social da política municipal. Nesse sentido, uma alternativa

que tem se mostrado integradora do saneamento à política urbana é definir a

Câmara Técnica em Saneamento do Conselho Municipal da Cidade como a

instância de controle social do saneamento básico. Dessa maneira, ao mesmo

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tempo que se aproxima as instâncias que influenciam nas políticas urbana e de

saneamento, se facilita a operacionalização dessas instâncias que passam a

receber apoio institucional de duas políticas públicas.

A instância de controle social é fundamental para a realização de processos

democráticos de discussão na implantação das políticas públicas. Nessas instâncias

os diferentes atores sociais têm oportunidade de definir as direções que serão

tomadas na gestão do município por meio do debate e da observação dos diferentes

interesses envolvido. Aposta-se, portanto, que a presença da sociedade civil

organizada nos espaços de decisão traz maior possibilidade de êxito socioambiental

nas ações do poder público.

8.2. Alternativas de Abastecimento de Água

No Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, foi possível

conhecer as carências, demandas e disponibilidades de serviços de abastecimento

de água e seus impactos nas condições de vida e no ambiente natural bem como a

caracterização institucional da prestação dos serviços do município de Camaçari.

A partir do estudo de cenários de demandas dos serviços de abastecimento de

água, foram estabelecidos cenários, a partir dos quais foi possível verificar as

demandas e disponibilidades dos serviços, com base nas projeções das demandas

dos serviços de abastecimento de água ao longo do horizonte planejado de 20 anos.

Com o cenário de referência adotado, foi possível propor alternativas de intervenção

e de mitigação dos déficits e das deficiências na prestação deste serviço, com o

objetivo de sanar ou melhorar tais carências e de atingir a universalização no

decorrer do horizonte de planejamento.

Com base na projeção da evolução da demanda ao longo de 20 anos do cenário de

referência adotado para o serviço de abastecimento de água, serão selecionadas as

alternativas que promoverão a compatibilização quali-quantitativa entre demandas e

disponibilidade.

8.2.1. Alternativas Técnicas para Atendimento da Demanda da Área Urbana

Conforme elucidado no Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de

Água, a área urbana do município de Camaçari é, majoritariamente, abastecida

pelos seis sistemas operados pela Embasa, sendo que cada um destes possui

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características singulares, o que interfere diretamente nos indicadores escolhidos

anteriormente. Isto posto, o cenário de referência foi aplicado para cada sistema,

buscando analisa-los de forma mais criteriosa e particular.

Adicionalmente, foram solicitadas, à concessionária, informações referentes ao ano

de 2014 para permitir um estudo mais fidedigno com a realidade atual. O resumo

desses dados encontra-se disposto na Tabela 11.

Tabela 11 - Características dos sistemas da Embasa em Camaçari/BA, ano 2014.

Sistema Consumo per capita (L/hab*dia)

População atendida (hab.)

Índice de perdas

(%)

Produção de água atual

(L/s)

Capacidade de tratamento (L/s)

SLAA Camaçari 116,6 151.619 46,1 488,4 488,44

SLAA Parafuso 103,4 2.532 39,2 7,0 7,00

SIAA Machadinho

116,9 60.946 54,3 355,0 355,02

SIAA Jordão 141,3 32.980 63,8 214,0 214,00

SLAA Barra do Pojuca

113,0 22.049 57,1 180,0 180,00

SIAA Canto dos Pássaros

72,3 4.495 32,8 14,6 25,00

Total/Média 110,6 274.621 49,0 1259,0 1269,46

Fonte: Embasa, 2016.

É importante mencionar que o único indicador que não foi analisado de forma

particular foi o índice de atendimento, uma vez que não se tem essa informação

especifica para cada sistema. Sendo assim, considerou-se que a população

atendida em 2014 (dado fornecido pela Embasa) representa 96% da população

residente na área de abrangência daquele sistema, ou seja, existe 4% da população

que não possui abastecimento de água por solução adequada, sendo necessário,

portanto ampliação do abastecimento para atender o princípio da universalização do

acesso.

8.2.2. Sistema Local de Abastecimento de Água Camaçari

O SLAA Camaçari é responsável pelo abastecimento de água da sede municipal.

Conforme já foi aoborado no volume 1 deste produto, esse sistema foi definido com

a delimitação de duas zonas de atendimento, denominadas de ALPHA e ESTÁDIO.

Segundo o Plano de Abastecimento de Água da Região Metropolitana de Salvador,

Santo Amaro e Saubara - PARMS (no prelo, 2015), a Zona ALPHA, responsável

pelo abastecimento de cerca de 60% da sede, corresponde à área mais adensada

de Camaçari, estando situada no setor norte da cidade, abrangendo bairros como

Mangueiral, Parque Florestal, Novo Horizonte, Piaçaveira, Tancredo Neves,

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Camaçari de Dentro, entre outros. A zona ESTÁDIO, responsável pelo

abastecimento de cerca de 40% da sede, está situada no setor sul de Camaçari e

abrange bairros como Verdes Horizontes, Ulysses Guimarães e Parque Verde,

correspondendo a uma área com potencial para expansão urbana.

No Produto 8 – Tomo II foram apresentados os resultados da produção de água

necessária para atender 100% da área de abrangência desse sistema, levando em

consideração as hipóteses do cenário de referência e do Cenário 3, sendo este

último o mais crítico.

Por meio da análise dos dados concebidos com base no cenário de referência

(Cenário 2) e nas informações fornecidas pela Prestadora de Serviço (produção

atual e capacidade nominal), é perceptível que o sistema necessitará de ampliações

apenas no ano de 2034 no que tange a captação e tratamento, afim de atender ao

princípio da universalização trazido pela PNSB, Lei nº 11.445/07, ou seja, abastecer

toda a população da sede com qualidade e quantidade, conforme prevê a Portaria nº

2.914/11 do Ministério da Saúde. Entretanto para que isto ocorra o município através

das suas secretarias deverá trabalhar de forma integrada juntamente com a

prestadora de serviço não deverão medir esforços para colocar em pratica ações de

educação ambiental, para que a população continue a consumir a mesma

quantidade de água que consome atualmente mesmo que seu padrão de vida se

eleve, além de sensibilizar a população para que a pratica de ligações clandestinas

seja drasticamente reduzida, além de significativos investimentos que a

concessionário deve realizar em troca de tubulações antigas para que as perdas

reduza de 46% para 33%.

Caso contrário, se estas ações estruturantes e estruturais não forem colocadas em

prática, corre-se o risco de o pior cenário (Cenário 3), ocorrer. Assim, comparando a

produção necessária com a produção atual, verifica-se que serão necessárias

ampliações em médio prazo (2022), uma vez que se tem a demanda de 493 L/s,

enquanto a capacidade do sistema de produção é de 488 L/s.

A Embasa, já prevendo crescimento da demanda nesse sistema, elaborou, em 2011,

o “Projeto Básico de Ampliação do Sistema de Abastecimento de Água da Sede

Municipal de Camaçari”, que se propõe aproveitar as unidades do sistema existente

que estão em bom estado, recuperando as estruturas possíveis e propondo

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ampliações necessárias para atender satisfatoriamente a demanda projetada de

698,14 L/s em final de plano (2030) (PARMS, no prelo, 2015).

De acordo com o Projeto de Ampliação, as unidades do SLAA Camaçari passarão,

basicamente, pelas seguintes intervenções:

i. divisão da área de Projeto da Sede Municipal de Camaçari em 3 zonas de

Abastecimento, denominadas Alpha, Centro e Estádio, que passarão a ser

atendida por redes independentes;

ii. implantação de 4 novas captações em Poços Tubulares e suas respectivas

linhas adutoras;

iii. implantação de 1 novo centro de reservação e ampliação do centro de

reservação existente, assim distribuídos:

a) Centro de Reservação Existente - implantação de um reservatório apoiado de

8.000 m³ (obras em execução) e reforma do reservatório existente de 6.000

m³, responsáveis, respectivamente, pelo atendimento das Zonas Centro e

Alpha;

b) Novo Centro de Reservação - implantação de um reservatório apoiado de

4.000 m³ e um elevado de 50 m³, responsáveis pelo abastecimento das

Zonas Estádio Baixa e Estádio Alta.

iv. implantação de uma nova Estação Elevatória de Água Bruta (EEAB-1) em

ALPHA, a qual recalcará a água captada dos poços da Zona Alpha até a Área

de Reservação e Tratamento - Centro e Alpha;

v. implantação de uma nova Estação Elevatória de Água Bruta (EEAB-2) na área

CENTRO, a qual recalcará a água dos poços da Zona Centro até a Área de

Reservação e Tratamento - Centro e Alpha;

vi. implantação de duas Estações de Tratamento de Água, denominadas Área de

Reservação e Tratamento - Centro e Alpha, e Área de Tratamento - Estádio;

vii. implantação de 2 Estações Elevatórias de Água Tratada (EEAT-1 e EEAT-2),

que serão implantadas na zona Estádio, uma dentro da área de Tratamento -

Estádio, e outra na área de Reservação Estádio;

viii. ampliação e melhoria da atual rede de distribuição.

Segundo a Embasa (2016), a contratação das obras de ampliação do SAA Camaçari

ocorreu em novembro de 2013 e a conclusão das mesmas, de acordo cronograma,

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estava prevista para maio de 2016, porém, a realização dos serviços está com

atrasos significativos.

Das obras previstas, estavam em fase de andamento a construção do reservatório

de 8000 m³, localizado no Morro da Manteiga, além dos 04 poços previstos, 03 já

foram perfurados, porém apenas 01 foi montado e está em operação. Na totalidade

foram executadas 30% das intervenções previstas, sendo que as obras da Zona

Estádio (rede, adutora, poço, reservatório e elevatória) ainda não foram iniciadas

(Embasa, 2016).

Diante do exposto pode concluir que estas obras de intervenções previstas para o

SLAA Camaçari, quando concluídas serão capazes de atender a demanda calculada

para o Cenário 2 até final de plano proporcionando segurança e regularidade ao

abastecimento de água aos moradores da sede municipal, não se fazendo

necessário, portanto, prevê outras intervenções estruturais para este sistema.

Ressalta-se que essas intervenções estruturais devem acontecer

concomitantemente com as intervenções estruturantes, a exemplo de ações de

proteção dos mananciais e de educação ambiental, conforme já relatado, sendo que

este último terá por objetivo criar nas pessoas o sentimento de corresponsabilidade

perante a questão da preservação/conservação ambiental, em especial dos recursos

hídricos, e prioritariamente dos mananciais de abastecimento de água.

Em contrapartida, se ocorrer conforme o previsto no Cenário 3, onde as perdas se

elevam a índice superior a 60% e o consumo per capita se eleva de 116 para 150

L/(hab*dia) em final de plano, as intervenções previstas no Projeto da Embasa, só

serão capazes de atender a demanda da sede municipal até o ano de 2030, sendo

imprescindível novos investimentos no sistema em questão. Considera-se este

cenário como aquele que vai de desencontro a sustentabilidade econômico-

financeira e ambiental.

8.2.3. Sistema Local de Abastecimento de Água Parafuso

O SLAA de Parafuso, conforme já foi visto é composto por captação, através de um

poço tubular, tratamento, através de simples desinfecção, reservação com

capacidade de 150 m³ e distribuição para a localidade de Parafuso.

No Produto 8 – Tomo II foram apresentados os resultados da produção de água

necessária para atender 100% da área de abrangência desse sistema, levando em

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consideração as hipóteses do cenário de referência e do cenário mais pessimista

(Cenário 3).

A partir da projeção da demanda necessária para o Cenário de Referência, infere-se

que a produção atual de água do SLAA Parafuso (7,0 L/s), dado fornecido pela

Embasa (2016), é capaz de atender à demanda de final de planejamento (5,81 L/s),

portanto não serão necessárias ampliações nas infraestruturas de captação e

tratamento.

Apesar de não necessitar ampliações, deverão ser realizadas melhorias no poço de

captação, introduzindo placas de identificação e de advertência de perigo, além de

melhorar as condições de conservação do mesmo, com relação à ETA, devem ser

realizadas adequações na casa de química.

Após tratada a água é recalcada até um Reservatório Elevado de Distribuição - RED

de 150 m³, volume este que atende à demanda em final de plano que seria de

aproximadamente 140 m³, calculada com base na produção necessária. Entretanto é

importante destacar que este RED de 150 m³ não apresenta bom estado de

conservação, necessitando de reparos.

Assim como no SLAA Camaçari, para que haja a universalização do abastecimento

será necessário a instalação de novas redes de distribuição visando atender aos

domicílios que ainda não são atendidos e os que serão implantados.

Em contrapartida se não forem adotadas as medidas estruturais e estruturantes

amplamente discutidos durante a concepção do Cenário 2 (cenário de referência),

corre se o risco da produção necessária para o SLAA Parafuso ser o dobro da

produção atual, conforme previsto no Cenário 3. Nesse cenário onde as perdas e o

consumo per capita aumentam significativamente, as infraestruturas de captação,

tratamento e reservação deverão ser ampliadas.

A Embasa ainda não possui nenhum estudo ou projeto que prevê ampliação desse

sistema.

8.2.4. Sistema Integrado de Abastecimento de Água Machadinho

O Sistema Integrado de Abastecimento de Água Machadinho abastece as

comunidades da faixa litorânea do município de Camaçari, limitadas ao sul, pela

localidade de Busca Vida e ao norte, pela localidade de Arembepe, além de

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comunidades localizadas na parte oeste da Rodovia BA-099, no entorno da BA-522

(Cascalheiras). Dentre as diversas localidades atendidas por esse sistema,

destacam-se: Areias, Arembepe, Buris de Abrantes, Catu de Abrantes, Jauá,

Machadinho, Parque das Mangabas, Sucupió e Vila de Abrantes. Devido à

sobrecarga nesse sistema a localidade de Busca Vida vem sendo abastecida a

algum tempo pelo sistema de Lauro de Freitas.

O Produto 8 – Tomo II apresenta o resultado da produção de água necessária para

atender 100% da área de abrangência desse sistema, levando em consideração as

hipóteses do cenário de referência e do cenário mais pessimista. Ressalta-se que

para este sistema em especifico considerou-se que o índice de atendimento não

chega a 96%, girando em torno de 90% uma vez que a população da localidade de

Busca Vida não é atendida por esse sistema, dessa forma verifica-se que existe um

déficit de atendimento declarado que deve ser considerado.

Analisando os dados do cenário de referência, ou seja, na universalização da área

de abrangência, manutenção do consumo per capita e redução do índice de perdas,

verifica-se que a produção atual de água tratada do SIAA Machadinho não é

suficiente para atender nem a demanda atual da população atendida pelo sistema,

ratificando o que foi relatado pela população durante as oficinas de diagnóstico

participativo que o abastecimento é intermitente e que durante o período do verão a

situação é ainda mais crítica, evidenciando portanto a necessidade de investimentos

em caráter de urgência na ampliação desse sistema.

De acordo com a Embasa (2013) apud PARMS (2015), visando conferir uma maior

flexibilidade operacional ao sistema, este será desmembrado em Machadinho Sul

(atual), que abrangerá a região entre as localidades de Jauá e Busca Vida, que

passará por ampliações e Machadinho Norte, região localizada entre Interlagos e o

Rio Jacuípe, o que será futuramente implantado.

O Projeto Básico de Ampliação do SIAA de Machadinho Sul foi desenvolvido

contemplando basicamente as seguintes intervenções:

i. implantação de 8 poços artesianos e suas respectivas linhas de recalque;

ii. ampliação das unidades atuais da ETA;

iii. reforço na adução de água tratada existente;

iv. ampliação do centro de reservação existente;

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v. reforço das linhas-tronco e ampliação da atual rede de distribuição.

Em relação ao Sistema Machadinho Norte, o Projeto prevê a implantação das

seguintes infraestruturas:

i. 8 poços artesianos e suas respectivas linhas de recalque;

ii. caixa de reunião, destinada a receber as contribuições dos poços;

iii. linha adutora de água bruta por gravidade, responsável pela adução da caixa

de reunião ao centro de tratamento e reservação;

iv. centro de tratamento e reservação onde estarão as unidades responsáveis pelo

tratamento da água e do armazenamento da água tratada;

v. reforço na adução de água tratada existente;

vi. ampliação do centro de reservação existente;

vii. reforço das linhas-tronco e ampliação da atual rede de distribuição.

Segundo a Embasa (2015), com a perfuração destes novos poços prevê-se o

incremento de 560 L/s no sistema sendo, 160 L/s no SIAA Machadinho Sul e 400 L/s

no sistema Machadinho Norte.

Conforme informações fornecidas pela Embasa (2016), após o término das obras de

ampliação do sistema Machadinho Sul, este, contará com:

i. 02 novas caixas de reunião de 181m³ cada (Com localização fora da ETA);

ii. 01 Centro de Reservação (04 reservatórios), sendo 01 com capacidade de

60m³ e 03 com capacidade de 4.000m³, totalizando 12.060 m³;

iii. capacidade total da ETA de 495,46 L/s.

Esta ampliação do sistema de Machadinho Sul não será capaz de atender nem a

demanda do início do horizonte de planejamento, que é de 504,3 L/s, evidenciando a

necessidade de implantação urgente do Sistema de Machadinho Norte também.

Entretanto a situação real é preocupante uma vez que as obras no sistema

Machadinho Sul foram iniciadas e interrompidas em 2015, não existindo previsão de

conclusão. Com relação ao sistema Machadinho Norte, já houve licitação para a

execução da obra, porém ainda não foi emitida ordem de serviço.

Dessa maneira, é notável a urgência no continuar das obras já iniciadas e no início

das obras já previstas, visto que os dois sistemas juntos conseguirão atender a

demanda em final de plano, para o cenário de referência. Entretanto se não forem

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adotadas as ações previstas para se alcançar o cenário de referência no que

concerne ao índice de perdas e ao consumo per capita, corre-se o risco de caminhar

em direção ao pior cenário (Cenário 03), onde a demanda em final de Plano é de

915 L/ s, que mesmo com os dois sistemas, estes estariam operando no limite da

sua capacidade.

8.2.5. Sistema Integrado de Abastecimento de Água Jordão

O SIAA Jordão capta água exclusivamente do aquífero São Sebastião, por meio de

04 poços tubulares profundos, a água bruta dos poços P1 e P2 é recebida por uma

caixa de reunião (55 m³), enquanto os poços P3 e P4 encaminham diretamente para

o tanque de contato (400 m³), onde é realizado o tratamento simplificado.

Este sistema atende as localidades de Barra do Jacuípe, Emboacica, Guarajuba,

Itacimirim, Coqueiro de Monte Gordo e Monte Gordo, ambas com manobras a cada

48h, divididas em duas zonas de abastecimento.

O Produto 8 – Tomo II apresenta o resultado da produção de água necessária para

atender 100% da área de abrangência desse sistema, levando em consideração as

hipóteses do cenário de referência e a da produção necessária para o cenário mais

pessimista.

Como exposto no referido produto, a produção atual de água tratada (214 L/s) é

muito pequena quando comparada à demanda atual da população abastecida pelo

sistema (406 L/s), evidenciando a necessidade de ampliações nas estruturas dos

processos de captação, tratamento e distribuição, visando alcançar as hipóteses do

cenário de referência.

O SIAA Jordão, quando da visita técnica (agosto/2014), captava água bruta por meio

de quatro poços (P2, P3, P4, P5) tubulares profundos, porém apenas dois destes

apresentavam estado de conservação regular e dois apresentavam estado de

conservação classificado como ruim, necessitando, assim, de melhorias nos

equipamentos e estruturas que os constitui, além de implantação de placas de

identificação e advertência para sinalização. Além desses poços em operação,

também existiam outros dois poços que ainda não estavam em operação (P6 e P7)

– cada um com vazão de 60 L/s, consistindo, portanto, em um incremento de vazão

de 120 L/s. Segundo informações recentes da Embasa (2016), o P6 já está

operando e o P7 deverá ser montado em 2016.

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Os poços mais velhos que abastecem este sistema possuem uma vazão efetiva

média de 39 L/s, o que totaliza 155 L/s, somando os poços mais novos (120 L/s),

chega-se ao valor de 275 L/s, o que permite inferir que ainda seria necessária a

perfuração de cerca de dois poços, cada um com vazão de 60 L/s para atender à

demanda atual e quatro poços para suprir a demanda de final de planejamento.

A água bruta captada é tratada por simples desinfecção, fluoretação e correção de

pH, utilizando, respectivamente, o cloro gás, ácido fluossilícico e o carbonato de

sódio. A água bruta dos poços P2 e P5 é encaminhada diretamente para a caixa de

reunião com volume de 55 m³, enquanto a água dos poços P3 e P4 é encaminhada

diretamente ao tanque de contato de 400 m³. Estas estruturas apresentam pontos de

vazamento e suas tubulações possuem sinais de oxidação, necessitando, portanto,

de reparos.

A ETA deste sistema atualmente possui capacidade de tratamento (214 L/s) inferior

ao necessário para atender a população abastecida pelo SIAA Jordão, ou seja, a

ampliação e melhoria das estruturas são em caráter de urgência. Segundo a

Embasa (2016) a ampliação da ETA/EEAT, previsto no estudo de concepção do

litoral Norte, é para contemplar tratamento e recalque da vazão de 360 L/s,

entretanto observa-se que já está subdimensionada de acordo as projeções

previstas para o Cenário 2 (Cenário de Referencia).

O SIAA Jordão conta com um centro de reservação na localidade de Monte Gordo,

composto por três reservatórios, dois são apoiados (RAD) com capacidade de

1.500 m³ cada, e um elevado com 150 m³, totalizando 3.150 m³.

Levando em consideração a vazão demandada para abastecer a população urbana

atendida, atualmente é necessário um volume de cerca de 7.000 m³ para fornecer

segurança e regularidade ao abastecimento, ou seja, o volume de reservação atual

possui um déficit de praticamente 4.000 m³. Com relação à demanda de final de

planejamento o volume disponível para reservação deverá ser de aproximadamente

11.000 m³.

O sistema de distribuição deverá ser ampliado visando atender à todas as ligações,

para isto deverão ser assentadas novas tubulações para o abastecimento das

residências que não são abastecidas e das que virão a se instalar, além de realizar

melhorias na rede já existente.

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Outra análise realizada para o sistema diz respeito a possibilidade de ocorrer

conforme o previsto na situação mais crítica, a qual segue as hipóteses do Cenário

3, onde as perdas se mantem a índice superior a 60%, visto que este sistema foi o

parâmetro para essas hipótese, logo não tem como elevar a mais disso pois esse

índice já é extremamente alto e o consumo per capita se eleva de 141,26 L/(hab*dia)

para 150 L/(hab*dia) em final de plano, havendo portanto a necessidade de mais

investimentos em ações estruturais em virtude da negligência do que vem sendo

apontado como indispensável para alcançar o cenário de referência, que consiste de

ações estruturantes (educação ambiental, controle do uso e ocupação do solo,

proteção de mananciais, entre outras) concomitantemente a ampliação das

infraestruturas.

8.2.6. Sistema Integrado de Abastecimento de Água Barra do Pojuca

O SIAA Barra do Pojuca utiliza um manancial superficial para captação de água

bruta, o rio Pojuca, esta água é tratada por meio de tratamento convencional e

armazenada em reservatórios de distribuição, conforme já foi abordado no Volume I

desse produto.

Como este sistema abrange não só uma porção do município de Camaçari mas

também regiões do município de Mata de São João, como Açuzinho, Campinas,

Morrinho, Cachoeirinha, Tiririca, Sapiranga, Praia do Forte, Malhadas, Açú da Torre,

lmbassaí, lmbassaí Pequeno, Malvinas, Tererê, Retiro de Açú e Areal, as projeções

de demanda deste sistema, tanto para o Cenário 2 quanto para o Cenário 3, foram

desenvolvidas considerando a população urbana atendida por este sistema no ano

de 2014, informação fornecida pela Embasa (2016) e a população flutuante das

regiões de Praia do Forte e Imbassaí, ambas calculadas através da mesma

metodologia utilizada para o cálculo da população flutuante de município de

Camaçari, como apresentado no Produto 2 - Caracterização Física e

Socioeconômica do Município, visto que esta metodologia foi desenvolvida para o

litoral norte da Bahia e não apenas para o município de Camaçari.

No Produto 8 – Tomo II são apresentadas as projeções de demanda considerando

as hipóteses selecionadas para o Cenário 2 (cenário de referência) e o Cenário 3.

A captação de água bruta ocorre por meio de um flutuante instalado no Rio Pojuca,

a vazão atualmente captada não é suficiente para atender a demanda de

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abastecimento da população do SIAA Barra do Pojuca. De acordo com o item 8.2.3

do Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, o Rio Pojuca

possui disponibilidade hídrica para que a vazão de captação seja ampliada.

A água bruta é tratada por meio de tratamento convencional, ciclo completo, a ETA

apresenta boas condições de funcionamento, inclusive possui certificação interna,

porém se encontra em uma área na zona urbana de Barra do Pojuca que não

possibilita a sua ampliação.

Conforme apresentado no Produto 8 – Tomo II, a produção atual de água tratada

não atende à demanda necessária nem para o Cenário 2, que é o cenário de

referência, onde se mantem o consumo per capita e diminui o índice de perdas,

através da integralidade das ações estruturais e estruturantes, e como não se pode

ampliar a ETA existente, faz-se necessário a construção de uma nova ETA para

suprir este déficit.

De acordo com os estudos de alternativas de abastecimento de água e esgotamento

sanitário para o litoral norte (Embasa, 2013), a seleção da alternativa para a

melhoria e ampliação do SIAA Barra do Pojuca levou em consideração o menor

impacto ambiental possível gerado à região e os menores custos para o

desenvolvimento do projeto.

Com relação a captação, esta alternativa prevê um novo ponto de retirada de água

bruta à montante do ponto atual de captação, três conjuntos elevatórios serão

implantados para realizar o processo, no entanto um deles será de reserva, para

prover segurança necessária, cada conjunto elevatório terá capacidade de captar

474,66 L/s, ou seja, a capacidade total do sistema de captação será de 949,32 L/s,

atendendo a demanda de fim de plano tanto para o cenário de referência quanto

para o cenário mais pessimista (Cenário 3).

Segundo esse estudo o tratamento da água bruta será realizado por uma nova ETA

convencional, a ser locada próximo à lagoa Aruá, no município de Mata de São

João, será composta por floculadores, decantadores, filtros e casa de química, com

capacidade de tratamento de 1.000 L/s.

O estudo também prevê a instalação de novas quatro estações elevatórias que

auxiliaram no processo de adução até os reservatórios de distribuição realizado

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atualmente por cinco estações elevatórias, totalizando-se nove estações para fim de

plano.

No que tange ao centro de reservação, todos os reservatórios existentes serão

aproveitados, visto que apresentam um bom estado de conservação, dezenove

novos reservatórios serão implantados para atender a demanda do volume de

reservação necessário para fornecer segurança ao abastecimento da localidade de

Barra do Poujuca e das localidades de Mata de Saõ João.

Segundo a Embasa (2016), o volume atual dos doze reservatórios de distribuição do

SIAA Barra do Pojuca é de 3.635 m³, os quais não são suficientes para atender a

demanda da produção necessária para início de planejamento que é de 4.224 m³. A

partir da implantação dos novos dezenove reservatórios, o volume de reservação

será ampliado para 27.485 m³, o que atende à necessidade tanto para o cenário de

referência quanto para o Cenário 3.

Para atender ao cenário de referência, objetivo de universalizar o abastecimento de

água do município, o sistema de distribuição deverá ser melhorado e ampliado, para

tanto, novas tubulações devem ser instaladas para atendimento das residências que

não são atendidas atualmente e das que virão a ser instaladas na área de

abrangência do sistema.

Como citado anteriormente, faz-se necessário alcançar as metas estabelecidas no

cenário de referência mesmo com todas as ampliações e implantações previstas

pela Embasa, uma vez que caso não sejam alcançadas haverá um maior impacto

ambiental e maiores investimentos por conta do maior volume a ser captado e

tratado para atender a demanda, principalmente quando se trata de ETA

convencional, onde os custos com o tratamento é relativamente mais elevado

quando comparado ao tratamento simplificado como ocorre nos demais sistemas.

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8.2.7. Sistema Simplificado de Abastecimento de Água Canto dos Pássaros

Este sistema simplificado de abastecimento de água, composto por captação em

poço, reservação e distribuição da água tratada, atende a localidade de Canto dos

pássaros e os empreendimentos residenciais Caminho do Mar I, II e III do Programa

Minha Casa Minha Vida - PMCMV, foi implantado pela Cerb em 2013, sendo a

operação realizada pela Embasa desde 2014.

No Produto 8 – Tomo II, visando analisar a produção de água necessária para

atender a 100% da área de abrangência deste sistema, foram apresentados dados,

os quais levaram em consideração as hipóteses do cenário de referência,

ressaltando que como o índice de perdas desse sistema já é inferior à meta do

Plansab considerou-se como pertinente estabelecer uma redução de pelo menos

8%, ou seja, 25% em final de plano. Em caráter comparativo e de alerta também é

apresentado no mesmo produto, a produção para o cenário mais pessimista, onde

se elevam as perdas e aumenta o consumo per capita.

De acordo com a Embasa (2016), a produção atual de água do SSA Canto dos

pássaros é de 14,55 L/s, por meio da análise da projeção da demanda necessária

para o Cenário de Referência, é possível inferir que essa produção atual é capaz de

atender o sistema até o ano de 2036, cuja demanda é 9,32 L/s, desta maneira, não

serão necessárias ampliações nas infraestruturas de captação e tratamento.

Este sistema utiliza um poço cuja vazão de captação é de 27,5 L/s, este poço

apresenta bom estado de conservação, entretanto, não possui placas de advertência

de perigo, tubulação auxiliar, destinada a medir os níveis de água e laje de proteção

direta, os quais devem ser implantados. É pertinente mencionar que segundo a

Embasa (2016) recentemente foi perfurado um novo poço que ampliará a produção

de água deste sistema, porém, ainda não foram disponibilizados dados referentes ao

incremento de vazão que será obtido com a operação do mesmo, pois a prestadora

no momento da solicitação ainda estava aguardando relatório do teste de

bombeamento e outras informações necessárias ao dimensionamento do conjunto

motor-bomba (CMB) a ser instalado para captação da água.

A água captada é tratada por meio de desinfecção com pastilhas de cloro e

armazenada em dois reservatórios de 20 m³ cada, contudo, foi determinado por

meio de cálculo que para fornecer segurança e regularidade ao abastecimento,

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levando em consideração a demanda de início e fim de plano, o centro de

reservação deveria ter uma capacidade mínima de 133 e 215 m³, respectivamente,

portanto, os reservatórios atuais necessitam serem ampliados com urgência, afim de

fornecer regularidade ao abastecimento.

Almejando a universalização do abastecimento, novas ampliações serão

necessárias na rede de distribuição visando atender aos domicílios não atendidos

atualmente e aos que serão implantados futuramente.

Todavia, se medidas estruturais e estruturantes não forem adotadas como discutido

anteriormente, a produção atual pode não ser suficiente para atender à demanda

necessária já para o ano de 2028, sendo necessárias ampliações nas infraestruturas

de tratamento e reservação, ou seja, maiores custos para a realização destas obras.

8.2.8. Alternativas Técnicas para Atendimento da Demanda da Zona Rural

Conforme visto no Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de

Água, na área rural do município de Camaçari encontram-se os maiores déficits de

abastecimento de água via rede geral, uma pequena parcela da população rural que

reside na área de abrangência dos sistemas da Embasa é abastecida por esses,

outra pequena parcela é atendida por sistemas alternativas implantados pela Cerb,

que apresentam problemas frequentes nas infraestruturas. Dessa forma, a maioria

da população rural, que reside em áreas dispersas são abastecidas por soluções

alternativas, sejam coletivas ou individualizadas, sem nenhuma garantia de que a

água não oferece risco a saúde. O Quadro 11 apresenta a projeção de demandas

para a área rural do município de Camaçari, utilizando como base o cenário de

referência com os mesmos indicadores que foram utilizados para a zona urbana,

cujos critérios foram: índice de atendimento calculado com os dados do IBGE

(2010), universalização do atendimento com garantia de água potável estimada em

final de plano; consumo per capita e índice de perdas utilizou-se o dado do Sistema

de Canto dos Pássaros, uma vez que este sistema é o mais próximo da realidade

dos sistemas que podem ser adotados para abastecer essas áreas com déficits.

Observa-se que a demanda em início e fim de Plano para a população rural é de

cerca de 9 L/s e 30 L/s respectivamente, ou seja, relativamente baixa quando

comparado ao demais sistemas, exceto o de Canto dos Pássaros que atende uma

área menor.

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Tabela 12 - Produção de água necessária ao atendimento da população futura da zona rural, considerando metas estabelecidas no Cenário 2.

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

Horizontes de

PlanejamentoAno

População

Rural (hab)

Índice de

Atendimento

(%)

População

Rural

Atendida

(hab)

Consumo Per

Capita

(L/hab.dia)

Demanda

(L/s)

Demanda

Máxima

(K1) (L/s)

Índice de

Perdas

(%)

Produção

Necessária

(L/s)

Produção

Necessária

(K1) (L/s)

2014 13507 43,0 5808 80,0 5,5 6,6 32,8 7,3 8,8

2015 13793 43,0 5.931 80,0 5,5 6,6 32,8 7,3 8,8

2016 14086 43,0 6.057 80,0 5,6 6,7 32,8 7,4 8,9

2017 14.384 44,9 6.452 80,0 6,0 7,2 32,4 7,9 9,5

2018 14.689 46,8 6.873 80,0 6,4 7,6 31,9 8,4 10,1

2019 15.001 48,8 7.321 80,0 6,8 8,1 31,5 8,9 10,7

2020 15.319 50,9 7.798 80,0 7,2 8,7 31,1 9,5 11,4

2021 15.644 53,1 8.307 80,0 7,7 9,2 30,6 10,0 12,1

2022 15.975 55,4 8.849 80,0 8,2 9,8 30,2 10,7 12,8

2023 16.314 57,8 9.426 80,0 8,7 10,5 29,8 11,3 13,6

2024 16.660 60,3 10.040 80,0 9,3 11,2 29,4 12,0 14,4

2025 17.013 62,9 10.695 80,0 9,9 11,9 29,0 12,8 15,3

2026 17.374 65,6 11.393 80,0 10,5 12,7 28,6 13,6 16,3

2027 17.742 68,4 12.136 80,0 11,2 13,5 28,2 14,4 17,3

2028 18.118 71,3 12.927 80,0 12,0 14,4 27,9 15,3 18,4

2029 18.502 74,4 13.770 80,0 12,8 15,3 27,5 16,3 19,5

2030 18.894 77,6 14.668 80,0 13,6 16,3 27,1 17,3 20,7

2031 19.295 81,0 15.625 80,0 14,5 17,4 26,8 18,3 22,0

2032 19.704 84,5 16.644 80,0 15,4 18,5 26,4 19,5 23,4

2033 20.122 88,1 17.729 80,0 16,4 19,7 26,0 20,7 24,8

2034 20.548 91,9 18.885 80,0 17,5 21,0 25,7 22,0 26,4

2035 20.984 95,9 20.117 80,0 18,6 22,4 25,3 23,3 28,0

2036 21.429 100 21.429 80,0 19,8 23,8 25,0 24,8 29,8

Curto Prazo

Médio Prazo

Longo Prazo

Atual

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Para as áreas já atendidas pelo prestador do serviço mediante a adoção de

cobrança de tarifas que visam garantir a sustentabilidade da prestação do serviço, é

de fundamental importância a realização com frequência de reuniões, palestras e

campanhas esclarecedoras, estreitando a relação entre prestador e usuário cidadão,

visando assim combater os potenciais conflitos e principalmente ligações

clandestinas.

Para a parcela restante da população rural, podem ser adotadas alternativas

descentralizadas que podem ser do tipo coletiva, quando da existência de alguns

aglomerados, ou do tipo individual quando destinada exclusivamente a um domicílio.

Nas localidades rurais aglomeradas onde já existe rede de distribuição de água

através de sistemas simplificados construídos por órgãos governamentais ou pelos

próprios moradores, a exemplo da localidade Estrada de Maracaiúba atendida pelo

SSAA Estrada de Maracaiúba; das localidades de Lagoa Seca, Cancelas, Baratas,

Cajazeiras do Visconde e Santo Antônio, atendidas pelo SIAA Lagoa Seca; e das

localidades de Rancho Alegre, Açu da Capivara, Couro Dantas e Pau Brasil, que já

foram atendidas pelo sistema de Rancho Alegre mas que este esta desativado,

todos implantados pela Cerb, a solução é fazer as adequações necessárias nos

sistemas simplificados existentes, como ampliação de redes, construção de

reservatórios, além de garantir o tratamento adequado visando atender essa

população com água de qualidade e em quantidade suficiente para suprir suas

necessidades básicas, além das manutenções, como limpeza da área das

infraestruturas, pintura dos equipamentos, como bombas e poço, entre outras.

Nas localidades aglomeradas que ainda não possuem abastecimento de água,

recomenda-se a elaboração e implantação de projetos de sistemas simplificados

com captação subterrânea, visto que o município é privilegiado em termos de oferta

hídrica, tanto subterrânea como superficial, entretanto a subterrânea é preferível em

virtude da melhor qualidade da água, exigindo na maioria das vezes apenas a etapa

de desinfecção, com isso evita-se custos significativos com o tratamento, podendo

cobrar do usuário uma tarifa mais módica a sua condição financeira. Um exemplo

claro disso é a localidade de Pião Manso, localizada relativamente perto a sede

municipal, onde já foi perfurado um poço pela Cerb, necessitando, portanto, da

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implementação das demais infraestruturas, a saber: adução, tratamento, reservação

e distribuição.

Nesse contexto, a empresa que possui a concessão do serviço de abastecimento de

água, no caso de Camaçari, a Embasa, pode passar a operar esses sistema após

sua construção, desde que este esteja de acordo aos seus padrões técnicos, afim

de evitar transtornos futuros, inclusive deve ser esclarecido com a população desde

a fase de concepção do projeto a necessidade da cobrança de tarifa pelo serviço

prestado, sempre observando o princípio da modicidade tarifária, com o objetivo de

assegurar a sustentabilidade do sistema, de modo que a água produzida apresente

qualidade satisfatória e quantidade compatível com as necessidades da população

durante o período de projeto para o qual será construído.

Em comunidades, onde as residências são isoladas, não sendo viável a implantação

soluções alternativas coletivas, recomenda-se a adoção de soluções individuais,

como captação de água de chuva, captação em nascentes ou poços, com

canalização interna conforme prevê o Plansab, como soluções adequadas ao

abastecimento.

Como o município de Camaçari é privilegiado em termos de oferta hídrica

principalmente subterrânea devido a sua boa qualidade, além dos índices

pluviométricos serem significativos, pode-se utilizar para atender as demandas

desses domicílios tanto a água de chuva (Figura 4) quanto a água advinda de poços,

desde que seja comprovada por meio de análises dos parâmetros recomendados

pela Portaria 2.914/11 a qualidade compatível com o uso previsto.

Figura 4 - Alternativas de captação de água de chuva.

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A adoção da captação de água com armazenamento em cisternas/reservatórios para

o abastecimento contribui para um maior aproveitamento das águas e maior redução

na utilização de energia. Entretanto, deve ser realizada conforme alguns

procedimentos básicos construtivos – existência de área de captação, calhas e

tubulações, tanque de armazenamento, tratamento da água e forma de distribuição

– e procedimentos operacionais – descarte nos primeiros minutos de chuva. Todos

esses cuidados visam obter água em boas condições de consumo de acordo com o

uso destinado.

Oportunamente, vale destacar que a captação de água de chuva além de ser uma

fonte alternativa para área rural, pode ser encarada também como um tipo de

tecnologia que oportuniza o aproveitamento das águas de chuva para usos menos

nobres nas áreas urbanas atendidas pelo prestador do serviço, a exemplo da

irrigação de plantas, lavagem de roupas, limpeza de veículos. Além dessa

contribuição voltada para o abastecimento de água, a utilização da técnica de

retenção das águas de chuva no próprio terreno, colabora na redução da

contribuição das águas oriundas dos lotes impermeabilizados nos sistemas públicos

de drenagem que, a longo prazo, pode significar um grande benefício para o

município, conforme será detalhado nas alternativas técnicas referente a

componente drenagem urbana e manejo de águas pluviais.

Por se tratarem de localidades isoladas onde provavelmente não há problemas com

a qualidade do ar, mesmo assim sugere-se a adoção de tratamento no domicilio que

pode ser realizado através de um filtro de barro e aplicação do desinfetante que

normalmente é hipoclorito de sódio, cujo fornecimento é de responsabilidade da

secretaria de saúde. Para tanto destaca-se que o treinamento da população é

indispensável.

Figura 5 – Alternativas de tratamento da água no domicilio (filtro de barro e desinfetante).

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Em relação os poços estes devem ser construídos com base nas Normas técnicas

correlatas, através de consultoria de profissional/empresa qualificada, afim de evitar

riscos à saúde humana e ao meio ambiente. Segundo o geólogo Renato Bidóia,

inspetor do CREA-PR de Umuarama, os riscos mais comuns à saúde humana e ao

meio ambiente decorrentes da má utilização dos poços são o super bombeamento

(poço sem projeto e previsão de consumo incompatível com a obra executada), a

contaminação do aquífero por infiltração de água contaminada ou agentes

contaminantes que podem se infiltrar do poço para camadas mais profundas e o

consumo de água contaminada por coliformes, outras bactérias ou mesmo graxa

adicionada aos revestimentos e tubulação da bomba pelo perfurador, ocasionando

enfermidades diversas de difícil diagnóstico médico (CREA Paraná, 2012).

O geólogo lembra que, tanto em áreas urbanas quanto rurais, é importante que os

poços sejam bem construídos, sobretudo com a colocação da laje de proteção

sanitária (preenchimento do espaço anelar existente entre barranco da perfuração e

o tubo de revestimento do poço). Conforme recomendação, essa cimentação deve

ser feita nos últimos 20 metros superiores (após a colocação do pré-filtro) até a boca

do poço, evitando, assim, que fluidos contaminantes atinjam o buraco da perfuração

e desçam livremente até a água, contaminando a água do poço e do aquífero”.

É válido destacar que a população que reside nas áreas rurais dispersas e ainda

não dispõem de fontes seguras de suprimento de água normalmente possuem

vulnerabilidade social, portanto é importante deixar explícito que é de

responsabilidade do poder público municipal, seja através de programas/projetos

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federais, estaduais ou municipais fornecer todos os subsídios necessários para a

implementação dessas tecnologias.

Dentre essas alternativas técnicas propostas, permeia a vigilância da qualidade da

água, cujas atribuições no município de Camaçari são da Secretaria de Saúde -

Sesau por meio da Vigilância Sanitária e Ambiental. As atribuições deste órgão no

tocante a vigilância da qualidade da água de consumo humano devem constar de:

cadastramento e georreferenciamento de todas as soluções alternativas, sejam eles

coletivas ou individuais, realização de análise da água consumida conforme prevê

plano de amostragem, distribuição de produto para desinfecção da água das

soluções individuais, caso a análise da água bruta aponte que somente a

desinfecção é suficiente para a água ser considerada potável, palestras nas

localidades abordando temas como higienização e cuidados com os reservatórios de

armazenamento no domicilio, forma de aplicação do desinfetante, relação entre

saúde a consumo de água, entre outros.

Nesse sentido, a consolidação da vigilância da qualidade da água para consumo

humano no âmbito da área de saneamento assume, entre outros, o duplo papel de

reforçar a exigência do controle por parte de quem produz e distribui a água, como

também de garantir o controle mínimo da qualidade da água consumida pela

população não atendida pelos sistemas coletivos.

8.2.9. Alternativas de Mananciais Para Atender Às Demandas

Para a oferta dos serviços de abastecimento de água potável, o principal desafio

está na disponibilidade de água no ambiente. Portanto, para conhecer os

mananciais do território municipal de Camaçari, realizou-se uma análise da

hidrografia e hidrogeologia identificando possíveis corpos d’águas superficiais e/ou

subterrâneos com potencial de abastecimento, conforme já foi apresentado

detalhadamente no Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de

Água.

Dos mananciais superficiais analisados, o Rio Pojuca, atualmente utilizado para

captação do sistema de Barra do Pojuca, é o que possui melhor potencial para

captação, apesar da qualidade da água bruta apresentar fortes indícios de

contaminação por esgotos domésticos. Os demais mananciais superficiais – Rio

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Jacuípe e Rio Joanes, ambos utilizados no município de Camaçari para atender

demandas do Polo Industrial – já estão saturados quantitativamente, além de serem

alvo de fortes pressões antrópicas que comprometem o uso de suas águas,

principalmente o Rio Joanes.

No que concerne aos mananciais subterrâneos, o aquífero Recôncavo, utilizado

para captação em cinco sistemas da Embasa para suprir parte da demanda do Polo

Industrial, além de sistemas particulares, é o manancial que representa maior

potencial de atender as demandas do município, conforme foi demonstrado no

Produto 04.

De forma sucinta, as informações sobre a vazão demandada são apresentadas no

Quadro 11, enquanto a Tabela 13 traz o resumo da demanda sobre cada manancial

e a sua respectiva disponibilidade.

Quadro 11 - Vazão demandada e explorada em Camaçari/BA.

Tipo de abastecimento

Vazão demandada

(m³/s)

Vazão explorada (m³/s)

Aquífero São Sebastião

Rio Pojuca Barragem de Santa Helena/

Joanes II

Barragem de Santa Helena

2016 2036 2016 2036 2016 2036 2016 2036 Humano 1,52 2,06 1,30 1,77 0,23 0,29 - - Industrial 2,43 3,82 1,79 1,91 0,00 0,00 0,64 1,92

Total 3,95 5,89 3,09 3,68 0,23 0,29 0,64 1,92

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

Cabe reforçar que a demanda para abastecimento humano é somatório da

solicitação de todos os sistemas da Embasa, além da demanda para atender à

população rural, ambas calculadas com base no cenário de referência. Em relação à

demanda industrial, em fim do horizonte de planejamento, considerou-se o

somatório:

i. da capacidade máxima (0,06 m³/s) do sistema da empresa Ford, visto que não

estão previstas ampliações;

ii. da capacidade máxima (2,47 m³/s) da Unidade de tratamento de Água - UTA

da Distribuidora de Água de Camaçari - DAC, de propriedade da Cetrel, visto

que segundo informações dessa empresa não estão previstas ampliações nas

infraestruturas da UTA nos próximos 20 anos, apenas ampliação da captação

em poços para 2.000m³/h e com isso diminuir a demanda de água superficial,

atualmente comprada da Embasa;

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iii. das vazões (1,30 m³/s) outorgadas pelo Inema em Camaçari para

abastecimento industrial.

Tabela 13 - Disponibilidade hídrica por manancial.

Manancial Vazão a ser explorada

em 2036 (m³/s) Disponibilidade hídrica

(m³/s) Resultado

Aquífero São Sebastião 3,68 6,00 2,32

Rio Pojuca 0,29 4,55 4,26

Barragem de Santa Helena 1,92 7,0(1)

5,08

TOTAL 5,89 17,55 11,66 (1)

Como a capacidade de vazão na BSH é variável ao longo dos meses do ano, considerou-se o período mais crítico que se refere ao mês de fevereiro.

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2015.

Observa-se, pois, que os atuais mananciais utilizados para suprimentos das

demandas do município de Camaçari - BA, também representam os potenciais para

atender às demandas no horizonte de planejamento de 20 anos, logo conclui-se que

cada sistema de abastecimento de água poderá continuar a ser suprido pelos

mesmos mananciais utilizados atualmente.

Diante do que foi apresentado, é importante destacar que, apesar do município de

Camaçari possuir disponibilidade hidrica suficiente para atender às demandas

futuras, se forem mantidos os mesmos padrões atuais de perdas, necessitará de

grandes investimentos em obras estruturais (como perfuração de novos poços,

ampliação da capacidade das estações de tratamento, reservatórios, entre outras)

que não foram previstos, uma vez que o cenário de referência adotado estima a

redução das perdas. Logo, espera-se que o municipio, unindo esforços da

população, do poder publico municipal e estadual, assim como a prestadora de

serviços caminhe em uma nova direção que vem sendo apontada por especialistas,

como redução das perdas através de medidas estruturais e estruturantes, redução

do consumo per capita, reúso de águas cinzas, captação de água de chuva,

proteção dos mananciais através de ações de preservação e recuperação das matas

ciliares, entre outros, onde esse conjunto de ações resultará em uma menor

demanda e sobrecarga sobre os recursos hidricos.

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8.3. Alternativas Técnicas de Esgotamento Sanitário

8.3.1. Alternativas Técnicas para Atendimento das Demandas das Áreas

Urbanas

Na zona urbana as alternativas se dividem de acordo com a densidade populacional

de cada área, para locais com baixa densidade populacional as soluções

individualizadas ainda são as mais indicadas, conforme item 8.3.2, para os locais

com densidade populacional maior a rede coletora ainda é a solução mais viável.

I) Rede coletara de esgoto

A rede coletora é o conjunto de tubulações e peças hidráulicas que coletam e

transportam o esgoto gerado até o tratamento ou destinação final, sendo formado

principalmente por: ligação predial, coletor de esgoto, coletor tronco, interceptor, e

Estações Elevatórias de Esgoto (EEE).

Ligação predial de esgoto: é o trecho de tubulação compreendido entre a

caixa de inspeção de ligação e o coletor público de esgoto

Coletor de esgoto: é a tubulação da rede coletora que recebe contribuição

de esgoto das ligações prediais em qualquer ponto ao longo de seu

comprimento

Coletor tronco: é o coletor principal, que recebe a contribuição dos coletores

secundários, conduzindo os efluentes para um interceptor ou emissário.

Interceptor: tubulação que recebe os coletores ao longo de sua extensão,

não recebendo ligações prediais diretas.

Estação Elevatória de Esgoto (EEE): conjunto de equipamentos, em geral

dentro de uma edificação subterrânea, destinado a promover o recalque das

vazões dos esgotos coletados a montante.

A rede coletora pode ser dividida basicamente em 02 (dois) tipos: a rede coletora

convencional e a rede coletora condominial, conforme Figura 6.

Em locais onde há a dificuldade de implantar o sistema convencional devido às ruas

estreitas e becos, é implantado o sistema condominial. Além da adaptabilidade o

sistema condominial é mais barato do que o convencional e pode ser implantado em

obras de regime de mutirão pela comunidade (SAAE, 2015).

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Figura 6 - Representação esquemática dos sistemas convencional e condominial.

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2015.

O ideal é que toda a rede coletora seja monitorada, por meio da implantação de

medidores de vazão nas estações elevatórias de esgoto, com o objetivo de aferir a

quantidade de água infiltrada na rede, o que indica o estado de conservação e

manutenção do sistema. Usualmente, a vazão de infiltração é quantificada na forma

de uma taxa de infiltração por comprimento de rede. A Associação Brasileira de

Normas Técnicas (ABNT) em sua Norma Brasileira (NBR) 9649, cita a faixa de 0,05

a 1,0 L/s.km (RECESA, 2008).

A sobrecarga do volume, devido à infiltração de água, ocasiona problemas para a

população e operação no sistema, tais como:

Sobrecarga e diminuição das eficiências da operação das Estações de

Tratamento de Esgoto;

Aumento do custo do tratamento do esgoto;

Retorno dos efluentes para as casas;

Extravasamento de Estações Elevatórias de Esgoto;

Extravasamento dos Poços de Visitas.

II) Estações de Tratamento de esgoto

As estações de tratamento de esgoto são unidades operacionais responsáveis em

tratar o esgoto coletado com a retirada de patógenos e matéria orgânica para que

Ramal condominial ou de ligação

Coletor de esgoto

Ramal Jardim Ramal Fundo de Lote Ramal Passeio

Sistema Convencional Sistema Condominial

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possa ser lançado nos corpos receptores sem prejuízo para o meio ambiente e para

a saúde da população.

De acordo com Von Sperling (2014) a escolha do tratamento depende das

condições mínimas estabelecidas para a qualidade da água dos mananciais

receptores, função de sua utilização. Em qualquer projeto é fundamental o estudo

das características do esgoto a ser tratado e da qualidade do efluente que se deseja

lançar no corpo receptor. Os principais aspectos a serem estudados são vazão, pH

e temperatura, demanda bioquímica de oxigênio - DBO, demanda química de

oxigênio - DQO, toxicidade e teor de sólidos em suspensão ou sólidos suspensos

totais - SST.

Segundo Von Sperling (2014) ao definir um processo deve-se considerar sua

eficiência na remoção de DBO e coliformes, a disponibilidade de área para sua

instalação, os custos operacionais, especialmente energia elétrica, e a quantidade

de lodo gerado. Alguns processos exigem maior escala (maior população atendida)

para apresentarem custos per capita compatíveis.

Como relatado no Produto 05 - Diagnóstico dos Serviços de Esgotamento Sanitário

do Município de Camaçari-BA, nenhuma estação de tratamento atendeu em 100%

os parâmetros da Resolução Conama Nº 430 para o lançamento em corpos

receptores, sendo aconselhado a revisão da rotina de operação e dimensionamento

das estações de tratamento de esgoto para que estas se enquadram nos

parâmetros máximos estabelecidos. Uma alternativa parar facilitar o enquadramento

das estações de tratamento de esgoto de acordo com a Resolução Conama Nº 430

é a mudança da destinação do efluente tratado, ao invés de lançar em corpos

receptores, o efluente poderá ser direcionado para ser reutilizado na irrigação, que

de acordo com a Resolução Conama Nº 430, tem parâmetros menos restritivos

facilitando o atendimento aos parâmetros máximos permitidos, conforme será

apresentado no item a seguir:

III) Reuso de esgoto doméstico tratado

O aumento populacional urbano, aliado ao maior consumo de águas de

abastecimento, contribui para a geração de volumes de esgotos domésticos cada

vez maiores e, consequentemente, o aumento da preocupação em dispor

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adequadamente esse efluente, assegurando a preservação do meio ambiente e da

saúde pública. Nessa perspectiva, considerando a demanda hídrica exigida pela

produção agrícola, o reuso planejado de águas se mostra uma alternativa potencial

para suprimento de ambas as questões. Essa aplicação corrobora com o

preconizado por Postel e Vickers (2004), que alegam que elevar a prática de reuso

agrícola é crucial para o atendimento das necessidades alimentares das pessoas à

medida que o estresse hídrico vem aumentando em diferentes partes do globo.

Estudos desenvolvidos em diversos países indicam que a produtividade agrícola

aumenta com o uso do efluente tratado, devido a sua alta concentração de

nutrientes (BRAATZ, S.; KANDIAH, 1996; HESPANHOL, 2003). Além desse

benefício, a dependência das condições climáticas é diminuída permitindo o

aumento da área irrigada e, logo, maior produção agrícola.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 1973), o reuso de água pode

ocorrer de modo indireto, através do lançamento do efluente no corpo receptor e

posterior captação à jusante, e de modo direto, por meio do uso planejado do esgoto

tratado para fins agrícolas, industriais, uso potável ou recarga de aquíferos. Sendo

assim, a proposta de prática a ser considerada para o município de Camaçari é a do

reuso direto planejado, onde o reuso é resultante de ação humana consciente e se

pressupõe a adoção de medidas de controle quanto à qualidade do efluente que

atendam aos padrões requeridos para seu novo uso.

A regulamentação e normatização das práticas de reuso surgem devido à

necessidade de adequar as técnicas já existentes, ou ainda prevendo sua ocorrência

em futuro próximo, de forma a resguardar a segurança ambiental e humana. No

Brasil ainda não existe nenhuma legislação referente ao reuso de esgotos

domésticos, e nenhuma menção foi feita no âmbito da Política Nacional de Recursos

Hídricos (Lei nº 9433 de 8 de janeiro de 1997), porém foi aprovada em março de

2006 pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) a Resolução n° 54 de

28/11/2005 que dispõe sobre as modalidades, diretrizes e critérios gerais para a

prática de reuso direto não potável de esgotos.

Importante ressaltar que alguns cuidados devem ser observados quanto à prática de

irrigação com esgoto tratado para garantir a segurança da tecnologia como, por

exemplo, a dosagem e o manuseio adequados do efluente usado na irrigação, o tipo

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de cultivo, os procedimentos empregados no cultivo e coleta e os impactos possíveis

no solo e lençol freático. Segundo o Prosab (2009), a prática necessita de

disciplinação para minimizar os riscos inerentes à tecnologia, porém sem impor

limites excessivamente restritivos que inviabilizem a implantação dos projetos. Ante

isso, é importante observar os diversos estudos desenvolvidos dentro dessa

temática no âmbito do Prosab (2009) a fim de nortear os procedimentos e fornecer

segurança à implantação da tecnologia.

Caso do Iberostar:

Uma experiência de sucesso na aplicação do reuso de esgoto tratado é encontrado

no complexo hoteleiro Iberostar, que possui uma ETE operada pela Embasa para

tratamento dos efluentes do complexo e de casas do entorno e, após o tratamento

do efluente é realizada a irrigação de cultivos agrícolas por gotejamento através de

um sistema automático. Pés de mangaba, caju, maracujá, coco, quiabo e abóbora

estão entre os víveres produzidos, conforme figuras a seguir.

Figura 7 - Produção agrícola irrigada com reuso de esgoto tratado.

Fonte: Embasa, 2015.

Outra possibilidade de reuso dos resíduos provenientes dos Serviços de

Esgotamento Sanitário é o uso de lodo de ETE ou bissólido na produção de

composto agrícola, na recuperação de terras e a aplicação em áreas de

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reflorestamento, devendo-se ficar atento à possibilidade de contaminação das águas

subterrâneas e/ou superficiais, Devido a possibilidade de presença de patógenos,

não se recomenda o uso do lodo não digerido no solo agrícola e, em qualquer dos

estágios, não deve ser empregado em cultura de vegetais ingeridos crus (JORDÃO,

2011).

Há ainda a possibilidade de incorporação do biossólido na produção de materiais

cerâmicos, como já realizado em países como Estados Unidos, Japão e África do

Sul. A Resolução CONAMA 357/2006 define critérios e parâmetros para uso do lodo

proveniente de ETE para fins agrícolas.

8.3.2. Alternativas Técnicas para Atendimento das Demandas das Áreas Rurais

ou com Domicílios Dispersos

Para as demais localidades da zona rural do município, caracterizadas pela

existência de domicílios dispersos, se propõe a adoção de soluções individualizadas

convencionais, largamente empregadas, bem como de tecnologias de

ecossaneamento. Embora tenha sido proposta solução coletiva para algumas

localidades, ainda resta a alternativa de adotar soluções individualizadas de

tratamento de esgoto principalmente para as residências dispersas no município e

nas grandes extensões das fazendas.

