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SESC
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ação
e P
rom
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| J
anei
ro /
2011
SESCPROGRAMA DE COMPROMETIMENTO E GRATUIDADE (PCG)
DEPOIMENTOS
DEPARTAMENTO NACIONAL
RIO DE JANEIRO
1a reimpressão
JANEIRO / 2011
SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO
Presidência do Conselho NacionalANTONIO OLIVEIRA SANTOS
DEPARTAMENTO NACIONAL
Direção-Geral MARON EMILE ABI-ABIB
Divisão Administrativa e FinanceiraJOÃO CARLOS GOMES ROLDÃO
Divisão de Planejamento e DesenvolvimentoÁLVARO DE MELO SALMITO
Divisão de Programas SociaisNIVALDO DA COSTA PEREIRA
Consultoria da Direção-GeralJUVENAL FERREIRA FORTES FILHOLUÍS FERNANDO DE MELLO COSTA
PUBLICAÇÃO
Assessoria de Divulgação e Promoção / Direção-GeralCHRISTIANE CAETANO
Coordenação EditorialMARCELLA MARINS MESQUITA
Edição e RedaçãoGABRIELA VARANDA
Projeto GráficoAnA CristinA PereirA (HAnnAH23)
Revisão de TextoROBERTO AzUL
Produção gráficaCELSO MENDONçA
Crédito das fotografias
Acre | Edicley AraújoAlagoas | Pablo de Luca Amapá | Maksuel MartinsAmazonas | Edmar Perrone Bahia | César Vilas Boas Ceará | Jr. PanelaDistrito Federal | J.R. NetoEspírito Santo | Renato Vicentini Goiás | Marco Monteiro Maranhão | Danilo Pinheiro Mato Grosso | Damião Sirqueira Mato Grosso do Sul | Edson Ribeiro Minas Gerais | Déa Tomich Pará | Armando Sarubby Paraíba | Roberto Marcelo Paraná | Adilson Yoshio Pernambuco | Rodrigo Moreira Piauí | Alessandro Costa Rio de Janeiro e Departamento Nacional | César Duarte Rio Grande do Norte | Evaldo Gomes Rio Grande do Sul | João AlvesRondônia | Edson Jesus Vincentin/FotoStylusRoraima | Saulo Oliveira Santa Catarina | Lio Simas Sergipe | Odília Maria Tocantins | Andréia Beca
EESP | Thiago Bazzi
Agradecimento aos regionaisAC Francisco Reis da Silva Leite AL Francisco Grigoli Pereira AM Odetila Couto Rocha AP Juliana Alves Coutinho Alexópulos BA Ivson Vivas Magalhães CE Caio Henrique Quinderé Castello Branco DF Nenn Costa e Claudia Cristina Nogueira ES Daniele Pinto M. Poltronieri GO Sandra Stefan MA João Torres MG Miriam de Fátima Moreira Felício Braga MS Virginia Helena Pinto Carromeu MT Joana Munaro e Aroldo Pagels Lima Verde PA Maria de Lourdes Bezerra PB Wendell Rodrigues PE Daniella Monteiro Xavier PI André Ribeiro PR Silvia Lima RJ Paulo Gramado RN Christianne Ribeiro da Silva RO Adalberto Lopes Martins Jr. e Keila Alves da Silva RR José Gilvan da Costa RS Catiúcia Ruas SC Debora Murta BragaSP Paulo Martins SE Maria Aparecida Freire Onias TO Renato Klein
EESP Thiago Bazzi
SESC. Departamento Nacional.
SESC: Programa de Comprometimento e Gratuidade (PCG) : depoimentos. – Rio de Janeiro : SESC, Departamento Nacional, 2010.
40 p. : il. ; 27 cm.
isBn 978-85-89336-53-6.
1. Programa de Comprometimento e Gratuidade. I. Título.
CDD 361.765
FICHA CATALOGRÁFICA
ANTONIO OLIVEIRA SANTOS
Presidente Conselho Nacional do SESC
O conceito de gratuidade não é novidade para o SESC. Desde sua criação, na década de 40, os empresários do comércio comprome-teram-se a fornecer os recursos necessários para suas atividades. Presente em todas as capitais do País e em cidades de pequeno e médio porte, o SESC é, em muitas delas, a única alternativa da população para serviços de educação, saúde, cultura e lazer.
Ao longo de sua história, poucas instituições conseguiram sobrevi-ver preservando valores e concretizando seus ideais fundadores. Hoje, decorridos 64 anos da criação da instituição, orgulho-me em dizer que o SESC contribui com a diminuição das desigualda-des e com a construção de um Brasil melhor e mais justo.
Assim, o Programa de Comprometimento e Gratuidade (PCG) fir-mado com os Ministérios da Educação, do Trabalho e Emprego e da Fazenda nos remete ao aprofundamento da reflexão sobre nossa diretriz maior, que determina que toda nossa ação seja marcada pela intenção educativa.
Esta publicação conduz o leitor em uma viagem inusitada por onde o SESC se faz presente, dos mais distantes rincões aos gran-des centros. Relatos de personagens marcantes revelam nas pá-ginas seguintes como as ações do SESC honram tal compromisso em todos os estados do Brasil.
MARON EMILE ABI-ABIBDiretor-Geral
Departamento Nacional do SESC
Um ano depois de implantado, o Programa de Comprome-timento e Gratuidade (PCG) mostra a importância do traba-lho do SESC em todo o país. Oferecer a sociedade serviços de qualidade sem nenhum custo sempre fez parte da missão do sesC, desde sua criação, em 1946. Ainda assim, com esta iniciativa alcançamos um público ainda maior, cumprindo nosso compromisso de colaborar com o desenvolvimento do Brasil.
O SESC destinou em 2009 recursos ao Programa, que vão além do compromisso firmado com o governo federal. O PCG fortalece a política de gratuidade da Instituição, beneficiando, de forma especial, sua clientela principal, seus dependentes e estudantes da rede pública de Educação Básica, todos com baixa renda.
É importante destacar que cada Departamento Regional respeitou sua vocação e necessidade na aplicação dos re-cursos. O resultado pode ser conferido nas páginas a seguir que apresentam histórias reais sobre melhoria na qualida-de de vida de diversos brasileiros. Do Oiapoque ao Chuí, o sesC ratifica seu compromisso social com a sociedade.
SUMÁRIO
EM SALA DE AULA:
DA EDUCAÇÃO INFANTIL AO ENSINO MÉDIO 6
EXTRACLASSE:
REFORÇO ESCOLAR E FORMAÇÃO DE
PROFESSORES 13
NOVOS RUMOS:
EDUCAÇÃO E CURSOS DE VALORIZAÇÃO
SOCIAL 20
CORPO E MENTE:
ESPORTE, CULTURA E AÇÃO SOCIAL 28
EM SALA DE AULA:Da eDucação infantil ao ensino méDio
EM SALA DE AULA: Da eDucação infantil ao ensino méDio
O CENTRO DE EDUCAçãO
SESC fICA LOCALIzADO NO
CENTRO DE ATIVIDADES DR.
ANTONIO OLIVEIRA SANTOS,
NO bAIRRO MECEjANA,
EM bOA VISTA. A ESCOLA
OfERECE EDUCAçãO
INfANTIL, ENSINO
fUNDAMENTAL E ENSINO
MéDIO INTEGRAL.
“Moro com meus netos, Carlos Daniel, 6 anos, e Carla Daniele, 19 anos, e uma filha com deficiência mental. sou aposentada, sem marido, e não teria como dar uma boa educação para o meu neto, se pagasse. Consegui a bolsa no CENTRO DE EDUCAçãO SESC há três anos, e lá ele fez maternal por dois anos, e agora está no 10 ano da educação infantil.
A escola é maravilhosa, sou muito agradecida ao SESC pela opor-tunidade. Há professores, assistentes, psicólogos muito bons e competentes, a diretora é também uma pessoa fantástica. Além das disciplinas, o Carlos Daniel faz natação, que ele adora, músi-ca, informática, joga futebol. Vejo ele crescendo muito lá. Ele é um pouco brincalhão demais, mas é da idade, e na escola ele é bem acompanhado. Foi no Centro que ele aprendeu a ler e a escrever: hoje o que ele mais gosta de estudar é Português. só posso dizer que o SESC é maravilhoso, uma das melhores coisas que aconte-ceram para nós.”
Maria de Lourdes Ferreira da Silva, 60 anos, reside em Boa Vista, Roraima.
Sau
lo O
livei
ra
DR/RR
7
SERVIçO SOCIAL DO COMéRCIO
Letícia Glauciane França, 22 anos, é secretária. É casada com Rodrigo Fernandes. Residem em Porto Alegre (RS).
A ESCOLA DE EDUCAçãO
INfANTIL DO SESC – SESqUI-
NhO ATENDE CRIANçAS DE
3 A 6 ANOS, COM OPçõES
DE MATERNAL E jARDIM DE
INfâNCIA EM TURNO INTE-
GRAL E MEIO TURNO. SãO
14 UNIDADES, COM EqUIPE
qUALIfICADA, ATIVIDADES
CULTURAIS, VIVêNCIAS DE
CIDADANIA, INTEGRAçãO
COM AS fAMíLIAS, EDUCA-
çãO CORPORAL E EDUCA-
çãO PARA A SAúDE.
