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PRODUTO 4 – CONTRATO Nº 03/2016/SC RURAL REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

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PRODUTO 4 – CONTRATO Nº 03/2016/SC RURAL

REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

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Avaliação de resultados da ação/atividade REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA, do programa SC Rural, sob a ótica dos beneficiários diretos

Introdução / Justificativa

O Programa SC Rural é promovido pelo Governo do Estado de Santa Catarina e executado pela Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca, através da Secretaria Executiva Estadual do SC Rural. Esse programa objetiva a consolidação de propostas de políticas públicas para o meio rural do estado, compreendendo os 295 municípios. Para tanto, conta com investimentos oriundos do Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento -Banco Mundial. A ordem dos investimentos é de US$ 189 milhões, dos quais US$ 90 milhões são financiados pelo Banco (PROGRAMA SC RURAL, 2012).

A regularização fundiária é uma das ações previstas pelo Programa SC Rural. A meta é beneficiar três mil estabelecimentos agropecuários. Essa ação tem como referência os dados disponibilizados pelo Levantamento Agropecuário Catarinense (LAC) realizado no ano de 2003, que revelou a existência de 187.087 estabelecimentos agropecuários, distribuídos nas seguintes categorias: 154.411 (82,5%) agricultores proprietários com título de posse; 16.981 (9,1%) agricultores sem título de posse; 9.000 (4,8%) arrendatários; 1.996 (1,1%) parceiros e 4.699 (2,5%) ocupantes (LAC, 2003).

Os órgãos responsáveis pela sua execução são a Secretaria de Estado da Agricultura e Pesca, as Secretarias de Desenvolvimento Regionais, a Epagri, as Prefeituras Municipais e as organizações da agricultura familiar. Cabe à Gerência de Assuntos Fundiários fazer os levantamentos de campo, organizar a documentação do imóvel e encaminhá-la para o INCRA, a fim de certificar as plantas topográficas e, posteriormente, realizar o processo de usucapião.

A regularização fundiária no meio rural consiste numa ação sociopolítica de garantia da segurança jurídica do título de propriedade aos agricultores familiares, contribuindo para sua permanência na terra e seu acesso às políticas públicas (Melo e Medeiros, 2014; Melo 2015).

A ausência de documentação legal de propriedade no meio rural sempre foi um problema não solucionado, e os agricultores detentores da posse, na maioria das vezes, acreditam serem suficientes os precários documentos que possuem (normalmente contrato particular de compra e venda). No entanto, os problemas de regularização fundiária são fatores de instabilidade e insegurança para os agricultores, inibindo investimentos produtivos nas áreas da propriedade (http://www.itcg.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=6E).

Uma das causas mais frequentes dessa ausência de título de propriedade da terra reside nas partilhas dos imóveis tomados como herança. A escritura pública do cartório de registro de imóveis é requisito essencial para acesso aos programas públicos de políticas agrícolas, principalmente de crédito e de investimento (http://www.scrural.sc.gov.br/?p=2151). Outro grande entrave é a condição econômica e social dos agricultores e a limitação de informações históricas das famílias no imóvel rural, bem como as dificuldades de custeio do processo de regularização e o

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tempo do processo para o cumprimento das etapas estabelecidas (Melo e Medeiros, 2014; Melo, 2015).

De acordo com estes autores, a regularização propicia inúmeros benefícios aos agricultores familiares, pois além da segurança jurídica sobre a posse e domínio da terra, em conformidade do sistema de registro público, os beneficiários podem ter acesso facilitado ao crédito rural, seguro rural, informações precisas sobre seu imóvel e sobre questões ambientais, assistência técnica, além da valorização do patrimônio com o recebimento do título definitivo da terra.

Ressalta-se que o Programa SC Rural não deve ser entendido como um Programa de regularização fundiária, mas sim como um suporte inicial para o processo de regularização. O programa é apenas uma assistência financeira que permite a realização de serviços de medição, demarcação e georreferenciamento dos imóveis rurais, em conformidade com a legislação ambiental. Cabe ao agricultor, em posse das plantas topográficas, contratar serviços de advogados para que possam instruir Ação de Usucapião ou alteração cartorial como remembramento, desmembramento e registros formais de partilhas já sentenciados (PROGRAMA SC RURAL, 2012).

Busca-se através desta pesquisa avaliar os resultados desta ação/atividade do SC Rural, na percepção de seus beneficiários diretos.

Material e Método

Para delimitação da pesquisa, a Secretaria Executiva do SC Rural (SEE) selecionou arbitrariamente os municípios de Timbó Grande e Lebon Regis, no Vale do Rio do Peixe e, Campo Belo do Sul, Cerro Negro e São José do Cerrito, no Planalto Serrano, levando em consideração o grande número de beneficiários nestes municípios.

O universo pesquisado é composto exclusivamente por agricultores familiares beneficiários diretos desta ação/atividade do SC Rural. A relação dos produtores beneficiários foi extraída de relatórios gerenciais, de dezembro de 2015, fornecido pela Diretoria de Assuntos Fundiários da Secretaria de Estado da Agricultura e Pesca.

O instrumento de coleta de dados foi construído a partir de atributos e indicadores de conhecimento do consultor e da equipe técnica da SEE envolvida com a ação/atividade e consolidado através de revisão bibliográfica (Anexo 1).

O levantamento dos dados ocorreu no período de 17 de maio até 01 de junho de 2016.Realizou-se cinco oficinas de avaliação. Inicialmente adotou-se o procedimento metodológico de entrevistas pessoais e aplicação de questionário estruturado, contendo perguntas abertas e fechadas. Foram entrevistados e aplicados 280questionários junto aos beneficiários que voluntariamente participaram das oficinas de avaliação (Tabela 1). Para etapa posterior estava previsto a aplicação da técnica Metaplan visando confirmar as informações e verificar a coerência das respostas e indicadores. Constatou-se, porém, que a grande maioria dos beneficiários do Programa ou são analfabetos ou semianalfabetos, sem nenhuma condição ou com grandes dificuldades para registrar suas percepções por escrito, dessa forma, optou-se pelo uso da técnica brainstorming.

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Tabela 1 - Região, município, número de beneficiários diretos e plano amostral

Região Município selecionados Número de

beneficiários diretos1

Tamanho da amostra

Estimado2 Realizado

Planalto Serrano

Campo Belo do Sul

Cerro Negro

São José do Cerrito

209

180

88

83

71

35

93

15

60

Vale do Rio do Peixe

Timbó Grande

Lebon Regis

102

33

40

13

88

24

Total 612 242 280

1/ O número de beneficiários diretos da ação/atividade Regularização Fundiária dos municípios selecionados equivale a 58% do total de beneficiários, em dezembro de 2015. 2/ O processo de amostragem é do tipo estratificada proporcional e seu tamanho foi estimado adotando-se um erro amostral de 5% e um nível de confiança de mais de 95%, que resultou em 242 unidades amostrais.

