Programa de Cursos em Gestão e Políticas Públicas Relatório de … · 2019-11-12 · 8 O Time O seguinte time do Programa de Cursos em Gestão e Políticas Públicas conduziu

Relatório de Atividades 2018Programa de Cursos em Gestão e Políticas Públicas

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Relatório de Atividades - Programa de Cursos em Gestão e Políticas Públicas

Sumário

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Políticas Públicas no Insper

O Conselho

Eletivas na Graduação

O Plano Inicial

Realizações

A Fundação Brava

O Time

Os Desafios

Educação Executiva

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Programa Avançado em Gestão Pública

Outras entregas: cooperação com outras áreas do Insper

20Detalhamento Orçamentário e Financeiro

21Perspectivas para 2019

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Mestrado em Políticas Públicas

Carreira na área de Políticas Públicas

Jornalismo

Conclusões


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Políticas Públicas no Insper

O Insper é uma instituição sem fins lucrativos, dedicada ao ensino nas áreas de economia, administração de empresas, engenharias e direito, tanto em seus cursos de graduação, como em pós-graduação stricto sensu e lato sensu.

Para quem olha de longe, o Insper é uma escola moderna voltada ao mundo dos negócios. Dentro desse olhar, tem conquistado a preferência de jovens interessados em ingressar em curso superior e já é uma das escolas melhor avaliadas para pessoas que buscam especialização de alto nível no Brasil.

Ao olhar mais de perto, aparece no Insper um particular interesse pelos rumos da sociedade brasileira. Sendo uma organização privada e de interesse público, o Insper tem como objetivo exclusivo melhorar o país, pela excelente formação de seus jovens.

Fruto dessa vocação pela área pública, professores e dirigentes da escola participam intensamente do debate público no Brasil, tanto em temas gerais de política econômica quanto na avaliação de inúmeras políticas setoriais. São diversas as formas pelas quais o estímulo a este debate se dá: cátedras (incluindo publicações acadêmicas, working papers e policy papers), eventos, cursos e área de concentração, entre outros.

A maior parte dos professores que pesquisam e trabalham sobre essa temática está organizada

tanto no Centro de Políticas Públicas do Insper (CPP) como em Cátedras como Ruth Cardoso, Instituto Ayrton Senna, Instituto Unibanco e Palavra Aberta. Eles congregam o esforço da instituição nessa área e organizam debates e eventos para divulgar seus resultados de pesquisa.

O Brasil tem enfrentado desafios contínuos nas áreas de gestão, formulação e avaliação de políticas públicas ao longo do tempo. O país não tem conseguido desenvolver grandes programas, ações ou decisões que visem ao aumento da produtividade, ao crescimento econômico e ao bem-estar da população. Saúde, segurança e saneamento são alguns exemplos de setores que precisam de mais atenção. Todas as áreas necessitam de políticas públicas para aumentar o emprego, reduzir a desigualdade e melhorar a infraestrutura. Por isso, é fundamental avaliar o impacto dos projetos existentes e descobrir quais deles devem ser ampliados e finalizados. Isso sem contar os que devem ser criados. São esses os desafios que a área de Gestão e Políticas Públicas no Insper pretende ajudar a enfrentar.

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O Plano Inicial

A Fundação Brava

A Brava é parceira histórica do Insper. A Fundação também é uma organização sem fins lucrativos, que desenvolve e apoia iniciativas de impacto para contribuir com o desenvolvimento do Brasil. Foi fundada em 2000, com o sonho de ajudar a fazer o Brasil dar certo.

Com base em sua missão de articular, viabilizar e disseminar soluções inovadoras que geram resultado para o país, a Brava trouxe ao Insper, em 2015, a proposta de criar um centro de estudos, ensino e pesquisa sobre gestão governamental,

tendo como modelo a experiência da Harvard Kennedy School of Government.

Um projeto detalhado foi apresentado na forma de um business plan para a implementação de uma área de Administração e Políticas Públicas no Insper. Esse business plan tem servido como plano inicial para a implantação da área de Gestão e Políticas Públicas da escola.

Em termos gerais, o plano iniciava por afirmar que há demanda real e, principalmente, potencial para cursos na área de gestão e políticas públicas, pois foi possível identificar:

• Alto interesse da sociedade, organizações sociais e executivos no tema;

• Oportunidade em função da baixa relação entre a oferta existente (aproximadamente 100 cursos presenciais de graduação e entre 400 e 500 de pós-graduação) e o grande número de potenciais alunos;

• Existência de um espaço inexplorado de cursos com foco em avaliação de impacto econômico e social de políticas públicas e resolução de problemas complexos;

Com esse diagnóstico em mente, o plano afirmava o desejo de tornar o Insper uma escola referência na área de gestão e políticas públicas, primeiramente no Brasil, depois em outros países. Atuando de maneira integrada às demais áreas já existentes, a meta colocada era a de ser capaz de produzir um impacto real na sociedade brasileira por meio da educação, de estudos de qualidade,

de debate amplo e da forte atuação dos centros de pesquisa.

O plano tinha como premissa um superávit operacional zero para a escola (incluindo as despesas indiretas, ou seja, os rateios das áreas de suporte do Insper, como área administrativa, biblioteca, sistemas, carreiras, entre outras).

Como resultado, o business plan apontou uma necessidade de R$ 10 milhões entre os anos de 2017 e 2021 para o ramp up do programa. A partir de 2021, alcança-se o steady state com necessidade permanente de financiamento de R$ 1,6 milhão por ano, considerando apenas os programas previstos na 1ª onda.

O plano inicial era chegar em 2021 com 13 cursos adicionais de curta e média duração; um curso de pós-graduação lato sensu com duas turmas em andamento, originalmente pensado para o formato de Certificate; e um mestrado profissional, totalizando 500 alunos por ano, o que garantiria uma receita de aproximadamente R$ 10 milhões.

O público-alvo buscado deveria ter, em média,


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Os Desafios

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Foco do Programa de Cursos em Gestão e Políticas Públicas

um terço de alunos de cada setor – público, terceiro setor e privado – a fim de garantirmos a rica troca de experiências entre os estudantes, que acreditamos ser uma das fortalezas dessa interação.

Havia também uma previsão de concessão de bolsas para um valor médio de 50% do valor dos programas, com critérios a serem definidos por curso, baseados em mérito e necessidade.

Por fim, o plano previa a premissa de não recebimento por parte do Insper de dinheiro diretamente do governo, a fim de garantir a isenção de suas ações e opiniões.

