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COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY – E.M.P.
TERRA BOA - PARANÁ
Professora Leonilda Brandão da Silva
E-mail: [email protected]
http://professoraleonilda.wordpress.com/
Mosaico nas fêmeas dos mamíferos – p. 86 Como sabemos um dos cromossomos X das células
femininas aparece condensado, como um corpúsculo corado, chamado de cromatina sexual.
Mary Lyon, geneticista britânica, elaborou em 1961 a hipótese de que a maior parte dos genes desse cromossomo não está em atividade na célula, ou seja, a cromatina sexual seria um cromossomo X com a maioria dos genes “desligados” ou inativos (hipótese de Lyon).
Essa inativação, ocorre ao acaso, no início do desenvol-vimento do embrião.
Essa hipótese explica por que uma mulher homozigota em relação a genes do cromossomo X não tem, em relação ao homem, o dobro das substâncias produzidas por esses genes.
Esse fenômeno é chamado de compensação de dose.
A inativação pode ocorrer com o cromossomo de origem paterna ou com o de origem materna. Desse modo, o indivíduo terá seu corpo formado por regiões com células com X paterno ativo misturadas a regiões com X materno ativo. Essa mistura funciona como uma espécie de mosaico.
Um exemplo desse mosaico é o de gatas malhadas de branco, amarelo e preto (gata calico). Os alelos para amarelo e preto estão situados no cromossomo X.
A gata malhada é heterozigota e tem regiões em que o X com alelo para preto é funcional misturadas com regiões em que é funcional o X com alelo para amarelo.
O pelo branco depende de um gene autossômico (os machos não podem ter pelo preto e amarelo ao mesmo tempo, pois só possuem um cromossomo X; às vezes, eles podem apresentar duas cores – preto e branco ou amarelo e branco –, mas nunca três).
Há outros dois tipos de herança relacio-nada ao sexo:
• a relacionada aos genes exclusivos do cromossomo Y, chamada holân-drica (do grego holos = todo; andros = homem) ou restrita ao sexo.
Outros tipos de herança relacionada ao sexo – p. 87 3
• Herança influenciada pelo sexo: e aquela relacionada a genes autossômicos cujos efeitos podem ser influenciados pelo sexo do indivíduo.
•O cromossomo Y apresenta menos de cem genes.
•Um deles, chamado SRY, promove a transformação de uma gônada indiferenciada do embrião em testículo.
•Este produz testosterona, que, em ação com outros hormônios, promove o desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos, além de outras características masculinas. •Na ausência do cromossomo Y, ou mesmo
presença dele, mas com um SRY não funcional, o embrião será feminino.
•Um exemplo de herança holândrica é um tipo de infertilidade masculina em virtude de mutações em um gene exclusivo do Y.
•O sexo de um indivíduo pode modificar a expressão de um gene autossômico. Um exemplo é a calvície na espécie humana.
•Esse caráter pode ser consequência de fatores ambientais, mas na maioria das vezes é hereditário.
•Na presença da testosterona, o alelo para a calvície age como dominante.
•Em concentrações baixas desse hormônio, age como recessivo.
•Por isso a presença de apenas um alelo para a
calvície já é suficiente para que o homem seja
calvo.
•Na mulher são necessários dois alelos para que o
fenótipo se manisfeste e geralmente o efeito é
limitado a uma diminuição do diâmetro dos fios e
da quantidade de fios de cabelo.
Genótipos Fenótipos
CC Homem calvo
Mulher calva
Cc Homem calvo
Mulher não-calva
cc Homem não-calvo
Mulher não-calva
Calvície
Um homem não calvo casa-se com uma mulher calva. Como serão seus filhos e filhas?
cc x CC
C C
c Cc Cc
c Cc Cc
R: Todos os homens serão calvos e nenhuma mulher será calva.
1) Ludmila é calva, mas seu irmão Ígor
tem cabelos com distribuição normal.
Quais seriam os prováveis genótipos de
seus pais quanto a essa característica?
• As mitocôndrias (respiração aeróbia) e os cloroplastos (fotossíntese) possuem um DNA próprio, contendo informações genéticas para a síntese de parte de suas proteínas e de seu RNA.
• Essas organelas podem duplicar, passando então a informação genética para as células-filhas e para seus descendentes.
HERANÇA MATERNA ou MITOCONDRIAL– p. 88 4
• Estamos, portanto,
diante de um tipo de
herança extranuclear
ou extracromossômica,
chamada herança orga-
nelar.
• O DNA das mitocôndrias, há alguns genes que não estão presentes no núcleo da célula.
• Esse DNA corresponde a 0,5% de uma célula somá-tica.
• Como na formação da célula-ovo o espermatozoide contribui apenas com o núcleo, as mitocôndrias do embrião são todas de origem materna, vindas do óvulo.
• Portanto, tanto um homem quanto uma mulher herdam os genes das mitocôndrias de sua mãe.
• O DNA da mitocôndria está sujeito a mutações que podem levar ao desenvolvimento de doenças. Essas são de origem exclusivamente materna.
• Como a mitocôndria é responsável pela produção de energia na respiração aeróbia, esses problemas costumam afetar mais as células nervosas e mus-culares, que consomem grande quantidade de energia
• Dependendo da etapa do metabolismo afetada, pode haver falta de coordenação motora, demência, fraqueza muscular, problemas cardíacos, entre outros. Ex. Neuropatia óptica de Leber (degeneração do nervo ótico podendo levar a cegueira).
