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Segurança Alimentar

Profa. Dra. Maria Lucia Masson

Universidade Federal do Paraná

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Nós não estamos perdendo esta guerra. Mas, infelizmente, esta é uma guerra que provavelmente não podemos vencer. Necessitamos pensar na batalha contra doenças de origem alimentar em termos diferentes de vencer e perder, mas como uma atitude a ser repetida todos os dias e bem realizada, pois senão iremos perder a batalha.

Dr. Arthur Liang

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Risco de mortes em 12 meses

Evento Uma chance em

Fumar 10 cigarros/dia 200

Causas naturais 850

Gripe 5.000

Acidentes de trânsito 8.000

Acidentes domésticos 26.000

Homicídio 100.000

Acidentes ferroviários 500.000

Ser atingido por um raio 10.000.000

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CONCEITOS

Food Security

Food Safety

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Segurança Alimentar

Microrganismos emergentes Situações diferentes ao longo do tempo

Conseqüências para a economia Gastos com atendimento médico Gastos com perdas de força produtiva Gastos com sustento de famílias desamparadas

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Perigo – Propriedade que confere ao alimento possibilidade de causar dano à saúde.

Risco – Probabilidade de ocorrência de um perigo

PERIGOS EM ALIMENTOS

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Agentes causadores de danos:

Microbiológicos

Químicos

Físicos

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Controle de toda a cadeia alimentar

In natura ou processado

SEGURANÇA ALIMENTAR

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Aumento na incidência de DTAs

O Ministério da Saúde: segurança alimentar deve ser uma função pública essencial

SEGURANÇA ALIMENTAR

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Causas de morte em 1900

11,3

10,2

8,1

8

5,2

5,1

4,5

3,7

2,6

2,3

0 2 4 6 8 10 12

Tuberculose

Pneumonia

Diarréia

Doenças cardíacas

Doenças fígado

Acidentes

Derrame

Cancer

Bronquite

Difteria

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Causas de morte em 1992

33,1

23,9

6,5

4

4,2

3,5

2,3

1,6

1,4

1,2

0 10 20 30 40

Doenças cardíacas

Cancer

Derrame

Acidentes

Bronquite e asma

Pneumonia e gripe

Diabetes

HIV

Suicídeo

Homicídeo

PERCENTAGEM

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Ingestão de alimentos e/ ou de água

Agentes etiológicos Quantidades que afetem a saúde do

consumidor

SURTOS DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS (DTAs)

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EUA: DTAs são divulgadas como um problema significativo de saúde pública

76 milhões de pessoas adoecem 325 mil são hospitalizadas 5 mil pessoas morrem

SURTOS DE DOENÇAS TRANSMITIDAS

POR ALIMENTOS

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Custos

Existência de portadores assintomáticos

6,5 bilhões de dólares/ano, nos EUA

SURTOS DE DOENÇAS TRANSMITIDAS

POR ALIMENTOS

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N0 casos notificados = ponta de iceberg

Estudo realizado na Inglaterra (1999) estimou a extensão dos casos não notificados

SURTOS DE DOENÇAS TRANSMITIDAS

POR ALIMENTOS

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SURTOS DE DOENÇAS TRANSMITIDAS

POR ALIMENTOS

1 caso notificado

6 casos avaliados por médicos, mas não

notificados

23 doentes, mas sem necessidade de atenção médica

136 casos de doentes na comunidade Enfermidade branda ou assintomática

WHEELER et al., citado por FORSYTHE, 2000

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Patógenos emergentes1900 1975-1995

Botulismo Viroses tipo Norwalk

Brucelose Campylobacter jejuni

Cólera Salmonella enteriditis

Febre escarlate (streptococcus) Listeria monocytogenes

envenenamento alimentar por staphilococcus Clostridium botulinum (infantil)

Tuberculose Vibrio cholera 0139

Febre tifóide Vibrio vulnificus

Hepatite Yersínia enterocolítica

Arcobacter butzieri

Hepatite E

Cryptosporidium parvum

Giardia lamblia

Cyclospora cayetanensis

E. coli O157:H7, O104:H21, produtora de Shiga-toxina.

príon BSE

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Sobrevivência de microorganismos patógenos no solo e em vegetais

Organismos Condições Sobrevivência

Coliformes solo 30 dias

Mycobacterium tuberculosis

Solo 2 anos

Rabanete 2 meses

Salmonella spp. solo 72 semanas

vegetais 7-40 dias

Shigella spp. tomates 2-7 dias

Enterovirus (pólio) Pepino, tomate, alface

> 15 dias

S. typhy solo 30 dias

água 7-30 dias

Vegetais/frutas 1-69 dias

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Por que Doenças de Origem Alimentar Emergentes?

