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Programa de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas Integradas Área de Concentração Biociências RAFAELLE APARECIDA VERÃO QUEVEDO GOMES RAUSCH AVALIAÇÃO DA QUALEA GRANDIFLORA MART NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO ALVEOLAR EM RATOS SUBMETIDOS À ALVEOLITE INDUZIDA Cuiabá, 2013

Programa de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas ... · que preenchem minha vida de alegria, os quais têm orgulho de ser madrinha e tia: João Eduardo e Guilherme. A pessoa

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Programa de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas Integradas Área de Concentração Biociências

RAFAELLE APARECIDA VERÃO QUEVEDO GOMES RAUSCH

AVALIAÇÃO DA QUALEA GRANDIFLORA MART NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO ALVEOLAR EM RATOS SUBMETIDOS À ALVEOLITE

INDUZIDA

Cuiabá, 2013

RAFAELLE APARECIDA VERÃO QUEVEDO GOMES RAUSCH

AVALIAÇÃO DA QUALEA GRANDIFLORA MART NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO ALVEOLAR EM RATOS SUBMETIDOS À ALVEOLITE

INDUZIDA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ciências Odontológicas Integradas, da Universidade de Cuiabá – UNIC, como requisito para obtenção do Título de Mestre em Ciências Odontológicas Integradas, Área de Concentração Biociências. Orientadora: Prof.ª. Drª. Evanice Menezes Marçal Vieira.

Cuiabá, 2013

FICHA CATALOGRÁFICA Catalogação na Fonte

Bibliotecárias Patrícia Jaeger / CRB1-1736

Valéria Oliveira dos Anjos / CRB1-1713

R248a Rausch, Rafaelle Aparecida Verão Quevedo Gomes.

Avaliação da Qualea grandiflora Mart no processo de cicatrização alveolar em ratos submetidos à alveolite induzida / Rafaelle Aparecida Verão Quevedo Gomes Rausch – Cuiabá: Universidade de Cuiabá - UNIC, 2013.

77 f.: il. Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ciências

Odontológicas Integradas, Universidade de Cuiabá – UNIC, para obtenção do título de Mestre em Ciências Odontológicas.

Orientadora: Prof.ª. Drª. Evanice Menezes Marçal Vieira. 1. Alveolite. 2. Reparação Óssea. 3. Qualea grandiflora. 4. Ratos. I. Avaliação da

Qualea grandiflora Mart no processo de cicatrização alveolar em ratos submetidos à alveolite induzida. II. Rausch, Rafaelle Aparecida Verão Quevedo Gomes. III. Universidade de Cuiabá – Unic.

CDD 617.632

RAFAELLE APARECIDA VERÃO QUEVEDO GOMES RAUSCH

AVALIAÇÃO DA QUALEA GRANDIFLORA MART NO PROCESSO DE CICATRIZAÇÃO ALVEOLAR EM RATOS SUBMETIDOS À ALVEOLITE

INDUZIDA

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Ciências Odontológicas Integradas, da Universidade de Cuiabá – UNIC como requisito para obtenção do Título de Mestre em Ciências Odontológicas Integradas – Área de Concentração Biociências. Orientadora Prof.ª. Evanice Menezes Marçal Vieira.

BANCA EXAMINADORA

_______________________________________________ Orientadora: Prof.ª. Dra. Evanice Menezes Marçal Vieira

________________________________________________ Membro Titular: Prof.ª. Dra. Andreza Maria Fabio Aranha

___________________________________________ Membro Titular: Prof. Dr. Amílcar Sabino Damazo

Cuiabá, ______ de ________________ de 2013.

Conceito Final: _____________

Ao meu maior professor, doutor e confessor, autor do meu destino, meu guia, que se faz presente a

todos os momentos. Porque é em vós que procuro refúgio. Sois o meu senhor, fora de vós não há

felicidade para mim, filho de Deus:

Jesus Cristo.

Ao homem amoroso, companheiro, sempre pronto para me ajudar em todos os momentos. Agradeço pelo estimulo de dizer para sempre ir em frente e

realizar meus sonhos, pela compreensão por estar comigo nos momentos bons e ruins de toda a nossa

história, a quem tenho orgulho de chamar de esposo:

Marcos Rausch.

Ao meu sonho mais lindo, personificado em um menino amoroso e esperto com o qual pretendo

estar de mãos dadas por toda vida e responsável por eu ser a mãe mais feliz do mundo:

Matheus Quevedo Rausch.

A mulher encantadora, paciente e amável que desde sempre ofertou o seu conforto em beneficio ao meu,

tornando-se a definição da mãe que um dia pretendo ser:

Etelvina Verão Quevedo Gomes.

Ao homem que cuidou de mim durante os meus primeiros passos, despertando e aumentando em

minha personalidade, ainda na infância, a sede pelo conhecimento e a importância deste em minha vida,

meu pai:

Eurico da Silveira Gomes.

As melhores amigas de uma vida inteira, que compartilham comigo segredos, experiências,

aspirações de valores, as mais maravilhosas irmãs que poderiam existir:

Mariele Laura e Lisabelle Carla.

Aos pequenos conquistadores do saber de amanhã, que preenchem minha vida de alegria, os quais têm

orgulho de ser madrinha e tia:

João Eduardo e Guilherme.

A pessoa que cuidou dos meus amores durante minha ausência, com carinho e dedicação e sempre torceu pela minha conquista, que tenho como sogra:

Marlene Fleck Rausch.

A amiga especial que faz parte da minha vida profissional desde início, com incentivos e palavras

sábias nos momentos de maiores dificuldades e pela nossa amizade incondicional:

Débora da Silveira Campos.

A amiga-irmã, pessoa muito especial em minha vida, agradeço pelo companheirismo, amizade,

confidências e pela parceria nesta conquista do nosso mestrado, meu carinho a:

Débora Prado Martins.

A todos que me apoiaram sempre e estiveram presente na minha vida:

Familiares, Amigos, Colegas e Professores.

AGRADECIMENTOS

Agradeço...

A minha orientadora Drª Evanice Marçal Menezes Vieira por suas orientações e paciência, assim como pelas palavras de incentivo e ajuda, além dos ensinamentos que levarei para vida toda.

Ao programa de mestrado em Ciência Odontológica Integrada da Universidade de Cuiabá, principalmente o Prof. Dr. Álvaro Henrique Borges, Coordenador deste programa, pelas palavras de conforto e compreensão nos momentos de desespero e dificuldades. E a paciência das secretárias Auxiliadora e Cátia.

A todos os professores do mestrado que nos auxiliaram na construção desta caminhada em especial a Prof.ª Drª Andreza Maria Fabio Aranha pelas orientações e contribuições na construção desse trabalho.

Ao Prof. Dr. Carlo Ralph, pela paciência e dedicação, que doou seu tempo em ajudar na construção da dissertação.

As amigas e companheiras do mestrado Débora Prado, Maria Sônia, Maura Dorileo e Hedilza Haras e todos os colegas que incentivaram e auxiliaram muito com palavras de incentivo e orientações nos momentos de desorientação.

Aos meus colegas da Faculdade de Enfermagem da Universidade de Cuiabá, em especial Alessandra Elias, Débora Campos, Davi Lucio, que sempre encorajaram e apoiaram nos momentos mais difíceis.

Ao Hospital Veterinário da Universidade de Cuiabá, por ter contribuído muito durante do período de experimento.

Aos técnicos do Laminário da Universidade de Cuiabá, pelo apoio, dedicação e paciência durante todo o experimento, que muito nos ajudaram nesta caminhada.

Ao Laboratório de Pesquisa da Faculdade de Farmácia da Universidade de Cuiabá, por toda contribuição para realização deste trabalho.

A todos os funcionários, técnicos e professores do Laboratório de Histologia da Universidade Federal de Mato Grosso, principalmente o Prof. Dr. Amílcar Sabino Damazo pelo apoio e contribuição.

Aos acadêmicos de Odontologia de iniciação cientifica, pela dedicação, companheirismo, ajuda de vocês foi fundamental para a realização dos experimentos, meu muito obrigado.

As acadêmicas de Enfermagem, Karine Prado e Adriana Samira, pelo apoio e carinho durante toda esta etapa da minha vida, a ajuda de vocês foi fundamental, muito obrigado.

E enfim a todos que colaboraram e muito me ensinaram nesta caminhada.

“O cientista não estuda a natureza porque ela é útil; ele a estuda porque se deleita nela, e se deleita nela porque ela é bela. Se a natureza não fosse bela, não valeria a pena ser conhecida, e se não valesse a pena ser conhecida, a vida não valeria a pena ser vivida.”

Henry Poincaré

RESUMO

RESUMO

RAUSCH, R. A. V. Q. G. Avaliação da Qualea grandiflora Mart no processo de cicatrização alveolar em ratos submetidos à alveolite induzida. 2013. 77 f.

Dissertação (Mestrado) – Pós-Graduação em Ciências Odontológicas, Universidade de Cuiabá-UNIC, Cuiabá, 2013. A alveolite é uma complicação pós-operatória de natureza inflamatória que ocorre dias após a exodontia. Interfere negativamente com o processo de reparação do alvéolo. O objetivo do estudo foi avaliar e comparar as características histológicas da reparação alveolar em ratos, induzidos ou não ao processo de alveolite, tratados com extrato da planta Qualea grandiflora Mart ou Alveolex®. Sob anestesia geral, foram realizadas exodontias do incisivo superior direito em 78 ratos (Rattus novergicus albinus, Wistar), machos, com peso médio de 250 gramas. Foram submetidos à indução de alveolite através da contaminação por Staphylococcus aureus em 70 ratos. Os animais foram distribuídos em 5 grupos: I: alvéolo não infectado; II: alvéolo infectado sem nenhum tratamento; III: alvéolo tratado com extrato da Qualea grandiflora Mart a 10%, IV: alvéolo tratado com medicação convencional Alveolex®; V: alvéolo com aplicação da Pasta de Polietileno glicol 400. Os animais foram eutanasiados aos 7, 14 e 28 dias pós-operatório. Os espécimes foram processados para avaliação histológica. As informações obtidas foram analisadas estatisticamente através análise de variância e teste de Bonferroni e Newman-Keuls comparações múltiplas, utilizando a probabilidade de p< 0,05. O tratamento com a Qualea grandiflora Mart se mostrou eficaz na neoformação óssea alveolar, por ter apresentado aumento de densidade de superfície dos osteoblastos e aumento de densidade de osteócitos nos períodos finais do experimento. Palavras-chave: Alveolite. Reparação óssea. Qualea grandiflora Mart. Ratos.

ABSTRACT

ABSTRACT

Rausch, A. A. V. Q. G. Evaluation of Qualea grandiflora Mart of the alveolar healing process with induced alveolitis in rats. 2013. 77 f. Dissertation (Master’s

Program) – Post-Graduate Dental Science Integrated, University of Cuiabá-UNIC, Cuiaba, 2013. Alveolitis is a postoperative complication of inflammatory nature that can occur after

tooth extraction. It negatively interferes with the healing process of dental alveolus.

