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Professor Clodovil Moreira Soares FTC/Itabuna PROCESSO PENAL I PROCESSO PENAL I PROF.CLODOVIL MOREIRA SOARES PROF.CLODOVIL MOREIRA SOARES TEMA 2: TEMA 2: INVESTIGAÇÃO INVESTIGAÇÃO CRIMINAL CRIMINAL

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PROCESSO PENAL IPROCESSO PENAL I

PROF.CLODOVIL MOREIRA PROF.CLODOVIL MOREIRA SOARESSOARES

TEMA 2: TEMA 2: INVESTIGAÇÃO INVESTIGAÇÃO

CRIMINALCRIMINAL

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TEMA 2: INVESTIGAÇÃO CRIMINALTEMA 2: INVESTIGAÇÃO CRIMINAL1. Investigação Preliminar. 2. Espécies de Investigação Preliminar.3. Divisão das polícias.4. Conceito de Inquérito policial.5. Natureza Jurídica do Inquérito Policial.6. Finalidade do Inquérito Policial.7. Destinatários do Inquérito policial. 8. Dispensabilidade do inquérito Policial. 9. Características do Inquérito Policial. 10. Inicio do inquérito Policial. 11. Notitia Criminis12. Diligências13. Outras atribuições da Autoridade

Policial14. Incomunicabilidade do Preso15. Indiciamento do acusado

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Conjunto de atividades concatenadas, que Conjunto de atividades concatenadas, que integram a integram a persecutio criminis, persecutio criminis, destinada a destinada a apurar fatos eventualmente apurar fatos eventualmente relevantesrelevantes para para esfera criminal e sua autoria, a partir de esfera criminal e sua autoria, a partir de uma uma notitia criminis ou por atividade de notitia criminis ou por atividade de oficio, oficio, recolhendo recolhendo elementos de convicçãoelementos de convicção destinados ao órgão acusatório, que destinados ao órgão acusatório, que encontrando probabilidade justificará a ação encontrando probabilidade justificará a ação penal (estrita) ou o arquivamento.penal (estrita) ou o arquivamento. Sua Sua forma mais comum é o inquérito policial.forma mais comum é o inquérito policial.

1. INVESTIGAÇÃO CRIMINAL1. INVESTIGAÇÃO CRIMINAL

FUNÇÕES: 1) Preparatória: age como um filtro para uma melhor atuação do Poder Judiciário, garantindo maior legitimidade nas acusações; 2) Preservadora: captação dos vestígios da atividade em tese criminosa e dos rastros de autoria.(Maurício Zanóide)

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FINALIDADE: Perquirir e demonstrar todos os fatos/atos e circunstâncias relevantes para análise da existência ou não da materialidade e da autoria de uma conduta, em tese criminosa. (Investigar e materializar a informação)

2. ESPÉCIES DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL2. ESPÉCIES DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL● 1. Inquérito Policial (Art. 4° ao 23 do CPP)● 2. Inquérito Policial Militar (Art. 9° ao 28 do CPPM)● 3. Inquérito Parlamentar (Art. 58, parágrafo 3° da CF; Leis 1579/52, 10.001/00 e regramentos internos das Casas Legislativas).● 4. Inquéritos Administrativos:Crimes financeiros (CVM e BC), Crimes Tributários(Procedimentos administrativos da Receita-Federal ou Estadual), Crimes Financeiros ('interna corporis‘), Crimes contra o meio ambiente (IBAMA, SISNAMA, demais órgãos de proteção, Lei 9605/98, art. 70, parágrafo 1°), Crimes contra as relações de consumo (Lei 8078/90, CAD, Lei 8884/94), Crimes contra as telecomunicações (ANATEL, Lei 9.472/97), Crimes Administrativos Federais (Lei 9.784/99), Inquérito Civil (ações civis públicas, atribuição do MP, Lei 7.347/85).

