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Relatório P2 – Caracterização da Bacia Hidrográfica do Rio Tocantins e seus Formadores Avaliação Ambiental Integrada – AAI da Bacia Hidrográfica do Rio Tocantins e seus Formadores Empresa de Pesquisa Energética - EPE São Paulo Março/2007 Revisão A

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Avaliação Ambiental Integrada

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Relatrio P2 Caracterizao da Bacia Hidrogrfica do Rio Tocantins e seus Formadores Avaliao Ambiental Integrada AAI da Bacia Hidrogrfica do Rio Tocantins e seus FormadoresEmpresa de Pesquisa Energtica - EPE

So Paulo Maro/2007 Reviso A

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ndiceAPRESENTAO.............................................................................................................1 I. Antecedentes ................................................................................................................3 1. 1.1. Os Nmeros da rea de Estudo e dos Empreendimentos .............................4 Abrangncia e Extenso da Bacia.......................................................................4

1.2. Principais Caractersticas dos Aproveitamentos Hidreltricos em Operao e Previstos ..................................................................................................6 2. 2.1. 2.2. II 1. 1.1. 1.1.1. 1.1.2. 1.1.3. 1.2. 1.3. 1.4. 1.4.1. 1.4.2. 1.4.3. 1.5. 1.6. 1.6.1. 1.7. 1.7.1. 1.7.2. Histrico de Ocupao ...................................................................................15 O Incio da Ocupao........................................................................................15 Histria Recente................................................................................................17 CARACTERIZAO DA BACIA DO RIO TOCANTINS ...................................21 Caracterizao dos Recursos Hdricos e do Ecossistema Aqutico...........22 Caracterizao Fisiogrfica ...............................................................................23 Aspectos Fisiogrficos Redes de Monitoramento Hidrometeorolgico Clima 23 24 41

Rede Hidrogrfica .............................................................................................44 Vazes ..............................................................................................................46 Usos da gua....................................................................................................51 Usos Consuntivos Usos no-Consuntivos Balano entre Disponibilidade e Demanda Hdrica 51 52 54

Transporte de Sedimentos ................................................................................56 guas subterrneas ..........................................................................................58 Caracterizao Hidrogeolgica 58

Caracterizao do Ecossistema Aqutico..........................................................65 Qualidade da gua e Aspectos Limnolgicos Principais Questes 65 82

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1.7.3. 2. 2.1. 2.2. 2.2.1. 2.2.2. 2.2.3. 2.2.4. 2.2.5. 2.2.6. 2.2.7. 2.2.8. 2.2.9.

Ictiofauna

84

Caracterizao do Meio Fsico e dos Ecossistemas Terrestres ................120 Caracterizao do Meio Fsico ........................................................................120 Caracterizao dos Ecossistemas Terrestres..................................................154 Procedimentos Metodolgicos Biomas da Bacia Hidrogrfica do Tocantins As Formaes Vegetais na Bacia Hidrogrfica do Tocantins Fauna de Vertebrados A fauna de Vertebrados Terrestres da Bacia Hidrogrfica do Tocantins reas Destinadas Conservao da Biodiversidade Questes Corredores Ecolgicos reas Prioritrias para a Conservao da Biodiversidade 154 158 160 176 177 187 189 193 197 198 199

2.2.10. Sntese / Concluso 2.2.11. Aspectos Relevantes

2.3. Sntese da Caracterizao do Meio Fsico e dos Ecossistemas Terrestres ...............................................................................................201 3. 3.1. 3.1.1. 3.1.2. 3.1.3. 3.1.4. 3.1.5. 3.2. 3.2.1. 3.2.2. 3.3. 3.3.1. 3.3.2. 3.3.3. 3.3.4. 3.3.5. Caracterizao Socioeconmica..................................................................215 Caracterizao Econmica..............................................................................217 Magnitudes econmicas Valor Agregado Dinmica de Evoluo dos Segmentos Dominantes Principais Questes Perspectivas 217 228 233 233 Caracterizao Geral da Estrutura Produtiva Dominante e Padres Territoriais219

Finanas Pblicas Municipais..........................................................................234 Principais Questes Perspectivas 239 240

Caracterizao do Comportamento Populacional............................................240 Dinmica do Crescimento Populacional Densidade Demogrfica Grau de Urbanizao e sua Evoluo Principais Questes Perspectivas 241 243 244 245 246

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3.4. Caracterizao das Condies de Vida da Populao Residente na Bacia do Tocantins...................................................................................246 3.4.1. 3.4.2. 3.4.3. 3.4.4. 3.4.5. 3.5. 3.5.1. 3.5.2. 3.5.3. 3.5.4. 3.5.5. 3.5.6. 3.5.7. 3.5.8. 3.5.9. ndice de Desenvolvimento Humano IDH e sua evoluo Padro de Renda Monetria Proviso de Bens e Servios (renda no monetria) Principais Questes Perspectivas 247 248 248 255 256

Populaes Tradicionais .................................................................................257 Terras e Populaes Indgenas Caractersticas principais dos povos indgenas Comunidades Remanescentes de Antigos Quilombos Quebradeiras de coco babau Pescadores artesanais e/ou populaes ribeirinhas Pescadores de Subsistncia Pescadores Profissionais Locais Pescadores Profissionais Barrageiros Organizao dos Pescadores e Comercializao 258 262 270 275 277 277 278 278 279

3.6. Caracterizao do Sistema de Transportes e da Rede Urbana Regional da Bacia do Tocantins ....................................................................................279 3.6.1. 3.6.2. 3.6.3. 3.6.4. Caracterizao do Sistema de Transportes Identificao da Hierarquia Funcional Urbana Principais Questes Perspectivas do Sistema de Transportes e da Rede Urbana Regional 280 285 291 292

3.7. Caracterizao do Patrimnio Histrico, Cultural e Arqueolgico..................................................................................................................292 3.7.1. 3.7.2. 3.7.3. 3.8. 3.8.1. 3.8.2. Caracterizao do Patrimnio Histrico Caracterizao do Patrimnio Cultural Caracterizao do Patrimnio Arqueolgico 293 300 305

Indicadores Municipais de Sustentabilidade ....................................................317 Conceituao Construo dos Indicadores Municipais de Sustentabilidade das Compartimentao Socioeconmica segundo 317 319 Sub-Bacias 326

3.8.3. Sntese Hidrogrficas 4.

Levantamento e Avaliao da Matriz Institucional......................................329

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4.1. Avaliao da Matriz Institucional Atuante Fora da Governana ...................................................................................................................329 4.2. Enfoque Metodolgico para Construo da Matriz Institucional....................................................................................................................329 4.3. 4.4. 5. 5.1. 5.2. Legais 5.2.1. 5.2.2. 5.2.3. 6. 6.1. 6.1.1. 6.1.2. Gesto Ambiental Mecanismos Institucionais...............................................330 rgos Federais e Estaduais de Meio Ambiente.............................................333 Levantamento e Avaliao da Legislao Aplicvel...................................338 Levantamento da Legislao Aplicvel............................................................338 Anlise da Legislao em Vigor e Identificao de Conflitos 338 Aspectos legais relacionados ao uso dos recursos hdricos Aspectos legais relacionados ao uso e ocupao territorial Aspectos legais relacionados ocupao irregular de terras 338 347 361

Levantamento e Avaliao de Planos, Programas e Projetos ...................365 Identificao e Levantamento..........................................................................365 PPAs Planos Plurianuais Macrozoneamento do Estado do Par 365 367

6.1.3. Plano Estratgico de Recursos Hdricos da Bacia Hidrogrfica dos rios Araguaia e Tocantins 367 6.1.4. 6.1.5. Programa de Revitalizao da Regio Hidrogrfica Araguaia-Tocantins 7.1.5 Projeto PRODECER 368 368

6.1.6. Estudos do Plano Decenal de Expanso do Setor Eltrico Estudos da Expanso da Transmisso (2006-2015) - EPE 370 6.1.7. Estudo de Atualizao do Portfolio de Oportunidades de Investimento do Estudo dos Eixos Nacionais de Integrao e Desenvolvimento 374 6.1.8. 6.1.9. Transposio das guas do Rio Tocantins para o Rio So Francisco Arranjos Produtivos Locais APLs 375 377 378

6.1.10. Projetos de Irrigao 6.2. 6.3.

Principais Questes ........................................................................................379 Perspectivas....................................................................................................380

7. Histrico dos Estudos de Aproveitamentos Hidreltricos da Bacia do Rio Tocantins......................................................................................................................382 7.1. Estudos Pioneiros da CELG e da CIVAT na Dcada de 60.............................382

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7.2. Estudos da ELETROBRS e Subsidirias realizados nos Anos 70 382 7.3. Estudos realizados por FURNAS e pela ELETRONORTE na dcada de 80.................................................................................................................383 7.4. 7.5. Estudos realizados na dcada de 90...............................................................384 Estudos realizados a partir de 2000 ................................................................385

7.6. Resumo dos Estudos relativos a aproveitamentos Hidreltricos realizados na bacia do rio Tocantins .........................................................386 8. BIBLIOGRAFIA ..............................................................................................387

Lista de TabelasTabela 1 - Nmero de Municpios da Bacia do Rio Tocantins por Estado e por subbacias Tabela 2 Principais Caractersticas dos Aproveitamentos Hidreltricos em Operao e Previstos Tabela 3 Potencialidades, Vantagens e Temas/Aspectos Privilegiados da Caracterizao Foco e Funcionalidade. Tabela 4 Fragilidades, Questes Caracterizao Foco e Funcionalidade e Temas/Aspectos Privilegiados da

Tabela 5 - Caractersticas da Bacia do Rio Tocantins Tabela 6 - Vazes Mdias Mensais, Vazes Mnimas e Mximas (m3/s) Tabela 7 Caractersticas dos Escoamentos de Superfcie no rio Tocantins Tabela 8 - Sntese da Qualidade da gua nos Pontos Amostrados da Bacia do rio Tocantins Tabela 9 - Efetivo de Rebanhos na Bacia do rio Tocantins Tabela 10 Usinas Hidreltricas em Operao Tabela 11 - Disponibilidade Hdrica na Regio Hidrogrfica Tabela 12 - Balano Hdrico Tabela 13 ndices de Balano Hdrico (%) Tabela 14 Transporte de Slidos segundo as Estaes Identificadas na Bacia Tabela 15 - Integrao dos dados geolgicos e hidrogeolgicos em funo da compartimentao das sub-bacias do rio Tocantins Tabela 16 - Sntese das caractersticas dos aqferos que ocorrem na Bacia Hidrogrfica do Rio Tocantins

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Tabela 17 - Nmero de espcies e capturas, em nmero e peso (kg), por unidade de esforo (m2 de rede/24 horas) nos locais onde foram efetuadas amostragens com redes de espera. Tabela 18 - Resultados de algumas variveis detectadas nos pontos de coleta do rio Tocantins, nas diferentes fases Tabela 19 - Resultados de alguns parmetros observados nos pontos de coleta dos tributrios, nas diferentes fases Tabela 20 - Captura (t) desembarcada no Mercado Municipal de Imperatriz (MA) no perodo de novembro de 1997 a outubro de 1998 Tabela 21 - Contribuio relativa (%) das cidades vizinhas, ao pescado comercializado no Mercado Municipal de Imperatriz, no perodo de novembro de 1997 a outubro de 1998 Tabela 22 - Pescado proveniente do reservatrio de Tucuru, desembarcado no Mercado Municipal de Imperatriz durante o perodo de novembro de 1997 a outubro de 1998 Tabela 23 - reas potenciais para ocorrncia mineral e unidades geolgicas relacionadas Tabela 24 - Classificao da vulnerabilidade do relevo e rea de abrangncia Bacia do rio Tocantins Tabela 25 Principais Aplicaes das Bandas 3, 4 e 5 do Sensor TM do Satlite Landsat 5 Tabela 26 - Sntese da Caracterizao do Meio Fsico e dos Ecossistemas Terrestres Tabela 27 - Algumas Variveis de Importncia na Bacia do Tocantins Tabela 28 - Valor Agregado dos Dez Principais Municpios e da Bacia do Tocantins (mdia de 2001 a 2003, a preos constantes de 2003) Tabela 29 - Valor Agregado da Bacia do Tocantins, dividido por Unidades da Federao (mdia de 2001 a 2003, a preos constantes de 2003) Tabela 30 - Valor Agregado da Bacia do Tocantins, dividido pelas Sub-bacias (mdia de 2001 a 2003, a preos constantes de 2003) Tabela 31 - Nmero de Pessoas Empregadas por Setor de Atividade - 2004, segundo a Bacia do Tocantins e Estados Integrantes Tabela 32 - Nmero de Pessoas Empregadas por Setor de Atividade - 2004, segundo as sub-bacias Tabela 33 - Nmero de Pessoas Empregado nas Principais Atividades de Servios 2004 Tabela 34 - Pessoal empregado nas principais atividades industriais 2004 Tabela 35 Emprego no Setor Industrial dos Dez Principais Municpios da Bacia do Tocantins (2004) Tabela 36 - Pessoal empregado nas principais atividades primrias 2004

