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PROGRAMA BASE RECUPERAÇÃO E REFUNCIONALIZAÇÃO MOINHO DO BISPO | MONTEMOR O NOVO
ApresentaçãoEspaços Zonadeacolhimentodosvisitantes LojadoNúcleoMuseológico CentroInterpretativoSaladoMundoRuralSaladeExposiçãodelongaduração|Permanente NúcleoMuseológicodaMoagem SaladaEvoluçãoTecnológicaSaladeExposiçãodecurtaduração|TemporáriaGaleriadeEstudosSaladeDocumentação|EspólioDocumentalEspaçoOficinas ForjaeCarpintaria SalaAbertaÁreadeReservasÁreadeAcolhimentodeObjectos TriagemdosObjectos TratamentodoEspólioSecçãoAdministrativaNúcleosdeInvestigaçãoServiçoEducativoAtelier|SalaMultiUsosOrganigramadeacessosConservaçãoeRestauro LinhasGeraisEspólioEtnográficoeEspólioInustrial
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1010101112121313141516171717
ÍNDICE
MetodologiadeIntervençãoConsideraçõesFinaisAlojamentosInstalaçõesTécnicasBar/Restaurante/EsplanadaÁreadeExpansãoArranjosExterioresAcessoseEstacionamentoDemoliçõeseLimpezasModelaçãodoTerrenoDrenagemePavimentosTécnicadeEngª.Biofísica(TEB)PlantaçõeseSementeirasInfra-estruturaseEquipamentosPlanodeManutençãoAnexosOrganigramadeEspaçosZonaAnfiteatroZonaMultiusosZonaPiscinaFluvialFichaTécnica
181819192020212222232324242525262728293031
ÍNDICE
OcomplexodoMoinhodoBisporepresentaumamaisvaliamuitosignifificativaparaaidealizaçãodoprojectomuseológicodoRioedaMoagem,cujalinguagemsugeresimbiosesentreadimensãofuncio-nal(funções)eespacial(instalaçõesquesepretendemmantererecuperar).Opatrimónioarquitectónicointegradoeacircunscriçãodos testemunhosemrelaçãoaoespaço fisico fomentamumareconversãoprogramáticain locu nosentidoemqueoprojectodemusealizaçãoésubmetidoaumprocessodeadap-taçãoaoespaçoquepassaaintegraroacervodomuseu.Nãoobstante,oconceitodesitu pressupõe,paraalémdapatrimonializaçãodostestemunhosculturais,aintegraçãodopatrimónioedificado,naturalepaisagístico.Sendoomuseu,umespaçoprivilegiadoparaaconservação,estudoeperpetuaçãodaculturamaterial,osconteúdosexpositivosvisammostrarcomopodemestas instituiçõesestabeleceraligaçãoentreainstituiçãopropriamenteditaeaComunidadequerepresenta.Nestesentidopretende-seacriaçãodeumespaçodedivulgaçãoeconsolidaçãodasnarrativasdeconstruçãoidentitária.Avisãodasraízesculturaisdefinidaserepresentadasnumespaçomuseológico,éimportanteprincipalmenteparao“visitante”pois,cadavezmaissevivesobreainfluênciadosparticularismosnacionais,regionaiselocais.Daraoportunidadeaosactoressociaisde“conviverem”comoseupassado,comassuahistóriae/oucomassuasraízes,édarsimultaneamenteaoportunidadedesereavivaremmemóriassociaiseculturaisedeseaprender,oureaprender,agostardedeterminadopatrimónio.Entenderosobjectos,éentenderasuafunçãosimbólicaaceiteeincorporadapelasComunidades.Umaactividadeexpositivadestecarizfuncionacomoummeioeficazdeprojecçãosócio-cultural. Dopontodevistaconceptual,oprojectoaquiapresentadodefine-secomoumimportanteapa-relhonaprojecçãodepatrimóniosculturaiseconservaçãodamemóriacolectivadomoinho.Centradonavalorização,divulgação,perpetuaçãoedesenvolvimentoda“históriadomundorural”nosentidodeperpetuaramemóriadolugar,define-secomoumaintervençãoculturalajustadaàsrealidadesdaregiãonosentidodeinfluircontraadescaracterizaçãoidentitáriadascomunidadesbeneficiárias.
