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PROF. ESP. GUSTAVO HENRICK

PROF. ESP. GUSTAVO HENRICK. Cabimento O Resp, diferentemente do RE, só é cabível contra acórdão dos tribunais. Não se admite sua interposição contra decisão

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Cabimento

O Resp, diferentemente do RE, só é cabível contra acórdão dos tribunais. Não se admite sua interposição contra decisão de primeira instância.Além disso, convém destacar que não cabe Resp contra decisão das turmas recursais, ou seja, órgãos de segundo grau dos juizados especiais, nos termos da súmula 203 do STJ:

SÚMULA Nº 203 - Não cabe recurso especial contra decisão proferida, nos limites de sua competência, por órgão de segundo grau dos Juizados Especiais.

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O referido recurso somente será cabível quando tiverem se esgotado os recursos ordinários previstos na legislação processual vigente.

Para interpor um Recurso especial a parte deve, anteriormente, prequestionar a matéria, ou seja, há necessidade de ter havido um debate anterior sobre a as alegações do recurso.

De acordo com o art. 541 do CPC, o recurso especial terá cabimento nos casos previstos na CR/88

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Cumpre destacar que o atual recurso especial é desdobramento do antigo recurso extraordinário, e por isso, deve atender algumas orientações previstas para o próprio recurso extraordinário.

Um acórdão pode infringir norma constitucional e lei federal ao mesmo tempo. Nesse caso, o prazo de 15 dias é comum para a interposição dos dois recursos, em petições distintas.

O recorrido também apresentará contra-razões separadas. O cabimento de um ou outro recurso será analisado pelo órgão de origem. Caso sejam denegados, caberá agravo, no prazo de 10 dias, nos termos do art. 544 do CPC:

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CUIDADOArt. 544. Não admitido o recurso

extraordinário ou o recurso especial, caberá agravo nos próprios autos, no prazo de 10 (dez) dias. (Redação da LEI Nº 12.322/09.09.2010)

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Concomitância do RE com o Resp

Admitidos os dois, os autos subirão primeiramente ao STJ para julgamento do Resp. após o julgamento do Resp é que haverá remessa ao STF, salvo se julgamento do primeiro não prejudicar o segundo.

No STJ, pode o relator entender que a matéria do RE prejudica o Resp. Nesse caso, permite-se inverter a ordem, sendo os autos remetidos ao STF, ficando sobrestados no STJ, nos termos do art. 543, §2 do CPC:

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Art. 543 (...)

§ 2o Na hipótese de o relator do recurso especial considerar que o recurso extraordinário é prejudicial àquele, em decisão irrecorrível sobrestará o seu julgamento e remeterá os autos ao Supremo Tribunal Federal, para o julgamento do recurso extraordinário.

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Nessa hipótese, uma vez no STF, pode o relator entender de forma diversa, e entender por bem devolver o processo para julgamento pelo STJ em primeir

Art. 543 (...)

§ 3o No caso do parágrafo anterior, se o relator do recurso extraordinário, em decisão irrecorrível, não o considerar prejudicial, devolverá os autos ao Supremo Tribunal de Justiça, para o julgamento do recurso especial.o lugar, nos termos do art. 543, §3º do CPC:

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Entre os relatores do STJ e STF, a última palavra é dada pelo último, em decisão irrecorrível, prevalecendo o que decidir para a ordem de julgamento dos recursos.

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Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:III - julgar, em recurso especial, as causas decididas,

em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:

a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;

b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;

c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal

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PRAZO15 DIASTem contra-razões? Sim, no prazo de 15 dias.

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PREPARODependem de preparo? Sim, dependem de

preparo;

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ENCAMINHAMENTOA quem são dirigidos? Ao Presidente do

Tribunal local;

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Qual a atribuição do tribunal local?Os recursos apresentam sistema de admissibilidade

desdobrado ou bipartido, com uma fase perante o Tribunal a quo e outra perante o ad quem; No juízo de admissibilidade, devem ser analisados apenas os aspectos formais do recurso e não o seu próprio mérito. Em outras palavras, não pode o órgão a quo, ao fazer o Juízo de admissibilidade, declarar que houve ou não houve violação à Constituição ou a lei federal, porque isso é o mérito do recurso. Se o fizer, o órgão a quo está usurpando a competência do Tribunal ad quem. Por isso, cabe ao tribunal local apenas realizar o juízo de admissibilidade do recurso.

Estando presentes os requisitos de admissibilidade o recurso será remetido ao STJ ou STF, conforme o caso. Caso contrário, o recurso terá seu seguimento negado.

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Quem decide o recurso?O Superior Tribunal de JustiçaPode ser oral ? Não, tanto o Recurso Especial

quanto o Extraordinário devem ser escritos.

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EFEITOO Especial e o Extraordinário tem efeito

suspensivo? Esses recursos, em regra, não possuem efeito suspensivo, o que pode ser obtido por meio de ação cautelar.

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Quais os requisitos para a obtenção do efeito suspensivo? (i) o risco de ineficácia do provimento principal (possibilidade de dano grave à parte, no período de tempo que mediar entre o julgamento no tribunal a quo e a decisão do recurso especial, dano de tal ordem que o eventual resultado favorável, ao final do processo, quando da decisão do recurso especial, tenha pouca ou nenhuma relevância) (ii) plausibilidade do direito alegado (periculum in mora e fumus boni iuris);

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É possível o reexame de fatos e provas no recurso especial?Não, no recurso especial há apenas o

julgamento da matéria de direito, isto é, não são vocacionados à correção da injustiça do julgado recorrido.

Súmula 7 do STJ (obs.)

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O que é o sistema da retenção?Na forma do §3º do art. 542 “O recurso

extraordinário, ou o recurso especial, quando interpostos contra decisão interlocutória em processo de conhecimento, cautelar, ou embargos à execução ficará retido nos autos e somente será processado se o reiterar a parte, no prazo para a interposição do recurso contra a decisão final, ou para as contra-razões.” O objetivo dessa norma é evitar a proliferação de recursos de julgamento imediato contra decisões interlocutórias.

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Quando o recurso especial fundar-se em dissídio jurisprudencial como deve proceder o recorrente?Quando o recurso fundar-se em dissídio

jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência mediante certidão, cópia autenticada ou pela citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que tiver sido publicada a decisão divergente, ou ainda pela reprodução de julgado disponível na Internet, com indicação da respectiva fonte, mencionando, em qualquer caso, as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.