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TGA
Prof. Erwin Alexander Uhlmann
Conceitos de Administração, Escolas do Pensamento Administrativo, Processos
Administrativos, Níveis Organizacionais, Funções Empresariais.
UHLMANN, Erwin Alexander. Teoria Geral da
Administração. Instituto Siegen. Guarulhos, 2013.
2
Agradecimentos
Agradeço à minha esposa Kátia por entender
minha ausência, meus pais Mirtes e Günter por
terem criado meu caminho, aos meus alunos que
viabilizaram este trabalho e a todos os autores
de livros e bibliotecas que consultei para que
pudesse devidamente embasar este.
3
Sumário
Introdução ....................................................................................................................... 5
Aula 1 ................................................................................................................................ 6
Pré-requisitos ............................................................................................................... 6
Referências .............................................................................................................. 6
Administração de Sistemas ..............................................................................................7
Análise Sistêmica ......................................................................................................... 9
Compreender o conceito de Administração ................................................................. 13
Cargos, Funções, Competências e Habilidades......................................................... 15
Funções do Administrador ......................................................................................... 17
Exercício ...................................................................................................................... 17
Os dez papéis do Administrador................................................................................ 18
A evolução das escolas do pensamento administrativo .............................................. 19
Teoria Científica .......................................................................................................... 22
Crítica à Teoria Científica ........................................................................................ 23
Lição Aprendida .......................................................................................................... 25
Teoria Clássica ............................................................................................................ 26
Crítica à Teoria Clássica ......................................................................................... 28
Lição Aprendida ......................................................................................................... 28
Teoria Burocrática ..................................................................................................... 29
Críticas à Burocracia .................................................................................................. 30
Lição Aprendida .......................................................................................................... 31
Teoria das Relações Humanas ................................................................................... 32
Teoria Comportamental ............................................................................................ 34
Teoria do Desenvolvimento Organizacional ............................................................ 34
Teoria Neoclássica ..................................................................................................... 34
4
Administração Por Objetivos (APO) ......................................................................... 34
As atividades do processo administrativo ................................................................... 34
Planejamento ............................................................................................................. 34
Organização ............................................................................................................... 34
Direção ....................................................................................................................... 34
Controle...................................................................................................................... 34
Processo decisório ......................................................................................................... 34
Sistemas de informação ................................................................................................ 34
Funções empresariais .................................................................................................... 34
Marketing ................................................................................................................... 34
Finanças ...................................................................................................................... 34
Contabilidade ............................................................................................................. 35
Produção .................................................................................................................... 35
Logística ..................................................................................................................... 35
Recursos Humanos .................................................................................................... 35
Bibliografia ..................................................................................................................... 36
Figura 1 - Feedback: Sensores de retroalimentação ....................................................... 9
Figura 2 - Macrossistema do mercado ........................................................................... 10
Figura 3 – Organograma do sistema Empresarial ......................................................... 10
Figura 4 - Organograma setorial do sistema de Vendas ............................................... 11
Figura 5 - Pirâmide organizacional ................................................................................. 12
Figura 6 - Habilidades x Nível hierárquico ..................................................................... 16
5
Introdução
A Teoria Geral da Administração é uma disciplina que demonstra como é a ciência da
administração de organizações por meio de conceitos e a compreensão da evolução
das escolas administrativas, as atividades do processo administrativo dentro das
organizações e as relações entre os níveis organizacionais além do estudo das
funções empresariais básicas.
O objetivo desta disciplina no curso de Sistemas de Informações é ampliar os
conhecimentos organizacionais para que o aluno possa compreender de forma
profunda o funcionamento institucional para a criação de sistemas informatizados
atendendo as funções e as formas administrativas.
Com esta disciplina o aluno poderá desempenhar os papéis administrativos dentro
de uma organização como compreensão dos fatores mercadológicos para tomada
de decisão, funções relacionadas à logística, produção, RH, entre outros e
compreender o que é necessário para a criação de sistemas informatizados para
atender uma empresa.
Viele Spass!
Divirta-se!
6
Aula 1
Pré-requisitos
Referências
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração: uma visão abrangente
da moderna administração das organizações – 7ª. ed. ver. e atual.: Rio de Janeiro/RJ,
2003.
FERREIRA, A. B. de H. Dicionário Aurélio Básico da Língua Portuguesa: Editora Nova
Fronteira S/A: Rio de Janeiro/RJ, 1988.
SOUKI, G. Q. e ZAMBALDE, A. L. Fundamentos de Administração e Informática. 2ª.
ed. Centro de Editoração/FAEPE: Lavras/MG, 2007.
UHLMANN, Günter W. Administração: das teorias administrativas à administração
aplicada e contemporânea. FTD. São Paulo, 1997.
Revista Computação Aplicada
(http://revistas.ung.br/index.php/computacaoaplicada)
Revista Terceiro Setor
(http://revistas.ung.br/index.php/terceirosetor)
7
Administração de Sistemas
Toda organização é qualquer tipo de empreendimento estruturado para atingir um
determinado objetivo. Desta forma podemos entender que uma organização é uma
estrutura, ou seja, um composto de partes organizadas que possuem forma e são
de certa forma estáveis e que existem por um motivo, uma meta, uma finalidade.