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Tabela 37 - rea plantada total e porcentagem do municpio ocupado com agricultura 2004 Tabela 38 - Rebanho bovino total e densidade de gado nos Estados da Bacia do Tocantins (2004) Tabela 39 - Quantidade extrada dos principais produtos de extrao vegetal (2004) Tabela 40 - Evoluo do Valor Agregado nos municpios da Bacia do Tocantins, por Unidade da Federao, 1999 2003 Tabela 41 - Crescimento do Valor Agregado nos municpios que mais contriburam para o crescimento da Bacia, 1999 2003, em reais constantes de 2003 Tabela 42 - Evoluo Populacional da Bacia do rio Tocantins Tabela 43 - Municpios com Maior Densidade Demogrfica, excluindo-se as reas Protegidas 2000 Tabela 44 - Distribuio das taxas de urbanizao municipais, por sub-bacia Tabela 45 - Grau de variao do IDH-M, por sub-bacia Tabela 46 - Registro de casos de doena de veiculao hdrica, por local de internao Tabela 47 - Municpios com Taxa de Analfabetismo da Populao acima de 15 anos abaixo da taxa nacional Tabela 48 - Terras Indgenas existentes na regio da Bacia Hidrogrfica do Tocantins Tabela 49 - Terras Indgenas existentes por Sub- bacias Hidrogrficas do Rio Tocantins Tabela 50 - Municpios com ocorrncia de Comunidades Remanescentes de Antigos Quilombos Tabela 51 - Distribuio espacial das comunidades quilombolas por sub-bacias Tabela 52 Caractersticas Atuais das Hidroviass do Tocantins e Araguaia Tabela 53 - Movimentao nos Aeroportos Comerciais na Bacia do Tocantins em 2005 Tabela 54 - Caractersticas Gerais dos Centros Urbanos Brasileiros Tabela 55 - Nveis de centralidade das cidades da Bacia do Tocantins Tabela 56 - Bens Edificados na bacia do rio Tocantins Tabela 57 - Municpios com bens tombados, por sub-bacia Tabela 58 - Composio dos Indicadores da Dimenso Econmica Tabela 59 - Composio dos Indicadores da Dimenso Demogrfica Tabela 60 - Composio dos Indicadores da Dimenso Social Tabela 61 - Composio dos Indicadores da Dimenso Ambiental - Presso Antrpica

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Tabela 62 - Composio dos Indicadores da Dimenso Institucional Tabela 63 - Plano de Referncia para a regio Norte 2006-2015 Tabela 64 - APLs na Regio da Bacia do Tocantins Tabela 65 - Projetos de irrigao na Bacia Araguaia-Tocantins

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APRESENTAOO relatrio ora encaminhado o segundo produto formal no mbito do Contrato n EPE-006, celebrado entre a Empresa de Pesquisa Energtica EPE e o Consrcio CNEC ARCADIS Tetraplan, para realizar a Avaliao Ambiental Integrada (AAI) dos Aproveitamentos Hidreltricos da Bacia Hidrogrfica do Rio Tocantins e seus formadores. O estudo considerado prioritrio pelo Ministrio de Minas e Energia MME, conforme Convnio n 013/2004, de 21 de dezembro de 2004, celebrado entre o referido Ministrio e a Empresa de Pesquisa Energtica EPE, para elaborao dos estudos de Avaliao Ambiental Integrada. De acordo com o exposto no Termo de Referncia, tendo em vista avaliar o uso dos solos e das guas da bacia, bem como os provveis impactos que a implantao do conjunto dos aproveitamentos hidreltricos devem ocasionar na bacia e, assim, dispor-se de elementos para a proposio de diretrizes que estruturem o planejamento integrado da Bacia a mdio e longo prazo, os trabalhos propostos tm como objetivo geral: Avaliar a situao ambiental da Bacia do Tocantins, com os empreendimentos hidreltricos implantados e os potenciais barramentos, considerando: (i) seus efeitos cumulativos e sinrgicos sobre os recursos naturais, as populaes residentes e atividades econmicas; (ii) os usos atuais e potenciais dos recursos hdricos no horizonte atual e futuro de planejamento de mdio e longo prazo, tendo em conta a necessidade de compatibilizar a gerao de energia com a conservao da biodiversidade e manuteno dos fluxos gnicos, a sociodiversidade e a tendncia de desenvolvimento socioeconmico da Bacia Hidrogrfica do Rio Tocantins. Como objetivos especficos, enumeram-se: Avaliar a situao ambiental da Bacia do Rio Tocantins com os empreendimentos hidreltricos implantados e os potenciais barramentos, considerando seus efeitos cumulativos e sinrgicos mais provveis; Desenvolver indicadores de sustentabilidade da bacia, tendo como foco os recursos hdricos e a sua utilizao para a gerao de energia; Delimitar as reas de fragilidades e de restries ambientais; Indicar conflitos frente aos diferentes usos do solo e dos recursos hdricos da bacia e as potencialidades advindas da implantao dos aproveitamentos hidreltricos; A partir de uma viso mais abrangente, identificar diretrizes ambientais para a concepo de novos projetos de gerao de energia eltrica, visando o desenvolvimento sustentvel da bacia; Propor diretrizes para subsidiar: (i) estudos ambientais na Bacia Hidrogrfica; (ii) eventuais readequaes de projetos e programas existentes ou em implantao; e a (iii) implantao de futuros aproveitamentos hidreltricos na Bacia do rio Tocantins para os quais no foi outorgada concesso at a elaborao do AAI;Consrcio CNEC - ARCADIS Tetraplan 1

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Estabelecer diretrizes para reduzir riscos e incertezas para o desenvolvimento socioambiental e para o aproveitamento energtico da Bacia. Considerando a diviso dos estudos de Avaliao Ambiental Integrada em quatro etapas Caracterizao da Bacia, Avaliao Ambiental Distribuda AAD e Conflitos, Avaliao Ambiental Integrada AAI e Elementos de Suporte s Recomendaes e Diretrizes -, o produto em questo consubstancia a Caracterizao da Regio, cujo objetivo ... obter um panorama geral da bacia, de modo a permitir a identificao e espacializao dos elementos que mais se destacam na situao atual, bem como suas tendncias evolutivas...1. em que se disponibilizam os resultados principais, organizados da seguinte forma: Captulo I - Antecedentes: neste item abordado o histrico de ocupao da regio, visando resgatar uma primeira anlise retrospectiva da Bacia, com destaque para as ltimas trs dcadas, incluindo-se tambm um panorama geral da Bacia, seus principais nmeros, bem como os aproveitamentos hidreltricos em suas diferentes fases (operao, implantao e planejamento) e temas e cortes de anlises focados e funcionais; Captulo II Caracterizao da Bacia do rio Tocantins e seus Formadores: envolve temas e aspectos de clima, recursos hdricos e ecossistemas aquticos, meio fsico e ecossistemas terrestres e socioeconomia, alm da avaliao da matriz institucional, da legislao aplicvel e dos planos, programas e projetos co-localizados. Cabe destacar que a metodologia proposta para desenvolvimento do presente estudo de AAI tem como um de seus princpios seguir um processo de retroalimentao, ou seja, as quatro etapas j mencionadas sero elaboradas de maneira integrada e seqencial e, medida que o trabalho evolui e que decorram as anlises, pode-se verificar a necessidade de aperfeioamento de produtos j apresentados. Considerando a grande extenso da bacia, com cerca de 380 mil km2 distribudos em 224 municpios em quatro estados e agrupados em cinco sub-bacias, com todas as diferenas advindas das especificidades regionais e territoriais, envolvendo anlises de mais de 20 temas, a presente Caracterizao gerou um documento extenso, mas que avalia os aspectos relevantes de cada um destes temas para a rea de estudo. Em funo disso, o relatrio est organizado em trs volumes: Volume I: Caracterizao da Bacia do Tocantins; Volume II: Atlas do Projeto, composto por trs distintos Cadernos de Mapa: Caderno A (temas apresentados na escala 1:250.000); Caderno B (temas apresentados na escala 1:1.000.000) e Caderno C (rene basicamente os mapas da caracterizao socioeconmica, em escala 1:4.000.000). Essa diferenciao de escalas decorre do fato de, dependendo do tema espacializado no mapa, ser necessria a utilizao de escalas especficas para seu correto entendimento e visualizao; Volume III Anexos.

1

Conforme item 3.2 do Termo de Referncia para o Estudo: Avaliao Ambiental Integrada dos Aproveitamentos Hidreltricos

na bacia do rio Tocantins.

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I. AntecedentesA grande diversidade hidrolgica existente nas diferentes regies do Brasil possibilita maiores oportunidades de integrao do sistema eltrico, por meio de ligaes inter-regionais, permitindo atender as demandas dos centros de consumo em variadas bacias hidrogrficas e otimizando a distribuio e utilizao de energia no pas. Essas interligaes proporcionam uma disponibilidade de energia superior que se poderia obter pela operao isolada desse mesmo conjunto de usinas, o que otimiza o desempenho do sistema global, tornando fundamental o planejamento integrado da expanso dos sistemas de energia no pas. Em virtude do tempo demandado para maturao de empreendimentos hidreltricos, base da oferta de energia no pas, bem como das peculiaridades inerentes diversidade hidrolgica, o planejamento da expanso da matriz energtica brasileira vem evoluindo por meio de uma seqncia de estudos referenciais, com horizontes temporais abrangentes, e em aproximaes sucessivas, para possibilitar a tomada efetiva de deciso quanto expanso da matriz eltrica em tempo hbil. Esses estudos, em funo dos horizontes temporais e das decises envolvidas, so elaborados em etapas e representados essencialmente por dois planos. O Plano Nacional de Energia Eltrica valoriza estudos de longo prazo do setor eltrico, confrontando horizontes de at 30 anos para: as perspectivas de evoluo do mercado de energia eltrica; as disponibilidades de fontes energticas primrias para gerao, assim como as tendncias de evoluo tecnolgica e do custo marginal; as necessidades do processo de desenvolvimento industrial. No caso da gerao hidreltrica, este plano aponta as bacias hidrogrficas prioritrias para a realizao de estudos de Inventrio Hidreltrico, tendo em vista suportar o processo decisrio quanto implantao dos aproveitamentos hidreltricos. O Plano Decenal de Energia Eltrica PDEE 2006-2015 efetua estudos para subsidiar as decises de mais curto prazo, a fim de programar a melhor seqncia de obras para os primeiros 10 anos do horizonte de longo prazo, valorizando-se custos competitivos, aporte de energia em locais estratgicos do ponto de vista do sistema interligado, entre outros aspectos que otimizam a expanso. A priorizao das obras indicadas por estes estudos revista anualmente em funo dos condicionantes de mercado, das avaliaes da viabilidade e de custos marginais de expanso, bem como em funo de atrasos de obras e da expectativa de disponibilidade de recursos financeiros. Os estudos de planejamento guardam estreita relao com aqueles necessrios para o desenvolvimento de um projeto especfico, ou seja: Para o caso dos aproveitamentos hidreltricos, inicia-se com os estudos de inventrio, definindo-se sua concepo inicial e buscando o melhor aproveitamento do potencial hidreltrico da bacia hidrogrfica;

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Em seguida, elabora-se a anlise de sua viabilidade para subsidiar o processo de licitao prvio concesso, seguida da aprovao dos respectivos projetos bsico e executivo. Considerando-se esses marcos temporais de longo prazo e a funo precpua do planejamento, deve-se ter em mente a importncia da Bacia do Rio Tocantins, com sua notvel disponibilidade hdrica e papel estratgico em termos de posio espacial relativa frente s demais regies e bacias hidrogrficas brasileiras. nesse contexto que se insere a presente Avaliao Ambiental Integrada, tendo em vista o planejamento integrado da Bacia Hidrogrfica, considerando-a como um ente nico, em que as sucessivas implantaes de aproveitamentos hidreltricos certamente geraro impactos e efeitos que devem ser avaliados de forma acumulada e sinergizada, luz do seu almejado desenvolvimento sustentvel.

