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Professor Edley . Os povos germânicos e a desagregação do Império Romano Representação da conversão do rei anglo-saxão Etelberto

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Os povos germânicos e a desagregação do Império Romano

Representação da conversão do rei anglo-saxão Etelberto I ao cristianismo, c. 580-590. Gravura de metal do século XVII, feita por Matthäus Merian.

Os Romanos e os Bárbaros

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A arqueologia a serviço da História

Em 2003, foram encontrados na Inglaterra vestígios de um antigo cemitério que passou a ser estudado por profissionais do Museu de Arqueologia de Londres.

Nele havia uma grande câmara mortuária de 4 metros quadrados.

Arqueologia e História

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Na câmara havia vestígios de um saxão enterrado no século VII.

Denominados de germanos, devido a língua comum que partilhavam, esses povos ocuparam inicialmente a região da Escandinávia, seguindo depois para a Alemanha, alcançaram a Europa central e, em seguida, se aproximaram do Império Romano.

Os saxões, juntamente com os visigodos, ostrogodos, burgúndios, alanos, lombardos, francos e outros povos participaram de diversas migrações que ocorreram na Europa no início da Era Cristã.

Taça de ouro encontrada na tumba de Prittlewell.

Arqueologia e História

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Povos germânicos e outros povos vizinhos ao Império Romano em 114 d.C.

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O que a câmara mortuária revela

• Soterrados, os objetos se mantiveram no mesmo local em que foram colocados inicialmente.

• Conservação devido ao fato de estar coberta de areia por muitos séculos.

• Era uma pessoa poderosa, talvez um rei saxão, devido à riqueza dos objetos encontrados.

• A pessoa era um homem (fivela e sapatos masculinos).

Fivela encontrada na tumba de Prittlewell.

Arqueologia e História

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Prisioneiros de guerra eram escravizados, mas essa era uma prática pouco comum.

Por um interesse comum, tribos podiam se unir e formar uma federação, com um rei eleito para exercer as funções militares.

Não havia um Estado centralizado. Quando cerca de 100 famílias se reuniam, era formada uma aldeia ou tribo. As decisões que envolviam o coletivo eram tomadas por meio de aclamação das pessoas livres ou em uma assembleia.

As sociedades germânicas tinham por base a família e a tribo.

As Tribos Germânicas

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Na família, o pai exercia autoridade sobre a esposa e os filhos.

Broche ostrogodo do século VI, de ouro e esmalte, representando uma águia.

Viviam da agricultura e criação de animais, eram extremamente militarizados, saqueavam e guerreavam com outros grupos e povos vizinhos como forma de sobrevivência.

Os povos germânicos desconheciam a escrita. Cabia às mulheres fazer a transmissão oral dos costumes.

A mulher cuidava da organização da casa e da educação dos filhos. Tinha o conhecimento de medicina e das forças religiosas.

As Tribos Germânicas

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Instrumento musical semelhante ao encontrado na tumba.As oferendas, instrumentos musicais e armas encontradas na urna

funerária demonstram a crença na vida após a morte entre os germânicos.

• Acreditavam na existência de uma vida após a morte.

• Praticavam sacrifícios diante de uma árvore considerada sagrada, na tentativa de ter seus pedidos atendidos.

• Acreditavam na existência de deuses associados a fenômenos da natureza, como Thor, o deus da tempestade.

- para alguns grupos, a alma sobreviveria ao lado do corpo

- outros acreditavam que as almas viveriam em uma residência subterrânea em que se divertiriam

Os Povos Germânicos e a Religião

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Preconceituosamente, os romanos acreditavam que os germanos tinham uma cultura inferior à deles.

Relevo em mármore do século II representando a rendição de um germano a uma tropa romana.

Para os romanos, os povos germânicos - estrangeiros em geral - eram considerados bárbaros, ou seja, pessoas que tinham um modo de vida diferente dos romanos, por isso não despertavam interesse.

Quando os romanos venciam, escravizavam os germanos. Com isso, muitos germanos passaram a integrar a sociedade romana.

Romanos e germanos entraram em combate diversas vezes, um povo tentando conter a expansão do outro.

O Contato Entre Romanos e Germanos

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Com o tempo, a integração entre as duas culturas chegou até as relações afetivas e, embora proibido por lei, a união entre romanos e germanos tornou-se comum.

Os germanos ingressaram na sociedade romana como escravos para serviços domésticos e agrícolas. Como forma de conquistar o direito de cidadania, muitos ingressaram no exército romano, chegando a alcançar altas patentes.

