173
Prof. Delvarte Souza

Prof. Delvarte Souza - Agência de Publicidade e Propagandapedagogico.portalcentraldecursos.com.br/uploads/... · Gramática do Texto COERÊNCIA. COESÃO A coesão diz respeito à

Embed Size (px)

Citation preview

Prof. Delvarte Souza

1. Compreensão e interpretação detextos. 2. Tipologia textual. 3. Ortografiaoficial. 4. Acentuação gráfica. 5. Empregodas classes de palavras. 6. Emprego dosinal indicativo de crase. 7. Sintaxe daoração e do período. 8. Pontuação. 9.Concordância nominal e verbal. 10.Regências nominal e verbal. 11.Significação das palavras. 12. Redação decorrespondências oficiais (Cfe. o Manualde Redação da Presidência da República).

PROGRAMA

A coerência do texto deriva de sua lógica interna, resultante dos

significados que sua rede de conceitos e relações põe em jogo. A coerência diz respeito ao nexo

entre os conceitos

Gramática do Texto

COERÊNCIA

COESÃO

A coesão diz respeito à forma como os elementos

linguísticos presentes na superfície textual se

interligam, se interconectam, por meio de recursos também

linguísticos.

SENTIDO

O sentido é uma construção realizada numa certa situação de discurso,

a partir das instruções especificadas na

significação.

DENOTAÇÃO

É a significação básica de umtermo, ou seja, o sentido literal deuma palavra, considerando-se auniversalidade desse sentido e oreconhecimento imediato que delefazemos.

Aquele portão é de ferro.

Fechem a porta da sala.

A moça montara num cavalo baio.

CONOTAÇÃO

Significação atribuída auma palavra para além doseu sentido imediato,dentro de certa lógicadiscursiva.

Fechei a porta do coração.

Ele é um desmiolado.

CONJUNÇÕES COORDENADAS

ADITIVAS – Servem para ligar

simplesmente dois termos ou duas orações deidêntica função, com ideia de adição,acrescentamento.

Os livros não só instruem, mastambém divertem.

e, nem, mas também, mas ainda, senão também, como também, bem como

ADVERSATIVAS – Ligam dois termos ou

duas orações de igual função, acrescentando-lhes uma ideia de oposição, contraste, ressalva,

compensação.

O exército do rei parecia invencível, nãoobstante foi derrotado.

A culpa não a atribuo a vós, senão aele.

mas, porém, todavia, contudo, entretanto, senão, ao passo que, no entanto, não

obstante, apesar disso, em todo o caso

Os sequestradores deviam render-se ouseriam mortos.

Quer reagisse, quer calasse, sempreacabava apanhando.

ALTERNATIVAS – Ligam dois termos

ou orações de sentido distinto, indicandoque, ao cumprir-se um fato, o outro nãose cumpre.

ou, ou...ou, ora...ora, já...já, quer...quer

Você é o proprietário do carro,portanto é o responsável.

CONCLUSIVAS – Servem para ligar à

anterior uma oração que exprimeconclusão.

logo, portanto, por conseguinte, pois, por isso

Não solte balões, que ( ou porque,ou pois, ou porquanto) podemcausar incêndios.

EXPLICATIVAS – Ligam duas

orações, a segunda das quaisjustifica a ideia contida na primeira.

que, porque, porquanto, pois

O tambor soa porque é oco.

Como estava de luto, não nos recebeu.

CAUSAIS – iniciam uma oração que

denota causa do que está na oraçãoprincipal.

CONJUNÇÕES SUBORDINADAS

porque, que, pois, como, porquanto, visto que, visto como, já que, uma vez que,

desde que

O exército avançava pela planície qual umaserpente imensa.

COMPARATIVAS – Iniciam uma

oração que encerra o segundo membrode uma comparação

como, (tal) qual, tal e qual, assim como, (tal) como, (tão ou tanto) como, (mais) que ou do que, (menos) que ou do que,

(tanto) quanto, que nem, feito (= como)

Vestia-se bem , embora fosse pobre.

A vida tem um sentido por mais absurda que possaparecer.

embora, conquanto, que, ainda que, mesmo que, ainda quando, mesmo quando, posto que, por

mais que, por muito que, por menos que, se bem que, em que (pese), nem que, dado que, sem que

(=embora não)

CONCESSIVAS – exprimem uma

permissão, admissão. Admitem um fatocontrário à ação principal, mas incapaz deimpedi-la.

CONDICIONAIS – Iniciam uma

oração que denota hipótese oucondição necessária para que a oraçãoprincipal se realize.

Comprarei o quadro, desde que não seja caro.

Não sairás daqui sem que antes me confessestudo.

se, caso, contanto que, desde que, salvo se, sem que (=se não), a não ser que, a menos

que, dado que

]

Quanto mais as cidades crescem, maisproblemas vão tendo.

PROPORCIONAIS – Iniciam

uma oração em que se menciona um fatocuja realização se dá ao mesmo tempoque a principal.

à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais... (tanto mais), quanto mais...

(tanto menos), quanto menos... (tanto mais), quanto mais... (mais), (tanto)... quanto

As coisas não são como dizem.

Digo essas coisas por alto, segundo asouvi narrar.

CONFORMATIVAS – Iniciam

uma oração em que se exprime aconformidade de um pensamento.

conforme, como, segundo, consoante

Falou com tanta calma que todos ficaramatônitos.

Minha mão tremia tanto que mal podia escrever.

CONSECUTIVAS –Iniciam uma

oração que indica a consequência do

que é declarado na principal.

que (precedido dos termos intensivos “tal, tão, tanto, tamanho”, às vezes subentendidos), de

sorte que, de modo que, de forma que, de maneira que, sem que, que (não)

Fiz-lhe sinal que se calasse.

Afastou-se depressa para que não ovíssemos.

FINAIS – indicam a finalidade

da oração principal.

para que, a fim de que, que (=para que)

Desde que o mundo existe, sempre houve guerras.

Ninguém o arredava dali, até que eu voltasse.

TEMPORAIS - exprimem ideia de

temporalidade, simultaneidade.Iniciamuma oração que indica a circunstância detempo em que ocorre a ação principal.

quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre que, assim que, desde que, antes que,

depois que, até que, agora que, ao mesmo tempo que, toda vez que

REFERENCIAÇÃO

Diz respeito à introdução,identificação, preservação,continuidade e retomada dereferentes textuais, por meio deexpressões linguísticasespecíficas, tais como os nomes eos pronomes.