HospedeirosHospedeiros

MicróbiosMicróbios Meio AmbienteMeio Ambiente

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Fatores Microbianos

Vírus tipo Norwalk : contágio pessoa-pessoa, baixas concentrações;

E. coli O157:H7 : ácido tolerante – presença em salames, maionese;

Lysteria & Yersinia : refrigeração;

Resistência aos antibióticos.

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Fatores Ambientais

Mudanças no suprimento de alimentos:

Produção centralizada;

Globalização

Contaminação ambiental (água, solo, ar).

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Fatores - hospedeiros

Crescimento da população suscetível a doenças: envelhecimento, drogas imunossupressoras.

Mudança de hábitos alimentares: fast-food. Melhores técnicas de detecção. Bioterrorismo

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Doenças de origem alimentar

Salmonella

Listeria

ToxoplasmoseNorwalk-like

Campylobacter

E. coli 0157

Outro

31.0%

28.0%

21.0%

7.0%

5.0%

3.0%

5.0%

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Distribuição de morbidez por agente etiológico

9282

357

4176

62000

Virus Parasitas Bacteria Desconhecido

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Dimensionando o problema das doenças de origem alimentar

Toxinfecção Situação geral : número pequeno de

casos é notificado Progresso tecnológico – enfermidades

por patógenos alimentares continua um problema significativo

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Custos médicos e perda na produtividade estimada para alguns patógenos humanos (EUA, 1993)

Patógeno Doenças Mortes Custo associado

(U$ bi)

Campylobacter 1,37 a 1,75 106 110-511 0,6 a 1

Clostridium perfrigens

10.000 100 0,1

E. coli O157:H7

8 a 16.000 160-400 0,2 a 0,6

Listeria monocytogenes

1.526 a 1767 378-485 0,2 – 0,3

Salmonella 696.000 a 3.840.000

696 - 3840 0,6-3,5

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Pressão dos consumidores sobre a indústria de alimentos

Qualidade Ausência de conservantes Alimentos seguros, minimamente

processados Legislação Sistemas de vigilância sanitária.

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Número de surtos anuais em diferentes países - 1996

País B. cereus

C. perfrigens

Salmonella

S. aureus

Total Popul. (milhões)

Finlândia 3,8 8,8 7,8 5,6 26 5

Hungria 5.2 5 131.2 16 157.4 10.6

Canadá 14 18 49.4 18.8 100.2 26

Holanda 4.8 2.4 8 0 15.2 14.8

Inglaterra 28.3 53.3 450 9.5 541.1 50.4

Alemanha 0.4 1.4 3 3.2 8 61.4

Japão 10.5 14 84 128 238.5 123

Estados Unidos

3.2 4.8 68.4 9.4 85.8 247.4

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Programas de vigilância sanitária

FoodNet (EUA) PulseNet (E. coli e S. typhimurium –

EUA) Enter-Net (Europa)

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Ferramentas de Gerenciamento de Segurança Alimentar

Isenção total de riscos – inatingível Segurança e saúde – risco razoáveis Segurança alimentar:

Controle do fornecedor Desenvolvimento do produto e controle do

processo Boas Práticas de Higiene na produção,

processamento, manuseio, distribuição, estocagem, venda, preparação e uso

Aplicação do APPCC

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Ferramentas de Qualidade

Boas Práticas de Fabricação (BPF/GMP) Boas Práticas de Higiene (BPH/GHP) Análise de Perigos e Pontos Críticos de