APRESENTAÇÃO
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ZONADERECEPÇÃODOSVISITANTES
Espaçopolivalentederelacionamentopúblicoondeseencontraabilheteira,informaçãorelativaaoacervoe funcionamentodoNúcleoMuseológico,serviçosdeapoioaovisitante(telefone,acessoàinternet).Define-secomoumaáreadefluxodosvisitantesumavezqueestespodemacederàsdemaisinstalaçõesdoNúcleo–espaçodedistribuiçãoquemarcaumapassagemparaoespaçocontroladodomuseu–salasdeexposiçãopermanente,exposiçãotemporária,espaçospedagógicosbemcomoàáreacomercial.
ESPAÇOS
2
Pequenopontodevenda.Espaçodedivulgaçãoemerchandisingdeproduçõesregionais,souvenirs,publicações,artigoscientíficos,catálogosdeintervençãoartísticaeprogramaçãocultural.Integrarámate-rialinformativoepromocionalrelativoaoConcelho.
LOJADONÚCLEOMUSEOLÓGICO
3
Pretende-sequeseconstituacomoumespaçodedivulgaçãoesensibilizaçãoparaatemáticadaágua.Umpólodinamizadordecarácterpedagógicoquepropõeainterpretaçãodapaisagematravésdeintervençõesdecarizmultidisciplinar,quepromoveaconsciencializaçãoambiental. Surgeassimanecessidadedeconservareafirmarnamemóriacolectivaasparticularidadescul-turaisdouniversopopularfaceásmudançasetransformaçõessociaisquereflectemauniformidadecul-turaldasociedademodernaeaconsequentedespersonalizaçãoculturalesocialdoRioAlmansor. Pretende-se(re)direccionaropólodeatençõesparaoRio,procederàsua(re)apropriaçãoatravésdaaproximaçãodasmemóriasdolocalcomolocal.Paratal,oCentroInterpretativodispõedematerialinformativoemsuportegráfico(painéis),aúdioevídeo,numaperspectivadeaproximaçãoaopatrimóniomaterial. Estará ainda disponível ao público informações relativas ao funcionamento do Centro e aosecopercursosdefinidosnasmargensdorio.
OCentro Interpretativodesenvolveráa suaacçãonoâmbitodas competênciasdefenidasemarticulaçãocomoServiçoEducativodoNúcleoMuseológiconumaperspectivadecomplementaridade.
CENTROINTERPRETATIVODORIO
4
Sugere-se uma abordagem conceptualmente estruturada pela perspectiva da preservação deelementos do património cultural material - espólio etnográfico relacionado com o quotidiano rural dacomunidade-eelementosdopatimónioimaterialfixadosemtestemunhosdatradiçãooral-receitasgas-tronómicas,cantigasdetrabalho,etc. Surgeassimanecessidadedeconservareafirmarnamemóriacolectivadacomunidadesparticu-laridadesculturaisdouniversopopular,nosentidodepromoverareaproximaçãoidentitáriadosindivíduosqueserevêmsocialmenteenraízadosnumadimensãoruralizada.
SALADOMUNDORURAL
5
NÚCLEOMUSEOLÓGICODAMOAGEM Propõe-seadoptarumadinâmicaexpositivaquepermitaaexistênciadeváriosníveisdeinforma-çãodisponível,demodoapromoveroalargamentodepúblicoefaixasetárias. ONúcleoMuseológicodaMoagemintegraumaáreasignificativadopiso0eumasalapiso1.Osconteúdosexpositivosfixosserãoacompanhadosdeinformaçãográficarelativaaotestemunho,ounamedidadopossível,deinformaçãoemsuportevisual(desenhostécnicosem3D),deregistoaúdiodememóriasfixadaspelatradiçãooraldosagentesdacomunidade,deformaadisponibilizarumníveldeinformaçãomaisdetalhadodoespólio. Dopontodevistaconceptual,amusealizaçãodosengenhosdamoagemeapatrimonializaçãodetestemunhosindustriaisenvolveoprocessodereconhecimentoereapropriaçãodebensculturaisporpartedacomunidade.Pretende-seproporcionaraovisitanteumapanorâmicacontextualsobreaherançaculturaldaindustrializaçãodamolinologianoConcelho.
SALADEEXPOSIÇÃODELONGADURAÇÃO|PERMANENTE
6
Integradanaestruturadecarácterpermanente,estasalapermiteaovisitanteteracessoaoavançotecnológicoassociadoaoprocessodeindustrializaçãodaactividademoageira.Oconteúdodostestemun-hossugereumalinhaexpositivadeíndoletecnológicaassociadaàmodernizaçãodosistemamoageiro.