A implementação do Programa iniciou, em março de 2017, pelo refinamento dos focos que deveriam ser assumidos pela equipe. Deveríamos buscar, desde o início, alternativas de ensino focadas em jovens interessados na área pública, servidores e gestores públicos, profissionais de organizações sociais e organismos internacionais,

além de líderes públicos e executivos de empresas privadas. Dessa forma, a primeira e a segunda onda de cursos foram consolidadas, a partir do plano inicial, da seguinte maneira.

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Os alunos dos cursos de gestão e políticas públicas devem receber os conteúdos do programa oferecido e serem expostos aos valores do Insper e dos apoiadores do Programa. Resumidamente, estes valores são:• Impacto social• Rigor analítico• Ética• Democracia• Diversidade• Excelência

A concessão de bolsas de estudo é um dos pilares mais importantes para fazer frente à realidade do mercado que o Programa busca alcançar, na qual servidores e funcionários oriundos do terceiro setor apresentam menores propensões a dispender um valor para um curso de aperfeiçoamento.

Os critérios gerais para a concessão de bolsas foram definidos na fase inicial. São eles:• Qualificação• Diversidade• Impacto Social• Necessidade• Comprometimento

Desde o início, buscamos parcerias acadêmicas com um trabalho de contribuição em amplo espectro. Além de visitas a vários centros de ensino e pesquisa para apresentar nosso programa de trabalho, firmamos parcerias com as escolas de políticas públicas da Universidade Federal da Bahia, Universidade de Brasília e Universidade do Estado de Santa Catarina.

O Conselho

Para dirigir, alinhar expectativas de futuro e acompanhar o desenvolvimento das atividades foi criado o Conselho do Programa de Cursos em Gestão e Política Públicas, que se reúne duas vezes ao ano. O Conselho é formado tanto por integrantes do Insper, como da Brava e convidados externos. Atualmente, temos os seguintes participantes:

• Carlos Alberto Sicupira• Carolina Da Costa• Cecilia Sicupira• Claudio Haddad• Felipe Goes• José Alexandre Scheinkman• Marcos Lisboa• Paulo Ferraz• Paulo Furquim de Azevedo• Ricardo Henriques

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O Time

O seguinte time do Programa de Cursos em Gestão e Políticas Públicas conduziu as atividades durante grande parte do ano de 2018.

André Marques foi o PMO geral do Programa e responsável pelo cumprimento do plano de implantação. André participou de todas as atividades desenvolvidas e no final do ano iniciou uma pesquisa sobre a situação fiscal do Estado do Rio de Janeiro. Dedicação integral.

Carolina Miotto foi responsável pelas relações institucionais da área e por parte da carteira de novos projetos. Dedicação Integral.

Mariana Almeida foi responsável pela integração dos Cursos Executivos com o portfólio atual, bem como pelo desenho e a realização dos novos cursos de educação executiva. Participou efetivamente de todas as atividades desenvolvidas. Dedicação integral.

Marcelo Marchesini foi o responsável pelo conteúdo acadêmico de todo o portfólio do Programa de cursos em Gestão e Políticas Públicas. Teve notável importância no desenho do Programa Avançado em Gestão Pública (PAGP) e no Mestrado em Políticas Públicas (MPP), bem como na disciplina que será oferecida para os alunos da Graduação. É o coordenador geral do PAGP e também participou de todas as atividades realizadas. Em 2018, passou a ser professor em tempo integral do Insper e permaneceu com dedicação de 20 horas por semana (2 dias e meio).

Milton Seligman atuou como líder do time e dedicou-se em garantir o foco nas atividades para a implantação do Programa de Cursos em Gestão e Polí-ticas Públicas. Dedicação de 24 horas por semana (3 dias).

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Nestes dois primeiros anos já passaram pelos cursos de educação executiva 1072 alunos, em 28 turmas em um total de 924 horas. Além disso, começamos as aulas da primeira turma de pós-graduação com o Programa Avançado em Gestão Pública, com os primeiros 32 alunos e a

primeira turma do Mestrado em Políticas Públicas foi aprovada junto a CAPES, sendo que as aulas se iniciarão ainda em 2019. Tivemos, nestes dois primeiros anos, quatro disciplinas eletivas na graduação, sendo duas dadas em 2017 e outras duas em 2018.

O ano de 2018 foi o segundo ano de atuação formal e estruturada da Educação Executiva em Gestão e Políticas Públicas, o que permitiu uma análise mais aprofundada sobre o potencial dos cursos, o perfil do público e as lacunas que o Programa ainda precisa preencher. Pode-se dizer que 2018 foi um ano de experimentar e crescer, um período de realização de iniciativas inovadoras, consolidação de temas importantes e expansão de alunos e assuntos.

Enquanto no ano de 2017 foram realizadas sete turmas, em 2018 esse número subiu para 21. Foram 14 cursos diferentes, dos quais quatro já faziam parte do portfólio, dois foram lançamentos para turmas abertas e oito foram cursos customizados.

As turmas abertas ampliaram seu escopo, incluindo os cursos de Compliance no Setor

Realizações

Educação Executiva

Público e Inovação no Setor Público: desafios para uma prática disruptiva. As duas temáticas estão na agenda prioritária da gestão pública no atual momento do país e as primeiras turmas formadas conseguiram atrair gestores de alto nível de diferentes instituições, públicas e privadas, de estados do sudeste, nordeste e sul do Brasil, além do Distrito Federal. Mesmo com a ampliação de cursos, a média das turmas abertas se manteve em 30 alunos, indicando melhora na capacidade de atração de estudantes, que totalizaram 356 nos cursos abertos de 2018, contra 103 no ano de 2017.

No âmbito dos cursos customizados, três deles foram continuação de programas já existentes em 2017. Os outros foram elaborados com temas e formatos bastante diversos, que representaram um grande aprendizado para o programa.


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Tabela: Cursos Realizados em 2018

Foram feitos dois programas em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social, um com uma turma ampla, cinco módulos e temática diretamente relacionada à implementação de um programa. O segundo, mais curto e com uma temática mais generalizável, de Governança Colaborativa, que será adaptada para um curso aberto em 2019. Este também será o destino de outros dois cursos customizados, um sobre monitoramento do orçamento público, organizado para duas ONGs com atuação na área de Direitos Humanos, o Conectas e o Sou da Paz, e um sobre Gestão de Programas Sociais baseado em evidências, elaborado em conjunto para o Instituto Ayrton Senna.

