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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE - DISSERTAÇÕES E TESES DEFENDIDAS EM 2016 Título: Resultado de Cinco Anos de Experiência com um Novo Modelo de Ensino e Treinamento de Ensino e Treinamento em Video-Laparosopia de um Centro de Referência de Ensino Nível: Mestrado Linha de Pesquisa: PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM TÉCNICAS CIRÚRGICAS Candidato: Antonio Carlos Heider Mariotti Data da Defesa: 22/12/2016 Orientador: Dr. Marco Antonio Arap Banca Examinadora: Dr. Fabio Cesar Miranda Torricelli; Dr. Marcelo Averbach; Dr. Marco Antonio Arap Resumo: Introdução Atualmente, as cirurgias minimamente invasivas, como as técnicas laparoscópicas, são as que oferecem melhores resultados pós-operatórios para o tratamento de patologias urológicas. A laparoscopia tem aprendizado mais difícil e demorado, especialmente para os cirurgiões que não receberam tal treinamento durante a residência. Portanto, cursos de pós- graduação são importantes para o melhor aprendizado destas técnicas. Esse trabalho tem como objetivo avaliar os resultados do curso de pós-graduação lato sensu em vídeolaparoscopia urológica do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês (PG ? IEP/HSL). Métodos: A PG ? IEP/HSL tem uma nova metodologia de ensino, com atividades mensais por um período de 10 meses e inclui diversas técnicas de ensino e treinamento em laparoscopia. Todos os ex-alunos do curso de pósgraduação lato sensu em vídeolaparoscopia urológica do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês foram incluídos no estudo. Foi realizado questionário específico sobre o curso e sobre o impacto deste na atividade profissional dos ex-alunos, que foi enviado e respondido eletronicamente. O questionário abrangeu dados demográficos, experiência prévia e impacto na prática cirúrgica minimamente invasiva. Foi também avaliado especificamente o impacto na atividade profissional através de escala numérica de valores entre 0-100. Não houve interferência do questionário sobre eventual aprovação ou reprovação dos ex-alunos no curso. Resultados: Quarenta e um ex-alunos participaram do questionário, sendo 39 (95,1%) do sexo masculino. A média de idade foi de 39,51 anos (30 a 60 anos), sendo 66% entre 30 e 40 anos. Alunos de todas as regiões do país participaram da pesquisa. Trinta (73,2%) ex-alunos já tinham algum tipo de experiência com vídeolaparoscopia. Todos referiram evolução em relação ao domínio das técnicas e também todos referiram incluir novos procedimentos em sua prática cirúrgica diária. Onze ex-alunos (26,8%) nunca tinham realizado qualquer tipo de intervenção laparoscópica urológica e, novamente, 100% desses iniciaram a prática. A mediana do grau de impacto na atividade profissional dos urologistas foi de 75 pontos (0-100), mostrando grande evolução dos alunos após o término do curso. Adicionalmente, quase todos os tipos de procedimentos urológicos cirúrgicos são realizados através da laparoscopia pelos ex-alunos. Conclusões: A formação em vídeolaparoscopia urológica através do curso de pósgraduação, no formato em que é feito no Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês, é um método de treinamento efetivo para a capacitação em laparoscopia urológica. O curso anual permitiu o inicio da prática de laparoscopia, bem como sua evolução, para todos os alunos, o que impactou significativamente no cotidiano dos urologistas Título: Alterações dentárias em indivíduos com fissura labial e/ou palatina atendidos no Hospital Municipal Infantil Menino Jesus – IRSSL Nível: Mestrado: Linha de Pesquisa: MELHORIAS NO SUPORTE AO PACIENTE ONCOLOGICO Candidato: Carlos Freitas Bezerra de Menezes Data da Defesa: 20/12/2016

PROGRAMA DE PÓS RADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA S D T … · de músculo orbicular do lábio e 10 culturas primárias da parede do cordão umbilical foram estabelecidas, de acordo com

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE - DISSERTAÇÕES E TESES DEFENDIDAS EM 2016

Título: Resultado de Cinco Anos de Experiência com um Novo Modelo de Ensino e Treinamento de Ensino e Treinamento em Video-Laparosopia de um Centro de Referência de Ensino

Nível: Mestrado

Linha de Pesquisa: PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM TÉCNICAS CIRÚRGICAS

Candidato: Antonio Carlos Heider Mariotti Data da Defesa: 22/12/2016

Orientador: Dr. Marco Antonio Arap

Banca Examinadora: Dr. Fabio Cesar Miranda Torricelli; Dr. Marcelo Averbach; Dr. Marco Antonio Arap

Resumo: Introdução Atualmente, as cirurgias minimamente invasivas, como as técnicas laparoscópicas, são as que oferecem melhores resultados pós-operatórios para o tratamento de patologias urológicas. A laparoscopia tem aprendizado mais difícil e demorado, especialmente para os cirurgiões que não receberam tal treinamento durante a residência. Portanto, cursos de pós-graduação são importantes para o melhor aprendizado destas técnicas. Esse trabalho tem como objetivo avaliar os resultados do curso de pós-graduação lato sensu em vídeolaparoscopia urológica do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês (PG ? IEP/HSL). Métodos: A PG ? IEP/HSL tem uma nova metodologia de ensino, com atividades mensais por um período de 10 meses e inclui diversas técnicas de ensino e treinamento em laparoscopia. Todos os ex-alunos do curso de pósgraduação lato sensu em vídeolaparoscopia urológica do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês foram incluídos no estudo. Foi realizado questionário específico sobre o curso e sobre o impacto deste na atividade profissional dos ex-alunos, que foi enviado e respondido eletronicamente. O questionário abrangeu dados demográficos, experiência prévia e impacto na prática cirúrgica minimamente invasiva. Foi também avaliado especificamente o impacto na atividade profissional através de escala numérica de valores entre 0-100. Não houve interferência do questionário sobre eventual aprovação ou reprovação dos ex-alunos no curso. Resultados: Quarenta e um ex-alunos participaram do questionário, sendo 39 (95,1%) do sexo masculino. A média de idade foi de 39,51 anos (30 a 60 anos), sendo 66% entre 30 e 40 anos. Alunos de todas as regiões do país participaram da pesquisa. Trinta (73,2%) ex-alunos já tinham algum tipo de experiência com vídeolaparoscopia. Todos referiram evolução em relação ao domínio das técnicas e também todos referiram incluir novos procedimentos em sua prática cirúrgica diária. Onze ex-alunos (26,8%) nunca tinham realizado qualquer tipo de intervenção laparoscópica urológica e, novamente, 100% desses iniciaram a prática. A mediana do grau de impacto na atividade profissional dos urologistas foi de 75 pontos (0-100), mostrando grande evolução dos alunos após o término do curso. Adicionalmente, quase todos os tipos de procedimentos urológicos cirúrgicos são realizados através da laparoscopia pelos ex-alunos. Conclusões: A formação em vídeolaparoscopia urológica através do curso de pósgraduação, no formato em que é feito no Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês, é um método de treinamento efetivo para a capacitação em laparoscopia urológica. O curso anual permitiu o inicio da prática de laparoscopia, bem como sua evolução, para todos os alunos, o que impactou significativamente no cotidiano dos urologistas

Título: Alterações dentárias em indivíduos com fissura labial e/ou palatina atendidos no Hospital Municipal Infantil Menino Jesus – IRSSL

Nível: Mestrado:

Linha de Pesquisa: MELHORIAS NO SUPORTE AO PACIENTE ONCOLOGICO

Candidato: Carlos Freitas Bezerra de Menezes Data da Defesa: 20/12/2016

Orientadora: Dra. Daniela Franco Bueno

Banca Examinadora: Dr. Flavio Eduardo Trigo Rocha; Dra. Ana Paula Veras Sobral ; Dra. Fernanda Cavicchioli

Resumo: As fissuras lábio palatinas (FLP) são as malformações craniofaciais mais comuns presentes ao nascimento, correspondendo a 25% de todos os defeitos congênitos craniofaciais. Para que ocorra a reabilitação completa destes indivíduos é necessária a atuação de uma equipe multidisciplinar de saúde. São descritas na literatura, alterações dentárias de forma, número e posição nos indivíduos com fissura lábiopalatina. Estas alterações dentárias podem acarretar vários problemas de função mastigatória, estética, fonação e deglutição se não forem identificadas previamente à realização dos planejamentos ortodôntico e de enxerto ósseo alveolar. O objetivo deste trabalho é identificar as alterações dentárias dos portadores de fissura lábio palatina, atendidos no Hospital Municipal Infantil Menino Jesus, IRSSL. Para atingir este objetivo realizou-se um estudo transversal com a análise de 156 prontuários e documentações ortodônticas de um grupo de pacientes com idade entre 6 e 14 anos, em fase de desenvolvimento compatível com dentição mista. Os resultados demonstraram que a maioria (81,4%) dos indivíduos que foram selecionados para participar da pesquisa apresentavam, pelo menos, um tipo de alteração dentária, sendo a agenesia de incisivo lateral na região correspondente à fissura alveolar a alteração mais frequentemente observada (51,2%). Este estudo permitiu a identificação das malformações dentárias nos indivíduos com fissura lábio palatina e o estabelecimento de protocolos de planejamento ortodôntico-cirúrgico, para execução de enxertos ósseos alveolares destes pacientes e assim permitir a erupção dos dentes retidos para alinhamento e ajuste de oclusão.