EMPREGO DA VÍRGULA

usa-se a vírgula para separar palavrasou orações justapostas assindéticas.

Achava os homensdeclamadores, grosseiros, cansativos,pesados, frívolos, chulos, triviais.

A sua fronte, a sua boca, o seuriso e as suas lágrimas enchem-lhe avoz de formas e de cores...

Usa-se a vírgula para separar orações coordenadas aditivas (conjunção “e”) com sujeitos

diferentes.

Vieram candidatos, e nãopensei mais nisso.

O concurso foi difícil, e a provanão correspondeu ao programa.

A vírgula deve ser usada para indicar aomissão de uma palavra (geralmenteverbo) ou de um grupo de palavras.

"A tarde, de ouro pálido, e o mar,

tranquilo, como o céu.

Maria ficou alegre; eu, muito

triste.

No céu azul, dois fiapos de nuvens.

usa-se a vírgula para separar oraçõesreduzidas de gerúndio, de particípio e deinfinitivo.

Fatigado, ia dormir.

Apesar de ser rico, não conhece a

felicidade.

Sendo tantos os mortos,enterram-

nos onde calha (J. Saramago).

De modo geral, usa-se avírgula para separar oraçõesadverbiais desenvolvidas(antepostas).

Enquanto o marido pescava,Rosa ficava pintando apaisagem.

Se não chover, irei ao clubejogar golfe.

usa-se a vírgula antes das conjunçõescoordenativas (exceto "e" e "nem").

Corremos muito, no entanto não

os alcançamos.

Ora ríamos, ora chorávamos.

Venha, pois, anunciar-me uma

desventura.

. para isolar o aposto:

a) Explicativo

A Ecologia, ciência do equilíbrio ambiental, adquiriugrande destaque no mundo atual.

b) Enumerativo

Suas reivindicações incluíam muitas coisas: melhorsalário, melhores condições de trabalho, assistênciamédica extensiva a familiares.

. Para separar vocativos.

Roque, traga-me o remédio, por favor!

usa-se a vírgula para separar

orações intercaladas.

Lá vem ele com as raízes,

resmungou Paulino, baixando

a cabeça.

A História, diz Cícero, é a

mestra da vida.

deve-se usar a vírgula para isolar asorações adjetivas explicativas.

“O Loas, que tinha relaçõessobrenaturais, diagnosticara umespírito.

Segundo Frei Betto, que chegou recentemente de Cuba, os cubanos fazem sérias ressalvas ao processo chinês.

- Não se usa a vírgula com oraçõessubordinadas adjetivas restritivas

Deve-se investir em soluções queresolvam definitivamente osproblemas.

O país que não investe em seupróprio povo terá poucaspossibilidades de crescer.

Erros graves do uso da vírgula

Para separar sujeito do verbo.

A poluição das grandes metrópoles, corrói anossa saúde.

Para separar verbo de complemento.

Dilma Roussef, foi reeleita presidente doBrasil.

Para separar oração principal da oraçãosubordinada substantiva objetiva.

Esperávamos, que os balões caíssem.

Para separar substantivo de adjunto adnominal.

Possuía lavouras, de trigo, de linho e de soja.

Antes de uma citação.

Clemente voltou para dizer:

- Não enxerguei ninguém, camarada. Era bicho.

Antes de certos apostos, principalmente nasenumerações.

À sua volta, tudo lhe parece chorar: as árvores,o capim, os insetos.

Antes de uma enumeração explicativa.

Em sua igreja não mando: só assisto e apoio.

EMPREGO DOS DOIS PONTOS (:)

EMPREGO DO PORQUÊ

POR QUE

Em frases interrogativas.

. Por que ninguém ri agora?

. Por que perdemos o jogo?

Quando estão subentendidas,antes ou depois do "por que",as palavras MOTIVO e RAZÃO.

. Eis por que ninguém ri.

. Não entendo por que ela

não me ama.

POR QUE

Quando substituível por PELOS(s)QUAL (is), PELA (s) QUAL (is).

. Eis os princípios por que luto.

. O atual processo de urbanizaçãopor que passa o país é umfenômeno tardio, se comparadocom o que ocorreu na Europa.

POR QUE

POR QUÊ

No final de frasesinterrogativas.

. Você ainda está rindo! Por

quê?

. Eles nos prejudicariam por

quê?

PORQUE

1. Se conjunção causal ou explicativa.

. Não chore, porque será pior.

. Não vá ainda, porque tenho uma coisa

importante pra lhe dizer.

. O torcedor ficou rouco porque gritou

demais.

. Não saímos ontem porque choveu

muito.

PORQUÊSe substantivo (antecedido de umartigo ou pronome)

. Eis o porquê do seu fracasso.

. Já começo a entender o

porquê disso tudo.

. Não vejo nenhum porquê emsaíres sozinha.

ESTE, ESSE, AQUELE

Este livro está rasgado.

(aqui, comigo, perto demim; próximo à pessoa quefala).

Função Espacial

Pedro, esse livro é bom?

(aí, contigo, perto de ti, perto devocê; próximo à pessoa com quem sefala, mas afastado da pessoa quefala)

Você está vendo aquela casa?

Vendi-a por R$ 150.000,00.

(lá, ali, perto dele, longe de nós;

afastado das pessoas que falam)

2016! Este ano promete!

(presente)

A notícia que recebemos ontem foiterrível. Essa noite - confesso - nãoconsegui dormir.

(passado)

Um dia você vai precisar de mim! Nessedia, ao contrário do que muitos pensam,faremos as pazes. (futuro)

Função Temporal

Para ser aprovado, o candidato aoconcurso deve ter estas características:determinação e persistência.

Somos todos iguais. Essa é a grandeverdade.

FATO CONHECIDO = esse

FATO NÃO CONHECIDO = este

José e Pedro são professoresuniversitários. Este lecionaSociologia; aquele, Antropologia.

Érico Veríssimo e Monteiro Lobatosão célebres escritores brasileiros.Este escreveu Emília no País daGramática; aquele, Olhai os Lírios doCampo.

Função Distributiva

TIPOLOGIA TEXTUAL

NARRACÃO

Centra-se num fato ouacontecimento; há perso-nagens que atuam e umnarrador que relata a ação.

DESCRIÇÃO

“Retrato verbal" de pessoas,coisas ou ambientes.Caracteriza-se o ser descrito,individualizando-o . Há umtraço distintivo, individual,particular do ser ou coisadescrita.