Por fim, a última experiência do ano foi uma

parceria com o RenovaBR, um curso destinado a deputados federais e senadores eleitos pela primeira vez. Essa foi a primeira aproximação da área de Gestão e Políticas Pública ao público legislativo e deixou lições importantes em termos de conteúdos que podem ser trabalhados e sobre fatores importantes para que uma abordagem com esse segmento mantenha o caráter amplo e plural da escola.

Vale ressaltar, também, que a maioria dos cursos realizados teve uma excelente avaliação, sendo que aqueles que apresentaram NPS inferior a 70 passaram por reformulação para poder melhorar sua performance. Estes casos serão detalhados na descrição do curso específico.

Em resumo, os avanços de 2018 deixam importantes aprendizados e indicações para o enfrentamento dos desafios de 2019.

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1) Investimentos em Parcerias Público-Privadas

O curso é realizado em parceria com a Radar PPP e a Universidade Católica de Lisboa e forma duas turmas abertas por ano. Em seu conteúdo, avalia as oportunidades e os riscos de investimento privado em serviços de utilidade pública, apresenta o panorama dos principais players envolvidos no mercado brasileiro de PPP e discute a lógica de estruturação e gestão de contratos de PPP. Trata-se de um curso bem avaliado e que sempre finaliza suas turmas com uma mesa de debate, permitindo a contextualização do conteúdo na conjuntura específica. Encontra-se em estágio de avaliação de melhoria contínua.

Docentes: André Marques, Felipe Sande, Fernando Haddad, Guilherme Naves, Isadora Cohen, Ricardo Reis e Sandro Cabral

2) Urbanismo, cidades e liderança consciente/Inovação urbana: novas formas de fazer cidade

O curso apresenta uma abordagem diferenciada com relação ao urbanismo e ao conhecimento sobre a cidade, que devem ser entendidos como um campo de atividade, onde diversos profissionais podem e devem aplicar seus conhecimentos e ferramentais. Realizado em parceria com a Arq Futuro, traz uma visão ampla, passando pelas principais discussões em torno da construção e dinâmica de uma cidade, estimulando a aproximação entre a sociedade civil, o poder público e a iniciativa privada, a fim de criar possibilidades inovadoras e efetivas de desenvolvimento sustentável para os centros urbanos.

O curso é muito bem avaliado pelos alunos, mas apresentou baixa procura nas edições de 2017 e primeira edição de 2018. O nome e o conteúdo foram reformulados e a última turma melhorou seu desempenho em termos do número de estudantes.

Docentes: Ana Carla Abrão, André Marques, Benjamin Citron, Bia Vanzolini, Carmem Silva, Danilo Igliori, Eduardo Vasconcellos, Edward Glaeser, Francisco Saboya, Gilberto Peralta, Luciana Nicola, Mariana Chiesa, Mauro Quintanilha, Pablo Cerdeira, Patricia Tavares, Priscila Borin, Raul Juste Lores, Rodrigo Tavares, Sergio Lazzarini, Stela Goldenstein, Tomas Alvim e Vinicius Andrade.

3) Mensuração de impacto social

Um dos cursos mais procurados por pessoas do setor público e terceiro setor, apresenta e contextualiza o conceito de impacto social, com ênfase em comprovação do efeito de intervenções sobre resultados transformadores nas populações-alvo. Ele também analisa a construção do modelo lógico, a ligação entre intervenções e resultados mensuráveis, bem como discute abordagens alternativas de verificação de impacto com o uso de técnicas experimentais e quase-experimentais.

Embora tenha um corpo docente extremamente renomado, sua primeira turma do ano de 2018 foi muito mal avaliada pelos alunos (NPS de -8), resultado, como se pôde apurar depois, de um desalinhamento de expectativas e de um problema de encadeamento dos diferentes conteúdos ao longo do curso. Diversos ajustes foram feitos e a segunda turma melhorou substancialmente a sua avaliação, alcançando um NPS de 70. Ainda assim, a reformulação deve continuar em 2019, inclusive com mudança de carga horária do curso, de modo a atingirmos resultados de excelência.

Docentes: Mirela de Carvalho, Naercio Menezes, Ricardo Paes de Barros e Sergio Lazzarini

4) Relações Governamentais no Brasil

É o curso mais antigo e mais consolidado do portfólio de gestão e políticas públicas do Insper, tendo formado quatro turmas no ano de 2018. Busca apresentar as principais diretrizes que definem as relações entre o setor privado


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e o setor público no Brasil. Em seu conteúdo, apresenta os desafios da integração das relações governamentais com a estratégia de negócios das empresas e os caminhos para uma administração eficiente dos recursos disponíveis com a geração de resultados sustentáveis.

Em sua terceira turma de 2018, apresentou uma queda considerável de seu NPS (saiu de uma média de 90 para 43), gerando uma avaliação de que era chegado o momento de rever o curso. Foi identificada uma dispersão de expectativas entre os alunos, de um lado com pessoas pedindo maior aprofundamento de temas específicos e, de outro, um conjunto de reclamações quanto ao excesso de assuntos para a carga horária disponível. Assim, para 2019, a ideia é criar um segundo curso dentro da mesma temática, distribuindo melhor o conteúdo e criando a possibilidade de maior aprofundamento para alunos que já trabalham com Relações Governamentais, além de manter uma alternativa para os profissionais que estão iniciando sua jornada nesse tema e precisam de maior apoio no reconhecimento dos pontos críticos e nas técnicas de estruturação de uma equipe na área.

Docentes: Carlos Melo, Milton Seligman e Sérgio Lazzarini.

5) Compliance no setor público

Lançado em outubro de 2018, o curso de Compliance no setor público atraiu secretários de finanças, gestores de órgãos de controle e outros órgãos que convivem com os desafios da construção de estruturas de governança adequadas e confiáveis no setor público e nas organizações que lidam com o governo. Em seu conteúdo, apresenta o papel do agente público, seu contexto de atuação e a legislação incidente sobre a sua função, destacando a importância, os desafios e os princípios dos mecanismos de compliance existentes nas organizações em que os participantes do curso atuam ou com que se relacionam. O curso foi muito bem avaliado pelos alunos e seguirá compondo o portfólio de gestão e

políticas públicas no ano de 2019.Docentes: André Camargo, Fernanda

Campagnucci, Fernando Camargo, Matheus Cunha e Robinson Barreirinhas.