Os dados resultantes do levantamento realizado foram processados e submetidos à análise estatística. As estatísticas amostrais geradas foram as frequências (proporções) baseadas no número de citações para cada variável. Para processar os dados obtidos pela técnica brainstorming foram utilizadas as técnicas de análise de conteúdo e aproximações sucessivas.

Resultados

Perfil dos beneficiários

Observou-se que os beneficiários, em sua maioria, são constituídos por homens, com idade superior a 50 anos, analfabetos ou semianalfabetos e com precária condição financeira; pequenos agricultores familiares, proprietários de estabelecimentos adquiridos pela posse, herança ou compra, situados em regiões onde a situação socioeconômica é menos favorecida, podem ser considerados excluídos socialmente e do processo de modernização da agricultura. Com área média1 das propriedades equivalente a 12,06ha, a produção agropecuária é predominantemente para o autoconsumo (cereais, grãos, frutas e hortaliças, pecuária de corte e leite, etc.).A venda do excedente ocorre junto aos mercados locais.

Situação dos beneficiários em relação ao recebimento dos documentos e encaminhamento do processo de legalização do imóvel

A política de regularização fundiária da Secretaria de Estado da Agricultura e Pesca, através do Programa SC Rural, fornece toda documentação necessária para realizar o cumprimento dos procedimentos regulatórios, sendo necessário a contratação de

1 Área média calculada com base em dados extraídos da ficha de inscrição de 94 agricultores beneficiários entrevistados, do município Campo Belo do Sul – dados disponíveis.

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um advogado com recursos próprios, nestes casos, indicado pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais, mas, não necessariamente.

Aproximadamente 91,6% dos entrevistados declararam ter recebido toda documentação necessária (planta topográfica do imóvel georreferenciado, anotação de responsabilidade técnica (A.R.T.), memorial descritivo, locação das áreas de preservação permanente) para instruir ação judicial de legalização do imóvel de sua propriedade (Tabela 2). Destes, 4,2% já concluiu o processo adquirindo o título definitivo de posse; 57,0% deu entrada no processo de legalização e; 38,8% aguarda oportunidade para fazê-lo (Tabela3). O baixo percentual de beneficiários que concluíram o processo pode ser explicado pela morosidade da ação judicial, que demanda um grande período de tempo para que se efetive a ação. Conforme informações obtidas de advogado da Secretaria de Estado da Agricultura e Pesca, a tramitação de um processo de usucapião2 pode levar entre 1 e 6 anos para a entrega da escritura.Desta forma, e considerando o tempo de existência do Programa, o número de processos concluídos até o presente momento pode ser considerado dentro da normalidade.

As três principais justificativas oferecidas por aqueles que ainda não deram o encaminhamento foram: (i) falta de recursos financeiros, nestes casos, orientados por seus sindicatos, secretarias municipais de agricultura, Epagri, e outras instituições envolvidas, aguardam a formação de grupos de interesse, e assim possam barganhar preços mais baixos para pagamento dos custos judiciais; (ii)falta de informações e excesso de burocracia; (iii) alguns casos de herança a necessidade de acordos e disponibilidade de tempo e recursos financeiros dos familiares envolvidos.

Segundo Melo (2015) a restrição quanto ao custeio, aos trâmites burocráticos e ao tempo da ação sociopolítica, e a dificuldade de uma organização comunitária e de representatividade dos agricultores são fatores que tornam esse processo ainda mais débil.

Tabela 2 – Proporção de beneficiários quanto ao recebimentoda documentação necessária para o encaminhamento do processo de legalização do imóvel

Discriminação Frequência

Nº %

Sim 262 91,6 %

Não 24 8,4 %

Total 286 100,00

Pergunta de resposta única, 286 respondentes e 1 não resposta

2Esse processo consiste em uma modalidade de reconhecimento do domínio pela posse ininterrupta e prolongada da propriedade e em decorrência do uso deste bem por um determinado tempo. Para que este direito esteja válido é necessário que a posse seja pacífica, ou seja, sem qualquer contestação de indivíduos, não havendo resistência ou oposição quanto a propriedade da terra.

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Tabela 3 -Proporção de beneficiários em relação a conclusão ou encaminhamento do processo de legalização do imóvel

Discriminação Frequência

Nº %

Já concluiu o processo de legalização (recebeu o título definitivo de propriedade do imóvel)

11 4,2

Já encaminhou, mas ainda não concluiu o processo de legalização

150 57,0

Ainda não encaminhou, mas pretende fazê-lo 102 38,8

Total 263 100,0

Pergunta de resposta única, 263 respondentes e 24 não respostas

Beneficiários que já obtiveram o título definitivo de posse do imóvel

A aquisição do título definitivo de propriedade por 11 entrevistados (4,2%)é relativamente recente. Os primeiros ocorreram a pouco mais de um ano, eos últimos, poucos dias antes de se realizar as entrevistas. Entre os benefícios percebidos e quantificados destaca-se a valorização do patrimônio (90%), o acesso as políticas públicas (70%) e a segurança jurídica (50%), (Tabela 4).

Quando solicitados a opinar sobre a valorização do imóvel, foram unânimes em declarar uma variação igual ou superior a 100% do valor de venda.

Tabela 4. Principais benefícios percebidos pelos entrevistados que concluíram o processo de legalização do imóvel

Discriminação FrequênciaA

Nº %

Adequação da propriedade a legislação ambiental 2 20,0

Segurança e estabilidade 5 50,0

Valorização do patrimônio 9 90,0

Acesso as políticas públicas, tais como, crédito rural, seguro agrícola, programas governamentais (PNAE, calcário, etc.)

7 70,0

Maior facilidade na obtenção de financiamento para custeio das lavouras e criações e, para realização de investimentos produtivos, tais como: reforma de benfeitorias, compra de animais, compra de máquinas e equipamentos, etc.

4 40,0

Total 27 xxxx

Pergunta de resposta múltiplas, 10 respondentes e 277 não respostas. A/ Os percentuais são calculados em relação ao número de respondentes

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Constatou-se que 54,5% deles realizaram pequenos investimentos, que variaram de R$2.500,00 (reforma de cercas) à R$50.000,00 (reforma da casa e construção de galpão). Ao serem consultados 45,5%, que não realizaram investimentos, declararam ter receio de fazer dívidas, “agora que tenho a escritura, vou ver o que posso fazer”, ou “ainda não é a hora” (Tabela 5).

Tabela 5 – Proporção de beneficiários que recebeu o título e propriedade do imóvel e realizou investimentos

Discriminação Frequência

Nº %

Sim 6 54,5

Não 5 45,5

Total 11 100,0

Pergunta de resposta única, 11 respondentes e 276 não respostas

Apenas 18,2% dos beneficiários tiveram acesso ao crédito rural, um utilizado para custeio de lavoura (R$6.000,00) e outro para realização de investimentos produtivos (R$30.000,00). Registra-se que não tinham acesso ao crédito, no entanto, a maioria manifestou a vontade de usufruir dessa oportunidade. Outros disseram que não tem interesse, é uma opção pessoal (Tabela 6).

