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1 Programa Ação Família – viver em comunidade Relatório de Inscrição para o Prêmio São Paulo Cidade 2007 Agosto de 2007

Programa Acao Familia Viver em Comunidade - Prefeitura · dimensões: Vida em Família, Vida em Comunidade e Vida de Direitos e Deveres. Assim, visa promover, transformar, fortalecer

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Programa Ação Família – viver em comunidade

Relatório de Inscrição para o Prêmio São Paulo Cidade 2007

Agosto de 2007

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1. Cidadãos e Sociedade

Este texto destina-se a apresentação de uma iniciativa inédita, promovida

pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social da Prefeitura de

São Paulo, em parceria com mais 11 Secretarias Municipais e a Comissão Municipal

de Direitos Humanos, que se destina ao atendimento às famílias vulneráveis da

cidade.

O Programa Ação Família - viver em comunidade, instituído pelo decreto nº

47.124 publicado no Diário Oficial da Cidade no dia 25 de março de 2006, dirige-se

prioritariamente à população mais vulnerável da cidade. O Programa considera que

os investimentos públicos no campo da assistência social são mais produtivos se

focados e articulados, de modo a criar uma sinergia que possibilite ampliar o acesso

dessa população à rede de serviços e romper com o círculo vicioso da pobreza e

vulnerabilidade social, substituindo-o por um círculo virtuoso dinâmico que conduza

a situações emancipatórias e sustentáveis.

O Programa Ação Família – viver em comunidade criou uma metodologia

própria para que seus executores pudessem trabalhar com as famílias em três

dimensões: Vida em Família, Vida em Comunidade e Vida de Direitos e Deveres.

Assim, visa promover, transformar, fortalecer as potencialidades e habilidades das

famílias no enfrentamento às situações de vulnerabilidade social, por meio de

estratégias específicas: entrevistas familiares, visitas domiciliares, palestras voltadas

à comunidade ou à família, seus membros e indivíduos; oficinas de trabalho sócio-

educativo para famílias; campanhas sócio-educativas; encaminhamento e

acompanhamento de famílias; reuniões sócio-educativas e ações comunitárias;

articulação e fortalecimento de grupos sociais locais; produção de material para

capacitação e oficinas de inserção produtiva.

1.1 Conhecimento das necessidades dos usuários, dos cidadãos e da

sociedade

São Paulo, maior cidade metrópole do Brasil com 10,5 milhões de habitantes,

concentra 25% da população do Estado, 58% da população da Região Metropolitana

de São Paulo e 6% da população brasileira. Altamente urbanizada (taxa de

urbanização/2005 é de 92,5%), divide-se em 5 macro-regiões: Norte, Sul, Centro,

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Leste e Oeste. As macro-regiões comportam 31 subprefeituras que administram 96

distritos.

Segundo o Atlas do Desenvolvimento Humano do Ipea, 2003, a pobreza

aumentou em São Paulo entre 1991 e 2000. Medida pela proporção de pessoas com

renda familiar per capita inferior a R$ 75,50 (equivalente à metade do salário mínimo

vigente em agosto de 2000), a proporção de pobres no município passou de 8%

para 12% da população, representando um crescimento de 50%. Ainda de acordo

com o Atlas, a distribuição de renda tem piorado no município. O Índice de Gini para

a cidade de São Paulo, que mede sua desigualdade social, passou de 0,56 em 1991

para 0,62 em 2000.

Definir com precisão quem necessita de maior ou menor proteção, no cenário

sócio, econômico e ambiental da cidade de São Paulo, é um desafio. A atual gestão

da SMADS promoveu um salto de qualidade neste sentido: adotou como nova

referência para a focalização das ações o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social –

IPVS, elaborado pela Fundação Seade e publicado em 2004. O IPVS é um indicador

espacial, baseado no Censo de 2000 do IBGE, que divide o território de todos os

municípios do Estado de São Paulo em áreas geográficas (manchas), segundo o

grau de fragilidade das famílias que vivem nestes espaços. Por meio de métodos

estatísticos foram gerados seis grupos de graduação de vulnerabilidade, tornando

possível delimitar no espaço as áreas de concentração de famílias mais vulneráveis,

identificadas pelos IPVS 5 e 6. Entende-se como vulnerabilidade social:

“..., a vulnerabilidade de um indivíduo, família ou grupos sociais refere-se à maior ou

menor capacidade de controlar as forças que afetam o seu bem estar, ou seja, a posse ou controle

de ativos que constituem os recursos requeridos para o aproveitamento das oportunidades

propiciadas pelo Estado, mercado ou sociedade (Katzman, 1999). Assim, a vulnerabilidade à

pobreza não se limita em considerar a privação de renda, central nas medições baseadas em linha

de pobreza, mas também a composição familiar, as condições de saúde e o acesso a serviços

médicos, o acesso e a qualidade do sistema educacional, a possibilidade de obter trabalho com

qualidade e remuneração adequadas, a existência da garantias legais e políticas.