2) Um homem possui em seu DNA mitocondrial um gene que causa uma doença grave. Seus filhos ou suas filhas têm probabilidade de herdar a doença desse homem?
R: Nenhum, pois somente a mãe pode transmitir doenças causadas por genes mitocondriais, dado que apenas o núcleo do espermatozoide é incorporado à célula-ovo.
3) Suponha que uma mulher seja portadora do alelo em questão. Nesse caso, quem tem maior probabilidade de herdar a doença: seus filhos ou suas filhas?
R: Todos têm a mesma probabilidade (100%).
Nas células das fêmeas de mamíferos pode-se encontrar a cromatina sexual. Essa cromatina não está presente no núcleo das células masculinas.
Com um exame da cromatina sexual é possível identificar diversas anomalias sexuais – como a síndrome de Turner, a de Klinefelter e a do poli-X que podem ocorrer por causa de uma não disjunção de cromossomos durante a meiose, isto é, em vez de cada cromossomo sexual migrar para um dos polos, ambos para o mesmo polo e assim, formar gametas anormais.
ALTERAÇÕES NOS CROMOSSOMOS SEXUAIS
Isto pode ocorrer tanto na gametogê-
nese materna quanto na paterna.
5
CARIÓTIPOS:
− 45, Y0 – Embrião não se desenvolve
− 45, X0 – Síndrome de Turner
− 47, XXY – Síndrome de Klinefelter
− 47, XXX – Síndrome do Poli X
X Y
XX XXX XXY
0
X0 Y0 S. Turner
Super fêmea S. Klinefelter
Não nasce
ANOMALIA NA GAMETOGÊNESE
MATERNA
XY 0
X XXY X0
X
XXY X0
S. Turner
S. Klinefelter
S. Klinefelter
ANOMALIA NA GAMETOGÊNESE PATERNA
S. Turner
Essa síndrome, descrita em 1938 pelo médico estadu-nidense Henry Turner, resulta, na maioria dos casos, de uma não disjunção durante a formação do espermato-zoide, e a pessoa afetada é uma mulher com monossomia do cromossomo X.
O cariótipo é 45, X (não apresenta cromatina sexual). Sua ocorrência está em torno de 1 em 2 500 meninas.
SÍNDROME DE TURNER – p. 89
A portadora apresenta baixa estatura, ovários ausentes, pescoço alado (com pregas cutâneas bilaterais), malformação das orelhas, maior frequência de problemas renais e cardiovasculares, e é quase sempre estéril.
O médico pode indicar tratamento hormonal a partir da puberdade.
Descrita pelo médico estadunidense Harry Klinefelter em 1942, ocorre em cerca de 1 a cada 600 nascimentos de meninos.
A pessoa possui um cromossomo X extra (47, XXY), resultante, em geral, de uma não disjunção na formação do óvulo.
Embora apresente cromatina sexual, o indivíduo é do sexo masculino (este é determinado pelo cromossomo Y).
O material genético extra do cromossomo X impede o funcionamento normal dos testículos e reduz o nível de testosterona.
SÍNDROME DE KLINEFELTER
• A fertilidade é baixa, com nenhuma ou pouca produção de espermatozoides.
• Às vezes desenvolvimento exagerado das glându-las mamárias (ginecomastia).
• A altura é acima da média.
• O tratamento com hormô-
nios pode diminuir estes
sintomas, mas não a baixa
fertilidade.
•Em princípio, se o cromossomo Y estiver presente, a gônada primitiva do embrião se transforma em testículo; na ausência do Y, a gônada forma o ovário.
•Definida a gônoda, ela passa a produzir hormônios que estimulam o desenvolvimento do sistema genital ♂ ou ♀ e das características sexuais.
• Indivíduos hermafroditas são raros na espécie humana. Podem apresentar testículos e ovários separados ou uma gônada mista, são estéreis.
•Pseudo-hermafroditismo: o indivíduo apresenta gônadas de um sexo, mas órgãos ambíguos ou do sexo oposto.
•Sabe-se, porém, que há homens com genótipo XX , um dos cromossomos X contém segmento do Y, justamento onde está o gene SRY. Existem mulheres XY, nas quais o Y é incompleto, faltando o trecho que contém o gene SRY.
A genitália ambígua é uma anomalia de nascença que consiste no
fato dos genitais exteriores não terem a aparência típica de um
rapaz ou de uma menina.
Se o processo que faz com os tecidos fetais se tornem “mascu-
linos” ou “femininos” for interrompido, pode-se desenvol-
ver genitália ambígua. Esta genitália torna difícil classificar a
criança como sendo do sexo masculino ou feminino.
Atleta sul-africana Caster Semenya, campeã dos 800 m no Mundial de Berlim. De acordo com o jornal australiano, exames realizados durante a competição atestam que a fundista é hermafrodita:
ela não possui ovários, e sim testículos internos que pro-duzem testosterona, apesar de na aparência externa apre-sentar órgão sexual feminino.
https://www.youtube.com/watch?v=la6NxYDHTMA
Criança hermafrodita consulta com médico Zacharis Calil Duração: 2:22
VÍDEOS
Alto nível de testosterona de Caster Semenya ainda é
questionado
Duração: 2:41
https://www.youtube.com/watch?v=ivy1IKq2_qs
4) Sabe-se que as anomalias cromossômicas,
na espécie humana, causam síndromes, que
podem ser representadas por seus cariótipos.
Dê o nome das síndromes abaixo:
a) 47, XXY:____________________
b) 45, X0:_____________________
c) 47, XXX:____________________
d) 47, XY (21): __________________