DISSERTAÇÃO

Predomina a defesa de umaideia, de um ponto de vista.

Há uma sequência de argu-mentos até se chegar a umaconclusão.

Texto dissertativo

expositivo-argumentativo

O autor situa um tema e discute-o, lança sua tese e

conclusões,procurando convencer o leitor a aderir ao

seu ponto de vista.

Os textos injuntivos são aquelesque indicam procedimentos a seremrealizados. Nesses textos, as frases,geralmente, estão no modo imperativo.

Previsões do tempo, receitasculinárias, manuais, leis, bula deremédio, convenções, regras, eventos.

TEXTO INJUNTIVO

A CERCA DE, HÁ CERCA DE e ACERCA DE

Falamos acerca do desequilíbrio ecológico.

A RESPEITO DE

Conheço você há cerca de treze anos.

FAZ APROXIMADAMENTE

Goiânia fica a cerca de duzentos quilômetros de Brasília.

A UMA DISTÂNCIA DE

ONDE/AONDE

QUANDO

Faz referência a tempo

Se o verbo rege a preposição “a”, usa-seAONDE. Se o verbo rege preposiçãodiferente de “a”, usa-se ONDE.

PARÁFRASE

A paráfrase consiste emtranscrever, com novas palavras,as ideias centrais de um texto. Ésempre a reescritura de umtexto, uma espécie de “tradução”dentro da própria língua.

INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

ERROS CLÁSSICOS DE

COMPREENSÃO DE TEXTO

EXTRAPOLAÇÃO

CONTRADIÇÃO

Na EXTRAPOLAÇÃO, os enunciados vão além dos limites do texto,

acrescentando elementos

desnecessários à compreensão do texto.

CONTRADIÇÃO

Interpretamos o sentido de

maneira contrária ao seu conteúdo.

ATENÇÃO PARA OS VERBOS:

DEPREENDE-SE, INFERE-SE, DEDUZ-SE

PRONOMES DE TRATAMENTO

O emprego dos pronomes detratamento obedece a seculartradição.

Usa-se o pronome VossaExcelência para as autoridadesdos Poderes Executivo,Legislativo e Judiciário.

a) Poder Executivo

Presidente da República;

Vice-Presidente da República;

Governadores e Vice-Governadores deEstado e do Distrito Federal;

Oficiais-Generais das Forças Armadas;

Embaixadores;

Secretários-Executivos de Ministérios edemais ocupantes de cargos de naturezaespecial;

Secretários de Estado dos GovernosEstaduais;

Prefeitos Municipais.

Ministros de Estado[1];

[1] Nos termos do Decreto no 4.118, de 7 defevereiro de 2002, art. 28, parágrafo único, sãoMinistros de Estado, além dos titulares dosMinistérios: o Chefe da Casa Civil daPresidência da República, o Chefe do Gabinetede Segurança Institucional, o Chefe daSecretaria-Geral da Presidência da República, oAdvogado-Geral da União e o Chefe daCorregedoria-Geral da União.

b) Poder Legislativo

Deputados Federais e Senadores;

Ministros do Tribunal de Contas daUnião;

Deputados Estaduais e Distritais;

Conselheiros dos Tribunais de ContasEstaduais;

Presidentes das Câmaras LegislativasMunicipais.

c) Poder Judiciário

Ministros dos Tribunais Superiores;

Membros de Tribunais;

Juízes;

Auditores da Justiça Militar.

O vocativo a ser empregado emcomunicações dirigidas aos Chefes de Poderé Excelentíssimo Senhor, seguido do cargorespectivo:

a) Excelentíssimo Senhor Presidente daRepública

b) Excelentíssimo Senhor Presidente doCongresso Nacional

c) Excelentíssimo Senhor Presidente doSupremo Tribunal Federal

Quando usamos Sua Excelência ou Vossa Excelência?

sua

emprega-se quando nos referimos à pessoa.

Estivemos com Sua Excelência o Presidente da República.

vossa

emprega-se quando nos dirigimos à pessoa.

Vossa Excelência é muito bondoso.

UNIFORMIDADE DE TRATAMENTO

Como o pronome de tratamento é de 3a. pessoa,a concordância verbal será na 3a. pessoa.

Vossa Excelência deve atender aos apelos dopovo.

Os pronomes possessivos referidos apronomes de tratamento são sempre os daterceira pessoa: “Vossa Senhoria nomeará seusubstituto”.

Pronomes de tratamento e os adjetivos - o gênerogramatical (do adjetivo) deve coincidir com o sexo dapessoa a quem o pronome se refere.

“Vossa Excelência está atarefado” (homem)

“Vossa Senhoria deve estar satisfeita” (mulher).

Características da Redação Oficial (com base no Manual de Redação da Presidência da República)

Impessoalidade

Formalidade

Uniformidade/padronização

Concisão

Clareza

Uso do padrão culto de linguagem

Publicidade

Em comunicações oficiais, estáabolido o uso do tratamentodigníssimo (DD).

A dignidade é pressuposto paraque se ocupe qualquer cargopúblico, sendo desnecessária suarepetida evocação.

Vossa Senhoria é empregado paraas demais autoridades e paraparticulares.

Acrescente-se que doutor não éforma de tratamento, e sim títuloacadêmico. Evite usá-loindiscriminadamente.

É costume designar por doutor osbacharéis, especialmente osbacharéis em Direito e em Medicina.

Nos demais casos, o tratamentoSenhor confere a desejadaformalidade às comunicações.

A forma Vossa Magnificência éempregada, por força da tradição, emcomunicações dirigidas a reitores deuniversidade.

Corresponde-lhe o vocativo:

Magnífico Reitor,

(...)

Os pronomes de tratamento para religiosos, deacordo com a hierarquia eclesiástica, são: VossaSantidade, em comunicações dirigidas ao Papa.

O vocativo correspondente é: Santíssimo Padre,(...)

Vossa Eminência ou Vossa EminênciaReverendíssima, em comunicações aos Cardeais.

Corresponde-lhe o vocativo:

Eminentíssimo Senhor Cardeal, ouEminentíssimo e Reverendíssimo SenhorCardeal, (...)

Vossa Excelência Reverendíssima éusado em comunicações dirigidas aArcebispos e Bispos;

Vossa Reverendíssima ou VossaSenhoria Reverendíssima paraMonsenhores, Cônegos e superioresreligiosos.

Vossa Reverência é empregado parasacerdotes, clérigos e demaisreligiosos.

