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________________________________________________________Valorização de Resíduos Agroindustriais - Prof. Maria Alice Z. Coelho
Produtos Industriais a partir de resíduos de Madeira e Fibras
As indústrias madeireira, serrarias e mobiliário, produzem resíduos a partir do beneficiamento de toras, a saber: casca, cavaco, costaneira, pó de serra,
maravalha e aparas.
Os resíduos florestais, obtidos a partir de um manejo correto dos projetos de reflorestamento, pode incrementar a produtividade energética futura das florestas.
Potencial energético dos resíduos da extraçãoflorestal no mundo = 35 EJ/ano (10GW)
Poder calorífico: 11,3 MJ/kg (madeira nativa) - Pará e Mato Grosso8,8 MJ/kg (madeira plantada) - São Paulo, Paraná, Santa Catarina e
Rio Grande do Sul
Brasil: estima-se que a indústria de celulose e papel gere~ 5 Mton de resíduos sem aproveitamento energético
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A Madeiramaterial orgânico, sólido, de composição complexa onde predominam as fibras de celulose (40 – 50%) e hemicelulose (15 – 25%) unidas por lignina (15 – 30%)usualmente classificada como madeira dura ou madeira macia:madeira macia - madeira de coníferas (pinho) madeira dura - madeira de árvores latifoleadas (carvalho)
softwood hardwood
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Produção de Papel e Celulose
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Processo Industrial - Kraft
Rendimento: 44 – 49% do material brutoPolpa resultante: 80% celulose, 10% hemicelulose
e 10% lignina
T = 150 – 170 oCP = 7 – 11 bart = 1.5 – 2 h
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Processo LyocellN-methylmorpholine-N-oxide (NMMO)T = 90 - 120 oC
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Valorização dos Resíduos 1. Energética:
Direta – queimaIndireta – produção de carvão (combustão lenta e incompleta madeira)
produção de etanol (hidrólise dos polissacarídeos e fermentação)
2. Química: Térmica – pirólise; gaseificação; liquefaçãoNão - térmica (xiloquímica) – hidrólise (produção de glicose e furfural)
hidrogenação (fenólicos)
Pirólise: decomposição térmica quase na ausência de ar (< 10%)600 – 800 oCprodutos – carvão vegetal (38%); alcatrão (fenol, benzol, guaiacol,
cresol, etc.) (10%); ácido pirolenhoso(ácido acético, metanol e acetona) (33%);gases (CO e CO2) (20%)
70.000 t/ano – produção francesa
No Brasil as instalações existentes são projetadas quasesempre para aproveitar somente o carvão vegetal, perdendo-se os voláteis condensáveis e não condensáveis
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Valorização dos Resíduos Liquefação: hidrogenação na qual a matéria orgânica é misturada com um
solvente em presença de um catalisador em alta pressão e temperatura moderada, obtendo-se um produto líquido de baixo peso molecular (com grupamentos fenólicos ou hidroxilas – função do solvente usado)
produção de polímeros
Gaseificação: decomposição térmica com quantidades limitadas de ar (20 – 80%)
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Valorização dos Resíduos
Gaseificação: Utilizações do gás produzido
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Valorização dos Resíduos
Lignina: resíduo da produção de celulose (licor de digestão da polpa) – 50 x 106 t/anométodo mais empregado – biopolpação (permite reaproveitamento)outros – produção de compostos aromáticos tais como vanila, eugenol, etc.
produção de enzimas oxidativas por fungos da podridão branca
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Reciclagem de papel Redução dos custos das matérias-primas:
a pasta de aparas é mais barata que a celulosede primeira.
Economia de Recursos Naturais- Madeira: 1 ton de aparas pode substituir de 2 a 4 m3 de madeira, conforme o tipo de papel a ser fabricado, o que se traduz em uma nova vida útilpara 15 a 30 árvores.- Água: Na fabricação de 1 ton de papelreciclado são necessários apenas 2.000 litrosde água (no processo tradicional, o volume pode chegar a 100.000 litros / ton)-Energia: Em média, economiza-se metade da energia, podendo-se chegar a 80% de economia quando se comparam papéisreciclados simples com papéis virgens feitoscom pasta de refinador.
Redução da "conta do lixo": o Brasil, no entanto, só recicla 30% do seu consumode papéis, papelões e cartões.
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Utilização de Fibras Vegetais - Compósitos
Cargas (“fillers”) são materiais sólidos, insolúveis, que são adicionadosaos polímeros durante o processamento em quantidades suficientespara diminuir o custo final ou para alterar de forma controlada algumade suas propriedades físicas.
A combinação produz um material heterogêneo com duas ou mais fasessólidas distintas, comumente chamado de composto.