Por exemplo, a simples condição de família monoparental, com crianças pequenas e

chefiada por uma mulher, não a torna necessariamente vulnerável, mas a combinação desta

situação com a baixa escolaridade da chefe configura uma situação de vulnerabilidade social,

uma vez que os recursos cognitivos possuídos por essa família podem ser insuficientes para lhe

garantir níveis adequados de bem estar, expondo-a, assim, a riscos variados como agravos à

saúde, à violência e à pobreza”.1

1 IPVS –Índice Paulista de Vulnerabilidade Social – Espaços e Dimensões da Pobreza nos Municípios do Estado de São Paulo

– Metodologia. Fundação Seade / Secretaria de Economia e Planejamento – Governo do Estado de São Paulo

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O Índice Paulista de Vulnerabilidade Social revelou no município de São

Paulo a existência de cerca de 337 mil famílias em situação de alta vulnerabilidade

social, a grande

maioria moradora

nos bairros mais

periféricos da cidade,

totalizando 1.345.000

pessoas, o

equivalente a 13% da

população

paulistana. Ao

mesmo tempo, nos

bairros mais centrais,

revelava-se a

urgência de

responder às

necessidades da

parcela da população

encontrada em

diferentes situações

de rua.

As informações do

IPVS são detalhadas

por setor censitário (agrupamentos contíguos de aproximadamente 300 domicílios).

O resultado da identificação de setores censitários com perfis semelhantes em

termos de condições socioeconômicas e ciclo de vida familiar gerou uma tipologia

com seis grupos distintos. Essa escala identifica setores que agregam populações

com diferentes níveis de carências socioeconômicas e estrutura etária.

Em termos concretos, qualquer ação destinada às famílias e pessoas em

situação de vulnerabilidade social, deve ter como princípio a proteção social

preventiva e o apoio para fortalecimento de suas relações familiares, comunitárias e

a emancipação social. De uma maneira geral, essas pessoas têm uma série de

características em comum: baixíssima renda, péssimas condições de moradia e

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acesso precário à rede de serviços públicos como educação, justiça, saúde e

saneamento.

1.2 Identificação dos serviços prestados

O Programa Ação Família – viver em comunidade tem como público-alvo

famílias residentes nos setores censitários de alta e muito alta vulnerabilidade social

(IPVS - grupos 5 e 6). Há que se levar em conta que a grande concentração de

famílias com estas características num mesmo território as tornam ainda mais

vulneráveis contribuindo para a permanência dos padrões de desigualdade social e

reprodução da pobreza. Neste sentido, paralelamente a identificação das regiões

mais vulneráveis da cidade, realizou-se o mapeamento dos serviços públicos de

educação, saúde e assistência social nestes territórios, para identificar as regiões

com maior concentração desses serviços e, dessa forma, otimizar o uso dos

recursos e equipamentos já existentes no atendimento a essas famílias. Com base

nestes critérios as áreas de abrangência do Programa foram determinadas.

Portanto, em 2006, o Programa

foi implantado em 13 distritos, em 9

Subprefeituras (Butantã, Campo

Limpo, Capela do Socorro, Cidade

Tiradentes, Freguesia do Ó,

Guaianases, M’ Boi Mirim,

Parelheiros e São Mateus). Nestes

locais, foram firmadas parcerias com

19 organizações não-governamentais, que se constituíram nos Centros de

Referência Ação Família – CRAF, que funcionam articulados as Supervisões de

Assistência Social – SAS das Subprefeituras (braço executor da política de

assistência social nos territórios da cidade) e o Centro de Referência de Assistência

Social – CRAS (serviço direto da SMADS, localizados nas SAS, que são porta de

entrada para a rede socioassistencial conveniada com a Prefeitura). No primeiro ano

a meta era atender 30.000 famílias.

Em 2007 foram conveniadas mais 25 organizações, em 16 Subprefeituras

(Aricanduva, Cidade Ademar, Casa Verde, Ermelino Matarazzo, Ipiranga, Itaim

Paulista, Itaquera, Lapa, Jaçanã/Tremembé, Jabaquara, Perus, Penha, Pirituba, São

Miguel, Vila Prudente, Vila Maria). Serão implantados também Escritórios de

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Inclusão Social / Centros de Referência Ação Família nas Subprefeituras da Sé e da

Mooca, em conjunto com o Projeto Nós do Centro2. E está prevista ainda a

implantação do Programa em mais 4 Subprefeituras: Vila Mariana, Santo Amaro,

Santana e Pinheiros, totalizando 31 Subprefeituras com famílias beneficiárias do

Ação Família. Para o ano de 2007, a meta é atender 60 mil famílias.

Por meio de visitas domiciliares foi realizado um cadastramento domiciliar

focalizado. As informações solicitadas nos questionários aplicados compõem um

conjunto de variáveis que permitem conhecer a real vulnerabilidade das famílias.

Todos os cadastros das famílias foram submetidos a um processo de classificação,

cuja metodologia estava baseada em 65 critérios sócio-econômicos. Portanto, as

famílias cadastradas passaram por um processo classificatório para que fossem

selecionadas as mais vulneráveis das áreas atendidas.