The aim of this study was to evaluate the action of Qualea grandiflora Mart in healing

alveoli process of dental alveolitis induced rats by Staphylococcus aureus. Tooth

extractions of the right upper incisor were performed in 78 rats male (Rattus

norvegicus albinus, Wistar), with medium weight of 250 grams. 70 rats were induced

to alveolitis by Staphylococcus aureus contamination. The animals were divided into

5 groups: I: non-infected alveolus; II: alveolus infected without any treatment; III:

alveolus treated with 10% plant extract; IV: alveolus treated with conventional

medication; V: alveolus with application of Polyethylene Glycol 400. The animals

were euthanized at 7, 14 and 28 days postoperative. Histological and

histomorphometric analysis were processed in the specimens. Data were statistically

analyzed using analysis of variance and Bonferroni and Newman-Keuls multiple

comparison test, using the probability of p <0.05. Treatment with Qualea grandiflora

Mart was effective alveolar bone regeneration, because it presented increased

surface density of osteoblasts and osteocytes density in the final period of the

experiment.

Keywords: Alveolitis. Bone repair. Qualea grandiflora Mart. Rats.

LISTA DE FIGURAS

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Esquema referente à distribuição de animais - (SHAM) – Grupo de

sacrifício imediato ao procedimento, (CONTROLE) - Grupo sem alveolite e sem tratamento, (ALV/ SEM TRAT.) – Grupo alveolite sem tratamento, (ALV/QGF)- Grupo alveolite tratamento com Qualea grandiflora Mart, (ALV/ALVEOLEX) - Grupo alveolite com tratamento medicação convencional, (ALV/PASTA) - Grupo Alveolite com pomada Polietileno glicol 400. ............................................................................................... 35

Figura 2 - Modelo guia de estudo ........................................................................... 37

Figura 3 - Instrumentais adaptados: (a)- porta agulha. (b)- Gengivótomo com

pontas afinadas e encurvadas. ............................................................... 38

Figura 4 - Exodontia do incisivo superior direito: Papila incisiva (a). –

Descolamento papilar (b). – Luxação (c). – Remoção do dente (d). ...... 39

Figura 5 - Contaminação do Alvéolo com cone de papel absorvente embebido

com a suspensão de bactérias ............................................................... 41

Figura 6 - Alveolite constatada após 48 h a exodontia ........................................... 41

Figura 7 - Cortes microscópicos longitudinais do alvéolo de ratos no período de 7 dias Controle (a); Alv/ sem trat (b); Alv/QGF (c); Alv/Alveolex (d); Alv/Pasta (e). .......................................................................................... 47

Figura 8 - Cortes microscópicos longitudinais do alvéolo de ratos no período de

14 dias. Controle (a); Alv/ sem trat (b); Alv/QGF (c); Alv/Alveolex (d); Alv/Pasta (e). .......................................................................................... 49

Figura 9 - Cortes microscópicos longitudinais do alvéolo de ratos no período de 28 dias. Controle (a); Alv/ sem trat (b); Alv/QGF (c); Alv/Alveolex (d); Alv/Pasta (e). .......................................................................................... 51

Figura 10 - Apresentação gráfica da média e Intervalo de confiança da densidade

de superfície de Otb, por grupos em cada periodos estudado, Anova, Benferroni e Newman-Keuls (p<0,05) .................................................... 51

Figura 11 - Apresentação gráfica da média e Intervalo de confiança da densidade de superfície de Otci, por grupos em cada periodos estudado, Anova, Benferroni e Newman-Keuls (p<0,05) .................................................... 51

LISTA DE ABREVIATURAS

LISTA DE ABREVIATURAS

ALV/ SEM TRAT – Grupo alveolite sem tratamento

ALV/QGF - Grupo alveolite tratamento com Qualea grandiflora Mart

ALV/ALVEOLEX - Grupo alveolite com tratamento medicação convencional

ALV/PASTA - Grupo Alveolite com pomada Polietileno glicol 400.

CEP - Comitê de Ética em Pesquisa

COBEA - Colégio Brasileiro de Experimentação Animal

CCT- Coleção de Culturas Tropical

D.O. - Densidade Óssea

E.U.A. - Estados Unidos da América.

HE - Hematoxilina-Eosina

Kg- Quilograma

Ltda. – Limitada

ml - Mililitro

mg - Miligramas

n - Número de animais

Otb - Osteoblasto

Otci - Osteócitos

Otc – Osteoclasto

p - Valor ou nível descritivo

PEG - Polietileno glicol

QEEL – Química Especializada Erch

SEM - Erro padrão da média

TNT - Tecido não tecido

UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso

UNIC - Universidade de Cuiabá

USA - United States of America

x - Vezes

µL - Microlitro

µm - Micrômetro

µm2 - Micrometro quadrado

< - Sinal de menos

% - Percentagem

® - Marca registrada

SUMÁRIO

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 20

2 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................22

2.1 ALVEOLITE ........................................................................................................ 22

2.1.1 Conceitos ........................................................................................................ 22

1.1.2 Etiopatogenia .................................................................................................. 22 1.1.3 Incidência ........................................................................................................ 23

1.1.4 Aspectos Clínicos .......................................................................................... 24 1.1.5 Aspectos Histopatológicos ........................................................................... 25

1.1.6 Tratamento ...................................................................................................... 26

1.2 REPARAÇÃO ÓSSEA ........................................................................................ 27

1.3 QUALEA GRANDIFLORA MART....................................................................... 29

2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 32

2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 32

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 32

3 MATERIAIS E MÉTODO ........................................................................................ 34

3.1 MATERIAL .......................................................................................................... 34

3.1.1 Animais ........................................................................................................... 34 3.1.2 Material Cirúrgico ........................................................................................... 36

3.1.3 Reagentes Compostos e Soluções ............................................................... 36

3.2 MÉTODO ............................................................................................................. 37

3.2.1 Exodontia do Incisivo Superior Direito ........................................................ 37

3.2.2 Obtenção do Extrato ...................................................................................... 39

3.2.2.1 Coleta do Material Vegetal e Herborização ............................................... 39 3.2.2.2 Obtenção e Fracionamento do Extrato Bruto ........................................... 40

3.2.2.3 Obtenção da Pasta Base e Incorporação do Extrato Bruto ..................... 40

3.2.3 Indução da Alveolite ....................................................................................... 41

3.2.4 Coleta e Processamento Para Análise das Amostras ................................. 42

3.2.5 Avaliação Histomorfométrica ........................................................................ 42

3.2.6 Análise Estatística .......................................................................................... 43

3.2.7 Apoio e Financiamento .................................................................................. 43

4 RESULTADOS ....................................................................................................... 45

4.1 AVALIAÇÃO MICROSCÓPICA .......................................................................... 45

4.2 ANÁLISE HISTOMORFOMÉTRICA ................................................................... 51

5 DISCUSSÃO .......................................................................................................... 56

6 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 63

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 65

ANEXOS ................................................................................................................... 75

1 INTRODUÇÃO

20

1 INTRODUÇÃO

A alveolite dentária foi relatada a primeira vez por Crawford, em 1896, mas

representa até hoje, um assunto de grande interesse, em razão da sua ocorrência,

complicação e peculiaridade. Sendo uma das complicações pós-operatórias mais

frequentes na área da Cirurgia oral, associada à exodontia, sendo definida como

uma inflamação do alvéolo resultante de uma perturbação da cicatrização da ferida

alveolar. (CRAWFORD, 1896 RODRIGUEZ-SANCHEZ, 2011, CARDOSO et al.,

2011; RODRIGUES et al., 2011).

Ao longo dos anos, foram utilizados vários sinónimos relativamente à

alveolite, tais como, alveolalgia, osteomielite, alveolite fibrinolítica, alveolite dolorosa

seca e úmida entre outros (KOLOKYTHAS; OLECH; MILORO, 2010). A alveolite

seca e úmida ou supurativa é dos tipos de alveolite clinicamente mais

diagnosticados na prática clínica. No tipo seca, verifica-se um alvéolo aberto,

desprovido de coágulo com exposição de osso alveolar e com as paredes ósseas

totalmente desnudadas. No tipo úmida ou supurativa, verifica-se uma inflamação

alveolar, evidenciada pela infecção do coágulo e do alvéolo, encontrando-se um

alvéolo com hemorragia e abundante exsudado purulento (BLUM, 2002; CARDOSO

et al., 2010).

O diagnóstico da alveolite é feito geralmente 3 a 4 dias após uma exodontia

por meio da anamnese, exame clínico e/ou radiográfico (CARDOSO et al., 2011). A

sintomatologia dolorosa é severa, de natureza pulsátil não cedendo à ação de

analgésicos comuns (RODRIGUEZ-SANCHES, 2011). Na mandíbula, a dor irradia-

se do alvéolo afetado para o ouvido e região temporal. Quando ocorre na maxila,

esta dor irradia-se do alvéolo para a órbita e região frontal, com intensidade

considerável pelo fato de atingir nervos (AMLER, 1969, NORAAZI; PHILBERT, 2009;

RODRIGUES et al., 2011).

Com essas sintomatologias e complicações verifica-se a necessidade de uma

terapêutica que se tenha o alivio da dor imediatamente, combate a infecção, que

seja biologicamente combatível ao reparo alveolar (FELIX, OKAMOTO, 2006).

Atualmente, observa-se o ressurgimento da medicina natural, enfatizando as

plantas medicinais para restabelecimento da saúde humana. Com este

21

acontecimento, inúmeras terapias alternativas e naturais despontam para alimentar

as necessidades de bem estar do ser humano. Um dos fatores que contribui para a

larga utilização de plantas para fins medicinais no Brasil é o grande número de

espécies vegetais encontradas no país (BORBA; MACEDO, 2006; OLIVEIRA et al.,

2007).

O uso de produtos naturais na odontologia constitui alternativa viável e eficaz

na prevenção e combate de diversas alterações da cavidade bucal (BORBA;

MACEDO, 2006; OLIVEIRA, 2007; SANTOS et al., 2009). Neste contexto as

pesquisas com plantas medicinais no meio da odontologia têm aumentado nos

últimos anos, devido à busca de novos produtos com maior atividade terapêutica,

menor toxicidade e melhor compatibilidade, além de apresentarem custos mais

acessíveis à população e aceitabilidade (ALMEIDA et al., 1998). Esta aceitação

popular por fitoterápicos leva a boas perspectivas no mercado de produtos

odontológicos que contém substâncias naturais, desde que estudos laboratoriais e

clínicos específicos comprovem sua eficácia (OLIVEIRA et al., 2007; LACERDA et

al. 2010).

Dessa forma, este estudo tem-se por objetivo buscar dados gerais e

particulares da Qualea Grandiflora Mart (Vochysiaceae) para conhecimento mais

consubstanciado no reparo ósseo.