1. OS NMEROS DA EMPREENDIMENTOS

REA

DE

ESTUDO

E

DOS

Duas referncias so importantes logo no incio dos estudos: uma primeira diz respeito localizao da Bacia e sua extenso, com suas Sub-bacias e municpios integrantes, entre outros aspectos que, desde j, dem os contornos das questes a serem destacadas; e, uma segunda, aponta as caractersticas bsicas dos aproveitamentos hidreltricos em anlise, sinalizando seu potencial e respectiva insero nas diretrizes do Plano Nacional de Energia Eltrica e no Plano Decenal de Energia Eltrica - PDEE 2006-2015.

1.1. Abrangncia e Extenso da BaciaA Bacia do Rio Tocantins insere-se na Regio Hidrogrfica Tocantins-Araguaia, que abrange parte do territrio da regio Centro-Oeste, Norte e Nordeste do pas. Trata-se de uma bacia completamente inserida em territrio nacional e com um grande potencial hdrico. Em funo desse potencial, atrelado sua posio que lhe confere vantagens locacionais, a regio assume papel estratgico na matriz hidreltrica nacional, com uma srie encadeada de aproveitamentos hidreltricos previstos. Em funo disso, o Ministrio de Minas e Energia MME optou por elaborar AAIs especficas para os rios Tocantins e Araguaia. O presente estudo trata apenas da Bacia do Rio Tocantins. A Bacia do Rio Tocantins possui superfcie de 379.774 km2, o que representa 39,4% da regio hidrogrfica Tocantins-Araguaia, englobando os Estados do Par (19,4%), Maranho (7,6%), Tocantins (46%), Gois (26%) e Distrito Federal (1%). Grande parte dessa bacia encontra-se na regio Centro-Oeste do pas, onde est a nascente do rio, dirigindo-se para a regio Norte, onde est a foz do rio. De acordo com a Agncia Nacional de Energia Eltrica - ANEEL, a Bacia do Tocantins est subdividida em cinco sub-bacias, abrangendo 224 municpios, podendo-se resumir essa informao, apresentada em tabela anexa, na Tabela 1 - Nmero de Municpios da Bacia do Rio Tocantins por Estado e por sub-bacias a seguir:Consrcio CNEC - ARCADIS Tetraplan 4

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Tabela 1 - Nmero de Municpios da Bacia do Rio Tocantins por Estado e por subbaciasEstado Total 79 20 25 99 2242

SB 20 51 0 0 2 54 64.393,77

SB 21 19 0 0 11 30 63.211,35

SB 22 9 0 0 47 56 107.556,19

SB 23 0 20 1 39 60 70.980,25

SB 29 0 0 24 0 24 73.691,31

Gois Maranho Par Tocantins TOTAL TOTAL (km )

379.830,25

Fonte: Consrcio CNEC-ARCADIS Tetraplan

Uma vez que os limites territoriais das sub-bacias no so coincidentes com os limites municipais, mas, por outro lado, na instncia do governo municipal que as recomendaes e diretrizes sero recebidas e incorporadas, foi adotado critrio territorial com base na diviso em municpios para delimitao da abrangncia da rea de estudo, de tal forma que: Foram excludos aqueles municpios cuja rea inserida na bacia inferior a 10%. Essa linha de corte foi estabelecida uma vez que grande parte dos municpios contidos na rea de estudo apresenta densidade demogrfica bastante baixa e, portanto, essas pequenas pores de reas municipais localizadas na rea de estudo representariam muito pouco frente ao universo do trabalho; Com relao s sub-bacias, adotou-se como critrio considerar localizado em determinada sub-bacia aqueles municpios cuja sede esteja situada na mesma. Com base nesses cortes, verifica-se que a maioria dos municpios da Bacia Hidrogrfica em questo pertence ao Estado do Tocantins e, na seqncia, a Gois. O nmero de municpios dos Estados do Par e do Maranho que compem a Bacia praticamente equivalente em ambos. Em relao s Sub-bacias, a Sub-bacia 23 abrange o maior nmero de municpios, seguida pelas Sub-bacias 22 e 20, cujos nmeros so semelhantes entre si e, por ltimo, est a Subbacia 29. Em termos regionais, a rea dos formadores e as cabeceiras do rio Paran situam-se na regio Centro-Oeste do pas (poro do Estado de Gois) e todo o Mdio e Baixo cursos do rio Tocantins pertencem regio Norte (pores dos estados do Par e Tocantins), com exceo de um pequeno trecho situado no estado do Maranho, na regio Nordeste. Cabe destacar ainda que os municpios do Par e do Tocantins, e parte do territrio maranhense, esto inseridos na regio denominada Amaznia Legal, instituda por lei, para fins de planejamento econmico e gesto dos recursos. De acordo com a classificao dos cursos do Rio Tocantins em alto, mdio e baixo, possvel identificar de que forma se inserem as sub-bacias na rea: Alto Tocantins: engloba as sub-bacias 20, onde esto seus formadores, e a 21. A subbacia 20 est basicamente em territrio goiano, envolvendo ainda o Distrito Federal e dois municpios do Estado do Tocantins, e tendo como principais tributrios os rios Descoberto, das Almas, Tocantinzinho e Maranho. J a sub-bacia 21 est parcialmenteConsrcio CNEC - ARCADIS Tetraplan 5

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inserida nos Estados de Gois e Tocantins e tem como principal tributrio o rio Paran e seus afluentes So Domingos e Palma; Mdio Tocantins: engloba as sub-bacias 22 e 23. A sub-bacia 22, correspondente ao trecho sul do mdio Tocantins, situa-se predominantemente em territrio tocantinense, envolvendo ainda alguns municpios de Gois. Tem como principais tributrios os rios Cana Brava, Santa Tereza, Santo Antonio, So Valrio, Manuel Alves e seus afluentes das Balsas, Perdido, do Sono. J a sub-bacia 23, correspondente ao trecho norte do mdio Tocantins, compreende poro dos Estados de Tocantins e Maranho, tendo como principais tributrios os rios Manuel Alves Grande, Farinha e Lajeado; Baixo Tocantins: engloba a sub-bacia 29, onde est a foz do rio Tocantins. Essa subbacia est completamente inserida em territrio paraense e tem como principais tributrios os rios Parauapebas, Soror, Cajazeiras e Itacainas. O Mapa A1, que constitui o chamado Mapa Base, ilustra a rea de estudo e a diviso das sub-bacias e encontra-se no Caderno de Mapas A do Atlas do projeto. Adicionalmente, inclui a localizao dos aproveitamentos hidreltricos, separando-se os j em operao daqueles previstos, segundo informaes da ANEEL, cujos detalhes so discutidos a seguir.

1.2. Principais Caractersticas dos Aproveitamentos Hidreltricos em Operao e PrevistosA Bacia do rio Tocantins, tendo em vista suas caractersticas fsicas e grande disponibilidade hdrica, assume papel de destaque na matriz energtica nacional, principalmente quando se avalia a potncia instalada dos aproveitamentos hidreltricos em operao e a dos previstos. A Tabela 2 Principais Caractersticas dos Aproveitamentos Hidreltricos AHES em Operao e Previstos e a Tabela 3 Principais Caractersticas das Pequenas Centrais Hidreltricas PCHs em Operao e Previstas, apresentadas a seguir, mostram a relao dos AHEs e PCHs em operao ou previstas para a bacia do rio Tocantins, destacando a cena em que se insere, sua situao (fase de implantao), o rio onde est instalado ou previsto, a unidade da federao e a sub-bacia em que se localizam e sua potncia instalada. Cabe destacar que esto sendo considerados no mbito desse estudo todos os aproveitamentos hidreltricos, inclusive aqueles com potncia instalada inferior a 30 MW. Totaliza-se, portanto, 34 Aproveitamentos Hidreltricos AHEs e 62 Pequenas Centrais Hidreltricas - PCHs,

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Tabela 2 Principais Caractersticas dos Aproveitamentos Hidreltricos AHES em Operao e Previstos

Potncia Cena Situao AHE instalada MWCana Brava Luis Eduardo Magalhes (Lajeado) A - Atual: configurao com Em operao aproveitamentos, contemplando os empreendimentos em operao, em instalao e com estudos de viabilidade aprovados e licenas prvias obtidas Em construo LI concedida Com concesso LP concedida B - Mdio prazo: considerar o cenrio A adicionando os empreendimentos hidreltricos em processo de licenciamento prvio e com estudos de inventrio hidreltrico aprovados (2015) EV em anlise ANEEL PDEE 2006-2015 pela Peixe Angical Serra da Mesa Tucuru I e II Isamu Ikeda (1) So Domingos (1) So Salvador Estreito Mirador Serra Quebrada Tupiratins Buriti Queimado Maranho 450 902,5 452 1.275 8.370 27,6 12 241 1.087 80 1.328 620 142 125 Tocantins Tocantins Tocantins Tocantins Tocantins Balsas Mineiro So Domingos Tocantins Tocantins Tocantinzinho Tocantins Tocantins das Almas Maranho

Rio

Subbacia20 22 21 20 29

UF

GO TO TO GO PA TO GO

20 23 20 23 23 20 20

TO/G O TO/MA GO TO/MA TO GO GO

EV em elaborao ou reviso

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Potncia Cena SituaoPDEE 2006-2015

AHE

instalada MW

Rio

Subbacia22 22 21 21 22 21 21 21 29 20 21 22 21 20 21 21 21

UF

Novo Acordo Tocantins (2) Arraias Barra do Palma Brejo Capoeira (3)

160 480 93 58 75 13 10,5 9,3 2.160 86 12 81 72 36 51 95 64

Sono Tocantins Palma Palma do Sono Ur do Peixe Uru Tocantins Maranho do Peixe do Sono Paran Maranho Paran Paran Palma

TO TO TO TO TO GO GO GO PA/MA GO GO TO GO GO GO TO TO

C - Longo prazo: considerar o cenrio B com o eventual potencial hidreltrico remanescente (2025) EV em elaborao ou reviso

Guariba (3) Heitora (3) Marab Porteiras Rialcema (3)

EIH aprovados ANEEL

pela

Cachoeira Velha Foz do Atalaia Laguna Nova Roma Paran Pau D'Arco

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Potncia Cena Situao AHE instalada MWPerdida II Rio Sono So Domingos 48 168 70 do Sono do Sono Paran

Rio

Subbacia22 22 21

UF

TO TO TO

Fonte: EPE Empresa de Pesquisa Energtica / ANEEL (Relatrio Mensal Outubro/2006) Legenda: (1) = nova denominao do AHE Ipueiras (2) = Estudos de Inventrio Hidreltrico - EIH em elaborao; os dados podem ser alterados aps aprovao da ANEEL (partio de queda, aproveitamentos, potncia, nveis, localizao etc.)