Tabela 6 – Proporção de beneficiários que recebeu o título e propriedade do imóvel e teve acesso ao crédito rural

Discriminação Frequência

Nº %

Sim 2 18,2

Não 9 81,8

Total 11 100,0

Pergunta de resposta única, 11 respondentes e 276 não respostas

O baixo percentual de adoção de novas tecnologias pode ser explicado pelo perfil dos beneficiários do Programa -produção de subsistência. Segundo as equipes de extensionistas dos municípios trabalhados, trata-se de um público que participa pouco das reuniões/capacitações técnicas promovidas pela Epagri ou outras instituições. O agricultor que declarou ter adotado novas tecnologias obteve êxito em 100% na produtividade de milho (de 50 para 100 sc/ha) e 100% na produtividade leiteira (de 5 para 10 litros/vaca/dia), (Tabela 7).

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Tabela 7 – Proporção de beneficiários que recebeu o título e propriedade e declarou ter adotado novas tecnologias de produção

Discriminação Frequência

Nº %

Sim 1 11,1

Não 8 88,9

Total 9 100,0

Pergunta de resposta única, 9respondentes e 278 não respostas

Beneficiários que ainda não obtiveram o título de posse do imóvel

Os beneficiários foram questionados sobre os principais entraves para o encaminhamento do processo de regularização do imóvel, na opinião destes, destacam-se:

custo elevado (55,2%): muitos agricultores beneficiários declararam não dispor dos recursos financeiros para o pagamento dos custos processuais relacionados à titulação de suas terras, necessitando de apoio governamental.Conforme informação obtida in loco durante as oficinas de avaliação, estes custos variaram de R$400,00 até R$600,00 em São José do Cerrito, de R$ 600,00 até R$800,00 em Timbó Grande e Lebon Regis e de R$1.000,00 até R$3.000,00 em Cerro Negro e Campo Belo do Sul;

excesso de burocracia (54,8%): afirmaram ser um processo muito burocrático e de longa duração (morosidade), referindo-se principalmente as exigências dos cartórios;

falta de informações dos procedimentos e etapas para realizar o cumprimento dos procedimentos regulatórios (35,1%):esta condição é parcialmente explicada pelo isolamento em que vivem, pequenas propriedades, com condições produtivas desfavoráveis e distante da sede do município. Além disso, a dificuldade de participação em eventos relacionados ao tema. A contribuição dos sindicatos, secretarias municipais de agricultura, Epagri e outras instituições envolvidas é fundamental para a divulgação e apoio ao público alvo;

outras citações (22,8%): falta de apoio financeiro do Estado para o encaminhamento do processo de regularização; necessidade de correção nos documentos recebidos;problemas entre os herdeiros (partilha); a formação de grupos, visando baratear os custos judiciais; e citações que reforçam as afirmativas já mencionadas (custos elevados, morosidade do processo, excesso de burocracia e carência/falta de informações em relação aos procedimentos a serem seguidos). Alguns produtores manifestaram-se declarando ausência de dificuldades. As demais podem ser caracterizadas por interesses de ordem particular (Tabela 8).

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Tabela 8 – Principais entraves para o encaminhamento do processo de legalização do imóvel (após o recebimento da documentação da SAR), na percepção dos beneficiários

Discriminação FrequênciaA

Nº %

Custo elevado 143 55,2

Excesso de burocracia 142 54,8

Falta de informações dos procedimentos e etapas para realizar o cumprimento dos procedimentos regulatórios

91 35,1

Não é importante 6 2,3

Outro1, nesse caso especificar 59 22,8

Total 441 xxxx

Pergunta de respostas múltiplas, 259 respondentes, 28 não respostas A/ Os percentuais são calculados em relação ao número de respondentes 1/ Conforme explicitadas, na íntegra,podem ser observadas no Anexo 2

Os empréstimos bancários ficam restritos aos agricultores proprietários de terras devidamente documentadas. Sem o título de propriedade, os agricultores enfrentam dificuldades de acesso ao crédito rural para o financiamento de suas lavouras ou criações (68,8%), haja vista que, não conseguem disponibilizar garantias aos órgãos financiadores. Nessa condição, para acessar o crédito rural utilizam de estratégias de obtenção de crédito via terceiros, normalmente algum familiar (pai, irmão, sogro, etc.), ou através de contratos de arrendamento e parceria agrícola. Durante as entrevistas alguns produtores (percentual não quantificado – 23% dos entrevistados de Campo Belo do Sul, informação disponível) declararam possuir outro imóvel legalizado e, dessa forma, não enfrentam as dificuldades da maioria. Outros produtores disseram não ter interesse por nenhum tipo de financiamento, por opção pessoal.

Segundo Bloemer (2000), citado por Melo (2015) a inexistência de garantias reais, exige dos não proprietários a apresentação de um avalista que seja proprietário de terras e que esteja disposto a disponibilizá-la como garantia ao banco. Indiretamente, possuir pouca terra também dificulta a obtenção de empréstimos nos bancos, que por sua vez impede os investimentos na propriedade e assim melhorar a produtividade, criando uma espécie de círculo vicioso, uma cadeia de carências. Pouca terra, impossibilidade de investimentos em insumos e pouca produtividade. A consequência é a dificuldade em manter a unidade produtiva exclusivamente com a produção agrícola.

Os agricultores sem escritura de propriedade também enfrentam dificuldades para obtenção da nota de produtor rural (41%). De acordo com Melo, (2015) importante documento para comprovar o exercício da profissão de agricultor junto à previdência social e, consequentemente, para se beneficiar da aposentadoria rural e demais formas de auxílios previdenciários. Para obtê-lo, utilizam-se de estratégia semelhante as já mencionadas, ou seja, o contrato de arrendamento e parceria agrícola com terceiros.

Não ter o título definitivo de propriedade significa estar em condição de insegurança permanente. A insegurança jurídica, decorrente da ausência do título de propriedade,

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inibe o agricultor a realizar investimentos produtivos (40,3%). “Tem que ser dono, tem que ter garantia de que é da gente”.Com dificuldade de acesso às políticas públicas e sem a realização de investimentos produtivos, o agricultor nessa condição acaba sendo excluído, marginalizado, e perpetua-se no mesmo estado em que se encontra.

Outras citações corroboram as discussões acima (Tabela 9).

Tabela 9 – Principais problemas vivenciados por não possuir um imóvel legalizado, na percepção dos beneficiários

Discriminação FrequênciaA

Nº %

Dificuldades para obter financiamento para custeio das lavouras e criações

187 68,5

Instabilidade e insegurança (inibindo investimentos produtivos, não é dono, etc.).