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4. CONCEITO DE INQUÉRITO POLICIAL4. CONCEITO DE INQUÉRITO POLICIAL

“INQUÉRITO POLICIAL É O CONJUNTO DE DILIGENCIAS REALIZADAS PELA POLÍCIA JUDICIÁRIA VISANDO À APURAÇÃO DE UMA INFRAÇÃO PENAL E SUA AUTORIA, PARA QUE O TITULAR DA AÇÃO PENAL POSSA INGRESSAR EM JUÍZO, PEDINDO A APLICAÇÃO DA LEI AO CASO (Antonio Heráclito Mossin)

“INQUÉRITO POLICIAL É O INSTRUMENTO FORMAL DAS INVESTIGAÇÕES. É PEÇA INFORMATIVA, COMPREENDENDO O CONJUNTO DE DILIGÊNCIAS REALIZADAS PELA AUTORIDADE PARA A APURAÇÃO DO FATO E DESCOBERTA DA AUTORIA. RELACIONA-SE COM O VERBO INQUIRIR, QUE SIGNIFICA PERGUNTAR, INDAGAR, PROCURAR, INVESTIGAR, AVERIGUAR OS FATOS, COMO OCORREM E QUAL O SEU AUTOR.” (Ismar Estulano Garcia)

5. NATUREZA JURÍDICA5. NATUREZA JURÍDICA“A natureza do inquérito no Brasil é de procedimento administrativo pré-processual, já que é a polícia judiciária que o realiza, e a polícia é órgão da administração.” (Polastri Lima)► Contrários: Maurício Zanóide e Scarance Fernandes.

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7. DESTINÁTARIOS DO INQUÉRITO 7. DESTINÁTARIOS DO INQUÉRITO POLICIAL POLICIAL ● Ministério Público: Estadual e Federal(Art. 129, CF);● Juiz (Art. 23 CPP);● Ofendido:Ação Penal Privada (Art. 30 CPP).

6. FINALIDADE DO INQUÉRITO POLICIAL6. FINALIDADE DO INQUÉRITO POLICIAL

“É a apuração da existência da infração e a respectiva autoria (CPP, art. 4º e 12), fornecendo elementos para que o Ministério Público – ou o querelante – forme a opinio delicti e, em caso positivo, dar o embasamento probatório suficiente para que a ação penal tenha justa causa.” (Gustavo H. Righi Ivahy Badaró)

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O INQUÉRITO POLICIAL NÃO É PEÇA O INQUÉRITO POLICIAL NÃO É PEÇA OBRIGATÓRIA PARA O OFERECIMENTO DA OBRIGATÓRIA PARA O OFERECIMENTO DA DENÚNCIA, QUE PODE SER OFERECIDA COM DENÚNCIA, QUE PODE SER OFERECIDA COM BASE EM PEÇAS DE INFORMAÇÃO REMETIDAS BASE EM PEÇAS DE INFORMAÇÃO REMETIDAS AO MINISTÉRIO PÚBLICO, OU REPRESENTAÇÃO AO MINISTÉRIO PÚBLICO, OU REPRESENTAÇÃO DA VÍTIMA, DESDE QUE CONTENHAM OS DA VÍTIMA, DESDE QUE CONTENHAM OS ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS PARA TAL. ELEMENTOS INDISPENSÁVEIS PARA TAL.

Art. 12.  O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de base a uma ou outra. (CPPB)

8. DISPENSABILIDADE DO INQUÉRITO POLICIAL8. DISPENSABILIDADE DO INQUÉRITO POLICIAL

Art. 27  Qualquer pessoa do povo poderá provocar a iniciativa do Ministério Público, nos casos em que caiba a ação pública, fornecendo-lhe, por escrito, informações sobre o fato e a autoria e indicando o tempo, o lugar e os elementos de convicção.

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Art. 46.  § 1o  Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o prazo para o oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver recebido as peças de informações ou a representação (CPPB)

Art. 39.  § 5Art. 39.  § 5º.º.  O órgão do Ministério Público   O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a promover a ação penal, e, neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias. (CPPB)denúncia no prazo de quinze dias. (CPPB)

8. DISPENSABILIDADE DO INQUÉRITO 8. DISPENSABILIDADE DO INQUÉRITO POLICIAL POLICIAL (CONTINUAÇÃO)(CONTINUAÇÃO)

A Lei nº. 4.898/1965 – Lei de Abuso de Autoridade – prevê o oferecimento da denúncia apenas com a representação da vítima.

A Lei nº. 9.099/1995 – Lei dos Juizados Especiais – prevê o oferecimento da denúncia apenas com base no TCO.

