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Profª Daniela Tatarin
Língua Portuguesa p/ PRF: Agente Administrativo – 2014
Aulas 01 a 12
Língua Portuguesa - PRF: Agente Administrativo - 2014
Professora: Daniela Tatarin
Aulas 01 a 12
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Aulas 01 a 12
LÍNGUA PORTUGUESA
Apresentação
Há 12 anos assumi minha paixão pela Língua Portuguesa. Cursei Letras na Universidade
Federal do Paraná e me especializei em Construção de texto. Passei por diferentes níveis de
ensino, de fundamental a superior, e há dois anos tenho me dedicado aos concursos. Poder
passar adiante conhecimentos para que diferentes pessoas entendam a dinâmica da língua e
resolvam – com tranquilidade – diferentes provas é algo muito especial e, com certeza, faço com
carinho e dedicação.
Dinâmica do curso
Neste curso abordaremos todo o ementário disponibilizado pela banca – Fundação
Professor Carlos Augusto Bittencourt FUNCAB, além de orientar quanto às melhores estratégias
de estudo e resolução de provas.
Durante as videoaulas, os conteúdos serão trabalhados de maneira a contemplar o estilo
de formulação de questões adotado pela FUNCAB, com resolução de questões anteriormente
aplicadas.
O conteúdo a ser abordado seguirá a seguinte ordem:
1. Compreensão e interpretação de textos.
2. Tipologia textual.
3. Ortografia oficial.
4. Acentuação gráfica.
5. Emprego das classes de palavras.
6. Emprego do sinal indicativo de crase.
7. Sintaxe da oração e do período.
8. Pontuação.
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9. Concordâncias nominal e verbal.
10. Regências nominal e verbal.
11. Significação das palavras.
12. Redação de correspondências oficiais: Manual de Redação da Presidência da República.
Os conteúdos previstos em edital serão distribuídos da seguinte maneira:
Aula 01 Compreensão e interpretação de textos (1)
Aula 02 Compreensão e interpretação de textos (2)
Aula 03 Tipologia textual (1)
Aula 04 Tipologia textual (2)
Aula 05 Ortografia oficial
Aula 06 Acentuação gráfica
Aula 07 Emprego de classes de palavras (1)
Aula 08 Emprego de classes de palavras (2)
Aula 09 Sintaxe da oração e do período (1)
Aula 10 Sintaxe da oração e do período (2)
Aula 11 Sintaxe da oração e do período (3)
Aula 12 Sintaxe da oração e do período (4)
Aula 13 Concordância nominal e verbal (1)
Aula 14 Concordância nominal e verbal (2)
Aula 15 Regência nominal e verbal (1)
Aula 16 Regência nominal e verbal (2)
Aula 17 Emprego do sinal indicativo de crase
Aula 18 Pontuação
Aula 19 Significado das palavras
Aula 20 Redação oficial
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1º Encontro
(aulas 01 a 04 – Compreensão e interpretação de textos, tipologia textual)
Teoria
Compreensão e interpretação de textos
É bastante comum ouvirmos relatos de pessoas sobre as dificuldades em questões de
interpretação de textos. Na verdade, qualquer dificuldade com este assunto pode ser facilmente
resolvida resolução de exercícios. É a prática a responsável pela eficiência da leitura, mas não
podemos começar sem antes observarmos alguns conceitos importantes que envolvem os
diferentes tipos de textos.
Um texto se constrói de palavras e ideias. É a formação do que se entende todo que nos
dá condições de entender a mensagem transmitida.
Mas, por que os concursos cobram compreensão e interpretação? Existe diferença entre
estes dois termos? Para responder a esta pergunta, vamos conhecer os conceitos de
compreender e interpretar:
Compreender - Conter em si; Abranger; Alcançar com a inteligência; Perceber; Entender.
Interpretar - Aclarar, explicar o sentido de.
Fonte: www.dicionarioinformal.com.br
Neste sentido, compreensão e interpretação pressupõem entendimento. Logo, o que se
espera do candidato é entendimento do que se lê. Em um contexto social de analfabetismo
funcional (cerca de 18% da população brasileira se encontra nesta condição, segundo o IBGE) é
esperado que a habilidade de leitura seja cobrada em provas.
Para compreender e interpretar adequadamente um texto, é necessário se mostrar um
leitor autônomo, ou seja, que tenha a capacidade de ler e produzir inferências. Entende-se por
inferência a capacidade de se deduzir algo a partir do raciocínio.
Por isso é importante neste processo a compreensão dos níveis estruturais da língua por
meio da lógica, além de possuir um vocabulário bastante amplo.
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Nos textos, as frases apresentam diferentes significados, de acordo com o contexto em
que estão inseridas. Por isso é de suma importância apreciar o texto através do contexto, de todas
as partes que o compõem. Isso garante que as informações relevantes sejam apreendidas pelo
leitor.
Não se esqueça de que um texto carrega as marcas de seu autor, afinal, apresenta a visão
deste em relação à temática escolhida.
Denotação e Conotação
As inferências que produzimos a partir da leitura de um texto são baseadas na
identificação do sentido atribuído às palavras no texto. São duas as possibilidades de uso da
linguagem no texto, em relação ao sentido: a denotação e a conotação.
O sentido denotativo é percebido através do uso de palavras com valor referencial, ou seja,
quando é tomada no seu sentido usual ou literal, naquele que lhe atribuem os dicionários; seu
sentido é objetivo, explícito, constante. Ela designa ou denota determinado objeto, referindo-se à
realidade palpável. Veja um exemplo de sentido denotativo:
Os papéis foram entregues na portaria às 17 horas.
Papéis – sentido literal, próprio.
Já o sentido conotativo é percebido através do uso de palavras com valor figurado,
remetendo-a a inúmeros outros sentidos, virtuais, conotativos, que são apenas sugeridos,
evocando outras ideias associadas, de ordem abstrata, subjetiva. Veja este exemplo:
Os papéis foram sorteados, para que nenhum ator se sentisse privilegiado.
Papéis – sentido figurado (personagens)
Nos textos literários, prevalece o uso da linguagem conotativa. Também os provérbios ou
ditos populares são bons exemplos da linguagem de uso conotativo. Veja este outro exemplo:
"Quem está na chuva é para se molhar"
Analisando este provérbio, chegamos a ideia de que nossas opções abrem espaço às
consequências, e que devemos aceitá-las ou, pelo menos, correr o risco.
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Em síntese, o sentido denotativo das palavras é aquele encontrado nos dicionários, o
chamado sentido verdadeiro, real. O sentido conotativo das palavras é a atribuição de um sentido
figurado, fantasioso e que, para sua compreensão, depende do contexto.
A polissemia
Algumas palavras, dependendo do contexto, assumem múltiplos significados. A isso
chama-se polissemia, que, em geral, é definida como a propriedade que uma palavra possui de
apresentar diferentes sentidos sem que os mesmos sejam opostos ou excludentes.
Por exemplo, a palavra posição. Trata-se de um caso típico de polissemia. Observe os
exemplos:
Estou cansado de ficar sentado nesta posição.
Na posição em que estamos será difícil reverter a opinião do povo.
Lucas atingiu uma boa posição na empresa.
Nas três sentenças, os sentidos da palavra posição são diferentes.
Como Ler e Entender Bem um Texto
Há passos que podem ser seguidos a fim de garantir uma interpretação de qualidade. O
primeiro deles é ler atentamente ao texto. Do início ao fim. Esqueça aquela história de ler em
partes, tentando encontrar a parte que se encaixa com parte do enunciado da questão
interpretativa. Essa primeira leitura, esse primeiro contato com o texto é muito importante. O
próximo passo é refazer a leitura, desta vez tomando nota de passagens relevantes e de
possíveis vocábulos desconhecidos, que possam comprometer a interpretação. Feito isso, pode
seguir à interpretação de fato, momento em que, de posse do entendimento do texto, gabaritam-
se as questões.
Não se esqueça de que embora a interpretação seja subjetiva, há limites – os
estabelecidos pelo texto.
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A adequada interpretação de um texto depende, antes de qualquer coisa, do leitor. Todo e
qualquer conhecimento prévio por parte do leitor facilita a compreensão, não esqueça!
Algumas dicas para interpretar adequadamente um texto
Faça uma primeira leitura, atenta, do início ao fim do texto, tendo noção de conjunto.
Faça a segunda leitura, identificando possíveis vocábulos desconhecidos.
Tenha sempre ás mãos um bom dicionário.
Volte ao texto quantas vezes julgar necessário.
Prenda-se ao texto – é o que o autor escreveu e não o que você pensa acerca do assunto.
Questões de interpretação envolvem a opção que mais se encaixa no texto.
Tipologia textual
1. Narração
Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar,
envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real. Há uma relação de
anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de
narrações desde as que nos contam histórias infantis até às piadas do cotidiano. É o tipo
predominante nos gêneros: conto, fábula, crônica, romance, novela, depoimento, piada, relato,
etc.
2. Descrição
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto.
A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora.
Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. Não há
relação de anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto
descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se pega. É
um tipo textual que se agrega facilmente aos outros tipos em diversos gêneros textuais. Tem
predominância em gêneros como: cardápio, folheto turístico, anúncio classificado, etc.
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3. Dissertação
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Dependendo
do objetivo do autor, pode ter caráter expositivo ou argumentativo.
3.1 Dissertação-Exposição
Apresenta um saber já construído e legitimado, ou um saber teórico. Apresenta informações sobre
assuntos, expõe, reflete, explica e avalia ideias de modo objetivo. O texto expositivo apenas
expõe ideias sobre um determinado assunto. A intenção é informar, esclarecer. Ex: aula, resumo,
textos científicos, enciclopédia, textos expositivos de revistas e jornais, etc.
3.2 Dissertação-Argumentação
Um texto dissertativo-argumentativo faz a defesa de ideias ou um ponto de vista do autor. O texto,
além de explicar, também persuade o interlocutor, objetivando convencê-lo de algo. Caracteriza-
se pela progressão lógica de ideias. Geralmente utiliza linguagem denotativa. É tipo predominante
em: sermão, ensaio, monografia, dissertação, tese, ensaio, manifesto, crítica, editorial de jornais e
revistas.
4. Injunção/Instrucional
Indica como realizar uma ação. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua
maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do
futuro do presente do modo indicativo. Ex: ordens; pedidos; súplica; desejo; manuais e instruções
para montagem ou uso de aparelhos e instrumentos; textos com regras de comportamento; textos
de orientação (ex: recomendações de trânsito); receitas, cartões com votos e desejos (de natal,
aniversário, etc.).
OBS: Os tipos listados acima são um consenso entre os gramáticos. Muitos consideram também
que o tipo Predição possui características suficientes para ser definido como tipo textual, e alguns
outros possuem o mesmo entendimento para o tipo Dialogal.
5. Predição
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Caracterizado por predizer algo ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, a qual ainda está
por ocorrer. É o tipo predominante nos gêneros: previsões astrológicas, previsões meteorológicas,
previsões escatológicas/apocalípticas.
6. Dialogal / Conversacional
Caracteriza-se pelo diálogo entre os interlocutores. É o tipo predominante nos gêneros: entrevista,
conversa telefônica, chat, etc.
Gêneros textuais
Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais
ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito
parecidas, com características comuns, procuram atingir intenções comunicativas semelhantes e
ocorrem em situações específicas. Pode-se dizer que se tratam das variadas formas de linguagem
que circulam em nossa sociedade, sejam eles formais ou informais. Cada gênero textual tem seu
estilo próprio, podendo então, ser identificado e diferenciado dos demais através de suas
características. Exemplos:
Carta: quando se trata de "carta aberta" ou "carta ao leitor", tende a ser do
tipo dissertativo-argumentativo com uma linguagem formal, em que se escreve à
sociedade ou a leitores. Quando se trata de "carta pessoal", a presença de aspectos
narrativos ou descritivos e uma linguagem pessoal é mais comum.
Propaganda: é um gênero textual dissertativo-expositivo onde há a o intuito de propagar
informações sobre algo, buscando sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na
maioria das vezes, mensagens que despertam as emoções e a sensibilidade do mesmo.
Bula de remédio: é um gênero textual descritivo, dissertativo-expositivo e injuntivo que tem
por obrigação fornecer as informações necessárias para o correto uso do medicamento.
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Receita: é um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo informar a fórmula
para preparar tal comida, descrevendo os ingredientes e o preparo destes, além disso,
com verbos no imperativo, dado o sentido de ordem, para que o leitor siga corretamente as
instruções.
Tutorial: é um gênero injuntivo que consiste num guia que tem por finalidade explicar ao
leitor, passo a passo e de maneira simplificada, como fazer algo.
Editorial: é um gênero textual dissertativo-argumentativo que expressa o posicionamento
da empresa sobre determinado assunto, sem a obrigação da presença da objetividade.
Notícia: podemos perfeitamente identificar características narrativas, o fato ocorrido que se
deu em um determinado momento e em um determinado lugar, envolvendo determinadas
personagens. Características do lugar, bem como dos personagens envolvidos são, muitas
vezes, minuciosamente descritos.
Reportagem: é um gênero textual jornalístico de caráter dissertativo-expositivo. A
reportagem tem, por objetivo, informar e levar os fatos ao leitor de uma maneira clara, com
linguagem direta.
Entrevista: é um gênero textual fundamentalmente dialogal, representado pela
conversação de duas ou mais pessoas, o entrevistador e o(s) entrevistado(s), para obter
informações sobre ou do entrevistado, ou de algum outro assunto. Geralmente envolve
também aspectos dissertativo-expositivos, especialmente quando se trata de entrevista a
imprensa ou entrevista jornalística. Mas pode também envolver aspectos narrativos, como
na entrevista de emprego, ou aspectos descritivos, como na entrevista médica.
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História em quadrinhos: é um gênero narrativo que consiste em enredos contados em
pequenos quadros através de diálogos diretos entre seus personagens, gerando uma
espécie de conversação.
Charge: é um gênero textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustração cômica,
através de caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, crítica ou comentário sobre
algum acontecimento atual, em sua grande maioria.
Poema: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser
estruturado em estrofes. Rimas e métrica também podem fazer parte de sua
composição. Pode ou não ser poético. Dependendo de sua estrutura, pode receber
classificações específicas, como haicai, soneto, epopeia, poema figurado, dramático, etc.
Em geral, a presença de aspectos narrativos e descritivos são mais frequentes neste
gênero.
Poesia: é o conteúdo capaz de transmitir emoções por meio de uma linguagem , ou seja,
tudo o que toca e comove pode ser considerado como poético (até mesmo uma peça ou
um filme podem ser assim considerados). Um subgênero é a prosa poética, marcada pela
tipologia dialogal.
Gêneros literários:
Gênero Narrativo:
Na Antiguidade Clássica, os padrões literários reconhecidos eram apenas o épico, o lírico e o
dramático. Com o passar dos anos, o gênero épico passou a ser considerado apenas uma
variante do gênero literário narrativo, devido ao surgimento de concepções de prosa com
características diferentes: o romance, a novela, o conto, a crônica, a fábula. Porém, praticamente
todas as obras narrativas possuem elementos estruturais e estilísticos em comum e devem
responder a questionamentos, como: quem? o que? quando? onde? por quê? Vejamos a seguir:
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1) Épico (ou Epopeia): os textos épicos são geralmente longos e narram histórias de um povo
ou de uma nação, envolvem aventuras, guerras, viagens, gestos heroicos, etc.
Normalmente apresentam um tom de exaltação, isto é, de valorização de seus heróis e
seus feitos. Dois exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, e Odisséia, de Homero.
2) Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem definidos e de
caráter mais verossímil. Também conta as façanhas de um herói, mas principalmente
uma história de amor vivida por ele e uma mulher, muitas vezes, “proibida” para ele.
Apesar dos obstáculos que o separam, o casal vive sua paixão proibida, física, adúltera,
pecaminosa e, por isso, costuma ser punido no final. É o tipo de narrativa mais comum na
Idade Média. Ex: Tristão e Isolda.
3) Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade do romance e a
brevidade do conto. Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista,
de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka.
4) Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que conta situações
rotineiras, anedotas e até folclores. Inicialmente, fazia parte da literatura oral. Boccacio foi
o primeiro a reproduzi-lo de forma escrita com a publicação de Decamerão. Diversos tipos
do gênero textual conto surgiram na tipologia textual narrativa: conto de fadas, que envolve
personagens do mundo da fantasia; contos de aventura, que envolvem personagens em
um contexto mais próximo da realidade; contos folclóricos (conto popular); contos de terror
ou assombração, que se desenrolam em um contexto sombrio e objetivam causar medo no
expectador; contos de mistério, que envolvem o suspense e a solução de um mistério.