IV) Fossa seca ou privada higiênica

Nas localidades onde não há disponibilidade de água em quantidade, e os domicílios

não dispõem de instalações sanitárias, propõe-se então, a destinação das fezes

para as fossas secas (Figura 8), que consistem basicamente numa escavação no

solo a 1,5m verticalmente do lençol freático, com geometria cilíndrica ou de seção

quadrada, na qual as fezes são depositadas. É construída uma casa para proteção e

abrigo do usuário e, normalmente, o buraco escavado é revestido por tijolo maciço.

Figura 8 - Esquema em corte de uma fossa seca.

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Fonte: FILHO e FEITOSA (2002) apud CISAM (2006).

O uso racional da fossa seca em função dos critérios e parâmetros preconizados

pela Organização Mundial da Saúde (OMS) credencia esta unidade como a mais

indicada para regiões desprovidas de Esgotamento Sanitário, águas pluviais e déficit

hídrico, condições não exclusivas de população de baixa renda (JORDÃO e

PESSOA, 1995).

Segundo Jordão e Pessoa (1995), as unidades de fossa seca armazenam apenas o

excreta (fezes e urina), que uma vez lançado no buraco inicia um processo de

decomposição e transformação da matéria orgânica em sólidos estáveis, líquido e

gases. O material sólido com redução de volume fica retido na cova, os gases são

liberados para a atmosfera e o líquido infiltra pelas paredes da fossa. Assim, a

eficiência do processo está condicionada à porosidade das paredes da cova. O

material poderá ser removido periodicamente ou abandonado, após recobrimento,

com a construção de uma nova cova, constituindo solução segura e econômica.

Sendo uma solução individual, a fossa deve possuir dimensões compatíveis com o

número de usuários e com o período de tempo que se deseja até seu completo

enchimento, normalmente fixado em 4 anos. Em média, a produção de excreta per

capita corresponde a 1 L/hab.dia, porém no dimensionamento da cova deve-se levar

em consideração a redução do volume da matéria orgânica decorrente da

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estabilização. Neste caso, Jordão e Pessoa (1995), recomendam assumir a

produção de excreta per capita anual de 60 L/hab.ano.

Quanto à localização da fossa seca, esta deve ser feita em lugares livres de

enchentes e de fácil acesso aos usuários, deve estar distante de poços e fontes de

água no mínimo 15 metros, e deve ser feita no nível inferior a estas fontes de água

(FUNASA, 2006).

Para garantir o uso da fossa seca deve-se tomar alguns cuidados, como a limpeza

periódica e instalação de um tubo vertical pintado de preto desde a cova para

eliminar o mau cheiro. A presença de moscas, indicativo de falhas na limpeza, pode

ser solucionado com a instalação de uma tela no topo do tubo de ventilação

aprisionando as moscas. Quanto aos micro-organismos patogênicos, se o excreta

permaneceu no buraco por um período de pelo menos 1 ano, não se deverá

encontrar mais organismos patogênicos, salvo eventualmente ovos de Ascaris, se o

buraco for úmido (JORDÃO e PESSOA, 1995).

Deve-se lembrar que na maioria dos casos esta solução será implantada em locais

onde antes o hábito era defecar em terreno, sem maiores cuidados de asseio ou

limpeza, cabendo, portanto, um trabalho prévio de educação sanitária em relação ao

uso e manutenção da privada e conscientização dos moradores em relação aos

benefícios sanitários e de saúde pública (JORDÃO e PESSOA, 1995).

V) Fossas sépticas convencionais

Segundo a NBR 7229/1993, a fossa séptica (ou tanque séptico) trata de uma

unidade cilíndrica ou prismática retangular de fluxo horizontal, para tratamento de

esgotos por processos de sedimentação, flotação e digestão.

O funcionamento da fossa séptica consiste na retenção do esgoto por um período

previsto no dimensionamento (12 a 24 horas), simultaneamente ocorre a

sedimentação dos sólidos em suspensão formando uma substância semilíquida

denominada lodo. Parte dos sólidos não sedimentados, formados por óleos, graxas

e gorduras e outros materiais misturados com gases, emerge e é retida na superfície

livre do líquido no interior da fossa séptica, formando a escuma. O lodo, a gordura e

o esgoto são digeridos por bactérias anaeróbias provocando a destruição total ou

parcial de material volátil e organismos patogênicos, atingindo uma eficiência

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superior a 50% de redução de sólidos em suspensão e 30% de DBO (Jordão e

Pessoa, 1995).

Na concepção devem ser previstos dispositivos de entrada e saída desnivelados 5

centímetros, chicanas que permitem a retenção da escuma e o fluxo favorável do

líquido, e abertura para inspeção que permita a remoção da escuma e do lodo no

período de limpeza previsto no projeto, que varia de 1 a 5 anos, conforme preconiza

a NBR 7229/1993.

Figura 9 - Desenho esquemático de uma fossa séptica.

Fonte: Tigre, 2015.

A NBR 7229/1993 orienta que na implantação da unidade deve-se observar as

seguintes distâncias horizontais mínimas:

1,50 m de construções, limites de terreno, sumidouros, valas de infiltração e

ramal predial de água;

3,0 m de árvores e de qualquer ponto de rede pública de Esgotamento

Sanitário;

15,0 m de poços freáticos e de corpos de água de qualquer natureza.

Esta tecnologia destaca-se pela sua simplicidade construtiva e operacional, baixo

custo, vasta aplicabilidade e evita a proliferação de insetos. Entretanto, o efluente é

escuro e com odor característico, periodicamente poderá apresentar grande

quantidade de sólidos devido à grande atividade bacteriana, e a tecnologia não

favorece a eliminação total das bactérias patogênicas.

Como alternativas de disposição final do efluente, poderá ser adotado poço

absorvente (sumidouro), ou vala de infiltração. O despejo em corpo hídrico não é a

solução mais indicada, porque não aproveita o potencial nutritivo do efluente, como

a quantidade de matéria orgânica e nutrientes disponível que pode auxiliar no

enriquecimento do solo para uso agrícola.

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VI) Fossas sépticas econômicas

Um exemplo de tecnologia social adequada para as localidades dispersas do

município são as fossas sépticas econômicas, que visa oferecer uma alternativa

barata, eficiente e de fácil instalação. Esta experiência bem-sucedida em

Pindamonhangaba (SP) foi adaptada para as condições locais e está mudando a

vida de várias comunidades de pequenos agricultores no município de Caratinga,

Minas Gerais.

Essa tecnologia foi instituída em 2001 com o Prêmio Fundação Banco do Brasil de

Tecnologia Social. Realizado a cada dois anos, o Prêmio reconhece e dissemina

iniciativas sociais que garantem melhores condições de vida para muitos brasileiros,

por meio da valorização da vida, da cidadania, da igualdade de direitos e do espírito

solidário, representando possibilidades reais de transformação social.

O processo de tratamento do esgoto nas fossas sépticas econômicas, assim como

acontece na fossa de alvenaria, fica a cargo de bactérias anaeróbias e aeróbicas,

mudando somente o material empregado: bombonas plásticas de 200 litros de

capacidade, além de tubos e conexões em PVC.

Para uma família de até cinco pessoas, são utilizadas três bombonas. Grupos

familiares maiores precisam adicionar uma bombona para cada duas pessoas a

mais. Interligada às demais por um sistema de tubos e sifões, a primeira bombona

recebe o esgoto que se sedimenta formando o lodo biológico. As bactérias, também

realizam digestão anaeróbia nas demais unidades, liberando um esgoto cada vez

mais clarificado, até chegar à tubulação de saída.

Figura 10 - Instalação das fossas sépticas econômicas.

Fonte: Prefeitura Municipal de Maringá, 2015.

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As alternativas de disposição final propostas foram sumidouro ou vala de infiltração.

Em áreas onde o lençol freático é mais profundo, esse efluente final é direcionado

para um sumidouro. Nos outros locais, onde existe lençol freático mais superficial, é

utilizada uma vala de infiltração, que consiste em um tubo de PVC com vários furos,

instalado em uma vala preenchida com brita, para facilitar a infiltração do efluente no

solo, e por cima outra camada de brita e terra, essas áreas, em muitos casos são

consorciadas à produção de alimentos.

Figura 11 - Vala de infiltração para disposição do efluente da fossa séptica econômica.

Fonte: Prefeitura Municipal de Maringá, 2015

VII) Tanque de evapotranspiração

Nas localidades onde não há acesso a tecnologias ou seu acesso é dispendioso, é

importante levar em consideração os princípios do saneamento ecológico

(ecossaneamento), uma vez que é mais fácil introduzir as soluções alternativas em

locais onde não há presença de tecnologias convencionais.

O ecossaneamento surgiu como uma alternativa para evitar as desvantagens dos

sistemas convencionais de Esgotamento Sanitário. O paradigma do

ecossaneamento é baseado nos caminhos naturais dos ecossistemas e no ciclo

fechado de materiais e energia, onde as excretas humanas (fezes e urina) bem

como as demais águas residuais domésticas, são reconhecidas como um recurso

que pode ser disponível para o reuso (LANGERGRABER e MUELLEGGER, 2005

apud RIOS, 2008).

Figura 12 - Ciclo dos nutrientes de acordo com o ecossaneamento.

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Fonte: ESREY, 2001 apud RIOS, 2008.

Segundo Esrey et.al. (2001) há três princípios básicos importantes de saneamento

ecológico: prevenção da poluição e doenças causadas por excrementos humanos;

tratamento de excrementos humanos como um recurso e não como um produto de

resíduos e recuperação e reciclagem dos nutrientes.

O tanque de evaporação ou canteiro bio-séptico é uma solução criada a partir do

conceito de ecossaneamento, com potencial para aplicação no tratamento domiciliar

de águas negras nas áreas rurais. Consiste em um tanque impermeabilizado,

preenchido com diferentes camadas de substrato e plantado com espécies vegetais

de crescimento rápido e alta demanda por água como bananeiras. O sistema recebe

o efluente dos vasos sanitários, que passa por processos naturais de degradação

microbiana da matéria orgânica, mineralização de nutrientes, absorção e

evapotranspiração pelas plantas (GALBIATI, 2009).

O sistema é composto por câmara de recepção instalada longitudinalmente ao fundo

do tanque podendo ser de manilhas de concreto perfuradas, tijolos dispostos na

horizontal para permitir a vazão nas laterais ou pneus usados, justapostos em pé

desde que mantidos alguns espaços entre eles, ao fundo do tanque, formando uma

espécie de túnel (Figura 13). Ao redor e acima da câmara de recepção é preenchido

por camadas de materiais com granulometria decrescente (pedras, cacos de tijolos,

telhas, brita, areia e terra). Um tubo de drenagem é colocado 10 cm abaixo da

superfície, para escoar o excesso de água, principalmente a de chuva.

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Figura 13 - Tanque de evapotranspiração.

Fonte: RAP, 2010 / ECOCENTRO IPEC, 2009 apud JESUS, 2011.

O efluente entra pela câmara de recepção, localizada na parte inferior do tanque,

permeando, em seguida, as camadas de material cerâmico e pedras. Na câmara de

recepção e na camada de material cerâmico, ocorre a digestão anaeróbia do

efluente. A camada de material cerâmico-poroso é naturalmente colonizada por

bactérias que complementam a digestão. Com o aumento do volume de esgoto no

tanque, o conteúdo preenche também as camadas superiores, de brita e areia, até

atingir a camada de solo acima, através da qual se move por ascensão capilar até a

superfície, de onde evapora. Durante esse trajeto, o efluente é mineralizado e

filtrado, através de processos aeróbios de decomposição microbiana. As raízes das

plantas localizadas nas camadas superiores se desenvolvem em busca de água e

dos nutrientes disponibilizados pela decomposição da matéria orgânica. Através da

evapotranspiração, a água é eliminada do sistema, enquanto que os nutrientes

presentes são removidos através da sua incorporação à biomassa das plantas

(Mandai, 2006; Pamplona & Venturi, 2004).

A manutenção do sistema consiste na colheita de frutos, retirada do excesso de

mudas, podas e retirada de partes secas de plantas. Vale destacar que a escolha do

local de instalação deve levar em conta o tipo de solo, profundidade do lençol

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freático e a incidência solar direta, o dimensionamento comumente utilizado é de 10

m² de área (2 m x 5 m) para uma família de 5 pessoas (2 m² por pessoa, no mínimo,

dependendo do clima da região).

VIII) Círculo de bananeiras

É usado para tratar as águas usadas da casa (pias, tanques e chuveiros), as

chamadas águas cinzas. Ele também beneficia a produção de bananas em escala

humana. Esta tecnologia também é indicada para as localidades da zona rural que

predomina população dispersa que deve ser utilizada juntamente com outra solução

individualizada destinada ao tratamento de águas negras (Figura 14).

Figura 14 - Círculo de bananeiras.

Fonte: EcoSustentável, 2015 / Cereus, 2015.

Essa técnica originou-se da observação dos efeitos dos fortes ventos sobre a cultura

dos cocos. Numa clareira os coqueiros caídos davam origem a círculos de coqueiros

que nasciam e se desenvolviam e produziam melhor do que quando sós. Observou-

se que no centro do círculo se depositavam folhas, ramos, frutos, etc, que retinham a

umidade e concentravam nutrientes, beneficiando a cultura dos coqueiros. Dessa

observação, passou-se em seguida às experiências com outras culturas, como a da

banana (CB, 2006).

No caso das bananeiras percebeu-se que elas, como outras plantas de folhas largas

como o mamoeiro, evaporavam grandes quantidades de água e estabeleceu-se

assim uma relação com as águas cinzas das residências.

Portanto, o círculo de bananeiras é um sistema composto basicamente em uma

câmara de 2,0 metros de diâmetro com até 1,0 m de profundidade preenchida com

brita, galhos, gravetos, palha.

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Após a perfuração do buraco realiza-se o preenchimento, sem impermeabilizar, para

criar um ambiente adequado para o recebimento da água cinza e para beneficiar os

micro-organismos. Primeiro coloca-se pequenos troncos de madeira grossos no

fundo, em seguida galhos médios e finos de árvores e por último a palha (aparas de

capim, folhas, etc.) formando um monte com quase 1,0 metro de altura acima da

borda do buraco. A madeira deve ser colocada de forma desarrumada, para que se

criem espaços para a água. A palha em cima serve para impedir a entrada da luz e

da água da chuva, que escorrerá para os lados não inundando o buraco e não se

contaminando com a água cinza. A água cinza deve ser conduzida por um tubo até

o buraco e com um joelho na ponta para evitar o entupimento (Figura 15).

Figura 15 - Esquema do círculo de bananeiras (corte e vista).

Fonte: SILVA, 2015 / CB, 2006.

Ao redor do círculo, planta-se as bananeiras, mas também é indicado o plantio de

outras plantas de folha larga como a taioba, o mamoeiro ou plantas rasteiras para

cobrir todo o espaço. Recomenda-se que a cada 3 anos (ou mais) todo o material

depositado no buraco pode ser retirado (quando os troncos se dissolverem) e usar

como adubo orgânico na horta. E repor novo material como no início da implantação

do círculo.

IX) Banheiro seco

O banheiro seco ou compostável é outra tecnologia sugerida para os domicílios do

município, sejam eles localizados na zona rural ou urbana, que transforma dejetos

humanos em adubo orgânico para agricultura, sem utilizar ou desperdiçar água na

descarga, evitando ainda a contaminação do solo. Semelhante esteticamente com o

banheiro comum, mas diferente no seu mecanismo de funcionamento, no banheiro

seco, utiliza-se serragem para dar descarga, facilitando assim a compostagem e

evitando o mal cheiro.

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Os sanitários secos são construídos em dois pavimentos e, sendo assim, o relevo

acidentado exclui a necessidade de uma escada de acesso à cabine. O modelo de

alvenaria ou madeira tem se mostrado uma tecnologia de baixo custo para lidar com

os problemas de Esgotamento Sanitário. A Figura 16 apresenta o esquema de

funcionamento do sanitário seco de alvenaria, com a cabine de uso, a câmara de

compostagem, o sistema de ventilação e as dimensões de construção.

Figura 16 - Corte lateral de um banheiro seco mostrando o seu funcionamento.

Fonte: TEIXEIRA e MOTA, 2008.

A estrutura do banheiro deve seguir a especificações técnicas, já utilizadas em

experiências bem-sucedidas, e devem conter os seguintes elementos:

Duas câmaras para receber os dejetos, que devem ser pintadas de preto e

posicionadas para o Norte, no caso das cidades localizadas no hemisfério

sul, sendo esta a direção que recebe mais calor do sol e, portanto, acelera o

processo de decomposição, tornando-o mais eficiente. O calor também evita

a reprodução de patógenos e a formação de odores dentro do banheiro.

Dutos de saída de ar das câmaras que funcionam como exaustores, também

pintados de preto;

Um minhocário ou composteira para que os dejetos decompostos sejam

encaminhados para um segundo processo de decomposição, junto a outros

materiais, e assim certifica-se que esse adubo esteja realmente livre de

qualquer agente de contaminação e com propriedades mais favoráveis para

uso agrícola.

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As câmaras devem ser utilizadas em revezamento tendo o banheiro dois acentos.

Enquanto uma câmara está em uso, a outra, após seu enchimento, fica fechada

passando pelo processo de decomposição.

A alta temperatura é uma das maneiras de eliminar os patógenos humanos, sendo

assim, a temperatura dentro da câmara de compostagem do sanitário deve

permanecer acima da temperatura do corpo humano, 37 graus Celsius. No processo

de compostagem, se a temperatura atinge 50 graus Celsius, é possível matar os

patógenos em 1 dia; 46 °C em uma semana e 43 °C em um mês (LEGAN, 2007

p.62).

Para concluir, vale ressaltar que o banheiro seco dispõe de vários modelos e

tamanhos, podendo ser comprados ou mesmo construídos pelo próprio usuário. São

aplicáveis em vários tipos de clima, relevo e para diferentes necessidades de uso.

Esta solução ainda pode sofrer adaptações utilizando-se da proposta contida no

ecossaneamento que é a segregação dessas correntes de águas residuárias

domésticas com o objetivo de promover a recuperação completa de todos os

nutrientes presentes nas fezes, urina e águas cinza.

Diante disso, a prática da reciclagem de águas amarelas (urina) para a agricultura

mostra-se bastante vantajosa, já que a maior parte dos nutrientes que são

essenciais (N, P, K) são encontrados na urina humana, além conter poucos

microrganismos patogênicos, sendo de fácil manuseio (SIDA, 1995 apud

ZANCHETA, 2007).

Segundo Haq e Cambridge (2012), os sistemas de Esgotamento Sanitário

convencionais privam a agricultura dos benefícios das excretas humanas,

principalmente a urina, para produção de alimentos, já que possui grande potencial

de melhorar a fertilidade do solo, refletindo na elevação da qualidade das culturas,

promovendo a qualidade ambiental, atendendo às necessidades de subsistência

humana e consequentemente gerando benefícios econômicos.

A separação de urina e posterior utilização em cultivos agrícolas demandam

infraestruturas diferentes das tecnologias convencionais e não se trata de uma

pratica difundida no país. Neste contexto, propõe-se para estas populações

primeiramente um trabalho continuo de educação sanitária e ambiental explanando

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os benefícios da adoção das práticas contidas no Ecossaneamento, para melhoria

da saúde pública, principalmente de crianças que é a faixa etária mais vulnerável às

doenças relacionadas a falta de saneamento.

Em relação à urina, caso a solução adotada seja fossa seca, pode-se incluir nessa

estrutura, uma bacia sanitária à seco, que tenha por objetivo destinar a urina a um

recipiente, como por exemplo bombonas de 20 L, que posteriormente deve ser

transferida para recipientes maiores (Figura 17), onde deverá ficar estocada

segundo recomendações da literatura durante o período de 1 mês, com objetivo de

garantir que está esteja isenta de organismos patogênicos, para posterior aplicação

em culturas agrícolas de subsistência.

Figura 17 - Bombonas de armazenamento temporário (esquerda) e de estocagem (direita) em sanitário com separação de urina implantadas em países da África.

Fonte: ECOSAN, 2006.

Analogamente, caso a solução adotada seja o banheiro seco, também pode optar

em incluir bacia sanitária segregadora de urina. A Figura 18 apresenta ainda o

sistema de coleta de água de chuva e armazenamento em uma bombona, que pode

ser aproveitada para lavar as mãos.

Figura 18 - Banheiro seco com bacia sanitária segregadora de urina.

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Fonte: LAMB, 2013.

8.4. Alternativas Técnicas de Drenagem e Manejo de Àguas Pluviais Urbanas

8.4.1. Alternativas Técnicas para Atendimento da Demanda na Área Urbana

As alternativas técnicas para o atendimento da demanda dos serviços de drenagem

urbana e manejo de águas pluviais na área urbana quase sempre estão

relacionadas com medidas que serão tomadas no sentido de amenizar o impacto

sobre o sistema de drenagem, denominadas medidas estruturais e não estruturais.

Segundo o Plano Nacional de Saneamento Básico – PLANSAB (2014), existem

medidas estruturais e medidas estruturantes, essas medidas repercutem sobretudo

no planejamento das ações futuras.

As primeiras correspondem as intervenções físicas para a adequação das

infraestruturas físicas da drenagem e manejo das águas pluviais urbanas. Por outro

lado, por medidas estruturantes são entendidas aquelas que fornecem suporte

político e gerencial para a sustentabilidade da prestação dos serviços. Encontram-se

tanto na esfera do aperfeiçoamento da gestão, em todas as suas dimensões, quanto

na da melhoria cotidiana e rotineira da infraestrutura física (PLANSAB, 2014).

8.4.1.1. Medidas Estruturais

A seguir são apresentadas algumas medidas estruturais existentes para o manejo de

águas pluviais, sugerida por alguns autores: bacias de retenção, detenção e

amortecimento, implantação do sistema de drenagem, otimização dos rios urbanos

de drenagem (ampliação e ou modificação), implantação de parques lineares,

reflorestamento e demolição das construções das margens corpos d’águas,

repermeabilização e permebilização artificial do solo.

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Bacias amortecimento

Segundo Matias (2006), bacias de amortecimento tem objetivo de reduzir o pico de

escoamento para um valor compatível ao meio receptor, evitando perturbações à

jusante, como inundações, degradação de terrenos e habitações. Contribui ainda

para controle da erosão, para a estética da paisagem, recarga de aquíferos, entre

outras aplicações. As bacias de amortecimento, bem como outras áreas interesse

para a drenagem urbana e manejo de águas pluviais estão presentes no Apendice D

do Produto 8 - Estudo de Cenários dos Serviços de Drenagem Urbana e Manejo de

Águas Pluviais.

Esse enfoque é mais indicado a áreas urbanas ainda em desenvolvimento, podendo ser utilizado também em áreas de urbanização mais consolidadas desde que existam locais (superficiais ou subterrâneas) adequados para a implantação dos citados armazenamentos. Este conceito não dispensa, contudo, a suplementação por sistemas de micro e macrodrenagem (FCTH, 1999).

Segundo o Plano Diretor de Drenagem de Curitiba (2002) as bacias de detenção

podem ser implantadas on-line (quando a bacia é implantada ao longo dos canais)

ou off-line (quando é implantada ao lado do canal), conforme Figura 19.

Figura 19 - Detenção on-line e off-line.

Fonte: Plano Diretor de Drenagem de Curitiba, 2002.

Em Camaçari, embora existam bacias amortecimento, apenas a localizada na

cabeceira do Rio Camaçari sofreu intervenções para amortecer as cheias, as demais

não são planejadas ou foi reservada oficialmente para desempenhar a função. Outra

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alternativa é a utilização de áreas para amortecimento temporário de cheias como:

como quadras, campos de futebol e praças.

Implantação da infraestrutura de microdrenagem

O sistema de drenagem urbana é a infraestrutura com a função de coleta e

transporte das águas superficiais para os rios urbanos, é composta basicamente

pelas vias, sarjetas, poços de visita e caixas coletoras de águas pluviais. A

implantação da infraestrutura de microdrenagem são fundamentais nas áreas de

fundo de vale que são mais propícias a acumulação da água.

Em Camaçari a infraestrutura de microdrenagem atinge boa parte da zona

urbanizada, sendo o Distrito Sede com maior cobertura, em Monte Gordo e Abrantes

o sistema é menos abrangente. Cabe salientar que a avaliação da abrangência da

infraestrutura de microdrenagem se limitou a identificar os logradouros com pelo

menos uma caixa coletora, sendo que é preciso uma análise mais aprofundada para

saber se há realmente a necessidade de implantação de um sistema de

microdrenagem em determinado logradouro.

Aspectos como a presença de áreas verdes, nível de impermeabilização devem ser

considerados para a análise da implantação da infraestrutura de microdrenagem,

visto que são decisivos para a diminuição do escoamento superficial das águas

pluviais.

No Município de Camaçari foram identificadas muitas vias nas áreas urbanizadas

pavimentadas com terra batida, e algumas destas com a implantação das caixas

coletoras de águas pluviais, o que torna muito baixa a eficiência desses dispositivos,

devido ao entupimento causado pelo carreamento do solo para as caixas coletora.

Otimização dos canais urbanos de drenagem (córregos, riachos e rios)

De acordo com as Diretrizes Básicas para Projeto de Drenagem Urbana no

Município de São Paulo (1999) elaborado pela Fundação Centro Tecnológica de

Hidráulica (FCTH) a adoção de canais abertos em detrimento de canais fechados

traz vantagens para um bom funcionamento do sistema:

a) Possibilidade de veiculação de vazões superiores à de projeto mesmo

com prejuízo da borda livre;

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b) Facilidade de manutenção e limpeza;

c) Possibilidade de adoção de seção transversal de configuração mista com

maior economia de investimentos;

d) Possibilidade de integração paisagística com valorização das áreas

ribeirinhas, quando há espaço disponível;

e) Maior facilidade para ampliações futuras caso seja necessário.

Segundo as Diretrizes Básicas para Projeto de Drenagem Urbana no Município de

São Paulo (1999) na zona urbana a melhor opção é um canal seção trapezoidal

simplesmente escavado com talude gramados, devido sua simplicidade de execução

e manutenção, assim como pelo menor custo de implantação.

Porém, para a adoção de canais abertos existem padrões construtivos e ou

conceituais que devem ser levados em consideração a fim de melhorar o

escoamento das águas pluviais, e podem ser divididos basicamente de acordo com

a seção do canal e tipo de revestimento dos taludes.

De acordo com as Diretrizes Básicas para Projeto de Drenagem Urbana no

Município de São Paulo (1999) a seção do canal e o revestimento dos taludes estão

relacionados a algumas variáveis como: o espaço disponível para implantação, as

características do solo de apoio, a declividade e condições de operação.

Seção do canal:

Segundo as Diretrizes Básicas para Projeto de Drenagem Urbana no Município de

São Paulo (1999) os canais urbanos geralmente são concebidos apenas para

veiculação de vazões de cheias, o que leva ao assoreamento e deposição de

detritos para condições de operação de vazões de média intensidade, conhecidas

também como vazões normativas ou modeladoras. A vazão de medias intensidade

são mais frequentes aumentando as probabilidades do acúmulo de detritos no leito

do canal o que dificulta a passagem da água, sendo a adoção de seção composta a

solução para tais problemas.

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Figura 20 - Exemplo de seção composta para os canais revestidos com vegetação.

Fonte: Adaptado FCHT, 1999.

Figura 21 - Exemplo de seção composta para os canais revestidos de concreto ou muro de

gabião a) trapezoidal e b) retangular.

Fonte: Adaptado FCHT, 1999.

Revestimento do canal:

Segundo as Diretrizes Básicas para Projeto de Drenagem Urbana no Município de

São Paulo (1999), a vegetação, o concreto e muro de gabião são os revestimentos

de canais de drenagem muito empregados, tem a função de reforçar estruturalmente

os taludes:

a) Vegetação: permite a infiltração das águas, reduz a velocidade de

escoamento, exige maiores espaço e inclinação mais reduzidos para sua

implantação, não aplicado a seções retangulares e menor custo de

implantação;

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b) Muro de gabião: permite a infiltração das águas, reduz a velocidade de

escoamento, geralmente é uma opção para locais com altas vazões de pico,

onde o revestimento com vegetação não suportaria.

c) Concreto: não permite a infiltração da água, custos relativamente altos e é

indicado para locais com limitação de espaço.

Como pode ser visto a adoção de canais com secções trapezoidais simplesmente

escavado com talude gramados, apesar de ser a melhor opção para a zona urbana,

apresenta algumas limitações de implantação. Caso não seja possível a implantação

de canais revestidos com vegetação, a segunda opção são canais com muro de

gabião, sendo o revestimento por concreto com seções retangulares a última opção

de tipo canal.

Para os canais localizados na zona rural ou em locais com pouca ação antrópica, o

indicado é a apenas a preservação destes com a proteção das matas ciliares, e das

nascentes.

Parques lineares

Um parque linear é um conjunto de medidas inserido na drenagem sustentável com

o objetivo escoar a água e com a preocupação de integrar a drenagem urbana com

os aspectos socioculturais.

Os parques lineares se constituem de áreas lineares destinadas tanto à

conservação como à preservação dos recursos naturais, tendo como

principal característica a capacidade de interligar fragmentos de vegetação e

outros elementos encontrados em uma paisagem, assim como os

corredores ecológicos. Porém, neste tipo de parque têm-se a agregação de

funções de uso humano, expressas principalmente por atividades de lazer,

cultura e rotas de locomoção não motorizada, como ciclovias e caminhos de

pedestres. No que se refere ao manejo de águas pluviais, o parque linear

tem como um de seus princípios fundamentais aumentar a área de várzea

dos rios, permitindo assim, o aumento das zonas de inundação e a vazão

mais lenta da água durante as cheias dos rios. Além disso, ajudam a evitar a

ocupação humana irregular em áreas de proteção ambiental (FCTH, 2000).

A seguir são apresentados os principais constituintes para a construção de um

parque linear:

Áreas para lazer, esporte e locomoção: brinquedos infantis, ciclovia,

equipamento de ginástica, mesa de jogos, pavimentação da via, pista de

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caminhada, pontes de acesso, prédio de serviço, quadras poliesportivas;

sanitários públicos, etc.

Iluminação pública;

Arborização paisagística (áreas verdes);

Bacia amortecimento;

Canaletas para drenagem;

Dissipadores de energia para altas declividades;

Microdrenagem;

Passeios drenantes;

Revitalização dos afluentes;

Valas gramadas.

Figura 22 - Parques lineares - exemplo 01.

Fonte: Malucelli, 2016.

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Figura 23 - Parques lineares - exemplo 02.

Fonte: Revista Época, 2016.

Reflorestamento das margens de corpos d’água, priorizando espécies

nativas.

A existência da vegetação nas margens dos corpos d’água tem uma função

importantíssima na conservação dos ecossistemas, na recarga do lençol freático, na

prevenção de carreamento de solo, na melhoria da qualidade da água, além de

funcionar como uma barreira natural de proteção contra resíduos sólidos.

Dentre as vantagens de se utilizar espécies nativas, podemos citar: a contribuição

para a conservação da biodiversidade regional, protegendo, ou expandindo as

fontes naturais de diversidade genética da flora em questão e da fauna a ela

associada, podendo também representar importantes vantagens técnicas e

econômicas devido à facilidade de aclimatação e perpetuação das espécies

(OLIVEIRA, 1994).

Retirada das edificações nas margens de corpos d’agua

A ocupação das margens dos corpos d’agua tem forte impacto no escoamento das

aguas pluviais, quer seja pela redução das seções dos canais ou pelo carreamento

do solo para seus leitos, além disso acarreta no aumento de incidência do risco de

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inundações, em problemas relacionados à saúde pública e a contaminação do meio

ambiente.

As edificações são construídas em épocas de estiagem quando o leito do rio está

menor, em épocas de chuvas intensas o rio aumenta o volume ocorrendo o

espraiamento das margens atingindo as edificações, conforme Figura 24.

Figura 24 - Leito de cheia, leito menor e leito de estiagem de um rio.

Fonte: Google imagens, 2016.

A ocupação de áreas próximas a rios é proibida pela Lei Nº 12.651 de 25 de maio de

2012 (Novo Código Florestal), porém a pouca fiscalização, da conscientização e de

um plano habitacional faz com que a população ocupe essas áreas. A fiscalização

das construções próximos às margens atualmente são realizadas pela Secretaria de

Desenvolvimento Urbano (Sedur) do município de Camaçari por meio da

Coordenação de Fiscalização - COF, sendo imprescindível o aumento da

capacidade dessa coordenação com a contratação de mão de obra e aquisição de

equipamentos e veículos.

Atualmente, o Município de Camaçari passa por um processo de desapropriação das

edificações no Projeto de Reurbanização do Rio Camaçari. De acordo com técnicos

da Seinfra e Defesa Civil, o morador tem (02) duas opções: se muda para uma

habitação fornecida pela prefeitura, ou é indenizado. O problema é que muitos

moradores que preferem ser indenizados não estão de acordo com o valor oferecido

pela prefeitura, assim permanecem no local correndo o risco de enfrentar uma

possível inundação e atrasando o processo de revitalização do rio.

Repermeabilização e permebilização artificial do solo

A repermeabilização e permebilização artificial do solo é uma excelente ferramenta

para amortecimento de cheias, pois aumenta o volume de água que infiltra no solo e

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diminui o escoamento superficial e a demanda da infraestrutura de drenagem, além

contribuir para a recarga do lençol freático.

A repermeabilização e permebilização do solo pode ser implementada de diversas

formas como a utilização de pavimento poroso ou intertravados vazados em

estacionamentos de supermercados, prédios públicos e passeios, bem como na

manutenção, recuperação e ampliação das áreas verdes.

Figura 25 - Exemplo de pavimento drenante.

Fonte: Acadêmica em Arquitetura e Urbanismo, 2016.

8.4.1.2. Medidas Estruturantes

As medidas estruturantes são ações que envolvem aspectos comportamentais e de

planejamento como: aproveitamento de áreas para amortecimento de cheias,

atenção especial às populações residentes em encostas e áreas baixas, controle de

desmatamento e reserva das áreas das margens de rios e lagos, legislação, controle

do uso e ocupação do solo, educação ambiental, Programa de Ação Emergencial

(PAE), planejamento da manutenção e inspeção do sistema de drenagem e

utilização de água da chuva.

Aproveitamento de áreas para amortecimento de cheias

Algumas áreas como, campos e quadras de futebol, e parques podem ser utilizadas

com bacias de amortecimento de cheias, essas áreas quando inundadas não

representa nenhum prejuízo financeiro para a população, desta forma essas áreas

podem ser planejadas a fim de trabalhar como bacias de amortecimento. A seguir é

apresentado alguns exemplos de áreas aproveitadas para amortecer cheias.

Figura 26 - Campo de futebol utilizado no período de chuva para amortecimento da cheia.

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Fonte: Fundação Estadual do Meio Ambiente, 2006.

O Município de Camaçari não tem nenhuma não tem áreas lazer com função de

bacia de amortecimento. Essa é uma alternativa muito pertinente em áreas

adensadas visto que não há espaço para construção de bacias de amortecimento

convencionais, todas as quadras e campo de futebol e praças deveriam ser

estudados para esse fim.

A partir de imagens de satélite foram delimitados as quadras, campos de futebol,

praças, além dos locais que podem funcionar como bacias de amortecimento em

toda a área urbana dos Distritos Sede, Abrantes e Monte Gordo do Município de

Camaçari-BA, conforme Figura 27, Figura 28 e Figura 29.

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Figura 27 - Bacias de amortecimento e áreas de lazer com potencial de amortecimento de cheias - Distrito Sede.

Fonte: Saneando Projeto de Engenharia e Consultoria, 2015.

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Figura 28 - Bacias de amortecimento e áreas de lazer com potencial de amortecimento de cheias - Distrito de Abrantes (orla).

Fonte: Saneando Projeto de Engenharia e Consultoria, 2015.

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Figura 29 - Bacias de amortecimento e áreas de lazer com potencial de amortecimento de cheias - Distrito de Monte Gordo (orla).

, Fonte: Saneando Projeto de Engenharia e Consultoria, 2015.

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Não foi encontrado nenhuma especificação ou diretriz com relação à profundidade

praticada para áreas de lazer utilizadas como bacias de amortecimento, assim foi

adotado o valor de 1 (um) metro (esse valor irá variar de acordo com o projetista).

Assim, a partir da delimitação das poligonais ocupadas pelas quadras esportivas,

campo de futebol e praças foi calculado capacidade de armazenamento dessas

áreas, conforme Tabela 14.

Tabela 14 - Relação dos volumes estimados utilização de áreas de lazer para amortecimento temporário de cheias.

Tipo de Ocupação Área superficial

(Km²) Profundidade

(m) Volume de armazenamento

temporário (m³)

Quadras esportivas 0,048 1,00 48.000

Campo de Futebol 0,262 1,00 262.000

Praças 0,207 1,00 207.000

Fonte: Saneando Projeto de Engenharia e Consultoria, 2015.

Controle de desmatamento e reserva das áreas das margens de rios e

lagos

O controle de desmatamento e reserva de áreas verdes nas margens de corpos

d’agua tem uma importância fundamental para um bom funcionamento do sistema

de drenagem, uma vez que, fixa o solo impedindo o carreado para o leito dos rios, e

dificulta a ocupação nas margens.

Embora no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano no inciso VI do Artigo 24

apareça a preocupação em proteger, conservar e recuperar os mananciais e suas

margens, nenhuma ação foi identificada no sentido de proteger essas áreas no

Município de Camaçari.

Legislação

O Município de Camaçari é contemplado com legislação que disciplina indiretamente

sobre a drenagem urbana e manejo de águas pluviais como o Plano Diretor de

Desenvolvimento Urbano (PDDU) e Código Urbanístico e Ambiental, porém é

preciso a melhoria e fortalecimento destas e a sua integração com a fiscalização e

com a liberação de alvarás de construção.

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Para nortear a implantação da infraestrutura de drenagem urbana e a rotina de

manutenção é imprescindível a elaboração de um Plano Diretor de Drenagem

Urbana (PDDRU) com o objetivo de criar os mecanismos de gestão da infraestrutura

urbana, relacionados com o escoamento das águas pluviais, dos rios e arroios em

áreas urbanas. Este planejamento visa evitar perdas econômicas, melhorar as

condições de saneamento e qualidade do meio ambiente da cidade, dentro de

princípios econômicos, sociais e ambientais

Controle do uso e ocupação do solo

O controle do uso e ocupação do solo tem por principais finalidades organizar o

território, otimizar os deslocamentos e melhorar a mobilidade urbana e rural, eliminar

possibilidades de desastres ambientais, preservar o meio-ambiente e melhorar a

qualidade de vida rural e urbana.

As diretrizes do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do município de

Camaçari contemplam a melhoria do drenagem urbana e manejo de aguas pluviais

com ações voltadas para a conservação dos mancipais, criação de parques

municipais, recuperação das planícies de inundação fluvial, recuperação das

vertentes dos morros, implementação de áreas verdes, dentre outras.

Porém, a infraestrutura de fiscalização do uso e ocupação do solo é muito limitada,

sendo necessário o aumento do quadro de funcionários e equipamentos para que a

fiscalização atenda todo o município e coíba o uso e ocupação indevido do solo.

Com relação ao zoneamento percebe-se que a Zona de Importância Ambiental e

Interesse Paisagística (ZIAP) e a Zona de Proteção e Interesse Paisagístico (ZPIP)

apenas enquadram áreas verdes e dunas. Todas as Áreas de Proteção Permanente

(APP) como as matas ciliares e topo de morro, devem ser incluídas nessas zonas a

fim de melhorar o planejamento das ações relacionadas como o uso e ocupação do

solo.

Educação ambiental

Apenas investimentos na operação, manutenção e implantação de infraestrutura da

drenagem urbana e manejo de pluviais não viabiliza o atendimento as metas

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estabelecidas e melhoria do sistema, o engajamento da população é fundamental

para que as ações têm a eficiência desejada.

Deverão ocorrer, também, investimentos em projetos de Educação Ambiental para

promover a sensibilização de mudanças de hábitos da população no que se refere

ao lançamento de resíduos em vias urbanas e cursos d´água, recuperação de matas

ciliares, a construção em áreas de risco, conservação dos equipamentos de

drenagem, dentre outros. Estas ações devem ocorrer em paralelo e ter continuidade

até que estejam consolidadas junto à comunidade e aos gestores.

Programa de Ação de Emergência

A resposta às emergências relacionadas ao sistema de drenagem urbana como

inundações e deslizamentos exige a antecipação e treinamento apropriado para a

ação ser ágil e eficaz, sendo o Plano de Ações de Emergência (PAE) a ferramenta

que organiza a execução das medidas, conforme apresentado na Figura 30.

A elaboração de um PAE deve considerar os sistemas de previsão e alerta como

forma de antecipar os impactos, um mapeamento prévio destes impactos e o

dimensionamento dos recursos necessários para eliminar as perdas fatais e

minimizar os danos materiais.

O PAE deve indicar ainda com precisão e confiabilidade a cadeia de comunicação e

decisão a ser seguida quando do estabelecimento de uma emergência, e a forma

como está comunicação deverá ser feita, levando-se em conta os diversos órgãos

intervenientes nestes processos, como a Defesa Civil, as agências reguladoras,

hospitais e etc. (MARTINS, 2012).

O Plano de Ação de Emergência (PAE) determina as ações de resposta do

empreendedor e/ou autoridades públicas durante emergências, tais como:

vazamentos, explosões, incêndios, desastres naturais como terremotos,

tempestades, inundações, furacões, dentre outros (YOGUI & MACEDO,2012). O

Plano de Ações de Emergência é dividido estrategicamente em 03 (três) módulos: o

Módulo Hidrológico, Módulo Geotécnico e o Módulo Logístico, um Mapa de Impacto

e um Sistema de Suporte a Decisão (SSD), conforme Figura 30 .

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Módulo Hidrológico: esse módulo é bem importante para um bom

procedimento de antecipação dos eventos e dos impactos utilizando-se do

monitoramento de chuvas.

Módulo Geotécnico: tem a função de avaliar os potenciais de

escorregamento e deslizamento do terreno.

Módulo Logístico: está relacionado a quantificação dos recursos

necessários e organização da resposta ás emergências, planos de resgate e

remoção e a distribuição das ações para os encarregados da gestão da

emergência propriamente dita, além de toda a infraestrutura, máquinas e

equipamentos necessários para as ações de emergência.

Mapa de Impactos: documento que contem, geralmente especializados, os

endereções e espacialização dos tipos de impacto (alagamento, deslizamento e

inundação).

Sistema de Suporte a Decisão (SSD): é um sistema responsável por gerar

relatórios contendo análises de informações passadas e atuais visando auxiliar

no monitoramento de processo e tomada de decisão.

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Figura 30 - Fluxograma esquemático do Plano de Ações de Emergências.

Fonte: Adaptado Martins, 2012.

Planejamento da manutenção e inspeção do sistema de drenagem

O planejamento da manutenção dos Serviços de Drenagem Urbana e Manejo de

Águas Pluviais são fundamentais para minimizam os efeitos negativos das chuvas

sobre as ações de manutenção.

Segundo o Manual de Drenagem e Manejo de Aguas Pluviais da cidade de São

Paulo (1999) o ideal é fazer uma programação para a manutenção em um período

anterior ao chuvoso, visto que, ao iniciar o período de maior intensidade de chuva há

maior dificuldade de acesso ao sistema de drenagem, além disso, se o sistema

estiver obstruído ou com capacidade reduzida ocorrerá alagamento ou inundação, e

as ações de manutenção não evitará totalmente os transtornos causados pela má

gestão do manejo das águas pluviais.

No Município de Camaçari, conforme abordado no Produto 06 - Diagnóstico dos

Serviços de Drenagem Urbana e Manejo de Aguas Pluviais, as ações manutenção

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do sistema deverá ser realizadas nos meses de outubro, novembro, dezembro e

janeiro.

Captação de água da chuva

A captação da água de chuva diminui o impacto sobre o sistema de drenagem, uma

vez que diminui o escoamento superficial, a água armazenada pode ser liberada aos

poucos, funcionando como um reservatório de amortecimento, ou pode ser utilizada

para o consumo.

Porém, o consumo da água captada deve seguir alguns procedimentos a fim de

reduzir os impactos das principais fontes de contaminação como pássaros,

pequenos animais e sujeiras oriundas dos telhados, podendo ser minimizados por

medidas simples, segundo as especificações da OMS:

As calhas devem ser limpas regularmente, galhos de árvores pendentes

devem ser diminuídos ao máximo porque podem ser uma fonte de poluição e

facilitar o acesso à área de captação para pássaros e pequenos animais;

Os canos de entrada das cisternas devem contemplar coadores/filtros de lixo

de folhas.

Recomenda-se instalar nas cisternas suportes “desviadores” para eliminar o

primeiro fluxo, que não deixam entrar no tanque de armazenamento da água

potável, a água da chuva inicial que lava o telhado (20–25 litros), que deve

ser destinada para usos menos nobres, a exemplo da irrigação de pequenas

hortas. Na ausência desses suportes recomenda-se usar bicas separáveis,

que podem fazer o mesmo efeito (WHO, 2003).

Uso de bomba manual em substituição de balde a fim de evitar o contato do

balde e da corda, muitas vezes sujos, com a água da cisterna.

Os prédios públicos deveriam adotar a captação da água de chuva e estimular essa

prática nas residências e prédios particulares existentes, e tornar obrigatório a

captação e reservação da água de chuva em todas as novas construções que

venham a impermeabilizar os solos do município.

A captação da água de chuva é uma das medidas que podem ser adotadas pelos

munícipes de Camaçari enquadradas como iniciativas sustentáveis que contribuem

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com a redução no valor do Imposto Territorial Urbano (IPTU). A iniciativa

denominada IPTU verde tem como objetivo incentivar as práticas sustentáveis nas

residências e empresas com descontos que podem chegar a 20% de desconto no

valor do imposto.

8.5. Alternativas Técnicas para Atendimento das Demandas das Áreas

Rurais

Na zona rural o maior desafio do manejo das águas pluviais está relacionado com o

planejamento da ocupação do território como uma estratégia fundamental para a

não repetição de problemas já conhecidos, com a convergência de políticas

públicas, a fim de melhorar as condições de saneamento e saúde dessa população.

A drenagem na zona rural tem a importância de viabilizar a mobilidade da

população, que precisa de estradas vicinais que funcionem adequadamente durante

todo o ano, e mesmo em épocas de chuva seja possível o acesso da população aos

serviços que geralmente, necessita de grandes deslocamentos.

Com base no Apendice D do Produto 8 - Estudo de Cenários dos Serviços de

Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais, vemos que a maior parte do

município possui cobertura vegetal densa e pouco densa, porém algumas áreas são

destinadas a agricultura, e à mineração (extração de areia e rochas) o que

representa um grande risco para a estabilidade dos ecossistemas, como por

exemplo, a retirada da vegetação nativa, modificação dos cursos naturais dos rios e

assoreamento de áreas de acumulação de água como veredas e brejos.

Práticas relacionadas com a agricultura sustentável devem ser incentivadas, como:

criação e uso de sistemas de captação de águas das chuvas para ser utilizada na

irrigação e não desmatar florestas e matas para a ampliação de áreas agrícolas.

Com relação a mineração deve haver uma fiscalização mais rigorosa para coibir

práticas que degradem o local de extração, como a retirada da vegetação em áreas

de proteção permanente, também deverá obrigar o empreendedor a realizar a

compensação ambiental com o replantio das árvores retiradas no local da extração.

Além da proteção estrutural para um bom escoamento superficial das águas pluviais,

também devem ser previstas ações que reduzam a contaminação dos corpos

d’água, como a ampliação da abrangência dos serviços de esgotamento sanitário na

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zona urbana com a implantação de soluções individualizadas de esgotamento

sanitário e o estimulo à agricultura orgânica que não utiliza fertilizantes nem

pesticidas.

Promover a proteção dos ecossistemas é uma atividade fundamental para uma

gestão dos serviços de saneamento básico aliada com a sustentabilidade ambiental,

social e econômica dos serviços. Além do que, consta na Constituição Federal de

1988 a necessidade de proteger os ecossistemas e o direito de todos a um ambiente

saudável e equilibrado. Nesse sentido, o ambiente deve estar apto para o

desenvolvimento humano e para as atividades produtivas, bem como para o

desenvolvimento dos ecossistemas naturais, para assim satisfazer as necessidades

presentes, sem comprometer as das gerações futuras.

Desta maneira, ao proteger os ecossistemas, revertemos ações antrópicas que

induziriam a danos e impactos ambientais negativos, em ações de preservação e

conservação do ambiente, garantindo a permanência de um habitat saudável e

contribuindo para o equilíbrio do meio. Sendo assim, traçam-se as seguintes

alternativas:

Proteção de matas ciliares dos mananciais de todo o município;

Fiscalização quanto ao uso e ocupação irregular de áreas de proteção dos

mananciais bem como nas demais Áreas de Proteção Permanentes (APP);

Estimular a utilização de fertilizantes naturais, por meio de cursos de

capacitação para os agricultores;

Realizar campanhas de Educação Ambiental contínuas nas diversas

instâncias do município quanto à proteção das nascentes e mananciais e a

ocupação irregular de áreas de proteção;

Estimular a proteção da biodiversidade e dos ecossistemas florestais;

Promoção de atividades de reflorestamento;

Fiscalização de desmatamentos ilegais e a extração predatória de produtos e

subprodutos florestais, contenção de queimadas acidentais e prevenção de

incêndios florestais;

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Fiscalizar e reprimir a extração predatória de recursos dos mananciais, como

extração de areia de leitos de rios.

Uma ferramenta fundamental para nortear a preservação e ou recuperação da

vegetação é a Lei Nº 12.651 de 25 de maio de 2012, conhecida como Novo Código

Florestal, que estabelece normas gerais para a proteção da vegetação, dentre

outras:

Art. 1º - Esta Lei estabelece normas gerais sobre a proteção da

vegetação, áreas de Preservação Permanente e as áreas de

Reserva Legal; a exploração florestal, o suprimento de matéria-prima

florestal, o controle da origem dos produtos florestais e o controle e

prevenção dos incêndios florestais, e prevê instrumentos econômicos

e financeiros para o alcance de seus objetivos.

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9. ÁREAS DE INTERESSE PARA O SANEAMENTO BÁSICO

A fim de ampliar a capacidade dos serviços de saneamento básico em promover

sustentabilidade social e ambiental, além de universalizar o acesso aos serviços e

soluções, é necessário planejar as questões relacionadas em escalas abrangentes

que interajam com as características ambientais, de uso e ocupação do solo e

planejamentos de áreas afins, de maneira a produzir entendimentos capazes de

potencializar a capacidade de oferta dos serviços nos territórios

Como estratégia de análise integrada dos elementos que compõe o saneamento

básico no município de Camaçari, foram construídos mapeamentos contendo as

áreas de interesse ao saneamento básico sendo abordado os componentes do

saneamento: abastecimento de água, drenagem urbana e esgotamento sanitário.

As áreas de interesse ao saneamento básico além de apresentar o mapeamento e a

análise espacial das informações, possibilita direcionar ações com base em logística

de transporte e distâncias, sendo considerado parâmetros definidos pelos órgãos

fiscalizadores em todas as informações apresentadas. A base SICAR-CONDER em

escala 1:10.000 permitiu que a realidade do município pudesse ser representada de

modo muito pertinente ao planejamento urbano. Cada componente após ser

especializado em mapas as informações pertinentes trouxeram uma análise para

cada distrito camaçariense.

Todo esse trabalho, incluindo os mapeamentos gerados consta-se na integra no

Produto 8 nos tomos correspondentes a cada componente.

9.1. Abastecimento de Água

Assim como foi colocado na análise da condicionante drenagem urbana, em relação

ao abastecimento de água, as matas ciliares são os principais elementos a serem

considerados como de interesse, ou seja, de fundamental importância a

conservação e a proteção dos mananciais, que são as fontes de suprimento de água

da qual depende a sobrevivência do ser humano. Destarte, foram espacializadas as

faixas de APP do município, enquanto o seu uso e ocupação do solo, assim como

identificados as faixas de APP e os cursos dos afluentes dos rios principais que

foram identificados segundo a natureza dos seus regimes (perenes ou

intermintentes).

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Como apresentado, as margens dos afluentes são sem dúvidas o principal aspecto a

ser reconsiderado no planejamento urbano de Camaçari, devido serem defendidas

por lei, enquanto Áreas de Proteção Permanente, como áreas que devem ser

direcionadas ao reflorestamento de matas ciliares.

Foram delimitadas as APPs referentes aos cursos hídricos (nascentes, rios)

localizados na sede municipal, no distrito de Abrantes e em Monte Gordo, indicando

qual a faixa de vegetação nativa deve ser preservada e/ou recuperada.

Outra importante informação apresentada no mapeamento foi a localização das

infraestruturas de abastecimento de água: mananciais de captação de água sejam

eles superficiais ou subterrâneo, sendo este último responsável pela maior parte do

suprimento de água do município, estação de tratamento de água, reservatórios,

entre outros. Em relação aos poços foram traçados raios de proteção de acordo com

a proximidade e o grau de recuperação em caso de área degradada.

O Apendice A mostra as áreas de interesse ao abastecimento de água.

9.2. Esgotamento Sanitário

Foram reunidas as informações espaciais referentes a diferentes elementos do

território camaçariense aos quais são de interesse ao planejamento sistemático do

sistema de esgotamento sanitário. Informações primárias obtidas em visita técnica

ao município foram sobrepostas a informações secundárias advindas de fontes

oficiais, as quais permitiram uma análise de múltiplos critérios de acordo com o

objetivo de melhoria dos serviços de esgotamento sanitário.

Foram identificadas as infraestruturas de esgotamento sanitário, incluindo as áreas

não propícias a implementação de fossas sépticas, as características geográficas de

interesse ao esgotamento sanitários tais como: hidrografia, altimetria (representada

pelas curvas de nível), áreas de maior vulnerabilidade como a localização das

nascentes e das áreas do aquífero com profundidade menor que 5 metros, assim

como proposto locais adequados ao reuso dos efluentes tratados, e propícios a

implementação de sistemas de esgotamento descentralizado (individual ou coletivo)

para loteamentos e condomínios.

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As infraestruturas de Esgotamento Sanitário do município de Camaçari foram

espacializadas na Base SICAR e fizeram com que todo um panorama do fluxo dos

efluentes pudessem ser observados. Dentre as principais informações, foram

identificadas as Estações Elevatórias de Esgoto (EEE), as Estações de Tratamento

de Esgoto (ETE) convencionais e compactas, a CETREL, os corpos d’água aos

quais ocorre lançamento de efluente tratado, a rota do efluente tratado, e o

emissário da CETREL.

Vale salientar que uma das informações mais importantes apresentada neste

trabalho foram as áreas propícias ao reuso dos efluentes tratados com base no

princípio da fertirrigação, um modo de reaproveitar os efluentes ricos em carga

orgânica na agricultura.

O Apendice B mostra as áreas de interesse ao esgotamento sanitário.

9.3. Drenagem Urbana e Manejo de Àguas Pluviais

O crescimento urbano tem provocado impactos significativos na infraestrutura de

drenagem artificial e natural do Município de Camaçari, com o aumento da

impermeabilização e o consequente aumento no escoamento superficial,

aumentando a frequência de alagamentos e inundações.

Dessa forma, realizou-se uma proposição de áreas potenciais de interesse para a

drenagem e manejo de águas pluviais urbanas para zoneamento de maneira a

alimentar reflexões sobre o uso e ocupação dos territórios, suas implicações

principalmente nos serviços de drenagem e a sua interlocução com os planos de

desenvolvimento urbanos produzidos no município.

As áreas de interesse para drenagem urbana são relacionadas diretamente com a

cobertura do solo e com a capacidade de percolação das águas pluviais na cidade.

As curvas de nível são indicadores de áreas planas ou elevadas e quando

associadas aos cursos dágua promovem uma leitura dos fluxos e das áreas de

microbacia de drenagem. A rede de drenagem é composta pelas Bacias

Hidrográficas, suas sub-bacias e por fim cada trecho que compõe uma microbacia.

As áreas de Preservação Permanente (APP) quando preservadas favorecem e

protegem os cursos hídricos superficiais, além de atuarem como cílios para a

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manutenção das encostas dos leitos de rio da cidade, foi identificado as áreas de

APP degradada no município de Camaçari, que devem ser alvo de recuperação e

reflorestamento mesmo em áreas consolidadas.

Algumas áreas contributivas para a drenagem urbana foram identificadas a título de

evidenciar a importância de preservação destes lugares, os cordões de dunas e as

coberturas florestais densas são os principais destaques. As bacias de

amortecimento como locais onde a acumulação da água ameniza o fluxo pluvial em

situações de enxurradas também foram identificados no trabalho, sendo localizado

as praças públicas, quadras e campos de futebol e as áreas de várzea.

O Apendice C mostra as áreas de interesse a drenagem e manejo de águas pluviais

urbanas.

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10. AÇÕES DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA

Toda atividade com potencial de gerar uma ocorrência atípica cujas consequências

possam provocar danos às pessoas, ao meio ambiente e a bens patrimoniais,

inclusive de terceiros, devem ter, como atitude preventiva, um planejamento para

ações de emergências e contingências. Segundo a Lei 11.445/2007 devem ser

formuladas estratégias para contenção de casos de emergências e contingência nos

sistemas de Esgotamento Sanitário no âmbito do Plano Municipal de Saneamento

Básico.

Conceitualmente, contingência é a possibilidade de uma eventualidade acontecer ou

não, e emergência é a ocorrência dessa eventualidade, ou seja, o surgimento de

uma situação crítica. Mais especificamente, as ações de emergência são aquelas

que visam mitigar os efeitos de acidentes, de causa natural ou não, em qualquer um

dos serviços de saneamento. Já as ações de contingência são aquelas que visam

evitar ou minimizar impactos ambientais nos serviços de saneamento básico, que

podem ou não ocorrer. Diferentemente das emergências, as contingências referem-

se a eventos previsíveis e não acidentais (RECESA, 2014).

Para isso, é necessário estabelecer formas de atuação rápidas e eficientes dos

órgãos operadores, tanto de caráter preventivo como corretivo, realizadas por

equipes especializadas. Em caso de ocorrências atípicas que extrapolem a

capacidade de atendimento local, os órgãos operadores deverão dispor de

equipamentos, materiais, mãos de obra, a fim de evitar que os sistemas de

saneamento básico não tenham a segurança e a continuidade operacional

comprometida ou paralisada.

As ações para emergência e contingências serão tomadas pelo Poder Público,

verificando situações de risco e/ou perturbação da ordem e saúde pública, bem

como causem ou possam causar dano ao meio ambiente.

Os acidentes ocorridos devem ser documentados, para formação de um histórico.

Assim será possível verificar recorrências dos eventos, além de condutas e

procedimentos que possam ser aprimorados, e gradualmente reduzir o número de

ações emergenciais.

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10.1.Abastecimento de Água

O abastecimento de água para consumo humano destaca-se como a principal

atividade do saneamento básico, em termos de essencialidade quanto à

impossibilidade de funcionamento, donde se ratifica sua qualificação como direito

humano. No entanto, interrupções no abastecimento podem ocorrer por razões

diversas – algumas inevitáveis – como discorrido no Art. 40 da Lei Federal nº

11.445/07 e no Quadro 12 seguinte.

Quadro 12 - Causas e efeitos possíveis da interrupção do SAA.

Causa possível Efeito possível Ação corretiva possível

Ação sistemática Realização de manutenção/melhoria/ modificação preventiva no sistema

Emissão de comunicado prévio à população

Chuvas intensas Deslizamentos e movimentação do solo, com entupimento de tubulações; cheia do manancial, com ocorrência de inundação e comprometimento do funcionamento dos equipamentos; risco de contaminação do manancial pelo deflúvio oriundo da região urbanizada

Diálogo com órgãos de controle ambiental

Contratação de obras emergenciais para reparos nas instalações avariadas

Adequação da ETA à água afluente

Contaminação acidental dos mananciais

Alteração da qualidade da água, tornando-a imprópria ao consumo humano

Emissão de comunicado à população

Diálogo com órgãos de controle ambiental

Fluxo intenso de turistas na alta estação

Colapso no sistema, derivado da demanda crescente de consumo de água, reduzindo o volume de reservação

Execução de rodízio/racionamento do abastecimento

Controle da água reservada

Seca prolongada Comprometimento da vazão dos mananciais e redução do volume de água captado

Execução de rodízio/racionamento do abastecimento

Disponibilização de caminhões pipa para abastecimento emergencial

Controle da água reservada

Suspensão do fornecimento de energia elétrica

Paralização da captação, da adução e do tratamento de água bruta

Requerimento de gerador de emergência à prestadora de serviços de fornecimento de energia elétrica

Vandalismo e/ou sinistro

Necessidade de reparos/manutenção no sistema e/ou reposição de material

Acionamento da polícia

Execução de obras de reparo das instalações atingidas

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

Incorre ainda que todas as etapas do sistema de abastecimento de água (captação,

tratamento, adução, distribuição e consumo de água potável) são vulneráveis às

contaminações acidentais ou mesmo intencionais, podendo causar a interrupção e a

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paralisação do sistema, além de colocar em risco a saúde e o bem-estar das

populações abastecidas. Nesse contexto, sabe-se que substâncias e compostos

diversos, dissolvidos ou em suspensão, bem como organismos patogênicos, podem

ser encontrados na água, cujas consequências são indicadas no Quadro 13.

Quadro 13 - Consequências da presença de substâncias, compostos e organismos na água.

Substâncias, compostos e organismos Consequências

Substâncias calcárias e magnesianas Alteram a dureza da água

Substâncias ferruginosas Alteram a cor e as características da água

Partículas finais do terreno Influenciam na turbidez da água

Substâncias laminadas (algas) Modificam o cheiro e sabor da água

Organismos patogênicos transmitidos pelo homem, (vírus, bactérias, protozoários e helmintos)

Causam doenças de contaminação fecal (cólera, disenteria bacilar, amebíase, febres tifoides e paratifoide, poliomielite, hepatite A, leptospirose, gastrenterites, etc.)

Vetores, cujo ciclo biológico, na fase larvar, ocorre na água

Transmitem doenças como malária, dengue, febre amarela, etc.

Poluentes químicos e radioativos, (esgotos industriais e de mineração, agrotóxicos, pesticidas, etc.)

Torna a água imprópria para o consumo

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016, adaptado do PMSB - Imbituba/SC, 2012.

As doenças diagnosticadas deverão ser documentadas pelo município e notificadas

via sistemas de informações disponíveis no âmbito municipal, estadual e federal.

Adicionalmente, dever-se-á elaborar notas técnicas, com base nos dados recebidos,

para subsidiar uma divulgação ampla a órgãos de imprensa, população e serviços

de saúde. Também, na ocorrência de um surto epidêmico de doenças relacionadas

à água, sendo oficialmente constatado, deve-se proceder à investigação

epidemiológica minuciosa com o intuito de definir as principais causas do problema,

assim como os reservatórios de agentes infecciosos, os hospedeiros, as fontes de

infecção e os mecanismos de transmissão. Em contrapartida, quando o surto for

circunscrito a um pequeno foco, poder-se-á considerar que a contaminação da água

tenha ocorrido em cisternas e caixas d’água, as quais devem ser sempre vedadas,

de modo que funcionem como reservatórios estanques, e inspecionadas em

intervalos regulares para limpeza e desinfecção.

Em situações de escassez ou mesmo de contaminação dos recursos hídricos, a

depender de quão crítica seja a situação, será necessária a adoção de

racionamento, declarada pela autoridade gestora de recursos hídricos. Segundo o

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Art. 46 da Lei Federal nº 11.445/07, o ente regulador poderá adotar mecanismos

tarifários de contingência, com objetivo de cobrir custos adicionais afins, garantindo

o equilíbrio financeiro da prestação do serviço e a gestão da demanda. Nesse caso,

para suprir à quantidade mínima de água requerida, deve-se prover um

abastecimento emergencial, por meio de coleta de água tratada em pontos distantes

e transporte em carros pipas até os depósitos locais, sendo, por conseguinte,

distribuída para a população. É válido assinalar ainda que os pontos de suprimento

hídrico devem fornecer água de boa qualidade, cabendo sua desinfecção durante o

transporte.

Quanto às redes de distribuição, os riscos de contaminação da água, na tubulação,

por aquela existente no lençol freático estão sempre presentes, uma vez que há

redes de distribuição totalmente estanques. Logo, para que a água do lençol freático

adentre a tubulação danificada, é necessário que a pressão hidrostática do lençol

freático supere a da rede de distribuição, provocando, então, uma inversão do

gradiente de pressões – situação verificada em interrupções do fluxo de água

potável.

Quando a interrupção do fornecimento de água é consequência de falta de energia

elétrica, sistemas de geração autônoma de energia em elevatórias estratégicas

podem ser soluções viáveis. Os procedimentos a serem adotados, em caso de

acidente ou desastre, estão descritos a seguir:

i. colocar a rede novamente em condições de uso, no prazo mais curto possível;

ii. mapear soluções alternativas coletivas e individuais quanto a sua

vulnerabilidade;

iii. avaliar a situação de mananciais e bacias hidrográficas afetadas e que possam

ser usadas alternativamente para atender à população afetada;

iv. realizar diagnóstico da qualidade da água para consumo humano, o qual,

devido ao caráter emergencial, deverá priorizar as análises de cloro residual e

E. coli ou coliformes termotolerantes;

v. avaliar a necessidade de aumentar a concentração de cloro residual e elevar a

pressão do sistema de abastecimento de água;

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vi. indicar a utilização de soluções alternativas de abastecimento, no caso de os

mananciais normalmente utilizados terem sidos contaminados por substâncias

perigosas;

vii. utilizar das Unidades de Engenharia do Exército, as quais são equipadas com

aparelhagem portátil de filtração sob pressão e de cloração da água, detendo,

ainda, de todas as condições para apoiar os órgãos locais de Defesa Civil,

quando solicitado;

viii. monitorar, em conjunto com os órgãos/instituições de meio ambiente, o

processo de limpeza e recuperação de áreas afetadas por produtos químicos,

sempre fazendo uso de equipamentos de proteção individual para evitar

acidentes toxicológicos;

ix. na existência de áreas caracterizadas por contaminação química, restringir o

acesso por parte da população na área afetada, pois algumas substâncias

químicas reagem com a água e formam gases e vapores tóxicos, sem cor nem

odor, mais densos que o ar que se acumulam nas zonas baixas, onde as

pessoas respiram.

Por fim, o Quadro 14 adiante apresenta alternativas para evitar a paralisação do

sistema de água de acordo com sua ocorrência, origem e suas respectivas ações de

emergência e contingência.

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Quadro 14 - Alternativas para evitar a paralisação do sistema de abastecimento de água.

Ocorrência Origem Ações para emergência e contingência

Falta d

e á

gu

a g

enera

liza

da

Inundação na captação de água bruta danificando equipamentos e/ou estrutura

Verificação e adequação de plano de ação às características da ocorrência;

Interrupção prolongada no fornecimento de energia elétrica na ETA Comunicação à concessionária de energia elétrica;

Comunicação à população, instituições e autoridades;

Vazamento de cloro nas instalações de tratamento

Execução do Programa de Ação e Emergência do Cloro ou Plano de Ação do Incidente;

Descolamento de frota de caminhões tanque;

Qualidade inadequada da água dos mananciais Controle da água disponível nos reservatórios;

Realização de rodízio de abastecimento;

Ações de vandalismo Comunicação à polícia;

Reparo das instalações danificadas;

Falta d

e á

gu

a p

arc

ial

Deficiências de água nos mananciais em período de estiagem Verificação e adequação de plano de ação às características da ocorrência;

Interrupção temporária no fornecimento de energia elétrica nas instalações de produção de água e em setores de distribuição

Comunicação à concessionária de energia elétrica;

Comunicação à população, instituições e autoridades;

Danificação de estruturas de reservatório e elevatórias de água tratada Reparo das instalações danificadas;

Descolamento de frota de caminhões tanque;

Rompimento de redes e linhas adutoras de água tratada Reparo das instalações danificadas;

Descolamento de frota de caminhões tanque;

Ações de vandalismo Comunicação à polícia;

Reparo das instalações danificadas.

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016, adaptado de PMISB - Florianópolis/SC, 2010.

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10.2.Esgotamento Sanitário

No caso dos Serviços de Esgotamento Sanitário, os vazamentos na rede coletora de

esgoto são os principais causadores de interrupções dos serviços de coleta. Os

mesmos podem ser ocasionados, entre outras razões, por paralização das

elevatórias e obstrução na rede, que podem ser causados por falta de energia

elétrica, gerando diversos contratempos à população como, por exemplo, o retorno

do esgoto para as residências gerando implicações na saúde pública e no meio

ambiente.

Na operação e manutenção dos Serviços de Esgotamento Sanitário deverão ser

utilizados mecanismos locais e corporativos de gestão, no sentido de prevenir

ocorrências indesejáveis. Esse controle deve ser realizado através do

monitoramento das condições físicas das instalações e dos equipamentos, assim

como da qualidade da prestação dos serviços, tanto para as soluções coletivas

quanto para as soluções individuais, visando minimizar a ocorrência de problemas.

A inexistência ou ineficiência do tratamento prévio do esgoto doméstico para a sua

disposição final poderá contribuir para degradação da qualidade da água de

mananciais superficiais e subterrâneos e, por consequência, da vida dos

ecossistemas ali presentes, além de implicações na saúde pública da população e

na contaminação do meio ambiente.

A seguir o Quadro 15 lista possíveis eventos relacionados a emergências e

contingências inerentes ao sistema de Esgotamento Sanitário, assim como as suas

possíveis origens, e elenca as ações cabíveis para mitigação e resolução do

transtorno. Importante ressaltar que serão descritas apenas algumas situações e

ações de emergência e contingência, devendo o gestor público formular um plano de

ações e estratégias mais detalhado para contenção de casos de emergência e

contingência.

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Quadro 15 - Alternativas para evitar a paralisação do sistema de Esgotamento Sanitário.

Ocorrência Origem Ações para emergência e contingência

Vazamentos e contaminação de solo, mananciais superficiais ou

subterrâneos por soluções de Esgotamento

Sanitário

Rompimento, extravasamento, vazamento e/ou infiltração de esgoto por ineficiência de fossas sépticas ou inadequabilidade da solução adotada (uso de fossas rudimentares)

Promover o isolamento da área e contenção vazamento do efluente com o objetivo de reduzir a contaminação.

Promover a limpeza da área com caminhão limpa fossa, encaminhando o efluente para a estação de tratamento de esgoto.

Promover o isolamento da fossa inadequada e exigir a construção de solução adequada para coleta e tratamento do efluente doméstico. Para usuários que comprovem situação de carência, o poder público deverá assegurar a construção da nova solução para o Esgotamento Sanitário residencial.

Construção de fossas inadequadas

Exigir a substituição das fossas rudimentares por fossas sépticas e sumidouros ou ligação do esgoto residencial à rede pública de coleta, nas áreas onde existe esse sistema. Para usuários que comprovem situação de carência, o poder público deverá assegurar a construção da solução para o Esgotamento Sanitário residencial.

Implantar programa de educação ambiental quanto a necessidade de uso de fossas sépticas em substituição às fossas rudimentares e fiscalizar se a substituição está acontecendo nos prazos exigidos.

Lançamento de esgotos domésticos na rede de drenagem urbana

Fiscalizar e erradicar as ligações clandestinas.

Exigir a construção de solução de Esgotamento Sanitário adequada à legislação vigente ou a ligação do esgoto residencial à rede pública de coleta, nas áreas onde existe esse sistema. Para usuários que comprovem situação de carência, o poder público deverá assegurar a construção da solução para o Esgotamento Sanitário residencial.

Promover campanhas de educação ambiental com intuito de informar sobre as implicações da ligação do esgoto doméstico na rede pluvial de coleta.

Inexistência ou ineficiência da manutenção e do monitoramento periódico das soluções coletivas e

Ampliar a manutenção e monitoramento das soluções individuais nas zonas urbana e rural, principalmente em fossas localizadas próximas aos cursos hídricos e pontos de captação subterrânea de água para consumo humano.

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Ocorrência Origem Ações para emergência e contingência

individuais de coleta e tratamento de esgoto.

Ampliar a manutenção e monitoramento das condições da rede pública de coleta, adotando medidas de prevenção à ocorrência de transtornos.

Rompimento de interceptores,

coletores, emissários

Desmoronamento de taludes ou paredes de canais

Executar reparo da área danificada com urgência.

Sinalizar e isolar a área como meio de evitar acidentes.

Rompimento de interceptores,

coletores, emissários

Erosões de fundo de vale

Comunicar aos órgãos de controle ambiental sobre o rompimento em alguma parte do sistema de coleta de esgoto.

Executar reparo da área danificada com urgência.

Sinalizar e isolar a área como meio de evitar acidentes.

Rompimento de pontos para travessia de veículos

Comunicar aos órgãos de controle ambiental sobre o rompimento em alguma parte do sistema de coleta de esgoto.

Comunicar as autoridades de trânsito sobre o rompimento da travessia.

Sinalizar e isolar a área como meio de evitar acidentes.

Executar reparo da área danificada com urgência.

Isolar o trecho danificado do restante da rede com o objetivo de manter o atendimento das áreas não afetadas pelo rompimento.

Ocorrência de retorno de esgoto

nos imóveis

Obstrução de coletores de esgoto Executar reparo das instalações danificadas com urgência.

Executar trabalhos de limpeza e desobstrução.

Lançamento indevido de águas pluviais em redes coletoras de esgoto

Executar reparo das instalações danificadas.

Comunicar a vigilância sanitária.

Ampliar a fiscalização e o monitoramento das redes de esgoto e de captação de águas pluviais com o objetivo de identificar ligações clandestinas, regularizar a situação e implantar sistema de cobrança de multas e punição para reincidentes.

Extravasamento de Interrupção no fornecimento de Comunicar à Coelba a interrupção de energia.

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Ocorrência Origem Ações para emergência e contingência

esgoto em ETE por paralisação do

funcionamento desta unidade de tratamento

energia elétrica nas instalações Acionar gerador alternativo de energia.

Instalar tanque de acumulação do esgoto extravasado com o objetivo de evitar contaminação do solo e água.

Comunicar aos órgãos de controle ambiental os problemas com os equipamentos e a possibilidade de ineficiência e paralisação das unidades de tratamento.

Extravasamento de esgoto em Estações

Elevatórias

Danificação de equipamentos eletromecânicos ou estruturas, por causas operacionais ou por ato de vandalismo

Instalar equipamento reserva e/ou realizar reparos nas estruturas danificadas com urgência.

Comunicar aos órgãos de controle ambiental os problemas com os equipamentos e a possibilidade de ineficiência e paralisação das unidades de tratamento.

Comunicar o ato de vandalismo à polícia local.

Interrupção no fornecimento de energia elétrica

Comunicar à prestadora dos serviços de energia elétrica a interrupção do fornecimento.

Acionar gerador alternativo de energia.

Instalar tanque de acumulação do esgoto extravasado com o objetivo de evitar contaminação do solo e água.

Interrupção dos serviços de coleta de esgotos domésticos

Obstrução de coletores de esgoto, ocorrência de vazamentos na rede, extravasamento de Estações Elevatórias, paralização do funcionamento da ETE.

Executar limpeza e/ou reparo nas estruturas danificadas com urgência.

Reestabelecer o funcionamento das estações elevatórias e/ou da ETE com urgência.

Comunicar aos órgãos de controle ambiental os problemas com os equipamentos e a possibilidade de ineficiência e paralisação das unidades de tratamento.

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

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10.3.Drenagem Urbana e Manejo de Àguas Pluviais

A seguir o Quadro 16 lista possíveis eventos relacionados a emergências e

contingências inerentes ao sistema de drenagem urbana e manejo de águas

pluviais, assim como as suas possíveis origens, e elenca as ações cabíveis para

mitigação e resolução do transtorno. Importante ressaltar que serão descritas

apenas algumas situações e ações de emergência e contingência, devendo o gestor

público exigir dos prestadores a formulação de planos de ações e estratégias mais

detalhado para contenção de casos de emergência e contingência.

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Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

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Quadro 16 - Ações de emergências e contingências para o sistema de drenagem urbana e manejo de águas pluviais

Ocorrência Origem Ações para emergência e contingência

Deslizamentos de encostas

Precipitação pluviométrica de intensidade acima da capacidade de escoamento do sistema.

Saturação do solo em períodos de intensa precipitação associada a alta declividade de encostas e ausência de vegetação nativa.

Acúmulo de lixo e lançamento de esgoto a céu aberto.

Ocupações desordenadas de áreas consideradas de risco e/ou vulnerável.

Comunicação à população, instituições, autoridades e Defesa Civil e encaminhamento da população para local seguro, se por ventura existir pessoas em risco.

Fiscalização quanto ao uso do solo e realização de campanhas de educação ambiental contínuas com foco no alerta à população sobre o risco da ocupação de áreas de encostas.

Ampliação do acesso da população a soluções de esgotamento sanitário e de serviços de coleta de resíduos sólidos, associado a campanhas de educação ambiental contínuas com foco nas consequências do lançamento de esgotos a céu aberto e disposição inadequada do lixo.

Promover ações de replantio de vegetação nativa.

Erosão de estradas vicinais

Remoção da proteção vegetal dos terrenos.

Precipitação de intensidade acima da capacidade de escoamento do sistema.

Executar o serviço de tapa-buraco para liberar o acesso às localidades rurais.

Comunicação à população, instituições, autoridades e Defesa Civil.

Transbordamentos

Precipitação de intensidade acima da capacidade de escoamento do sistema.

Ações de vandalismo danificando os dispositivos do sistema.

Disposição do lixo em local inadequado gerando acúmulo e obstruindo o sistema.

Interceptação dos esgotos domésticos na rede pluvial gerando um volume superior à capacidade de transporte da rede.

Comunicação à população, instituições, autoridades e Defesa Civil e encaminhamento da população para local seguro, se por ventura existir pessoas em risco.

Reparo das instalações danificadas.

Comunicação à polícia em casos de vandalismo.

Exigência da ligação dos esgotos domésticos à rede pública de coleta, nas áreas onde existe esse sistema.

Fiscalização quanto à disposição de entulhos e resíduos sólidos domésticos.

Ampliação do acesso da população a soluções de esgotamento sanitário e de serviços de coleta de resíduos sólidos, associado a campanhas de educação ambiental contínuas com foco nas consequências do lançamento de esgotos na rede de drenagem e disposição inadequada do lixo.

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

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Recomenda-se que sejam realizadas vistorias periódicas antes de períodos notórios

de intensidade pluviométrica elevada na região focando no reparo de estruturas

danificadas, limpeza de galerias e desobstrução de dispositivos do sistema de

drenagem urbana a fim de prevenir a ocorrência de transtornos à população.

Para a restauração da normalidade, devem ser realizadas vistorias a fim de avaliar o

comprometimento das estruturas do sistema de drenagem após o período chuvas

intensas, bem como das edificações e dos potenciais riscos de contaminação da

população localizada na área de influência. Devem ser retirados os entulhos,

resíduos acumulados e desobstruídas as vias públicas e redes de drenagem

afetadas. Serão realizadas avaliações de danos em benfeitorias e determinação de

áreas de risco, não sendo liberadas as áreas para uso da população até que se

tenha efetiva segurança quanto à ocorrência de novos eventos como, deslizamentos

e inundações.

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11. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES

Tendo como premissa que a universalização dos serviços de saneamento básico,

definida pela Lei nº 11.445 de 2007, é o principal objetivo do PMSB de Camaçari,

nesse item são estabelecidos programas, projetos e ações – e em item posterior as

suas respectivas estimativas de custos –, para alcançar-se as metas elencadas no

cenário de referência.

De acordo com o dicionário Aurélio Buarque de Holanda (2013), apud PMSB de Juiz

de Fora (2013), os termos Plano, Programa, Projeto e Ação possuem diferenças do

cerne da temporalidade, abrangência e hierarquia. Seguindo esta última

dessemelhança e de forma simplista, pode-se concluir que o Plano é um

planejamento abrangente, de base, que engloba os Programas, os quais, por sua

vez, afunilam os planos ao se referir às áreas restritas de atuação (Figura 31).

Figura 31 - Hierarquia entre Plano, Programa, Projeto e Ação

Fonte: Saneando Projetos e Consultoria, 2016.

Os Projetos remetem ao modo de execução das atividades relativas aos Planos e

Programas, a partir das ações previamente definidas e em conformidade com sua

especificidade. Demais, no presente estudo, o termo “Plano” refere-se ao PMSB de

Camaçari, propriamente. Dentro dele, são apresentados os Programas que

direcionarão as ações voltadas à implementação dos Projetos, ora existentes, além

dos propostos para esse Plano, com o objetivo de melhorar a qualidade dos serviços

de saneamento básico do Município e, consequentemente, da saúde pública.

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11.1. Gestão dos Serviços

11.1.1. Programa: Educação Ambiental para Saneamento

O Programa Educação Ambiental em Saneamento, cumpre o papel de trazer para a

prática da gestão dos serviços públicos de saneamento básico, o que institui a

Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), a Lei Federal nº 9.795/99. Em seu

art. 1º, é dito que:

Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos

quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,

conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a

conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo,

essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Por sua vez, a Política Estadual de Educação Ambiental do Estado da Bahia,

sancionada pela Lei Estadual nº. 12.056, de 07 de janeiro de 2011, em consonância

com Política e o Programa Nacional de Educação Ambiental, traz, como propósitos

da educação ambiental, “a sensibilização, reflexão e construção de valores, saberes,

conhecimentos, atitudes e hábitos, visando uma relação sustentável da sociedade

humana com o ambiente que integra”.

Essa aproximação entre as políticas públicas de saneamento e educação ambiental

é fundamental, quando pode cooperar com a melhoria da qualidade de vida

ecologicamente sustentável. Além disso, traz o desafio e a oportunidade das

práticas de saneamento se reformularem a partir da educação ambiental,

fortalecendo seus princípios e objetivos em todos os aspectos relacionados ao

saneamento básico, sua gestão, infraestrutura, serviços, tecnologias, práticas

cotidianas, demanda dos usuários, trabalhadores, uso e ocupação do solo, relação

com o meio ambiente, entre outros.

Diante desses entendimentos a educação ambiental se mostra um valioso

instrumento para a sensibilização social e, consequentemente, para a mudança de

hábitos insustentáveis e construção de valores pautados no respeito à natureza e à

vida. Outro aspecto relevante é a capacidade de criar estratégias para a formação

de multiplicadores e fortalecimento da mobilização social, no sentido de enfrentar as

desigualdades e as deficiências nos serviços públicos de saneamento básico.

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Assim, frente a importância das ações educativas para a preservação do patrimônio

ambiental, fundamental para a provisão dos serviços de saneamento, são

apresentados projetos para oportunizar a inclusão das estratégias trazidas pela

Educação Ambiental, colaborando no cumprimento do que preconiza o Art. 2º da

PNEA, principalmente no que tange ao valor do caráter formal e não formal do

processo educativo para o desenvolvimento da educação ambiental.

Assim, o objetivo do programa é estimular a população a refletir sobre as questões

do saneamento básico e a adotar práticas que contribuam para a promoção da

qualidade ambiental, a preservação dos ecossistemas, a prestação efetiva dos

serviços de saneamento básico e a promoção da saúde.

11.1.1.1. Projeto: Educação Ambiental nas Escolas

A escola como espaço privilegiado da construção do saber tem grande

responsabilidade com o desenvolvimento social voltado para a estruturação de uma

sociedade sustentável. Dessa maneira, oferece um ambiente relacional fértil para a

consolidação de novos padrões de entendimento do mundo que formarão a

identidade da população a longo prazo. Durante esse processo espera-se

desenvolver o sentimento de pertencimento e integração, que favorecem as

dinâmicas locais e ampliam a influência mutua entre professores, alunos, famílias e

comunidade.

Por esses motivos a escola é o lugar ideal para promover o processo participativo de

aprendizagem no conhecimento em educação ambiental, de forma a fazer uma

leitura crítica da realidade, e contribuir com “a necessidade social de se mudar

atitudes, habilidades e valores e não apenas comportamentos (LOUREIRO, 2007, p.

67)”.

Nesse sentido é possível estabelecer, a médio e longo prazo, a cultura do

entendimento das políticas públicas municipais, seu “modus operandi”, a

contribuição necessária da sociedade civil para sua realização, o papel dos

diferentes poderes em sua implementação, entre outros aspectos relevantes.

Com fortalecimento dessa prática se considera possível induzir uma ampliação da

qualidade de atuação da sociedade civil na ação do Estado a partir do ambiente

escolar formal. Esse espaço formal, com suas peculiaridades, permite uma interação

rotineira entre gestores e sociedade na proposição de melhorias para as questões

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referentes ao saneamento básico, ao direito à cidade, à sustentabilidade social e

ambiental.

Portanto, este projeto tem como objetivo utilizar o espaço educacional para o

desenvolvimento das práticas de Educação Ambiental com foco no saneamento

básico tendo como referência o Programa Nacional de Educação Ambiental e

Política Nacional de Educação Ambiental. As ações a serem contempladas nesse

projeto são:

Implantar Agenda 21 escolar, Sala-verde, Coletivos Educadores e a

Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida nas Escolas – COM;

Capacitar os docentes a realizar as atividades pedagógicas para o processo

de sensibilização dos alunos;

Promover gincanas escolares abordando o tema políticas públicas, meio

ambiente e saneamento;

Promover Feira de Ciências abordando o saneamento básico no município;

Promover atividades extracurriculares para visita às instituições públicas

responsáveis pela implantação das políticas públicas;

Promover debates para contribuição nas conferências municipais das

políticas públicas do município;

Realizar concursos anuais com premiação que estimulem os estudantes a

colocarem em pratica ações relacionadas à cidadania (participação em

audiências públicas, em conferências municipais, participação ativa em

associações de bairros e/ou entidades estudantis) ao meio ambiente (plantio

de uma arvore nativa e cuidados necessários ao seu desenvolvimento, seja

em locais públicos ou no seu quintal, atuação em projetos de recuperação,

proteção e conservação do meio ambiente e seus ecossistemas naturais) e

ao saneamento básico (redução gradativa do volume de água ou do consumo

de energia na sua casa; técnicas de reuso de aguas servidas, coleta seletiva

em sua casa e doação para o catador de recicláveis, compostagem

doméstica, participação em projetos voltados para melhoria do saneamento

básico, entre outras), com apresentação em eventos nas escolas (feira de

ciências, gincana);

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11.1.1.2. Projeto: Educação Ambiental voltada aos Povos e Comunidades

Tradicionais

A Educação Ambiental voltada aos Povos e Comunidades Tradicionais (PCT) visa

fortalecer as potencialidades de sua organização social e fomentar a participação

ativa nas ações correlatas à preservação do meio ambiente e seus ecossistemas,

fundamentais para existência dessa população. Um aspecto relevante para essa

tarefa e a universalização do acesso a soluções de saneamento básico, já que ao

mesmo tempo o acesso ao saneamento traz qualidade de vida a essas populações,

promove saúde, e impede a poluição ou contaminação do ambiente. Dessa forma, o

projeto deve propiciar a troca de saberes do gestor com essa população a fim de

colaborar na formação política, social, econômica e ambiental voltada para a

cidadania, meio ambiente e saneamento.

Portanto, o objetivo deste projeto é sensibilizar os povos e comunidades tradicionais

(identificadas no item 8.4 do Vol. 1 do Produto 2) para a valorização dos

patrimônios/riquezas ambientais, envolvendo diretamente os moradores, através de

atividades, discussões participativas e ações individuais e coletivas, a saber:

Realizar oficinas de educação sanitária e ambiental para o consumo

sustentável das riquezas naturais, e a relação do saneamento básico com a

saúde;

Promover a capacitação dos membros das comunidades tradicionais na

implantação e técnicas de manutenção das soluções individualizadas de

esgotamento sanitário apropriadas a sua realidade;

Promover a capacitação dos membros das comunidades tradicionais para a

coleta seletiva de resíduos sólidos, e posterior reutilização, reaproveitamento

e compostagem dos resíduos orgânicos para utilização em hortas;

Propiciar nas comunidades a adoção de espaços para atividades práticas

relacionadas à temática ambiental, tais como viveiros, horta comunitária, entre

outros;

Colaborar em atividades relacionadas à preservação e conservação dos

ecossistemas naturais e seus serviços ecossistêmicos

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11.1.1.3. Projeto: Educação Ambiental para Promoção do Saneamento

Eficiente, Eficaz e Efetivo

A Lei nº 11.445/2007 prevê que as ações de saneamento básico deverão atender ao

princípio da integralidade, a fim de que seja alcançada a eficiência, eficácia e

efetividade necessárias. Nesse sentido, objetiva-se compor um projeto que contenha

ações em educação sanitária e ambiental capazes de contribuir positivamente em

todos os componentes do saneamento, de modo que a população tenha claramente

a compreensão integrada desses serviços.

Nessas razões, entende-se que o referido projeto deve ser realizado de maneira

continuada, com auxílio da Secretaria Municipal de Saúde em parceria com a

sociedade civil organizada e com a população em geral através de projetos de

educação popular em saúde e saneamento básico, utilizando-se de metodologias

interativas, nos bairros e localidades de cada distrito do município para realizar

ações para cada um dos seguintes temas:

Responsabilidade ambiental quanto à preservação dos mananciais

superficiais e subterrâneos inseridos no território do município, enfatizando os

benefícios da preservação de matas ciliares e não poluição das águas;

Uso racional da água abordando exemplo práticos de como e porquê da

importância do consumo consciente, evitando desperdícios e demostrando a

relação do consumo de água com a geração de esgoto;

Práticas de reuso de água no domicilio para diminuir a geração de esgotos;

Implicações da prática de fraudes na rede de distribuição de água;

Práticas adequadas de manuseio e higienização de reservatórios

domiciliares, abordando a importância deste para suprir a demanda em casos

de paralizações no fornecimento de água;

Cobrança de tarifa, destacando sua legalidade e sua importância na garantia

da qualidade e segurança do serviço;

Importância e a exigência legal de promover a ligação à rede pública de

esgoto após sua implantação;

Ilegalidade de realizar ligações de esgoto em rede pluvial quando se trata de

sistema separador absoluto;

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Importância da adesão à coleta seletiva, orientando sobre a correta

separação entre os resíduos secos, úmidos e os rejeitos, os dias e horários

de coleta;

Riscos do lançamento de resíduos sólidos em locais inadequados (encostas,

margens de rios) e nas vias públicas em dias e horários que não possuem

coleta e sua relação com problemas relacionados a drenagem (alagamentos,

inundação) e saúde pública (dengue, zika vírus, febre chikungunya, entre

outras);

Adoção de soluções individuais de esgotamento sanitário destacando as

vantagens quanto à fertirrigação e consequente produção de alimentos na

zona rural;

Riscos da ocupação em áreas propícias à alagamentos e inundações,

abordando as legislações que coíbem essa prática;

Divulgação do IPTU verde, instituído pelo decreto municipal nº 5657/14,

demostrando suas vantagens e quais os procedimentos para obtê-lo e de

outros instrumentos que venham a surgir;

11.1.1.4. Projeto: Educação Ambiental para Promoção do Saneamento na

Zona Rural

A zona rural do município de Camaçari possui alto déficit de cobertura dos serviços

de saneamento, e essa realidade segue o padrão do cenário nacional, que

apresenta carência histórica de políticas públicas direcionadas à essa região. Diante

desse cenário, no âmbito do PMSB foram propostos projetos em todas as

componentes do saneamento básico a fim de contemplar e diminuir/erradicar o

déficit de acesso aos serviços da população da zona rural.

No entanto, para que as ações planejadas para execução na zona rural sejam

realmente efetivas, eficazes e eficientes, como preconiza a Lei n° 11.445/2007,

surge a necessidade de atrelar à essa implantação ações de educação continuada.

As vivencias em educação popular em saúde e saneamento básico têm intuito de

despertar e sensibilizar a população a despeito da importância do adequado uso e

manutenção das tecnologias adotadas, além da importância de desenvolver a

mobilização social e o senso de responsabilidade e cooperação quanto à

preservação do meio ambiente e o pertencimento ao local.

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Posto isto, as ações propostas para o presente projetos são:

Promover campanhas de educação ambiental com foco no fortalecimento da

relação da comunidade com o meio ambiente, a fim de despertar o juízo de

responsabilização e participação quanto à preservação do meio ambiente,

inclusive dos mananciais superficiais e subterrâneos;

Promover a capacitação dos atores sociais das comunidades rurais

envolvidos na construção de soluções individuais de esgotamento sanitário,

abordando aspectos construtivos e de operação e manutenção. As oficinas de

capacitação devem incentivar, sempre que possível, a adoção de soluções

individualizadas de esgotamento atreladas à produção de alimentos;

Promoção de campanhas de educação sanitária junto às famílias

contempladas com a construção dos módulos sanitários/banheiros secos com

intuito de incentivar o uso adequado da tecnologia implantada;

Promoção de campanhas de educação sanitária junto às famílias

contempladas com a implantação de soluções individuais de esgotamento

sanitário com foco no uso adequado da tecnologia e na manutenção e

operação necessárias ao seu perfeito funcionamento. Deve, ainda, ser

abordada a importância da adoção de soluções individualizadas para o

esgotamento sanitário e as implicações do lançamento de esgoto bruto no

solo e nos mananciais;

Promover a capacitação dos membros das comunidades rurais para a coleta

seletiva de resíduos sólidos, e posterior reutilização, reaproveitamento e

compostagem dos resíduos orgânicos para utilização em hortas. Abordando,

ainda, as implicações do lançamento de resíduos sólidos em locais

inadequados (encostas e margens de rios) e suas implicações na drenagem e

na saúde pública;

Promover campanhas de educação ambiental com intuito de alertar sobre os

riscos de ocupação de áreas propícias à alagamentos e inundações,

abordando as legislações que coíbem essa prática;

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11.2.Abastecimento de Água

11.2.1. Programa: Gestão Sustentável

Para atingir uma gestão sustentável da água1, em que pese o saneamento básico

camaçariense, é indispensável contemplar, ao menos, três pontos, que são:

i. a melhoria operacional e a qualidade no serviço prestado;

ii. a melhoria do monitoramento da qualidade da água distribuída;

iii. o controle de perdas;

Além desses são propostos no Tomo I, programas que possuem interface com todos

os compoonentes do saneamento buscando atender os princípios fundamentais da

Lei nº 11.445/07 especificados nos incisos do Art. 2º, a saber:

I - universalização do acesso;

II - integralidade, compreendida como o conjunto de todas as

atividades e componentes de cada um dos diversos serviços de

saneamento básico, propiciando, à população, o acesso na

conformidade de suas necessidades e maximizando a eficácia das

ações e resultados;

III - abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e

manejo dos resíduos sólidos realizados de formas adequadas à

saúde pública e à proteção do meio ambiente;

IV - disponibilidade, em todas as áreas urbanas, de serviços de

drenagem e de manejo das águas pluviais adequados à saúde

pública e à segurança da vida e do patrimônio público e privado;

V - adoção de métodos, técnicas e processos que considerem as

peculiaridades locais e regionais;

VI - articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e

regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação,

de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante

interesse social voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para

as quais o saneamento básico seja fator determinante;

1 Objetivo 6 dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS, apresentados em 2015 pela

Organização das Nações Unidas e baseados nos 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio - ODM (ONU, s.d.).

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VII - eficiência e sustentabilidade econômica;

VIII - utilização de tecnologias apropriadas, considerando a

capacidade de pagamento dos usuários e a adoção de soluções

graduais e progressivas;

IX - transparência das ações, baseada em sistemas de informações

e processos decisórios institucionalizados;

X - controle social;

XI - segurança, qualidade e regularidade;

XII - integração das infraestruturas e serviços com a gestão

eficiente dos recursos hídricos. (grifo nosso)

Outro aspecto relevante é o desafio de conciliar o equilíbrio econômico-financeiro da

prestadora de serviços com a modicidade tarifária, somado aos investimentos per

capita. Assim, embora o município seja, constitucionalmente, o titular nos serviços

de saneamento básico, a eficiência da gestão, em seu sentido amplo, está

diretamente relacionada ao bom desempenho de todos os atores envolvidos, não

somente da atuação da Prefeitura. Por esta razão, incluem-se a prestadoras de

serviços, as secretarias e os demais órgãos afins, a exemplo da Embasa, Cerb,

Agersa, Seinfra e Sedur, como elucidado no Produto 08 - Estudos de Cenários,

Tomo I - Introdução Ao Estudo de Cenários e Proposta de Arranjo Institucional para

a Gestão dos Serviços de Saneamento.

11.2.1.1. Projeto: Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado

Ciente do conteúdo do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Camaçari -

PDDU, particularmente do Cap. VI - Do Esforço das Estruturas Internas do

Município, e tendo em vista os problemas identificados no municipio, o Projeto:

Melhoria Operacional e Qualidade no Serviço Prestado tem a finalidade de propor

soluções para o progresso das atividades executadas no âmbito do abastecimento

de água. É pautado nisto que são previstas, à luz do Art. 44, § 1o, inciso IV, as

seguintes ações:

i. capacitação e desenvolvimento dos recursos humanos para a execução dos

serviços de abastecimento de modo satisfatório, incluindo a contratação de

funcionários em número suficiente para atender à demanda do município, bem

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como o treinamento (e sua reciclagem periódica) da equipe responsável pela

gestão comercial, operacional e estratégica;

ii. desenvolvimento de canal de diálogo entre a prestadora de serviços e os

usuários para informação quanto à água abastecida;

iii. contratação de mão de obra qualificada para operação do canal de diálogo

entre a prestadora e os usuários;

iv. desenvolvimento de estratégias para enfrentamento do déficit sazonal no

fornecimento de água, especialmente em regiões cujo consumo da população

flutuante excede a capacidade operacional do sistema de abastecimento, como

campanhas de uso racional da água, redução de desperdícios,

reaproveitamento/reuso da água servida, atenção aos vazamentos e

construção de reservatórios domiciliares, bem como de sua higienização e de

seu manuseio, com divulgação em mídia local, visando reduzir os transtornos

causados na intermitência do abastecimento;

v. aplicação de dotação orçamentária para a melhoria da segurança pública e,

conseguintemente, da redução de roubos, furtos e ações de vandalismo nos

sistemas de abastecimento;

vi. cadastramento dos sistemas implantados pela Cerb, de modo a alimentar,

também, o banco de dados do Siagas e Sisagua;

vii. disponibilização de profissionais com competência para realizar as atividades

de manutenção e operação dos sistemas de responsabilidade da Prefeitura;

viii. captação de água de chuva em imóveis públicos municipais e fomento à prática

em imóveis particulares, com campanhas publicitárias que divulguem demais

ações também contempladas por incentivos fiscais, como o IPTU Verde;

ix. capacitação dos usuários à autogestão dos poços e das cisternas, e instrução

quanto ao consumo direto da água captada, com fornecimento de material

informativo;

x. elaboração do Plano de Segurança da Água.

11.2.1.2. Projeto: Melhoria do Monitoramento da Qualidade da Água

O monitoramento da qualidade da água consumida pela população, advinda de

soluções de abastecimento coletivas ou individualizadas, bem como as inspeções

nos sistemas de abastecimento e nas soluções alternativas é de responsabilidade

da Vigilância Sanitária da Qualidade da Água, intermediada pelo Programa Vigiagua.

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Sabe-se ainda que as ações do referido programa, pactuado entre as esferas

federal, estadual e municipal, são coordenadas pela Sesab, via Coordenação de

Vigilância Ambiental em Saúde - Coviam, da Diretoria de Vigilância Sanitária

Ambiental - Divisa. Como sumarizado na página virtual da Suvisa - BA (SUVISA,

s.d.),

A atuação do Vigiagua deve se dar sobre todas e quaisquer formas de

abastecimento de água, coletivas ou individuais, na área urbana e rural, de gestão

pública ou privada, incluindo instalações intra-domiciliares. Os campos de atuação

dar-se-ão sobre as seguintes formas: SAA, SAC, SAI.

É também digno de nota que o Vigiagua, estruturado a partir dos princípios do

Sistema Único de Saúde - SUS, tem como foco minimizar as muitas enfermidades

provocadas pelo consumo da água contaminada e garantir, à população, o acesso à

água em qualidade compatível com o padrão de potabilidade estabelecido no

ordenamento atual – a Portaria Federal nº 2.914/11. Pelo que sintetiza o texto do

Ministério da Saúde, transcrito na Figura 32, seus objetivos são:

Figura 32 - Objetivos do Vigiagua.

Fonte: BRASIL, 2005, p. 38.

Notavelmente, sem as informações quanto à qualidade da água, as operações de

tratamento podem ser insatisfatórias, com conseguinte fornecimento de água em

• Reduzir a morbimortalidade por doenças e agravos de transmissão hídrica, por meio de ações de vigilância sistemática da qualidade da água consumida pela população.

• Buscar a melhoria das condições sanitárias das diversas formas de abastecimento de água para consumo humano.

• Avaliar e gerenciar o risco à saúde que as condições sanitárias das diversas formas de abastecimento de água. Programa Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental Relacionada à Qualidade da Água para Consumo Humano Secretaria de Vigilância em Saúde / MS 39.

• Monitorar sistematicamente a qualidade da água consumida pela população, nos termos da legislação vigente.

• Informar à população a qualidade da água e riscos à saúde.

• Apoiar o desenvolvimento de ações de educação em saúde e mobilização social.

Objetivos do Vigiagua

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condições inadequadas, apresentando risco à saúde do usuário. Demais, deve-se

tornar saliente que os responsáveis pelos sistemas de abastecimento de água para

consumo humano são obrigados, pela Portaria Estadual nº 832/15, a inserir os

dados de cadastro e controle de todos os SAA, sob sua responsabilidade,

diretamente no Sistema de Informação da Qualidade da Água para Consumo

Humano - Sisagua. Este sistema é, por sua vez, estruturado em 3 módulos de

entrada (Figura 33)

Figura 33 - Estruturação do Sisagua.

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016, adaptado da Visa - SC s.d.

Entretanto, diante do levantamento feito na etapa de diagnóstico, infere-se que tal

atribuição, exercida pela Coordenação de Vigilância Sanitária e Ambiental -

Covisam, tem sido deficitária no município de Camaçari, especialmente no tocante

às soluções alternativas da região. Sobre este aspecto, como escreve o Ministério

da Saúde na publicação intitulada “Inspeção Sanitária em Abastecimento de Água”

(2007), p. 14:

O conjunto das atividades inerentes à vigilância – cadastro dos

sistemas e soluções de abastecimento de água, inspeções, monitoramento

da qualidade da água em planos implementados pelos responsáveis pelo

controle e vigilância – gera um volume de informações a serem

sistematizadas e permanentemente analisadas sob a ótica da avaliação

de riscos à saúde. Seguidas, necessariamente, da atuação junto aos

responsáveis pelo abastecimento de água e da adequada informação à

população, sob pena da inocuidade das atividades postas em prática.

(grifo nosso)

Acrescido a isto, tem-se o que dispõe o Art. 70 da Lei Complementar nº 913/08 do

Município de Camaçari, a saber:

• Registro e inserção das informações referentes a todos os sistemas de abastecimento de água (SAA, SAI, SAC) em Banco de Dados.

Cadastro

• Inclusão dos dados fornecidos pelas prestadoras de serviços quanto aos sistemas de abastecimento (SAA, SAI, SAC) pelos quais são responsáveis.

Controle

• Incorporação dos diagnósticos resultadantes das análises dos parâmetros de qualidade da água e das inspeções sanitárias desenvolvidas pelo setor de saúde nas variadas soluções de abastecimento.

Vigilância

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Art. 70. A Política Municipal de Controle de Poluição e Manejo dos

Recursos Hídricos objetiva:

[...]

IV - compatibilizar e controlar o uso efetivo e potencial da água, tanto

qualitativa quanto quantitativamente;

[...]

Art. 77. O Município deverá ser informado sobre os usos da água

exercidos por empreendimentos de efetivo potencial poluidor, situados em

seu território e sobre resultados de monitoramento e avaliação da

qualidade da água, realizados por esses empreendimentos, a partir de

exigências constantes em licenças ambientais, conforme condicionantes

estabelecidos por órgão ambiental federal, estadual ou municipal.

§ 1º. O monitoramento do aquífero subterrâneo e dos cursos d’água do

Município será realizado sob a coordenação do órgão competente pela

fiscalização do meio ambiente da Prefeitura Municipal de Camaçari,

com acompanhamento do Comam, que, obrigatoriamente, darão

publicidade aos resultados, através dos meios de comunicação

disponíveis, inclusive em portal eletrônico da Prefeitura Municipal de

Camaçari.

§ 2º. Os resultados apurados constarão da base de dados do

Subsistema de Informações Municipais. (grifo nosso)

Para consolidar as informações apresentadas, faz-se oportuno reproduzir o

fluxograma (Figura 34) contido no Programa Nacional de Vigilância em Saúde

Ambiental Relacionada à Qualidade da Água para Consumo Humano (2005, p. 61):

Figura 34 - Ações básicas para operacionalização da vigilância da qualidade da água para consumo humano.

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Fonte: BRASIL, 2005.

Pelo exposto, o Projeto: Melhoria do Monitoramento da Qualidade dá Água deve

concentrar esforços prioritários na estruturação da Coordenação de Vigilância

Sanitária e Ambiental do município. Atinam-se, assim, à equipe técnica e aos

insumos necessários, visto que estes foram os fatores limitantes destacados pela

Covisam para execução das atividades de forma deficitária. Desta forma, elencam-

se as seguintes ações estruturantes, conforme informações fornecidas por este

órgão:

i. garantir o quadro mínimo de funcionários, com a qualificação técnica, via

contratação dos profissionais especificados no Quadro 18;

Quadro 17 - Quadro de funcionários da coordenação de vigilância sanitária e ambiental em março 2016.

Natureza Vínculo Quantidade Função

Coordenador Temporário/Cargo Comissionado 01 Coordenador

Engenheiro Sanitarista Efetivo 01 Inspetor Sanitário

Engenheiro Ambiental Efetivo 01 Inspetor Sanitário

Enfermeiro Efetivo 03 Inspetor Sanitário

Odontólogo Efetivo 02 Inspetor Sanitário

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Natureza Vínculo Quantidade Função

Farmacêutico Efetivo 01 Inspetor Sanitário

Médico Veterinário Efetivo 01 Inspetor Sanitário

Nutricionista Efetivo 01 Inspetor Sanitário

Aux. de Enfermagem Efetivo 02 Inspetor Sanitário

Apoio Administrativo Efetivo 05 Administrador

Total 18

Fonte: COVISAM, 2016.

Quadro 18 - Déficit do quadro de funcionários da coordenação de vigilância sanitária e ambiental.

Natureza Vínculo Quantidade Função

Farmacêutico Efetivo 01 Inspetor Sanitário

Nutricionista Efetivo 01 Inspetor Sanitário

Sanitarista Efetivo 02 Inspetor Sanitário

Biólogo Efetivo 01 Inspetor Sanitário

Téc. Meio Ambiente Efetivo 02 Inspetor Sanitário

Apoio Administrativo Efetivo 01 Administrador

Total 08

Fonte: COVISAM, 2016.

ii. promover cursos de capacitação desses profissionais;

iii. garantir os materiais e insumos necessários para a realização das atividades,

conforme especificação do Quadro 19;

Quadro 19 - Materiais e insumos existentes vs necessários.

Descrição Quantidade Atual Quantidade Necessária Déficit

Veículos 02 03 01

Impressora 01 03 02

Kit cloro em processo de compra 1

GPS 01 02 01

Termômetro 02 02

Caixa térmica 02 04 04

Rede de internet 01 (instável) - rede estável

Computador 11 14 03

Máquina fotográfica 01 02 01

Fonte: COVISAM, 2016.

Prevê-se que a estruturação da Vigilância Sanitária e Ambiental do Município torná-

la-á apta à execução das seguintes atividades inerentes a sua função:

i. execução de rotina de controle e monitoramento da qualidade da água (como

prevê a Portaria 2.914/11)2 em todas as saídas dos sistemas de abastecimento

de água, incluindo, sobretudo, o RAD do Morro da Manteiga, pertencente ao

SLAA Sede e RAD do SIAA Machadinho, bem como dos poços perfurados,

com ênfase no aquífero São Sebastião;

2 Em situações onde a análise indicar risco à saúde humana, esta informação deve ser repassada à

secretaria responsável (Núcleo) para que sejam tomadas as devidas providências.

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ii. garantia do fornecimento de solução consolidada como apropriada, caso as

análises comprovem que a fonte de abastecimento é capaz de fornecer água

de boa qualidade, necessitando apenas da etapa de desinfecção, como o

hipoclorito, concomitante às devidas orientações para desinfecção caseira da

água, a exemplo da sua dosagem em recipiente com volume conhecido, o qual,

para o hipoclorito, corresponde a 2 gotas de NaClO a 2,5 por litro de água a ser

desinfetada, com tempo de contato de 30 minutos;

iii. capacitação de agentes da saúde e da gestão responsável pela promoção e

prevenção da saúde, explanando sobre desinfecção da água no domicílio,

limpeza e desinfecção de reservatórios, limpeza dos domicílios e

estabelecimentos coletivos, cuidados com a higiene individual e coletiva,

preparo de alimentos, além da importância da preservação de nascentes e

mananciais para manutenção da qualidade da água;

iv. desenvolvimento de campanhas de cadastramento de usuários da água;

v. elaboração de campanha informativa/educativa sobre a importância dos

reservatórios domiciliares, com divulgação na mídia local.

Por fim, embora não contemple a lista de ações, deve-se pontuar que, caso as

análises indiquem que o consumo da água, apenas com o desinfetante, ainda

oferece risco à saúde humana, será preciso contatar o responsável pela gestão dos

serviços de saneamento, a fim de que sejam tomadas as providências cabíveis

quanto ao fornecimento de água potável com qualidade.

11.2.1.3. Projeto: Controle de Perdas

O controle de perdas proporciona aumento da receita, melhoria na gestão e no

atendimento do serviço, além de contribuir para o gerenciamento eficiente dos

recursos hídricos. O desperdício de água, por sua vez, compromete a

disponibilidade hídrica dos mananciais e eleva o consumo per capita, podendo

resultar na ampliação precipitada ou desnecessária de um sistema de

abastecimento de água. Todavia, é fundamental distinguir os conceitos de perdas,

facilitando e compatibilizando, assim, a elaboração de ações para solucioná-las.

Esta ponderação culmina no chamado Balanço Hídrico – padronização proposta

pela Associação Internacional da Água (em inglês, The International Water

Association - IWA) – já sendo adotado pelo Programa de Modernização do Setor

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Saneamento - PMSS, do Ministério das Cidades (BRASIL, 2015). Da sua

estruturação, tem-se (Quadro 20):

Quadro 20- Balanço Hídrico (IWA).

BALANÇO HÍDRICO

Vo

lum

e d

e e

ntr

ad

a n

o s

iste

ma

(co

rrig

ido

pa

ra e

rro

s c

on

hecid

os)

Co

nsu

mo

au

tori

zad

o Consumo

autorizado faturado

Consumo faturado medido (incluindo água exportada) Água faturada

Consumo faturado não medido

Consumo autorizado não

faturado

Consumo não faturado medido

Água não faturada

Consumo não faturado não medido

Perd

as d

e á

gu

a Perdas aparentes

Consumo não autorizado

Imprecisões na medição dos hidrômetros

Erros sistemáticos na manipulação de dados

Perdas reais

Vazamentos nas adutoras e redes de distribuição

Vazamentos e extravasamentos em reservatórios

Vazamentos nos ramais

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016, adaptado de IWA / AWWA Water Balance, 2012 (tradução livre).

As características principais das perdas reais e aparentes foram, então, compiladas

no Quadro 21.

Quadro 21 - Características principais das perdas reais e aparentes.

Itens Características Principais

Perdas Reais Perdas Aparentes

Tipo de ocorrência mais comum Vazamento Erro de Medição

Custos associados aos volumes de água perdidos

Custo de produção Tarifa

Efeitos no Meio Ambiente Desperdício do Recurso Hídrico

Necessidades de ampliações de mananciais

-

Efeitos na Saúde Risco de contaminação da

água -

Empresarial Perda do produto Perda de receita

Usuário Imagem negativa (ineficiência e

desperdício) -

Efeitos ao Usuário Repasse para tarifa

Desincentivo ao uso racional da água

Repasse para tarifa

Vulnerabilidade a roubos e fraudes

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016, adaptado da ABES, 2013, p. 9.

A título de exemplo, em 2009, a Embasa obteve primeiro lugar em mobilização

social no Projeto COM+ÁGUA (EMBASA, 2009), concebido pela Secretaria Nacional

de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, por intermédio do PMSS, e

estruturado no Balanço Hídrico da IWA (BRASIL, 2015). Concorrendo com dez

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operadoras do setor de saneamento de quatro estados (São Paulo, Minas Gerais,

Rio Grande do Sul e Santa Catarina), o projeto participante foi de autoria do

Escritório Operacional de Ilhéus. Tal acontecimento permite inferir que a prestadora

de serviços tem capacidade de desenvolver um projeto, de mesmo objetivo, para o

cenário camaçariense. Diante disso, o Projeto: Controle de Perdas, ora dissertado,

tem a finalidade de promover um norteamento para a redução de perdas de água

nos SAA, controlando-as a níveis aceitáveis, conforme meta estabelecida. Deverá

valer-se, para tanto, do controle operacional, da manutenção preventiva e corretiva

da rede de distribuição, além da mobilização e sensibilização dos usuários. Nesse

verbete, as ações propostas para controle de perdas e uso racional da água também

perfazem um sistema de gerenciamento de reparo de vazamentos, conforme se

ilustra na figura adiante (Figura 35):

Figura 35 - Sistema de gerenciamento de reparo de vazamentos.

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016, ABENDE, 2001/2002, citado por TSUTIYA, 2006, p. 427)

Expõe-se ainda que as ações que integram o controle de perdas foram, neste

projeto, segmentadas em gestão comercial, gestão operacional e gestão estratégica,

como se vê na sequência (Figura 36):

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Figura 36 - Ações para controle de perdas.

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

Considerando as observações presentes nos itens 5.4 e 7.2 do Produto 04 -

Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água e ratificando o que foi descrito

anteriormente, as perdas no sistema de abastecimento de água interferem em sua

performance, reduzindo o faturamento da prestadora de serviços e comprometendo

o abastecimento de água. Além disso, de acordo com os dados fornecidos pela

Embasa (2014), os índices de perda dos SAA de Camaçari encontram-se, todos,

• Qualificação de mão de obra

• Informação de ativos, com cadastro preciso e atualizado

• Mapeamento das ligações

• Alimentação e atualização do SIG e banco de dados

Gestão comercial

• Qualificação de mão de obra

• Modelagem hidráulica

• Elaboração do balanço hídrico

• Provimento de equipamentos adequados e em pleno funcionamento

• Melhoria dos materiais empregados e da infra-estrutura

• Inspeções e vistorias nos sistemas de distribuição

• Elaboração e execução de programa de automação para monitoramento

de imóveis públicos (sede da prefeitura, escolas, hospitais, etc.)

• Eficiência, eficácia e efetividade das manutenções corretivas e preventivas

(reparos, reabilitação, remanejamento, limpeza e trocas)

• Controle da macro e micromedição

• Controle ativo dos vazamentos

• Controle das pressões e do nível d'água nos reservatórios

• Alimentação e atualização do SIC e banco de dados

Gestão operacional

• Regularização de loteamentos e ligações

• Veiculação de campanhas de cadastramento

• Veiculação de campanhas contra fraudes e ligações clandestinas

• Negociação de dívidas com usuários inadimplentes

Gestão estratégica

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acima da média registrada no país para o mesmo ano3, sobretudo no SIAA Jordão

(com 60% de água tratada não faturada), em razão dos vazamentos nas tubulações

e reservatórios, assim como das ligações clandestinas. Ante a essas pontuações e a

despeito das funções inerentes à prestadora – como inspeção da rede, fiscalização

e monitoramento de micro e macromedidores, georreferenciamento dos SAAs e

mapeamento das áreas atendidas, manutenção preventiva e corretiva, etc. –, listam-

se, como ações:

i. elaboração de campanha para negociação de dívidas com usuários

inadimplentes, com divulgação nas mídias locais;

ii. implantação de sistema de monitoramento do consumo de água – como o

Programa Água Pura, desenvolvido pela Rede de Tecnologias Limpas - Teclim,

da Universidade Federal da Bahia –, a ser utilizado por imóveis públicos

(escolas, câmara, hospitais, etc.), buscando atuar, efetivamente, na

racionalização e no combate ao desperdício da água, de modo a servir como

instrumento para manutenção preventiva, troca de equipamentos e

conscientização;

iii. inspeção, manutenção e monitoramento dos SAAs.

11.2.2. Programa: Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais

Para seu abastecimento, o município de Camaçari utiliza fontes de água superficiais

e subterrâneas, as quais apresentam potencial para atender às demandas no

horizonte de planejamento de 20 anos. Como aprofundado no item 8 do Produto 04 -

Diagnóstico dos serviços de Abastecimento de Água, a região faz uso de três

mananciais (um rio, uma represa e um aquífero), majoritariamente. Todavia, a falta

de proteção do manancial põe em risco a vitalidade do corpo d’água e, consequente-

mente, a saúde do meio ambiente e da população. Assim, com a finalidade de

compilar, resumidamente, as características apresentadas no referido Produto 04,

tem-se (Tabela 15):

Tabela 15 - Síntese das Características dos Mananciais de Camaçari/BA.

Manancial Características

Aquífero São Sebastião elevada exploração hídrica

parco controle dos poços perfurados

3 Igual a 36,7%, segundo o Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos referente ao ano de 2014,

produzido pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS.

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Manancial Características

notória qualidade de água

significativa vazão disponível para captação

Rio Jacuípe

utilização restrita ao SAA do Polo Industrial de Camaçari

potencial para o abastecimento industrial do município nos próximos 20 anos

relevância para a manutenção do meio ecológico da bacia do rio Jacuípe e a adução para o rio Joanes

faixa legal de proteção parcialmente preservada

risco potencial de degradação

Rio Joanes

deterioração gradual da qualidade da água

vocação para adensamento urbano na área de entorno

faixa legal de proteção bem preservada

risco potencial de eutrofização

Rio Pojuca

utilização restrita ao SAA Barra do Pojuca

risco potencial de eutrofização

predominância de cobertura vegetal na bacia

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

Pelo testemunho desses problemas e respaldado no que apresenta o Cap. 8 - Áreas

de Interesse de Abastecimento de Água deste Tomo II, o objetivo principal do

Programa de Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais e Uso Racional

da Água fundamenta-se em aspectos promocionais, preventivos e corretivos, em

conformidade ao que dispõe o compêndio jurídico nacional, estadual e municipal

(Figura 37), afora o PDDU de Camaçari, com destaque para o Cap. IV - Do Esforço

das Estruturas Internas do Município.

Figura 37 - Arcabouço legal.

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Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

O programa abarca, desse modo, medidas integrais que visam salvaguardar a

qualidade e a quantidade dos recursos hídricos, cujo diálogo com a conservação da

fauna e da flora, a reversibilidade da degradação ambiental local, bem como o

engajamento dos setores público e privado, além da sociedade (usuária), faz-se

imprescindível. Isso posto, enumeram-se os seguintes fitos específicos:

i. proteção dos mananciais de uso público, atuais e futuros, das Bacias do Rio

Joanes, Jacuípe e Pojuca, com vistas a garantir a universalização do acesso à

água de qualidade para a população;

ii. redução dos custos com a potabilização da água bruta;

iii. conservação da fauna e flora endógenas, sobretudo em APP e entorno dos

mananciais que compõem as bacias da região;

iv. estímulo do poder público municipal e da sociedade civil organizada para o

desenvolvimento e a execução de ações de proteção aos mananciais, servindo

de base para a comunidade local;

v. cumprimento dos ditames legais e normativos concernentes;

vi. conscientização de atores sociais e privados quanto à responsabilização na

conservação e preservação dos mananciais;

• Constituição Federal de 1988

• Lei nº. 6.938/81: Política Nacional do Meio Ambiente

• Lei nº. 9.433/97: Política Nacional de Recursos Hídricos

• Lei nº. 9.605/98: Lei de Crimes Ambientais

• Lei nº. 9.795/99: Política Nacional de Educação Ambiental

• Lei nº. 10.257/01: Estatudo da Cidades

• Lei nº 11.445/07: Lei Federal do Saneamento Básico

• Decreto 7.217/10: Regulamenta a Lei nº 11.445/07

Esfera Federal

• Lei nº. 10.431/06: Política de Meio Ambiente e Proteção à Biodiversidade

• Lei nº. 11.612/09: Política Estadual de Recursos Hídricos

• Lei nº. 12.056/11: Política Estadual de Educação Ambiental

Esfera Estadual

• Lei Orgânica de 2008

• Lei Complementar nº. 913/08: Código Urbanístico e Ambiental

• Lei nº 866/08: Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano

Esferal Municipal

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vii. avaliação quali-quantitativa das águas dos mananciais;

viii. fomento à sustentabilidade socioambiental, por meio da promoção da

participação e cooperação continuada dos atores sociais na proteção aos

mananciais;

ix. adequação ambiental do uso e da ocupação do solo no entorno dos

mananciais;

x. integração com demais programas de saneamento ambiental propostos.

Dos princípios que fundamentam tais fins, citam-se a adequação à realidade

camaçariense e regional, além do fomento à gestão sustentável dos recursos

hídricos. Ademais, à luz do cenário camaçariense, o Programa de Recuperação,

Preservação, Proteção das Nascentes e Mananciais de Abastecimento objetiva

contemplar projetos de curto, médio e longo prazo – este último com implantação

gradual e efetiva. Com efeito, pela maior degradação na qual se encontra a Bacia do

Rio Joanes, deve-se habilita-la como área de ação prioritária.

11.2.2.1. Projeto: Recuperação, Preservação e Conservação dos

Mananciais

O Projeto: Recuperação, Preservação e Conservação dos Mananciais encontra

respaldo na legislação vigente, na análise situacional de Camaçari e na

compreensão de que os recursos hídricos são indispensáveis à manutenção da vida

tal qual se conhece hoje. Ademais, considerando o elevado risco de degradação dos

mananciais, como explicitado no Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de

Abastecimento de Água, faz-se premente a atenção e execução de estratégias para

recuperação da qualidade da água. Por tais razões, enseja-se, nesse projeto, evitar

a escassez da água para abastecimento público, o comprometimento das atividades

humanas (envolvendo aspectos sanitários, socioeconômicos e ambientais), a

inviabilidade da captação da água nestes mananciais, a maior complexidade no

tratamento (refletindo, muito possivelmente, em aumento de custo operacional),

afora a perda da biodiversidade e conseguinte desequilíbrio ecológico. Logo, como

ação recuperatória, pontua-se:

i. elaboração de estudo de viabilidade para recuperação/revitalização dos

mananciais e execução do projeto, destacando-se o Rio Joanes, Rio Pojuca e

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Rio Jacuípe, assim como seus afluentes, com previsão de técnicas

ecoeficientes, apropriadas e compatíveis à realidade local.

Ademais, a preservação e a conservação dos mananciais interagem intimamente

com sua recuperação, sendo também pertinentes as mesmas disposições legais. Tal

interface induz a uma série de intervenções, que intentam proteger os corpos

d’água, e, consecutivamente, à execução satisfatória dos serviços de abastecimento

de água. É neste prisma que são incorporadas as seguintes ações:

i. inclusão de todos os mananciais de Camaçari em Sistema de Monitoramento e

Controle da Qualidade da Água, mediante cadastro e atualização periódica dos

dados.

ii. intensificação da fiscalização de agentes poluidores e atividades desenvolvidas

no entorno dos mananciais e nas áreas de interesse para abastecimento de

água (Cap. 8), como do setor de agricultura/pecuária e industrial nas cercanias

da represa de Santa Helena e rio Joanes, respectivamente;

ii. incentivo técnico e financeiro de ações que visem à proteção hídrica e de

iniciativas sustentáveis, com ampliação da divulgação de medidas já

existentes, a exemplo do Programa Produtor da Água, desenvolvido pela

Agência Nacional de Águas - ANA, o IPTU Verde;

iii. estímulo à utilização de fertilizantes naturais e à proteção de mananciais, por

meio de cursos para agricultores da região.

Cumpre frisar que as componentes do saneamento estão inter-relacionadas – razão

pela qual as ações de esgotamento sanitário, drenagem urbana e manejo de

resíduos sólidos fazem-se fundamentais para que os projetos apresentados no

Programa: Recuperação, Preservação e Proteção dos Mananciais sejam exitosos.

Finalmente, das atividades indicadas para o município de Camaçari, são listadas:

i. integração e articulação entre o poder público, a sociedade e as comunidades

locais, visando à melhoria e manutenção da qualidade ambiental dos

mananciais;

ii. identificação dos conflitos de uso da água, quando houver, como na barragem

Santa Helena;

iii. alimentação periódica do Sistema de Informações de Águas Subterrâneas

(Siagas) e do Sisagua quanto aos SAA, SAI, e SAC.

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11.2.3. Programa: Universalização do Acesso à Água Potável

Posicionada como o primeiro dos trezes princípios fundamentais que compõem a Lei

de Saneamento Básico do país, a universalização do acesso à água dialoga

frontalmente com a garantia da dignidade da pessoa humana. É, portanto, o alcance

do acesso ao saneamento a todo e a qualquer cidadão, mediante tecnologias

apropriadas à realidade socioeconômica, cultural e ambiental (BORJA; MORAES,

2008, p. 10). Outrossim, por sua elevada importância e imprescindibilidade, mantém-

se como uma das metas de desenvolvimento do milênio da ONU e, no foco

particular, no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Camaçari - PDDU.

Noutro ponto, tem-se o Plano Nacional de Saneamento Básico, que inclui a

universalização e a garantia de meios adequados para o atendimento da população

rural dispersa como algumas de suas pautas centrais, reforçando a utilização de

soluções compatíveis com suas características econômicas e sociais. Assim, criar

condições para que a sociedade possa ter seu direito garantido é, pois, desafio

contínuo da gestão pública, a exemplo do Programa Água para Todos, do Governo

Federal, instituído pelo Decreto nº 7.535/11. Por estes ideais e balizado no

diagnóstico realizado localmente (Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de

Abastecimento de Água) que o Programa: Universalização do Acesso à Água

Potável foi elaborado, resguardando, como tônica, as noções de equidade,

integralidade, sustentabilidade, intersetorialidade e participação social, sendo

estruturado em dois projetos adiante descritos.

11.2.3.1. Projeto: Melhoria dos Sistemas Operados pela Embasa

Para as proposições que assistem ao Projeto: Melhoria dos Sistemas Operados pela

Embasa, dispôs-se de uma avaliação dirigida a cada um dos sistemas existentes no

município, com atenção às considerações levantadas no Produto 04 - Diagnóstico

dos Serviços de Abastecimento de Água, no estudo de cenários realizado neste

Tomo II, do Produto 08 - Estudo de Cenários e nas ações propostas no PARMS.

Assim, de modo inicial, faz-se pertinente resgatar a estratégia lançada pela Embasa

para universalização dos serviços, resumida na Figura 38, que ilustra o último

relatório da administração e demonstrações financeiras (2014).

Figura 38 - Mapa Estratégico da Embasa.

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Fonte: Embasa, 2014.

No que se refere à intermitência no fornecimento de água – problema corrente no

abastecimento municipal e disposto no “P2” do item “UT1” da Figura 38 – o Art. 22

do Código de Defesa do Consumidor (CDC) estabelece que:

Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias,

permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento,

são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e,

quanto aos essenciais, contínuos.

De modo conclusivo e não menos importante, conforme explicitado no Produto 04 -

Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 116, alerta-se que

aproximadamente 10% dos munícipes de Camaçari não eram atendidos pela rede

de abastecimento da Embasa, no ano de 2010, compondo outro complexo ponto de

debilidade do serviço, o qual deve ser superado progressivamente na região

camaçariense. Diante disso e a fim de galgar a melhoria dos sistemas operados pela

prestadora, o projeto aqui descrito deve caminhar em conjunto com os demais

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Programas que compõem este Tomo II. Dessa compreensão, foram dispostas as

ações para cada SAA, como aventam os próximos subtópicos.

Sistema Local de Abastecimento de Água de Camaçari

i. Instalação de sinalização de identificação nos poços P1, P3, P6, P7, P8

(DO06);

ii. Instalação de sinalização de advertência de perigo em todos os poços (DO06);

iii. Adequação dos poços P1, P7 e P8 para fechamento da poligonal com muro de

alvenaria e portões metálicos (DO06);

iv. Execução do projeto de intervenções no sistema, cujo estudo é apresentado no

PARMS, Fase 3 - Tomo IV - Diretrizes e Proposições - Vol. 05 – Relatório das

Diretrizes e Proposições do Município de Camaçari (SIHS, 2015).

Sistema Local de Abastecimento de Água de Parafuso

i. Instalação de sinalização de identificação e advertência de perigo no poço P1

(DO06);

ii. Realização de isolamento adequado da fiação elétrica na casa de química, com

base nas normas vigentes;

iii. Execução do projeto de intervenções no sistema, cujo estudo é apresentado no

PARMS, Fase 3 - Tomo IV - Diretrizes e Proposições - Vol. 05 – Relatório das

Diretrizes e Proposições do Município de Camaçari (SIHS, 2015).

Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Machadinho

i. Instalação de dispositivo/estrutura apropriado(a) para trancamento dos poços

P3 e P9 (DO06);

ii. Instalação de sinalização de identificação e advertência de perigo em todos os

poços (DO06);

iii. Definição da poligonal do poço P9 e cercamento;

iv. Execução do projeto de intervenções em Machadinho Sul e Machadinho Norte,

cujo estudo é apresentado no PARMS, Fase 3 - Tomo IV - Diretrizes e

Proposições - Vol. 05 – Relatório das Diretrizes e Proposições do Município de

Camaçari (SIHS, 2015).

Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Jordão

i. Instalação de sinalização de identificação e advertência de perigo em todos os

poços (DO06);

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ii. Execução do projeto de intervenções no sistema, cujo estudo é apresentado no

PARMS, Fase 3 - Tomo IV - Diretrizes e Proposições - Vol. 05 – Relatório das

Diretrizes e Proposições do Município de Camaçari (SIHS, 2015).

Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Barra do Pojuca

i. Execução do projeto de intervenções no sistema, cujo estudo é apresentado no

PARMS, Vol. 07 – Relatório dos Estudos de Concepção e Viabilidade do

Município de Mata de São João (SIHS, 2015).

Sistema Simplificado de Abastecimento de Água de Canto dos Pássaros

i. Instalação de sinalização de advertência de perigo na área do poço (DO06);

ii. Elaboração e execução de projeto de intervenções no sistema, com

implantação de reservatório com capacidade mínima de 215 m³ para fim de

plano e instalação de tubulação auxiliar no poço utilizado.

Em tempo, ressalta-se a importância de se inibir, neste SSAA, práticas como

colocação de torneiras em tubulação de saída, de maneira a evitar perdas de carga

e comprometimento do fornecimento de água.

11.2.3.2. Projeto: Soluções Alternativas para a Zona Rural

Pelo diagnóstico do abastecimento de água no município de Camaçari, verificou-se

que a dispersão física da população em áreas rurais menos densamente povoadas,

como visto nos distritos de Monte Gordo e Abrantes, é a causa substancial do déficit

na prestação desse serviço pela Embasa4. Ocorre que esta situação dificulta

consideravelmente a identificação das demandas específicas de cada comunidade,

encarece as soluções de engenharia e obstaculiza a ampliação das infraestruturas

dos sistemas para contemplar tais munícipes (FUNASA, 2011, p. 7). Para tanto,

deve-se lançar mão de soluções técnica, social, econômica e ambientalmente

viáveis, com aplicabilidade imediata ou em curto prazo, as quais possam ser

incorporadas à realidade local. Agrega-se, pois, a participação dos moradores à

aplicação de engenharia, com vistas a resguardar os “3 Es” (eficiência, eficácia e

efetividade) e a promover “condições de salubridade ambiental às populações rurais

e de pequenos núcleos urbanos isolados” (Art. 49, inciso IV, Lei Federal nº

11.443/07). Como consequência, espera-se a redução da desigualdade de acesso à

4 Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 424.

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água, vez que o meio rural, diferentemente da área urbana, mantém-se ainda

distante da meta de universalização ora mencionada.

Seguindo-se a isso, é sabido que as alternativas podem ser individuais ou coletivas

(conforme definição do Art. 5º, inciso II da Portaria 2.914/2011), com captação em

águas naturais de nascentes, represas ou depósitos subterrâneos. Entre as

alternativas mais usuais, contudo, consideram-se as superfícies de coleta em águas

pluviais (armazenamento em cisternas) e poços escavados (rasos ou freáticos). Sem

embargos, deve-se priorizar as soluções que apresentem melhor qualidade e maior

proximidade ao ponto de demanda (HELLER; PÁDUA, 2010). Assim, das ações

focadas para o cenário de Camaçari, considerando tais possibilidades, dispõem-se:

i. Realização de estudos e ampliação e/ou adequação dos sistemas existentes

(SSAA de Estrada de Maracaiúba, SIAA de Lagoa Seca e SIAA de Rancho

Alegre);

ii. Elaboração de projeto e implantação dos seguintes sistemas simplificados:

Pião Manso, Vila Camaçari, Sucupira e Itapecirica;

iii. Implantação de reservatórios de captação de água de chuva em localidades

com população inferior a 150 hab. e/ou em domicilios dispersos que ainda não

dispõem de soluções de abastecimento

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11.3.Esgotamento Sanitário

Para a componente “Esgotamento Sanitário” o PPA foi organizado em 02 (dois)

eixos, como mostra a Figura 39, que abrangem propostas para concretizar as

aspirações da sociedade presentes no Plano Municipal de Saneamento Básico,

adequando-as à realidade do município. Os objetivos dos programas, assim como,

seus projetos e ações são apresentados a seguir.

Figura 39 - Programas para o PPA de Esgotamento Sanitário de Camaçari - BA.

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

11.3.1. Programa: Gestão Sustentável dos Serviços de Esgotamento

Sanitário

Visando lograr uma gestão sustentável dos Serviços de Esgotamento Sanitário –

Objetivo 65 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável apresentados em 2015

pela Organização das Nações Unidas - ONU e baseados nos Objetivos de

Desenvolvimento do Milênio - ODM (ONU, s.d.) – o presente programa se insere no

âmbito do planejamento dos Serviços de Esgotamento Sanitário para o município de

Camaçari.

Vale destacar ainda que, de acordo com a Política Federal de Saneamento Básico

(Lei nº 11.445/07), os princípios fundamentais que devem perfazer os serviços

públicos de saneamento básico, como especificam os incisos do Art. 2º, são:

(...)

II - integralidade, compreendida como o conjunto de todas as atividades e componentes de cada um dos diversos serviços de saneamento básico, propiciando, à população, o acesso na

5 Objetivo 6: Assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e o saneamento para todos –

compreendendo saneamento com o conceito de integralidade entre os componentes abastecimento de água, Esgotamento Sanitário, manejo de resíduos sólidos e manejo de águas pluviais.

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Esgotamento Sanitário para Todos

Gestão Sustentável dos Serviços de Esgotamento Sanitário

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conformidade de suas necessidades e maximizando a eficácia das ações e resultados;

(...)

VI - articulação com as políticas de desenvolvimento urbano e regional, de habitação, de combate à pobreza e de sua erradicação, de proteção ambiental, de promoção da saúde e outras de relevante interesse social voltadas para a melhoria da qualidade de vida, para as quais o saneamento básico seja fator determinante;

VII - eficiência e sustentabilidade econômica;

(...)

IX - transparência das ações, baseada em sistemas de informações e processos decisórios institucionalizados;

X - controle social;

XI - segurança, qualidade e regularidade;

XII - integração das infraestruturas e serviços com a gestão eficiente dos recursos hídricos. (grifo nosso)

Outro aspecto relevante a ser considerado é o desafio de conciliar o equilíbrio

econômico-financeiro da prestadora de serviços com a modicidade tarifária, somado

aos investimentos demandados à proporção que se projete a ampliação do acesso

aos serviços para as zonas periféricas, cuja população encontra-se em situação de

vulnerabilidade econômica. Destarte, embora o município seja, constitucionalmente,

o titular nos serviços de saneamento básico, a eficiência da gestão, em seu sentido

amplo, está diretamente relacionada ao bom desempenho de todos os atores

envolvidos, não somente da atuação da prefeitura. Assim, incluem-se as prestadoras

de serviços, as secretarias e demais órgãos afins, a exemplo da Embasa, Cerb,

Agersa, Seinfra e Sedur, como elucidado no Produto 08 - Estudos de Cenários,

Tomo I - Gestão dos Serviços de Saneamento.

Nesse contexto, serão detalhados nos próximos subitens os projetos do Programa

de Gestão Sustentável dos Serviços de Esgotamento Sanitário que visam abarcar a

melhoria operacional, a qualidade no serviço prestado e a educação ambiental para

fortalecimento da relação da população com o meio ambiente.

11.3.1.1. Projeto: Melhoria da qualidade do serviço prestado

A título de contextualização revisitaremos as não conformidades relacionadas à

prestação dos Serviços de Esgotamento Sanitário apresentadas no Produto 05 -

Diagnóstico dos Serviços de Esgotamento Sanitário e elencados também no

presente produto, apresentadas a seguir:

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As estações de tratamento de esgoto não atendem aos padrões de

lançamento de efluentes domésticos em corpos hídricos, segundo Resolução

CONAMA n° 430/2011;

Extravasamentos em pontos da rede de coleta de esgoto no meio urbano;

Adoção predominante de soluções individualizadas inapropriadas em todo o

município, podendo gerar contaminação do solo e de mananciais

subterrâneos;

Lançamento de esgoto coletado pela rede pública na rede de drenagem e em

corpos d'agua sem tratamento prévio;

Lançamento de águas pluviais na rede pública de coleta de esgoto;

Fiscalização precária quanto à regulação e à qualidade do efluente gerado

nas ETEs.

A utilização do sistema de drenagem urbana para o lançamento de esgoto

doméstico provoca a contaminação dos rios, lagos e praias, e a utilização do

sistema de esgotamento para lançamento de águas pluviais, pode ocasionar o

retorno de efluentes para residências, extravasamento de elevatórias, dentre outros

transtornos.

Os mananciais inseridos no perímetro urbano do município recebem contribuições

de esgotos domésticos dos domicílios que não possuem solução de esgotamento,

fazendo a ligação clandestina no sistema de drenagem e, devido a isso, se

encontram em estado de degradação ambiental. Essa situação coloca em risco a

saúde da população, principalmente de crianças que são mais propícias a ter

contato direto com a água desses mananciais. Elaborar medidas para melhoria da

prestação dos Serviços de Esgotamento Sanitário, como a promoção de ações de

prevenção aos extravasamentos na rede, está intrinsecamente conexo à promoção

da preservação dos mananciais e da saúde pública dos munícipes.

Ante o descrito, visando melhorar as condições de salubridade do meio, proteger os

ecossistemas e evitar transtornos à população são pontuadas as ações que deverão

ser desenvolvidas no âmbito desse projeto:

a) Formulação de ações para prevenção aos extravasamentos na rede coletora

de esgoto;

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b) Elaboração de rotina contínua de monitoramento e manutenção preventiva

das soluções individuais implantadas na zona urbana e rural, com

disponibilização de técnico capacitado para realização dessas atividades;

c) Fiscalização e punição adequada aos infratores quanto à ligação do sistema

residencial de coleta de águas pluviais à rede pública de coleta de esgoto;

d) Fiscalização e punição adequada aos infratores quanto à ligação do sistema

residencial de esgoto à rede pública de drenagem;

e) Fiscalização quanto à ligação das residências ao sistema de coleta público de

coleta de esgoto, conforme disposto no Art. 82 do Plano Diretor de

Desenvolvimento Urbano – PDDU do município de Camaçari, aplicando aos

usuários inadimplentes as penalidades previstas na Lei nº 7.307 de 23 de

janeiro de 1998, regulamentada pelo Decreto Nº 7.765 de 08 de março de

2000, que dispõe sobre a ligação de efluentes à rede pública de coleta de

esgotos;

f) Desenvolvimento de canal de diálogo entre usuário e prestadora do serviço,

incluindo campanha de incentivo ao uso, para célere informação sobre

transtornos na rede pública de coleta de esgoto;

g) Capacitação e desenvolvimento dos recursos humanos para a execução dos

serviços de esgotamento de modo satisfatório, incluindo a contratação de

funcionários em número suficiente para atender à demanda do município,

bem como o treinamento (e sua reciclagem periódica) da equipe técnica

incumbida das medições;

h) Inclusão dos dados referentes ao saneamento básico ao Sistema de

Informações Geográficas - SIG, já utilizado pela Prefeitura, permitindo o

mapeamento da ocorrência de vazamentos, da idade das redes de coleta,

entre outras oportunidades.

11.3.2. Programa: Esgotamento Sanitário Para Todos

O Esgotamento Sanitário exerce papel primordial no controle de doenças e outros

agravos, assim como contribui para a redução da morbimortalidade provocada por

doenças transmitidas pela água e consequente melhoria na qualidade de vida da

população, além de ter forte contribuição no resgate da dignidade do cidadão.

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Portanto, implementar ações que objetivem o acesso às condições adequadas de

saneamento a toda e qualquer pessoa mediante tecnologias apropriadas à realidade

socioeconômica, cultural e ambiental se traduz na garantia de cumprimento do

direito do cidadão e é, pois, desafio contínuo da gestão pública.

Os objetivos desse Programa, descritos a seguir, visam atender à demanda da

população no que se refere ao Esgotamento Sanitário no horizonte de planejamento

de 20 anos.

Ampliar o sistema de Esgotamento Sanitário na área urbana dos distritos:

A área urbana do município, composta pela sede municipal e pelos distritos de

Monte Gordo e de Abrantes, não possui rede pública de coleta de esgoto atendendo

a todos os moradores. Apenas 20,2% da população do município possui acesso à

rede coletora de esgoto, sendo 28,0% no Distrito Sede, 13,1% no Distrito de Monte

Gordo e 11,0% no Distrito de Abrantes. O atendimento com rede coletora e

tratamento abrange 13,1% da população urbana do município e o índice de

tratamento do esgoto coletado é de 64,8%. Após, a conclusão das obras de

saneamento do PAC I e II em 2107, o atendimento por rede coletora na zona urbana

passa a ser 48,2% da população urbana, o índice de tratamento do esgoto coletado

passa a ser de 100%.

Sendo assim, para atender aos princípios preconizados na Lei n° 11.445/2007

verifica-se que a ampliação do índice de coleta deverá crescer paralelamente ao

índice de tratamento do efluente coletado.

Assim, é objetivo do presente programa a elevação do índice de atendimento de

coleta de esgoto até o patamar de 93,1% e a universalização do tratamento de

esgoto para as zonas urbanas dos distritos. Vale ressaltar que, apesar de não

alcançar a universalização da coleta de esgoto, a adoção dessa meta está em

concordância com o horizonte de trabalho do PMSB e com as diretrizes

preconizadas na Lei n° 11.445/2007, que propõe a ampliação do índice

progressivamente até a sua universalização. Destarte, ressalta-se que, em ocasião

da revisão do PMSB, essa meta deve ser reavaliada objetivando o alcance de um

horizonte temporal em que a universalização do acesso seja uma realidade para os

moradores da zona urbana.

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Devido ao déficit de atendimento por soluções de esgotamento na zona urbana,

existem ligações clandestinas de esgoto doméstico na rede de drenagem, podendo

gerar transtornos à população como o extravasamento em épocas de intensas

precipitações, ocasionando riscos à saúde pública, além de acarretar na

contaminação dos mananciais inseridos no perímetro urbano por efluente doméstico

sem tratamento prévio.

Portanto, a ampliação do sistema de Esgotamento Sanitário na zona urbana de cada

distrito com tecnologias e tarifas apropriadas à realidade local possui papel decisivo

para alcance de um ambiente seguro e salubre à toda a população, diminuindo a

possibilidade de ocorrência de doenças, reconstruindo os hábitos atuais e

fortalecendo a relação da comunidade com o meio ambiente.

Implantar soluções alternativas para as comunidades rurais e para os

domicílios dispersos na zona urbana:

Nas localidades rurais foi verificado o uso de fossas rudimentares como solução

para a destinação dos esgotos domésticos provenientes do vaso sanitário,

construídas sem observação dos critérios técnicos, estabelecendo uma condição

propícia à contaminação do lençol freático e das águas subterrâneas na região.

Nesse panorama, é válido destacar os impactos resultantes da desobediência aos

critérios técnicos construtivos, a exemplo da distância mínima da solução de

Esgotamento Sanitário à fonte de água subterrânea, que majoram as chances de

contaminação de poços usados como fonte de água para consumo e,

consequentemente, a ocorrência de doenças nos moradores locais.

Neste sentido, o Programa Esgotamento Sanitário Para Todos pretende ampliar o

índice atual de 32% de abrangência de soluções de esgotamento na zona rural até o

patamar de 80%, considerando o horizonte temporal de implementação do PMSB e

as metas propostas pelos estudos desenvolvidos no âmbito do Plansab (2013) para

a região Nordeste, adotadas no cenário de referência. A adoção dessa meta segue

ainda o direcionamento do princípio da universalização do acesso, preconizado pela

Lei n° 11.445/2007, que propõe a ampliação do índice progressivamente até o seu

acesso universal a todos os moradores. Ressalta-se que, em ocasião da revisão do

PMSB, as metas propostas sejam reavaliadas objetivando encontrar um horizonte

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temporal em que a universalização do acesso seja uma realidade para os moradores

da zona rural.

Para a zona urbana do município o uso de soluções alternativas de esgotamento é

indicado como solução emergencial para locais afastados do centro urbano onde se

predominam domicílios dispersos. Porém, segundo indicação do Plansab (2013) e

conforme o disposto na Lei estadual nº 7.307/1998, os domicílios que passam a ser

atendidos por rede coletora devem desativar a fossa séptica e lançar o efluente na

rede. Sendo assim, conforme a ampliação da rede contemple esses domicílios, a

transição dever ser incentivada e fiscalizada pelos órgãos responsáveis.

Ante isso, o Programa Esgotamento Sanitário Para Todos visa ampliar o índice de

acesso aos Serviços de Esgotamento Sanitário para o meio rural e para os

domicílios dispersos da zona urbana com uso de tecnologias apropriadas à

realidade local de modo a promover a saúde púbica, a proteção do meio ambiente e

garantir o direito ao acesso aos serviços de saneamento ao munícipe como forma de

assegurar e resgatar a dignidade da pessoa humana.

Conservação e recuperação das águas superficiais e subterrâneas do

município:

É fundamental para o Programa Esgotamento Sanitário Para Todos a promoção da

proteção das águas superficiais e subterrâneas, uma vez que o esgotamento

sanitário adequado previne a contaminação com efluentes domésticos com elevada

carga orgânica e patogênica, o que evita a degradação dos ecossistemas, melhora a

saúde pública e reduz os custos com tratamento da água.

Como descrito no Produto 4 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água,

Item 8, o município de Camaçari faz uso de mananciais de águas superficiais (Rio

Pojuca e Barragem Santa Helena) e subterrâneas (Aquífero São Sebastião). As

ações para a conservação dos atuais e futuros mananciais estão presentes no item

10.2 “Programas: recuperação, Preservação e Proteção dos Mananciais” do Produto

8 - Tomo II - Abastecimento de Água.

Além de servir de manancial de abastecimento, alguns corpos d’água como

córregos, riachos e rios, também tem a função de promover o escoamento das

águas pluviais. O Produto 6 - Diagnóstico dos Serviços de Drenagem Urbana

identificou a contaminação por esgoto em quase todos os córregos, riachos e rios

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urbanos do município. As ações para a conservação e recuperação desses corpos

d’agua estão presentes no item 10.2 “Programas: Manejo Adequado de Águas

Pluviais” do Produto 8 - Tomo IV- Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais.

Como pode ser visto, o objetivo de recuperação das águas superficiais e

subterrâneas do município previsto no Estudo de Cenários de Esgotamento

Sanitário, está presente nas ações previstas nos Estudos de Cenários de

Abastecimento Água e Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais, evidenciando

a importância da integralidade dos serviços, uma das diretrizes nacionais para o

saneamento básico instituídas pela Lei n° 11.445/2007, que estabelece princípios

fundamentais que devem perfazer os serviços públicos de saneamento básico, como

especifica o inciso II do Art. 2º:

(...)

II - integralidade, compreendida como o conjunto de todas as atividades e

componentes de cada um dos diversos serviços de saneamento básico,

propiciando, à população, o acesso na conformidade de suas necessidades e

maximizando a eficácia das ações e resultados;

(...)

Redução da incidência de doenças relacionadas a ausência do saneamento

básico:

O saneamento básico tem como uma das suas principais funções a prevenção de

doenças e a promoção da saúde pública. Como se sabe, são nas excretas,

principalmente nas fezes, que o organismo humano libera maior carga patogênica.

Assim, quando as excretas são dispostas no ambiente de forma inadequada, a

proliferação de doenças se torna fato recorrente nas comunidades humanas. Dessa

forma, há propagação de epidemias nos territórios, acometendo grande parte da

população e trazendo grandes prejuízos sociais e econômicos para a sociedade.

Ao se atingir a cobertura universal de soluções e Serviços de Esgotamento

Sanitário, uma grande gama de doenças relacionadas à ausência de infraestrutura

desse componente já terá a probabilidade de ocorrência diminuída ao máximo, não

dependendo mais do seu controle, mas de outros fatores que poderão colaborar

para sua proliferação no ambiente.

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11.3.2.1. Projeto: Ampliação do Acesso aos Serviços de Esgotamento

Sanitário na Zona Urbana

No que se refere ao serviço de Esgotamento Sanitário, a Lei estadual nº 7.307 de 23

de janeiro de 1998, regulamentada pelo Decreto Nº 7.765 de 08 de março de 2000,

dispõe sobre a ligação de efluentes à rede pública de esgotamentos sanitários e dá

outras providências. Segue alguns artigos dessa Lei:

Art. 1º - Os serviços de saneamento básico compreendem, dentre outros, a

coleta e disposição adequada dos esgotos, sendo portanto obrigatória a

ligação dos efluentes sanitários dos imóveis, de qualquer natureza, à rede de

Esgotamento Sanitário, quando implementada pelo Poder Público.

Art. 2º - Para cumprimento do disposto no artigo anterior, o usuário deverá

promover a ligação do seu imóvel à rede coletora, no prazo máximo de 90

dias, a partir da data em que for comunicado de que o equipamento público

se encontra disponível.

Art. 4º - O controle e a fiscalização das ligações de que trata esta Lei caberão

à concessionária dos serviços de abastecimento de água e Esgotamento

Sanitário e ao Centro de Recursos Ambientais.

Art. 7º - Por infração de qualquer disposição estabelecida nesta Lei, o infrator

ficará sujeito às seguintes penalidades:

I - advertência, por escrito ou mediante aviso em jornal de grande circulação,

na qual serão estabelecidos prazos para correção das irregularidades;

II - multa simples ou diária;

III - interdição temporária ou definitiva, excetuando-se os imóveis residenciais;

IV - interrupção do suprimento de água.

Esse projeto tem como objetivo fomentar a implantação de sistemas de coleta,

tratamento e destinação final de esgotos sanitários, visando o controle de doenças e

outros agravos, assim como contribuir para a redução da morbimortalidade

provocada por doenças transmitidas pela água, para o aumento da expectativa de

vida e melhoria na qualidade de vida da população. No âmbito desse projeto devem

ser desenvolvidas as seguintes ações:

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a) Elaboração de projeto e ampliação da cobertura da rede pública de coleta de

esgoto doméstico na zona urbana dos distritos Sede, Abrantes e Monte

Gordo;

b) Elaboração de projeto e implantação de etapa de tratamento do esgoto

doméstico para os distritos de Abrantes e Monte Gordo;

c) Ampliação o volume de tratamento dos esgotos coletados na Sede municipal

pela empresa privada Cetrel;

d) Operação e manutenção da rede pública de coleta dos distritos e das

soluções de tratamento do esgoto coletado a fim de evitar transtornos à

população e proteger o meio ambiente de contaminações;

e) Conforme avanço da ampliação da rede de coleta pública nos distritos,

promover a desativação das soluções individualizadas e ligação do domicílio

à rede6;

f) Construção de módulos sanitário integrados à rede coletora de esgoto em

domicílios que ainda não possuem7;

g) Realizar estudos quanto à viabilidade ambiental e econômica do reuso dos

efluentes tratados nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE);

h) Estudar a aplicação de tarifas compatíveis com a condição de pagamento dos

usuários.

11.3.2.2. Projeto: Soluções alternativas para zona rural e para povos e

comunidades tradicionais

Como já mencionado, a zona rural do município de Camaçari possui alto déficit

quanto à cobertura por soluções de Esgotamento Sanitário, sendo a cobertura atual

abrangendo apenas 32% da população rural, segundo IBGE 2010. A fossa

rudimentar é largamente empregada como solução para suprir essa carência,

contaminando o solo, mananciais subterrâneos e acarretando em riscos de

contaminação de poços usados como fonte de água para consumo pela população

local. Ante isso, é objetivo do presente projeto a elevação do índice de cobertura

6 Essa ação deve ser executada em conjunto com a ação de educação ambiental prevista no Tomo I,, entre

outras oportunidades. 7 Idem nota 5.

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com soluções individuais de Esgotamento Sanitário para abranger 80% da

população rural empregando tecnologias apropriadas à realidade local e em

obediência aos critérios técnicos construtivos imprescindíveis à sua perfeita

eficiência e efetividade.

A escolha por sistemas individuais é baseada na recomendação do inciso V do Art.

2° da Lei 11.445/2007 – Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico, que propõe

a adoção de métodos, técnicas e processos em concordância com as peculiaridades

locais e regionais. Desta forma, as características ponderadas na escolha da

tecnologia a ser empregada consideraram a baixa densidade demográfica da zona

rural, onde se predomina a ocorrência de populações dispersas, inviabilizando a

implantação de soluções coletivas, assim como as experiências de outros

municípios, com similaridades à Camaçari, que demonstraram dificuldades de

manutenção e operação das soluções coletivas na zona rural, comprometendo a sua

eficiência e efetividade.

As soluções individuais previstas para a zona rural devem ser construídas de

maneira participativa, a fim de promover o empoderamento e a apropriação pela

comunidade da tecnologia implantada, além de fortalecer a relação dos moradores

com o meio ambiente. Outro aspecto importante é dar prioridade, quando possível, a

tecnologias de tratamento que permitam a produção segura de alimentos.

O presente projeto visa também a proposição de ações voltadas a promoção da

melhoria das condições de esgotamento sanitário dos Povos e Comunidades

Tradicionais (PCT) presentes no território do município de Camaçari. Foram

identificadas a presença de comunidades remanescentes de quilombos,

comunidades pesqueiras, presença de aldeias hippies e povos ciganos, conforme

descrito no item 8.4 do Vol. 1 do Produto 2. A importância dada aos PCTs está

fundamentada na concepção ambientalista. Nos últimos trinta anos, os cientistas

ambientais constataram que a presença humana em Unidades de Conservação

contribui para a proteção de espécies animais em extinção, devido à capacidade de

utilização e preservação dos recursos naturais por meio da permanência destas

populações nas regiões conservadas.

Portanto, com a consolidação dessas comunidades no território do município surge a

necessidade do amparo estrutural para garantir a segurança sanitária necessária à

vida humana, minimizando a ocorrência de agravos de saúde relacionados à

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deficiência dos serviços de esgotamento sanitário, fortalecendo a relação da

comunidade com o ambiente e reedificando a identidade do grupo. Sendo assim,

foram direcionadas ações específicas para o atendimento dessas comunidades,

considerando as suas peculiaridades culturais. Isso posto, as ações previstas para o

presente projeto são elencadas a seguir:

a) Elaboração dos projetos das soluções individuais de esgotamento

sanitário, incluindo cronograma de operação, manutenção e monitoração;

b) Construção de soluções individuais, como banheiro seco, fossa séptica

seguida de sumidouros ou valas de filtração, fossas de evapotranspiração

e canteiro bioséptico, com base na construção participativa envolvendo a

família contemplada;

c) Capacitação da população na construção de soluções adequadas de

Esgotamento Sanitário, com foco em membros de associações e

profissionais responsáveis pela construção das soluções individuais

adotadas atualmente na região;

d) Elaborar e disponibilizar para a população manual técnico

autoexplicativo de construção e operação de soluções individuais, como

fossas sépticas seguidas de sumidouro/vala de filtração, canteiro

bioséptico, entre outros, assim como normas correlacionadas existentes;

e) Elaborar Manual com orientações sobre a manutenção e o

monitoramento das soluções individuais;

f) Construção de módulos sanitários nas residências que ainda não tem

acesso a banheiro, composto por vaso sanitário, lavatório, chuveiro e pia

de lavar roupa, integrado a solução para a destinação dos esgotos

condizente com a realidade local;

g) Promoção de oficinas de capacitação para atores sociais envolvidos na

construção de soluções individuais de esgotamento sanitário;

h) Promoção de oficinas de educação ambiental com os Povos e

Comunidades Tradicionais abordando a importância do esgotamento

sanitário para a minimização dos agravos de doenças e proteção do meio

ambiente, debatendo com a coletividade a respeito da melhor alternativa

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para esgotamento sanitário a ser implantada, considerando as suas

peculiaridades culturais e visando a aceitação da tecnologia. Na ocasião

das oficinas deve feito o levantamento do quantitativo de residências

desprovidas de instalações sanitárias internas e a possível solução para

cada comunidade específica (a exemplo do uso de banheiro seco,

construção de módulos sanitários integrados à solução de esgotamento,

entre outras possibilidades);

i) Implantação das soluções alternativas de esgotamento sanitário para

atendimento dos povos e comunidades tradicionais, com participação dos

moradores contemplados na construção da solução.

11.4.Drenagem e Manejo de Àguas Pluviais Urbanas

11.4.1. Programa: Manejo Adequado das Águas Pluviais

Com muita frequência, a ocupação das áreas urbanas ocorre com intensa

impermeabilização do solo, supressão de vegetação, ocupação de áreas de fundo

de vale e limítrofes de corpos d’água, como rios, córregos, riachos, lagoas e

várzeas, o que determina a alteração da dinâmica natural do escoamento de águas

da chuva.

A consequência tem sido a diminuição da capacidade de absorção da água pelo

solo e o aumento do escoamento superficial, assoreamento dos canais por

carregamento das partículas de solos, tornando frequentes as enchentes,

inundações, escorregamentos de encostas e de margens de rios e córregos.

Como solução para os problemas identificados, tradicionalmente são adotadas

técnicas para drenar a água da chuva o mais rápido possível em direção ao rio,

resultando no aumento das inundações (RECESA, 2014).

Como alternativa, surge o conceito de drenagem sustentável, baseada no manejo

das águas pluviais, tendo em vista estabelecer uma nova concepção quanto a esse

componente do sistema de saneamento básico. Essa visão de manejo de águas da

chuva tem um caráter preventivo e se sustenta principalmente em ações não

estruturais (RECESA, 2014).

Portanto, o Programa visa reduzir as vazões de cheia e velocidade de escoamento

das águas pluviais na área urbana, priorizando técnicas/soluções sustentáveis e de

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caráter preventivo. Porém, considerando os atuais níveis de impermeabilização,

ainda serão intercaladas ações corretivas tradicionais. No mapeamento das áreas

de interesse da drenagem urbana e manejo de águas pluviais (Apêndice D), é

possível identificar os locais onde algumas ações devem ser implementadas.

11.4.1.1. Projeto: Retenção e ou Redução do Escoamento Superficial

As ações deste projeto seguem o princípio de redução ou retenção de escoamento

superficial na fonte geradora, por meio da adoção de medidas de planejamento e de

medidas estruturais sustentáveis.

A retenção e ou redução de escoamento superficial tem o objetivo primordial de

diminuir os picos de vazão de cheias e os riscos de inundação e alagamento, além

disso, desempenha um papel de redução na demanda pelos serviços de

abastecimento de água e contribui com o aumento da oferta de água subterrânea.

No Município de Camaçari apenas (01) uma bacia de amortecimento (localizada na

cabeceira do Rio Camaçari) foi implementada com o objetivo de amenizar o impacto

do escoamento superficial, além desta, nenhuma outra ação foi implementada com

esse objetivo.

A seguir são apresentadas as ações relativas a esse projeto:

Implantação de dispositivos de captação de águas da chuva para usos

diversos em todos os prédios públicos.

Estimular a prática de captação de água de chuva em edificações

particulares, por meio do IPTU Verde.

Estimular a repermeabilização dos locais com alta taxa de impermeabilização.

Estimular a implantação de piso drenante em detrimento de pisos

impermeáveis.

Realização do cadastro de áreas estratégicas para o amortecer cheias: bacias

naturais de amortecimento, áreas verdes (localização e estado de

conservação) e áreas de lazer (praças, campos de futebol e quadras) com as

respectivas capacidades de amortecimento de cheia

Realizar a recomposição vegetal e manutenção das áreas verdes.

Regulamentação e preservação das bacias naturais de amortecimento.

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Aproveitamento de áreas de lazer para amortecimento de cheias: praças,

campos de futebol e quadras.

Ampliar a capacidade da Sedur de fiscalização do uso e a ocupação do solo,

com o objetivo de conter o desmatamento e a impermeabilização do solo.

Promover cursos de capacitação dos profissionais da instituição (Sedur).

11.4.1.2. Projeto: Revitalização dos Rios Urbanos

Os córregos, riachos e rios são estruturas que recebem toda a água capitada na

vias, sarjetas e caixas coletoras de águas pluviais, o seu bom funcionamento é

essencial para que as águas coletadas não se acumulem nas vias.

Além de desempenhar a função de escoar a água, os rios urbanos funcionam como

suporte para a manutenção dos ecossistemas urbanos, colaboram para a harmonia

paisagística e podem ser utilizados como áreas de lazer.

No Município de Camaçari apenas o Rio Camaçari e alguns dos seus afluentes,

passaram por um processo de revitalização, nos demais rios urbanos apenas a

limpeza é realizada.

A seguir são apresentadas as ações relativas a esse projeto:

Enquadramento e monitoramento dos canais de drenagem (córregos, riachos

e rios) de acordo com a Resolução Conama Nº 357 e 430.

Identificar os pontos de lançamento de esgoto no sistema de drenagem;

Recuperação da mata ciliar (proteção dos taludes e barreira de proteção

contra resíduos sólidos).

Implantação de parque lineares nos rios urbanos que funcionam como canais

macrodrenagem como: Rio Camaçari (já implantado), Rio Pojuca e Rio

Jacuípe.

Adequação dos rios urbanos.

11.4.1.3. Projeto: Relocação e Contenção de Construções em Áreas de

Preservação Permanente

Esse projeto tem como o objetivo conter e ou relocar edificações em áreas de

preservação permanente que, por sua vez, são cruciais para funcionamento da

drenagem urbana e manejo das águas pluviais.

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De acordo com o Ministério do Meio Ambiente (2011) a cobertura vegetal natural das

encostas, dos topos de morros, das margens de rios e córregos existe para proteger

o solo da erosão provocada por chuvas, evitando inundações rápidas (enxurradas) e

possíveis deslizamentos de terra.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente (2011) mesmo que ao longo dos rios, sejam

adotadas ações sustentáveis de ocupação, com a preservação das matas ciliares e

o respeito à faixa mínima de Áreas de Preservação Permanente (APP), é

imprescindível que as nascentes sejam mantidas como áreas estáveis, pois, caso

contrário, toda a dinâmica dos cursos fluviais à jusante será alterada, podendo

refletir em prejuízos ecológicos, humanos e econômicos para toda a sociedade, em

maior ou menor grau.

As veredas têm uma função primordial para a manutenção dos cursos dos rios ou

nascentes, são locais constantemente alagados onde a água tende a se acumular,

não sendo indicado a construção de moradias ou descaracterização da área.

Esse projeto prevê ações que amenizarão o impacto da ocupação em áreas de APP,

com ações de fiscalização de novas ocupações, desapropriações e realocação das

famílias desapropriadas, conforme listado a seguir:

Elaboração de um cadastro técnico do uso e ocupação das áreas de proteção

permanente (APP) destacando as áreas de riscos para a população;

Erradicação e ou adequação das áreas de riscos ocupadas;

Efetivação de regularização fundiária em algumas localidades;

Relocação das famílias desapropriadas

Ampliar a capacidade da Sedur de fiscalização do uso e a ocupação do solo,

com o objetivo de conter a ocupação em áreas de risco e em áreas de

proteção permanente (APP);

11.4.2. Programa: Universalização dos Serviços de Drenagem

A drenagem urbana e manejo de águas pluviais tem uma peculiaridade com relação

aos outros componentes do saneamento, além dos serviços prestados relacionado

com ações de implantação e manutenção do sistema, existem as ações voltadas ao

atendimento da população em casos em que o sistema de drenagem não consiga

atender a demanda do escoamento superficial, seja por precipitações atípicas, pelo

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subdimensionamento da infraestrutura de drenagem urbana, pela falta de

manutenção e ou pelo uso inadequado (lançamento de resíduos nos logradouros,

lançamento de esgoto, retirada da vegetação das encostas dos morros, etc.) .

Esse programa tem como objetivo propor ações que aumente o acesso aos serviços

de drenagem, tanto na prevenção quanto na contenção de sinistros decorridos de

alagamentos, inundações e deslizamento de terra. No mapeamento das áreas de

interesse da drenagem urbana e manejo de águas pluviais (Apêndice D), é possível

identificar os locais onde algumas ações devem ser implementadas.

11.4.2.1. Projeto: Ampliação e Melhoria da Drenagem Urbana

A ampliação e melhoria da drenagem urbana tem um papel fundamental na melhoria

da saúde e qualidade de vida da população, principalmente nas áreas de fundo de

vale onde a água tende a se acumular.

No Município de Camaçari-BA a infraestrutura de drenagem geralmente é

implantada sem a elaboração de um projeto, além disso, a população não é há

ações de educação ambiental para orientar a população a respeito do uso adequado

dos sistemas de drenagem, sendo encontrada muitas caixas coletoras de águas

pluviais tamponadas, obstruídas com resíduos sólidos e com lançamento de esgoto.

A seguir são apresentadas as ações relativas a esse projeto:

Realizar o cadastro do sistema de drenagem existente;

Elaborar projetos de ampliação do sistema de drenagem;

Implantar dispositivo de microdrenagem nas vias;

Realizar a limpeza e manutenção do sistema de drenagem no período menos

chuvosos;

Elaboração do Plano Diretor de Drenagem Urbana a fim de melhorar a

eficiência da implantação, manutenção e operação dos sistemas de

drenagem;

Aumento do quadro de funcionários com a qualificação técnica necessária,

veículos e equipamentos (Seinfra);

Implantação de caixas coletoras de águas pluviais com dispositivo de

retenção de resíduos sólidos;

Promover cursos de capacitação dos profissionais da instituição (Seinfra);

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Realizar e manter as campanhas de educação e ambiental quanto à

preservação das matas ciliares, aos perigos de ocupação das margens dos

rios urbanos ou em áreas de risco, aos danos causados pelo lançamento de

resíduos sólidos nos logradouros e do lançamento de esgoto doméstico no

sistema de drenagem.

11.4.2.2. Projeto: Fortalecimento da Defesa Civil

No município de Camaçari a Secretaria de Ordem Pública e Sustentabilidade

(SEOPS) por meio da Defesa Civil é o órgão responsável pela manutenção e

recuperação da ordem municipal na convivência com desastres relacionados a

eventos naturais ou de ação antrópica.

Para a organização das ações o Município de Camaçari conta com o Plano de

Contingência a Inundações e deslizamentos (PLANCON), que atribui a

responsabilidades primárias para cada órgão quando a situação de risco é

identificada: fornecimento de equipamentos e mão de obra, atendimento aos feridos,

limpeza e remoção dos entulhos, assistência às vítimas e reabilitação de serviços

públicos, Resgate e salvamento, segurança das áreas de espera e casas que forem

evacuadas, dente outros. Porém, foram identificadas algumas fragilidades no

Produto 05 - Diagnostico dos Serviços de Drenagem Urbana e Manejo de Aguas

Pluviais que deverão ser sanadas a partir da implementação das seguintes ações:

Aumento do quadro de funcionários com a qualificação técnica necessária,

veículos e equipamentos (Defesa Civil).

Promover cursos de capacitação dos profissionais da instituição.

Elaborar de mapa de risco de alagamento, inundação e escorregamento de

terra.

Monitorar processos erosivos e sedimentológicos.

Implantação de um Sistema de Suporte a Decisão (SSD).

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12. ESTIMATIVAS DOS RECURSOS NECESSÁRIOS AOS INVESTIMENTOS

A presente estimativa guarda a finalidade de auxiliar os processos decisórios quanto

à gestão dos serviços de abastecimento de água no município de Camaçari - Ba.

Para cumprir este objetivo, fez-se o levantamento detalhado dos custos de cada

ação, conforme os projetos propostos neste Tomo II, considerando, ainda, o

horizonte de planejamento de vinte anos.

Os valores apresentados foram obtidos por meio de consultas junto a fornecedores,

indicadores de custos do Ministério das Cidades (Plansab), publicações

especializadas, tabelas de serviços e insumos (como o Sistema Nacional de

Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - Sinapi), além de orçamentos de

projetos semelhantes divulgados por prefeituras, prestadoras de serviço e empresas

da área.

Vale ressaltar que tais valores tem como objetivo apenas nortear o Município na

implementação dos projetos propostos nesse tomo. O mesmo não têm a intenção de

realizar orçamentos oficiais quanto às estruturas, equipamentos e demais quesitos a

serem adquiridos. Os valores são variáveis e dependerão da viabilidade técnica e

econômica da Administração Pública.

A inflação utilizada nos cálculos de correção para cada ano do horizonte de estudo

foi de 6,4%, ao se considerar a média da inflação dos últimos vinte anos informada

pelo IBGE (2016).

12.1.Gestão dos Serviços

1.1.1 Programa: Educação Ambiental

O custo total estimado para o Programa “Educação Ambiental” foi de cerca de R$

5,5 milhões de reais. Tal valor corresponde ao somatório dos 04 (quatro) projetos

que o compõem, discorridos no Capítulo 6 - Programas, Projetos e Ações do

Produto 8 - Tomo III. O detalhamento dos recursos previstos para cada um dos

projetos é dado, pois, nos subitens adiante.

12.1.1.1. Projeto: Educação Ambiental nas Escolas

As ações onerosas do Projeto de Educação Ambiental nas Escolas abarcam, em

sua maioria, investimentos no âmbito de medidas estruturantes, como a execução

de campanhas educativas contínuas e capacitação dos agentes envolvidos.

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Para a obtenção dos valores de cada ação proposta, foram consultadas, sobretudo,

orçamentos semelhantes divulgados por prefeituras, prestadoras e empresas da

área, sempre realizando a correção monetária e adequação à realidade do

município. Isto posto, a Tabela 16 apresenta os custos para este projeto, a saber:

Tabela 16 - Custo do Projeto Educação Ambiental nas Escolas.

Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável

Implantar Agenda 21 escolar, Sala-verde, Coletivos Educadores e a Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida nas Escolas –

COM.

-

R$ 1.106.362,05

Prefeitura

Capacitar os docentes a realizar as atividades pedagógicas para o processo de

sensibilização dos alunos. R$ 287.283,86 Prefeitura

Promover gincanas escolares abordando o tema políticas públicas, meio ambiente e

saneamento. R$ 159.602,14 Prefeitura

Promover Feira de Ciências abordando o saneamento básico.

R$ 159.602,14 Prefeitura

Promover atividades extracurriculares para visita às instituições públicas responsáveis

pela implantação das políticas públicas. R$ 260.470,70 Prefeitura

Promover debates para contribuição nas conferências municipais das políticas públicas

do município. - Prefeitura

Realizar concursos anuais com premiação que estimulem os estudantes a colocarem em

pratica ações relacionadas à cidadania (participação em audiências públicas, em

conferências municipais, participação ativa em associações de bairros e/ou entidades

estudantis) ao meio ambiente (plantio de uma arvore nativa e cuidados necessários ao seu desenvolvimento, seja em locais públicos ou

no seu quintal, atuação em projetos de recuperação, proteção e conservação do meio ambiente e seus ecossistemas naturais) e ao

saneamento básico (redução gradativa do volume de água ou do consumo de energia na

sua casa; técnicas de reuso de aguas servidas, coleta seletiva em sua casa e doação para o catador de recicláveis,

compostagem doméstica, participação em projetos voltados para melhoria do

saneamento básico, entre outras), com apresentação em eventos nas escolas (feira

de ciências, gincana).

R$ 239.403,21 Prefeitura

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

12.1.1.2. Projeto: Educação Ambiental voltada aos Povos e Comunidades

Tradicionais

Analogamente ao projeto descrito anteriormente, as ações onerosas do Projeto de

Educação Ambiental voltada aos Povos e Comunidades Tradicionais são

compostas, em sua maioria, de investimentos no âmbito de medidas estruturantes,

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como a execução de campanhas educativas contínuas e capacitação dos agentes

envolvidos.

Para a obtenção dos valores de cada ação proposta, foram consultadas, sobretudo,

orçamentos semelhantes divulgados por prefeituras, prestadoras e empresas da

área, sempre realizando a correção monetária e a adequação à realidade do

município. Isto posto, a Tabela 17 apresenta os custos para este projeto, a saber:

Tabela 17 - - Custo do Projeto Educação Ambiental voltada aos Povos e Comunidades Tradicionais.

Ações Custo por ação Custo do projeto

Responsável

Realizar oficinas de educação sanitária e ambiental para o consumo sustentável das

riquezas naturais, e a relação do saneamento básico com a saúde.

R$ 430.925,79

R$ 1.378.962,51

Prefeitura

Promover a capacitação dos membros das comunidades tradicionais na implantação e

técnicas de manutenção das soluções individualizadas de esgotamento sanitário

apropriadas a sua realidade. As oficinas de capacitação devem, sempre que possível,

incentivar a adoção de soluções de esgotamento atreladas à produção de alimentos.

R$ 287.283,86 Prefeitura

Promover a capacitação dos membros das comunidades tradicionais para a coleta seletiva de

resíduos sólidos, e posterior reutilização, reaproveitamento e compostagem dos resíduos

orgânicos para utilização em hortas. Na oportunidade das oficinas de capacitação, devem

ser abordados os riscos de lançamento de resíduos sólidos em locais inadequados (encostas e margens de rios) e as implicações na drenagem

e na saúde pública.

R$ 344.740,63 Prefeitura

Propiciar nas comunidades a adoção de espaços para atividades práticas relacionadas à temática ambiental, tais como viveiros, horta comunitária,

entre outros.

R$ 201.098,70 Prefeitura

Colaborar em atividades relacionadas à preservação e conservação dos ecossistemas

naturais e seus serviços. R$ 0,00 Prefeitura

Promover campanhas de educação ambiental com intuito de alertar sobre os riscos de ocupação de áreas propícias à

alagamentos e inundações, abordando as legislações que coíbem essa prática.

R$ 114.913,54 Prefeitura

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

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12.1.1.3. Projeto: Educação Ambiental para Promoção do Saneamento

Eficiente, Eficaz e Efetivo na Zona Urbana

As ações onerosas do Projeto de Educação Ambiental para Promoção do

Saneamento Eficiente, Eficaz e Efetivo na Zona Urbana são compostas, em sua

maioria, de investimentos no âmbito de medidas estruturantes, como a execução de

campanhas educativas contínuas e capacitação dos agentes envolvidos.

Para a obtenção dos valores de cada ação proposta, foram consultadas, sobretudo,

orçamentos semelhantes divulgados por prefeituras, prestadoras e empresas da

área, além de estudos desenvolvidos em meio acadêmico, sempre realizando a

correção monetária e a adequação à realidade do município. Isto posto, a tabela

seguinte apresenta os custos para este projeto, a saber:

Tabela 18 - Custo do Projeto Educação Ambiental para Promoção do Saneamento Eficiente, Eficaz e Efetivo na Zona Urbana.

Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável

Responsabilidade ambiental quanto à preservação dos mananciais superficiais e

subterrâneos inseridos no território do município, enfatizando os benefícios da

preservação de matas ciliares e não poluição das águas.

R$ 172.370,31

R$ 2.017.371,09

Prefeitura

Uso racional da água abordando exemplo práticos de como e porquê da importância do consumo consciente,

evitando desperdícios e demostrando a relação do consumo de água com a

geração de esgoto. R$ 574.567,71 Prefeitura Práticas de reuso de água no domicilio para

diminuir a geração de esgotos.

Práticas adequadas de manuseio e higienização de reservatórios domiciliares,

abordando a importância deste para suprir a demanda em casos de paralizações no

fornecimento de água.

Implicações da prática de fraudes na rede de distribuição de água.

R$ 316.012,24 Prefeitura

Cobrança de tarifa de água e esgoto, destacando sua legalidade e sua importância

na garantia da qualidade e segurança do serviço.

Importância e a exigência legal de promover a ligação à rede pública de

esgoto após sua implantação.

Ilegalidade de realizar ligações de esgoto em rede pluvial quando se trata de

sistema separador absoluto.

Conforme avanço da implantação da rede pública de coleta de esgoto

promover campanhas com intuito de despertar a conscientização a despeito

R$ 344.740,63 Prefeitura

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Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável

da importância da ligação à rede de esgoto e desativação das soluções

individuais.

Importância da adesão à coleta seletiva, orientando sobre a correta separação entre os resíduos secos, úmidos e os rejeitos, os dias e horários de coleta.

R$ 316.012,24 Prefeitura

Riscos do lançamento de resíduos sólidos em locais inadequados (encostas, margens de rios) e nas vias públicas em dias e horários que não possuem coleta

e sua relação com problemas relacionados a drenagem (alagamentos,

inundação) e saúde pública (dengue, zika vírus, febre chikungunya, entre outras).

Riscos da ocupação em áreas propícias à alagamentos e inundações, abordando as legislações que coíbem essa prática.

R$ 229.827,09 Prefeitura

Divulgação do IPTU verde, instituído pelo decreto municipal nº 5657/14,

demostrando suas vantagens e quais os procedimentos para obtê-lo e de outros

instrumentos que venham a surgir.

R$ 63.840,86 Prefeitura

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

12.1.1.4. Projeto: Educação Ambiental para Promoção do Saneamento na

Zona Rural

As ações onerosas do Projeto de Educação Ambiental para Promoção do

Saneamento na Zona Rural são compostas, em sua maioria, de investimentos no

âmbito de medidas estruturantes, como a execução de campanhas educativas

contínuas e capacitação dos agentes envolvidos.

Para a obtenção dos valores de cada ação proposta, foram consultadas, sobretudo,

orçamentos semelhantes divulgados por prefeituras, prestadoras e empresas da

área, além de estudos desenvolvidos em meio acadêmico, sempre realizando a

correção monetária e a adequação à realidade do município. Isto posto, a Tabela 19

apresenta os custos para este projeto, a saber:

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Tabela 19 - Custo do Projeto Educação Ambiental para Promoção do Saneamento na Zona Rural.

Ações Custo por

ação Custo do projeto

Responsável

Promover campanhas de educação ambiental com foco no fortalecimento da relação da

comunidade com o meio ambiente, a fim de despertar o juízo de responsabilização e

participação quanto à preservação do meio ambiente, inclusive dos mananciais

superficiais e subterrâneos.

R$ 287.283,86

R$ 1.034.221,89

Prefeitura

Promover a capacitação dos atores sociais das comunidades rurais envolvidos na construção de soluções individuais de

esgotamento sanitário, abordando aspectos construtivos e de operação e manutenção. As

oficinas de capacitação devem incentivar, sempre que possível, a adoção de soluções individualizadas de esgotamento atreladas à

produção de alimentos.

R$ 344.740,63 Prefeitura

Promoção de campanhas de educação sanitária junto às famílias contempladas com

a construção dos módulos sanitários/banheiros secos com intuito de incentivar o uso adequado da tecnologia

implantada.

Promoção de campanhas de educação sanitária junto às famílias contempladas com

a implantação de soluções individuais de esgotamento sanitário com foco no uso

adequado da tecnologia e na manutenção e operação necessárias ao seu perfeito

funcionamento. Deve, ainda, ser abordada a importância da adoção de soluções

individualizadas para o esgotamento sanitário e as implicações do lançamento de esgoto

bruto no solo e nos mananciais.

Promover a capacitação dos membros das comunidades rurais para a coleta seletiva de

resíduos sólidos, e posterior reutilização, reaproveitamento e compostagem dos

resíduos orgânicos para utilização em hortas. Abordando, ainda, as implicações do

lançamento de resíduos sólidos em locais inadequados (encostas e margens de rios) e suas implicações na drenagem e na saúde

pública.

R$ 229.827,09 Prefeitura

Promover campanhas de educação ambiental com intuito de alertar sobre os riscos de

ocupação de áreas propícias à alagamentos e inundações, abordando as legislações que

coíbem essa prática.

R$ 172.370,31 Prefeitura

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

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1.1.2 Programa Fortalecimento da Gestão

O custo total estimado para o Programa “Fortalecimento da Gestão” foi de R$ R$

R$ 5.536.918,00 (cinco milhões, quinhentos e trinta e seis mil e novecentos e

dezoito reais). Este valor corresponde ao somatório dos projetos que o compõem,

discorridos no Capítulo 10 - Programas, Projetos e Ações deste Tomo. O

detalhamento dos recursos previstos para cada um deles será dado, portanto, nos

subitens adiante.

Esse programa visa promover a estruturação da gestão dos serviços de

saneamento básico, envolvendo o planejamento, a prestação, à fiscalização, a

regulação, além do controle social, que garanta eficácia, eficiência e efetividade da

universalização do acesso aos serviços fazendo melhor uso do recurso público.

Além disso, se propõe a estimular a articulação entre os diversos setores da

administração pública municipal na oferta dos serviços de saneamento básico.

12.1.1.5. Projeto: Valorização da Gestão Integrada das Políticas Públicas

Para viabilizar a estruturação da gestão no município de Camaçari é necessário

realizar ações que promovam a melhoria da gestão das diferentes políticas públicas

implantadas no município no âmbito da SEDUR.

As ações do projeto abarcam, em grande parte, investimentos no âmbito das

medidas estruturantes, como: implantação de ferramentas de auxílio à gestão, como

o cadastro multifinalitário; a capacitação dos servidores responsáveis pela gestão,

desenvolvimento de rotinas de gestão, revisão e reformulação de regimento interno,

e estabelecimento de canal permanente de diálogo entre a as secretarias.

Para a obtenção dos valores das ações, foram consultadas, sobretudo, empresas e

médias salariais dos profissionais requeridos. A Tabela 20 apresenta os custos para

este projeto, que, ao todo, foi estimado em R$ 20.513.069,34 (vinte milhões,

quinhentos e treze mil, sessenta e nove reais e trinta e quatro centavos), a saber:

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Tabela 20 - Custo do Projeto Valorização da Gestão Integrada de Políticas Públicas.

Ações Custo por ação Custo do projeto

Responsável

Fortalecer e valorizar a atuação da Coordenação responsável pelo planejamento

das políticas públicas, CPL/SEDUR, de maneira a torná-la atuante na integração do

planejamento municipal.

-

R$ 20.513.069,34

Prefeitura

Fortalecer e valorizar a atuação da gerência responsável pela integração do planejamento

das políticas públicas urbanas, GEPLU/CPL/SEDUR, de maneira a torná-lo atuante na integração da gestão municipal.

-

Revisar e atualizar os regimentos internos dos órgãos do poder público municipal de

maneira a refletir as atividades e atribuições que devem ser realizadas pelos diversos setores existentes sem sobreposição e/ou

redundância.

-

Realizar contratação e/ou remanejamento interno para formação de equipe técnica

mínima necessária para a gestão integrada das políticas públicas realizada pela CPL.

R$ 13.236.454,99

Realizar capacitação da equipe técnica responsável pela gestão integrada das

políticas públicas municipais. R$ 153.218,06

Implantar rotina para a compilação das ações realizadas pelas diferentes secretárias.

-

Implantar o Cadastro Territorial Multifinalitário, que integre as diferentes informações relativas às infraestruturas

existentes no território do município (cadastro de infraestrutura urbanas; informações geradas pelos prestadores de serviços; informações de monitoramento social e ambiental; dados oriundos das ações de

licenciamento e fiscalização).

R$ 7.123.396,29

Definir em quais gerências da CPL deverão estar alocadas as macro-atividades do Cadastro Multifinalitário; da Articulação

Institucional; da Gestão de Projetos e Ações; e da Integração da gestão.

-

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

Nesse projeto são previstas ações que necessitam da contratação de ferramentas

de auxílio à tomada de decisão pela gestão municipal, que foram orçadas a partir de

projetos similares executado por municípios do mesmo porte que Camaçari. Para a

reformulação e formação de novas equipes com realocação e contratação de

profissionais, foram previstas no orçamento contratações de novos técnicos. Na

realização de capacitações para os técnicos responsáveis pela operacionalização da

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gestão, estimou se a contratação de consultores e a impressão de material didático.

No caso das ações voltadas para atividades internas de avaliação e melhoria

institucional, não foram consideradas onerosas, já que serão desempenhadas no dia

a dia dos técnicos, que já tem seus custos inseridos na estrutura do poder público

municipal.

12.1.1.6. Projeto: Estruturação da Coordenadoria de Saneamento Básico

Diante da relevância dos serviços públicos de saneamento básico para garantir

qualidade de vida e cidadania é de grande importância que o poder público consiga

realizar a sua gestão de maneira a garantir o atendimento das condições de

qualidade e quantidade previstas em Lei para a sua gestão. Nesse sentido, a fim de

implementar as funções de gestão em saneamento básico, esse projeto propõe

ações de estruturação no âmbito do poder público municipal para torná-lo capaz de

conduzir a gestão dos serviços de forma plena e organizada.

As ações onerosas do Projeto abarcam, em grande parte, investimentos no âmbito

das medidas estruturantes, como a criação de uma nova coordenadoria, a

capacitação de funcionários e coletar e organizar dados e informações relativos à

gestão dos serviços. Para a obtenção dos valores das ações eleitas, foram

consultadas, sobretudo, empresas e médias salariais dos profissionais requeridos. A

Tabela 21 apresenta os custos para este projeto, que, ao todo, foi estimado em R$

51.293.949,88 (cinquenta e um milhões, duzentos e noventa e três mil, novecentos e

quarenta e nove reais e oitenta e oito centavos), conforme detalhamento a seguir:

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Tabela 21 – Custo do Projeto Estruturação da Coordenadoria de Saneamento Básico.

Ações Custo por ação Custo do projeto

Responsável

Implantar a Política Municipal de Saneamento Básico.

-

R$ 51.293.949,88

Prefeitura

Instituir órgão responsável pela condução da Gestão (planejamento, prestação de serviço, regulação, fiscalização e controle social das ações de saneamento), a Coordenadoria de Saneamento Básico (CSAN), conforme descrito no item 5.1.

-

Elaborar regimento interno para a atuação da CSAN. -

Realizar contratação e/ou realocação de equipe técnica para compor a CSAN, responsável pela condução da gestão dos serviços de saneamento.

R$ 50.650.221,24

Realizar capacitação da equipe técnica responsável pela gestão dos serviços de saneamento com foco na sustentabilidade socioambiental, técnico política.

R$ 191.522,57

Promover rotina de integração entre as secretarias que realizam ações afins ao saneamento básico.

-

Acompanhar o órgão responsável pela regulação e fiscalização da prestação dos serviços de saneamento básico.

-

Realizar estudos sobre a equipe mínima necessária para a prestação de serviços por soluções alternativas de água e esgoto da zona rural.

-

Realizar estudo sobre política tarifária compatível com o caráter do serviço e a renda da população, com o objetivo de garantir a sustentabilidade econômico-financeira na prestação dos serviços.

-

Colaborar na estruturação da Coordenação de Meio Ambiente para que exija nos processos de licenciamento ambiental a elaboração de planos de gerenciamento de resíduos (PGRS) da construção civil, de saúde das unidades públicas e de outras atividades que sejam previstas pela Política Nacional de Resíduos Sólidos.

-

Promover a articulação com outros municípios na formação de consórcio para a gestão dos resíduos sólidos.

-

Instituir comitê intersetorial para avaliação anual do PMSB e PMGIRS juntamente com a equipe responsável pelo planejamento das ações de saneamento.

-

Colaborar com a Entidade Metropolitana da Região Metropolitana de Salvador no que se refere aos serviços públicos de saneamento básico.

-

Coletar, organizar e divulgar dados e informações sobre os serviços públicos de saneamento básico no âmbito do Cadastro Multifinalitário Municipal.

R$ 452.206,07

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

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12.1.1.7. Projeto: Responsabilidade, Participação e Controle Social

A gestão do saneamento básico deve acontecer, irrevogavelmente, com participação

e controle social. Presentes como princípios fundamentais às Diretrizes Nacionais

para o Saneamento Básico estes dois mecanismos fortalecem o desenvolvimento

urbano sustentável e a manutenção de um espaço cidadão. Logo, são fundamentais

para o desenvolvimento da gestão do saneamento básico.

As ações onerosas do Projeto abarcam investimentos no âmbito das medidas que

viabilizem a formação de espaços de reflexão e debates necessários ao exercício da

participação e controle social. Para a obtenção dos valores das ações foram

consultadas, sobretudo, empresas e projetos realizados com as mesmas

características. A Tabela 22 apresenta os custos para o projeto, que, ao todo, foi

estimado em R$ 74.200,00 (setenta e quatro mil e duzentos reais), conforme

detalhamento a seguir:

Tabela 22 – Custo do Projeto Responsabilidade, Participação e Controle Social.

Ações Custo por ação Custo do projeto

Responsável

Definir em instrumento legal a instância de controle social (uma possibilidade é a Câmara Técnica de Saneamento) para exercer seu papel na gestão dos serviços de saneamento – planejamento, prestação, regulação e fiscalização.

-

R$ 74.200,00 Prefeitura

Promover espaços de reuniões entre lideranças comunitárias, agentes de saúde que trabalham no dia a dia com a população, representantes da prestadora de serviços e poder público, como canal de diálogo para compartilhamento de informes, problemas e demandas.

-

Realizar conferências temáticas, no mínimo a cada revisão dos Planos, com cronograma e

programação divulgados ampla e antecipadamente, visando fomentar o encontro de empresários, sociedade, prestadora de serviços e poder público para a construção de estratégias que garantam os princípios de universalização, integralidade, equidade e controle social no saneamento.

R$ 26.500,00

Promover debates públicos sobre a possibilidade de criação de um Índice Municipal de Responsabilidade Social - IMRS, validado por lei, cuja função seja servir de instrumento de gestão, contemplando dimensões/indicadores pertinentes, como o saneamento, a exemplo do Índice Paulista e o Índice Mineiro de Responsabilidade Social.

R$ 47.700,00

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

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12.1.1.8. Projeto: Integração entre os entes envolvidos com o Saneamento

Para a estruturação da gestão dos serviços públicos de saneamento básico a

integração entre os diferentes atores atuantes na área deve passar a ser realizar de

maneira integrada, intersetorial e alinhada coletivamente. Nesse sentido, esse

projeto vem propor ações que permitam de logo realizar aproximações e rotinas que

melhorem o diálogo entre os atores envolvidos na gestão dos serviços de

saneamento básico.

As ações do Projeto não geram custos financeiros para serem implementadas, já

que abarcam atividades que devem ser desenvolvidas no dia a dia do trabalho pelas

equipes responsáveis pela gestão. Para tanto, exigirá ações de planejamento interno

e inserção de rotinas de integração que deverão ser desenvolvidas no próprio

ambiente de trabalho. Para a execução desse projeto, se torna necessário então, a

implantação dos outros projetos propostos no âmbito do Programa Fortalecimento

da Gestão. A Tabela 23 apresenta as ações do projeto conforme detalhamento a

seguir:

Tabela 23 – Custo do Projeto Integração entre os entes envolvidos com o Saneamento.

Ações Custo por ação Custo do projeto

Responsável

Desenvolver estratégias para o fomento à integração entre Embasa, Cerb, Prefeitura (representada por secretarias) e instância de controle social.

-

R$ 0,00 Prefeitura

Utilizar um sistema virtual de informação em Plataforma Web (uma possibilidade é a Plataforma SAMBA), dedicado à abordagem atualizada do saneamento de Camaçari, com intuito de facilitar a gestão, bem como a transparência com a população.

-

Prever formação de mão de obra qualificada para atualização e manutenção da Plataforma WEB dedicado à abordagem do saneamento.

-

Aprimorar o canal de diálogo, facilitando o intercâmbio de comunicações internas.

-

Pressionar a AGERSA para a inclusão das componentes do saneamento (drenagem e manejo de resíduos sólidos) em seu Manual de Fiscalização.

-

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

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Plano Municipal de Saneamento Básico

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12.1.1.9. Projeto: Integração e valorização da Legislação Urbanística ao

saneamento básico

O município de Camaçari apesar de possuir alguns instrumentos legais e de

planejamento responsáveis por pensar as questões urbanas e de serviços públicos,

não tem conseguido o alcance e a efetividade desejada e necessária.

Assim, este projeto pretende fortalecer no Município a utilização dos instrumentos de

planejamento com o objetivo de melhoria dos diferentes serviços, e consolidação da

prática de integração do planejamento das políticas públicas na rotina da gestão

municipal.

As ações do Projeto não geram custos financeiros para serem implementadas, já

que abarcam atividades que devem ser desenvolvidas no dia a dia do trabalho pelas

equipes responsáveis pela gestão. Para tanto, exigirá ações de planejamento interno

e formação de agenda para implantação das ações propostas, que serão

desenvolvidas pela própria prefeitura. Para a execução desse projeto, se torna

necessário então, a implantação dos outros projetos propostos no âmbito do

Programa Fortalecimento da Gestão. A Tabela 24 apresenta as ações do projeto

conforme detalhamento a seguir:

Tabela 24 – Custo do Projeto Integração e Valorização da Legislação Urbanística ao Saneamento Básico.

Ações Custo por

ação Custo do projeto

Responsável

Revisar o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU). -

R$ 0,00 Prefeitura

Estudar e compatibilizar a Lei de Uso e Ocupação do Solo com os instrumentos de planejamento de outras áreas.

-

Adotar as áreas de interesse para o saneamento básico como zonas previstas no PDDU e na Lous municipal.

-

Estabelecer calendário de reuniões entre os conselhos municipais de políticas públicas para realizar reflexões intersetoriais sobre as questões de desenvolvimento urbano, ambiental e social do município.

-

Revisar os instrumentos legais de disciplinamento do município a luz dos novos instrumentos de planejamento que estão sendo elaborados.

-

Divulgar e estimular o uso do dispositivo legal que concede descontos no IPTU, àqueles moradores que implantarem as medidas ambientais previstas em lei nos seus domicílios

-

Atualizar e aperfeiçoar o dispositivo legal que concede descontos no IPTU a domicílios, para que nas medidas ambientais sejam incorporadas mais ações relacionadas a soluções sustentáveis em saneamento básico, principalmente em drenagem urbana, esgotamento sanitário e manejo de resíduos sólidos

-

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

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1.1.3 Demonstrativo dos Investimentos

Nesse item apresenta-se a estimativa de investimento para todo o horizonte de

planejamento para os programas, projetos e ações propostos para a Gestão dos

Serviços de Saneamento Básico.

Para alcançar o cenário de referência detalhado no Produto 8 - Tomo I, onde o

município tem possibilidade de investir na gestão dos serviços, de apostar na

criação de mecanismos de controle social e em participação popular visando a

universalização do acesso aos serviços de saneamento estimou-se, ao longo de 20

anos, a necessidade de se investir em torno de R$ 77 milhões de reais na Gestão

dos Serviços Públicos de Saneamento no município de Camaçari.

O projeto com maior demanda por investimento é o da Estruturação da

Coordenadoria Saneamento, representando 66,3% do total necessário para Gestão

dos Serviços de Saneamento Básico. Esse valor se refere principalmente à

contratação de profissionais para compor a Coordenadoria de Saneamento Básico

(CSAN). Entretanto, esse custo pode ainda ser diminuído, visto que o valor estimado

foi realizado considerando a contratação de todos os profissionais descritos na

Figura 1, porém, há a possibilidade de realocação de profissionais que já integrem o

quadro de funcionários da prefeitura, reduzindo, assim, o custo final.

A Tabela 25 apresenta o demonstrativo de investimento necessários para a Gestão

dos Serviços de Saneamento para o horizonte de 20 anos do PMSB pra o município

de Camaçari.

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Tabela 25 - Plano de investimento para a Gestão dos serviços de saneamento do município de Camaçari.

Item de investimento Total por projeto Percentual por

projeto Total por programa

Percentual por programa

Programa: Educação Ambiental

Projeto: Educação Ambiental nas Escolas

R$ 1.106.362,05 1,4%

R$ 5.536.917,54 7,2%

Projeto: Educação Ambiental voltada aos Povos e Comunidades

Tradicionais R$ 1.378.962,51 1,8%

Projeto: Educação Ambiental para Promoção do Saneamento Eficiente,

Eficaz e Efetivo na Zona Urbana R$ 2.017.371,09 2,6%

Projeto: Educação Ambiental para Promoção do Saneamento na Zona

Rural R$ 1.034.221,89 1,3%

Programa: Fortalecimento da

Gestão

Projeto: Valorização da Gestão Integrada das Políticas Públicas

R$ 20.513.069,34 26,5%

R$ 71.885.969,08 92,8%

Projeto: Estruturação da Coordenadoria de Saneamento Básico

R$ 51.293.949,88 66,3%

Projeto: Responsabilidade, Participação e Controle Social

R$ 78.949,86 0,1%

Projeto: Integração entre os entes envolvidos com o Saneamento

R$ 0,00 0,0%

Projeto: Integração e valorização da Legislação Urbanística ao saneamento

básico R$ 0,00 0,0%

Total de Investimento para horizonte de planejamento R$ 77.422.886,62

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

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12.2.Abastecimento de Água

Destarte, este item apresenta os custos totais estimados para cada projeto referente

a componente abastecimento de água, a partir dos investimentos necessários às

suas ações. Também foram determinados os anos para cada investimento visando

suas demandas e prioridades.

12.2.1. Programa: Gestão Sustentável

O custo total estimado para o Programa “Gestão Sustentável” foi de R$

22.773.251,26 (vinte e dois milhões, setecentos e setenta e três mil, duzentos e

cinquenta e um reais e vinte e seis centavos). Este valor corresponde ao somatório

dos três projetos que o compõem, discorridos no Capítulo 10 - Programas, Projetos

e Ações deste Tomo. O detalhamento dos recursos previstos para cada um deles

será dado, portanto, nos subitens adiante.

12.2.1.1. Projeto: Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado

As ações onerosas do Projeto Melhoria da Qualidade no Serviço Prestado abarcam,

em grande parte, investimentos no âmbito das medidas estruturantes, como

capacitação de funcionários e usuários, desenvolvimento de campanha educativa,

cadastramento dos sistemas simplificados e estabelecimento de canal permanente

de diálogo entre a prestadora e o usuário. Para a obtenção dos valores das ações

eleitas, foram consultadas, sobretudo, empresas e médias salariais dos profissionais

requeridos. A Tabela 26 seguinte apresenta os custos para este projeto, que, ao

todo, foi estimado em R$ 15.618.813,13 (quinze milhões, seiscentos e dezoito mil,

oitocentos e treze reais e treze centavos), a saber:

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Tabela 26 - Custo total do Projeto “Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado”.

Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável

Capacitação da mão de obra responsável pela operação dos

sistemas de abastecimento R$ 278.699,70

R$ 15.618.813,13

Embasa

Desenvolvimento de canal de diálogo entre a prestadora e o usuário para

informação quanto à água abastecida R$ 3.845,13 Embasa

Contratação de mão de obra qualificada para operação do canal de diálogo entre

a prestadora e os usuários R$ 98.299,79 Embasa

Desenvolvimento de campanha educativa

para enfrentamento do déficit sazonal no fornecimento de água

R$ 4.976.012,90 Embasa e Prefeitura

Melhoria da segurança dos sistemas R$ 613.081,76 Embasa

Cadastramento dos sistemas implantados pela Cerb

R$ 2.660,04 Prefeitura

Contratação e treinamento de mão de obra para o setor de manutenção e

operação dos sistemas sob responsabilidade da Prefeitura

R$ 369.625,48 Prefeitura

Captação de água de chuva em imóveis públicos municipais e fomento à prática

em imóveis particulares R$ 3.948.252,99 Prefeitura

Capacitação dos usuários à autogestão dos poços e das cisternas, e instrução

quanto ao consumo direto da água captada, com fornecimento de material

informativo

R$ 468.955,11 Prefeitura

Elaboração do Plano de Segurança da Água

R$ 4.859.380,24

Embasa, Prefeitura

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

Para a primeira ação (capacitação de mão de obra responsável pela gestão dos

sistemas de abastecimento), foi prevista a elaboração e a impressão de material

didático, como sistematização da gestão de qualidade, e a presença de

coordenação e palestrante. Quanto ao desenvolvimento de canal de diálogo, o valor

exposto deriva da criação de uma página virtual, inserida no website da prestadora

de serviços, com vistas a promover maior transparência, a exemplo da página virtual

da Sabesp, de São Paulo e do Departamento Autônomo de Água e Esgoto de

Penápolis, São Paulo. A campanha educativa anual, por sua vez, inclui sua

elaboração publicitária e divulgação na mídia local. Para a melhoria da segurança

pública, sugere-se a contratação de dois funcionários para os seis sistemas

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existentes na zona urbana (SLAA Camaçari, SLAA Parafuso, SIAA Machadinho,

SIAA Jordão e SLAA Barra do Pojuca). Já o cadastramento dos sistemas

implantados pela Cerb deverá ser cumprido com a contratação de profissional para

digitalização dos dados e revisão de informações adicionadas, supondo haver

computador e internet disponíveis para tal. Da contratação e treinamento de mão de

obra para o setor de manutenção e operação dos sistemas sob responsabilidade da

Prefeitura, tem-se o custo com a elaboração e a disponibilização de material

didático, bem como a presença de profissional qualificado e com experiência

comprovada na operação de cada tipo de sistema, afora a contratação de operador

para o sistemas existentes e os que serão impalntados. Como forma de reduzir as

despesas públicas e de fomentar a prática da sustentabilidade no município, propõe-

se a captação e a reservação de água de chuva em imóveis públicos, que demanda,

como gastos, a eleboração do projeto, a implantação do sistema de coleta, a

manutenção das cisternas, com periodicidade semestral, e a campanha publicitária

para divulgação dos benefícios afim de fomentar a pratica em pédios particulares.

Também inclui-se, neste projeto, a capacitação dos usuários à autogestão dos

poços e das cisternas, com fornecimento de material informativo adaptado à

realidade local. Nesta ação, foram orçadas as despesas com serviços gráficos,

divulgação, contratação de palestrante qualificado e de assistente social, além do

transporte destes profissionais e da alimentação (lanche) para os participantes. Por

fim, foi estimado o custo com a elaboração do Plano de Segurança da Água - PSA,

recomendados pela Organização Muncial de Saúde, visando ao cumprimento da

Portaria GM/MS n° 2.914/2011 (BRASIL, 2012). A esta ação, buscou-se, como

referência, pesquisa de mercado e cotejo de projetos similares, como o “Programas

para Resultados”, financiado pelo Banco Mundial e divulgado pelo Instituto de

Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará - Ipece, de 2013.

12.2.1.2. Projeto: Melhoria do Monitoramento da Qualidade da Água

Este projeto engloba seis ações que visam à melhoria do monitoramento da água

para consumo humano, tendo um custo total estimado em R$ 4.148.077,49 (quatro

milhões, cento e quarenta e oito mil, setenta e sete reais e vinte e quarenta e nove

centavos), como exposto na Tabela 27.

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Tabela 27 - Custo total do Projeto “Melhoria do Monitoramento da Qualidade da Água”.

Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável

Garantia de quadro mínimo de funcionários ao Covisam

R$ 1.356.235,77

R$ 4.148.077,49 Prefeitura

Capacitação dos profissionais contratados para atuação no

Covisam R$ 31.973,63

Garantia de materiais e insumos necessários para a realização das

atividades da Covisam R$ 63.255,65

Execução de rotina de controle e monitoramento da qualidade da

água para consumo humano R$ 564.528,11

Garantia do fornecimento de desinfectante para casos em que a

fonte de abastecimento possua água de boa qualidade (soluções

individuais)

R$ 95.879,01

Desenvolvimento de campanha de cadastramento de usuário da água

R$ 2.036.205,33

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

O custo levantado para garantia do quadro mínimo de funcionários ao Covisam

baseia-se na contratação de 08 profissionais, com vínculo efetivo, conforme piso ou

média salarial de cada cargo demandado (Quadro 18). Por conseguinte, a equipe

ingressa deverá ser capacitada – ação que requer o investimento com a elaboração

e a reprodução de material didático, caso a empresa ainda não o disponha. Em

complemento, a fim de municiar a Covisam para realização de suas atividades,

previu-se a aquisição de materiais e insumos, como veículo, computador e acesso à

internet estável (Quadro 19). À execução de rotina de controle e monitoramento da

qualidade da água destinada ao consumo humano, considerou-se a divisão das

zonas entre urbana e rural, sabendo-se que a primeira tem seu custeio realizado

pela própria prestadora de serviços – a Embasa. O valor unitário para referência do

custeio foi de R$ 1,50 (referenciado pelo estudo de Barreto et al, 2006), com

correção de IPC-A ao longo do horizonte de projeto, bem como do crescimento

populacional – estudo apresentado no Produto 2. As mesmas correções de

crescimento populacional e IPC-A foram empregadas na ação seguinte, da garantia

de fornecimento de desinfectante para as soluções individuais. Para tanto, foi

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adotado o valor unitário do hipoclorito de sódio a 12%, como recomenda a Fundação

Nacional de Saúde (BRASIL, 2014), de acordo com pesquisa de mercado. Dando

prosseguimento à estimativa das ações, tem-se que, para o desenvolvimento de

campanha de cadastramento de usuários de água, com periodicidade bienal, foram

levantados os custos com a produção da peça publicitária, a divulgação em mídias

locais, a contratação de agente capacitado para esclarecimento de dúvidas em

comunidades rurais, além de transporte.

12.2.1.3. Projeto: Controle de Perdas

Neste projeto, prevê-se o investimento de R$ 2.966.360,64 (dois milhões,

novecentos e sessenta e seis mil, trezentos e sessenta reais e sessenta e quatro

centavos), como apresenta a Tabela 28. Este recurso será destinado ao

desenvolvimento de campanhas trienais para negociação de dívidas com o usuário

inadimplente, sendo necessária a divulgação em mídias locais. À implantação e

manutenção de sistema de monitoramento do consumo de água em imóveis

públicos não se vislumbrou ônus ao município, vez que há fornecimento gratuito do

Programa de Uso Racional da Água e Energia - Água Pura, da Rede de Tecnologias

Limpas e Minimização de Resíduos, da Universidade Federal da Bahia, e sua

atualização é de baixa complexidade. Desde modo, os dados coletados poderão ser

registrados, no sistema, por funcionário de quadro efetivo. As demais ações que

integram o Projeto “Controle de Perdas” também não conferem gasto ao poder

público municipal, visto que estão contempladas nas atribuições da Embasa,

carecendo, contudo, de maior atenção. Ressalta-se que além destas ações destaca-

se a educação ambiental, que estará contempladas no Tomo I através de um

programa, no sentido de sensibilizar desde as crianças nas escolas até os adultos,

no que concerne as implicações das ligações clandestinas, acrescenta-se também a

necessidade de intensificar a fiscalização por parte dos orgãos responsáveis para

coibir ocupações em locais proibidos por legislação onde as companhias não devem

instalar infraestruturas (energia elétrica, abastecimento de água), locias ettes que

são os amis propícios a realização de ligações clandestinas.

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Tabela 28 - Custo total do Projeto “Controle de Perdas.”

Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável

Desenvolvimento de campanha para negociação de dívidas com

usuários inadimplentes, com divulgação nas mídias locais

R$ 2.966.360,64

R$ 2.966.360,64

Embasa

Implantação de sistema de monitoramento do consumo de água em imóveis públicos

R$ 0,00 Prefeitura

Manutenção do sistema de monitoramento do consumo de água em imóveis públicos

R$ 0,00 Prefeitura

Inspeção, manutenção e monitoramento dos SAAs

R$ 0,00 Embasa e Prefeitura

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

12.2.2. Programa: Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais

Para o Programa “Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais”, estimou-

se serem necessários R$ 40.890.138,57 (quarenta milhões, oitocentos e noventa

mil, cento e trinta e oito reais e cinquenta e sete centavos), conforme gastos

previstos para cada ação do Projeto “Recuperação, Preservação e Proteção de

Mananciais”, apresentado no tópico posterior.

12.2.2.1. Projeto: Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais

Este projeto é composto por quatro ações, como ilustra a Tabela 29. Para análise do

custo com a elaboração e a execução de projeto de recuperação/revitalização dos

mananciais, utilizou-se o simulador do Instituto Mato Grossense de Economia

Agropecuária - Imea, comparando-o com valores atuais de mercado. Considerando

a necessidade desta ação para as três bacias hidrográficas (Rio Joanes, Rio

Jacuípe e Rio Pojuca), o levantamento da área total referente (2.206,9 ha), via

análise em ferramenta virtual, e a utilização apenas de espécies nativas, obteve-se o

montante de R$ 37.808.744,49 (trinta e sete milhões, oitocentos e oito mil,

setecentos e quarenta e quatro reais e quarenta e nove centavos).

A inclusão de todos os mananciais de Camaçari em Sistema de Monitoramento de

Controle da Qualidade da Água requer a contratação de um funcionário para a

primeira etapa (inclusão dos dados). Supondo haver computador e acesso à internet

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disponíveis, a atualização destes dados deverá caber a funcionário efetivo que já

atue neste setor, sabendo que tal atividade está prevista na Lei Federal nº

11.445/07. Desse modo, o valor de R$ 1.330,02 (hum mil, trezentos e trinta reais e

dois centavos) resulta da adição do IPC-A ao salário médio atual.

Na ação seguinte, de incentivo técnico e financeiro de ações que visem à proteção

hídrica e de iniciativas sustentáveis, o investimento de R$ 2.471.457,24 (dois milhões,

quatrocentos e setenta e hum mil, quatrocentos e cinquenta e sete reais e vinte e

quatro centavos) refere-se ao desenvolvimento do projeto, à publicação de 1 (hum)

edital por ano, com início em 2025, assim como a dotação destinada à premiação de

3 (três) participantes e à equipe técnica incumbida da avaliação das ações

concorrentes, com posterior divulgação dos premiados. Por último, orçou-se o

recurso necessário à realização de 2 (dois) cursos para agricultores da região ao

ano, abordando sobre o uso de fertilizantes naturais e a proteção dos mananciais, a

ser iniciado em 2019. Nesta ação, foram incluídos os gastos com elaboração de

cartilha, serviços gráficos, divulgação, transporte, contratação de profissionais

capacitados para ministrar o curso e mediar o contato com os moradores, além de

lanche para os participantes, totalizando R$ 608.606,83 (seiscentos e oito mil,

seiscentos e seis reais e oitenta e três centavos).

Tabela 29 - Custo total do Projeto “Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais.

Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável

Elaboração de estudo de viabilidade para recuperação/revitalização dos mananciais, e execução do projeto

R$ 37.808.744,49

R$ 40.890.138,57

INEMA, SHIS/Embasa

Inclusão de todos os mananciais de Camaçari em Sistema de

Monitoramento de Controle da Qualidade da Água, com cadastro e

atualização periódica dos dados

R$ 1.330,02 Prefeitura

Incentivo técnico e financeiro de ações

que visem à proteção hídrica e de iniciativas sustentáveis, com

ampliação a divulgação de medidas já

existentes

R$ 2.471.457,24 INEMA, Prefeitura

Realização de cursos para agricultores da região, abordando o

uso de fertilizantes naturais e a proteção dos mananciais

R$ 608.606,83 INEMA, Prefeitura

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

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12.2.3. Programa: Universalização do Acesso à Água Potável

O Programa “Universalização do Acesso à Água Potável” detém grande importância

para a adequação do município aos princípios e às diretrizes da Lei Nacional nº

11.445/07. Para atingir esta meta, o investimento levantado para sua realização foi

de R$ 203.886.182,30 (duzentos e três milhões, oitocentos e oitenta e seis mil, cento

e oitenta e dois reais e trinta centavos), com custos referentes a ambos projetos que

o integram.

12.2.3.1. Projeto: Melhoria dos Sistemas Operados pela Embasa

O Projeto “Melhoria dos Sistemas Operados pela Embasa” envolve as ações

propostas para cada um dos 6 (seis) sistemas operados pela Embasa. Do somatório

dos custos requeridos, obteve-se o total de R$ 191.248.409,75 (cento e noventa e

hum milhões de reais, duzentos e quarenta e oito mil, quatrocentos e nove reais e

setenta e cinco centavos), cujas referências foram: tabela do Sinapi (2016),

fornecida pela Caixa Econômica Federal, PARMS (2015), valor atual de mercado

para serviços gerais, além do IBGE (2016) e do Manual de Cloração de Água em

Pequenas Comunidades, da Funasa (BRASIL, 2014). É destacado que, para das

ações pontuais (instalação de sinalização e adequação dos poços), sugere-se o

cumprimento imediato, não carecendo de continuidade.

Ressalta-se que nesse projeto, mesmo o estudo demandas realizado para o cenário

de referência ter apontado que determinados sistemas não necessitariam de

determinadas ampliações ou que estas não precisariam ser realizadas com urgência

optou-se a favor da segurança por compatibilizar este projeto com os estudos

realizados pelo PARMS (2015) visto que este possui mais ferramentas para o

detalhamento das intervenções necessárias em cada sistema o que não é objeto no

âmbito de um Plano de Saneamento Básico. Além disso, na maioria dos sistemas já

estão previstas intervenções a serem realizadas pela Embasa inclusive com projetos

elaborados e algumas obras já em andamento em fase de licitação, como já

mencioando anteriormente. Os custos das intervenções previstas no PARMS são

resumidas em 3 categorias: obras, planos e programas ambientais e

desapropriações.

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Sistema Local de Abastecimento de Água de Camaçari (Sede)

A Tabela 30 apresenta, resumidamente, os custos por ação previstos para o SLAA

de Camaçari. Deve-se salientar que os custos com as intervenções no sistema

foram obtidos no PARMS (2015).

Tabela 30 - Custo total para o SLAA de Camaçari (sede).

Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável

Instalação de sinalização de identificação nos poços

P1, P3, P6, P7, P8 R$ 4.779,82

R$ 4.104.323,84 Embasa

Instalação de sinalização de advertência de perigo em todos os poços

R$ 6.588,38

Adequação dos poços P1, P7 e P8 para fechamento da poligonal com

muro de alvenaria e portões metálicos

R$ 236.388,91

Intervenções no sistema (obras, planos e programas

ambientais e desapropriações) R$ 3.856.566,73

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria; PARMS, 2016.

Sistema Local de Abastecimento de Água de Parafuso

Analogamente ao SLAA de Camaçari, expõe-se a Tabela 31, que discretiza os

custos por ação, bem como o valor total para o referido sistema.

Tabela 31 - Custo total para o SLAA de Parafuso.

Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável

Instalação de sinalização de identificação e advertência de

perigo no poço P1 R$ 1.688,01

R$ 1.206.712,11 Embasa

Realização de isolamento adequado da fiação elétrica na casa de química, com base nas

normas vigentes

R$ 254,73

Intervenções no sistema (obras, planos e programas

ambientais e desapropriações) R$ 1.204.769,38

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria; PARMS, 2016.

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Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Machadinho

Para o SIAA de Machadinho, faz-se preciso maior investimento, em comparação aos

outros dois apresentados, haja vista a previsão de intervenções no sistema de

Machadinho Norte e Machadinho Sul, detalhadas no PARMS (2015).

Tabela 32 - Custo total para o SIAA de Machadinho.

Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável

Instalação de dispositivo/estrutura apropriado(a) para trancamento

dos poços P3 e P9 R$ 255,36

R$ 97.832.079,47

Embasa

Instalação de sinalização de identificação e advertência de

perigo em todos os poços R$ 11.816,04

Cercamento do poço P9 R$ 12.218,23

Intervenções no sistema Machadinho Sul (obras, planos e programas

ambientais e desapropriações)

R$ 55.280.010,33

Intervenções no sistema Machadinho Norte

(obras, planos e programas ambientais e desapropriações)

R$ 42.527.779,51

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria; PARMS, 2016.

Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Jordão

O SIAA de Jordão requer, assim como os demais, instalação de sinalização nos

poços. Além disso, constatou-se, pela observação do Produto 04 - Diagnóstico dos

Serviços de Abastecimento de Água, que o sistema necessita de intervenções

orçadas no PARMS (2015), a serem cumpridas no horizonte adotado.

Tabela 33 - Custo total para o SIAA de Jordão.

Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável

Instalação de sinalização de identificação e advertência de

perigo em todos os poços R$ 6.141,49

R$ 45.409.367,32 Embasa

Intervenções no sistema (obras, planos e programas

ambientais e desapropriações)

R$ 45.403.225,83

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria; PARMS, 2016.

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Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Barra do Pojuca

Pela análise do diagnóstico realizado e do cenário de referência, foi avaliado que o

SIAA de Barra do Pojuca também encontra-se em necessidade de intervenções,

como explicitado, igualmente, no PARMS (2015).

Tabela 34 - Custo total para o SIAA de Barra do Pojuca.

Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável

Intervenções no sistema (obras, planos e programas

ambientais e desapropriações)

R$ 41.952.630,56 R$ 41.952.630,56 Embasa

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria; PARMS, 2016.

É importante ressaltar que esse sistema atende apenas a localidade de Barra do

Pojuca no município de Camaçari, sendo portanto a maioria desses investimentos

previstos para atender as demandas de localidades e complexos hoteleiros do

municipio de Mata de São João, tanto é que esse sistema no PARMS foi

contemplado na Fase 3 - Tomo IV - Diretrizes e Proposições - Vol. 07 – Relatório

das Diretrizes e Proposições do Município de Mata de São João.

Sistema Simplificado de Abastecimento de Água de Canto dos Pássaros

Ao fim, fez-se a estimativa dos investimentos requeridos para o SSAA de Canto dos

Pássaros, referentes às duas ações sugeridas. Entre as intervenções no sistema,

incluem-se a implantação de tubulação auxiliar no poço e de reservatórios (150 m³,

em 2018, e outro de 150 m³, em 2028), de modo a atender ao volume mínimo de

reservação requerido (item 6.1.6 do presente Tomo II).

Tabela 35 - Custo total para o SSAA de Canto dos Pássaros.

Ações Custo por ação Custo do projeto Respnsável

Instalação de sinalização de advertência de perigo na área do poço

R$ 732,04

R$ 743.296,45 Embasa

Intervenções no sistema R$ 742.564,41

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

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12.2.3.2. Projeto: Soluções Alternativas para a Zona Rural

Com o propósito de possibilitar a universalização do acesso à água de boa

qualidade para consumo humano, na zona rural, estimou-se o investimento de R$

12.637.772,55 (doze milhões, seiscentos e trinta e sete mil, setecentos e setenta e

dois reais e cinquenta e cinco centavos). Este valor consiste na soma de

investimentos com ações estruturantes, tendo, como referência principal, o Plano de

Abastecimento de Água da Região Metropolitana de Salvador, Santo Amaro e

Saubara - PARMS (2015), para o caso das ações de ampliação e/ou adequação dos

sistemas simplificados existentes (Maracaiúba, Lagoa Seca e Rancho Alegre) e para

a implantação de quatro novos sistemas (Pião Manso, Vila Camaçari, Itapecerica e

Sucupira). Para a garantia de fornecimento de desinfectante para os 7 sistemas

(existentes e futuros), por sua vez, o custo levantado baseou-se no uso de

hipoclorito de sódio a 12% como desinfectante, com distribuição de 1 frasco por mês

por família ao ano. Nesta ação, foram utilizados os dados do Sistema IBGE de

Recuperação Automática (BRASIL, 2016), do Manual de Cloração de Água em

Pequenas Comunidades, Utilizando o Clorador Simplificado Desenvolvido pela

Funasa (BRASIL, 2014) e de pesquisa de mercado para estudo do valor unitário do

produto. O total para 20 anos de planejamento foi de R$ 95.879,01 (noventa e cinco

mil, oitocentos e setenta e nove reais e hum centavo). Seguindo-se à última ação

apresentada para este projeto, tem-se a aquisição e implantação de cisterna em

localidades com população inferior a 150 hab. e/ou em domicílios dispersos.

Contudo, ciente de que o município não está inserido no semiárido e, portanto, nos

requisitos para apreciação do subsídio dado pelo Programa Água para Todos, do

Governo Federal, fez-se também a estimativa do investimento necessário para

contemplar esta ação ao longo dos 20 (vinte) anos de planejamento. Valendo-se das

devidas considerações quanto ao crescimento populacional da zona rural e ao IPC-

A, o montante final levantado foi de R$ 8.189.829,54 (oito milhões, cento e oitenta e

nove mil, oitocentos e vinte e nove reais e cinquenta e quatro centavos), conforme

exposto na Tabela 36.

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Tabela 36 - Custo total do Projeto “Soluções Alternativas para a Zona Rural”.

Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável

Ampliação e/ou adequação dos sistemas simplificados existentes

(Maracaíuba, Lagoa Seca e Rancho Alegre)

R$ 1.352.064,00

R$ 12.637.772,55

Elaboração de projeto e implantação de novos

sistemas simplificados (Pião Manso, Vila Camaçari, Itapecerica e

Sucupira)

R$ 3.000.000,00

Garantia do fornecimento de desinfectante para os sistemas existentes e aqueles a serem

implantados

R$ 95.879,01

Prefeitura

Elaboração de Projeto e implantação de cisternas para

captação de água de chuva em localidades com população inferior a

150 hab. e/ou em domicílios dispersos

R$ 8.189.829,54

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

12.2.4. Demonstrativo dos Investimentos

Ante aos levantamentos expostos, buscou-se resumir, neste item, as estimativas dos

recursos necessários aos investimentos na componente de abastecimento de água

do município de Camaçari - Ba. Vê-se que, para lograr a meta proposta neste Tomo

II, em vista do cenário de referência adotado, será necessário o investimento total de

R$ 267.509.572,13 (duzentos e sessenta e sete milhões, quinhentos e nove mil,

quinhentos e setenta e dois reais e treze centavos), para cumprimento de medidas

estruturantes e estruturais, descritas no Capítulo 10 do Produto 8 - Tomo II. Pelo

montante final, avalia-se que a maior demanda de recursos deriva do Programa

“Universalização do Acesso à Água Potável” (76,2% do investimento total para os

Serviços de Abastecimento de Água municipais), em particular, do Projeto “Melhoria

dos Sistemas Operados pela Embasa”, em virtude de ser um município onde a

maioria da população reside na área urbana e pelo seu potencial turistico. Este fato

decorre, principalmente, das intervenções necessárias aos seis sistemas já

mencionados, indicando situação que, no mínimo, requer maior atenção por parte do

poder público.

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Tabela 37 – Comparativo dos investimentos por projeto.

PROGRAMA

PROJETO TOTAL POR PROGRAMA

PERCENTUAL DO PROGRAMA

Título Custo Percentual

Gestão Sustentável

Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado

R$ 15.618.813,13 68,70%

R$ 22.733.251,26 8,5% Melhoria do Monitoramento da Qualidade da Água

R$ 4.148.077,49 18,25%

Controle de Perdas R$ 2.966.360,64 13,05%

Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais

Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais

R$ 40.890.138,57 100,00% R$ 40.890.138,57 40,8%

Universalização do Acesso à Água

Potável

Melhoria dos Sistemas Operados pela Embasa

R$ 191.248.409,75 93,80%

R$ 203.886.182,30 76,2%

Soluções Alternativas para a Zona Rural

R$ 12.637.772,55 6,20%

TOTAL DE INVESTIMENTO EM 20 ANOS R$ 267.509.572,13

Fonte: Saneando Projetos e Consultoria, 2016.

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12.3.Esgotamento Sanitário

12.3.1. Programa: Gestão Sustentável dos Serviços de Esgotamento

Sanitário

O custo total estimado para o Programa “Esgotamento Sanitário Para Todos” foi de

R$ 1,95 milhões de reais. Tal valor corresponde ao projeto que o compõe, discorrido

no Capítulo 10 - Programas, Projetos e Ações do presente no Tomo III. O

detalhamento dos recursos previstos para o projeto é dado, pois, nos subitens

adiante.

12.3.1.1. Projeto: Melhoria da qualidade do serviço prestado

As ações onerosas do Projeto de Melhoria da qualidade do serviço prestado

abarcam investimentos no âmbito de medidas estruturantes, como a elaboração de

rotina de manutenção das soluções individuais das zonas urbana e rural, a

fiscalização quanto a ligação à rede pública de coleta, uma vez tendo sido

implantada, entre outras descritas na tabela a seguir.

Tabela 38 - Custo total do Projeto “Melhoria da qualidade do serviço prestado”.

Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável

Formulação de ações para prevenção aos extravasamentos na rede coletora de esgoto.

R$ 242.595,26

R$ 1.957.786,29

Embasa

Elaboração de rotina contínua de monitoramento e manutenção preventiva das soluções individuais implantadas na zona urbana e rural, com disponibilização de técnico capacitado para realização dessas atividades.

R$ 485.190,51 Prefeitura

Fiscalização e punição adequada aos infratores quanto à ligação do sistema residencial de coleta de águas pluviais à rede pública de coleta de esgoto.

R$ 242.595,26 Embasa e Prefeitura

Fiscalização e punição adequada aos infratores quanto à ligação do sistema residencial de esgoto à rede pública de drenagem.

R$ 242.595,26 Prefeitura

Fiscalização quanto à ligação das residências ao sistema público de coleta de esgoto, conforme disposto no Art. 82 do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano – PDDU do município de Camaçari, aplicando aos usuários inadimplentes as penalidades previstas na Lei nº 7.307 de 23 de janeiro de 1998, regulamentada pelo Decreto Nº 7.765 de 08 de março de 2000, que dispõe sobre a ligação de efluentes à rede pública de coleta de esgotos.

R$ 242.595,26 Prefeitura

Desenvolvimento de canal de diálogo entre usuário e prestadora do serviço, incluindo campanha de incentivo ao uso, para célere informação sobre transtornos na rede pública de coleta de esgoto.

R$ 223.443,00 Embasa

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Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável

Capacitação e desenvolvimento dos recursos humanos para a execução dos serviços de esgotamento de modo satisfatório, incluindo a contratação de funcionários em número suficiente para atender à demanda do município, bem como o treinamento (e sua reciclagem periódica) da equipe técnica incumbida das medições.

R$ 172.370,31 Embasa

Inclusão dos dados referentes ao saneamento básico ao Sistema de Informações Geográficas - SIG, já utilizado pela Prefeitura, permitindo o mapeamento da ocorrência de vazamentos, da idade das redes de coleta, entre outras oportunidades.

R$ 106.401,43 Embasa e Prefeitura

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

12.3.2. Programa: Esgotamento Sanitário Para Todos

O custo total estimado para o Programa “Esgotamento Sanitário Para Todos” foi de

R$ 1,52 bilhões de reais. Tal valor corresponde ao somatório dos 02 (dois) projetos

que o compõem, discorridos no Capítulo 10 - Programas, Projetos e Ações do

presente Tomo III. O detalhamento dos recursos previstos para cada um dos

projetos é dado, pois, nos subitens adiante.

12.3.2.1. Projeto: Ampliação do Acesso aos Serviços de Esgotamento

Sanitário na Zona Urbana

As ações onerosas do Projeto de Ampliação do Acesso aos Serviços de

Esgotamento Sanitário na Zona Urbana abarcam, em sua maioria, investimentos no

âmbito de medidas estruturais, como a construção de sistemas de esgotamento

sanitário, incluindo rede de coleta, elevatórias e tratamento e seus custos

operacionais. Devido a isso, é o projeto com valor mais impactante nas estimativas

realizadas para todos os serviços de esgotamento sanitário ao longo do horizonte de

planejamento de 20 anos.

Para a obtenção dos valores de cada ação proposta, foram consultadas, sobretudo,

indicadores de custos do Ministério das Cidades (Plansab), além de orçamentos de

projetos semelhantes divulgados por prefeituras, prestadoras e empresas da área,

sempre realizando a correção monetária a adequação à realidade do município. Isto

posto, a tabela seguinte apresenta os custos para este projeto, a saber:

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Tabela 39 - Custo total do Projeto “Ampliação do Acesso aos Serviços de Esgotamento Sanitário na Zona Urbana”.

Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável

Elaboração de projeto e ampliação da cobertura da rede pública de coleta de esgoto doméstico na zona urbana da Sede.

R$ 273.370.230,65

R$ 1.528.333.470,18

Embasa

Elaboração de projeto e ampliação da rede pública de coleta de esgoto doméstico na zona urbana do Distrito de Monte Gordo.

R$ 168.814.145,68 Embasa

Elaboração de projeto e ampliação da rede pública de coleta de esgoto doméstico na zona urbana Distrito de Abrantes.

R$ 264.090.306,00 Embasa

Elaboração de projeto e implantação de etapa de tratamento do esgoto doméstico para os distritos de Abrantes e Monte Gordo.

R$ 117.388.449,56 Embasa

Ampliação do volume de tratamento dos esgotos coletados na Sede municipal pela empresa privada Cetrel.

R$ 108.508.234,16 Embasa

Operação e manutenção da rede pública de coleta dos distritos e das soluções de tratamento do esgoto coletado a fim de evitar transtornos à população e proteger o meio ambiente de contaminações.

Custo inclui operação e manutenção da rede de coleta pública de esgoto para os distritos Sede, Abrantes e Monte Gordo

R$ 343.960.693,90 Embasa

Custo inclui operação e manutenção das ETEs dos distritos de Abrantes e Monte Gordo.

R$ 236.845.205,40 Embasa

Conforme avanço da ampliação da rede de coleta pública nos distritos, promover a desativação das soluções individualizadas e ligação do domicílio à rede.

-

Embasa

Construção de módulos sanitários integrados à rede coletora de esgoto em domicílios que ainda não possuem.

R$ 15.196.602,69 Prefeitura

Realizar estudos quanto à viabilidade ambiental e econômica do reuso dos efluentes tratados nas ETEs.

R$ 159.602,14 Embasa

Estudar a aplicação de tarifas compatíveis com a condição de pagamento dos usuários.

- Embasa

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

12.3.2.2. Projeto: Soluções alternativas para zona rural e para povos e

comunidades tradicionais

As ações onerosas do Projeto de Soluções alternativas para zona rural e para povos

e comunidades tradicionais abarcam investimentos no âmbito de medidas

estruturais, como a elaboração de projeto e a construção de soluções individuais de

esgotamento sanitário, e estruturantes como o investimento em capacitações com a

população e elaboração de manuais e cartilhas.

Para a obtenção dos valores de cada ação proposta, foram consultadas, sobretudo,

indicadores de custos do Ministério das Cidades (Plansab), além de orçamentos de

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projetos semelhantes divulgados por prefeituras, prestadoras e empresas da área.

Isto posto, a tabela seguinte apresenta os custos para este projeto, a saber:

Tabela 40 - Custo total do Projeto “Soluções alternativas para zona rural e para povos e comunidades tradicionais”.

Ações Custo por ação Custo do projeto Responsável

Elaboração dos projetos das soluções individuais de esgotamento sanitário, incluindo cronograma de operação, manutenção e monitoração.

R$ 37.532,75

R$ 11.945.914,43

Prefeitura

Construção de soluções individuais, como banheiro seco, fossa séptica seguida de sumidouros ou valas de filtração, fossas de evapotranspiração e canteiro bioséptico, com base na construção participativa envolvendo a família contemplada.

Custo para contemplação de 40% dos moradores com fossas sépticas seguidas de sumidouro.

R$ 2.688.893,91 Prefeitura

Custo para contemplação de 20% dos moradores com canteiros bioséptico.

R$ 903.139,24 Prefeitura

Custo para contemplação de 20% dos moradores com fossa séptica.

R$ 161.242,21 Prefeitura

Capacitação da população na construção de soluções adequadas de esgotamento sanitário, com foco em membros de associações e profissionais responsáveis pela construção das soluções individuais adotadas atualmente na região.

R$ 229.827,09 Prefeitura

Elaborar e disponibilizar para a população manual técnico autoexplicativo de construção e operação de soluções individuais, como fossas sépticas seguidas de sumidouro/vala de filtração, canteiro bioséptico, entre outros, assim como normas correlacionadas existentes.

R$ 63.840,86 Prefeitura

Elaborar Manual com orientações sobre a manutenção e o monitoramento das soluções individuais.

R$ 63.840,86 Prefeitura

Construção de módulos sanitários nas residências que ainda não tem acesso a banheiro, composto por vaso sanitário, lavatório, chuveiro e pia de lavar roupa, integrado a solução para a destinação dos esgotos condizente com a realidade local.

R$ 6.165.169,77 Prefeitura

Promoção de oficinas de capacitação para atores sociais envolvidos na construção de soluções individuais de esgotamento sanitário.

R$ 172.370,31 Prefeitura

Promoção de oficinas de educação ambiental com os Povos e Comunidades Tradicionais abordando a importância do esgotamento sanitário para a minimização dos agravos de doenças e proteção do meio ambiente, debatendo com a coletividade a respeito da melhor alternativa para esgotamento sanitário a ser implantada, considerando as suas peculiaridades culturais e visando a aceitação da tecnologia. Na ocasião das oficinas deve feito o levantamento do quantitativo de residências desprovidas de instalações sanitárias internas e a possível solução para cada comunidade específica (a exemplo do uso de banheiro seco, construção de módulos sanitários integrados à solução de esgotamento, entre outras possibilidades).

R$ 287.283,86 Prefeitura

Implantação das soluções alternativas de esgotamento sanitário para atendimento dos povos e comunidades tradicionais, com participação dos moradores contemplados na construção da solução.

R$ 1.172.773,57 Prefeitura

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Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

A ação de “Construção de soluções individuais” foi orçada buscando contemplar

mais de uma possibilidade de solução para o esgotamento no meio rural, visando

contemplar na estimativa de investimentos as tecnologias descritas no item 8.3.2

Alternativas Técnicas para Atendimento das Demandas das Áreas Rurais ou com

Domicílios Dispersos do presente Tomo III.

12.3.3. Demonstrativo dos Investimentos

Nesse item apresenta-se a estimativa de investimento, ao longo do horizonte de

planejamento, para os programas, projetos e ações propostos no para a

componente Esgotamento Sanitário, conforme pode- se observar na Tabela 41.

Para alcançar o cenário de referência detalhado no Produto 8 - Tomo III, onde o

município tem possibilidade de investir na gestão dos serviços, de apostar em

tecnologias apropriadas e em participação e controle social para universalização do

acesso aos serviços de esgotamento sanitário, estimou-se, ao longo de 20 anos, a

necessidade de se investir em torno de R$ 1,54 bilhões de reais, com medidas

estruturais e estruturantes, em esgotamento sanitário. O projeto com maior demanda

por investimento é o de Ampliação do Acesso aos Serviços de Esgotamento

Sanitário na Zona Urbana, representando 99,1% do total necessário para os

Serviços de Esgotamento Sanitário do município de Camaçari. Esse valor se refere

principalmente à ampliação da rede pública de coleta de esgoto na zona urbana dos

distritos Sede, Abrantes e Monte Gordo, uma vez que o déficit de atendimento é

significativo.

Tabela 41 - Plano de investimento para os Serviços de Esgotamento Sanitário do município

de Camaçari.

Item de investimento Total por projeto Percentual por projeto

Total por programa

Percentual por programa

Programa: Esgotamento Sanitário Para

Todos

Projeto: Ampliação do Acesso aos

Serviços de Esgotamento

Sanitário na Zona Urbana

R$ 1.528.333.470,18 99,1%

R$ 1.546.272.184,07 99,9%

Projeto: Soluções alternativas para zona rural e para

povos e comunidades tradicionais

R$ 11.945.914,43 0,8%

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Programa: Gestão

Sustentável dos Serviços de

Esgotamento Sanitário

Projeto: Melhoria da qualidade do serviço prestado

R$ 1.957.786,29 0,1% R$ 1.957.786,29 0,1%

Total de Investimento por horizonte R$ 1.548.229.970,36

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

12.4.Drenagem e Manejo de Àguas Pluviais Urbanas

12.4.1. Programa: Manejo Adequado das Águas Pluviais

No Programa “Manejo Adequado das Águas Pluviais” foi estimado um custo de R$

40.667.662,83, cabe salientar que algumas ações também foram contempladas nos

Tomos I e II do Produto 8 - Estudos de Cenários da Gestão dos Serviços de

Saneamento e Estudos de Canários do Abastecimento de Água, bem como

houveram ações que depender de outras para poderem ser estimadas, conforme

Tabela 42, Tabela 43 e Tabela 44.

12.4.1.1. Projeto: Retenção e ou Redução do Escoamento Superficial

Para o Projeto “Retenção e ou Redução do Escoamento Superficial” foi estimado os

custos para as seguintes ações: implantação de dispositivos de captação de águas

da chuva para usos diversos em todos os prédios públicos; estimular a prática de

captação de água de chuva em edificações particulares, por meio do IPTU Verde;

estimular a repermeabilização dos locais com alta taxa de impermeabilização;

estimular a implantação de piso drenante em detrimento de pisos impermeáveis;

realização do cadastro de áreas estratégicas para o amortecer cheias: bacias

naturais de amortecimento, áreas verdes (localização e estado de conservação) e

áreas de lazer (praças, campos de futebol e quadras) com as respectivas

capacidades de amortecimento; ampliar a capacidade da Sedur de fiscalização do

uso e a ocupação do solo, com o objetivo de conter o desmatamento e a

impermeabilização do solo e promover cursos de capacitação dos profissionais da

instituição (Sedur), totalizando R$ 19.896.364,42, conforme Tabela 42.

Tabela 42 - Custo total para a Projeto: Retenção e ou Redução do Escoamento Superficial.

Ações Custo por ação Custo do projeto

i. Implantação de dispositivos de captação de águas da chuva para usos diversos em todos os prédios públicos.

R$ 3.948.252,99* R$ 19.896.364,42

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Ações Custo por ação Custo do projeto

ii. Estimular a prática de captação de água de chuva em edificações particulares, por meio do IPTU Verde.

iii. Estimular a repermeabilização dos locais com alta taxa de impermeabilização.

R$ 229.827,09** iv. Estimular a implantação de piso drenante em detrimento de pisos impermeáveis.

v. Realização do cadastro de áreas estratégicas para o amortecer cheias: bacias naturais de amortecimento, áreas verdes (localização e estado de conservação) e áreas de lazer (praças, campos de futebol e quadras) com as respectivas capacidades de amortecimento;

R$ 360.053,88

vi. Realizar a recomposição vegetal e manutenção das áreas verdes.

Será estimado após realização do cadastro de áreas estratégicas

para amortecimento de cheias.

vii. Regulamentação e preservação das bacias naturais de amortecimento.

viii. Aproveitamento de áreas de lazer para amortecimento de cheias: praças, campos de futebol e quadras.

ix. Ampliar a capacidade da Sedur de fiscalização do uso e a ocupação do solo, com o objetivo de conter o desmatamento e a impermeabilização do solo.

R$ 15.174.227,37

x. Promover cursos de capacitação dos profissionais da instituição (Sedur).

R$ 184.003,10

*Ação estimada também no Produto 8 Tomo II - Estudo de Cenários do Abastecimento de Água. ** Ação estimada também no Produto 8 Tomo I - Estudo de Cenários de Gestão;

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

12.4.1.2. Projeto: Revitalização dos Rios urbanos

No Projeto “Revitalização dos Rios Urbanos de Drenagem” foi estimada apenas a

ação: identificar os pontos de lançamento de esgoto no sistema de drenagem, as

demais ações dependem da realização de cadastros ou de outros processos em

andamento como o Plano da Bacia Hidrográfica Recôncavo Norte-Inhambupe assim,

para esse projeto foi estimado um total de R$ 190.713,58, conforme Tabela 43.

Tabela 43 - Custo total para a Projeto: Revitalização dos Rios Urbanos.

Ações Custo por ação Custo do projeto

i. Enquadramento e monitoramento dos rios urbanos de drenagem (córregos, riachos e rios) de acordo com a Resolução Conama Nº 357 e 430.

Apoio ao Comitê do Plano de Bacia

Recôncavo Norte-Inhambupe, e

exigência da Embasa sobre informações

sobre os corpos receptores.

R$ 190.713,58

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Ações Custo por ação Custo do projeto

ii. Identificar os pontos de lançamento de esgoto no sistema de drenagem;

R$ 190.713,58

iii. Recuperação da mata ciliar (proteção dos taludes e barreira de proteção contra resíduos sólidos).

Após realização do cadastro da ocupação

das áreas de APP

iv. Implantação de parque lineares nos rios urbanos que funcionam como canais macrodrenagem como: Rio Camaçari (já implantado), Rio Pojuca e Rio Jacuípe.

Após realização do cadastro do sistema de drenagem e da

ocupação em áreas de APP.

v. Adequação dos rios urbanos de microdrenagem. Após realização do cadastro do sistema

de drenagem.

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

12.4.1.3. Projeto: Relocação e Contenção de Construções em Áreas de

Preservação Permanente

No Projeto “Relocação e Contenção de Construções em Áreas de Proteção

Permanente” foram estimadas as ações: elaboração de um cadastro técnico do uso

e ocupação das áreas de proteção permanente (APP) destacando as áreas de

riscos para a população e ampliar a capacidade da Sedur de fiscalização do uso e a

ocupação do solo, com o objetivo de conter a ocupação em áreas de risco e em

áreas de proteção permanente (APP), totalizando R$ 20.580.584,82 conforme

Tabela 44.

Tabela 44 - Custo total para a Projeto: Relocação e Contenção de Construções em Áreas de Proteção Permanente

Ações Custo por ação Custo do projeto

i. Elaboração de um cadastro técnico do uso e ocupação das áreas de proteção permanente (APP) destacando as áreas de riscos para a população;

R$ 3.255.443,92

R$ 20.580.584,82

ii. Erradicação e ou adequação das áreas de riscos ocupadas; Após a realização

do cadastro do uso e ocupação em APP

iii. Efetivação de regularização fundiária em algumas localidades;

iv. Relocação das famílias desapropriadas

v. Ampliar a capacidade da Sedur de fiscalização do uso e a ocupação do solo, com o objetivo de conter a ocupação em áreas de risco e em áreas de proteção permanente (APP).

R$ 17.325.140,90

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

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12.4.2. Programa: Universalização dos Serviços de Drenagem

Para o Programa “Universalização dos Serviços de Drenagem” foi previsto um

investimento de R$ 50.638.652,39, sendo R$ 22.332.558,27 para o Projeto

“Ampliação e Melhoria da Drenagem Urbana” e R$ 28.306.094,13 para o Projeto

“Fortalecimento da Defesa Civil”, conforme Tabela 45 e Tabela 46.

12.4.2.1. Projeto: Ampliação e Melhoria da Drenagem Urbana

No Projeto “Ampliação e Melhoria da Drenagem Urbana” foram estimados os custos

para as seguintes ações: realização do cadastro do sistema de drenagem existente;

elaboração do Plano Diretor de Drenagem Urbana; aumento do quadro de

funcionários com a qualificação técnica necessária, veículos e equipamentos e

promoção de cursos de capacitação (Seinfra) e realizar e manter as campanhas de

educação e ambiental, totalizando R$ 22.332.558,27, conforme Tabela 45.

Tabela 45 - Custo total para a Projeto: Ampliação e Melhoria da Drenagem Urbana.

Ações Custo por ação Custo do projeto

i. Realizar o cadastro do sistema de drenagem existente. R$ 3.377.416,40

R$ 22.332.558,27

ii. Elaborar projetos de ampliação do sistema de drenagem.

Após realização do cadastro da

drenagem existente.

iii. Implantar dispositivo de microdrenagem nas vias Após realização do

cadastro da drenagem existente.

iv. Realizar a limpeza e manutenção do sistema de drenagem no período menos chuvosos;

Sem custo

v. Elaboração do Plano Diretor de Drenagem Urbana a fim de melhorar a eficiência da implantação, manutenção e operação dos sistemas de drenagem.

R$ 581.220,44

vi. Aumento do quadro de funcionários com a qualificação técnica necessária, veículos e equipamentos (Seinfra).

R$ 18.017.548,02

vii. Implantação de caixas coletoras de águas pluviais com dispositivo de retenção de resíduos sólidos.

Após realização do cadastro da

drenagem existente.

viii; Promover cursos de capacitação dos profissionais da instituição (Seinfra).

R$ 184.003,10

ix. Realizar e manter as campanhas de educação e ambiental quanto à preservação das matas ciliares, aos perigos de ocupação das margens dos rios urbanos ou em áreas de risco, aos danos causados pelo lançamento de resíduos sólidos nos logradouros e do lançamento de esgoto doméstico no sistema de drenagem.

R$ 172.370,31*

* Ação estimada também no Produto 8 Tomo I - Estudo de Cenários de Gestão;

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

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12.4.2.2. Projeto: Fortalecimento da Defesa Civil

O Projeto “Fortalecimento da Defesa Civil “foi o único projeto dentre os apresentados

no presente estudo, onde todas as ações puderam ser estimadas como: aumento de

quadro de funcionários, veículos e equipamentos para Defesa Civil, elaboração de

mapa de risco, monitoramento processos erosivos e sedimentológicos, implantação

de um Sistema de Suporte a Decisão (SSD) e a promoção de cursos de capacitação

para os profissionais, com um valor estimado em R$ 28.306.094,13, conforme

Tabela 46.

Tabela 46 - Custo total para a Projeto: Fortalecimento da Defesa Civil.

Ações Custo por ação Custo do projeto

Aumento do quadro de funcionários com a qualificação técnica necessária, veículos e equipamentos (Defesa Civil).

R$ 18.130.143,67

R$ 28.306.094,13

Elaborar de mapa de risco de alagamento, inundação e escorregamento de terra. R$ 9.123.614,09

Monitorar processos erosivos e sedimentológicos.

Implantação de um Sistema de Suporte a Decisão (SSD).

R$ 868.333,27

Promover cursos de capacitação dos profissionais da instituição.

R$ 184.003,10

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

12.4.3. Demonstrativo dos Investimentos

Nesse item (Tabela 47) apresenta-se a estimativa de investimento, ao longo do

horizonte de planejamento, para os programas, projetos e ações propostos no para

a componente Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais.

Para alcançar o cenário de referência detalhado no Produto 8 - Tomo IV, onde o

município tem possibilidade de investir na gestão dos serviços, de apostar em

tecnologias apropriadas e em participação e controle social para universalização do

acesso aos Serviços de Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais, estimou-se,

ao longo de 20 anos, a necessidade de se investir em torno de R$ 91 milhões de

reais, com medidas estruturais e estruturantes. O projeto com maior demanda por

investimento é o de Fortalecimento da coordenadoria de Defesa Civil, representando

55,9% do total necessário para os Serviços de Drenagem Urbana e Manejo de

Águas Pluviais do município de Camaçari.

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Tabela 47 - Demonstrativo dos investimentos para os serviços de drenagem urbana do

município de Camaçari.

Programa Projeto Total Por

Programa

Percentual do

Programa Título Custo Percentual

Manejo Adequado das Água Pluviais

Redução e ou Retenção do escoamento superficial

R$ 19.896.364,42 48,92%

R$ 40.667.662,83 44,54%

Revitalização dos Canais de

Drenagem R$ 190.713,58 0,47%

Relocação e ou Contenção

de Construções em Áreas de

Proteção Permanente

R$ 20.580.584,82 50,61%

Universalização dos serviços de

drenagem

Ampliação e Melhoria da Drenagem

R$ 22.332.558,27 44,10%

R$ 50.638.652,39 55,46% Fortalecimento da

coordenadoria de Defesa

Civil

R$ 28.306.094,13 55,90%

TOTAL DE INVESTIMENTO EM 20 ANOS R$ 91.306.315,22

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

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13. ACESSO AOS RECURSOS DE SANEAMENTO

Este tópico tem como objetivo orientar os gestores dos serviços de saneamento

objeto desse tomo, na obtenção de recursos para implementação e implantação dos

PPA propostos. Serão apresentados mecanismos gerais, instrumentos e as fontes

de investimento passíveis de serem utilizadas pela Prefeitura de Camaçari na

implantação e gestão dos programas, projetos e ações apresentados neste plano.

13.1. Âmbito da União

13.1.1. Instrumentos e Procedimentos para Transferência de Recursos da

União

Conforme dispõe o Decreto nº 6.170/2007, são previstos três tipos de instrumento

que possibilitam a transferência de recursos financeiros oriundos do Orçamento

Fiscal e da Seguridade Social da União a entidades públicas ou privadas sem fins

lucrativos. São eles: convênios, contratos de repasse e termos de cooperação.

De acordo este mesmo decreto, tem-se, para tais instrumentos, os conceitos a

seguir:

§ 1º Para os efeitos deste Decreto, considera-se:

I - convênio - acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que discipline a

transferência de recursos financeiros de dotações consignadas nos

Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social da União e tenha como partícipe,

de um lado, órgão ou entidade da administração pública federal, direta ou

indireta, e, de outro lado, órgão ou entidade da administração pública

estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta, ou ainda, entidades

privadas sem fins lucrativos, visando a execução de programa de governo,

envolvendo a realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou

evento de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação;

II - contrato de repasse - instrumento administrativo por meio do qual a

transferência dos recursos financeiros se processa por intermédio de

instituição ou agente financeiro público federal, atuando como mandatário da

União;

III - termo de cooperação - instrumento por meio do qual é ajustada a

transferência de crédito de órgão da administração pública federal direta,

autarquia, fundação pública, ou empresa estatal dependente, para outro

órgão ou entidade federal da mesma natureza; (Redação dada pelo Decreto

nº 6.619, de 2008).

Portanto, o convênio é o instrumento destinado ao repasse de recursos financeiros

de órgãos ou entidades da administração pública federal para órgãos ou entidades

da administração pública estadual, distrital ou municipal, ou, ainda, entidades

privadas sem fins lucrativos. Já o termo de cooperação, destina-se à transferência

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de recursos financeiros entre órgãos ou entidades da administração pública

federal.

O contrato de repasse é destinado à execução de programa de trabalho que

objetive a realização de obra, salvo quando a concedente dispuser de estrutura

para acompanhar a execução do convênio, na forma prevista no art. 8º do Decreto

nº 6.170/2007.

Conforme definido pela Portaria Interministerial n° 507/2011, os procedimentos

referentes à seleção, à formalização, à execução, ao acompanhamento e à

prestação de contas dos contratos e convênios são realizados diretamente no

Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv).

O Siconv é considerado a principal ferramenta eletrônica para reunião e

processamento de informações sobre as transferências de recursos do Governo

Federal para órgãos públicos e privados sem fins lucrativos. Seu principal objetivo

é, pois, proporcionar transparência referente aos repasses financeiros e gastos

públicos realizados pela Administração Pública Federal.

Para o Siconv, um convênio ou contrato de repasse é o instrumento que formaliza

transferências voluntárias entre um órgão da Administração Pública Federal (APF)

e estados, municípios, Distrito Federal e entidades privadas sem fins lucrativos.

Nesse contexto, a organização que recebe o recurso financeiro precisa ter

personalidade jurídica, sendo referida como proponente ou convenente. O

proponente cria uma proposta, a qual se configura como a formalização da sua

intenção em firmar um convênio com um órgão da APF. A proposta, por sua vez,

deve conter um objeto e uma justificativa, além de outras informações, e deve

indicar qual programa de governo ela está implementando. Uma vez aprovada pelo

órgão da APF, nomeado como concedente, a proposta passa a ser chamada de

convênio, dotado de período de vigência. A partir deste portal, o Sincov, os

gestores e responsáveis pelo setor podem avaliar continuamente os processos e

as informações sobre programas e projetos que visam ao investimento e aos

recursos para implantação e melhorias nos serviços de saneamento no município.

13.1.2. Natureza dos Recursos

O aporte de recursos nas políticas públicas depende tanto do volume de recursos

quanto da fonte disponível, ou seja, é importante saber se os recursos são: a)

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originários do orçamento federal, dentro da dotação orçamentária do respectivo

órgão, b) destinados via emenda parlamentar; ou, ainda, c) captados por intermédio

de financiamentos.

De modo geral, os recursos que se originam no orçamento da União (orçamentários)

não geram ônus adicional ao ente recebedor dos recursos, sendo, assim, recursos

não onerosos; por outro lado, os recursos captados por intermédio de

financiamentos são descritos como extraorçamentários (não contemplados no

orçamento) e têm um custo relacionado à operação de crédito efetuada, o que os

qualifica como onerosos.

Recursos Não-onerosos

Constituem recursos orçamentários ou não-onerosos aqueles constantes no

orçamento, instrumento legal, onde são discriminadas as receitas e as despesas de

determinado ente ou entidade. No que diz respeito ao Orçamento Geral da União, a

discriminação das receitas e das despesas é disciplinada pela Lei nº 4.320/64.

Demais, pode-se definir que os recursos não-onerosos, também conhecidos como “a

fundo perdido”, são aqueles que não exigem retorno, isto é, não necessitam ser

devolvidos à União. Em complemento, tem-se que o beneficiado com recursos não

onerosos pode exigir a denominada “contrapartida”, que são recursos oriundos do

orçamento do ente federativo respectivo. O acesso dos demais entes aos recursos

alocados no Orçamento Geral da União (OGU) ocorre por meio de emendas

parlamentares à Lei Orçamentária Anual (LOA) ou seleção pública de projetos nas

áreas setoriais.

Constituem ações com recursos não onerosos:

10SC – Apoio à implantação, à ampliação ou às melhorias em sistemas de

abastecimento de água em municípios com população superior a 50 mil

habitantes ou municípios integrantes de regiões metropolitanas ou de regiões

integradas de desenvolvimento.

1N08 – Apoio à implantação, à ampliação ou às melhorias de sistemas de

esgotamento sanitário em municípios com população superior a 50 mil

habitantes ou municípios integrantes de regiões metropolitanas ou de regiões

integradas de desenvolvimento.

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Vale ressaltar que, no Saneamento Básico, de acordo com a Lei nº 11.445 de 2007,

a aplicação de recursos não onerosos da União prioriza as ações e os

empreendimentos, cuja finalidade é o atendimento de usuários ou de municípios que

não tenham capacidade de pagamento compatível com a autossustentação

econômico-financeira dos serviços. A respeito deste último ponto (autossustentação

econômico-financeira dos serviços), vê-se estar diretamente relacionado à

capacidade de o município implantar e manter os serviços públicos de saneamento

básico, além do pagamento dos serviços pelos usuários por meio de tarifa.

Recursos Onerosos

Os recursos extraorçamentários, também denominados onerosos, constituem

valores provenientes de toda e qualquer arrecadação que não figure no orçamento

e, consequentemente, enquanto receita, é toda arrecadação não incluída como

renda do Estado. Dito isto, conclui-se que o seu caráter é de extemporaneidade ou

de transitoriedade nos orçamentos.

O recurso extraorçamentário é classificado em contas financeiras adequadas, no

plano de contas do órgão ou da entidade, citando-se, a título de exemplo, as

consignações em folha de pagamento em favor de terceiros, as operações de

crédito por antecipação de receita orçamentária (curto prazo) e outras

assemelhadas.

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), criado ainda na década de

1960, é um exemplo de recurso de natureza extraorçamentária. Trata-se de um

fundo com contas individuais, onde são depositados 8% dos rendimentos do

trabalhador.

As ações da política nacional de desenvolvimento urbano e das políticas setoriais de

habitação popular, saneamento básico e infraestrutura urbana estabelecidas pelo

Governo Federal podem ser apoiadas com recursos do FGTS, conforme diretrizes

estabelecidas pelo Conselho Curador do FGTS. Da mesma forma que os recursos

acumulados podem ser sacados, pelo trabalhador, em determinadas situações,

inclusive no financiamento habitacional, podem também ser utilizados

institucionalmente pelos entes federados para financiamento das citadas políticas

públicas.

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Os recursos do FGTS, do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT/BNDES) e os

recursos próprios de outros agentes financeiros são utilizados mediante

financiamentos obtidos diretamente pelos interessados (mutuários), junto aos

agentes financeiros – em operações de crédito internas. Assim, os recursos

extraorçamentários, vinculados a operações de crédito ou financiamentos,

efetuados, por exemplo, junto à Caixa Econômica Federal (Caixa), ao Banco

Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ao Banco

Interamericano de Desenvolvimento (BID), ao Banco Interamericano para

Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), intitulado Banco Mundial, e aos Fundos

Governamentais são também incluídos entre os recursos onerosos.

Há de se esclarecer que, embora sejam custeadas por recursos oriundos de outras

fontes que não aquelas do orçamento federal, tais ações são previstas no PPA,

identificando-se a respectiva natureza extraorçamentária. Um exemplo de apoio por

meio de recursos onerosos é o processo seletivo simplificado de habilitação e

contratação de operações de crédito para a execução de ações de saneamento

básico nas modalidades de abastecimento de água e esgotamento sanitário,

regulamentado pela Instrução Normativa nº 02, de 1 de fevereiro de 2013, do

Ministério das Cidades.

13.1.3. Modalidades de Repasse dos Recursos Federais

Os recursos federais repassados aos entes públicos e às entidades privadas sem

fins lucrativos, para a execução de políticas públicas descentralizadas, são

efetivados, em síntese, por intermédio de três modalidades de transferências

governamentais de natureza orçamentária, a saber: constitucionais, legais e

voluntárias.

Transferências constitucionais

A Constituição Federal, ao dividir as receitas tributárias entre os entes federativos,

determinou cotas de participação desses entes nos tributos de competência da

União. Assim, aos recursos que a União transfere aos Estados, ao Distrito Federal e

aos Municípios por determinação da Constituição, dá-se o nome de transferências

constitucionais. São exemplos desse tipo de transferência: Fundo de Participação

dos Municípios (FPM) e Fundo de Participação dos Estados (FPE), sendo que o

Distrito Federal, nesse caso, equipara-se a Estado.

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Transferências legais

As transferências legais são aquelas previstas em leis específicas, as quais

determinam a forma de habilitação, transferência, aplicação dos recursos e como

deverá ocorrer a respectiva prestação de contas. Decorrentes das transferências

legais, encontram-se as transferências automáticas (Programa Nacional de

Alimentação Escolar - PNAE e Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE), as

transferências fundo a fundo (Saúde e Assistência Social) e as transferências diretas

ao cidadão, como é o caso do Programa Bolsa-Família.

É importante destacar que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)

constitui uma modalidade de transferência legal, caracterizada como transferência

obrigatória de recursos financeiros pelos órgãos e entidades da União aos órgãos e

às entidades dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

A execução das ações do PAC é condicionada ao cumprimento de requisitos pelos

entes federados, e são submetidas à assinatura de Termo de Compromisso,

instituído pela mesma lei. Por conseguinte, os investimentos do PAC Saneamento

são disponibilizados aos municípios, classificados em três grupos. Os recursos

destinados aos Grupos 1 e 2 são coordenados pelo Ministério das Cidades,

enquanto que os destinados ao Grupo 3 são coordenados pela Funasa, vinculada ao

Ministério da Saúde. Desse modo, tem-se:

Grupo 1: grandes regiões metropolitanas do país, municípios com mais de 70

mil habitantes, nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e acima de 100 mil,

nas regiões Sul e Sudeste;

Grupo 2: municípios com população entre 50 mil e 70 mil, nas regiões Norte,

Nordeste e Centro-Oeste, e municípios com população entre 50 mil e 100 mil

habitantes, nas regiões Sul e Sudeste;

Grupo 3: municípios com menos de 50 mil habitantes.

Transferências voluntárias

A transferência voluntária, também conhecida como transferência “a fundo perdido”,

refere-se à entrega de recursos correntes ou de capital a outro ente da federação, a

título de cooperação, auxílio ou assistência financeira, que não decorra de

determinação constitucional, legal ou dos destinados ao Sistema Único de Saúde,

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conforme escreve o art. 25 da Lei Complementar nº 101/2000, denominada Lei de

Responsabilidade Fiscal. Adicionalmente, salienta-se que os convênios e contratos

de repasse são instrumentos de transferência voluntária, utilizados pela

Administração Federal para transferir recursos financeiros, possibilitando a execução

descentralizada de projetos, atividades ou eventos, em cooperação com Estados,

Distrito Federal e Municípios.

Desde 2007, além de observar a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Lei de

Diretrizes Orçamentárias da União (LDO), o repasse de recursos mediante

transferências voluntárias é regido pelo Decreto Federal nº 6.17039, de 2007, sendo,

atualmente, regulamentado pela Portaria Interministerial MP/MF/CGU nº 507, de

2011. Esses recursos têm origem no Orçamento Geral da União (OGU) e são

alocados na dotação orçamentária dos próprios órgãos, nos fundos constituídos

para financiar ações de políticas públicas específicas, além de outros oriundos de

emendas parlamentares. Após a publicação do Decreto nº 6.170/07, os recursos

constantes da dotação dos órgãos, destinados às transferências voluntárias,

passaram a ser disponibilizados mediante editais de chamada pública (convênios),

guardando a finalidade de constituir uma forma republicana e democrática de

promoção do acesso aos recursos públicos.

13.1.4. Acesso aos Programas de Investimento no âmbito do Ministério

das Cidades

O Ministério das Cidades, criado pela Lei nº 10.683/2003, que dispõe sobre a

organização da Presidência da República e dos Ministérios, atua nos três principais

problemas sociais que afetam as populações urbanas, a saber: moradia,

saneamento e questões reunidas sob o tema do transporte da população urbana –

mobilidade e trânsito (MCIDADES, 2015).

No âmbito do Ministério das Cidades, compete à Secretaria Nacional de

Saneamento Ambiental (SNSA) atuar na formulação e coordenação das políticas

urbanas, cujo objetivo é ampliar o acesso aos serviços de saneamento no País e

criar condições para a melhoria da qualidade da prestação desses serviços

(MCIDADES, 2015).

No tocante ao saneamento básico, cabe, ao Ministério das Cidades, por meio da

Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, o atendimento a municípios com

população superior a 50 mil habitantes ou integrantes de Regiões Metropolitanas –

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como é o caso de Camaçari, o qual se enquadra em ambas categorias –, bem como

Regiões Integradas de Desenvolvimento ou participantes de Consórcios Públicos

afins (MCIDADES, 2015). Ressalta-se que, com relação ao componente manejo de

águas pluviais urbanas, o Ministério das Cidades apoia ações independentemente

do porte populacional. Ainda nessa esfera, verifica-se a competência compartilhada

entre Ministério das Cidades e Ministério da Integração Nacional, além de

intervenções da Funasa em áreas com forte incidência de malária – que não é o

caso de Camaçari.

Considerando a estrutura de planejamento do Plano Plurianual (PPA) de 2016-2019,

a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental participa da gestão dos seguintes

Programas Temáticos: Saneamento Básico (2068); Planejamento Urbano (2054);

Gestão de Riscos e Prevenção de Desastres (2040). Além desses, fazem parte do

escopo da Secretaria o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o

Programa Saneamento para Todos, que, embora também sejam designados pela

palavra “programa”, não se classificam como Programas Temáticos, conforme a

estrutura do PPA (ENAP, 2015).

As ações e os recursos do PAC estão previstos no PPA de forma dispersa, em

diversos Programas Temáticos diferentes, inclusive naqueles citados acima. Já o

programa Saneamento Para Todos, mesmo com recursos previstos de forma

dispersa no PPA, detém ainda a peculiaridade de ser um programa que utiliza

exclusivamente recursos de natureza extraorçamentária, mais especificamente, do

Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) (ENAP, 2015).

Para conceder acesso aos recursos consignados no Orçamento Geral da União, o

Ministério das Cidades divulga, mediante Portaria, instruções próprias para

aprovação de projetos, contratação e execução de programas e ações, segregando

regras para projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (transferências

obrigatórias) e outros projetos que não seja no âmbito do PAC (transferências

voluntárias).

De modo a auxiliar na compreensão deste tema, os Programas citados são descritos

nos tópicos seguintes.

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13.1.4.1. Programa Temático: Saneamento Básico (2068)

Finalidade: apoio à implantação, à ampliação e às melhorias de Sistemas de

Abastecimento de Água e de Sistemas de Esgotamento Sanitário, intervenções de

Saneamento Integrado, bem como apoio a intervenções destinadas ao combate às

perdas de água em Sistemas de Abastecimento de Água.

Recurso: Orçamento Geral da União.

Formas de acesso: emendas parlamentares ou seleção pública do PAC, por meio

de carta-consulta cadastrada no sítio eletrônico do Ministério das Cidades.

Público-alvo: municípios com população superior a 50 mil habitantes, municípios

integrantes de Regiões Metropolitanas (RM), de Regiões Integradas de

Desenvolvimento (Ride) ou de Consórcios Públicos com população superior a 150

mil habitantes. As propostas podem ser apresentadas pelos Estados, pelo Distrito

Federal e pelos Municípios ou respectivos representantes legais dos Consórcios

Públicos.

Modalidades: abastecimento de água, esgotamento sanitário, saneamento

integrado (quando se contempla mais de uma modalidade de saneamento básico,

em uma mesma base territorial).

Contrapartida: elaboração de propostas e de documentação técnica.

13.1.4.2. Programa Temático: Planejamento Urbano (2054)

Finalidade: implantação ou melhoria de obras de infraestrutura em municípios de

pequeno, médio e grande porte.

Modalidades: implantação ou melhoria de infraestrutura urbana em pavimentação;

abastecimento de água; esgotamento sanitário; redução e controle de perdas de

água; resíduos sólidos urbanos; drenagem urbana; saneamento integrado;

elaboração de estudos e desenvolvimento institucional em saneamento; e

elaboração de projetos de saneamento.

Fonte de recursos: Orçamento Geral da União.

Forma de acesso: emendas parlamentares.

Destinatários: Estados, Municípios e Distrito Federal.

Contrapartida: elaboração de proposta e de documentação técnica.

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13.1.4.3. Programa Temático: Gestão de Riscos e Prevenção de Desastres

(2040)

Finalidade: promoção da gestão sustentável da drenagem urbana dirigida à

recuperação de áreas úmidas, à prevenção, ao controle e à minimização dos

impactos provocados por enchentes urbanas e ribeirinhas, em consonância com as

políticas de desenvolvimento urbano e de uso e ocupação do solo.

Modalidades: sistema de drenagem urbana sustentável e manejo de águas pluviais.

Fonte de recursos: Orçamento Geral da União.

Formas de acesso: emendas parlamentares ou seleção pública do PAC, por meio

de carta-consulta cadastrada no sítio eletrônico do Ministério das Cidades e

selecionada no período do respectivo processo seletivo.

Destinatários: Estados, Municípios e Distrito Federal.

Contrapartida: elaboração de proposta e documentação técnica.

13.1.4.4. Programa Saneamento para Todos

Finalidade: financiar empreendimentos ao setor público e ao setor privado, que

promovam a melhoria das condições de saúde e da qualidade de vida da população

urbana, fomentando ações de saneamento básico, integradas e articuladas com

outras políticas setoriais.

Modalidades: Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário, Saneamento

Integrado, Desenvolvimento Institucional, Manejo de Águas Pluviais, Redução e

Controle de Perdas, Preservação e Recuperação de Mananciais, Estudos e

Projetos, Plano de Saneamento Básico, Manejo e Resíduos Sólidos, Tratamento

Industrial de Água e Efluentes Líquidos, e Reuso de Água.

Recurso: Fundo de Garantia de Tempo de Serviço, via Caixa Econômica Federal.

Público-alvo: Estados, Municípios, Distrito Federal e suas entidades da

administração indireta, inclusive empresas públicas e sociedades de economia

mista.

Contrapartida: mínimo de 5% (cinco por cento) do valor do investimento, exceto na

modalidade Abastecimento de Água, onde a contrapartida mínima é de 10% (dez

por cento); não são aceitos, como contrapartida, recursos oriundos do OGU,

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tampouco de organismos multilaterais de crédito, nacionais e internacionais; as

operações de crédito vinculadas à modalidade de Saneamento Integrado possuem

taxa nominal de juros de 5% (cinco por cento) ao ano.

Prazo máximo de amortização: para as modalidades Abastecimento de Água,

Esgotamento Sanitário e Manejo de Águas Pluviais e Saneamento Integrado, o

prazo máximo é de até 20 (vinte) anos, enquanto que, para desenvolvimento

institucional de preservação de mananciais, este prazo reduz para 10 (dez) anos.

Seleção de propostas: o processo para a seleção de propostas de operações de

crédito de saneamento, no âmbito do Programa Saneamento para Todos, será

estabelecido pelo Ministério das Cidades, em Instrução Normativa específica, a qual

definirá, dentre outros aspectos, as regras, as diretrizes, os critérios de elegibilidade,

os procedimentos e o calendário para: cadastramento e envio de propostas;

atendimento aos requisitos institucionais; enquadramento nas modalidades do

Programa; hierarquização das propostas; validação das propostas pelos agentes

financeiros; habilitação das propostas para contratação.

Como regra geral, registra-se que o processo de hierarquização e seleção de

propostas observa o perfil da população atendida, a aderência às políticas públicas,

e as características do empreendimento, de forma a priorizar operações que estejam

em estágio mais avançado de elaboração, em relação ao projeto de engenharia,

licenciamento ambiental e regularidade fundiária.

As operações de saneamento básico para atendimento de projetos habitacionais

enquadrados no Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV) terão prioridade para

contratação. O processo de hierarquização e seleção de propostas, por sua vez,

deve priorizar investimentos previstos em planos locais e regionais de saneamento

desenvolvidos com fundamento na Lei nº 11.445/2007.

Acompanhamento e avaliação do programa: o Ministério das Cidades, na

qualidade de gestor da aplicação, é o responsável, dentre outros, pelos resultados

do Programa. Para tanto, deve adotar todas as medidas cabíveis no

acompanhamento e na avaliação do Programa, com o objetivo de corrigir eventuais

desvios e garantir o alcance dos objetivos pretendidos.

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13.1.5. Acesso aos Investimento do Banco Nacional de Desenvolvimento

Econômico e Social

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social atua com linhas de

financiamento divididas em categorias. Considerando as linhas de financiamento

aplicadas a um setor específico, destacam-se: Infraestrutura (energia, logística,

petróleo e gás natural, telecomunicações); Indústria, Comércio, Serviços e

Agropecuária; e Desenvolvimento Social e Urbano (BNDES, 2015).

Na categoria Desenvolvimento Social e Urbano, está incluída a linha de

financiamento direcionada ao Saneamento Ambiental e aos Recursos Hídricos, com

o objetivo de promover o apoio a projetos de investimentos, públicos ou privados,

que visem à universalização do acesso aos serviços de saneamento básico e à

recuperação de áreas ambientalmente degradadas, a partir da gestão integrada dos

recursos hídricos e da adoção das bacias hidrográficas como unidade básica de

planejamento (BNDES, 2016). Assim, a linha Saneamento Ambiental e Recursos

Hídricos financia investimentos relacionados a (BNDES, 2016):

Abastecimento de água;

Esgotamento sanitário;

Efluentes e resíduos industriais;

Resíduos sólidos;

Gestão de recursos hídricos (tecnologias e processos, bacias hidrográficas);

Recuperação de áreas ambientalmente degradadas;

Desenvolvimento institucional;

Despoluição de bacias, em regiões onde já estejam constituídos Comitês; e

Macrodrenagem.

O valor mínimo de financiamento é de R$ 20 milhões (vinte milhões de reais) e a

participação máxima do BNDES nos itens financiáveis dos projetos é de até 70%

(setenta por cento), devendo, o solicitante, arcar com a contrapartida

correspondente. A respeito do prazo total de financiamento, tem-se a determinação

de acordo com a capacidade de pagamento do solicitante (BNDES, 2016).

13.2. Âmbito do Estado da Bahia

No âmbito do Estado da Bahia, o acesso aos investimentos para os componentes de

saneamento básico – objeto desse tomo – ocorre, basicamente, por meio do

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Programa Água para Todos, contemplado no PPA 2016-2019, de responsabilidade

da Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS) e criada pela Lei nº

13.204, de 11 de dezembro de 2014, que tem por finalidade fomentar, acompanhar e

executar estudos e projetos de infraestrutura hídrica, bem como formular e executar

a Política Estadual de Saneamento Básico. Estão vinculadas a esta secretaria a

Agência Reguladora de Saneamento Básico do Estado da Bahia (Agersa), a

Companhia de Engenharia Hídrica e de Saneamento da Bahia (Cerb) e a Empresa

Baiana de Águas e Saneamento S.A (Embasa).

Além desse programa – considerado o mais importante e abrangente, no tocante ao

saneamento no município de Camaçari –, também existe o Projeto Bahia Produtiva,

que contempla ações pontuais, as quais possuem interface com o saneamento. A

responsabilidade pela execução desse projeto é, pois, da Companhia de

Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vinculada à Secretaria de

Desenvolvimento Rural, criada pela Lei nº 13.204/2014.

13.2.1. Programa Água para Todos

A ementa desse Programa, segundo o PPA do estado da Bahia (2106-2016), é:

ampliação e fortalecimento da segurança hídrica; oferta de água para consumo

humano e produtivo; acesso aos serviços de saneamento, tratamento e distribuição

de água para consumo humano; tratamento de esgoto; resíduos sólidos; educação

ambiental; meio ambiente, manejo de recursos hídricos e conservação; segurança

alimentar e nutricional; articulação; integração e descentralização de ações.

As metas desse programa, no âmbito do PPA 2016-2019, que podem ter reflexos

diretos ou indiretos ao município de Camaçari, são listadas a seguir:

Elaborar o Plano Estadual de Saneamento Básico;

Elaborar o Plano Estadual de Segurança Hídrica;

Elaborar o Plano Estadual de Segurança de Barragens;

Implantar o Portal da Água;

Promover um total de 382 (trezentos e oitenta e duas) capacitações e outros

eventos na área de saneamento básico, no Estado

Apoiar a elaboração de 60 (sessenta) Planos Municipais de Saneamento

Básico, sendo que, no Território de Identidade Metropolitano de Salvador,

onde Camaçari está inserido, estão previstos 5 (cinco);

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Fiscalizar os serviços públicos de saneamento básico em municípios

atendidos pela Embasa;

Exercer a regulação dos serviços de saneamento básico (prevista apenas

para o Território de Identidade Metropolitano de Salvador);

Realizar pesquisa de satisfação na área de saneamento básico;

Implantar 60 (sessenta) sistemas de esgotamento sanitário, sendo que, no

Território de Identidade Metropolitano de Salvador, onde Camaçari está

inserido, estão previstas 4 (quatro);

Ampliar 46 (quarenta e seis) sistemas de esgotamento sanitário, sendo que,

no Território de Identidade Metropolitano de Salvador, onde Camaçari está

inserido, estão previstas 11 (onze);

Elaborar 54 (cinquenta e quatro) estudos e projetos para obras de

esgotamento sanitário, sendo que, no Território de Identidade Metropolitano

de Salvador, onde Camaçari está inserido, estão previstos 5 (cinco);

Realizar supervisão técnica de obras de esgotamento sanitário;

Recuperar 9 (nove) barragens, sendo 4 (quatro) previstas para o Território de

Identidade Metropolitano de Salvador;

Ampliar 61 (sessenta e hum) sistemas de abastecimento de água, sendo 16

(dezesseis) previstos para o Território de Identidade Metropolitano de

Salvador;

Elaborar 21 (vinte e hum) projetos executivos de oferta de água, sendo 1

(hum) para o Território de Identidade Metropolitano de Salvador;

Elaborar 43 (quarenta e três) projetos de sistemas de abastecimento de água,

sendo 2 (dois) previstos para o Território de Identidade Metropolitano de

Salvador;

Adquirir materiais e equipamentos para obras de saneamento;

Realizar supervisão técnica de obras de sistemas de abastecimento de água;

Implantar 1 (hum) sistema integrado de abastecimento de água com adutoras

no Território de Identidade Metropolitano de Salvador;

Ampliar 8 (oito) sistemas integrados de abastecimento de água, sendo 4

(quatro) previstos para o Território de Identidade Metropolitano de Salvador;

Implementar o Plano de Abastecimento de Água da Região Metropolitana de

Salvador, Santo Amaro e Saubara;

Executar obras de contenção de processos erosivos;

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Operar 32 (trinta e dois) reservatórios hídricos;

Realizar estudo de suporte aos serviços de saneamento;

Implantar projeto de redução de perdas em sistemas de abastecimento de

água, previsto apenas para o Território de Identidade Metropolitano de

Salvador;

Implantar 10 (dez) projetos de eficiência energética em sistemas de

abastecimento de água e de esgotamento sanitário, sendo 6 (seis) para o

Território de Identidade Metropolitano de Salvador.

13.2.2. Projeto Bahia Produtiva

O Projeto Bahia Produtiva é de autoria do Governo do Estado da Bahia, executado

pela CAR (empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural –

SDR), a partir de um acordo de empréstimo firmado entre o Estado e o Banco

Interamericano de Reconstrução e Desenvolvimento (Banco Mundial). Por meio do

Bahia Produtiva, serão financiados (sem reembolso) subprojetos de inclusão

socioprodutiva e de abastecimento de água e esgotamento sanitário, de interesse e

necessidade das comunidades de baixa renda da Bahia.

Abrangendo todos os 27 (vinte e sete) Territórios de Identidade da Bahia, os

beneficiários podem ser: agricultores familiares, empreendedores da economia

solidária, povos indígenas, comunidades de fundos e fechos de pasto, comunidades

quilombolas, famílias assentadas de reforma agrária. Os componentes e subprojetos

são divididos em: inclusão produtiva e acesso a mercados, sistemas de

abastecimento de água e esgotamento sanitário, desenvolvimento institucional,

apoio técnico e gestão do projeto. Os objetivos são listados a seguir:

Aumentar a interação com o mercado, promover a segurança alimentar e

nutricional, melhorar o acesso ao serviço de abastecimento de água e

esgotamento de domicílios;

Melhorar a infraestrutura básica necessária para apoiar a produção e a

comercialização;

Promover a inclusão econômica e social de mulheres, jovens, povos

indígenas, comunidades tradicionais e empreendedores das economias

solidárias;

Fortalecer a capacidade das associações comunitárias/organizações de

produtores para elaborar e implementar e gerir os subprojetos;

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Promover a adoção de práticas de gestão sustentável de recursos naturais

em áreas de produção.

As características de cada subprojeto que possuem interface com saneamento são

descritas no Quadro 22

Quadro 22 - Características dos subprojetos do projeto Bahia Produtiva que possuem

interface com saneamento.

Características dos Subprojetos

Subprojetos socioambientais

Valor até R$ 270.000,00;

Ações voltadas para a segurança alimentar e nutricional, preservação e recuperação

ambiental de caráter produtivo;

20 a 40 famílias beneficiárias por subprojetos;

Serão beneficiárias as famílias já atendidas por uma entidade de Assistência Técnica de

Extensão Rural (Ater), caso não estejam, os recursos para Ater serão incluídos no

subprojeto, assim como os recursos para o Cadastro Estadual Florestal de Imóveis Rurais

(Cefir);

Subprojetos de abrangência comunitária ou municipal;

Contrapartida obrigatória mínima de 10%, podendo ser financeira ou em bens e serviços

mensuráveis.

Subprojetos de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário

Execução em parceria com a Cerb;

Mínimo de 30 famílias beneficiárias por subprojeto;

Custo máximo de R$ 10.000,00 por família (sistema de água + esgotamento sanitário);

Exclusivo para municípios atendidos pelas Centrais de Associações de água de Seabra e de

Jacobina ou ainda, atendidos pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE);

A execução será por meio de contrato da CAR com uma empresa construtora, mediante

licitação pública;

Não tem contrapartida obrigatória da comunidade, salvo o compromisso de operar, fiscalizar

e manter as estruturas em funcionamento.

Fonte: CAR, 2014.

Observa-se que o segundo subprojeto apresentado no Erro! Fonte de referência

ão encontrada. (Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário) não se aplica a

Camaçari, uma vez que o município não é atendido Central e inexiste SAAE.

A forma de seleção dos subprojetos ocorre por editais de chamadas públicas, cujas

inscrições ocorrem por Manifestação de Interesse (processo simplificado de

proposta). A proposta aprovada terá seu projeto executivo elaborado pela equipe

técnica de suporte. Posteriormente, será firmado convênio da entidade com a CAR.

Cada edital trará suas características especificas e passará pela análise dos

Conselhos Municipais de Desenvolvimento Sustentável (CMDS) e/ou dos

Colegiados Territoriais Desenvolvimento Sustentável (Codeter). O requisito de

seleção é a organização de produtores (associações e cooperativas) legalmente

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instituídos e funcionando regularmente, isto é, com CNPJ atualizado e sem

impedimentos com o Estado. A Figura 40 ilustra o fluxograma do processo até a

implementação do projeto.

Figura 40 - Fluxograma do processo

Fonte: CAR, 2014.

Os recursos do Projeto Bahia Produtiva totalizam US$ 260 milhões de dólares para

um período de 6 (seis) anos (2015-2021), sendo US$ 150 milhões de dólares

provenientes do Banco Mundial, e US$ 110 milhões de dólares do governo do

Estado e dos Beneficiários.

13.2.3. Fontes de Recursos

Dentre as fontes de recursos que compõem o Tesouro Estadual, responsáveis pelas

ações de saneamento fixadas no PPA Estadual (2012/2015), destacam-se: o Fundo

Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza, taxas e multas vinculadas ao

Fundo Estadual da Saúde e recursos dos Royalties (indenizações pela extração de

óleo bruto, xisto betuminoso e gás, utilização de recursos hídricos e exploração de

recursos minerais).

13.2.3.1. Fundo Estadual de Recursos para o Meio Ambiente

Criado pela Lei nº 10431/2006, alterado pela Lei 12.377/2011 e regulamentado pelo

Decreto nº 11.235/2008 e Decreto nº 12.353/2010, o Fundo Estadual de Recursos

para o Meio Ambiente (Ferfa) é um fundo de natureza patrimonial, vinculado à

Secretaria do Meio Ambiente (Sema), que tem por objetivo financiar a execução da

Política Estadual de Meio Ambiente e de Proteção da Biodiversidade.

O Ferfa é dirigido por um Conselho Deliberativo, composto pelo Secretário do Meio

Ambiente que o preside e por representantes do Instituto do Meio Ambiente e

Recursos Hídricos (Inema), da Companhia de Engenharia Hídrica e Saneamento

(Cerb), dos órgãos vinculados à Secretaria do Meio Ambiente e do Conselho

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Estadual do Meio Ambiente (Cepram). Ressalta-se que a Cerb não é mais vinculada

à Sema, e sim à Sihs, ainda que a informação não tenha sido retificada em sua

página virtual.

As receitas do Ferfa são originadas de:

Créditos orçamentários que lhe forem consignados pelo OGU;

Recursos destinados à gestão e preservação do meio ambiente e dos

recursos hídricos, na forma prevista no inciso III do artigo 1º da Lei Estadual

nº 9.281, de 07 de outubro de 2004, referente às compensações financeiras

previstas no §1º do artigo 20 da Constituição Federal, observado o percentual

destinado diretamente ao Fundo Estadual de Recursos Hídricos da Bahia

(Ferhba);

Valores correspondentes às multas administrativas e condenações judiciais

por atos lesivos ao meio ambiente;

Doações, legados, subvenções e quaisquer outras fontes ou atividades;

Valores da arrecadação das taxas pelo exercício do poder de polícia e pela

prestação de serviços, previstas, respectivamente, nos Anexos I e II da Lei nº

11.631, de 30 de dezembro de 2009, ressalvada a Taxa de Controle e

Fiscalização Ambiental, incidente sobre as atividades utilizadoras de recursos

naturais e de atividades potencialmente poluidoras ao meio ambiente, cuja

receita pertence ao órgão executor da Política Estadual de Meio Ambiente;

Rendimentos de qualquer natureza, derivados da aplicação de seu

patrimônio;

Recursos oriundos da cobrança do preço pela concessão de florestas

situadas em terras públicas do Estado, de acordo com o artigo 175 da Lei nº

11.631/2009;

Recursos provenientes de acordos, convênios, contratos ou consórcios.

Os recursos do Ferfa podem ser utilizados para:

Fortalecimento institucional dos órgãos integrantes do Sisema;

Estudos e pesquisas;

Elaboração e atualização do Plano Estadual de Meio Ambiente;

Ações de recuperação ambiental;

Ações de reposição florestal;

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Medidas compensatórias;

Estudos para criação, revisão e gestão das unidades de conservação,

mosaicos e corredores ecológicos;

Projetos de desenvolvimento sustentável;

Educação ambiental;

Ações conjuntas que envolvam órgãos do Sisema.

Os projetos que envolvem esse recurso abarcam público alvo, abrangência, e eixos

temáticos, definidos a partir de linhas de fomentos estabelecidas em consonância

com o Plano Plurianual a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Este fundo possui, ainda, um Plano de Aplicação, que consiste em um instrumento

orientador para a aplicação anual dos recursos, com base nos critérios definidos

pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Cepram), e compatibilizado com o Plano

Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual do Estado, sendo

aprovado pelo Conselho Deliberativo do Ferfa. Contudo, na página virtual da Sema,

o último plano de aplicação disponível refere-se ao ano de 2015.

13.2.3.2. Fundo Estadual da Saúde

Em 04 de maio de 1994, com a Lei nº. 6.581, foi instituído o Fundo Estadual de

Saúde da Bahia (Fesba), regulamentado pelo Decreto nº. 3.916/94, alterado pela Lei

nº. 9.831/05 e novamente regulamentado pelo Decreto nº 10.139/06, onde são

estabelecidas as estruturas e atribuições alocadas e relacionadas à programação e

ao acompanhamento orçamentário das ações que contemplam as diretrizes do

plano de saúde.

O Fesba é a unidade central orçamentária de recursos destinados às ações e aos

serviços de saúde previstos no Plano Estadual de Saúde, com a finalidade de

prover:

Atendimento universalizado, integral regionalizado e hierarquizado à saúde; Vigilância sanitária; Vigilância epidemiológica e ações de saúde de interesse individual e coletivo; Controle e fiscalização das agressões ao meio ambiente; Prestação de apoio técnico e financeiro aos municípios e a execução supletiva de ações e serviços de saúde; Formulação da política e execução de ações de saneamento básico, de comum acordo com os órgãos afins.

O Fesba financia ações de saneamento básico que promovam a qualidade da

saúde, ciente de que as questões de saúde pública estão relacionadas a fatores de

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ordem ambiental e sanitária, em áreas urbanas e rurais. Entre os serviços de

saneamento, enumeram-se:

Recuperação e serviços complementares em infraestrutura para

funcionamento do sistema de saneamento básico;

Aquisição de equipamentos hidráulicos;

Execução de obras e serviços de saneamento básico;

Construção de sistema simplificado de abastecimento agua;

Construção de sistema de abastecimento de agua convencional;

Perfuração de poços;

Construção de sistema integrado de abastecimento de água.

Os recursos são, por conseguinte, direcionados ao financiamento de ações

executadas pela Cerb.

13.2.3.3. Fundo Estadual de Combate à Pobreza

Em 21 de dezembro de 2001 foi sancionada a Lei nº 7.988, que cria a Secretaria de

Combate à Pobreza e às Desigualdades Sociais e insere o Fundo Estadual de

Combate e Erradicação da Pobreza (FUNCEP). A Figura 41 mostra o organograma

desse fundo.

Figura 41 – Organograma do FUNCEP.

Fonte: Casa Civil, 2016.

A partir do Decreto nº10.377/2007 regulamenta a casa Civil para executar as ações

do FUNCEP, com a finalidade de programar, coordenar, executar, supervisionar e

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controlar as atividades do Fundo, articulada com demais unidades centrais do

Sistema Estadual de Planejamento, sistema financeiro e de contabilidade do Estado.

Entre as ações financiadas pelo FUNCEP, estão: Habitação de Interesse Social,

Programa Luz para Todos, Agricultura Familiar, Economia Solidária, Pesca

Artesanal, Segurança Alimentar, Assistência Social, Alfabetização, Aumento da

Escolaridade, Qualificação Profissional, com destaque para o Programa Água para

Todos.

13.2.3.4. Fundo Estadual de Recursos Hídricos

A Lei nº 8.194, de 21 de janeiro de 2002, criou o Fundo Estadual de Recursos

Hídricos (Ferhba), de natureza patrimonial, vinculado à Secretaria do Meio Ambiente

(Sema). Este fundo deve ser administrado por um Conselho de Administração e tem,

como objetivo, dar suporte financeiro à Política Estadual de Recursos Hídricos e às

ações previstas no Plano Estadual de Recursos Hídricos e nos Planos de Bacias

Hidrográficas.

As receitas do Ferhba são decorrentes de: cobrança pelo uso dos recursos hídricos;

20% (vinte por cento) dos recursos destinados à gestão e preservação do meio

ambiente e dos recursos hídricos; rendimentos de qualquer natureza derivados de

aplicação de seu patrimônio; recursos provenientes de acordos, convênios,

contratos ou consórcios; recursos provenientes de ajuda ou cooperação

internacional e de acordos entre Governos na área de recursos hídricos; doações,

legados e contribuições em dinheiro, provenientes de pessoas físicas ou jurídicas,

nacionais ou estrangeiras, observadas as disposições legais pertinentes; e outras

receitas destinadas por lei.

A aplicação dos recursos do Ferhba será orientada pelo Plano Estadual de Recursos

Hídricos e pelos Planos de Bacias Hidrográficas, devendo ser compatibilizada com o

Plano Plurianual, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e com o Orçamento Anual

do Estado.

Os recursos são destinados a: estudos, programas, projetos, pesquisas e obras na

área de recursos hídricos; desenvolvimento de tecnologias para o uso racional das

águas; operação, recuperação e manutenção de barragens; projetos e obras de

sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário; melhoria da qualidade

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e elevação da disponibilidade da água; comunicação, mobilização, participação e

controle social para o uso sustentável das águas; educação ambiental para o uso

sustentável das águas; fortalecimento institucional, capacitação dos integrantes do

Sistema Estadual de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Segreh); e custeio do

Segreh.

13.3. Âmbito Municipal

13.3.1. Taxas e Tarifas

No âmbito municipal, uma das modalidades mais utilizadas para o financiamento dos

serviços públicos de saneamento é a cobrança direta aos usuários pela prestação

dos serviços, valendo-se, para tanto, de taxas e tarifas, consideradas como fontes

primárias para o financiamento das ações.

Dessa maneira, a cobrança direta ao usuário pode ocorrer por meio de:

Taxa - valor fixo cobrado mensalmente, mais adequada para serviços nos

quais não se faça possível medir individualmente, como ocorre com os

serviços de drenagem e limpeza urbana como exemplo temos o IPTU;

Tarifa - valor cobrado de acordo com a utilização do serviço pelo usuário, no

qual o serviço é medido por instrumentos de medição ou por percentuais de

uso, a exemplo dos serviços de abastecimento de água e esgotamento

sanitário.

Em Camaçari, os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário são

prestados majoritariamente pela Embasa. O valor da tarifa, no município, é definido,

reajustado e revisado pela Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento Básico

(Agersa) do estado da Bahia, de modo a permitir a sustentabilidade econômico-

financeira dos contratos de prestação dos serviços. Já o serviço de drenagem e

manejo de águas pluviais urbanas não tem cobrança, mas o IPTU pode ser uma

alternativa a fim de melhorar

Os recursos originários das taxas/tarifas podem ser suficientes para financiar os

serviços e alavancar seus investimentos, diretamente ou mediante empréstimos. Em

alguns casos, inclusive, pode suprir a demanda por investimentos, trazendo certa

independência de empréstimos a médio ou a longo prazo.

Importante salientar que a política tarifária deve ser bem formulada e considerar o

poder de pagamento dos usuários, podendo adotar subsídios tarifários e não

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tarifários para os usuários e as localidades que não tenham capacidade de cobrir o

custo integral dos serviços. Assim, para eleger os usuários cabíveis de receber

subsídio, deve-se levar em conta as características dos lotes urbanos, o nível de

renda da população, além das características dos serviços prestados na área

atendida.

Os subsídios assumem três modalidades. A primeira aqui descrita é à oferta, no qual

o poder público transfere recursos do orçamento fiscal para financiar a implantação,

expansão ou ampliação dos sistemas de saneamento básico, indo até o

financiamento de parte ou do total da operação e manutenção dos sistemas, onde

existir baixa sustentabilidade financeira. Isto ocorre, em geral, nos municípios de

pequeno porte (PMSB Guidoval/MG, 2013).

Os subsídios à demanda, consistem na modalidade por meio do qual o poder

público transfere parte ou toda a cobrança pelos serviços dirigidos a ele diretamente

ao usuário, de acordo com critérios de necessidade estabelecidos previamente. Este

tipo, porém, é pouco difundido no sistema brasileiro de financiamento do

saneamento básico (PMSB Guidoval/MG, 2013).

Ambas modalidades de subsídios acima apresentadas provêm do orçamento fiscal

das unidades federadas, dependentes, portanto, da adimplência de toda a

sociedade quanto ao pagamento dos impostos (PMSB Guidoval/MG, 2013).

A terceira modalidade é o subsídio cruzado, onde os custos dos serviços são

rateados entre os usuários do sistema de saneamento básico, em proporções

diferentes, mediante critérios que reproduzam a diferenciação de renda da

comunidade beneficiada. Esta modalidade é bastante utilizada no sistema tarifário

dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, mediante a

classificação dos usuários em categorias e faixas de consumo (PMSB Guidoval/MG,

2013).

13.3.2. PPA, LOA, LDA e FMDU

PPA, LOA e LDA

O Plano Plurianual (PPA) é o instrumento de planejamento governamental de médio

prazo, previsto no artigo 165 da Constituição Federal, regulamentado pelo Decreto

2.829, de 29 de outubro de 1998 e estabele diretrizes, objetivos e metas da

Administração Pública para um período de 4 anos, organizando as ações do

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governo em programas que resultem em bens e serviços para a população. É

aprovado por lei quadrienal, tendo vigência do segundo ano de um mandato

majoritário até o final do primeiro ano do mandato seguinte. Nele devem constar,

detalhadamente, os atributos das políticas públicas executadas, tais como metas

físicas e financeiras, público-alvos, produtos a serem entregues à sociedade, etc

(SEGPLAN – GO, 2016).

A Lei Orcamentária Anual (LOA) é o instrumento que possibilita a realização das

metas e das prioridades estabelecidas na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). É

um plano de trabalho descrito por um conjunto de ações a serem realizadas para

atender à sociedade. É onde se estabelece a previsão de todas as receitas a serem

arrecadadas no exercício financeiro e a fixação de todos os gastos que os Poderes e

os órgãos estão autorizados a executar (CNM, 2013).

A integração entre o PPA, a LDO e a LOA é um valioso instrumento para a gestão

dos atuais prefeitos, pois difunde as políticas municipais e garante a informação

sobre a origem das receitas e sua destinação, o que será avaliado pelos Poderes

Legislativos locais e pela população em geral (.

No muncipio de Camaçari, o PPA 2014-2017 foi intituido pela Lei nº. 1318 de 30 de

dezembro de 2013, onde em seu art. 3º diz que a programação consnatnte nesse

plano deverá ser financiada por recursos oriundos do Tesouro do Município e das

suas Autarquias, das Operações de Crédito Internas e Externas, dos convênios com

Estado, União e Empresas.

De acordo com o § 2º do art. 6º, a LDO e LOA, anualmente, poderão promover

ajustes como a inclusão, alteração ou exclusão de ações previstas nos programas

do PPA, respeitadas a metodologia e sistemática definida pelo Órgão Central de

Orçamento, devidamente autorizado pelo Chefe do Poder Executivo. O art. 7º

complementa dizendo que a revisão do PPA, quando necessário, será enviada a

Câmara Municipal para apreciação, no prazo de encaminhamento da Lei de

Diretrizes Orçamentárias.

Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano

No município de Camaçari existe o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano

(FMDU) previsto no PDDU e no Código Urbanisctico, mas que ainda carece de

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regulamentação para que possa funcionar e aplicar recursos em projetos ligados a

politica de desenvolvimento urbano, inclusive saneamento.

13.4. Âmbito Internacional

Além das formas de obtenção de recursos já mencionadas, é possível também

buscar recursos ou apoio técnico junto aos organismos internacionais, o que pode

ser realizado por meio de empréstimos, consultoria ou assistência técnica, conforme

mecanismos de cooperação.

Quando a parceria advém do intermédio de cooperação com organismos

internacionais, deverão ser observadas as regras estabelecidas pelo Decreto nº

5.151, de 2004. O referido Decreto trata dos procedimentos a serem observados

pelos órgãos e pelas entidades da Administração Pública Federal direta e indireta

para fins de celebração de atos complementares de cooperação técnica, recebidos

de organismos internacionais. Complementarmente, dispõe ainda sobre a aprovação

e gestão de projetos vinculados aos referidos atos de cooperação, cujos recursos

aportados pelos projetos venham a ser implementados sob a modalidade de

Execução Nacional.

Dentre as instituições internacionais mencionadas, destacam-se o Banco

Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) e o Banco Interamericano

de Desenvolvimento (BID), que, em conjunto com a Associação Internacional de

Desenvolvimento (AID), forma o Banco Mundial. Esta instituição é constituída por

membros de 185 (cento e oitenta e cinco) países desenvolvidos e em

desenvolvimento.

Em geral, as condições financeiras, em termos de taxa de juros, são mais favoráveis

quando comparadas aos empréstimos do mercado nacional. No entanto, o acesso é

limitado a grandes empreendimentos e sujeito a riscos cambiais.

Segundo a ANA (2015), o Programa de Desenvolvimento do Setor Água

(Interáguas), financiado com recursos do Banco Mundial, nasceu da necessidade de

se buscar uma melhor articulação e coordenação de ações relacionadas aos

recursos hídricos, melhorando sua capacidade institucional e de planejamento

integrado e criando um ambiente integrador, no qual seja possível dar continuidade

a programas setoriais exitosos, tais como o Programa de Modernização do Setor

Saneamento (PMSS) e o Programa Nacional de Desenvolvimento dos Recursos

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Hídricos (Proágua). Além disso, promove o fortalecimento de iniciativas de

articulação intersetorial, que visam aumentar a eficiência no uso da água e na

prestação de serviços associados.

Para cumprimento de seus objetivos, o Programa está estruturado em cinco

componentes, que são:

Gestão de Recursos Hídricos;

Água, Irrigação e Defesa Civil;

Abastecimento de Água e Saneamento;

Coordenação Intersetorial e Planejamento Integrado;

Gerenciamento, Monitoramento e Avaliação.

A implementação do Interáguas é compartilhada entre os seguintes ministérios:

Ministério do Meio Ambiente (MMA), por meio da Secretaria de Recursos

Hídricos e Ambiente Urbano (SRHU) e da Agência Nacional de Águas (ANA);

Ministério da Integração Nacional (MI), por meio da Secretaria de

Infraestrutura Hídrica (SIH), da Secretaria Nacional de Irrigação (Senir), da

Secretaria Nacional de Defesa Civil (Sedec) e da Secretaria Executiva

(Secex);

Ministério das Cidades (MCidades), por meio da Secretaria Nacional de

Saneamento Ambiental (SNSA).

Em função das ações e atividades a serem apoiadas pelo Programa, são envolvidos,

em casos específicos, o Ministério de Minas e Energia (MME), o Ministério dos

Transportes (MT), o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o

Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Ministério da Saúde (MS), por

meio da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Tal envolvimento ocorre nos casos

em que as ações considerem, por exemplo, o planejamento da produção

hidrelétrica, das hidrovias, da agricultura e do abastecimento de água de populações

rurais dispersas.

Os investimentos do Interáguas, para o período 2011/2016, era de US$ 143,11

milhões, sendo que o Banco Mundial financiaria 75% (setenta e cinco por cento) do

total do Programa, que equivalente a US$ 107,3 milhões. A Tabela 48, apresenta a

distribuição anual dos investimentos do programa (em US$ 1.000,00), segundo o

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executor. Ressalta-se, em oportuno, que não se tem informações sobre os

investimentos nos próximos anos do programa.

Tabela 48 - Distribuição anual dos investimentos do programa por executor (em US$ 1.000,00).

Ano MMA MI MCidades Total

Valor % Valor % Valor % Valor %

2011 4.218 8 513 1 1.765 4 6.496 5

2012 10.540 20 3.933 8 8.185 20 22.658 16

2013 9.730 18,5 18.399 37 9.715 24 37.844 26

2014 14.131 26,8 12.584 26 10.242 25 36.957 26

2015 8.639 16,4 10.194 21 5.840 14 24.673 17

2016 5.443 10,3 3.595 7 5.176 13 14.214 10

Total 52.701 100 49.218 100 40.923 100 142.842 100

Fonte: INTERÁGUAS, 2010.

13.5. Participação do Capital Privado

As Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico, fixadas pela Lei nº 11.445/2007

e pelo Plansab, preveem a possibilidade de parcerias com as instituições privadas,

com estabelecimento de contrapartidas de investimentos e de períodos de

concessões dos serviços, de maneira a garantir a prestação do serviço e o lucro da

empresa. Todavia, essas parcerias devem ser bem avaliadas pelo município e pelos

usuários dos serviços, a fim de que todos envolvidos sejam beneficiados nesse

processo.

Nas parcerias firmadas entre o poder público e a iniciativa privada, existem diversas

formas de financiamento, elencadas a seguir.

Parceria Público-Privada

Em dezembro de 2004, o governo brasileiro publicou a Lei n.º 11.079, que institui as

Parcerias Público-Privadas (PPP), criando normas gerais para licitação e

contratação entre entidades privadas e administração pública. Trata-se de uma

medida tomada pelo governo com o intuito de auxiliar o regime da Lei de Licitações,

em busca de alternativas de financiamento em gestão de obras públicas e de

redução da participação do Estado na economia (CARTILHA PPP, [2015]).

Tal instituto visa à realização de obras de grande porte e à prestação de serviços

públicos via concessões patrocinadas ou administrativas, em que se verificam o

compartilhamento dos riscos do empreendimento entre as partes envolvidas, bem

como o financiamento predominantemente privado (CARTILHA PPP, [2015]).

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Assim, a Lei n.º 11.079/2004 define a modalidade patrocinada como “a concessão

de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei n.º 8.987 de 13 de

fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários,

contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado”; ou seja, trata-se

de concessão comum8 onde o Estado realiza alguma forma de contraprestação.

Nesse contexto, cumpre pontuar que, geralmente, os investimentos privados são

financiados via BNDES (tesouro nacional) a juros baixos.

Já a PPP na modalidade administrativa é entendida como “o contrato de prestação

de serviços de que a Administração pública seja a usuária direta ou indireta, ainda

que envolva execução de obra ou fornecimento e instalação de bens” (BRASIL,

2004). Nesta modalidade, o parceiro privado será remunerado unicamente pelos

recursos públicos orçamentários, após a entrega do contratado.

Portanto, os contratos de PPPs constituem mecanismo de alavancagem de recursos

para projetos de infraestrutura de interesse social, por meio de investimentos

privados, especialmente para entes federativos com maiores restrições

orçamentárias (PMSB Guidoval/MG, 2013).

Entretanto, segundo o professor Joaquim Poças, da Faculdade de Engenharia do

Porto - Portugal, o sucesso das PPPs depende da boa gestão prevista em contrato.

Ele acrescenta ainda que é preciso conhecer, com antecedência, o que será

solicitado ao setor privado, com vistas a evitar surpresas. Logo, quanto mais

detalhado forem os termos acordados, maiores serão as chances de

sustentabilidade das ações (ABES/MG, 2012).

Build-Own-Transfer, Build-Transfer-Operate e Build-Own-Operate

Esta forma de participação privada, já adotada por vários municípios no Brasil, foi a

predominante nas primeiras concessões à iniciativa privada, após a promulgação da

Lei de Concessões. Resumidamente, seu objetivo é a ampliação da produção de

água tratada ou a implantação de sistemas de tratamento de esgotos (PRS, 2014).

8 Segundo a Lei nº 11.079/2004, a concessão comum não constituirá parceria público-privada

“quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado”. Nesse

caso, a concessão continuará sendo regida pela Lei de Concessões e legislação correlata.

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Constitui-se, pois, de uma opção em situações nas quais o poder público não dispõe

de recursos financeiros, nos casos em que as condições locais ou a orientação

político-ideológica não favorecem uma concessão privada plena, ou nas situações

em que a implantação de sistemas de produção de água e de tratamento de esgoto

afigure-se como uma ação urgente (PRS, 2014).

Então, nesta forma de financiamento, os sistemas de distribuição de água e de

coleta de esgotos continuam sendo operados pelos prestadores, os quais mantêm,

sob sua responsabilidade, a cobrança das tarifas de água e esgotos, estabelecendo

mecanismos de transferência de parte destas receitas tarifárias ao concessionário

do BOT (PRS, 2014). De modo geral, os contratos de BOT, BTO e BOO estão

normalmente associados a investimentos em nova infraestrutura.

No BOT, o parceiro privado constrói e opera por determinado período, ao final do

qual os ativos são transferidos ao setor público. Uma característica da BOT é a

alocação do risco comercial junto ao poder público. Assim, ainda que parcela da

remuneração do contratado seja atrelada à arrecadação de tarifas, o governo

compromete-se a adquirir, ao menos, uma quantidade mínima de serviço, o que

significa a garantia de um piso de remuneração para a empresa (PMSB

Guidoval/MG, 2013).

Em uma das variações possíveis, o BTO corresponde a um contrato onde o parceiro

privado constrói a nova estrutura a ser incorporada ao patrimônio do setor público e

alugada ao próprio parceiro privado (PRS, 2014). Noutra variação, o parceiro privado

retém a propriedade sobre o bem construído, e este só será transferido ao setor

público se e quando ele determinar a expropriação. Neste caso, como a operação do

sistema, ainda que privado, requer algum tipo de licença ou franquia por parte do

poder público, a atividade poderá ser interrompida por ato do governo, que, em

seguida expropriará a infraestrutura mediante indenização (PMSB Guidoval/MG,

2013)..

14. HIERARQUIZAÇÃO DAS INTERVENÇÕES

A Hierarquização das prioridades é uma etapa importante do planejamento dos

serviços, quando elenca as principais questões a serem resolvidas no território

municipal.

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As ferramentas metodológicas utilizadas trazem consistência à decisão, quando

utilizam aspectos técnicos, ambientais, sociais, envolvendo os diferentes atores

sociais, para definir as prioridades de investimentos no território.

Nesse sentido, o gestor tem a possibilidade se organizar para a realização de

investimentos, inserindo nos Planos Pluri Anuais as previsões de investimentos em

saneamento básico, se estruturando para pleitear recursos de editais de fomento

dos entes federais e estaduais, bem como elaborando os projetos executivos do

município.

É importante mencionar que os projetos envolvem diversas ações seja no âmbito do

prestador de serviço seja no âmbito do titular, o Município, conforme descrito no

Produto 8 – Tomos I, II, III e IV. Essa variedade de atores envolvidos exige um

grande esforço para a implelentação das ações e a artiticulação das funções

complementares.

Assim, com o objetivo de viabilizar a criação de uma agenda intersetorial e

embasada nas demandas existentes nas áreas de planejamento do município,

apresenta-se a hierarquização dos programas projetos e ações proposto pelo Plano

Municipal de Saneamento Básico e seus respectivos Planos de Investimento ao

longo do horizonte de planejamento.

14.1. Gestão dos Serviços de Saneamento

14.1.1. Programa: Educação Ambiental

Este programa é composto pelos seguintes projetos: Educação Ambiental nas

Escolas, Educação Ambiental voltada aos Povos e Comunidades Tradicionais,

Educação Ambiental para Promoção do Saneamento Eficiente, Eficaz e Efetivo na

Zona Urbana e Educação Ambiental para Promoção do Saneamento na Zona Rural.

Cada projeto abarca ações a serem executadas pela prefeitura em todo o território

do município de Camaçari.

Os objetivos principais do programa englobam o incentivo ao desenvolvimento da

conscientização e do senso de responsabilização social e ambiental dos moradores

quanto à participação nos processos decisórios no âmbito dos serviços de

saneamento, além de promover a estruturação necessária à excecução das ações

previstas no PMSB, de forma que as mesmas tenham eficiência e aceitação dos

usuários na implantação.

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O Quadro 23 desmonstra o resultado da metodologia aplicada a cada projeto do

programa Educação Ambiental para o município de Camaçari. Ressalta-se que,

diferentemente da metodologia aplicada às demais componentes do saneamento,

mostrada nos itens anteriores, para a Gestão dos Serviços de Saneamento não

ocorreu distinção por distrito, visto que a abrangência das ações possui caráter

estruturante e engloba todo o território do município.

Quadro 23 - Matriz impacto/incerteza/intensidade o Programa Educação Ambiental para o município de Camaçari.

Projetos Impacto Incerteza Intensidade Resultado

Projeto: Educação Ambiental nas Escolas 5 1 3 15

Projeto: Educação Ambiental voltada aos Povos e Comunidades Tradicionais

5 3 3 45

Projeto: Educação Ambiental para Promoção do Saneamento Eficiente, Eficaz e Efetivo na

Zona Urbana 5 3 3 45

Projeto: Educação Ambiental para Promoção do Saneamento na Zona Rural

5 3 3 45

Fonte: Saneando Projeto de Engenharia e Consultoria, 2016.

O projeto Educação Ambiental nas Escolas apresentou valor resultante na

importância de 15, obtido através das considerações de alto impacto (ponderação

5), devido a sua importância para o despertar da conscientização ambiental na

juventude do município, baixa incerteza (ponderação 1), motivado pelo aparente

empenho da administração pública em promover campanhas nesse intuito, e média

intensidade (ponderação 3), devido à visibilidade que o projeto em questão visa

alcançar.

Para o projeto Educação Ambiental Voltada aos Povos e Comunidades Tradicionais

foi obtido o valor resultante na importância de 45, resultante da consideração de alto

impacto (ponderação 5), devido à importância para a eficiência da implantação das

ações previstas no PMSB, média incerteza (ponderação 3), motivado pelo aparente

empenho da administração pública na execução de projetos com esse cunho, e

média intensidade (ponderação 3), determinado pela visibilidade que o projeto pode

ter na comunidade envolvida.

O projeto Educação Ambiental para Promoção do Saneamento Eficiente, Eficaz e

Efetivo na Zona Urbana possui significativa importância para a eficiência na

execução das ações previstas no PMSB no município de Camaçari, visto que a

aceitação dos moradores contemplados pelas intervenções tem relação direta com o

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sucesso do projeto executado. Diante do exposto, o projeto em questão obteve

resultado na importância de 45, resultante da consideração de alto impacto

(ponderação 5), média incerteza (ponderação 3) e média intensidade (ponderação

3).

Por fim, o projeto Educação Ambiental para Promoção do Saneamento na Zona

Rural apresentou valor resultante na importância de 45, obtido através das

considerações de alto impacto (ponderação 5), média incerteza (ponderação 3) e

média intensidade (ponderação 3). Semelhante ao projeto anteriormente descrito,

este também possui extrema importância para execução plena das ações previstas

no PMSB para a zona rural do município, devido a relação direta entre o sucesso na

implantação das ações e a aceitação da comunidade contemplada.

14.1.2. Programa Fortalecimento da Gestão

O presente programa é composto por cinco (05) projetos, são eles: Valorização da

Gestão Integrada das Políticas Públicas; Estruturação da Coordenadoria de

Saneamento, Responsabilidade, Participação e Controle Social; Integração entre os

Entes Envolvidos com o Saneamento e Integração e Valorização da Legislação

Urbanística ao Saneamento Básico. Cada projeto abarca ações a serem executadas

pela prefeitura em todo o território do município de Camaçari. O programa propõe a

implantação de ações de caráter estruturante objetivando estruturar a gestão do

município para dar subsídio à implantação das intervenções propostas no PMSB.

O quadro a seguir demonstra o resultado da metodologia aplicada a cada projeto do

programa Fortalecimento da Gestão para o município de Camaçari. Como descrito

anteriormente, ressalta-se que para a Gestão dos Serviços de Saneamento na

aplicação da metodologia não ocorreu distinção por distrito, visto que a abrangência

das ações propostas possui caráter estruturante e engloba todo o território do

município.

Quadro 24 - Matriz impacto/incerteza/intensidade do Programa Fortalecimento da Gestão.

Projetos Impacto Incerteza Intensidade Resultado

Projeto: Valorização da Gestão Integrada das Políticas Públicas

5 1 5 25

Projeto: Estruturação da Coordenadoria de Saneamento

5 1 5 25

Projeto: Responsabilidade, Participação e Controle Social

5 3 3 45

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Projetos Impacto Incerteza Intensidade Resultado

Projeto: Integração Entre os Entes Envolvidos com o Saneamento

5 3 3 45

Projeto: Integração e valorização da Legislação Urbanística ao Saneamento

Básico 5 3 3 45

Fonte: Saneando Projeto de Engenharia e Consultoria, 2016.

Ambos os projetos de Valorização da Gestão Integrada das Políticas Públicas e

Estrturação da Coordenadoria de Saneamento obteveram resultado na impotância

de 25, motivados pelas considerações de alto impacto (ponderação 5), baixa

incerteza (ponderação 1) e alta intensidade (ponderação 5). O resultado mostra que

a execução dos projetos possui elevada importância para a melhora das condições

de saneamento no município e, devido a isso, tendem a ter alta visibilidade para a

população. Aliado a esse cenário, foi avaliado ainda que os mesmos apresentaram

baixa incerteza para execução devido à demonstração da administração pública de

empenho na implantação de ações com essa temática.

Para o projeto de Responsabilidade, Participação e Controle Social o resultado

obtido foi de 45, devido às considerações de alto impacto (ponderação 3), média

incerteza (ponderação 3) e média intensidade (ponderação 3). Esse projeto possui

extrema importância para o fomento ao incentivo da participação da população nos

processos decisórios que envolvem o saneamento no município e possui relação

direta com o sucesso da implantação das instervenções previstas no PMSB, além de

poder contribuir para a melhora contínua do mesmo.

Os projetos de Integração Entre os Entes Envolvidos com o Saneamento e

Integração e Valorização da Legislação Urbanística ao Saneamento Básico

apresentaram resultado na importância de 45, obtido através das considerações de

alto impacto (ponderação 5), média incerteza (ponderação 3) e média intensidade

(ponderação 3). Ambos os projetos propõem a integração do saneamento com as

demais políticas municipais e com os diversos setores da administração pública,

objetivando a maior eficiência na estruturação e execução dos serviços de

saneamento no município.

14.1.3. Projetos X Prazos

O Quadro 25 apresenta um resumo da hierarquização das intervenções, elaborado

para facilitar a visualização das prioridades. Os resultados determinados na

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hierarquização representam prazos (emergencial, curto, médio e longo) para o início

da implantação de cada projeto. Ressaltando que cada projeto possui diversas

ações no seu escopo e cada ação pode iniciar em um período diferenciado das

demais. No item Plano de Investimento essa diferenciação será melhor abordada.

Para o presente item foi considerado o período de início mais crítico, ou seja, a ação

que se iniciaria mais cedo dentro do mesmo projeto.

Quadro 25 -Horizontes de implantação dos projetos para a Gestão dos Serviços de Saneamento.

Programas, Projetos e Ações Resultado Prazo

PROGRAMA: Educação Ambiental

Projeto: Educação Ambiental nas Escolas 15 Médio

Projeto: Educação Ambiental voltada aos Povos e Comunidades Tradicionais

45 Curto

Projeto: Educação Ambiental para Promoção do Saneamento Eficiente, Eficaz e Efetivo na Zona

Urbana 45 Curto

Projeto: Educação Ambiental para Promoção do Saneamento na Zona Rural

45 Curto

PROGRAMA: Fortalecimento da Gestão

Projeto: Valorização da Gestão Integrada das Políticas Públicas

25 Curto

Projeto: Estruturação da Coordenadoria de Saneamento

25 Curto

Projeto: Responsabilidade, Participação e Controle Social

45 Curto

Projeto: Integração entre os entes envolvidos com o Saneamento

45 Curto

Projeto: Integração e valorização da Legislação Urbanística ao saneamento básico

45 Curto

Fonte: Saneando Projeto de Engenharia e Consultoria, 2016.

Dessa forma, seguindo a metodologia estabelecida, é possível visualizar que os

resultados com valores de 25 e 45 apresentam necessidade de implantação em

curto prazo, enquanto que o resultado com valor de 15 apresenta necessidade de

implantação em médio prazo.

A título de simplificação, foi elaborado o quadro seguinte (Quadro 26), onde é

possível identificar a hierarquização dos projetos. Pela análise dos valores e dos

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prazos listados, vê-se que, apenas 01 (hum) projeto apresenta execução prevista

para o médio prazo, enquanto que os demais devem ser iniciados em curto prazo.

Quadro 26 - Resumo dos prazos por projeto.

PROGRAMAS PROJETOS HORIZONTES

PROGRAMA: Educação Ambiental

Projeto: Educação Ambiental nas Escolas

15

Projeto: Educação Ambiental voltada aos Povos e Comunidades Tradicionais

45

Projeto: Educação Ambiental para Promoção do Saneamento Eficiente, Eficaz

e Efetivo na Zona Urbana

45

Projeto: Educação Ambiental para Promoção do Saneamento na Zona Rural

45

PROGRAMA: Fortalecimento

da Gestão

Projeto: Valorização da Gestão Integrada das Políticas Públicas

25

Projeto: Estruturação da Coordenadoria de Saneamento

25

Projeto: Responsabilidade, Participação e Controle Social

45

Projeto: Integração entre os entes envolvidos com o Saneamento

45

Projeto: Integração e valorização da Legislação Urbanística ao saneamento

básico

45

Fonte: Saneando Projeto de Engenharia e Consultoria, 2016.

Vale ressaltar que o horizonte de execução das ações dos projetos previstos para a

Gestão dos Serviços de Saneamento é definido em conjunto ao horizonte de

execução das ações das demais componentes, visando a integração entre as

intervenções para o sucesso da implantação do PMSB. Como exemplo temos a

ação que prevê a ampliação da rede pública de coleta de esgoto e progressiva

desativação das soluções individuais adotadas na zona urbana, que deve ser

executada em paralelo à ação de campanhas de incentivo à população a efetuação

da ligação dos domicílios à rede pública de esgoto.

14.2. Abastecimento de Água

14.2.1. Programa “Gestão Sustentável”

O programa Gestão sustentável, conforme observa-se no Quadro 24, é composto

por três projetos: melhoria da qualidade do serviço prestado, melhoria do

monitoramento da qualidade da água e controle de perdas. O primeiro engloba

ações que devem ser implementadas tanto pelo prestador de serviço (Embasa)

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quanto pelo titular do serviço (Prefeitura), já o segundo as ações são voltadas

sobretudo para dirimir o déficit de acompanhamento da qualidade da água advinda

dos sistemas implantados pela Cerb e das soluções alternativas individualizadas,

logo de responsabilidade da Prefeitura/VISA. O projeto de controle de perdas

contempla basicamente ações que devem ser implantadas pela Embasa, entretanto

ressalta-se que bons resultados só serão possíveis com a colaboração das diversas

esferas, poder publico e população, uma vez que as perdas aparentes são

associadas principalmente as ocupações irregulares onde a consessionária não tem

respaldo legal para ampliar o serviço, como a população não pode ficar sem água

ela faz a ligação clandestina conhecida como “gato”. Assim fica claro que esse

problema só será sanado ao longo do horizonte de planejamento se envolver

esforços de todos os entes envolvidos de forma integrada.

O Quadro 27 mostra o resultado da medotologia aplicada aos projetos por área de

planejamento.

Quadro 27 - Matriz impacto/incerteza/intensidade para os projetos do programa Gestão Sustentável para cada distrito.

Projeto Distritos

Melhoria da Qualidade do Serviço

Prestado

Sede

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 5 3 75

Abrantes

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 5 3 75

Monte Gordo

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 5 3 75

Melhoria do Monitoramento da Qualidade da Água

Sede

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

1 5 1 5

Abrantes

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 5 3 75

Monte Gordo

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 5 3 75

Controle de Perdas

Sede

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

3 5 3 45

Abrantes

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 5 3 75

Monte Gordo

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

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Projeto Distritos

5 5 3 75

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

Sede

Abastecida pelo Sistema Local de Abastecimento de Água de Camaçari e compondo

o maior percentual de atendimento por rede geral (96,51%, de acordo com os dados

evidenciados no Produto 04) entre os distritos, o projeto de Melhoria da Qualidade

do serviço de abastecimento de água guarda grande importância para a sede, em

particular. Explica-se: a unidade da Embasa em Camaçari dispõe de assessoria de

comunicação encarregada de repassar as informações quanto às paralizações para

a mídia local, reservando o modelo de call center como canal de diálogo entre a

empresa e o usuário. Nesse aspecto, faz-se útil a criação de uma página virtual

dedicada à transparência e a atualização dos dados quanto ao serviço prestado,

considerando, em oportuno, a qualificação da Embasa como “regular”, na opinião de

algumas comunidades entrevistadas (Produto 04, p. 152-161). Complementarmente,

considerando as outras ações que incorporam este projeto, como a implantação do

sistema de captação de água de chuva em imóveis públicos, a elaboração do Plano

de Segurança da Água, e a melhoria da segurança, tem-se: alto impacto

(ponderação 5), alta incerteza (ponderação 5) e média intensidade (ponderação 3),

apresentando como resultado a importância de 75.

A alta qualidade da água bruta captada em poços profundos, para o Sistema de

Abastecimento de Água - SAA de Camaçari, demanda baixo investimento no

tratamento da água antes da distribuição (Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de

Abastecimento de Água, p. 119). No entanto, nenhum dos poços dispõe de

tubulação auxiliar para medição do nível d’água, o que implica no desconhecimento

da situação hídrica durante o bombeamento. Ademais, a água reservada no RAD

não é analisada, sendo uma falha grave do sistema. Finalmente, no que concerne a

opinião de moradores, foi registrada a insatisfação de algumas comunidades em

relação à água servida (Produto 04, p. 152-161). Por tais razões, o projeto de

Melhoria do Monitoramento da Qualidade da Água pode ser considerado como de

baixo impacto (ponderação 1), alta incerteza (ponderação 5) e baixa intensidade

(ponderação 1), cujo valor final (5) demanda a implantação a longo prazo.

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O SAA de Camaçari apresenta 44% de índice de perda na distribuição, com três

zonas consideradas críticas (Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de

Abastecimento de Água, p. 148) – resultado superior à média nacional. Demais, a

população reportou intermitência no abastecimento de água, o que remete à

utilização de fontes alternativas para captação – fato conhecido por elevar os riscos

de contração de doenças, como amebíase e diarreia. Devido à espacialização deste

distrito, às irregularidades na ocupação urbana e ao crescimento populacional, a

ponderação quanto às campanhas para uso consciente dos recursos hídricos e de

combate às ligações clandestinas também se mostra relevante. Inclui-se também a

importância do desenvolvimento de campanha para negociação de dívidas com

usuários inadimplentes e para conscientização da importância do pagamento em

dia, em adição ao monitoramento do consumo de água em imóveis públicos – ações

previstas no projeto aludido. Com isso, para o projeto de Controle de Perdas,

advém: médio impacto (ponderação 3), alta incerteza (ponderação 5), média

intensidade (ponderação 3), obtendo como resuldo o valor de 45.

Abrantes

Em virtude dos registros de casos de violência no local onde se tem instalado o

reservatório do Sistema Integrado de Abastecimento de Água de Machadinho

(Produto 04 - Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água, p. 180), que

abastece o distrito de Abrantes, assim como da opinião pública registrada em

entrevista quanto à prestadora de serviços – entre “regular” e “bom”, de acordo com

o mesmo Produto 04 acima referenciado – e a utilização de poços artesianos

(9,14%, qualificando o distrito como o segundo maior percentual com esta

configuração no município), o projeto de Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado

foi avaliado como de alto impacto (ponderação 5), alta incerteza (ponderação 5) e

alta intensidade (ponderação 3), cabendo, pelo produto dos pesos o resultado de 75.

Isto porque dialogam diretamente com tais problemas, como a melhoria da

segurança, o desenvolvimento de canal de diálogo entre a prestadora e os usuários,

além do cadastramento dos sistemas implantados pela Cerb e da capacitação dos

usuários à autogestão dos poços e das cisternas, considerando tratar-se de um

distrito com dispersão populacional na área rural.

Abrantes apresenta população rural dispersa, não contemplada com a análise da

água quando da implantação de soluções alternativas individuais e coletivas para

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abastecimento. Logo, a execução de ações como a execução de rotina de controle e

de monitoramento da qualidade da água para consumo humano, somada à garantia

do fornecimento de desinfectante para soluções alternativas e o cadastramento de

usuários da água, presvitas no projeto de Melhoria do Monitoramento da Qualiade

da Água, podem ser associados como sendo de alto impacto (ponderação 5), alta

incerteza (ponderação 5) e média intensidade (ponderação 3), resultando no valor

de 75.

Um dos maiores problemas identificados no distrito de Abrantes, relacionado à

componente água de abastecimento, diz respeito à interrupção do fornecimento de

água tratada em época de grande demanda, como no verão. Além disso, o SIAA de

Machadinho registra um índice de perda igual a 52,3%. A partir destas constatações,

adotou-se para o projeto de Controle de Perdas, os pesos: alto impacto (ponderação

5), alta incerteza (ponderação 5) e média intensidade (ponderação 3), os quais,

multiplicados, indicam o resultado no valor de 75. Recai, ainda, a mesma

consideração quanto à COS feita anteriormente.

Monte Gordo

Pela urbanização ocorrer de modo menos acentuado no distrito de Monte Gordo,

quando comparado aos outros distritos, e pelo déficit de atendimento de domicílios

com rede geral (17,87%, como apresentado no Produto 04 - Diagnóstico dos

Serviços de Abastecimento de Água, p. 116), afora o percentual de domicílios

abastecidos por poços ou nascentes (12,6%, sendo o maior entre os distritos

camaçarienses, como consta na mesma referência), destaca-se a importância das

ações de cadastramento dos sistemas implantados pela Cerb e de capacitação dos

usuários à autogestão dos poços e das cisternas, integrantes deste projeto. Assim,

para o projeto de Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado, chegou-se à seguinte

valoração: alto impacto (ponderação 5), alta incerteza (ponderação 5) e média

intensidade (ponderação 3), resultando na importância de 75.

Ciente da importância da execução de rotina de controle e monitoramento da

qualidade da água para consumo humano, bem como da obrigatoriedade de garantir

o fornecimento de desinfectante em soluções alternativas de abastecimento e do

desenvolvimento de campanha de cadastramento de usuário da água – todas ações

integrantes do projeto afim – demonstra-se a importância da implementação do

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projeto de Melhoria do Monitoramento da Qualidade da Água no distrito de Monte

Gordo. Outrossim, por sua zona rural referir-se a uma parcela significativa do distrito

(16,8%, conforme Censo Demográfico de 2010, realizado pelo IBGE), e por

apresentar 12,6% fez-se a seguinte ponderação à matriz impacto x incerteza x

intensidade: elevado impacto (ponderação 5), elevada incerteza (ponderação 5) e

média intensidade (ponderação 3), obtendo resultado de 75.

O Sistema Integrado de Abastecimento de Água - SIAA de Jordão, referente ao

distrito de Monte Gordo, possui um índice de água tratada não faturada igual a 60%,

registrando o maior percentual de perda entre os sistemas de Camaçari. Com isso, o

projeto Controle de Perdas foi classificado como de alto impacto (ponderação 5),

média incerteza (ponderação 5) e média intensidade (ponderação 3), resultando no

valor de 75, vez que poderá refletir na redução das intermitências, bem como dos

vazamentos e das ligações clandestinas, já expressas pela população e pela

Embasa, respectivamente. Em tempo, cumpre destacar que esta hierarquização não

permite ponderar a atuação da Secretaria de Desenvolvimento Urbano - Sedur,

especificamente da Coordenadoria de Ocupação do Solo - COS, no que se refere à

fiscalização de ocupações irregulares. Trata-se de uma atribuição pública

imprescindível para o controle de perdas, ainda que desprovida de peso numérico

que represente sua significância, nesta metodologia.

14.2.2. Programa “Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais”

O programa “Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais” é composto

pelo projeto de Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais, que possui

como objetivo principal salvaguadar a qualidade e a quantidade dos recursos

hídricos que são empregados como fontes de água para a população do município

de Camaçari. Além dessa motivação, a conservação dos mesmos está relacionada à

preservação da fauna e da flora, à sáude da população e do meio ambiente e, ainda,

à reversibilidade do estado atual de degradação. Para o alcance desse objetivo o

engajamento dos setores público e privado, além da sociedade civil faz-se

imprescindível.

O Quadro 28 apresenta o resultado da metodologia aplicada para o presente projeto

por área de planejamento.

Quadro 28 - Matriz do Programa “Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais”

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Projeto Distritos

Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais

Sede

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

3 1 3 9

Abrantes

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 5 5 125

Monte Gordo

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 5 3 25

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

Monte Gordo

Localizado na margem direita do Rio Jacuípe e detendo a maior extensão de área

de preservação permanente - APP do município, Monte Gordo não apresenta

urbanização intensificada. Contudo, devido à grande quantidade de poços

artesianos serem perfurados clandestinamente (Produto 04 - Diagnóstico dos

Serviços de Abastecimento de Água, p. 265) e em função da degradação deste

patrimônio, com destaque para o uso de fertilizantes químicos na zona rural, as

ações apensadas no projeto “Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais”,

que incluem o estudo de viabilidade para recuperação/revitalização dos mananciais

e execução do projeto, a inclusão do manancial em Sistema de Monitoramento e

Controle da Qualidade da água, além de cursos para agricultores sobre o uso de

adubos naturais, configuram mérito significativo. Disto, conclui-se: alto impacto

(ponderação 5), alto incerteza (ponderação 5), média intensidade (ponderação 3),

resultando em 75. Cumpre salientar que a atuação do poder público, especialmente

da Embasa na ampliação do sistema de esgotamento sanitário para evitar

lançamentos em afluentes de mananciais importantes, da COS na fiscalização da

ocupação do solo em áreas protegidas por Lei e do INEMA efutando as atividades

inerentes, é imperiosa para o bom desempenho deste projeto, não podendo ser,

todavia, hierarquizada.

Abrantes

Neste distrito, a densidade populacional ocorre, de maneira forma mais evidente,

nas margens do Rio Joanes. Com a degradação deste manancial e o risco de

comprometimento de sua função socioambiental e ecológica, faz-se de extremo

relevo a inclusão do manancial em Sistema de Monitoramento e Controle da

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Qualidade da Água, a elaboração de estudo de viabilidade para

recuperação/revitalização do Rio Joanes e APP do entorno, e a conseguinte

execução do projeto. Adicionalmente, a realização de cursos para agricultores,

abordando o uso de fertilizantes naturais e a proteção de mananciais, juntamente ao

incentivo técnico e financeiro de iniciativas sustentáveis, também detêm grande

importância ao distrito. Diante disso, foram dados os seguintes pesos: alto impacto

(ponderação 5), alta incerteza (ponderação 5), alta intensidade (ponderação 5), cujo

valor final resultou em 125. Para este último ponto (intensidade), considerou-se,

especialmente, o apelo populacional para a recuperação e a fiscalização do Rio

Joanes. Por fim, sublinha-se a mesma advertência quanto à atuação do poder

público, feita anteriormente, sobretudo em relação a implantação de sistema de

esgotamento sanitário na área urbana de Abrantes, afim de evitar que os dejetos

sejam lançados in natura em afluentes do rio Joanes, comprometendo cada vez

mais a sua qualidade ambiental.

Sede

Com maior perímetro de zona urbana, entre os distritos que compõem o município, é

na Sede onde localiza-se o Polo Industrial de Camaçari. Entre os programas

presentes no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano - PDDU, foram listados três

que dialogam diretamente com o projeto “Recuperação, Preservação e Proteção de

Mananciais”. São eles:

- Programa Ambiental para o Polo Industrial de Camaçari: Cuidados com a

qualidade de água dos corpos hídricos, monitoramento da água dos lençóis

utilizados para o abastecimento.

- Programa Ambiental da Área Urbana da Sede Municipal: avaliação da melhor

forma para mitigar a contaminação presente nos corpos hídricos que estão próximos

aos utilizados para o abastecimento.

- Programa de Monitoramento da Qualidade Urbana e Ambiental: monitoramento

dos mananciais de abastecimento para o Polo Industrial de Camaçari.

Além disso, o distrito sede é o que apresenta a maior cobertura por sistema de

esgotamento sanitário, cujas obras de ampliação estão em andamento, apesar de

estarem bastante atrasadas. As intervenções nessa componete do saneamento é

uma das mais importantes para proteger os mananciais.

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Em função disso, definiu-se, como pesos numéricos ao presente projeto: médio

impacto (ponderação 3), baixa incerteza (ponderação 1), média intensidade

(ponderação 3), da análise do montante final resulta o valor de 9.

14.2.3. Programa “Universalização do Acesso à Água Potável”

O programa “Universalização do Acesso à Água Potável” é composto por dois

projetos em seu escopo, a saber: Melhoria dos Sistemas Operados pela Embasa e

Soluções Alternativas para Zona Rural. Sendo a universalização posicionada como o

primeiro dos trezes princípios fundamentais que compõem a Lei de Saneamento

Básico do país, a universalização do acesso à água dialoga frontalmente com a

garantia da dignidade da pessoa humana sendo, desta forma, desafio contínuo da

gestão pública.

Para a zona rural os desafios envolvem a dispersão física da população em áreas

rurais menos densamente povoadas, como visto nos distritos de Monte Gordo e

Abrantes, constituindo-se na causa substancial do déficit na prestação desse serviço

pela Embasa. Para mudança desse cenário, ou seja, para alcance da elevação do

índice de acesso à água no meio rural deve-se lançar mão de soluções técnica,

social, econômica e ambientalmente viáveis que possam ser incorporadas à

realidade local.

Isso posto, o Quadro 29 demostra a metodologia aplicada ao presente programa

para as áreas do planejamento.

Quadro 29 - Matriz do Programa “Universalização do Acesso a Água Potável”.

Projeto Distritos

Melhoria dos Sistemas Operados pela Embasa

Sede

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

3 1 3 9

Abrantes

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 1 5 25

Monte Gordo

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 1 5 25

Soluções Alternativas para a Zona Rural

Sede

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

3 5 3 45

Abrantes

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 5 5 125

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Projeto Distritos

Monte Gordo

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 5 5 125

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

Monte Gordo

Para o distrito de Monte Gordo, o projeto de Melhoria dos Sistemas Operados pela

Embasa apresenta, como ações, a instalação de sinalização de identificação e

advertência de perigo nos poços que servem ao SIAA de Jordão e as intervenções

no sistema, levantadas pelo Plano de Abastecimento de Água da Região

Metropolitana de Salvador, Santo Amaro e Saubara (2015), que contemplam,

também, obras de ampliação – indispensáveis à universalização do acesso à água,

uma vez que o atendimento de domicílios com rede geral, em Monte Gordo, é o que

possui menor percentual (82,13%, de acordo com o diagnóstico apresentado no

Produto 04), comparado aos demais distritos. Por esta razão, são previstos

investimentos no sistema produtor (captação, adutoras e ETA) e no distribuidor

(estações elevatórias, adutoras, reservatórios, redes de distribuição e linhas tronco,

e ligações prediais), colocando-o em segundo lugar nos gastos orçados para a

melhoria dos sistemas (PARMS, 2015). Sendo assim, avaliou-se os seguintes pesos:

alto impacto (ponderação 5), baixa incerteza (ponderação 1), alta intensidade

(ponderação 5), de modo que o produto dos valores resulta em 25.

Como antes descrito, o distrito de Monte Gordo reflete uma região de menor

urbanização (83,2% da área do distrito, vide Censo Demográfico de 2010), frente a

Abrantes e a Sede de Camaçari (96,3% e 97,7%, respectivamente). Dessa forma, as

ações que compõem o projeto de Soluções Alternativas para a Zona Rural são de

grande relevância à localidade. Com a ampliação e adequação do SIAA de Lagoa

Seca, a elaboração de projeto e implantação de novo sistema simplificado em

Itapecerica e em Vila Camaçari, acrescidos da garantia de fornecimento de

desinfectante para o sistema existente e o futuro e da implantação de cisternas em

áreas com população inferior a 150 hab. e/ou em domicílios dispersos, chegou-se à

seguinte medida: alto impacto (ponderação 5), alto incerteza (ponderação 5), alto

intensidade (ponderação 5), obtendo a importância no valor de 125 para o presente

projeto.

Abrantes

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Assim como ocorre em Monte Gordo, Abrantes ainda se encontra com baixo

percentual de domicílios atendidos por rede geral (89,48%, conforme apresentado

no Produto 04). Das ações previstas no projeto Melhoria dos Sistemas Operados

pela Embasa, tem-se a adequação dos poços (sinalização, cercamento e dispositivo

para trancamento), bem como intervenções no SIAA de Machadinho.

Prognosticadas no PARMS (2015), as intervenções visam ampliar o sistema, com

investimento no sistema produtor (captação, adutoras e ETA) e distribuidor

(estações elevatórias, adutoras, reservatórios, redes de distribuição e linhas tronco,

e ligações prediais), sendo o sistema com maior demanda de aporte financeiro.

Disto, tem-se: alto impacto (ponderação 5), baixa incerteza (ponderação 1), alto

intensidade (ponderação 5), resultando em 25.

Também sendo qualificada como uma área de menor urbanização que a Sede e

significativo abastecimento por poços, Abrantes segue em situação próxima à

descrita para Monte Gordo, no que concerne ao projeto de Soluções Alternativas

para a Zona Rural, especificamente. A ampliação e adequação do SIAA de

Maracaiúba e do SIAA de Rancho Alegre, além da implementação de novo sistema

simplificado em Sucupira e das ações de fornecimento de desinfectante e da

construção de cisternas, permitem pontuar a matriz do seguinte modo: alto impacto

(ponderação 5), alta incerteza (ponderação 5), alta intensidade (ponderação 5),

obtendo resultado na importância de 125.

Sede

Na Sede de Camaçari, o projeto Melhoria dos Sistemas Operados pela Embasa lista

a adequação dos poços (sinalização e cercamento) e as intervenções no SAA como

principais ações. Assim como nos outros dois distritos acima discorridos, o PARMS

(2015) também levanta a necessidade de investimentos em obras nesta localidade,

de modo a garantir a continuidade, a melhoria e a confiabilidade dos serviços

prestados pela Embasa. Nesse sentido, são planejadas ampliação da capacidade de

reservação existente, perfuração de novo poço e implantação de novas ligações

domiciliares. Porém, por registrar menor magnitude de intervenções, com exigência

de menor investimento, comparado aos outros sistemas, concluiu-se por ser, este,

um projeto de médio impacto (ponderação 3), baixa incerteza (ponderação 1) e

média intensidade (ponderação 3), obtendo valor referente a 9.

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Embora a Sede não comporte o mesmo percentual de área rural (2,3%, de acordo

com o Censo Demográfico de 2010) que os outros dois distritos de Camaçari,

tampouco apresente grande número de domicílios abastecidos por poços ou

nascentes (1,79%, exposto no Produto 04), o projeto Soluções Alternativas para a

Zona Rural também revela importância à localidade. A elaboração de projeto e

implantação de novo sistema simplificado em Pião Manso, além da garantia do

fornecimento de desinfectante para este SSAA e a aquisição e implantação de

cisternas, nas mesmas condições descritas anteriormente, fundamentam o seguinte

juízo: médio impacto (ponderação 3), alta incerteza (ponderação 5), média

intensidade (ponderação 3), resultando em 45.

14.2.4. Projetos X Prazos

Um quadro resumo da hierarquização das intervenções foi elaborado para facilitar a

visualização das prioridades por área de planejamento. Para cada distrito, os

resultados determinados na hierarquização representam prazos (emergencial, curto,

médio e longo) para o início da implantação de cada projeto. Ressaltando que cada

projeto possui diversas ações no seu escopo e cada ação pode iniciar em um

período diferenciado das demais. No item Plano de Investimento essa diferenciação

será detalhada. Para o presente item foi considerado o período de início mais crítico,

ou seja, a ação que se iniciaria mais cedo dentro do mesmo projeto. Dessa forma, o

quadro a seguir apresenta o resultado da metodologia aplicada.

Quadro 30 - Horizontes de inicio da implantação dos projetos em cada distrito.

Programas e Projetos

Monte Gordo Abrantes Sede

Resultado Prazo Resultado Prazo Resultado Prazo

PROGRAMA "GESTÃO SUSTENTÁVEL"

Melhoria da Qualidade do

Serviço Prestado 75 Emergencial 75 Emergencial 75 Emergencial

Melhoria do Monitoramento da Qualidade da Água

75 Emergencial 75 Emergencial 5 Médio

Controle de Perdas 75 Emergencial 75 Emergencial 75 Emergencial

PROGRAMA "RECUPERAÇÃO, PRESERVAÇÃO E PROTEÇÃO DOS MANANCIAIS"

Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais

25 Curto 125 Emergencial 9 Médio

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Programas e Projetos

Monte Gordo Abrantes Sede

Resultado Prazo Resultado Prazo Resultado Prazo

PROGRAMA "UNIVERSALIZAÇÃO DO ACESSO À ÁGUA POTÁVEL"

Melhoria dos Sistemas

Operados pela Embasa

25 Curto 25 Curto 9 Médio

Soluções Alternativas para a

Zona Rural 125 Emergencial 125 Emergencial 45 Curto

Fonte: Saneando Projetos e Consultoria, 2016.

A título de simplificação, foi elaborado o quadro seguinte (Erro! Fonte de referência

ão encontrada.), onde é possível identificar a hierarquização dos projetos em cada

distrito. Pela análise dos valores e dos prazos listados, vê-se que, para o distrito de

Monte Gordo, todos os projetos do programa “Gestão Sustentável” necessitam de

implantação de ações imediata, assim como o projeto “Soluções Alternativas para a

Zona Rural”. Em Abrantes, analogamente à Monte Gordo, todos os projetos que

compõem o programa “Gestão Sustentável”, além do projeto “Soluções Alternativas

para a Zona Rural” demandam início emergencial, ainda acrescido do projeto

“Recuperação, Preservação e Proteção de Mananciais”. Daí, infere-se que as

maiores fraquezas de ambas localidades, no componente trabalhado, estão

associadas à gestão e ao enfrentamento das dificuldades na zona rural, ao passo

que, para Abrantes, também há de se priorizar o programa “Recuperação,

Preservação e Proteção de Mananciais”. Na Sede, diferentemente, a inicialização

em prazo emergencial dá-se particularmente nos projetos “Melhoria da Qualidade do

Serviço Prestado” e “Controle de Perda”, buscando reduzir, assim, as fragilidades do

distrito quanto ao abastecimento de água para consumo humano. Por conseguinte,

para estas situações, requer-se um impacto imediato, com finalidade de lograr o

Cenário de Referência estabelecido para o município. Finalmente, nos quadros a

seguir, são apresentados os projetos em ordem de prioridade para cada distrito.

Quadro 31 - Resumo dos prazos por projeto. PROGRAMAS PROJETOS Monte Gordo Abrantes Sede

GESTÃO SUSTENTÁVEL

Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado

75 75 75

Melhoria do Monitoramento da Qualidade da

75 75 5

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PROGRAMAS PROJETOS Monte Gordo Abrantes Sede

Água

Controle de Perdas

75 75 75

RECUPERAÇÃO, PRESERVAÇÃO E PROTEÇÃO DOS

MANANCIAIS

Recuperação, Preservação e Proteção dos Mananciais

25 125 9

UNIVERSALIZAÇÃO DO ACESSO À

ÁGUA POTÁVEL

Melhoria dos Sistemas

Operados pela Embasa

25 25 9

Soluções Alternativas para a Zona

Rural

125 125 45

Legenda: emergencial; curto prazo; médio prazo; longo prazo.

Fonte: Saneando Projetos e Consultoria, 2016.

Quadro 32 - Projetos ordenador por prioridade de implantação no distrito de Monte Gordo.

MONTE GORDO

Projetos Resultado Prazo

Soluções Alternativas para a Zona Rural 125 Emergencial

Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado 75 Emergencial

Melhoria do Monitoramento da Qualidade da Água 75 Emergencial

Controle de Perdas 75 Emergencial

Recuperação, Preservação e Proteção dos Mananciais 25 Curto

Melhoria dos Sistemas Operados pela Embasa 25 Curto

Fonte: Saneando Projetos e Consultoria, 2016.

Quadro 33 - Projetos ordenados por prioridade de implantação no distrito de Abrantes.

ABRANTES

Projeto Resultado Prazo

Recuperação, Preservação e Proteção dos Mananciais 125 Emergencial

Soluções Alternativas para a Zona Rural 125 Emergencial

Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado 75 Emergencial

Melhoria do Monitoramento da Qualidade da Água 75 Emergencial

Controle de Perdas 75 Emergencial

Melhoria dos Sistemas Operados pela Embasa 25 Curto

Fonte: Saneando Projetos e Consultoria, 2016.

Quadro 34 - Projetos ordenados por prioridade de implantação no distrito Sede.

SEDE

Projeto Resultado Prazo

Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado 75 Emergencial

Controle de Perdas 75 Emergencial

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SEDE

Projeto Resultado Prazo

Soluções Alternativas para a Zona Rural 45 Médio

Recuperação, Preservação e Proteção dos Mananciais 9 Médio

Melhoria dos Sistemas Operados pela Embasa 9 Médio

Melhoria do Monitoramento da Qualidade da Água 5 Médio

Fonte: Saneando Projetos e Consultoria, 2016.

14.3. Esgotamento Sanitário

14.3.1. Programa Gestão Sustentável

O Programa Gestão Sustentável é composto pelo Projeto Melhoria da Qualidade do

Serviço Prestado, que engloba ações que devem ser implementadas tanto pelo

prestador de serviço (Embasa) quanto pelo titular do serviço (Prefeitura). O Quadro

35 apresenta os resultados da metodologia aplicada para os projetos em cada

distrito.

Quadro 35 - Matriz impacto/incerteza/intensidade para os projetos do programa Gestão Sustentável para cada distrito.

Projeto Distritos

Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado

Sede

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 3 3 45

Abrantes

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 3 3 45

Monte Gordo

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 3 3 45

Fonte: Saneando Projetos e Consultoria, 2016.

Sede, Abrantes e Monte Gordo:

O Projeto melhoria da Qualidade do Serviço prestado, contempla basicamente

ações de monitoramento, fiscalização, prevenção, interlocução com os usuários do

sistema e a elaboração do cadastro técnico do sistema de esgotamento sanitário.

A ação de monitoramento está relacionada com as soluções individualizadas, como

já abordado, não existe nenhuma ação que oriente os moradores na implantação e

operação dessas soluções, se restringindo a limpeza da fossa em algumas

localidades.

As ações de fiscalização estão relacionadas com as ligações ilegais do sistema

residencial de esgoto na rede de drenagem ou do sistema residenciais de águas

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pluviais na rede coletora de esgoto, enquanto a primeira opção ocasiona a poluição

dos recursos hídricos, a segunda implica em extravasamento da rede coletora de

esgoto e sobrecarrega as estações de tratamento de esgoto. Em Camaçari, não há

nenhuma fiscalização relacionada a essas ligações ilegais.

A interlocução dos usuários do sistema de esgotamento sanitário e a prestadora do

serviço para a identificação de problemas nos serviços como extravasamento na

rede coletora não é eficiente, o que será melhorado após a efetivação da ação que

prevê a inclusão dos dados referentes ao saneamento básico ao Sistema de

Informações Geográficas - SIG, já utilizado pela Prefeitura, permitindo o

mapeamento da ocorrência de vazamentos, da idade das redes de coleta, entre

outras oportunidades.

Os distritos apresentaram valor resultante na importância de 45 para o projeto de

Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado, obtido através das considerações de

alto impacto (ponderação 5), média incerteza (ponderação 3) e média intensidade

(ponderação 3).

14.3.2. Programa Esgotamento Sanitário para Todos

O Programa Esgotamento Sanitário para Todos é composto por 02 (dois) projetos:

Ampliação do Acesso aos Serviços de Esgotamento Sanitário na Zona Urbana e

Soluções alternativas para zona rural e para povos e comunidades tradicionais.O

Quadro 36Erro! Fonte de referência não encontrada. demonstra os resultados da

metodologia aplicada para os projetos em cada distrito.

Quadro 36 - Matriz impacto/incerteza/intensidade para os projetos do programa Esgotamento Sanitário para Todos para cada distrito.

Projetos Distritos

Ampliação do Acesso aos Serviços de Esgotamento Sanitário na Zona Urbana

Sede

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

3 3 3 27

Abrantes

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 3 3 45

Monte Gordo

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 3 3 45

Soluções alternativas para zona rural e para povos e

comunidades tradicionais

Sede

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

3 3 3 27

Abrantes

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 5 1 25

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Projetos Distritos

Monte Gordo

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 3 3 45

Fonte: Saneando Projetos e Consultoria, 2016.

Sede

A zona urbana da Sede do município de Camaçari apresenta melhores condições

quanto a coleta e tratamento dos esgotos gerados, em detrimento aos demais

distritos, apresentando índice de cerca de 28,0% da população com acesso à rede

de coleta, e com a finalização das obras de saneamento do PAC I e II esse índice

passará a ser 58,3% da população urbana. Tendo isso em vista, o projeto de

Ampliação do Acesso aos Serviços de Esgotamento Sanitário na Zona Urbana foi

entendido como de médio impacto (ponderação 3), visto que grande parte da

população já possui acesso à rede; média incerteza (ponderação 3), devido à

existência de obras de saneamento sendo implantadas pelo PAC I e II nesse distrito;

e média intensidade (ponderação 3), devido à visibilidade da implantação do projeto

pela população.

Quanto ao projeto de Soluções Alternativas para Zona Rural e para Povos e

Comunidades Tradicionais a sua implantação da Sede municipal apresentou

montante final no valor de 27, como resultado da consideração de médio impacto

(ponderação 3), média incerteza (ponderação 3) e média intensidade (ponderação

3), sendo a sua implantação intermediária aos distritos anteriormente descritos.

Abrantes

Em 2015 a zona urbana do distrito de Abrantes apresentou o maior déficit de

atendimento por rede coletora de esgoto (apenas em conjuntos residenciais)

chegando a marca de apenas 11,0% dos moradores com acesso. Sob essa

motivação, o projeto de Ampliação do Acesso aos Serviços de Esgotamento

Sanitário na Zona Urbana é prioridade para esse distrito, sendo iniciado neste em

preferência aos demais. Diante do exposto, foi considerado que esse projeto possui

alto impacto (ponderação 5), uma vez que se traduz em melhoria na qualidade de

vida dos munícipes, com minimização da ocorrência de doenças, e ainda em

preservação do meio ambiente; média incerteza (ponderação 3), visto que não

existem projetos nesse campo, porém há vontade do poder público em agir nesse

sentido; e média intensidade (ponderação 3), devido a visibilidade da população com

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a implantação do projeto. Posto isso, a ponderação resultante para o distrito de

Abrantes quanto à implantação do projeto de Ampliação do Acesso aos Serviços de

Esgotamento Sanitário na Zona Urbana foi de 45.

Quanto à implantação do projeto de Soluções alternativas para zona rural e para

povos e comunidades tradicionais o distrito de Abrantes resultou em uma

ponderação final menor que os demais distritos, devido ao contingente populacional

da zona rural ser inferior aos demais. A ponderação final obtida foi de 25, sendo

resultado de um alto impacto (ponderação 5), alta incerteza (ponderação 5) e baixa

intensidade (ponderação 1).

Monte Gordo

Em 2015 o Distrito de Monte Gordo apresentou um índice de atendimento por rede

pública de coleta de esgoto na zona urbana de 13,1%. Esse cenário é propício à

ocorrência de doenças de saúde pública e poluição do meio ambiente, incluindo os

mananciais de captação de água para abastecimento, implicando em maiores custos

para o tratamento da água para consumo humano. Sob esses fundamentos, a

implantação do projeto de Ampliação do Acesso aos Serviços de Esgotamento

Sanitário na Zona Urbana do distrito de Monte Gordo é entendido como de alto

impacto (ponderação 5), visto que resulta em melhoria na qualidade de vida da

população; média incerteza (ponderação 3), uma vez que não há projetos nesse

sentido, porém é expressa a vontade dos gestores públicos em atuar nesse campo;

e média intensidade (ponderação 3), relacionada ao nível de percepção da

população com a implantação do projeto. Posto isso, a ponderação obtida resultou

no valor de 45.

A zona rural do distrito de Monte Gordo possui maior contingente populacional,

quando comparado aos demais distritos. Sendo assim, a implantação do projeto de

Soluções Alternativas para Zona Rural e para Povos e Comunidades Tradicionais foi

entendido como de alto impacto (ponderação 5), uma vez que representa ganho

significativo em qualidade de vida aos moradores; média incerteza (ponderação 3),

visto que não existem projetos nesse sentido, porém a legislação incidente na área

assegura a contemplação dessa população pelas políticas públicas; e média

intensidade (ponderação 3), devido à percepção do problema pelos moradores.

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Assim sendo, a pontuação de 45 foi obtida como resultado para a implantação desse

projeto no distrito de Monte Gordo.

14.3.3. Projetos X Prazos

Um quadro resumo (Quadro 37) da hierarquização das intervenções foi elaborado

para facilitar a visualização das prioridades por área de planejamento. Para cada

distrito, os resultados determinados na hierarquização representam prazos

(emergencial, curto, médio e longo) para o início da implantação de cada projeto.

Ressaltando que cada projeto possui diversas ações no seu escopo e cada ação

pode iniciar em um período diferenciado das demais. No item Plano de Investimento

essa diferenciação será melhor abordada. Para o presente item foi considerado o

período de início mais crítico, ou seja, a ação que deverá ser iniciada mais cedo

dentro do mesmo projeto.

Dessa forma, seguindo a metodologia estabelecida, é possível visualizar que os

resultados com valores de 25, 27 e 45 apresentam necessidade de implantação em

curto prazo para cada distrito.

Quadro 37 - Horizontes de implantação dos projetos em cada distrito.

Programas, Projetos e Ações Sede Abrantes Monte Gordo

Resultado

Prazo Resultado

Prazo Resultado

Prazo

Programa: "Esgotamento Sanitário para Todos"

Projeto: Ampliação do Acesso aos Serviços de Esgotamento

Sanitário na Zona Urbana 27 Curto 45 Curto 45 Curto

Projeto: Soluções alternativas para zona rural e para povos e

comunidades tradicionais 27 Curto 25 Curto 45 Curto

Programa: "Gestão Sustentável dos Serviços de Esgotamento Sanitário"

Projeto: Melhoria da qualidade do serviço prestado

45 Curto 45 Curto 45 Curto

Fonte: Saneando Projeto de Engenharia e Consultoria, 2016.

A título de simplificação, foi elaborado o quadro seguinte (Quadro 38), onde é

possível identificar a hierarquização dos projetos em cada distrito. Pela análise dos

valores e dos prazos listados, vê-se que, todos os programas são de curto prazo.

Para o Distrito sede o projeto “Melhoria da qualidade do serviço prestado” aparece

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com maior prioridade do que os outros dois projetos (Quadro 39Erro! Fonte de

referência não encontrada.). No Distrito de Abrantes os projetos “Ampliação do

Acesso aos Serviços de Esgotamento Sanitário na Zona Urbana” e “Melhoria da

qualidade do serviço prestado” aparecem como mais prioritários do que o projeto

“Soluções alternativas para zona rural e para povos e comunidades tradicionais”

(Quadro 40). No Distrito de Monte Gordo os projetos “Ampliação do Acesso aos

Serviços de Esgotamento Sanitário na Zona Urbana”, “Melhoria das Soluções

alternativas para zona rural e para povos e comunidades tradicionais” aparecem

com a mesma prioridade (Quadro 41).

Quadro 38 - Resumo dos prazos por projeto.

PROGRAMAS PROJETOS SEDE ABRANTES MONTE GORDO

Programa Esgotamento Sanitário para

Todos

Ampliação do Acesso aos Serviços de

Esgotamento Sanitário na Zona Urbana

27 45 45

Soluções alternativas para zona

rural e para povos e

comunidades tradicionais

27 25 45

Programa Gestão Sustentável dos

Serviços de Esgotamento

Sanitário

Melhoria da qualidade do

serviço prestado

45 45 45

Legenda: emergencial; curto prazo; médio prazo; longo prazo.

Fonte: Saneando Projeto de Engenharia e Consultoria, 2016.

Quadro 39 - Projetos ordenador por prioridade de implantação no Distrito Sede.

DISTRITO SEDE

Projetos Resultado Prazo

Melhoria da qualidade do serviço prestado 45 Curto Prazo

Ampliação do Acesso aos Serviços de Esgotamento Sanitário na Zona Urbana

27 Curto Prazo

Soluções alternativas para zona rural e para povos e comunidades tradicionais

27 Curto Prazo

Fonte: Saneando Projetos e Consultoria, 2016.

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Quadro 40 - Projetos ordenador por prioridade de implantação no Distrito de Abrantes.

DISTRITO ABRANTES

Projetos Resultado Prazo

Ampliação do Acesso aos Serviços de Esgotamento Sanitário na Zona Urbana

45 Curto Prazo

Melhoria da qualidade do serviço prestado 45 Curto Prazo

Soluções alternativas para zona rural e para povos e comunidades tradicionais

25 Curto Prazo

Fonte: Saneando Projetos e Consultoria, 2016.

Quadro 41 - Projetos ordenador por prioridade de implantação no Distrito de Monte Gordo

DISTRITO DE MONTE GORDO

Projetos Resultado Prazo

Melhoria da qualidade do serviço prestado 45 Curto Prazo

Ampliação do Acesso aos Serviços de Esgotamento Sanitário na Zona Urbana

45 Curto Prazo

Soluções alternativas para zona rural e para povos e comunidades tradicionais

45 Curto Prazo

Fonte: Saneando Projetos e Consultoria, 2016.

14.4. Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas

14.4.1. Programa Manejo Adequado das Água Pluviais

Este programa é composto pelo Projeto Redução e Retenção do Escoamento

Superficial e o Projeto de Revitalização dos Canais de Drenagem, para o primeiro

projeto as dimensões de impacto, incerteza e intensidade, devido a homogeneidade

foi considerada igual para os distritos, enquanto o segundo projeto os pesos foram

diferentes por distrito.

No Projeto Redução e Retenção do Escoamento Superficial foi considerado alto

impacto (ponderação 5), visto que o aumento das áreas urbanizadas tende a

impermeabilizar mais ainda a solo, incerteza foi considerada média (ponderação 3)

tendo em vista que poucas ações são adotadas e a intensidade baixa (ponderação

1), considerando a pouca percepção da sociedade com relação à redução e a

retenção do escoamento superficial, totalizando uma graduação final de 15.

Para o Projeto Revitalização dos Canais de Drenagem foi considerado alto impacto

(ponderação 5) e média intensidade (ponderação 3) em todos os distritos, já a

incerteza foi considerada média (ponderação 3) nos Distritos de Abrantes e Monte

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Gordo, e baixa incerteza (ponderação 1) para o Distrito Sede, uma vez que foi

realizada a obra de reurbanização do Rio Camaçari.

O Projeto Relocação e Contenção de Construções em Áreas de Proteção

Permanente foi considerado de de médio impacto (ponderação 3) para todos os

distritos, baixa incerteza (ponderação 1) para o Distrito Sede e media incerteza

(ponderação 3) para os Distritos de Abrantes e Monte Gordo e média intensidade

(ponderação 3) para todos os distritos. O Quadro 42 a seguir demonstra os

resultados da metodologia aplicada para os projetos em cada distrito.

Quadro 42 - Matriz impacto/incerteza/intensidade o Programa Manejo Adequado das Águas Pluviais.

Projeto Distrito Sede

Redução e Retenção do escoamento superficial

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 3 1 15

Distrito de Abrantes

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 3 1 15

Distrito de Monte Gordo

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 3 1 15

Projeto Distrito Sede

Revitalização dos Canais de Drenagem

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 1 3 15

Distrito de Abrantes

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 3 3 45

Distrito de Monte Gordo

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 3 3 45

Projeto Relocação e Contenção de Construções em Áreas de Proteção Permanente

Distrito Sede

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

3 3 3 27

Distrito de Abrantes

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

3 5 3 45

Distrito de Monte Gordo

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

3 5 3 45

Fonte: Saneando Projeto de Engenharia e Consultoria, 2016.

14.4.2. Programa Universalização dos Serviços de Drenagem.

Este programa é composto pelo Projeto Ampliação da Drenagem e o Projeto

Fortalecimento da coordenadoria de Defesa Civil, para ambos as dimensões de

impacto, incerteza e intensidade, devido a homogeneidade entre os distritos, as

graduações de valores foram iguais para todo o município, conforme Quadro 43.

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O Projeto Ampliação da Drenagem foi considerado de alto impacto (ponderação 5),

de média incerteza (ponderação 3), tendo em vista que o sistema de drenagem não

abrange todo o município e de alta intensidade (ponderação 5).

O Projeto Fortalecimento da Coordenadoria de Defesa Civil foi considerado de alto

impacto (ponderação 5), de média incerteza (ponderação 3), tendo em vista que a

Defesa Civil necessita de melhorias no seu processo como por exemplo a

elaboração de um mapa de risco e de média intensidade (ponderação 3).

Quadro 43 - Matriz impacto/incerteza/intensidade o Universalização dos Serviços de Drenagem.

Projeto Distrito Sede

Ampliação da Drenagem

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 3 5 75

Distrito de Abrantes

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 3 5 75

Distrito de Monte Gordo

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 3 5 75

Projeto Distrito Sede

Fortalecimento da Coordenadoria de Defesa

Civil

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 3 3 45

Distrito de Abrantes

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 3 3 45

Distrito de Monte Gordo

Impacto Incerteza Intensidade Resultado

5 3 3 45 Fonte: Saneando Projeto de Engenharia e Consultoria, 2016.

14.4.3. Projetos X Prazos

Um quadro resumo (Quadro 44) da hierarquização das intervenções foi elaborado

para facilitar a visualização das prioridades por área de planejamento. Para cada

distrito, os resultados determinados na hierarquização representam prazos

(emergencial, curto, médio e longo) para o início da implantação de cada projeto.

Ressaltando que cada projeto possui diversas ações no seu escopo e cada ação

pode iniciar em um período diferenciado das demais. No item Plano de Investimento

essa diferenciação será melhor abordada. Para o presente item foi considerado o

período de início mais crítico, ou seja, a ação que se iniciaria mais cedo dentro do

mesmo projeto.

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289

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Dessa forma, seguindo a metodologia estabelecida, é possível visualizar no Quadro

44 que as ações para a Drenagem Urbana e Manejo de Águas Pluviais deveram ser

realizadas em caráter emergencial, curto prazo e médio prazo.

Para o Programa Manejo Adequado das Águas Pluviais, o Projeto Redução e

Retenção do Escoamento Superficial foi avaliado como de médio prazo para todos

os distritos, o Projeto Revitalização dos Canais de Drenagem foi considerado de

médio prazo para o Distrito Sede e curto prazo para os demais distritos.

Para o Programa Universalização dos Serviços de Drenagem, o Projeto Ampliação

da Drenagem foi considerado como emergencial, sobretudo a elaboração do

cadastro dos sistemas de drenagem do município, e o Projeto Melhoria da

Qualidade do Serviço Prestado foi considerado de curto prazo para todos os

distritos.

Quadro 44 - Horizontes de implantação dos projetos em cada distrito.

Programas, Projetos e Ações

Sede Abrantes Monte Gordo

Resultado Prazo Resultado Prazo Resultado Prazo

Programa Manejo Adequado das Água Pluviais

Redução e Retenção do escoamento superficial

15 Médio 15 Médio 15 Médio

Revitalização dos Canais de Drenagem

15 Médio 45 Curto 45 Curto

Relocação e Contenção de

Construções em Áreas de Proteção

Permanente

27 Curto 45 Curto 45 Curto

Programa Universalização dos Serviços de Drenagem.

Projeto Ampliação e Melhoria da Drenagem

75 Emergencial 75 Emergencial 75 Emergencial

Projeto Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado

45 Curto 45 Curto 45 Curto

Fonte: Saneando Projeto de Engenharia e Consultoria, 2016.

A título de simplificação, foi elaborado o quadro seguinte (Quadro 45), onde é

possível identificar a hierarquização dos projetos em cada distrito. Pela análise dos

valores e dos prazos listados, vê-se que, para o Distrito Sede, o programa “Manejo

Adequado das Água Pluviais” é de curto prazo, com relação ao programa

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290

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“Universalização dos Serviços de Drenagem”, o projeto “Ampliação da Drenagem” é

emergencial e o projeto “Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado” é de curto

prazo.

Nos distritos de Abrantes e Monte Gordo, com relação ao programa “Manejo

Adequado das Água Pluviais”, vê-se que o projeto “Redução e Retenção do

escoamento superficial” é de médio prazo e o projeto “Revitalização dos Canais de

Drenagem” é de médio prazo. Finalmente, nos quadros a seguir são apresentados os

projetos em ordem de prioridade para cada distrito.

Quadro 45 - Resumo dos prazos por projeto.

PROGRAMAS PROJETOS SEDE ABRANTES MONTE GORDO

Programa Manejo

Adequado das Água Pluviais

Redução e Retenção do escoamento superficial

15 15 15

Revitalização dos Canais

de Drenagem 15 45 45

Relocação e Contenção

de Construções em Áreas de

Proteção Permanente

27 45 45

Programa Universalização dos Serviços de

Drenagem.

Projeto Ampliação e Melhoria da Drenagem

75 75 75

Projeto Melhoria da

Qualidade do Serviço

Prestado

45 45 45

Fonte: Saneando Projetos e Consultoria, 2016.

A seguir (Quadro 46, Quadro 47 e Quadro 48) são apresentados os projetos “Redução

e Retenção do escoamento superficial”, “Revitalização dos Canais de Drenagem”,

“Relocação e Contenção de Construções em Áreas de Proteção Permanente”,

“Projeto Ampliação e Melhoria da Drenagem” e “Projeto Melhoria da Qualidade do

Serviço Prestado” de acordo com as prioridades de cada distrito:

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Quadro 46 - Projetos ordenador por prioridade de implantação no Distrito Sede.

DISTRITO SEDE

Projetos Resultado Prazo

Ampliação da Drenagem 75 Emergencial

Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado 45 Curto Prazo

Relocação e Contenção de Construções em Áreas de Proteção Permanente

27 Curto Prazo

Redução e Retenção do escoamento superficial 15 Médio Prazo

Revitalização dos Canais de Drenagem 15 Médio Prazo

Fonte: Saneando Projetos e Consultoria, 2016.

Quadro 47 - Projetos ordenador por prioridade de implantação no Distrito de Abrantes.

DISTRITO DE ABRANTES

Projetos Resultado Prazo

Projeto Ampliação da Drenagem 75 Emergencial

Relocação e Contenção de Construções em Áreas de Proteção Permanente

45 Curto Prazo

Revitalização dos Canais de Drenagem 45 Curto Prazo

Projeto Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado 45 Curto Prazo

Redução e Retenção do escoamento superficial 15 Médio Prazo

Fonte: Saneando Projetos e Consultoria, 2016.

Quadro 48 - Projetos ordenador por prioridade de implantação no Distrito de Monte Gordo.

DISTRITO DE ABRANTES

Projetos Resultado Prazo

Projeto Ampliação da Drenagem 75 Emergencial

Relocação e Contenção de Construções em Áreas de Proteção Permanente

45 Curto Prazo

Revitalização dos Canais de Drenagem 45 Curto Prazo

Projeto Melhoria da Qualidade do Serviço Prestado 45 Curto Prazo

Redução e Retenção do escoamento superficial 15 Médio Prazo

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15. PLANO DE INVESTIMENTO

Para o plano de investimento foi elaborado um planejamento físico-financeiro para

os programas e projetos propostos no Produto 08 – Estudos de Cenários (Tomo II,

III e IV) do Plano Municipal de Saneamento Básico de Camaçari dentro do horizonte

de estudo de 20 anos (2017-2036).

Os anos de aplicação, em relação a cada distrito de Camaçari, dos programas e

projetos foram definidos segundo a metodologia de Hierarquização das Intervenções

em que foram estabelecidos os prazos de implantação (emergencial, curto, médio ou

longo) de cada programa e projeto. Dessa forma, delimitou-se o início do projeto de

acordo com cada prazo estabelecido da seguinte forma:

Emergencial: 2017 – 2018 (0 - 1 ano)

Curto prazo: 2018 – 2022 (1 – 4 anos)

Médio prazo: 2022 – 2026 (4 – 8 anos)

Longo prazo: 2026 – 2036 (8 – 20 anos)

Vale ressaltar que, para os valores estimados de cada ação dos projetos para o

horizonte de estudo, utilizou-se uma inflação de 6,4%, valor este que foi estimado

através de uma média feita de acordo com os valores dos últimos 20 anos (1996-

2016) disponibilizados pelo IBGE.

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Tabela 49 - Plano de investimento físico x financeiro dos serviços de abastecimento de água.

Projetos/Ações Quantidade. Custo

estimado da ação

Custo estimado do

projeto

Prazo Emergencial

Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo

2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

PROGRAMA GESTÃO SUSTENTÁVEL

PROJETO: MELHORIA DA QUALIDADE DO SERVIÇO PRESTADO Capacitação da mão de obra responsável pela operação dos

sistemas de abastecimento

1 capacitação a cada 10

anos (total de 3)

R$ 278.699,70

R$ 15.618.813,13

R$

48.024,80 R$

83.944,59 R$ 146.730,31

Desenvolvimento de canal de diálogo

entre a prestadora e o usuário para

informação quanto à água abastecida

1 página (rede social)

1 página (website)

R$ 3.845,13

R$ 3.845,13

Contratação de mão de obra qualificada para operação do canal de diálogo

entre a prestadora e os usuários

1 gestor de mídias

R$ 98.299,79

R$ 3.362,35 R$ 3.577,59 R$ 3.806,60 R$ 4.050,28 R$ 4.309,56 R$ 4.585,43 R$ 4.878,96 R$ 5.191,29 R$ 5.523,60 R$ 5.877,19 R$ 6.253,42 R$ 6.653,72 R$ 7.079,66 R$ 7.532,86 R$ 8.015,07 R$ 8.528,15 R$ 9.074,07

Desenvolvimento de campanha educativa para enfrentamento do déficit sazonal no

fornecimento de água

anual (total de 20)

R$ 4.976.012,90

R$ 141.515,80

R$ 150.574,83

R$ 160.213,77

R$ 170.469,74

R$ 181.382,24

R$ 192.993,30

R$ 205.347,63

R$ 218.492,81

R$ 232.479,47

R$ 247.361,47

R$ 263.196,14

R$ 280.044,46 R$ 297.971,30 R$ 317.045,72 R$ 337.341,18 R$ 358.935,83 R$ 381.912,85 R$ 406.360,73 R$ 432.373,62

Melhoria da segurança pública

12 funcionários

para vigilância

R$ 613.081,76

R$ 15.960,21 R$

16.981,90 R$

18.068,98 R$

19.225,65 R$

20.456,37 R$

21.765,87 R$

23.159,20 R$

24.641,72 R$

26.219,14 R$

27.897,54 R$

29.683,38 R$

31.583,54 R$ 33.605,33 R$ 35.756,56 R$ 38.045,49 R$ 40.480,94 R$ 43.072,30 R$ 45.829,54 R$ 48.763,29 R$ 51.884,83

Cadastramento dos sistemas

implantados pela Cerb

1 serviço R$ 2.660,04 R$ 2.660,04

Contratação e treinamento de mão de obra para o setor

de manutenção e operação dos sistemas sob

responsabilidade da Prefeitura

7 funcionários

(1 capacitação

quando cada sistema for

implanatado)

R$ 369.625,48

R$ 10.078,39

R$ 3.613,80 R$ 7.369,83 R$ 6.136,91 R$

10.520,17 R$ 9.263,68

R$ 14.374,33

R$ 13.109,57

R$ 16.738,52

R$ 20.283,64

R$ 18.950,12

R$ 23.523,73 R$ 28.009,30 R$ 26.631,84 R$ 28.336,66 R$ 30.150,61 R$ 32.080,68 R$ 34.134,30 R$ 36.319,38

Elaboração de projeto e

implementação de sistemas de

captação de água de chuva em imóveis

públicos municipais e fomento à prática

em imóveis particulares

100 unidades R$

3.948.252,99 R$

131.095,68 R$

139.487,68 R$

273.800,43 R$

291.327,57 R$ 309.976,69 R$ 329.819,63 R$ 350.932,80 R$ 373.397,51 R$ 397.300,29 R$ 422.733,18 R$ 449.794,14 R$ 478.587,39

Capacitação dos usuários à

autogestão dos poços e das cisternas, e

instrução quanto ao consumo direto da água captada, com fornecimento de

material informativo

1 capacitação a cada 4 anos

(5 ao total)

R$ 468.955,11

R$ 53.725,10

R$ 68.860,01

R$ 88.258,57

R$ 113.121,91

R$ 144.989,51

Elaboração do Plano de Segurança da

Água serviço

R$ 4.859.380,24

R$ 1.520.389,97

R$ 1.617.716,65

R$ 1.721.273,62

PROJETO: MELHORIA DO MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA Garantia de quadro

mínimo de funcionários ao

Covisam

8 funcionários

R$ 1.356.235,77

R$ 4.148.077,49

R$

38.570,80 R$

41.039,88 R$

43.667,02 R$

46.462,33 R$

49.436,59 R$

52.601,23 R$

55.968,46 R$

59.551,24 R$

63.363,37 R$

67.419,54 R$

71.735,35 R$ 76.327,44 R$ 81.213,48 R$ 86.412,31 R$ 91.943,93 R$ 97.829,65 R$ 104.092,15 R$ 110.755,53 R$ 117.845,47

Capacitação dos profissionais

contratados para atuação no Covisam

1 capacitação para 8

funcionários R$ 31.973,63

R$

31.973,63

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Plano Municipal de Saneamento Básico

294

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Projetos/Ações Quantidade. Custo

estimado da ação

Custo estimado do

projeto

Prazo Emergencial

Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo

2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

Garantia de materiais e insumos necessários para a

realização das atividades da

Covisam

1 veículo, 2 impressoras,

1 GPS, 4 caixas

térmicas, acesso à

internet, 3 computadore

s, 1 máq. fotográfica

R$ 63.255,65 R$ 63.255,65

Execução de rotina de controle e

monitoramento da qualidade da água

para consumo humano

- R$

564.528,11 R$ 22.957,79

R$ 23.444,49

R$ 23.941,52

R$ 24.449,08

R$ 24.967,40

R$ 25.496,71

R$ 26.037,24

R$ 26.589,23

R$ 27.152,92

R$ 27.728,56

R$ 28.316,40

R$ 28.916,71

R$ 29.529,75 R$ 30.155,78 R$ 30.795,08 R$ 31.447,93 R$ 32.114,63 R$ 32.795,46 R$ 33.490,72 R$ 34.200,73

Garantia do fornecimento de

desinfectante para casos em que a

fonte de abastecimento

possua água de boa qualidade (soluções

individuais)

- R$ 95.879,01 R$ 3.899,13 R$ 3.981,79 R$ 4.066,21 R$ 4.152,41 R$ 4.240,44 R$ 4.330,34 R$ 4.422,14 R$ 4.515,89 R$ 4.611,63 R$ 4.709,40 R$ 4.809,24 R$ 4.911,19 R$ 5.015,31 R$ 5.121,63 R$ 5.230,21 R$ 5.341,09 R$ 5.454,32 R$ 5.569,96 R$ 5.688,04 R$ 5.808,62

Desenvolvimento de campanha de

cadastramento de usuário da água

1 campanha a cada 4 anos (total de 5)

R$ 2.036.205,33

R$ 233.274,64

R$ 298.990,49

R$ 383.219,15

R$ 491.175,89

R$ 629.545,15

PROJETO: CONTROLE DE PERDAS Desenvolvimento de

campanha para negociação de

dívidas com usuários inadimplentes e

conscientização da importância do pagamento das

contas na data do vencimento, com

divulgação nas mídias locais

1 campanha a cada 3 anos (total de 7)

R$ 2.966.360,64

R$ 2.966.360,64

R$

226.425,28 R$

272.751,59 R$

328.556,20 R$

395.778,36 R$ 476.754,08

R$ 574.297,33

R$ 691.797,80

Implantação de sistema de

monitoramento do consumo de água

em imóveis públicos

em torno de 100 imóveis

públicos R$ 0,00

Manutenção do sistema de

monitoramento do consumo de água

em imóveis públicos

em torno de 100 imóveis

públicos R$ 0,00

Inspeção, manutenção e

monitoramento dos SAAs

- R$ 0,00

PROGRAMA RECUPERAÇÃO, PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DOS MANANCIAIS

PROJETO: RECUPERAÇÃO, PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DOS MANANCIAIS

Elaboração de estudo de

viabilidade para recuperação/revitali

zação dos mananciais, e

execução do projeto

3 (Rio Joanes, Rio Jacuípe, Rio Pojuca)

R$ 37.808.744,49

R$ 40.890.138,57

R$

84.909,48 R$

90.344,90 R$

3.747.903,23 R$

3.987.822,58 R$

4.243.100,19 R$

4.514.719,22 R$

4.803.725,74 R$

5.111.232,82 R$

5.438.424,73 R$

5.786.561,61

Inclusão de todos os mananciais de Camaçari em Sistema de

Monitoramento de Controle da

Qualidade da Água, com cadastro e

atualização periódica dos dados

1 funcionário R$ 1.330,02 R$ 1.330,02

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Plano Municipal de Saneamento Básico

295

ESTADO DA BAHIA

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMAÇARI

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO - SEDUR

Projetos/Ações Quantidade. Custo

estimado da ação

Custo estimado do

projeto

Prazo Emergencial

Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo

2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

Incentivo técnico e financeiro de ações

que visem à proteção hídrica e

de iniciativas sustentáveis, com

ampliação da divulgação de

medidas já existentes

1 edital por ano (total de

12)

R$ 2.471.457,24

R$ 167.802,48

R$ 150.646,70

R$ 160.290,24

R$ 170.551,10

R$ 181.468,81 R$ 193.085,40 R$ 205.445,63 R$ 218.597,08 R$ 232.590,42 R$ 247.479,53 R$ 263.321,75 R$ 280.178,11

Realização de cursos para agricultores da região, abordando o uso de fertilizantes

naturais e a proteção dos mananciais

2 encontros ao ano

R$ 608.606,83

R$ 35.294,74

R$ 19.610,17

R$ 20.865,50

R$ 22.201,19

R$ 23.622,38

R$ 25.134,55

R$ 26.743,52

R$ 28.455,49

R$ 30.277,04

R$ 32.215,21

R$ 34.277,44 R$ 36.471,69 R$ 38.806,40 R$ 41.290,56 R$ 43.933,75 R$ 46.746,13 R$ 49.738,55 R$ 52.922,53

PROGRAMA UNIVERSALIZAÇÃO DO ACESSO À AGUA POTÁVEL

PROJETO: MELHORIA DOS SISTEMAS OPERADOS PELA EMBASA SISTEMA LOCAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE CAMAÇARI

Instalação de sinalização de

identificação nos poços P1, P3, P6, P7,

P8

5 instalações R$ 4.779,82

R$ 4.104.323,84

R$ 4.779,82

Instalação de sinalização de advertência de

perigo em todos os poços

9 instalações R$ 6.588,38 R$ 6.588,38

Adequação dos poços P1, P7 e P8

para fechamento da poligonal com muro

de alvenaria e portões metálicos

3 serviços R$

236.388,91 R$

236.388,91

Intervenções no sistema

(manutenção, ampliação, melhoria)

- R$

3.856.566,73 R$

192.828,34 R$

192.828,34 R$

192.828,34 R$

192.828,34 R$

192.828,34 R$

192.828,34 R$

192.828,34 R$

192.828,34 R$

192.828,34 R$

192.828,34 R$

192.828,34 R$

192.828,34 R$ 192.828,34 R$ 192.828,34 R$ 192.828,34 R$ 192.828,34 R$ 192.828,34 R$ 192.828,34 R$ 192.828,34 R$ 192.828,34

SISTEMA LOCAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE PARAFUSO

Instalação de sinalização de identificação e advertência de

perigo no poço P1

1 instalação R$ 1.688,01

R$ 1.206.712,11

R$ 1.688,01

Realização de isolamento

adequado da fiação elétrica na casa de química, com base

nas normas vigentes

1 serviço R$ 254,73 R$ 254,73

Intervenções no sistema

(manutenção, ampliação, melhoria)

- R$

1.204.769,38 R$ 60.238,47

R$ 60.238,47

R$ 60.238,47

R$ 60.238,47

R$ 60.238,47

R$ 60.238,47

R$ 60.238,47

R$ 60.238,47

R$ 60.238,47

R$ 60.238,47

R$ 60.238,47

R$ 60.238,47

R$ 60.238,47 R$ 60.238,47 R$ 60.238,47 R$ 60.238,47 R$ 60.238,47 R$ 60.238,47 R$ 60.238,47 R$ 60.238,47

SISTEMA INTEGRADO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE MACHADINHO

Instalação de dispositivo/estrutura apropriado(a) para

trancamento dos poços P3 e P9

2 instalações R$ 255,36

R$ 97.832.079,47

R$ 255,36

Instalação de sinalização de identificação e advertência de

perigo em todos os poços

7 instalações R$ 11.816,04 R$ 11.816,04

Cercamento do poço P9

1 serviço R$ 12.218,23 R$ 12.218,23

Intervenções no sistema

(Machadinho Sul) -

R$ 55.280.010,33

R$ 2.764.000,52

R$ 2.764.000,52

R$ 2.764.000,52

R$ 2.764.000,52

R$ 2.764.000,52

R$ 2.764.000,52

R$ 2.764.000,52

R$ 2.764.000,52

R$ 2.764.000,52

R$ 2.764.000,52

R$ 2.764.000,52

R$ 2.764.000,52

R$ 2.764.000,52 R$

2.764.000,52 R$

2.764.000,52 R$

2.764.000,52 R$

2.764.000,52 R$

2.764.000,52 R$

2.764.000,52 R$

2.764.000,52

Intervenções no sistema

(Machadinho Norte) -

R$ 42.527.779,51

R$ 2.126.388,98

R$ 2.126.388,98

R$ 2.126.388,98

R$ 2.126.388,98

R$ 2.126.388,98

R$ 2.126.388,98

R$ 2.126.388,98

R$ 2.126.388,98

R$ 2.126.388,98

R$ 2.126.388,98

R$ 2.126.388,98

R$ 2.126.388,98

R$ 2.126.388,98 R$

2.126.388,98 R$

2.126.388,98 R$

2.126.388,98 R$

2.126.388,98 R$

2.126.388,98 R$

2.126.388,98 R$

2.126.388,98

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Plano Municipal de Saneamento Básico

296

ESTADO DA BAHIA

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMAÇARI

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO - SEDUR

Projetos/Ações Quantidade. Custo

estimado da ação

Custo estimado do

projeto

Prazo Emergencial

Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo

2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

SISTEMA INTEGRADO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE JORDÃO

Instalação de sinalização de identificação e advertência de

perigo em todos os poços

4 instalações R$ 6.141,49

R$ 45.409.367,32

R$ 6.141,49

Intervenções no sistema

(manutenção, ampliação, melhorias)

- R$

45.403.225,83 R$

2.270.161,29 R$

2.270.161,29 R$

2.270.161,29 R$

2.270.161,29 R$

2.270.161,29 R$

2.270.161,29 R$

2.270.161,29 R$

2.270.161,29 R$

2.270.161,29 R$

2.270.161,29 R$

2.270.161,29 R$

2.270.161,29 R$ 2.270.161,29

R$ 2.270.161,29

R$ 2.270.161,29

R$ 2.270.161,29

R$ 2.270.161,29

R$ 2.270.161,29

R$ 2.270.161,29

R$ 2.270.161,29

SISTEMA INTEGRADO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE BARRA DO POJUCA

Intervenções no sistema

(manutenção, ampliação, melhorias)

- R$

41.952.630,56 R$

41.952.630,56 R$

2.097.631,53 R$

2.097.631,53 R$

2.097.631,53 R$

2.097.631,53 R$

2.097.631,53 R$

2.097.631,53 R$

2.097.631,53 R$

2.097.631,53 R$

2.097.631,53 R$

2.097.631,53 R$

2.097.631,53 R$

2.097.631,53 R$ 2.097.631,53

R$ 2.097.631,53

R$ 2.097.631,53

R$ 2.097.631,53

R$ 2.097.631,53

R$ 2.097.631,53

R$ 2.097.631,53

R$ 2.097.631,53

SISTEMA SIMPLIFICADO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DE CANTO DOS PÁSSAROS

Instalação de sinalização de advertência de

perigo na área do poço

1 instalação R$ 732,04

R$ 743.296,45

R$ 732,04

Intervenções no sistema

(manutenção e melhorias)

- R$

742.564,41 R$

260.389,07 R$

482.175,33

PROJETO: SOLUÇÕES ALTERNATIVAS PARA A ZONA RURAL Ampliação e/ou adequação dos

sistemas simplificados

existentes (Maracaíuba, Lagoa

Seca e Rancho Alegre)

3 serviços R$

1.352.064,00

R$ 12.637.772,55

R$ 270.412,80

R$ 270.412,80

R$ 270.412,80

R$ 270.412,80

R$ 270.412,80

Elaboração de Projeto e

Implantação de novos sistemas simplificados

- R$

3.000.000,00 R$

750.000,00 R$

750.000,00 R$

750.000,00 R$

750.000,00

Garantia do fornecimento de

desinfectante para os sistemas

existentes e aqueles a serem implantados

- R$ 95.879,01 R$ 3.899,13 R$ 3.981,79 R$ 4.066,21 R$ 4.152,41 R$ 4.240,44 R$ 4.330,34 R$ 4.422,14 R$ 4.515,89 R$ 4.611,63 R$ 4.709,40 R$ 4.809,24 R$ 4.911,19 R$ 5.015,31 R$ 5.121,63 R$ 5.230,21 R$ 5.341,09 R$ 5.454,32 R$ 5.569,96 R$ 5.688,04 R$ 5.808,62

Implantação de reservatorio de

captação de água de chuva em

localidades com população inferior a

150 hab. e/ou em domicílios dispersos

- R$

8.189.829,54 R$

295.479,09 R$

414.498,07 R$

417.021,27 R$

419.597,96 R$

422.229,28 R$

424.916,39 R$

427.660,46 R$

430.462,70 R$

433.324,36 R$

436.246,67 R$

439.230,95 R$ 442.278,49 R$ 445.390,63 R$ 448.568,76 R$ 451.814,26 R$ 455.128,57 R$ 458.513,13 R$ 461.969,46 R$ 465.499,05

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

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Plano Municipal de Saneamento Básico

297

ESTADO DA BAHIA

PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMAÇARI

SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO - SEDUR

Tabela 50 - Plano de investimento físico x financeiro dos serviços de esgotamento sanitário.

Projetos/Ações Quantidade. Custo

estimado da ação

Custo estimado do projeto

Prazo Emergencial

Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo

2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

Programa Esgotamento Sanitário para Todos Projeto: Ampliação do Acesso aos Serviços de Esgotamento Sanitário na Zona Urbana

Elaboração de projeto e ampliação

da cobertura da rede pública de coleta de esgoto

doméstico na zona urbana do Distrito

Sede.

Contemplação 126.528

habitantes (população de fim de plano sem acesso à

rede)

R$ 273.370.230,65

R$ 1.528.333.470,1

8

R$

1.353.317,97 R$

1.353.317,97 R$

33.832.949,34 R$

33.832.949,34 R$

33.832.949,34 R$

33.832.949,34 R$

33.832.949,34 R$

33.832.949,34 R$

33.832.949,34 R$

33.832.949,34

Elaboração de projeto e ampliação

da cobertura da rede pública de coleta de esgoto

doméstico na zona urbana do Distrito Monte de Gordo.

Contemplação 28.007

habitantes (população de fim de plano sem acesso à

rede)

R$ 168.814.145,68

R$ 835.713,59

R$ 835.713,59

R$ 23.877.531,21

R$ 23.877.531,21

R$ 23.877.531,21

R$ 23.877.531,21

R$ 23.877.531,21

R$ 23.877.531,21

R$ 23.877.531,21

Elaboração de projeto e ampliação

da cobertura da rede pública de coleta de esgoto

doméstico na zona urbana do Distrito

de Abrantes.

Contemplação 67.907

habitantes (população de fim de plano sem acesso à

rede)

R$ 264.090.306,00

R$ 874.471,21

R$ 874.471,21

R$ 37.477.337,65

R$ 37.477.337,65

R$ 37.477.337,65

R$ 37.477.337,65

R$ 37.477.337,65

R$ 37.477.337,65

R$ 37.477.337,65

Elaboração de projeto e

implantação de etapa de tratamento

do esgoto doméstico para os

distritos de Abrantes e Monte

Gordo.

Contemplação de 211.551 moradores.

R$ 117.388.449,56

R$ 581.130,94

R$ 581.130,94

R$ 23.245.237,54

R$ 23.245.237,54

R$ 23.245.237,54

R$ 23.245.237,54

R$ 23.245.237,54

Ampliação do índice de tratamento dos esgotos coletados na Sede municipal

pela empresa privada Cetrel.

Contemplação de toda

população da Sede ao longo

de todo horizonte de

planejamento

R$ 108.508.234,16

R$ 4.159.291,34

R$ 4.159.291,34

R$ 4.159.291,34

R$ 4.159.291,34

R$ 4.159.291,34

R$ 4.159.291,34

R$ 4.159.291,34

R$ 4.683.706,53

R$ 4.995.423,42

R$ 5.318.248,88

R$ 5.652.507,86

R$ 5.998.555,73

R$ 6.356.734,19

R$ 6.727.392,00

R$ 7.110.936,92

R$ 7.507.710,20

R$ 7.918.084,36

R$ 8.342.524,88

R$ 8.781.369,82

Operação e manutenção da rede

pública de coleta dos distritos e das

soluções de tratamento do

esgoto coletado a fim de evitar transtornos à população e

proteger o meio ambiente de

contaminações.

Custo inclui operação e

manutenção da rede de

coleta pública de esgoto

para os distritos Sede,

Abrantes e Monte Gordo

R$ 343.960.693,90

R$ 12.938.733,98

R$ 13.371.211,67

R$ 13.819.583,16

R$ 14.284.365,28

R$ 14.765.957,28

R$ 16.210.391,10

R$ 17.289.201,20

R$ 18.406.473,75

R$ 19.563.382,87

R$ 20.761.134,44

R$ 22.000.791,36

R$ 23.283.603,97

R$ 24.611.041,78

R$ 25.984.243,89

R$ 27.404.605,93

R$ 28.873.561,61

R$ 30.392.410,62

Custo inclui operação e

manutenção das ETEs dos distritos de Abrantes e

Monte Gordo.

R$ 236.845.205,40

R$ 8.809.156,42

R$ 9.481.713,65

R$ 10.178.886,84

R$ 10.901.274,84

R$ 11.649.788,71

R$ 12.425.051,14

R$ 13.227.967,18

R$ 14.059.419,26

R$ 14.920.255,19

R$ 15.811.145,29

R$ 16.733.021,96

R$ 17.686.986,78

R$ 18.673.825,58

R$ 19.694.624,42

R$ 20.750.275,14

R$ 21.841.813,02

Conforme avanço da ampliação da rede de coleta pública

nos distritos, promover a

desativação das soluções

individualizadas e ligação do domicílio

à rede.

- -

Construção de módulos sanitário integrados à rede

coletora de esgoto em domicílios que

ainda não possuem.

Contemplação de 843 famílias

R$ 15.196.602,69

R$ 150.461,41

R$ 835.896,74

R$ 835.896,74

R$ 835.896,74

R$ 835.896,74

R$ 835.896,74

R$ 835.896,74

R$ 835.896,74

R$ 835.896,74

R$ 835.896,74

R$ 835.896,74

R$ 835.896,74

R$ 835.896,74

R$ 835.896,74

R$ 835.896,74

R$ 835.896,74

R$ 835.896,74

R$ 835.896,74

R$ 835.896,74

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Projetos/Ações Quantidade. Custo

estimado da ação

Custo estimado do projeto

Prazo Emergencial

Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo

2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

Realizar estudos quanto à viabilidade

ambiental e econômica do reuso

dos efluentes tratados nas ETEs.

- R$ 159.602,14

R$ 79.801,07 R$ 79.801,07

Estudar a aplicação de tarifas

compatíveis com a condição de

pagamento dos usuários.

- -

Projeto: Soluções alternativas para zona rural e para povos e comunidades tradicionais Elaboração dos

projetos das soluções individuais

de esgotamento sanitário, incluindo

cronograma de operação,

manutenção e monitoração.

- R$ 37.532,75

R$ 11.945.914,43

R$

37.532,75

Construção de soluções individuais,

como banheiro seco, fossa séptica

seguida de sumidouros ou valas de filtração, fossas

de evapotranspiração e canteiro bioséptico,

com base na construção

participativa envolvendo a família

contemplada.

Custo para contemplação

de 40% dos moradores com fossas

sépticas seguidas de sumidouro.

R$ 2.688.893,91

R$ 268.889,39

R$ 268.889,39

R$ 268.889,39

R$ 268.889,39

R$ 268.889,39

R$ 268.889,39

R$ 268.889,39

R$ 268.889,39

R$ 268.889,39

R$ 268.889,39

Custo para contemplação

de 20% dos moradores

com canteiros bioséptico.

R$ 903.139,24

R$ 180.627,85

R$ 180.627,85

R$ 180.627,85

R$ 180.627,85

R$ 180.627,85

Custo para contemplação

de 20% dos moradores com fossa

séptica.

R$ 161.242,21

R$ 53.747,40 R$ 53.747,40 R$ 53.747,40

Capacitação da população na construção de

soluções adequadas de esgotamento

sanitário, com foco em membros de

associações e profissionais

responsáveis pela construção das

soluções individuais adotadas

atualmente na região.

8 oficinas - 2 por ano

R$ 229.827,09

R$ 57.456,77 R$ 57.456,77 R$ 57.456,77 R$ 57.456,77

Elaborar e disponibilizar para a população manual

técnico autoexplicativo de

construção e operação de

soluções individuais, como fossas

sépticas seguidas de sumidouro/vala de filtração, canteiro bioséptico, entre

outros, assim como normas

correlacionadas existentes.

- R$ 63.840,86

R$ 63.840,86

Elaborar Manual com orientações

sobre a manutenção e o monitoramento

das soluções individuais.

- R$ 63.840,86

R$ 63.840,86

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Projetos/Ações Quantidade. Custo

estimado da ação

Custo estimado do projeto

Prazo Emergencial

Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo

2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

Construção de módulos sanitários nas residências que

ainda não tem acesso a banheiro, composto por vaso sanitário, lavatório,

chuveiro e pia de lavar roupa,

integrado a solução para a destinação

dos esgotos condizente com a

realidade local.

Contemplação de 342

famílias.

R$ 6.165.169,77

R$ 61.041,28

R$ 610.412,85

R$ 610.412,85

R$ 610.412,85

R$ 610.412,85

R$ 610.412,85

R$ 610.412,85

R$ 610.412,85

R$ 610.412,85

R$ 610.412,85

R$ 610.412,85

Promoção de oficinas de

capacitação para atores sociais envolvidos na construção de

soluções individuais de esgotamento

sanitário.

6 oficinas R$ 172.370,31

R$ 28.728,39

R$ 28.728,39

R$ 28.728,39 R$ 28.728,39 R$ 28.728,39 R$ 28.728,39

Promoção de oficinas de educação

ambiental com os Povos e

Comunidades Tradicionais abordando a

importância do esgotamento

sanitário para a minimização dos

agravos de doenças e proteção do meio

ambiente, debatendo com a

coletividade a respeito da melhor

alternativa para esgotamento sanitário a ser implantada,

considerando as suas peculiaridades culturais e visando a

aceitação da tecnologia. Na

ocasião das oficinas deve feito o

levantamento do quantitativo de

residências desprovidas de

instalações sanitárias internas e a possível solução

para cada comunidade específica (a

exemplo do uso de banheiro seco, construção de

módulos sanitários integrados à solução

de esgotamento, entre outras

possibilidades).

Realização de 10 oficinas de

educação ambiental em comunidade

R$ 287.283,86

R$ 143.641,93

R$ 143.641,93

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Projetos/Ações Quantidade. Custo

estimado da ação

Custo estimado do projeto

Prazo Emergencial

Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo

2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

Implantação das soluções

alternativas de esgotamento sanitário para

atendimento dos povos e

comunidades tradicionais, com participação dos

moradores contemplados na

construção da solução.

Quantidade a ser definida

no levantamento realizado nas

oficinas. O custo foi

estimado para atendimento

de 200 famílias.

R$ 1.172.773,57

R$ 234.554,71

R$ 234.554,71

R$ 234.554,71

R$ 234.554,71

R$ 234.554,71

Programa Gestão Sustentável dos Serviços de Esgotamento Sanitário

Projeto: Melhoria da qualidade do serviço prestado Formulação de

ações para prevenção à

extravasamentos na rede coletora de

esgoto.

Atividade realizada por

funcionário da prefeitura/pre

stadora.

R$ 242.595,26

R$ 1.851.384,86

R$

12.768,17 R$

12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17

Elaboração de rotina contínua de

monitoramento e manutenção

preventiva das soluções individuais implantadas na zona urbana e rural, com disponibilização de técnico capacitado

para realização dessas atividades.

Atividade realizada por

funcionário da prefeitura/pre

stadora.

R$ 485.190,51

R$ 25.536,34

R$ 25.536,34

R$ 25.536,34 R$ 25.536,34 R$ 25.536,34 R$ 25.536,34 R$ 25.536,34 R$ 25.536,34 R$ 25.536,34 R$ 25.536,34 R$ 25.536,34 R$ 25.536,34 R$ 25.536,34 R$ 25.536,34 R$ 25.536,34 R$ 25.536,34 R$ 25.536,34 R$ 25.536,34 R$ 25.536,34

Fiscalização e punição adequada

aos infratores quanto à ligação do sistema residencial de coleta de águas

pluviais à rede pública de coleta de

esgoto.

Atividade realizada por

funcionário da prefeitura/pre

stadora.

R$ 242.595,26

R$ 12.768,17

R$ 12.768,17

R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17

Fiscalização e punição adequada

aos infratores quanto à ligação do sistema residencial

de esgoto à rede pública de drenagem.

Atividade realizada por

funcionário da prefeitura/pre

stadora.

R$ 242.595,26

R$ 12.768,17

R$ 12.768,17

R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17

Fiscalização quanto à ligação das

residências ao sistema público de coleta de esgoto,

conforme disposto no Art. 82 do Plano

Diretor de Desenvolvimento

Urbano – PDDU do município de

Camaçari, aplicando aos usuários

inadimplentes as penalidades

previstas na Lei nº 7.307 de 23 de

janeiro de 1998, regulamentada pelo Decreto Nº 7.765 de

08 de março de 2000, que dispõe sobre a ligação de efluentes à rede

pública de coleta de esgotos.

Atividade realizada por

funcionário da prefeitura/pre

stadora.

R$ 242.595,26

R$ 12.768,17

R$ 12.768,17

R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17 R$ 12.768,17

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Projetos/Ações Quantidade. Custo

estimado da ação

Custo estimado do projeto

Prazo Emergencial

Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo

2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

Desenvolvimento de canal de diálogo entre usuário e prestadora do

serviço, incluindo campanha de

incentivo ao uso, para célere

informação sobre transtornos na rede pública de coleta de

esgoto.

Custo inclui criação e

operação do canal de diálogo.

R$ 223.443,00

R$ 53.200,71 R$ 10.640,14 R$ 10.640,14 R$ 10.640,14 R$ 10.640,14 R$ 10.640,14 R$ 10.640,14 R$ 10.640,14 R$ 10.640,14 R$ 10.640,14 R$ 10.640,14 R$ 10.640,14 R$ 10.640,14 R$ 10.640,14 R$ 10.640,14 R$ 10.640,14 R$ 10.640,14

Capacitação e desenvolvimento

dos recursos humanos para a

execução dos serviços de

esgotamento de modo satisfatório,

incluindo a contratação de funcionários em

número suficiente para atender à demanda do

município, bem como o treinamento

(e sua reciclagem periódica) da equipe

técnica incumbida das medições.

Custo referente à

realização de oficinas e

capacitação dos

funcionários da

prefeitura/prestadora.

R$ 172.370,31

R$ 57.456,77 R$ 57.456,77 R$ 57.456,77

Inclusão dos dados referentes ao

saneamento básico ao Sistema de Informações

Geográficas - SIG, já utilizado pela

Prefeitura, permitindo o

mapeamento da ocorrência de

vazamentos, da idade das redes de coleta, entre outras

oportunidades.

Custo de equipe para

desenvolver a atividade.

R$ 0,00

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

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Tabela 51 - Plano de investimento físico x financeiro dos serviços de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas.

Projetos/ Ações Custo

Estimado das Ações

Custo Estimado

dos Projetos

Prazo Emergencial

Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo

2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

Programa:Manejo Adequado das Água Pluviais

Projeto: Redução e ou Retenção do escoamento superficial

i. Implantação de dispositivos de

captação de águas da chuva para

usos diversos em todos os prédios

públicos. R$

3.948.252,99

R$ 19.896.364,42

R$

131.095,68 R$

139.487,68 R$

273.800,43 R$

291.327,57 R$

309.976,69 R$

329.819,63 R$

350.932,80 R$

373.397,51 R$

397.300,29 R$

422.733,18 R$

449.794,14 R$

478.587,39 ii. Estimular a

prática de captação de água

de chuva em edificações

particulares, por meio do IPTU

Verde.

iii. Estimular a repermeabilização dos locais com alta

taxa de impermeabilização.

R$ 229.827,09

R$

7.862,24 R$

8.365,43 R$

8.900,82 R$

9.470,47 R$

10.076,58 R$

10.721,48 R$

11.407,65 R$

12.137,74 R$

12.914,56 R$

13.741,09 R$

14.620,52 R$

15.556,23 R$

16.551,83 R$

17.611,15 R$

18.738,26 R$

19.937,51 R$

21.213,51 iv. Estimular a implantação de

piso drenante em detrimento de

pisos impermeáveis.

v. Realização do cadastro de áreas estratégicas para o amortecer cheias: bacias naturais de

amortecimento, áreas verdes (localização e

estado de conservação) e áreas de lazer

(praças, campos de futebol e

quadras) com as respectivas

capacidade de amortecimento de

cheia:

R$ 360.053,88

R$

360.053,88

vi. Realizar a recomposição

vegetal e manutenção das

áreas verdes.

*

vii. Regulamentação e preservação das

bacias naturais de amortecimento.

*

viii.Aproveitamento de áreas de lazer

para amortecimento de

cheias: praças, campos de futebol

e quadras.

*

ix. Ampliar a capacidade da

Sedur de fiscalização do uso e a ocupação do

solo, com o objetivo de conter o desmatamento e

a impermeabilização

do solo.

R$ 15.174.227,37

R$

431.611,60 R$

459.234,74 R$

488.625,77 R$

519.897,81 R$

553.171,28 R$

588.574,24 R$

626.242,99 R$

666.322,54 R$

708.967,18 R$

754.341,08 R$

802.618,91 R$

853.986,52 R$

908.641,66 R$

966.794,72 R$

1.028.669,59 R$

1.094.504,44 R$

1.164.552,72 R$

1.239.084,10 R$

1.318.385,48

x. Promover cursos de capacitação

dos profissionais da instituição

(Sedur).

R$ 184.003,10

R$

11.830,28

R$ 13.393,01

R$

15.162,18

R$ 17.165,04

R$

19.432,47

R$ 21.999,42

R$

24.905,46

R$ 28.195,37

R$

31.919,87

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303

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SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO URBANO - SEDUR

Projetos/ Ações Custo

Estimado das Ações

Custo Estimado

dos Projetos

Prazo Emergencial

Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo

2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

Projeto: Revitalização dos Canais de Drenagem

i. Enquadramento dos canais de

drenagem (córregos, riachos e rios) de acordo com a Resolução Conama Nº 357 e

430.

**

R$ 190.713,58

ii. Identificar os pontos de

lançamento de esgoto no sistema

de drenagem;

R$ 190.713,58

R$

190.713,58

iii. Recuperação da mata ciliar

(proteção dos taludes e barreira de proteção contra resíduos sólidos).

*

iv. Implantação de parque lineares nos rios urbanos que funcionam como canais

macrodrenagem: Distrito de

Abrantes e Monte Gordo

*

v. Adequação dos canais de

microdrenagem. *

Projeto: Relocação e Contenção de Construções em Áreas de Proteção Pemanente i. Elaboração de

um cadastro técnico do uso e ocupação das

áreas de proteção permanente (APP)

destacando as áreas de riscos

para a população;

R$ 3.255.443,92

R$ 20.580.584,82

R$

373.004,54

R$ 478.058,04

R$

612.698,95

R$ 785.260,31

R$

1.006.422,09

Erradicação e ou adequação das áreas de riscos

ocupadas

*

Efetivação de regularização fundiária em

algumas localidades;

*

Relocação das famílias

desapropriadas *

i. Ampliar a capacidade da

Sedur de fiscalização do uso e a ocupação do

solo, com o objetivo de conter a ocupação em áreas de risco e

em áreas de proteção

permanente (APP).

R$ 17.325.140,90

R$

492.791,60 R$

524.330,26 R$

557.887,40 R$

593.592,19 R$

631.582,09 R$

672.003,35 R$

715.011,56 R$

760.772,30 R$

809.461,73 R$

861.267,28 R$

916.388,38 R$

975.037,24 R$

1.037.439,63 R$

1.103.835,76 R$

1.174.481,25 R$

1.249.648,05 R$

1.329.625,52 R$

1.414.721,56 R$

1.505.263,74

Programa: Universalização dos serviços de drenagem

Projeto: Ampliação e Melhoria da Drenagem i. Realizar o cadastro do sistema de drenagem existente.

R$ 3.377.416,40

R$ 22.332.558,27

R$ 1.636.345,16

R$ 1.741.071,25

ii. Elaborar projetos de

ampliação do sistema de drenagem.

*

iii. Implantar dispositivo de

microdrenagem nas vias

*

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Plano Municipal de Saneamento Básico

304

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Projetos/ Ações Custo

Estimado das Ações

Custo Estimado

dos Projetos

Prazo Emergencial

Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo

2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036

v. Elaboração do Plano Diretor de

Drenagem Urbana a fim de melhorar a

eficiência da implantação,

manutenção e operação dos sistemas de drenagem.

R$ 581.220,44

R$

581.220,44

vi. Aumento do quadro de

funcionários com a qualificação

técnica necessária, veículos e

equipamentos (Seinfra).

R$ 18.017.548,02

R$

512.486,24 R$

545.285,36 R$

580.183,62 R$

617.315,37 R$

656.823,56 R$

698.860,27 R$

743.587,32 R$

791.176,91 R$

841.812,23 R$

895.688,22 R$

953.012,26 R$

1.014.005,05 R$

1.078.901,37 R$

1.147.951,06 R$

1.221.419,93 R$

1.299.590,80 R$

1.382.764,61 R$

1.471.261,55 R$

1.565.422,29

vii. Implantação de caixas coletoras de águas pluviais com

dispositivo de retenção de

resíduos sólidos.

*

viii. Promover cursos de

capacitação dos profissionais da

instituição (Seinfra).

R$ 184.003,10

R$

11.830,28

R$ 13.393,01

R$

15.162,18

R$ 17.165,04

R$

19.432,47

R$ 21.999,42

R$

24.905,46

R$ 28.195,37

R$

31.919,87

ix. Realizar e manter as

campanhas de educação e

ambiental quanto à preservação das

matas ciliares, aos perigos de

ocupação das margens dos rios urbanos ou em

áreas de risco, aos danos causados pelo lançamento

de resíduos sólidos nos

logradouros e do lançamento de

esgoto doméstico no sistema de

drenagem.

R$ 172.370,31

R$

5.369,36 R$

5.713,00 R$

6.078,63 R$

6.467,67 R$

6.881,60 R$

7.322,02 R$

7.790,63 R$

8.289,23 R$

8.819,74 R$

9.384,20 R$ 9.984,79

R$ 10.623,82

R$ 11.303,74

R$ 12.027,18

R$ 12.796,92

R$ 13.615,92

R$ 14.487,34

R$ 15.414,53

Projeto: Fortalecimento da coordenadoria de Defesa Civil i. Aumento do

quadro de funcionários com a

qualificação técnica necessária,

veículos e equipamentos (Defesa Civil).

R$ 18.130.143,67

R$ 28.306.094,13

R$

515.688,88 R$

548.692,97 R$

583.809,32 R$

621.173,11 R$

660.928,19 R$

703.227,60 R$

748.234,16 R$

796.121,15 R$

847.072,90 R$

901.285,57 R$

958.967,85 R$

1.020.341,79 R$

1.085.643,66 R$

1.155.124,86 R$

1.229.052,85 R$

1.307.712,23 R$

1.391.405,81 R$

1.480.455,79 R$

1.575.204,96

ii. Elaborar de mapa de risco de

alagamento, inundação e

escorregamento de terra.

R$ 9.123.614,09

R$

259.509,60 R$

276.118,21 R$

293.789,78 R$

312.592,33 R$

332.598,23 R$

353.884,52 R$

376.533,13 R$

400.631,25 R$

426.271,65 R$

453.553,04 R$

482.580,43 R$

513.465,58 R$

546.327,38 R$

581.292,33 R$

618.495,04 R$

658.078,72 R$

700.195,76 R$

745.008,29 R$

792.688,82

iii. Monitorar processos erosivos

e sedimentológicos.

iv. Implantação de um Sistema de

Suporte a Decisão (SSD).

R$ 868.333,27

R$

168.112,00 R$

21.812,00 R$

23.207,97 R$

24.693,28 R$

26.273,65 R$

27.955,16 R$

29.744,29 R$

31.647,93 R$

33.673,39 R$

35.828,49 R$

38.121,51 R$

40.561,29 R$

43.157,21 R$

45.919,28 R$

48.858,11 R$

51.985,03 R$

55.312,07 R$

58.852,04 R$

62.618,57

v. Promover cursos de capacitação

dos profissionais da instituição.

R$ 184.003,10

R$

11.830,28

R$ 13.393,01

R$

15.162,18

R$ 17.165,04

R$

19.432,47

R$ 21.999,42

R$

24.905,46

R$ 28.195,37

R$

31.919,87

Fonte: Saneando Projetos de Engenharia e Consultoria, 2016.

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APENDICE B – ÁREAS DE INTERESSE AO ESGOTAMENTO SANITÁRIO

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APENDICE C – ÁREAS DE INTERESSE A DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS

PLUVIAIS URBANAS