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Epidemiologia e Controle de Doenças Departamento de Vigilância à Saúde Milena Camara - Medica Veterinária Estatísticas Atendimento Reações adversas Pré exposição

Profilaxia Antirrábica Humana

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Apresenta dados epidemiológicas sobre a raiva, notificações e vacinações; norma estadual, observação do agressor, exame laboratorial, tratamento vacinal, soro antirrábico, reações adversas, profilaxia pré-exposição./Aula ministrada aos auxiliares de enfermagem da Secretaria Municipal de Saúde de Diadema, como parte das ações de educação continuada em serviço, no ano de 2005.

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Milena Camara - Medica Veterinária

Estatísticas

Atendimento Reações

adversas

Pré

exposição

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RAIVA HUMANA NO MUNDO ATUAL ESTIMATIVAS

Mortes humanas por raiva Tratamentos pós-

exposição

No mundo Uma em cada 10 a 15 min 1.000 a cada hora

Na Ásia 35.000 a 55.000 por ano 7.000.000 por ano

Na África 5.000 a 15.000 por ano 500.000 por ano

Na América

Latina Menos de 100 por ano 500.000 por ano

Na América do

Norte e Europa Menos de 50 por ano 100.000 por ano

Fonte: Belloto – OPAS - OMS

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Fonte: PANAFTOSA – OPAS - OMS

293

283

352

332

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193

224

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RAIVA HUMANA NAS AMÉRICAS

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03

Fonte: MS - FUNASA

RAIVA HUMANA NO BRASIL

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1 1

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1

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20

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Fonte: INSTITUTO PASTEUR

RAIVA HUMANA NO ESTADO DE SÃO PAULO

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RAIVA HUMANA E ANIMAL NO GRANDE ABC

Fontes: SES-IP / DIR ii /CCZs dos Municípios

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São Paulo

Santo André

São Bernardo do Campo

São Caetano

Diadema

Campinas

Valinhos

Araraquara

Of IP DT 639/2003

ÁREAS DE RAIVA CONTROLADA NO ESTADO DE SÃO PAULO

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LEI MUNICIPAL Nº 2277/03, de 31/10/03 ARTIGO 24 – É obrigatória a notificação dos casos de

agressão por animal potencial transmissor de raiva, atendidos pela rede de saúde existente no município.

P.S.C. H.P.D. PAIN ELD ABC CANH C.GD. CENT INAM NOGU. PIRA PROM. REAL REID RUYC S.JOS SERR TOTAL

ANO 472 167 118 323 26 55 18 32 46 47 16 73 38 24 37 43 74 1609

% 29,33 10,38 7,33 20,07 1,62 3,42 1,12 1,99 2,86 2,92 0,99 4,54 2,36 1,49 2,30 2,67 4,60 100,00

CASOS DE AGRESSÃO POR ANIMAL ATENDIDOS PELAS UNIDADES - 2004

Total de notificações recebidas na ECD em 2004 :

Sinan+TB+DST+Sinabio = 1095

FIAR = 1609

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RNA –vírus

Fam. Rhabdoviridae

Gênero Lyssavirus

Sensível ao Meio Ambiente, a sabões,

à insolação, aos antissépticos ...

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Após a aplicação da Norma Estadual são possíveis os seguintes

encaminhamentos:

Observação do agressor (cão ou gato somente);

Exame laboratorial no cérebro do agressor morto;

Tratamento vacinal (vacinação, sorovacinação, ou revacinação); ou

Encerramento do caso.

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Tem que respeitar o prazo de 10 dias (soma 10 ao dia da agressão);

Quando a informação é dada pelo paciente, seu responsável, ou pelo proprietário do animal, é importante perguntar quando foi a última vez que o animal foi observado;

Quando a residência é localizada, mas está fechada, ou o paciente é conhecido, mas não mora naquele local, usar o impresso “CARTA VISITA”;

Se o animal é de rua, mas pode ser reconhecido, e está sempre no mesmo local, pode ser observado.