5) Fábula: é um texto de caráter fantástico que busca ser inverossímil. As personagens
principais são não humanos e a finalidade é transmitir alguma lição de moral.
6) Crônica: é uma narrativa informal, breve, ligada à vida cotidiana, com linguagem coloquial.
Pode ter um tom humorístico ou um toque de crítica indireta, especialmente, quando
aparece em seção ou artigo de jornal, revistas e programas da TV.
7) Crônica narrativo-descritiva: Apresenta alternância entre os momentos narrativos e
manifestos descritivos.
8) Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias,
críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais
flexível que o tratado. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e
subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral,
comportamental, etc.), sem que se paute em formalidades como documentos ou provas
empíricas ou dedutivas de caráter científico. Exemplo: Ensaio sobre a cegueira, de José
Saramago e Ensaio sobre a tolerância, de John Locke.
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Gênero Dramático:
Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse tipo de texto, não há um narrador
contando a história. Ela “acontece” no palco, ou seja, é representada por atores, que assumem os
papéis das personagens nas cenas.
Poesia de cordel: texto tipicamente brasileiro em que se retratam, com forte apelo linguístico e
cultural nordestinos, fatos diversos da sociedade e da realidade vivida por este povo.
Gênero Lírico:
É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no poema e que nem sempre
corresponde à do autor) exprime suas emoções, ideias e impressões em face do mundo exterior.
Normalmente os pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e há o predomínio da função emotiva
da linguagem.
Fonte: http://portuguesxconcursos.blogspot.com.br/p/tipologia-textual-tipos-generos.html
Alguns exemplos de textos para interpretação:
Texto 1
Da realidade
Mario Quintana
O sumo bem só no ideal perdura
Ah! Quanta vez a vida nos revela
Que a saudade da amada criatura
É bem melhor do que a presença dela.
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Texto 2
Há quem pense que somente em ano de eleição é que se deve discutir política e tudo o
que mais se associar ao tema. Clássico engano daqueles que se esquecem do dever de todos –
enquanto cidadãos – de fiscalizar as ações e decisões que emanam do poder público. Isso pelo
simples fato de sermos nós os responsáveis pelas escolhas destes representantes.
Entende-se por poder público o conjunto dos órgãos com autoridade para realizar os
trabalhos do Estado. De maneira mais simplista, o poder público é o próprio governo, cujas
atribuições são legitimadas pela soberania popular. Logo, são vários os motivos que se podem
listar para exercermos o papel de fiscais do poder público – a grande circulação de dinheiro e a
responsabilidade necessária para geri-lo; os constantes casos e denúncias de corrupção e as
necessidades básicas da população, ainda não atendidas (saúde, educação e segurança). Isso
sem entrar na questão do dever de colaborar com a consolidação da democracia.
O cenário apresentado não é muito favorável a uma posição mais relaxada quanto à
fiscalização. São casos de corrupção, evasão de divisas, o escândalo do mensalão, índices
educacionais vergonhosos, filas intermináveis em hospitais públicos, crimes cada vez mais
ousados. Poderíamos citar muitos outros, expostos diariamente nos jornais. Felizmente, ações
contrárias a essas práticas começaram a surgir, como, por exemplo, os políticos condenados e
cumprindo suas penas. Mas é somente o começo.
É preciso que as ações fiscalizadoras continuem, bem como as cobranças. Saúde,
segurança, educação, honestidade. É disso que precisamos. Os recentes episódios de
manifestações populares, pedindo justiça e o fim da corrupção, foram o primeiro passo. Os
próximos estão por vir.
Reforçar a cidadania a partir de uma postura séria, crítica e politizada é algo que se deve
propagar, aos quatro cantos do país. Não se pode deixar a fogueira esfriar. Cidadão consciente
luta por um futuro mais digno, para todos. Já deu uma olhadinha, hoje, no Portal da
Transparência?
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Aulas 01 a 12
Texto 3
Questões de concursos sobre compreensão, interpretação e tipologias textuais
Leia o texto a seguir para responder às questões.
Conversando com os mortos
Neste exato instante em que seus olhos passam por estas linhas, está ocorrendo um
pequeno milagre da tecnologia. Não, não estou falando do computador nem da transmissão de
dados pela internet, mas da boa e velha leitura, inventada pela primeira vez cerca de 5.500 anos
atrás. Para nós, leitores experimentados, ela parece a coisa mais natural do mundo, mas isso não
passa de uma ilusão. Ler não apenas não é natural como ainda envolve cooptar uma complexa
rede de processos neurológicos que surgiram para outras finalidades.
Acho que dá até para argumentar que a escrita é a mais fundamental criação da
humanidade. Ela nos permitiu ampliar nossa memória para horizontes antes inimagináveis. Não
fosse por ela, jamais teríamos atingido os níveis de acúmulo, transmissão e integração de
conhecimento que logramos obter. Nosso modo de vida provavelmente não diferiria muito daquele
experimentado por nossos ancestrais do Neolítico.
A conclusão é que, de alguma forma, conseguimos adaptar nosso cérebro de primatas
para lidar com a escrita. Para Stanislas Dehaene (matemático e neurocientista francês), operou
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Aulas 01 a 12
aqui o fenômeno da reciclagem neuronal, pelo qual processos que surgiram para outras funções
foram recrutados para a leitura. A coisa funcionou tão bem que nos tornamos capazes de ler com
proficiência e rapidez, obtendo a façanha de absorver a linguagem através da visão, algo para o
que nosso corpo e mente não foram desenhados.
Antes de continuar, é preciso qualificar um pouco melhor esse "funcionou tão bem". É claro
que funcionou, tanto que me comunico agora com você, leitor, através desse código especial.
Mas, se você puxar pela memória, vai se lembrar de que teve de aprender a ler, um processo que,
na maioria esmagadora dos casos, exigiu instrução formal e vários anos de treinamento até atingir
a presente eficiência.
Enquanto a aquisição da linguagem oral ocorre, esta sim, naturalmente e sem esforço
(basta jogar uma criança pequena numa comunidade linguística qualquer que ela "ganha" o
idioma), a escrita/leitura precisa ser ensinada e praticada.
As dificuldades não são poucas. Começam nos olhos (só conseguimos ler o que é captado
pela fóvea) e se estendem por todo o tecido neuronal. Um problema particularmente interessante
é o da invariância. Como o cérebro faz para concluir que A, a, a, a, a são a mesma letra, apesar
dos diferentes desenhos? Pior, mesmo quAnDo fazemos uma sopa de fontes e mIsturAmos TuDo,
continuamos DECIFRANDO A MENSAGEM com pouca perda de velocidade.
(Adaptado de SCHWARTSMAN, Hélio. Conversando com os mortos. Folha de S. Paulo. 14 jun.
2012.)
01 - A partir da leitura do texto, considere as seguintes afirmativas:
1. A escrita é um recurso tecnológico, um código, e sua invenção redimensionou o conhecimento
humano.
2. Na escrita, observa-se o problema da invariância quando um mesmo sinal gráfico é usado para
representar letras diferentes.
3. O aprendizado da leitura é análogo ao da oralidade: ambos dependem de instrução formal e
treinamento.
4. A escrita não possibilita apenas a ampliação da memória humana, mas também a interligação e
o compartilhamento de informações.
Corresponde(m) ao ponto de vista de Schwartsman no texto a(s) afirmativa(s):
a) 1 apenas.
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b) 2 apenas.
c) 2 e 3 apenas.
d) 1 e 4 apenas.
e) 1, 3 e 4 apenas.
02 - Para a adequada interpretação do texto, é necessário identificar a que informações
apresentadas previamente correspondem algumas expressões de sentido vago empregadas pelo
autor. Considere as seguintes correspondências:
1. "Isso" (linha 3) refere-se à existência de leitores experientes.
2. "Aqui" (linha 11) refere-se à adaptação do cérebro para o uso da escrita.
3. "A coisa" (linha 12) refere-se ao fenômeno da reciclagem neuronal.
4. "Algo" (linha 13) refere-se ao deslocamento de processos de sua função original para
possibilitar a leitura.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa 4 é verdadeira.
b) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
03 - Nas linhas 22 a 24, observa-se no texto uma formatação não convencional, usada pelo autor
com o propósito de estabelecer, entre a forma e o conteúdo do texto, uma relação de:
a) descompasso.
b) alternância.
c) ambiguidade.
d) disjunção.
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e) equivalência.
Leia o texto a seguir para responder às questões seguintes.
Sobre quem gosta de ler
Quando você vê alguém lendo um livro, presencia uma pessoa às voltas com uma grande
exigência. A palavra escrita o põe na parede: pede a ele uma interação e manda às favas a
passividade. A leitura fricciona a percepção; é a fricção de duas pedras – fiat lux!
Não, quem lê não está imóvel, é puro dinamismo e motor. É como uma barriga grávida,
num aceleradíssimo tempo de prenhez.
A leitura enfia-se no presente, fabrica o que virá. Quem lê é um da Vinci, diagramando os
recursos recebidos, aplicando cor. E fazendo.
A importância primeira do ato de ler é essa negação da passividade, essa incondicional
exigência de ação. É um ato de otimismo intrínseco.
(Tom Zé (músico). In: Almanaque Brasil. www.almanaquebrasil.com.br/curiosidades-
literatura/7171. Acesso em 11 jul. 2012.)
04 - A partir da leitura do texto “Sobre quem gosta de ler”, identifique as afirmativas a seguir como
verdadeiras (V) ou falsas (F):
( ) Para Tom Zé, a leitura é um processo dialógico, em que o texto questiona o leitor e solicita dele
reações e respostas.
( ) Segundo o autor, a leitura é um processo em que o leitor interroga o livro em busca de
respostas a questões formuladas previamente.
( ) Tom Zé considera a leitura um processo colaborativo, em que o leitor participa da criação do
universo representado no texto escrito.
( ) Segundo Tom Zé, a ação e o dinamismo de um leitor podem ser observados a partir de seus
gestos e movimentos.
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Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta, de cima para baixo.
a) V – F – F – V.
b) F – V – V – F.
c) V – F – V – F.
d) F – V – F – V.
e) V – V – V – V.
05 - Os textos de Hélio Schwartsman e Tom Zé têm um tema em comum: a leitura. Sobre a
abordagem desse tema pelos dois autores, é correto afirmar:
a) Os aspectos neurofisiológicos da leitura são abordados em ambos os textos, embora os
autores adotem pontos de vista diversos.
b) Os aspectos interativos da leitura são abordados em ambos os textos, sendo sinalizados pelo
título do texto de Schwartsman e tratados como tema central por Tom Zé.
c) Ambos os autores têm como interlocutores principais as pessoas que não gostam de ler e
apresentam argumentos para convencê-las da importância da leitura.
d) Os dois autores focalizam as dificuldades relacionadas ao processo de aprendizagem da
leitura, tema que tem a mesma relevância em ambos os textos.
e) A contribuição do leitor na construção do sentido do texto é um tema recorrente nos dois textos,
com maior ênfase no texto de Schwartsman.
06 - Compare os seguintes trechos extraídos dos textos “Conversando com os mortos” e “Sobre
quem gosta de ler”:
“Não, não estou falando do computador nem da transmissão de dados pela internet [...]”.
(Schwartsman)
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“Não, quem lê não está imóvel, é puro dinamismo e motor”. (Tom Zé)
Em ambos os casos, os autores usam reiteradamente a negação para:
a) questionar possíveis inferências que o leitor possa fazer a partir de afirmações anteriores.
b) retificar afirmações feitas em trechos anteriores dos textos.
c) dar ênfase aos trechos, destacando sua relevância na exposição do ponto de vista dos autores.
d) inverter o sentido das frases, já que duas negações equivalem a uma afirmação.
e) responder questões formuladas pelos próprios autores ao longo dos textos.
07 - Leia a tira abaixo.
(Bill Watterson. Disponível em http://ficcaoenaoficcao.wordpress.com/2012/03/25. Acesso em 26
ago.2012.)
Sobre a argumentação de Calvin, considere as seguintes afirmativas:
1. Ao se dirigir à professora, Calvin faz uma simulação do discurso jurídico, tanto no vocabulário
quanto na organização dos argumentos.
2. A argumentação de Calvin está fundada na premissa de que a ignorância é uma condição
necessária para a felicidade.
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3. Calvin questiona a eficiência da professora quando diz que sua aula é uma tentativa deliberada
de privá-lo da felicidade.
4. Ao gritar “Ditadura!” no último quadrinho, Calvin protesta contra o desrespeito à Constituição,
que lhe garante o direito inalienável à felicidade.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
b) Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.
c) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
d) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras.
e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
Leia o texto a seguir para responder às questões seguintes.
Dez anos de Flip
Ao mesmo tempo, poucos eventos culturais despertam reações tão contraditórias quanto a
Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), desde que, há dez anos, ela fez de Paraty uma das
capitais mundiais da literatura. Recorrendo à polarização proposta por Umberto Eco décadas
atrás, há os apocalípticos e os integrados. Para os primeiros, a Flip é um show midiático
patrocinado pelas grandes corporações da vida editorial, uma prova de como o capitalismo
compra e corrompe tudo – e podemos encontrar sinais de "apocalipse" até no insuspeito escritor
Jonathan Franzen (capa da Time como "o romancista da América"). Em sua palestra lembrou que,
ao chegar a Paraty, encontrou placas enormes com propaganda de um cartão de crédito e,
sussurrou, conspirador, "isso já diz muita coisa". Os americanos também adoram falar mal do
dinheiro.
Franzen é um realista de carteirinha. Mas outro grande escritor, este de vocação
nefelibata, o espanhol Enrique Vila-Matas, denuncia com uma certa volúpia a "extinção da
literatura", entregue hoje ao horror das leis do mercado. Bem, não tomemos ao pé da letra a
afirmação, uma licença poética transcendente – segundo o clássico gosto ibérico, a realidade é
uma consequência do desejo, e não o contrário. A ideia apocalíptica pressupõe uma utopia
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poética, mas também política, redentora e pura, onde a arte, enfim, brilhará como um diamante
intocado pelo mundo real.
Enquanto isso não acontece, os integrados leem livros, pedem autógrafos, lotam as tendas
da Flip, bebem cachaça, passeiam pela cidade histórica, conversam fiado, odeiam alguns autores
e amam outros; há um clima de devoção e um culto das celebridades que faz parte do pacote (a
diária num hotel de Paraty durante a Flip é uma das mais caras do mundo).
(Adaptado de TEZZA, Cristovão. Dez anos de Flip. Gazeta do Povo, 30 jul. 2012.)
08 - Em sua apresentação do ponto de vista apocalíptico sobre a literatura, Tezza afirma: “A ideia
apocalíptica pressupõe uma utopia poética, mas também política, redentora e pura, onde a arte,
enfim, brilhará como um diamante intocado pelo mundo real”. Segundo o autor, qual é a crítica à
Flip feita pelos escritores que assumem a perspectiva apocalíptica?
a) A subordinação da produção literária e de sua divulgação na Flip aos interesses comerciais das
grandes editoras.
b) A exposição exagerada dos autores e de suas obras na mídia, o que resulta na banalização da
produção literária.
c) O alto custo do evento para os participantes, dificultando o acesso do público realmente
interessado.
d) A superficialidade dos leitores, mais interessados em ver e ouvir os escritores do que em ler
suas obras.
e) A falta de patrocinadores para o evento, o que colocaria em risco a continuidade da Flip nos
próximos anos.
09 - Em que alternativa o texto foi sintetizado adequadamente?
a) As contradições da Flip são explicitadas por alguns escritores, chamados de apocalípticos, que
adoram falar mal do dinheiro. Um deles é o insuspeito Jonathan Franzen, conhecido como "o
romancista da América". Mas as diárias de um hotel durante o evento são caríssimas.
b) A Flip desperta reações contraditórias. Para resolver isso, a organização deveria ter mais
cuidado na escolha dos patrocinadores, pois o capitalismo compra e corrompe tudo. Quem aponta
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isso é o espanhol Enrique Vila-Matas, segundo o qual as leis de mercado estão destruindo a
literatura.
c) O público que frequenta a Flip não está interessado nas polêmicas dos escritores convidados
para o evento, sejam eles apocalípticos ou integrados, segundo a polarização formulada por
Umberto Eco. Quer aproveitar a festa: passear, conversar, conseguir autógrafos, tirar o maior
proveito possível do alto preço pago pela hospedagem.
d) Segundo Umberto Eco, há os apocalípticos e os integrados. Na Flip, os dois grupos têm
reações contraditórias: os primeiros falam mal do dinheiro, os outros gastam sem reclamar. Mas
para ambos o evento pode ser definido como um show para a promoção e divulgação
internacional de autores e obras de interesse das grandes corporações editoriais.
e) Desde sua criação, a Flip provoca reações contraditórias: de um lado há os que consideram o
evento um espetáculo em que predominam os interesses das grandes editoras; de outro os que
curtem o evento sem maiores questionamentos. A partir da dicotomia proposta por Umberto Eco,
os primeiros seriam os apocalípticos e os últimos os integrados.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09
d b e c b a d a e
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2º encontro
(aulas 5 a 8 – Ortografia, acentuação e classes de palavras)
Teoria
Ortografia e semântica
Ortografia é o nome dado à parte da gramática que trata da escrita correta das palavras.
Embora a melhor maneira de aprender ortografia seja o exercício e a leitura constantes, algumas
regras podem ser úteis. O que segue é considerado, dentre as muitas, as questões que mais
trazem dúvidas.
Algumas regras práticas
Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TO:
intento = intenção
canto = canção
exceto = exceção
junto = junção
Usa-se ç em palavras terminadas em TENÇÃO referentes a verbos derivados de TER:
deter = detenção
reter = retenção
conter = contenção
manter = manutenção
Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TOR:
infrator = infração
trator = tração
redator = redação
setor = seção
Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TIVO:
introspectivo = introspecção
relativo = relação
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ativo = ação
intuitivo = intuição
Usa-se ç em palavras derivadas de verbos dos quais se retira a desinência R:
reeducar = reeducação
importar = importação
repartir = repartição
fundir = fundição
Usa-se ç após ditongo quando houver som de s:
eleição
traição
Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em NDER ou NDIR:
pretender = pretensão, pretensa, pretensioso
defender = defesa, defensivo
compreender = compreensão
repreender = repreensão
expandir = expansão
fundir = fusão
Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em ERTER ou ERTIR:
inverter = inversão
converter = conversão
perverter = perversão
divertir = diversão
Usa-se s após ditongo quando houver som de z:
Creusa
coisa
maisena
Usa-se s em palavras terminadas em ISA, substantivos femininos:
Luísa
Heloísa
Poetisa
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Profetisa
Obs: Juíza escreve-se com z, por ser o feminino de juiz, que também se escreve com z.
Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em CORRER ou PELIR:
concorrer = concurso
discorrer = discurso
expelir = expulso, expulsão
compelir = compulsório
Usa-se s na conjugação dos verbos PÔR, QUERER, USAR:
ele pôs
ele quis
ele usou
Usa-se s em palavras terminadas em ASE, ESE, ISE, OSE:
frase
tese
crise
osmose
Exceções: deslize e gaze.
Usa-se s em palavras terminadas em OSO, OSA:
horrorosa
gostoso
Exceção: gozo
Usa-se o sufixo indicador de diminutivo INHO com s quando esta letra fizer parte do radical da
palavra de origem; com z quando a palavra de origem não tiver o radical terminado em s:
Teresa = Teresinha
Casa = casinha
Mulher = mulherzinha
Pão = pãozinho
Os verbos terminados em ISAR serão escritos com s quando esta letra fizer parte do radical da
palavra de origem; os terminados em IZAR serão escritos com z quando a palavra de origem não
tiver o radical terminado em s:
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improviso = improvisar
análise = analisar
pesquisa = pesquisar
terror = aterrorizar
útil = utilizar
economia = economizar
As palavras terminadas em ÊS e ESA serão escritas com s quando indicarem nacionalidade,
títulos ou nomes próprios; as terminadas em EZ e EZA serão escritas com z quando forem
substantivos abstratos provindos de adjetivos, ou seja, quando indicarem qualidade:
Camponês
Inglês
Embriaguez
Limpeza
Os verbos terminados em CEDER terão palavras derivadas escritas com CESS:
exceder = excesso, excessivo
conceder = concessão
proceder = processo
Os verbos terminados em PRIMIR terão palavras derivadas escritas com PRESS:
imprimir = impressão
deprimir = depressão
comprimir = compressa
Os verbos terminados em GREDIR terão palavras derivadas escritas com GRESS:
progredir = progresso
agredir = agressor, agressão, agressivo
transgredir = transgressão, transgressor
Os verbos terminados em METER terão palavras derivadas escritas com MISS ou MESS:
comprometer = compromisso
prometer = promessa
intrometer = intromissão
remeter = remessa
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Escreve-se com j a conjugação dos verbos terminados em JAR:
Viajar = espero que eles viajem
Encorajar = para que eles se encorajem
Enferrujar = que não se enferrujem as portas
Escrevem-se com j as palavras derivadas de vocábulos terminados em JA:
loja = lojista
canja = canjica
sarja = sarjeta
Escrevem com j as palavras de origem tupi-guarani.
Jiló
Jiboia
Jirau
Escrevem-se com g as palavras terminadas em ÁGIO, ÉGIO, ÍGIO, ÓGIO, ÚGIO:
pedágio
sacrilégio
prestígio
relógio
refúgio
Escrevem-se com g os substantivos terminados em GEM:
a viagem
a coragem
a ferrugem
Exceções: pajem, lambujem
Palavras iniciadas por ME serão escritas com x:
Mexerica
México
Mexilhão
Mexer
Exceção: mecha de cabelos
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As palavras iniciadas por EN serão escritas com x, a não ser que provenham de vocábulos
iniciados por ch:
Enxada
Enxerto
Enxurrada
Encher – provém de cheio
Enchumaçar – provém de chumaço
Usa-s x após ditongo:
ameixa
caixa
peixe
Exceções: recauchutar, guache
Questões de concursos sobre ortografia
1) Entre as opções abaixo, somente uma completa corretamente as lacunas apresentadas a
seguir. Assinale-a:
Na cidade carente, os ..................................... resolveram ..................................... seus direitos,
fazendo um ........................................... assustador.
a) mendingos; reivindicar; rebuliço
b) mindigos; reinvidicar, rebuliço
c) mindigos; reivindicar, reboliço
d) mendigos; reivindicar, rebuliço
e) mendigos; reivindicar, reboliço
2) Assinale a opção em que todas as palavras se completam adequadamente com a letra
entre parênteses:
a) en.....aguar / pi.....e / mi.....to (x)
b) exce.....ão / Suí.....a / ma.....arico (ç)
c) mon.....e / su.....estão / re.....eitar (g)
d) búss.....la / eng.....lir / ch.....visco (u)
e) .....mpecilho / pr.....vilégio / s.....lvícola (i)
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3) Foram insuficientes as ............................................... apresentadas,
................................................ de se esclarecerem os ......................................................
a) escusas - a fim - mal-entendidos
b) excusas - afim - mal-entendidos
c) excusas - a fim - malentendidos
d) excusas - afim - malentendidos
e) escusas - afim - mal-entendidos
4) Este meu amigo ................................................ vai ..............................................-se para ter
direito ao título de eleitor.
a) extrangeiro - naturalizar
b) estrangeiro – naturalizar
c) estrangeiro – naturalisar
d) estranjeiro – naturalisar
e) extranjeiro – naturalizar
5) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas:
a) quiseram, essência, impecílio.
b) pretencioso, aspectos, sossego.
c) assessores, exceção, incansável.
d) excessivo, expontâneo, obseção.
e) obsecado, reinvidicação, repercussão
GABARITO
01 02 03 04 05
d b a b c
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Teoria
Acentuação Gráfica
Em Língua Portuguesa, todas as palavras possuem uma sílaba tônica - a que recebe a
maior inflexão de voz. Nem todas, porém, são marcadas pelo acento gráfico. Para a utilização de
acentos gráficos existem regras, que serão nomeadas a seguir.
Uma observação pertinente: embora já de conhecimento da população, as alterações
acerca da língua, no que diz respeito à acentuação gráfica, ainda não estão em vigor. Portanto,
permanecem ainda as regras de acentuação listadas abaixo. E para início de conversa, alguns
conceitos básicos de fonologia.
As sílabas são subdivididas em tônicas, subtônicas e átonas. A sílaba tônica é a mais forte
da palavra, e só existe uma sílaba tônica em cada palavra.
Guaraná - A sílaba tônica é a última.
Táxi - A sílaba tônica é a penúltima.
Própolis - A sílaba tônica é a antepenúltima.
A sílaba tônica sempre se encontra em uma destas três sílabas: última, penúltima e
antepenúltima. Todas as outras são denominadas átonas. É importante frisar que recai acento
gráfico, se for o caso, apenas na sílaba tônica. Logo, conclui-se que apenas uma das três últimas
sílabas da palavra poderá receber acento gráfico.
Quando a palavra possuir uma sílaba só, será denominada monossílaba. Os monossílabos
podem ser átonos e tônicos. Os tônicos são aqueles que têm força para serem usados sozinhos
em uma sílaba; os átonos, não. Portanto serão monossílabos tônicos os substantivos, os
adjetivos, os advérbios, os numerais e os verbos. Quando possuírem duas sílabas, serão
dissílabas; três sílabas, trissílabas e quatro ou mais sílabas polissílaba.
Regras de Acentuação
Monossílabos Tônicos: Os monossílabos tônicos serão acentuados, quando terminarem em A, E,
O, seguidos ou não de s.
pá, pás, má, más, vá, lá, já.
pé, pés, mês, rês, Zé, né?
pó, pós, dó, cós, pô!
Oxítonas: São as que têm a maior inflexão de voz na última sílaba. São acentuadas, quando
terminarem em A, E, O, seguidos ou não de s, e em EM, ENS.
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Corumbá, maracujás, maná, Maringá.
rapé, massapê, filé, sapé.
filó, rondó, mocotó, jiló.
amém, armazém, também, Belém.
parabéns, armazéns, nenéns.
Paroxítonas: São as que têm a maior inflexão de voz na penúltima sílaba. São acentuadas,
quando terminarem em UM, UNS, L, ÊEM, PS, X, EI (s), ÃO (s), U (s), ditongo crescente (s), N,
ÔO, I (s), R, Ã (s).
álbum, factótum, médiuns.
ágil, flexível, volátil.
crêem, dêem, lêem, vêem.
fórceps, bíceps, tríceps.
tórax, xérox (também pode ser xerox), fênix.
pônei, vôlei, jóquei.
órgão, órfãos, sótão.
ônus, bônus.
Mário, secretária.
hífen, pólen, gérmen.
vôo, côo, entôo.
táxi, júris.
fêmur, âmbar, revólver.
ímã, órfãs.
Há um macete para não se confundir com as terminações das paroxítonas:
PSIUS NÃO RELAXE
Proparoxítonas: São as que têm a maior inflexão de voz na antepenúltima sílaba. Todas as
proparoxítonas são acentuadas, salvo a expressão per capita, por não pertencer à Língua
Portuguesa.
síndrome, ínterim, lêvedo, lâmpada, sândalo.
Os ditongos eu, ei, oi / éu, éi, ói somente receberão acento, quando forem abertos, seguidos ou
não de s.
meu, chapéu, deus, troféus.
peixe, anéis, rei, réis.
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doido, estóico, foice, destrói.
As letras i e u serão acentuadas, independente da posição na palavra, quando surgirem:
Formando hiato tônico com a vogal anterior.
Sem consoante na mesma sílaba, exceto o s.
Sem nasalização (til, NH e ressôo nasal).
saída, ataúde, miúdo.
sairmos, balaústre, juiz.
rainha, ruim, juízes.
Os grupos que, qui, gue, gui devem ser analisados com muito cuidado, pois podem surgir com
trema, com acento agudo ou sem sinal gráfico algum.
Quando o u for pronunciado atonamente, ou seja, quando as três letras participarem da mesma
sílaba, sendo o u pronunciado e fraco, deveremos colocar trema sobre ele.
se-qüên-cia, cin-qüen-ta.
tran-qüi-lo, qüin-qüê-nio.
a-güen-tar, en-xá-güem.
ar-güi-ção, lin-güi-ça.
Acentos Diferenciais
As únicas palavras que recebem acento para serem diferenciadas de outras são as seguintes:
ás = carta de baralho, piloto de avião.
O ás é a carta mais valiosa no pôquer.
às = contração da preposição a com o artigo ou pronome a.
Obedeço às regras.
as = artigo, pronome oblíquo átono ou pronome demonstrativo.
As garotas aprovadas são as que estão na sala ao lado. Chame-as.
pára = verbo parar na terceira pessoa do singular do Presente do Indicativo.
Ele não pára de conversar
Ou na segunda pessoa do singular do Imperativo Afirmativo.
Pára com isso!
para = preposição.
Estude, para seu próprio bem.
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péla, pélas = bola de borracha, jogo da péla; verbo pelar (tirar a pele) na segunda e na terceira
pessoas do singular do Presente do Indicativo.
Eu pélo, tu pélas, ele péla.
pela, pelas = preposição antiga per mais artigo ou pronome.
Ele fugiu pela porta da diretoria.
pélo = verbo pelar.
Eu pélo, tu pélas, ele péla.
pêlo, pêlos = cabelo, penugem.
Arrancou-lhe os pêlos do braço.
pelo, pelos = preposição per mais artigo ou pronome.
Ele fugiu pelos fundos.
pera = preposição antiga (o mesmo que para).
pêra = fruto da pereira.
Comi uma pêra no almoço.
Observe que pêra só tem acento no singular.
Comi umas peras no almoço.
pode = terceira pessoa do singular do Presente do Indicativo do verbo poder.
Hoje ele pode.
pôde = terceira pessoa do singular do Pretérito Perfeito do Indicativo do verbo poder.
Ontem ele pôde.
pólo, pólos = as extremidades de um eixo; espécie de jogo.
Foi campeão de pólo aquático.
pôlo, pôlos = espécie de ave.
Matei dois pôlos ontem.
por = preposição.
pôr = verbo.
Menino, vá pôr uma blusa, antes de sair por aí.
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Aulas 01 a 12
Questões de concursos sobre acentuação
01) Assinale a opção cuja palavra não deve ser acentuada:
a) Todo ensino deveria ser gratuíto.
b) Não vês que eu não tenho tempo?
c) É difícil lidar com pessoas sem caráter.
d) Saberias dizer o conteúdo da carta?
e) Veranópolis é uma cidade que não para de crescer.
02) Assinale a alternativa que completa as frases:
I – Cada qual faz como melhor lhe ….........................................…. .
II – O que ….................................…. estes frascos?
III – Nestes momentos os teóricos …........................................…. os conceitos.
IV – Eles …...............................…. a casa do necessário.
a) convém, contêm, revêem, provêem
b) convém, contém, revêem, provém
c) convém, contém, revêm, provém
d) convêm, contém, revêem, provêem
e) convêm, contêm, revêem, proveem
03) A frase totalmente correta quanto a grafia e acentuação é:
a) Trabalhadores reinvindicavam alí a contratação de mão-de-obra sem grande burocracia.
b) Nessa conjuntura, é difícil explicar porquê a mobilidade da mão-de-obra decresceu.
c) Assessores especializados procuram pôr no papel todas as variáveis que envolvem o tema.
d) Pesquizas realizadas recentemente mostram que o êxito do "euro" é questionável.
e) Até em adjacências de pequenos centros, chega a haver letígio para preenchimento de vagas.
04) Em todas as alternativas as palavras foram acentuadas corretamente, exceto em:
a) Eles têm muita coisa a dizer.
b) Estude os dois primeiros ítens do programa.
c) Afinal, o que contém este embrulho?
d) Foi agradável ouvir aquele orador.
e) Por favor, dêem-lhe uma nova chance.
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Aulas 01 a 12
GABARITO
01 02 03 04
a c c b
Teoria
Classes de palavras
São dez as classes de palavras em Língua Portuguesa. Seu estudo é considerado o
básico na aprendizagem do idioma. Estas classes são divididas em dois grupos: as variáveis e
invariáveis. As variáveis são aquelas que permitem flexão em gênero (masculino e feminino),
número (singular e plural) e grau (aumentativo e diminutivo). Já as invariáveis não permitem
flexão, sempre se apresentam de uma mesma maneira. Apenas os advérbios podem admitir
flexão de grau em alguns casos.
As variáveis
Substantivo
Substantivo é tudo o que nomeia as "coisas" em geral.
Substantivo é tudo o que pode ser visto, pego ou sentido.
Substantivo é tudo o que pode ser precedido de artigo.
Classificação e Formação
Substantivo Comum
Substantivo comum é aquele que designa os seres de uma espécie de forma genérica.
pedra, computador, cachorro, homem, caderno.
Substantivo Próprio
Substantivo próprio é aquele que designa um ser específico, determinado, individualizando-o.
Daniela, Brasil, Paraná, Jorge, Juvenal
O substantivo próprio sempre deve ser escrito com letra maiúscula.
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Substantivo Concreto
Substantivo concreto é aquele que designa seres que existem por si só ou apresentam-se em
nossa imaginação como se existissem por si.
ar, som, Deus, computador, pedra.
Substantivo Abstrato
Substantivo abstrato é aquele que designa prática de ações verbais, existência de qualidades ou
sentimentos humanos.
amor, saudade, amizade, ternura, rancor.
Formação dos substantivos
Os substantivos, quanto à sua formação, podem ser:
Substantivo Primitivo
É primitivo o substantivo que não se origina de outra palavra existente na língua portuguesa.
pedra, jornal, gato, homem.
Substantivo Derivado
É derivado o substantivo que provém de outra palavra da língua portuguesa.
pedreiro, jornalista, gatarrão, homenzarrão.
Substantivo Simples
É simples o substantivo formado por um único radical.
pedra, pedreiro, jornal, jornalista.
Substantivo Composto
É composto o substantivo formado por dois ou mais radicais.
vinagre, pedra-sabão, homem-rã, passatempo.
Substantivo Coletivo
É coletivo o substantivo no singular que indica diversos elementos de uma mesma espécie.
lobos - alcatéia, abelha - enxame, aluno – classe, arroz – batelada.
Gêneros uniforme e biforme
Os substantivos, quanto ao gênero, são masculinos ou femininos. Quanto às formas, eles podem
ser:
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01) Substantivos Biformes: Substantivos biformes são os que apresentam duas formas, uma para
o masculino, outra para o feminino, com apenas um radical.
menino - menina.
traidor - traidora.
aluno – aluna
02) Substantivos Heterônimos: Substantivos heterônimos são os que apresentam duas formas,
uma para o masculino, outra para o feminino, com dois radicais diferentes.
homem - mulher.
bode - cabra.
boi - vaca.
Substantivos Uniformes
Substantivos uniformes são os que apresentam apenas uma forma, para ambos os gêneros. Os
substantivos uniformes recebem nomes especiais, que são os seguintes:
Comum-de-dois gêneros
Os comuns-de-dois são os que têm uma só forma para ambos os gêneros, com artigos distintos:
Eis alguns exemplos:
o / a estudante
o / a imigrante
o / a acrobata
o / a agente
o / a intérprete
Sobrecomum
Os sobrecomuns são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos os gêneros: Eis alguns
exemplos:
o cônjuge
a criança
o carrasco
o indivíduo
o apóstolo
o monstro
Epiceno
Os epicenos são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos os gêneros de certos
animais, acrescentando as palavras macho e fêmea, para se distinguir o sexo do animal. Eis
alguns exemplos:
a girafa macho/ a girafa fêmea
a andorinha macho/ a andorinha fêmea
a águia macho/ a águia fêmea
a barata macho/ a barata fêmea
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a cobra macho/ a cobra fêmea o jacaré macho/ o jacaré fêmea
Importante!
Mudança de gênero com mudança de significado
Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam também de significado. Eis alguns deles:
o caixa = o funcionário
a caixa = o objeto
o capital = dinheiro
a capital = sede de governo
o coma = sono mórbido
a coma = cabeleira, juba
o grama = medida de massa
a grama = a relva, o capim
o guarda = o soldado
a guarda = vigilância, corporação
o guia = aquele que serve de guia, cicerone
a guia = documento, formulário; meio-fio
o moral = estado de espírito
a moral = ética, conclusão
o banana = o molenga.
a banana = a fruta
Numeral
É a palavra que indica a quantidade de elementos ou sua ordem de sucessão.
Dependendo do que o numeral indica, ele pode ser:
Cardinal: É o numeral que indica a quantidade de seres.
um, dois, três, quatorze, trinta e três
Ordinal: É o numeral que indica a ordem de sucessão, a posição ocupada por um ser numa
determinada série.
primeiro, segundo, terceiro, vigésimo quinto
Multiplicativo: É o numeral que indica a multiplicação de seres.
dobro, triplo, quádruplo
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Fracionário: É o numeral que indica divisão, fração.
meio, terço, quarto, quinto
Emprego dos Numerais
01) Na designação de séculos, reis, papas, príncipes, imperadores, capítulos, festas, feiras, etc.,
utilizam-se algarismos romanos. A leitura será por ordinal até X; a partir daí (XI, XII ...), por
cardinal. Se o numeral preceder o substantivo, sempre será lido como ordinal.
XXXVIII Feira Agropecuária. = Trigésima oitava Feira Agropecuária.
II Bienal Cultural = Segunda Bienal Cultural.
Papa João Paulo II = Papa João Paulo segundo.
Papa João XXIII = Papa João vinte e três.
02) Os numerais ordinais acima de 1.999º têm duas leituras possíveis:
2.000º = O dois milésimo ou O segundo milésimo.
89.428 = O oitenta e nove milésimo quadringentésimo vigésimo oitavo ou O octogésimo nono
milésimo quadringentésimo vigésimo oitavo
03) Zero, ambos e ambas também são numerais.
Adjetivo
Adjetivo é a classe gramatical que modifica um substantivo, atribuindo-lhe qualidade,
estado ou modo de ser. Um adjetivo normalmente exerce uma dentre três funções sintáticas na
oração: Aposto explicativo, adjunto adnominal ou predicativo.
Os adjetivos podem ser:
Adjetivo explicativo
É o adjetivo que denota qualidade essencial do ser, qualidade inerente, ou seja, qualidade que
não pode ser retirada do substantivo. Por exemplo, todo homem é mortal, todo fogo é quente, todo
leite é branco, então mortal, quente e branco são adjetivos explicativos, em relação a homem,
fogo e leite.
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Adjetivo restritivo
É o adjetivo que denota qualidade adicionada ao ser, ou seja, qualidade que pode ser retirada do
substantivo. Por exemplo, nem todo homem é inteligente, nem todo fogo é alto, nem todo leite é
enriquecido, então inteligente, alto e enriquecido são adjetivos restritivos, em relação a homem,
fogo e leite.
Locução Adjetiva
Em muitos casos, prefere-se usar, no lugar de um adjetivo, uma expressão formada por
mais de uma palavra para caracterizar o substantivo. Essa expressão, que tem o mesmo valor e o
mesmo sentido de um adjetivo, recebe o nome de locução adjetiva. Observe alguns exemplos:
de águia = aquilino
de aluno = discente
de anjo = angelical
de ano = anual
de boi = bovino
de bronze = brônzeo ou êneo
de cabelo = capilar
de cavalo = cavalar, eqüino, eqüídio ou
hípico
de chumbo = plúmbeo
de chuva = pluvial
de diamante = diamantino ou adamantino
de elefante = elefantino
de enxofre = sulfúrico
de ferro = férreo
de fígado = figadal ou hepático
de fogo = ígneo
de homem = viril ou humano
de ilha = insular
de intestino = celíaco ou entérico
de inverno = hibernal ou invernal
de lago = lacustre
de macaco = simiesco, símio ou macacal
de madeira = lígneo
de marfim = ebúrneo ou ebóreo
de mestre = magistral
de orelha = auricular
de ouro = áureo
de ovelha = ovino
de paixão = passional
de pâncreas = pancreático
de pato = anserino
de peixe = písceo ou ictíaco
de pombo = columbino
de porco = suíno ou porcino
de rio = fluvial
de serpente = viperino
de sonho = onírico
de terra = telúrico, terrestre ou terreno
de trigo = tritício
de urso = ursino
de vaca = vacum
de velho = senil
de vento = eólico
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Flexões do Adjetivo
Gênero e Número
O adjetivo concorda com o substantivo a que se refere em gênero e número (masculino e
feminino; singular e plural). Caso o adjetivo seja representado por um substantivo, ficará
invariável, ou seja, se a palavra que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um
substantivo, ela manterá sua forma primitiva e passará a ser denominado de substantivo
adjetivado. Por exemplo, a palavra cinza é originalmente um substantivo, porém, se estiver
qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então, invariável. Camisas cinza,
ternos cinza.
Carros pretos e motos vinho.
Telhados marrons e paredes musgo.
Espetáculos grandiosos e comícios monstro.
Adjetivo composto
Com raras exceções, o adjetivo composto tem seus elementos ligados por hífen. Apenas o
último elemento concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na forma
masculina, singular. Caso um dos elementos que formam o adjetivo composto seja um substantivo
adjetivado, todo o adjetivo composto ficará invariável. Por exemplo, a palavra rosa é originalmente
um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Caso se
ligue a outra palavra por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substantivo adjetivado,
o adjetivo composto inteiro ficará invariável. Camisas rosa-claro. Ternos rosa-claro.
Olhos verde-claros.
Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
Importante:
Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por cor-de-...
são sempre invariáveis.
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Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm os dois elementos flexionados.
Graus do Adjetivo
A flexão de grau do adjetivo ocorre em duas esferas – a comparativa e a superlativa.
Observe a tabela a seguir.
DE
SUPERIORIDADE
Minha blusa é mais bonita que a sua.
COMPARATIVO DE IGUALDADE Minha blusa é tão bonita quanto a sua.
DE INFERIORIDADE Minha blusa é menos bonita que a sua.
ANALÍTICO Minha blusa é muito bonita.
ABSOLUTO
SINTÉTICO Minha blusa é bonitíssima.
SUPERLATIVO
DE SUPERIORIDADE Minha blusa é a mais bonita.
RELATIVO
DE INFERIORIDADE Minha blusa é a menos bonita.
Superlativos absolutos sintéticos eruditos
Alguns adjetivos no grau superlativo absoluto sintético apresentam a primitiva forma latina,
daí serem chamados de eruditos. Por exemplo, o adjetivo magro possui dois superlativos
absolutos sintéticos: o normal, magríssimo, e o erudito, macérrimo.
Eis uma pequena lista de superlativos absolutos sintéticos:
benéfico = beneficentíssimo
bom = boníssimo ou ótimo
célebre = celebérrimo
comum = comuníssimo
cruel = crudelíssimo
difícil = dificílimo
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doce = dulcíssimo
fácil = facílimo
fiel = fidelíssimo
frágil = fragílimo
frio = friíssimo ou frigidíssimo
humilde = humílimo
jovem = juveníssimo
livre = libérrimo
magnífico = magnificentíssimo
magro = macérrimo ou magríssimo
manso = mansuetíssimo
mau = péssimo
nobre = nobilíssimo
pequeno = mínimo
pobre = paupérrimo ou pobríssimo
preguiçoso = pigérrimo
próspero = prospérrimo
sábio = sapientíssimos
agrado = sacratíssimo
Pronomes
Pronome é a palavra variável em gênero, número e pessoa que substitui ou acompanha o
nome, indicando-o como pessoa do discurso. Quando o pronome substituir um substantivo, será
denominado pronome substantivo; quando acompanhar um substantivo, será denominado
pronome adjetivo.
Aqueles garotos estudam bastante; eles serão aprovados no concurso com louvor.
Aqueles é um pronome adjetivo, pois acompanha o substantivo garotos e eles é um
pronome substantivo, pois substitui o mesmo substantivo.
Os pronomes se dividem em seis grupos, apresentados a seguir.
Pronomes Pessoais
Os pronomes pessoais são aqueles que indicam uma das três pessoas do discurso: a que
fala, a com quem se fala e a de quem se fala. Podem ser retos ou oblíquos.
Pronomes pessoais do caso reto são os que desempenham a função sintática de sujeito
da oração. São os pronomes eu, tu, ele, ela, nós, vós eles, elas.
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Pronomes pessoais do caso oblíquo são os que desempenham a função sintática de
complemento verbal (objeto direto ou indireto), complemento nominal, agente da passiva, adjunto
adverbial, adjunto adnominal ou sujeito acusativo (sujeito de oração reduzida).
Os pronomes pessoais do caso oblíquo se subdividem em dois tipos: os átonos, que não
são antecedidos por preposição, e os tônicos, precedidos por preposição.
Pronomes oblíquos átonos
Os pronomes oblíquos átonos são os seguintes: me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes.
Pronomes oblíquos tônicos
Os pronomes oblíquos tônicos são os seguintes: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo,
nós, conosco, vós, convosco, eles, elas.
Usos dos Pronomes Pessoais
Eu, tu / Mim, ti
Eu e tu exercem a função sintática de sujeito. Mim e ti exercem a função sintática de
complemento verbal ou nominal, agente da passiva ou adjunto adverbial e sempre são precedidos
de preposição.
Trouxeram aquela encomenda para mim.
Era para eu conversar com o diretor, mas não houve condições.
Se, si, consigo
Se, si, consigo são pronomes reflexivos ou recíprocos, portanto só poderão ser usados na
voz reflexiva ou na voz reflexiva recíproca.
Quem não se cuida, acaba ficando doente.
Quem só pensa em si, acaba ficando sozinho.
Juvenal trouxe consigo os quatro livros solicitados.
Com nós, com vós / Conosco, convosco
Usa-se com nós ou com vós, quando, à frente, surgir qualquer palavra que indique quem
"somos nós" ou quem "sois vós".
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Ele conversou com nós todos a respeito de seus problemas.
Ele disse que sairia com nós dois.
Pronomes Oblíquos Átonos
Os pronomes oblíquos átonos são me, te, se, o, a, lhe, nos, vos, os as, lhes.
Quando encontrar seu material, traga-o até mim.
Respeite-me, garoto.
Levar-te-ei a Brasília assim que puder.
Pronomes de Tratamento
São pronomes empregados no trato com as pessoas, familiarmente ou respeitosamente.
Embora o pronome de tratamento se dirija à segunda pessoa, toda a concordância deve ser feita
com a terceira pessoa. Usa-se Vossa, quando conversamos com a pessoa, e Sua, quando
falamos da pessoa.
Vossa Senhoria deveria preocupar-se com suas responsabilidades e não com as de outras
pessoas.
Sua Excelência, o Prefeito, que se encontra ausente.
Pronomes Relativos
Os pronomes relativos são utilizados na substituição de substantivos, evitando sua
repetição. Na montagem do período, deve-se colocá-lo imediatamente após o substantivo
repetido, que passará a ser chamado de elemento antecedente. São cinco os pronomes relativos
mais recorrentes, e cada um deles é utilizado em uma circunstância especial.
QUE – QUEM – QUAL – CUJO - ONDE
O pronome que é o mais comum. Utiliza-se na substituição da maioria dos termos.
Encontrei o garoto que você estava procurando.
Nós assistimos ao filme que vocês perderam.
O pronome quem é utilizado apenas para referir-se à pessoa e deve ser antecedido da
preposição a.
Conheci a garota a quem você se referiu ontem.
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O pronome qual é utilizado para retomar coisas, objetos em geral e na eliminação da
ambiguidade.
Encontrei o livro o qual você estava procurando.
Esta é a mãe do rapaz a qual faz Direito.
O pronome cujo indica posse (algo de alguém). Na montagem do período, deve-se colocá-lo entre
o possuidor e o possuído (alguém cujo algo).
Antipatizei com o rapaz cuja namorada você conhece.
A árvore cujos frutos são venenosos foi derrubada.
Jamais se usa artigo após o relativo cujo.
O pronome onde é utilizado na indicação de lugar. Onde pressupõe em que lugar e aonde
pressupõe a que lugar.
Onde você mora? (mora em algum lugar)
Aonde você vai? (vai a algum lugar)
Pronomes Possessivos
São aqueles que indicam posse, em relação às três pessoas do discurso. São eles:
meu(s), minha(s), teu(s), tua(s), seu(s), sua(s), nosso(s), nossa(s), vosso(s), vossa(s).
Empregos dos pronomes possessivos
O emprego dos possessivos de terceira pessoa seu, sua, seus, suas pode dar duplo
sentido à frase (ambiguidade). Para evitar isso, coloca-se à frente do substantivo dele, dela, deles,
delas, ou troca-se o possessivo por esses elementos.
Juvenal contou-me que Mary desaparecera com seus documentos.
De quem eram os documentos? Não há como saber. Então a frase está ambígua. Para
tirar a ambiguidade, coloca-se, após o substantivo, o elemento referente ao dono dos
documentos:
Juvenal contou-me que Mary desaparecera com os documentos dela.
Juvenal contou-me que Mary desaparecera com os documentos dele.
É facultativo o uso de artigo diante dos possessivos.
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Trate bem seus amigos. ou Trate bem os seus amigos.
Pronomes Demonstrativos
Pronomes demonstrativos são aqueles que situam os seres no tempo e no espaço, em
relação às pessoas do discurso. São os seguintes:
01) Este, esta, isto:
São usados para o que está próximo da pessoa que fala e para o tempo presente.
Este chapéu que estou usando é de couro.
Este ano está sendo cheio de surpresas.
02) Esse, essa, isso:
São usados para o que está próximo da pessoa com quem se fala, para o tempo passado recente
e para o futuro.
Esse chapéu que você está usando é de couro?
2008. Esse ano será envolto em mistérios.
03) Aquele, aquela, aquilo:
São usados para o que está distante da pessoa que fala e da pessoa com quem se fala e para o
tempo passado remoto.
Aquele chapéu que ele está usando é de couro?
Em 1985, eu tinha 15 anos. Naquela época, não havia adolescentes que desobedeciam tanto aos
pais.
MACETE
ESTE ESSE AQUELE
aqui aí lá
Outros usos dos demonstrativos
01) Em uma citação oral ou escrita, usa-se este, esta, isto para o que ainda vai ser dito ou escrito,
e esse, essa, isso para o que já foi dito ou escrito.
Esta é a verdade: existe a violência, porque a sociedade a permitiu.
Existe a violência, porque a sociedade a permitiu. A verdade é essa.
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Aulas 01 a 12
02) Usa-se este, esta, isto em referência a um termo imediatamente anterior.
O fumo é prejudicial à saúde, e esta deve ser preservada.
Quando interpelei Juvenal, este se assustou inexplicavelmente.
03) Para estabelecer-se a distinção entre dois elementos anteriormente citados, usa-se este, esta,
isto em relação ao que foi mencionado por último e aquele, aquela, aquilo, em relação ao que foi
nomeado em primeiro lugar.
Sabemos que a relação entre o Brasil e os Estados Unidos é de domínio destes sobre aquele.
Os filmes brasileiros não são tão respeitados quanto às novelas, mas eu prefiro aqueles a estas.
04) O, a, os, as são pronomes demonstrativos, quando equivalem a isto, isso, aquilo ou aquele(s),
aquela(s).
Não concordo com o que ele falou. (aquilo que ele falou)
Tudo o que aconteceu foi um equívoco. (aquilo que aconteceu)
Pronomes Indefinidos
Os pronomes indefinidos referem-se à terceira pessoa do discurso de uma maneira vaga,
imprecisa, genérica. São eles: alguém, ninguém, tudo, nada, algo, cada, outrem, mais, menos,
demais, algum, alguns, alguma, algumas, nenhum, nenhuns, nenhuma, nenhumas, todo, todos,
toda, todas, muito, muitos, muita, muitas, bastante, bastantes, pouco, poucos, pouca, poucas,
certo, certos, certa, certas, tanto, tantos, tanta, tantas, quanto, quantos, quanta, quantas, um, uns,
uma, umas, qualquer, quaisquer além das locuções pronominais indefinidas cada um, cada qual,
quem quer que, todo aquele que, tudo o mais...
Usos de alguns pronomes indefinidos
Todo
O pronome indefinido todo deve ser usado com artigo, se significar inteiro e o substantivo à
sua frente o exigir; caso signifique cada ou todos não terá artigo, mesmo que o substantivo exija.
Todo dia telefono a ela. (Todos os dias)
Fiquei todo o dia em casa. (O dia inteiro)
Todo ele ficou machucado. (Ele inteiro, mas a palavra ele não admite artigo)
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Todos, todas
Os pronomes indefinidos todos e todas devem ser usados com artigo, se o substantivo à
sua frente o exigir.
Todos os colegas o desprezam.
Todas as meninas foram à festa.
Todos vocês merecem respeito.
Algum
O pronome indefinido algum tem sentido afirmativo, quando usado antes do substantivo;
passa a ter sentido negativo, quando estiver depois do substantivo.
Amigo algum o ajudou. (Nenhum amigo)
Algum amigo o ajudará. (Alguém)
Certo
A palavra certo será pronome indefinido, quando anteceder substantivo e será adjetivo,
quando estiver posposto a substantivo.
Certas pessoas não se preocupam com os demais.
As pessoas certas sempre nos ajudam.
Qualquer
O pronome indefinido qualquer não deve ser usado em sentido negativo. Em seu lugar,
deve-se usar algum, posteriormente ao substantivo, ou nenhum
Ele entrou na festa sem problema algum.
Ele entrou na festa sem nenhum problema
Pronomes Interrogativos
São os pronomes que, quem, qual e quanto usados em frases interrogativas diretas ou
indiretas.
Que farei agora? - Interrogativa direta.
Quanto te devo, meu amigo? - Interrogativa direta.
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Aulas 01 a 12
Qual é o seu nome? - Interrogativa direta.
Não sei quanto devo cobrar por esse trabalho. - Interrogativa indireta.
Artigo
É a palavra variável em gênero e número que precede um substantivo, determinando-o de
modo preciso (artigo definido) ou vago (artigo indefinido).
Os artigos classificam-se em definidos e indefinidos.
Artigos Definidos: o, a, os, as.
Artigos Indefinidos: um, uma, uns, umas.
O garoto pediu dinheiro. (Antecipadamente, sabe-se quem é o garoto.)
Um garoto pediu dinheiro. (Refere-se a um garoto qualquer, de forma genérica.)
Emprego dos artigos
Ambos
Usa-se o artigo entre o numeral ambos e o elemento posterior, caso este exija o seu uso.
Ambos os atletas foram declarados vencedores. (Atletas é substantivo que exige artigo.)
Ambas as leis estão obsoletas. (Leis é substantivo que exige artigo.)
Ambos vocês estão suspensos. (Vocês é pronome de tratamento que não admite artigo.)
Todos
Usa-se o artigo entre o pronome indefinido todos e o elemento posterior, caso este exija o
seu uso.
Todos os atletas foram declarados vencedores.
Todas as leis devem ser cumpridas.
Todos vocês estão suspensos.
Todo
Diante do pronome indefinido todo, usa-se o artigo, para indicar totalidade; não se usa,
para indicar generalização.
Todo o país participou da greve. (O país todo, inteiro.)
Todo país sofre por algum motivo. (Qualquer país, todos os países.)
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Aulas 01 a 12
Cujo
Não se usa artigo após o pronome relativo cujo.
As mulheres, cujas bolsas desapareceram, ficaram revoltadas. (e não cujo as bolsas.)
Pronomes Possessivos
Diante de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo.
Encontrei seus amigos no Shopping.
Encontrei os seus amigos no Shopping.
Nomes de pessoas
Diante de nome de pessoas, só se usa artigo, para indicar afetividade ou familiaridade.
O Juvenal esteve aqui várias vezes hoje.
Casa
Só se usa artigo diante da palavra casa (lar, moradia), se a palavra estiver especificada.
Saí de casa há pouco.
Saí da casa do Juvenal há pouco.
Terra
Se a palavra terra significar "chão firme", só haverá artigo, quando estiver especificada. Se
significar planeta, usa-se com artigo.
Os marinheiros voltaram de terra, pois irão à terra do comandante.
Os astronautas voltaram da Terra.
Nomes de lugar
Só se usa artigo diante da maioria dos nomes de lugar, quando estiver qualificado.
Estive em São Paulo, ou melhor, estive na São Paulo de Mário de Andrade.
Nomes de jornais, revistas
Não se deve combinar com preposição o artigo que faz parte do nome de jornais, revistas,
obras literárias.
Li a notícia em O Estado de São Paulo. (e não no Estado de São Paulo)
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Verbo
Verbo é a palavra que indica ação, praticada ou sofrida pelo sujeito, fato, de que o sujeito
participa ativamente, estado ou qualidade do sujeito, ou fenômeno da natureza.
Conjugação verbal:
Há três conjugações para os verbos da língua portuguesa:
1ª conjugação: verbos terminados em -ar .
2ª conjugação: verbos terminados em -er .
3ª conjugação: verbos terminados em -ir .
Obs.: O verbo pôr e seus derivados pertencem à 2ª conjugação, por se originarem do antigo verbo
poer.
Pessoas verbais:
1ª pessoa do singular: eu 1ª pessoa do plural: nós
2ª pessoa do singular: tu 2ª pessoa do plural: vós
3ª pessoa do singular: ele 3ª pessoa do plural: eles
Modos verbais:
São três os modos verbais na língua portuguesa:
Indicativo, que expressa atitudes de certeza,
Subjuntivo, que expressa atitudes de dúvida, hipótese, desejo, e
Imperativo, que expressa atitude de ordem, pedido, conselho.
O modo indicativo
Tempos verbais do Indicativo
01) Presente
Indica fato que ocorre no dia-a-dia, corriqueiramente.
Confio em meus amigos.
02) Pretérito
Indica fatos que já ocorreram.
A) Pretérito Perfeito:
Indica fato que ocorreu no passado em determinado momento, observado depois de concluído.
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Confiei em pseudo-amigos.
B) Pretérito Imperfeito:
Indica fato que ocorria com frequência no passado, ou fato que não havia chegado ao final no
momento em que estava sendo observado.
Eu confiava naqueles amigos.
C) Pretérito Mais-que-perfeito:
Indica fato ocorrido antes de outro no Pretérito Perfeito do Indicativo.
Eu confiara naquele amigo que mentiu a mim.
03) Futuro
Indica fatos que ocorrem depois do momento da fala.
A) Futuro do Presente:
Indica fato que, com certeza, ocorrerá.
Eu confiarei mais uma vez naquele amigo que mentiu a mim.
B) Futuro do Pretérito:
Indica fato futuro, dependente de outro anterior a ele.
Eu confiaria mais uma vez naquele amigo, se ele me prometesse não mais me trair.
Os modos subjuntivo e imperativo
Tempos verbais do Subjuntivo
01) Presente
Indica desejo atual, dúvida que ocorre no momento da fala.
Duvido de que eu confie nele novamente.
02) Pretérito Imperfeito
Indica condição, hipótese; normalmente é usado com o Futuro do Pretérito do Indicativo.
Eu confiaria mais uma vez naquele amigo, se ele me prometesse não mais me trair.
03) Futuro
Indica hipótese futura.
Quando ele me prometer que não me trairá mais, voltarei a confiar nele.
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O modo Imperativo
O modo Imperativo expressa ordem, pedido ou conselho
Caminhe todos os dias, para a saúde melhorar.
As formas nominais
São três as chamadas formas nominais do verbo:
01) Infinitivo
São as formas terminadas em ar, er ou ir.
02) Gerúndio
São as formas terminadas em ndo.
03) Particípio
São as formas terminadas em ado ou ido.
Tempos Compostos
Os tempos verbais compostos são formados por locuções verbais que têm como auxiliares os
verbos ter e haver e como principal, qualquer verbo no particípio. São eles:
01) Pretérito Perfeito Composto do Indicativo
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Indicativo e o principal
no particípio, indicando fato que tem ocorrido com freqüência ultimamente.
Todos nós nos temos esforçado para passar no concurso.
02) Pretérito Perfeito Composto do Subjuntivo
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Presente do Subjuntivo e o principal
no particípio, indicando desejo de que algo já tenha ocorrido.
Espero que você tenha estudado o suficiente, para conseguir a aprovação no concurso.
03) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Indicativo
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Indicativo e
o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
simples.
Eu tinha confiado naquele amigo que mentiu a mim.
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04) Pretérito Mais-que-perfeito Composto do Subjuntivo
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Pretérito Imperfeito do Subjuntivo e
o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Pretérito Imperfeito do Subjuntivo simples.
Eu teria confiado mais uma vez naquele amigo, se ele me tivesse prometido não mais me trair.
05) Futuro do Presente Composto do Indicativo
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Presente simples do
Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Presente simples do
Indicativo.
Amanhã, quando o dia amanhecer, eu já terei partido.
06) Futuro do Pretérito Composto do Indicativo
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Pretérito simples do
Indicativo e o principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Pretérito simples do
Indicativo.
Eu teria confiado mais uma vez naquele amigo, se ele me tivesse prometido não mais me trair.
07) Futuro Composto do Subjuntivo
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Futuro do Subjuntivo simples e o
principal no particípio, tendo o mesmo valor que o Futuro do Subjuntivo simples.
Quando você tiver terminado sua série de exercícios, eu apresentarei novo assunto.
08) Infinitivo Pessoal Composto
É a formação de locução verbal com o auxiliar ter ou haver no Infinitivo Pessoal simples e o
principal no particípio, indicando ação passada em relação ao momento da fala.
Para você ter comprado esse carro, necessitou de muito dinheiro.
Classificação dos verbos
Os verbos classificam-se em:
01) Verbos Regulares
Verbos regulares são aqueles que não sofrem alterações no radical.
cantar, vender, partir.
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02) Verbos Irregulares
Verbos irregulares são aqueles que sofrem pequenas alterações no radical.
fazer = faço, fazes; fiz, fizeste
03) Verbos Anômalos
Verbos anômalos são aqueles que sofrem grandes alterações no radical.
ser = sou, é, fui, era, serei.
04) Verbos Defectivos
Verbos defectivos são aqueles que não possuem conjugação completa.
falir, reaver, precaver = não possuem as 1ª, 2ª e 3ª pes. do presente do indicativo e o presente do
subjuntivo inteiro).
05) Verbos Abundantes
Verbos abundantes são aqueles que apresentam duas formas de mesmo valor. Geralmente
ocorrem no particípio, que chamaremos de particípio regular, terminado em -ado, -ido, usado na
voz ativa, com o auxiliar ter ou haver, e particípio irregular, com outra terminação diferente, usado
na voz passiva, com o auxiliar ser ou estar.
Vozes Verbais
Voz verbal é a flexão do verbo que indica se o sujeito pratica, ou recebe, ou pratica e recebe a
ação verbal.
01) Voz Ativa
Quando o sujeito é agente, ou seja, pratica a ação verbal ou participa ativamente de um fato.
As meninas exigiram a presença da diretora.
A torcida aplaudiu os jogadores.
O médico cometeu um erro terrível.
02) Voz Passiva
Quando o sujeito é paciente, ou seja, sofre a ação verbal.
A) Voz Passiva Sintética
A voz passiva sintética é formada por verbo transitivo direto, pronome se (partícula apassivadora)
e sujeito paciente.
Entregam-se encomendas.
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Alugam-se casas.
Compram-se roupas usadas.
B) Voz Passiva Analítica
A voz passiva analítica é formada por sujeito paciente, verbo auxiliar ser ou estar, verbo principal
indicador de ação no particípio - ambos formam locução verbal passiva - e agente da passiva.
As encomendas foram entregues pelo próprio diretor.
As casas foram alugadas pela imobiliária.
As roupas foram compradas por uma elegante senhora.
03) Voz Reflexiva
Há dois tipos de voz reflexiva:
A) Reflexiva
Será chamada simplesmente de reflexiva, quando o sujeito praticar a ação sobre si mesmo.
Juvenal machucou-se ontem.
Mary cortou-se com a faca.
B) Reflexiva recíproca
Será chamada de reflexiva recíproca, quando houver dois elementos como sujeito: um pratica a
ação sobre o outro, que pratica a ação sobre o primeiro.
Paula e Renato amam-se.
Os jovens agrediram-se durante a festa.
Os ônibus chocaram-se violentamente.
Passagem da ativa para a passiva e vice-versa
Para efetivar a transformação da ativa para a passiva e vice-versa, procede-se da seguinte
maneira:
1 - O sujeito da voz ativa passará a ser o agente da passiva.
2 - O objeto direto da voz ativa passará a ser o sujeito da voz passiva.
3 - Na passiva, o verbo ser estará no mesmo tempo e modo do verbo transitivo direto da ativa.
4 - Na voz passiva, o verbo transitivo direto ficará no particípio.
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Voz ativa
A torcida aplaudiu os jogadores.
Sujeito = a torcida.
Verbo transitivo direto = aplaudiu.
Objeto direto = os jogadores.
Voz passiva
Os jogadores foram aplaudidos pela torcida.
Sujeito = os jogadores.
Locução verbal passiva = foram aplaudidos.
Agente da passiva = pela torcida.
As invariáveis
Preposição
Preposição é uma palavra invariável que liga dois elementos da oração, subordinando-os.
Isso significa que a preposição é o termo que liga substantivo a substantivo, verbo a substantivo,
substantivo a verbo, adjetivo a substantivo, advérbio a substantivo, etc., estabelecendo entre eles
relações de sentido.
Juvenal comprou um presente para Júlia.
Os termos presente e Júlia (ambos substantivos) são ligados pela preposição para, que
estabelece entre eles relação de finalidade.
Tipos de preposição
As essenciais são as que só desempenham a função de preposição.
a, ante, até, após, com, contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre,
trás.
As acidentais são palavras de outras classes gramaticais que eventualmente são empregadas
como preposições. São, também, invariáveis.
afora, fora, exceto, salvo, malgrado, durante, mediante, segundo, menos.
Locução Prepositiva: São duas ou mais palavras, exercendo a função de uma preposição. As
locuções prepositivas têm sempre como último componente uma preposição.
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acerca de, a fim de, apesar de, através de, de acordo com, em vez de, junto de, para com, à
procura de, à busca de, à distância de, além de, antes de, depois de, à maneira de, junto de, junto
a, a par de...
Circunstâncias: As preposições podem indicar diversas circunstâncias:
• Lugar = Estivemos em São Paulo.
• Origem = Essas maçãs vieram da Argentina.
• Causa = Ele morreu, por cair de um andaime.
• Assunto = Conversamos bastante sobre você.
• Meio = Passeei de bicicleta ontem.
• Posse = Recebeu a herança do avô.
• Matéria = Comprei roupas de lã.
Advérbio
O advérbio é uma categoria gramatical invariável que modifica verbo, adjetivo ou outro
advérbio, atribuindo-lhes uma circunstância de tempo, modo, lugar, afirmação, negação, dúvida ou
intensidade. Por exemplo, observe a frase:
Ontem, ela não agiu muito bem.
Há quatro advérbios: ontem, de tempo; não, de negação; muito, de intensidade; bem, de
modo. As circunstâncias podem também ser expressas por uma locução adverbial - duas ou mais
palavras exercendo a função de um advérbio. Por exemplo, a frase:
Ele, às vezes, age às escondidas.
Há duas locuções adverbiais: às vezes, de tempo; às escondidas, de modo.
Classificação dos Advérbios
01) Advérbios de Modo
Assim, bem, mal, acinte (de propósito, deliberadamente), adrede (de caso pensado, de propósito,
para esse fim), debalde (inutilmente), depressa, devagar, melhor, pior, bondosamente,
generosamente e muitos outros terminados em mente.
Locuções Adverbiais de Modo: às pressas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas,
aos poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé,
de cor, em vão.
02) Advérbios de Lugar
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Abaixo, acima, adentro, adiante, afora, aí, além, algures (em algum lugar), alhures (em outro
lugar), nenhures (em nenhum lugar), ali, aquém, atrás, cá, dentro, embaixo, externamente, lá,
longe, perto.
Locuções Adverbiais de Lugar: a distância, à distância de, de longe, de perto, em cima, à direita, à
esquerda, ao lado, em volta.
03) Advérbios de Tempo
Afinal, agora, amanhã, amiúde (de vez em quando), ontem, breve, cedo, constantemente, depois,
enfim, entrementes (enquanto isso), hoje, imediatamente, jamais, nunca, outrora, primeiramente,
tarde, provisoriamente, sempre, sucessivamente, já.
Locuções Adverbiais de Tempo: às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em
quando, de quando em quando, a qualquer momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em
dia.
04) Advérbios de Negação
Não, tampouco (também não).
Locuções Adverbiais de Negação: de modo algum, de jeito nenhum, de forma nenhuma.
05) Advérbios de Dúvida
Acaso, casualmente, porventura, possivelmente, provavelmente, talvez, quiçá.
Locuções Adverbiais de Dúvida: por certo, quem sabe.
06) Advérbios de Intensidade
Assaz (bastante, suficientemente), bastante, demais, mais, menos, muito, quanto, quão, quase,
tanto, pouco.
Locuções Adverbiais de Intensidade: em excesso, de todo, de muito, por completo.
07) Advérbios de Afirmação
Certamente, certo, decididamente, efetivamente, realmente, deveras (realmente), decerto,
indubitavelmente.
Locuções Adverbiais de Afirmação: sem dúvida, de fato, por certo, com certeza.
08) Advérbios Interrogativos
Onde (lugar), quando (tempo), como (modo), por que (causa).
Flexão do advérbio
O advérbio pode flexionar-se nos graus comparativo e superlativo absoluto.
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Comparativo de Superioridade
O advérbio flexiona-se no grau comparativo de superioridade por meio de mais ... (do) que.
Ele agiu mais generosamente que você.
Comparativo de Igualdade
O advérbio flexiona-se no grau comparativo de igualdade por meio de tão ... como, tanto ...
quanto.
Ele agiu tão generosamente quanto você.
Comparativo de Inferioridade
O advérbio flexiona-se no grau comparativo de inferioridade por meio de menos ... (do) que.
Ele agiu menos generosamente que você.
Superlativo Absoluto Sintético
O advérbio flexiona-se no grau superlativo absoluto sintético por meio dos sufixos -issimamente, -
íssimo ou -inho.
Ela agiu educadissimamente.
Ele é muitíssimo educado.
Acordo cedinho.
Superlativo Absoluto Analítico
O advérbio flexiona-se no grau superlativo absoluto analítico por meio de um advérbio de
intensidade como muito, pouco, demais, assaz, tão, tanto...
Ela agiu muito educadamente.
Acordo bastante cedo.
Melhor e pior são formas irregulares do grau comparativo dos advérbios bem e mal; no entanto,
junto a adjetivos ou particípios, usam-se as formas mais bem e mais mal.
Estes alunos estão mais bem preparados que aqueles.
Havendo dois ou mais advérbios terminados em -mente, numa mesma frase, somente se coloca o
sufixo no último deles.
Ele agiu rápida, porém acertadamente.
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Conjunção
Conjunção é a palavra que liga orações ou dois termos semelhantes dentro de uma
mesma oração. As conjunções podem estabelecer vários tipos de relações entre as orações ou
termos. Observe os exemplos que seguem:
O presidente toma posse e deixa de fora o seu partido.
O presidente toma posse mas deixa de fora o seu partido.
No primeiro exemplo, a conjunção expressa uma relação de adição, isto é, a ideia de
"deixar fora o partido" é adicionada à ideia de "o presidente tomar posse". Já no segundo
exemplo, a conjunção mas expressa uma ideia de oposição
Há dois tipos de conjunções:
Coordenativa
Quando a conjunção liga duas orações ou dois termos que poderiam estar separados.
O presidente da República está com dor de cabeça. O presidente já tomou remédio.
Essas orações poderiam estar separadas. Se quisermos juntá-las, usamos uma conjunção:
O presidente da República está com dor de cabeça, mas já tomou remédio..
Podem ser:
ADITIVAS, que servem para ligar simplesmente dois termos ou duas orações de idêntica função:
e, nem (= e não);
Tinha saúde e robustez.
Pulei do banco e gritei de alegria.
Não é gulodice nem interesse mesquinho.
ADVERSATIVAS, que ligam dois termos ou duas orações de igual função, acrescentando-lhes,
porém, uma ideia de contraste: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto.
Seu quarto é pobre, mas nada lhe falta.
Cada uma delas doía-me intensamente; contudo não me indignavam.
ALTERNATIVAS, que ligam dois termos ou orações de sentido distinto, indicando que, ao
cumprir-se um fato, o outro não se cumpre: ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja, nem...nem,
já...já, etc.
Para arremedar gente ou bicho, era um gênio.
Ou eu me retiro ou tu te afastas.
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CONCLUSIVAS, que servem para ligar à anterior uma oração que exprime conclusão,
consequência: logo, pois, portanto, por conseguinte, por isso, assim, então.
Não concorda com a ordem; é, pois, um rebelde.
Ouço música, logo ainda não me enterraram.
EXPLICATIVAS, que ligam duas orações, a segunda das quais justifica a ideia contida na
primeira: que, porque, pois, porquanto.
Dorme, que eu penso.
Subordinativa
Quando liga uma oração a outra que depende dela. Se você diz "Estou triste", alguém vai
perguntar, "Por quê?". "Estou triste porque minha mãe brigou comigo." (Porque = conjunção).
Podem ser:
CAUSAIS (iniciam uma oração subordinada denotadora de causa). porque, pois, porquanto, como
(= porque), pois que, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como, que, etc.
Dona Luísa fora para lá porque estava só.
Como o calor estivesse forte, pusemo-nos a andar pelo Passeio Público.
COMPARATIVAS (iniciam uma oração que encerra o segundo membro de uma comparação, de
um confronto): que, do que (depois de mais, menos, maior, menor, melhor, pior) qual (depois de
tal), quanto (depois de tanto), como, assim como, bem como, como se, que nem.
Era mais alta que baixa.
Nesse instante, Pedro se levantou como se tivesse levado uma chicotada.
CONCESSIVAS (iniciam uma oração subordinada em que se admite um fato contrário à ação
principal, as incapaz de impedi-la). embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem
que, se bem que, apesar de que, nem que, que, etc.
Pouco demorei, conquanto muitos fossem os agrados.
É todo graça, embora as pernas não ajudem...
CONDICIONAIS (iniciam uma oração subordinada em que se indica uma hipótese ou uma
condição necessária para que seja realizado ou não o fato principal): se, caso, quando, contanto
que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a menos que, a não ser que, etc.
Seria mais poeta, se fosse menos político.
Consultava-se, receosa de revelar sua comoção, caso se levantasse.
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CONFORMATIVAS (iniciam uma oração subordinada em que se exprime a conformidade de um
pensamento com o da oração principal):conforme, como [= conforme], segundo, consoante, etc.:
Cristo nasceu para todos, cada qual como o merece...
Tal foi a conclusão de Aires, segundo se lê no Memorial.
CONSECUTIVAS (iniciam uma oração na qual se indica a consequência do que foi declarado na
anterior): que (combinada com uma das palavras tal, tanto, tão ou tamanho, presentes ou latentes
na oração anterior), de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que.
Soube que tivera uma emoção tão grande que Deus quase a levou.
FINAIS (iniciam uma oração subordinada que indica a finalidade da oração principal): para que, a
fim de que, porque (= para que), que.
Aqui vai o livro para que o leias.
Fiz-lhe sinal que se calasse...
PROPORCIONAIS (iniciam uma oração subordinada em que se menciona um fato realizado ou
para realizar-se simultaneamente com o da oração principal): à medida que, ao passo que, à
proporção que, enquanto, quanto mais... (mais), quanto mais... (tanto mais), quanto mais...
(menos), quanto mais... (tanto menos), quanto menos... (menos), quanto menos... (tanto menos),
quanto menos... (mais), quanto menos... (tanto mais).
Ao passo que nos elevávamos, elevava-se igualmente o dia nos ares.
Tudo isso vou escrevendo enquanto entramos no Ano Novo.
TEMPORAIS (iniciam uma oração subordinada indicadora de circunstância de tempo): quando,
antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que,
cada vez que, apenas, mal, que [= desde que], etc.
Custas a vir e, quando vens, não te demoras.
Implicou comigo assim que me viu.
INTEGRANTES (servem para introduzir uma oração que funciona como sujeito, objeto direto,
objeto indireto, predicativo, complemento nominal ou aposto de outra oração): que e se
Quando o verbo exprime uma certeza, usa-se que; quando incerteza, se:
Afirmo que sou estudante.
Não sei se existe ou se dói.
Locução Conjuntiva- A partir das conjunções simples, há numerosas outras formadas da partícula
que é antecedida de advérbios, de preposições e de particípios.
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São chamadas LOCUÇÕES CONJUNTIVAS: antes que, desde que, já que, até que, para que,
sem que, dado que, posto que, visto que, uma vez que, à medida que.
Questões de concursos sobre classes de palavras
01) Assinale a opção em que a inversão da ordem dos termos altera o sentido fundamental do
enunciado:
a) era uma poesia simples / era uma simples poesia;
b) possuía um sentimento vago / possuía um vago sentimento;
c) olhava uma parasita mimosa / olhava uma mimosa parasita;
d) havia um contraste incrível / havia um incrível contraste;
02) Qual a palavra ou expressão grifada que não tem valor adjetivo:
a) “Vontade de mudar as cores do vestido tão feias”.
b) “De minha pátria, de minha pátria sem sapatos”.
c) “Vi minha humilde morte cara a cara”.
d) “Fiquei simples, sem fontes”
e) “Em longas lágrimas amargas”.
03) A expressão sublinhada em “Há um quer que seja de satânico na pupila da onça” funciona
como:
a) substantivo;
b) adjetivo;
c) advérbio;
d) pronome;
e) verbo.
04) Em algumas gramáticas, o adjetivo vem definido como sendo “a palavra que modifica o
substantivo”. Assinale a alternativa em que o adjetivo sublinhado CONTRARIA a definição:
a) encontrei a linda moça;
b) ali só vi gente feliz;
c) quarto limpo é outra coisa;
d) tomar sorvete é gostoso;
e) ele é um homem cruel.
05) Em “Os brasileiros marinheiros têm ocasião de conhecer o mundo todo”, a classe da palavra
grifada é:
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a) adjetivo;
b) locução adjetiva;
c) pronome adjetivo;
d) substantivo;
e) adjetivo pátrio.
06) Assinale a opção em que a locução destacada tem valor adjetivo:
a) comprou papel de seda;
b) cortou-o com amor;
c) mudava de cor;
d) gritava com maldade;
e) salteou-o com atiradeiras.
07) Eu “vou-me embora pra Pasárgada”, a palavra grifada é:
a) palavra de realce;
b) palavra de inclusão;
c) conjunção subordinativa;
d) advérbio;
e) preposição.
08) As expressões sublinhadas correspondem a um advérbio, EXCETO em:
a) aparecia aqui vez por outra;
b) durante o discurso, manteve-se em silêncio;
c) não disse com certeza se virá.
d) afirmo-lhe que não o vi frente a frente;
e) as ações do homem são imprevisíveis.
09) No trecho - “e usei deles como me pareceram quadrar melhor com o que eu pretendia
exprimir”, os vocábulos sublinhados se classificam respectivamente como:
a) conjunção / advérbio;
b) conjunção / adjetivo;
c) advérbio / adjetivo;
d) preposição / advérbio;
e) preposição / adjetivo.
10) As palavras que vêm sublinhadas estão corretamente classificadas, EXCETO na alternativa:
a) Os que protestarem, serão presos (pronome demonstrativo);
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b) Muitos choravam de alegria (pronome indefinido);
c) Provavelmente irei a tua casa (advérbio de modo);
d) Não sabemos se haverá exames (conjunção integrante);
e) Ainda que se desculpe, não lhe perdoarei (conjunção concessiva).
11) Assinale a opção em que houve erro ao se substituir a expressão sublinhada pelo pronome
oblíquo:
a) “antecederam a Segunda Guerra Mundial” / antecederam-lhe;
b) “iniciando a série de science-fiction” / iniciando-a;
c) “procuraram descrever a sociedade do futuro” /procuram descrevê-la;
d) “presenciava todos os atos individuais” / presenciava-os;
e) “caracterizam as modificações / caracterizam-nas
12) Preencha as lacunas das frases abaixo com os respectivos pronomes, assinalando a opção
certa:
1. De presente, deu-lhe um livro para ____ ler.
2. De presente, deu um livro para _______ .
3. Nada mais há entre ______ e ti.
4. Sempre houve entendimento entre _____ e ti.
5. José, espere, vou _____ .
a) ele, mim, eu, eu, comigo;
b) ela, eu, mim, mim, eu, consigo;
c) ela, mim, mim, mim, com você;
d) ela, mim, eu, eu, com você;
e) ela, mim, eu, mim, consigo.
13) Assinale a frase incorreta:
a) Espero que você leve consigo o passaporte:
b) Já houve discussões graves entre ti e mim;
c) Cada um faça por si mesmo a redação;
d) Sem ti e mim poucas coisas se fariam nesta casa;
e) Carlos, desejo falar consigo um instante.
14) Assinale o item em que há erro quanto ao emprego dos pronomes SE, SI ou CONSIGO :
a) feriu-se, quando brincava com o revólver e o virou para si;
b) ela só cuida de si;
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c) quando V.Sª. vier, traga consigo a informação;
d) ele se arroga o direito de vetar tais artigos;
e) espere um momento, pois tenho de falar consigo.
15) Em todos os versos, o pronome sublinhado está corretamente classificado, EXCETOem:
a) estavam todos dormindo / estavam todos deitados / dormindo profundamente”: demonstrativo;
b) “ela, a vida, a respondeu / com sua presença viva”: possessivo;
c) “ - Severino retirante, / deixe agora que lhe diga”: pessoal;
d) “há uma água clara que cai sobre pedras escuras / e que pelo som, deixa ver como é fria.”:
relativo;
e) “onde, estava o teu perfume? Ninguém soube.”: indefinido.
16) Em “vários milhões de crianças” a classe da palavra grifada encontra correspondência em:
a) isto é demonstração de força;
b) não diga semelhante coisa;
c) minhas amigas sabem das coisas;
d) que maravilhosa !
e) Li muitas revistas.
17) Em “Tenho uma amiga que certa vez ...” a palavra sublinhada é:
a) advérbio de tempo;
b) pronome adjetivo indefinido;
c) pronome adjetivo relativo;
d) pronome substantivo indefinido;
e) pronome adjetivo demonstrativo.
18) Em “... a folha permanece meio escrita ...” “meio” é:
a) advérbio;
b) numeral;
c) substantivo;
d) pronome indefinido;
e) adjetivo.
19) Na oração “certos amigos não chegam a ser jamais amigos certos”, o termo grifado é
sucessivamente:
a) adjetivo e pronome;
b) pronome pessoal e pronome relativo;
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c) pronome indefinido e adjetivo;
d) pronome adjetivo e pronome indefinido;
e) adjetivo anteposto e adjetivo posposto.
20) Assinale a opção que preenche corretamente os espaços no enunciado: “Graciliano Ramos,
RacheI de Queiroz e Carlos Drummond de Andrade são expoentes máximos em vossas letras,
porém _________________________ dedicaram-se ao romance e _____________________ à
poesia”.
a) aquelas - esse;
b) aquelas - este;
c) aqueles - este;
d) aqueles - esse;
e) esses - este.
21) Assinale, entre as frases abaixo, o exemplo que mostra construção errada no emprego de
“este / esta / isto”; “esse / essa / isso” e “aquele / aquela / aquilo” :
a) passe-me esse livro que está perto de você;
b) já lhe darei este livro que estou folheando;
c) são esses dias que estamos atravessando;
d) aos cinco anos entrei para a escola; desde esse tempo vivo estudando sem parar;
e) Naquele tempo contava apenas uns quinze anos . . .
22) Assinale, entre os exemplos abaixo, aquele em que se deveria usar este ou neste, em vez
de esse ou nesse:
a) ouvi-o atentamente. E, nesse instante, compreendi-me melhor;
b) Inda palpita aqui, nesse peito, o coração, naquele meigo abraço;
c) a serpente extravasara a peçonha. E contra esse comum inimigo se ajudaram mutuamente o
homem e o cão;
d) se conhecêsseis melhor esse caminho, não teríeis errado tanto;
e) tira-me esse livro daí onde estás.
23) “Este é o teatro _________________ inauguração assisti e ____________________ me
referia na nossa conversa de ontem”. A alternativa que preenche corretamente as lacunas é:
a) a cuja, ao qual;
b) cuja, ao qual;
c) de cuja, à qual;
d) à qual, sobre que;
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e) cuja a, na qual.
24) Assinale o único exemplo que não pode ser completado com cujo, cuja ou cujos:
a) a dama em __________________ casa estivemos é poetisa;
b) o funcionário por ___________________ intermédio obtive isso é meu parente;
c) o ídolo ante ____________________ altares nos prostamos é de mármore;
d) vamos falar com a pessoa _________________ filhos são nossos colegas;
e) eis os recibos de ________________ lhes falei ontem.
25) Era para _________ falar _____________________ ontem, mas não __________ encontrei
em parte alguma.
a) mim – consigo – o;
b) eu – com ele – lhe;
c) mim – consigo – lhe;
d) mim – contigo – te
e) eu – com ele – o .
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13
a c a d d a a E a c a c e
14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
e a e b a c c D b a e e
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3º Encontro
(aulas 09 a 12 – Sintaxe da oração e do período)
Teoria
Sintaxe da oração
A Sintaxe é a parte da gramática que se ocupa do estudo da estrutura das sentenças.
Acerca disso, observe o texto abaixo, retirado de um site na internet.
Aqui temos um trecho do livro de Machado de Assis, A mão e a luva.
“Elegantíssimo, pelo contrário.
- O senhor tem sempre um cumprimento de reserva: vejo que não perdeu o tempo na
academia, Vou-me embora. São horas da baronesa dar o seu passeio pela chácara.
- Será aquela senhora que ali está no alto da escada? Perguntou Estevão.”
No enunciado, as palavras vão se intercalando e formando uma mensagem. Ao analisar
cada uma dessas mensagens, percebe-se um emaranhado de palavras com sentido. Em
“Elegantíssimo, pelo contrário.”, o enunciado fornece uma mensagem sem utilizar verbo. É o que
chamamos de frase.
Frase
É o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação. Na frase é
facultativo o uso do verbo.
Exemplos:
- Atenção!
- Que frio!
- A China passa por dificuldades.
As frases classificam-se em:
Declarativa: faz uma declaração.
“Os olhos luziam de muita vida...” (Machado de Assis)
Interrogativa: utiliza uma pergunta.
“Entro num drama ou saio de uma comédia?” (Machado de Assis)
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Exclamativa: expressa sentimento.
“Que imenso poeta, D. Guiomar!” (Machado de Assis)
Imperativa: dá uma ordem ou pedido.
“Chegue-se mais perto...” (Machado de Assis)
Optativa: expressa um desejo.
"Tomara que você passe na prova".
Oração
Em “Vou-me embora.”, o enunciado fornece uma mensagem, porém usou um verbo. É o
que chamamos de oração.
Oração é o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo. Na oração
é preciso usar verbo ou locução verbal.
Exemplos:
- A fábrica, hoje, produziu bem.
- Homens e mulheres são iguais perante a lei.
Período
Já em “- O senhor tem sempre um cumprimento de reserva: vejo que não perdeu o tempo
na academia, Vou-me embora.”, o enunciado apresenta uma mensagem em que se utilizaram
vários verbos. É o que chamamos de período. Período é a oração composta por um ou mais
verbos.
O período classifica-se em:
Simples: tem apenas uma oração.
- “As senhoras como se chamam?” (Machado de Assis)
Composto: tem duas ou mais orações.
- “Um deles perguntou-lhes familiarmente se iam consultar a adivinha”. (Machado de Assis)
http://www.infoescola.com/portugues/periodo-simples-e-composto/
Oração e Período
Abaixo se apresenta um quadro que resume as principais informações acerca da sintaxe
da oração e do período.
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A fim de facilitar o estudo do período simples, é possível dividir os elementos que o
compõem em Essenciais, Integrantes e Acessórios.
Termos essenciais
A palavra "essência" vem do verbo latino essere (= ser). Portanto a essência é aquilo que
alguém ou alguma coisa é. Essência é, nas palavras do Dicionário Houaiss: "aquilo que é o mais
básico, o mais central, a mais importante característica de um ser ou de algo, que lhe confere uma
identidade, um caráter distintivo".
Portanto, são termos essenciais aqueles que não podem faltar para considerarmos uma
sentença como oração – o sujeito, o predicado e o predicativo.
Oração
Cada um dos componentes maiores do período, formado por uma palavra ou conjunto de palavras
com que se faz uma afirmação.
Núcleos da oração
Grupo do sujeito Grupo do predicado
A minha tia Joana escreveu-me ontem uma carta.
Período
Frase organizada em oração ou orações
Período simples Período composto
Formado por uma só oração (chamada
absoluta):
Ofereci-lhe ontem um CD-ROM.
Formado por duas ou mais orações:
O CD-ROM que lhe ofereci foi comprado há já
uma semana, quando fui às compras com os
meus pais.
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Termos Constituição Exemplos
Sujeito
(ser sobre o qual se faz uma
afirmação)
Um só núcleo: sujeito
simples
Eu fui à praia.
O Juvenal almoçou cedo.
Mais que um núcleo: sujeito
composto
Tu e eu temos os mesmos
gostos.
A manteiga e o iogurte são
produtos lácteos.
Predicado
(tudo aquilo que se afirma
sobre o sujeito)
Constituído por uma forma
verbal: predicado verbal
Vi um ótimo filme.
Os cães ladraram.
Constituído por um verbo de
ligação e por um predicativo
do sujeito: predicado
nominal
Ele é muito egoísta.
A minha irmã estava feliz.
Constituído por uma forma
verbal e por um predicativo
do sujeito ou do objeto:
predicado verbo-nominal
Juvenal e Mary, apressados,
voltaram ao shopping.
Predicativo
(confere ao sujeito ou objeto
uma característica)
Termo qualificador (adjetivo
ou locução adjetiva)
Fiquei triste com a notícia.
A polícia chamou-lhe ladrão.
Termos integrantes
Os termos integrantes da oração são os termos que complementam (ou integram) o
significado dos termos essenciais da oração. São classificados como termos integrantes da
oração os complementos verbais e o complemento nominal.
Complementos verbais - Objeto direto e indireto
Objeto direto é o termo da oração que completa o sentido de um verbo transitivo direto. O
objeto direto se liga ao verbo sem o auxílio de uma preposição. Indica o paciente, o alvo ou o
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elemento sobre o qual recai a ação. Identificamos o Objeto direto, quando perguntamos ao verbo:
"quem" ou "o quê". A resposta será o Objeto Direto.
Vós admirais os companheiros.
Perguntamos, Vós admirais o quê? A resposta é 'os companheiros', que é o objeto direto.
O objeto indireto é o termo da oração que completa um verbo transitivo indireto, sendo
obrigatoriamente precedido de preposição. Identificamos o Objeto indireto, quando perguntamos
ao verbo: "a quem" ou "a quê". A resposta será o Objeto Indireto.
André obedece aos pais.
Perguntamos, André obedece a quem? A resposta é 'aos pais', que é o objeto indireto.
Complemento Nominal
É o termo da oração que completa a significação de um nome (adjetivo, advérbio ou
substantivo abstrato), por intermédio de uma preposição. Funcionarão como complemento
nominal todas as palavras com preposição, dentro da função sintática, que forem pacientes ou
destinatários da ação contida no núcleo.
A construção do prédio foi considerada um erro.
Do prédio funciona como CN, pois o prédio é elemento paciente em relação à ação de
construir (alguém construiu o prédio).
Temos confiança em nossos amigos.
Em nossos amigos funciona como CN, pois é elemento destinatário em relação à ação de
confiar (Nós confiamos em nossos amigos).
Termos acessórios
Os termos acessórios da oração são aqueles considerados dispensáveis, porém
necessários, em alguns contextos, para o entendimento daquilo que é enunciado. Além de serem
termos de função secundária, os termos acessórios são responsáveis por caracterizar um ser,
determinar os substantivos e exprimir alguma circunstância. Os termos acessórios são o adjunto
adnominal, o adjunto adverbial e o aposto. O vocativo é um termo independente da oração
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Adjunto Adnominal
É o termo acessório que explica, determina ou especifica um núcleo de função sintática.
Os adjuntos adnominais prendem-se diretamente ao substantivo a que se referem, sem qualquer
participação do verbo. Isso é facilmente percebido, quando substituímos um substantivo por um
pronome: todos os adjuntos adnominais que gravitam ao redor do substantivo têm de acompanhá-
lo nessa substituição, ou seja, os adjuntos adnominais desaparecem.
As esplendorosas paisagens do litoral brasileiro deixam os turistas estrangeiros extasiados.
As, esplendorosas e do litoral brasileiro funcionam como adjunto adnominal.
Adjunto adverbial
É o termo da oração que indica uma circunstância (dando ideia de tempo, lugar, modo,
causa, finalidade, etc.). O adjunto adverbial é o termo que modifica o sentido de um verbo, de
um adjetivo ou de um advérbio. Observe as frases abaixo:
Eles se respeitam muito.
Seu projeto é muito interessante.
O time jogou muito mal.
Nessas três orações, muito é adjunto adverbial de intensidade. No primeiro caso,
intensifica a forma verbalrespeitam, que é núcleo do predicado verbal. No segundo, intensifica
o adjetivo interessante, que é o núcleo do predicativo do sujeito. Na terceira
oração, muito intensifica o advérbio mal, que é o núcleo do adjunto adverbial de modo.
Veja o exemplo abaixo:
Amanhã voltarei de bicicleta àquela velha praça.
Os termos em destaque estão indicando as seguintes circunstâncias:
amanhã indica tempo;
de bicicleta indica meio;
àquela velha praça indica lugar.
Sabendo que a classificação do adjunto adverbial se relaciona com a circunstância por ele
expressa, os termos acima podem ser classificados, respectivamente em: adjunto adverbial de
tempo, adjunto adverbial de meio e adjunto adverbial de lugar.
O adjunto adverbial pode ser expresso por:
1) Advérbio: O balão caiu longe.
2) Locução Adverbial: O balão caiu no mar.
3) Oração: Se o balão pegar fogo, avisem-me.
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Aposto
É o termo que explica, desenvolve, identifica ou resume um outro termo da oração,
independente da função sintática que este exerça.
Terra Papagalli, romance de Marcus Aurelius Pimenta e Jose Roberto Torero, conta, entre fatos e
ficção, a história do Bacharel de Cananéia.
Vocativo
O vocativo é um termo independente que serve para chamar por alguém, para interpelar
ou para invocar um ouvinte real ou imaginário.
Juvenal, dê-me um beijo!
Importante: Não confunda vocativo com sujeito!!
Período Composto
Período composto é aquele formado por duas ou mais orações. Há dois tipos de períodos
compostos:
1) Período composto por coordenação
Quando as orações não mantêm relação sintática entre si, ou seja, quando o período é
formado por orações sintaticamente independentes entre si.
Estive à sua procura, mas não o encontrei.
Um período composto por coordenação é formado por orações coordenadas, que são
orações independentes sintaticamente, ou seja, não há qualquer relação sintática entre as
orações do período.
Há dois tipos de orações coordenadas:
Orações Coordenadas Assindéticas
São as orações não iniciadas por conjunção coordenativa.
Chegamos a casa, tiramos a roupa, banhamo-nos, fomos deitar.
Orações Coordenadas Sindéticas
São cinco as orações coordenadas, que são iniciadas por uma conjunção coordenativa.
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A) Aditiva: Exprime uma relação de soma, de adição.
Conjunções: e, nem, mas também, mas ainda.
Não só reclamava da escola, mas também atenazava os colegas.
B) Adversativa: exprime uma ideia contrária à da outra oração, uma oposição.
Conjunções: mas, porém, todavia, no entanto, entretanto, contudo.
Sempre foi muito estudioso, no entanto não se adaptava à nova escola.
C) Alternativa: Exprime ideia de opção, de escolha, de alternância.
Conjunções: ou, ou...ou, ora... ora, quer... quer.
Estude, ou não sairá nesse sábado.
D) Conclusiva: Exprime uma conclusão da idéia contida na outra oração.
Conjunções: logo, portanto, por isso, por conseguinte, pois - após o verbo ou entre vírgulas.
Estudou como nunca fizera antes, por isso conseguiu a aprovação.
E) Explicativa: Exprime uma explicação.
Conjunções: porque, que, pois - antes do verbo.
Conseguiu a aprovação, pois estudou como nunca fizera antes.
2) Período composto por subordinação
Quando uma oração, chamada subordinada, mantém relação sintática com outra,
chamada principal.
Sabemos que eles estudam muito. (oração que funciona como objeto direto)
Período Composto por Subordinação
A uma oração principal podem relacionar-se sintaticamente três tipos de orações
subordinadas: substantivas, adjetivas e adverbiais.
Orações Subordinadas Substantivas
São seis as orações subordinadas substantivas, que são iniciadas por uma conjunção
subordinativa integrante (que, se)
A) Subjetiva: funciona como sujeito da oração principal.
É necessário que façamos nossos deveres.
B) Objetiva Direta: funciona como objeto direto da oração principal.
(sujeito) + VTD + oração subordinada substantiva objetiva direta.
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Todos desejamos que seu futuro seja brilhante.
C) Objetiva Indireta: funciona como objeto indireto da oração principal.
(sujeito) + VTI + prep. + oração subordinada substantiva objetiva indireta.
Lembro-me de que tu me amavas.
D) Completiva Nominal: funciona como complemento nominal de um termo da oração principal.
(sujeito) + verbo + termo intransitivo + prep. + oração subordinada substantiva completiva nominal.
Tenho necessidade de que me elogiem.
E) Apositiva: funciona como aposto da oração principal; em geral, a oração subordinada
substantiva apositiva vem após dois pontos, ou mais raramente, entre vírgulas.
oração principal + : + oração subordinada substantiva apositiva.
Todos querem o mesmo destino: que atinjamos a felicidade.
F) Predicativa: funciona como predicativo do sujeito do verbo de ligação da oração principal.
(sujeito) + VL + oração subordinada substantiva predicativa.
A verdade é que nunca nos satisfazemos com nossas posses.
Orações Subordinadas Adjetivas
As orações subordinadas adjetivas são sempre iniciadas por um pronome relativo. São
duas as orações subordinadas adjetivas:
A) Restritiva: é aquela que limita, restringe o sentido do substantivo ou pronome a que se refere.
A restritiva funciona como adjunto adnominal de um termo da oração principal e não pode ser
isolada por vírgulas.
A garota com quem simpatizei está à sua procura.
Os alunos cujas redações foram escolhidas receberão um prêmio.
B) Explicativa: serve para esclarecer melhor o sentido de um substantivo, explicando mais
detalhadamente uma característica geral e própria desse nome. A explicativa funciona como
aposto explicativo e é sempre isolada por vírgulas.
Juvenal, que é o mais apto a cursar a disciplina, está pronto para fazer a matrícula.
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Orações Subordinadas Adverbiais
São nove as orações subordinadas adverbiais, que são iniciadas por uma conjunção
subordinativa:
A) Causal: funciona como adjunto adverbial de causa.
Conjunções: porque, porquanto, visto que, já que, uma vez que, como, que.
Saímos rapidamente, visto que estava armando um tremendo temporal.
B) Comparativa: funciona como adjunto adverbial de comparação. Geralmente, o verbo fica
subentendido.
Conjunções: (mais) ... que, (menos)... que, (tão)... quanto, como.
Juvenal era mais esforçado que o irmão(era).
C) Concessiva: funciona como adjunto adverbial de concessão.
Conjunções: embora, conquanto, inobstante, não obstante, apesar de que, se bem que, mesmo
que, posto que, ainda que, em que pese.
Todos se retiraram, apesar de não terem terminado a prova.
D) Condicional: funciona como adjunto adverbial de condição.
Conjunções: se, a menos que, desde que, caso, contanto que.
Você terá um futuro brilhante, desde que se esforce.
E) Conformativa: funciona como adjunto adverbial de conformidade.
Conjunções: como, conforme, segundo.
Construímos nossa casa, conforme as especificações dadas pela Prefeitura.
F) Consecutiva: funciona como adjunto adverbial de consequência.
Conjunções: (tão)... que, (tanto)... que, (tamanho)... que.
Ele fala tão alto, que não precisa do microfone.
G) Temporal: funciona como adjunto adverbial de tempo.
Conjunções: quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que, logo que, mal.
Fico triste, sempre que não posso ver o Juvenal.
H) Final: funciona como adjunto adverbial de finalidade.
Conjunções: a fim de que, para que, porque.
Ele não precisa do microfone, para que todos o ouçam.
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I) Proporcional: funciona como adjunto adverbial de proporção.
Conjunções: à proporção que, à medida que, tanto mais.
À medida que o tempo passa, mais experientes ficamos.
Transitividade verbal ou predicação
Falar sobre transitividade verbal e intransitividade verbal parece por ora retomar a
complexidade que muitos usuários atribuem à língua portuguesa. Acerca de tal concepção, cabe a
nós afirmar a você que à medida que vai aprimorando seus conhecimentos, com vistas,
sobretudo, a aprimorar sua competência linguística, vai também descobrindo que se trata de uma
concepção errônea, deturpada até.
Pois bem, o fato de que conceitos, uma vez apreendidos, sempre fazem parte de uma
nova retomada para que um novo fato linguístico se incorpore ao nosso domínio, a questão que
aqui é retratada se encontra presente em quase todos os aspectos ligados à sintaxe,
propriamente dita. Dessa forma, entender acerca da transitividade é, senão, entender os
pressupostos que transitam entre uma forma verbal e outra, ou seja, afirmando em outras
palavras, saber quando um determinado verbo precisa de complemento e quando ele por si só
possui sentido completo.
Assim, partindo para os exemplos, temos que:
Márcia saiu.
Márcia partiu.
Márcia chegou.
Márcia viajou...
Temos um mesmo sujeito acompanhado de distintos predicados, cujo núcleo se efetiva por
verbos considerados intransitivos, visto que por si só possuem sentido completo, não precisando,
portanto, de nenhum outro termo que lhes complemente.
Eu quero o doce.
Eu quero viajar.
Eu conheci o garoto.
Eu desejei estar sozinha.
Temos aqui um mesmo sujeito, por vezes constituído de predicados diferentes, cujos
núcleos se encontram representados por verbos que necessitam de complementos, porém, sem o
uso da preposição. Em decorrência desse aspecto, são chamados de verbos transitivos diretos.
Eu dependo de você.
Eu gosto de doce.
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Eu acredito em pessoas honestas.
Eu penso em coisas agradáveis.
Os predicados, embora constituídos de sujeitos idênticos, possuem núcleos (verbos) que
requerem, necessariamente, complementos acompanhados de preposição. Assim, a esses
verbos damos o nome de transitivos indiretos.
http://www.portugues.com.br/gramatica/transitividade-verbal.html
Observe abaixo como a predicação dos verbos se organiza:
VERBO
SIGNIFICATIVO LIGAÇÃO
TRANSITIVO INTRANSITIVO
DIRETO INDIRETO
Sem preposição Com preposição
Questões de concursos sobre sintaxe da oração e do período
1) A oração contida no verso “Sem que eu volte para lá” tem valor:
a) causal;
b) temporal;
c) adversativo;
d) concessivo;
e) condicional.
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Aulas 01 a 12
2) É importante desmistificar a ideia de que política é uma sujeira só e sem utilidade.
Em relação ao período acima, analise nesse exercício de sintaxe as afirmativas a seguir:
I. É possível deslocar o vocábulo só para antes do verbo sem provocar alteração de sentido.
II. Há uma oração subjetiva.
III. Há uma oração completiva nominal.
Assinale:
a) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
b) se nenhuma afirmativa estiver correta.
c) se todas as afirmativas estiverem corretas.
d) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
3) “Não permita Deus que eu morra” – a oração em destaque exerce a função de:
a) sujeito;
b) adjunto adverbial;
c) objeto indireto;
d) objeto direto;
e) complemento nominal.
4) Em “...(aconselhado pelo meu advogado, não cito o nome do remédio)”– a oração em destaque
tem valor:
a) temporal;
b) consecutivo;
c) condicional;
d) concessivo;
e) causal.
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Aulas 01 a 12
5) Mal sugeria imagem de vida (Embora a figura chorasse). É correto afirmar que a frase entre
parênteses tem sentido:
a) adversativo.
b) concessivo.
c) conclusivo.
d) condicional.
e) temporal.
6) Na Espanha, por exemplo, a recentíssima reforma do Código Penal – que atende diretivas da
União Europeia sobre o tema – trouxe, no artigo 31 bis, não só a possibilidade de
responsabilização penal da pessoa jurídica (por delitos que sejam cometidos no exercício de suas
atividades sociais, ou por conta, nome, ou em proveito delas), mas também estabelece regras de
como essa responsabilização será aferida nos casos concretos (ela será aplicável [...], em função
da inoperância de controles empresariais, sobre atividades desempenhadas pelas pessoas físicas
que as dirigem ou que agem em seu nome).
A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir:
I. Há uma oração coordenada sindética aditiva e uma oração coordenada sindética alternativa.
II. Há três orações na voz passiva, mas somente uma com agente da passiva explícito.
III. Há quatro orações subordinadas adjetivas desenvolvidas e uma oração subordinada adjetiva
reduzida.
Assinale
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
d) se nenhuma afirmativa estiver correta.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
7) Assinale nesse exercício de sintaxe a opção correspondente ao trecho em que há mais de uma
oração.
a) “Aposto que ela vai adorar.”
b) “Vou mandar um cartão de dia dos namorados para a Susi Derkins.”
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Aulas 01 a 12
c) “Ela é uma gatinha.”
d) “Eu fiz um coraçãozão vermelho.”
e) “Agora vou botar renda em volta.”
8) Assinale a opção em que o verbo da oração tem dois complementos.
a) “Ela é uma gatinha.”
b) “Eu fiz um coraçãozão vermelho.”
c) “Agora vou botar renda em volta.”
d) “Eu te odeio.”
e) “Vou mandar um cartão de dia dos namorados para a Susi Derkins.”
9) Partidos são fundamentais para a consolidação da democracia e o permanente
desenvolvimento da cidadania e devem existir – de verdade – em bases cotidianas. Os termos
sublinhados no período acima classificam-se nessa atividade de análise sintática,
respectivamente, como:
a) adjunto adnominal e adjunto adnominal.
b) complemento nominal e complemento nominal.
c) adjunto adnominal e complemento nominal.
d) complemento nominal e adjunto adnominal.
e) objeto indireto e objeto indireto.
10) Resolva o exercício abaixo conforme as regras de análise sintática no português:
A palavra pronunciamento é transitiva e exige...
a) complemento nominal.
b) objeto indireto.
c) objeto direto.
d) adjetivo.
e) predicativo do sujeito.
11) Na frase “E quando Larissa se agita, é para desobedecer ao pai ou à mãe.”, temos como
incorreta:
a) Período composto por subordinação, coordenado pela conjunção e ao anterior.
b) Oração subordinada adverbial temporal: ... “quando Larissa se agita”.
c) Oração subordinada adverbial final reduzida de infinitivo : para desobedecer ao pai ou à mãe.
d) Oração principal : é.
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e) O período é composto por coordenação.
12) Em relação a orações coordenadas é correto afirmar:
a) Sempre possui uma conjunção ligando uma a outra;
b) Nunca possui conjunções, apenas vírgula separando uma das outras;
c) Não possui sentido próprio, logo necessita de outra oração para ter sentido.
d) São orações independentes, tem sentido próprio.
13) Classifique a oração a seguir: “Pedro não trabalhava, nem estudava.”
a) É uma oração coordenada assindética;
b) É uma oração coordenada sindética alternativa;
c) É uma oração coordenada sindética aditiva;
14) Na oração “PEDRO NÃO JOGA E NEM ASSISTE”, temos a presença de uma oração
coordenada que pode ser classificada em:
a) Coordenada assindética;
b) Coordenada assindética aditiva;
c) Coordenada sindética alternativa;
d) Coordenada sindética aditiva.
15) Sobre as orações subordinadas é correto afirmar:
a) São classificadas em substantivas – adjetivas – adverbiais;
b) São orações que em suas estruturas sempre necessitará de vírgula para ligar uma oração a
outra;
c) São orações que nunca precisam de sujeito.
d) São orações que utilizamos separadamente do texto, para ensinar nossos alunos.
16) Em um período composto por subordinação, a oração que não possui sujeito na oração
principal, dentro das orações subordinadas substantivas, será classificada como:
a) Oração subordinada substantiva predicativa;
b) Oração subordinada substantiva apositiva;
c) Oração subordinada subjetiva;
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d) Oração subordinada objetiva direta.
17) Observe os versos seguintes: Fica decretado que o homem não precisará nunca mais
duvidar do homem. Com relação à morfossintaxe desse período, a segunda oração, de acordo
com a norma culta da língua, é classificada como:
a) subordinada adjetiva restritiva.
b) subordinada substantiva completiva nominal.
c) subordinada adverbial causal.
d) subordinada substantiva objetiva direta.
e) subordinada substantiva subjetiva.
18) Há exemplo de oração subordinada em:
a) Empreeender significa acreditar na capacidade pessoal de iniciativa e de superação de
obstáculos.
b) A escola introduziu em seu currículo uma série de medidas para o alcance de seus propósitos.
c) Entre os bons momentos da coleção figura uma série de fotografias de Robert Doisneau que
registram o cotidiano das fábricas.
d) Não se importa com o dano, mas exige a ilicitude da conduta.
e) Ele é defensor de posições severas em relação às operadoras de planos e seguros de saúde e
sustenta sua utilização de maneira ampla em ambas as modalidades, individual e coletiva.
19) “Voa, coração, que ele não deve demorar”, a oração destacada é corretamente classificada
como:
a) Coordenada concessiva.
b) Subordinada adverbial temporal.
c) Coordenada explicativa.
d) Subordinada substantiva objetiva direta.
e) Coordenada consecutiva.
20) No trecho abaixo, as orações introduzidas pelos termos grifados são classificadas, em relação
às imediatamente anteriores, como:
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“Não há dúvida de que precisaremos curtir mais o dia a dia, mas nunca à custa de nossos filhos...”
a) Oração subordinada substantiva objetiva indireta e coordenada sindética adversativa;
b) Oração subordinada adjetiva restritiva e coordenada sindética explicativa;
c) Oração subordinada adverbial conformativa e subordinada adverbial concessiva;
d) Oração subordinada substantiva completiva nominal e coordenada sindética adversativa;
e) Oração subordinada adjetiva restritiva e subordinada adverbial concessiva.
21) Na oração: “Foram chamados às pressas todos os vaqueiros da fazenda vizinha”, o núcleo do
sujeito é:
a) todos;
b) fazenda;
c) vizinha;
d) vaqueiros;
e) pressas.
22) Assinale a alternativa em que o sujeito está incorretamente classificado:
a) Chegaram, de manhã, o mensageiro e o guia (sujeito composto);
b) Fala-se muito neste assunto (sujeito indeterminado);
c) Vai fazer frio à noite (sujeito inexistente);
d) Haverá oportunidade para todos (sujeito inexistente);
e) Não existem flores no vaso (sujeito inexistente).
23) Em “Éramos três velhos amigos, na praia quase deserta”, o sujeito desta oração é:
a) subentendido;
b) claro, composto e determinado;
c) indeterminado;
d) inexistente;
e) claro, simples e determinado.
24) Marque a oração em que o termo destacado é sujeito:
a) Houve muitas brigas no jogo;
b) Ia haver mortes, se a polícia não interviesse;
c) Faz dois anos que há bons espetáculos;
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d) Existem muitas pessoas desonestas;
e) Há muitas pessoas desonestas.
25) Indique a única frase que não tem verbo de ligação:
a) o sol estava muito quente;
b) nossa amizade continua firme;
c) suas palavras pareciam sinceras;
d) ele andava triste;
e) ele andava rapidamente.
26) Considere a frase: “Ele andava triste porque não encontrava a companheira”, os verbos
grifados são respectivamente:
a) transitivo direto – de ligação;
b) de ligação – intransitivo;
c) de ligação – transitivo – indireto;
d) transitivo direto – transitivo indireto;
e) de ligação – transitivo direto.
27) Na praça deserta um homem caminhava – o sujeito é:
a) indeterminado;
b) inexistente;
c) simples;
d) oculto por elipse;
e) composto.
28)Na oração:”Anunciaram grandes novidades” – o sujeito é:
a) simples;
b) composto;
c) indeterminado;
d) elíptico;
e) inexistente.
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29) “O toque dos sinos ao cair da noite era trazido lá da cidade pelo vento”. O termo grifado é:
a) sujeito;
b) objeto direto;
c) objeto indireto;
d) complemento nominal;
e) agente da passiva.
30)“Eu andava satisfeito com o mundo e comigo mesmo”, o período é:
a) simples;
b) composto por coordenação;
c) composto por subordinação;
d) composto por coordenação e subordinação;
e) composto de duas orações.
GABARITO
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
e a d e b e a e b a
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
e d c d a c e c c d
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
d e a d e e c c e a