SALADAEVOLUÇÃOTECNOLÓGICA
7
Asmemóriasfixadasnoespaçofísicoeascaracterísticasdomesmoremetemparaumainterven-çãodecarácterciclíco.Destemodo,asexposiçõestemporáriasalémdecontribuiremparaarenovaçãocénicadoespaço,constituem-secomoagentespromotoresdeactividadesculturaisdiversificadas,per-mitindoarenovaçãoedinamizaçãodopotencialdoNúcleoatravésdenovosdiscursos. Actuacomoumespaçodecomplementaridade,umaextensãodaplataformadeinvestigação,dosAteliersedoServiçoEducativo.
SALADEEXPOSIÇÃODECURTADURAÇÃO|TEMPORÁRIA
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Componentepúblicaquepermiteumaexploraçãomaisintensaeaprofundadadascolecçõesporpartedopúblicointeressado.AsáreasdeactuaçãodesteserviçopassampelaproduçãodeconteúdosresultadodeprojectosdeinvestigaçãocientíficaemtornodascolecçõeseacervodoNúcleo,tornando-asmaisdisponíveis.
SALADEDOCUMENTAÇÃO|ESPÓLIODOCUMENTAL
Esteserviçoéresponsávelpelarecolha,organização,documentação,estudoegestãodoespóliodocumentaledopatrimónioimaterial. Pretende-sequeesteespaçopossaintegrarofundodocumentalassociadoaosusossociaiseculturaisdaÁguaedaactividadeMoageira.
GALERIADEESTUDO
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FORJAECARPINTARIA Osconteúdosexpositivosestãorelacionadoscomastécnicastradicionais,nosentidodaperpetu-açãodaartedo“saberfazer”.Umaespéciedeconservatóriadasarteseofícios.
SALAABERTA
Aconvergênciadeespaçospossibilitaumconfrontodirectocomarealidadedopanoramamuseal.Umaaproximaçãoentreoqueémusealizadoeadimensãoinformaldecoabitarnoespaçomusealizado. Associadoaoperfildeoficina,deum lugardeproduçãodeobjectos,surgeanecessidadedeproporcionarumespaçoquepromovaodiálogo,oentrusamentodeideiaseaenunciaçãodeprojectosnopapel.
ESPAÇOOFICINAS
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Definidacomoumaáreaderectaguardadeacessoprivado,assume-secomoumacomponentededepósitocomenormerelevâncianomododeorganizaçãoefuncionamentodasinstituiçõesmuseológi-cas.Naprogramaçãomuseológica,areservarepresentaoespaçoondeculminaoprocessodemovimen-taçãodostestemunhospodendoestesnoentantotornar-se,atravésdoseupotencial,objectospassíveisdeintegrarexposições Nãoobstante,osespaçosdereservasimplicamcertascondiçõesdeordemfísicaeclimáticaqueexigemespaçosdecirculaçãoearendibilizaçãodaáreadereserva,pressupondoqueainstalaçãodosobjectosrespeiteoscritériosdeorganizaçãoemfunçãodanaturezadosmesmosemlocaisalheiosaosfactoresdedegradação.
ÁREADERESERVAS
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TRIAGEMDOSOBJECTOS Estasecçãodeterminaoiníciodocircuitodosobjectos.Aquiprocede-seàintegraçãoformaldostestemunhosnacolecçãodoNúcleo.Esteprocessodesigna-seincorporaçãoeantecedeafasedeinven-tariaçãodostestemunhosnaqualseprocedeàsuaidentificaçãoregistada. Naópticadacategorizaçãodostestemunhos,realiza-seaindividualizaçãodascaracteristicasquepermitemparticularizarosobjectosatravésdosinstrumentosdenumeraçãodosobjectos. Esteserviçotemaindacomofunçãomonitorizaredeterminarosfactoreseascausasdedeterio-raçãodosbensculturais,assimcomodiagnosticaredefinirmedidasdeconservaçãopreventivasadequa-das,atravésdemetodologiasespecíficas,eavaliareproporaincorporaçãodebensculturaisnoacervo,medianteinstruçãofundamentada.
TRATAMENTODOESPÓLIO A conservação surge como processo que interrompe o estado de degradação dos objectos,seguindoumalinhapreventivadosmesmos.Nestesectorprocede-seàelaboraçãodafichaclinicadosobjectos,sendoresponsávelpeladefiniçãodasnormaseprocedimentosdeconservaçãopreventivadoacervomuseológicoepeladefiniçãodasnormaseprocedimentosrelativosàconservaçãoefectivaeaorestauro. EsteserviçoéresponsávelporintervençõespontuaisdeconservaçãoerestauroefectuadasaatestemunhosqueintegremoacervodoNúcleoMuseológico. Compete-lheaindamonitorizar,coordenare realizaroacondicionamentodebensculturaisemáreadereserva,bemcomodurantequalquerprocessoqueimpliqueamovimentaçãodosobjectos.
