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Professor Kássio
Final do século XIX Origem francesa Oposição ao Realismo Influenciado pela arte e misticismo
oriental
Em oposição ao Realismo, busca inspiração no Romantismo. Vai além, aprofundando e levando ao extremo os conceitos românticos (uma vertente radical).
Nem o mais romântico dos românticos chegaria aos pés de um simbolista, quando se fala em irracionalidade e subjetividade, buscadas no misticismo, no uso de símbolos, tentando se aproximar do inconsciente humano e distanciando-se - ao máximo - da razão.
A falta de um padrão estético, fez com que os simbolistas fossem apelidados de “decadentistas”, de maneira pejorativa.
Quando lançado o manifesto de Jean Moréas, “O Século XX”, definem o movimento como “Simbolismo”.
Se apegam ao transcendentalismo de modo a interpretar a realidade através da imaginação, fantasia, intuição...
O maior representante do simbolismo na frança é Charles Baudelaire, autor de “As Flores do Mal”.
Remorso Póstumo
Quando fores dormir, ó bela tenebrosaEm fundo de uma cripta em mármore lavrada
Quando tiveres só por alcova e moradaO vazio abismal de carneira chuvosa;
Quando a pedra, a oprimir tua fronte medrosaE teus flancos a arfar de exaustão encantada,
Mudar teu coração numa furna caladaAmarrando-te os pés na rota aventurosa,
A tumba, confidente do sonho infinito(Pois toda a vida a tumba há de entender o
poeta),Pela noite imortal de que o sono é prescrito,
Te dirá: "De que serve, hetaira incompleta, Não teres conhecido o que choram os mortos?"E os vermes te roerão assim como os remorsos.
Opta-se pela sugestão. Tudo é sugerido“Sugerir, eis o sonho” - Mallarmé
Temática: espiritual, mística e subconsciente Presença de musicalidade (aliteração e assonância) Linguagem mística, religiosa Profunda individualidade, subjetivismo Objetos referentes ao efêmero: fumaça, neves, neblinas... Sugestão de grandiosidade ou infinitude: cosmo, abismo,
espaço... Penumbra, menor luminosidade Pessimismo Recorrência excessiva do branco Sinestesia
“ Caio no ópio por força. Lá querer Que eu leve a limpo uma vida destas Não se pode exigir. Almas honestas Com horas pra dormir e pra comer,
Que um raio as parta! E isto afinal é inveja.
Porque estes nervos são a minha morte. Não haver um navio que me transporte Para onde eu nada queira que o não veja!
Ora! Eu cansava-me o mesmo modo. Qu'ria outro ópio mais forte pra ir de ali Para sonhos que dessem cabo de mim E pregassem comigo nalgum lodo(...)”
ÁLVARO DE CAMPOS