6) Inovação no setor público: desafios para uma prática disruptiva

Em parceria com a Brava e com o Columbia Global Centers, este curso aborda as mudanças trazidas pela revolução tecnológica em curso e a maneira como elas alteram as relações entre sociedade e Estado. Apresentando discussões como a transformação digital de serviços públicos e o uso de ciência de dados para a tomada de decisão, busca formar e fomentar equipes inovadoras no setor público. Sua primeira edição teve uma turma de 33 alunos, em sua maioria lideranças do setor público que já trabalham com aspectos de inovação em seu cotidiano e que avaliaram muito bem a iniciativa do Insper.

Docentes: Alexis Wichowski, Manuel Bonduki, Patricia Tavares e Vera Monteiro.

7) Consed – Programa de Formação em Planejamento para a Implementação de Políticas Públicas e Desenvolvimento do Ensino Médio

Este curso foi realizado em parceria e financiado integralmente pelo Instituto Unibanco e Itaú BBA, focado em apoiar técnicos das secretarias estaduais de educação no planejamento para a implementação da reforma de flexibilização curricular do Ensino Médio. Apresentou elevado engajamento e indicou que o formato de encontros periódicos entre gestores de diferentes estados é uma experiência de aprendizagem muito interessante, seja pela diversificação de conteúdo que é trazida, seja pela rede de apoio e discussão que se cria a partir daí. Para iniciativas futuras, fica o aprendizado de sempre definir uma coordenação acadêmica centralizada, além dos professores líderes, e de garantir uma visão de gestão setorial,

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contextualizando as ferramentas apresentadas para aumentar a profundidade de reflexão dos participantes e desenvolver uma visão crítica e sistêmica sobre o assunto.

Docentes: Alexsandro Nascimento, Beatriz Ferraz, Carolina da Costa, Claudia Costin, David Kallás, Eduardo Deschamps, Fernando Haddad, Francisco Soares, José Bueno, Julio Gregório, Manuel Trajtenberg, Patrícia Tavares, Ricardo Henriques e Ricardo Paes de Barros.

8) Estratégias de monitoramento do orçamento público

Este curso foi desenvolvido no intuito de apoiar organizações que trabalham com advocacy e análise de políticas públicas específicas em suas pesquisas relacionadas ao gasto público. Abordou temas como o monitoramento das etapas do ciclo orçamentário de diferentes entes federativos no Brasil, a identificação de variáveis de interesse no âmbito da estrutura orçamentária, a análise crítica de séries históricas e outras informações disponíveis no orçamento. Foi bem avaliado e os alunos deram um feedback de que seu conteúdo modificou o trabalho das instituições no que se refere ao acompanhamento da despesa pública. Para 2019, seu conteúdo será adaptado para incorporar um novo curso aberto de finanças públicas que deverá integrar o portfólio.

Docente: Mariana Almeida.

9) Formação de Lideranças para o Setor Público – ESESP

Curso realizado em formato customizado para a ESESP (Escola de Governo do Estado do Espírito Santo), financiado pelo Espírito Santo em Ação, que visou a formação de líderes capazes de promover mudanças no estado. O curso foi extremamente bem avaliado, com evidências de grande impacto gerado nos participantes e repercussão positiva no estado.

Docente: Luciana Lima.

10) MDS: Implementação do Programa Criança Feliz

Organizado em cinco módulos e com a participação de 62 alunos de diferentes estados do Brasil, o curso buscou preparar os alunos para compreender os principais elementos relacionados ao desenvolvimento da primeira infância e formular um plano de implementação estruturado para o Programa Criança Feliz. Os alunos se engajaram bastante e o resultado foi a formação de uma sólida rede de apoio entre eles, não apenas no processo de implementação do programa, mas também no desenvolvimento de metodologias para a sua avaliação e monitoramento.

Docentes: Alicia Matijasevich, Andreia Peres, Cesar Victora, David Kallás, Flavia Ribeiro, Halim Antonio Girade, Lino de Macedo, Luciana Lima, Marcelo Gómez, Marcelo Marchesini, Marcos Lisboa, Mariana Almeida e Ricardo Paes de Barros e Sandro Cabral.

11) MDS: Governança Colaborativa

Dirigido à equipe do Ministério do Desenvolvimento Social, o curso organizou conteúdos que permitissem aos gestores diferenciar políticas transversais, intersetoriais e interseccionais, compreender os principais arranjos de governança colaborativa (incluindo experiências internacionais), compreender os principais desafios envolvidos na criação de sistemas de colaboração entre órgãos governamentais no país e definir o modelo (conceitual) de atuação colaborativa para o governo brasileiro. A iniciativa foi muito bem avaliada e gerou a intenção de incluir este conteúdo em um curso aberto de educação executiva no ano de 2019.

Docentes: Marcelo Marchesini, Milton Seligman e Sandro Cabral.


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12) Dinâmicas de Poder

Curso realizado em parceria com Vetor Brasil, Ensina Brasil e Instituto Sonho Grande, que visa a discutir as relações de poder em organizações públicas, para potencializar os impactos gerados pelos participantes dos programas do Vetor Brasil e Ensina Brasil. Ao longo do curso, os alunos são convidados a conhecer estratégias para saber transitar e se posicionar em ambientes que possuem dinâmicas formais e informais de poder. É extremamente bem-sucedido, com grande geração de impacto e diversos relatos de alunos sobre a transformação gerada por ele. Para 2019, o número de turmas desse curso deve dobrar, tamanha a consistência de seus resultados.

Docente: Patricia Tavares.

13) Gestão de programas sociais com base em evidências

O Instituto Ayrton Senna desenvolveu o curso em conjunto com o Insper no intuito de capacitar a sua equipe em meio a um processo de reformulação de sua estrutura. O objetivo era apresentar aos gestores do instituto uma metodologia de desenho, monitoramento e avaliação de projetos baseada em evidências. O conteúdo passa por delimitar conceitualmente o tipo de evidências e pertinência de seu uso para a gestão de programas sociais, compreender os resultados apresentados a partir de algumas ferramentas de análise quantitativa, identificar a relevância e pertinência de uma ação social a partir do uso de evidências, desenhar um programa social com base em evidência e desenhar e gerir um sistema de monitoramento e avaliação de um programa social a partir de evidências. O curso ainda está em andamento e sua conclusão está prevista para março de 2019. A segunda avaliação parcial demonstrou forte queda da satisfação dos alunos, com o NPS caindo de 75 para 24. Um

14) Gestão Estratégica para MandatosLegislativos

Construído em parceria com o RenovaBR, o curso foi ofertado a todos os deputados e senadores eleitos pela primeira vez para um mandato federal, tendo alcançado um número de inscrições de 56 parlamentares. Seu objetivo é apoiar os alunos a planejar e implementar estratégias de ação legislativa para uma atuação eficiente. O curso foi organizado em dois módulos, tendo o primeiro sido realizado em 3 dias no Insper e o segundo em Brasília, no final de janeiro de 2019.