Tipos principais de cargas:• enchimento: apenas reduzem o custo do produto (compostos inorgânicos -
carbonatos, CaCO3, asbestos, argilas, talco, Mg3(Si4O10)(OH)2, ….)
• de reforço: alteram as propriedades mecânicas do produto (fibras de vidro, fibras vegetais, fibras poliméricas, polímeros auto-reforçados, negro de fumo)
• funcionais: alteram propriedades específicas do produto, como condutividadeelétrica, isolamento térmico e acústico, etc.
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Compósitos reforçados com fibras vegetais
Vantagens:• são produzidas por fontes renováveis.• são biodegradáveis• menos abrasivas ao equipamento de processamento• podem ser incineradas• melhor capacidade de isolamento térmico e sonoro• mais leves.• sua produção pode resolver problemas sociais no campo• menor custo
Desvantagem:• não podem ser reciclados por métodos mecânicos, somente por métodos
térmicos
Compósitos reforçados com fibras vegetais: a maior parte das peças éproduzida por termoformagem ou moldagem por compressão.
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Compósitos reforçados com fibras vegetais: algumas fibras usadas e suas propriedades
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Curauá:planta amazônicamesma família do abacaxi
Fibra:quando seca lembra o sisal na aparênciamuito macia ao tatotem grande resistência mecânicacapacidade de suportar tensões elevadassubstituta natural da fibra de vidro
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Quitina: polímero natural, constituinte de uma variedade de animais marinhos(cabeça de camarão, casca de lagosta e carapaças de caranguejo), insetose fungos.
Quitosana: biopolímero produzido a partir da desacetilação da quitina
beneficiamento de camarão resulta em 35% de resíduos (cascas e cabeças)
30.000 t / ano ≅ 1.440.000 t de rejeitos ricosem quitina
Composição das cascas secas de crustáceos:
15-20% de quitina25-40% de proteína40-55% de carbonato de cálciopigmentos e lipídeos (pequena quantidade)
Produtos Industriais a partir de outros resíduos polissacarídicos
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Usos:coadjuvantes na redução do colesterol, na perdade peso (captura e a eliminação de gorduras pormecanismo de excreção de ácidos biliares)controle de doenças (artrose)processos de purificação e tratamento de águamanufatura de lentes de contatoramo cosmético (ingrediente na fabricação de xampus e loções)
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Produtos Industriais a partir de outros resíduos polissacarídicos
Inulina:encontrada em espécies como a dália, a alcachofra de Jerusalém(topinambur) e a chicóriaconstitui aproximadamente 72 a 80% da matéria secapotencial para aplicação industrial - chicória (Cichorium intybus) e a alcachofra de Jerusalém (Helianthus tuberosus L.)raízes de chicória - utilizada para produção industrial da inulina naBélgica, França e Holanda
Produtores mundiais: ORAFTI - www.orafti.comCOSUCRA - www.cosucra.com
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BiopolímerosMateriais poliméricos classificados estruturalmente como
polissacarídeos, políésteres ou poliamidas
Matéria-prima principal: fonte de carbono renovávelcarboidrato derivado de plantios comerciais de larga escala: cana-de-açúcar, milho, batata, trigo e beterrabaóleo vegetal extraído de soja, girassol, palma ou outra planta oleaginosa
Biopolímeros de maior importância: polilactato (PLA)polihidroxialcanoato (PHA)polímeros de amido (PA) xantana (Xan)
Mercado (2002) ≅ 60.000 t; taxa de crescimento > 20% a.a.
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POLÍMEROS DE AMIDOAmido desestruturado ou gelatinizado: material termoplástico obtido por um rearranjo intermolecular (desestruturação das cadeias do amido), quando o amido é extrudadoem extrusoras simples ou de duplarosca com plastificantes
Amido complexado: amidodesestruturado misturado com outrospolímeros advindos do petróleo (álcoolpolivinílico e poli-caprolactona) ou com outros bioplásticos (poli-3-hidroxibutirato-co-3-hidroxivalerato, polilactatos e polibutileno succinato)
Amidos modificados: uso de métodos químicos para substituir parte dos radicais –OH das cadeias de amilose e amilopectina por grupos éter ou éster
Usos: filmes de recobrimentos, material para enchimento de embalagens e filmes para sacos de lixos
Principal produtor: Novamont (Itália) - 50.000 t/a (Mater-Bi®)
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POLILACTATOS (PLA)poliésteres alifáticos obtidos por polimerização do ácido lático que pode ser encontrado na forma de dois isômeros ópticos (L,D ácido lático)
Usos: embalagens (70%), fibras e têxtil, agricultura, eletrônicos, aparelhos e aparatos domésticos
Principal produtor: Cargill-Dow (EUA) - 100.000 t/a
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POLIHIDROXIALCANOATOS (PHA)poliésteres completamente biodegradáveis em ambientes microbiologicamente ativos, biocompatíveis, podendo ser biossintetisados por bactérias ou por plantas geneticamente modificadas.