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Tabela 3 Principais Caractersticas das Pequenas Centrais Hidreltricas PCHs em Operao e Previstas

Cenrios

Situao

PCH

Potncia instalada MW

Rio

Subbacia

UF

A - Atual: configurao com Em operao (6) aproveitamentos, contemplando os empreendimentos em operao, em instalao e com estudos de viabilidade aprovados e licenas prvias obtidas

Taguatinga Lageado Dianpolis Agro-Trafo Diacal II Sobrado

1,8 1,8 5,5 14,04 5,04 4,82 9,99 27 24,34 12 14 11,4 16 21,5 30

Abreu Lageado Grande Manoel Alvinho Palmeiras Palmeiras Sobrado Arraial Velho Maranho So Domingos Corrente Palmeiras Palmeiras Palmeiras Palmeiras Palmeiras

21 21 22 21 21 21 20 20 21 21 21 21 22 22 22

TO TO TO TO TO TO GO GO GO GO TO TO TO TO TO

LI concedida PB aprovado com outorga de autorizao (3) B Mdio Prazo (2015): Com PB aprovado com projetos bsicos aprovados, em outorga de autorizao anlise ou em elaborao e que (8) estejam com a entrada em operao prevista no horizonte do PDEE 2006-2015

Muungo Palma So Domingos II Mamba II gua Limpa Areia Boa Sorte Lagoa Grande Porto Franco

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Cenrios

Situao

PCH

Potncia instalada MW

Rio

Subbacia

UF

Riacho Preto Piranhas Com outorga autorizao (2) de Cachoeira da Ilha Cachoeira da Usina So Patrcio Lajes Agro-Trafo do Sal

9,3 18 9 12 3 2,06 5 14,013

Palmeiras Piranhas Farinha Farinha das Almas Lajes Palmeiras Maranho

22 23 23 23 20 21 21 20

TO GO MA MA GO TO TO GO

PB aprovado encaminhado para outorga de autorizao (3) PB com outorga autorizao condicionada (1) de

PB em fase de outorga de autorizao condicionada (1) PB em anlise (1) PB em elaborao (4)

Santa Mnica

30

das Almas

21

GO

Piquete Galheiros I Doido Vozinho So Domingos III

12 8,2 6 9,63 16 1,7

Maranho Galheiros Palmeiras Ribeiro Cachoeirinha So Domingos Angicos

20 21 21 20 21 20

GO GO TO GO GO GO

C Longo Prazo (2025): com EIH aprovados (33)

Fazenda Santa Maria

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Cenrios

Situao

PCH

Potncia instalada MW

Rio

Subbacia

UF

estudos de inventrio hidreltrico aprovados

Boca da Mata So Bento Piracanjuba Eixo 3 Alvorada Mamba Vermelho 1 Vidal Araras Bonsucesso Ceres Rialma Rio Azul Arara Perdida l Soninho

4 9,3 4 10,3 13,6 7,8 6,3 3,4 17 26 17 4,4 30 24 20

Bagagem Bagagem Buritis Corrente (reviso) Corrente (reviso) Corrente (reviso) Corrente (reviso) das Almas das Almas das Almas das Almas das Almas do Sono do Sono do Sono

20 20 21 21 21 21 21 21 20 20 20 21 22 22 22

GO GO GO GO GO GO GO GO GO GO GO GO TO TO TO

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Cenrios

Situao

PCH

Potncia instalada MW

Rio

Subbacia

UF

Pindaba

8,1

dos Bois (afluente rio Pindaba) dos Bois Farinha Manuel Alves Manuel Alves Manuel Alves Manuel Alves Manuel Alves Manuel Alvinho Maranho (trecho e afluente Arraial Velho) Palmeiras Palmeiras Palmeiras Ribeiro Cachoeirinha

21

GO

Verde 04 Baixo Corredeira do Poro Barra do Mambo Cavalo Queimado Manuel Alves Manuel Alvinho Rio da Conceio Manuel Alvinho 2 Cocal (rio Arraial Velho)

10,5 5,6 3,61 1,51 8 2,78 3,97 1,26 10

21 23 21 21 21 21 21 21 20

GO MA TO TO TO TO TO TO GO

Cachoeira Piarucum Silvnia Buritizinho

4 7 5 4,04

21 21 21 20

TO TO TO GO

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Cenrios

Situao

PCH

Potncia instalada MW

Rio

Subbacia

UF

Colinas Pindaba Serra GrandeFonte: EPE Empresa de Pesquisa Energtica / ANEEL (Relatrio Mensal Outubro/2006)

25,5 4,2 9

Tocantinzinho Ur Verde

20 20 20

GO GO GO

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2. HISTRICO DE OCUPAOA Bacia do Tocantins tem sido base de um processo dinmico de crescimento econmico, resultante especialmente da expanso da fronteira agropecuria, intensificada a partir dos anos 60 e 70, quando da implantao das polticas de integrao nacional, via ocupao de terras disponveis especialmente na regio Centro-Oeste e Norte do pas, com destaque para o territrio amaznico. No h unanimidade nem mesmo entre os historiadores sobre a espacialidade da ocupao econmica e demogrfica. De qualquer forma, os registros indicam, conforme Ilustrao 1 Principais Rotas de Ocupao do Territrio da bacia do Tocantins que a ocupao da Bacia deu-se por meio de dois movimentos praticamente simultneos: (i) um indo de sua poro centro-norte em direo ao sul, e (ii) outro, na regio de seus formadores, tendo evoludo em direo ao centro e, finalmente, para o norte. Ilustrao 1 Principais Rotas de Ocupao do Territrio da bacia do Tocantins

2.1. O Incio da Ocupao

------ Movimentos ligados expanso dapecuria

------ Movimentos ligados captura de ndios ------ Movimentos ligados explorao daminerao

O descobrimento do atual territrio da bacia do Tocantins provavelmente deveu-se a expedicionrios franceses. O historiador Antnio Ladislau Monteiro Bueno aponta que em 1610 uma expedio de quarenta soldados expedidos do Maranho ao Par topou com a serra dos Pacajs, nas proximidades da atual usina de Tucuru, na regio do baixoConsrcio CNEC - ARCADIS Tetraplan 15

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Tocantins. Em 1613, nova expedio partiu de So Lus do Maranho, adentrando, novamente pela foz, as reas ribeirinhas do rio Tocantins. O historiador Almeida Prado confirma estes fatos e relata ainda que o fidalgo La Planque chegou confluncia do rio Tocantins com o rio Araguaia, agregando-se s naes indgenas. Como neste perodo o Forte a existente havia sido tomado pelos portugueses, La Planque permaneceu na regio por treze anos. Almeida Prado ainda escreve: Os Tupinambs habitavam a regio prxima cachoeira de Santo Antonio, hoje cidade de Itaguatins, sendo de presumir que La Planque haja subido mais ainda o rio Tocantins. Quase ao mesmo tempo da investida francesa pela foz, foram iniciadas as entradas paulistas pelas nascentes do Tocantins, seguindo-se at por volta de 1618, com o principal intuito de capturar ndios. Em 1590, uma pequena bandeira atingiu as nascentes do rio Tocantins, descobrindo metais preciosos. Durante toda a segunda metade do sculo XVII, aps o fim do saque das misses do sul do Brasil, os paulistas estavam de volta ao Planalto Central e aos formadores do rio Tocantins, estimulados pela possibilidade de explorao de minas de ouro e captura de ndios. As diversas entradas a partir de terras paulistas aparentemente foram paralisadas com a descoberta de ouro nas Minas Gerais. A partir desses marcos temporais, os ciclos histricos da economia regional podem ser assim resumidos: Explorao de gado - expanso das fazendas de criao dos sertes da Bahia, Pernambuco, Piau, a partir do sculo XVII, prolongando-se at a terceira dcada do sculo XVIII, quando se descobrem as minas de ouro em Natividade, Arraias, Almas, entre outros; Minerao de ouro, que se estende at o final do sculo XVIII; Novo ciclo da pecuria, a partir do final do sculo XVIII at o sculo XIX; Lavoura de algodo e fumo, sob o incentivo da coroa Portuguesa com a praa de Belm, a partir da segunda metade do sculo XVIII; Borracha de mangabeira (caucho), no incio do sculo XX, resultando na colonizao do Vale do rio Araguaia; Minerao de cristal de rocha, antes da construo da rodovia Belm - Braslia. Os principais ciclos econmicos na regio, como apresentado, de alguma forma repetem-se e esto ligados combinao da minerao e pecuria, sendo o territrio ocupado lentamente, dando origem a inmeros povoados que acabaram por estruturar suas cidades e a frgil rede urbana. Cabe ressaltar que, na segunda dcada do sculo XIX, com o fim da minerao, os aglomerados urbanos tiveram seu crescimento estagnado ou desapareceram e grande parte da populao abandonou a regio. A populao remanescente foi para a zona rural e dedicou-se criao de gado e agricultura, produzindo apenas algum excedente para aquisio de gneros essenciais. A regio entrou em processo de estagnao econmica, resultando em uma paisagem de abandono, despovoamento, pobreza e misria nas primeiras dcadas do sculo XIX.

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Nesse quadro, a poltica de ocupao da poca passou a valorizar cada vez mais o povoamento, por via da agricultura e da pecuria e, assim, estimulou o comrcio com outras regies. Como sada para a crise, as atenes voltaram-se para as possibilidades de ligao comercial com o litoral, por meio da capitania do Par, pela navegao dos rios Tocantins e Araguaia. Nas primeiras dcadas do sculo XIX, j se apontava a navegao dos rios Tocantins e Araguaia como alternativa para o desenvolvimento da regio, estimulando relaes comerciais mais vantajosas, tanto no norte, como em toda a Capitania, diferente do tradicionalmente realizado com a Bahia, Minas Gerais e So Paulo. Esse tipo de ocupao, at a dcada de 50 do sculo passado, continuou impondo um padro de ocupao rarefeito, com poucos aglomerados urbanos.

