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PROGRAMA DE FORMAÇÃO EM MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS CURSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL ÁREA TEMÁTICA: ÁREAS PROTEGIDAS CURSO: LICENCIAMENTO AMBIENTAL INSTRUTOR: AULA: SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (SNUC) / NOVO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO • Art. 225 - §1°, inciso lll III - Definir, em todas as Unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através da lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem a sua proteção. Constituição Federal/88 – Áreas Protegidas • UNIDADE DE CONSERVAÇÃO: Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial. SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (SNUC) Fundamentação Legal: Lei Federal n° 9985/2000 Decreto Federal n° 4340/2002. As Unidades de Conservação são criadas por ato do Poder Público. As UC’s devem ter Plano de Manejo SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO UNIDADES DE PROTEÇÃO INTEGRAL: • Estação Ecológica • Reserva Biológica • Parque Nacional • Monumento Natural • Refúgio de Vida Silvestre (RVS) SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO UNIDADES DE USO SUSTENTÁVEL: • Área de Proteção Ambiental (APA) • Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) • Floresta Nacional • Reserva Extrativista • Reserva de Fauna • Reserva de Desenvolvimento Sustentável • Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

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PROGRAMA DE FORMAÇÃO EM MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOSCURSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

ÁREA TEMÁTICA: ÁREAS PROTEGIDAS

CURSO: LICENCIAMENTO AMBIENTAL

INSTRUTOR:

AULA: SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO(SNUC) / NOVO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO

• Art. 225 - §1°, inciso lll

III - Definir, em todas as Unidades da Federação,espaços territoriais e seus componentes a seremespecialmente protegidos, sendo a alteração e asupressão permitidas somente através da lei, vedadaqualquer utilização que comprometa a integridadedos atributos que justifiquem a sua proteção.

Constituição Federal/88 – Áreas Protegidas

• UNIDADE DE CONSERVAÇÃO:

Espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindoas águas jurisdicionais, com características naturaisrelevantes, legalmente instituído pelo Poder Público,com objetivos de conservação e limites definidos, sobregime especial.

SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (SNUC)

Fundamentação Legal:

� Lei Federal n° 9985/2000 � Decreto Federal n° 4340/2002.

As Unidades de Conservação são criadas por ato do Poder Público.

� As UC’s devem ter Plano de Manejo

SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

UNIDADES DE PROTEÇÃO INTEGRAL:

• Estação Ecológica• Reserva Biológica• Parque Nacional• Monumento Natural• Refúgio de Vida Silvestre (RVS)

SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

UNIDADES DE USO SUSTENTÁVEL:

• Área de Proteção Ambiental (APA)• Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE)• Floresta Nacional• Reserva Extrativista• Reserva de Fauna• Reserva de Desenvolvimento Sustentável• Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN)

SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

PROGRAMA DE FORMAÇÃO EM MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOSCURSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

PORTARIA Nº 3006 DE 10 DE JULHO DE 2012. O Diretor Geral doINSTITUTO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS - INEMA,no uso das atribuições previstas na Lei Estadual nº 10.431/0 6,regulamentada pelo Decreto Estadual nº 14.024/12 e na LeiEstadual nº 12.212/11;

CONSIDERANDO as disposições da Lei Federal nº 9.985, de 18 dejulho de 2000, que instituiu o Sistema Nacional de Unidades deConservação da Natureza, a criação de Reserva Particular doPatrimônio Natural – RPPN, prevista no seu artigo 21 e regulamentadapelo Decreto Federal nº 5.746 de 05 de abril de 2006 e pelo DecretoEstadual nº 10.410 de 25 de julho de 2007 e estabelece critérios eprocedimentos administrativos para sua criação, implantação e gestão,e

CRIAÇÃO DE RPPN

CONSIDERANDO as proposições apresentadas pela Diretoriade Unidades de Conservação - DIRUC no Processo nº 2012-003534/TEC/RPPN-0003 de 12/03/2012.