Na implantação do Programa é aplicado um formulário capaz de definir o

cenário, o perfil e as habilidades de vida das famílias participantes. Os dados

coletados subsidiam um diagnóstico que é utilizado como referência para o

monitoramento, a avaliação e planejamento das ações.

Para o desenvolvimento das atividades os temas abordados, as oficinas

selecionadas e os passeios que fazem parte do plano de ação dos Centros de

Referência Ação Família são escolhidos de acordo com a demanda dos diferentes

grupos de famílias beneficiárias. Cabe ressaltar, que apesar de existir uma

programação, as equipes são capacitadas para terem um olhar específico para as

demandas que podem surgir no momento da reunião.

Os Centros de Referência Ação Família tem uma sede localizada na sua

região de atuação, porém para que as famílias participantes do Programa não

tenham que caminhar grandes distâncias, são promovidas parcerias locais. Neste

sentido, as atividades do Programa acontecem a onde as famílias estão.

A contribuição do Ação Família - viver em comunidade para a política social

do município é a de promover a inclusão social da população mais vulnerável da

cidade, tendo como unidade de ação a família. Neste sentido, um dos seus objetivos

é promover o fortalecimento e a emancipação dos participantes por meio da

articulação da rede de serviços de assistência social, trabalho, educação, saúde,

2 Fruto de contrato firmado entre a Prefeitura e União Européia, sob coordenação da SMADS, o Projeto tem parceria com as

Secretarias Municipais do Trabalho, Cultura e Participação e Parceria, visa à inclusão social, econômica e cultural dos grupos mais vulneráveis da região central da cidade e está alinhado com as metas gerais de cooperação da CE (Comissão Européia) para a integração social na economia mundial e redução da pobreza.

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esportes, lazer e recreação, verde e meio ambiente, habitação, justiça e cultura, bem

como o acesso à informação - condições mínimas para o exercício da cidadania.

O modelo de intervenção leva em consideração as capacidades, as

experiências acumuladas e as competências dos atores participantes, de forma a

respeitar a diversidade e as particularidades dos envolvidos. A metodologia de

trabalho com as famílias é desenvolvida a partir de suas necessidades,

contemplando seus capitais humano, social e produtivo na perspectiva promocional

de direitos e deveres. Para auxiliar as famílias no enfrentamento dos desafios no seu

cotidiano, o Programa sustenta-se em três dimensões - Vida em Família, Família na

Comunidade e Vida de Direitos e Deveres. Gráfico 1: Dimensões X Eixos

Norteadores:

A estratégia do Ação Família na dimensão I - Vida em Família visa fortalecer

o capital humano, considerando os potenciais e o desenvolvimento de habilidades

por meio de acesso às informações e conhecimentos que objetivam o

desenvolvimento da parentalidade, consolidando, assim, relações de proteção, de

cuidado e de construção de valores. A dimensão II - Família na Comunidade objetiva

desenvolver o capital social, fortalecido na família e na comunidade por meio da

promoção de relações de confiança, do sentido de identidade, de pertencimento e a

articulação de redes de apoio com o objetivo de estimular a resolução de conflitos,

problemas, necessidades e inquietudes de forma participativa.

O desenvolvimento dessas duas dimensões tem como objetivo oportunizar o

direito de inserção social que promove o direito de cidadania e está presente na

dimensão III - Vida de Direitos e Deveres.

As oficinas de desenvolvimento de habilidades específicas buscam promover

a capacitação e inserção produtiva, a visão empreendedora, os arranjos produtivos e

priorizam as vocações e as demandas locais. As atividades são oferecidas para

Vida em

Família

Vida de

Direitos

Família na

Comunidade

Dimensões

saúde

educação

trabalho

ei xos temáticos

justiça

cultura, lazer e esportes

habitação

Vida em

Família

Vida de

Direitos

Família na

Comunidade

Dimensões

saúde

educação

trabalho

ei xos temáticos

justiça

cultura, lazer e esportes

habitação

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Instituído pelo Decreto n°47.124/06Portaria n°3.979/06

Instituído pelo Decreto n°47.124/06Portaria n°3.979/06

todas as faixas etárias presentes no grupo familiar: crianças, jovens, adultos e

idosos em sintonia com o objetivo de potencializarmos as ações.

Simultaneamente às dimensões e aos eixos trabalhados são disponibilizados

atendimentos individualizados para as famílias por meio de visitas mensais

domiciliares, realizadas pelos Agentes de Proteção Social, objetivando o

estabelecimento de vínculos com estas

levantamento de necessidades e

propostas de encaminhamentos.

Para aumentar a capilaridade do

Programa, tem-se a atuação dos

Agentes de Proteção Social - APS,

contratados pelas organizações

conveniadas, conhecedores da

comunidade onde atuam e escolhidos para estabelecer e manter contato com as

famílias. A partir das visitas domiciliares realizadas pelos APS, a equipe discute caso

a caso as famílias atendidas. Desta forma é possível encaminhar os participantes

com prioridade no atendimento para vagas em creches, escolas, hospitais, projetos

sociais e outros serviços. Cabe ressaltar que os participantes também serão

encaminhados empresas privadas

e organizações da sociedade civil.