Título: Validação do teste de argola de 6 minutos em pacientes hospitalizados com exacerbação aguda por DPOC

Nível: Mestrado

Linha de Pesquisa: FISIOPATOLOGIA CARDIORESPIRATORIA NO PACIENTE CRÍTICO

Candidata: Rosimeire Marcos Felisberto Data da Defesa: 12/12/2016

Orientador: Dr. Wellington Pereira dos Santos Yamaguti

Banca Examinadora: Dr. Fabio de Oliveira Pitta; Dr. Andre Luis Pereira de Albuquerque; Dr. Wellington Pereira dos Santos Yamaguti

Resumo: Objetivo: Verificar a validação convergente do teste de argola de 6 minutos (TA6) em pacientes hospitalizados por exacerbação da DPOC. Método: Trata-se de um estudo transversal, que incluiu 17 pacientes hospitalizados com DPOC exacerbada, e 11 indivíduos idosos saudáveis pareados por idade, gênero e índice de massa corporal (IMC). Todos foram submetidos ao teste de função pulmonar, avaliação isocinética dos músculos bíceps e tríceps braquial, força de preensão manual e TA6. Os pacientes com DPOC responderam ao pulmonary functional status dyspnea questionnaire (PFSDQ-M) e o COPD assessment test (CAT). Resultados: A média de idade nos pacientes com DPOC foi de 70,94 ± 5,09 anos e VEF1 de 41,82 ± 17,87% do predito. No grupo controle (GC) a média de idade foi de 71,00 ± 8,40 anos e VEF1 de 93,73 ± 6,60%. Não houve diferenças significativas dos dados antropométricos e demográficos entre os grupos. Os pacientes com DPOC apresentaram valores da avaliação de função pulmonar significativamente menores em relação ao GC. Além disso, os pacientes com DPOC também apresentaram pior desempenho nos testes de força de preensão manual e função muscular isocinética em relação ao GC. Houve correlação forte significativa do desempenho no TA6 com a força de preensão manual (p<0,001) e correlação moderada significativa com a força, trabalho e resistência (r=-0,50; p=0,03 e r=-0,51; p=0,03) muscular isocinética de bíceps e tríceps braquial, respectivamente, nos pacientes com DPOC. Quanto à qualidade de vida, houve correlação moderada significativa nos três domínios do PFSDQ-M, dispneia (r=-0,66; p<0,001), fadiga (r=-0,60; p=0,01) e mudanças nas atividades de vida diária (AVDs) (r=-0,51; p=0,03). Além disso, houve correlação moderada significativa nos 3 subdomínios do PFSDQ-M envolvendo 6 AVDs de MMSS, dispneia (r=-0,59; p=0,01), fadiga (r=-0,61; p=0,001) e mudanças nas AVDs (r=-0,59; p=0,01). Houve também correlação moderada significativa do desempenho no TA6 com o impacto clinico dos sintomas (CAT) (r=-0,51; p=0,03). Identificamos correlação moderada significativa entre o

desempenho no TA6 e aumento de dispneia durante o TA6 (BORG dispneia) (p=-0,63; p=0,01) e correlação forte significativa com aumento da fadiga durante o TA6 (BORG fadiga) (r=-0,76; p<0,001) nos pacientes com DPOC. No entanto, não houve correlação significativa do desempenho no TA6 com parâmetros de função pulmonar, hiperinsuflação dinâmica e variações dos sinais vitais pré e pós-teste. O desempenho no TA6 foi pior nos pacientes com DPOC, com média de argolas deslocadas de 248,70 ± 62,97 em relação ao GC, no qual a média foi de 361,63 ± 49,94 (p<0,001). A sensação de dispneia e fadiga após o TA6 também foi significativamente maior nos pacientes com DPOC (p<0,001). Além disso, os pacientes com DPOC apresentaram aumento significativo da dispneia e fadiga após o TA6 (p<0,001). Conclusão: O TA6 é válido para a avaliação da capacidade funcional de membros superiores em pacientes hospitalizados por exacerbação da DPOC.

Título: Estudo do potencial iisteogênico das células tronco mesenquimais provenientes do estroma do cordão umbilical, músculo orbicular do lábio e polpa do dente decícuo

Mestrado: Nível

Linha de Pesquisa: MELHORIAS NO SUPORTE AO PACIENTE ONCOLOGICO "

Candidata: Dra. Carla Cristina Gomes Pinheiro Data da Defesa: 06/12/2016

Orientadora: Dra. Daniela Franco Bueno

Banca Examinadora: Dra. Daniela Franco Bueno; Dra. Mariane Tami Amano; Dra. Mariane Secco

Resumo: As fissuras lábiopalatinas são consideradas as malformações congênitas faciais mais comuns presentes ao nascimento. Uma nova tendência é o desenvolvimento de tratamentos clínicos/cirúrgicos para os portadores de fissuras lábio palatinas. Entre esses tratamentos, destaca-se a bioengenharia de tecido ósseo, utilizando-se Células Tronco mesenquimais (CTM) e biomateriais, para a formação de tecido ósseo alveolar nos portadores de fissuras lábio palatinas. Sabe-se que as CTM possuem características multipotentes, ou seja, elas são capazes de se diferenciar em diversos tipos de tecidos (osso, cartilagem, gordura, entre outras) e podem ser obtidas a partir de diferentes tecidos do corpo humano, por exemplo, medula óssea, polpa de dentes, parede do cordão umbilical, músculos, entre outros. Na literatura, atualmente, vem sendo descrito que a laserterapia de baixa potência (LTBP) pode atuar como coadjuvante à bioengenharia de tecidos, pois tem ação sobre as CTM, aumentando a proliferação celular, entre outras propriedades, como por exemplo, aceleração do processo de cicatrização e atuação na regeneração óssea. Este trabalho tem como objetivo principal descrever o potencial osteogênico in vitro de CTM provenientes de fontes não invasivas, a saber: polpa de dentes decíduos (DPSC), músculo orbicular do lábio (OOM) e estroma do cordão umbilical (UC). Objetivo secundário: Descrever o efeito da LTBP, utilizando-se diferentes intensidades de irradiação nas CTM-DPSC, durante o processo de diferenciação óssea. Metodologia: 10 culturas primárias de CTM provenientes de polpa de dentes decíduos, 10 culturas primárias de músculo orbicular do lábio e 10 culturas primárias da parede do cordão umbilical foram estabelecidas, de acordo com protocolos previamente descritos. As 30 culturas primárias foram caracterizadas por imunofenotipagem utilizando painel de marcadores (CD105, CD 73, CD90, CD29, CD44, CD166) e negativos (CD45, CD34 e CD31) para células mesenquimias, por citometria de fluxo. Além disso, as células foram induzidas à diferenciação em condrócito, adipócito e osteoblasto, conforme critérios preconizados pela International Society for Cellular Therapy ? ISCT. Para descrever o potencial osteogênico de cada uma das fontes de CTM, as 30 culturas primárias estabelecidas foram induzidas à diferenciação osteogênica in vitro e foi realizada a coloração de Alizarin Red e quantificação da deposição de matriz óssea que foi mensurada pela formação de cristais de hidroxiapatita. Para descrever o potencial da LTBP na diferenciação osteogênica, 10 culturas primárias de CTM derivadas de SHED, previamente caracterizadas, foram utilizadas em 4 grupos diferentes, quais sejam: Grupo I: irradiado por LTBP a uma intensidade de 5 J/cm² (10 culturas primárias); Grupo II: irradiado por LTBP a uma intensidade de 10 J/cm² (10 culturas primárias); Grupo III: irradiado por LTBP a uma intensidade de 20J/cm²; e Grupo IV (grupo controle): induzido à diferenciação osteogênica, porém não irradiado por LTBP. Após 21 dias de diferenciação osteogênica e aplicação diária de LTBP nas diferentes potências, a quantificação de matriz óssea foi mensurada pela formação de cristais de hidroxiapatita. Resultados: Foi possível isolar CTM de todas as fontes não invasivas: polpa de dentes decíduos, músculo orbicular do lábio e cordão umbilical. Todas as culturas primárias estabelecidas apresentaram características morfológicas e imunofenotípicas de CTM, apresentando marcação positiva para CD29, CD31, CD44, CD73, CD90, CD105 e CD166 e marcação negativa para CD31, CD34, CD45, CD117. Todas foram capazes de se diferenciar em adipócitos, condrócitos e osteoblastos. As culturas primárias obtidas da polpa de dentes deciduos e músculo orbicular do lábio demonstraram um aumento estatisticamente significativo na formação de matriz extracelular óssea, quando comparadas com

culturas celulares obtidas de cordão umbilical, após 21 dias de indução à diferenciação osteogênica (p=0,007 e p=0,005, respectivamente). A LTBP se mostrou eficiente no auxílio da diferenciação osteogênica, pois proporcionou um aumento na formação de matriz extracelular óssea nas CTM irradiadas, quando comparado com o grupo não irradiado, independentemente da intensidade do laser de baixa potência utilizado durante o processo de diferenciação osteogênica: 5 J/cm² (p=0,007), 10 J/cm² (p=0,006) e 20 J/cm² (p=0,001). A partir dos resultados obtidos, com base no conhecimento do potencial osteogênico de CTM provenientes de fontes não invasivas e irradiação de LTBP, caminhos inovadores poderão ser traçados para o estabelecimento de novas terapias e terapias coadjuvantes, durante a realização dos enxertos ósseos alveolares, por bioengenharia de tecidos, em portadores de fissuras lábio palatina.

Título: Experiência inicial da prostatectomia laparoscópica assistida por robô: resultados iniciais

Nível: Mestrado

Linha de Pesquisa: PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM TÉCNICAS CIRÚRGICAS

Candidato: Mark Fernando Neumaier Data da Defesa: 02/12/2016

Orientador: Dr. Marco Antonio Arap

Banca Examinadora: Dr. Marco Antonio Arap; Dr. Sergio Samir Arap; Dr. Marcos Giannetti Machado

Resumo: Introdução: A prostatectomia radical laparoscópica assistida por robô (PRR) é a técnica cirúrgica mais moderna para o tratamento do câncer de próstata localizado. O robô Da Vinci (Intuitive Surgical, Sunnyvale,CA®) foi introduzido no Brasil em 2008 e desde então o número de cirurgias aumentou rapidamente. Objetivos: O objetivo principal do estudo é avaliar os resultados funcionais (continência urinária e potência sexual) de PRAR realizadas por dois dos cirurgiões do Hospital Sírio Libanês (HSL), em São Paulo, no período de 2008 a 2014. Como objetivo secundário, analisaremos possíveis fatores preditores de resultados funcionais, como características dos pacientes e dos tumores. Materiais e métodos: Foram coletados dados de 71 pacientes consecutivos operados por dois cirurgiões do HSL (MA e SA) entre abril de 2008 e setembro de 2014. As informações analisadas foram as características dos pacientes previamente ao procedimento cirúrgico (idade, índice de massa corpórea - IMC, PSA, data da cirurgia e função sexual), características dos tumores (estadio patológico, Gleason da peça cirúrgica, margens cirúrgicas) e dados da evolução pós operatória (tempo até a recuperação da potência sexual, tempo até a recuperação da continência urinária) em 1,3,6 e 12 meses após a cirurgia, e semestralmente após o primeiro ano. Todos os pacientes tiveram acompanhamento mínimo de 12 meses. A potência foi considerada preservada quando o paciente conseguia penetração vaginal, mesmo que com uso de drogas bloqueadoras da fosfodiesterase-5. A continência foi definida como a não necessidade de forros ou fraldas. Resultados: A média de idade foi de 59 anos e o IMC médio de 28,45 kg/m2. Após 1,3,6 e 12 meses,19.7%,42.4%,59.1% e 75.8% dos pacientes recuperaram a potência sexual, respectivamente. A continência urinária foi alcançada por 39.7%,77.9%,85.3% e 91.2%, respectivamente em 1,3,6 e 12 meses. Até setembro de 2015, todos os pacientes recuperaram a continência urinária, enquanto 13.6% continuaram impotentes. IMC >30kgm2 (p=0,007) e idade (p<0,001) foram estatisticamente significativos como preditores de piora da potência sexual. Conclusão: Encontramos resultados funcionais semelhantes a centros com vasta experiência em prostatectomias laparoscópicas assistidas por robô. Pacientes idosos e obesos tem menor recuperação da potência sexual.