RESOLVE:

Art. 1º - Criar a Reserva Particular do Patrimônio Natural -RPPN, de interesse público, em caráter de perpetuidade, comárea de 80,3965 ha, denominada Demuner, localizada nomunicípio de Prado, Estado da Bahia, de propriedade deGervásio Félix Demuner e Pedro Leone Demuner, constituindo-se parte integrante da Fazenda Reserva Natural GervásioDemuner e Pedro Demuner, registrada sob a matrícula nº16.703, conforme averbação 4/16.703, do Registro Geral, em 14de julho de 2011, no Registro de Imóveis da Comarca de Prado,UF Ba.

CRIAÇÃO DE RPPN

LEI FEDERAL N° 12.651 25/05/2012(alterado Lei Federal n° 12.727 de 17/10/2012)

Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera asLeis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a MedidaProvisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dáoutras providências.

NOVO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO

DECRETO No 23.793, DE 23 DE JANEIRO DE 1934.Aprova o código florestal que com este baixa

LEI Nº 4.771, DE 15 DE SETEMBRO DE 1965.Institui o novo Código Florestal

LEI Nº 6.535, DE 15 DE JUNHO DE 1978.Acrescenta dispositivo ao art. 2º da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, que

institui o novo Código Florestal.LEI Nº 7.511, DE 7 DE JULHO DE 1986.

Altera dispositivos da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, que institui o novo Código Florestal

LEI Nº 7.754, DE 14 DE ABRIL DE 1989.Estabelece medidas para proteção das florestas existentes nas nascentes dos rios e

dá outras providências.LEI Nº 7.803, DE 18 DE JULHO DE 1989.

Altera a redação da Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965, e revoga as Leis nºs 6.535, de 15 de junho de 1978, e 7.511, de 7 de julho de 1986.

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA LEGISLAÇÃO FLORESTAL BRASILEIRA

MEDIDA PROVISÓRIA No 2.166-67, DE 24 DE AGOSTO DE 2001.Altera os arts. 1o, 4o, 14, 16 e 44, e acresce dispositivos à Lei no 4.771, de 15 desetembro de 1965, que institui o Código Florestal, bem como altera o art. 10 da Leino 9.393, de 19 de dezembro de 1996, que dispõe sobre o Imposto sobre aPropriedade Territorial Rural - ITR, e dá outras providências.

LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012.Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 deagosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembrode 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 deabril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dáoutras providências.

MEDIDA PROVISÓRIA N°571, DE 25 DE MAIO DE 2012.Altera a Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012.Posteriormente (out/2012) foi convertida naLei n°12.727, de 17 de outubro de 2012.

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA LEGISLAÇÃO FLORESTAL BRASILEIRA

LEI Nº 12.727, DE 17 DE OUTUBRO DE 2012

Altera a Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012, que dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto

de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; e revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de

1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001, o item 22 do inciso II do art. 167 da Lei no

6.015, de 31 de dezembro de 1973, e o § 2o do art. 4o da Lei no 12.651, de 25 de maio de 2012

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA LEGISLAÇÃO FLORESTAL BRASILEIRA

PROGRAMA DE FORMAÇÃO EM MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOSCURSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

CONSIDERAÇÕES GERAIS

Art. 1º - A. Esta Lei estabelece normas gerais sobre aproteção da vegetação, áreas de PreservaçãoPermanente e as áreas de Reserva Legal ; a exploraçãoflorestal, o suprimento de matéria-prima florestal, o controleda origem dos produtos florestais e o controle e prevençãodos incêndios florestais, e prevê instrumentos econômicose financeiros para o alcance de seus objetivos.

LEI NO 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012

NOVO CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO� NASCENTE E OLHOS D’ÁGUA

� VEREDAS

� LEITO REGULAR

� MANGUEZAL

� APICUM

� SALGADO

� VÁRZEA DE INUNDAÇÃO

� APPs

PRINCIPAIS CONCEITOS

Os conceitos apresentados no art. 3° do Código Florestal

englobam atributos naturais dos recursos hídricos e

geomorfológicos integrantes das Áreas de Preservação

Permanentes de grande importância para os ecossistemas,

solos, fauna, flora, mananciais de recursos hídricos e as

populações diretamente beneficiadas com tais recursos.

ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - APP

XVII – nascente: afloramento natural do lençol freático queapresenta perenidade e dá início a um curso d’água;

XVIII – olho d’água: afloramento natural do lençol freático,mesmo que intermitente;

� Separou nascente de olhos d’água;

� Vinculou a perenidade e fluxo ao conceito de nascente,enquanto os olhos d’água ao de intermitência;

NARVAES (2011) e GONÇALVES (2002) associam o conceito denascente ao afloramento natural da água subterrânea oriunda deum aquífero freático.

NASCENTE X OLHOS D’ÁGUA

APP´s Protegidas

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FAIXAS DE APP DE CURSOS D´ÁGUA

EXEMPLOS DE NASCENTES

PROGRAMA DE FORMAÇÃO EM MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOSCURSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

• Área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com

a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a

paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade,

facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e

assegurar o bem-estar das populações humanas.

O QUE É UMA APP?

I - as faixas marginais de qualquer curso d’água naturalperene e intermitente, excluídos os efêmeros, desde aborda da calha do leito regular, em largura mínima de:

a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de menos de10 (dez) metros de largura;

b) 50 (cinquenta) metros, para os cursos d’água quetenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros delargura;...(100, 200, 500).

APPs – ART. 4°

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APP

II - as áreas no entorno dos lagos e lagoas naturais,em faixa com largura mínima de:

a) 100 (cem) metros, em zonas rurais, exceto para ocorpo d’água com até 20 (vinte) hectares desuperfície, cuja faixa marginal será de 50 (cinquenta)metros;

a) 30 (trinta) metros, em zonas urbanas;

APP

III - as áreas no entorno dos reservatórios d’águaartificiais, decorrentes de barramento ou represamentode cursos d’água naturais, na faixa definida na licençaambiental do empreendimento;

IV – as áreas no entorno das nascentes e dos olhosd’água perenes, qualquer que seja sua situaçãotopográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros;

APP

V - as encostas ou partes destas com declividadesuperior a 45°, equivalente a 100% (cem por cento) nalinha de maior declive; ....

XI – em veredas, a faixa marginal, em projeçãohorizontal, com largura mínima de 50 (cinquenta)metros, a partir do espaço permanentemente brejoso eencharcado.

APP

§ 1o Não será exigida Área de PreservaçãoPermanente no entorno de reservatórios artificiais deágua que não decorram de barramento ourepresamento de cursos d’água naturais.

§ 2o No entorno dos reservatórios artificiais situadosem áreas rurais com até 20 (vinte) hectares desuperfície, a área de preservação permanente terá, nomínimo, 15 (quinze) metros.

APP

§ 4o Fica dispensado o estabelecimento das faixas de APPno entorno das acumulações naturais ou artificiais de águacom superfície inferior a 1 (um) hectare, vedada novasupressão de áreas de vegetação nativa.

§ 5o É admitido, para a pequena propriedade ou posserural familiar, de que trata o inciso V do art. 3o desta Lei, oplantio de culturas temporárias e sazonais de vazante deciclo curto na faixa de terra que fica exposta no período devazante dos rios ou lagos, desde que não impliquesupressão de novas áreas de vegetação nativa, sejaconservada a qualidade da água e do solo e seja protegidaa fauna silvestre.

APP

PROGRAMA DE FORMAÇÃO EM MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOSCURSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

§ 9o Em áreas urbanas ..., e nas regiõesmetropolitanas e aglomerações urbanas, as faixasmarginais de qualquer curso d’água natural quedelimitem as áreas da faixa de passagem deinundação terão sua largura determinada pelosrespectivos Planos Diretores e Leis de Uso do Solo,ouvidos os Conselhos Estaduais e Municipais de MeioAmbiente, sem prejuízo dos limites estabelecidos peloinciso I do caput .