Grande parte das

demandas concentra-se nas

áreas de saúde, (atendimento

psicológico, acompanhamento de

gestantes, etc.), educação

(alfabetização, creche, etc.),

atendimento jurídico e conselho

tutelar. O desenvolvimento dos

encaminhamentos é acompanhado pela equipe do CRAF, tanto no contato com a

família, como com a rede.

Visando a melhor integração das políticas sociais do município, o

fortalecimento da construção da autonomia das famílias e a promoção do

desenvolvimento local, por meio da atuação de uma rede de serviços públicos

sociais, o Programa constituiu uma Comissão Intersecretarial de Articulação,

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Secre-tarias

Sub-prefei-turas

SAS

CRAF

Famí-lias

Muni-cipes

Em-presá-rios

ONGs

Co-misão Local

responsável pela integração e articulação de estratégias intersetoriais que visam

melhorar o acesso aos serviços públicos.

Integram a Comissão Intersecretarial de Articulação as seguintes Secretarias

Municipais: SMADS como coordenadora executiva, Coordenação das

Subprefeituras, da Educação, da Saúde, da Cultura, da Habitação, do Verde e Meio

Ambiente, Especial de Participação e Parcerias, Especial da Pessoa com Deficiência

e Mobilidade Reduzida, do Trabalho, do Esportes, Lazer e Recreação e a Comissão

de Direitos Humanos.

Outro espaço privilegiado para essa articulação é a Comissão Local, presente

nos territórios e compostas por equipes das Supervisões de Assistência Social –

SAS e dos Centros de Referência de Assistência Social – CRAS, CRAF,

representantes de creches, UBS – Unidade Básica de Saúde, escolas, Conselhos

Tutelares, Centros de Convivência Intergeracional, subcomissão

do COMAS – Conselho Municipal de Assistência

Social, ONGs e lideranças locais.

Mensalmente, essa Comissão se reúne com o

objetivo de apresentar relatos sobre os

atendimentos e situação das famílias

beneficiárias, levantar e consolidar as

demandas, planejar e viabilizar ações. Esta

instância é articulada nos territórios das

Subprefeituras, buscando alternativas para a

realização dos encaminhamentos necessários, de

acordo com as demandas das famílias atendidas.

1.3 Canais de relacionamento com os usuários

Para o lançamento do Programa Ação Família – viver em comunidade no

município foram preparados materiais de divulgação com diferentes objetivos. Uma

cartilha explicativa com ênfase na metodologia e procedimentos de implantação, um

folder de divulgação geral e fácil entendimento e um cartaz sobre o Programa.

Além disto, o Programa possui um sitio na internet:

www.acaofamilia.prefeitura.sp.gov.br onde são disponibilizadas notícias,

informações a respeito das atividades desenvolvidas pelos diferentes Centros de

Referência Ação Família, telefones e endereços para contato e outras informações

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que podem ser interessantes para a população. Há também um fórum para os

trabalhadores sociais dos CRAFs discutirem temas de seu interesse.

No ano de 2007 os canais de comunicação do Programa com a sociedade

ampliaram muito, fizemos uma capacitação com a equipe

do atendimento do 156 para que a população tivesse

acesso as informações. Lançamos a primeira edição da

Revista do Programa Ação Família – viver em

comunidade, com objetivo de divulgar as ações e

estratégias desenvolvidas durante o primeiro ano de

implantação do Programa.

Há, portanto, matérias que abordam todos os

pilares do Ação Família, como por exemplo, a Comissão Local, a Comissão

Intersecretarial, além de ter depoimentos das famílias atendidas no Programa, dos

Agentes de Proteção Social, dos gerentes de CRAFs e coordenadores de

Secretarias.

Em fevereiro do mesmo ano,

realizamos o lançamento do caderno

Quem Somos – fatos e relatos, fruto da

parceria entre o Programa Ação Família –

viver em comunidade e o Centro de

Estudos e Pesquisas em Educação,

Cultura e Ação Comunitária – Cenpec.

Trata-se de uma publicação elaborada por

24 famílias da zona norte e oeste, atendidas pelo Programa Ação Família – viver em

comunidade.

Para a elaboração do caderno, as famílias da Brasilândia e Rio Pequeno

participaram de oficinas de Investigação Cartográfica, Arte, Leitura, Comunicação

Oral e Escrita. A publicação também traz nove cartas dos 19 Agentes de Proteção

Social (APS), profissionais do Ação Família e responsáveis pelo contato direto com

as famílias atendidas.

O caderno objetiva oferecer competência comunicativa para essas famílias em

situação de vulnerabilidade social, valorizando suas trajetórias pessoais, além de

produzir conhecimento sobre a potencialidade dessas comunidades, seus

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moradores e sua relação com programas e serviços públicos governamentais e não-

governamentais.

Para o segundo semestre de 2007, teremos mais dois produtos importantes: o

lançamento da segunda edição da Revista, que já traz resultados positivos que

tivemos com as famílias participantes e também notícias sobre a expansão do

Programa para as 31 subprefeituras; e o Informativo Mensal, direcionado às famílias

participantes do Ação Família. O informativo será construído com a contribuição das

diversas organizações conveniadas, dos diferentes parceiros e das famílias.