110 40,3

Dificuldades para obter um bloco de notas do produtor rural

112 41,0

Dificuldades para processar e/industrializar e comercializar sua produção

18 6,6

Dificuldades para obter a Declaração de Aptidão do Pronaf (DAP)

105 38,5

Dificuldades para encaminhamento da aposentadoria 72 26,4

Outro1, nesse caso especificar 57 20,9

Total 661 xxxx

Pergunta de respostas múltiplas, 273 respondentes, 14 não respostas A/ Os percentuais são calculados em relação ao número de respondentes 1/ Conforme explicitadas, na íntegra podem ser observadas noAnexo 3.

O reconhecimento em relação serviços prestados pelo Estado, através do SC Rural, é expresso no grau de satisfação dos beneficiários, 86,6% manifestaram-se muito ou plenamente satisfeitos (média 8,7). Apenas 3% encontram-se pouco satisfeitos ou insatisfeitos, provavelmente aqueles que por algum motivo vivenciaram alguma experiência negativa como documentação ainda não entregue ou contendo erros não sendo aceitas pelo cartório, entre outros (Tabela 10).

Também, reconhecem a importância do apoio recebido, 95,3% atribuíram conceitos muito importante ou extremamente importante (média 9,4), (Tabela 11).

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Tabela 10 – Grau de satisfação dos beneficiários entrevistados em relação ao apoio recebido do Estado,através do SC Rural, para o encaminhamento do processo de legalização de suas terras

Grau de satisfação (média 8,7) Frequência

Nº %

Insatisfeito 1 0,4

Pouco satisfeito 7 2,6

Satisfeito 29 10,4

Muito satisfeito 54 19,3

Plenamente satisfeito 191 67,3

Total 282 100,0

Interpretação da escala: insatisfeito=1-2; pouco satisfeito=3-4; satisfeito=5-6; muito satisfeito=7-8; plenamente satisfeito=9-10 Pergunta de resposta única, 279 respondentes, 8 não resposta.

Tabela 11. Grau de importância atribuído pelos beneficiários entrevistados ao apoio recebido do Estado, através do SC Rural, à regularização fundiária

Grau de satisfação (média 9,4) Frequência

Nº %

Sem importância 0 0,0

Pouco importante 1 0,4

Importante 12 4,3

Muito importante 34 12,3

Extremamente importante 230 83,0

Total 277 xxxx

Interpretação da escala: sem importância=, 2; pouco importante=3, 4; importante=4, 5; muito importante=7, 8; extremamente importante=9, 10. Pergunta de resposta única, 277 respondentes, 10 não resposta.

Considerações finais do entrevistado: diga com poucas palavras o que melhorou em sua vida com o título definitivo de propriedade de suas terras. OU se ainda não possui a escritura, que sugestões você daria para conferir maior efetividade aos serviços de apoio a regularização fundiária prestados pelo Estado, através do SC Rural.

Pergunta aberta, 189 respondentes, 98 não respostas

Em suas declarações os agricultores beneficiados pelo programa discutem a importância da redução dos custos de contratação de advogados;da necessidade de apoio governamental;do excesso de burocracia e morosidade do processo judicial;da correção de erros nos serviços de levantamento topográfico e elaboração dos mapas; da continuidade do programa para que possam concluir o processo e tenham suas

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terras regularizadas, além disso, manifestações de gratidão pelo apoio recebido.Muitos se posicionaram pela continuidade dos serviços prestados, permitindo o acesso de agricultores ainda não inscritosaos mesmos benefícios, “... se não fosse o pagamento dos serviços de medição das terras, nós não teríamos condições de dar o encaminhamento para escritura. “É muito importante a ajuda do governo para os produtores”. “Redução dos gastos com a medição das terras e documentação, sem isto muitos não teriam como legalizar seu imóvel”. “Tem outros agricultores que não se inscreveram e precisam do mesmo apoio”

Todas declarações dos beneficiários estão consideradas no Anexo 4.

Brainstorming

Perguntas formuladas com o objetivo de explicar a origem dos recursos que auxiliou financeiramente os beneficiários do programa Regularização Fundiária.

Obs: as perguntas foram formuladas com a exposição de um banner e com a projeção do logotipo do SC Rural em tela (Power Point).

1. Quantos de vocês conhecem (ou já ouviram falar) do Programa SC Rural?

Menos de 5% dos agricultores presentes se manifestaram positivamente.

2. Quantos de vocês conhecem (ou já ouviram falar) do Programa Microbacias?

Cerca de 95% dos agricultores presentes se manifestaram positivamente.

Perguntas formuladas com o objetivo de buscar a percepção dos produtores em relação aos benefícios proporcionados pelos serviços prestados com recursos do SC Rural

3. O que significa para vocês legalizar suas terras? Ter a escritura do imóvel?

Ser o proprietário das terras em que trabalha, tem um significado sociocultural muito

forte no meio rural. Não há dúvidas, embora suas terras se valorizem monetariamente

e o agricultor tenha facilidade de acesso as políticas públicas antes negadas, o “ser o

dono”; “ter o poder na mão”,“significa ter o terreno, quem não tem escritura não tem

nada”, é o maior benefício/valor percebido pelos beneficiários.

Ter segurança Terra legalizada Sentido de poder Terra sem documento vale mais ou menos Terra legalizada vale mais que o dobro Deixar tudo organizado para família quando necessário fazer o inventário É muito importante a ajuda governo para os produtores. Redução dos gastos com a medição

das terras e documentação, sem isto muitos não teriam como legalizar seu imóvel. Significa tudo; sem a escritura não se consegue nada

Poder na mão

Significa ter o terreno, quem não tem escritura não é dono

Sem escritura nem casa não consegue ter

Não tem acesso ao bloco de notas e ao programa minha casa minha vida

Não tem acesso a nenhum programa de governo

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O imóvel vale mais que o dobro

Sem o documento não vale a pena

Não faz investimentos, não tem segurança

Significa tudo

Poder na mão

Significa ser dono do terreno

Poder fazer empréstimos e acessar políticas públicas

É dono

Ter acesso ao programa minha casa minha vida

Com escritura o terreno vale o dobro

Ser dono Sem documento não manda Valoriza o terreno, com a escritura o imóvel vale o dobro, até mesmo triplica seu valor Com a escritura o proprietário é estimulado a investir no imóvel – é dono A escritura gera impostos para o município Acesso aos benefícios, políticas públicas Com a escritura se tem segurança

Sem documento não tem acesso a financiamentos, empréstimos Falta advogados para fazer os documentos

4. Qual a importância disso?Quais os principais benefícios percebidos com os serviços prestados?

O agricultor percebe a escritura como forma de conferir melhores condições socioeconômicas para sua família, de valorização das terras, de segurança jurídica, de acesso as políticas públicas e benefícios sociais, de tranquilidade na sucessão familiar, de continuidade e permanência no meio rural.