O Padrão Ofício

Há três tipos de expedientes que se diferenciamantes pela finalidade do que pela forma: o ofício,o aviso e o memorando. Com o fito deuniformizá-los, pode-se adotar umadiagramação única, que siga o que chamamos depadrão ofício.

A única diferença entre o aviso e o ofício é queo aviso é expedido exclusivamente por Ministrosde Estado, para autoridades de mesmahierarquia. O ofício é expedido para e pelasmesmas autoridades.

Partes do documento no Padrão Ofício

O aviso, o ofício e o memorando devemconter as seguintes partes:

a) tipo e número do expediente, seguidoda sigla do órgão que o expede:

Mem. 123/2002-MF Aviso 123/2002-SGOf. 123/2002-MME

b) local e data em que foi assinado, porextenso, com alinhamento à direita:

Brasília, 15 de março de 1991.

c) assunto: resumo do teor dodocumento

Necessidade de aquisição de novoscomputadores.

d) destinatário: o nome e o cargo dapessoa a quem é dirigida acomunicação. No caso do ofício deveser incluído também o endereço.

À Senhora

Catarina dos Santos

Chefe do Departamento de Materiais

Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais

Rua Juiz de Fora,1600 – Barro Preto

30430-380 Belo Horizonte – MG

e) texto: nos casos em que não for de meroencaminhamento de documentos, o expedientedeve conter a seguinte estrutura:

e.1 – Na INTRODUÇÃO, que se confunde com oparágrafo de abertura, é apresentado o assuntoque motiva a comunicação.

Evite o uso das formas: “Tenho a honra de”,“Tenho o prazer de”, “Cumpre-me informarque”. Empregue a forma direta.

e.2 – No DESENVOLVIMENTO, o assunto édetalhado; se o texto contiver mais de uma ideiasobre o assunto, elas devem ser tratadas emparágrafos distintos, o que confere maiorclareza à exposição.

f) fecho

g) assinatura do autor dacomunicação

h) identificação do signatário

e.3 – Na CONCLUSÃO, é reafirmadaou simplesmente reapresentada aposição recomendada sobre oassunto.

Formas de Cortesia

Existem, atualmente, dois tipos de fechopara as modalidades de comunicaçãooficial:

Respeitosamente, para autoridadessuperiores, inclusive o Presidente daRepública.

Atenciosamente, para autoridades damesma hierarquia ou de hierarquiainferior.

Identificação do Signatário

Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidenteda República, todas as demais comunicações oficiaisdevem trazer o nome e o cargo da autoridade que asexpede, abaixo do local de sua assinatura. A forma daidentificação deve ser a seguinte:

(espaço para assinatura)Nome

Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República

(espaço para assinatura)Nome

Ministro de Estado da Justiça

Para evitar equívocos,recomenda-se não deixar aassinatura em página isoladado expediente. Transfira paraessa página ao menos aúltima frase anterior aofecho.

No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às autoridades tratadas por Vossa

Excelência, terá aseguinte forma:

A Sua Excelência o SenhorFulano de Tal

Ministro de Estado da Justiça70064-900 – Brasília. DF

PORTARIA

É o instrumento pelo qualMinistros ou outrasautoridades expedeminstruções sobre aorganização e funcionamentode serviço e praticam outrosatos de sua competência.

Epígrafe

É a parte do ato que o qualifica na ordemjurídica e o situa no tempo, por meio da data,da numeração e da denominação.

LEI No 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990.

Ementa ou Rubrica da Lei

É a parte do ato que sintetiza o conteúdo da lei, afim de permitir, de modo imediato, o conhecimento damatéria legislada.

Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outrasprovidências.

Telegrama

É toda comunicação oficialexpedida por meio de telegrafia,telex, etc.

Forma e Estrutura

Não há padrão rígido, devendo-seseguir a forma e a estrutura dosformulários disponíveis nasagências dos Correios e em seu sítiona Internet.

Correio Eletrônico

Para os arquivos anexados à mensagem deveser utilizado, preferencialmente, o formato RichText.

Um dos atrativos de comunicação por correioeletrônico é sua flexibilidade. Assim, nãointeressa definir forma rígida para sua estrutura.Entretanto, deve-se evitar o uso de linguagemincompatível com uma comunicação oficial.

O correio eletrônico (“e-mail”), por seu baixocusto e celeridade, transformou-se na principalforma de comunicação para transmissão dedocumentos.

Sempre que disponível, deve-se utilizarrecurso de confirmação de leitura. Casonão seja disponível, deve constar damensagem pedido de confirmação derecebimento.

Nos termos da legislação em vigor, paraque a mensagem de correio eletrônicotenha valor documental, i.é, para quepossa ser aceita como documentooriginal, é necessário existir certificaçãodigital que ateste a identidade doremetente, na forma estabelecida em lei.

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

É o expediente dirigido aoPresidente da República ou ao Vice-Presidente para:

a) informá-lo de determinadoassunto;

b) propor alguma medida; ou

c) submeter a sua consideraçãoprojeto de ato normativo.

Em regra, aexposição de motivosé dirigida aoPresidente daRepública por umMinistro de Estado.

MENSAGEM

É o instrumento de comunicação oficial entre osChefes dos Poderes Públicos, notadamente asmensagens enviadas pelo Chefe do PoderExecutivo ao Poder Legislativo para:

a) informar sobre fato da Administração Pública;

b) expor o plano de governo por ocasião da aberturade sessão legislativa;

c) submeter ao Congresso Nacional matérias quedependem de deliberação de suas Casas;

d) apresentar veto;

e) enfim, fazer e agradecer comunicações de tudoquanto seja de interesse dos poderes públicos eda Nação.

As mensagens mais usuais do PoderExecutivo ao Congresso Nacional têm asseguintes finalidades:

a) encaminhamento de projeto de lei ordinária,complementar ou financeira.

b) encaminhamento de medida provisória.

c) indicação de autoridades.

d) pedido de autorização para o Presidente ou oVice-Presidente da República se ausentaremdo País por mais de 15 dias.

e) encaminhamento de atos de concessãoe renovação de concessão de emissorasde rádio e TV.

f) encaminhamento das contas referentesao exercício anterior.

g) mensagem de abertura da sessãolegislativa.

h) comunicação de sanção (comrestituição de autógrafos).

i) comunicação de veto.

j) outras mensagens.

Monossílabos tônicos

Terminados em a (s), e (s), o(s) :pá, pé, pó.

CASOS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA MANTIDOS PELO ACORDO ORTOGRÁFICO

Oxítonas

Terminadas em a (s), e (s), o (s), em, ens: cajá, café, cipó, armazém, parabéns.

Oxítonas e monossí-labas

Com os ditongosabertos éi, ói, éu sãoacentuadas:réis, papéis, destrói, céu, chapéu

Proparoxítonas Todas são acentuadas: ínterim, ônibus.

Paroxítonas

Não se acentuam:

as terminadas em a (s), e(s), o (s), em, ens: ordem, itens, hifens

Paroxíto-nas

Acentuam-se: júri, bíceps,bônus, álbum, líder.

Se terminarem em ditongoou sílaba nasalizada, sãoacentuadas: órfão, ímã,hífen, cáften, órgão.

Hiato

Acentua-se i e u segunda vogaltônica sozinha na sílaba ouseguida de s: ju- í- zes; ra-í-zes; sa-ú-de, pa- ís, ba-la-ús-tre.

Nem o i nem o u recebemacento quando apareceremantes de nh, se estiverem namesma sílaba de l, m, n, r e uou se aparecerem repetidos.rainha, ruim, ainda, sair, saiu, bainha, xiita

permanece o acento diferencial empôde/pode.

Atenção!!! Com o Acordo Ortográfico,

Com o Acordo Ortográfico,permanece o acento diferencialem pôr/por. Pôr é verbo. Por épreposição.

permanecem os acentos que diferenciam osingular do plural dos verbos ter e vir, assimcomo de seus derivados (manter, deter,reter, conter, convir, intervir, advir etc.).

Ele tem dois carros. / Eles têm dois

carros.

Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de

Sorocaba.

Ele mantém a palavra. / Eles mantêm

a palavra.

Atenção!!! Com o Acordo Ortográfico,

MODOS E TEMPOS VERBAIS

MODO

Indica a relação entre o falante e a ação.

MODO INDICATIVO

Fato real, certo.

Amanhã estudarei verbos

MODO SUBJUNTIVO

Fato duvidoso, possível.

Se trabalhares, vencerás.

MODO IMPERATIVO

Ordem, proibição, pedido.

Não façam isso, estudem mais!

EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS

O tempo verbal posiciona o fato emrelação ao momento efetivo dacomunicação: presente, passado, futuro.

TEMPOS DO INDICATIVO

Presente – fato atual, habitual, verdadescientíficas.

Os concursandos estudam cuidado-

samente.

Ela sempre vai ao cinema

O átomo é uma partícula da matéria.

Pretérito perfeito – fato totalmenteconcluído.

O deputado terminou sua árdua tarefa.

Pretérito imperfeito – fato nãoconcluído.

Ele descia as escadas quando cheguei

ali.

Pretérito mais-que-perfeito – fatoconcluído e anterior a outro, tambémconcluído.

O filme já começara quando cheguei.

Futuro do presente – fato queainda será realizado.

Os bons alunos passarão

neste concurso.

Futuro do pretérito – futurovinculado ao passado.

Se estudássemos teríamos

sucesso.

TEMPOS DO SUBJUNTIVO

Presente – o que pode ocorrer nopresente.

É preciso que te dediques comseriedade.

Pretérito Imperfeito – expressa umahipótese.

Se fizesse sua parte, teria maisfacilidade.

Futuro – o que pode ocorrer no futuro.Quando você vier a Brasília e vir suasobras...

Há duas formas de INFINITIVO:

1. infinitivo pessoal - relaciona-se a algumser.

É bom fazermos algo. (nós)

2. infinitivo impessoal - não se relaciona anenhum ser.

Fazer algo é importante.

INFINITIVO

É a forma pela qual se nomeiam os verbos.Não apresenta noção de tempo ou modo.

FORMAS NOMINAIS DO VERBO

PARTICÍPIO

É a forma nominal que participa ao mesmotempo da natureza do verbo e do adjetivo. Suanatureza verbal se manifesta nas locuçõesverbais, nos tempos compostos e nas oraçõesreduzidas.

Se você me tivesse ajudado, teríamosconseguido superar as dificuldades. (temposcompostos)

Aprovado o projeto, iniciaremos os trabalhos.(oração reduzida)

Não há nada que possa ser feito. (locuçãoverbal)

EVITE O GERÚNDIO NOS SEGUINTES CASOS:

. em ações futuras.

Vou estar resolvendo seu problema empoucos dias.

Resolverei seu problema em poucosdias.

GERÚNDIO

Nessa forma nominal, os verbosterminam em “NDO”.

. O GERÚNDIO deve ser evitado em frasesambíguas.

A mãe encontrou o filho chorando.

A mãe encontrou o filho que chorava.

. Deve-se evitar o GERÚNDIO nos casos em queocorre o encontro do verbo + gerúndio.

Chegou sentando-se.

Chegou e sentou-se.

. em casos que se estabelece ao gerúndio valorpuramente de adjetivo.

Vi uma caixa contendo presentes.

Vi uma caixa que continha presentes.

VOZES DO VERBO

ATIVA – Quando o sujeito é agente, isto é,faz a ação expressa pelo verbo.

O caçador abateu a ave.

O vento agitava as águas.

PASSIVA – Quando o sujeito é paciente, istoé, sofre, recebe ou desfruta a ação expressapelo verbo.

A ave foi abatida pelo caçador.

As águas foram agitadas pelo vento.

REFLEXIVA – O sujeito é ao mesmotempo agente e paciente: faz umaação cujos efeitos ele mesmo sofre.

O caçador feriu-se.

A menina penteou-se.

Sacrifiquei-me por ele.

Os pais contemplam-se nos

filhos.

O preso suicidou-se.

CONVERSÃO DA VOZ ATIVA NA PASSIVA

Pode-se mudar a voz ativa para passiva sem alterarsubstancialmente o sentido da frase.

a) Gutemberg inventou a imprensa.

A imprensa foi inventada por Gutemberg.

b) A humanidade domina a natureza.

A natureza é dominada pela humanidade.

Objeto direto = sujeito da passiva.

Sujeito da ativa = agente da passiva.

O verbo ativo revestirá a forma passiva conservando omesmo tempo.

ADVÉRBIO

Modifica o verbo, o adjetivo ou o próprioadvérbio e exprime, entre outras, as

seguintes circunstâncias:

lugar (aqui, ali...)modo (bem, mal..)afirmação (sim...)negação (não...)dúvida (talvez...)

intensidade (bastante...)inclusão (também...)

Tempo (agora...)