2.2. Histria RecenteA histria recente da rea da Bacia do rio Tocantins marcada pela interiorizao da Capital Federal, objetivo sempre presente, no sentido de estabelecer o centro poltico-administrativo do Brasil em local afastado da costa atlntica, servindo de ponto de partida para a ocupao efetiva do Centro-Oeste e da Amaznia. Nesse sentido, o decreto n 43.710/58, assinado pelo presidente Juscelino Kubitschek por ocasio da construo de Braslia, criou a Comisso Executiva da Rodovia Belm-Braslia (RODOBRS), autarquia subordinada Superintendncia do Plano de Valorizao Econmica da Amaznia (SPVEA), posteriormente SUDAM. A construo e operao da rodovia Belm-Braslia, no incio da dcada de 60, provocou significativas transformaes na realidade socioeconmica da regio Araguaia-Tocantins, mudando a orientao dos fluxos de produo e comercializao e tambm o comportamento do processo migratrio, que se intensificou, principalmente ao longo da rodovia. Com a rodovia, iniciou-se o transporte de minrios, de toras de madeira e de bananas, com destino ao sul do pas. Nessa poca, o vale dos rios Araguaia-Tocantins apontava extraordinrias potencialidades em termos de disponibilidade de terras aptas, abundncia de gua, presena de minrios, fauna, flora rica e diversificada, mas ainda carente de infraestrutura econmica (transporte, energia e comunicaes) e social (educao e sade), prevalecendo baixos nveis de renda, em que a misria, a doena e o analfabetismo conviveram. Dentre os efeitos provocados pela Rodovia Belm-Braslia, pode-se apontar que, com o adensamento dos fluxos migratrios, alteraes profundas comearam a ocorrer no modo de vida dos antigos moradores. As derrubadas indiscriminadas e a expulso dos posseiros alteraram o cotidiano de vida dos sertanejos que, antes, tinham na caa, na pesca e no extrativismo vegetal a sua forma de sobrevivncia. Desconhecendo seus direitos de posse e outras garantias legais, o sertanejo migrou para as novas comunidades que se formaram ao longo da Rodovia Belm-Braslia, procurando melhores condies de educao, sade e emprego. Em movimento oposto, o migrante com mais posses avanava nos sertes para estabelecer a propriedade rural, com atividades e tecnologias antes desconhecidas nas ribeiras: trator, gado de raa, plantao de soja, entre outros. Num primeiro momento, os latifndios ainda improdutivos, mas com ttulo deConsrcio CNEC - ARCADIS Tetraplan 17

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propriedade, cercados de arame, traaram o perfil da especulao do mercado imobilirio futuro. Cabe destacar ainda que a poro norte da bacia, em territrio amaznico, tambm sofreu a influncia de um processo especfico de ocupao. At meados da dcada de 60, a poro amaznica da Bacia permaneceu com reduzida capacidade de sustentao para as atividades agropecurias. O elevado custo de transporte e as demais dificuldades para a explorao econmica (infra-estruturas, mercados consumidores, assistncia tcnica, entre outros) inviabilizavam a sua ocupao. A partir de meados da dcada de 60 e, principalmente, a partir dos anos 70, a ocupao da Amaznia em geral, e tambm no mbito da Bacia, passou a ser percebida pelo governo militar como soluo para as tenses sociais internas vividas no pas, decorrentes da expulso de pequenos produtores do Nordeste e do Sudeste, em funo da agricultura mais moderna. A partir da, intensificou-se um planejamento regional da Amaznia, ainda que de forma pouco estruturada. Em 1966, o Banco de Crdito da Amaznia (BCA) transformou-se no Banco da Amaznia S.A. (BASA) e a Superintendncia do Plano de Valorizao Econmica da Amaznia (SPVEA), na Superintendncia de Desenvolvimento da Amaznia (SUDAM). O BASA e a SUDAM foram os dois instrumentos financeiros do governo brasileiro para desenvolver atividades agropecurias na regio (VEIGA et. al., 2003; BECKER, 2001). A despeito dessas novas e modernas instituies, o projeto geopoltico para a Amaznia apoiou-se, sobretudo, em estratgias territoriais que comearam a implementar a ocupao regional. As principais estratgias, segundo BECKER (2001), citando BECKER (1990), foram: Implantao de redes de integrao espacial rede rodoviria, telecomunicaes comandada por satlite, rede urbana e rede hidroeltrica; Subsdios ao fluxo de capital e induo dos fluxos migratrios; Superposio de territrios federais sobre os estaduais, pela apropriao de terras dos Estados. As medidas do governo militar constituram-se no ponto de inflexo das caractersticas at ento observadas. A atividade agropecuria passou a ser vivel, introduzindo-se o elemento dinamizador e acelerador da velocidade de ocupao. A ainda inexistente infra-estrutura econmica, associada baixa densidade demogrfica, criou uma situao de preos de terra reduzidos, quando no se cedia os terrenos pelo Estado, gerando estmulos para a articulao dessa regio com o restante do pas. A dinmica de ocupao induzida pelo Estado transformou profundamente a regio, principalmente em sua poro norte, deslocando as populaes tradicionais que viviam dos produtos da floresta, tais como a castanha do Par, a seringa e a pesca, para um novo modelo de desenvolvimento regional. O avano da fronteira econmica estruturou-se de forma a permitir a articulao comercial da regio ao mercado nacional e s demandas de expanso de suas estruturas produtivas, articulando-se economia do Centro-Sul do pas. Assim, lentamente as imensas reas vazias, tanto do centro-sul da bacia quanto de sua poro norte, foram sendo incorporadas ao processo de crescimento econmico.Consrcio CNEC - ARCADIS Tetraplan 18

rede

de

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No Par, o que comeou como um garimpo oportunista e desorganizado tornou-se uma rea de minerao na Serra dos Carajs, com escoamento pela Ferrovia Carajs - Porto de Itaqui. Com a implantao da usina hidreltrica de Tucuru, no Par, de vias terrestres, aeroportos, redes de telecomunicaes e a partir dos mencionados incentivos fiscais concedidos pelo Banco da Amaznia, o setor privado comeou a intensificar o fortalecimento econmico regional. Enquanto ao longo da Rodovia Belm-Braslia e suas conexes com a regio Norte cresceram e expandiram-se as reas urbanas, instalando-se tambm parques agroindustriais, a navegao no rio Tocantins foi enfraquecendo como meio de transporte principal, tendo sido desativadas as linhas hidrovirias Porto Nacional-Lajeado, Tocantnia-Pedro AfonsoCarolina e Carolina-Tocantinpolis-Belm. Tal processo implicou o empobrecimento da regio ribeirinha, principalmente ao sul de Estreito/Carolina. Com a criao do Estado do Tocantins em 1989, a fundao da capital administrativa Palmas e a implantao da usina hidreltrica de Lajeado, neste trecho do rio Tocantins, nos meados da dcada de 90, esta regio junto ao rio sofreu novo impulso, delineando-se novos focos de crescimento econmico ligados prestao de servios. Desta feita, o histrico de ocupao permite concluir que a rea abrangida pela bacia do rio Tocantins constitui territrio em transformao, com modelo de ocupao ainda no esgotado e, portanto, suscetvel a grandes mudanas, no necessariamente lineares. As obras de infra-estrutura j implantadas e as projetadas (usinas hidreltricas, hidrovia Araguaia-Tocantins, ferrovia Norte-Sul, entre outras) formam um capital fsico que, em conjunto, propicia a consolidao dos investimentos produtivos j realizados, podendo surgir oportunidades econmicas ainda no exploradas na regio, intensivas em energia, com desdobramentos no complexo industrial. De um lado, cada vez mais se amplia a capacidade econmica da bacia, ao se viabilizar o escoamento de sua produo tanto para o sul como para o norte, aumentando-se sua competitividade no mercado nacional e mesmo mundial. Ou seja, cada vez mais se percebe: Setorialmente, forte e variado dinamismo econmico na agropecuria (gros e pecuria bovina) e a minerao (extrao e transformao), com coeficientes de consumo de gua significativos, aliado a um conseqente e significativo crescimento populacional e, portanto de abastecimento; Espacialmente, com significativa diversidade, padres de evoluo mais rpidos e consistentes na poro sul da bacia, em reas de cerrado, e ao norte (minerao e pecuria bovina), coincidindo com as pores dos estados de Gois e Par, respectivamente sub-bacias 20 e 29; em pores mais ao centro permanecem ainda vazios econmicos (sub-bacias 22 e 23), com diferenas grandes regidas pelo eixo da rodovia Belm-Braslia; e o papel de Palmas, a nica capital que se insere na bacia, ainda passando por um intenso processo de transformao. De outro lado, os recursos hdricos existentes na bacia do rio Tocantins e seus Estados integrantes fortalecem, no contexto nacional, a funo de provedora de energia eltrica. Este histrico de ocupao diferenciado, ora lento, ora mais veloz e intenso, e as transformaes antevistas constituem uma sntese preliminar, mas que j d os contornos

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das questes, conflitos, fragilidades, suscetibilidades e potencialidades que sero abordadas no bojo da caracterizao da bacia de forma focada e funcional.

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II CARACTERIZAO DA BACIA DO RIO TOCANTINSSegundo a poltica energtica nacional, a vocao regional e estratgica da Bacia do Rio Tocantins est ligada ao seu grande potencial hidroenergtico, destinando-se implantao de mltiplos empreendimentos de gerao de energia hidreltrica. Nesse contexto, o grande desafio compatibilizar, de maneira sustentvel, a instalao desses empreendimentos com os aproveitamentos j existentes, com o menor impacto socioambiental possvel. A Avaliao Ambiental Integrada - AII tem papel fundamental nesse sentido, uma vez que visa identificar e avaliar os efeitos sinrgicos e cumulativos resultantes dos impactos ambientais ocasionados pelo conjunto de aproveitamentos hidreltricos nas bacias hidrogrficas do pas2, nesse caso especfico, a bacia do rio Tocantins. A caracterizao da bacia hidrogrfica do rio Tocantins est organizada em trs grandes blocos temticos: Recursos Hdricos e Ecossistema Aqutico; Meio Fsico e Ecossistemas Terrestres; e, Socioeconomia, envolvendo a economia, o comportamento demogrfico, as condies de vida, as populaes tradicionais, o patrimnio histrico, cultural e arqueolgico, a rede urbana e a infra-estrutura de transportes. Em complementao a essas informaes, apresenta-se ainda uma caracterizao dos aproveitamentos hidreltricos existentes, bem como a anlise da matriz institucional atuante, a legislao pertinente e os planos e programas federais ou estaduais que tenham alguma interface com a bacia. Quanto metodologia proposta para esta caracterizao, ela envolve duas partes:

2

Conforme item Apresentao do Termo de Referncia para o estudo: Avaliao ambiental integrada dos aproveitamentos

hidreltricos na bacia do rio Tocantins.

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Parte 1 - Caracterizao Geral: de natureza informativa, procura acumular um amplo conhecimento da ambincia da regio, seus grandes nmeros, seu papel principal no contexto do pas, sua posio espacial relativa, entre tantos outros resultados importantes para o planejamento da Bacia; Parte 2 Questes Principais: entendidas como os principais problemas estruturais, ainda no resolvidos, que permanecem na evoluo da ambincia da Bacia dificultando sua dinmica sustentada, especialmente com relao ao uso dos recursos hdricos. Cada uma das anlises temticas contidas na presente caracterizao segue esta metodologia, apresentando seus resultados com base nessas duas partes. Para a caracterizao, foram realizadas coleta e sistematizao de dados secundrios que pudessem identificar os comportamentos e dinmicas prevalecentes, contribuindo para uma boa representao das condies existentes nos Municpios que integram a Bacia em exame, de forma a gerar e acumular o conhecimento necessrio para subsidiar as avaliaes ambientais distribuda e integrada. Conforme j salientado, essa anlise feita com um objetivo claro: garantir os conhecimentos e informaes necessrios para que se possa segmentar adequadamente a Bacia do Rio Tocantins em compartimentos com algum grau de homogeneidade ou interdependncia para que se proceda avaliao dos impactos e conflitos resultantes da implantao de aproveitamentos hidreltricos (considerando as cenas atual, mdio prazo - 2015 e longo prazo - 2025) em cada um desses compartimentos (o que se far no Bloco III Avaliao Ambiental Distribuda e Conflitos) e inter-compartimentos, considerando a bacia como um todo (o que ocorrer no Bloco IV Avaliao Ambiental Integrada), buscando definir diretrizes e recomendaes no contexto de um planejamento integrado, tendo em vista a sustentabilidade da Bacia. Apresentam-se, a seguir, os blocos temticos de caracterizao da Bacia do rio Tocantins.

1.