“A Maria eduarda agora tem 3 anos, mas vai à escola desde os quatro meses. Soube por uma amiga da bolsa oferecida pela ESCOLA DE EDUCAçãO INfANTIL DO SESC – SESqUINhO, e fomos eu e Rodrigo conhecer a instituição antes de optar por ela. Indepen-dentemente da gratuidade, fomos até lá para conhecer o nível de qualidade e de espaço, como também os profissionais envolvi-dos. e verificamos que a infraestrutura é excelente, e que a qua-lidade do ensino seria melhor, porque os professores são todos profissionais formados, e não recreacionistas. então, juntamos o útil ao agradável.
Maria Eduarda é muito diferente hoje – achamos que ela fala mais como criança mesmo, menos como bebê, que está mais de-sinibida. Inclusive está desenvolvendo o canto, que já aprende na escola. e, depois dessa experiência, começamos a querer conhe-cer melhor o SESC, e estamos nos informando sobre outros ser-viços. Pretendemos em breve viajar pelo Turismo Social. Minha avó era frequentadora, ela integrava o grupo Maturidade Ativa da Unidade Campestre. O SESC é uma instituição muito séria, muito responsável.”
DR/RS
joão
Alv
es
8
EM SALA DE AULA: Da eDucação infantil ao ensino méDio
“A EDUCAçãO INfANTIL do SESC é tudo de vantajoso para nós. É dez. nosso filho Da-niel, de 6 anos, estuda no sesC Bosque há dois anos, e há pouco tempo ganhou a bolsa. Isso ajudou demais a mim e ao meu marido, Valdemir: além de estudar de gra-ça, ele ainda recebe material, uniforme, e tem ônibus que pega e leva ele de casa para a escola. No começo nós levávamos ele de bicicleta. Se não fosse a bolsa, este ano seria uma correria, pois nós dois tra-balhamos muito. e os alunos ainda têm atendimento mé-dico, gratuito! Sem falar que o ensino é muito adequado. O Daniel se desenvolveu muito rápido, mas muito rápido mesmo; até a professora se espantou. Quando ele chegou ao SESC não lia nem escrevia, e fa-lava muito pouco. Hoje lê, escreve, e está um menino muito desenvolto. É por con-ta do ensino, que é muito bom. Eu mes-ma sei, pois fiz supletivo no sesC Centro, há alguns anos. Por isso nós confiamos em deixar ele lá, assim como os irmãos: o mais velho, Felipe, de 12 anos, também estudou no SESC, e agora está chegando a vez dos mais novos, o Natan, de 5 anos, e o João Gabriel, de 3 anos. Com certeza va-mos tentar a bolsa. O sesC é uma bênção.”
Elissandra Rodrigues Gama, 27 anos, reside em Rio Branco, no Acre. É atendente.
A ESCOLA SESC, EM RIO bRANCO,
ATENDE 510 CRIANçAS – 165 ESTãO
MATRICULADAS NA EDUCAçãO
INfANTIL, E O RESTANTE NO
ENSINO fUNDAMENTAL, DO 1º AO
5º ANO. A ESCOLA SE DIfERENCIA
PELA qUALIDADE DE ENSINO E POR
DISPOR DE INSTALAçõES DIfEREN-
CIADAS DAS DEMAIS INSTITUIçõES
DO ESTADO, APRESENTANDO
LAbORATóRIOS DE INfORMáTICA E
SALA DE LEITURA. O SESC NO ACRE
TAMbéM OfERECE EDUCAçãO DE
jOVENS E ADULTOS (EjA), CURSOS
SUPLETIVO E PRé-VESTIbULAR.
DR/AC
Ed
icle
y A
raú
jo
9
SERVIçO SOCIAL DO COMéRCIO
“O SESC é o que de melhor há aqui para nós. Eu não o troco por nada: eu e Silvio, meu marido, frequentamos o Camillo Boni des-de que éramos solteiros. Todo mundo nos conhece lá, a nós e nos-sos filhos. É como uma família.
A EDUCAçãO é maravilhosa. Meu filho mais velho, o Júnior, de 14 anos, estudou da educação infantil até a 4ª série do ensino fun-damental. Agora o João Paulo, de 9 anos, está na 4ª série. Um de-talhe é que, quando chegou a vez do caçula estudar lá, eu estava desempregada, não teria condições de pagar mesmo o valor pedi-do pelo fundamental. Mas consegui para ele uma bolsa. O que me deixou mais encantada ainda. Por essas e outras é que não troco o SESC por nenhuma outra instituição ou clube, por mais que até possa ser melhor, em temos de espaço. No SESC temos boas ins-talações, alimentação saudável, excelente organização. E a escola é maravilhosa: além de estudar, o João Paulo depois ainda pode se exercitar – ele agora faz natação. O Júnior, hoje estudando em escola pública, acaba a aula e vai para o SESC, para fazer espor-tes. eu e meu marido deixamos os dois lá com muita confiança. E tudo o mais: professores muito preparados, tarefas excelentes, conteúdo muito bom.”
Maura da Silva Araújo Machado, 44 anos, é secretária. É casada com Silvio Cubel Machado, de 46 anos, e reside em Vial Marly, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
O SESC NO MATO GROSSO
DO SUL OfERECE EDUCA-
çãO EM qUATRO ESCOLAS,
NAS UNIDADES hORTO,
CAMILLO bONI, TRêS LAGO-
AS E DOURADOS. NA
EDUCAçãO fORMAL, SãO
700 ALUNOS MATRICU-
LADOS NA EDUCAçãO
INfANTIL, 450 NO ENSINO
fUNDAMENTAL E 250 MA-
TRICULADOS NA EDUCAçãO
DE jOVENS E ADULTOS (EjA).
O PROGRAMA DE COMPRO-
METIMENTO E GRATUIDADE
(PCG) ATENDE ALUNOS NA
EDUCAçãO báSICA, qUE
COMPREENDE A EDUCAçãO
INfANTIL E O ENSINO fUN-
DAMENTAL, ATé A 5ª SéRIE.
DR/MS
Ed
son
Rib
eiro
10
EM SALA DE AULA: Da eDucação infantil ao ensino méDio
“O SESC CIDADANIA é excelente, em infraestrutura, com espaços muito bons, uma biblioteca maravilhosa, e com professores de ótima qualidade: todos são formados, com pós, tem até douto-res. Dá para perceber que sabem transmitir seus conhecimentos e que vão até além do que a disciplina deles pede. Foi lá que me apaixonei por Biologia, e foi provavelmente pela forma do ensino que despertou em mim a vontade de cursar Medicina – estou no último ano, farei vestibular para ser médica. Quero ser geriatra.
Estudamos em um ótimo laboratório, para Biologia, Química e Física. Antes estudei Biologia de forma vaga. Venho do interior, de Montes Claros de Goiás, meu colégio era público e eu não tinha tido a oportunidade de conhecer uma escola assim. Mas soube que meus primos Gabriel e Lucas estudavam no SESC Cidadania, e o ensino era elogiado. Então passei por uma entrevista e fui selecionada. Eu gosto muito do SESC.”
Larissa Pires Leite, 16 anos, cursa o 3º ano do ensino médio no SESC Cidadania, em Goiás.
O CENTRO EDUCACIONAL
SESC CIDADANIA ELIAS
bUfAIçAL NETO, OU SESC
CIDADANIA, é UMA DAS
MAIORES ESCOLAS DA
REGIãO CENTRO-OESTE.
AbRIGA ALUNOS NO ENSINO
fUNDAMENTAL, NO ENSINO
MéDIO, NO CENTRO DE LíN-
GUAS E AINDA EM CURSOS
DE qUALIfICAçãO PROfIS-
SIONAL. A PROPOSTA DA ES-
COLA é INTERDISCIPLINAR,
APROXIMANDO CONTEúDOS
DE EDUCAçãO, CULTURA,
LAzER, MEIO AMbIENTE E VI-
VêNCIAS EXTRACLASSE, EM
AULAS COM PESqUISA DE
CAMPO, EXCURSõES, PAS-
SEIOS CULTURAIS E AçõES
SOCIAIS jUNTO à COMUNI-
DADE. A ESCOLA TAMbéM
INVESTE fIRMEMENTE NA
fORMAçãO CONTINUADA
DOS PROfESSORES.
DR/GO
Mar
co M
ont
eiro
11
SERVIçO SOCIAL DO COMéRCIO
Wesley Santos do Vale, 17 anos, natural de Boa Vista (RR), é aluno do 3º ano da Escola SESC de Ensino Médio, no Rio de Janeiro (RJ).
A ESCOLA SESC DE ENSINO
MéDIO REALIzA UM PROCES-
SO SELETIVO EM TODO O
bRASIL, PROPORCIONANDO
AOS SEUS ESTUDANTES
UMA fORMAçãO DE EXCE-
LêNCIA PARA O INGRESSO
NO ENSINO SUPERIOR, ALIA-
DA à qUALIfICAçãO PROfIS-
SIONAL, DESENVOLVIDA EM
PARCERIA COM O SERVIçO
NACIONAL DE APRENDIzA-
GEM COMERCIAL (SENAC). O
CAMPUS DA ESCOLA AbRIGA
500 ALUNOS, NUMA COMU-
NIDADE RESIDENCIAL qUE
TAMbéM INCLUI PROfES-
SORES, E qUE ENCORAjA E
VALORIzA A CONVIVêNCIA.