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A – INQUISITORIAL

B – FORMAL E ESCRITO

D – UNIDIRECIONAL

C – SISTEMÁTICO

O inquérito policial está concentrado nas mãos de quem o O inquérito policial está concentrado nas mãos de quem o preside, dando a autoridade policial a discricionariedade preside, dando a autoridade policial a discricionariedade suficiente para tomar providências, realizar diligências e suficiente para tomar providências, realizar diligências e inquirir. inquirir.

O Código de Processo Penal no art. 9º exige como formalidade O Código de Processo Penal no art. 9º exige como formalidade que as peças do I.P. sejam reduzidas a termo, escritas e que as peças do I.P. sejam reduzidas a termo, escritas e assinadas pela Autoridade Policialassinadas pela Autoridade Policial..

As peças seguem uma sequência lógica, para que fique clara As peças seguem uma sequência lógica, para que fique clara a linha de investigação seguida desde os acontecimentos dos a linha de investigação seguida desde os acontecimentos dos fatos até o relatório. fatos até o relatório.

O inquérito policial é dirigido a apuração dos fatos objeto de O inquérito policial é dirigido a apuração dos fatos objeto de investigação, excluindo-se, assim, os juízos de valor do investigação, excluindo-se, assim, os juízos de valor do exercício investigatório.exercício investigatório.

9. CARACTERÍSITCAS DO INQUÉRITO 9. CARACTERÍSITCAS DO INQUÉRITO POLICIALPOLICIAL

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9. CARACTERÍSITCAS DO INQUÉRITO 9. CARACTERÍSITCAS DO INQUÉRITO POLICIAL (continuação)POLICIAL (continuação)

F – OFICIALIDADE - AUTORITARIEDADE Somente um órgão oficial poderá exercer atividade Somente um órgão oficial poderá exercer atividade investigatória. O inquérito policial deve ser presidido por investigatória. O inquérito policial deve ser presidido por uma Autoridade Pública, no caso representado pelo uma Autoridade Pública, no caso representado pelo Delegado de Polícia de Carreira, artigo 144 da Constituição Delegado de Polícia de Carreira, artigo 144 da Constituição Federal. Federal.

E – SIGILOSO O art. 20 do CPP assegura a Autoridade Policial o sigilo O art. 20 do CPP assegura a Autoridade Policial o sigilo necessário a elucidação dos fatos ou exigido pelo interesse necessário a elucidação dos fatos ou exigido pelo interesse da sociedadeda sociedade..

H – OFICIOSIDADE Em regra a Autoridade Policial ao tomar conhecimento de Em regra a Autoridade Policial ao tomar conhecimento de uma infração penal, deverá obrigatoriamente instaurar uma infração penal, deverá obrigatoriamente instaurar inquérito policial, artigo 5º do CPPB. O Delegado de Polícia inquérito policial, artigo 5º do CPPB. O Delegado de Polícia deve agir de oficio, sem depender de terceiros. deve agir de oficio, sem depender de terceiros.

G – INDISPONIBILIDADE O art. 17 do CPP proíbe a Autoridade Policial de mandar O art. 17 do CPP proíbe a Autoridade Policial de mandar arquivar autos do inquérito policialarquivar autos do inquérito policial..

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A – AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA

B – AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA

C – AÇAO PENAL DE INICIATIVA PRIVADA

I – De ofício: pela Autoridade Policial, que baixa uma I – De ofício: pela Autoridade Policial, que baixa uma portaria; portaria; II – Mediante requisição do Ministério Público ou do Juiz;II – Mediante requisição do Ministério Público ou do Juiz;III – mediante requerimento do ofendido; III – mediante requerimento do ofendido; IV – Auto de prisão em flagrante delito.IV – Auto de prisão em flagrante delito.

O inquérito só poderá ser instaurado se houver O inquérito só poderá ser instaurado se houver representação, escrita ou oral, do ofendido ou se representação, escrita ou oral, do ofendido ou se procurador ou requisição do Ministro da Justiça. procurador ou requisição do Ministro da Justiça.

O inquérito somente se inicia mediante requerimento do O inquérito somente se inicia mediante requerimento do ofendido ou de seu representante legal, não se confunde ofendido ou de seu representante legal, não se confunde com o oferecimento da queixa-crime, pois, esta só com o oferecimento da queixa-crime, pois, esta só ocorrerá em juízo. ocorrerá em juízo.