1.3 Métodos para avaliar a satisfação dos usuários

O Programa conta com um Sistema de Gerenciamento de Resultados - SGR,

informatizado, porém parcialmente homologado pela PRODAM. Sem a homologação

total, o Programa implantou um sistema alternativo de monitoramento e avaliação,

que reúne os dados necessários para o acompanhamento das ações. Este sistema

alternativo combina a aplicações de instrumentais previstos no SGR e instrumentais

de apoio, tendo sido elaborado pela coordenação do Programa Ação Família – viver

em comunidade e pelo Observatório de Política Social da SMADS (órgão

responsável por exercer a vigilância socioassistencial da política de Assistência

Social da Secretaria).

Dentre as ferramentas utilizadas pelo Programa, há o Formulário de Avaliação

do Programa pelo usuário (denominado: F7) que é aplicado às famílias nas reuniões

socioeducativas ou visitas domiciliares, com periodicidade estipulada, e tem como

objetivo avaliar a satisfação do usuário. No primeiro semestre de 2007 foi realizada

leitura estatística de uma amostra dos F7 aplicados para avaliar as diferentes ações

do Programa.

1.4 Promoção da transparência e do controle social

As Comissões Locais são a instâncias de controle social, no território, do

Programa. Têm como objetivo fortalecer a participação e mobilização da sociedade

civil e representantes locais nos temas relacionados à família. Suas ações estão

voltadas para promoção da autonomia, co-responsabilidade, engajamento,

cooperação, circulação de informação e controle social. As Comissões Locais

realizam encontros periódicos de acordo com as necessidades identificadas por

seus membros. As Comissões Locais estão presentes nas 09 Subprefeituras, nas

quais o Programa foi implantado em 2006, realizando reuniões quinzenais e são

coordenadas pela SAS. Para a integração e articulação dos diversos órgãos do

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poder público local e da sociedade civil é importante a presença de representantes

da Coordenadoria de Assistência Social, do Centro de Convivência Intergeracional,

da Educação, da Saúde, do Esporte, da Cultura, do Conselho Tutelar, das

subcomissões do COMAS, do Poder Judiciário, de organizações e lideranças locais,

dentre outros. No nível secretarial, a Comissão Intersecretarial de Articulação

desempenha o mesmo papel.

2. Pessoas

2.1 Formas de avaliação do desempenho, reconhecimento e incentivo para

atingir resultados

Mais de 600 pessoas estão envolvidas na execução – direta e indireta - do

Programa Ação Família – viver em comunidade. Tal complexidade exige o

monitoramento permanente. Periodicamente são realizados encontros entre todos os

atores envolvidos no Programa, de modo a manter a comunicação e o padrão

adequado das ações. Além disso, as equipes da SMADS e das SAS realizam visitas

técnicas periódicas aos CRAFs, de modo a avaliar o andamento das atividades e

oferecer apoio técnico para a solução dos problemas que venham a ocorrer.

Cabe destacar que durante os meses de janeiro e fevereiro deste ano, a

Coordenação do Programa promoveu uma ação para a avaliação das ações

ocorridas em 2006 e o planejamento das ações e das metas para o exercício de

2007. O objetivo dessa avaliação foi contribuir para o aprimoramento da metodologia

do Programa Ação Família, de forma a identificar “pontos de estrangulamento e

potencialidades” que contribuam para aperfeiçoamento da própria implementação de

novos CRAFs e o alcance dos resultados esperados, no marco da política de

assistência e desenvolvimento social desenhada por esta Secretaria.

Para tanto, foram realizadas oficinas de avaliação com os principais atores

envolvidos com a implementação do Programa, tais como: supervisoras de SAS,

coordenadoras de CRAS, gerentes e técnicos de CRAFs, Agentes de Proteção

Social, famílias, Comissão Intersetorial, além de toda equipe de SMADS.

Os principais pontos avaliados como essenciais para o bom desempenho do

Programa foram: comunicação entre os diversos atores, a efetivação da

intersetorialidade, o acompanhamento e monitoramento das ações desenvolvidas

pelo CRAF, a capacitação dos atores envolvidos e a seleção do público-alvo. Deste

modo, estes pontos levantados serviram de subsídio ao planejamento das atividades

para o ano de 2007, que já estão em andamento.

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2.2 Capacitação e desenvolvimento dos servidores para executar os serviços

Todas as ações de capacitação do Programa Ação Família - viver em

comunidade são estruturadas pela Coordenação do Programa, pela Coordenadoria

de Proteção Social Básica e pela Coordenadoria de Gestão de Pessoas, por meio

do Espaço Público do Aprender Social3 da SMADS.

No primeiro ano de implantação do Programa, foi realizada uma capacitação

para os profissionais envolvidos com o Ação Família, na qual foram abordados

aspectos teórico-metodológico-práticos do trabalho com famílias e comunidades.

