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Sucessão testamentária. Sucessão testamentária. Conceito, conteúdo e Conceito, conteúdo e características do testamento. características do testamento. Formas testamentárias no Formas testamentárias no Código Civil de 2002. A Código Civil de 2002. A capacidade de testar. O capacidade de testar. O codicilo. codicilo. Prof.: Prof.: André Borges de Carvalho Barros André Borges de Carvalho Barros Mestrando em Direito Civil Comparado pela PUC/SP, sob a Mestrando em Direito Civil Comparado pela PUC/SP, sob a orientação da Profª. Drª. Maria Helena Diniz. orientação da Profª. Drª. Maria Helena Diniz. Especialista em Direito Processual Civil pela PUC/SP. Especialista em Direito Processual Civil pela PUC/SP. Professor de Direito Civil na Pós-Graduação da Escola Professor de Direito Civil na Pós-Graduação da Escola Paulista da Magistratura (EPM), da Escola Paulista de Paulista da Magistratura (EPM), da Escola Paulista de Direito (EPD) e da Escola Superior da Advocacia Direito (EPD) e da Escola Superior da Advocacia (ESA/SP). Professor de Direito Civil em cursos (ESA/SP). Professor de Direito Civil em cursos preparatórios para concursos públicos da Rede de Ensino preparatórios para concursos públicos da Rede de Ensino Luiz Flávio Gomes (LFG) em São Paulo.

Prof.: André Borges de Carvalho Barros

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Sucessão testamentária. Conceito, conteúdo e características do testamento. Formas testamentárias no Código Civil de 2002. A capacidade de testar. O codicilo. Prof.: André Borges de Carvalho Barros - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Prof.: André Borges de Carvalho Barros

Sucessão testamentária. Conceito, Sucessão testamentária. Conceito, conteúdo e características do conteúdo e características do testamento. Formas testamentárias no testamento. Formas testamentárias no Código Civil de 2002. A capacidade de Código Civil de 2002. A capacidade de testar. O codicilo.testar. O codicilo.

Prof.:Prof.:André Borges de Carvalho BarrosAndré Borges de Carvalho Barros

Mestrando em Direito Civil Comparado pela PUC/SP, sob a orientação da Mestrando em Direito Civil Comparado pela PUC/SP, sob a orientação da Profª. Drª. Maria Helena Diniz. Especialista em Direito Processual Civil Profª. Drª. Maria Helena Diniz. Especialista em Direito Processual Civil pela PUC/SP. Professor de Direito Civil na Pós-Graduação da Escola pela PUC/SP. Professor de Direito Civil na Pós-Graduação da Escola Paulista da Magistratura (EPM), da Escola Paulista de Direito (EPD) e da Paulista da Magistratura (EPM), da Escola Paulista de Direito (EPD) e da Escola Superior da Advocacia (ESA/SP). Professor de Direito Civil em Escola Superior da Advocacia (ESA/SP). Professor de Direito Civil em cursos preparatórios para concursos públicos da Rede de Ensino Luiz cursos preparatórios para concursos públicos da Rede de Ensino Luiz Flávio Gomes (LFG) em São Paulo.Flávio Gomes (LFG) em São Paulo.

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1. SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA1. SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA

ConceitoConceito É subsidiária ou principal (É subsidiária ou principal (favor testamentifavor testamenti) ?) ?

Princípio da limitada liberdade de testarPrincípio da limitada liberdade de testar Parte legítima e disponívelParte legítima e disponível

EMENTA: AÇÃO ANULATÓRIA. DOAÇÃO DE ASCENDENTE A EMENTA: AÇÃO ANULATÓRIA. DOAÇÃO DE ASCENDENTE A DESCENDENTE, EM VIDA. ADIANTAMENTO DA LEGÍTIMA. DESCENDENTE, EM VIDA. ADIANTAMENTO DA LEGÍTIMA. DOAÇÃO QUE EXCEDE O QUE O DONATÁRIO PODERIA DISPOR DOAÇÃO QUE EXCEDE O QUE O DONATÁRIO PODERIA DISPOR EM TESTAMENTO. NULIDADE PARCIAL. EM TESTAMENTO. NULIDADE PARCIAL. A doação dos pais aos A doação dos pais aos filhos é possível, desde que respeitada a legítima, não podendo a filhos é possível, desde que respeitada a legítima, não podendo a doação, nos termos do doação, nos termos do art. 549 do Código Civil, exceder a parte de que , exceder a parte de que o doador poderia dispor em testamento. o doador poderia dispor em testamento. (TJMG; APCV (TJMG; APCV 1.0223.04.136213-6/0011; Divinópolis; Décima Terceira Câmara Cível; 1.0223.04.136213-6/0011; Divinópolis; Décima Terceira Câmara Cível; Rel. Des. Francisco Kupidlowski; Julg. 17/12/2009; DJEMG Rel. Des. Francisco Kupidlowski; Julg. 17/12/2009; DJEMG 01/02/2010)01/02/2010)  