CARACTERIZAO DOS RECURSOS HDRICOS E DO ECOSSISTEMA AQUTICO

Neste captulo, apresentada a caracterizao dos recursos hdricos e do ecossistema aqutico. Para a caracterizao dos recursos hdricos, so considerados os seguintes tpicos: descrio fisiogrfica e climtica, rede hidrogrfica, vazes, sedimentometria, potencial de gua subterrnea, qualidade das guas e usos da gua. Para caracterizao do ecossistema aqutico so analisados os seguintes aspectos: macrfitas aquticas, fitoplncton, zooplncton, ictiofauna e potencialidade de recursos pesqueiros. A) Caracterizao Geral A Bacia Hidrogrfica do Tocantins abrange toda a regio dos rios Tocantins-Araguaia com a rede hidrogrfica secundria afluente. Segundo a codificao da ANA Agncia Nacional de guas e do Plano Nacional de Recursos Hdricos PNRH o cdigo da Bacia 2. A Bacia constituda por 10 sub-bacias, das quais as sub-bacias 20, 21, 22, 23 e 29 integram a BaciaConsrcio CNEC - ARCADIS Tetraplan 22

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do rio Tocantins, objeto do presente estudo. As sub-bacias 24 a 28 integram a Bacia do Rio Araguaia e no so parte integrante deste estudo. O Mapa A2 Recursos Hdricos e a Tabela 4 - Caractersticas da Bacia do Rio Tocantins apresentam as principais caractersticas hidrogrficas da bacia do rio Tocantins. Tabela 4 - Caractersticas da Bacia do Rio TocantinsRegio Hidrogrfica Cd. 2 Tocantins Araguaia20

Sub-Bacia Rio PrincipalTocantins Tocantins Tocantins

Principais Tributrios

Classificao AdicionalAlto Tocantins Alto Tocantins Mdio Tocantins (Trecho sul) Mdio Tocantins (Trecho norte) Baixo Tocantins

-

Rios das Palmas, Bagagem, Tocantinzinho e Maranho Paran e seu afluente Palma Formiga, Santa Tereza, Santo Antonio, So Valrio, Manuel Alves da Natividade, e rio do Sono com seus afluentes Perdidas e Balsas Manuel Alves Grande, Farinha e Lajeado Parauapebas e Itacainas

21 22

23 29

Tocantins Tocantins

Fonte: ANA, 2006.

1.1. Caracterizao Fisiogrfica1.1.1. Aspectos FisiogrficosA Bacia do Rio Tocantins, formada pelo sistema hidrogrfico composto pelos rios Araguaia e Tocantins e seus afluentes, localiza-se quase que integralmente entre os paralelos 2 e 18 e os meridianos de longitude 46 e 56. Estes dois eixos fluviais unem-se no extremo setentrional da bacia, formando o baixo Tocantins, que desemboca no rio Par, pertencente ao esturio do rio Amazonas. O rio Tocantins, formado pelos rios Maranho e das Almas, nasce no norte do Estado de Gois, prximo ao Distrito Federal, e flui em direo ao norte do pas por cerca de 2.500 km. O primeiro trecho, de 1.100 km, corresponde ao Alto Tocantins; o trecho de 900 km para jusante denominado Mdio Tocantins e, o trecho final, a jusante da foz do rio Araguaia, denominado Baixo Tocantins. Nesse trajeto, o rio Tocantins corta todo o Estado do Tocantins, delimita parcialmente o territrio do Maranho e, aps receber o rio Araguaia pela margem esquerda, entra no Estado do Par, desaguando nas proximidades da Ilha de Maraj. Seus principais tributrios, at sua confluncia com o Araguaia, de montante para jusante so: rios Bagagem, Tocantinzinho, Paran, Manoel Alves de Natividade, do Sono, Manoel Alves Grande e Farinha, pela margem direita e Santa Tereza, pela margem esquerda. O rio Araguaia nasce em Serra Selada, na fronteira de Gois e Mato Grosso, escoando tambm no sentido sulnorte e sua confluncia com o rio Tocantins representa o limite entre o mdio e o baixo Tocantins. No baixo Tocantins, o afluente principal, depois do Araguaia, o rio Itacainas, tambm pela margem esquerda.

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A bacia do rio Tocantins, a montante da confluncia com o rio Araguaia, caracterizada por uma topografia montona, com altitudes entre 200 e 500 m na maior parte, e superiores a 1.000 m nas cabeceiras. A rede de drenagem razoavelmente densa. Comparativamente ao rio Araguaia, as declividades mdias so maiores, com poucas reas alagadias, o que concorre para a formao de enchentes de resposta mais rpida.

1.1.2. Redes de Monitoramento HidrometeorolgicoAs redes de monitoramento hidrometeorolgico na Bacia do Rio Tocantins so mantidas, basicamente, pela ANA e respectiva operadora CPRM. A partir do final da dcada de 70, movidas pelo interesse na explorao energtica, outras operadoras passaram a manter estaes de monitoramento na bacia. Monitoramento Fluviomtrico Conforme os cadastros da ANA, so operadas atualmente na Regio Hidrogrfica do Tocantins-Araguaia cerca de 300 estaes fluviomtricas, das quais 212 na bacia do rio Tocantins, destacando-se as 37 mais representativas por estarem em pontos estratgicos da Bacia. Essas estaes esto distribudas ao longo das cinco sub-bacias, cobrindo todos os trechos do rio Tocantins. Cabe destacar tambm que o transporte slido uma antiga preocupao das entidades que atuam no planejamento e gesto dos recursos hdricos da bacia do rio Tocantins. Nesse contexto, o monitoramento do transporte slido comeou a ser efetuado no final da dcada de 70 e incio dos 80, inicialmente pelo Departamento Nacional de guas e Energia Eltrica DNAEE e atualmente pela Agncia Nacional de guas - ANA, em nove locais da bacia, sendo sete no curso principal do rio Tocantins e nos rios Itacainas e do Sono. Mais recentemente, foram adicionados trs novos pontos de monitoramento pela Tractebel (Resoluo 396).

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Tabela 5 - Rede Fluviomtrica em Operao Bacia do rio TocantinsEstao Subbacia Localizao Caractersticas Responsvel Operadora Observao

Cdigo

Rio

Nome

Tipo

Municpio

rea de UF Latitude Longitude Altitude Drenagem (km2) DF DF DF DF GO GO GO GO GO GO GO GO GO GO GO GO GO GO GO GO TO GO GO GO GO GO GO GO GO GO GO GO TO GO TO TO TO TO TO TO TO TO -15,504 -15,655 -15,650 -15,448 -15,506 -14,978 -14,856 -15,720 -15,514 -15,496 -15,309 -14,800 -14,568 -14,240 -13,833 -13,989 -13,703 -13,541 -13,408 -13,362 -12,743 -14,961 -14,451 -14,712 -14,477 -14,476 -13,763 -13,810 -13,388 -13,499 -13,551 -13,424 -12,691 -12,953 -12,793 -12,528 -12,469 -12,098 -11,605 -11,676 -11,677 -11,736 -47,749 -47,655 -47,881 -47,968 -47,611 -48,676 -48,758 -49,329 -49,485 -49,691 -49,553 -49,175 -48,159 -48,021 -48,301 -47,928 -48,056 -48,001 -48,144 -48,171 -48,237 -46,781 -47,047 -46,303 -46,491 -46,491 -46,838 -46,649 -46,386 -46,780 -46,469 -47,132 -47,783 -46,371 -46,512 -46,278 -46,443 -46,484 -46,523 -46,664 -46,673 -46,752 474,0 454,0 464,0 580,0 586,0 538,0 477,1 337,0 273,0 500,0 600,0 545,4 947,0 414,1 792,0

Incio de Operao

20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21

20.001.000 RIO MARANHO 20.001.090 RIBEIRO DA CONTAGEM 20.001.100 RIBEIRO DA CONTAGEM 20.001.500 RIO DA PALMA 20.017.000 RIO MARANHO 20.050.000 RIO MARANHO 20.090.000 RIO MARANHO 20.100.000 RIO DAS ALMAS 20.130.000 RIO DAS ALMAS 20.200.000 RIO URU 20.250.000 RIO DAS ALMAS 20.489.100 RIO DAS ALMAS 20.699.000 RIO BAGAGEM 20.899.000 RIO TOCANTINZINHO 20.920.080 RIO TOCANTINS 20.950.000 RIO PRETO 20.980.000 RIO PRETO 21.040.000 RIO SO FELIX 21.050.080 RIO TOCANTINS 21.050.150 RIO TOCANTINS 21.080.000 RIO TOCANTINS 21.100.000 RIO CANABRAVA 21.220.000 RIO PARAN 21.280.000 RIO CORRENTE 21.300.000 RIO CORRENTE 21.300.100 RIO CORRENTE 21.500.000 RIO PARAN 21.510.000 RIO SO MATEUS 21.551.000 RIO SO DOMINGOS 21.560.000 RIO SO DOMINGOS 21.580.000 RIO SO VICENTE 21.600.000 RIO PARAN 21.660.000 RIO PARAN 21.740.000 RIO MOSQUITO 21.750.000 RIO MOSQUITO 21.760.080 RIO SOBRADO 21.770.080 RIBEIRO DO ABREU 21.780.080 RIO PONTE ALTA 21.780.170 RIO PALMEIRAS 21.780.180 RIO PALMEIRAS 21.780.190 RIO PALMEIRAS 21.780.270 RIO PALMEIRAS

FAZENDA CHIBATA MONTANTE CAPTAO EPCT-001 JUSANTE CAPTAO EPCT-001 BIBOCA MONTANTE PONTE DF-128 PONTE QUEBRA LINHA AHE PORTEIRAS JARAGU UHE SO PATRCIO - JUSANTE URUAN CERES (POSTO BIQUINHA) FAZENDA CAJUPIRA MUQUEM - VAU DA ONA SO LUIZ DO TOCANTINS UHE SERRA DA MESA PONTE RIO PRETO FAZENDA DEMTRIO TOR UHE CANA BRAVA MIRA X SO SALVADOR FAZENDA BRECHO FLORES DE GOIS UHE MAMBAI - JUSANTE ALVORADA DO NORTE ALVORADA DO NORTE PCH NOVA ROMA (FAZ.SUCURI) PONTE SO MATEUS UHE SO DOMINGOS FAZENDA VENEZA SO VICENTE PONTE PARAN FAZENDA VISO DA SANTANA UHE MOSQUITO LAVANDEIRA UHE SOBRADO PCH TAGUATINGA PCH PONTE ALTA DO BOM JESUS PCH AGRO TRAFO 2 - MONTANTE PCH TRAFO 1 - MONTANTE PCH AGRO TRAFO 3 - JUSANTE PCH DIACAL - MONTANTE

D DQ DQ FDQ FDQ FDQ FDT FD FDT FD FRDT FDT FDT FDT T FD FDS FDQT FRT FDST FD FD FD FD FD FDT FD FD FDT FD FD FDT FDT FDT FD FDT FDT FDT FDT FDT FDT FDT

BRASLIA BRASLIA BRASLIA BRASLIA PLANALTINA NIQUELNDIA BARRO ALTO JARAGU RIANPOLIS URUANA RIALMA HIDROLINA NIQUELNDIA NIQUELNDIA MINAU CAVALCANTE MINAU CAVALCANTE MINAU MINAU SO SALVADOR DO TOCANTINS VILA BOA FLORES DE GOIS MAMBAI ALVORADA DO NORTE ALVORADA DO NORTE NOVA ROMA GUARANI DE GOIS SO DOMINGOS MONTE ALEGRE DE GOIS SO DOMINGOS MONTE ALEGRE DE GOIS PARAN CAMPOS BELOS AURORA DO TOCANTINS TAGUATINGA TAGUATINGA PONTE ALTA DO BOM JESUS DIANPOLIS DIANPOLIS DIANPOLIS NOVO JARDIM

517,0 01/01/1986 5,1 01/01/2001 5,2 01/01/1983 01/01/2003 142,0 01/08/2004 11.008,0 01/04/1966 13.670,0 01/05/1995 1.978,0 01/11/1964 01/12/2001 3.650,0 01/12/1964 10.538,0 01/11/1964 01/01/1997 1.610,0 01/08/1994 4.474,0 01/09/1994 50.975,0 01/11/2001 884,0 01/04/1979 3.702,0 01/05/2001 785,0 01/04/2001 57.777,0 01/04/2001 01/04/2001 63.522,0 01/11/1977 01/10/2003 7.277,0 01/06/1975 01/10/2001 4.062,0 01/10/1974 4.062,0 01/06/2002 22.834,0 01/10/1970 895,0 01/10/1974 01/06/2002 2.921,0 01/04/1976 415,0 01/10/1974 29.818,0 01/10/1967 40.519,0 01/06/2000 01/06/2002 1.220,0 01/10/1974 125,0 01/10/1996 139,6 01/05/1999 137,7 01/05/1999 997,0 01/09/2002 996,9 01/04/1995 997,0 01/09/2002 136,3 01/09/2002