Como dito anteriormente, além da capacitação inicial, o Programa visa

proporcionar uma formação continuada para todos os atores envolvidos -

SAS/CRAS/CRAFS. Sendo assim, foram realizadas capacitações e oficinas de

acompanhamento com as Supervisoras e Técnicas responsáveis pelo Programa, a

fim de construir um espaço para que a comunicação entre o Programa e as SAS

envolvidas adquira uniformidade e garanta a unidade conceitual, metodológica e

estratégica do Programa. Também se constitui como uma oportunidade de troca de

informações entre as diferentes áreas, podendo contribuir muito com a busca de

soluções locais e fortalecimento das ações.

Os temas das capacitações realizadas, em 2006, foram: Trabalho Sócio-

Educativo, a Visita Domiciliar, Violência Doméstica e uma Sensibilização sobre a

questão dos Idosos e das Pessoas com Deficiência. As equipes dos CRAFs e das

SAS participaram também de uma capacitação do material Família Brasileira

Fortalecida, fruto de uma parceria entre a SMADS, com a UNICEF e o Instituto Wall

Market. Esta capacitação buscou proporcionar uma reflexão das competências

familiares relacionadas às crianças de 0 a 6 anos de idade, como forma de

instrumentalizar a equipe do CRAF nas visitas domiciliares.

Já, no ano de 2007, os Agentes de Proteção Social do Programa Ação

Família - viver em comunidade, da Secretaria Municipal de Assistência e

Desenvolvimento Social (SMADS), participaram do processo de formação temática

ambiental para atuar na preservação do meio ambiente. Esta ação faz parte do

Projeto Ambientes Verdes e Saudáveis, uma iniciativa integrada da Secretaria

Municipal do Verde e do Meio Ambiente, SMADS e Secretaria Municipal da Saúde,

3 O ESPASO - Espaço Público do Aprender Social é o centro de formação da SMADS, iniciativa pioneira voltada para a construção coletiva do conhecimento para servidores públicos e trabalhadores das organizações sociais parceiras, conselheiros municipais e estagiários que atuam na área socioassistencial. Além do Núcleo Pedagógico e do Núcleo de Cooperação Técnica, o ESPASO mantém o Centro de Conhecimento da Assistência Social (CECOAS), que atua na captação e disseminação de todo conhecimento produzido na área. Seu acervo atual é composto por 10.411 livros, 150 títulos de periódicos, 6.547 documentos e relatórios técnicos, 38.475 imagens, 377 vídeos, hemeroteca legislativa com 3.677 artigos. Em 2006, o acervo foi atualizado, com a aquisição de 164 novos títulos, viabilizado pelo acordo de cooperação técnica entre a SMADS e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

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com o apoio do Ministério da Saúde e do PNUMA (Programa das Nações Unidas

para o Meio-Ambiente), entre outras instituições internacionais, organizações não-

governamentais e universidades para sua implementação.

O objetivo desta capacitação é que os agentes possam reconhecer e abordar

em suas atividades as questões sócio-ambientais relacionadas à saúde e ao

desenvolvimento social, propor políticas que promovam ações integradas entre as

áreas e mobilizar a população para participar, no nível local, da gestão integrada e

do controle social da agenda de saúde, ambiente e desenvolvimento social.

Em setembro de 2007, as novas equipes, das novas organizações

conveniadas (os CRAFs) participarão do Programa de Capacitação Ação Família,

para serem subsidiadas com informações conceituais, metodológicas, operacionais

e práticas, que podem ser usadas no dia-a-dia de trabalho com as famílias

beneficiárias. Além disso, a Coordenação do Programa vem promovendo

periodicamente os encontros Diálogos em Ação, em parceria com o Espaço Público

do Aprender Social. Nesses encontros, especialistas de áreas e temas afins com o

Programa, realizam palestras para as equipes das SAS/CRAS e dos CRAF.

2.3 Organização dos trabalhos e da equipe para estimular o melhor

desempenho

A Coordenação do Programa na SMADS é responsável por planejar,

diagnosticar, normatizar e traçar as diretrizes metodológicas, garantindo a unidade

entre todas as instâncias do Programa. Além disso, cuida dos Programas de

Capacitação e de todos os processos relativos a ampliação. Outra forte ação da

Coordenação é articulação com os representantes das demais secretarias parceiras.

É a instância articuladora responsável por garantir que o Programa aconteça em

todas as regiões.

Os CRAF são as instâncias executoras do Programa nos territórios. Existem

CRAFs que atendem 1050 famílias e CRAFs que atendem 450 famílias. As equipes

são compostas conforme o quadro abaixo:

Quadro de Recursos Humanos do CRAF

CRAF COM

1050

FAMÍLIAS

1 Gerente de Serviços

2 Técnicos (Assistente Social e Psicólogo)

7 Agentes de Proteção Social

1 Auxiliar Administrativo

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CRAF COM

450 FAMÍLIAS

1 Gerente de Serviços

1 Técnico (Assistente Social ou Psicólogo)

3 Agentes de Proteção Social

1 Auxiliar Administrativo

Os CRAF são acompanhados e monitorados pela SAS/CRAS, que executam

a Supervisão e Orientação Técnica e Financeira do serviço prestado.