Biossíntese de PHA por bactérias:excesso de fonte de carbono e a limitação de pelo menos um nutriente necessário à multiplicação das células (N, P, Mg, Fe, etc.)o polímero é acumulado dentro das células bacterianas em forma de grânulos, atingindo até cerca de 90% de sua massa em base seca
Usos: peças feitas por termoformagem e injeção em moldes, filmes extrudados, fios, entre outros.área médica - fios de sutura, moldes para engenharia de tecidos e matriz para liberação controlada de fármacos.
Principais produtores:Mitsubishi (Japão) - PHB a partir de metanol, Biogreen®PHB Industrial (Brasil) - PHB de sacarose extraída de cana-de-açúcar, Biocycle®Zeneca Bioproducts (antiga ICI) - PHB/HV a partir da mistura de glicose e ácido propiônico, Biopol®
Monsanto Metabolix (EUA)Procter & Gamble (EUA) - PHB/HHx a partir de glicose e óleos vegetais (óleo de palma), Nodax®
Kaneka Co (Japão)
PHB - homopolímero poli(3-hidroxibutirato) PHB/HV - copolímero de poli(3-hidroxibutirato) e 3-hidroxivaleratoPHB/HHx - copolímero de poli(3-hidroxibutirato) e 3-hidroxihexanoato
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POLIÉSTERES ALIFÁTICOS – AROMÁTICOS (PAA)
produzidos a partir de um diol copolimerizado com um ou mais ácidos dicarboxílicosmuitos dos diais e diácidos utilizados para síntese química destes polímeros podem ser produzidos a partir de matéria primas renováveis
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Glicose (proveniente do amido de milho) é convertida a glicerol e a seguir a 1,3-propanodiol por E. coli geneticamente modificada.
Usos: substituição em aplicações que utilizam Nylon (fibras para confecções e carpetes) e PET (frascos e garrafas)
Produtor: DuPont
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Produtor: DSM
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AA é polimerizado com hexametilenodiamina (HMD) para dar Nylon 66
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GOMA XANTANA
Fator crítico na produção comercial de xantana:custo do meio de fermentação (glicose ou sacarose, extrato de levedura, peptona, nitrato de amônia ouuréia e sais)
Usos: estabilizante em substitutos de clara de ovos(merengues, “nougat”, doces e sorvetes)
para aumentar a viscosidade em molhos de tomate
Produção mundial ≅ 30.000 t/aPrincipais produtores: Kelco (EUA), Rhône-Poulenc e
Mero-Rousselot-Santia (França), Pfizer (EUA)
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O desafio atual para os bioplásticos, é a redução dos custos ao mesmo nível dos congêneres produzidos a partir de petróleo.
preço médio atual ≅ US$ 4,00 / kgpolipropileno comercializado atualmente ≅ US$ 1,5/kg
ganhos de escala de produção, rotas tecnológicas otimizadas e a intensificação do uso de fontes renováveis de matérias primas e
energia de baixo custo
O custo das matérias-primas representam importante papel no custo de produção destes bioplásticos.
Objetivos a serem perseguidos:aumento dos fatores de conversão das fontes de carbono a bioplásticosuso de resíduos (municipais, agrícolas, industriais) de baixo custo comofontes de carbonomodulação da composição dos polímeros para ampliação de suas aplicações
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POTENCIAL DE SUBSTITUIÇÃO DOS POLÍMEROS CONVENCIONAIS POR BIOPLÁSTICOS
Principais áreas: embalagens, descartáveis e fibras têxteis
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CAPACIDADE E DEMANDA ATUAL DE BIOPLÁSTICOS
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CAPACIDADE E DEMANDA ATUAL DE BIOPLÁSTICOS
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CAPACIDADE E DEMANDA ATUAL DE BIOPLÁSTICOS
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CAPACIDADE E DEMANDA ATUAL DE BIOPLÁSTICOS
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CAPACIDADE E DEMANDA ATUAL DE BIOPLÁSTICOS
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Grau de preferência de matérias-primas renováveis na produção de biopolímeros
Custo de produção do açúcar:Cana (Brasil): ≅ US$ 200/ton Sacarose (China): US$ 700/tonBeterraba (Europa): US$ 1000/tonMilho (EUA) ≅ US$ 450/ton
Custo de produção do amido:Mandioca (Brasil): US$ 262/tonMilho (EUA): ≅ US$ 478/ton
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Custo de produção de biopolímeros a partir de diferentes matérias-primas
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Atual estágio de desenvolvimento dos biopolímerose perspectiva de produção
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