10. INICIO DO INQUÉRITO POLICIAL (CPP, 10. INICIO DO INQUÉRITO POLICIAL (CPP, Art. 5º.) Art. 5º.)

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11. 11. NOTITIA CRIMINIS: CONCEITO E ESPÉCIES NOTITIA CRIMINIS: CONCEITO E ESPÉCIES CONCEITO: CONCEITO: Notitia criminisNotitia criminis, ou notícia do crime, , ou notícia do crime, é o é o conhecimento, espontâneo ou provocado, pela conhecimento, espontâneo ou provocado, pela autoridade policial de um fato aparentemente autoridade policial de um fato aparentemente criminoso. Modalidades de criminoso. Modalidades de notitia criminisnotitia criminis: :

MO

DAL

IDAD

ES

I. Notitia criminis de cognição espontânea ou inqualificada – o conhecimento da infração ocorre de forma direita e imediata pela Autoridade Policial, no exercício rotineiro de suas atividades, Inclui a denúncia anônima (delação apócrifa).

II. Notitia criminis de cognição provocada, indireta, mediata ou qualificada – quando transmitida a Autoridade policial por ato de terceira pessoa, seja pelo requerimento da vítima, requisição do MP ou do juiz, ou ainda pela representação do ofendido.

III. Notitia criminis de cognição coercitiva – decorrente da prisão em flagrante.

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12. 12. DILIGÊNCIAS (CPP, Art. 6º.) DILIGÊNCIAS (CPP, Art. 6º.) O DISPOSITIVO ESTABELECE UM ROL DE DILIGÊNCIAS, REALIZADOS DE ACORDO COM AS POSSIBILIDADES:I – Preservação do local do crime;II – Apreensão dos objetos relacionados ao crime;III – Colher provas esclarecedoras;IV – Ouvir o ofendido;V – Ouvir o indiciado;VI – Reconhecimento de pessoas coisas e acareações; ( CPP, Art. 229 e 230)VII – Determinar o Exame de corpo delito e demais perícias;VIII – Se necessário identificação do indiciado;IX – Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, a condição econômica, atitude e estado de ânimo(antes, durante e depois do crime) e demais elementos que descrevam seu temperamento e caráter.

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13. OUTRAS ATRIBUIÇÕES DA 13. OUTRAS ATRIBUIÇÕES DA AUTORIDADE POLICIALAUTORIDADE POLICIALI – Reprodução simulada (CPP, Art. 7º.);

(CPP, Art. 13):II – Fornecer informações complementares ao Juiz e ao MP;III – Cumprir mandados de prisão;IV – Representar pela preventiva;V – Atender ou não as diligências requeridas pelo ofendido ou seu representante legal(CPP, Art. 14);VI – Outros meios de investigação estabelecidos pela Lei 9.034/95: Flagrante diferido ou retardado; Quebra de sigilo bancário e telefônico;

- Infiltração de agentes policiais.14. INCOMUNICABILIDADE DO PRESO 14. INCOMUNICABILIDADE DO PRESO (CPP, Art. 21) – (CPP, Art. 21) – NÃO RECEPCIONADO PELA NÃO RECEPCIONADO PELA CONSTITUIÇÃOCONSTITUIÇÃO

CF. ART. 136,CF. ART. 136,§ 3º, INCISO IV; ART. 5º, INCISO § 3º, INCISO IV; ART. 5º, INCISO LXIII; ART. 5º, LXII.LXIII; ART. 5º, LXII.

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15. 15. INDICIAMENTO DO ACUSADO INDICIAMENTO DO ACUSADO

CONCEITO: É O ATO DE INDICIAR.CONCEITO: É O ATO DE INDICIAR. Indiciar é, Indiciar é, com base nos elementos de informação colhidos com base nos elementos de informação colhidos no inquérito policial, indicar uma pessoa como no inquérito policial, indicar uma pessoa como sendo o provável autor do crime que se sendo o provável autor do crime que se investiga.investiga.