Esta finalidade pode ser lucrativa ou não, pode gerar serviços ou bens duráveis ou
não, pertencerem ao governo, à indústria ou ao terceiro setor.
Podem ser citados diversos exemplos:
Um bar é uma organização, ainda que de uma única pessoa, que possui bens e
vende serviços de cocção de alimentos, servir bebidas prontas, o serviço de locação
de mesas para comer ou beber e por isto recebe dividendos que perpetuam o
sistema, ou seja, o permite se manter comprando novos produtos para continuar
servindo.
Uma igreja vende o serviço dar esperança à continuidade da vida aos fiéis. Para isto
recebe para manter os colaboradores, como o padre, e sua estrutura, a edificação.
O SAAE, a SABESP, CEMIG e outras concessionárias de águas, vendem o serviço de
coleta, tratamento e uso da água.
As montadoras de veículos vendem um produto chamado carro e por vezes seus
projetos.
Podemos começar a entender, então, os conceitos de produto e serviço. O primeiro
é tangível, possui forma, pode ser durável como uma casa, semidurável como um
carro ou não durável como um lanche ou o combustível. O serviço, no entanto é
consumido no ato da entrega, não pode ser desfeito nem devolvido, como por
exemplo, o serviço de um dentista, um psicólogo ou um analista de sistemas.
No primeiro setor, o governo, temos a indústria de bens duráveis como os prédios
dos programas para a classe de baixa renda, o serviço de inteligência da ABIN e
outros como o INSS, Saúde Pública e arruamento e calçamento. Este setor
sobrevive pela cobrança de impostos.
8
No segundo setor, a indústria a gama de produtos e serviços ofertados é
infinitesimal, bens duráveis como pianos, semiduráveis como computadores, não
duráveis como tintas. Os serviços podem variar desde os profissionais até os
eventuais como vendas. Este setor se mantém com o lucro obtido na venda de seus
produtos ou serviços, ou seja, na diferença entre o custo e preço de venda.
No terceiro setor, assim como os outros, temos diversos produtos e serviços,
porém as organizações não objetivam o lucro. Isto não significa que não cobram por
eles, mas não obtém lucro com ele, por exemplo: Ensino, próteses, movimentos
sociais, entre outros. Este setor sobrevive com doações ou o pagamento de taxas
para sua manutenção e o pagamento de seus colaboradores.
Seja qual for o setor, seu objetivo é a perpetuação, assim, toda organização existe
para se manter ou crescer, para tanto é preciso entender quais são os insumos que
irão compor a indústria, seus processos e seus produtos ou serviços dentro de um
sistema que de forma geral é o mercado ou outra indústria ou até mesmo a própria
indústria.
Como cada organização pode ser correlacionada como um sistema, temos então
que todo sistema pertence a outro. Um sistema é um conjunto de componentes
logicamente agrupados e interdependentes, para realização de seus objetivos.
A indústria de software pertence a um sistema que por sua vez pertence a outro
sistema maior que é o mercado de computação que pertence a diversos outros
mercados consumidores da computação, como a indústria de base, de serviços, de
profissionais e outras que consumam os serviços ofertados pela informática.
No corpo humano temos os intestinos que pertencem a outro sistema, o digestivo.
Para que serviria ele se não para fornecer nutrientes para os músculos, numa clara
relação de consumo? Os músculos por sua vez são os responsáveis de trazer o
alimento que sustenta o sistema digestivo. Outros sistemas podem ser agregados
como o sistema sensorial que nos guia ao alimento, o sistema nervoso que nos
permite escolhas e o sistema Humano que é a reunião do todo.
9
Como é possível notar os sistemas estão logicamente agrupados, o intestino
recolhe nutrientes, o fígado processa e fornece energia para os músculos, etc.,
sendo interdependentes, pois ao remover uma das partes o conjunto deixa de
funcionar adequadamente, sem coração o sangue que carrega o oxigênio e os
nutrientes deixa de fluir e o sistema para e cumpre um objetivo, trabalhar, estudar,
comer, contemplar, etc.
De forma a compreendermos, didaticamente, dividimos os sistemas em abertos e
fechados. Um sistema fechado independe totalmente de qualquer outro elemento
para seu funcionamento, seria um sistema perpétuo, impossível. Um sistema aberto
constitui a realidade em que um depende e pertence a outro maior.
Assim como no corpo humano, cada órgão é um departamento e em nós os
sentidos nos alertam para saber se as coisas estão indo bem. Somos sensíveis em
todos os pontos do corpo. Numa empresa, numa máquina, num software, podemos
ou até devemos elaborar mecanismos que informem como anda o funcionamento
das partes e sua produção. A isto se dá o nome de feedback, conforme a figura 1.