2 REVISÃO DE LITERATURA

22

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 Alveolite

2.1.1 Conceitos

A alveolite dentária é uma das complicações pós-operatórias mais

comuns após as exodontias de natureza inflamatória que ocorre dias após a

exodontia (CRAWFORD, 1896; NORAAZI; PHILBERT, 2009; RODRIGUES et al.,

2011). Interfere negativamente com o processo de reparação do alvéolo. Foi descrita

pela primeira vez por Crawford (1896) e é caracterizada por uma desintegração do

coágulo sanguíneo interalveolar.

Ao longo dos anos, foram utilizados vários sinônimos em relação à

alveolite, também conhecida como “alvéolo seco” (CRAWFORD, 1896), “osteíte

alveolar”, “osteíte localizada”, “alveolalgia”, “alveolite seca dolorosa”, “alvéolo

séptico”, “alvéolo necrótico”, “ostemielite localizada”, “alveolite fibrinolítica” e outras

denominações (BLUM, 2002; CARDOSO et al., 2010).

Os tipos de alveolite clinicamente são a seca e úmida. Na seca devido à

ausência de coagulo de sangue após a extração o alvéolo fica seco. Já na úmida

ocorrem processos infecciosos do alvéolo com produção de secreção purulenta. Os

termos alvéolo seco e osteítes alveolar são os mais comumente utilizados na

literatura inglesa (KOLOKYTHAS; OLECH; MILORO, 2010).

2.1.2 Etiopatogenia

A etiologia da alveolite, de modo geral, como multifatorial não é ainda

bem definida, sendo provável causa à perda do coágulo sanguíneo (CARDOSO et

al., 2011). A alveolite verdadeira é caracterizada pela perda prematura parcial ou

total do coágulo sanguíneo formado no interior do alveolo pós-exodontia, a qual

deve ser diagnóstico diferenciado de outras condições: hipovascularização do osso

23

alveolar, causada por distúrbios vasculares, distúrbios hematológicos, osteonecrose

induzida por radioterapia, osteoporose, doença de Paget, displasia cemento-óssea e

outros quadros em que não há formação de coágulo no interior do alvéolo

(CARDOSO et al., 2011).

Em estudos clínicos e experimentais, têm-se observado o aumento na

atividade fibrinolítica local como principal fator na etiopatogenia da alveolite (BIRN,

1970, 1972, 1973; BIRN; MYHRE-JENSEN, 1972; CARDOSO et al., 2011,

RODRIGUES et al., 2011). A causa da alveolite por bactérias tem sido apoiada por

várias informações dentre as quais a percepção do aumento principalmente em

pacientes com higiene bucal deficiente e com história de inflamação pré-existente

como pericoronarite e doença periodontal avançada (CARVALHO, MARIANO,

OKAMOTO, 1997; ALEXANDER, 2000; BLOOMER; HODKINSON, 2000).

Alguns fatores envolvidos já estão bem elucidados na literatura como:

infecções pré-existentes (NITZAN, 1983, STREIT et al., 2000) trauma alveolar

interno durante a exodontia, idade avançada e enfermidades sistêmicas debilitantes

(BECERRA, 1967; BIRN, 1973; NORAAZI; PHILBERT, 2009, RODRIGUES et al.,

2011).

Marzola (2008) considera que a alveolite é uma infecção causada

principalmente por estafilococos e estreptococos. Em estudos de Nitzan, Sperry e

Wilkins (1978) monstraram possível influência dos microorganismos anaeróbicos na

relação da etiologia da alveolite (RIBAS et al., 2006).

2.1.3 Incidência

Não há estatísticas bem definidas quanto à sua prevalência

(ALEXANDER, 2000), embora se confirme uma maior incidência em exodontias

isoladas, realizadas na mandíbula, nos dentes molares mandibulares inferiores

inclusos, em pacientes tabagistas do sexo feminino (CORDEIRO, 2005).

Vários autores mostram a predisposição ao sexo feminino no

desenvolvimento da alveolite (BLUM, 2002, OGINNI, 2008, NOROOZI; PHIBERT,

2009, KOLOKYTHAS; OLECH; MILORO, 2010) e a probabilidade pode aumentar

24

em trêz vezes nas que utilizam anticoncepcionais orais em relação aquelas que não

usam (GARCIA et al., 2003). Os estrogênios contidos nos anticoncepcionais orais

podem aumentar a atividade fibrinolítica no plasma (OGINNI, 2008) afetando a

estabilidade após a exodontia. O fumo contribui para introdução de substâncias

estranhas que podem agir como contaminantes na ferida cirúrgica (CARDOSO et al.,

2011). A nicotina aumenta a adesividade plaquetária, aumenta o risco de trombose

microvascular e isquemia periférica (SILVERSTEIN, 1992) e inibi a proliferação de

fibroblasto e macrófago, consequentemente inibindo o processo de reparo ósseo

(GROSSI et al., 1997; CARDOSO et al., 2011).

A incidência da alveolite aumenta proporcionalmente a idade, sendo mais

frequente em grupo de pessoas de 40 a 45 anos de idade (RUD, 1970; ROOD;

DANFORD, 1981). Apresenta-se de 1 a 4% dos pós-operatórios das exontondias

(BULLER; SWEET, 1977; TURNER,1982; BLUM, 2002; NOROOZI; PHILBERT,

2009; RODRIGUES et al., 2011). Considera-se uma complicação rara na exodontia

de dentes decíduos (OGINNI, 2008).

2.1.4 Aspectos Clínicos

Clinicamente, a alveolite dentária é um processo inflamatório com

sintomatologia dolorosa e severa, de natureza pulsátil não cedendo à ação de

analgésicos comuns, acompanhada de odor fétido (CARDOSO et al., 2011). Alguns

individuos podem apresentar queixa de dor irradiada contínua e intensa,

ipsilateralmente ao ouvido e a região temporal, assim como linfoadenopatia regional,

febre, inflamação da gengiva marginal (BLUM, 2002; KOLOKYTHAS; OLECH;

MILORO, 2010) e atingir nervos. (AMLER, 1969).

O diagnóstico da alveolite é feito geralmente 3 a 4 dias após a extração

dentária por meio da anamnese, exame clínico e/ou radiográfico (CARDOSO et al.,

2011). Segundo Crawford (1896) o alvéolo se torna vazio, com ausência do coágulo

sanguíneo, apresenta as paredes ósseas desnudas e sensíveis, recoberto por uma

camada amarela-acinzentado constituído por tecido necrótico e induto. A ausência

do coágulo permite a exposição óssea e permanência de remanescentes necróticos

que podem provocar halitose e dor aguda (RODRIGUEZ-SANCHEZ, 2011).

25

2.1.5 Aspectos Histopatológicos

Microscopicamente, a alveolite dentária se caracteriza pela presença de

remanescente de coágulo sanguíneo, infiltrado inflamatório formado por leucócitos

polimorfonuclares neutrófilos, linfócitos e histiócitos que podem se estender até o

alvéolo vizinho. (RODRIGUEZ-SANCHEZ, 2011).

A reabsorção óssea nem sempre é frequente (BIRN, 1973; CURY;

CASTRO; OKAMOTO, 1983; MELO JUNIOR et al., 2002; CARDOSO et al., 2011).

Em pesquisa utilizando ratos, foram observadas áreas de necrose da cortical óssea

no sexto dia da exodontia (CURY; CASTRO; OKAMOTO, 1983) e o epitélio com

solução de continuidade exibia elevado números de neutrófilos e as paredes ósseas,

apresentavam reabsorção (CURY; CASTRO; OKAMOTO, 1983; CARVALHO et al.,

1990; MELO JUNIOR et al. 2002; SANTOS et al. 2011). Avaliando o interior do

alvéolo, fibrose foi identificada (MELO JUNIOR et al. 2002) e neoformação de tecido

conjuntivo (CARVALHO; ARAÚJO; POI, 1990; SANTOS; OLIVEIRA; FELIX, 2011;

CARDOSO et al., 2011), com presença de fibroblastos e capilares sanguínea, sendo

que em alguns casos na região do terço médio e apical, foi observada trabecula

óssea neoformada (CARVALHO; ARAÚJO; POI, 1990).

Em estudo de Cury, Castro e Okamoto (1983), avaliando corte

histológicos do alvéolo dentário, submetido à indução de alveolite, observaram no

período a partir de nove dias, fechamento do alvéolo pelo epitélio de superfície da

mucosa e abundância de tecido conjuntivo neoformado e trabeculado ósseo difuso

no interior do terço médio e apical no grupo tratado. Enquanto que no grupo controle

o terço médio apresentou-se com reabsorção da parede óssea alveolar, substituída

parcialmente por tecido ósseo neoformado. Em estudo de Melo Júnior et al. (2002) a

neoformação óssea se misturava com a presença do infiltrado mononuclear

(SANTOS; OLIVEIRA; FELIX, 2011).

A maturação do trabeculado ósseo nos estudo realizados com ratos

(BIRN, 1973; CURY; CASTRO; OKAMOTO, 1983; MELO JUNIOR et al., 2002;

SANTOS; OLIVEIRA; FELIX, 2011; CARDOSO et al., 2011, RODRIGUEZ-

SANCHEZ, 2011; RODRIGUES et al., 2011) foi melhor observada no período de 21

dias (CARVALHO; ARAÚJO; POI, 1990; CARVALHO et al., 1991). Neste periodo, a

26

presença do epitélio é marcante, por se apresentar regenerado na maioria dos

casos, e o tecido conjuntivo intratrabecular apresenta maior quantidade de fibras

colágenas junto ao terço médio, havendo algumas trabéculas ósseas neoformadas

(CARVALHO; ARAÚJO; POI, 1990; SANTOS; OLIVEIRA; FELIX, 2011; CARDOSO

et al., 2011).

2.1.6 Tratamento

O tratamento mais antigo e mais amplamente usado para alveolite são

aos cuidados paliativos, permitindo que o prpóprio organismo cicatrize a ferida, pois

não existe consenso quanto sua etiopatogenia. Muitos autores concordam que seu

tratamento deve ser direcionado ao alívio da sintomatologia dolorosa e reparo

alveolar (BLUM, 2002, NOROOZI; PHIBERT, 2009, KOLOKYTHAS; OLECH;

MILORO, 2010). Estudos buscam tratamento especificos e eficiente (BLUM, 2002;

CARDOSO et al., 2011). Quando a presença de agente causal é estabelecida, o

combate ao microrganismo, principalmente os aeróbios, tem sido bastante

pesquisado (NITZAN; SPERRY; WILKINS, 1978; BERWICK; LESSIN, 1990;

LARSEN, 1992; BONINE; LARSEN, 1995; KUPFER et al, 1995). Porém,

considerando que a microflora bacteriana da boca compreende especialmente

bactérias anaeróbias, há uma prevalência desses microrganismos nas infecções que

acometem a cavidade bucal (CARDOSO et al., 2011), principalmente de origem

odontogênica.

Entre os principais tratamentos para alveolite, a literatura fornece uma

gama de possibilidades como sugerido por Killey e Kay (1977) que usaram como

tratamento imediato da alveolite a irrigação do alvéolo com solução salina,

removendo restos alimentares e coágulos desintegrados. Cury, Castro e Okamoto

(1983), são de opinião que a pasta de Alveosan® é compatível com processo de

reparo em feridas de extração dental infectadas. Kano et al. (2008) e Pereira et al.

(2012), descrevem sobre o Alveolex®, fármaco atualmente utilizado na odontologia

para tratamento da alveolite, objetivando melhorar a cicatrização alveolar após

extração dentária. Possui ação analgésica, antimicrobiano, antioxidante, fungicida e

anti-inflamatória (KANO et al., 2008; PEREIRA et al., 2012).

27

2.2 Reparação Óssea

O osso é um tecido complexo, constituido por três componentes

principais: matriz orgânica, componente mineral e componente celular - osteoblasto,

osteócito e osteoclasto (MACEDO et al., 2010). O mecanismo de integração óssea

ocorre de três formas em: 1) as células precursoras ósseas que diferenciam em

osteoblastos; 2) os osteoblastos, que são células ativas na deposição óssea e

precursora dos osteócitos; 3) os osteoclastos são células multinucleadas ativas na

absorção e na remodelação do osso (MACEDO et al., 2010).

Além das células, a matriz óssea compõe o osso. Durante o processo de

deposição da matriz osteóide alguns osteoblastos ficam aprisionados na matriz e se

diferenciam em osteócitos (MACEDO et al., 2010). Estas células maduras,

localizadas no interior da lacuna são completamente envolvidas por matriz óssea

mineralizada, estão conectadas por canalículos pelos quais atravesam

prolongamentos celulares que integram os osteócitos através de junções

comunicantes (WANG et al., 2000) e osteclasto responsáveis pela reabsorção óssea

através da secreção de enzimas na superficie que promovem a dissolução da matriz

mineralizada e degradação enzimática da matriz orgânica (BLAIR, 1998).

O processo de reparação óssea ocorre por segunda intenção, ou seja,

sem necessidade de aproximação das margens. É uma reposta fibroproliferativa

mediada por fatores de crescimento e citocinas (CARDOSO et al., 2011).

Considerado um processo complexo, envolvendo eventos altamente

interdependentes, sendo marcado por inflamação em resposta a lesão inicial ao

tecido (NUSAIR; YOUNIS, 2007; CHUANG et al., 2008). A cascata de reações

inflamatórias é ativada imediatamente após a exdontia, dependendo das plaquetas

encarregadas durante o reparo de orientar os mediadores químicos com o fator de

crescimento plaquetário, fator de crescimento de transformação e crescimento

fibroblástico (IRINAKIS, 2006; GÜRBÜZER et al., 2010).

Durante a reparação óssea um cume de cortical é estabelecido na

entrada do alvéolo, o tecido ósseo é remodelado e substituído por osso cortical e

medular (CARDAROPOLI; ARAÚJO; LINDHE, 2003). Células mesenquimais do

ligamento periodontal podem participar da cicatrização alveolar (LEKIC et al., 2001;

28

CARDAROPOLI; ARAÚJO; LINDHE, 2003) estas células do ligamento podem se

diferenciar em osteoblasto e posterior neoformação (McCULLOCH; MELCHER,

1983).

Morfologicamente, podem ser consideradas quatro fases fundamentais do

reparo do processo alveolar, sendo: proliferação celular, desenvolvimento do tecido

conjuntivo, maturação do tecido conjuntivo e diferenciação óssea ou mineralização

(CARDOSO et al., 2011). Em estudo em ratos, após sétimo dia de exodontia foram

observadas estas quatro fases (OKAMOTO; RUSSO 1973; RODRIGUES;

CARVALHO, 1983).

Uma das etapas de reparação que ocorre no interior do alvéolo que

antecipa a formação de matriz óssea é a angionêse, com abundante formação de

vasos neorformados, sendo que posteriormente inicia-se a formação da matriz

orgânica pelos osteoblastos, e por ultimo ocorre a mineralização da matriz e

formação de trabéculas ósseas correspondentes à fase de diferenciação e

mineralização óssea (COTRAN et al., 1996; RODRIGUES et al., 2011, CARDOSO et

al., 2011).

A formação do tecido ósseo é dependente da diferenciação e ativação de

osteoblasto que levam a produção de diferentes proteínas (colagenosas e não

colagenosas), enzimas, como fosfatase alcalina, as quais são responsáveis pela

mineralização do tecido ósseo em formação (CARDOSO et al., 2011). No final do

processo de reparação alveolar, ocorre equilíbrio dinâmico osteoclástico-

osteoblástico, quando então, o novo osso encontra-se em condições de suportar

novos estímulos (CARVALHO; OKAMOTO, 1987).

Diversos fatores influenciam na reparação alveolar, podendo ser

sistêmicos, decorrentes da nutrição (deficiência vitamínica), condições metabólicas,

circulatórias, hormonais e locais, trauma, presença de corpos estranhos, tamanho,

localização, tipo da ferida, inflamação e infecção como representada no exemplo da

alveolite (BIRN, 1973; BLOOMER; HODKINSON, 2000; RODRIGUES et al., 2011;

CARDOSO et al., 2011).

29

2.3 Qualea Grandiflora Mart

Qualea grandiflora Mart. (Vochysiaceae) é uma árvore símbolo do

Cerrado brasileiro (SILVA JUNIOR, 2005), de grande importância econômica, é uma

planta de ocorrência em mata de galeria encontrada no Cerrado Mato-grossense

(ALMEIDA et al., 1998).

Esta espécie tem muitos nomes populares, conhecida como pau-terra,

pau-terra-do-campo, pau-terra-do-cerrado, pau-terra-da-folha-larga, ariava, entre

outros (CORRÊA, 1978). As cascas e folhas são medicinais e os frutos dão matéria

tintorial amarela. Infusão ou decocção das folhas é usada no tratamento de diarréia

com sangue, cólica intestinal e contra ameba (ALVES et al., 2000). As cascas são

usadas, na forma de infusão, para limpeza externa de úlceras e feridas e no

tratamento de doenças inflamatórias (CORRÊA, 1978; HEISIG, 2001; AYRES et al.,

2008), catalogada como antiinflamatória, cicatrizante, antimicrobiana, antioxidante e

analgésica (MOURA; NASCIMENTO; PINTO, 2012). O extrato etanólico da casca

desta planta foi estudada (ALVES et al., 2000) e apresentou atividades

antibacteriana contra Staphylococcus aureus, Bacillus cereus e Pseudomonas

aeruginos.

As pesquisas com plantas medicinais na Odontologia têm aumentado nos

últimos anos, devido à busca de novos produtos com maior atividade terapêutica,

menor toxicidade e melhor compatibilidade, além de apresentarem custos mais

acessíveis à população e aceitabilidade (BORBA; MACEDO, 2006; OLIVEIRA et al.,

2007; SANTOS et al., 2009, LACERDA et al., 2010).

Inúmeros trabalhos vêm sendo realizados para avaliação de espécies

vegetais na Odontologia, como Cravo da Índia, Romã, Malva, Tanchagem, Amoreira,

Sálvia, Camomila (TORRES et al., 2000; BLUMENTHAL; GOLDBERG;

BRINKMANN, 2000; FRANCO; FONTANA, 2002; BRANDÃO; BANDEIRA;

ANDRADE, 2003; BARRETO et al., 2005; BRANDÃO et al., 2006; SILVA et al.,

2006; AGRA; FRANÇA; BARBOSA FILHO, 2007), Equinacea purpurea, Copaifera

multijuga, Lippia sidoides, Stryphnodendron barbatiman, entre outras (FERREIRA,

1996; BANDEIRA, 1999; COUTO et al., 2000; MELO JÚNIOR et al., 2002; PAIXÃO,

2002; VENDOLA, 2004; FERES et al., 2005, OLIVEIRA et al., 2007). Foi observado

30

o efeito cicatrizante da aroeira (Schinus terebenthifolius) e do mastruço

(Chenopodium ambrosioides) em feridas de extração dental (LISBOA NETO et al.,

1998, RIBAS et al., 2006).

Neste contexto, pelo fato do estudo ter sido desenvolvido no Mato

Grosso, a proposta foi avaliar a ação da Qualea grandiflora no processo de reparo

ósseo alveolar em ratos submetidos à alveolite dentária, e distribuídos em vários

grupos de estudo, utilizando S. aureus.

3 OBJETIVOS

32

3 OBJETIVOS

3.1 Objetivo Geral

Avaliar a ação da Qualea Grandiflora Mart na cicatrização do alvéolo de

ratos submetidos à alveolite dentária induzida pelo Staphylococcus aureus.

3.2 Objetivos Específicos

Avaliar o aspecto morfológico do alvéolo dentário nos períodos

experimentais;

Avaliar a densidade de superfície dos osteoblastos no alvéolo dentário

considerando os diferentes tratamentos;

Avaliar a densidade dos osteócitos no alvéolo dentário considerando os

diferentes tratamentos;

Comparar a ação da Qualea grandiflora Mart e do Alveloex na

cicatrização do processo alveolar.

.

4 MATERIAIS E MÉTODOS

34

4 MATERIAIS E MÉTODOS

O presente estudo foi realizado no Laboratório de Apoio a Pesquisa do

Departamento de Odontologia da Universidade de Cuiabá – UNIC, Laboratório de

Histologia da Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT e Laboratório de

processamento histológico da UNIC. Foram adotados os Princípios Éticos em

Experimentação Animal, preconizados pelo Colégio Brasileiro de Experimentação

Animal (COBEA), instituição filiada ao International Council for Laboratory Animal

Science e a Legislação Brasileira de Animais de Experimentação, Lei Federal n.º

6.638 (1979).

O projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética em pesquisa da

Universidade de Cuiabá (UNIC), e recebeu parecer favorável (Anexo 1) à sua

realização sob protocolo nº 2011-044.

3.1 Material

4.1.1 Animais

Para este estudo, foram selecionados 78 ratos jovens machos (Rattus

norvergicus, albinus, Wistar), com peso médio de 250 g, os quais foram divididos

aleatoriamente, cinco animais em cada grupo experimental, e três animais para um

único grupo, denominados Sham, como descrito abaixo:

- CONTROLE - (ratos submetidos à extração dentária sem alveolite e sem

extrato no interior do alvéolo);

- ALV/SEM TRAT - (ratos submetidos à extração dentária com alveolite e

sem tratamento no interior do alvéolo);

- ALV/QGF - (ratos submetidos à extração dentária com alveolite e com

extrato Qualea grandiflora no interior do alvéolo);

- ALV/ALVEOLEX - (ratos submetidos à extração dentária com alveolite

tratada com medicação convencional- Alveolex®);

35

- ALV/PASTA - Grupo 5 (ratos submetidos a extração dentária com

alveolite tratada com pasta base);

- SHAM – (ratos submetidos à extração dentária com sacrifício imediato).

Diferente dos demais grupos de estudo, o grupo Sham foi composto por

três animais, e é considerado um grupo de controle em experimento laboratorial. Em

estudos científicos envolvendo procedimento cirúrgico, a finalidade de temos um

grupo Sham busca assegurar que os dados científicos reflitam os efeitos da

experiência em si, e não meramente uma consequência da cirurgia. Os animais

deste grupo recebem exatamente o mesmo procedimento cirúrgico realizado nos

demais grupos, porém, sem o tratamento, submetendo-se a eutanásia

imediatamente após a extração dentária (BIOPORTAL, 2012).

O esquema abaixo descreve a distribuições dos grupos por período dos

experimentos (Figura 1):

Figura 1 – Esquema referente à distribuição de animais - (SHAM) – Grupo de sacrifício imediato ao procedimento, (CONTROLE) - Grupo sem alveolite e sem tratamento, (ALV/ SEM TRAT.) – Grupo alveolite sem tratamento, (ALV/QGF)- Grupo alveolite tratamento com Qualea grandiflora Mart, (ALV/ALVEOLEX) - Grupo alveolite com tratamento medicação convencional, (ALV/PASTA) - Grupo Alveolite com pomada Polietileno glicol 400.

CONTROLE

n= 15

7 DIAS

14 DIAS

28 DIAS

ALV/ SEM TRAT.

n=15

7 DIAS

14 DIAS

28 DIAS

ALV/EEQg

n=15

7 DIAS

14 DIAS

28 DIAS

ALV/ ALVEOLEX

n= 15

7 DIAS

14 DIAS

28 DIAS

ALV/ PASTA

n=15

7 DIAS

14 DIAS

28 DIAS

78 animais

SHAM

n=3

SACRIFÍCIO

IMEDIATO

5 animais/grupo

36

Os animais foram fornecidos pelo Biotério do Hospital Veterinário da

Universidade de Cuiabá - UNIC/MT e alojados em caixas-moradia (polietileno

16x40x30), forrada com papel picado, (número de animais 2 a 3 animais por caixa)

em condições de iluminação controlada por ciclos de 12 horas de luz por dia e

temperatura variando entre 21 e 25º C. os ratos foram alimentados com ração sólida

(Labina, Purina, Brasil) e água ad libitum, com exceção das primeiras 24 horas pós-

operatória quando a alimentação foi triturada.

4.1.2 Material Cirúrgico

Para a realização dos procedimentos cirúrgicos, foram utilizados os

seguintes materiais: Gengivótomo, porta agulha (Mayo Hegar), espátula sete (Fava),

seringa de vidro (B-D, Yale de 5 mm) com ponteira de irrigação (B-D, bico Luer-Lok,

sem bisel), campo fenestrado estéril de algodão e campo de tecido não tecido (TNT),

gaze estéril (Cremer, Brasil), seringa de 1 ml descartável (Slip 1ml com Agulha Insulina

13x4,5), bicos aplicadores descartáveis odontológicas (Biodinâmica), cone de papel

absorvente (Nº 80, CEll Pack, Tanari, Brasil), tubo de ensaio (FS – 5084, Firstar, China),

micropipeta (Toppette, Boke, China), placa de Petri (Picosegundo, Jonathan, China),

soro fisiológico (0,9%, Arboreto, Brasil).

4.1.3 Reagentes Compostos e Soluções

Para a manutenção dos animais e conservação, transporte e preparação

das peças cirúrgicas, foram utilizados os seguintes produtos: pré-anestésico

cloridrato de ketamina (Dopalen, Agibrands do Brasil Ltda., São Paulo, Brasil),

cloridrato de xylazina (Rompun, Bayer, São Paulo, Brasil). Solução descalcificadora

composta por ácido fórmico a 30% (300 ml) e formaldeído a 10% (100 ml de

formaldeído, 900 ml de água destilada, Merck S.A. Indústrias Químicas), ração

granulada (Labina, Purina, Brasil), Hematoxilina e Eosina (QEEL – Química

Especializada Erch/Ltda.), Extrato vegetal da Qualea grandiflora Mart (Laboratório

de Pesquisa de Produtos Naturais da Universidade de Cuiabá), Pomada base

Polietileno glicol (PEG) - (Laboratório de Pesquisa de Produtos Naturais da

37

Universidade de Cuiabá), Alveolex (Biodinâmica Química e Farmacêutica Ltda.,

Ibiporã - Paraná - Brasil), bactéria S. aureus (CCT 3025, Referência 6538 P, Lote

37.07, American Type Collection, USA).

4.2 Método

Inicialmente, um rato não pertencente ao grupo de estudo, foi submetido à

eutanásia para utilização do crânio como “modelo guia de estudo”, para

aprimoramento da técnica empregada e auxiliara na confecção dos instrumentais

odontológicos. A obtenção deste modelo foi realizada por meio da técnica de

maceração, em que inicialmente foi retirado grande parte de tecido mole da cabeça,

sendo: gordura, músculo, nervos, dentre outros, com o auxílio de pinça e bisturi.

(SILVEIRA; TEIXEIRA; OLIVEIRA, 2008).

Após este procedimento, a cabeça foi submersa em água no interior de

um frasco de plástico, durante 20 dias, com trocas periódicas, até a eliminação total

do tecido mole (Figura 2).

Figura 2 - Modelo guia de estudo

4.2.1 Exodontia do Incisivo Superior Direito

Anteriormente ao procedimento cirúrgico, os animais passaram por um

período de adaptação na sala de apoio à pesquisa, de aproximadamente 7 dias.

Todos os animais foram submetidos à exodontia do incisivo central

superior direito. Para a realização dos procedimentos cirúrgicos os animais foram

anestesiados e sedados pela aplicação do anestésico via intramuscular com xilazina

38

e ketamina na dosagem de 10 mg.kg–1 e 30 mg.kg–1 respectivamente, na pata

traseira esquerda, via intramuscular (ZIED et al., 2005; CARDOSO et al., 2011;

MANRIQUE et al., 2012).

Mediante a sedação o procedimento intraoperatório iniciou-se antissepsia

da cavidade bucal e peribucal do animal com clorexidina 0,12%. Seguidamente foi

submetido à extração por meio de instrumental adaptado, sendo o gengivótomo e

porta agulha os instrumentais escolhidos (Figura 3). As pontas ativas foram afinadas

e levemente encurvadas buscando mimetizar a curvatura do dente do animal no

interior do alvéolo.

Figura 3 - Instrumentais adaptados: A- porta agulha. B- Gengivótomo com pontas afinadas e encurvadas para exodontia.

Os animais foram posicionados em uma bancada forrada por campo

cirúrgico estéril, posicionado em decúbito dorsal com a cabeça cuidadosamente

mantida e posicionada na direção do operador. Por sobre o animal foi colocado um

campo fenestrado de tecido não tecido (TNT).

A seguir foi realizado a exodontia do incisivo superior direito, iniciando

com descolamento papilar (Figura 4.a-d), afastamento do incisivo superior direito,

iniciando a luxação e remoção do dente. De cada animal foi praticada empregando-

se porta agulha e gengivótomo com pontas afinadas e encurvadas, adaptadas para

este fim seguindo modelos utilizados de forma semelhantes por Okamoto e Russo

(1973).

A

B

39

Figura 4 - Exodontia do incisivo superior direito: Papila incisiva (a). – Descolamento papilar (b). – Luxação (c). – Remoção do dente (d).

4.2.2 Obtenção do Extrato

4.2.2.1 Coleta do Material Vegetal e Herborização

As partes das plantas Qualea grandiflora selecionadas foram coletadas no

Cerrado da Região Centro-Oeste, armazenadas em recipientes apropriados, e

transportadas para o Laboratório de Pesquisa de Produtos Naturais da Universidade 4.a

40

de Cuiabá para e obtenção do extrato etanólico. O material coletado foi herborizado

pelo método convencional (JOLLY, 1979). A identificação foi realizada através do

uso de chaves específicas para identificação de família, gênero e espécie.

4.2.2.2 Obtenção do Extrato Bruto

A coleta do material vegetal, a obtenção do extrato bruto e a pasta base

foram realizadas pelo Laboratório de Pesquisa de Produtos Naturais da Faculdade

de Farmácia da Universidade de Cuiabá.

As partes das plantas coletadas foram secas à sombra, em local ventilado

e em seguida, moídas. O material moído foi extraído com etanol à temperatura

ambiente e o extrato etanólico resultante posteriormente foi concentrado sob

pressão reduzida.

Para o preparo do extrato bruto da Qualea grandiflora Mart foi realizado a

incorporação a uma pasta base.

4.2.2.3 Obtenção da Pasta Base e Incorporação do Extrato Bruto

Para obtenção da pasta base foi utilizados como matéria prima o

Polietileno glicol (PEG). Essa pomada é considerada uma base hidrossolúvel. É

quimicamente inerte e é formada por uma mistura de polietileno glicóis de diferentes

pesos moleculares. É anídrica, não oclusiva, considerada menos gordurosa que

outras pomadas. Utilizada para incorporação de substâncias sólidas. Tendo como

fórmula: - macrogol 400 (polietileno glicol 400) 33,3 g, - macrogol 4000 (polietileno

glicol 4000) 33,3 g; propileno glicol 33,3 g. (BRASIL, 2012).

A esta preparação foi adicionado o extrato bruto nas concentrações de

10%.

41

4.2.3 Indução da Alveolite

Quarenta e cinco animais foram induzidos a alveolite dentária. Os

alvéolos foram irrigados com 0,1 ml de soro fisiológico 0,9%, e em seguida

contaminados com 50 µL de uma suspensão de S. aureus na concentração 5x106

bactérias por ml de salina (KREUGER et al., 2007), fornecido pelo Laboratório de

Microbiologia da Universidade de Cuiabá (Anexo 2), com auxilio de cones de papel

absorvente (Nº 80, CEll Pack, Tanari, Brasil), mantidas no interior do alvéolo por um

minuto (CARDOSO et al., 2011) demonstrado na Figura 5.

Figura 5 - Contaminação do Alvéolo com cone de papel absorvente embebido com a suspensão de bactérias.

Decorridos 48 horas, foi realizado exame clinico e comprovada à instalação

da alveolite pela observação de alveolite úmida na entrada do alvéolo. (FIGURA 6).

Figura 6 - Alveolite constatada após 48 h a exodontia

42

O extrato da Qualea grandiflora a 10%, Alveolex® e Pasta base PEG

foram aplicados dentro do alvéolo com auxilio de bicos aplicadores descartáveis

odontológicos (Biodinâmica, Ibiporã - Paraná - Brasil) e os excesso foram removidos

com gaze estéril.

4.2.4 Coleta e Processamento para Análise das Amostras

Decorridos 7, 14 e 28 dias, os animais de cada grupo foram sacrificados

por superdose de anestésico, a maxila foi separada para o processo de fixação em

formaldeído a 10%, descalcificação em solução Ácido Fórmico a 30% (300 ml) e

Formaldeído a 10%, durante o período de aproximadamente quatro dias

(RODRIGUEZ et al., 2011). Foram realizada incisão ao nível plano sagital mediano

acompanhado a sutura intermaxilar e outro corte com tesoura reta, tangenciando a

face distal dos molares, possibilitou a obtenção da peça com alvéolo dental direito,

técnica utilizada em estudo de Cardoso et al. (2011), Rodrigues et al. (2011),

Rodríguez et al. (2011) e Manrique et al. (2012).

O processamento histológico ocorreu de acordo com a tramitação

laboratorial de rotina para inclusão em parafina. Os blocos foram submetidos a

cortes longitudinais semi-seriados com cinco micrometros (µm) de espessura,

metodologia utilizada em estudos de Okamoto et al. (2006), Cardoso et al. (2011) e

Rodriguez et al. (2011), e corados por Hematoxilina-Eosina (HE).

4.2.5 Avaliação Histomorfométrica

A análise histológica foi realizada ao microscópio de luz (Axio Scope A1,

Carl Zeiss, Alemanha) utilizando três diferentes cortes seriados de cada animal (n=5

por grupo). A contagem do número de osteoblasto e osteócito na área do alvéolo foi

realizada em 3 campos aleatórios no terço médio do alvéolo, utilizando o programa

AxioVision Release 4.8.1 (Carl Zeiss, Alemanha).

As imagens foram capturadas em aumento de 40x, nas áreas do alvéolo.

Foram digitalizadas e analisadas, morfometricamente, de forma cega, determinando

43

a área do terço médio do alvéolo de neoformação óssea em µm2. Os resultados

foram apresentados como média de células µm2 ± SEM. obtendo-se uma média ao

final, através das seguintes fórmulas:

D.O.: número de células osteoblasto

Área de superfície em µm x área de profundidade em µm

D.O.: densidade de superfície de osteoblastos.

Fórmula para contagem de Osteócito:

D.O.: número de células osteócito

Área total em µm2

D.O.: densidade de osteócito.

4.2.6 ANÁLISE ESTATÍSTICA

Os dados apresentados foram expressos como média ± SEM (erro padrão

da média) e analisados estatisticamente por meio da análise de variância (ANOVA

one Way), havendo diferenças significativas, seguiu-se com o teste de Bonferroni e

Newman-Keuls, utilizando-se o programa GraphPad Prism 5.0 (GraphPad Software

Inc., San Diego, CA, E.U.A.). O critério de significância estatística foi estabelecido

em p < 0,05.

4.2.7 Apoio e Financiamento

Esta pesquisa recebeu apoio e financiamento da Fundação de Amparo à

Pesquisa do estado de Mato Grosso (FAPEMAT), Edital Universal de número

009/2011, processo número 752090/2011.

5 RESULTADOS

45

5 RESULTADOS

5.1 Avaliação Microscópica

Os espécimes foram analisados em relação aos componentes celulares e

teciduais, considerando os grupos e os períodos de experimento.

Para facilitar a descrição e a comparação dos resultados, o alvéolo dental

foi dividido em três terços: cervical, médio e apical, considerados a partir da margem

gengival livre em direção ao fundo do alvéolo (MONTERO-SANCHEZ; CABRERA-

PERALTA; OKAMOTO, 1996). Esta divisão permitiu melhor descrição dos achados

microscópicos e comparação entre os grupos.

De uma forma geral, observou-se no interior do alvéolo dentário, a

presença de coágulo em todos os grupos, tecido de granulação; neoformação óssea

aumentada em relação ao aumento gradativo dos períodos de observação;

escassez de células osteoclásticas em todos os espécimes examinados; presença

de resquício de material no interior do alvéolo, como a pasta ou o extrato; infiltrado

inflamatório, ora com predomínio de células do tipo polimorfo nuclear, como

neutrófilos e ora com predomínio de células do tipo mononuclear. Macrófagos em

atividade foram observados na região onde se encontravam maior quantidade de

neutrófilos.

A seguir, foi realizada a descrição microscópica do alvéolo dentário do

dente incisivo superior direito dos animais de acordo com o grupo experimental.

Período de 7 dias

No grupo Controle, o terço cervical apresentou-se preenchido por

trabéculas ósseas delgadas e irregulares em menor quantidade quando comparada

ao terço apical. Grande quantidade de tecido conjuntivo bem celularizado e discreta

área de coágulo sanguíneo em meio a um moderado infiltrado de células

inflamatórias mononucleares. No terço médio, as trabéculas ósseas preenchiam

parcialmente o alvéolo, se localizando nas extremidades, estendendo para a porção

central, bem celularizadas, porém caracterizando-se imaturas, de aspecto irregular.

46

As áreas correspondentes ao coágulo sanguíneo apresentavam-se maior em

relação ao terço cervical. No centro, observou-se extensa área de tecido conjuntivo

fibroso bem celularizado, cujas fibras colágenas se dispunham de forma

entrelaçadas entre si. No terço apical, observou-se: neoformação óssea

representada por trabéculas ósseas delgadas, de forma globular, preenchendo o

terço apical quase em sua totalidade (Figura 7.a).

No grupo Alv/sem trat., o terço cervical apresentava-se com discretas

trabéculas ósseas delgadas, localizadas nas extremidades próximas ao osso

remanescente. Grande quantidade de tecido conjuntivo, e extensa área de coágulo

sanguíneo foram observadas. Observou-se também, infiltrado inflamatório

neutrofílico em meio a áreas de edema. No terço médio, as trabéculas ósseas

preenchiam parcialmente o alvéolo, permeado por extenso coágulo sanguíneo,

pouco celularizadas, caracterizando-se imaturas, apresentando-se de formação

incompleta. No terço apical, observou-se trabéculas ósseas imaturas, preenchendo

a porção mais profunda do alvéolo, e o coágulo sanguíneo se apresenta bem

evidente, se estendendo para o terço médio (Figura 7.b).

No grupo Alveolite/QGF, o terço cervical apresentava-se preenchido por

discretas trabéculas ósseas delgadas, entrelaçadas entre si, escassas células

osteoblásticas circundam o trabeculado ósseo. No terço médio e apical, nota-se

poucas trabéculas ósseas irregulares que se anastomosam entre si, circundadas por

poucos osteoblastos Coágulo está presente em toda a extensão do alvéolo, porém,

em pequena quantidade (Figura 7.c). Nota-se tecido conjuntivo bem celularizado

entre as trabéculas neoformadas.

No grupo Alv/Alveolex, o terço cervical apresentava-se preenchido por

poucas trabéculas ósseas espessas, bem celularizada, grande quantidade de tecido

conjuntivo e osteoblastos circundando as trabéculas ósseas. Semelhante aos grupos

anteriores, o coágulo também se encontra presente, porém, pode ser observado em

toda a extensão do alvéolo (Figura 7.d).

No grupo Alv/Pasta, o terço cervical apresentava-se preenchido discretas

trabéculas ósseas delgadas, localizadas nas extremidades, próximas do osso

remanescente. Grande quantidade de tecido conjuntivo bem celularizado, e extensa

área de coágulo sanguíneo foram observadas. Macrófagos nas áreas de coágulo

foram identificados. No terço médio, uma maior quantidade de tecido conjuntivo com

47

intensa celularidade foi identificado, em meio a áreas focais de tecido conjuntivo

frouxo (Figura 7.e). No terço apical, observou-se discreta neoformação óssea,

localizadas na porção mais profunda do alvéolo. No terço médio e cervical observou-

se infiltrado inflamatório de células mononucleares.

Figura 7 - Cortes microscópicos longitudinais do alvéolo de ratos no período de 7 dias Controle (a); Alv/ sem trat (b); Alv/QGF (c); Alv/Alveolex (d); Alv/Pasta (e). CS - coagulo sanguíneo, TC - Tecido conjuntivo, TO - Tecido ósseo.

7.a 7.b

7.c 7.d

7.e

TO

CS

TO

TO

TO

TC

CS

CS

CS

CS

48

Período de 14 dias

No grupo Controle, o terço cervical apresentava-se preenchido por

trabéculas ósseas espessas de aspecto irregular. Observou-se pequena quantidade

de coágulo nas extremidades do alvéolo dentário. No terço médio e apical notou-se

trabéculas ósseas de aspecto mais espesso e formato globular (Figura 8.a).

No grupo Alv/sem trat, o terço cervical apresentava-se com trabéculas

ósseas espessas, neoformada, permeadas por tecido conjuntivo que se apresentava

ora frouxo, ora fibroso e discretas áreas focais de coágulo sanguíneo. No terço

médio e apical, observou-se trabéculas espessas, neoformadas dispostas na

extremidade e no fundo do alvéolo dentário. Discreto infiltrado inflamatório foi

observado (Figura 8.b).

No grupo Alv/QGF, as trabéculas ósseas neoformadas que se

apresentam delgadas e irregulares, se encontram distribuídas ao longo do alvéolo

dentário circundada por tecido conjuntivo abundante, bem celularizado e com

intensa vascularização (Figura 8.c).

No grupo Alv/Alveolex, observou-se trabéculas ósseas espessas,

neoformadas em toda extensão do álveolo, de formato irregular, dispostas em meio

a um tecido conjuntivo fibroso bem celularizado em meio a vasos sanguíneos

congestos e discreto coágulo sanguíneo (Figura 8. d).

No grupo Alv/Pasta, o terço cervical e médio apresentava-se preenchido

por discretas trabéculas ósseas delgadas, localizadas nas extremidades, próximas

ao osso remanescente, se estendendo para a região central, aproximando-se de

uma extensa área de coágulo sanguíneo. No terço médio e apical, tecido conjuntivo

bem celularizado foi identificado, em meio a áreas focais de tecido conjuntivo frouxo

(Figura 8.e). Observou-se discreto infiltrado inflamatório distribuído em toda a

extensão do alvéolo.

49

Figura 8 - Cortes microscópicos longitudinais do alvéolo de ratos no período de 14 dias. Controle (a); Alv/ sem trat (b); Alv/QGF (c); Alv/Alveolex (d); Alv/Pasta (e). CS - coagulo sanguíneo, TC - Tecido conjuntivo, TO - Tecido ósseo.

Período de 28 dias

No grupo Controle, o terço cervical apresentava-se preenchido por

trabéculas ósseas delgadas e irregulares. No terço médio e apical, o trabeculado

8.c

8.e

8.d

8.a 8.b

8.c

8.e

8.d

8.a 8.b

TO

TO

TO

TO

TO

CS

CS

CS

CS

CS

TC TC

TC

50

ósseo neoformado se organiza em meio ao tecido conjuntivo fibroso bem

celularizado e alguns vasos sanguíneos residuais (Figura 9.a).

No grupo Alv/sem trat, as trabéculas ósseas se apresentam delgadas e

irregulares, dispostas em meio a um tecido conjuntivo que se apresenta ora fibroso,

ora frouxo entre coágulo sanguíneo que ocupa a porção central do alvéolo dentário.

Vasos sanguíneos congestos e infiltrado de células inflamatórias também foram

observados (Figura 9.b).

No grupo Alv/QGF, no terço cervical e médio, as trabéculas ósseas

neoformadas se apresentavam irregulares, ora delgadas, ora espessas, ocupando o

alvéolo nas extremidades e principalmente na região mais central. Uma

concentração maior destas trabéculas pode ser apresentada na porção mais

profunda do terço apical (Figura 9.c).

No grupo Alv/Alveolex, o terço cervical, médio e apical apresentava-se

preenchido por grande quantidade de trabéculas óssea espessas, permeada por

vasos sanguíneos congestos e área de coágulo em moderada proporção. (Figura

9.d).

No grupo Alv/Pasta, o terço cervical e médio apresentava-se preenchido

por trabéculas ósseas neoformadas, irregulares permeadas por um tecido conjuntivo

bem celularizado e áreas focais de coágulo sanguíneo e alguns vasos sanguíneos.

No terço apical, as trabéculas se apresentam mais espessas e pouco coágulo foi

identificado (Figura 9.e).

51

Figura 9 - Cortes microscópicos longitudinais do alvéolo de ratos no período de 28 dias. Controle (a); Alv/ sem trat (b); Alv/QGF (c); Alv/Alveolex (d); Alv/Pasta (e). CS - coagulo sanguíneo, TC - Tecido conjuntivo, TO - Tecido ósseo.

4.2 Análise Histomorfométrica

Os resultados provenientes da análise quantitava foram computados a

partir da densidade de cada estrutura tecidual encontrada nos cortes histológicos

analisados por microscópio de luz (células do tecido ósseo – Osteoblasto (Otb),

Osteócitos (Otci), por cada animal.

9.e

9.c 9.d

9.a 9.b

TO

TO

TO

TO

TO

TC

CS

CS

CS

CS

52

Estão apresentados em gráficos a média da densidade e intervalo de

confiança 95% dos resultados encontrados por grupos e por períodos estudados.

Contr

ole 7

Alv

/sem

trat

7

Alv

/QGF 7

Alv

/Alv

eole

x 7

Alv

/PAst

a 7

Contr

ole 1

4

Alv

/sem

trat

14

Alv

/QGF 1

4

Alv

/Alv

eole

x 14

Alv

/PAst

a 14

Contr

ole 2

8

Alv

/sem

trat

28

Alv

/QGF 2

8

Alv

/Alv

eole

x 28

Alv

/PAst

a 28

0.00

0.01

0.02

0.037 dias

14 dias

28 dias

**

*

# ***

++++

##

*, p < 0,05 vs respectivo grupo controle;#, p < 0,05 vs respectivo grupo alveolite sem tratamento;+, p < 0,05 vs respectivo grupo alveolite tratado com planta;

Oste

ob

lasto

s/

m2 d

e s

up

erf

ície

Figura 10 – Apresentação gráfica da média e Intervalo de confiança da densidade de superfície de Otb, por grupos em cada periodos estudado, Anova, Bonferroni e Newman-Keuls (p<0,05). Otb – Osteoblasto, CONTROLE – sem alveolite e sem tratamento (ALV/SEM TRAT – alveolite sem tratamento, ALV/ ALV/QGF - alveolite tratado com extrato de Qualea grandiflora Mart, ALV/ALVEOLEX

® – alveolite tratado com medicação convencional; ALV/ PASTA – alveolite tratado

com pasta PEG.

Analisando a representação de densidade óssea de Otb entre os grupos

em relação aos períodos estudados, obtivemos os seguintes resultados:

Período de 7 dias

Não observamos diferença estatística entre os grupos.

53

Período de 14 dias

Os animais do grupo Alv/QGF (p= 0,009) apresentou um aumento

significativo da densidade óssea relacionada ao número de Otb comparada com

animais do grupo Controle. O grupo Alv/QGF comparado com o grupo Alv/sem trat

mostrou diferença estatística (p=0,007) e diferença significativa entre os grupos

Controle em relação ao grupo Alv/Pasta (p= 0,005).

Período de 28 dias

Observou-se também um aumento significativo no número de osteoblasto

no grupo Alv/QGF (p=0,012) comparado ao grupo Controle. Outros grupos quando

comparados mostraram diferença estatísticas significativa entre Alv/QGF (p=0,008)

em relação ao grupo Alv/sem trat; o grupo Alv/Alveolex (p=0,009) e o grupo

Alv/Pasta (p=0,010) em relação ao Alv/QGF.

Controle

7

Alv/s

em tr

at 7

Alv/Q

GF 7

Alv/A

lveole

x 7

Alv/P

Asta 7

controle

14

Alv/Q

GF 1

4

Alv/s

em tr

at 14

Alv/A

lveole

x 14

Alv/P

Asta 1

4

Controle

28

Alv/s

em tr

at 28

Alv/Q

GF 2

8

Alv/A

lveole

x 28

Alv/P

Asta 2

8

0.0000

0.0002

0.0004

0.0006

0.00087 dias

14 dias

28 dias

#

#, p < 0,05 vs respectivo grupo alveolite sem tratamento;

Ost

eóci

to/

m2

Figura 11 – Apresentação gráfica da média e Intervalo de confiança da densidade de Otci, por grupos em cada periodos estudado, Anova, Bonferroni e Newman-Keuls (p<0,05). Otci – Osteócito, CONTROLE – sem alveolite e sem tratamento, ALV/SEM TRAT – alveolite sem tratamento, ALV/ ALV/QGF - alveolite tratado com extrato de Qualea grandiflora Mart, ALV/ALVEOLEX

® – alveolite

tratado com medicação convencional; ALV/ PASTA – alveolite tratado com pasta PEG.

Analisando a representação de densidade óssea de Otci entre os grupos

em relação aos períodos estudados, obtivemos os seguintes resultados:

54

Período de 7 dias

Mostrou que não houve diferença significativa entre os grupos estudados.

Período de 14 dias

Não apresentou diferença significativa entre os grupos neste período.

Período de 28 dias

A densidade de osteócito mais predominante neste período. O grupo

Alv/QGF (p=0,0002) apresentou diferença estatística significativa em relação ao

grupo Controle, e os demais grupos não houve diferença significativa entre si.

6 DISCUSSÃO

56

6 DISCUSSÃO

A alveolite dentária é uma das complicações pós-operatórias que ainda se

apresenta com frequência após exodontias acometendo principalmente os terceiros

molares impactados, tanto na maxila quanto na mandíbula (PAULESINI JÚNIOR et

al, 2008; MARTINS et al., 2010; COSER et al., 2012). Causa desconforto ao

paciente por provocar dor local, que pode se apresentar de forma irradiada e odor

fétido na cavidade bucal. (ADEYEMO; LADEINDE; OGUNLEWE, 2007; HENG et al.,

2007; CARDOSO et al., 2010).

Muitos autores atribuem a alveolite sendo uma infecção de causa

multifatorial (TSOLKA; KATRITSIS, 2009; COSER et al., 2012; BOSCO et al., 2008;

CARDOSO et al., 2011; RODRIGUES et al., 2011), tendo como fatores que

aumentam sua frequência: isquemia prolongada interação de trauma local

excessivo e invasão bacteriana (PAULESINI JÚNIOR et al., 2008; KATO et al.,

2010), má higiene, extração em regiões com alteração periodontal aguda,

fragmentos dentários no interior do alvéolo, transoperatório prolongado e complicado

(BLUM, 2002; LOPEZ CARRICHES et al., 2006; ADEYEMO et al., 2010). A alveolite

é um fator que retarda o processo de reparo alveolar. (CARDOSO et al., 2011).

A alveolite é um assunto bastante estudado na odontologia, pois apesar

do avanço nas técnicas cirúrgicas e cuidados preventivos para reduzir

microorganismos no período transoperatório, ainda existem casos onde os pacientes

desenvolvem a alveolite (LODI et al., 2012; MONACO et al., 2012). Nesse contexto,

os modelos animais experimentais são de grande importância, pois, auxiliam na

compreensão da fisiopatologia das alveolites, bem como proporcionam a

possibilidade de verificar através de pesquisas novas formas terapêuticas e

preventivas de infecção. (RIBAS et al., 2006; ARAUJO et al., 2007; BOSCO et al.,

2008; AMORIM et al., 2009; CARDOSO et al., 2011; RODRIGUES et al., 2011;

ARAUJO et al., 2012).

Os modelos experimentais com ratos tem sido utilizado por vários autores

(POI et al., 2000; RIBAS et al., 2006; FÉLIX; OKAMOTO, 2006; KATO et al., 2010;

CARDOSO et al., 2011; RODRIGUEZ-SANCHEZ, 2011) devido a relativa facilidade

na obtenção e manuseio do animal, controle pós-operatório e possibilidade de

57

aplicação da técnica cirúrgica, sem grandes dificuldades, com a utilização de

instrumentais adaptados. Estes dados corroboram com achados neste trabalho,

além disto, não há na literatura registros relacionados a óbitos frequentes destes

animais durante o experimento, decorrente do procedimento cirúrgico ou infecção

alveolar, conforme observado neste estudo (RIBAS et al., 2006; ARAUJO et al.,

2007; BOSCO et al., 2008; AMORIM et al., 2009; CARDOSO et al., 2011;

RODRIGUES et al., 2011; ARAUJO et al., 2012).

O dente incisivo central do rato foi selecionado para extração, por ter sido

utilizado em estudos anteriores (OKAMOTO et al., 1993; FELIX; OKAMOTO, 2006;

BOSCO et al., 2008; CARDOSO et al., 2011; RODRIGUEZ-SANCHEZ, 2011), por

apresentar boa localização na cavidade bucal, permitindo melhor visualização e

acesso para realização do procedimento cirúrgico e o tratamento do alvéolo

dentário. A padronização do lado direito para a extração dentária contribuiu para

certificar-se da correta área de interesse da pesquisa durante o preparo do

espécime para posterior observação microscópica, pois, principalmente os animais

submetidos a maior período de observação, apresentaram mesialização do dente

incisivo superior esquerdo. Clinicamente, no período de 14 e 28 dias, a região já se

apresentava cicatrizada, com total fechamento do alvéolo dentário, dificultando às

vezes, identificação da área cirúrgica.

Na literatura foram encontrados vários estudos que utilizaram ratos como

modelo experimental na indução da alveolite (POI et al., 2000; RIBAS et al., 2006;

FÉLIX; OKAMOTO, 2006; KATO et al., 2010; CARDOSO et al., 2011; RODRIGUEZ-

SANCHEZ, 2011), adotando diferentes métodos de indução como: isquemia

alveolar, utilizando cone de papel absorvente embebido em adrenalina no interior do

alvéolo, na proporção de 1:100 (CARDOSO et al., 2011); adrenalina 1:1000 (FELIX;

OKAMOTO, 2006; RODRIGUEZ-SANCHEZ, 2011) microorganismos provenientes

de animais doadores após infecção provocada por isquemia (CARDOSO et al.,

2011), S. aureus. (KREUGER et al., 2007).

Para o aprimoramento da técnica cirúrgica empregada na extração

dentária dos animais, foi confeccionado um “modelo de estudo” para auxiliar na

confecção dos instrumentais odontológicos adaptados para a extração dentária e

também na compreensão da anatomia dentária do rato (Figura 2) que apresentou

acentuada curvatura, principalmente no terço apical da raiz. Esta característica

58

dentária foi considerada a principal causa dos poucos casos de fratura radicular

ocorrido durante as extrações, inviabilizando o uso do animal no estudo. Quando

esta fratura não é visível clinicamente, restos radiculares permanecem no interior do

alvéolo (CARDOSO et al., 2011; RODRIGUES et al., 2011; RODRIGUEZ-

SANCHEZ, 2011), e podem ser observados na avaliação microscópica do espécime.

A presença de corpo estranho na ferida cirúrgica é considerada um fator local que

interfere no processo de reparo tecidual podendo impedir ou retardar tal evento.

(MARTINS et al., 2010; VIEIRA, 2010; COSER et al., 2012).

Neste estudo, a bactéria S.aureus foi utilizada para a indução da alveolite,

imediatamente após exodontia. A alveolite foi constatada clinicamente após o

período de 48 horas, com a observação de secreção purulenta na superfície do

alvéolo dentário (RIBAS et al., 2006; KREUGER et al., 2007; BOSCO et al., 2008)

em todos os animais. Optou-se pela contaminação do alvéolo imediatamente após

exodontia, utilizando 100 µL da suspensão na concentração de 5x106 células/ml

(KREUGER et al., 2007). Quando esta metodologia é aplicada, a inserção da

suspensão bacteriana no interior do alvéolo pode ser realizada de forma injetável

(FELIX; OKAMOTO, 2006; KREUGER et al., 2007; RODRIGUEZ-SANCHEZ, 2011)

ou utilizando cone de papel absorvente (CARDOSO et al., 2011; RODRIGUES et al.,

2011). Utilizou-se neste estudo o cone de papel, de forma que o mesmo foi

embebido na suspensão e mantido no interior do alvéolo por aproximadamente 3

minutos. Esta forma de aplicação impede ou restringe o extravasamento da

suspensão para os seios da face, impossibilitando possível contaminação.

Neste estudo o período de experimento escolhido foi de 7, 14 e 28 dias

para avaliação microscópica e análise histomorfométrica, conforme alguns trabalhos

semelhantes constados na literatura. (MONTERO-SÁNCHEZ; CABRERA-PERALTA;

OKAMOTO, 1996; FÉLIX; OKAMOTO, 2006; AMLER, 1969; RODRIGUES et al.,

2011).

Independente dos períodos adotados, quando se busca estudar processo

de cicatrização óssea, é preciso compreender o tempo cronológico do processo de

reparo ósseo, que indica maior mineralização ao longo do tempo. Imediatamente

após a extração observa-se preenchimento da área cirúrgica (osso ou alvéolo

dentário) pelo coágulo sanguíneo que gradativamente vai sendo substituído por

tecido de granulação, caracterizado pela proliferação fibroblástica e proliferação de

59

vasos neoformados, que também é posteriormente substituído por tecido fibroso e

então, tecido ósseo, inicialmente caracterizado por uma matriz óssea imatura, com

alterações morfofuncionais posteriores (POI et al., 2000; RIBAS et al., 2006; FÉLIX;

OKAMOTO, 2006; KATO et al., 2010; CARDOSO et al., 2011; RODRIGUEZ-

SANCHEZ, 2011). Tem-se observado na literatura a utilização de diversos

medicamentos e plantas medicinais para esse processo, contribuindo com a

cicatrização tecidual (FERREIRA, 1996; LISBOA NETO, 1998; BANDEIRA, 1999;

BLUMENTHAL; GOLDBERG; BRINCKMANN, 2000; MELO JÚNIOR et al., 2000;

COUTO et al., 2000; TORRES et al., 2000; FRANCO; FONTANA, 2002; BRANDÃO;

BANDEIRA; ANDRADE, 2003; PAIXÃO, 2002; VENDOLA, 2004; RIBAS et al., 2006;

BARRETO et al., 2005; FERES et al., 2005; BRANDÃO et al., 2006; SILVA et al.,

2006; BORBA; MACEDO, 2006; OLIVEIRA et al., 2007; AGRA; FRANÇA;

BARBOSA-FILHO, 2007; OLIVEIRA et al., 2007; SANTOS et al., 2009; LACERDA et

al., 2010). Neste estudo, Qualea grandiflora foi selecionada, por apresentar ação

cicatrizante e antimicrobiana (CORREA, 1978; HEISIG, 2001; AYRES et al., 2008;

ALVES et al., 2009) e pelo fato de ser encontrada no Cerrado Mato-grossense, em

regiões adjacentes ao local onde foi realizado o estudo. Optamos na concentração

de 10%, pois as concentrações dos extratos das plantas utilizadas nas afecções

bucais são variadas, de 2 a 10%. (OLIVEIRA et al., 2007; KREUGER et al., 2007;

ALBUQUERQUE et al., 2010; PEREIRA et al., 2012).

É unânime na literatura a análise microscópica para o estudo da alveolite

(AMORIM et al., 2009; CARDOSO et al., 2011; RODRIGUES et al., 2011; PEREIRA

et al., 2012; SILVA et al., 2012; RICIERI et al., 2006; OKAMOTO et al., 2006;

RODRIGUES et al., 2011; RODRIGUEZ-SANCHEZ, 2011). Observou-se cortes

histológicos da maxila corados pela Hematoxilina/eosina, dividindo o alvéolo em três

partes correspondente aos terços: cervical, médio e apical (FÉLIX; OKAMOTO,

2006; AMORIM et al., 2009; ROSSI; FREIRE; DORNELLES, 2010; CARDOSO et al.,

2011; RODRIGUES et al., 2011; RODRIGUEZ-SANCHEZ, 2011). Esta metodologia

contribuiu para uma melhor observação da totalidade da área examinada.

Microscopicamente no alvéolo dentário dos grupos Controle; Alv/QGF,

Alv/Alveolex, no período de 7 dias, observou-se coágulo sanguíneo em quantidade

aparentemente compatível com o período de cicatrização alveolar, porém, no grupo

Alv/Sem trat e Alv/Pasta a área correspondente ao coágulo se apresentou maior.

60

Portanto neste período, considerando que o processo de reparo alveolar se mostrou

retardado, pois áreas de coágulo deveriam estar sendo substituídas por tecido de

granulação, tecido conjuntivo osteogênico ou trabéculas ósseas neoformadas. Por

outro lado, quando observamos a neoformação óssea através da densidade de

superfície dos osteoblastos, não houve diferença estatisticamente significante entre

os grupos. O mesmo foi observado quando se verificou a densidade dos osteócitos.

Embora na literatura, alguns trabalhos mostram que já ou não ocorre a formação

óssea neste período quando comparado à literatura. (KREUGER et al., 2007;

RODRIGUES et al., 2011; CARDOSO et al., 2011).

Com relação ao período de 14 dias, microscopicamente observamos que

os grupos Controle e Alv/Alveolex, apresentaram discretas áreas focais de coágulo

sanguíneo, nos grupos Alv/QGF e Alv/Sem trat, o coágulo sanguíneo se encontra

presente em menor proporção quando comparado ao grupo Alv/Pasta.

Os animais do grupo Alv/QGF apresentaram um aumento significativo na

densidade de superfície dos osteoblastos, células diretamente envolvidas com a

neoformação óssea, precursoras de osteócitos, os quais sintetizam matriz óssea

(MACEDO et al., 2010). Por outro lado, não foi observada diferença estatística entre

os grupos, quando analisamos a densidade dos osteócitos.

No período de 28 dias, os animais dos grupos Alv/QGF, Alv/Alveolex e

Controle apresentavam áreas de coágulo quase que inexistente, enquanto que nos

animais Alv/Sem trat e Alv/Pasta ainda se observavam áreas mais representativas

de coágulo sanguíneo. Nestes animais o tratamento com a Qualea grandiflora se

mostrou eficaz, uma vez que observamos um aumento significativo da densidade de

superfície dos osteoblastos, quando comparados aos demais grupos, evidenciando

aceleração no processo cicatricial. Da mesma forma, os animais do grupo Alv/QGF,

apresentaram neste mesmo período, um aumento significativo da densidade de

osteócitos, quando comparado com o grupo Alv/Sem trat. Estes dados novamente

nos mostram a eficiência no uso da planta, uma vez que os osteócitos são

considerados células de referência na neoformação óssea.

Este achado pode ser explicado pela ação antimicrobiana e cicatrizante

da Qualea grandiflora (ALVES et al., 2009; AYRES et al., 2008; ALVES et al., 2000).

Com consequente efeito anti-inflamatório, promovendo ambiente alveolar

permissível para remodelação óssea. No estudo de Alves et al. (2000) esta planta

61

apresentou atividade antibacteriana contra S. aureus.

Infiltrado inflamatório foi identificado nos grupos submetidos à infecção

bacteriana, principalmente no primeiro período de experimento, sendo que nos

períodos subsequentes, observaram-se áreas difusas e/ou focais de infiltrado

inflamatório. Tais achados são compatíveis aos relatados na literatura. (FÉLIX;

OKAMOTO, 2006; AMORIM et al., 2009; CARDOSO et al., 2011).

Para que a espécie vegetal Qualea grandiflora possa ser considerada

uma nova alternativa de tratamento para alveolite, julgamos oportuna a realização

de novos estudos, principalmente no intuito de avaliar as propriedades

farmacológicas desta planta.

Deste modo, o pesquisador deve estar em busca constante de novos

medicamentos biocompatíveis, estimuladores da cicatrização óssea, de baixo custo,

fácil utilização e que possa contemplar as qualidades terapêuticas desejadas.

Neste sentido, acredita-se que a Qualea grandiflora é uma planta com

potencial para futuros estudos.

7 CONCLUSÕES

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7 CONCLUSÕES

Com base nos resultados obtidos no presente estudo conclui-se que:

O tratamento com a Qualea grandiflora se mostrou eficaz na neoformação

óssea do alvéolo dentário, uma vez que este grupo apresentou um aumento na

densidade de superfície de osteoblasto no período de 14 e 28 dias após indução da

alveolite. Além disso, houve um aumento na densidade de osteócitos no período de

28 dias no alvéolo infectado, bem como evidente formação de trabeculado ósseo

neste período.

REFERÊNCIAS

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REFERÊNCIAS

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ANEXOS

76

Anexo 1. Comitê de Ética em Pesquisa – CEP/UNIC

77

Anexo 2. Protocolo de Cultura