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PORTUGUÊS Prof. Carlos Zambeli Transcrição | Aula 01 INSS

Prof. Carlos Zambeli...INSS (Superação) – Português – Prof. Carlos Zambeli 5 Antes de seguir a matéria, quero te mostrar uma coisa. Assim, o português é igual a vida. Na

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PORTUGUÊSProf. Carlos Zambeli

Transcrição | Aula 01

INSS

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Português

AULA 01

Oi pessoal de casa! Eu sou o Zambeli, professor de português aqui da casa do concurseiro, e hoje a gente vai ver uma aula muito especial, pois precisamos entender uma lógica do português. Essa é a aula introdutória da matéria. Portanto, é importante entender para que lado estamos correndo. Iniciando, as questões de português estão divididas em quatro partes, que são as seguintes:

1. Morfologia;2. Sintática;3. Semântica;4. Estilística (uma coisa que vem aparecendo recentemente em concurso).

Tudo isso apresentado para vocês é o objeto de estudo do português. Assim, pensa! A gente vai ter uma frase, que será retirada de algum texto. O problema vai ser entender para qual dessas partes do português a pergunta se refere.

Veja:

• A morfologia vai fazer uma análise do que as palavras são. Com isso, dando a classe dessa palavra.

• A análise sintática diz o que a palavra ou o conjunto de palavras fazem na frase. Chamamos de função sintática.

Se observarmos a Cespe, ela mistura classe e função na nomenclatura da questão. Então, como diferenciar isso? Ela normalmente fala “tal nome (retirado do texto) é classificado como sujeito”. Mas, isso porque ela usa como sinônimos as expressões. O certo seria exerce a função de sujeito, porém isso não deixa a questão errada. Não é esse o detalhe que vai tornar a questão errada.

• Na Semântica, observamos o que “ele” diz. O sentido da frase ou do período, ou seja, o que eu interpreto do que tá escrito.

• Estilística é uma relação de certo ou errado, uma discussão da prática e da teoria, aqui entram as questões de vocabulário, por exemplo.

Então, tudo isso é o que a gente vai ver durante nossas aulas e, com isso, diferenciar o que a questão está pedindo.

Hoje nós vamos estudar a morfologia. Ela é a base para a análise sintática que é a principal matéria do português. A análise sintática estrutura toda a gramática, só que para entendê-la a gente precisa dominar muito bem a morfologia. Vai ter uma questão na prova de morfologia, porém o restante será de sintática. Imaginando uma prova de quinze questões, 5 serão de interpretação de texto, 1 de morfologia, 1 de semântica, 1 de Estilística, e as outras 7 serão certamente de sintática.

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Agora, vamos entender como é isso. Um exemplo:

Análise Morfológica: Artigo Substantivo Verbo Adjetivo          O    café   estava  frio

Análise Sintática:  Sujeito  Verbo de Ligação  Predicativo         O café    estava      frio

Na análise morfológica, temos o que a palavra é, e isso aqui é muito importante diferenciar, porque na análise sintática é o que ele faz. E o que a palavra faz na frase pode mudar, pois vai depender do contexto que está inserido. A palavra “café” é sempre substantivo? Sim, ela sempre será substantivo, agora ela pode exercer várias funções na frase a qual está inserida.

Para entender um pouco mais a lógica da brincadeira, eu sou uma pessoa e o Dudan é outra pessoa, são duas pessoas diferentes, faz sentido, porém quando a gente tá aqui dando aula, a gente faz a mesma coisa? Sim. A gente é a mesma coisa? Não. Então são duas classes diferentes que fazem a mesma coisa! Eu e Dudan morfologicamente não somos o mesmo, mas sintaticamente fazemos a mesma coisa neste contexto que apresentei. Então, classes diferentes podem fazer a mesma coisa, ou não, na frase.

O que seria uma semântica nesse exemplo, quando eu digo o café estava frio, eu consigo entender que ele não estava quente, ou posso entender que deve ter sido ruim tomar esse café, porque, nesse contexto, o café para ser bom teria que estar quente.