Análise Sistêmica
Para compreendermos o sistema organizacional é preciso conhecer as partes
diretamente relacionadas. Vejamos a análise sistema de uma organização exemplo:
Entrada: Insumos
Dados Recursos
Processo Saída:
Produto | Serviço
Feedback: Sensores de retroalimentação
Figura 1 - Feedback: Sensores de retroalimentação
10
Figura 2 - Macrossistema do mercado
Figura 3 – Organograma do sistema Empresarial
Sistema Empresa
Concorrentes
Clientes
Fornecedores
Governo (leis)
Bancos
Diretoria
Vendas Produção Finanças
TI
11
Figura 4 - Organograma setorial do sistema de Vendas
As empresas, classicamente, podem ser definidas como capital e mão de obra,
sendo o primeiro definido como maquinário, prédio, matéria prima e demais
tangíveis e o segundo, a mão de obra, todas as pessoas que irão operar na
organização. Estas pessoas ocupam cargos que possuem funções,
responsabilidades e devem se comunicar conforme a estrutura organizacional
definida, ou seja, a organização formal. Organizações informais podem surgir de
diversas maneiras, mesmo em times de futebol dos amigos, pequenas empresas em
que as pessoas se juntam e desenvolvem métodos próprios de trabalho. Não existe
regra própria para o desenvolvimento da estrutura organizacional.
De forma geral o que se tem são os níveis organizacionais, sendo:
Gerente
Vendedores externos
Vendedores internos
Pós vendas
Secretária
12
Figura 5 - Pirâmide organizacional
Estratégico: É o nível mais alto, o que se comunica com o meio ambiente, determina
e delineia os sistemas internos, norteia a organização e planeja ações futuras. De
forma geral responde questões do tipo “O que...”;
Tático: Coordena e integra as atividades definidas pelo nível estratégico e definem o
que o operacional deve realizar. De forma geral responde questões do tipo
“Como...”;
Operacional: É o nível de execução definido pelo tático. Este nível responde aos
outros níveis, porém diretamente o tático. De forma geral responde questões do
tipo “Onde...”, “Quando...”, “Quem...” ou “Quanto...”.
Estes níveis se relacionam pela comunicação. Ela é vital para a correta execução das
tarefas e do feedback. Você pode delegar tarefas, mas não responsabilidades e
saber o que deve ser feito com correição e à quem responder pode determinar se a
coisa será feita de forma correta ou se é a coisa certa a fazer.
Seguindo o preceito Mercado, Mente e Mãos, para pôr em prática os conceitos
aprendidos, vamos realizar os conhecimentos adquiridos.
O quê, no mercado, pode ser feito com que aprendemos?
Estratégico
Tático
Operacional
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Escolha uma instituição, e desenhe seu organograma, defina quais são seus níveis
organizacionais, e em formato de fluxograma, determine as relações sistêmicas
dela.
Responda as questões:
1. Qual é a organização?
2. Qual seu mercado de trabalho?
3. Quais são seus concorrentes, fornecedores, clientes e leis (Normas de ABNT,
CAU, SBC, ANVISA, etc.) que ela deve atender?
4. Em formato de fluxograma defina as relações sistêmicas da organização e
seus subsistemas.
5. Quais são as organizações formais (desenho) e informais da organização?
6. Quais são os níveis da organização?
7. Quais são as autoridades e responsabilidades de seus cargos?
Faça em trios.
Compreender o conceito de Administração
Administração, etimologicamente, vem do latim ad (direção) e minister
(obediência), sendo assim, a forma com que se faz as outros realizarem tarefas.
Existem diversas formas e autores que definem administração de diversas maneiras,
como segue:
Segundo CHIAVENATO (2003) significa aquele que realiza uma função sob comando
de outra pessoa, isto, presta serviço a outro, ainda segundo este autor, é também
considerado o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar recursos para
obtenção de um objetivo organizacional.
FERREIRA (1988) considera que administração é a ação de administrar. Gestão de
negócios públicos ou particulares. Governo, regência. Conjunto de princípios,
normas e funções que têm por fim ordenar os fatores de produção e controlar sua
produtividade e eficiência, para se obter determinado resultado.
14
Administrar é o ato de trabalhar com e por meio de pessoas para realizar os
objetivos tanto da organização quanto de seus membros (FERREIRA, 1988). No
entanto, existem vários autores que conceituaram administração, conforme segue:
Para FOLLET apud CHIAVENATO (2003), Administração é “A arte de se conseguir
que as pessoas façam as coisas”, já para CHIAVENATO (2003), Administração é “A
condução racional das atividades de uma organização, seja ela lucrativa ou não”,
FAYOL apud CHIAVENATO (2003) define como “A atividade de prever, organizar,
comandar, coordenar e controlar” Procura-se aqui a definição de administração
desde a estrutura, sua lógica de funcionamento e as pessoas, que para a Visão das
Teorias Comportamentais define Administração como “Alcançar objetivos através
das pessoas e com as pessoas”. (CHIAVENATO 2003). Entende-se essa definição
como a mais abrangente, pois engloba as demais. São as pessoas que constituem as
organizações e quando falamos em condução racional estamos falando em conduzir
pessoas de forma racional. Estas pessoas irão operacionalizar os ativos, as máquinas
e os equipamentos; elas irão lidar com os clientes e demais elementos do sistema
maior no qual se insere a empresa.
O administrador lida e se confronta com dilemas entre necessidades humanas e
organizacionais face aos seus interesses conflitantes, age, portanto como mediador
no afã de atingir os objetivos da organização, do sistema pelo qual responde.