O verbo tem características próprias quedeterminam a estrutura da frase. A essarelação do verbo com os outros elementosda oração chamamos de predicaçãoverbal.

PREDICAÇÃO VERBAL

Quanto à predicação verbal, os verbospodem ser:

a) de ligação;

b) transitivos e intransitivos.

VERBOS DE LIGAÇÃO

São aqueles que relacionam dois sintagmasatribuídos um ao outro. São os verbos “puros” dalíngua; normalmente, são estudados comoverbos desprovidos de conteúdo significativo deação; ligam sempre o sujeito (parte queacompanha a concordância do verbo) a umpredicativo do sujeito (atributo conferido aosujeito).

Pedro é engenheiro.

Pedro era triste.

Pedro é um bom aluno.

O verbo de ligação (VL) por definição é overbo “ser”. Os outros só o são comovariantes aspectuais de “ser” e podemindicar:

a) Aspecto transitório: estar

Pedro estava triste.

b) Aspecto permanente: ficar,permanecer, continuar, parecer, andar...

Pedro ficou calado.

Pedro continua calado.

Pedro permaneceu imóvel.

Verbos transitivos diretos (VTD) são os que seligam ao complemento de sentido sem aobrigatoriedade de uma preposição. Seucomplemento de sentido é chamado objetodireto.

Juliana

Sujeito

encontrou

VTD

meu livro.

Objeto direto

VERBOS TRANSITIVOS (INCOMPLETOS)

Verbos transitivos são os que necessitam decomplemento de sentido. Podem ser transitivosdiretos, indiretos ou diretos e indiretos.

Verbos transitivos indiretos (VTI)são os que se ligam aocomplemento de sentido com aobrigatoriedade de uma preposição.Seu complemento de sentido échamado objeto indireto.

Juliana

Sujeito

precisou de

VTI

meu livro.

Objeto indireto

Verbos transitivos diretos eindiretos (VTDI) são os que são,ao mesmo tempo, VTD e VTDI, ouseja, pedem dois complementosde sentido: um direto, outroindireto.

Eu

Sujeito

emprestaria a

VTI

Juliana

Objeto indireto

meu livro.

Objeto direto

Os pronomes pessoais o, a, os eas são, por natureza, objetodireto. Os pronomes lhe e lhessão, por sua vez, objeto indireto.

Eu não o vi.

Eu a amo.

Eu lhe entreguei os livros.

Os pronomes me, te, se, nos e vos podemfigurar tanto como objeto direto, quantocomo objeto indireto. É a predicação doverbo que nos permite classificá-lossintaticamente como um ou como outro.

Viu-me e não me disse nada.

Ver = VTD “me”= objeto direto

Dizer = VTDI – “nada”= objeto direto;“me” = objeto indireto

O objeto indireto só não apareceregido de preposição quandorepresentado por pronome pessoal(me, te, se, lhe, nos, vos, lhes,comigo, contigo...), porque apreposição está subentendida nessetipo de pronome (a mim, a ti, ...).

Ela me (OI) entregou tudo (OD).

Verbos Intransitivos (Completos)

Verbos intransitivos (VI) são osque não necessitam decomplemento de sentido.

Juliana

Sujeito

saiu.

VI

É o complemento de certos substantivos,adjetivos e advérbios, regido depreposição.

O pior é a demora do vapor.

A vida dele era necessária a ambos.

Tinha nojo de si mesma.

Falou favoravelmente ao réu.

COMPLEMENTO NOMINAL

ADJUNTO ADNOMINAL – termoque se junta a um nome paraespecificar o sentido desse nome,atribuindo-lhe umacaracterística, qualidade oumodo de ser.

As fortes chuvas de verãodestruíram nossas plantações demilho.

Elemento que, numa oraçãona voz passiva, pratica a açãorecebida pelo sujeito.

A carta foi escrita porum marinheiro americano.

AGENTE DA PASSIVA

ADJUNTO ADVERBIAL – termo que se relaciona ao verbo paraindicar determinada circunstância em que ocorre o fato verbal.

a) De causa: Não havia de perder o esforço daqueles anos todos, porcausa de um exame só, o derradeiro.

b) De companhia: Vivi com Ana perto de dois anos.

c) De dúvida: Acaso meu pai entenderia mesmo de poemas?

d) De fim: Há homens para nada, muitos para pouco, alguns paramuito, nenhum para tudo.

e) De instrumento: Dou-te com o chicote, ouviste?

f) De modo: Vagarosamente ele foi recolhendo o lixo.

g) De tempo: Todas as manhãs ele sentava-se cedo a essa mesa eescrevia até as dez, onze horas.

h) De negação: Não partas, não. Aqui todos te querem.

i) De intensidade: Ou ele estuda demais, ou não come bastante demanhã, disse a mãe.

APOSTO – palavra ou expressão que explica ouesclarece, desenvolve ou resume outro termo daoração.

Eles, os pobres desesperados, tinham umaeuforia de fantoches.

A vida é um contínuo naufrágio de tudo: deseres e de coisas, de paixões e de indiferenças, deambições e temores.

VOCATIVO – termo usado para chamar ouinterpelar a pessoa, ou animal ou a coisapersonificada a que nos dirigimos.

Meus amigos, a ordem é a base do governo.

Vocês por aqui, meninos?

TIPOS DE SUJEITO

SUJEITO SIMPLES

Quando há somente um núcleo.

Todos participaram do encontro

Sujeito = todos

Nós ficamos felizes com o seusucesso.

Sujeito = nós

SUJEITO COMPOSTO

Quando há dois ou mais núcleos.

Estavam presentes na manifestação doisdeputados federais e alguns vereadores.

Sujeito = dois deputados federais ealguns vereadores.

Núcleos = deputados , vereadores

SUJEITO INDETERMINADO

Quando o executor da ação é desconhecido ouquando o verbo não se refere a uma pessoadeterminada.

A indeterminação do sujeito ocorre nosseguintes casos:

1. Com o verbo na 3a. pessoa do plural, semreferência a “eles” ou “elas”:

Comunicaram o fato ontem à noite.

2. Índice de indeterminação do sujeito (o “se” éusado, sem função sintática, para indeterminaro sujeito dos verbos)

a) verbo intransitivo:

Vive-se bem aqui.

B) verbo transitivo indireto:

Assistiu-se a grandes espetáculos.

C) verbo de ligação:

Nem sempre se é feliz completamente.

ATENÇÃO!