Foram trabalhados temas como ética, técnicas de negociação, governança, inovação, comunicação com a mídia e com a sociedade. O primeiro módulo foi muito bem avaliado pelos alunos (NPS de 96) e a experiência, bastante inovadora no Brasil, deve deixar aprendizados importantes para a área de Gestão e Políticas Públicas de como trabalhar com esse público, tão estratégico para a construção de parâmetros e políticas públicas no país.

Docentes: Ana Amélia, André Luis Santos, Carlos Melo, Eduardo Giannetti, Fabio Almeida, Felipe Recondo, Felipe Salto, Gabriel Azevedo, Lincol Maciel, Marcelo Marchesini, Marco Aurélio, Marcos Lisboa, Mendonça Filho, Milton Seligman, Natuza Nery, Nelson Jobim, Neuriberg Dias Rêgo, Patrícia Tavares, Paulo Hartung, Paulo Tafner, Pedro Burgos, Sandro Cabral, Sergio Abranches, Sérgio Sampaio, Sonia Lota, Sylvio Costa Vanessa Rahal e Vinicius Mota.

olhar cuidadoso apontou para um problema de organização do tempo entre as discussões, os exemplos e os trabalhos em grupo solicitados no curso, tema que gerou adaptações para as aulas seguintes e que se espera ter resultado na próxima avaliação.

Docente: Ricardo Paes de Barros

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Programa Avançado em Gestão Pública (PAGP)

O Programa Avançado em Gestão Pública (PAGP) iniciou em 2018 e a sua primeira turma com 32 alunos selecionados entre, aproximadamente, 200 candidatos. O curso, no formato weekend, atraiu alunos de diversos estados. A maior parte se encaixou no perfil pretendido – profissionais comprometidos, com experiência mínima de 2 anos de atuação na gestão pública ou em seus parceiros, e com potencial para liderar as suas organizações.

Os docentes alocados no PAGP contemplam uma mescla de professores em tempo integral e professores com tempo parcial, que permanecem atuando com experiências relevantes na gestão pública ou seus parceiros. Em 2018, o corpo docente do PAGP contou com participação de

cinco docentes de tempo integral do Insper. Tendo em vista a carência de especialistas no Insper em determinados temas da gestão pública, quatro novos professores em tempo parcial foram contratados. Houve, ainda, a alocação de uma professora em tempo parcial já atuante no Insper. As novas contratações atendem aos requisitos de conciliar sólida formação acadêmica e experiência relevante na gestão pública. Todos foram analisados em aula-teste e cumpriram o requisito de cursar previamente o modelo de Aprendizado Centrado no Aluno, oferecido pelo Insper.

Foram firmadas parcerias com 6 organizações públicas para os trabalhos de aplicação de campo do PAGP. As Secretarias Municipais de Educação,

Eletivas na Graduação

A oferta de disciplinas eletivas relacionadas à gestão e políticas públicas começou a ocorrer de forma mais estruturada em 2018. Após a oferta inicial, em 2017, de uma disciplina de Política Educacional pelo Prof. Fernando Haddad, em 2018 foram oferecidas duas disciplinas: Gestão Metropolitana, no primeiro semestre, e Gestão e Políticas Públicas no segundo.

A disciplina de gestão metropolitana foi ministrada pelo Prof. Fernando Haddad e tinha como objetivo fazer o aluno conhecer sobre a produção do território urbano-metropolitano, sua governança, administração, recursos financeiros, articulação federativa e arranjos institucionais e colaborativos existentes, além de entender os aspectos administrativos, econômicos e políticos de forma integrada, permitindo encarar os dilemas da moderna gestão urbana à luz das evidências empíricas sobre temas recorrentes no debate público, tais como, mobilidade, sustentabilidade,

moradia etc. Quarenta alunos se matricularam na disciplina, que foi bem avaliada, tendo o professor recebido recomendação de 83% dos participantes.

A disciplina introdutória em Gestão e Políticas Públicas, ministrada pelo Prof. Marcelo Marchesini, foi oferecida no segundo semestre de 2018, com também 40 alunos matriculados. Todos os alunos respondentes da avaliação final recomendariam o professor e consideraram o conteúdo relevante. Destaca-se, ainda, que, entre os alunos dessa eletiva, houve a manifestação de interesse de carreira na gestão pública. Um destes aplicou e foi aceito no processo de trainee da Vetor Brasil e outro solicitou ingresso como aluno especial no Programa Avançado em Gestão Pública. Esse pedido foi aceito em caráter experimental, após acordo com a vice-presidente de Graduação do Insper, Carolina da Costa, como forma de analisar uma possível dupla titulação.


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Mestrado em Políticas Públicas (MPP)

O Mestrado em Políticas Públicas (MPP), cuja proposta foi enviada para a Capes em outubro de 2017, foi aprovada por essa instituição em outubro de 2018. Nesse período esclareceu-se o conteúdo da proposta e buscou-se o apoio para a aprovação da proposta nos meios acadêmicos apropriados.

Ao receber a resposta sobre a aprovação do curso na Capes, a campanha para divulgação e atração de candidatos já estava pronta e foi

imediatamente lançada. Optou-se, no entanto, por postergar o início do curso de fevereiro para abril, com o objetivo de possibilitar um maior prazo de campanha para inscrição de candidatos.

Os últimos meses de 2018 foram intensos no sentido de confirmar a alocação de professores e viabilizar a existência do MPP nos sistemas internos do Insper a tempo de iniciar a primeira turma em 2019.

Gestão e Inovação, além da Secretaria Estadual de Cultura, a Fundação Casa e a Associação Saúde da Família foram acompanhadas entre abril e dezembro de 2018 para a realização de trabalhos e diagnósticos relativos às disciplinas cursadas pelos alunos do PAGP nesse período.

O rendimento dos alunos da turma 1 tem seguido a distribuição normal esperada para um curso de exigência elevada, lembrando que a média geral para aprovação dos cursos da Pós-Graduação Lato Sensu do Insper é 7.75. Ao final do primeiro ano, 9 alunos (aproximadamente 1/3 da turma) não teriam rendimento suficiente para se formar.