Controle (APPCC/HACCP) Avaliação de Risco Microbiológico (MRA) Gerenciamento da Qualidade; Série ISO Gerenciamento da Qualidade Total

(TQM)

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Segurança Alimentar no Mercado Mundial

Codex Alimentarius: Referência quanto a padrões, diretrizes e recomendações

Organização Mundial de Comércio (OMC) Acordo na Aplicação de Medidas

Sanitárias e Fitossanitárias (SPS) Acordo nas Barreiras Técnicas para o

Comércio (TBT)

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Gerenciamento de Perigos – Mercado Internacional

Passos: Condução da avaliação de riscos Estabelecer objetivos de segurança alimentar Objetivos de segurança alimentar alcançáveis Estabelecer critérios microbiológicos Estabelecer procedimentos de aceitação para

o alimento no porto de entrada

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Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle - APPCC

Prevenção – higiene ao longo da cadeia alimentar Educação e treinamento dos manipuladores

e consumidores Inspeção dos estabelecimentos – higiene Análises para verificação

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APPCC

Criação: Desenvolvido pela Pillsbury COmpany,

NASA e exército dos EUA Sistemas de Gerenciamento de Qualidade

Total

Protocolo com embasamento científico – sistemático, identifica perigos específicos e medidas de controle, interativo, compatível com os sistemas de gerenciamento de qualidade

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Estabelecimento e implementação do APPCC

Decisão pela gerência de usar o sistema APPCC

Treinamento e formação da equipe APPCC Desenvolvimento da documentação do plano

APPCC: Reunir equipe APPCC Descrever o produto alimentício e sua

distribuição Identificar o uso e os consumidores

pretendidos Desenvolver e verificar o diagrama de fluxo Confirmação no local do diagrama de fluxo

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Conduzir análise de perigos Determinar os pontos críticos de controle (PCC) Estabelecer limites críticos Estabelecer procedimentos de monitoramento Estabelecer ações corretivas Estabelecer procedimentos de verificação Estabelecer procedimentos de documentação e

registro

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12 passos

Organizar a equipe Descrever o produto Identificar intenção de uso Construir os diagramas de fluxo Verificação no local do diagrama de fluxo Listar os potenciais PCCs, conduzir análise de perigos e

determinar medidas de controle Determinar os PCCs. Estabelecer limites críticos para os PCCs Estabelecer o sistema de monitoramento para cada PCC Estabelecer ações corretivas para cada desvio que possa ocorrer Estabelecer procedimentos de verificação Estabelecer documentação e meio de manutenção das

informações

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Conceitos

A freqüência e/ou concentração máxima de perigo microbiológico no alimento, no tempo de consumo que garante o nível apropriado de proteção (ALOP). (Codex Alimentarius, 2003)

Este conceito destina-se a tornar mais transparente o Acordo de aplicação de medidas sanitárias e fito-sanitárias (WTO,1995).

É uma prerrogativa do país-membro determinar qual é o nível apropriado para a população de seu país.

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Fatores relevantes para estabelecer um ALOP

Fatores de Produção e científicos

Fatores econômicos

Toda evidência científica disponível

Dano potencial em termos de perdas na produção ou comércio no caso de ocorrência de doenças ou pestes

Processos e métodos de produção relevantes

Custo e controle da erradicação no pais importador

Métodos de inspeção, amostragem e teste relevantes

Relação custo/efetividade de desenvolvimentos alternativos para minimizar os riscos.

Prevalência de doenças específicas ou pestes

Condições ecológicas e ambientais relevantes

Quarentenas ou outro tratamento

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Perigos nos alimentos

Perigo:- agente biológico, químico ou físico em um alimento, ou a própria condição de um alimento, com o potencial de causar um efeito adverso à saúde.

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Perigos

Químicos: Venenos de ocorrência natural Substâncias químicas tóxicas Não implicam em casualidades Efeitos são de natureza crônica

• Físicos:Ossos, caroços de frutas, metal, pedras.

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Perigos

Biológicos Vírus Bactérias Fungos Micotoxinas Protozoários

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Avaliação de Risco Microbiológico (ARM)

Modelos que permitem avaliar as mudanças no processamento, distribuição e consumo de alimentos, de acordo com seus potenciais em provocar toxinfecções.