SE O VERBO QUE ACOMPNAHA O“se” FOR TRANSITIVO DIRETO,HAVERÁ SUJEITO. NESSE CASO, O“se” EXERECRÁ A FUNÇÃO DEPARTÍCULA APASSIVADORA.

. Alugam-se casas.

. Consertam-se máquinas.

ORAÇÃO SEM SUJEITO

Dizemos que a oração é sem sujeito quando opredicado não se refere a sujeito algum. Issoocorre nos casos a seguir:

Com verbos que denotam fenômenos danatureza - chover, trovejar, nevar, relampejar,anoitecer, amanhecer.

Trovejou muito naquelas noites.

Nos últimos dias, choveu e fez muito frio.

Com os verbos HAVER, FAZER, IR e PASSARquando indicarem tempo decorrido e ainda como verbo HAVER no sentido de existir.

Havia cinco anos que não viajávamos.

(havia = fazia)

Faz três dias que não o vejo.

Vai para vinte anos o nosso primeiro encontro.

Já passava de seis horas.

Houve muitos candidatos sem identificação.

(houve = existiram)

05 IMPORTANTES FUNÇÕES DA PALAVRA QUE

Conjunção integrante

(introduz oração subordinada com funçãosubstantiva)

Quero que você volte já.

Sabemos que a vida e breve

Substantivo

Tenho um quê de pecado.

Pronome relativo

O homem que assassinou o ladrãoapareceu aqui.

Preposição

Vocês não têm que me engolir

O fiscal teve que acompanhar o candidatoao banheiro.

Palavra expletiva ou de realce

Nunca que eu faria isso!

O verbo HAVER (no sentido deEXISTIR e indicando tempo) e o verboFAZER (indicando tempo) ficam naterceira pessoa do singular.

Não havia vizinhos naquele deserto.

Faz hoje dois meses que morreu na forca omalvado.

Deve haver cinco anos...

Vai fazer cem anos...

CONCORDÂNCIA VERBAL

A MAIOR PARTE DE, GRANDE NÚMERODE, A MAIORIA DE – VERBO NOSINGULAR OU NO PLURAL.

. A maioria dos trabalhadores recebeu

(receberam) a notícia com alegria.

. A maior parte dos doidos está (estão) em seu perfeito juízo.

SUJEITO REPRESENTADO POR NÚMEROPERCENTUAL ou FRACIONÁRIO– épreferível que o verbo concorde com ocomplemento do número percentual oufracionário.

Cinco terços da população foi tomadapelas enchentes.

Dez por cento dos cidadãos continuamdesabrigados.

Vinte por cento da cidade continua sobreas águas.

Núcleo do sujeito no plural com artigo nosingular, ou sem artigo – verbo no singular.

O Amazonas é o maior rio brasileiro.

Campos, cidade fluminense, encanta pelabeleza.

Sujeito posposto, de elementos no singular –verbo no singular ou no plural,indiferentemente.

Morreu o passageiro e o motorista.

Morreram o passageiro e o motorista.

Núcleo do sujeito no plural, com artigotambém no plural – verbo no plural.

Em 1867 os Estados Unidos compraram daRússia o Alasca.

Os Estados Unidos da América foram oprimeiro país a reconhecer aIndependência do Brasil.

Os Andes ficaram famosos com a tragédiaocorrida em 1972.

O VERBO NO INFINITIVO NÃO SE FLEXIONA

(02 casos, entre outros):

1) quando não houver dúvida acerca dosujeito do verbo no infinitivo.

As pessoas eram obrigadas a aguardarem fila.

2) quando for sujeito da oração.

Compete a todos criar um mundo maisjusto e humano.

Importa aos políticos ser honestos.

ALGUNS CASOS DE CONCORDÂNCIA DO VERBO “SER” COM O PREDICATIVO

Tudo eram hipóteses.

O que atrapalhava eram as caras antipáticas dos guardas.

Isso são sonhos.

Aquilo eram asperezas que o tempo acepilhava.

A maioria eram rapazes (sujeito coletivo ou partitivo)

A cama são umas palhas. (coisa)

Emília é os encantos da avó. (pessoa)

ALGUNS CASOS DE CONCORDÂNCIA DO VERBO “SER” COM O PREDICATIVO

PARTÍCULA “SE” (CONCORDÂNCIA VERBAL)

SE O " se" É PARTÍCULA APASSIVADO-

RA - O VERBO CONCORDA COM O SU-

JEITO.

. Alugam-se casas.

. Consertam-se máquinas.

SE O “se" É PARTÍCULA DE INDETERMINAÇÃODO SUJEITO - O VERBO FICA NO SINGULAR(o “se”vem acompanhado de um verbo transitivo indireto,intransitivo ou de ligação).

. Precisa-se de costureiras.

. Trata-se de casos urgentes.

. Não se trabalhou bastante.

. Tudo se conquista quando se é perseverante.

. Nem sempre se é feliz completamente.

. Morre-se de amores por Mônica

CONCORDÂNCIA NOMINAL (alguns casos)

ADJETIVO POSPOSTO A MAIS DE UMSUBSTANTIVO

1)O adjetivo vai para o plural no gêneropredominante.

Encontramos portas e janelas ABERTAS.

Vimos carros e caminhões ATOLADOS.

Passamos por problemas e provas COMPLICADOS.

2) O adjetivo concorda com o mais próximo emgênero e número.

Passamos por problemas e provas COMPLICADAS.

As expressões “bom, preciso, proibido,permitido” ficam invariáveis quando o sujeitovem sem nenhuma determinação, isto é, semartigo, pronome ou numeral.

Água é bom para a saúde.

É preciso mais cautela.

É necessário paciência no trânsito.

É proibido entrada de menores.

É permitido visita às tardes.

Se o substantivo vier determinado(acompanhado de artigo, pronome ounumeral), o predicativo concordará com osubstantivo.

Esta água é boa para a saúde.

Sua presença aqui é necessária.

É necessária a observação das

normas.

Quite, próprio, mesmo, junto, incluso, anexo,obrigado concordam com o substantivo oupronome a que se referem.

As secretárias mesmas arrumam suas

salas.

A taxa de lixo já está inclusa no IPTU.

Irão anexas as folhas suplementares.

Os dois recibos foram enviados juntos.

Finalmente estamos quites com o

banco.

Adjetivo composto formado de adjetivo +adjetivo – o primeiro fica sempre invariável.

Reuniões físico-químicas.

Divergências sino-soviéticas.

Problemas econômico-administrativos.

Leso: Concorda com o substantivo que omodifica.

Crime de leso-patriotismo.