O curso tem sido elogiado pelos alunos, professores e parceiros envolvidos. A avaliação dos professores supera na média 87% de aprovação e muitos candidatos à turma 2 do PAGP vieram após recomendação de colegas da turma 1. Os professores ressaltam a qualidade, diversidade e engajamento da turma, ainda que parte dos professores tenha criticado a presença de alguns alunos com experiência profissional bastante limitada. Por fim, os parceiros da aplicação de campo ressaltam a qualidade dos alunos, mas fizeram críticas à falta de feedback dos trabalhos realizados.

No total, já foram dadas 316 das 436 horas previstas. Neste período as trilhas de habilidade para análise e resolução de problemas; compreensão do ambiente da gestão pública; e habilidade no uso de ferramentas, totalizando as 8 primeiras disciplinas já foram concluídas. Em função dos pontos de melhoria identificados, foram aprovadas nas instâncias de validação acadêmica, duas alterações pontuais na estrutura do PAGP para 2019. Em primeiro lugar, introduziu-se 16 horas de oficinas de nivelamento analítico no 1º trimestre para cobrir conteúdo necessário para todas as disciplinas: uso de base de dados, visualização de dados, estatística descritiva e noções de orçamento público. Uma segunda alteração foi a alocação de um professor responsável por acompanhar a aplicação de campo ao longo de todo o ano, promovendo o alinhamento de expectativas e definição das tarefas entre alunos, professores e parceiros. Para essa atividade será alocado o prof. Vinicius Picanço Rodrigues. Foram ainda detalhadas as etapas e entregas esperadas para o Trabalho de Conclusão de Curso do PAGP.

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Carreiras na área pública

Junto ao Núcleo de Carreiras do Insper, foram conduzidas três iniciativas visando aumentar o awareness e facilitar a inserção e progressão dos alunos na carreira pública e suas interfaces:

• Roda de conversa no projeto “Para onde eu vou”: foram convidados quatro profissionais de destaque que atuam em diferentes eseras da gestão pública, terceiro setor ou iniciativa privada com impacto em gestão pública para contarem suas trajetórias, desafios e aprendizagens para alunos e alumni que estão avaliando caminhos de carreira.

• Compilação e divulgação de vagas no setor público e suas interfaces no Painel de Oportunidades Profissionais (POP): dada a pulverização que caracteriza a divulgação dessas oportunidades, a área de Gestão e Políticas Públicas passou a compilar, selecionar e encaminhar para publicação no portal as que chegam ao conhecimento do núcleo através de contatos e redes de profissionais a que tem acesso

• Conversas individuais de orientação na carreira pública e suas interfaces: sob demanda dos alunos.

Jornalismo

Um novo desafio para a área de Gestão e Políticas Públicas em 2018 foi a estruturação de um Programa de Jornalismo com foco na preparação de profissionais para atuar em uma área que passa por um processo de intensa modificação.

Para o desenvolvimento do business plan do Programa, foram previstas ações em 3 frentes (pós-graduação, educação executiva e geração de awareness na área de jornalismo), abrangendo todas as etapas do ciclo de vida do profissional.

Assim como na elaboração do plano para a área de Gestão e Políticas Públicas, também para a montagem da área de jornalismo realizamos uma série de visitas a organizações internacionais. Destaques para Columbia, que foi a grande

inspiradora para a montagem da área, City University of New York, Universidade do Texas, periódicos como a revista Slate e o Texas Tribune, dentre vários atores de destaque no jornalismo nacional.

Também este plano tem como premissa um superávit operacional zero para a escola (incluindo as despesas indiretas, ou seja, os rateios das áreas de suporte do Insper como área administrativa, biblioteca, sistemas, carreiras, entre outros).

Como resultado, o business plan apontou uma necessidade de R$ 8,2 milhões entre os anos de 2019 e 2023 para o ramp up do programa. A partir de 2022, alcança-se o steady state com necessidade permanente de financiamento de R$ 1,0 milhão por ano.

O plano inicial era chegar em 2022 com 8 cursos adicionais de curta duração e um curso de pós-graduação lato sensu com uma turma em andamento por ano, originalmente pensado para o formato de um Advanced Program, totalizando 200 alunos por ano, o que garantiria uma receita de aproximadamente R$3,5 milhões ao ano.

Havia também uma previsão de concessão de bolsas para um valor médio de 40% do valor dos programas, com critérios a serem definidos por curso baseados em mérito e necessidade, da mesma forma como estruturado para a área de Gestão e Políticas Públicas.

Por fim, o Plano previa também a premissa de não recebimento por parte do Insper de dinheiro diretamente do governo, a fim de garantir a isenção de suas ações e opiniões.

Programa Avançado em Comunicação e Jornalismo

Vive-se atualmente uma fase fascinante e desafiadora no jornalismo e na comunicação. É um momento de grandes transformações. Mudou o modelo de negócios: com a predominância da valoração de conteúdos digitais a imprensa voltou a ser sustentada primordialmente por sua audiência. Mudaram os suportes: todo conteúdo pode ser veiculado em texto, em


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vídeo, em podcast, ou tudo-ao-mesmo-tempo-agora. Mudou a apuração: além das tradicionais entrevistas, o repórter e todos os produtores de conteúdo têm acesso cada vez maior a bases de dados. Mudou o relacionamento entre jornalista e leitor, emissor e receptor, nesta era das métricas e da interatividade.

Apenas uma coisa não mudou: a essência da profissão de jornalista. O jornalismo continua sendo a busca da verdade factual. Os princípios éticos ficaram ainda mais rígidos, já que se exige, mais que nunca, transparência na relação com o leitor. A missão cidadã do jornalismo continua a ser aquela que inspirou a filósofa Hannah Arendt: estabelecer a base de fatos e dados sobre a qual se ergue o debate público nas democracias. Sem democracia não há jornalismo. Sem jornalismo não há democracia.

Neste novo cenário, além das técnicas e princípios inerentes à sua atuação, os profissionais da área de comunicação precisam desenvolver competências que se tornam cada vez mais relevantes para o jornalista ou comunicador do século 21:

• Conhecer as audiências e relacionar-se com elas.

• Saber usar tecnologia na apuração dos fatos e na edição do conteúdo em diferentes plataformas.

• Entender a transformação do modelo de negócio da imprensa.

• Empreender, seja trabalhando em uma redação de legado, uma startup ou empreendendo em seu próprio negócio.