Título: Estudo da resposta antioxidante em células tumorais com mutações nos oncogeneses K-Ras e B-Raf através da análise do padrão de expressão de genes citoprotetores regulados por Nrf2

Nível: Mestrado

Linha de Pesquisa: NOVAS ABORDAGENS NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO CÂNCER

Candidata: Juliana Quintanilha Martins Data da Defesa: 18/11/2016

Orientadora: Dra. Anamaria Aranha Camargo

Banca Examinadora: Dra. Sibele Inacio Meirelles; Júlia Pinheiro Chagas da Cunha, Dra. Anamaria Aranha Camargo

Resumo: Apesar das novas opções terapêuticas baseadas na utilização de anticorpos anti-EGFR para o tratamento de câncer colorretal metastático, apenas uma pequena porcentagem dos pacientes se beneficia dessas novas drogas devido à presença de mutações nos oncogenes KRAS ou BRAF no tumor primário, que conferem resistência ao tratamento1. Em particular, mutações em KRAS ocorrem em cerca de 40% dos tumores colorretais, e foram recentemente associadas à ocorrência de disfunção mitocondrial3; 4 e ao aumento dos níveis intracelulares de espécies reativas de oxigênio (ROS)5. Evidências indicam que o aumento de ROS induzido pelo oncogene KRAS mutado é funcionalmente relevante para a transformação maligna5, mas que quantidades excessivas de ROS causam danos oxidativos à célula, o que torna a manutenção da homeostase de ROS através da ativação da resposta antioxidante crucial para o crescimento e sobrevivência da célula tumoral6. A resposta antioxidante é regulada principalmente pelo complexo Nrf2-Keap17. Recentemente, foi demonstrado que a expressão em linhagens tumorais murinas dos alelos oncogênicos de KRAS, BRAF ou Myc resulta no estímulo da transcrição do gene Nrf2 que, por sua vez, promove a redução dos níveis intracelulares de ROS e o reestabelecimento do balanço redox na célula tumoral8. A dependência das células tumorais com mutações no oncogene KRAS à resposta antioxidante pode ser explorada como uma poderosa abordagem terapêutica para os pacientes com câncer colorretal metastático resistente ao tratamento com anti-EGFR6, e, para isso, é de extrema relevância a compreensão profunda dos mecanismos de adaptação celular ao stress oxidativo. Neste trabalho, realizamos uma análise exploratória da expressão diferencial de genes da resposta antioxidante regulados pelo fator de transcrição Nrf2 em linhagens tumorais de cólon selvagens e mutadas para os oncogenes KRAS e BRAF, visando à identificação de novos alvos para uma possível intervenção terapêutica. Doze linhagens tumorais de cólon foram escolhidas para a análise global de expressão gênica por RNAseq: quatro com mutação em KRAS, quatro com mutação em BRAF e quatro selvagens para ambos os oncogenes. Dentre a lista de genes diretamente regulados por Nrf2, Nqo1 foi o único gene que apresentou expressão diferencial com significância estatística entre os grupos de linhagens selvagens e com mutações nos oncogenes KRAS/BRAF. A expressão diferencial de Nqo1 foi confirmada a nível de mRNA nas linhagens mutadas em KRAS/BRAF, mas não foram observadas diferenças significativas na expressão proteica e atividade catalítica dessa enzima entre linhagens selvagens e mutadas em KRAS. Análises de expressão diferencial de Nqo1 em linhagens tumorais selvagens e com mutações em KRAS/BRAF de diferentes tecidos com dados públicos de microarray confirmaram, contudo, que Nqo1 possui expressão aumentada nas linhagens mutadas nesses oncogenes em comparação às selvagens. Ensaios de sensibilidade de linhagens selvagens e mutadas em KRAS à Mitomicina C (agente biorredutivo usado no tratamento do câncer e cujo mecanismo de ação envolve o aumento da produção de ROS intracelular e danos à molécula de DNA) demonstraram que a linhagem mutada SKCO1 de fato é a mais sensível à indução de stress oxidativo promovido pela Mitomicina C, mas que a linhagem mutada HCT15, ao contrário do esperado, possui resistência intermediária à das linhagens selvagens. Em conjunto, nossos dados indicam que: i) ao contrário do esperado, não existe expressão gênica diferencial coordenada de genes regulados por Nrf2 em linhagens com mutações ativadoras nos oncogenes KRAS ou BRAF, visto que, em nossas análises de RNAseq, Nqo1 foi o único gene diretamente regulado por Nrf2 diferencialmente expresso nas linhagens mutadas comparadas às selvagens e ii) em linhagens tumorais, além do status mutacional de KRAS e BRAF, a presença de variantes polimórficas no gene Nqo1 e a dependência oncogênica em KRAS podem afetar os níveis de expressão protéica e atividade catalítica de NQO1, bem como a sensibilidade à Mitomicina C.

Título: Morbimortalidade por cancer colorretal no Brasil de 2000 a 2012

Nível: Doutorado

Linha de Pesquisa: EPIDEMIOLOGIA E GESTÃO EM UNIDADES CRÍTICAS

Candidata: Ramona Garcia Souza Dominguez Data da Defesa: 30/09/2016

Orientadora: Dra. Ana Luiza De Souza Bierrenbach

Banca Examinadora: Dra. Ana Luiza De Souza Bierrenbach; Dr. Benedito Mauro Rossi; Dr.Jorge Sabbaga; Dr. Samuel Aguiar Junior; Dr. Jose Pinhata Otoch"

Resumo: Apesar das novas opções terapêuticas baseadas na utilização de anticorpos anti-EGFR para o tratamento de câncer colorretal metastático, apenas uma pequena porcentagem dos pacientes se beneficia dessas novas drogas devido à presença de mutações nos oncogenes KRAS ou BRAF no tumor primário, que conferem resistência ao tratamento1. Em particular, mutações em KRAS ocorrem em cerca de 40% dos tumores colorretais, e foram recentemente associadas à ocorrência de disfunção mitocondrial3; 4 e ao aumento dos níveis intracelulares de espécies reativas de oxigênio (ROS)5. Evidências indicam que o aumento de ROS induzido pelo oncogene KRAS mutado é funcionalmente relevante para a transformação maligna5, mas que quantidades excessivas de ROS causam danos oxidativos à célula, o que torna a manutenção da homeostase de ROS através da ativação da resposta antioxidante crucial para o crescimento e sobrevivência da célula tumoral6. A resposta antioxidante é regulada principalmente pelo complexo Nrf2-Keap17. Recentemente, foi demonstrado que a expressão em linhagens tumorais murinas dos alelos oncogênicos de KRAS, BRAF ou Myc resulta no estímulo da transcrição do gene Nrf2 que, por sua vez, promove a redução dos níveis intracelulares de ROS e o reestabelecimento do balanço redox na célula tumoral8. A dependência das células tumorais com mutações no oncogene KRAS à resposta antioxidante pode ser explorada como uma poderosa abordagem terapêutica para os pacientes com câncer colorretal metastático resistente ao tratamento com anti-EGFR6, e, para isso, é de extrema relevância a compreensão profunda dos mecanismos de adaptação celular ao stress oxidativo. Neste trabalho, realizamos uma análise exploratória da expressão diferencial de genes da resposta antioxidante regulados pelo fator de transcrição Nrf2 em linhagens tumorais de cólon selvagens e mutadas para os oncogenes KRAS e BRAF, visando à identificação de novos alvos para uma possível intervenção terapêutica. Doze linhagens tumorais de cólon foram escolhidas para a análise global de expressão gênica por RNAseq: quatro com mutação em KRAS, quatro com mutação em BRAF e quatro selvagens para ambos os oncogenes. Dentre a lista de genes diretamente regulados por Nrf2, Nqo1 foi o único gene que apresentou expressão diferencial com significância estatística entre os grupos de linhagens selvagens e com mutações nos oncogenes KRAS/BRAF. A expressão diferencial de Nqo1 foi confirmada a nível de mRNA nas linhagens mutadas em KRAS/BRAF, mas não foram observadas diferenças significativas na expressão proteica e atividade catalítica dessa enzima entre linhagens selvagens e mutadas em KRAS. Análises de expressão diferencial de Nqo1 em linhagens tumorais selvagens e com mutações em KRAS/BRAF de diferentes tecidos com dados públicos de microarray confirmaram, contudo, que Nqo1 possui expressão aumentada nas linhagens mutadas nesses oncogenes em comparação às selvagens. Ensaios de sensibilidade de linhagens selvagens e mutadas em KRAS à Mitomicina C (agente biorredutivo usado no tratamento do câncer e cujo mecanismo de ação envolve o aumento da produção de ROS intracelular e danos à molécula de DNA) demonstraram que a linhagem mutada SKCO1 de fato é a mais sensível à indução de stress oxidativo promovido pela Mitomicina C, mas que a linhagem mutada HCT15, ao contrário do esperado, possui resistência intermediária à das linhagens selvagens. Em conjunto, nossos dados indicam que: i) ao contrário do esperado, não existe expressão gênica diferencial coordenada de genes regulados por Nrf2 em linhagens com mutações ativadoras nos oncogenes KRAS ou BRAF, visto que, em nossas análises de RNAseq, Nqo1 foi o único gene diretamente regulado por Nrf2 diferencialmente expresso nas linhagens mutadas comparadas às selvagens e ii) em linhagens tumorais, além do status mutacional de KRAS e BRAF, a presença de variantes polimórficas no gene Nqo1 e a dependência oncogênica em KRAS podem afetar os níveis de expressão protéica e atividade catalítica de NQO1, bem como a sensibilidade à Mitomicina C. "

Título: Correção dos achados da colonoscopia com a endometriose intestinal confirmada por "TRUS" no sigmóide distal e reto

Nível: Mestrado

Linha de Pesquisa: PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM TÉCNICAS CIRÚRGICAS

Candidato: Vinicius Pfuetzenreiter Data da Defesa: 28/09/2016

Orientador: Dr. Lucio Giovanni Battista Rossini

Banca Examinadora: Dr. Sergio Podgaec; Dra. Renata de Almeida Coudry; Dr. Lucio Giovanni Battista Rossini

Resumo: A colonoscopia é um exame que permite a avaliação endoscópica detalhada do interior do cólon. As alterações evidenciadas pelo exame podem se mostrar de forma sutil ou ser bem visíveis, além de, por vezes, mimetizar outras doenças,

como no caso do acometimento do reto ou sigmoide distal por endometriose. A literatura é escassa no que se refere à importância da colonoscopia na endometriose. Com o objetivo de correlacionarmos as alterações endoscópicas encontradas no sigmoide distal e reto com a presença de focos de endometriose nesses locais, comparamos os achados endoscópicos com os resultados do ultrassom transretal (TRUS) em 50 pacientes do sexo feminino, encaminhadas ao serviço de endoscopia do Hospital Sírio-Libanês para a realização de colonoscopia, retossigmoidoscopia ou TRUS que apresentaram um ou mais sintomas associados à endometriose. A colonoscopia resultou normal em 36 pacientes e evidenciou alterações em 14 pacientes. Dentre essas pacientes, a TRUS evidenciou suspeita de comprometimento da parede do reto e/ou do sigmoide em 11 pacientes. Obtivemos especificidade de 91,7% (IC95%: 77,5% a 98,3%), nas alterações endoscópicas descritas neste trabalho. Concluímos que, neste trabalho, as alterações endoscópicas no sigmoide distal e reto estão correlacionadas com a suspeita de endometriose observada

no TRUS.