“Valoriza o terreno, com a escritura o imóvel vale o dobro, até mesmo triplica seu valor”; Deixar tudo organizado para família quando necessário fazer o inventário”; “Com a escritura se tem segurança”; “Ter acesso as políticas públicas”; “É muito importante a ajuda governo para os produtores. Redução dos gastos com a medição das terras e documentação, sem isto muitos não teriam como legalizar seu imóvel”.

As oficinas de avaliação contaram com a participação do Gerente de Assuntos Fundiários e do advogado da SAR, que esclareceram dúvidas dos presentes. Além disso, após o encerramento atenderam à demandas particulares dando encaminhamento para a solução dos problemas identificados.

Principais dúvidas respondidas pelo Gerente e advogado:

Durante o processo posso mudar o nome do dono das terras? A validade dos documentos é somente para o inscrito no programa.

Quanto a morosidade do processo? É muito burocratizado, os cartórios seguem um rito com objetivo de estabelecer segurança e não prejudicar ninguém. Em alguns casos, é possível fazer o processo de usucapião extrajudicial, mais simples e menos demorado, porém, mais caro. O valor depende de cartório para cartório.

Quanto a sequência/continuidade do programa? Está sendo realizada a licitação para beneficiar mais 570 produtores. Foi sugerido que as entidades parceiras iniciem os projetos e encaminhem o mais breve possível.

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Pessoas que já deram encaminhamento ao processo (advogado) mas está demorando muito, o que pode ser feito? O processo de usucapião é demorado, leva de 1 a 6 anos em média. Foi sugerido agendar reuniões com os juízes, para expor a situação e prestar todos esclarecimentos necessários em relação ao Programa. Isto talvez possa agilizar.

Há possibilidade de o Estado ajudar financeiramente, existem muitos produtores que não deram encaminhamento do processo por falta de dinheiro? Não, porque seria uma prestação de serviço particular. No início do programa o Estado deu sequência em alguns casos, mas, foram impedidos por questões legais.

Podemos fazer o CAR sem estes documentos? Não existem restrições quanto a isso.

Minha terra é pequena e disseram que o cartório não registra? Pela nova lei, área inferior a 21 mil metros quadrados, é preciso entrar com o processo para que o juiz de um despacho, liminar obrigando o cartório a atender esta demanda.

Conclusões

A política de regularização fundiária da Secretaria de Estado da Agricultura e Pesca, através do Programa SC Rural, atende parcialmente ao processo de regularização fundiária fornecendo toda documentação necessária para realizar o cumprimento dos procedimentos regulatórios por meio de recursos próprios, sendo necessário a contratação de um advogado para sua conclusão.

Mais de 91% dos entrevistados receberam toda documentação necessária para instruir ação judicial de legalização do imóvel de sua propriedade. Destes, 4,2% já concluíram o processo adquirindo o título definitivo de propriedade.

O agricultor percebe a escritura como forma de conferir melhores condições socioeconômicas para sua família, de valorização do imóvel, de segurança jurídica, de acesso as políticas públicas e benefícios sociais, de tranquilidade na sucessão familiar, de continuidade e permanência no meio rural.

Ser proprietário das terras em que trabalha tem um significado sociocultural muito forte no meio rural. Para o agricultor, não obstante, suas terras sejam valorizadas monetariamente e ele tenha facilidade de acesso as políticas públicas antes negadas, o “ser o dono”; é o maior benefício/valor percebido pelos beneficiários.

O reconhecimento em relação serviços prestados e o grau de importância atribuído ao apoio recebido do Estado, através do SC Rural, é expresso no elevado grau de satisfação da grande maioria dos agricultores beneficiários.

O custo elevado, o excesso de burocracia e a morosidade do processo de regularização, são os principais fatores restritivos na opinião dos agricultores, contudo, buscam alternativas para superar essas dificuldades, pois reconhecem os benefícios que o título de propriedade pode lhes proporcionar.

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Para estes, maior agilidade no processo de regularização e informações precisas das ações das instituições envolvidas na promoção dessa política, bem como as etapas necessárias que os agricultores devem realizar para o cumprimento dos procedimentos regulatórios são fundamentais. O custo é o principal fator restritivo para muitos dos beneficiários, que necessitam de apoio financeiro do Estado para conclusão do processo regulatório.

Sugerem a continuidade do programa visando permitir o acesso de agricultores ainda não inscritos aos mesmos benefícios.

Observação:

Conforme previsto no procedimento metodológico os técnicos da Epagri (SER e equipe de extensionistas locais), das Secretarias Municipais de Agricultura, e administrativos de Sindicatos, colaboraram no levantamento dos dados. Registra-se que sua colaboração foi de extrema importância.

Bibliografia

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Regularização Fundiária, Agricultura Familiar e Cidadania. Instituto de Terras, Cartografia e Geociências (ITCG). (http://www.itcg.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=6E). Acesso em maio de 2016.

LEVANTAMENTO AGROPECUÁRIO CATARINENSE (LAC). Estrutura fundiária 2003. Disponível em: http://cepa.epagri.sc.gov.br/Dados_do_LAC/tabelas/modulo1/Estrutura%20fundiaria%20EAP%20julho06.pdf. Acesso em junho, 2016.

MELO, N.M. Regularização fundiária em zonas rurais: estudo de caso no Território Meio Oeste Contestado em Santa Catarina / Diogo Neves Melo; Orientador, Ademir Antônio Cazella – Florianópolis, SC, 2015. 204 p.

MELO, N.M; MEDEIROS, M. Regularização Fundiária no Meio Rural: Caracterização do perfil socioeconômico de agricultores familiares no Território do Meio Oeste Contestado – SC. 2º Seminário Nacional de Planejamento e Desenvolvimento. XIV SIMGeo - Simpósio de Geografia da UDESC. 16 a19 de set. 2014.

PROGRAMA SANTA CATARINA RURAL. Manual operativo 2012, v. I. Disponível em: http://www.agricultura.sc.gov.br/index.php?option=com_docman&task=cat_view&gid=70&Itemid=228. Acesso em maio de 2016.

PROGRAMA SANTA CATARINA RURAL. Disponível em http://www.scrural.sc.gov.br/?p=2151. Acesso em maio de 2016.

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Anexo 1 – Instrumento de coleta de dados

QUESTIONÁRIO – REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

O Governo do Estado de Santa Catarina, através da Secretaria de Estado da Agricultura e Pesca, idealizou uma pesquisa com o objetivo de avaliar os resultados obtidos pelos serviços prestados na ação/atividade Regularização Fundiária desenvolvida no âmbito do SC Rural ao longo do período de sua execução (2010-2016). As informações que serão obtidas são de extrema importância, pois orientarão o trabalho de planejamento de ações estratégicas facilitando as negociações com o Banco Mundial em futuros programas.