Para correlacionarmos com a informática, SOUKI e ZAMBALDE (2007) definem que
os sistemas de informação podem ser definidos como um conjunto inter-
relacionado de componentes (hardware, software e pessoas) trabalhando para
coletar, armazenar e processar dados, com o objetivo de gerar, analisar e distribuir
informações úteis para controlar, coordenar e dar suporte às decisões, tanto em
nível de organizações quanto de cadeias produtivas, assim sendo, podemos adaptar
as teorias administrativas para explicar os componentes de um sistema de
informações.
A administração, por sua vez, não é passível de se definir como uma ciência exata,
por lidar com pessoas, não é arte, pois possui regras, é uma profissão
regulamentada, porém aplicável a qualquer ramo de atividade. O que é interessante
15
é a afirmação de Theodore Leavitt “Podemos ensinar sobre Administração, mas
não podemos ensinar Administração” e de Stephen P. Robbins “Não podemos
treinar as pessoas para administrar; podemos somente educa-las a pensar como
administradores”, com isto é possível concluir que a administração é complexa,
variável e imprevisível, mas pode mensurar, indicar resultados mensuráveis e
realizar coisas que em grupo, ou melhor dizendo, administradas, são mais
facilmente exequíveis.
Na administração, podemos fazer uma
analogia simplificada com um
formigueiro. Nem todas formiga
podem realizar todas as tarefas. A
subdivisão as especializou e as tornou
melhores no que fazem e outras
realizam tarefas que são melhor
adaptadas, mas todas para o bem
comum do formigueiro e não para a
formiga.
Na Grécia antiga, desenvolveu-se o conceito do bem comum que se prevalece ao
direito individual. Quem define, então, qual casa deve ser demolida para que uma
rua seja aberta? Por que aquela casa?
Cargos, Funções, Competências e Habilidades
A representação de uma organização pode ocorrer de diversas formas, o modelo
piramidal é o mais simples e conhecido. Nele podemos destacar algumas
incumbências e e habilidades específicas, que são:
Técnica;
Humana;
Conceitual.
A habilidade técnica é aquela em que o indivíduo tem a capacidade de uso, de
pragmatizar, concretizar conhecimentos específicos em alguma especialidade da
16
organização. Um piloto de avião deve ter conhecimento e habilidade técnica para
pilotar um avião ou um programador deve conhecer sintaxes de linguagem de
programação e engenharia de software para criar um programa.
A habilidade humana é a capacidade de lidar, de se relacionar com as pessoas.
Como a administração é alcançar objetivos através e com pessoas, esta habilidade é
primordial para uma administração eficaz.
A habilidade conceitual é a capacidade do administrador de compreender a
administração, transformar os fatos em teorias, correlacionar dados, traçar planos
estratégicos, coordenar, integrar e entender a organização como um sistema.
Dentro da estratigrafia administrativa piramidal de uma organização, as habilidades
podem variar conforme o nível hierárquico, veja Figura 6.
Figura 6 - Habilidades x Nível hierárquico
Isto se deve ao fato de que numa administração de 1ª linha, num nível mais próximo
do operacional, não é preciso conhecer muitos conceitos ou conceituar os
conhecimentos. A capacidade de lidar com as pessoas do operacional é mais
importante e saber como realizar, a habilidade técnica se torna fundamental.
Por que isto ocorre nos demais níveis?
Como você faria para melhorar o desempenho administrativo em cada nível?
Conceitual; 50
Humana; 40
Técnica; 10
0
20
40
60
80
100
120
Adm. de 1ª linha Adm. Intermediária Alta administração
Inte
nsi
dad
e p
or
tip
o d
e h
abili
dad
e
Nível Hierárquico
Habilidades x Nível Hierárquico
17
Quais relatórios você produziria para cada nível hierárquico?
Funções do Administrador
Vamos pensar num administrador. O que ele deve fazer?
Fazer com que pessoas realizarem ações (metas, direção, objetivos) de forma
planejada, organizada e para saber se as coisas estão indo bem, controle!
Então vamos entender cada parte:
Planejar: Criar um plano, planta, diretriz ou linha de trabalho, mas deve-se pensar
que ao se planejar uma ação, ela não deve ser feita de para atender esta situação.
Deve atender à todas situações semelhantes, ou seja, é preciso pensar em um
método para que seja possível repetir a ação com o mesmo projeto.
Administrar é realizar bem uma única vez!
Organizar: Para realizar uma determinada tarefa é preciso contar com recursos,
sejam eles financeiros, materiais ou humanos. O administrador então deve alocar os
recursos de forma combinada e distribuída de forma a otimizar tanto os recursos
como o processo.
Dirigir: O administrador deve cuidar para que os recursos sigam no cumprimento do
objetivo, da meta, do objetivo.
Controlar: Feedback, verificação de os atos realizados estão de acordo com o plano,
o objetivo estabelecido.
Exercício
Faça um resumo, uma simples explicação sobre:
1. O que é um processo, um sistema e uma organização?
2. O que é administrar?
3. O que são habilidades técnicas, humanas e conceituais? Exemplifique com
casos hipotéticos e reais.
4. Quais são as funções de um administrador? Defina-as e exemplifique-as.
18
5. Quais são os papéis do Administrador? Defina por categoria, o papel numa
organização, suas atividades e informações típicas. Exemplifique.