Título: Avaliação dos Fatores Associados às Diversidades e Tratamento do Câncer de Mama no Brasil

Nível: Mestrado

Linha: PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM TÉCNICAS CIRÚRGICAS

Candidato: Romulo Victor da Silva Martins Data da Defesa: 21/09/2016

Orientador: Dr. Jose Luiz Barbosa Bevilacqua

Banca Examinador: Dr. Jose Luiz Barbosa Bevilacqua; Dra. Maria do Socorro Maciel; Dra. Maria Del Pilar Estevez Diz

Resumo: OBJETIVO: Identificar os fatores independentemente associados (FIA) às diferenças terapêuticas entre serviços privados, públicos (SUS) e mistos no Brasil, através de uma subanálise dos dados obtidos no PROJETO AMAZONA realizado pelo Grupo Brasileiro de Estudos do Câncer de Mama (GBECAM). METODO: O PROJETO AMAZONA foi um levantamento retrospectivo de 4948 pacientes com câncer (CA) de mama (CAM) em 28 instituições de saúde (privadas, públicas e mistas) no Brasil, considerando aspectos epidemiológicos, de diagnóstico e de tratamento durante 2001 e 2006. Foram consideradas variáveis dependentes o tipo de cirurgia [mastectomia (MT) versus cirurgia conservadora], quimioterapia (QT) adjuvante (Adj) e radioterapia (RXT) Adj (ambos, sim versus não). As variáveis coletadas incluíam: tipo de cirurgia, etnia, idade, antecedentes gineco-obstétricos, histórico familiar de CA, características histopatológicas do CAM, estadiamentos clinico e patológico (pTNM), tratamentos neoadjuvante (Neo) e Adj. Realizou-se análises estatísticas uni- e multivariadas (regressão logística binária, método stepwise forward conditional). Nível de significância, p< 0,05. RESULTADOS: Os FIA à MT foram: tipo de serviço, etnia, pTN, tratamento Neo, QT Adj e RXT Adj. A MT foi 57,2% mais frequente no SUS do que em instituições privadas (p=0,002) e também 69,1% mais frequentes em afro-descendentes do que os não afro descendentes (p<0,001), mesmo ontrolando-se por pTN e tratamento Neo e Adj.Os FIA à QT Adj foram: tipo de serviço, pTN, idade, receptor de estrógeno, tratamento Neo e RXT Adj . A QT Adj foi menos frequente no SUS e em instituições mistas (52,7% e 40,1%, respectivamente) do que em instituições privadas (ambos, p<0,001), mesmo controlando-se por idade, receptor de estrógeno, pTN e tratamento Neo e Adj. Os FIA à RXT Adj foram: tipo de serviço, pTN, idade, receptor de estrógeno, tipo de cirurgia, hormonioterapia e QT Adj . A RXT Adj foi mais frequente no SUS e em instituições mistas (188,9% e 56,5%, respectivamente) do que em instituições privadas (p<0,001 e 0,004, respectivamente), mesmo controlando-se por pTN, idade, receptor de estrógeno, tipo de cirurgia, hormonioterapia e QT Adj. CONCLUSÕES: Em nossa casuística, serviços de SUS realizaram mais MT, mais RXT e menos QT do que os privados. Assim como os serviços mistos realizam mais RXT e menos QT do que os privados. Identificamos que as afro-descendentes têm mais chances de serem submetidas a MT do que as não afro-descentendes.

Título: Modulação Dopaminérgica e Serotoninérgica na Circuitaria Neural da Aprendizagem Aversiva

Nível: Mestrado

Linha de Pesquisa: PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM TÉCNICAS CIRÚRGICAS

Candidata: Geiza Fernanda Antunes Data de Defesa: 14/09/2016

Orientadora: Dra. Raquel Chacon Ruiz Martinez

Banca Examinadora: Dra. Camila Squarzoni Dale; Dra. Erich Talamoni Fonoff; Dra. Dra. Raquel Chacon Ruiz Martinez

Resumo: O comportamento de esquiva tem sido identificado no quadro de ansiedade patológica e resulta em prejuízos nas atividades cotidianas do indivíduo. Diferenças individuais na resposta de esquiva são críticas em determinar vulnerabilidade ou resistência as desordens de ansiedade, que tem como uma das características principais os distúrbios na aprendizagem aversiva. A amígdala e o córtex pré-frontal são duas estruturas importantes na circuitaria neural desse comportamento. Acredita-se que a neurotransmissão dopaminérgica e serotoninérgica tenha papel importante, em especial, através dos receptores D1, D2, 5-HT1A e 5-HT2C nesse tipo de aprendizagem aversiva. A hipótese do trabalho é que haja uma transmissão dopaminérgica e serotoninérgica diferencial em animais com desempenho bom e ruim considerando-se a resposta de esquiva. Tal alteração seria a responsável pelo déficit no número de esquivas exibidas durante o teste de esquiva nos animais com desempenho ruim. Nesse sentido, o objetivo principal foi investigar a participação da neurotransmissão dopaminérgica e serotoninérgica sobre a resposta de esquiva considerando-se o fator desempenho. Os objetivos específicos foram: 1) Estabelecer o papel dos receptores de dopamina e serotonina como moduladores da resposta de esquiva em animais com bom desempenho e avaliar o padrão de imunorreatividade à proteína c-Fos nos núcleos amigdalóides e córtex pré-frontal; 2) Avaliar os efeitos da administração de agonistas ou antagonistas dopaminérgicos nos núcleos basolateral e central da amígdala em animais com desempenho bom e ruim sobre a resposta de esquiva; 3) Avaliar os níveis de dopamina, serotonina e seus metabólitos (DOPAC; HVA e HIAA) na amígdala de animais com desempenho bom e ruim no teste de esquiva. Os resultados sugerem que a dopamina é um neurotransmissor crucial para a resposta de esquiva, uma vez que o antagonismo dopaminérgico gerou prejuízo nas respostas de esquiva, sendo que o principal sítio dessa modulação é a amígdala. Ainda, os receptores dopaminérgicos apresentaramm um papel dual nessa resposta, sendo que os do tipo D1 são mais importantes nos animais com desempenho bom e os do tipo D2 em animais com desempenho ruim. A neurotransmissão serotoninérgica via receptores 5-HT1A e 5-HT2C não alterou a resposta de esquiva. Desse modo, nosso trabalho contribui para uma melhor compreensão dos mecanismos subjacentes aos transtornos de ansiedade, correlacionados com a aprendizagem aversiva e norteia futuros tratamentos através da manipulação do sistema dopaminérgico na amigdala.

Título: Estudo funcional do gene ADAM23 na progressão de melanomas cutâneos

Nível: Mestrado

Linha de Pesquisa: NOVAS ABORDAGENS NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO CÂNCER

Candidata: Renata de Godoy e Silva Data da Defesa: 16/08/2016

Orientado: Dr. Erico Tosoni Costa

Banca Examinadora: Dra. Anamaria Aranha Camargo; Dra.Enrique Boccardo; Dr. Erico Tosoni Costa

Resumo: Melanomas cutâneos representam cerca de 2% de todos os cânceres de pele e são singulares por evoluírem rapidamente para um comportamento extremamente invasivo e agressivo. Neste trabalho, aprofundamos nosso conhecimento sobre o papel do gene ADAM23 (A Disintegrin And Metaloprotease 23) na progressão de melanomas humanos. Através da análise de dados públicos de RNA-Seq em 290 amostras de melanoma, notamos uma correlação inversa (r2=0,97) entre os níveis de expressão de ADAM23 e o grau de agressividade da doença: níveis medianos de mRNA de ADAM23 estão 40% reduzidos em melanomas invasivos em relação aos melanomas nãoinvasivos (p<0.0001). Em seguida, mostramos que o silenciamento in vitro do gene ADAM23 na linhagem de melanoma MDA-MB-435 foi capaz de promover uma dramática mudança no perfil de expressão de genes e proteínas relacionados com o controle de interações do tipo célula-célula e célula-matriz extracelular, ambas fundamentais para o processo invasivo celular. O silenciamento de ADAM23 levou a uma redução dos níveis de DSG2 (Desmogleína-2), um importante componente desmossomal em células epiteliais, e aumentou em cerca de 3 vezes a expressão de mRNA de SPARC (secreted protein, acid and rich in cysteine), uma proteína matricelular importante como fator prognóstico em melanomas. Além

disso, a perda de ADAM23 promoveu uma mudança significativa nos níveis de transcrição de 157 outros genes que atuam no reconhecimento, na composição e/ou no remodelamento da matriz extracelular. Nossos dados ajudam a melhor compreender as alterações adesivas, migratórias e de comunicação célula-célula, que são extremamente importantes para o controle invasivo e que são alteradas após o silenciamento de ADAM23 em células de melanoma.

Título: Concordância entre assincronia tóracoabdominal obtida através das plestimografias Optoletrônica e por indutância em indivíduos saudáveis, com doença pulmonar obstrutiva crônica e doença intersticial pulmonar fibrosante

Nível: Mestrado

Candidata: Mayra Caleffi Pereira Data da Defesa: 03/08/2016

Linha de Pesquisa: FISIOPATOLOGIA CARDIORESPIRATORIA NO PACIENTE CRÍTICO

Orientador: Dr. Andre Luis Pereira de Albuquerque

Banca Examinadora: Dra. Veronica Franco Parreira; Dra. Roberta Pulcheri Ramos; Dr. Andre Luis Pereira de Albuquerque

Resumo: A avaliação da cinemática entre os compartimentos torácico e abdominal é de relevante contribuição científica, já que em algumas afecções respiratórias a assincronia entre eles resulta em aumento do trabalho ventilatório. Os principais métodos empregados para este tipo de avaliação consistem no uso da pletismografia optoeletrônica (baseada em uma análise tridimensional) e da pletismografia respiratória por indutância (análise bidimensional). Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a concordância entre os valores de sincronia tóracoabdominal obtida através destes dois métodos. Tratou-se de um estudo transversal envolvendo 27 indivíduos, sendo estes: nove saudáveis, nove pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica, e nove pacientes com doença intersticial pulmonar fibrosante. Os dois métodos foram aplicados nas condições de repouso e exercícios submáximos (esforço moderado e intenso) em cicloergômetro. No geral, a ambos os métodos apresentaram concordância satisfatória para as medidas de sincronia tóracabdominal, durante as condições avaliadas, não só em indivíduos saudáveis como também nos pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica e com doença intersticial pulmonar. Dos nove momentos avaliados, somente em dois houve maior diferença. Em adição, os dois métodos refletiram as mesmas respostas dinâmicas ao esforço em relação ao repouso. Diante disso, o presente estudo contribui para a escolha do método a ser utilizado para este tipo de avaliação, considerando os pontos positivos e negativos de cada um, e também fatores como desenho de estudo, objetivo e espaço físico para utilização de cada método.