O REGIME DE hORáRIO INTE-
GRAL POSSIbILITA A OfERTA
DE ATIVIDADES EDUCATIVAS
EM SALAS DE AULA E EXTRA-
CLASSE, EM ESPAçOS COMO
O TEATRO, LAbORATóRIOS,
OfICINAS, bIbLIOTECA E
COMPLEXO ESPORTIVO.
“Desde que ingressei na ESCOLA SESC DE ENSINO MéDIO venho cres-cendo mais a cada dia. É uma experiência maravilhosa e inovadora. Um sonho que se tornou realidade. Durante três anos, desenvolvi potencialidades que me ajudaram em minha realização pessoal. Com certeza é uma oportunidade ímpar para um aluno, já que pos-suo uma educação de excelência. O ambiente escolar e residencial é um diferencial, que garante uma experiência para a vida toda.
Além disso, a Escola SESC me proporcionou a oportunidade de aperfeiçoar o meu papel de cidadão, tornando-me um líder ser-vidor, capaz de transformar o nosso entorno, dei aulas de reforço de Português e recreação em comunidades vizinhas, nos bairros do Anil e da Gardênia Azul. Com essa vivência, pude ter mais con-tato com a área e acabei me apaixonado pelo trabalho, servir ao próximo é uma dádiva e acho que a possuo. Sendo assim, preten-do cursar Serviço Social na universidade, e espero ser um ótimo profissional, pois gosto do que faço. Com os cursos técnicos pro-fissionalizantes, oferecidos em parceria com o senAC, também já me sinto apto a ingressar no mercado de trabalho. Poderia atuar na área de recursos Humanos ou Fotografia. todas as atividades desenvolvidas na Escola nos preparam para a vida lá fora.”
Departamento NacionalCésar Duarte
12
EXTRACLASSE:RefoRço escolaR e foRmação De PRofessoRes
SERVIçO SOCIAL DO COMéRCIO
Alice Brito dos Santos, 7 anos, e Ingrid Brito dos Santos, 9 anos, são inscritas no projeto Caravana da Esperança, na comunidade de Mosqueiro, em Sergipe.
O PROjETO CARAVANA DA
ESPERANçA PROMOVE UM
TRAbALhO DE RESPONSA-
bILIDADE SOCIAL jUNTO A
COMUNIDADES CARENTES,
COM AçõES DE NATUREzA
EDUCATIVA. DESENVOLVIDO
EM PARCERIA COM ASSO-
CIAçõES DE MORADORES E
IGREjAS, ATENDE CRIAN-
çAS DE 7 A 10 ANOS, COM
ATIVIDADES DIáRIAS DE
hAbILIDADES DE ESTUDO
(REfORçO ESCOLAR),
OfICINAS DE ARTES, AULAS
DE MúSICA, RECREAçãO,
ENTRE OUTRAS. ATUAL-
MENTE SãO bENEfICIADAS
CERCA DE 400 CRIANçAS
EM CINCO COMUNIDADES
DE ARACAjU: MOSqUEIRO,
PONTO NOVO, AGAMENON
MAGALhãES, PENTECOSTES
E COqUEIRAL.
“Na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, estudo, aprendo e brinco muito de zé-pereira, mas o que eu gosto mesmo é de estu-dar. Adoro Matemática, fazer continha, brincar com os números. Sou boa aluna e sempre tiro dez. Por isso quero ser professora de Matemática, sempre quis, e a minha irmã, Ingrid, que estuda co-migo lá, quer ser professora de Português. Gostamos de estudar.
Entramos na CARAVANA DA ESPERANçA há dois anos, porque a ma-mãe nos colocou. Gosto dos colegas e dos professores, eles são bons, ensinam bem. Estou estudando melhor, minhas notas me-lhoraram. eu e minha irmã também aprendemos flauta doce, me-xemos com tintas e artes.”
DR/SE
Od
ília
Mar
ia
14
EXTRACLASSE: REfORçO ESCOLAR E fORMAçãO DE PROfESSORES
Taciana Carolina da Conceição de Oliveira, 10 anos, mora em Apucarana, Paraná. Passou pelas atividades do
PROGRAMA SESC EDUCAçãO DE
REfERêNCIA (SER).
O SER é REALIzADO fORA
DO hORáRIO ESCOLAR, COM
ATIVIDADES CONCENTRADAS
NAS áREAS DE CULTURA,
CIêNCIA E TECNOLOGIA E
CORPO E MOVIMENTO. EM
APUCARANA A INICIATIVA
COMEçOU COM O PROjETO
IGUALDADE NA DIfERENçA,
ONDE SãO TRAbALhADOS
CONTEúDOS DE PREVENçãO
à VIOLêNCIA NA ESCOLA.
“Fiz teatro, música, jogava vôlei e bas-quete na quadra, pintava quadro, usa-va muitas tintas, tudo isso com o SESC na minha escola, por quase um ano. Fiz também provinha de desenho. Adorei. Minha escola é a Escola Municipal Papa João XXIII. Todos os amigos do SESC eram muito legais. Mas o que eu mais gostava mesmo era a biblioteca do SESC, muito cheia de livros. Na minha escola não havia biblioteca assim. Eu sempre gostei de ler. As minhas histórias preferi-das eram, por exemplo, do Chapeuzinho Vermelho e do Lobo Mau, e da Barbie. A que eu mais gosto, até hoje, é a do Me-nino Maluquinho. Mas nunca tinha visto uma biblioteca daquela.
Hoje, então, chego em casa, tomo banho, troco de roupa e vou logo ler. Também, depois do SESC, comecei a pedir livros emprestados para minha tia Lúcia, por-que a casa dela é cheia de livros. O que é melhor quando eu leio é que as imagens aparecem na minha cabeça, eu faço como peças de teatro na minha imaginação.”
DR/PR
Ad
ilso
n Y
osh
io
15
SERVIçO SOCIAL DO COMéRCIO
Caio Vinícius Pinheiro Abrantes, 11 anos, é aluno do projeto
hAbILIDADES
DE ESTUDO, em Sousa, no interior da Paraíba.
O PROjETO hAbILIDADES DE
ESTUDO (PhE) NA PARAíbA é
REALIzADO EM TRêS CIDADES:
PATOS, SOUSA E CAjAzEIRAS. O
PROjETO OfERECE EDUCAçãO
DE qUALIDADE PARA CRIANçAS
SEM CONDIçõES DE PAGAR POR
REfORçO ESCOLAR. ALéM DO
INCREMENTO AOS ESTUDOS, A
INICIATIVA PROMOVE ATIVIDADES
CULTURAIS, RECREATIVAS E DE
LAzER, DESENVOLVENDO NAS
CRIANçAS hAbILIDADES PARA
MELhORAR OS ESTUDOS E VIVER
EM SOCIEDADE. AS ATIVIDADES
NO SESC ACONTECEM SEMPRE
NO hORáRIO OPOSTO AO qUE AS
CRIANçAS ESTUDAM NA ESCOLA
REGULAR.
“Fiquei sabendo do reforço do SESC com uma prima, a Valesca, que também tem 11 anos. Fui eu que quis entrar, não foi minha mãe quem pediu. Estudo lá to-das as manhãs, e de tarde vou às aulas, na Escola Experimental Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, no Centro. Tenho uma bolsa na Escola.
Gosto bastante de Português, mas tinha muita dificuldade em Matemática. Os professores são bons à beça: perto das provas da escola eles passam atividades, revisam matérias, tiram todas as dúvi-das. Além disso, o SESC é ótimo porque lá eu também jogo bola, brinco de vôlei, faço passeios, tem teatro, desenho. O re-forço vai me ajudar a ser o que eu quero, quando crescer: veterinário. Eu sempre soube o que eu queria ser. Não preciso de reforço em Ciências, mas eles ofere-cem assim mesmo. E lá ainda tenho con-tato com muitos bichos.”
DR/PB
Ro
ber
to M
arce
lo
16
EXTRACLASSE: REfORçO ESCOLAR E fORMAçãO DE PROfESSORES
Robson Silva Correa, 25 anos, reside na Casa do Estudante do Maranhão. Ele é de Santa Luzia do Tide, a 280 quilômetros de São Luís (MA).
O SOS VESTIbULAR DO
SESC fACILITA A ENTRADA
NA UNIVERSIDADE DOS
jOVENS MARANhENSES. A
EqUIPE DE PROfESSORES
é qUALIfICADA E A CARGA
hORáRIA é COMPATíVEL
COM O EXAME NACIONAL
DO ENSINO MéDIO (ENEM) E
OS EDITAIS DAS UNIVERSI-
DADES. qUEM CONCLUIU O
ENSINO MéDIO, OU CURSA
O 3º ANO DO ENSINO MéDIO
NA REDE PúbLICA, E POSSUI
RENDA DE 1 A 3 SALáRIOS
MíNIMOS PODE SE INSCRE-
VER GRATUITAMENTE NO
SOS VESTIbULAR.
“Falar sobre o SOS VESTIbULAR é uma forma de agradecer ao SESC a acolhida em São Luís. Sou do interior; o SESC é minha segunda casa aqui na capital. estou no primeiro período de Design Gráfico, na Universidade Federal do Maranhão, graças ao sesC – fiz meu primeiro curso SOS Vestibular em 2008, e agora estou no segun-do, pois quero cursar também algo em sistema de informação.Procurei o projeto pelo sucesso que ele fazia: as pessoas falavam muito do índice de aprovação, e fui conferir. O curso começou numa salinha no SESC Deodoro, sem muita gente, e hoje há até lista de espera. Apesar da necessidade de ajustes que todo curso tem, de atualização constante, é uma das melhores equipes de preparatório aqui da cidade, com os melhores professores de São Luís, que nos cobram e incentivam o estudo – que, aliás, faço to-das as tardes na biblioteca do SESC Administração. Outro aspecto muito bom é que o projeto é um dos que mais tentam se adequar à unificação do enem com as provas das universidades federais, o que tornou o vestibular muito mais exigente em raciocínio. En-fim, o sOs Vestibular é uma referência em educação.”
DR/MA
Dan
ilo P
inh
eiro
17
SERVIçO SOCIAL DO COMéRCIO
Pedro Elias Martins Moreira, 38 anos, é comerciário do setor moveleiro e reside em Manaus (AM).
O CURSO DE IDIOMAS DO
SESC AMAzONAS OfERECE
A COMERCIáRIOS E SEUS
DEPENDENTES O ENSINO DA
LíNGUA INGLESA E DA ESPA-
NhOLA, COMPREENDENDO
AS fASES DE INGLêS/ESPA-
NhOL báSICO, INTERMEDIá-
RIO E PóS-INTERMEDIáRIO.
O CURSO fUNCIONA NAS
UNIDADES DO CENTRO E
bALNEáRIO EM MANAUS,
E NO MUNICíPIO DE
PRESIDENTE fIGUEIREDO,
DISTANTE DA CAPITAL 107
qUILôMETROS.
“Gosto demais dos CURSOS DE IDIOMAS do SESC. Para mim é um desafio, uma necessidade. É muito importante aprender outras línguas, pois só assim se sobrevive no mercado de trabalho. Ter-minei o curso de inglês e comecei o de espanhol. O último ano de inglês já foi como bolsista; e o de espanhol será todo pelo PCG. entrei no inglês do zero, não sabia nada. Mas consegui, graças aos professores, que são realmente interessados no ensino, e se esforçam para que os alunos aprendam.
No mais, o método do SESC é diferente dos outros cursos, acredi-to, porque eles dão ênfase às quatro principais etapas do apren-dizado da língua estrangeira: ouvir, escrever, falar e ler. Não é objetivo do curso que o aluno decore frases, mas que ele se co-munique nas mais diversas situações. O SESC é tão bom que mi-nha família inteira frequenta os cursos: minha esposa Marinelda e minha filha mais velha, Mairla, fazem agora o inglês; a caçula, Maria Vitória, está no ensino fundamental, mas já começa a ir às nossas aulas aos sábados também. Mas o que eu queria mesmo é que, com essa qualidade toda, o SESC oferecesse também aulas de japonês. seriam ótimas.”
DR/AM
Ed
mar
Per
ron
e
18
EXTRACLASSE: REfORçO ESCOLAR E fORMAçãO DE PROfESSORES
Luciana Ferraz, 27 anos, é professora da Creche Casinha da Vovó, em Belo Horizonte (MG). Termina em 2010 a formação em Pedagogia. Cursou o Trem de Histórias Uai na unidade SESC Biblioteca Central.
O TREM DE hISTóRIAS UAI é DESTINA-
DO A EDUCADORES E PROfESSORES
DA EDUCAçãO INfANTIL, DO ENSINO
fUNDAMENTAL, DO ENSINO MéDIO E A
INTERESSADOS EM GERAL. O PROjETO
CAPACITA EDUCADORES PARA SEREM
MULTIPLICADORES DA ARTE DE CON-
TAR hISTóRIAS, DANDO SUbSíDIOS
AOS EDUCADORES PARA CRIAçãO E
CONSTRUçãO DE NOVAS ALTERNATI-
VAS EM SEU DIA A DIA, POR MEIO DE
DINâMICAS, LEITURAS, INTERPRETA-
çõES E CONTAçõES DE hISTóRIAS. O
ObjETIVO MAIOR é CONTRIbUIR COM O
PROCESSO EDUCACIONAL, TRANSfOR-
MANDO A SALA DE AULA EM UM MO-
MENTO PRAzEROSO DE ENSINAMENTO
E DE APRENDIzAGEM.
“Posso dizer que minha formação como educadora não vem apenas do currículo da escola, mas, graças a Deus, dos cursos de formação do SESC. Do início de 2009 até meados de 2010, fiz vários desses cursos, onde aprendi sobre educação crítica, brinquedotecas, hábito de leitu-ra, educação inclusiva, musicalização, te-mas transversais, artes plásticas. O mais recente foi o TREM DE hISTóRIAS UAI, onde se aprende a desinibição, a presença de palco, a expressão de várias linguagens, como contador de histórias.
Na verdade, os professores aprendem a verbalizar ali muitos conteúdos que servem tanto à vida pedagógica quanto à vida cotidiana. e esse aprendizado é tão necessário! A arte-educação, prin-cipalmente, agrega conhecimentos que são fundamentais a qualquer trabalho com as crianças. E o melhor dos cursos do SESC é a alegria de conhecer pessoas a fim de levar a mesma mensagem – aca-bamos formando uma grande rede, para além das aulas. Com o SESC também me tornei uma multiplicadora: com a minha iniciativa levei muitos colegas aos cursos gratuitos, além de apresentá-los à esco-la pública onde fiz minha formação no magistério. Hoje eles praticamente são integrados à formação de muitos pro-fessores que passam por lá. E acho que isso precisa se ampliar, com a divulgação cada vez maior desses cursos gratuitos aos professores. O SESC é um grande ponto de encontro, e também um ponto de partida para educadores.”
DR/MG
Déa
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NOVOS RUMOS:eDucação e cuRsos De valoRização social
NOVOS RUMOS: EDUCAçãO E CURSOS DE VALORIzAçãO SOCIAL
Silvana Carvalho de Andrade, 31 anos, residente em Florianópolis (SC), cursa a Educação de Jovens e Adultos do SESC.
A EDUCAçãO DE jOVENS
E ADULTOS DO SESC é
DESTINADA A PESSOAS
COM MAIS DE 15 ANOS DE
IDADE. ELA OfERECE
ALfAbETIzAçãO E ESCOLA-
RIzAçãO AOS PARTICIPAN-
TES. OCORRE EM CENTROS
DE ATIVIDADES DO SESC
PELO PAíS E NOS CENTROS
EDUCACIONAIS DO SESC
LER. A EjA SESC PERMITE
AO ALUNO O ACESSO
GRATUITO A DIfERENTES
LINGUAGENS E fORMAS
DE SAbERES, E ELE AINDA
PODE PARTICIPAR DE
AçõES EM TODAS AS áRE-
AS DE ATUAçãO DO SESC.
“Parei de estudar há treze anos, na 8ª série, porque casei, tive filho, e decidi me dedicar ao lar. Mas há um ano e meio retomei, porque sempre tive o sonho de fazer Pedagogia. Cursei o primei-ro e o segundo anos do ensino médio na EDUCAçãO DE jOVENS E
ADULTOS do sesC à noite, e agora estou no último ano. e vou ten-tar passar para a Universidade Federal de Santa Catarina. Voltei a me animar para a faculdade porque ajudo minha filha Kauany, de 7 anos, nos estudos, e porque sempre gostei mesmo do ensino, de lidar com crianças. Venho de uma família de professores.
O sesC tem uma metodologia muito interessante, com muita fle-xibilidade, bem voltada para o público que não tem tempo para estudar, que trabalha fora, pessoas mais velhas. Os professores são muito pacientes, fazemos sempre trabalhos em sala de aula, em duplas ou grupos. Sem falar da gratuidade do curso, o que é um atrativo. Para mim, por exemplo, que estou fora do mercado de trabalho, seria bem difícil tentar sem essa facilidade.”
DR/SC
Lio
Sim
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SERVIçO SOCIAL DO COMéRCIO
Maria de Fátima Ferreira da Silva Viana, 41 anos, reside em Presidente Médici, a 346 quilômetros de Porto Velho, capital de Rondônia. Trabalha numa cooperativa de serviços de limpeza.
O SESC LER é UM PROjETO
DE ALfAbETIzAçãO DE
jOVENS E ADULTOS. é DE-
SENVOLVIDO EM CENTROS
EDUCACIONAIS DO SESC
IMPLANTADOS NO INTERIOR
DOS ESTADOS bRASILEI-
ROS, COM PROGRAMAçãO
SOCIOEDUCATIVA, DE
CARáTER INTERDISCIPLINAR
E PARTICIPATIVO. ALéM DA
EDUCAçãO DE jOVENS E
ADULTOS (EjA), O SESC LER
OfERECE TAMbéM ATIVIDA-
DES DE CULTURA, ESPORTE,
SAúDE E LAzER AOS hAbI-
TANTES DAS COMUNIDADES
ONDE ATUA. EM RONDôNIA,
há CENTROS EDUCACIONAIS
EM CINCO CIDADES: NOVA
MAMORé, ARIqUEMES,
jI-PARANá, PRESIDENTE
MéDICI E VILhENA.
“O SESC LER é excelente. Para mim e todos que estudam lá. Nós te-mos o sentimento de que os professores trabalham mesmo para a gente, de que se esforçam bastante até que nós possamos apren-der, de verdade. Mesmo tendo feito até a 1ª série do fundamental, cheguei ao SESC sem saber ler e escrever direito. Não me sentia preparada, eu só lia soletrando, e tinha até vergonha de dizer que não sabia. Não é fácil não saber: eu não conseguia me virar em si-tuação nenhuma, sem conseguir ler e escrever. Precisava de todo mundo, sempre, para ajudar a ler as coisas.
Foi como começar tudo de novo. Mas eu consegui. Estou muito melhor do que há um ano atrás, e tenho grande incentivo dos meus filhos e das pessoas do meu trabalho, para que eu não pare de jeito nenhum. No ano que vem termino o fundamental, e vou fazer o ensino médio. Depois, quem sabe, até faculdade – tenho vontade de estudar Pedagogia. Quem me dera! A vontade é gran-de. Não vou desistir. O SESC me ajudou nisso, na vontade. Todos os alunos gostariam de continuar a estudar lá, a cursar o ensino médio no SESC LER.”
DR/RO
Ed
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NOVOS RUMOS: EDUCAçãO E CURSOS DE VALORIzAçãO SOCIAL
Laudelina Magalhães da Silva, 55 anos, reside em Poxoréu, Mato Grosso. É aposentada.
NO MATO GROSSO, O
SESC LER ACONTECE EM
CENTROS EDUCACIONAIS
EM POXORéU, CáCERES
E ALTA fLORESTA. ALéM
DA EDUCAçãO DE jOVENS
E ADULTOS (EjA), OS
CENTROS EDUCACIONAIS
TAMbéM OfERECEM O
PROjETO hAbILIDADES
DE ESTUDO (PhE), DE
REfORçO ESCOLAR.
“Agora vejo o mundo de forma diferente. Já surgiu tanta coisa boa depois que aprendi a ler e escrever. Agora posso viajar, posso assinar sem ter medo de errar, posso ir a lugares que eu não ia antes, consigo decorar meu número de telefone. E, principalmen-te, posso estudar música e poesia, que eu sempre quis, mas não tinha como, antes. Eu sempre adorei poesia.
O SESC LER caiu do céu. Sou de Rondonópolis, vim para Poxoréu com 4 anos de idade. nunca fiz alfabetização porque, primeiro, não tinha recursos e oportunidade, a vida inteira trabalhando em fazenda; depois, quando tinha recursos, não tinha tempo. Não havia chance para nada. Mas consegui. Já estou quase no fim, no segundo ciclo – estudo há sete anos no SESC. Em geral as pessoas levam até três anos, mas, por problemas de saúde, demorei um pouco mais. estudo à noite, e de dia ainda posso cuidar da mi-nha neta, Beatriz, que já está com 12 anos, e do meu companhei-ro, João Bezerra. Olha, posso dizer que com a escola eu nasci de novo. É vida nova, o tempo todo.”
DR/MT
Dam
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Sir
quei
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SERVIçO SOCIAL DO COMéRCIO
Marcilene Santos Nascimento, 38 anos, vive em Parnaíba, a 336 quilômetros de Teresina (PI).
O CURSO DE CUSTOMIzAçãO
DE ROUPAS é OfERECIDO PELO
SESC PARNAíbA. OS CURSOS DE
VALORIzAçãO SOCIAL OfERE-
CEM AULAS EM ATIVIDADES qUE
PODEM GERAR RENDA PARA CO-
MERCIáRIOS E USUáRIOS. ALéM
DA GERAçãO DE RECURSOS, O
PROjETO TAMbéM GARANTE O
RESGATE DA AUTOESTIMA DOS
PARTICIPANTES, POR MEIO DE
ATIVIDADES DE ASSISTêNCIA.
NO PIAUí SãO OfERECIDOS OS
CURSOS DE bISCUIT, bORDADO
A MãO E CUSTOMIzAçãO DE
ROUPAS.
“O curso é uma porta que se abre prin-cipalmente para donas de casa que não podem trabalhar fora por conta do ex-cesso de tarefas no lar. Para mim, que tenho quase a responsabilidade toda de criar meus três filhos, Carlos, José e Karine, foi muito bom, porque posso me preocupar com o desenvolvimento deles e ainda ter uma renda extra – mesmo sem ter completado o segundo grau (era como se chamava na minha época).
Trabalho há mais de dez anos com ar-tesanato, fazendo bijuterias, montando bonecas de pano, biscuits. Mas nunca tinha ouvido falar sobre customização; não sabia o que era. Aí durante um CUR-
SO DE CORTE E COSTURA NO SESC uma pro-fessora apresentou a técnica, e convidou as alunas para participar de aulas novas. Então descobri que eu já fazia isso, em casa mesmo, reformando a roupa dos meninos: é aplicar um material que combine com o tecido em que você está trabalhando, pode ser outro tecido, ou botão, ou tinta. É reaproveitamento, res-tauração. Mas com a técnica é outra coi-sa. Hoje a customização está rendendo também, junto com o artesanato.”
DR/PI
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Co
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NOVOS RUMOS: EDUCAçãO E CURSOS DE VALORIzAçãO SOCIAL
Eloiza Nila da Costa, 35 anos, é moradora de Poconé, no Pantanal Mato-Grossense. Ela faz o Curso de Bordado no Centro de Atividades do SESC.
O CURSO DE bORDADO
INTEGRA OS CURSOS DE
VALORIzAçãO SOCIAL. AS
TURMAS NO CENTRO DE
ATIVIDADES DE POCO-
Né SãO DE TAMANhOS
VARIADOS, GERALMENTE
20 ALUNOS. TAMbéM SãO
OfERECIDOS CURSOS DE
PINTURA EM TECIDO, MA-
NICURE E PEDICURE, ARTE-
SANATO EM PATChwORk,
PINTURA EM TELA, TRICô,
ARTESANATO EM TEAR,
CORTE E COSTURA, ENTRE
OUTROS.
“Sou cuidadora de idosos, mas trabalhar com arte manual sempre me ajudou nas rendas extras: sei fazer pintura em tela, em tecido, entalhes de madeira, ponto de cruz, ponto oitinho. Uma amiga minha que trabalha no SESC me falou que eles iriam ensinar de graça o ponto-russo, que é bordado em linhas. Eu já conhecia, mas não aprendi bem. E eles ainda dão o material todo de sala de aula. Então me inscrevi no CURSO DE bORDADO. Soubemos também que seria dado um curso de violão, então meu filho Danilo Ga-briel, de 9 anos, também aproveitou. Mal comecei e já estou com várias encomendas!
Foi uma grande oportunidade. Aliás, o SESC em Poconé é uma ótima oportunidade para as pessoas daqui aprenderem e traba-lharem, estudarem, e com isso conseguirem mais recursos. An-tes não tínhamos onde aprender essas coisas. É muito bom para quem quer continuar a se aperfeiçoar. No meu caso, que preciso criar meu filho sozinha, é realmente uma chance.”
EESP
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SERVIçO SOCIAL DO COMéRCIO
Sonia Lucia Carrera de Rezende, 58 anos, é amapaense. Morou 28 anos em São Paulo e vive em Ananindeua, na região metropolitana de Belém (PA).
NO PARá INTEGRAM TAMbéM
OS CURSOS DE VALORIzAçãO
SOCIAL OfERECIDOS PELO
PROGRAMA DE COMPROMETI-
MENTO E GRATUIDADE (PCG)
OS CURSOS DE APRESEN-
TAçãO PESSOAL (ESTéTICA
E bELEzA) E TRAbALhOS
MANUAIS. AS TURMAS NãO
ULTRAPASSAM 30 ALUNOS.
“Ainda estou terminando o curso de COR-
TE E COSTURA no SESC Doca, mas já me inscrevi no de Malharia! Agora vou em frente: nunca encontrei uma aula onde eu aprendesse tão bem, pois o SESC dá tudo: do lápis e papel ao tecido e à má-quina, com a professora por perto, sem-pre vistoriando. Fiz vários cursos bási-cos de costura industrial, em São Paulo, todos com molde de papel, mas em ne-nhum aprendi tão rápido e tão prático. No SESC estou sempre na frente da tur-ma, sou sempre a primeira a entregar as tarefas.
trabalho já com enxoval para bebês e cortinas, mas faltava fazer roupas. Prin-cipalmente as minhas, pois tenho 1,56 metro e peso 40 quilos, sou bem peque-nininha, e por isso comprava sempre em lojas de roupas para crianças. Desde o começo do curso, em abril, já fiz calça comprida, camisa, vestido, saia... Falta agora um blazer. Minhas sobrinhas – são 12 – não param de me pedir peças.
O SESC faz parte de uma grande virada na minha vida. Em São Paulo eu era labo-ratorista de lentes, mas não era o que eu gostava mesmo. Fiquei desempregada, e foi a melhor coisa que me aconteceu, hoje é que vejo: porque aí procurei o que eu gostava, que era costurar. Vim para o Pará, pois minha família toda mora aqui (seis irmãos), para ajudá-los, mas aí conheci o curso do SESC, o que foi um ponto para ficar. sinto saudades de são Paulo, mas aqui, fazendo as roupas, está muito bom. A gente não sabe os desíg-nios de Deus.”
DR/PA
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NOVOS RUMOS: EDUCAçãO E CURSOS DE VALORIzAçãO SOCIAL
Ilma Rodrigues Jesus, 32 anos, é moradora da comunidade Tancredo Neves, em Salvador, Bahia. Ela frequenta o curso Tranças com Mega.
O CENTRO DE fORMAçãO ARTESANAL DO
SESC, EM SALVADOR, DESENVOLVE CUR-
SOS E OfICINAS DE VALORIzAçãO SOCIAL
E ARTESANATO, PARA O AUMENTO DA
SOCIAbILIDADE E DA AUTOESTIMA, ALéM
DE PROPORCIONAR GERAçãO DE RENDA.
A CADA EXERCíCIO, REALIzA EXPOSIçõES
DOS TRAbALhOS DOS ALUNOS. ATUA EM
COMUNIDADES CARENTES, UTILIzANDO
AULAS DE ARTESANATO, CULINáRIA,
CORTE E COSTURA, TRAbALhOS MANUAIS
E APRESENTAçãO PESSOAL COMO fERRA-
MENTAS DE PROMOçãO SOCIAL. ALCANçA
62 COMUNIDADES COM bAIXO íNDICE DE
DESENVOLVIMENTO hUMANO (IDh), UM
UNIVERSO DE 9 MIL ALUNOS INSCRITOS,
DISTRIbUíDOS EM 312 TURMAS.
“Faço tranças desde cedo. Na verdade cursei técnica de enfermagem, mas nun-ca trabalhei em enfermagem oficialmen-te, de carteira assinada, porque esse tra-balho com cabelos aprendi em família, e até hoje faço. tenho uma clientela fixa, forte, e atendo em casa. Há muito tempo eu sentia necessidade de aprimorar meu trabalho: ficava bom, mas podia ser me-lhor, se eu soubesse as técnicas usadas nos salões. Mas esta técnica é difícil, e os cursos eram sempre muito caros para mim; eu nunca poderia pagar.
Então o CENTRO DE fORMAçãO ARTESANAL do SESC ofereceu as aulas de Tranças com Mega aqui na associação de mo-radores, de graça. Estou achando ma-ravilhoso e aproveitando ao máximo. E minhas clientes também, porque o re-sultado, que já era bom, está cada vez melhor. As aulas são ótimas, e a profes-sora, perfeita. Vou ao curso uma vez por semana e, por minha experiência gran-de, sou considerada uma das melhores da turma. Ao final do ano devemos fazer uma exposição de tranças, aqui na co-munidade.”
DR/BA
Cés
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SERVIçO SOCIAL DO COMéRCIO
CORPO E MENTE:esPoRte, cultuRa e ação social
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CORPO E MENTE: ESPORTE, CULTURA E AçãO SOCIAL
“Vou ao PROGRAMA ESPORTIVO SOCIAL E CIDADANIA, segundas, quar-tas e sextas à tarde, para fazer vários esportes: handebol, volei-bol, tênis, natação. Podemos praticar mais de um esporte por dia, mas também fazemos passeios e temos palestras sobre muitos assuntos interessantes: já aprendemos sobre drogas, sobre sexo, sobre prevenção a doenças. Nos passeios vamos a exposições – algumas no próprio SESC – e lugares como o zoológico, por exem-plo. Gosto muito de lá, fiz muitos amigos, minhas notas na escola melhoraram também um pouco por conta disso. As notas estão altas porque aprendo um pouco de cada coisa lá, e quando temos dúvidas nas matérias da escola os professores ajudam a gente. E ainda temos médico e dentista.
O engraçado é que quando fui sorteada na escola não dei muita importância, mas hoje eu adoro. É tão bom que minha mãe co-locou meu irmão Douglas também no programa. Por conta dele, muitas pessoas são ajudadas, pessoas sem recursos, que não te-riam condições financeiras para pagar o que eles oferecem.”
Jéssica Letícia Vasconcelos Lisboa, 12 anos, mora em Brasília, Distrito Federal. É aluna da 6ª série do ensino fundamental do SESC 4.
O PROGRAMA ESPORTI-
VO SOCIAL E CIDADANIA
(PESC) ATENDE CRIANçAS
DE 7 A 12 ANOS EM ESTADO
DE VULNERAbILIDADE
SOCIAL. ATIVIDADES
ESPORTIVAS E CULTURAIS,
LAzER, INfORMAçõES
SObRE MEIO AMbIENTE,
TURISMO CíVICO, REfORçO
ESCOLAR, OfICINAS E
ACOMPANhAMENTO MéDI-
CO, NUTRICIONAL E ODON-
TOLóGICO SãO AS AçõES
DESENVOLVIDAS. AS
CRIANçAS PARTICIPANTES
DO PESC DEVEM ESTAR MA-
TRICULADAS EM ESCOLAS
PúbLICAS DAS CIDADES DO
GAMA, VILA ESTRUTURAL
E TAGUATINGA SUL. TODO
O MATERIAL UTILIzADO PE-
LAS CRIANçAS, INCLUINDO
A ALIMENTAçãO, é CEDIDO
PELO SESC.
DR/DF
j.R
. Net
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SERVIçO SOCIAL DO COMéRCIO
O PROjETO ESPAçO
CIDADãO E ORIENTAçãO
ESPORTIVA (PECOE) DESEN-
VOLVE UM TRAbALhO DE
EDUCAçãO COMPLEMEN-
TAR, VISANDO à MELhORIA
DA qUALIDADE DE VIDA
DE CRIANçAS E ADOLES-
CENTES, COM ATIVIDADES
EDUCATIVAS, CULTURAIS,
DE PREVENçãO à SAúDE,
ORIENTAçãO à CIDADANIA
E ESPORTIVAS. A INICIATIVA
CONTA COM EqUIPE MUL-
TIDISCIPLINAR, COMPOSTA
POR PROfISSIONAIS DAS
áREAS DE EDUCAçãO
fíSICA, SERVIçO SOCIAL,
PEDAGOGIA E ARTES.
ATUALMENTE OS jOVENS
SãO ATENDIDOS NO SEGUN-
DO TEMPO DAS ATIVIDADES
ESCOLARES, NAS UNIDADES
DO SESC DE COLATINA,
DE VITóRIA, DE CARIACICA
(CELC) E VILA VELhA.
Kezia Raysnah Machado Correia, 12 anos, é aluna da 5ª série do ensino fundamental da Escola São Vicente de Paulo. Reside no bairro Piedade, em Vitória (ES).
“Entrei para o PROjETO ESPAçO CIDADãO E ORIENTAçãO ESPORTIVA em 2009, no início do ano, mas tive de sair, porque precisei ficar em casa às tardes com o meu irmão mais novo, Marcus Vinicius, para que minha mãe pudesse ir trabalhar. Fiquei muito triste, porque lá fazemos esportes e temos palestras sobre muitas coisas inte-ressantes: política, corpo humano, educação sexual, prevenção de doenças, funcionamento da polícia, como respeitar os pais. Agora em agosto voltei, pois prometi voltar.
Gosto muito de lá, tenho muitos amigos. No esporte hoje sei mais, em handebol, basquete, vôlei, futebol. E com as palestras posso aprender sobre assuntos que a escola não dá; nunca tive chance de falar sobre estas coisas na escola. no sesC cada mês é um tema, e é como se fosse uma aula mesmo. Me sinto diferente hoje por isso: porque sei de coisas que antes não sabia. E também porque aprendi com os professores, que são muito gentis, que na vida nada se consegue respondendo – preciso escutar os outros.
DR/ES
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CORPO E MENTE: ESPORTE, CULTURA E AçãO SOCIAL
João Pedro Bernardo Ferreira Batista, 14 anos, é morador de Guaiuba, na região metropolitana de Fortaleza (CE).
O PROjETO fUTSAL SESC PROMOVE
ESPORTE E INCLUSãO SOCIAL PARA
CRIANçAS E ADOLESCENTES DE fAMí-
LIAS DE bAIXA RENDA, EM fORTALEzA.
hOjE EXISTEM NúCLEOS NOS bAIRROS
DE PIRAMbU, VILA UNIãO, fARIAS bRITO,
DIAS MACEDO E CENTRO. CADA NúCLEO
ATENDE A 100 ALUNOS, DE 8 A 17 ANOS.
PARA DAR VISIbILIDADE AOS ALUNOS
E POSSIbILITAR A ELES A ENTRADA NO
MERCADO PROfISSIONAL DE fUTSAL,
O PROjETO CRIOU AS SELEçõES SUb
15, 17, 18 E 20. fORMAçãO DE VALORES,
EDUCAçãO, SOCIALIzAçãO E MELhOR
qUALIDADE DE VIDA PARA OS jOVENS ES-
TãO ENTRE OS ObjETIVOS DO PROjETO.
A INICIATIVA DESENVOLVE PARCERIAS
COM DIVERSAS INSTITUIçõES: COLéGIO
LOURENçO fILhO, SESPORTE, fACULDA-
DE fAMETRO E MESA bRASIL SESC.
“Faz um ano e meio que estou no PROjE-
TO fUTSAL SESC. Posso dizer que mudou tudo na minha vida. Não só no esporte, mas no relacionamento com as outras pessoas, na disciplina. Ao invés de ficar pela rua, fazendo coisa errada, eu e os outros meninos estamos aqui – meus pais mesmo têm muita confiança no pes-soal do SESC. Eu era mais encrenqueiro. Venho para o futsal todos os dias, de se-gunda a sexta, pela manhã, depois tomo banho, almoço (eles dão refeição) e vou para a escola. Inclusive ganhei bolsa no colégio por conta de convênio do sesC com a escola. Da minha casa até o SESC leva cerca de uma hora e vinte minutos, mais ou menos.
Participo do projeto desde o início, desde o piloto. Quando começaram as seletivas para os Núcleos e para as seleções, con-corri com mais de 200 outros meninos, e passei, entre 25. Hoje jogo na seleção Sub 17, e jogo no Campeonato Cearen-se de Futsal. Quero ser jogador de futsal profissional, mas também quero cursar uma faculdade, de Engenharia Civil.”
DR/CEjr
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ela
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SERVIçO SOCIAL DO COMéRCIO
Israel Oliveira Ramos, 16 anos, mora em Palmas, Tocantins. É aluno do 1º ano do ensino médio.
UM DOS PROjETOS
ESPORTIVOS MAIS
IMPORTANTES DO SESC
TOCANTINS, EM PALMAS,
é O TêNIS SESC. O
PROjETO REúNE ALUNOS
COM IDADES ENTRE 5 E
14 ANOS, EM AULAS GRA-
TUITAS TRêS VEzES POR
SEMANA. O SESC Dá TODA
A ESTRUTURA NECESSá-
RIA, COMO RAqUETES,
bOLINhAS, REDE E A
qUADRA. UM DOS PRO-
fESSORES é wALTEILDO
ANTUNES AYRES DE LIMA
SEGUNDO, O “TODINhO”,
PRIMEIRO NO RANkING
TOCANTINENSE.
“Entrei para o TêNIS SESC para passar o tempo: fui sorteado na escola, dentre 32 alunos, para uma bolsa no curso, e decidi co-nhecer. A bolsa foi por conta de uma parceria entre o meu colégio, Santa Rita de Cássia, e o SESC. Não dava nada pelo esporte, mas, depois de um mês, comecei a gostar. e, olha só, hoje sou consi-derado o melhor tenista de 16 anos do sesC, e um dos melhores do estado. Já ganhei três vezes o campeonato interno do sesC, e acabo de ser campeão em Catalão, Goiás, e vice-campeão em Redenção, no Pará, na categoria da minha idade.
isso tudo me despertou a vontade de ser professor de tênis. Mi-nha meta agora – coloquei na cabeça – é ensinar tênis. Vou fazer vestibular para Educação Física e dar aulas do esporte. Minha família agora me apoia; mas como eu mesmo, no começo, não li-gavam muito, até que as vitórias foram acontecendo. O fato de ser gratuito ajuda muito. E os professores são ótimos, educados, sabem ensinar.”
DR/TO
An
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CORPO E MENTE: ESPORTE, CULTURA E AçãO SOCIAL
Raiane Simplício, 12 anos, é aluna do 6º ano do ensino fundamental da Escola Estadual Fernando Machado, em Ponta Negra, Natal (RN).
VIDA NA VILA é UM PROGRAMA DE
INCLUSãO, DESTINADO A jOVENS
ENTRE 12 E 16 ANOS EM SITUAçãO
DE RISCO SOCIAL. é REALIzADO
NA VILA DE PONTA NEGRA, bAIRRO
DE NATAL, ANTERIORMENTE COM
ALTOS íNDICES DE PRObLEMAS DE
AbUSO E EXPLORAçãO SEXUAL
DE MENORES. O SESC OfERECE:
EDUCAçãO DE jOVENS E ADULTOS
(EjA), ATIVIDADES fíSICAS E DE
LAzER, COMO ESPORTES E DANçAS,
REUNIõES PARA RESGATE DA IDEN-
TIDADE SOCIAL E CULTURAL DA
COMUNIDADE EM ESPAçOS PúbLI-
COS COMPARTILhADOS, AçõES DE
EDUCAçãO AMbIENTAL, EDUCAçãO
INfORMAL E COMPLEMENTAçãO
ESCOLAR, NO ESTíMULO à LEITURA.
“Gosto muito do xilofone. Tocar relaxa a cabeça. Toda terça, quinta e sexta estou lá no VIDA NA VILA, dois dias para tocar e a sexta para recreação. Antes ficava às tardes sem fazer nada, vendo televi-são. Mas tive o exemplo do meu irmão, Reginaldo, de 18 anos, que aprendeu e tocou xilofone por um bom tempo lá. En-tão me animei, e quando ele saiu para ir para a Marinha o xilofone dele passou para mim. Quando eu sair será a vez do instrumento ir para o meu irmão mais novo, o Reinaldo, que está com 9 anos. O Reginaldo era melhor do que eu tocan-do, mas eu pretendo ir em frente com a música, não vou parar não. Vamos ver no que dá.
somos 35 na banda. Fazemos apresen-tações onde convidam – a última foi no McDonald’s. Tocamos Asa branca, Cai-cai balão, várias músicas assim popula-res. Reparei que ando diferente. Tem um ano que estou no projeto, mas estou me soltando mais na escola, com os amigos, em tudo.”
DR/RNEv
ald
o G
om
es
33
SERVIçO SOCIAL DO COMéRCIO
Matheus Oliveira, 12 anos, aprendeu cavaquinho no Grupo do SESC Santo Amaro, no Recife (PE).
O GRUPO DE ChORO
INfANTOjUVENIL DO
SESC SANTO AMARO é UM
PROjETO qUE OfERECE
EDUCAçãO MUSICAL PARA
jOVENS ENTRE 8 E 17 ANOS,
EM SUA MAIORIA PERTEN-
CENTES à COMUNIDADE DE
SANTO AMARO E bAIRROS
ADjACENTES. ALéM DE
ENSINAR AOS INTEGRANTES
O DOMíNIO DE INSTRUMEN-
TOS MUSICAIS, O PROjETO
TAMbéM ACOMPANhA
SEU DESENVOLVIMENTO,
COM AULAS DE REfORçO
E ACOMPANhAMENTO
PSICOLóGICO. O CONjUNTO
COLECIONA PARTICIPAçõES
EM EVENTOS MUSICAIS E
CONGRESSOS.
“Vale muito a pena. Depois que comecei a estudar música fiquei mais tranquilo, com mais educação, mais civilizado. Mais maduro, acho. Agora já tenho mais consciência da vida. Minhas notas na escola também melhoraram muito, porque o professor fala muito em educação, que quem não tira nota boa nos estudos não toca. Teve até um menino, que tinha repetido duas vezes o mesmo ano, que começou a passar direto! Precisamos mostrar os boletins da escola. Fui parar lá porque pedi à minha mãe para me colocar em algum curso à tarde, depois da escola. ela estava passando na rua e viu uma placa grande do SESC falando das aulas. O GRUPO DE ChORO
INfANTOjUVENIL DO SESC começou há três anos e meio, mas estou lá há dois anos e meio. Somos 20, comigo.Agora me interesso também mais por instrumentos e músicas diferentes. Aprendo principalmente chorinho no Grupo, mas já estou mais ligado em outros tipos de música, porque antes eu só ouvia as músicas de rádio, pagode e brega. Quero também apren-der violão e guitarra, já. Eu tinha feito há muito tempo aulas de futsal no SESC Casa Amarela, mas depois saí. Hoje conheço mui-tas unidades do SESC, porque nos apresentamos em várias delas, com o Grupo.”
DR/PE
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Mo
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CORPO E MENTE: ESPORTE, CULTURA E AçãO SOCIAL
Abigail Ágape de Jesus Amaral, 14 anos, é aluna da 8ª série do ensino fundamental na Escola Marechal Castello Branco, em Macapá (AP).
O CURSO DE INICIAçãO AO
CANTO é UMA INTRODUçãO
MUSICAL. NELE, OS ALUNOS
APRENDEM A PARTE báSICA
DA MUSICALIzAçãO, COM
NOçõES DA PARTITURA E
êNfASE EM TéCNICAS VO-
CAIS, POSTURA, hARMONIA
E SUAVIDADE NO CANTO.
AS AULAS SãO TEóRICAS E
PRáTICAS, E SãO REALIzA-
DAS àS TARDES NA UNIDADE
SESC ARAXá. OS ALUNOS
fORMAM UM PEqUENO
CORAL MISTO DE CRIANçAS
E ADOLESCENTES, PARA
APRESENTAçõES.
“Sempre gostei de música, acho que tenho potencial para ser can-tora. Sou contralto. No curso de INICIAçãO AO CANTO estou conhe-cendo a música com mais profundidade: já sei o que é necessá-rio para alguém cantar bem. Aprendi que não é qualquer pessoa que pode cantar. Conheço agora estilos diferentes de música, os instrumentos. Aquilo que antes eu gostava hoje já sinto de outra maneira. Também estou aprendendo teclado. E muitos e muitos detalhes que antes eu não sabia. Comecei a ver a música com ou-tros olhos.
Fiquei sabendo do curso pela minha avó, Oscarina, que cursa a al-fabetização para idosos no SESC Araxá. Ela me incentivou – trou-xe os papéis de inscrição. Sempre fui uma pessoa tranquila, de-licada, e acho que a música está me tornando ainda mais. Ainda não sei que faculdade irei fazer, mas sei que vou ser cantora. Em gospel, pop rock ou apenas pop.”
DR/AP
Mak
suel
Mar
tin
s
35
SERVIçO SOCIAL DO COMéRCIO
“Conheci o SE LIGA! há um ano, foi minha irmã Franciele que me falou do projeto. Nós moramos bem pertinho do SESC santo André. Faço dois cursos aqui, um de Grafite e Poesia, e outro de teatro. Adoro grafitar, a professora Val traz para os encontros poesias e textos de literatura para nos inspi-rar, enquanto o professor Tota ensina a fazer os desenhos, os moldes, e depois a preenchê-los com tinta. É muito legal. Hoje gosto até mesmo de ler, fico também procurando tex-tos em livros...
no curso de teatro, no semestre passado, fiz parte do gru-po de Teatro do Oprimido. Foi muito bom ver o dia a dia da turma no palco, sabe? As histórias que nós encenáva-mos eram reais, do nosso cotidiano. Escrevi até uma peça sobre pessoas que não querem ouvir sua família e acabam passando por dificuldades. É muito importante escutar a opinião de quem realmente gosta de você.”
Renato Matheus de Freitas Ferreira tem 14 anos, estuda e vive em Santo André (SP). Cursa a 8ª série do ensino fundamental.
O SE LIGA! é UM PROjETO
DE EDUCAçãO NãO fORMAL
NA áREA DE ARTES E
ESPORTES, VOLTADO PARA
ADOLESCENTES DE 12 A 18
ANOS. O PúbLICO é MAjO-
RITARIAMENTE DE jOVENS
CARENTES qUE VIVEM EM
COMUNIDADES DO ENTOR-
NO DO SESC SANTO ANDRé.
O PROjETO COMPREENDE
CURSOS SEMESTRAIS ONDE,
ALéM DOS CONTEúDOS
ESPECífICOS, PROCURA-SE
TRAbALhAR A SOCIAbILIzA-
çãO DOS jOVENS.
DR/SP
Piu
Dip
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CORPO E MENTE: ESPORTE, CULTURA E AçãO SOCIAL
Aedda Mafalda, 29 anos, mora em Piedade, no Rio de Janeiro (RJ). Estuda Dança na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O PROjETO CALENDáRIO POPULAR é UMA DAS
INICIATIVAS DO SESC RIO DE jANEIRO VOLTADAS
à DIMENSãO SOCIAL DA CULTURA. NA UNIDADE
MADUREIRA SãO OfERECIDAS AO LONGO DO ANO
OfICINAS DE DANçAS bRASILEIRAS. A CADA fIM
DE SEMANA OS INSCRITOS APRENDEM SObRE
CACURIá, jONGO, SAMbA DE RODA, DANçAS DO SUL,
DANçAS AfRO, MARACATU, COCO, CIRANDA, LUNDU,
SIRIá, CARIMbó E TAMbOR DE CRIOULA, EM OfICI-
NAS E DEMONSTRAçõES DE PROCESSOS CRIATIVOS
DE OITO GRUPOS DE DANçARINOS CONVIDADOS.
A INTENçãO é PROMOVER A REfLEXãO SObRE A
DIVERSIDADE CULTURAL DO PAíS, ESTREITAR RELA-
çõES COM LIDERANçAS E ORGANIzAçõES LOCAIS, E
AMPLIAR PARCERIAS, DIfUNDINDO E fORTALECEN-
DO A CULTURA POPULAR.
“Nossa, o SESC facilitou muito a minha vida! Depois que descobri os projetos culturais gratuitos, como o CALENDáRIO
POPULAR, não parei mais. Fiz meu cadas-tro no site do SESC, para saber das pro-gramações. É que, em geral, as pessoas que já trabalham com cultura é que di-vulgam, umas às outras. e há tanta gen-te que se soubesse poderia ir, pessoas que moram perto, que gostam de cultu-ra e não têm acesso. Comigo foi assim: um amigo me contou das oficinas, mas eu não pude ir, o mês era de tambor de crioula. Mas depois soube que as aulas continuavam e desde então estou fre-quentando muito – inclusive remanejei as aulas de sábado na faculdade para po-der ir às oficinas.
Agora aprendo mais sobre o samba de roda. Como estudante de Dança, quero trabalhar exatamente com isso, ritmos e cultura populares. Os encontros me trouxeram novos amigos, novos proje-tos, e ajudam a me preparar melhor para o tema com o qual pretendo lidar. Quero ainda aproveitar as muitas outras pro-gramações voltadas à cultura popular oferecidas pelo SESC.”
DR/RJ
Cés
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SERVIçO SOCIAL DO COMéRCIO
“Continuo indo ao SESC todos os dias, mesmo depois de aposentada – trabalhei 35 anos lá, no sesC Poço, como cozinhei-ra. Hoje participo do coral, do folclore e do projeto era Uma Vez. Os três fazem parte do TRAbALhO SOCIAL COM IDOSOS.
Posso dizer que frequentar o SESC assim é um renascimento para mim. Desde pe-quena só fiz trabalhar; praticamente não tive infância, não tive brincadeiras. Por-que para mim essas atividades são como brincar. imagina, eu que tenho quatro fi-lhos, sete netos e agora vou virar bisavó.
No SESC, temos o acompanhamento de assistentes sociais, que nos tratam com muito carinho, que estão sempre por perto, além dos professores, de teatro, de música, de dança. Quando viajamos, para apresentações do coral ou do grupo de folclore – que apresenta muitos pas-toreios e reisados –, é uma festa! É um clima muito bom. É por isso que hoje em Alagoas inteira são mais de 800 idosos, no total. No congresso que o SESC faz todo ano, é muito bonito de se ver o re-sultado desse trabalho.”
Jaete Lopes Rodrigues, 71 anos, residente em Maceió (AL). Baiana, é moradora de Poço desde que sua família foi para Alagoas, há 67 anos.
O TRAbALhO SOCIAL COM
IDOSOS ATENDE MAIS DE 150
MIL PESSOAS, EM TODOS OS
ESTADOS bRASILEIROS. ATI-
VIDADES DE SOCIALIzAçãO,
EDUCAçãO, DESENVOLVIMEN-
TO ARTíSTICO, GERAçãO DE
RENDA E CONVIVêNCIA INTER-
GERACIONAL SãO OfERECI-
DAS à TERCEIRA IDADE, PARA
RESGATE DE SUA AUTONOMIA
E AUTOESTIMA.
DR/AL
Pab
lo d
e Lu
ca
38
DDRR VALORES COMPROMETIMENTO VALORES GRATUIDADE TOTAL REALIZADO NO PCG
AM 10.051.849,00 6.098.627,00 16.150.476,00
PA 0,00 2.524.389,18 2.524.389,18
TO 256.043,06 237.494,90 493.537,96
AC 125.851,00 125.851,00 251.702,00
AP 97.964,53 355.919,00 453.883,53
RR 0,00 146.063,09 146.063,09
RO 337.364,58 337.364,58 674.729,16
MA 0,00 2.682.138,57 2.682.138,57
PI 420.188,97 420.188,90 840.377,87
CE 3.427.645,00 1.752.580,00 5.180.225,00
RN 0,00 1.270.215,75 1.270.215,75
PB 5.070.105,41 727.948,18 5.798.053,59
PE 4.777.330,72 2.539.012,19 7.316.342,91
AL 747.559,71 363.819,73 1.111.379,44
SE 416.626,62 419.821,30 836.447,92
BA 1.717.869,31 4.191.075,19 5.908.944,50
ES 0,00 2.856.943.47 2.856.943,47
MG 17.027.098,33 33.541.658,12 50.568.756,45
RJ 43.505.678,76 66.734.452,26 1.10.240.131,02
SP 98.171.962,34 166.085.171,91 264.257.134,25
PR 11.798.753,89 5.432.998,58 17.231.752.,47
SC 7.606.524,35 4.756.219,67 12.362.744,02
RS 17.236.991,14 20.630.763,75 37.867.754,89
MT 3.215.874,00 2.936.674,39 6.152.548,39
MS 638.877,00 638.878,00 1.277.755.,00
GO 9.865.112,00 4.729.514,00 14.594.626,00
DF 8.309.154,75 5.531.634,45 13.840.789,20
AN* 0,00 61.408.450,14 61.408.450,14
B R A S I L 244.822.424,47 399.475.867,30 644.298.297,77
DEMONSTRATIVOS DE VALORES APLICADOS PELO SESC NO PROGRAMA DE COMPrOMetiMentO e GrAtUiDADe (PCG) | 2009
valores em reais* Administração Nacional