Os dez papéis do Administrador
Numa organização, cada cargo e pessoa podem tender a um tipo de papel
considerando sua personalidade, cargo e função, como um vendedor que deve
saber lidar com pessoas, ter capacidades interpessoais de administrar, um contador
com capacidades informacionais ou um diretor com papéis decisórios, veja:
Tabela 1 - Os papéis do Administrador
Categoria Papel Atividade Tipo de
Informação
Interpessoal
Representação
Representa a organização, realiza
cerimônias, assina documentos,
atende e acompanha visitante e
clientes. Evangelizadores,
vendedores.
Regras de
conduta Liderança
Dirige, estipula metas, treina,
comunica ordens e fatos com
subordinados e superiores.
Líderes de produção.
Ligação
Mantém redes de comunicação
dentro e fora da organização, usa
malotes, telefones, e-mails e
reuniões. Gerentes e
supervisores.
Informacional
Monitoração
Manda e recebe informações,
verifica desempenho. Gerentes e
estoquistas. Dados,
documentos
e números Disseminação
Gera, envia e distribui
informações, relatórios para
membros de outras
19
organizações.(RI)
Porta voz Emite as posições oficiais da
organização para a sociedade. RI.
Decisorial
Empreende
Inicia projetos, identifica
oportunidades de crescimento, de
mercado, de novos serviços ou
produtos a serem oferecidos,
calcula e assume os riscos e
delega funções
Relatórios,
gráficos e
balanços
Resolve
conflitos
Toma ações corretivas em
disputas ou crises pessoais,
funcionais ou até mesmo
processuais ou sistêmicas e
adapta o grupo a novos projetos e
mudanças
Alocação de
recursos
Compreende os talentos, aloca
recursos financeiros, materiais e
humanos ao estabelecer as
prioridades conforme diretrizes
organizacionais
Negociação
Representa a organização em
sindicatos, compras, vendas,
processos judiciais ou em fusões,
incorporações e negociações
A evolução das escolas do pensamento
administrativo
A administração é uma ciência que precisa atender às demandas e pressões sociais.
20
Os primeiros processos produtivos começaram com os artesãos que produziam
seus produtos de forma simples e seriada, como um marceneiro que talha uma
mesa de madeira. Mesmo que sua encomenda fossem 10 iguais, elas seriam
diferentes nos detalhes.
A administração adaptou-se ao sistema, a sociedade e às técnicas da época para
criar meios de produção que trouxessem maior economia de tempo, partindo para
organizações especializadas, burocráticas e chagando até à formas que permitam
decisões no caos. Veja na Tabela 2:
Tabela 2 - Evolução do pensamento sistêmico
Ênfase Teoria Administrativa Principais enfoques
Tarefas Adm. Científica (1903) Racionalização do
trabalho no nível
operacional
Estrutura Teoria Clássica e
Neoclássica (1916)
Organização formal;
Princípios gerais da Adm.
Funções do administrador
Teoria Burocrática (1909) Organização formal;
Racionalização,
rastreabilidade das
tarefas, previsões e
decisões por papéis.
Teoria Estruturalista
(1947)
Múltipla abordagem;
Organização Formal e
Informal;
Análise intra e
interorganizacional.
Matriz e Filial cooperam,
contratações conforme
demanda, realocação de
recursos.
21
Pessoas Teoria das relações
humanas (1932)
Organização
informal(formal para org.
informal dentro dela);
Motivação, liderança,
trabalho em grupos
pequenos.
Teoria do
comportamento
organizacional(1957)
Alinhamento entre os
objetivos organizacionais
e individuais.
Desenvolvimento
Organizacional(1962)
Mudanças planejadas;
Abordagem de sistemas
abertos.
Produção por terceiros,
abertura de projetos
fragmentados, matriz,
filial, terceirização,
parcerias.
Ambiente Teoria Estruturalista
(1947)
Análise do ambiente,
mercado, concorrentes,
clientes e funcionários.
Parcerias, fusões e
disrupções.
Tecnologia Teoria da Contingência
(1972)
Imperativo ambiental;
Sistemas abertos,
integração, generalização
e especialização;
Competitividade Novas abordagens na
Adm.(1990)
Caos e complexidade;
Aprendizagem, P&D,
Capital humano.
A administração teve seu desenvolvimento de forma lenta, assim como o progresso
da indústria até o séc. XIX, no entanto após a revolução industrial no séc. XVIII e XIX
22
o ritmo acelerou até que no séc. XX algumas novas teorias que se adaptavam
melhor ao novo ambiente.
A igreja surgiu como o poder controlador da sociedade e estabeleceu o conceito de
poder coercitivo, a implantação das crenças e do simbolismo, enquanto o
militarismo com as noções de divisão, controle, padronização e hierarquia.
Neste tempo surgiu a revolução industrial (1780-1860) com sua primeira onda
caracterizada pelo carvão e ferro. Na segunda onda (1860 – 1914), caracterizada
pelo aço e pela eletricidade, a terceira onda (1914 – 1950) pela eletricidade e
química, e a quarta onda caracterizada pela Tecnologia e a Informação. Qual será a
próxima onda?
Os economistas liberais influenciaram a administração, como Adam Smith (1723 –
1790) criador da lei da oferta e da procura, que visualizava a necessidade de
especialização dos funcionários e a racionalização da produção com a divisão do
trabalho.
Karl Marx (1818 – 1883) e Friederich Engel (1820 – 1895), que desenvolveram o
movimento do socialismo e do sindicalismo. Todo trabalhador é importante e o
Estado deveria prover os frutos do desenvolvimento de forma igualitária.
Juntamente com os economistas e o avança da tecnologia, no início do século XX,
as características da sociedade eram o livre comércio, Mercados apenas vendedores
se tornaram também compradores, além do rápido desenvolvimento tecnológico e
o crescimento das organizações.
Para compreendermos como se adaptar, vamos estudar as teorias administrativas.
Teoria Científica
Teoria da Administração Científica ou Taylorismo é um sistema de organização
industrial criado pelo Engenheiro Mecânico e Economista Estadunidense Frederick
Winslow Taylor (1856 – 1915) que se caracterizava:
Organização racional do trabalho pelo estudo dos tempos e movimentos; e
23
Divisão do trabalho.
A partir destes estudos, Taylor comprovou que a mão de obra, até então
desqualificada, deveria ser treinada e especializada em funções específicas na
produção dos objetivos, pois com a repetição dos movimentos e em apenas um
ponto da produção, o tempo se reduzia e era possível produzir mais em um prazo
menor, além de aumentar a qualidade.
Esta teoria possui quatro princípios fundamentais desenvolvidos por Taylor:
Planejamento: A produção deixa de ser tratada como projeto, como elementos
individuais e improvisados, ou seja, com soluções procuradas para a solução dos
problemas surgidos durante os processos que passaram a serem planejados antes
do início das atividades antes do início das atividades, prototipados e testados;
Qualificação: Seleciona os trabalhadores pelo estudo das tarefas, tempos e
movimentos e pela Lei da Fadiga abordado por Gilbreth;
Controle: Verifica se o trabalho está sendo executado conforme o método de
produção, o projeto e nas quantidades previstas;
Execução: Alocar equipamentos, insumos e responsabilidades de forma disciplinada
e precisa.
Crítica à Teoria Científica
Mecanicista: O Homem como máquina e não como humano;
Especialista: O operário conhece apenas sua função e não sabe as
consequências de seus erros e acertos no processo como um todo o que
impede melhorias;
Atomista: Com o conceito de homem como máquina, esquece-se da
importância dos grupos informais e das relações humanas, o trabalho apenas
como objetivo;
Ausência de comprovação: Apesar de ser científica, esta teoria, como previa
a melhoria dos processos, realizava melhorias baseadas na observação e não
em métodos comprobatórios;
24
Sistema fechado: Taylor acreditava e lidava com a indústria como um
sistema independente do mercado ou outros fatore externos como leis,
economia, concorrentes.
Para o estudo dos movimentos, Frank Gilbreth, Engenheiro que acompanhava
Taylor no estudo dos movimentos humanos para melhorias, estudou a
decomposição dos movimentos elementares que compõem qualquer tarefa, que
são:
1. Procurar;
2. Escolher;
3. Pegar;
4. Transportar cheio;
5. Transportar Vazio;
6. Preposicionar (preparar para posicionar);
7. Posicionar;
8. Unir (ligar ou anotar);
9. Separar;
10. Soltar carga;
11. Utilizar;
12. Inspecionar;
13. Segurar;
14. Esperar inevitavelmente;
15. Esperar quando evitável;
16. Repousar;
17. Planejar.
Fordismo
Henry Ford (1863 – 1947), fundador da Ford Motors desenvolveu o sistema
produtivo de montagem de carros conhecido como fordismo. Este sistema consiste
em uma linha de produção em uma esteira em que os produtos passam e os
operários ficam parados realizando operações específicas, como acoplamentos,
25
pintura, aparafusamento, etc. Isto significou uma redução de 9h para se produzir
um carro para apenas 98min.
O fordismo tinha por objetivo a redução dos custos e do tempo de produção,
porém, nos anos 1980, ele foi gradativamente substituído pelo Toyotismo que
focava na qualidade da produção, redução dos estoques e na produção enxuta.
Lição Aprendida
O trabalho especializado permite a melhoria da qualidade e o ganho em escala dos
produtos e na velocidade de produção.
Num sistema de informação é preciso coletar todas as partes envolvidas e seus
dados, números, resultados e demais itens relacionados à produção para que seus
supervisores, gerentes ou diretores possam determinar como racionalizar o
trabalho, estabelecer novas formas de produção, melhorar a qualidade, diminuir o
tempo ou outros fatores que ajudem a organização melhorar seus produtos e
aumentar seu lucro.