Título: Papel dos núcleos da amígdala na modulação da dor neuropática

Nível: Mestrado

Linha de Pesquisa: PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM TÉCNICAS CIRÚRGICAS

Candidata: Midia Dias de Jesus Seno Data da Defesa: 27/07/2016

Orientadora: Dra. Raquel Chacon Ruiz Martinez

Banca Examinadora: Dra. Raquel Chacon Ruiz Martinez; Dr. Tarso Adoni; Dr. Joao Valverde Filho"

Resumo: A amígdala, uma estrutura encefálica composta por diversos núcleos, é um importante componente do sistema límbico que participa do controle da resposta dolorosa modulando o aspecto afetivo-motivacional da dor. A dor neuropática é aquela iniciada ou causada por uma lesão ou disfunção do sistema nervoso, possui um acometimento acentuado do componente afetivo-motivacional, o que contribui com a dificuldade de tratamento dessa condição, tornando-a um grave problema de saúde pública. Os núcleos central (CeA), basolateral (BLA) e lateral (LA) da amígdala estão envolvidos no processamento e na regulação da dor neuropática, no entanto, faz-se necessária uma maior compreensão do papel destes núcleos na manutenção da dor neuropática e sua modulação nos níveis de ansiedade e depressão. Assim, o objetivo principal desse trabalho foi investigar o papel dos núcleos amigdalóides na modulação da dor neuropática e no aspecto afetivo motivacional em modelo experimental de neuropatia periférica. E os objetivos específicos foram: 1) Avaliar a resposta nociceptiva e o padrão de ativação dos núcleos LA, CeA e BLA em ratos com neuropatia periférica, utilizando-se a imunomarcação para c-Fos; 2) Avaliar o efeito da inativação dos núcleos amigdalóides sob a resposta nociceptiva e sobre o padrão de ativação da substância cinzenta periaquedutal (PAG) mesencefálica (envolvida com a via analgésica descendente); 3) Investigar o efeito da inativação dos núcleos amigdalóides sob o componente afetivo-motivacional da dor em modelos de avaliação de ansiedade (teste do labirinto em cruz elevado) e de depressão (teste do nado forçado), 4) Descartar possíveis alterações motoras, oriundas da neuropatia periférica, utilizando o teste de campo aberto, para validar a resposta observada nos modelos de avaliação de ansiedade e depressão e 5) Mensurar corticosterona e hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) plasmáticos nos animais com dor neuropática frente a inativação dos núcleos amigdalóides. Os resultados mostram que a porção anterior e posterior do BLA e a porção central do CeA estão envolvidas na modulação da dor neuropática. A inativação desses núcleos reverteu o quadro de hiperalgesia, alodínia e depressão dos animais submetidos a neuropatia periférica. A inativação do BLA interferiu com o padrão de ativação da PAG ventrolateral. Não foram observadas alterações na atividade motora, quadro de ansiedade, níveis de corticosterona e ACTH séricos entre os diferentes grupos experimentais. Desse modo, nosso trabalho contribuiu para uma melhor compreensão da neurocircuitaria envolvida na dor neuropática e para o entendimento do papel de núcleos específicos da amígdala no controle da dor neuropática, incluindo o componente afetivo-motivacional de depressão.

Título: Tratamento da Doença Hemorroidária Através de Ligaduras Elásticas Endoscópicas

Nível: Mestrado

Linha de Pesquisa: PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM TÉCNICAS CIRÚRGICAS

Candidata: Henrique Perobelli Schleinstein Data da Defesa: 21/06/2016

Orientador: Dr. Marcelo Averbach "

Banca Examinadora: Dr. Marcelo Averbach; Dr. Andre Luiz Montagnini; Dr. Marcelo Rodrigues Borba

Resumo: INTRODUÇÃO: Existem diversas opções terapêuticas para o tratamento da doença hemorroidária sintomática, desde medidas higienodietéticas até cirurgia. A técnica mais consagrada para o tratamento alternativo e não operatório da doença hemorroidária em graus intermediários (graus II e III) é a ligadura elástica. Mais recentemente, tem se utilizado a técnica com o auxílio de um gastroscópio e um kit de ligadura elástica de varizes esofágicas. Esta técnica recebeu o nome de ligadura elástica endoscópica (LEE) de mamilos hemorroidários.OBJETIVOS: Avaliar a exequibilidade do método de LEE. Descrever os resultados e as complicações imediatas e tardias de pacientes submetidos a LEE. Comparar a incidência de complicações precoces e tardias e a satisfação com o tratamento de pacientes submetidos de uma a duas LEE e de pacientes submetidos a três ou mais LEE no mesmo procedimento. CASUÍSTICA E MÉTODO: Estudo de coorte retrospectivo, em que foram incluídos pacientes submetidos à LEE no período de janeiro de 2007 a junho de 2014, no setor de Endoscopia da Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês. As informações foram obtidas a partir dos prontuários médicos do hospital e dos prontuários dos consultórios privados dos médicos que realizaram os procedimentos e registrados em uma ficha padronizada de coleta de dados. As incidências de complicações precoces e tardias e a satisfação com o tratamento de pacientes submetidos a uma ou duas ligaduras e dos submetidos a três ou mais ligaduras no mesmo procedimento foram comparadas com uso do teste de qui-quadrado. RESULTADOS: Foram incluídos no estudo 116 pacientes, dos quais 76 (65,5%) eram homens. A idade dos mesmos variou de 30 a 88 anos (média = 53,9 anos; desvio padrão = 11,6 anos). O sintoma mais frequentemente relatado foi sangramento anal (n = 72;

62,1%). O número de ligaduras realizadas, durante o procedimento de LEE, variou de um a seis; 49 (42,2%) pacientes tiveram quatro ou mais ligaduras realizadas durante o procedimento. Não foram observadas associações significativas entre a incidência de complicações precoces ou tardias e a satisfação com a LEE, entre os grupos submetidos a uma a duas ligaduras ou a três a seis ligaduras. CONCLUSÃO: A incidência de complicações precoces e tardias foi baixa, entre os pacientes submetidos à LEE, o que sugere que o método é seguro e exequível. A realização de mais de duas ligaduras, durante o mesmo procedimento, não esteve associada, significativamente, a aumento da incidência de complicações, o que reforça a opção da LEE como método para o tratamento não operatório da doença hemorroidária não complicada em graus II e III.

Título: Avaliação da Efetividade do PEG 3350 no Preparo de Cólon para Realização de Colonoscopia em Crianças e Adolescentes em Dose Fracionada (Split Dose) e Dose Única (Full Dose)

Nível: Mestrado

Linha de Pesquisa: PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM TÉCNICAS CIRÚRGICAS

Candidato: Wallace Acioli Freire de Gois Data da Defesa: 09/06/2016

Orientador: Dr. Marcelo Averbach

Banca Examinadora: Dr. Marcelo Averbach; Dr. Marcelo Rodrigues Borba; Dr. Wilson Toshihiko Nakagawa"

Resumo: Introdução: A colonoscopia é um exame estabelecido para investigação de doenças que acometem o intestino grosso e/ou íleo terminal. A precisão diagnóstica da colonoscopia exige a visualização completa da mucosa do cólon, tornando o preparo intestinal um elemento vital do processo. O Polietilenoglicol (PEG 3350) vem se mostrando uma opção segura e eficaz no preparo de cólon para colonoscopia na faixa etária pediátrica acima de dois anos, embora não apresente esquemas bem estabelecidos. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar a efetividade do PEG 3350 no preparo de cólon para realização de colonoscopia em crianças e adolescentes,comparando as medidas full-dose e split-dose. Método: Foi realizado um estudo prospectivo, randomizado e controlado com crianças entre 2 a 18 anos, submetidos a colonoscopia eletiva. Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente para receber PEG 3350 por um dia( full-dose ) ou dois dias (split-dose). As crianças com histórico de impactação fecal, doença metabólica, cardíaca ou renal foram excluídas deste estudo. Por meio de um questionário préestabelecido foi relatada a tolerabilidade e efeitos colaterais do PEG 3350. Duas escalas validadas que verificam a qualidade do preparo foram utilizadas para a avaliação da eficácia do preparo intestinal durante a colonoscopia. Resultados: No Hospital da Criança de Brasília José Alencar foram avaliados, no período de Novembro de 2014 a Outubro de 2015, 52 pacientes com idades entre 02 a 18 anos que estavam marcados para realizar colonoscopia neste período. Sendo estes divididos em dois grupos: A) PEG 3350 por um dia (full-dose) com 26 pacientes e B) PEG 3350 em dose fracionada por dois dias (split-dose) com 26 pacientes. A preparação de cólon foi adequada no grupo submetido a full-dose em 61,5% e no grupo submetido a split-dose em 92,3%, com significância estatística (p < 0,0187) quando realizada comparação entre os dois grupos. Os sintomas adversos na preparação do cólon usando full-dose alcançaram taxa de 11,5 % dos pacientes e, no caso de split-dose teve uma taxa de 19,2% dos pacientes; se compararmos os dois grupos, não há significância estatística (p < 0,703). E não foram apresentados sintomas graves em nenhum paciente dos dois grupos. Conclusão: Este estudo comparativo foi conduzido no Hospital da Criança de Brasília José Alencar, mostrando uma superioridade estatística da utilização de PEG 3350 em dois dias (split-dose), em comparação com um único dia (full-dose). É importante assinalar que a preparação do cólon de dois dias foi eficaz e seguro, podendo ser indicando como padrão ouro na preparação intestinal em crianças e adolescentes. Foi observada diferença estatística entre os dois protocolos, sendo o protocolo com dois dias (split-dose) superior. Os efeitos colaterais foram mínimos permitindo estabelecer um preparo intestinal para colonoscopia seguro e eficaz para crianças e adolescentes. "

Título: Efeitos de Diferentes Protocolos do Laser de Baixa Potência na Proliferação de Células Tronco Provenientes da Polpa Dental Humana Decídua

Nível: Mestrado

Linha de Pesquisa: MELHORIAS NO SUPORTE AO PACIENTE ONCOLOGICO

Candidata: Milena Correia de Pinho Data da Defesa: 08/06/2016

Orientador: Dr. Eduardo Rodrigues Fregnani

Banca Examinadora: Dr. Erico Tosoni Costa; Dr. Eduardo Rodrigues Fregnani; Dra. Ana Claudia Luiz