2.4 Fatores que afetam a motivação, a satisfação, a valorização e o bem-estar

dos servidores

Os fatores que interferem na satisfação da equipe são sempre foco de

atenção da Coordenação do Programa. Há reuniões semanais da equipe, em que as

demandas e problemas são identificados. As soluções são estruturadas de maneira

coletiva e sempre compartilhadas com as demais áreas da SMADS.

2.5 Mecanismos para incentivar a participação e o envolvimento dos servidores

A internet e o portal colaborativo do Programa servem como um bom canal de

comunicação, possibilitando que as boas práticas sejam sempre destacadas. São

promovidos, ainda, encontros regionais, que visam promover a troca de experiências

entre as equipes dos CRAFs, das SAS e da SMADS.

O Programa conta também com uma proposta de capacitação continuada,

estruturada de acordo com as necessidades detectadas pelas equipes executoras.

3. Processos

3.1 Identificação dos principais processos e de seus objetivos

Os principais processos de trabalho da equipe do Programa Ação Família –

viver em comunidade são:

1. Normatização e definição das diretrizes do Programa, de acordo com os

princípios e diretrizes do SUAS: conjunto de ações que garantam a unidade

conceitual, metodológica e operacional do Programa em todas suas

instancias de execução e por toda a cidade;

2. Alinhamento com as SAS e com os CRAFs: conjunto de atividades voltadas

para o constante aprimoramento das ações desenvolvidas pelos executores

do Programa;

3. Estabelecimento de ações e parcerias intersecretariais: conjunto de ações de

fomento e efetivação de parcerias intersecretariais que possam promover o

atendimento integral ao cidadão.

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4. Estabelecimento de ações e parcerias com instituições, fundações e outras

organizações da sociedade civil: conjunto de ações de fomento e efetivação

de parcerias que possam oferecer diversos benefícios as famílias do

Programa.

5. Monitoramento, avaliação e divulgação das ações: conjunto de ações para a

obtenção dos resultados de ação e posterior divulgação do Programa.

3.2 Mecanismos de controle e medição do desempenho dos resultados dos

processos

Como dito anteriormente, a equipe desenvolveu um planejamento para o ano

de 2007. Para cada um dos processos, foram detalhados atividades, metas e

prazos, acompanhados periodicamente pela equipe.

3.3 Desenvolvimento de parcerias

Buscando consolidar o desenvolvimento das ações integradas, a SMADS se

empenha em oficializar pactos intersecretariais com as Secretarias parceiras que

estabelecem as responsabilidades das pastas municipais no atendimento às famílias

beneficiárias. Foram assinados pactos intersetoriais com as secretarias do Verde e

Meio Ambiente, Trabalho e Comissão Municipal de Direitos Humanos, por meio das

seguintes portarias: Portaria Intersecretarial nº12 SMADS/SVMA/2007, de 24 de

maio de 2007; Portaria Intersecretarial nº13 SMADS/CMDH/2007, de 5 de julho de

2007; Portaria Intersecretarial nº16 SMADS/SMTrab/2007, de 09 de agosto de 2007;

Outros Pactos estão em andamento: Saúde, Educação, Cultura, Esportes,

Coordenação das Subprefeituras; Estes pactos estabelecem compromissos e

responsabilidades das Secretarias parceiras na operacionalização do Programa.

Todas as propostas estabelecidas determinam que a operacionalização dos

pactos firmados se dá por meio da articulação local, que deverá ser executada pelas

Comissões Locais em conjunto com os CRAF. Dessa forma, cada localidade deverá,

sob a Coordenação de sua Comissão Local, formular um plano de ação, que dê

conta das determinações estabelecidas pelos pactos intersecretariais.

As parcerias estabelecidas pelos CRAFs tornaram-se fundamentais para a

consolidação da implantação do Programa nos territórios. Todos os CRAF acabaram

por priorizar uma estratégia que se mostrou bastante exitosa: a parceria para

obtenção de espaços próximos às moradias das famílias, para reuniões e outras

atividades. Assim, para além da sede do CRAF – referência territorial do Programa –

o Ação Família está presente em escolas, organizações religiosas, UBS,

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associações de bairro, dentre outros. O gráfico a seguir mostra o total de espaços

disponibilizados em 2006 para as atividades do Programa, divididos de acordo com

suas especificações.

Espaços ocupados pelos CRAF no território

23%

1%

1%

16%

4%6%5%

26%

14%4%

Associação de bairros Clube esportivo Escola particular

Escola pública Iniciativa particular Núcleo sócio-educativo

ONG Religioso Sede do CRAF

Serviço público

FORAM AO TODO, ATÉ AGORA, ESTABELECIDAS MAIS DE 250 PARCERIAS

EFETIVAS NO NÍVEL LOCAL, QUE POTENCIALIZA A AÇÃO DO PROGRAMA

3.4 Uso eficiente dos recursos disponíveis, incluindo o orçamentário

Os recursos financeiros disponíveis vêm das fontes municipal, estadual e

federal. O orçamento para o Programa é elaborado anualmente. A previsão do

orçamento para 2008 já foi realizado e aprovado pelo COMAS, garantindo a

expansão do Programa.