Lembramos que sua participação é voluntária e garantimos que suas informações serão tratadas de forma estritamente confidencial. Para que os objetivos dessa pesquisa sejam atingidos é necessário que suas respostas sejam sinceras.

Muito obrigado pela sua participação.

Nome do beneficiário

CPF do beneficiário

Nome da comunidade onde está situada a propriedade

Município

Data de resposta do questionário (dia/mês/ano)

1. O Sr(a) recebeu da Secretaria da Agricultura e Pesca toda documentação necessária (planta topográfica do imóvel georreferenciado, anotação de responsabilidade técnica (A.R.T.), memorial descritivo, locação das áreas de preservação permanente) para o encaminhamento da legalização do imóvel de sua propriedade?

( ) Sim ( ) Não – Passe para a pergunta 19

2. Se respondeu sim

( ) Já concluiu o processo de legalização (tem o título de propriedade do imóvel)

( ) Já encaminhou, mas ainda não concluiu o processo de legalização – Passe para a pergunta 10

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( ) Ainda não encaminhou, mas pretende fazê-lo – Passe para a pergunta 10

Admite uma única resposta

3. Assinale com um (x), o que na sua opinião são os três principais benefícios obtidos com a posse do título definitivo de domínio da terra

( ) Adequação da propriedade à legislação ambiental

( ) Segurança e estabilidade

( ) Valorização do patrimônio

( ) Acesso as políticas públicas (crédito rural, seguro agrícola, acesso aos programas governamentais, programa nacional de alimentação escolar, etc.)

( ) Maior facilidade na obtenção de financiamento para o custeio das lavouras e criações e, para realização de investimentos produtivos, tais como: reforma de benfeitorias, compra de aninais, compra de máquinas e equipamentos, etc.

( ) Outro. Especificar __________________________________________

Admite até três respostas

4. Qual o valor aproximado do seu imóvel?

(a) antes da posse da escritura

R$

(b) depois da posse da escritura

R$

5. O Sr(a) realizou investimentos produtivos após a posse da escritura?

( ) Sim ( ) Não

6. Se respondeu sim, qual o valor aproximado dos investimentos realizados?

R$

7. O Sr(a) teve acesso ao crédito rural após a posse da escritura

a) qual o valor do financiamento para custeio das lavouras e criações?

R$

b) qual o valor do financiamento para realização de investimentos?

R$

8. O Sr(a) adotou novas tecnologias de produção após a posse da escritura?

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( ) Sim ( ) Não

9. Se respondeu sim, qual foi o aumento de produtividade da principal atividade econômica da propriedade após o uso das novas tecnologias?

(em kg/ha, litros de leite/vaca/ano, ...)

10. Se o Sr(a) já recebeu toda a documentação, qual na sua opinião são as três principais dificuldades (entraves) enfrentados para encaminhar o processo de legalização do seu imóvel

( ) Custo muito elevado

( ) Excesso de burocracia

( ) Falta de informações dos procedimentos e etapas para realizar para o cumprimento dos procedimentos regulatórios

( ) Não é importante

( ) Outro. Especificar ______________________________________________

11. Assinale com um (x), os três principais problemas que na sua opinião são vivenciados por não possuir um imóvel legalizado (não ter escritura do imóvel)

( ) Dificuldades para obter financiamentos para o custeio das lavouras e criações

( ) Instabilidade e insegurança, inibindo os investimentos produtivos na propriedade

( ) Dificuldades para obter um bloco de notas de produtor rural

( ) Dificuldades para processar/industrializar e comercializar sua produção

( ) Dificuldades para obter a Declaração de Aptidão do Pronaf (DAP)

( ) Dificuldade para encaminhamento da aposentadoria

( ) Outro. Especificar __________________________________________________

Admite até três respostas

12. Utilizando uma escala de 1 a 10, assinale o seu grau de satisfação com os serviços de apoio

prestado pelo Estado, através do SC Rural, para o encaminhamento do processo de legalização de

suas terras

Insatisfeito Plenamente satisfeito

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 NS

13. Utilizando uma escala de 1 a 10, que conceito você atribui à importância da realização dos serviços

de apoio à regularização fundiária pelo SC Rural para o estado de Santa Catarina

Sem importância Extremamente importante

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 NS

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14. Considerações finais do entrevistado

Diga com poucas palavras o que melhorou em sua vida com a posse do título definitivo de suas terras.

Se ainda não possui o título, que sugestões você daria para conferir maior efetividade aos serviços de apoio à regularização fundiária prestados pelo Estado, através do SC Rural.

Espaço também reservado ao entrevistador para observações gerais

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Anexo 2 - Declaração dos beneficiários entrevistados em relação aos principais entraves para o encaminhamento do processo de legalização do imóvel (após o recebimento da documentação da SAR), na percepção dos beneficiários (Tabela 8)

Processo muito demorado; o terreno já está escriturado. Solicitou a planta topográfica do imóvel georreferenciado, CAR; não têm o número de matrícula do terreno, dessa forma não consegue o registro (exigência do cartório); faltou apoio do Estado para o encaminhamento do processo (recursos financeiros); falta de apoio financeiro do Estado para concluir o processo e regularização; custo judiciais elevados; processo muito lento. Já tem audiência agendada; esperou para formação de um grupo para reduzir os custos e o grupo não foi formado; falta medir outra área; terreno em comunhão; falta advogado; dificuldades no desmembramento; correção dos documentos; recebeu orientação para aguardar a formação de um grupo, assim baratearia os custos judiciais; precisa regularizar outros documentos; (9x) não teve dificuldades; problemas de saúde. Gastou muito dinheiro com isso e não deu encaminhamento ao processo; divisão de herança. Nem todos os herdeiros tem dinheiro ao mesmo tempo; faltou orientação em relação aos procedimentos a serem seguidos; ainda não procurou um advogado. Espera formar um grupo; (14x) não teve problemas; não respondeu; não teve dificuldades. Preço do advogado variou entre R$400,00 e R$600,00; demora para retorno do advogado; não encaminhou ainda; tem escritura de outros terrenos, dessa forma, obtém financiamento comfacilidade; problemas com herdeiros (partilha), está sendo corrigido; teve problemas de saúde e gastou muito; não teve problemas, recebeu auxilio da Epagri; não teve problemas. Pagou R$500,00; muito demorado; falta assinatura na planta; não teve problemas (dificuldades); simples, porém, demorado; são três áreas e querem encaminhar o processo juntas. Falta o mapa de um deles; rero no levantamento topográfico, mapas, confrontantes, teve que ser corrigido; são três imóveis. Dois fora medidos. Estão esperando o terceiro para encaminhar tudo junto; aproblemas com o advogado.