Resumo: Este estudo teve como objetivo avaliar a proliferação celular in vitro de células tronco mesenquimais provenientes da polpa dental de dentes decíduos (CTPDDs) de dez crianças em resposta a diferentes protocolos de laserterapia de baixa potência através do ensaio de proliferação MTT. A análise da proliferação foi obtida através de dois experimentos: o primeiro oferecia condições nutricionais favoráveis às células; e no segundo as células estavam em stress nutricional. As variáveis avaliadas no estudo foram o comprimento de onda (sendo utilizados o espectro vermelho com 660nm e infravermelho com 780nm), as densidades de energia (5, 10 e 20 J/cm²), as potências (20, 40 e 80 mW) e a concentração de soro fetal bovino (SFB) (15% e 5%). No experimento 1, foram utilizadas as CTPDDs de dez pacientes diferentes. A análise de proliferação pelo método MTT foi realizada por sete dias, com intervalos de 24 horas, a fim de obter-se a curva de proliferação dos grupos irradiados e controle (não irradiado). No experimento 2, foram utilizadas as CTPDDs de oito pacientes diferentes. A análise de proliferação pelo método MTT foi realizada por cinco dias, com intervalos de 24 horas a fim de obter-se a curva de proliferação dos grupos irradiados e controle (não irradiado). No experimento 1, o resultado da ANOVA mostrou que não houve interação entre o grupo de tratamento e o dia da avaliação (p=0,609), indicando que o comportamento da proliferação celular de cada grupo de tratamento foi semelhante ao longo do período de avaliação de sete dias. Independente do grupo de tratamento, a comparação da proliferação celular entre os dias da avaliação mostrou significância estatística (p<0,001), e o método de comparações múltiplas indicaram que houve um aumento da proliferação celular no D6 e D7 em relação ao D1. No experimento 2, o resultado da ANOVA mostrou que não houve interação entre o grupo de tratamento e o dia da avaliação (p=0,227), indicando que o comportamento da proliferação celular de cada grupo de tratamento foi semelhante ao longo do período de avaliação de cinco dias. Uma vez que não houve interação, através do mesmo modelo de ANOVA, foram verificadas diferenças na proliferação celular ao longo do período de avaliação, independente do grupo de tratamento, e o resultado indicou significância estatística (p<0,001). O método de comparações múltiplas mostrou que houve diminuição da proliferação celular em todos os dias da avaliação na comparação com D1. A partir do D4, a proliferação começou a aumentar, mas sem diferença estatística significante com o dia anterior (D3). Somente no D5 houve diferença com relação ao D3, mas ainda significativamente menor do que no D1. Portanto, conclui-se, através dos resultados com os experimentos realizados, que os protocolos de laserterapia utilizados neste trabalho não promoveram um aumento significativo na proliferação celular superior quando comparado ao grupo controle. "

Título: Complicações Biliares no Transplante Hepático Pediátrico

Nível: Doutorado

Linha de Pesquisa: PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM TÉCNICAS CIRÚRGICAS

Candidata: Flavia Heinz Feier Data da Defesa: 31/05/2016

Orientador: Dr. Joao Seda Neto

Banca Examinadora: Dr. Joao Seda Neto; Dr.Paulo Herman; Dra. Simone de Campos Vieira Abib; Dr. Andre Luiz Montagnini

Resumo: A crescente utilização de enxertos de fígado parcial no transplante hepático pediátrico (THP) reduziu a mortalidade em lista às custas de aumento de morbidade, sendo uma das principais causas as complicações biliares (CB). Objetivos: avaliar os fatores de risco para CB nos receptores pediátricos; descrever o diagnóstico e o tratamento das CB naqueles submetidos a TH

intervivos (THI). Métodos: estudo de coorte retrospectivo em 670 crianças submetidas a THP primário entre Mar/2000 e Jan/2015 nos Hospitais Sírio-Libanês e AC Camargo Cancer Center/SP. Receptores de THI que desenvolveram CB entre Out/1995 e Dez/2012 foram alvo de análise descritiva. Resultados: 115 pacientes (17.2%) desenvolveram CB. A realização de múltiplas anastomoses arteriais foi um fator protetor, e a ductoplastia um fator de risco. THI e múltiplas anastomoses biliares foram mais associadas às fístulas biliares. Não houve diferença na sobrevida do paciente nem do enxerto. Nos pacientes alvo da análise descritiva, a taxa de CB foi de 14.5% As fístulas foram diagnosticadas clinicamente em todos os casos e 69.7% necessitaram de re-laparotomia para tratamento. Em apenas 50% dos pacientes com estenose biliar (EB) o diagnóstico foi sugerido por achados clínicos. A biópsia hepática auxiliou no diagnostico em 51% dos pacientes. Colangiografia trans-hepática percutânea (CP) com intervenção biliar foi realizada em 95.6% dos pacientes com EB, com uma taxa de sucesso de 77%. Conclusão: EB estão mais associadas com um suprimento arterial inadequado ao ducto biliar, e múltiplas anastomoses arteriais podem ser protetoras. Pacientes que desenvolvem fístulas necessitam de cirurgia para sua correção na maioria dos casos. O diagnóstico de EB requer alto grau de suspeição. Nestes casos a CP é o padrão ouro de diagnóstico e tratamento. "

Título: Análise da Influência da Faixa Etária como Fator Preditivo na Evolução Pós-operatória e na Incidência de Complicações em Pacientes Submetidos à Reconstrução Mamária Pós Tratamento Cirúrgico do Câncer de Mama

Nível: Mestrado

Linha de Pesquisa: PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM TÉCNICAS CIRÚRGICAS "

Candidato: Walter Koiti Matsumoto Data da Defesa: 24/05/2016

Orientador: Dr. Alexandre Mendonca Munhoz

Banca Examinadora: Dr. Alexandre Mendonca Munhoz; Dr. Jose Luiz Barbosa Bevilacqua; Dr. Fabio de Freitas Busnardo

Resumo: O processo de envelhecimento populacional tem atingido diversos países no ultimo século, resultando em um aumento de incidência e prevalência das doenças crônico-degenerativas. Dentre elas, merece destaque o câncer de mama, que é a segunda neoplasia mais comum nas mulheres e que apresenta maior incidência nas faixas etárias avançadas. A reconstrução mamária é parte importante da reabilitação de pacientes com câncer de mama e, apesar disso, ainda são raros os trabalhos que abordam a influência da idade nos resultados da cirurgia reparadora da mama. Este estudo objetivou estimar a frequência da reconstrução mamária na população idosa de hospitais terciários, avaliar a incidência de complicações pós-operatórias nesta população e investigar o papel da idade avançada como fator de risco independente para complicações em reconstruções mamárias imediatas. Em um estudo de coorte retrospectiva entre os anos de 2008 e 2014, foram incluídas 560 pacientes submetidas a mastectomia unilateral e reconstrução mamária imediata no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e no Hospital Sírio-Libanês. Nesta amostra, 16,8% das pacientes eram idosas e a incidência de complicações nesta faixa etária (59,6%; p = 0,05) foi significativamente superior à incidência na população jovem (47,8%). A cada aumento de um ano de idade, correspondia uma elevação de 2,4% (p = 0,004) no risco de complicações e pacientes idosas apresentavam chance 1,6 vezes maior de complicações quando comparadas à população jovem (p = 0,039). O desenvolvimento de seroma foi a modalidade de complicação mais frequente neste estudo (22,1%), porém a sua ocorrência não foi influenciada pela idade avançada (p = 0,618). A taxa total de perda da reconstrução foi de 8% na amostra e não sofreu influência da idade (p = 0,974). O risco de complicações foi significativamente maior nas pacientes idosas neste estudo, porém não se traduziu em maiores taxas de perda da reconstrução mamária. Ainda que a idade avançada se confirme como fator de risco para complicações em estudos futuros, o envelhecimento populacional se mostrou um processo inevitável até o presente e todos os esforços devem ser feitos para oferecer à crescente população idosa, o melhor tratamento disponível, incluindo a cirurgia reparadora da mama. "

Título: Associação entre falha de desmame ventilatório, falha de ventilação não invasiva e disfunção renal aguda em pacientes sob suporte ventilatório em unidades de terapia intensiva brasileiras

Nível: Mestrado

Linha de Pesquisa: FISIOPATOLOGIA CARDIORESPIRATORIA NO PACIENTE CRÍTICO

Candidata: Lilian Maria Sobreira Tanaka Data da Defesa: 17/05/2016

Orientador: Dr. Luciano Cesar Pontes de Azevedo

Banca Examinadora: Dr. Luciano Cesar Pontes de Azevedo; Dr. Pedro Caruso; Dr. Leandro Utino Taniguchi"

Resumo: A disfunção renal aguda (DRA) é um problema clínico grave em pacientes hospitalizados, com a estimativa de que 5% ? 20% dos pacientes apresentam um episódio de DRA durante sua permanência na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Quando complicada com disfunção orgânica múltipla, a DRA associa-se a uma mortalidade de aproximadamente 50%, sendo a disfunção pulmonar a lesão relacionada à DRA mais estudada experimentalmente e hoje compreendida e descrita como interação rim-pulmão. Estudos clínicos sobre o tema são, entretanto, escassos. O objetivo primário deste estudo foi avaliar se a DRA associa-se a falha de desmame ventilatório ou falha de ventilação não invasiva (VNI) em pacientes adultos graves internados na UTI por insuficiência respiratória aguda (IRpA). Os objetivos secundários foram descrever as características e os desfechos clínicos entre os subgrupos de pacientes conforme presença de DRA e avaliar os potenciais fatores preditores de mortalidade hospitalar na população de estudo. Trata-se da análise secundária de uma coorte prospectiva multicêntrica, conduzida em 45 UTIs brasileiras (derivadas do Brazilian Research in Intensive Care Network - BRICnet) de 12 estados no período de 01 de junho de 2011 a 31 de julho de 2011 (ERICC Study). Foram incluídos pacientes adultos (idade > 18 anos) com IRpA, definida como necessidade de VNI por ao menos seis horas ou necessidade de ventilação mecânica (VM) nas primeiras 24h de internação na UTI. DRA foi definida como aumento da creatinina sérica (sCr)> 0,3mg/dL em 48h, ou como sCr à internação maior que 1,2mg/dL. Foram analisados um total de 652 pacientes, dos quais 54,1% foram classificados como DRA. Para este subgrupo, foram observados maiores percentuais de falha de VNI (69,3% x 47,1%, p=0,011) e de falha de desmame ventilatório (44,2% x 27,5%, p<0,001), maior tempo de permanência na UTI e no hospital, assim como maior mortalidade na UTI e maior mortalidade hospitalar. À análise multivariada, o escore SOFA no primeiro dia (D1) de internação na UTI excluído o componente renal e a presença de DRA foram variáveis independentemente associadas à falha de VNI; o escore SOFA no D1 sem componente renal, a presença de Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), a idade e a presença de trauma crânio-encefálico foram independentemente associados a falha de desmame ventilatório. A presença de DRA não atingiu significância estatística para este desfecho. Conclui-se que a presença de DRA constitui fator preditor independente de falha de VNI em pacientes adultos graves internados com IRpA e está associada a desfechos clínicos desfavoráveis, incluindo tempo maior de permanência na UTI e maior mortalidade hospitalar.