Os recursos para a execução do Programa são repassados para as

organizações conveniadas, que realizam mensalmente a prestação de contas junto

às SAS, de acordo com as diretrizes legais existentes.

4. Resultados

4.1 Resultados dos principais indicadores de desempenho e uso de

informações comparativas

- Benefício para as famílias

§ As famílias já conseguiram gerar renda com os produtos confeccionados nas

oficinas;

§ Ampliação do universo dos participantes e descoberta de novas habilidades;

§ Espaço privilegiado para reflexão, debates e socialização;

§ Apoio das lideranças locais para o desenvolvimento das ações;

§ Mobilização da rede para o atendimento às famílias e desenvolvimento local.

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- Números do Programa

§ 31.800 mil famílias selecionadas

§ 76% de famílias participantes

§ 77% famílias beneficiárias dos Programas de Transferência de Renda

§ 600 profissionais envolvidos

§ 1905 vagas em diferentes processos de capacitação/total de 289 horas

§ 9 Comissões Locais constituídas nas 9 subprefeituras

§ 3 Pactos Intersecretariais assinados e 5 pactos em andamento

§ 250 parcerias locais estabelecidas.

A análise comparativa entre dos índices obtidos no início de sua participação

no Programa e depois de um ano, demonstram uma melhora das condições de vida

das famílias, conforme a tabela abaixo.

Início de participação no

Programa

Depois de 1 ano de participação

no Programa

Famílias com adultos sem documentação mínima necessária (%) 9,9 7,2

Famílias com crianças, adolescentes ou jovens não registrados (%) 3,2 2,8

Famílias com crianças que não fazem acompanhamento nos serviços de saúde (%) 16,0 15,0

Famílias com integrantes que não fazem acompanhamento nos serviços de saúde (%) 28,7 24,3

No âmbito da situação de renda, pôde-se perceber um aumento do percentual

de integrantes que possuem alguma renda e, ao mesmo tempo, a queda nos índices

de famílias em que nenhum morador tem renda.

16,8

76,8

13,2

83,3

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

Iníc

io d

apa

rtic

ipaç

ãono

Pro

gram

a

Dep

ois

de 1

ano

depa

rtic

ipaç

ãono

Pro

gram

a

Situação de Renda dos Integrantes da Família

Nenhum morador tem renda

Alguns moradores têm renda

Avaliação da Satisfação dos Usuários: Estudo F7 – Realizado no 1º Semestre

de 2007

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Com o estudo realizado com as famílias beneficiadas, percebemos a

satisfação das mesmas com as ações do Programa. Este ciclo de avaliação permitiu

identificar os pontos fortes e os pontos que necessitam de atenção. Sobretudo,

apontam que estamos no caminho certo, rumo a promoção da transformação social

destas famílias.

Muito satisfeito

/ Satisfeito Insatisfeito Não sei Total Como você e sua família se sentem em relação ao programa? (%) 89,3 2,7 8,0 100,0 Qual a sua opinião sobre convites para as reuniões ou encontros? (%) 96,2 1,8 6,0 100,0 Qual a sua opinião sobre os tratamentos recebidos da equipe do CRAF? (%) 90,2 0,5 9,2 100,0 Qual a sua opinião sobre a organização durante as atividades? (%) 80,0 1,8 18,2 100,0 Qual a sua opinião sobre a distância entre sua casa e o local das reuniões? (%) 86,2 6,1 7,7 100,0 Qual a sua opinião sobre os temas discutidos nas reuniões ou encontros? (%) 81,3 2,2 16,5 100,0

As visitas domiciliares foram muito bem avaliadas (BOM - 93% dos

entrevistados). As famílias encontram nas reuniões momentos de acolhida e escuta

e se sentem satisfeitas com os Agentes de Proteção Social. Segue o Gráfico que

resume essa indicação.

Qual é a sua opinião sobre as visitas domiciliares? (%)

93%

3% 0% 4%

Bom

Regular

Ruim

Não sei

Com este estudo, pode-se perceber que grande parte das famílias

entrevistadas já utilizam as informações recebidas na sua família.

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Você utiliza as informações recebidas através de sua participação no Ação Família no seu dia-a-

dia? (%)

76%

12%12%

Sim

Não

Não sei

Você acha que teve mudanças em sua vida por participar do programa? (%)

66%2%

23%

9%Sim, positivas

Sim, negativas

Não

Não sei

Os índices negativos apontam focos de atenção para a Coordenação do

Programa, que devem ser avaliados, aprimorados ou corrigidos, para que o Ação

Família – viver em comunidade alcance os objetivos propostos.

4.2 Identificação de melhorias nas práticas de gestão e disseminação do

conhecimento

As publicações do Programa Ação Família – viver em comunidade tem o

objetivo de disseminar o conhecimento construído pelo Programa. Além disso, o

Portal do Programa foi homologado pela PRODAM e começa-se a construir um

Fórum Virtual para a construção da Comunidade de Aprendizagem do Ação Família.