CAESB CAESB CAESB CAESB ANA ANA FURNAS ANA CHESP ANA FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS ANA CEM CEM CEM CEM ANA LARROSA ANA CELG ANA CELG ANA ANA CELG ANA ANA ENERPEIXE ENERPEIXE CELG ANA CELTINS CELTINS CELTINS CELTINS CELTINS CELTINS CELTINS

CAESB CAESB CAESB CAESB CPRM FURNAS FURNAS FURNAS CHESP FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS TRACTEBEL TRACTEBEL CEM RTK FURNAS LARROSA FURNAS CELG FURNAS CELG FURNAS FURNAS CELG FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS CELG FURNAS CELTINS CELTINS CELTINS CELTINS CELTINS CELTINS CELTINS RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO396

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Estao Subbacia

Localizao

Caractersticas Responsvel Operadora Observao

Cdigo

Rio

Nome

Tipo

Municpio

rea de UF Latitude Longitude Altitude Drenagem (km2) TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO MA MA MA MA -11,745 -11,767 -11,814 -11,890 -12,147 -12,416 -12,613 -12,236 -12,228 -12,023 -12,391 -11,981 -11,613 -11,469 -11,759 -11,372 -11,533 -11,247 -11,152 -10,767 -10,250 -10,349 -9,756 -9,745 -9,833 -9,568 -9,991 -9,961 -10,835 -10,752 -10,699 -10,694 -9,311 -9,307 -8,392 -8,392 -7,710 -7,963 -7,708 -7,462 -7,334 -7,033 -7,017 -46,756 -46,762 -46,785 -52,768 -52,802 -47,199 -47,760 -48,386 -48,404 -48,533 -48,711 -48,658 -47,045 -46,813 -47,836 -47,574 -48,289 -48,459 -48,517 -48,400 -48,267 -48,637 -48,374 -48,363 -48,292 -48,379 -47,479 -47,675 -47,768 -47,681 -47,795 -47,792 -47,813 -47,929 -48,111 -47,765 -46,926 -47,261 -47,312 -47,392 -47,481 -47,000 -47,133 150,0 122,0 250,0 200,0 202,4 214,0 178,0 454,0 129,0 200,0 180,0 278,5 293,2 269,5 248,0 210,0 200,0 125,0 218,0 516,0 282,0 397,0 308,0 269,0 267,0 234,0 223,9 287,0 438,0

Incio de Operao

21 21 21 21 21 21 21 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 22 23 23 23 23 23 23 23 23 23

21.780.280 RIO PALMEIRAS 21.810.000 RIO PALMEIRAS 21.820.000 RIO PALMEIRAS 21.830.000 RIO PALMEIRAS 21.840.000 RIO PALMEIRAS 21.850.000 RIO PALMA 21.860.000 RIO PALMA 22.043.000 22.045.000 RIO TOCANTINS 22.050.001 RIO TOCANTINS 22.100.000 RIO SANTA TEREZA 22.150.000 RIO SANTA TEREZA RIO MANUEL ALVES DA 22.190.000 NATIVIDADE 22.200.080 RIO MANOEL ALVINHO 22.220.000 22.225.080 RIO BAGAGEM RIO MANUEL ALVES DA 22.250.000 NATIVIDADE 22.280.000 RIO TOCANTINS 22.300.000 RIO TOCANTINS 22.349.080 RIO TOCANTINS 22.351.000 RIO TAQUARUU 22.360.000 RIO DOS MANGUES 22.490.500 RIO TOCANTINS 22.491.000 RIO TOCANTINS 22.492.080 RIO LAJEADO 22.500.000 RIO TOCANTINS 22.680.000 RIO DO SONO 22.700.000 RIO DO SONO 22.735.050 RIO DAS BALSAS 22.735.060 RIO PONTE ALTA 22.735.070 RIO DAS BALSAS 22.735.080 RIO DAS BALSAS 22.850.000 RIO PERDIDA 22.900.000 RIO DO SONO 23.100.000 RIO TOCANTINS 23.150.000 RIO MANOEL ALVES PEQUENO 23.220.000 RIO MANUEL ALVES GRANDE 23.230.000 RIO VERMELHO 23.250.000 RIO MANUEL ALVES GRANDE 23.251.000 RIO ITAPICURU 23.300.000 RIO TOCANTINS 23.460.000 RIO FARINHA 23.465.000 RIO FARINHA

PCH DIACAL - JUSANTE PCH STIO CAETANA (LARROSA & SANTOS) PCH STIO PORTO FRANCO (LARROSA E SANTOS) PCH STIO BOA SORTE (LARROSA & SANTOS) PCH STIO LAGOA GRANDE (LARROSA & SANTOS) RIO DA PALMA FAZENDA NOVA AREIA UHE PEIXE ANGICAL - Barramento ANGICAL - JUSANTE PEIXE COLONHA JACINTO PORTO ALEGRE PCH DIANPOLIS - JUSANTE PORTO JERNIMO - FAZ. PIRACICABA PCH BAGAGEM - JUSANTE FAZENDA LOBEIRA IPUEIRAS FAZENDA JURUPARI PORTO NACIONAL TAQUARUU GRANDE MANGUES UHE LAJEADO - BARRAMENTO UHE LAJEADO - JUSANTE PCH LAJEADO - JUSANTE MIRACEMA DO TOCANTINS JATOB (FAZENDA BOA NOVA) NOVO ACORDO UHE ISAMU IKEDA 2 - MONTANTE UHE ISAMU IKEDA 3 - MONTANTE UHE ISAMU IKEDA 4 UHE ISAMU IKEDA - FASE 1 E 2 DOIS IRMOS PORTO REAL TUPIRATINS ITACAJA CACHOEIRA MONTE LINDO JACAR GOIATINS (PIACA) RIO ITAPECURU CAROLINA CACHOEIRA DA USINA CACHOEIRA DA PRATA

FDT FD FD FD FD FDT FDT T FDT FDSQ FD FD FD FDT FD FDT FD FD FT T FD FDT FT FDT FDT FDSQ FDT FD FDT FDT FDT FDT FD FD FD FD FD FDT FD F F

NOVO JARDIM DIANPOLIS DIANPOLIS DIANPOLIS TAIPAS DO TOCANTINS CONCEIO DO TOCANTINS PARAN PEIXE PEIXE PEIXE PEIXE PORTO ALEGRE DO TOCANTINS DIANPOLIS NATIVIDADE SO VALRIO DA NATIVIDADE SILVANPOLIS PORTO NACIONAL GUARA (TUPIRAMA) PALMAS PALMAS MIRACEMA DO TOCANTINS MIRACEMA DO TOCANTINS LAJEADO MIRACEMA DO TOCANTINS ITACAJ DOIS IRMOS DO TOCANTINS MONTE DO CARMO MONTE DO CARMO MONTE DO CARMO MONTE DO CARMO ITACAJA GURUPI CENTENRIO CARMOLNDIA CARMOLNDIA CARMOLNDIA CAROLINA CAROLINA CAROLINA

1.363,0 01/10/1994 01/11/2001 01/11/2001 01/03/2002 01/03/2002 12.527,0 01/06/1973 17.047,0 01/06/2000 125.884,0 01/05/2006 126.987,0 01/10/2001 130.052,0 01/09/1938 8.690,0 01/08/1974 13.811,0 01/12/1971 1.930,0 01/08/1975 340,0 01/05/1999 9.000,0 01/08/1974 158,5 01/04/1999 14.475,0 01/08/1969 01/02/2001 01/05/2002 180,0 01/12/2002 2.275,0 01/12/2000 185.518,0 01/09/2001 185.591,0 01/01/1996 499,8 01/05/1999 186.834,0 01/08/1969 13.850,0 01/06/1973 18.500,0 01/12/1971 8.000,0 01/09/2002 01/09/2002 8.000,0 01/09/2002 8.000,0 01/06/1999 9.543,0 01/07/1973 44.910,0 01/08/1969 243.841,0 01/08/1969 2.776,0 01/08/1973 4.158,0 01/01/1984 5.069,0 01/01/1984 9.636,0 01/11/1971 1.064,0 01/11/2004 276.520,0 01/01/1962 3.000,0 01/07/1961 01/02/1962

CELTINS LARROSA LARROSA LARROSA LARROSA ENERPEIXE ENERPEIXE INVESTCO ANA ANA ANA ANA CELTINS CELTINS ANA ANA INVESTCO NATURATINS INVESTCO INVESTCO INVESTCO CELTINS ANA ANA ANA CELTINS CELTINS CELTINS CELTINS ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA CEMAR CEMAR

CELTINS LARROSA LARROSA LARROSA LARROSA FURNAS FURNAS INVESTCO FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS CELTINS CELTINS FURNAS FURNAS INVESTCO NATURATINS INVESTCO INVESTCO INVESTCO CELTINS CPRM CPRM CPRM CELTINS CELTINS CELTINS CELTINS CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CPRM CEMAR CEMAR

RESOLUO/396

RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396

RESOLUO/396

RESOLUO/396 SIVAM RESOLUO/396

RESOLUO/396 RESOLUO/396

177.800,0 01/01/2003 ELETRONORTE ELETRONORTE RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 SIVAM RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396 SIVAM

FDSQT FIGUEIRPOLIS

SIVAM RESOLUO/396

FDSQT CAROLINA

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Estao Subbacia

Localizao

Caractersticas Responsvel Operadora Observao

Cdigo

Rio

Nome

Tipo

Municpio

rea de UF Latitude Longitude Altitude Drenagem (km2) MA TO MA PA PA PA PA PA PA PA PA PA PA PA -6,865 -6,289 -6,535 -5,314 -5,350 -5,339 -5,867 -5,783 -5,514 -5,129 -3,750 -3,767 -3,758 -3,466 -47,461 -47,392 -47,304 -48,975 -48,881 -49,124 -50,483 -49,800 -49,221 -49,324 -49,683 -49,700 -49,665 -49,601 1,9 65,6 69,8 126,1 150,0 76,0

Incio de Operao 01/11/1999

23 23 23 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29 29

23.468.000 RIO FARINHA 23.600.000 RIO TOCANTINS 23.610.000 RIO LAJEADO 29.030.000 RIO TOCANTINS 29.040.000 RIO TOCANTINS 29.050.000 RIO TOCANTINS 29.061.000 RIO ITACAINAS 29.080.000 RIO PARAUAPEBAS 29.100.000 RIO ITACAINAS 29.200.000 RIO TOCANTINS 29.680.080 RIO TOCANTINS 29.680.090 RIO TOCANTINS 29.700.000 RIO TOCANTINS 29.750.000 RIO TOCANTINS

FAZENDA RIO FARINHA TOCANTINPOLIS RIO ITAUEIRAS FAZENDA SO TOM ARARAS MARAB ACAMPAMENTO CALDEIRO FAZENDA RIO BRANCO FAZENDA ALEGRIA ITUPIRANGA UHE TUCURUI - BARRAMENTO UHE TUCURUI - JUSANTE TUCURUI NAZAR DOS PATOS

FD FD F FRDT FT FDT FDT FT FDT FDSQ F

ESTREITO LAJEADO NOVO MARAB MARAB MARAB MARAB ITUPIRANGA TUCURUI TUCURUI TUCURUI TUCURUI

ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA ANA

CPRM ELETRONORTE RESOLUO/396 CPRM CPRM ELETRONORTE RESOLUO/396 CPRM CPRM CPRM SIVAM SIVAM SIVAM

FDSQT LAGOA DO TOCANTINS

290.570,0 01/01/1955 01/08/2004 690.521,0 01/09/1980 690.920,0 01/10/1971 12.174,0 01/10/1980 9.398,0 01/04/1985 37.600,0 01/07/1969 727.900,0 01/07/1969

01/11/2005 ELETRONORTE ELETRONORTE

FDSQT MARAB

FDSQT MARAB

ELETRONORTE RESOLUO/396

758.000,0 01/01/1999 ELETRONORTE ELETRONORTE RESOLUO/396 758.000,0 01/01/1999 ELETRONORTE ELETRONORTE RESOLUO/396 742.300,0 01/06/1969 745.974,0 01/09/1971 ANA ANA CPRM CPRM

Fonte: Agncia Nacional de guas - ANA, 2007

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Monitoramento Pluviomtrico e Climatolgico A cobertura da rede pluviomtrica em geral razovel no que concerne sua distribuio. Entretanto, quanto disponibilidade de sries temporais de longa extenso, ela , via de regra, esparsa. O monitoramento climatolgico efetuado em grande parte pelo INMET, o qual mantm em operao mais de 20 estaes climatolgicas na Regio Hidrogrfica Tocantins-Araguaia. Mais recentemente foram instaladas estaes de monitoramento climtico em novas localidades da bacia, porm, ainda perfazendo um quadro apenas satisfatrio no que concerne cobertura da rea monitorada.