E Estilisticamente seria assim: essa frase ”o café estava frio” está correta? Sim. O que seria uma frase errada? Seria quando a gente escrevesse em uma linguagem coloquial e, desse modo, ferimos a estilística.

Entenderam a treta? Então, vamos começar a aula!

Pessoal de casa! O que a gente vai ver projetado aqui na sala é a nossa apostila que está lá no ambiente de materiais. Aqui em sala, a gente não vai escrever, vamos fazer apontamentos nesta apostila, porque já ganhamos um tempo e facilita nossa vida.

Aí a gente já tá ligado o que é classes de palavras. Então, faz uma seta ligando classe à morfologia. Pessoal! Morfologia é classe de palavras. São 10 Classes e tem que saber, porque aqueles serão os vocabulários que irão aparecer nas questões. Quando a questão falar “isso é um advérbio” temos que pensar, morfologia, classes. Lá pela aula 4, vocês vão entender que uma análise apoia a outra, porque vocês escutaram assim, “esse verbo não pede preposição”. Entendam que morfologia é a base da análise sintática.

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Antes de seguir a matéria, quero te mostrar uma coisa. Assim, o português é igual a vida. Na vida existem facções, no português também. Então, no português, existe a facção dos verbos, e existe a facção dos nomes. Ou o cara é da facção dos verbos ou dos nomes. Não tem meio termo. Aí, no futuro, a gente vai ver assim: concordância verbal e concordância nominal, regência verbal e regência nominal… Hoje a gente vai entender quem que no futuro vai dizer “tu é do verbo”, “tu é do nome”.

O substantivo é o líder da facção dos nomes, porque 70% das palavras são substantivos. Percebe que tudo tem um nome, garrafa, pet, água, rótulo. Tudo tem um nome, vocês têm um nome. Destaca aí variável, pois isso significa que ela vai concordar em gênero, número e grau.

Agora vamos para a treta. Olha como não é uma relação tão separada da prática o que a gente vai ver agora. Quem indica os estados e qualidades são os adjetivos, então “eu estou faminto”, faminto é um adjetivo, mas o nome do negócio é fome que é um substantivo. Em ”eu sou honesto”, honesto é minha característica, e honestidade é o substantivo que nomeia essa característica. Tudo tem que ter nome. E olha que louco as ações! Lembram que os verbos indicam as ações: estudar, correr, escrever. Mas o nome da ação é o estudo, a corrida, a escrita. Logo, a gente consegue transformar tudo em substantivo, porque tudo tem que um nome.

O artigo é a menor classe de palavra. E o artigo é a palavra que vem antes do substantivo. O substantivo também é chamado de nome. Desse modo, posso falar assim. O artigo é a palavra que vem antes do nome, e a gente consegue dizer que ele tem uma função especial, uma função sintática especial. Já ouviram falar de adjunto adnominal? Por que ele ganha esse nome de adjunto adnominal? Porque “ad” significa junto, é algo que está junto, junto, junto do nome. Agora olha o que tu não pode me perguntar! O cara é artigo ou é adjunto adnominal? O que vou ter que dizer para essa pessoa? As duas coisas! Depende da análise que você quer.

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Indicar de maneira definida é: “A, O, AS e OS”. Só existem essas quatro formas no definido. E outras quatro na forma indefinida: “UM, UMA, UNS e UMAS”. Apresento para vocês os oito artigos que existem no português. Vou te mostrar agora como é na teoria. Vou criar um texto sobre o assunto, tá?

Um “abobado” ameaçou a rede marista no Rio Grande do Sul (tô te dizendo, não sei quem é essa abobado, sim!? Está indeterminado). O rapaz queria assustar uma comunidade de mais de 1 milhão de alunos (quando eu digo “o rapaz” eu sei quem ele é, ele é “Um Abobado” da primeira linha, que eu não sei quem é, olha que louco!). Então, quando eu digo definido, não é que eu saiba quem ele seja. Ele é definido no texto. Isto é o que cai na prova! Em “o emprego de “o rapaz” já evidencia que já se sabe quem é o rapaz?” A resposta é sim! Já se sabe quem ele é, já foi referenciado no texto, não necessariamente eu precise saber quem ele é.