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Teoria Clássica
Diferente da Teoria Científica, que se preocupava com a produção, a Clássica visava
a organização da estrutura empresarial, a gerência. Henry Fayol (1841 – 1925),
engenheiro francês, propôs os quatorze princípios administrativos, sendo:
1. Funções administrativas: Sincronizam as demais funções.
1.1. Prever: Planejar as ações futuras;
1.2. Organizar: alocar adequadamente os recursos materiais e humanos;
1.3. Comandar: informar, orientar as pessoas com relação à suas tarefas;
1.4. Coordenar: Estipular ordem, sequencia das ações;
1.5. Controlar: verificar que o produzido está de acordo com o planejado.
2. Funções Técnicas: Como se deve ser feito o produto ou serviço. Engenharia.
3. Funções comerciais: Compra, venda, permuta, negociação de recursos.
4. Funções financeiras: Gerência de capitais e decisões de investimentos.
5. Funções de segurança: Proteção das pessoas e dos bens da organização.
6. Funções contábeis: Estipular custos, salários, precificação, impostos, etc.
Princípios Descrição
Divisão do trabalho Designação de tarefas específicas para cada
pessoa, resultando na especialização das
funções e separação dos poderes.
Autoridade e Responsabilidade É o direito legítimo de exercer poder dentro da
organização para obter a obediência do
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trabalhador. Está intimamente relacionada à
responsabilidade que é o dever de prestar
contas pelo uso da autoridade. Caminham juntas
e uma sem a outra levam ao fracasso gerencial.
Disciplina Necessidade de estabelecer normas de conduta
de trabalho para todos os funcionários. A
ausência de disciplina joga a organização no
caos.
Unidade de comando O trabalhador deve receber ordens de apenas
um superior.
Unidade de direção Deve existir um só chefe e um só programa que
visa o mesmo objetivo ou resultado.
Prevalência dos interesses gerais ou
subordinação do Indivíduo
Os interesses gerais devem prevalecer sobre os
interesses individuais.
Remuneração Deve ser suficiente para garantir a satisfação dos
funcionários e da organização.
Centralização A importância dos subordinados é reduzida à
medida que o poder organizacional e a
responsabilidade pela tomada de decisões se
concentram nas mãos dos gerentes.
Hierarquia ou Cadeia Escalar Defesa incondicional da estrutura hierárquica, de
cima para baixo nas organizações.
Ordem Deve ser mantida em toda a organização,
preservando um lugar para cada pessoa e cada
coisa em seu lugar.
Equidade A justiça deve prevalecer no ambiente de
trabalho, justificando a lealdade e a devoção dos
funcionários à empresa.
Estabilidade de pessoal Manutenção da equipe como forma de
promover seu desenvolvimento.
Iniciativa Capacidade de criar situações e ações que
facilitem a execução das tarefas.
Espírito de equipe A empresa deve promover a harmonia e os
interesses em comum, que resultam em boas
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relações entre os funcionários.
Crítica à Teoria Clássica
Ver a empresa de forma simplificada e minimalista ou reducionista;
Concepção teórica e não experimental;
Administração extremamente racional;
A empresa funciona como uma máquina e não como organismo (! –
Organização!);
A organização (ou empresa – máquina) como sistema funcional fechado.
Lição Aprendida
Assim como uma máquina e na Teoria Científica com a especialização, a Teoria
Clássica especializou a organização, dividiu em departamentos para melhorar o
desempenho da organização como um todo e não só a produção. Sua preocupação
com a empresa e não com o ambiente tende a fechar o sistema e ignorar os
concorrentes, clientes, funcionários e governo.
Nem todo funcionário está ligado à produção e é necessário um regente para
“sincronizar” as informações. As informações devem ser separadas por
departamentos, assim como é fisicamente.
Para compreendermos os departamentos, suas funções e o sistema de
departamentalização, precisamos entender que entender quais informações veem
de quem e quais devem ser enviadas à quem.
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Teoria Burocrática
Max Weber (1864-1920), sociólogo alemão criou a teoria das relações burocráticas,
ou seja, uma referência crítica e pejorativa aos escritórios (do francês bureaus),
repartições publicas e suas regras (do grego kratos). Este modelo se baseia na
impessoalidade, autoridade e a obediência aos meios de administração.
Weber propôs sua teoria para reagir à crueldade do modelo científico e clássico que
viam as pessoas e as organizações como máquinas, e o nepotismo e a concentração
de poderes e seus julgamentos parcialistas e tendenciosos.
Com o aparecimento da autoridade, surgiram os poderes legais, definidos pela
hierarquia herdada da teoria clássica. Os tipos de poderes podem ser
principalmente:
Legítimo ou legal: Aquele que seu detentor o tem por direitos legais como eleição,
atribuição ao cargo ou função, ou ainda por definição e os governados aceitam o
governante;
Referência: Quando seu detentor conhece um assunto a ponto de ser fonte de
consulta de referência, conselheiro; mas não tem poder de decisão;
Coercitivo: Quando seu detentor impele, impõe pela força, intimidação, chantagem
ou qualquer forma que obrigue o outro a realizar o que se deseja; no entanto, ele
tende a se esgotar quando sessa-se a fonte de obrigação do compelido e
geralmente não visível, burocratizável e incorre em assédio ou outras formas ilegais;
A Teoria Burocrática, de forma geral, é regida por fontes como a econômica, o
trabalho ou tempo. No campo econômico, os documentos devem demonstrar que
determinado processo, produto, funcionário ou outro recurso é ou irá trazer
economia à organização, aumentar seu lucro ou reduzir a contribuição tributária. Na
questão do trabalho, como superioridade técnica ou meios de comprovação de
resultados futuros. E na questão do tempo, realizar algo com menos esforço ou
mais rápido.