O objetivo do Programa Avançado em Comunicação e Jornalismo do Insper é proporcionar tais competências a seus alunos, de forma que eles se tornem protagonistas na transformação fascinante e desafiadora que ocorre no jornalismo atual, assim como beneficiar com esse aprendizado profissionais de outras áreas que atuam em comunicação.

Com duração de aproximadamente um ano, o Programa Avançado em Comunicação e Jornalismo conta com um módulo de introdução, de três

semanas e em seguida, disciplinas distribuídas em quatro bimestres e divididas em cinco eixos de formação:

• Técnicas e Princípios do Jornalismo: nestas disciplinas o aluno desenvolve habilidades para criar reportagens claras, profundas, rigorosas e atraentes através do desenvolvimento de pautas, reportagens, edições com base nos princípios éticos editoriais e suportadas transversalmente por diversos outros módulos desenvolvidos ao longo do curso.

• Fundamentos: neste eixo o aluno o aluno conhecerá temas relevantes para o desenvolvimento de um jornalismo político e econômico dentro de um contexto histórico através de disciplinas como incentivos e mercados, gestão e políticas públicas, ciência política.

• Era Digital – Apuração: este eixo aborda o uso de ferramentas para que se possa conhecer e interagir com a audiência, além do uso de métricas, qualitativas e quantitativas, para medir o sucesso do trabalho jornalístico e aumentar o alcance das reportagens. Aborda também as novas formas de apuração (bases de dados) a fim de se criar reportagem com ênfase em evidências.

• Era Digital – Comunicação e Edição: novas formas de edição em vídeo, texto, podcast (multiplataforma) e criação de formatos narrativos híbridos juntando todas estas diferentes formas de edição.

• Empreendedorismo e Inovação: este eixo discute o conceito do negócio e sua viabilidade buscando proposta de valor atraente ao mercado alvo e realizando o planejamento financeiro do negócio, incluindo estratégia de marketing e o impacto da gestão de pessoas.

Educação Executiva em JornalismoO ano de 2018 foi o primeiro ano de atuação

formal e estruturada da Educação Executiva em Jornalismo. O objetivo inicial era realizar pilotos com estes cursos para avaliar questões quanto a aderência ao Programa de Jornalismo do Insper dos seguintes aspectos: dos potenciais

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professores para o curso de pós-graduação, da nova temática dentro da Escola, da estrutura neste novo segmento (carga horária e preço) bem como a identificação e acesso a um público alvo não tão comum ainda no Insper.

Foram realizadas no ano de 2018 2 turmas totalizando nossos primeiros 26 alunos e 36 horas de aula nesta nova área para o Insper. Vale ressaltar, também, que ambos os cursos realizados tiveram uma excelente avaliação apresentando NPS superior a 80 em ambos os casos.

1) Economia para JornalistasO objetivo deste curso de 16 horas era debater

com os alunos com maior senso crítico as questões econômicas importantes do país, bem como propiciar a eles a diferenciação de conceitos básico de economia e sua aplicabilidade em análises e visualizações; e por fim apresentar a importância da visualização de dados por meio de gráficos, taxas, tabelas e vídeos.

O curso era direcionado para jornalistas, mas também atendeu a outros profissionais que desejem entender os princípios da economia e ser capazes de interpretar dados, desenvolvendo um senso crítico às questões econômicas do país.

2) Texto jornalístico: como escrever, narrar, explicar e discutir ideias

Já este curso tinha como objetivo desenvolver nos alunos as habilidades de narrativa e argumentação, aplicáveis a todas as plataformas; bem como a construção de textos e roteirização, com objetivo de narrar os fatos, explicar e discutir as próprias ideias com mais eficiência.

Como público alvo este curso se destinava não apenas a jornalistas, mas também a estudiosos, acadêmicos, intelectuais e profissionais de várias áreas que pretendem participar do debate público – e, para isso, precisam desenvolver técnicas de comunicação mais eficientes.

Eventos de awareness em JornalismoForam realizados eventos que buscavam criar

o awareness para a atuação do Insper nessa área. No contexto das eleições presidenciais com nova regulamentação referente à comunicação, eles focavam analisar essas transformações, sobretudo com relação às campanhas no universo digital e o papel da imprensa nesse cenário, e contaram com a presença de especialistas no tema e membros de órgãos reguladores. Tivemos ainda uma masterclass com a Claire Wardle, co-fundadora do First Draft, órgão que busca combater a desinformação em âmbito global por meio de projetos e parcerias com veículos de imprensa e associações. Foi relatado o caso do Comprova, projeto que reuniu 24 das maiores redações do Brasil para combater a disseminação de conteúdo falso antes da eleição.

Outras entregas: Cooperação com outras áreas do Insper

Data ScienceA área de Gestão e Políticas Públicas ainda

auxiliou neste ano de 2018 no planejamento e coordenação da implementação do programa avançado em Ciência de Dados e Decisão, cujo desenho foi conduzido pelo coordenador executivo da pós-graduação lato sensu Guy Cliquet do Amaral e pelos docentes Hedibert Freitas Lopes e Fabio Ayres. A atuação de nossa área como PMO focou na estruturação e gestão do cronograma de entregas, incluindo conversas com especialistas para refinamento da grade, auxílio no processo de composição do corpo docente e coordenação entre as áreas internas envolvidas no lançamento.


Detalhamento Orçamentário e Financeiro: área de Gestão e Políticas Públicas

No ano de 2018, mais uma vez fomos ser mais eficientes em relação ao orçamento. Economiza-mos 16% versus o previsto no planejamento para este ano e 14% em relação ao BPlan.

Com isso, no total dos dois primeiros anos, a efi-ciência gerada nos proporciona uma economia de 22% em relação ao previsto inicialmente no BPlan. Isso significou, neste período, uma economia de R$ 846 mil. Isso se deveu a sinergias identificadas ao longo do processo, já que todas as atividades foram executadas além das previstas no BPlan.

Em relação aos indicadores de avaliação, a mé-dia de alunos por turma ficou 28% acima do plane-jado. Já a receita por aluno ficou um pouco abaixo do previsto em função de dois fatores: pagamen-tos a prazo menores do que o previsto no PAGP (6% menor) e na educação executiva (8% menor) em função de dois cursos com baixa cobrança em 2018, pois foram executados como pilotos para que possam ser dados como cursos abertos em 2019. Do lado da despesa, a maior parte dos indi-cadores ficaram abaixo do previsto.