16. 16. DEVOLUÇÃO PARA NOVAS DEVOLUÇÃO PARA NOVAS DILIGÊNCIAS (CPP,Art. 16)DILIGÊNCIAS (CPP,Art. 16)Sendo o M.P. o Sendo o M.P. o dominus littis, dominus littis, constituindo-se no órgão constituindo-se no órgão que irá formar a que irá formar a opinio delicti e deduzir a acusação em opinio delicti e deduzir a acusação em juízo, terá as seguintes opções, ao receber o inquérito:juízo, terá as seguintes opções, ao receber o inquérito:I- Imediata deflagração da ação penal;I- Imediata deflagração da ação penal;II- Requer Arquivamento;II- Requer Arquivamento;III- Requisita novas diligências.III- Requisita novas diligências.

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17. TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL17. TÉRMINO DO INQUÉRITO POLICIAL

O INQUÉRITO SERÁ FINALIZADO POR UM RELATÓRIO, QUE É UMA PEÇA SUBSCRITA PELA AUTORIDADE POLICIAL HISTORIANDO MINUCIOSAMENTE O QUANTO TIVER SIDO APURADO DURANTE AS INVESTIGAÇÕES. (CPP, ART. 10, § 1º)

NO RELATÓRIO DEVE-SE EVITAR JUÍZO DE VALOR SOBRE A CULPABILIDADE E A ANTIJURIDICIDADE, DEVE-SE ATER A UMA DESCRIÇÃO OBJETIVA DOS FATO.

COM O RELATÓRIO A AUTORIDADE POLICIAL DEVERÁ REMETER A JUÍZO OS OBJETOS E INSTRUMENTOS DO CRIME QUE FORAM APREENDIDOS DURANTE O INQUÉRITO (CPP, ART.11)

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18. PRAZOS PARA O ENCERRAMENTO 18. PRAZOS PARA O ENCERRAMENTO DO INQUÉRITODO INQUÉRITO

PRAZO COMUM: 10 DIAS, INDICIADO PRESO, E DE 30 DIAS, INDICIADO SOLTO. (CPP, ART. 10)POLÍCIA FEDERAL: 15 DIAS, PRORROGÁVEIS, SE O INDICIADO ESTIVER PRESO. ( LEI 5.010/66, ART. 66)

PRAZO ESPECIAIS: PRAZO ESPECIAIS: ● ● Lei 1.533/51Lei 1.533/51(Crimes contra a economia popular), ART. (Crimes contra a economia popular), ART. 10, 10, § 1º. § 1º. 10 DIAS, INDICIADO PRESO OU SOLTO.10 DIAS, INDICIADO PRESO OU SOLTO.● ● Lei 11.343/06Lei 11.343/06 (Crimes de drogas), no caso de indiciado (Crimes de drogas), no caso de indiciado preso o prazo de conclusão do I.P. é de 30 dias, e no preso o prazo de conclusão do I.P. é de 30 dias, e no caso de indiciado solto o prazo será de 90 dias, podendo caso de indiciado solto o prazo será de 90 dias, podendo requerer a duplicação de ambos.requerer a duplicação de ambos.● ● Crimes Hediondos – Lei 8.072 c/c Lei 11.464/07Crimes Hediondos – Lei 8.072 c/c Lei 11.464/07 – – investigados presos, prazo de 30 dias, prorrogavéis por investigados presos, prazo de 30 dias, prorrogavéis por mais 30 dias.mais 30 dias.

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19. ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO 19. ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL POLICIAL Já vimos que: A autoridade policial não poderá mandar arquivar os autos do Inquérito (CPP, Art. 17), o que só pode ser feito por Ordem da Autoridade Judiciária.[função anômala] (CPP, Art. 18)

Mas, restam algumas questões: 1º. Quem pode requerer o arquivamento? 2º. Quem arquiva. 3º. Como se arquiva? 4º. Qual a natureza jurídica do ato de arquivamento? 5º. Quais as razões que autoriza o arquivamento?

● A Autoridade Policial pode, com cautela, sugerir pelo arquivamento, que após manifestação do Autor da Ação Penal o juiz decidirá.● O órgão do Ministério Público, autor da ação penal, poderá requerer o arquivamento do inquérito policial ou de peças de informação. (CPP, Art. 28)● Recorrer de ofício no arquivamento de crimes da Lei 1.521.

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A decisão de arquivar ou não o inquérito é do juiz. Se o juiz indeferir o pedido de arquivamento?

CABE AO PROCURADOR–GERAL TRÊS OPÇÕES:CABE AO PROCURADOR–GERAL TRÊS OPÇÕES:1ª. Ele próprio oferecerá a denúncia;1ª. Ele próprio oferecerá a denúncia;2ª. Designará outro Promotor de Justiça para oferecê-la 2ª. Designará outro Promotor de Justiça para oferecê-la (delegação – a decisão é do Procurador -Geral)(delegação – a decisão é do Procurador -Geral)3ª. Insistirá no arquivamento. (Cabe ao juiz obedecer)3ª. Insistirá no arquivamento. (Cabe ao juiz obedecer)● Quem arquiva é o juiz quando acolhe o requerimento e o Procurador-geral , quando o juiz não acolhe o requerimento.● Ainda não foi desencadeiada a jurisdição, a decisão de arquivamento tem natureza jurídica de ato administrativo, tanto faz se quem o fez foi o juiz ou o Procurador-Geral.● O Arquivamento do inquérito policial paralisa as investigações policiais, que só poderão ser reiniciadas se de outras provas a Autoridade Policial tiver notícia. Para o desarquivamento e propositura de Ação Penal deve haver efetiva produção de prova nova. (Art. 18 c/c Súm. 524 STF)● Os motivos autorizadores do arquivamento são aqueles do artigo 395(N.R) do CPP.

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20. VÍCIOS DO INQUÉRITO POLICIAL 20. VÍCIOS DO INQUÉRITO POLICIAL A afirmação corrente que os vícios do inquérito policial não se projetam e, muito menos, acarretam a nulidade da ação penal, não possuem razão de ser diante do ART.155 do CPP, Alterado pela nova Lei 11.690/2008.● Princípio da Legalidade (Ex. Auto de Prisão em flagrante sem oitiva do condutor);

● Atos de obtenção de provas, carentes de autorização judicial, os vícios são projetados na ação penal (Interceptação telefônica para crimes punidos com detenção);

● Provas cautelares, não repetíveis e antecipadas com eventual vício impedirá a eficaz valoração;

● Somente á simples colheita de fontes de prova ou indicação de elementos de prova cuja produção se dará em juízo, é que eventuais vícios não serão projetados na ação penal.

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21. O INQUÉRITO POLICIAL E A LEI 21. O INQUÉRITO POLICIAL E A LEI 9.099/95 – Termo Circunstanciado. 9.099/95 – Termo Circunstanciado. ● Criados os JECs (JECRIM) para julgamento e execução dos crimes de menor potencial ofensivo por determinação do Art. 98, I, da Constituição Federal de 1988.

● Crimes de Menor Potencial Ofensivo: Lei 11.313/2006 alterou o Art. 61, estabelecendo que são aqueles crimes ou contravenções cuja a pena máxima cominada não supere dois anos, cumulada ou não a pena de multa.

● Crimes de Menor Potencial Ofensivo → Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO – registro de ocorrência minucioso).

Exceções: desconhecimento dos envolvidos e complexidade dos fatos.

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● A recente Lei 11. 340 ( Lei Maria da Penha) retirou dos Juizados o processamento dos agressores em casos de violência doméstica e familiar contra a mulher. ( Art. 41)

● Características dos Juizados: Oralidade, Economia processual e Celeridade.

● Arquivamento do TCO: segue ´´a mesma disciplina do Art. 28, CPP, estabelecida para o inquérito.

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JARDIM, Afrânio Silva. Direito processual penal - estudos e pareceres. Rio de Janeiro: Forense, 2002.LOPES Junior, Aury. Introdução Crítica ao Processo Penal. Fundamentos da Instrumentalidade Constitucional. 4.ª edição – 316 páginas. Editora: Lumen Juris. 2006.MIRABETE, Julio Fabbrini. Código de Processo Penal Interpretado: referências doutrinárias, indicações legais e resenha jurisprudencial. São Paulo: Atlas S.A. OLIVEIRA, Eugênio Pacelli de. Curso de Processo Penal. Belo Horizonte: Del Rey, 2004.POLASTRI LIMA, Marcellus. Manual de Processo Penal, Rio de Janeiro: Editora: Lumen Juris. 2007

RANGEL, Paulo. Direito Processual Penal. 12.ª edição – 884 páginas. Editora: Lumen Juris. 2007.

BIBLIOGRAFIABIBLIOGRAFIA

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Bons Estudos! Aproveitem bem!

Até a próxima aula!

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