Título: Cuidados Paliativos no Paciente HIV/AIDS internado na Unidade de Terapia Intensiva do Instituto de Infectologia Emílio Ribas

Nível: Mestrado

Candidata: Paola Nobrega Souza Data da Defesa: 29/03/2016

Linha de Pesquisa: EPIDEMIOLOGIA E GESTÃO EM UNIDADES CRÍTICAS

Orientador: Dr. Daniel Neves Forte

Banca Examinadora: Dr. Helio Penna Guimarães; Dr. Daniel Neves Forte; Dra. Renata Rego Lins Fumis

Resumo: Com a introdução da terapia antirretroviral de alta potência (TARV) os pacientes portadores de HIV/aids passaram a ter uma doença de evolução crônica, sendo, com maior frequência, admitidos na unidade de terapia intensiva (UTI), no entanto continuam a morrer em uma taxa mais elevada do que os não infectados. Neste momento da doença, os cuidados paliativos são primordiais, tanto no controle das queixas que trazem desconforto como nos cuidados do fim da vida. Este estudo de coorte retrospectivo identificou características demográficas e a evolução dos pacientes HIV/aids, internados na UTI do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER) no período de janeiro de 2006 a dezembro de 2012, que tiveram solicitados pedidos de interconsulta para equipe de cuidados paliativos para definição prognóstica. Comparou também as intervenções e medidas terapêuticas antes e após a avaliação dos pacientes considerados em provável terminalidade. Dos 109 pacientes avaliados pelos cuidados paliativos, 67,9% foi considerado em provável terminalidade, 13,8% em não terminalidade e 18,3% com prognóstico indefinido. A mediana de tempo de acompanhamento com os cuidados paliativos foi de sete dias, sendo que o desfecho principal, independente do prognóstico, foi o óbito, com 88,1% do total de pacientes. A idade média foi de 40,7 anos, com intervalo de tempo de diagnóstico da infecção pelo HIV predominando entre cinco e quinze anos. Mais da metade dos pacientes (56,3%) tinham contagem de linfócitos T CD4 menor que 50 céls/mm3, e a adesão ao tratamento entre os pacientes com informação disponível foi de apenas 17,2%. Do total de pacientes, 89,3% tinha diagnóstico de pelo menos uma doença oportunista, com predomínio da tuberculose (47,5%). Entre os motivos de admissão na UTI, a insuficiência respiratória aguda foi a mais prevalente (51,2%). Foram comparadas as prescrições antes e após a interconsulta dos cuidados paliativos de 66 pacientes considerados em provável terminalidade. Tanto a terapia antirretroviral de alta potência como as profilaxias contra doenças oportunistas apresentaram redução significativa da prescrição após a definição prognóstica (p=0,02). Os antibióticos foram suspensos em 36,3% dos pacientes. A sedação e a analgesia não tiveram diferença significativa, no entanto, ambas apresentaram uma discreta redução após a avaliação dos cuidados paliativos. Entre as medidas de suporte artificial à vida, houve uma redução significativa do uso de drogas vasoativas (p=0,009), terapia de substituição renal (p<0,0001) e transfusão de hemoderivados (p<0,0001), enquanto a ventilação invasiva se manteve nos dois momentos (p=0.484). Nenhum paciente foi submetido a manobras de reanimação cardiopulmonar.

Título: Avaliação dos cuidados finais de vida em uma Unidade de Terapia Intensiva com a integração de Cuidados Paliativos

Nível: Mestrado

Candidata: Sandra Regina Gonzaga Mazutti Data da Defesa: 28/03/2016

Linha de Pesquisa: MELHORIAS NO SUPORTE AO PACIENTE ONCOLOGICO

Orientadora: Dra. Renata Rego Lins Fumis

Banca Examinadora: Dra. Renata Rego Lins Fumis; Dr. Daniel Deheinzelin; Dra. Maria Teresa Duarte Pereira da Cruz Lourenço

Resumo: Este estudo teve como objetivos estimar a incidência de limitação de tratamentos de suporte avançado de vida em pacientes adultos internados em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com serviço integrado de Cuidados Paliativos e descrever as características clínicas e sócio-demográficas destes pacientes. Trata-se de estudo descritivo de coorte retrospectivo. Foram consultados bancos de dados para obtenção de amostra consecutiva de todos os pacientes em Cuidados Paliativos internados na UTI no período de maio de 2011 a janeiro de 2014. A análise estatística incluiu o cálculo das frequências absolutas e relativas para as variáveis qualitativas. Para as variáveis quantitativas foram calculadas medidas de tendência central (média e desvio padrão ou mediana e quartis). Foi calculada a incidência de limitação de medidas de suporte avançado de vida e seu respectivo intervalo de confiança (IC95%). Para a comparação da duração da internação na UTI e da internação hospitalar dos pacientes que tiveram ou não limitação das medidas de suporte avançado de vida foi utilizado o teste de Wilcoxon. Admitiu-se nível de significância estatística p ≤ 0,05. No período foram admitidos 3.487 pacientes na UTI e, deste total, 342 (10,1%) entraram no programa de Cuidados Paliativos. Dos pacientes em Cuidados Paliativos, a maioria recebeu indicação para não iniciar o tratamento de suporte

avançado de vida, sendo as limitações mais frequentes a ressuscitação cardiopulmonar (96,8%) e a intubação orotraqueal (73,6%). Os pacientes com diagnóstico de câncer (40,6%), com SAPS 3 > 49 pontos (78,4%) e a com KPS <50 pontos (78,4%) foram os que mais tiveram indicação para limitar o suporte de vida avançado. A duração da internação hospitalar variou entre um e 418 dias, com uma mediana de 16 (8-31) dias; A duração das internações na UTI destes pacientes variou entre um e 51 dias, com uma mediana de quatro (2-7) dias; Grande parte (73,3%) morreu durante a internação hospitalar. A indicação e aceitação da limitação das medidas de suporte avançado de vida aconteceram em até 42 dias após admissão na UTI, com uma mediana de dois (1-5) dias. Cento e treze (33,0%) pacientes receberam sedação paliativa. A limitação de medidas de suporte avançado de vida foi associada às faixas etárias mais idosas, ao diagnóstico de câncer, à baixa pontuação no escore de KPS e à alta pontuação no escore SAPS 3 (p < 0,001). Os pacientes que tiveram limitação das medidas de suporte avançado de vida apresentaram duração da internação hospitalar e da internação na UTI mais prolongadas que os pacientes que não tiveram essa condição (p < 0,001), maior mortalidade durante a internação na UTI (p < 0, 001) e durante a internação hospitalar (p < 0, 001).

Título: Caracterização dos Pacientes Atendidos por uma Equipe Especializada em Cuidados Paliativos: a Experiência de um Hospital Privado Brasileiro

Nível: Mestrado

Linha de Pesquisa: EPIDEMIOLOGIA E GESTÃO EM UNIDADES CRÍTICAS

Candidato: Cesar Biselli Ferreira Data da Defesa: 24/03/2016

Orientadora: Dr. Daniel Neves Forte

Banca Examinadora: Dr. Daniel Neves Forte; Dr. Pedro Caruso; Dr. Gilberto de Castro Junior

Resumo: Introdução: Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) estimam que no mundo 37% dos pacientes que evoluem para óbito necessitem de cuidados paliativos, aproximadamente 20 milhões de paciente por ano. Desde o surgimento do primeiro serviço especializado, em 1967 na Inglaterra, houve uma propagação de unidades dedicadas a esses pacientes. São diversos os modelos de assistência, sendo que as equipes hospitalares de cuidados paliativos são o modelo com o maior crescimento. Objetivos: Descrever características e desfechos dos primeiros 6 anos de uma equipe de cuidados paliativos (ECP) em hospital privado brasileiro. Materiais e métodos: Análise retrospectiva com dados colhidos prospectivamente pelo questionário da ECP. Foram incluídos todos os pacientes admitidos no período de junho de 2008 a dezembro de 2013. Resultados: Foram analisados 628 pacientes, com predominância de idosos (mediana 66 anos), acamados (n=561; 89%), e oncológicos (n=493; 79%). Provenientes da enfermaria (n=363; 59%), semiintensiva (n=176; 28%) e UTI (n=86; 14%). A taxa média foi de 9 (±3,7) pacientes novos/mês. O principal motivo de encaminhamento foi expectativa de vida menor que seis meses ou câncer estadio IV (n=456; 73%) seguidos por sintomas (n=336; 54%) e conflitos (n=137; 22%). Diretrizes avançadas de vida estavam descritas em prontuário no momento do acionamento em 270 (43%) dos casos. Conflitos foram mais frequentes na UTI (n=64; 18% UI vs. n=31; 36% UTI, p=0,001) e em pacientes neurológicos (p<0,001). Os principais sintomas foram: dor (n=384, 61%), inapetência (n=352, 56%), dispneia (n=305, 49%), sonolência (n=238, 38%) e ansiedade (n=233, 37%). Dos 384 pacientes com dor, em 96 (15%) a dor não estava controlada no momento de encaminhamento. 450 (72%) pacientes faleceram no hospital (n=245,54%, enfermaria e n=76, 17% UTI). Dentre os pacientes que foram a óbito, 386 (86%) estavam acompanhados de familiares, 373 (83%) tinham diretrizes avançadas de vida documentadas em prontuário e 290 (64%) receberam sedação paliativa. Entre os pacientes em suporte avançado de vida, 52 (12%) faleceram sob ventilação mecânica, 28 (6%) em uso de droga vasoativa, 5 (1%) em hemodiálise e 2 pacientes foram reanimados. Foi associado ao óbito de pacientes em cuidados paliativos na UTI: no momento do chamado da ECP o paciente estar na UTI (n=53; 70% óbito UTI vs. n=14; 4% fora UTI, p<0,001) ou em uso de suporte avançado de vida (n=32; 42% óbito UTI vs. n=13; 4% fora UTI, p<0,001), conflitos como causa de encaminhamento a ECP (n=27; 36% óbito UTI vs. n= 74; 20% fora UTI, p=0.006) e ausência de diretrizes avançadas de vida descritas em prontuário (n=53; 74% óbito UTI vs. n=311; 87% fora UTI, p=0,006). Conclusão: Pacientes encaminhados para a ECP apresentam diferentes demandas dependendo do diagnóstico e da unidade hospitalar. Estes dados podem auxiliar na quantificação das necessidades dos pacientes em cuidados paliativos e orientar novos estudos e estratégias para melhoria da assistências aos pacientes graves.