ÁREADEACOLHIMENTODEOBJECTOS
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Espaçodeingressodecarácteradministrativo-técnico.ServiçoondesecentralizaaorganizaçãoegestãodetodaaactividadedoNíucleoMuseológico.Assumeaarticulaçãoegestão,aprogramação,acoordenação,oacompanhamentoeaavaliaçãodasactividadesdesenvolvidaspelosrestantesserviçosdoNúcleo.Serviçoresponsávelpeladefiniçãodaestratégiadoprogramamuseológicorelativamenteàssuasfunçõeseobjectivos,adefiniçãodenormaseprocedimentos,assimcomoprocederàorganizaçãologísticaeadministrativadosserviçosdoNúcleo. Sugere-sequeoenquadramento orgânico degestão museológica, promova a intervenção dacomunidadenagestãodaprogramaçãodonúcleo.SãoactoresasassociaçõeslocaiseONG’s,assimcomoarepresentaçãodasinstituiçõesdopoderlocal.Esteentrusamentopresupõenovasestratégiasdeplanificaçãoeprogramaçãodaactividademuseológica.
NÚCLEOSDEINVESTIGAÇÃO
Opapeldainvestigaçãoéfundamentalnaprogramaçãoenoaproveitamentomuseológico.Destemodo,seguindoumalinhamultidisciplinar,pretende-setraçarumaunidadedeinvestigaçãoquesees-truturaapartirdeumquestionamentosobreaculturamaterial,adoptandoumaperspectivacentradanainterfacedosocial,docultural,eartísticonainterligaçãodepesquisasetnográficascomcientíficas. Comoestratégiadedesenvolvimentotendea integraroscontributosdosprojectosquesetêmvindoadesenvolverporintermédiodeagenteseinstituiçõesdacomunidade,alargando-seemsub-áreasdeinvestigação,quegravitamemtornodopatrimóniotangíveleintangíveldoRioeActividadeMoageira.
SECÇÃOADMINISTRATIVA
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Asacçõesdestemódulo funcionalpassampelapromoçãodascompetênciassócio-educativascontribuinidoparaodesenvolvimentosocial,cultural,cognitivoeafectivodoindivíduo,fomentandoavalo-rizaçãodopatrimóniocultural.Numaperspectivadeeducaçãonão-formal,oserviçoeducativopromoveoficinas práticas dirigidas a públicos diversos; desenvolve projectos de parcerias com oAgrupamentoVerticaldeescolasdoConcelho; realizaactividadesespecificas, comcarácter regular,associadasaopatrimónioculturaldeíndolepopular;desenvolveprogramaseducativospedagogicamenteorientadosquevisamacçõesinteractivas.Também,asvisitasàsexposiçõesdoNúcleo,aosespaçospaisagísticos,osseminários, são eixos centrais na programação numa perspectiva de aproximação dinâmica à culturacomtemporânea. Oestabelecimentodeparceriasanívelnacionale internacionalcominstituiçõesquepartilhaminteressescomunsconstituioutroeixocentralnaintervençãodoServiçoEducativo. Estepóloassume-secomouminstrumentodeplaneamentoestratégicodeintegraçãodosindi-víduosnodesenvolvimentolocal.
SERVIÇOEDUCATIVO
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Espaçopolivalentequesedestinaàarticulaçãoedesenvolvimentodetrabalhospráticosnoâm-bitodasoficinasdeexpressãoeproduçãoculturaleartística. ServiçodeapoioàsacçõesdoNúcleodeInvestigação,doServiçoEducativoeacçõesdegestãoeprogramaçãomuseológica.perfila-secomoumasaladeapresentações,deseminárioseconferências.
ATELIER|SALAMULTIUSOS
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escala 1/250
Legenda
Espaços funcionais abertos ao público
Espaços funcionais condicionados ao público
piso 1
piso 0
Oorganigramaapresentadofoiesboçadotendoemcontaquesetra-tadeumareconversãomuseal,umapreexistênciadoedifícioqueoriginaumaactuaçãoqueclarificaaorganizaçãodoespaçoexistentedesignadamenteemrelaçãoàsalasdeexposiçõespermanentes.Oarranjodestesespaçosfoidesenhadoem funçãodoedificadopreexistenteeas respectivasáreasfuncionais.Destemodo,aintervençãonoâmbitodoProgramaMuseológicoencontra-se,decertomodocondicionadapeloprojectodeArquitectura,sub-metendoestasacçõesaumprocessodedesenvolvimentocontíguo. Definaram-separaoNúcleo,módulosfuncionaisabertosaopúblico(Zonadeacolhimentodosvisitantes;LojadoNúcleoMuseológico;CentroIn-terpretativo;SaladoMundoRural;SaladeExposiçãodelongaduração|Per-manente-NúcleoMuseológicodaMoagem,SaladaEvoluçãoTecnológica;SaladeExposiçãodecurtaduração|Temporária;GaleriadeEstudos;SaladeDocumentação|EspólioDocumental;EspaçoOficinas-ForjaeCarpintar-ia,SalaAberta;Atelier|SalaMultiUsos)eespaçosfuncionais,emprincípio,reservadosaopúblico(ÁreadeReservas;ÁreadeAcolhimentodeObjectos;Triagem dos Objectos; Tratamento do Espólio; SecçãoAdministrativa; Nú-cleosdeInvestigação;ServiçoEducativo).
Noplanoqueseapresenta,pretende-seasseguraronívelmínimodesatisfaçãoàsnecessidadesespecíficasdosutentescommobilidadecondi-cionada.Demodoaqueestesutentespossamvisitaroutrabalharnasinsta-lações comumconforto razoável eque sejamsuficientementeautónomospreve-se, para além do dimensionamento e caracterização adequada dosespaços,orecursoarampas,plataformaselevatóriase/ouelevador.
ORGANIGRAMADEACESSOS
16
LINHASGERAIS Estapropostaenquadra-senoâmbitodostrabalhosdemusealizaçãoerecuperaçãodoMoinhodoBispo. Napropostaserãoabrangidossumariamenteositensquedeverãoseralvodapropostatécnica:descriçãodoespólioqueseráalvodeintervençãoeenumeraçãodasetapasdoprocessodeintervençãodeconservaçãoerestauro.SerãoaindaapresentadasalgumasconsideraçõesfinaiseumresumodaPro-postatécnica.Trata-seapenasdeumaestimativa,vistonãotersidoelaboradoumestudopormenorizadodoespólioedosobjectivosdaintervençãomuseológica.
ESPÓLIOETNOGRÁFICO/ESPÓLIOINDUSTRIAL
O espólio actualmente associado ao Moinho do Bispo pode dividir-se genericamente em doisgrandesgrupos,osobjectos/mobiliáriorelacionadoscomomeioruralusoquotidiano/usonaactividademoageira (ESPÓLIO ETNOGRÁFICO) existindo actualmente 165 objectos identificados segundo umsistemaclassificatórioquecompreendequatrograndesgrupos:forja,carpintaria,moinhoehabitação.Osegundogrupocompreendeosmecanismosqueconstituemtestemunhosindustriaisdaactividademo-ageira (ESPÓLIO INDUSTRIAL) termoquenocasodapresentepropostaserveespecificamenteparareferirosengenhosdemaioresdimensõesutilizadosnasváriasfasesdaactividadedomoinho.NocasodoMoinhodoBispooengenhodemoagemeraconstituídoporcincoconjuntosdemós:quatrodelesliga-dosaosrodízioseooutromovidoexclusivamentecomrecursoaomotoradiesel.
CONSERVAÇÃOERESTAURO
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Paraaproposta énecessário efectuar umestudo profundo doobjectivo damusealização, ouseja,aintervençãodeverásercoerentecomaquiloquesepretende.Nestecaso,pretende-secriarumaexposiçãocomalgumespólioetnográficoeespólio industrialemexibiçãopermanente.Orestantema-terial ficaráemreserva.ParaalémdaintervençãodirectasobreoespólioconvémreferirquedevesergarantidaaConservaçãoPreventivaalongoprazodoacervo.Estaconsistenoconjuntodeacçõesqueagindodirectaouindirectamentesobreosbensculturaisvisaprevenirouretardaroinevitávelprocessodedegradaçãoedeenvelhecimentodestesbens.Assimreduz-seanecessidadedeintervençõescurati-vasonerosasalongoprazo.Destemododeveráserefectuadaacaracterizaçãodoedifícioeefectuaraavaliaçãoderiscosparaoespólio,tantopelasuasituaçãogeográfica,comoascaracterísticasdoterreno,definircondiçõesadequadasàiluminação,sistemasdecontrolodehumidadeetemperatura,sistemasdecontrolodepragasedepoluiçãoatmosférica,estudarsistemasdesegurançaedefinirascaracterísticasadequadasdoequipamentodeapoio.Oseguimentodestas implicaçõesdeordem técnicaasseguraacontínuaconservaçãodoespólio.
CONSIDERAÇÕESPRÁTICAS RelativamenteaoEspólioIndustrial,devidoàsgrandesdimensõeseaomauestadodossoalhosdoprimeiroandarondeselocalizapartedoespólio,poderáserinevitávelefectuarasuadeslocaçãoparaumlocalondesepossaprocederàintervençãodeConservaçãoeRestauro.Énecessárioteremcon-sideraçãoqueestatarefadeveráserrealizadaporprofissionaisassimcomonocasodesernecessáriodesmontarpartedasmáquinas.Deveráserefectuadooregistodetodasasetapas.Estaoperaçãopoderáterqueserrealizadaduranteaelaboraçãodaproposta.Nocasodenãosernecessárioefectuarnessaalturaestaoperaçãoficaoalertaparaaprobabilidadedesernecessárioremoverasmáquinasdolocalactual.NocasodeexistirdisponibilidadeporpartedoMunicípiodeMontemor-o-Novoparafacultarumlocalamplopoderáestabelecer-seumacordodecedênciade instalaçõesparaprocederaostrabalhosdeconservaçãoerestaurodoespólioindustrial.Poderiamtambémefectuar-senesselocalasrestantesintervençõesnoespólioetnográfico,ficandodestemodooespaçodoMoinhodisponívelparaodesen-volvimentodosdemaistrabalhos,vistoestaactividadenãosercompatívelcomasoutrasdevidasentreoutrascoisasàutilizaçãodeprodutosquímicos.
METODOLOGIADEINTERVENÇÃO
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Define-secomoumserviçoparadoistiposdeusodistintospelacaracterizaçãodaresidência.Umespaçoquepermiteumtempodepermanênciatemporáriodestinadoaospromotoreseconvidadosquepretendamdesenvolverprojectosnolocaldurantetempolimitado,comumacapacidadedeacolhimentoentre cinco a dez pessoas em simultâneo e outro espaço que possibilita uma ocupação permanente.Alude-seaquiparaaimportanciadapresençaregulardeumfuncionárioquezelepelositioesimultanea-mentesejaresponsávelpelaprogramaçãodeprojectos,ouseja,desempenhandoafunçãodetécnicodemuseografia.
INSTALAÇÕESTÉCNICASESERVIÇOS Sugere-se uma área especifica independente na qual se aceda e monotorize globalmente asváriasredestécnicas. Destaca-seodefiniçãoda iluminação,que implicaapesquisaedefiniçãodas lâmpadase lu-mináriasaaplicarnosdiversosespaçosinterioreseexterioresadjacentesaolocaldeintervenção.Dis-tinguem-seentreiluminaçãodetrabalho,cenograficaedeemergência. Resultam do plano de intervenção sete tipologias de iluminação interior: salas de museu/ ex-posições;salaspolivalentes/artísticas;salasoficina/zonas técnicas;zonascomuns loja/atendimento;gabinetesdetrabalho/laboratórios;instalaçõessanitáriasealojamentos. Sugerem-sesistemasdeenergiasalternativascorrentesaaplicaremconcordânciacomopro-jectodeelectricidadeconvencionalquegarantaalgumaauto-suficiênciaásinstalações. Aescolhadastecnologiasprocuraráqueesteprojectosirvadeexemploaníveldaeficiênciaen-ergéticaedodesenhodeluzparafunçõesespecíficasemsimbiosecomintençõescenográficas. Asinstalaçõessanitáriassãoserviçosdeapoioaopublicovisitanteeaosfuncionários. Oeconomatoaponta-secomoumserviçonecessário,deusovedadoaopublico.
ALOJAMENTOS
19
Sugere-sequeatravésdaimplementaçãodesteserviçoresulte,paraalémdoretornofinanceirodaconcessãoaumaentidadeprivada,emmaisumatractivonositioqueproporcioneaopublicoemgeralcondiçõesagradáveiscomplementaresàvisita.
ÁREADEEXPANSÃO
Defineaáreaparaaexpansãodoedificado,naeventualidadedoesgotamentodaestruturapre-vista.
BAR/RESTAURANTE/ESPLANADA
20
Comesteprojectopretende-seacriaçãodeumespaçoagradável, inseridonummeioecologi-camentesensívelecomcaracterísticasmuitopróprias.Estedeverestabelecer,namedidadopossível,osvaloresnaturaiseculturaisdestesítio.Prevê-seumespaçopúblicocomusufrutodoRioporpartedapopulação,numaperspectivadequalidadedevidaeeducaçãoambiental.
Relativamenteaoprojectodearranjosexterioresexistemtrêszonasdeintervençãoadestacar:- aenvolventedomoinhoqueenglobaoanfiteatroeafito-ETAR;- umazonamultiusos,correspondenteàvárzea,queenglobaocampismoeosequipamentos;- azonadebanhos(piscinafluvial)correspondenteaoaçudedomoinhodoAnanil;
Osacessoseestacionamentointegramumazonasuplementar,exterioraolimitecadastraldoMoinhodoAnanil,masenglobadanoprojecto.
Fazempartedesteprojectoosseguintescapítulos:
ARRANJOSEXTERIORES
21
ACESSOSEESTACIONAMENTO
NoquedizrespeitoaosacessosdoMoinhodoAnanilprevê-seautilizaçãodoscaminhosexis-tentes.Oprojectocontemplaarecuperaçãodacalçadaantigaeomurodepedraadjacente,principalmenteemalgunspontosnosquaisénecessáriaasuareconstrução.Oestacionamentoécompostoportrêsparquesadjacentesaosacessosparabicicletas,autocarroeau-tomóveis.FazaindapartedestecapituloaconceptualizaçãodeumanovapontepedonalsobreoRioAlmansor,umavezqueaponteexistentenãoseencontranasmelhorescondiçõesdeestabilidadeenãocumpreasnormasregulamentares.
DEMOLIÇÕESELIMPEZAS
Aslimpezasprevistasestãosobretudorelacionadascomadesmataçãoedesramedeárvoresearbustosetambémcomaremoçãodecanasesilvas.Oprojectocontemplatodasasáreassujeitasalimpezasnazonadosacessoseestacionamentoe,tam-bémnastrêszonasreferidas.Édedestacaralimpezadosistemahidráulicoqueserviaomecanismodamoagem.Emtermosdedemoliçõesprevê-seademoliçãodapontepedonalsobreoRioAlmansor.
22
MODELAÇÃODOTERRENO
Arealizaçãodesteprojectoenvolvepequenasmodelaçõesdoterrenoexistente,demodoainte-grarassoluçõesconstrutivaspropostas,nomeadamenteasinfra-estruturas,osequipamentos,osaces-sos,oscaminhos,asdrenagenseaimplantaçãodastécnicasdeEngªBiofísica(TEB).
DRENAGEMEPAVIMENTOS
Adrenagemdaságuaspluviaisenglobaosacessoseazonaenvolventeaomoinho.Pretende-seassimacabarcomosproblemasdeescoamentodeáguasqueafectamosacessos,omurodepedraeaáreaconstruída.Ospavimentosestãorelacionadoscomamaterializaçãodecaminhospedonaisnasdiferentesáreasdeintervenção.Prevêem-seaindapassagenssobrealevada,escadaserampasqueservemoscaminhosprevistos,as-simcomoumpassadiçoelevadonamargemdapiscinafluvial.
23
TÉCNICASDEENGªBIOFÍSICA(TEB)
Prevêem-seváriasobrascomrecursoatécnicasdeengenhariaemateriaisnaturaisdemodoaresolveraspectosfuncionais, favorecendoaspectospaisagísticosatravésdaconstruçãodesistemasecológicosadaptadosquenãonecessitamdemanutençãoalongoprazo.Estasestãoprincipalmenterelacionadascomasustentaçãodetaludesjuntodosacessosecomarevital-izaçãodamargemribeirinha.
PLANTAÇÕESESEMENTEIRAS
Aplantaçãodeárvoresearbustosdestina-seaincrementarerestabeleceravegetaçãoripícolapresente,masenglobatambém,aintroduçãodeárvoresdefrutonaszonasdeestadia(parquedemeren-daseesplanada).Aplantaçãodeherbáceasestásobretudorelacionadacomadepuraçãodaságuasdapiscinafluvial.Assementeirasreferem-seaoincrementodepradosnaturais.Pretende-seassim,avalorizaçãopaisagísticadesteespaçocomsombras,cores,cheirosefrutos.
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INFRA-ESTRUTURASEEQUIPAMENTOS
Asinfra-estruturasprevistassão:- Umanfiteatroparaespectáculosdepequenadimensãojuntoaomoinho;- Umafito-ETAR,paraotratamentodaságuasresiduaisdomoinho;Osequipamentosprevistossão:- Mobiliáriourbano:mesas,bancos,papeleirasebebedouros;- Instalaçõessanitáriasqueservemaáreamultiusoscombalneárioechuveirosnazonadeban-hos;- Apoiodecozinhacomgrelhadorelavaloiça.
PLANODEMANUTENÇÃO
Oprojectoenglobaaelaboraçãodeumplanodemanutençãoparaastrêszonasdeintervenção,umavezqueostrabalhosestejamterminadoseestásobretudorelacionadocomosucessoeencamin-hamentodasTEBedasplantaçõesesementeiras.
25
ANEXOS
26
Legenda
Zona de Recepção dos Visitantes
Loja do Núcleo Museológico
Centro Interpretativo do Rio
Sala do Mundo Rural
Espaço de Exposição Permanente
Sala da Evolução Tecnológica
Sala de Exposição Temporária
Galeria de Estudo
Sala de Documentação/ Espólio
Espaço Oficinas/ Sala Aberta
Área de Reservas
Área de Acolhimento de Objectos
Alojamentos Temporários
Residência Permanente
Bar/ Restaurante com Esplanada
Sala Técnica
Secção Admnistrativa
Núcleo de Investigação
Serviço Educativo
Ateliers/ Sala Multiusos
Instalação Sanitária
Espaço de Exposição Permanente
Zona de Expansão
Hall/ Cozinha/ Refeitório
Economato
escala 1/250
piso 0 piso 1
ORGANIGRAMADEESPAÇOS
27
ZONA ANFITEATRO
ZONA MULTIUSOS
ZONA PISCINA FLUVIAL
escala 1/5000, 1/500
Legenda
Acessos
Estac ionamento
Ponte Pedonal sobre o Rio
Levada
Drenagem Proposta
Fito-Etar
Anfiteatro
Fluxos/ Circulação
Percursso Proposto
Parque de Merendas
Açude
Instalação Sanitária
Rio Almansor
Passadiço Elevado
183
.00
18 3.0
0
18 3.00
184
.00
1 84
. 00
1 85
. 00
1 86
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188.00
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188.0 0
1 8 7. 00
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0
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0
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1 86
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1
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7 .0
0
ZONA ANFITEATRO
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ZONA MULTIUSOS
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7 .
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184.00
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184.00
ZONA ANFITEATRO
ZONA MULTIUSOS
ZONA PISCINA FLUVIAL
escala 1/5000, 1/500
Legenda
Acessos
Estac ionamento
Ponte Pedonal sobre o Rio
Levada
Drenagem Proposta
Fito-Etar
Anfiteatro
Fluxos/ Circulação
Percursso Proposto
Parque de Merendas
Açude
Instalação Sanitária
Rio Almansor
Passadiço Elevado
29
ZONA ANFITEATRO
ZONA MULTIUSOS
ZONA PISCINA FLUVIAL
escala 1/5000, 1/500
Legenda
Acessos
Estac ionamento
Ponte Pedonal sobre o Rio
Levada
Drenagem Proposta
Fito-Etar
Anfiteatro
Fluxos/ Circulação
Percursso Proposto
Parque de Merendas
Açude
Instalação Sanitária
Rio Almansor
Passadiço Elevado1 86
. 00
1 8 5. 00
186.00
1 8 5. 00
ZONA PISCINA FLUVIAL
30
Antropólogo|PedroGrenhaContactos:[email protected]|963780777
Arquitecto|NunoGrenhaContactos:[email protected]|967980777
Artistaplástico|TiagofróisContactos:[email protected]|916367040
Cenógrafo|JoãoSofioContactos:[email protected]|968158584
ConservadoraRestauradora|JoanaSofioContactos:[email protected]|967840360
EngenheiroBiofísico|JerónimoSilvaContactos:[email protected]|963202864
EngenheiroCivil|DomingosPereira(coordenadorgeraldasespecialidades)Contactos:[email protected]|249575438
EngenheiroMecânico|BrahmVaneschContactos:[email protected]|934296930
Topógrafo|AcácioPereiraContactos:[email protected]|249575438
FICHATÉCNICA
31
Montemor-o-Novo | Abril 2009