Ferramenta de gerenciamento para definição de nível apropriado de proteção. Avaliação de risco Gerenciamento de risco Comunicação de risco

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Avaliação de risco

Elementos: Declaração de propósito da avaliação

de risco Identificação do perigo Avaliação da exposição Caracterização do perigo (incluindo

uma avaliação da dose-resposta) Caracterização do risco Relatório formal

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Avaliação de exposição

Predomínio do patógeno na matéria-prima Descrição de patógenos em etapas conseqüentes

Ecologia microbiana do alimento Contaminação inicial da MP Efeito da produção, processamento, manuseio

distribuição e preparo pelo consumidor final sobre o patógeno

Variabilidade nos processos e nível de controle Nível de sanificação Potencial de recontaminação Métodos de embalagem, distribuição e

armazenamento do alimento Características do alimento que podem influenciar na

proliferação do patógeno

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Avaliação de exposição

Nível de incertezas – árvore de eventos, análise em árvore de falhas, Estudo de Operacionalidade e Análise de perigos (HAZOP) e análise do cenário probabilístico.

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Caracterização do perigo

Avaliação de dose-resposta Propósito:

Natureza, gravidade e duração dos efeitos adversos associados

Fatores: Fisiologia,

patogenicidade/virulência e dinâmica da infecção de um microorganismo, suscetibilidade do hospedeiro.

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Caracterização do perigo

Dose-resposta – relação entre a magnitude da exposição ao patógeno e a gravidade dos efeitos adversos à saúde

Distribuição beta-Poisson e distribuição exponencial

Distribuição beta-Poisson (baixo nível de patógenos)

1 1iNP

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Aplicação da ARM

Salmonella spp. Em galinha cozida Galinha crua armazenada a 10oC por 48 horas,

antes de ser cozida a 60oC/3minutos e estocada a 10oC por 72 horas antes do consumo. Temperatura de estocagem é a Zona de

Perigo

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Aplicação da ARM

Passo 1 Número de Salmonella na galinha crua

antes do cozimento Passo 2

Efeito do cozimento – D a 60 C=0,4 min:

0log log tN N D

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Aplicação da ARM

Número de células de Salmonella seguinte à armazenagem a 10 C, 72 horas antes do consumo.

Avaliação do Risco Hipotético para Salmonella spp. Em alimentos em vários estágios do processamento (Tabela E.1)

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Tabela E.1

Etapa do Processo

Contagem de céluals de Salmonella (log UFPR/g)

Nível de distribuição da população inicial (%)

75 15 6 4 1

Inicial - -1,0 0,0 1,0 2,0

10C/48 hs

- -0,8 0,2 1,1 2,1

60C3 min.

- -8,3 -7,4 -6,4 -5,4

10C72 hs - -7,5 -6,6 -5,7 -4,8

Pib 0 8,8 x 10-11 6,5 x 10-

10

5,1 x 10-9 4,1 x 10-8

Pib = Probabilidade de infecção por grama de alimento consumido.

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Diagrama de Implementação do Plano APPCCDecisão de usar APPCC

TreinamentoFormação do time APPCC

Suporte externo especialistas

Determinação objetivos do sistemaGarantia de Qualidade de fornecedor

Preparo do plano APPCC

Boas Práticas Fabricação

Boas Práticas de Laboratório Gerenciamento ambiental

Boas Práticas de Distribuição

Análise Sensorial

Controle Estatístico do ProcessoSistema de Gerenciamento de Qualidade (ISO) Implementação do plano APPCC

Manutenção permanenteTreinamento

Auditoria

Análise de dadosSolução de problemas

Ações corretivas

Revisão e revalidação do plano APPCC

Mudança de procedimentos ou ingredientes

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Árvore Decisória - PCC

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Profa. Dra. Maria Lucia Masson - UFPR 57

Bibliografia

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TIWARI, G. Encroachers or service providers? Street Vendors Seminar, July 2000. Disponível em: <http://www.india-seminar.com/2000/491.htm> Acesso em: 04 jul. 2003.

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