Page 3: Prof.: André Borges de Carvalho Barros

Distinção entre os filhos no testamentoDistinção entre os filhos no testamento

EMENTA: SUCESSÃO. AÇÃO ORDINÁRIA DE NULIDADE DE EMENTA: SUCESSÃO. AÇÃO ORDINÁRIA DE NULIDADE DE TESTAMENTO. PAI QUE CONTEMPLA EM TESTAMENTO TESTAMENTO. PAI QUE CONTEMPLA EM TESTAMENTO APENAS ALGUNS FILHOS EM DETRIMENTO DE OUTROS, APENAS ALGUNS FILHOS EM DETRIMENTO DE OUTROS, MAS SEM INVADIR A LEGÍTIMA. OBSERVANCIA DA FORMA MAS SEM INVADIR A LEGÍTIMA. OBSERVANCIA DA FORMA LEGAL. LEGAL. 1. Não havendo qualquer vício ou causa determinante 1. Não havendo qualquer vício ou causa determinante de invalidação da disposição de última vontade, tem-se como de invalidação da disposição de última vontade, tem-se como hígido o testamento. 2. Não se verifica o rompimento do hígido o testamento. 2. Não se verifica o rompimento do testamento, quando o testador já conhecia todos os seus testamento, quando o testador já conhecia todos os seus herdeiros necessários, e manifestou de forma inequívoca a sua herdeiros necessários, e manifestou de forma inequívoca a sua intenção de beneficiar apenas alguns dos filhos, em detrimentos intenção de beneficiar apenas alguns dos filhos, em detrimentos de outros, mas deverão ser respeitados os respectivos quinhões de outros, mas deverão ser respeitados os respectivos quinhões legitimários de cada herdeiro necessário. Recurso desprovido. legitimários de cada herdeiro necessário. Recurso desprovido. (TJRS; AC 70023452782; Porto Alegre; Sétima Câmara Cível; (TJRS; AC 70023452782; Porto Alegre; Sétima Câmara Cível; Rel. Des. Sérgio Fernando Silva de Vasconcellos Chaves; Julg. Rel. Des. Sérgio Fernando Silva de Vasconcellos Chaves; Julg. 30/07/2008; DOERS 05/08/2008; Pág. 33)30/07/2008; DOERS 05/08/2008; Pág. 33)

Page 4: Prof.: André Borges de Carvalho Barros

2. TESTAMENTO 2. TESTAMENTO

ConceitoConceito

ConteúdoConteúdo Art. 1.857. Toda pessoa capaz pode dispor, por Art. 1.857. Toda pessoa capaz pode dispor, por testamento, da totalidade dos seus bens, ou de parte testamento, da totalidade dos seus bens, ou de parte deles, para depois de sua mortedeles, para depois de sua morte

Atos extrapatrimoniaisAtos extrapatrimoniais Ex: reconhecimento filhos, nomeação de tutor, Ex: reconhecimento filhos, nomeação de tutor, confissão de fato, instruções para o funeral, confissão de fato, instruções para o funeral, disposição do corpo (doação disposição do corpo (doação post mortempost mortem) etc.) etc.