A convivência entre esses povos ? na paz ou na guerra ? provocou diversas trocas culturais, por isso é chamada de germanização dos romanos ou romanização dos germanos.

Nas fronteiras, muitos grupos de romanos e germanos deixaram as diferenças de lado e começaram a estabelecer comércio entre si.

O Contato Entre Romanos e Germanos

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Outros exemplos de assimilação entre as culturas:

• Os povos germânicos passaram a adotar o cristianismo como religião.

Cruz de ouro encontrada na tumba de Prittlewell.

• Em aldeias germânicas dentro do Império foram construídas escolas especiais para transmitir a cultura romana às crianças, especialmente

o latim;

O Contato Entre Romanos e Germanos

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Crise do Império Romano do Ocidente (séculos III e IV):

•Elevada carga de impostos;

•Corrupção entre os governantes;

•Disputas de poder entre políticos e militares;

•Crise de abastecimento militar;

•Constantes assassinatos de imperadores;

•Migração cada vez maior de germanos;

•Divisão do império em dois, o que gerou uma nova situação social e política.

A desintegração do Império Romano do Ocidente

A Desintegração do Império

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Invasões germânicas

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Teve seu apogeu no governo do imperador Justiniano (527-565), com conquistas em territórios africanos e criação do Código Justiniano, que reunia leis romanas.

Parte oriental do Império Romano após sua divisão em 395.A capital - Constantinopla - foi estabelecida na antiga cidade grega de Bizâncio, no cruzamento de rotas comerciais que ligavam o Oriente e o Ocidente.

O Império Bizantino chegou ao fim em 1453, quando Constantinopla foi conquistada pelos turcos otomanos.

Mosaico bizantino do século XI, mostrando o imperador Constantino IX e a imperatriz Zoe ao

lado de Jesus Cristo.

O Império Romano do Oriente

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Germanos, romanos e a formação da nova sociedade

• surgiram diversos pequenos reinos;

• instituições tradicionais foram substituídas por novas formas de organização nem romanas nem germânicas;

• a mistura de culturas deu origem à Europa feudal.

Com a desagregação do Império Romano do Ocidente:

A Nova Sociedade

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• os nobres que tinham terras eram incorporados às tropas do rei e passavam a sair em campanhas para conquistar novas terras.

• os pobres ficaram encarregados do trabalho no campo (agricultura e criação de gado) e de sustentar a si e à família

do rei;

• muitas pessoas procuraram refúgio no campo, especialmente nos novos reinos;

• Com os conflitos entre romanos e germanos, muitas cidades do Império foram saqueadas e destruídas;

Representação da cidade de Roma sendo saqueada por vândalos em 455. Gravura criada por Heinrich Leutmann em 1865.

As Origens da Europa Feudal

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Em 496, o rei Clóvis converteu-se ao cristianismo e uniu-se à Igreja católica. Juntos iniciaram um projeto de expansão territorial (Reino Franco) e espiritual, com a difusão do cristianismo no continente.

Originários da Gália (atual França), os francos, após expulsar os romanos em 481, uniram suas tribos em um único reino.

Iluminura do século XIV representando a conversão do rei franco Clóvis ao cristianismo, em 496.

O Reino Franco

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Com o apoio dos francos, a Igreja católica conseguiu consolidar o cristianismo em diversas regiões do continente europeu.

Magno promoveu diversas guerras e anexou vários territórios ao seu reino, que passou a se chamar Império Carolíngio.

Após a morte de Clóvis, em 511, o Reino Franco passou por diversas crises, somente consolidando-se novamente em 800, com a ascensão ao poder do rei Carlos Magno.

O apoio da Igreja, por sua vez, legitimava o poder dos francos, convencendo a população de que aquele era um rei perante os homens e também perante a Deus.

O Reino Franco

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O Império Carolíngio

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O governo de Carlos Magno foi responsável por:

Iluminura do século XIII representando monges copistas trabalhando em manuscritos.

• padronizar o sistema de cunhagem de moedas;

• restaurar o poder dos tribunais;

• fazer uso de documentos escritos;

• criar escolas e transcrever textos antigos dos gregos e romanos.

Após a morte de Carlos Magno (814), o império entrou em crise.

O Reino Franco

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Os reinos germânicos e o império Bizantino

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Referência Bibliográfica

Projeto Teláris: História / Gislane Campos de Azevedo, Reinaldo Seriacopi. – 1ª Edição – São Paulo: Ática, 2012.

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