Título: Transplante Hepático em Adulto a Partir de Doador Vivo: Fatores Preditivos Relacionados à Perda Precoce e Tardia Do Enxerto

Nível: Mestrado

Candidata: Marcel Albeiro Ruiz Benavides Data: 04/03/2016

Linha de Pesquisa: PESQUISA EM TRANSPLANTE HEPÁTICO

Orientadora: Dr. Eduardo Antunes da Fonseca

Banca Examinadora: Dr. Eduardo Antunes da Fonseca; Dr. Joao Seda Neto; Dr.Agnaldo Soares Lima

Resumo: A crescente desproporção entre o número de órgãos provenientes de doadores falecidos disponíveis e o número de pacientes com doença hepática terminal tem estimulado a realização do transplante hepático a partir da utilização de doadores vivos, a fim de reduzir o tempo e a mortalidade em lista na espera por um órgão. O estudo das variáveis relacionadas ao receptor e enxerto pode nortear a utilização segura desta terapia. O objetivo desta análise foi avaliar os fatores preditivos relacionados à perda precoce do enxerto e à morte do receptor, determinar o período de maior ocorrência e seu impacto na sobrevida. Método: Realizou-se um estudo coorte, retrospectivo, em 107 pacientes adultos submetidos ao transplante hepático com doadores vivos, nos Hospitais Sírio-Libanês e A. C. Camargo Câncer Center de São Paulo, Brasil, durante o período de janeiro de 1998 a julho de 2014. As variáveis pré, intra e pós-operatórias relacionadas ao receptor e ao enxerto foram submetidas à analise multivariada para determinação dos fatores relacionados com o desfecho (perda do enxerto ? morte do receptor). Resultados: A sobrevida global dos pacientes no primeiro trimestre, primeiro, terceiro e quinto ano pós-transplante foi de 78,5%, 73,8%, 66,4% e 60,8%, respectivamente. O valor sérico de sódio do candidato no período pré-transplante menor que 130 mEq/dl, a relação entre peso do enxerto e do receptor (GRWR) < 0,8%, e a trombose da artéria hepática estiveram relacionados à perda precoce do enxerto. O primeiro trimestre pós-operatório representou o período de maior ocorrência deste desfecho. A morbidade pós-operatória tardia esteve relacionada ao aparecimento de complicações biliares, principalmente estenose biliar, no entanto não determinou impacto desfavorável na sobrevida tardia do receptor. A adequada seleção de candidatos e, consequentemente, a individualização no uso de enxertos parciais determinam a utilização segura do transplante hepático com doadores vivos no tratamento das doenças hepáticas terminais.

Título: Fatores de risco associados ao aumento da morbidade perioperatória de doadores submetidos a lobectomia hepática para transplante intervivos

Nível: Banca Examinadora: Dr. Eduardo Antunes da Fonseca

Candidato: Helry Luiz Lopes Candido Data da Defesa: 26/02/2016

Linha de Pesquisa: PESQUISA EM TRANSPLANTE HEPÁTICO

Orientador: Dr. Joao Seda Neto

Banca Examinadora: Dr. Joao Seda Neto; Dr. Eduardo Antunes da Fonseca; Dr. Wellington Andraus

Resumo: Introdução e Objetivos: a doação de fígado com doador vivo (DFDV) é uma alternativa à doação de fígado cadavérico. Nós objetivamos identificar os fatores de riscos e correlacionar os scores já desenvolvidos de complicações pós-operatórias (CPOs) em doadores após DFDV. Métodos: conduzimos um estudo de coorte retrospectivo em 688 doadores entre junho de 1995 e fevereiro de 2014 no Hospital Sirio-Libanês e AC Camargo Cancer Center, em São Paulo, Brasil. O

desfecho primário foi CPO graduada> III segundo a classificação de Clavien-Dindo. Análises de regressão logística univariada e múltipla foram realizadas para identificar fatores de risco para CPOs. Resultados: não houve mortes relacionadas à cirurgia dentro de um período de seguimento de 5 anos. Segmento lateral esquerdo (SLE), lobo esquerdo (LE) e ressecções lobo direito (LD) foram realizados em 492 (71,4%), 109 (15,8%) e 87 (12,6%) doadores, respectivamente. No total, 43 (6,2%) desenvolveram CPO, que foram mais frequentes após LD que SLE e LE [14/87 (16,1%) vs. 23/492 (4,5%) e 6/109 (5,5%), respectivamente, p <0,001]. A CPO mais frequente foi a fístula biliar (23,1%). A análise multivariada mostrou que ressecção LD (OR 2,81, IC 95% 1,32-3,01; p = 0,008), tabagismo (OR 3,2, IC 95% 1,35-7,56; p = 0,012) e transfusão de sangue (OR 3,15, 95% CI 1,45 para 6,84; p = 0,004) foram independentemente associados a CPOs. O escore de risco derivado desses fatores distinguiu pacientes que desenvolveram CPOs com moderada acurácia (AUC = 0,69; IC 95%: 0,60-0,78). Conclusão: as CPOs foram relativamente comuns nesta coorte de TFDVs. Ressecção do LD, transfusão de sangue intraoperatória e tabagismo estavam associados ao risco aumentado de CPOs em doadores.

Título: Estudo de Características Evolutivas e Polimórficas dos Retrovírus Endógenos

Nível: Doutorado

Linha de Pesquissa: NOVAS ABORDAGENS NO DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DO CÂNCER

Candidato: Andrei Rozanski Data da Defesa: 25/02/2016

Orientador: Dr. Pedro Alexandre Favoretto Galante

Banca Examinadora: Dr. Pedro Alexandre Favoretto Galante; Dr. Carlos Frederico Martins Menck; Dr. Diogo Meyer; Dr. Robson Francisco de Souza

Resumo: Os Retrovírus Endógenos (ERVs) são Elementos Transponíveis (ETs) espalhados portodo o genoma humano. Os ERVs têm a sua origem em infecções retrovirais, as quais,quando ocorrem em células germinativas, podem ser transmitidas para os descendentes de forma mendeleiana. Grande parte dos ERVs presentes em nosso genoma tiveram origem em organismos ancestrais dentro da ordem dos primatas. Os ERVs podem se apresentar de duas formas distintas: na forma de um Evento Completo, o qual conta com duas LTRs e, em geral, tr?es genes virais (Gag, Pol e Env) e na forma de Solo LTR, produto da recombinação homóloga das LTRs de um Evento Completo. Muito pouco se sabe sobre o papel dos ERVs nos genomas de seus hospedeiros, do ponto de vista evolutivo e fisiopatológico. Desta forma, realizamos um estudo baseado em ferramentas de bioinformática, que considera aspectos evolutivos e de polimorfismo de ERVs, o qual se beneficia de dados públicos. De maneira geral, o nosso objetivo com este estudo foi compreender melhor o papel dos ERVs em nosso genoma e na evolução dos primatas. Inicialmente, foram selecionados 511 Eventos de ERVs Completos e 5616 eventos de ERVs Solo LTR. Estes eventos foram submetidos a um estudo de ortologia para identificação de eventos humano específicos. O estudo de ortologia envolveu cinco primatas não humanos (Chimpanzé, Gorila, Orangotango, Macaco Rhesus e Sagui). Foram encontrados 17 Eventos Completos e 107 Solo LTRs humano específicos. Após esta identificação, realizamos um estudo de análise de polimorfismo insercional dos eventos humano específicos, utilizando os dados do 1000 Genomes. Um total de seis Eventos Completos e 15 Solo LTRs foram caracterizados como polimórficos. Em um passo final, buscamos por eventos com polimorfismo insercional de presença, ou novas inserções, em relação ao genoma de referência. Esta análise final teve como resultado 18 eventos de novas inserções. Este estudo nos permitiu concluir que existe uma baixa atividade dos ERVs a qual possivelmente esteja associada `a eficácia de mecanismos de defesa e de controle destes elementos pelo genoma do hospedeiro.

Título: Impacto da Cardiopatia Congênita na Evolução Pós Transplante Hepático Pediátrico

Nível: Mestrado

Candidato: Marcio Miranda de Brito Data da Defesa: 16/02/2016

Linha de Pesquisa: PESQUISA EM TRANSPLANTE HEPÁTICO

Orientadora: Dra.Irene Kazue Miura

Banca Examinadora: Dra. Irene Kazue Miura; Dr.Luiz Francisco Cardoso; Dra. Nana Miura Ikari

Resumo: Introdução: A cardiopatia congênita tem prevalência entre 4 a 10 por 1000 nascidos vivos.Está associada a significante morbidade decorrente de disfunção miocárdica, diminuição da capacidade aos exercícios e alta incidência de arritmias. As manifestações cardíacas em candidatos e receptores de transplante hepático pediátrico são múltiplas e variam de acordo com as várias doenças de base, requerendo avaliação cardíaca cuidadosa. Objetivos: Verificar o impacto da cardiopatia congênita na evolução pós transplante hepático primário pediátrico nos hospitais Sírio Libanês e AC Camargo no período de novembro de 1994 a maio de 2014. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, com 518 pacientes menores que 18 anos de idade,submetidas ao transplante primário de fígado no período de período de novembro de 1994 a maio de 2014, nos Hospitais Sírio-Libanês e AC Camargo. Foram coletados dados clínicos,laboratoriais, cirúrgicos, eletrocardiográficos e de imagem (radiografia de tórax e ecocardiograma) com auxílio de instrumento padronizado antes do transplante e no último seguimento. A comparação entre os grupos independentes foi realizada pelo teste t de Student ou pelo teste de Mann-Whitney. Para as comparações entre grupos dependentes (antes e depois do transplante) optou-se pelo teste de McNemar. As curvas de sobrevida foram construídas segundo o método de Kaplan-Meier, e a comparação entre as curvas foram realizadas segundo o teste log-rank. O nível de significância adotado para os testes de hipóteses foi de 5%. Todas as análises foram realizadas no software estatístico SPSS for Windows v.18. Resultados: A prevalência de pacientes cardiopatas na amostra foi de 15,8%. Não houve diferença estatisticamente significante entre os dois grupos em relação a características demográficas, laboratoriais, uso de medicações, PELD e sobrevida. O peso antes do transplante (p = 0,022) e altura após o transplante hepático (p = 0,017) foram menores nos pacientes cardiopatas. A frequência de cardiopatia na síndrome de Alagille foI significativamente maior comparada às outras etiologias (p<0,01). Presença de taquipnéia (p=0,025), baqueteamento digital (p=0,025) e descompensação cardíaca (p=0,007) foram significativamente maiores no grupo com cardiopatia congênita após o transplante hepático. A alteração de algum parâmetro eletrocardiográfico foi significativamente mais frequente no grupo com cardiopatia antes e após o transplante hepático (p<0,001 e p<0,034 respectivamente). A maioria dos pacientes da coorte foram classificados nas categorias de baixo risco cirúrgico (escore RACHS 1 e 2). Não houve diferença significativa entre os dois grupos em relação à duração da cirurgia, tempos de isquemia, tempo de ventilação mecânica, tempo de droga vasoativa, infecção pós operatória, sangramento e rejeição. Complicação cirúrgica foi significativamente maior no grupo com cardiopatia congênita (p= 0,042). Houve mudança significativa entre os pacientes em relação a presença de comunicação interatrial antes e depois do transplante hepático (p<0,001). Conclusão: As doenças hepáticas mais comumente associadas com doença cardíaca foram atresia de vias biliares, síndrome de Alagille, cirrose hepática e doenças metabólicas. Os resultados indicam que defeitos cardíacos menores não influenciaram significativamente no risco operatório destes pacientes. Os pacientes com e sem forame oval patente submetidos ao transplante de fígado tiveram os mesmos resultados peri-operatório.