Page 5: Prof.: André Borges de Carvalho Barros

2.1. CARACTERÍSTICAS DO 2.1. CARACTERÍSTICAS DO TESTAMENTO TESTAMENTO

A) A) Mortis CausaMortis Causa

B) UnilateralB) Unilateral

C) GratuitoC) Gratuito

D) Formal D) Formal

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EMENTA: DIREITO DAS SUCESSÕES. TESTAMENTO PÚBLICO. EMENTA: DIREITO DAS SUCESSÕES. TESTAMENTO PÚBLICO. FORMALIDADES. OBSERVÂNCIA. INTERPRETAÇÃO FINALÍSTICA. FORMALIDADES. OBSERVÂNCIA. INTERPRETAÇÃO FINALÍSTICA. IDONEIDADE PSÍQUICA DO TESTADOR. RESPEITO À SUA VONTADE. IDONEIDADE PSÍQUICA DO TESTADOR. RESPEITO À SUA VONTADE. Não se ignora que o testamento perfaz-se em ato formal e solene, tampouco Não se ignora que o testamento perfaz-se em ato formal e solene, tampouco que as exigências formais trazidas pelo legislador nada mais objetivam senão que as exigências formais trazidas pelo legislador nada mais objetivam senão preservar a coincidência entre a externação da vontade do testador com o seu preservar a coincidência entre a externação da vontade do testador com o seu querer interno. É dizer, os requisitos formais possuem o escopo precípuo de querer interno. É dizer, os requisitos formais possuem o escopo precípuo de assegurar a liberdade daquele que persegue uma distribuição mais equânime assegurar a liberdade daquele que persegue uma distribuição mais equânime de seu patrimônio, tendo em vista seus próprios princípios e valores. Em última de seu patrimônio, tendo em vista seus próprios princípios e valores. Em última análise busca-se a proteção da legitimidade da (última) declaração de vontade análise busca-se a proteção da legitimidade da (última) declaração de vontade do testador. Com esteio na doutrina e jurisprudência mais recentes e flexíveis à do testador. Com esteio na doutrina e jurisprudência mais recentes e flexíveis à interpretação das exigências testamentárias, porém, observa-se que deve interpretação das exigências testamentárias, porém, observa-se que deve prevalecer a vontade do prevalecer a vontade do de cujusde cujus, se não há nos autos nenhum elemento que , se não há nos autos nenhum elemento que afaste a presunção de legitimidade daquele ato, tampouco que infirme a afaste a presunção de legitimidade daquele ato, tampouco que infirme a capacidade mental do testador, ainda mais na forma pública, que conta com a capacidade mental do testador, ainda mais na forma pública, que conta com a presunção de veracidade de documento público. Tal raciocínio intenta fazer presunção de veracidade de documento público. Tal raciocínio intenta fazer valer a finalidade do ato, em detrimento do simples rigorismo formal, valer a finalidade do ato, em detrimento do simples rigorismo formal, dissonante com as especificidades do caso concreto. dissonante com as especificidades do caso concreto. (TJMG; APCV (TJMG; APCV 1.0543.08.003290-6/0011; Resplendor; Quinta Câmara Cível; Relª Desª Maria 1.0543.08.003290-6/0011; Resplendor; Quinta Câmara Cível; Relª Desª Maria Elza; Julg. 02/04/2009; DJEMG 22/04/2009)Elza; Julg. 02/04/2009; DJEMG 22/04/2009)

Page 7: Prof.: André Borges de Carvalho Barros

E) Personalíssimo: E) Personalíssimo:

– proibição do testamento conjuntivo (de proibição do testamento conjuntivo (de mão mão

comumcomum))

FundamentoFundamento

– Modalidades de testamento conjuntivo:Modalidades de testamento conjuntivo:

Testamento simultâneoTestamento simultâneo

Testamento recíprocoTestamento recíproco

Testamento correspectivoTestamento correspectivo

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F) RevogávelF) Revogável– Art. 1.858. O testamento é ato personalíssimo, Art. 1.858. O testamento é ato personalíssimo,

podendo ser mudado a qualquer tempo.podendo ser mudado a qualquer tempo.

EMENTA: TESTAMENTO. REVOGAÇÃO. ESCRITURA EMENTA: TESTAMENTO. REVOGAÇÃO. ESCRITURA PÚBLICA. CUMPRIMENTO DAS FORMALIDADES PÚBLICA. CUMPRIMENTO DAS FORMALIDADES LEGAIS. IMPOSSIBILIDADE. LEGAIS. IMPOSSIBILIDADE. Para revogação do Para revogação do testamento, não precisa de nomes, nem de ser testamento, não precisa de nomes, nem de ser testamentos, o que lhes exige é que obedeçam ao modo e testamentos, o que lhes exige é que obedeçam ao modo e à forma que foi feito o testamento. Se o testamento foi à forma que foi feito o testamento. Se o testamento foi lavrado em cartório de notas e adquiriu a qualidade de lavrado em cartório de notas e adquiriu a qualidade de instrumento público, só pode ser revogado ou reformado instrumento público, só pode ser revogado ou reformado por outro instrumento público, também lavrado no cartório. por outro instrumento público, também lavrado no cartório. (TJMG; APCV 1.0016.08.077511-3/0011; Alfenas; (TJMG; APCV 1.0016.08.077511-3/0011; Alfenas; Segunda Câmara Cível; Rel. Des. Mário Lúcio Carreira Segunda Câmara Cível; Rel. Des. Mário Lúcio Carreira Machado; Julg. 19/05/2009; DJEMG 23/06/2009)Machado; Julg. 19/05/2009; DJEMG 23/06/2009)

Page 9: Prof.: André Borges de Carvalho Barros

3. CAPACIDADE TESTAMENTÁRIA3. CAPACIDADE TESTAMENTÁRIA

Regra: pessoas capazes + pleno Regra: pessoas capazes + pleno discernimentodiscernimento

Exceção: menores de 16 anosExceção: menores de 16 anos

Crítica doutrinária: ébrios, alcoólatras, Crítica doutrinária: ébrios, alcoólatras, pródigos etc.pródigos etc.

Projeto de Lei 276/2007: Art. 1.860: Além dos Projeto de Lei 276/2007: Art. 1.860: Além dos absolutamente incapazes, não podem testar os absolutamente incapazes, não podem testar os que, no ato de fazê-lo, não tiverem o necessário que, no ato de fazê-lo, não tiverem o necessário discernimento.discernimento.

Lei aplicável (Lei aplicável (tempus regit actumtempus regit actum))

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4. FORMAS DE TESTAMENTO4. FORMAS DE TESTAMENTO

ORDINÁRIAS (COMUNS)ORDINÁRIAS (COMUNS) Testamento públicoTestamento público

Testamento cerradoTestamento cerrado

Testamento particularTestamento particular

EXTRAORDINÁRIAS (ESPECIAIS)EXTRAORDINÁRIAS (ESPECIAIS) Marítimo e AeronáuticoMarítimo e Aeronáutico

MilitarMilitar

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5. TESTAMENTO PÚBLICO5. TESTAMENTO PÚBLICO

ConceitoConceito

Quem pode lavrar? Quem pode lavrar? Capacidade do substituto: Art. 20, § 4º da Lei Capacidade do substituto: Art. 20, § 4º da Lei 8.935/94 x Art. 1.864, I, do CC/028.935/94 x Art. 1.864, I, do CC/02

Tabelião e Escrivão não podem ser herd/legat.Tabelião e Escrivão não podem ser herd/legat.

Conduta do Tabelião (Art. 1.864)Conduta do Tabelião (Art. 1.864) Analisar o discernimento do testadorAnalisar o discernimento do testador

O testador pode apresentar minutasO testador pode apresentar minutas

O testamento deve ser lidoO testamento deve ser lido

Deve ser assinado pelo testador, testemunhas e Deve ser assinado pelo testador, testemunhas e tabeliãotabelião

Page 12: Prof.: André Borges de Carvalho Barros

Se o testador não souber ou não puder Se o testador não souber ou não puder assinarassinar

Pessoa surdaPessoa surda

Pessoa cegaPessoa cegaArt. 1.867. Ao cego só se permite o testamento Art. 1.867. Ao cego só se permite o testamento público, que lhe será lido, em voz alta, duas vezes, público, que lhe será lido, em voz alta, duas vezes, uma pelo tabelião ou por seu substituto legal, e a uma pelo tabelião ou por seu substituto legal, e a outra por uma das testemunhas, designada pelo outra por uma das testemunhas, designada pelo testador.testador.

Qual a conseqüência da não leitura do Qual a conseqüência da não leitura do testamento?testamento?

Page 13: Prof.: André Borges de Carvalho Barros

Publicidade do testamento públicoPublicidade do testamento público– Comunicação aos órgãos interessadosComunicação aos órgãos interessados– Registro Central de Testamentos (SP)Registro Central de Testamentos (SP)

Provimento 25/05 da CRJ/SPProvimento 25/05 da CRJ/SP

– Acesso ao conteúdo do testamentoAcesso ao conteúdo do testamento Projeto de Lei 276/07: Art. 1.864, §2º: A certidão Projeto de Lei 276/07: Art. 1.864, §2º: A certidão do testamento público, enquanto vivo o testador, do testamento público, enquanto vivo o testador, só poderá ser fornecida a requerimento deste e ou só poderá ser fornecida a requerimento deste e ou por ordem judicial”.por ordem judicial”.

SP: restrição (Provimento 25/05 da CRJ/SP)SP: restrição (Provimento 25/05 da CRJ/SP)

Page 14: Prof.: André Borges de Carvalho Barros

5.1. REGRAS PROCESSUAIS5.1. REGRAS PROCESSUAIS

Requerimento de abertura do testamentoRequerimento de abertura do testamento

Auto de abertura (art. 1.125/CPC)Auto de abertura (art. 1.125/CPC)

Verificação de víciosVerificação de vícios Oitiva do MPOitiva do MP

Juiz determina: registro, arquivamento e Juiz determina: registro, arquivamento e cumprimentocumprimento

Termo de testamentariaTermo de testamentaria

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6. TESTAMENTO CERRADO6. TESTAMENTO CERRADO

ConceitoConceito

Inovações:Inovações: Redução do número de testemunhasRedução do número de testemunhas

Impossibilidade de ser efetuado por quem não Impossibilidade de ser efetuado por quem não sabe ler ou assinarsabe ler ou assinar

Possibilidade de ser escrito mecanicamentePossibilidade de ser escrito mecanicamente

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Formalidades (art. 1.868/CC)Formalidades (art. 1.868/CC) Entrega ao tabelião na presença de testemunhasEntrega ao tabelião na presença de testemunhas

Requerimento de aprovaçãoRequerimento de aprovação

Lavratura do auto de aprovaçãoLavratura do auto de aprovação

Leitura e assinatura do autoLeitura e assinatura do auto

Deve cerrar e coser o instrumentoDeve cerrar e coser o instrumento

Entrega do testamento ao testadorEntrega do testamento ao testador

Conhecimento do conteúdoConhecimento do conteúdo O escrivão pode conhecer o conteúdo?O escrivão pode conhecer o conteúdo?

O conteúdo do testamento irá constar em nota no O conteúdo do testamento irá constar em nota no tabelionato?tabelionato?

Page 17: Prof.: André Borges de Carvalho Barros

Não pode ser beneficiado:Não pode ser beneficiado: a pessoa que escreveu o testamento a pedido do a pessoa que escreveu o testamento a pedido do testadortestador

Cônjuge, companheiro, ascendente ou irmão de Cônjuge, companheiro, ascendente ou irmão de quem escreveu o testamentoquem escreveu o testamento

Tabelião ou escrivãoTabelião ou escrivão

As testemunhas do testamentoAs testemunhas do testamento

Quem pode fazer testamento cerrado?Quem pode fazer testamento cerrado? Analfabeto ou cegoAnalfabeto ou cego

Mudo ou surdo-mudoMudo ou surdo-mudo– Escrever a mão e pessoalmenteEscrever a mão e pessoalmente

SurdoSurdo

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6.1. REGRAS PROCESSUAIS6.1. REGRAS PROCESSUAIS

Apresentação do testamento em juízoApresentação do testamento em juízo

Verificação da integridade do testamentoVerificação da integridade do testamento

Abertura e leitura do testamentoAbertura e leitura do testamento

Lavratura e assinatura do auto de aberturaLavratura e assinatura do auto de abertura

Juiz determina: registro, arquivamento e Juiz determina: registro, arquivamento e

cumprimentocumprimento

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7. TESTAMENTO PARTICULAR7. TESTAMENTO PARTICULAR

Conceito e Principais inovações:Conceito e Principais inovações: Redução do número de testemunhasRedução do número de testemunhas

Possibilidade de ser escrito mecanicamentePossibilidade de ser escrito mecanicamente

Basta a confirmação por uma testemunha após a Basta a confirmação por uma testemunha após a abertura da sucessãoabertura da sucessão

EMENTA: TESTAMENTO PARTICULAR- PROCEDIMENTO DE EMENTA: TESTAMENTO PARTICULAR- PROCEDIMENTO DE CONFIRMAÇÃO. DOCUMENTO ASSINADO SOB A ÉGIDE DO CÓDIGO CONFIRMAÇÃO. DOCUMENTO ASSINADO SOB A ÉGIDE DO CÓDIGO CIVIL DE 1916. EXISTÊNCIA DE APENAS TRÊS TESTEMUNHAS CIVIL DE 1916. EXISTÊNCIA DE APENAS TRÊS TESTEMUNHAS INSTRUMENTÁRIAS. AUSÊNCIA DE REQUISITO ESSENCIAL. INSTRUMENTÁRIAS. AUSÊNCIA DE REQUISITO ESSENCIAL. Formalidade Formalidade que não pode ser mitigada, notadamente diante da impugnação por parte de que não pode ser mitigada, notadamente diante da impugnação por parte de uma das testemunhas e do órgão do ministério público. Petição inicial uma das testemunhas e do órgão do ministério público. Petição inicial indeferida. Sentença mantida - recurso improvido. indeferida. Sentença mantida - recurso improvido. (TJSP; APL-SRev (TJSP; APL-SRev 377.548.4/0; Ac. 3999694; São Paulo; Quinta Câmara de Direito Privado; Rel. 377.548.4/0; Ac. 3999694; São Paulo; Quinta Câmara de Direito Privado; Rel. Des. Erickson Gavazza Marques; Julg. 05/08/2009; DJESP 18/09/2009)Des. Erickson Gavazza Marques; Julg. 05/08/2009; DJESP 18/09/2009)

Page 20: Prof.: André Borges de Carvalho Barros

EMENTA: TESTAMENTO PARTICULAR. PEDIDO DE EMENTA: TESTAMENTO PARTICULAR. PEDIDO DE CONFIRMAÇÃO INDEFERIDO. INOBSERVÂNCIA DE FORMALIDADE CONFIRMAÇÃO INDEFERIDO. INOBSERVÂNCIA DE FORMALIDADE NECESSÁRIA. DUAS DAS TESTEMUNHAS SÃO TAMBÉM NECESSÁRIA. DUAS DAS TESTEMUNHAS SÃO TAMBÉM HERDEIRAS DA TESTADORA. INADMISSIBILIDADE. Existência de HERDEIRAS DA TESTADORA. INADMISSIBILIDADE. Existência de testamento público anterior, ao qual foi determinado cumprimento. testamento público anterior, ao qual foi determinado cumprimento. Sentença mantida. Recurso improvido. (TJSP; APL 994.09.282854-9; Sentença mantida. Recurso improvido. (TJSP; APL 994.09.282854-9; Ac. 4316930; São Paulo; Oitava Câmara de Direito Privado; Rel. Des. Ac. 4316930; São Paulo; Oitava Câmara de Direito Privado; Rel. Des. Caetano Lagrasta; Julg. 10/02/2010; DJESP 23/03/2010).Caetano Lagrasta; Julg. 10/02/2010; DJESP 23/03/2010).

EMENTA: TESTAMENTO. PARTICULAR. EXCEPCIONAL. Documento EMENTA: TESTAMENTO. PARTICULAR. EXCEPCIONAL. Documento lavrado de próprio punho, quando da iminência de o disponente, lavrado de próprio punho, quando da iminência de o disponente, temeroso de vir a falecer, ser submetido a cirurgia. Validade. temeroso de vir a falecer, ser submetido a cirurgia. Validade. Excepcionalidade devidamente declarada, consistente no temor da Excepcionalidade devidamente declarada, consistente no temor da morte quando do procedimento cirúrgico. Ausência de identificação das morte quando do procedimento cirúrgico. Ausência de identificação das testemunhas. Irrelevância. Dispensa das mesmas pelo art 1.879 do testemunhas. Irrelevância. Dispensa das mesmas pelo art 1.879 do CC. Recurso provido. (TJSP; APL-Rev 434.146.4/0; Ac. 2625277; São CC. Recurso provido. (TJSP; APL-Rev 434.146.4/0; Ac. 2625277; São Paulo; Sétima Câmara de Direito Privado; Rel. Des. Álvaro Passos; Paulo; Sétima Câmara de Direito Privado; Rel. Des. Álvaro Passos; Julg. 21/05/2008; DJESP 10/07/2008)Julg. 21/05/2008; DJESP 10/07/2008)

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Requisitos:Requisitos:– Holografia e autografiaHolografia e autografia

Escrito à mão: deve ser lido e assinado por quem Escrito à mão: deve ser lido e assinado por quem o escreveu, na presença de três testemunhas que o escreveu, na presença de três testemunhas que também devem assinar.também devem assinar.

Escrito de forma mecânica: não pode conter Escrito de forma mecânica: não pode conter rasuras ou espaços em branco (testem. + assin.)rasuras ou espaços em branco (testem. + assin.)

– Escrito em língua estrangeiraEscrito em língua estrangeira– Deve conter data e local?Deve conter data e local?

Qual a conseqüência se for escrito a Qual a conseqüência se for escrito a rogo?rogo?

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EMENTA: Testamento particular. Hipótese em que EMENTA: Testamento particular. Hipótese em que escrito sob ditado do testador, na presença de escrito sob ditado do testador, na presença de cinco testemunhas, que confirmaram o fato em cinco testemunhas, que confirmaram o fato em juízo, assim como que o texto lhes foi lido, não juízo, assim como que o texto lhes foi lido, não havendo dúvida de que subscrito pelo autor das havendo dúvida de que subscrito pelo autor das declarações. Validade reconhecida, como declarações. Validade reconhecida, como afastamento da interpretação literal do art. 1.645 afastamento da interpretação literal do art. 1.645 do Código Civil (STJ, REsp 21.026/RJ, Rel. Min. do Código Civil (STJ, REsp 21.026/RJ, Rel. Min. Eduardo Ribeiro, j. 19/04/94).Eduardo Ribeiro, j. 19/04/94).

Page 23: Prof.: André Borges de Carvalho Barros

7.1. REGRAS PROCESSUAIS7.1. REGRAS PROCESSUAIS

Publicação (apresentação do testamento Publicação (apresentação do testamento em juízo)em juízo)

Intimação dos herdeiros, legatários e do Intimação dos herdeiros, legatários e do MP para inquirição das testemunhasMP para inquirição das testemunhas

Confirmação pelas testemunhas: Confirmação pelas testemunhas: – Art. 1.878/CC x Art. 1.133/CPCArt. 1.878/CC x Art. 1.133/CPC– Regra e exceção:Regra e exceção:

Page 24: Prof.: André Borges de Carvalho Barros

REGRA: Art. 1.878. Se as testemunhas forem contestes REGRA: Art. 1.878. Se as testemunhas forem contestes sobre o fato da disposição, ou, ao menos, sobre a sua sobre o fato da disposição, ou, ao menos, sobre a sua leitura perante elas, e se reconhecerem as próprias leitura perante elas, e se reconhecerem as próprias assinaturas, assim como a do testador, o testamento será assinaturas, assim como a do testador, o testamento será confirmado.confirmado.

Parágrafo único. Se faltarem testemunhas, por morte ou Parágrafo único. Se faltarem testemunhas, por morte ou ausência, e se pelo menos uma delas o reconhecer, o ausência, e se pelo menos uma delas o reconhecer, o testamento poderá ser confirmado, se, a critério do juiz, testamento poderá ser confirmado, se, a critério do juiz, houver prova suficiente de sua veracidade.houver prova suficiente de sua veracidade.

EXCEÇÃO: Art. 1.879. Em circunstâncias excepcionais EXCEÇÃO: Art. 1.879. Em circunstâncias excepcionais declaradas na cédula, o testamento particular de próprio declaradas na cédula, o testamento particular de próprio punho e assinado pelo testador, sem testemunhas, poderá punho e assinado pelo testador, sem testemunhas, poderá ser confirmado, a critério do juiz.ser confirmado, a critério do juiz.

Page 25: Prof.: André Borges de Carvalho Barros

8. TESTAMENTO MARÍTIMO 8. TESTAMENTO MARÍTIMO OU AERONÁUTICOOU AERONÁUTICO

ConceitoConceitoArt. 1.888. Quem estiver em viagem, a bordo de Art. 1.888. Quem estiver em viagem, a bordo de navio nacional, de guerra ou mercante, pode testar navio nacional, de guerra ou mercante, pode testar perante o comandante, em presença de duas perante o comandante, em presença de duas testemunhas, por forma que corresponda ao testemunhas, por forma que corresponda ao testamento público ou ao cerradotestamento público ou ao cerrado

Art. 1.889. Quem estiver em viagem, a bordo de Art. 1.889. Quem estiver em viagem, a bordo de aeronave militar ou comercial, pode testar perante aeronave militar ou comercial, pode testar perante pessoa designada pelo comandante, observado o pessoa designada pelo comandante, observado o disposto no artigo antecedente.disposto no artigo antecedente.

Qual é a Qual é a ratio legisratio legis??

Page 26: Prof.: André Borges de Carvalho Barros

Requisitos:Requisitos: Correspondência ao testamento público ou cerrado.Correspondência ao testamento público ou cerrado.

A solenidade deve ser analisada de forma rigorosa?A solenidade deve ser analisada de forma rigorosa?

Registro do testamento no diário de bordoRegistro do testamento no diário de bordo

Dever de guardar o testamentoDever de guardar o testamento

Eficácia do testamento:Eficácia do testamento:Art. 1.891. Caducará o testamento marítimo, ou Art. 1.891. Caducará o testamento marítimo, ou aeronáutico, se o testador não morrer na viagem, aeronáutico, se o testador não morrer na viagem, nem nos noventa dias subseqüentes ao seu nem nos noventa dias subseqüentes ao seu desembarque em terra, onde possa fazer, na forma desembarque em terra, onde possa fazer, na forma ordinária, outro testamento.ordinária, outro testamento.

Page 27: Prof.: André Borges de Carvalho Barros

9. TESTAMENTO MILITAR9. TESTAMENTO MILITAR

Art. 1.893. O testamento dos militares e demais Art. 1.893. O testamento dos militares e demais pessoas a serviço das Forças Armadas em pessoas a serviço das Forças Armadas em campanha, dentro do País ou fora dele, assim campanha, dentro do País ou fora dele, assim como em praça sitiada, ou que esteja de como em praça sitiada, ou que esteja de comunicações interrompidas, poderá fazer-se, comunicações interrompidas, poderá fazer-se, não havendo tabelião ou seu substituto legal, não havendo tabelião ou seu substituto legal, ante duas, ou três testemunhas, se o testador ante duas, ou três testemunhas, se o testador não puder, ou não souber assinar, caso em que não puder, ou não souber assinar, caso em que assinará por ele uma delas.assinará por ele uma delas.

Page 28: Prof.: André Borges de Carvalho Barros

Formas do testamento militar:Formas do testamento militar:– Correspondente ao testamento públicoCorrespondente ao testamento público

Art. 1.893Art. 1.893

– Correspondente ao testamento cerradoCorrespondente ao testamento cerrado Art. 1.894Art. 1.894

– NuncupativoNuncupativo Art. 1.896Art. 1.896

Eficácia do testamento militar:Eficácia do testamento militar:Art. 1.895. Caduca o testamento militar, desde que, Art. 1.895. Caduca o testamento militar, desde que, depois dele, o testador esteja, noventa dias seguidos, depois dele, o testador esteja, noventa dias seguidos, em lugar onde possa testar na forma ordinária, salvo em lugar onde possa testar na forma ordinária, salvo se esse testamento apresentar as solenidades se esse testamento apresentar as solenidades prescritas no parágrafo único do artigo antecedente.prescritas no parágrafo único do artigo antecedente.

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10. CODICILO10. CODICILO

ConceitoConceitoArt. 1.881. Toda pessoa capaz de testar poderá, Art. 1.881. Toda pessoa capaz de testar poderá, mediante escrito particular seu, datado e assinado, mediante escrito particular seu, datado e assinado, fazer disposições especiais sobre o seu enterro, fazer disposições especiais sobre o seu enterro, sobre esmolas de pouca monta a certas e sobre esmolas de pouca monta a certas e determinadas pessoas, ou, indeterminadamente, aos determinadas pessoas, ou, indeterminadamente, aos pobres de certo lugar, assim como legar móveis, pobres de certo lugar, assim como legar móveis, roupas ou jóias, de pouco valor, de seu uso pessoal.roupas ou jóias, de pouco valor, de seu uso pessoal.

Como deve ser auferido o valor dos bens?Como deve ser auferido o valor dos bens?

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O que acontece se o bem disposto no O que acontece se o bem disposto no codicilo não for de pouco valor? codicilo não for de pouco valor?

É possível a concomitância de testamento É possível a concomitância de testamento e codicilo?e codicilo?

Pode ser feito de forma datilografada?Pode ser feito de forma datilografada? Projeto 276/07: Art. 1.881, par. único: o escrito Projeto 276/07: Art. 1.881, par. único: o escrito particular pode ser redigido ou digitado particular pode ser redigido ou digitado mecanicamente, desde que seu autor enumere e mecanicamente, desde que seu autor enumere e autentique, com a sua assinatura, todas as páginas.autentique, com a sua assinatura, todas as páginas.

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Revogação do codiciloRevogação do codicilo Expressa ou tácitaExpressa ou tácita

Testamento posteriorTestamento posterior

EMENTA: SUCESSÃO MORTIS CAUSA. CODICILO. EMENTA: SUCESSÃO MORTIS CAUSA. CODICILO. REVOGAÇÃO. TESTAMENTO. AGRAVO. DECISÃO PROFERIDA REVOGAÇÃO. TESTAMENTO. AGRAVO. DECISÃO PROFERIDA EM INVENTÁRIO. SUCESSÃO "MORTIS CAUSA". CODICILO. EM INVENTÁRIO. SUCESSÃO "MORTIS CAUSA". CODICILO. NEGATIVA. Carta dirigida a advogado manifestando a intenção de NEGATIVA. Carta dirigida a advogado manifestando a intenção de beneficiar irmão. Testamento posterior não confirmando as supostas beneficiar irmão. Testamento posterior não confirmando as supostas disposições codicilares. O codicilo não revoga o testamento mas disposições codicilares. O codicilo não revoga o testamento mas este revoga aquele. Decisão correta. Não reconhecido o codicilo. este revoga aquele. Decisão correta. Não reconhecido o codicilo. Recurso desprovido. (TJRJ; AI 2034/1995; Rio de Janeiro; Quinta Recurso desprovido. (TJRJ; AI 2034/1995; Rio de Janeiro; Quinta Câmara Cível; Rel. Des. Marcus Faver; Julg. 13/02/1996).Câmara Cível; Rel. Des. Marcus Faver; Julg. 13/02/1996).

Codicilo cerradoCodicilo cerrado Art. 1.885. Se estiver fechado o codicilo, abrir-se-á Art. 1.885. Se estiver fechado o codicilo, abrir-se-á do mesmo modo que o testamento cerrado.do mesmo modo que o testamento cerrado.