Além disso, o artigo indica gênero (Masculino e Feminino), e indica número (Singular e Plural). Quando temos assim: O tênis e OS tênis. A gente pode ver que o artigo é quem me diz se é singular ou plural, porque a palavra sempre é a mesma. E o artigo também define o gênero. Às vezes, existe uma mudança semântica como no caso de “A google” e “O google”. No primeiro caso, é a empresa google. No segundo, é o site google. Às vezes, não existe mudança no mesmo sentido e altera apenas o gênero. Como em “O dentista” e “A dentista”, o sentido se mantém como o profissional que exerce aquela função. Entenderam a semântica acontecendo?!

O artigo é tão fiel ao substantivo que se “o cara” não for um substantivo, ele transforma “o cara” em substantivo. Isso é a coisa sobre artigo que tem mais chance de cair na prova. É o famoso poder de substantivação. É quando a palavra tem uma outra classe de palavra, diferente de substantivo, o artigo vai lá e transforma em substantivo.

Vejo o exemplo: engraçadinhos é um adjetivo, porém no exemplo ele foi substantivado.

Aí a prova te pergunta assim: engraçadinho da linha 19 poderia ser classificado, no contexto em que aparece, como um adjetivo? E a gente para ganhar um tempo no dia da prova nem volta lá no texto. Já pensa, sim, é os alunos engraçadinhos, isso é a características dos caras. Dessa forma, é um adjetivo. Não! Porque, no contexto da linha 19, ele tem um artigo na frente, então eles se tornou um substantivo. Isso é o processo de substantivação.

Vou fazer uma questão de morfologia e uma questão de semântica para vocês entenderem a diferença. Faz de conta que eu e o Gabi, nosso câmera, estamos de treta. Aí, eu vou lá na coordenação reclamar dele. Chego lá e falo:

____ Ô pessoal! Não dá mais, “o querido” agora fica comendo lanchinho na aula…

Quando eu transformo em “o querido”, querido não é mais uma característica. Querido virou um substantivo. E o que tem de semântica nessa frase? O que a gente interpreta é que chamar o cara de “o querido” significa que é uma ironia. Assim, querido é um substantivo agora.

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Aí a questão vem assim:

linha 5: o querido colega chegou.

linha 9: o querido chegou.

Os termos sublinhados são classificados da mesma maneira?

Tu não podes fazer um raciocínio: Ah! Muito óbvio! Porque o primeiro artigo “trabalha’ para colega, não para o querido. E no primeiro caso a palavra querido está caracterizando o colega. Então, eles não têm a mesma classificação. Um é adjetivo, e o outro é substantivo. Mais para frente a gente vai ver que ele é o núcleo do sujeito. Matéria da próxima aula.

Regras de artigo facultativo.

1. Diante de nomes próprios (nome próprio é o nome de vocês, nomes dos cachorros, das escolas, e o nome de todos).

• Dudan saiu.

• O Dudan saiu.

Como é que isso cairia na prova? Não vai cair com o nome de artigo é facultativo não. Vai cair assim: os caras vão te perguntar “poderíamos colocar a palavra “o” (um artigo) antes da palavra Dudan (substantivo nome próprio) da linha 19, sem nenhum prejuízo para o sentido e para a correção?”. Sim! é um dos casos dos artigos facultativos.

2. Antes de pronomes possessivos femininos (lá no futuro, na aula 5, a gente vai ver crase).

• Minha vida é sempre assim.

• A minha vida é sempre assim.

Só preciso dizer uma coisa para vocês, qualidade é qualquer coisa, não é necessariamente algo bom. Pode ser coisa boa ou ruim.

Olha só, o adjetivo é da gangue do nome. Com isso, ele trabalha para os nomes, e concordam com os nomes. Já ouviu falar em concordância nominal? Entenderam?