As características da Burocracia são:
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Atendimento às normas, leis ou regras;
Formalização da comunicação;
Racionalização da divisão do trabalho;
Relacionamentos impessoais. O trabalho flui por cargos e funções e não por
pessoas;
Hierarquia de autoridade e responsabilidade;
Estabelecimento de padrões e rotinas normais (normalizadas) de trabalho;
Meritocracia, ou progressão por atendimento às regras;
Profissionalização do administrador com a separação entre o dono e o
diretor;
Previsibilidade, com o estabelecimento dos padrões e das regras.
A teoria de Weber indica uma estrutura formal e previsível, para tanto o
planejamento das ações por meio de documentos e a rastreabilidade funcional
torna a organização eficiente, eficaz e efetiva, no entanto, para os fatores
imprevisíveis, a organização se torna lenta, extremamente formal e “engessada”.
Para seu autor, no entanto, filosoficamente, os itens imprevisíveis não forma
devidamente planejados.
O próprio criador da teoria enxergou uma fraqueza em sua teoria, que consiste no
confronto entre as organizações. Como os funcionários tender a se preocupar mais
com o atendimento às regras, se fecham na organização e se distanciam dos
clientes e isto leva às organizações, em qualquer tipo de relação a querer atender
apenas as próprias regras e não aceitar as externas.
Críticas à Burocracia
Internalização das regras que tornam seu atendimento aos meios mais
importante que os fins;
Papelório excessivo;
Resistência a mudanças;
Desumanização, despersonalização, desapego e funcionários conhecidos
pelo nome e cargo como sobrenome;
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Exibição de poderes e autoridade;
Dificuldade de atendimento dos clientes em detrimento ao atendimento às
regras;
Desconsideração às soluções informais e a variabilidade humana.
Lição Aprendida
Para ser previsível é preciso ser documentado...
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Teoria das Relações Humanas
George Elton Mayo (1880 – 1948), australiano formado em antropologia e medicina,
professor universitário, concentrava sua linha de pesquisa nas relações
interpessoais dos trabalhos e seus efeitos na produtividade e que os métodos de
produção evoluíram de forma defasada aos métodos de trabalho e a evolução
social.
Mayo acreditava no foco nas pessoas, se contrapondo às ideias da Teoria Clássica,
que via a empresa como máquina, as pessoas é que faziam com que as oisas
aconteciam. Para comprovar tais fatos, ele realizou a experiência de Hawthorne.
Hawthorne, um bairro americano da cidade de Chicago, abrigou a Western Eletric
Company. Ele deu nome à experiência liderada por Mayo que realizou nesta
empresa entre os anos de 1927 à 1932 e consistia na busca das variáveis que
poderiam influenciar positivamente ou negativamente a produtividade.
Este professor australiano tinha por objetivo testar como os fatores ambientais
poderiam afetar a produtividade, alterando a iluminação na linha de produção.
Numa segunda fase, ele criou um grupo separado chamado de grupo de controle.
Este grupo permaneceria inalterado em suas condições ambientais. Em seguida
outro grupo foi destacado para realização das provas em salas separadas. Este
grupo teve diferenciação de pagamento pelas atividades realizadas, criação de
intervalos de 5min. de manhã e de tarde para descanso, depois aumentou para 10
min. três intervalos de 5min. de manhã e de tarde, condensação para 10 minutos,
saída mais cedo e a compensação de carga horária para semana de 5 dias e sábado
livre.
Na terceira fase, ele realizou entrevistas com os operários para entender suas
necessidades. E na quarta fase, a análise da organização informal do grupo.
Os resultados obtidos foram:
1. Quanto maior a integração do grupo informal maior a produtividade;
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2. As reações das pessoas em grupos não é individualizada ou tende a ser
diferente quando em grupo;
3. Os operários abrem mão de parte do salário e do trabalho (trabalhar menos
e ganhar menos) e garantir que as relações informais sejam preservadas;
4. Em contraposição às organizações formais da Teoria Clássica, os grupos
informais se organizam;
5. O cargo e a função exercida tem influência direta sobre a disposição para o
trabalho;
6. As emoções são consideradas como aspectos importantes e merecem
atenção especial.
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Teoria Comportamental
Teoria do Desenvolvimento Organizacional
Teoria Neoclássica
Administração Por Objetivos (APO)
As atividades do processo administrativo
Planejamento
Organização
Direção
Controle
Processo decisório
Sistemas de informação
Funções empresariais
Marketing
Finanças
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Contabilidade
Produção
Logística
Recursos Humanos
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Bibliografia
GABRIEL, Martha. SEM e SEO: dominando o marketing de busca. Ed. NOVATEC. São
Paulo, 2009.
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SILVA, Maurício Samy. Fundamentos da SVG. Ed. Novatec. São Paulo, 2012.
ERL, Thomas. SOA: Princípios do design de serviço. Ed. Perason Prentice Hall. São
Paulo, 2009.
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CYBIS, Walter. Ergonomia e Usabilidade: conhecimentos, métodos e aplicações. Ed.
Novatec. São Paulo, 2007.
Revista.br (http://www.cgi.br/publicacoes/revista/)
Revista Computação Aplicada
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