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TERMO DE COMPROMISSO DE

OBSERVAÇÃO:

Entregar uma parte ao paciente no atendimento, e

anexar a outra parte na FIAR

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CARTA VISITA:

utilizar quando o paciente, ou

responsável, não pode ser acessado

pessoalmente

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ATENDIMENTO ANTI-RÁBICO PÓS-EXPOSIÇÃO - Diadema - SP

Série Histórica 1987-20042302

1815

1939

2247

2326

2838 3069 3

364

3160

2862

2491

2585

2239

2245

1789

1780

1630

1609

1366

1220

1267

1870

1822

2520

2631 2

908

2757

2477

2147

2245

1937

1935

1534

1519

1385

1324

539

393

377

324 5

54 691

725

753

538

370

307

303

271

277

226

229

222

237

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

4000

1987

1988

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

AGRESSÕES OBSERVAÇÕES TRATAMENTOS

23 22 19 14 24 24 24 22 17 13 12 12 12 12 13 13 14 15

Porcentagem de indicação de vacinação

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Para ser possível o resgate do corpo de um animal agressor, é importantíssimo que:

1. O paciente esteja bem orientado para regressar imediatamente à Unidade de Saúde

2. A Unidade de Saúde faça o contato imediato com o CCZ (4057-7927) para encaminhar o animal morto.

Quando o animal foi encaminhado para exame, o caso fica em suspenso, aguardando o resultado (exceto quando o agressor for cavalo ou morcego)

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Os dados de vacina aplicada têm que ser

anotados na carteirinha do paciente e no verso da

FIAR

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Fuenzalida & Palacios foi a vacina utilizada no Estado de São Paulo até 2000, e no Brasil até 2002, quando foi

substituída pela vacina feita em cultivo de células diplóides.

Hoje utilizamos a VERORAB, que é uma vacina de cultivo celular (VCC), feita em células VERO.

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Dose VERORAB = 0,5 ml

Via de Admin. = IM no deltóide

(menores de 2 anos – vasto lateral)

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As primeiras vacinas anti-rábicas, desde Pasteur (1885), eram aplicadas ao redor do umbigo, isto porque a aplicação subcutânea de volumes como 5 ml não podia ser em outra localização anatômica

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Em 1992 a OMS demonstrou que a administração no glúteo determina baixos níveis de anticorpos, portanto não pode ser usado para administração da vacina anti-rábica.

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Dose SAR = 40 UI/Kg HRIG = 20 UI/Kg

Via de Admin. = IM preferencialmente no local da agressão (nunca no local de aplicação da vacina).

A aplicação de soro anti-rábico somente é realizada no PSC. Prescrever a dose necessária em receita, e orientar o paciente

a procurar o PSC até antes da 3ª dose.

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TRATAMENTOS ABANDONADOS:

Convocar (por visita domiciliar, por telefone ou por carta)

Aguardar retorno do paciente (até 10 dias)

Se o paciente retornar antes de 90 dias da última dose, somente continuar o esquema.

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TRATAMENTO ANTI-RÁBICO PÓS EXPOSIÇÃO EM DIADEMA

série histórica 1994-2004

76

5

54

5

37

2

31

0

30

6

28

0

26

6

23

2

23

3

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9

23

9

57 79

73

59 79

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47

37 47

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54

58

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200

300

400

500

600

700

800

900

1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Trat. indicados Suspensos Abandonados Completos

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Nos casos em que o animal agressor não é um potencial transmissor (rato, coelho, hamster, gerbil);

Nos casos em que o atendimento ao paciente agredido por cão ou gato se deu depois de 10 dias da agressão, e o animal permanece bem;

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Podem haver casos excepcionais

Rato

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Podem haver casos excepcionais

Rato

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A VCC tem raros relatos de reações adversas: desde urticária até anafilaxia, incluindo alguns casos de manifestações

neurológicas.

O soro homólogo apenas pode causar discreta dor local e febre.

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O soro heterólogo pode causar: 1 -Reação anafilática - O paciente deve ser mantido em observação por 2 horas após receber o soro. É aconselhável garantir o acesso venoso antes da aplicação.

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

•CUTÂNEAS (prurido, urticária, rubor)

•GASTROINTESTINAIS (náuseas, vômitos, cólicas, diarréia)

•RESPIRATÓRIAS (estridor laríngeo, broncoespasmo, edema de glote)

•CARDIOVASCULARES (angioedema, hipotensão, choque)

•PIROGÊNICAS (febre, tremores, calafrios)

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2- Doença do soro - Pode ocorrer de 5 a 14 dias após a aplicação. Pacientes com antecedentes alérgicos, ou potencialmente sensibilizados para soro equino, têm maior risco de apresentar a reação.

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Doença do soro

febre artralgia urticária adenomegalia Hepatoesplenomegalia proteinúria

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Indicada para grupos de alto risco de exposição: veterinários, vacinadores, laçadores, treinadores de cães, profissionais de laboratório de raiva, pesquisadores de raiva, espeleólogos ...

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Esquema: aplicação de vacina nos dias 0, 7, 28

Avaliação sorológica obrigatória após 10 dias da última dose de vacina. Serão positivos títulos iguais ou maiores que 0,5 UI/ml.

Se o título não for satisfatório, faz-se um reforço e nova avaliação.

Anualmente deve haver nova avaliação sorológica.