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Anexo 3 –Declaração dos beneficiários entrevistados em relação aos principais problemas vivenciados por não possuir um imóvel legalizado, na percepção dos beneficiários (Tabela 9)

Obtém financiamento bancário através de contrato de arrendamento ou parceria

agrícola; (2x) tem escritura de outro terreno, assim obtém financiamento, nota de

produtor, DAP; (2x) Não têm dificuldades, possui outra escritura; dificuldade com

confrontantes, não entram em acordo; tem escritura de outros terrenos, e assim não

tem dificuldade para obter financiamento ou de acesso as políticas públicas; por opção

pessoal não utiliza financiamento; não é proprietário;(6x) não têm dificuldades, possui

outras escrituras; regularizou suas terras; desmembramento do terreno; depende de

outros herdeiros para o desmambramento; quando precisa de financiamento faz um

contrato de arrendamento ou parceria agrícola; para ter acesso a financiamento, nota

de produtor faz contrato de arrendamento ou parceria agrícola; tem dificuldade até

para ligar energia elétrica; muito demorado; faz contrato de arrendamento ou parceria

para superar as dificuldades; tem escritura de outro terreno; (2x) tem escritura de

outros terrenos. Não apresenta dificuldades com relação a financiamento ou acesso;

(2x) tem outro terreno escriturado; não tem energia; trata-se de herança, o terreno

está escriturado. Divisão da herança; tem escritura de outro terreno menor. Menor

valor de financiamento. Não pode solicitar financiamento; herdeiros moram longe.

Contato difícil; falta desmembrar (herança); não tem registro da escritura. Não

recebeu a documentação ainda - o levantamento já foi realizado; não sabe; teve

dificuldades para responder; tem contrato de arrendamento ou parceria agrícola; tem

escritura de outro terreno (crédito fundiário); contrato e parceira para obter a nota de

produtor rural; tem escritura de outros terrenos; (2x) tem outra escritura; não tem

problemas, tem outra escritura; por não ter escritura, não tem acesso ao programa

minha casa minha vida; dificuldade de acesso a minha casa minha vida; tem outra

escritura. Assim, tem acesso a financiamento e outras políticas públicas; tem outra

área com escritura; tem outra escritura; tem bloco de notas de produtor devido a

judicialização do processo de regularização; possui bloco de notas de produtor em

parceira com o pai; possui bloco de notas em parceira com o genro; bloco de notas -

contrato de parceria; tudo de acordo; não tem acesso ao Pronaf pro falta de escritura;

com o CAR tem acesso; não tem interesse em financiamentos; dificuldade para obter

crédito para investimento; tem outra propriedade escriturada.

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Anexo 4 - Considerações finais do entrevistado: diga com poucas palavras o que melhorou em sua vida com o título definitivo de propriedade de suas terras. OU se ainda não possui a escritura, que sugestões você daria para conferir maior efetividade aos serviços de apoio a regularização fundiária prestados pelo Estado, através do SC Rural.

Recebimento parcial dos documentos. Tem necessidade dos demais para efetivar o encaminhamento e regularização do imóvel;

(7x) Nenhuma; Está satisfeito com o trabalho realizado; Agradeceu pelos serviços prestados pelo SC Rural; Os serviços de medição ainda não foram prestados em sua propriedade; Dar continuidade ao trabalho iniciado para que os agricultores tenham suas terras

regularizadas; Necessita de apoio financeiro para concluir o processo de regularização; Necessita de apoio financeiro do Estado para concluir o processo de regularização; Solicita apoio financeiro do Estado para concluir o processo de regularização (pagamento do

advogado); O apoio governamental é fundamental; Não fosse isto não teriam condições de regularizar suas terras (custo do levantamento

topográfico); Audiência já agendada –usucapião; Hoje tem sua vida facilitada. A escritura traz benefícios e vai melhorar muito sua atividade

agrícola; Era arrendatário; Maior apoio do Estado; Burocracia excessiva; Que o custo cartório / advogado fosse mais baixo; Os documentos não foram elaborados corretamente e não foram aceitos pelo cartório; Reduzir os custos para agricultores de baixa renda; Reduzir os custos judiciais para regularização; Reduzir os custos e regularização; Reduzir os custos de regularização; Que houvesse ajuda nos custos judiciais (ou cartório); Está satisfeito com o processo; Agilizar o processo de regularização; Organização para encaminhamento em conjunto (reduzir custos); Bom programa; Auxilio no encaminhamento; Demorou tempo para preparar a documentação (mapas) Ajuda nos custos das taxas de cartório e advogados; Auxílio financeiro para encaminhamento junto ao cartório; Auxílio financeiro para encaminhamento para o cartório; Auxilio para regularização no cartório; Formação de grupos para baratear os custos com advogados; Ficou bom, melhorou a política agrícola. Sugere reduzir as taxas dos cartórios; Não faz investimentos na área, não se sente dono. Continuidade do programa, muitos ainda não se inscreveram;

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Não recebeu os mapas, vai resolver com o sindicato; Continuidade do programa, muitos ainda não se inscreveram porque não acreditavam; Continuidade do programa; Encontra dificuldades porque o cartório não aceitou. O terreno possui várias matrículas; A partir do momento que possuir a escritura sou dono absoluto; Ainda não recebi a escritura, mas foi muito importante o trabalho do SC Rural. Menor custo do

cartório; Melhorou pois é dono legal, foi importante a medição com a ajuda do SC Rural; Ter ajuda do Estado no processo de escrituração do terreno no cartório; Processo demorado, ainda não tem escritura. Ajuda do Estado para agilizar a escrituração; Ainda não encaminhou devido aos custos elevados; Ainda não tem escritura, mas foi importante; Encontrou dificuldades por falta de documentos; Ainda não possui a escritura; Ainda não tem escritura, mas vale a pena; Ainda não possui escritura mas, o procedimento do SC Rural foi importante; Ainda não possui escritura, mas foi importante; Se não tivesse apoio do SC Rural não conseguiria; Não deu encaminhamento porque é caro (advogado); Melhorou porque cada identifica sua terra (divisão de herança); Não Resolveu muito; Valeu a pena. Tem que concluir o processo de escritura; Não resolveu nada; A empresa que fez o levantamento da área deveria ter mais cuidado para fazer o levantamento

correto, não causando problemas na hora da regularização. O cartório não aceitou a documentação;