Atitudes de lesa-sociedade.

TRANSITIVO INDIRETO OU DIRETO,

NO SENTIDO DE PRESTAR ASSISTÊN-

CIA, CONFORTAR, AJUDAR.

. O médico já não assistia o doente.

. O governo assiste às populações

carentes.

ASSISTIR

REGÊNCIA VERBAL

TRANSITIVO INDIRETO NO SENTIDO DE PRESENCIAR, ESTAR PRESENTE A .

. Algumas famílias, de longe, assistiam ao

espetáculo.

. Populares assistiam à cena aparentemente

apáticos e neutros.

TRANSITIVO INDIRETO NO SENTIDO DE

CABER.

. Este é um direito que assiste ao réu.

. Não lhe assiste o direito de oprimir os outros.

ASPIRAR

TRANSITIVO DIRETO NO SENTIDO DERESPIRAR E TRANSITIVO INDIRETO NOSENTIDO DE ALMEJAR, DESEJAR.

. A moça aspirava o perfume das flores.

. O empresário aspirava a altos lucros.

PREFERIR

TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO.

. Os jogadores preferiram perder o jogo

a apanhar .

. O prisioneiro preferiu a morte à

condenação.

. Prefiro um inimigo declarado a um

falso amigo.

VISARTRANSITIVO DIRETO NO SENTIDO DE PÔR

O VISTO E APONTAR PARA.

. Só ontem visaram nosso passaporte.

. Visei a estátua e acertei na vidraça do

vizinho.

TRANSITIVO DIRETO OU INDIRETO NO SENTIDO DE DESEJAR, OBJETIVAR.

. Ele visava ao poder (o poder).

. Não devemos visar apenas ao (o) dinheiro.

OBEDECER

É TRANSITIVO INDIRETO

. Obedeça à sinalização.

. Os professores pediram silêncio,

mas ninguém lhes obedeceu.

Regência nominal

Assim como os verbos, há substantivos,adjetivos e advérbios que também necessitamde uma ou mais palavras, ligadas porpreposição, para que seu sentido fiquecompleto.

Todos somos capazes de criar

Temos necessidade de amor.

Eles se manifestaram favoravelmente à

contratação.

IMPORTANTE

O emprego do pronome relativo precedido dapreposição exigida pelo substantivo ou adjetivoao qual se liga merece especial atenção doredator.

Este é o curso de que todos temos

necessidade.

Os empregados em quem depositamos

nossa inteira confiança chegaram.

Antes de palavras femininas queexigem artigo, claras ousubentendidas.

Dirijam-se à secretária.

Irei à lua.

Ninguém é insensível à dor.

Ele ainda usa sapato à Luiz XV.

Usa-se a crase

Nas locuções adverbiais prepositivas econjuntivas (à procura de, à vista de, àcusta de, à razão de, à mercê de, àmaneira de, à proporção que, à medidaque).

Às vezes, vou ao cinema.

Estamos à espera de socorro.

Meu desespero aumenta à medida

que o tempo passa.

Antes de nomes de lugares só haverá crase se osnomes de lugares forem determinados pelo artigo“a”.

Quando formos à Bahia...

Assim que chegarmos a Ipanema...

Antes dos pronomes demonstrativos: aquele, aqueles,aquela, aquelas e aquilo, quando regido de preposição.

Nunca mais fomos àquele lugar.

Procure dirigir-se àquela farmácia urgente-

mente.

Não me refiro àquele homem.

Não se usa a crase

Antes de substantivo masculino.

Ele gosta de andar a cavalo.

Esta loja não vende a prazo.

Antes de substantivo feminino tomado em sentido genérico ou indeterminado.

Ele não vai a festas nem a reuniões.

Antes de substantivos repetidos, nas locuçõesadverbiais.

Gota a gota o tanque se encheu.

Os contendores estão, agora,frente a frente.

Enfrentei-o cara a cara.

Lemos o livro de ponta a ponta.

Antes de verbo no infinitivo.

Estamos dispostos a colaborar.

Prefiro morrer a ver isto acontecer nova-

mente.

Diante de artigos e pronomes indefinidos,pronomes pessoais (inclusive de tratamentos) einterrogativos.

Dirigi-me a uma senhora que estava ao

meu lado.

Recorreram a mim.

Hei de pedir licença a sua Majestade.

A qual delas se refere você?

Obedecia a todos.

Antes de pronome possessivofeminino.

Dei isto a (ou à) suaprofessora.

Ofereci um prêmio a (ou à)minha melhor aluna.

Usa-se a crase facultativamente

Com a locução até a, antes depalavra feminina, a não ser que quea falta da crase possa gerarambiguidade (duplo sentido):

Vou até a cidade.

Vou até à cidade.

Iremos até a feira.

Iremos até à feira.

Aqui está uma substância que pode levar até à morte.

COLOCAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS

PRÓCLISE

Quando aparecem advérbios e pronomesindefinidos: jamais, nada, não, nunca, ninguém,nenhum...

Não o vejo há dias.

Nada me preocupa.

Jamais te roubariam.

Quando há pronomes relativos einterrogativos.

Eis a pessoa que me ajudou.

Quem me convencerá desta

necessidade?

Quando há conjunções subordinadas.

Segundo me informaram, ela

viajou.

Embora se mostrassem sérios,

eram capazes de tudo.

ÊNCLISE

. Quando a oração começa por verbo.

Pediram-me ajuda.

“Vai-se a primeira pomba despertada”.

. Quando o verbo estiver no gerúndio.

Elas saíram do restaurante, queixando-se

muito.

Retirei-me, deixando-os sós.

Em se plantando, tudo dá.

Não se usa o pronome enclíticojunto a um particípio.

Os alunos haviam convidado-mepara sair.

Não se usa o pronome enclíticoem casos de cacofonia.

Os atletas iriam amar-te.

Próclise ou Ênclise nos seguintes casos

1. Com sujeito expresso.

As provas me deixaram louco.

As provas deixaram-me louco.

2. Com conjunçõescoordenativas

Estudara, porém meconfundi na prova.

Estudara, porém confundi-me na prova

3. Com infinitivos invariáveis.

O meu propósito era não

lhe obedecer mais.

O meu propósito era não

obedecer-lhe mais.

MESÓCLISE

Com o futuro do presente e futuro do pretérito.

Dir-lhe-ei tudo o que sei.

Verificar-se-ia o contrário.

. Não lhe direi tudo o que sei.

. Nunca se verificaria o contrário.