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Tabela 6 - Rede Pluviomtrica e Climatolgica em operao Bacia do rio TocantinsEstao Subbacia Cdigo Adicional CAMPINAU UHE SERRA DA MESA ALTO PARASO DE GOIS SO JOO D'ALIANA PONTE RIO PRETO COLINAS DO SUL NIQUELNDIA PONTE QUEBRA LINHA MOQUEM - FAZENDA VAU DA ONA PALMEIRINHA AHE PORTEIRAS SO LUIZ DO TOCANTINS PILAR DE GOIS PORTO URUAU FAZENDA CAJUPIRA PLANALTINA P04 CONTAGEM SO GABRIEL DE GOIS MIMOSO PADRE BERNARDO PIRENPOLIS 83376 P21 PIRENPOLIS FAZENDA MARAJ FAZENDA SANTA ELISA BARRO ALTO CERES GOIANSIA ITAPURANGA JARAGU URUAN 83350 GOIANSIA (USINA) CERES UHE SO PATRCIO - JUSANTE ITABERA ITABERA UHE DIACAL - MONTANTE PCH AGRO TRAFO PONTE ALTA DO BOM JESUS AURORA DO NORTE 83235 TAGUATINGA CONCEIO DO TOCANTINS RIO DA PALMA (FAZ. CHUVA MANGA) PARAN FAZENDA SANTA RITA Localizao Caractersticas Incio de Operao Responsvel Operadora Observao

Cdigo 013.48.000 013.48.004 014.47.000 014.47.002 014.47.004 014.48.000 014.48.001 014.48.002 014.48.004 014.48.005 014.48.007 014.48.008 014.49.000 014.49.001 014.49.005 015.47.002 015.47.010 015.47.027 015.48.001 015.48.002 015.48.003 015.48.004 015.48.011 015.48.013 015.48.019 015.49.000 015.49.001 015.49.002 015.49.003 015.49.009 015.49.011 015.49.012 015.49.013 016.49.007 016.49.018 011.46.002 011.46.003 012.46.000 012.46.001 012.46.003 012.47.000 012.47.002 012.47.003 012.47.005

Nome

Tipo P P P P PR P P P P P P P P P PR P P P P PC P PR PCT PR P P P P PCT PT P PCT P P P P PC P P PRC P

Municpio CAMPINAU ALTO PARASO DE GOIS CAVALCANTE COLINAS DO SUL NIQUELNDIA NIQUELNDIA NIQUELNDIA CAMPINAU BARRO ALTO NIQUELNDIA PILAR DE GOIS URUAU HIDROLINA PLANALTINA BRASLIA PLANALTINA MIMOSO DE GOIS PADRE BERNARDO PIRENPOLIS PIRENPOLIS PADRE BERNARDO BRASLIA BARRO ALTO CERES GOIANSIA ITAPURANGA JARAGU URUANA CERES RIANPOLIS ITABERA ITABERA NOVO JARDIM DIANPOLIS PONTE ALTA DO BOM JESUS AURORA DO TOCANTINS TAGUATINGA CONCEIO DO TOCANTINS BABAULNDIA FTIMA FTIMA

UF GO GO GO GO GO GO GO GO GO GO GO GO GO GO GO GO DF GO GO GO GO GO GO DF GO GO GO GO GO GO GO GO GO GO GO TO TO TO TO TO TO TO TO TO

Latitude Longitude Altitude -13,790 -13,820 -14,135 -14,707 -13,989 -14,151 -14,475 -14,978 -14,548 -14,022 -14,853 -14,240 -14,764 -14,519 -14,800 -15,453 -15,653 -15,233 -15,058 -15,169 -15,850 -15,854 -15,553 -15,597 -15,067 -15,311 -15,329 -15,564 -15,720 -15,496 -15,217 -15,348 -15,516 -16,030 -16,800 -11,745 -11,676 -12,099 -12,714 -12,402 -12,219 -12,420 -12,550 -12,585 -48,567 -48,324 -47,512 -47,524 -47,928 -48,078 -48,458 -48,676 -48,166 -48,611 -48,764 -48,021 -49,579 -49,049 -49,175 -47,613 -47,879 -47,574 -48,159 -48,278 -48,950 -48,966 -48,577 -48,043 -48,983 -49,604 -49,121 -49,944 -49,329 -49,691 -49,000 -49,602 -49,484 -49,800 -49,793 -46,756 -46,664 -46,479 -46,409 -46,438 -47,297 -47,192 -47,850 -47,487 400,0 275,0 680,0 1.001,0 438,0 586,0 600,0 700,0 604,0 651,0 739,0 1.205,0 605,0 740,0 750,0 750,0 1.000,0 1.242,0 850,0 547,0 453,0

20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 21 21 21 21 21 21 21 21 21

01/01/1968 ANA 01/04/1983 FURNAS 01/01/1969 ANA 01/12/1968 ANA 01/11/1984 ANA 01/07/1968 ANA 01/07/1969 ANA 01/04/1969 ANA 01/11/1984 ANA 01/11/1984 ANA 01/05/1995 FURNAS 01/09/1994 FURNAS 01/08/1973 ANA 01/07/1964 ANA 01/11/1996 FURNAS 01/08/1973 ANA 01/10/1970 CAESB 01/04/1995 ANA 01/03/1973 ANA 01/08/1973 ANA 01/01/1969 ANA 01/01/1977 INMET 01/11/1984 ANA 01/03/1988 CAESB 01/12/1997 SIMEGO 01/07/1964 FURNAS 01/07/1964 ANA 01/01/1969 ANA 01/07/1964 ANA 01/07/1964 ANA 01/05/1984 INMET 01/12/1997 SIMEGO 01/02/1985 CHESP 01/09/1973 ANA 01/12/1997 SIMEGO 01/12/1999 CELTINS 01/12/1998 CELTINS 01/08/1973 ANA 01/08/1973 ANA 01/12/1915 INMET 01/08/1973 ANA 01/06/1973 ANA 01/01/1916 INMET 01/02/1984 ANA

FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS CAESB FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS INMET FURNAS CAESB SIMEGO FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS FURNAS INMET SIMEGO CHESP FURNAS SIMEGO CELTINS CELTINS FURNAS FURNAS INMET FURNAS FURNAS INMET FURNAS RESOLUO/396 RESOLUO/396 RESOLUO/396

PRCT MINAU PRCT SO JOO D'ALIANA

PRCT GOIANSIA

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Estao Subbacia Cdigo Adicional RIO DA PALMA FAZENDA NOVA AREIA FAZENDA VISO DA SANTANA PALMEIRPOLIS SO DOMINGOS NOVA ROMA (FAZ.SUCURI) FAZENDA INGAZEIRO CAMPOS BELOS SO VICENTE FAZENDA PRAINHA (FAZ.ANTAS) UHE SO DOMINGOS CAVALCANTE PONTE PARAN PONTE PARAN SAMA SO FELIX 83332 POSSE STIO D'ABADIA POSSE UHE MAMBAI - JUSANTE FAZENDA BRECHO FLORES DE GOIS FLORES DE GOIS FAZENDA SANTA S 83379 INPE MET19 FORMOSA PEDRO AFONSO LIZARDA MANSINHA MIRACEMA DO TOCANTINS PORTO REAL UHE LAJEADO - JUSANTE MATEIROS JATOB (FAZENDA BOA NOVA) NOVO ACORDO PORTO GILNDIA PONTE ALTA DO TOCANTINS UHE ISAMU IKEDA - FASE 1 E 2 UHE ISAMU IKEDA - MONTANTE FTIMA 83064 83063 PORTO NACIONAL PORTO NACIONAL TAQUARUSSU DO PORTO MANGUES DIANPOLIS PCH DIANPOLIS - JUSANTE

Localizao

Caractersticas Incio de Operao Responsvel Operadora Observao

Cdigo 012.47.006 012.47.007 012.47.008 012.48.003 013.46.000 013.46.001 013.46.002 013.46.004 013.46.005 013.46.007 013.46.008 013.47.000 013.47.001 013.47.002 013.48.001 013.48.002 014.46.002 014.46.004 014.46.005 014.46.006 014.46.007 014.47.001 014.47.008 015.47.001 015.47.003 008.48.005 009.46.003 009.47.001 009.48.000 009.48.001 009.48.003 010.46.001 010.47.000 010.47.001 010.47.002 010.47.004 010.47.005 010.47.006 010.48.000 010.48.003 010.48.004 010.48.005 010.48.007 011.46.000 011.46.004

Nome

Tipo T T T P PR P P P P P P P P T PR PR PRC P PCT P P P PCT P PRC

Municpio CONCEIO DO TOCANTINS PARAN PARAN PALMEIRPOLIS SO DOMINGOS NOVA ROMA SO DOMINGOS CAMPOS BELOS CAMPOS BELOS CORRENTINA SO DOMINGOS CAVALCANTE MONTE ALEGRE DE GOIS MONTE ALEGRE DE GOIS MINAU SO FELIX DO TOCANTINS POSSE SITIO D'ABADIA POSSE MAMBAI VILA BOA FLORES DE GOIS FLORES DE GOIS FORMOSA FORMOSA

UF TO TO TO TO GO GO GO GO GO BA GO GO GO GO GO TO GO GO GO GO GO GO GO GO GO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO TO

Latitude Longitude Altitude -12,416 -12,613 -12,691 -13,040 -13,398 -13,742 -13,568 -13,036 -13,634 -13,330 -13,414 -13,797 -13,424 -13,425 -13,533 -13,533 -14,084 -14,804 -14,082 -14,686 -14,961 -14,450 -14,519 -15,216 -15,549 -8,968 -9,592 -9,458 -9,564 -9,307 -9,754 -10,533 -9,991 -9,961 -10,786 -10,751 -10,694 -10,835 -10,763 -10,704 -10,717 -10,313 -10,345 -11,625 -11,466 -47,199 -47,759 -47,783 -48,492 -46,316 -46,878 -46,367 -46,777 -46,467 -46,062 -46,364 -47,462 -47,132 -47,138 -48,227 -48,138 -46,371 -46,253 -46,363 -46,300 -46,781 -47,046 -47,016 -47,157 -47,338 -48,177 -46,681 -47,327 -48,388 -47,929 -48,367 -46,367 -47,479 -47,675 -47,800 -47,536 -47,792 -47,768 -48,903 -48,418 -48,383 -48,159 -48,635 -46,811 -46,820 461,3 250,0 300,0 300,0 300,0 248,0 277,0 340,0 270,0 265,0 620,0 320,0 210,0 200,0 178,0 912,0 896,0 200,0 437,0 443,0 826,0 337,0 824,0 590,0 600,0 308,0 269,0 273,0

21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 21 22 22 22 22 22