APP

Art. 6o Consideram-se, ainda, de preservaçãopermanente, quando declaradas de interesse social porato do Chefe do Poder Executivo, as áreas cobertascom florestas ou outras formas de vegetaçãodestinadas a uma ou mais das seguintes finalidades:

� conter erosão, proteger restinga, sítios, fauna, defesa, áreas úmidas ...

APPs DECLARADAS PODER EXECUTIVO

Art. 7o A vegetação situada em APP deverá ser mantida peloproprietário da área, possuidor ou ocupante a qualquertítulo, pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado.

REGIME PROTEÇÃO APP

Art. 8o A intervenção ou a supressão de vegetaçãonativa em Área de Preservação Permanente somenteocorrerá nas hipóteses de utilidade pública, deinteresse social ou de baixo impacto ambientalprevistas nesta Lei.

§ 1o A supressão de vegetação nativa protetora denascentes, dunas e restingas somente poderá serautorizada em caso de utilidade pública.

EXCEÇÕES PARA SUPRESSÃO

§ 2o A intervenção ou a supressão de vegetação nativaem APP de que tratam os incisos VI e VII do caput doart. 4o poderá ser autorizada, excepcionalmente, emlocais onde a função ecológica do manguezal estejacomprometida, para execução de obras habitacionaise de urbanização, inseridas em projetos deregularização fundiária de interesse social, em áreasurbanas consolidadas ocupadas por população debaixa renda...Art. 9o É permitido o acesso de pessoas e animais àsÁreas de Preservação Permanente para obtenção deágua e para realização de atividades de baixo impactoambiental.

EXCEÇÕES PARA SUPRESSÃO

CÓDIGO FLORESTAL BRASILEIRO

Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012

alterada pela

Lei nº 12.727, de 17 de outubro de 2012

RESERVA LEGAL

PROGRAMA DE FORMAÇÃO EM MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOSCURSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

• Área localizada no interior de uma propriedade ouposse rural , delimitada nos termos do art. 12, com afunção de assegurar o uso econômico de modosustentável dos recursos naturais do imóvel rural,auxiliar a conservação e a reabilitação dos processosecológicos e promover a conservação dabiodiversidade, bem como o abrigo e a proteção defauna silvestre e da flora nativa.

(inciso III do art.3º da Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012)

RESERVA LEGAL

I - ONDE:

Propriedade ou posse rural

II - FUNÇÃO:

a) assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural;

c) auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos;

c) promover a conservação da biodiversidade, o abrigo e a proteção de fauna silvestre e da flora nativa.

RESERVA LEGAL

III - COMO SE DELIMITA A RESERVA LEGAL?

A - Imóvel rural localizado na Amazônia Legal:

a) 80% (oitenta por cento): em área de florestas

b) 35% (trinta e cinco por cento): em área de cerrado;

c) 20% (vinte por cento): em área de campos gerais;

B - Imóvel rural localizado nas demais regiões do País:

20% (vinte por cento).

DELIMITAÇÃO DA RESERVA LEGAL(caput art. 12 e incisos I e II, §§ 2º, 4º e 5º)

III - COMO SE DELIMITA A RESERVA LEGAL?

A - Imóvel rural localizado na Amazônia Legal:

a) 80% (oitenta por cento): em área de florestas

(i)O Poder Público poderá reduzir a Reserva Legal para até 50%para fins de recomposição, quando o Município tiver mais de50% da área ocupada por UC de domínio público e por terrasindígenas homologadas.

ii) O Poder Público Estadual, ouvido o Conselho Estadual de MeioAmbiente, poderá reduzir a Reserva Legal para até 50%, quandoo Estado tiver ZEE aprovado e mais de 65% do seu territórioocupado por UC de domínio público, devidamenteregularizadas, e por terras indígenas homologadas.

DELIMITAÇÃO DA RESERVA LEGAL(caput art. 12 e incisos I e II, §§ 2º, 4º e 5º)

b) 35% (trinta e cinco por cento): em área de cerrado;

c) 20% (vinte por cento): em área de campos gerais;

Obs: O percentual de Reserva Legal em imóvel situado em área de formações florestais, de cerrado ou de campos gerais na Amazônia Legal será definido considerando separadamente os índices contidos em florestas, cerrados e campos.