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Perspectivas para 2019

Em 2019, teremos cinco grandes desafios. O primeiro é seguir focado em nosso propósito

de colocar em funcionamento o Mestrado em Políticas Públicas (MPP), tendo como base o Plano Inicial (business plan). Esse desafio, assim como foi com o PAGP, marca uma importante etapa do amadurecimento do tema na Escola como um todo, bem como atende a um público alvo específico, ainda pouco trabalhado por nossos cursos até então: o recém formado.

O segundo desafio é continuar avançando em termos qualitativos com o PAGP. A demanda para a segunda turma, que se iniciará em 2019, foi muito qualificada, colocando assim uma pressão positiva sobre nossa oferta de vagas.

Um terceiro desafio é a expansão do nosso portfólio de pós-graduação. Teremos em 2019 o início das aulas da primeira pós-graduação em jornalismo, o PACJ, que será nosso primeiro grande curso neste tema. Um outro desafio quanto à expansão é avaliar e, se for o caso, preparar um novo curso de pós em Gestão Pública, para lançamento em 2020, voltado para público de seniores, gestores e líderes.

Um quarto desafio é a integração entre as áreas de ensino e pesquisa na área de Gestão e Políticas Públicas. O nosso grande objetivo neste ponto é incorporar e integrar no CPP todas as atividades de ensino e pesquisa sobre temas de políticas públicas realizados no Insper. As atividades que se integram ao CPP são aquelas exercidas atualmente pelas Cátedras e Núcleos existentes na Escola e os cursos (pós-graduação e educação executiva) e disciplinas eletivas oferecidas para os alunos da graduação. O CPP além de coordenar

a pesquisa, o ensino e a disseminação desses conhecimentos para a sociedade organizará encontros acadêmicos e científicos para fomentar a área de políticas públicas do Insper.

Com tudo isso, o CPP passa a ter uma única área responsável pela condução das atividades operacionais de suas atividades de ensino e pesquisa. Isso possibilita maior concentração de esforços dos pesquisadores e professores em suas atividades fim e uma maior sinergia entre atividades analíticas com o desenvolvimento de conteúdos de ensino, com a produção de casos, cursos de educação executiva, disciplinas na pós-graduação e na graduação.

Por fim, nosso quinto e permanente desafio é o de continuar a busca pela perfeição e entrega de qualidade nos cursos oferecidos. Temos que, cada vez mais, medir detalhadamente a satisfação dos alunos e conhecer a avaliação dos professores e da direção da Escola bem como garantir a efetiva aprendizagem. Devemos aprimorar constantemente e nunca nos darmos por satisfeitos com os resultados conquistados. Só assim, ao final dos primeiros 5 anos, teremos uma área de Gestão e Políticas Públicas no Insper que será respeitada pela qualidade de sua oferta de cursos.

Nesse sentido, continua sendo enorme nossa atenção, pois na medida em que a implementação avança, novas oportunidades surgem à nossa frente, dada a escassez de oferta já identificada no Brasil. Separar criteriosamente o que devemos fazer do que seria bom fazer exigirá disciplina e a busca de evidências que justifiquem as opções tomadas e não nos distraia do objetivo maior.


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O segundo ano das atividades de implementação da área de Gestão e Políticas Públicas no Insper foi de um crescimento importante no número de alunos, mas sempre com o foco em garantir a qualidade de todos os cursos apresentados.

A ideia inicial de construir um centro de ensino e pesquisa voltado ao setor público brasileiro já era um sonho, mas se tornou ainda mais próximo a partir do momento em que, no segundo semestre de 2018, os próprios pesquisadores do Insper procuram a área de cursos sugerindo uma maior integração entre estas equipes. O grande propósito nesta construção, já manifestado no primeiro ano do Programa, tem inspirado e agora desafiado o nosso time.

O Centro de Gestão e Políticas Públicas do Insper é a consolidação de um desejo muito maior que é o de contribuir para a desenvolvimento social e econômico do Brasil, formando as pessoas para trabalhar no setor público e desenvolver conhecimento que nos permita resolver nossos enormes desafios. Nesses dois anos começamos com força, determinação e foco, graças ao apoio recebido de todos, direção e equipe do Insper, Conselho, professores e principalmente do entusiasmo dos alunos. O início tem sido um estímulo para sonhar cada vez maior, com resultados de muita qualidade e impacto na vida de nosso país.

As atividades de nossa área continuam mostrando enorme sinergia com a Escola e cada vez mais se mostrado como um espaço para o desenvolvimento de pilotos de ações, otimizações, melhorias de processos, automatizações que depois podem ser implementados nas demais áreas de Escola. Além de grande potencialidade para o mercado de ensino superior de qualidade no Brasil.

Não passa despercebida a procura ainda mais qualificada para a segunda turma do PAGP bem

como uma entrada de alunos bastante expressiva para os cursos de educação executiva.

Fato relevante que continua distinguindo a oferta do Insper de outras existentes no mercado é a possibilidade de concessão de bolsas de estudo para os alunos de cursos de gestão e políticas públicas, dependendo de critérios previamente estabelecidos, onde a meritocracia indica a decisão. O público alvo desses programas, notadamente os funcionários públicos dos três níveis de governo, não teriam condições de frequentar uma escola como o Insper se assim não fosse.

O número de eventos realizados com temáticas de públicas continua sendo um fato marcante esse segundo ano de atividade. Assim como no primeiro ano, o número considerável de eventos, mais de 60, relativos ao campo de políticas públicas realizados no Insper e não diretamente organizados por nosso time continua mostrando a aptidão e o talento da comunidade do Insper para desenvolver ações e organizar encontros sobre assuntos de interesse público.

A maior parte desses eventos foram organizados, estimulados ou inspirados pelos professores do Centro de Políticas Públicas (CPP) do Insper. Uma maior aproximação entre o Programa de Cursos e o CPP é naturalmente um próximo passo a ser realizado rapidamente.

Finalmente, o Conselho e o próprio time acreditam cada vez mais no grande valor criado por essa iniciativa e a melhoria da administração pública no Brasil, além de seu reflexo sobre a vida de nossa população.

Não é demais continuar a imaginar que, com o avanço tanto quantitativo como qualitativo de nossas ações, poderemos estar formando os grandes líderes inspiradores e os administradores competentes e éticos da Nação brasileira em nossos bancos escolares e, quem sabe, até 2030 o Brasil possa ser dirigido por um de nossos alunos.

Conclusões

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Programa de Cursos em Gestão e Políticas Públicas

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Programa de Cursos em Gestão e Políticas Públicas Relatório de … · 2019-11-12 · 8 O Time O seguinte time do Programa de Cursos em Gestão e Políticas Públicas conduziu