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Olha o primeiro exemplo, o homem estressado é muito chato, de quem nós estamos falando? Do homem. E estressado é a característica (adjetivo) do homem. Ele concorda com o masculino, singular.

Na morfossintaxe (o que ele é, e o que ele faz), o adjetivo exerce sempre funções sintáticas (o que ele faz) relativas aos substantivos (nome), atuando como adjunto adnominal, junto, junto, junto do nome (lembra, o artigo também, né). Ou, como predicativo (verbo de ligação). Predicativo é um complemento do verbo de ligação que dá característica para os carinhas, tá?

Vamos entender o bagulho. Então, para ver como é que pode cair na prova. Em “as palavras estressado e chato são classificadas da mesma maneira?” A resposta é sim. Em “as palavras estressado e chato têm a mesma função sintática?” A resposta é não (nossa próxima aula será de função sintática).

Na parte de cima, uma análise morfológica. Na parte de baixo, uma análise sintática.

Jesus! Coloca coração nas locuções adjetivas. Existe uma subclasse dos adjetivos que são as locuções. Duas ou mais palavras se juntam e elas valem como um adjetivo. Cerca de 99% das locuções adjetivas são feitas de preposição mais um substantivo.

Vai dar certo! alguém me diz assim ó: “como é bonito o amor de mãe”. Outra pessoa diz: “como é bonito o amor materno”. Essas pessoas me disseram a mesma coisa? Na semântica me disseram a mesma coisa. Agora, na sintática, elas são feitas de coisas diferentes. Diferentes porque “materno” é um

adjetivo e “de mãe’ não é um adjetivo. “de” é uma preposição e “mãe” é substantivo. Juntos eles formam uma locução adjetiva que são duas palavras que valem como adjetivo. Não é igual, eles são equivalentes.

Livro de história, eu posso trocar por livro histórico? Existe livro histórico? Existe, mas é a mesma coisa? Não. Nem sempre há um adjetivo equivalente (com o mesmo sentido). Por isso, a quantidade de locuções adjetivas é bem maior do que a quantidade de adjetivos.

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Olha o nome do cara! Pro nome, para quem ele trabalha? Ele não trabalha para os verbos! Esses pronomes, anota aí duas ideias: ou fica no lugar do nome ou fica do lado do nome.

Assim, a palavra “ele” retoma “meu aluno”? Sim. Fala o texto meu aluno tem um problema, ele não sabe como resolver! Ou assim: a palavra “ele” retoma “um problema” da linha 7, vai ter que ler a linha 7. Não é o problema que não sabe resolver, é o aluno que não sabe resolver. É assim que cai na prova, tá!

Eles podem ser os que ficam no lugar das pessoas: eu, tu, ele. Chamados de pronomes pessoais. Eles podem ser de dois modos: os retos e os oblíquos. Aí começou a quinta série. Você lembra lá no colégio, existia um: eu, tu ele, nós, vós, eles. Esses são os retos.

Existia também uma lista que a gente não sabia para que servia. Era uma lista assim: me, mim, comigo…

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A função, não é o que ele é, é o que ele faz, a função sintática dos pronomes (que é o nome da morfologia). Os caras que tem a função de sujeitos são os retos. Os oblíquos têm a função de complementos.

“eu reviso a matéria, mas você nunca a estuda!”

Olha como é que cai, a segunda ocorrência da palavra “a” se refere (o pronome fica no lugar) à matéria da linha 7? Quando eu li aquele “a”, eu pensei: Você nunca estuda a matéria. Então sim, refere-se!

Se “ela” for colocada depois estuda, apaguei o “a” e escrevi ela coloquei depois estuda, sem prejuízo para o sentido e para correção, podemos?

“eu reviso a matéria, mas você nunca estuda ela”

Isso é o que a gente fala. O sujeito é “você”. O “ela” aqui é o complemento. Assim, não pode ser reto. Ah! Mas eu falo isso, eu vi ela, eu comprei ela, mim dá um gole, a gente fala isso. Isso é o que eu falo, na prova, pronome oblíquo! O pronome oblíquo será o complemento. Aí você vai entender complemento na próxima aula.

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Pronomes Indefinidos

Esses tem duas formas de cair na prova. Uma delas é assim:

Algum material pode me ajudar.

A prova lança a pergunta, “podemos pegar a palavra algum e jogar para depois de material sem prejuízo para o sentido?”.“Algum material” e “material algum” tem o mesmo sentido? Não, troca o sentido.

E a outra forma de cair é com a palavra, o pronome: todo, toda, todos e todos (só que a gente vai ver lá na concordância nominal porque aqui tem umas tretas também).

Esses pronomes demonstram o espaço, o tempo, o discurso. O espaço e o tempo é muito raro de cair em prova. Eles funcionam assim: no espaço, perto do ouvinte, usa-se: esse, essa; Já, perto de quem fala, utiliza-se: este, esta; longe dos dois: aquele, aquela. No tempo, muito difícil cair, no presente e futuro: “pessoal nesta semana teremos aula.” (estamos vivendo a semana); “Zambeli, vai ter aula em dezembro?” (futuro, eu vou dizer). “Neste mês teremos aula” (serve para presente e futuro). Já num passado distante: “Naquela época era muito bom.”

Discurso, esse sim é importante e você precisa saber. Ele cai muito em texto, porque ele é o que articula o texto, digo, uma das coisas que articulam o texto. Então,este – vai ser dito – e o esse – já foi dito.

Exemplo: Pessoal, a secretaria pediu para dar este (vai ser dito) recado para vocês: vocês têm que parar de conversar durante a aula e de bater nos Coleguinhas pois isso (já foi dito) atrapalha a aula.

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A retomada é importante também. Apareceu na última prova da PRF, na matéria de raciocínio lógico. Algo mais ou menos assim: “João, André e Paulo são os funcionários este…, esse... aquele...”. Logo, você tinha que saber português para fazer a questão. Então, funciona assim pessoal: na retomada dos pronomes, o último que foi citado é o “este”; e, o primeiro citado, como ele está mais longe, é o “aquele”. Mas, a ordem que vocês vão buscar, tanto faz, porque o pronome é quem vai definir, não importa a ordem, sempre o “este” vai retomar o último que foi dito e o “aquele” vai ser o primeiro.

Pronomes Possessivos como cai na prova? A palavra “seu” da linha 9 retoma a palavra problema da linha 7? Assim! Isso dificilmente entra no mérito de chamar de pronome possessivo. Muito difícil! Acho que é assim uma pergunta sobre isso em prova.

Verbos

É agora, os verbos, os inimigos dos nome. Agora vai dar treta! Olha só, como verbo é muito mais legal, porque o verbo tem uma forma nominal. Ele se camufla de nome. Jesus! Já ouviu falar de gerúndio, infinitivo e particípio. Gerúndio: Cantando, bebendo ,dormindo... Infinitivo: Cantar, beber, dormir... Particípio: Terminação em ado, ido e ito. Então, são as formas nominais. Hoje o que eu vou falar de verbos é só uma noção, pois a gente vai ter uma aula só para ver verbos. Porém, acho importante a gente conhecer algumas coisas sobre verbos.

Já mostrei a chamada de forma nominal. Existem também os tempos e os modos dos verbos. Isso sim cai na prova! A interpretação dos tempos e dos modos funcionam como marcas de tempo verbal. Os tempos podem ser o presente, o passado e o futuro. Os modos são três, algumas pessoas não têm nem um, no entanto os verbos têm três. São eles o indicativo, o subjuntivo e o imperativo. Indicativo é certeza, e essa certeza pode ser no presente, no passado e no futuro. Subjuntivo é uma hipótese, é uma possibilidade, que pode ser no presente, no passado e no futuro. Imperativo, agora pensa, eu posso dar ordem no passado? Desapareça, eça, eça! (risos). Não posso, né! Então, lembra imperativo não tem tempo, só pode ter o modo afirmativo e negativo.

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O nome do cara, é adnome? Entendeu? O cara trabalha para o verbo. Faz um coração nele! Esse cara aqui é muito legal, porque o advérbio é a classe gramatical das palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou outro advérbio. Nunca um substantivo! E aqui eu preciso que vocês passem um marca-texto, ele é invariável (não concorda). Então, vou te mostrar uma palavra, por exemplo, “muito”. Ele pode ser adjetivo e pode ser advérbio, depende do contexto. Aí eu digo:

• Eu estudei muito.

• Nós estudamos muito.

Mas eu digo também:

• Muitas pessoas vieram na aula.

Por que em um hora o “muito” não concordou e na outra ele concordou?

Porque numa hora ele está trabalhando para o verbo, como um advérbio, e na outra, ele está trabalhando para o nome. Agora, vou marcar os advérbios e para quem eles trabalham!

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Os advérbios têm carga semântica, cargas de sentido! Então, por exemplo: quando eu leio “atrás” eu penso, é o lugar! “cedo” é o tempo! “bem” é o modo! Ou seja, o sentido de tempo, sentido de modo, essa é a lógica!

Outra coisa: lembra que o advérbio mente! MENTE. Porque a gente tem a palavra alegre, um adjetivo, se acrescentar um mente, vira alegremente, um advérbio de modo. Feliz é o adjetivo, e aí eu ponho mente, ele se torna felizmente. Um adjetivo quando acrescido do mente vira um advérbio. É normal esse troca-troca de classes!

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Preposição é invariável, não concorda e só existe essas aí. Por isso, a gente decora!

Vamos imaginar que na prova, os caras sublinharam “ao cliente” e “ao mercado” dos exemplos acima e eles perguntaram o seguinte: o termo sublinhado na linha 10 e o termo sublinhado na linha 20 possuem as mesmas classes de palavras? Traduzindo: Na morfologia essas coisas são iguais? O que tem na linha 10 e o que tem na linha 20? Vamos entender!

Quem envia, envia alguma coisa, a alguém, esse verbo pede a preposição.

Esta rua fica paralela, se é paralela, é paralela a alguma coisa, esse nome é quem pede a preposição.

Morfologicamente, sim. Sintaticamente, a gente não estudou ainda, mas você já sabe que não é, porque você já pensa se um vem do verbo, outro vem do nome, lembra. São gangues diferentes. Logo, eles não podem fazer a mesma coisa.

Nós vamos ter uma aula só de conjunções, porque são matérias gigantes, tanto que 2 questões é certo na nossa prova desse assunto. E vou te dar uma dica: aprende a gostar dessa matéria, pois vamos ter que usar, não vai ter volta!

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Aí para terminar uma tabelinha bem legal. A gente vai falar disso durante todo o curso, em vários momentos. Essa dupla surgiu no português e ela se apresenta ora bem facinho, ora bem complicadinho. O “que” tem muitas, muitas classificações, mas as principais em concurso são conjunção integrante ou pronome relativo. A conjunção integrante, ela tem o hábito de completar as orações. Já os pronomes relativos, eles retomam ou substituem alguma palavra.

Vou apresentar um macete para na hora da prova a gente saber diferenciar a classe de palavra desse “QUE”: quando é pronome relativo, a gente troca por “o qual”; e, se for conjunção integrante, a gente troca pela palavra “isso”. Costuma cair de várias formas na prova, porque o “QUE” tem muita coisa para se pensar, mas a mais corriqueira das perguntas e a mais simples é perguntar se as duas ocorrências da palavra que da linha 9 são classificadas da mesma forma.

Pessoal de casa, é assim ó, aluna a qual, esse que é um pronome relativo, ele busca o nome aluna. Em “Estuda disse que”, disse isso (completa). O mundo está dividido entre verbos e nomes, um trabalha para o verbo o outro trabalha para o nome.

Façam o tema decasa para proxima aula!