B - Imóvel rural localizado nas demais regiões do País:

20% (vinte por cento).

DELIMITAÇÃO DA RESERVA LEGAL(caput art. 12 e incisos I e II, §§ 2º, 4º e 5º)

NÃO ESTÃO SUJEITOS À RESERVA LEGAL (art. 12 §§ 6º, 7º e 8º)

� Os empreendimentos de abastecimento público de água etratamento de esgoto.

� As áreas adquiridas ou desapropriadas por detentor deconcessão, permissão ou autorização para exploração depotencial de energia hidráulica, nas quais funcionemempreendimentos de geração de energia elétrica,subestações ou sejam instaladas linhas de transmissão e dedistribuição de energia elétrica.

� Ás áreas adquiridas ou desapropriadas com o objetivo deimplantação e ampliação de capacidade de rodovias eferrovias.

PROGRAMA DE FORMAÇÃO EM MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOSCURSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Em caso de fracionamento do imóvel rural será considerada,para fins de Reserva Legal, a área do imóvel antes dofracionamento.

(fracionamento a qualquer título, inclusive paraassentamentos pelo Programa de Reforma Agrária).

RESERVA LEGAL E FRACIONAMENTO DO IMÓVEL RURAL (art. 12 § 1º)

Após a implantação do CAR, a supressão de novas áreas defloresta ou outras formas de vegetação nativa apenas seráautorizada pelo órgão ambiental estadual integrante do Sisnamase o imóvel estiver inserido no mencionado cadastro, ressalvadoo previsto no art. 30.

“Art. 30. Nos casos em que a Reserva Legal já tenha sido averbada namatrícula do imóvel e em que essa averbação identifique o perímetro e alocalização da reserva, o proprietário não será obrigado a fornecer aoórgão ambiental as informações relativas à Reserva Legal previstas noinciso III do § 1o do art. 29.

Parágrafo único. Para que o proprietário se desobrigue nos termos docaput, deverá apresentar ao órgão ambiental competente a certidão deregistro de imóveis onde conste a averbação da Reserva Legal ou termo decompromisso já firmado nos casos de posse”.

SUPRESSÃO, CADASTRO E RESERVA LEGAL(art. 12 § 3º)

Deve considerar os seguintes estudos e critérios:

I - o plano de bacia hidrográfica;

II - o Zoneamento Ecológico-Econômico

III - a formação de corredores ecológicos com outra Reserva Legal, com Área de Preservação Permanente, com Unidade de Conservação ou com outra área legalmente protegida;

IV - as áreas de maior importância para a conservação da biodiversidade; e

V - as áreas de maior fragilidade ambiental.

CRITÉRIOS PARA A LOCALIZAÇÃO DA RL

• Quem aprova a localização da RL: O órgão estadual integrantedo Sisnama ou instituição por ele habilitada, após a inclusão doimóvel no CAR.

• Na BAHIA o CEFIR substitui o CAR.

• Protocolada a documentação exigida para a análise dalocalização da área de Reserva Legal, ao proprietário oupossuidor rural não poderá ser imputada sanção administrativa,inclusive restrição a direitos, por qualquer órgão ambientalcompetente integrante do SISNAMA, em razão da nãoformalização da área de Reserva Legal.

APROVAÇÃO DA RL E APLICAÇÃO DE SANÇÕES(§§ 1º e 2º do art. 14)

Art. 15. Será admitido o cômputo das Áreas de PreservaçãoPermanente no cálculo do percentual da Reserva Legal doimóvel, desde que:

I - o benefício previsto neste artigo não implique a conversão denovas áreas para o uso alternativo do solo;

II - a área a ser computada esteja conservada ou em processo derecuperação, conforme comprovação do proprietário ao órgãoestadual integrante do Sisnama; e

III - o proprietário ou possuidor tenha requerido inclusão doimóvel no Cadastro Ambiental Rural - CAR, nos termos desta Lei.