Não finalizou o mapa; O estado poderia ajudar o agricultor p/ reduzir os custos de cartório; Graças a este programa consegui a escritura do meu terreno; Satisfeito em ter a escritura do terreno; Já fizeram o levantamento do imóvel, mas ainda não recebeu o mapa; Facilita a regularização de herança futura; Escritura em condomínio - quer separar entre os herdeiros; Primeiro reconhecer firma para posteriormente apresentar no cartório; (2x) O cartório exige que todas as assinaturas sejam reconhecidas; Incorporação de área, pagava ITR; Processo demorado, quer a escritura; Segure que antes de fazer o levantamento se converse com toda família, assim evita problemas

com herdeiros; Nunca recebeu este tipo de ajuda. Muito Bom; Não produz mais, tem sérios problemas de saúde. Pede que os custos sejam corretos; Facilita a vida dos futuros herdeiros; Bastante Satisfeito; O serviço prestado está de acordo. Tinha 11 ha de terra que considera perdido (incorporação

de área); Pagou o levantamento com recursos próprios. Só encaminhou os confrontantes. Processo

muito demorado (1 a 3 anos); Tem necessidade da escritura; Com a escritura vai melhorar muito. O agrimensor deve passar no cartório para reconhecer a

assinatura; Maior agilidade no encaminhamento dos documentos. Pede apoio governamental; Agilidade no término da documentação. Não há quase ninguém para ajudar; Tem esperança de ter logo a escritura; Melhorou porque regularizou suas terras com divisas certas e sem custos financeiros; O agrimensor deve reconhecer firma em cartório; Procurar enviar toda documentação necessária para evitar problemas (não aceitação do

cartório);

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Mais rapidez; menos burocracia; Chegando o documento (escritura) é 100% Melhor; Mora a 40 anos na propriedade e só agora com este apoio está conseguindo legalizar; (2x) Melhorou muito; Muito Bom; Problemas com doença. O produtor tem duas áreas mas, mediu apenas uma e não quis medir a

outra; Tinha uma área que após medida descobriu era menor. O levantamento permitirá retificar a

área; Melhorou com o levantamento, que é muito caro; Ter acesso a financiamento, uso de tecnologia (calcário, pastagens, criação de gado, ...),

segurança da família, se sentir valorizado, feliz; Maior atenção dos profissionais para que não haja erros; Houve erros na documentação. Comarca errada, por isso não foi possível fazer a escritura; Verificou-se erros no mapa, por isso não foi possível fazer a escritura; (2x) Está satisfeito; Está satisfeito; Apoio do Estado com advogado; Excesso de burocracia = Muita demora no cartório. Não está contribuindo com impostos e, tem

medo de ter que pagar muito depois de ter a escritura; Acha que deveriam dar mais atenção para agilizar o processo; Excesso de burocracia = exigências do cartório. Dificuldade para obterempréstimos; Apoio financeiro do Estado para pagar os advogados; Exigências do cartório; Dificuldade de participar de programas de governo, SC Rural - ex: trocaxtroca de sementes.

Maior participação do Estado com os custos de advogado; Se depender só do agricultor não consegue legalizar o imóvel. Para obter financiamento fez um

contrato de arrendamento; Era professora e hoje está aposentada; Os profissionais envolvidos devem esclarecer melhor o sistema (legislação). Trabalha no

comércio local; O levantamento topográfico seria muito caro. Foi estimulado e hoje está contente. Organizar os

produtores para agilizar o processo e obter a escritura; Nunca ninguém se preocupou com isso. Hoje muitos estão com seu imóvel legalizado; Honra e agradecimento. Hoje é dono legítimo da área; Com o documento na mão tenho tudo; Agradece pelo incentivo dado; Menor burocracia (exigências do cartório). Se dependesse exclusivamente deles teriam muita

dificuldade; Apoio assistência jurídica; (2x) Apoio jurídico; Maior agilidade no processo jurídico. Maior orientação para o processo de judicialização;

Dificuldade no pagamento dos advogados; Intervenção do Estado para agilizar o processo de escrituração do terreno. Serviços dos

advogados são caros; Que o Estado ofereça assistência jurídica e atendimento gratuito para que as pessoas com

carência poder finalizar o processo (não ficar na fase dos mapas); Apoio na assistência jurídica; Maior assistência jurídica; Não precisou gastar para medir o terreno. Sempre teve apoio no processo de regularização; Muito contente por conseguir regularizar o terreno. Muito importante para segurança do

proprietário. Melhorou muito tendo a garantia de posse de sua área; Custo baixo, caso contrário, não poderia regularizar. Continuaria sem regularização. Não tinha

segurança. "Tinha terra, mas não tinha. Hoje tenho garantias. Vou ter um documento que não tinha";

Muito importante para garantir a posse. Satisfeito porque vai ter sua escritura. Menor custo com o apoio do SC Rural;

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Muito feliz por poder ter a posse da terra documentada; Minha família não conseguiria regularizar sem o apoio do SC Rural; Processo muito demorado; Diminuir os custos com advogado; Melhorou muito sua vida; Possui 4 terrenos e quer encaminhar todos juntos; (4x) Agilizar o processo; Advogado que agilizasse a documentação; Morosidade do processo; Melhorou muito, conseguirá tirar bloco de notas, benefício do governo, INSS; Melhorou muito sua vida, inclusive a posse dos documentos em dia; Agilizar o processo para e obter melhores benefícios; Agradecimentos; Demora na efetivação do processo; Falta de informações sobre o andamento do processo; Agilizar o processo para conseguir mais benefícios rurais; Menor burocracia; Diminuir a burocracia, simplificar o processo; Melhorou muito. Maior acesso aos benefícios rurais; Maior acesso aos programas do governo; (2x) Maior agilidade no processo; Mais informação; Tem contrato de parceria para obter bloco de notas; Tem contrato e parceira para obter bloco de notas. Desburocratização; Apoio do governo para maior agilidade; Depende do governo para regularizar, não tem recursos; Todo o processo é muito demorado. O que a gente mais quer é a legalização do terreno; A Secretaria deveria pagar os custos até o fim do processo; Falha na medida do terreno. A escritura é um documento importante para se obter bloco de

notas, e comprovação do título da terra; Ajudou muito, não tinha condições financeiras para encaminhar; Maior controle em relação ao trabalho do agrimensor (não fez correto); Ser dono é diferente, é da gente; Tem a escritura de outro terreno; Tem outro terreno com escritura. Não se sente dona. Ainda não recebeu os mapas; Possui outro imóvel escriturado; Melhorou a infraestrutura do terreno; Não tem a posse do terreno e não tem recursos para pagar o advogado. Se o governo ajudar

facilitaria; Totalmente satisfeito; Melhorou porque pode se aposentar, fazer roça; Melhorou porque agora tem acesso a seguro e outros benefícios; Maior agilidade. Seria dona da propriedade; Maior subsídio para a escritura; Agilizar o processo; Garantia da terra; Garantia de ser dono do terreno; Terreno legalizado; segurança de propriedade; acesso a financiamento; Para ter acesso a benefícios mais efetivos esperamos obter a escritura definitiva da terra o mais

breve possível; Agilizar o processo para facilitar a escritura definitiva; Agilizar o processo para ter acesso aos benefícios fundiários o mais breve possível; Acesso a financiamento; Maior segurança de morar no local; medo de perder a terra; Melhora o investimento na terra

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Anexo 5 - Fotos – Levantamento de dados

Fotos: oficina de avaliação de resultados em Campo Belo do Sul (18/05/2016)

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Fotos: Oficinas de avaliação e resultados em Cerro Negro (17/05/2016)

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