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Profª. Berenice Cataldo Oliveira ValérioProfª. Berenice Cataldo Oliveira Valério
A ELETRONEUROMIOGRAFIA NAS A ELETRONEUROMIOGRAFIA NAS PARALISIAS FLÁCIDAS PARALISIAS FLÁCIDAS
ELETRONEUROMIOGRAFIAELETRONEUROMIOGRAFIA
““método de estudo neurofisiológico que se baseia nométodo de estudo neurofisiológico que se baseia no
registro da atividade elétrica gerada no sistema registro da atividade elétrica gerada no sistema
neuromuscular, sendo amplamente usado no neuromuscular, sendo amplamente usado no
diagnóstico de lesão do sistema nervoso periférico”diagnóstico de lesão do sistema nervoso periférico”
DIMITRU, 1995DIMITRU, 1995 DIMITRU, 1995DIMITRU, 1995
Célula no corno anterior Célula no corno anterior da medula da medula
Raiz nervosaRaiz nervosa
PlexoPlexo
Nervo periféricoNervo periférico
Junção neuro-muscularJunção neuro-muscular Fibra muscularFibra muscular
ELETRONEUROMIOGRAFIAELETRONEUROMIOGRAFIA
OBJETIVO DO EXAME:OBJETIVO DO EXAME:
• localizar a lesão no sistema nervoso periféricolocalizar a lesão no sistema nervoso periférico• informações sobre a fisiopatologia informações sobre a fisiopatologia • avaliar o grau de comprometimentoavaliar o grau de comprometimento• curso temporal da doençacurso temporal da doença
ELETRONEUROMIOGRAFIAELETRONEUROMIOGRAFIA
ELETRONEUROMIOGRAFIAELETRONEUROMIOGRAFIA
ANAMNESEANAMNESE
EXAME NEUROLÓGICOEXAME NEUROLÓGICO
ELETRONEUROMIOGRAFIAELETRONEUROMIOGRAFIA
DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DIFERENCIAL
““Um dos componentes fundamentais do estudo Um dos componentes fundamentais do estudo eletrodiagnóstico é a avaliação da capacidade do sistema eletrodiagnóstico é a avaliação da capacidade do sistema nervoso periférico em conduzir um impulso elétrico.nervoso periférico em conduzir um impulso elétrico.
A mensuração da velocidade de propagação do impulso e A mensuração da velocidade de propagação do impulso e do potencial evocado nos permite fazer inferências sobre a do potencial evocado nos permite fazer inferências sobre a integridade do mesmo e auxilia no diagnóstico e integridade do mesmo e auxilia no diagnóstico e prognóstico das doenças neuromusculares”prognóstico das doenças neuromusculares”
DIMITRU, 1995DIMITRU, 1995 DIMITRU, 1995DIMITRU, 1995
ELETRONEUROMIOGRAFIAELETRONEUROMIOGRAFIA
ESTUDO DA CONDUÇÃO NERVOSAESTUDO DA CONDUÇÃO NERVOSA - SENSITIVA- SENSITIVA
- MOTORA- MOTORA
estímulo do nervo periférico
corrente elétrica capaz de despolarizar os nervos
registro do potencial evocado
eletrodos de superfície ou agulha
ELETROMIOGRAFIAELETROMIOGRAFIAatividade elétrica das fibras muscularesatividade elétrica das fibras musculareseletrodo de agulhaeletrodo de agulha
KIMURA, 1983; DIMITRU, 1995; PRESTON & SHAPIRO, 1998KIMURA, 1983; DIMITRU, 1995; PRESTON & SHAPIRO, 1998KIMURA, 1983; DIMITRU, 1995; PRESTON & SHAPIRO, 1998KIMURA, 1983; DIMITRU, 1995; PRESTON & SHAPIRO, 1998
ELETRONEUROMIOGRAFIAELETRONEUROMIOGRAFIA
Eletroneuromiógrafo NIHON KOHDENEletroneuromiógrafo NIHON KOHDEN
ELETRONEUROMIOGRAFIAELETRONEUROMIOGRAFIA
Eletrodos de superfícieEletrodos de superfície
ELETRONEUROMIOGRAFIAELETRONEUROMIOGRAFIA
medianomediano estímulo: ramos digitais no Iº, IIº, IIIº e IVº dedosestímulo: ramos digitais no Iº, IIº, IIIº e IVº dedos
registro: punhoregistro: punho
ESTUDO DA CONDUÇÃO NERVOSA SENSITIVAESTUDO DA CONDUÇÃO NERVOSA SENSITIVA
ESTUDO DA CONDUÇÃO NERVOSA SENSITIVAESTUDO DA CONDUÇÃO NERVOSA SENSITIVA
ulnarulnar estímulo: ramos digitais no IVº e Vº dedosestímulo: ramos digitais no IVº e Vº dedos
registro: no punhoregistro: no punho
ESTUDO DA CONDUÇÃO NERVOSA ESTUDO DA CONDUÇÃO NERVOSA MOTORAMOTORA
ulnarulnar registro: músculo abdutor do Vº dedoregistro: músculo abdutor do Vº dedo estímulo: punho / cotoveloestímulo: punho / cotovelo
ESTUDO DA CONDUÇÃO NERVOSA ESTUDO DA CONDUÇÃO NERVOSA MOTORAMOTORA
medianomediano registro: músculo abdutor curto do polegarregistro: músculo abdutor curto do polegar
estímulo: punho / cotoveloestímulo: punho / cotovelo
PARÂMETROS:PARÂMETROS:
latêncialatência
duraçãoduração
amplitudeamplitude
Velocidade de condução nervosa = distância ÷ latênciaVelocidade de condução nervosa = distância ÷ latência
ESTUDO DA CONDUÇÃO NERVOSAESTUDO DA CONDUÇÃO NERVOSA
diâmetro do diâmetro do axônioaxônio
grau de grau de mielinizaçãomielinização
fatores fatores técnicostécnicos
fatoresfatores fisiológicosfisiológicos
ESTUDO DA CONDUÇÃO NERVOSAESTUDO DA CONDUÇÃO NERVOSA
ESTUDO DA CONDUÇÃO NERVOSAESTUDO DA CONDUÇÃO NERVOSA
FATORES TÉCNICOSFATORES TÉCNICOS
• qualidade do aparelhoqualidade do aparelho• posição do membro a ser estudadoposição do membro a ser estudado• colocação de eletrodoscolocação de eletrodos• mensuração da distânciamensuração da distância• intensidade do estímulointensidade do estímulo
KIMURA, 1983; DIMITRU, 1995; PRESTON & SHAPIRO, 1998KIMURA, 1983; DIMITRU, 1995; PRESTON & SHAPIRO, 1998KIMURA, 1983; DIMITRU, 1995; PRESTON & SHAPIRO, 1998KIMURA, 1983; DIMITRU, 1995; PRESTON & SHAPIRO, 1998
FATORES FISIOLÓGICOSFATORES FISIOLÓGICOS
• idadeidade• sexosexo• raçaraça• alturaaltura• temperaturatemperatura• dimidio direito e esquerdodimidio direito e esquerdo
ESTUDO DA CONDUÇÃO NERVOSAESTUDO DA CONDUÇÃO NERVOSA
LAFRATTA&SMITH,1964; BUCHTHAL&ROSENFALCK, 1966;LAFRATTA&SMITH,1964; BUCHTHAL&ROSENFALCK, 1966;STETSON et al., 1992STETSON et al., 1992
LAFRATTA&SMITH,1964; BUCHTHAL&ROSENFALCK, 1966;LAFRATTA&SMITH,1964; BUCHTHAL&ROSENFALCK, 1966;STETSON et al., 1992STETSON et al., 1992
IDADEIDADE
Ao nascimento observa-se uma menor densidade de Ao nascimento observa-se uma menor densidade de
fibras mielinizadas na porção distal dos nervos, com fibras mielinizadas na porção distal dos nervos, com
aumento progressivo até os 5 anos de idade.aumento progressivo até os 5 anos de idade.
prolongamento da latência distalprolongamento da latência distal
diminuição da velocidade de condução nervosadiminuição da velocidade de condução nervosa
aumento da duração do potencialaumento da duração do potencial
FATORES FISIOLÓGICOSFATORES FISIOLÓGICOS
KIMURA, 1983; DIMITRU, 1995; PRESTON & SHAPIRO, 1998KIMURA, 1983; DIMITRU, 1995; PRESTON & SHAPIRO, 1998KIMURA, 1983; DIMITRU, 1995; PRESTON & SHAPIRO, 1998KIMURA, 1983; DIMITRU, 1995; PRESTON & SHAPIRO, 1998
IDADEIDADE
O envelhecimento, geralmente após os 50 anos, leva a O envelhecimento, geralmente após os 50 anos, leva a
alterações em todos os parâmetros do estudo da alterações em todos os parâmetros do estudo da
condução nervosa: condução nervosa:
prolongamento da latência distalprolongamento da latência distal
redução da amplitude do potencial evocadoredução da amplitude do potencial evocado
diminuição da velocidade de condução nervosadiminuição da velocidade de condução nervosa
aumento da duraçãoaumento da duração
FATORES FISIOLÓGICOSFATORES FISIOLÓGICOS
MAYER, 1963; LAFRATTA & CANESTRARI, 1966; NIELSEN, 1973MAYER, 1963; LAFRATTA & CANESTRARI, 1966; NIELSEN, 1973STETSON et al., 1992; GRANDINI et al., 1992; DIMITRU, 1995STETSON et al., 1992; GRANDINI et al., 1992; DIMITRU, 1995
MAYER, 1963; LAFRATTA & CANESTRARI, 1966; NIELSEN, 1973MAYER, 1963; LAFRATTA & CANESTRARI, 1966; NIELSEN, 1973STETSON et al., 1992; GRANDINI et al., 1992; DIMITRU, 1995STETSON et al., 1992; GRANDINI et al., 1992; DIMITRU, 1995
causa mais freqüente de erros diagnósticoscausa mais freqüente de erros diagnósticos alteração de todos os parâmetros estudadosalteração de todos os parâmetros estudados
velocidade de condução nervosa velocidade de condução nervosa
amplitude do PAS e do PACMamplitude do PAS e do PACM
latência distallatência distal
duraçãoduração
HALAR et al.,1983; DIOSZEGHY & STALBERG, 1992;HALAR et al.,1983; DIOSZEGHY & STALBERG, 1992;FRAIRE MARTÍNEZ et al., 1996FRAIRE MARTÍNEZ et al., 1996
HALAR et al.,1983; DIOSZEGHY & STALBERG, 1992;HALAR et al.,1983; DIOSZEGHY & STALBERG, 1992;FRAIRE MARTÍNEZ et al., 1996FRAIRE MARTÍNEZ et al., 1996
FATORES FISIOLÓGICOSFATORES FISIOLÓGICOS
TEMPERATURATEMPERATURA
TEMPERATURATEMPERATURA
termômetro digital de superfícietermômetro digital de superfície
região distal de todos os dígitosregião distal de todos os dígitos
se < 32 ºC - aquecido bolsa de água quentese < 32 ºC - aquecido bolsa de água quente
mantida entre 32 e 35 ºCmantida entre 32 e 35 ºC
FATORES FISIOLÓGICOSFATORES FISIOLÓGICOS
ALTURAALTURA
FATORES FISIOLÓGICOSFATORES FISIOLÓGICOS
menor VCNmenor VCN maior VCNmaior VCN
relação inversa com a velocidade de condução nervosarelação inversa com a velocidade de condução nervosa
SOUDMAND et al., 1982; DIMITRU, 1995; PRESTON & SHAPIRO, 1998SOUDMAND et al., 1982; DIMITRU, 1995; PRESTON & SHAPIRO, 1998SOUDMAND et al., 1982; DIMITRU, 1995; PRESTON & SHAPIRO, 1998SOUDMAND et al., 1982; DIMITRU, 1995; PRESTON & SHAPIRO, 1998
ELETROMIOGRAFIAELETROMIOGRAFIA
inserção de um eletrodo em forma de agulha no músculo inserção de um eletrodo em forma de agulha no músculo
objetivo: registrar atividade elétrica gerada nas fibras muscularobjetivo: registrar atividade elétrica gerada nas fibras muscular
Análise em 3 situações:Análise em 3 situações:
repousorepouso
esforço leveesforço leve
esforço máximoesforço máximo
RepousoRepouso
- - silêncio elétrico
- atividade espontânea: : fibrilação
onda aguda positiva
descargas miotônicas fasciculação
descargas complexas repetitivas
ELETROMIOGRAFIAELETROMIOGRAFIA
esforço leve:esforço leve:
normal
neuropático
miopático
ELETROMIOGRAFIAELETROMIOGRAFIA
esforço máximo:esforço máximo:
normal
rarefeito
cheio
ELETROMIOGRAFIAELETROMIOGRAFIA
DOENÇAS NEUROPÁTICASDOENÇAS NEUROPÁTICAS
XXDOENÇAS MIOPÁTICASDOENÇAS MIOPÁTICAS
JUNÇÃO NEURO MUSCULARJUNÇÃO NEURO MUSCULAR
ESTIMULAÇÃO ESTIMULAÇÃO REPETITIVAREPETITIVA
- método que consiste em estimular um nervo repetidamente- método que consiste em estimular um nervo repetidamente
- patologias junção neuro muscular- patologias junção neuro muscular
- nervo normal suporta uma freqüência de 30 estímulos/segundo- nervo normal suporta uma freqüência de 30 estímulos/segundo
Membrana pós-sinápticaMembrana pós-sináptica - miastenia gravis- miastenia gravis
JUNÇÃO NEURO MUSCULARJUNÇÃO NEURO MUSCULAR
- baixa freqüência - 2 a 5 Hz- baixa freqüência - 2 a 5 Hz
Membrana pré-sináptica:Membrana pré-sináptica: - doença de Lambert-Eaton- doença de Lambert-Eaton
- botulismo- botulismo
JUNÇÃO NEURO MUSCULARJUNÇÃO NEURO MUSCULAR
- alta freqüência - maior que 20 Hz- alta freqüência - maior que 20 Hz
DIAGNÓSTICO DIFERENCIALDIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
• PoliomielitePoliomielite• Síndrome de Guillain BarréSíndrome de Guillain Barré• Síndrome de HopkinsSíndrome de Hopkins• lesão traumática do nervo ciáticolesão traumática do nervo ciático• neuropatias hereditárias neuropatias hereditárias
PARALISIAS FLÁCIDAS AGUDASPARALISIAS FLÁCIDAS AGUDAS
POLIOMIELITEPOLIOMIELITE
xx
ELETRONEUROMIOGRAFIAELETRONEUROMIOGRAFIA
POLIOMIELITEPOLIOMIELITE
• topografia da lesão: corno anterior da medula topografia da lesão: corno anterior da medula
• quadro clínico: - paralisia flácida assimétricaquadro clínico: - paralisia flácida assimétrica
- puramente motora- puramente motora
eletromiografia eletromiografia – padrão de desnervação assimétricopadrão de desnervação assimétrico
QUADRO ELETRONEUROMIOGRÁFICOQUADRO ELETRONEUROMIOGRÁFICO
POLIOMIELITEPOLIOMIELITE
estudo da condução nervosaestudo da condução nervosa– sensitivo: normalsensitivo: normal– motora: normal ou alteradomotora: normal ou alterado
SÍNDROME DE GUILLAIN BARRÉSÍNDROME DE GUILLAIN BARRÉ
• quadro clínico: paralisia flácida ascendente quadro clínico: paralisia flácida ascendente
simétricasimétrica
predominantemente motorapredominantemente motora
sintoma sensitivo leve sintoma sensitivo leve
• topografia da lesão: nervos periféricos e raízes topografia da lesão: nervos periféricos e raízes
• Fisiopatologia: desmielinizaçãoFisiopatologia: desmielinização
SÍNDROME DE GUILLAIN BARRÉSÍNDROME DE GUILLAIN BARRÉ
• estudo da condução nervosaestudo da condução nervosa– sensitivo - normal ou alteradosensitivo - normal ou alterado– motora: VCN diminuídamotora: VCN diminuída
latência prolongadalatência prolongada
bloqueio de conduçãobloqueio de condução
onda F prolongadaonda F prolongada
QUADRO ELETRONEUROMIOGRÁFICOQUADRO ELETRONEUROMIOGRÁFICO
• eletromiografia eletromiografia – padrão normal ou de desnervaçãopadrão normal ou de desnervação
MONONEUROPATIAS FLÁCIDASMONONEUROPATIAS FLÁCIDAS
TRAUMÁTICA - TRAUMÁTICA - Lesão do nervo ciático:Lesão do nervo ciático:
• eletromiografia eletromiografia – padrão de desnervação nos músculos inervados padrão de desnervação nos músculos inervados
pelo nervo ciáticopelo nervo ciático
• estudo da condução nervosaestudo da condução nervosa– sensitivo: -alteradosensitivo: -alterado– motora: - alteradomotora: - alterado
MONONEUROPATIAS FLÁCIDASMONONEUROPATIAS FLÁCIDAS
Síndrome de Hopkins:Síndrome de Hopkins:
• eletromiografia eletromiografia – padrão de desnervaçãopadrão de desnervação
• estudo da condução nervosaestudo da condução nervosa– sensitivo - normalsensitivo - normal– motora: - alteradomotora: - alterado
NEUROPATIAS HEREDITÁRIASNEUROPATIAS HEREDITÁRIAS
• topografia da lesão: nervos periféricostopografia da lesão: nervos periféricos
• estudo da condução nervosaestudo da condução nervosa– sensitivo: alteradosensitivo: alterado– motora: alteradomotora: alterado
• eletromiografia eletromiografia – padrão de desnervaçãopadrão de desnervação