CÔMPUTO DA APP NO CÁLCULO DO % DA RL(art. 15 e § 4º e seu inciso I)

O regime de proteção da APP não se altera quando computadano calculo da RL.

O proprietário ou possuidor de imóvel com Reserva Legalconservada e inscrita no Cadastro Ambiental Rural - CAR cujaárea ultrapasse o mínimo exigido, poderá utilizar a áreaexcedente para fins de constituição de servidão ambiental, Cotade Reserva Ambiental (CRA) e outros instrumentos congêneresprevistos no Código Florestal.

O cômputo aplica-se a todas as modalidades de cumprimento daReserva Legal, abrangendo a regeneração, a recomposição e acompensação.

CÔMPUTO DA APP NO CÁLCULO DO % DA RL( §§ 1º a 3º do art. 15)

PROGRAMA DE FORMAÇÃO EM MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOSCURSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Suspensão imediata obrigatória das atividades em área deReserva Legal desmatada irregularmente após 22 de julho de2008, devendo ser iniciado o processo de recomposição daReserva Legal em até 2 (dois) anos contados a partir da data dapublicação desta Lei (até maio de 2014).

A data de 22 de julho de 2008 foi tomada com base na data doDecreto Federal n° 6.514/2008, que dispõe sobre as infrações esanções administrativas ao meio ambiente.

SUSPENSÃO OBRIGATORIA DAS ATIVIDADES EM ÁREA DE RESERVA LEGAL

Conservar a RL mediante MANEJO SUSTENTÁVEL nas modalidades:

a)de manejo sustentável sem propósito comercial para consumo na propriedade;

a)de manejo sustentável para exploração florestal com propósito comercial;

Na pequena propriedade ou posse rural familiar: os órgãos integrantes do Sisnama deverão estabelecer procedimentos simplificados de elaboração, análise e aprovação de tais planos de manejo.

REGIME DE PROTEÇÃO DA RESERVA LEGAL (RL)(Art. 17)

Na posse, a RL é assegurada por termo de compromisso firmadopelo possuidor com o órgão competente, com força de título

executivo extrajudicial, com a localização da área de ReservaLegal e as obrigações assumidas pelo possuidor.

Em caso de transmissão/transferência/desmembramento:

a)vedada a alteração da destinação da RL;

b)a sub-rogação das obrigações assumidas no termo de

compromisso (no caso da posse).

TERMO DE COMPROMISSO(art. 18 §§ 3º 4º)

Registro da RL: no órgão ambiental (inscrição no CAR),que desobriga a averbação no Cartório de Registro deImóveis.

Entre a data da publicação desta Lei (maio/12) e o registrono CAR: o proprietário ou possuidor rural que desejar fazera averbação terá direito à gratuidade deste ato.

Requisito para a inscrição da Reserva Legal no CAR:apresentação de planta e memorial descritivo, contendo aindicação das coordenadas geográficas com pelo menosum ponto de amarração.

REGISTRO DA RL(Art. 18)

Na posse, a RL é assegurada por termo de compromisso firmado pelo possuidor com o órgão competente, com força de título executivo extrajudicial, com a localização da área de Reserva Legal e as obrigações assumidas pelo possuidor.

Em caso de transmissão/transferência/desmebramento: a) vedada a alteração da destinação da RL;

b) a sub-rogação das obrigações assumidas no termo de compromisso (no caso da posse).

A inserção do imóvel rural em perímetro urbano definido

mediante lei municipal não desobriga o proprietário ou

posseiro da manutenção da área de Reserva Legal, que só

será extinta concomitantemente ao registro do

parcelamento do solo para fins urbanos.

RESERVA LEGAL DE IMÓVEL URBANO(art. 19)

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Contatos:

Superintendência de Estudos e Pesquisas Ambientais - SEP

Diretoria de Estudos Avançados em Meio Ambiente – DEAMA:

[email protected] // (71) 3115-9813

Instrutor: