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Londrina 2017 CARLOS EDUARDO SILVA DA COSTA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM ODONTOLOGIA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO STRYPHNODENDRON ADSTRINGENS SOBRE STREPTOCOCCUS MUTANS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO … · Gratidão eterna a minha esposa, Anne Santos, por todo apoio, por todo amor e por ter sido verdadeira companheira, seu apoio

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Londrina 2017

CARLOS EDUARDO SILVA DA COSTA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU MESTRADO EM ODONTOLOGIA

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO STRYPHNODENDRON ADSTRINGENS SOBRE STREPTOCOCCUS MUTANS

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Londrina 2017

AUTORIZO A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE

TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU

ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE

QUE CITADA A FONTE.

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO STRYPHNODENDRON ADSTRINGENS SOBRE STREPTOCOCCUS MUTANS

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Odontologia. Área de Concentração: Dentística Preventiva e Restauradora. Orientadora: Profª. Drª Regina Célia Poli-Frederico

CARLOS EDUARDO SILVA DA COSTA

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Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Odontologia da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial à obtenção do título de Mestre em Odontologia. Área de Concentração: Dentística Preventiva e Restauradora.

BANCA EXAMINADORA

____________________________________ Profª. Drª Regina Célia Poli-Frederico

Universidade Norte do Paraná

_____________________________________ Prof. Dr. Ricardo Sergio Couto de Almeida

Universidade Estadual de Londrina

_____________________________________ Profa. Dra. Sandra Kiss Moura

Universidade Nove de Julho

Londrina, 31 de maio de 2017.

CARLOS EDUARDO SILVA DA COSTA

ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DO STRYPHNODENDRON ADSTRINGENS SOBRE STREPTOCOCCUS MUTANS

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AUTORIZO A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

Dados Internacionais de catalogação na publicação (CIP) Universidade Pitágoras Unopar - UNOPAR

Biblioteca CCBS/CCECA PIZA Setor de Tratamento da Informação

Costa, Carlos Eduardo Silva da C837a Atividade antimicrobiana do stryphnodendron adstringens sobre

streptococcus mutans. / Carlos Eduardo Silva da Costa. Londrina: [s.n], 2017.

44 f. Dissertação (Mestrado em Odontologia). Universidade Pitágoras

Unopar

Orientadora: Profa. Dra. Regina Célia Poli-Frederico.

1- Cárie Dentária - Dissertação - UNOPAR 2- Microbiota 3-

Barbatimão 4- Glicólico de barbatimão 5- Streptococcus mutans I- Poli-Frederico, Regina Célia; orient. II- Universidade Pitágoras Unopar.

CDD 617.67

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha família,

meu maior bem.

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AGRADECIMENTOS

Minha gratidão a Deus, por ter me guiado até o fim desta jornada.

Sou grato a nossa senhora de Nazaré por toda sua bondade e por ter me

iluminado mais uma vez para alcançar mais um objetivo.

Agradeço aos meu pais pela força, oração e apoio que foram fundamentais

para superar os obstáculos desta jornada.

Gratidão eterna a minha esposa, Anne Santos, por todo apoio, por todo amor

e por ter sido verdadeira companheira, seu apoio foi essencial, te amo.

Agradeço as minhas filhas, Maria luiza e Maria Eduarda, pela paciência e por

ter suportado minha ausência durante este período, a busca de aperfeiçoamento

acadêmico foi por vocês.

A minha irmã Carla Costa meus agradecimentos pela torcida e por sempre

estar ao meu lado.

As minhas tias Madalena e Neni, obrigado pela oração e pedido de proteção

a Deus e Nossa Senhora

Meu muito obrigado a professora Drª. Sandra Kiss Moura, no período que me

orientou demostrou ser a verdadeira educadora, obrigado pelos ensinamentos e

paciência, tenho orgulho de ter sido seu aluno e orientando.

A professora Drª. Regina Poli Frederico, sou grato pela orientação e pelos

ensinamentos passados, pessoa serena e paciente.

Ao professor Dr. Ricardo Almeida, meu muito obrigado pelos ensinamentos e

por ter cedido seu laboratório para que eu pudesse realizar minha pesquisa, grande

pessoa e professor.

Ao professor e amigo Dr. Cláudio Gellis por todo apoio e por todo

conhecimento repassado neste periodo agradeço de coração, sua ajuda foi

essencial para conclusão desse mestrado. Muito obrigado.

Obrigado meu amigo Fábio Bassani pelo companheirismo e parceria durante

esse período, demonstrou mais uma vez ser um amigo de verdade.

Aos meus amigos da turma de mestrado, meu muito obrigado, foi muito bom

ter a oportunidade de troca de conhecimento. Obrigado pelas amizades construídas,

Amauri, Flaviana, Fábio, Fernando, Juliana, Mayara, Jean, Joyce, Thiago Yudd,

Thiago Lemos e Zanelli.

Ao coordenador do Programa de Mestrado, Prof. Dr. Alcides Gonini Júnior,

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que nos ajudou e nos auxiliou sempre para uma melhor formação.

Obrigado a todos os professores que fizeram parte do mestrado, seus

conhecimentos foram essenciais para a conclusão com êxito.

Por fim agradeço a todos que contribuíram e torceram para conclusão desta

etapa da vida profissional e acadêmica.

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COSTA, Carlos Eduardo Silva da. Atividade antimicrobiana do stryphnodendron

adstringens sobre Streptococcus mutans. 44p. [Dissertação de Mestrado].

Programa de Pós-Graduação em Odontologia – Universidade Norte do Paraná,

Londrina, 2017.

RESUMO

O estudo de plantas medicinais com ação antimicrobiana é um assunto atual,

principalmente devido ao aumento da resistência bacteriana e a necessidade de novos antimicrobianos com igual ou maior eficácia, baixo custo e baixos efeitos colaterais. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a eficiência de diferentes concentrações de solução de extrato glicólico de Barbatimão (Stryphnodendron adstringens) na inibição do crescimento de bactérias associadas a cárie dental in vitro. Foram preparadas dezesseis concentrações do extrato glicólico do Barbatimão (0%, 1,56%, 3,12%, 4,68%, 6,25%, 7,81%, 9,37%, 10,93, 12,5%, 25%, 37,5%, 50%, 62,5%, 75%, 87,5%, 100%) e como grupo controle foi utilizada a solução de clorexidina 2%. As soluções preparadas foram testadas sobre a cepa bacteriana de Streptococcus mutans. O crescimento bacteriano foi observado em placas contendo meio de cultura BHI. As concentracões do barbatimão foram colocadas em poços realizados no meio de cultura e cada placa foi incubada em estufa de CO2 (37°C / 24 horas). O teste foi realizado em triplicata, tendo como resultado a ausência de inibição bacteriana para as concentrações do barbatimão testadas, sendo positiva a inibição bacteriana para clorexidina a 2%. Conclui-se que o extrato glicólico de barbatimão, não apresenta ação bactericida sobre o Streptococcus mutans. Palavras-chave: Cárie Dentária, Microbiota, Barbatimão

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COSTA, Carlos Eduardo Silva da. Atividade antimicrobiana do stryphnodendron

adstringens sobre Streptococcus mutans. 44p. [Dissertação de Mestrado].

Programa de Pós-Graduação em Odontologia – Universidade Norte do Paraná,

Londrina, 2017.

ABSTRACT

The study of medicinal plants with antimicrobial activity is a current issue, mainly due to the increase of bacterial resistance and the need for new antimicrobials with equal or greater efficacy, low cost and low side effects. The objective of this research was to evaluate the efficiency of different concentrations of Barbatimão glycolic extract solution (Stryphnodendron adstringens) in inhibiting the growth of bacteria associated with dental caries in vitro. Sixteen different concentrations of Barbatimão glycolic extract (0%, 1.56%, 3.12%, 4.68%, 6.25%, 7.81%, 9.37%, 10.93, 12, 5%, 25%, 37.5%, 50%, 62.5%, 75%, 87.5%, 100%) and the 2% chlorhexidine solution was used as the control group. The solutions prepared were tested on the bacterial strain of Streptococcus mutans. Bacterial growth was observed on plates containing BHI culture medium. The barbatimon concentrates were placed in wells made in the culture medium and each plate was incubated in a CO2 oven (37 ° C / 24 hours). The test was performed in triplicate, resulting in the absence of bacterial inhibition at the barbatimon concentrations tested, with bacterial inhibition of 2% chlorhexidine being positive. It is concluded that the barbatimão glycolic extract does not present bactericidal action on Streptococcus mutans.

Keywords: Dental Caries, Microbiota, Barbatimão

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Diagrama de Newbrum, (Adaptado de Branco, 2015)(10) .......................... 16

Figura 2 Casca e folha da planta barbatimão (Stryphnodendron adstringens)(47) ... 26

Figura 3 Tubos de Falcon contendo caldo BHI e cepas de Streptococcus mutans ... 27

Figura 4 Estufa de CO2 para cultivo do Streptococcus mutans ................................ 27

Figura 5 Escala de McFarland 0,5 em tubo de vidro transparente ............................ 28

Figura 6 Representação esquemática da distribuição dos tripletes de placas com

meio de cultura e os controles (meio de cultura e clorexidina) e as concentrações de

extrato glicólico de barbatimão nas placas de petri. .................................................. 29

Figura 7 Demonstração do meio de cultura (BHI) contendo cepa do Streptpcoccus

mutans e o poço para difusão do extrato glicólico barbatimão. ................................. 29

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LISTA DE TABELAS Tabela 1 Demonstração dos resultados do teste com extrato glicólico de barbatimão sobre o Streptococcus mutans. ................................................................................. 30

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LISTA DE ABREVIATURAS

S Streptococcus

L Lactobacillus

BHI Brain Heart Infusion

PBS Tampão fosfato-salino

ml Milílitro

C Candida

CIM Concentração Inibitória Mínima

mm Milimetros

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LISTA DE SÍMBOLOS

% Por cento

°C Graus Celsius

μL Microlitro

µg Micrograma

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 14

2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 16

2.1 CÁRIE DENTÁRIA ........................................................................................... 16

2.2 CLOREXIDINA COMO BACTERICIDA ............................................................ 18

2.3 BARBATIMÃO COMO BACTERICIDA ............................................................. 19

3. OBJETIVOS .......................................................................................................... 22

3.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 22

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 22

4 ARTIGO ................................................................................................................. 23

4.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 24

4.2 MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................ 26

4.2.1 Obtenção do Extrato de Barbatimão ..................................................... 26

4.2.2 Cultivo dos Micro-organismos ............................................................... 26

4.2.3 Teste Antimicrobiano: em difusão Ágar ............................................... 27

4.2.4. Análise Estatística .................................................................................. 29

4.3 RESULTADOS ................................................................................................. 30

4.4 DISCUSSÃO .................................................................................................... 31

4.5 CONCLUSÃO .................................................................................................. 33

REFERENCIAS ..................................................................................................... 33

5 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 35

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 36

ANEXO A .................................................................................................................. 40

LAUDO BARBATIMÃO .......................................................................................... 40

ANEXO B .................................................................................................................. 41

LAUDO PROPILENOGLICOL ................................................................................ 41

ANEXO C .................................................................................................................. 42

APÊNDICE A ............................................................................................................ 44

FOTOS ENSAIO “IN VITRO” .................................................................................. 44

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1 INTRODUÇÃO

A cárie dentária, dentre as patologias que acometem a cavidade oral, é a que

apresenta a maior prevalência mundial, sendo considerada uma doença de caráter

multifatorial, uma vez que sua origem depende da interação de fatores essenciais,

como: hospedeiro (dente), micro-organismo, dieta e tempo (1).

Em relação aos micro-organismos presentes na cavidade oral, existem

espécies que participam de forma importante do processo de formação e progressão

da cárie dentária, sendo o Streptococcus mutans considerado o micro-organismo

que apresenta o maior potencial cariogênico (2).

O controle de placa bacteriana apresenta papel importante na prevenção da

cárie dentária, não apenas na diminuição de bactérias orais, mas também, no

processo de limpeza das cavidades após preparos cavitários, com o objetivo de

evitar nova incidência desta doença. O uso de agentes antimicrobianos nesse

controle é amplamente utilizado e apresenta resultados satisfatórios, sendo a

clorexidina o mais utilizado e que apresenta maior eficácia, principalmente por ser

um potente antimicrobiano e por desempenhar um papel importante na inibição de

metaloproteinases presentes na matriz dentinária (3).

A busca constante de novos produtos com potencial bactericida sobre os

micro-organismos orais, principalmente de origem natural, fez com que surgissem

vários estudos com esse objetivo. Isto se deve pela ineficiência de alguns produtos

sintéticos, pelos seus efeitos colaterais e, também, pela busca de produtos com

menor custo de produção e menores efeitos adversos (4).

Os medicamentos fitoterápicos são preparações farmacêuticas (extratos,

tinturas, pomadas e cápsulas) de ervas medicinais obtidos a partir de uma ou mais

plantas. Apresentam diversas vantagens para uso terapêutico como baixo custo e

efeitos adversos diminuídos, em relação aos medicamentos sintéticos. Dentre esses

produtos fitoterápicos o barabatimão (Stryphonodendron adstringens), planta

medicinal, presente principalmente no cerrado brasileiro, apresenta eficácia

antibacteriana, anti-inflamatória, antisséptica e hemostática (5).

O barbatimão parece apresentar atividade antimicrobiana sobre o

Streptococcus mutans e outras bactérias envolvidas no processo da cárie. Sendo

assim, essa pesquisa buscou avaliar a eficácia de diferentes concentrações de

solução de extrato glicólico de Barbatimão (Stryphnodendron adstringens) na

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inibição do crescimento do Streptococcus mutans in vitro.

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2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 CÁRIE DENTÁRIA

A cárie é resultado de um processo crônico, que aparece após a presença e a

interação dos seguintes fatores: dente suscetível, microorganismo, dieta e tempo (6).

Melo et al (7) descrevem a cárie dentária como uma doença pós eruptiva,

influenciada pela dieta e caracterizada por uma destruição progressiva dos tecidos

mineralizados dos dentes.

A cárie dentária é uma doença de origem multimicrobiana e de caráter

multifatorial, uma vez que é necessária a interação de vários fatores em condições

críticas, durante determinado período de tempo, para que se expresse clinicamente

(8). É uma doença infecciosa que progride de forma muito lenta na maioria dos

indivíduos. Dificilmente é autolimitante e, caso não ocorra tratamento, pode levar a

destruição total do elemento dental. (1).

A cárie dentária é aceita e estabelecida universalmente como uma doença

multifatorial e dieta dependente, que produz uma perda mineral das estruturas

dentárias. O diagrama de Newbrum (Figura 1), ilustra a interação de fatores, tais

como dente suscetível (hospedeiro), micro-organismo, dieta cariogênica (substrato)

por um determinado tempo, causando a doença cárie (9).

Figura 1 Diagrama de Newbrum, (Adaptado de Branco, 2015)(10)

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A cárie dentária é resultado de um processo crônico, que aparece após algum

tempo da presença e da interação desses três fatores, sendo assim, julgou-se

conveniente incluir o tempo como outro fator etiológico. Desta maneira, se faz

necessária a compreensão dos fatores etiológicos da cárie dentária, para que se

possam criar medidas efetivas para o controle da doença (6).

Os micro-organismos envolvidos no processo de cárie dentária fazem com

que o biofilme dental, seja formado por uma microbiota anaeróbica, gram positiva e

sacarolítica, sendo a microbiota representada basicamente por Streptococcus,

constituindo cerca de 20% da microbiota oral (11).

O bioflime dentário em cada etapa de desenvolvimento apresenta novas

espécies, dentre estas o Streptococcus mitis, Streptococcus salivarius,

Streptococcus gordonii, Streptococcus oralis, Streptococcus mutans, Streptococcus

sobrinus e Lactobacillus casei, e devido sua patogenicidade, geram danos ao

esmalte (12).

Streptococcus mutans é considerado o principal agente bacteriano causador

da cárie dentária, sendo uma espécie bacteriana comum da microbiota bucal de

humanos envolvida na patologia da cárie e em endocardites infecciosas promovidas

por bacteremias de origem bucal. O maior nicho ecológico de Streptococcus. mutans

em humanos é a superfície dental (13, 14). Outros Streptoccocus tem participação

na adesão à película dentária adquirida, dentre eles podemos citar o Streptococcus

mitis, Streptococcus salivarius, Streptococcus gordonii e Streptococcus oralis (15).

A transmissão de S. mutans ocorre nos primeiros anos de vida, por contato

com indivíduos colonizados, processo que é influenciado por fatores microbianos, do

hospedeiro e ambientais, que modificam a competitividade bacteriana e as defesas

do hospedeiro. Além disso, para serem transmitidos e ocuparem seus nichos, esta

cepa precisa persistir na saliva e se adaptar fisiologicamente a cada fase da

colonização e patogênese bucal. Este processo pode ser controlado por uso de

antimicrobianos (16, 17).

A virulência de S. mutans em doenças bucais e sistêmicas é dependente da

capacidade deste micro-organismo de detectar e se adaptar a condições de estresse

ambiental encontrados durante o processo de colonização e infecção do hospedeiro

(18).

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18

2.2 CLOREXIDINA COMO BACTERICIDA

O gluconato de clorexidina é um antisséptico catiônico de largo espectro

antimicrobiano com ação sobre fungos e bactérias (gram positivas e gram

negativas). Atualmente é o agente mais eficaz para reduzir e controlar a placa, a

gengivite e a cárie dentária, agindo de forma eficaz contra os Streptococcus mutans

(19).

Na odontologia a aplicação da clorexidina vem sendo relatada nas diversas

especialidades, como uma alternativa na prevenção e no tratamento de doenças

bucais, é utilizada para desinfetar canais radiculares, inibir a formação da placa,

cáries e gengivite. O Gluconato de clorexidina é estável e não é tóxico aos tecidos.

Pode ser administrado nas seguintes formas: bochechos, irrigações, dentifrícios,

géis e sprays A faixa de concentração da solução de clorexidina empregada é

bastante ampla, em concentrações que ficam entre 0,12 e 2,0% (20, 22).

Hortense et al (21) descrevem a interação entre a molécula catiônica

(positiva) da clorexidina com a bactéria, provavelmente em decorrência da adsorção

à parede celular aniônica (negativa) desta, alterando as estruturas da superfície e

aumentando a permeabilidade da membrana bacteriana, facilitando a entrada do

antibiótico no citoplasma. O equilíbrio osmótico é perdido e, em consequência,

ocorre uma precipitação dos constituintes citoplasmáticos, o que impede a reparação

da membrana celular, causando a morte da bactéria.

A clorexidina, em baixa concentração, é considerada bacteriostática e atua na

membrana celular causando seu rompimento e consequente perda de material

intracelular como potássio. Quando em alta concentração é bactericida, e inibe a

respiração celular, causando perda de ácido nucléico e coagulação citoplasmática. A

atividade biocida de clorexidina é influenciada por fatores ambientais incluindo o pH,

a temperatura, e a presença de material interferente. A clorexidina, também, tem

sido utilizada na odontologia para limpeza de cavidades antes de passar pelo

procedimento restaurador, com o objetivo de eliminar quaisquer micro-organismos

contaminantes que possam gerar a recorrência do processo carioso (23).

Na dentística estudos comprovaram a permanência de bactérias, em especial

Streptococcus mutans, no interior dos túbulos dentinários após procedimento

restaurador, podendo ocasionar na difusão de toxinas para a polpa resultando em

irritação e inflamação do tecido pulpar. Desta forma existe a necessidade de se

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aplicar um agente de limpeza cavitária, para prevenir a reicidência de cárie e facilitar

a retenção de materiais às estruturas dentárias, prevenindo a ocorrência de

microinfiltrações nas restaurações e a possibilidade de apresentar sensibilidade pós-

operatória. A clorexidina é uma solução de limpeza considerada ideal por remover a

“lama dentinária”, não ser tóxica à polpa e aos tecidos adjacentes ao dente,

combater e eliminar micro-organismos patogênicos existentes nas paredes

cavitárias, sendo indicada como desinfetante (24, 25).

Mesmo apresentando inúmeros efeitos benéficos, tem se observado efeitos

adversos a cerca da sua utilização, tais como: alteração na coloração nos elementos

dentários, restaurações, próteses e língua; formação de cálculo supragengival;

perda do paladar; queimaduras no tecido mole; dor; xerostomia; e gosto residual

desagradável na boca. Em algumas formas comerciais, pode conter em sua

composição a presença de álcool etílico, o que pode agravar a sensibilidade e o

quadro de dor em pacientes debilitados como, por exemplo, pacientes portadores de

mucosite,causando maior severidade na cavidade oral (26).

Os efeitos colaterais da clorexidina incluem ainda reações tardias como

dermatite de contato; fotossensibilidade; toxicidade; e, em casos muito raros,

reações de hipersensibilidade, como choque anafilático (27).

2.3 BARBATIMÃO COMO BACTERICIDA

A fitoterapia, do grego phyton (planta) e terapia (tratamento), é o ramo da

ciência, que utiliza plantas, drogas vegetais e emulsões para tratamento de doenças

(28). No Brasil o reconhecimento do uso das plantas medicinais com finalidades

fitoterápicas ocorreu em 1995 (29) e houve a inclusão dos fitoterápicos na rede de

medicamentos do SUS em 2006 (30). Na odontologia a regulamentação do uso de

plantas medicinais ocorreu em 2008, pela resolução do conselho federal de

odontologia CFO- 82/2008 (31).

Pesquisas realizadas com plantas medicinais confirmam sua importância no

desenvolvimento de produtos terapêuticos, sendo estas pesquisas constantes no

Brasil, o que se explica por ser um dos paises do mundo com maior biodiversidade

(32).

As plantas medicinais produzem um amplo aspectro de ações farmacológicas

de grande valia para medicina e odontologia, tendo como destaque as atividades

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antiinflamatória e antimicrobiana (33). O estudo de plantas medicinais com ação

antimicrobiana é um assunto atual, principalmente devido ao aumento da resistência

bacteriana e a necessidade de novos antimicrobianos com igual ou maior eficácia,

baixo custo e baixos efeitos colaterais (34).

O barbatimão (Stryphnodendron adstringens) é uma planta medicinal

encontrada no cerrado brasileiro. Sua árvore pode atingir, quando adulta, de quatro

a seis metros de altura, com diâmetro do tronco variando entre 20 a 30 cm.

Apresenta propriedades físico-químicas que lhe garante importantes atividades

farmacológicas tais como: anti-inflamatória, analgésica e protetora da mucosa

gástrica. As cascas são empiricamente usadas de maneira externa e interna por

humanos, supostamente por serem mais adstringentes (35, 37).

As árvores de barbatimão produzem metabólitos químicos primários,

responsáveis pela manutenção das funções orgânicas do vegetal e metabólitos

secundários, que conferem proteção à planta contra herbívoros, micro-organismos e

efeitos externos do ambiente. Dentre os metabólicos químicos secundários

encontrados no barbatimão, citam-se os alcaloides, terpenos, estilibenos, esteroides,

saponinas, inibidores de proteases e taninos. Taninos são os componentes

majoritários do barbatimão. Estes compostos têm sido associados a efeitos

antimicrobianos (38). São compostos fenólicos solúveis em água e precipitadores de

proteínas (39, 40). Segundo Queiroz et al (38) existem três propriedades gerais dos

taninos que são responsáveis pela maior parte das atividades farmacológicas destas

substâncias: a formação de complexos com íons metálicos (ferro, alumínio, cálcio,

cobre, etc); a atividade antioxidante e seqüestradora de radicais livres; e a

habilidade de formar complexos com outras moléculas tais como proteínas e

polissacarídeos.

O barbatimão apresenta propriedades medicinais sendo popularmente

empregado no tratamento de leucorréia, diarréia, hemorragia, hemorróida, feridas,

conjuntivite, inflamação da garganta, corrimento vaginal e úlcera gástrica (41).

Parece possuir ação cicatrizante, antiinflamatória, hemostática, anti-edematogênica,

anti-séptica e anti-diarréica, sendo que, possui como constituintes químicos

alcalóides, flavonóides, terpenos, estilbenos, esteróides, inibidores de proteases

(como a tripsina) e taninos (42).

Orlando (43) observou atividade antimicrobiana in vitro do extrato

hidroalcoólico bruto da casca do barbatimão para Enterococcus faecalis, Kocuria

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rhizophila, Escherichia coli, Neisseria gonorrhoeae, Pseudomonas aeruginosa,

Shigella flexneri, Staphylococcus aureus, Klebsiella pneumoniae, Candida albicans e

Candida krusei.

Soares et al (44) utilizou o extrato hidroalcoólico de barbatimão, como

bactericida e obteve resultado positivo contra Streptococcus mitis e Lactobacillus

casei, concluindo que o extrato hidroalcoólico bruto do barbatimão pode ter potencial

antibacteriano para uso na prevenção da cárie dentária. Contudo, são necessários

estudos que observem estes efeitos variando a concentração de soluções de

barbatimão, e o seu uso com extração glicólica, o que justica a realização desta

pesquisa.

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3. OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Avaliacão do extrato de barbatimão no Streptococcus mutans.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Testar a eficácia de diferentes concentrações de soluções de extrato glicólico

de Barbatimão (Stryphnodendron adstringens) na inibição do crescimento de

Streptococcus mutans associado a cárie dental in vitro.

Verificar a ação bactericida da extracão glicólica.

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4 ARTIGO

Atividade Antimicrobiana do Stryphnodendron Adstringens Sobre o Streptococcus mutans

Será submetido ao periódico Brazilian Oral Research (ISSN 1807-3107)

Carlos Eduardo Silva da Costa¹, Claúdio Alberto Gellis de Mattos Dias², Ricardo

Sergio Couto de Almeida³, Sandra Kiss Moura4, Regina Célia Poli-Frederico.5

1. Mestre em Dentística pela Universidade Norte do Paraná, Londrina, PR, Brasil. E-mail:

[email protected]

2. Professor Doutor do Instituto Federal do Amapá. Macapá, AP/Brasil. E-mail:

[email protected]

3. Professor Adjunto do Departamento de Microbiologia da Universidade Estadual de Londrina.

Londrina, PR/Brasil. E-mail: [email protected]

4. Professora Adjunta da Universidade Nove de Julho. São Paulo, SP/Brasil. E-mail:

[email protected]

5. Professora Adjunta do Departamento de Odontologia da Universidade Norte do Paraná, Londrina,

PR/Brasil. E-mail: [email protected]

Endereço para correspondência Profa. Dra. Regina Célia Poli-Frederico Universidade Norte do Paraná, Faculdade de Odontologia Rua Marselha, 183 - Jardim Piza Londrina – PR/Brasil CEP: 86041-120 Telefone: (43) 3371-7820 Fax: (43) 3371-7741 E-mail: [email protected]

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RESUMO

O estudo de plantas medicinais com ação antimicrobiana é um assunto atual, principalmente devido ao aumento da resistência bacteriana e a necessidade de novos antimicrobianos com igual ou maior eficácia, baixo custo e baixos efeitos colaterais. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a eficiência de diferentes concentrações de solução de extrato glicólico de Barbatimão (Stryphnodendron adstringens) na inibição do crescimento de bactérias associadas a cárie dental in vitro. Foram preparadas dezesseis concentrações do extrato glicólico do Barbatimão (0%, 1,56%, 3,12%, 4,68%, 6,25%, 7,81%, 9,37%, 10,93, 12,5%, 25%, 37,5%, 50%, 62,5%, 75%, 87,5%, 100%) e como grupo controle foi utilizada a solução de clorexidina 2%. As soluções preparadas foram testadas sobre a cepa bacteriana de Streptococcus mutans. O crescimento bacteriano foi observado em placas contendo meio de cultura BHI. As concentracões do barbatimão foram colocadas em poços realizados no meio de cultura e cada placa foi incubada em estufa de CO2 (37°C / 24 horas). O teste foi realizado em triplicata, tendo como resultado a ausência de inibição bacteriana para as concentrações do barbatimão testadas, sendo positiva a inibição bacteriana para clorexidina a 2%. Conclui-se que o extrato glicólico de barbatimão, não apresenta ação bactericida sobre o Streptococcus mutans. Palavras-chave: Cárie Dentária, Microbiota, Barbatimão

ABSTRACT The study of medicinal plants with antimicrobial action is a current issue, mainly due to the increase of bacterial resistance and the need for new antimicrobials with equal or greater efficacy, low cost and low side effects. The objective of this research was to evaluate the efficiency of concentrations of Barbatimão glycolic extract solution (Stryphnodendron adstringens) in inhibiting the growth of bacteria associated with dental caries in vitro. Sixteen different concentrations of Barbatimão glycolic extract (0%, 1.56%, 3.12%, 4.68%, 6.25%, 7.81%, 9.37%, 10.93, 12, 5%, 25%, 37.5%, 50%, 62.5%, 75%, 87.5%, 100%) and the 2% chlorhexidine solution was used as the control group. The solutions prepared were tested on the bacterial strain of Streptococcus mutans. Bacterial growth was observed on plates containing BHI culture medium. The barbatimon concentrates were placed in wells made in the culture medium and each plate was incubated in a CO2 oven (37 ° C / 24 hours). The test was performed in triplicate, resulting in the absence of bacterial inhibition at the barbatimon concentrations tested, with bacterial inhibition of 2% chlorhexidine being positive. It is concluded that the barbatimão glycolic extract does not present bactericidal action on Streptococcus mutans. Keywords: Dental Caries, Microbiota, Barbatimão

4.1 INTRODUÇÃO

A cárie dentária, dentre as patologias que acometem a cavidade oral, é a que

apresenta a maior prevalência mundial, sendo considerada uma doença de caráter

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multifatorial, uma vez que sua origem depende da interação de fatores essenciais,

como: hospedeiro (dente), micro-organismo, dieta e tempo (1).

Em relação aos micro-organismos presentes na cavidade oral, existem

espécies que participam de forma importante do processo de formação e progressão

da cárie dentária, sendo o Streptococcus mutans considerado o micro-organismo

que apresenta o maior potencial cariogênico e que está diretamente ligado ao seu

aparecimento (2).

O controle do biofilme apresenta papel importante na prevenção da cárie

dentária, não apenas na diminuição de bactérias orais, mas também, no processo de

limpeza das cavidades após preparos cavitários, com o objetivo de evitar nova

incidência da cárie dentária. O uso de agentes antimicrobianos nesse controle é

amplamente utilizado e apresenta resultados satisfatórios, sendo a clorexidina o

mais utilizado e que apresenta maior eficácia, principalmente por ser um potente

antimicrobiano e por desempenhar um papel importante na inibição de

metaloproteinases presentes na matriz dentinária (3).

A busca constante de novos produtos com potencial bactericida sobre os

micro-organismos orais, principalmente de origem natural, fez com que surgissem

vários estudos com esse objetivo. Isto se deve pela ineficiência de alguns produtos

sintéticos, pelos seus efeitos colaterais e, também, pela busca de produtos com

menor custo de produção e menores efeitos adversos (4).

Os medicamentos fitoterápicos são preparações farmacêuticas (extratos,

tinturas, pomadas e cápsulas) de ervas medicinais obtidos a partir de uma ou mais

plantas. Apresentam diversas vantagens para uso terapêutico como baixo custo e

efeitos adversos diminuídos, em relação aos medicamentos sintéticos. Dentre esses

produtos fitoterápicos o barabatimão (Stryphonodendron adstringens), planta

medicinal, presente principalmente no cerrado brasileiro, apresenta eficácia

antibacteriana, anti-inflamatória, antisséptica e hemostática (5).

O barbatimão parece apresentar atividade antimicrobiana sobre o

Streptococcus mutans e outras bactérias envolvidas no processo da cárie. Sendo

assim, essa pesquisa buscou avaliar a eficácia de diferentes concentrações de

solução de extrato glicólico de Barbatimão (Stryphnodendron adstringens) na

inibição do crescimento do Streptococcus mutans in vitro.

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4.2 MATERIAIS E MÉTODOS

Os testes foram conduzidos no laboratório de Microbiologia Oral, na

Universidade Estadual de Londrina (UEL), Londrina- PR.

4.2.1 Obtenção do Extrato de Barbatimão

O extrato glicólico de barbatimão (Stryphnodendron adstringens) (Figura 2) foi

adquirido em sua composição pura, certificada, da empresa Império do Banho – ME

(Anexo A e B). A extração glicólica não apresenta citotoxicidade (45). Foram

adquiridas, da mesma empresa, dezesseis concentrações do extrato, utilizando

como solvente propilenoglicol em água (46), a saber: 0%, 1,56%, 3,12%, 4,68%,

6,25%, 7,81%, 9,37%, 10,93, 12,5%, 25%, 37,5%, 50%, 62,5%, 75%, 87,5%, 100%.

Como grupo controle foi utilizado a solução de clorexidina 2%, adquirida de Maquira

Indústria de Produtos Odontologicos Ltda, São Paulo, São Paulo, Brasil.

Figura 2 Casca e folha da planta barbatimão (Stryphnodendron adstringens)(47)

4.2.2 Cultivo dos Micro-organismos

As bactérias utilizadas para os testes foram da cepa Streptococcus mutans

ATCC 700610. As placas contendo estes micro-organismos foram mantidas a uma

temperatura de 4°C a 8°C em meio BHI-ágar (Brain heart infusion Ágar). Para a

realização dos testes, foram coletadas cinco colônias de cada placa de

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Streptococcus mutans com alça descartável em ambiente estéril que foram imersas

e dispersas em tubos Falcon contendo 10 mL de caldo BHI (Brain heart infusion

broth) (Figura 3). Em seguida, foram incubados por 16 horas em estufa de CO₂ (5%)

à 37°C, sem agitação (Figura 4).

Figura 3 Tubos de Falcon contendo caldo BHI e cepas de Streptococcus mutans

Figura 4 Estufa de CO2 para cultivo do Streptococcus mutans

4.2.3 Teste Antimicrobiano: em difusão Ágar

Após 16 horas de incubação, os inóculos foram lavados três vezes com

tampão fosfato-salino (PBS) e foi preparada uma suspensão bacteriana diluída em

PBS com turbidez semelhante à da escala de McFarland 0,5 em tubo de vidro

transparente, em ambiente estéril, totalizando 1,5 x 108 UFC/mL (Figura 5).

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Figura 5 Escala de McFarland 0,5 em tubo de vidro transparente

Em seguida, foi depositada uma fina camada de ágar/água no fundo da placa

(10ml), seguida por uma camada de 20 ml BHI-ágar (1,5%) contendo 200 μl da

suspensão dos micro-organismos, depositados sobre o ágar/-água. Essa mesma

camada de BHI-ágar foi perfurada para a confecção de poços com uma ponteira azul

de 1 ml, após perfurados, foram removidas tampas de cada poço, tendo assim como

fundo a camada de ágar/-água. Em cada poço, 0,2 ml das formulações de

barbatimão contendo respectivamente as concentrações: 0%, 1,56%, 3,12%, 4,68%,

6,25%, 7,81%, 9,37%, 10,93, 12,5%, 25%, 37,5%, 50%, 62,5%, 75%, 87,5%, 100%

foram adicionadas. O grupo controle foi feito com clorexidina a 2%. Após 24 horas,

os halos de inibição foram medidos com o auxílio de um paquímetro eletrônico. Em

seguida, foi realizada a subtração do halo de inibição pelo diâmetro do poço (Figura

7). Os resultados foram expressos em milímetros.

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Figura 6 Representação esquemática da distribuição dos tripletes de placas com meio de cultura e os controles (meio de cultura e clorexidina) e as concentrações de extrato glicólico de barbatimão nas placas de petri.

Figura 7 Demonstração do meio de cultura (BHI) contendo cepa do Streptpcoccus mutans e o poço para difusão do extrato glicólico barbatimão.

4.2.4. Análise Estatística

Não houve análise estatística. Os resultados demonstraram ausência de

inibição do crescimento bacteriano em todas as concentrações de extrato glicólico

de barbatimão (Stryphnodendron adstringens) utilizadas.

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4.3 RESULTADOS

Foi observado que nenhuma das concentrações testadas do extrato glicólico do

barbatimão (Stryphnodendron adstringens) mostrou inibição de crescimento

bacteriano do Streptococcus mutans, conforme é demostrado na tabela:

Tabela 1 Demonstração dos resultados do teste com extrato glicólico de barbatimão sobre o Streptococcus mutans.

Substância Halo de inibição (mm) Resultado

Barbatimão 1,56% 0 Não houve inibição bacteriana

Barbatimão 3,12% 0 Não houve inibição bacteriana

Barbatimão 4,68% 0 Não houve inibição bacteriana

Barbatimão 6,25% 0 Não houve inibição bacteriana

Barbatimão 7,81% 0 Não houve inibição bacteriana

Barbatimão 9,37% 0 Não houve inibição bacteriana

Barbatimão 10,93% 0 Não houve inibição bacteriana

Barbatimão 12,5% 0 Não houve inibição bacteriana

Barbatimão 25% 0 Não houve inibição bacteriana

Barbatimão 37,5% 0 Não houve inibição bacteriana

Barbatimão 50% 0 Não houve inibição bacteriana

Barbatimão 62,5% 0 Não houve inibição bacteriana

Barbatimão 75% 0 Não houve inibição bacteriana

Barbatimão 87,5% 0 Não houve inibição bacteriana

Barbatimão 100% 0 Não houve inibição bacteriana

Propilenegricol em água

(controle negativo)

0 Não houve inibição bacteriana

Clorexidina 2% (controle

positivo)

23 Houve inibição

bacteriana

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4.4 DISCUSSÃO

A transformação de uma planta em um produto tecnicamente elaborado

exige estudos de validação das espécies vegetais visando à comprovação da

segurança e eficácia. Mais de uma centena de compostos derivados de produtos

naturais estão em fase de teste em laboratório, para as mais diversas utilizações em

tratamento de enfermidades. A avaliação da atividade antimicrobiana do extrato

glicólico das cascas do barbatimão (Stryphnodendron adstringens) corrobora com

essa tendência atual de se desenvolver e testar medicamentos produzidos a partir

de plantas naturais, principalmente para controle de micro-organismo (48).

As plantas medicinais produzem um amplo espectro de ações farmacológicas,

tendo como destaque as atividades antiinflamatória e antimicrobiana (34), sendo o

extrato da planta barbatimão, um produto natural bastante utilizado como agente

cicatrizante, antiinflamatória, hemostática, anti-edematogênica, antisséptica (42).

Orlando (43) observou atividade antimicrobiana in vitro do extrato

hidroalcoólico bruto da casca do barbatimão (Stryphnodendron adstringens) para

Enterococcus faecalis, Kocuria rhizophila, Escherichia coli, Neisseria gonorrhoeae,

Pseudomonas aeruginosa, Shigella flexneri, Staphylococcus aureus, Klebsiella

pneumoniae, Candida albicans e Candida krusei.

Soares et al (44) avaliaram a eficácia do extrato bruto de barbatimão

(Stryphnodendron adstringens), obtido por meio da extração hidroalcoólica, frente

aos micro-organismos responsáveis pela cárie dentária. Foram utilizadas cepas dos

micro-organismos: Enterococcus faecalis, Streptococcus salivarius, Streptococcus

sanguinis, Streptococcus mitis, Streptococcus mutans, Streptococcus sobrinus e

Lactobacillus casei. Foi observada atividade microbiana sobre todos, sendo que os

melhores resultados foram sobre as cepas de S. mitis e L. casei, a concentração

inibitória mínima (CIM) variou de 350 a > 400µg/mL.

Pereira e colaboradores (49) também comprovaram a eficiência do extrato

hidroalcoólico de barbatimão (Stryphnodendron adstringens) frente aos seguintes

microorganismos patogênicos da cavidade oral: Candida albicans, Streptococcus

mutans, Stapylococcus aureus e Aggregatibacter actinomycetemcomitans. Os

extratos de barbatimão mostraram atividade antibacteriana frente a todos os micro-

organismos testados, exceto para A. actinomycetemcomitans.

Miranda (50), utilizou extrato hidroalcoólico de barbatimão (Stryphnodendron

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adstringens) como medicação endodôntica. Os testes foram realizados em

microplacas com difusão em poços do extrato, sendo feita a incubação a 35º por 24

a 48 horas, onde verificou-se a ação bactericida para os micro-organismos:

Prevotella nigrescens, Actinomyces naeslundii, Porphyromonas gingivalis,

Enterococcus faecalis e Haemophilus actinomycetemcomitans.

Apesar dos estudos acima demostrarem a ação do barbatimão

(Stryphnodendron adstringens) como antimicrobiano, utilizado a extração

hidroalcoólica, o controle do solvente (álcool) não aparece nos estudos, o que não

esclarece se existiu interferência do solvente utilizado na ação bactericida do

barbatimão(43, 44, 49, 50).

O uso do extrato do barbatimão (Stryphnodendron adstringens), obtido por

meio da extração glicólica, utilizado na presente pesquisa, foi devido a sua não

citotoxicidade conforme observou Guimarães et al(45) que utilizaram extrato glicólico

em mitocôndrias isoladas de fígado de rato para testar citotoxicidade, tendo como

experimentos propostos para caracterizar a proteção dos extratos às

macromoléculas foi lipoperoxidação, reação cujo principal produto são aldeídos os

quais formam espécies reativas ao ácido tiobartitúrico como produto final. Dessa

forma, os extratos glicólicos demostraram ausência de atividade citotóxica.

Conforme estudo citado, demostra não haver interferência da extração glicólica na

ação do barbatimão.

Em relação aos resultados do presente estudo, era esperado haver inibição do

crescimento bacteriano no micro-organismo utilizado, pois conforme estudos já

citados (43, 44, 49, 50) houve ação bactericida do barbatimão (Stryphnodendron

adstringens) na sua apresentação como extrato hidroalcoólico, o que não se

confirmou na sua apresentação como extrato glicólico, o que pode supor haver uma

interferência na forma de extração dos principios ativos do barbatimão (taninos) em

relação ao solvente utilizado.

Cowan (51) resalta que há uma melhor extração dos princípios ativos (taninos

compostos fenólicos, flavonoides e terpenóides) por meio da extração hidroalcoólica.

Já Ardisson et al.(46) verificaram uma melhor caracterização das propriedades do

barbatimão (taninos) na utilização do propileneglicol em água. A concentração de

80% de propilenoglicol se mostrou mais seletiva.Porém, o efeito citotóxico da

extração hidroalcoólica não foi descrito e suas implicações em situações clínicas.

A clorexidina como controle positivo obteve resultado satisfatório para inibição

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do crescimento do Streptoccocus mutans, confirmando sua grande eficácia como

agente bactericida (19, 20, 21). Foi observado halo de inibição de crescimento acima

de 20 mm o que corrobora com os achados de Festuccia et al.(52).

MOREIRA et al. (53) na avaliação in vitro da atividade antimicrobiana de

antissépticos bucais, obteve halo de inibição com uso da clorexidina acima de 20

mm.

COSTA et al. (54) no seu estudo in vitro da ação antimicrobiana de extratos de

plantas sobre Enterococcus faecalis, utilizou a clorexidina como controle positivo,

obteve halo de inibição de 24,52 mm.

4.5 CONCLUSÃO

A partir dos resultados obtidos no presente estudo, pode-se concluir que, pela

metodologia aplicada, ocorreu ausência de ação bactericida das diferentes

concentrações do extrato glicólico de barbatimão (Stryphnodendron adstrigens)

sobre Streptococcus mutans.

REFERENCIAS

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34. Niero R. Aspectos químicos e biológicos de plantas medicinais e considerações sobre fitoterápicos. In: Chechinel Filho V, Bresolin TMB, editors. Ciências químico-farmacêuticas: Contribuição ao desenvolvimento de novos fármacos e medicamentos. Itajaí SC: Unival; 2003. p. 150-215 42. Vasconcelos MCA, Rodovalho NCM, Pott VJ, Ferreira AMT, Arruda ALA, Marques MCS, et al. Avaliação de atividade biológicas das sementes de Stryphnodendron obovatum Benth (Leguminosae). Rev Bras Farmacogn. 2004;14:121-7. 43. Orlando SC. Avaliação da atividade antimicrobiana do extrato hidroalcoólico bruto da casca de Stryphnodendron adstringens (Martius) Coville (Barbatimão) Franca SP: Universidade de Franca; 2005. 44. Soares SP, Vinholis AHC, Casemiro LA, Silva MLA, Cunha WR, Martins CHG. Atividade antibacteriana do extrato hidroalcoólico bruto de Stryphnodendron adstringens sobre microorganismos da cárie dental. Rev odonto ciênc. 2008;23(2):141-4. 45. Guimarães NSS, Rodrigues T. Efeito protetor de Extratos Glicólicos de Baccharis Dracunculifolia e Rosmarinus Officinalis contra Danos Oxidativos Induzidos por T-Buooh. XI Congresso de Iniciação Científica; Mogi das Cruzes SP: Universidade de Mogi das Cruzes; 2008. 46. Ardisson L, Godoy JS, Ferreira LAM, Stehmann JR, Brandão MGL. Preparação e caracterização de extratos glicólicos enriquecidos em taninos a partir das cascas de Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville (Barbatimão). Revista Brasileira de Farmacognosia. 2002;12(1):27-34. 47. WikimediaCommons. Category:Stryphnodendron adstringens. Wikimedia Commons; 2016 [cited 2017 16/02]; Available from: https://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Stryphnodendron_adstringens. 48. Machado KC, Machado KC, Junior ALG, Freitas RM. Uso de Produtos Naturais para o Tratamento de Doenças Infecciosas: Prospecção Tecnológica Revista GEINTEC. 2014;4(1):665-72. 49. Pereira C, Moreno CS, Carvalho C. Usos farmacológicos do Stryphnodendron adstringens (MAR.) - Barbatimão. Revista panorâmica On-Line. 2013(15):127-37. 50. Miranda MA. Atividade Antimicrobiana das Soluções de Barbatimão, Mamona e Clorexidina utilizadas na Endodontia. Avaliação comparativa "in vitro". Ribeirão Preto, SP: Universidade de São Paulo; 2010. 51. Cowar MM. Plants products as antimicrobial agents. Clin Microb Rew 1999(12):564-82. 52. Festuccia JMZ, Andrade Dd, Beraldo CC, Shimura CMN, Watanabe E. Staphylococcus aureus e a atividade in vitro da clorexidina. Rev Ciênc Farm Básica Apl. 2013;34(3):411-5. 53. MOREIRA ACA, PEREIRA MHQ, PORTO MR, ROCHA LAP, NASCIMENTO BC, ANDRADE PM. Avaliação in vitro da atividade antimicrobiana de atissépticos bucais. R Ci med biol. 2009;8(2):153-61. 54. COSTA EMMB, BARBOSA AS, ARRUDA TA, OLIVEIRA PT, DAMETTO FR, CARVALHO RA, et al. Estudo in vitro da ação antimicrobiana de extratos de plantas contra Enterococcus faecalis. J Bras Patol Med Lab. 2010;46(3):175-80.

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5 CONCLUSÕES

O presente estudo demonstrou, pela metodologia aplicada, a ausência de ação

bactericida de diferentes concentrações do extrato glicólico de barbatimão

(Stryphnodendron adstringens) sobre Streptococcus mutans.

O extrato de barbatimão obtido pela extração glicólica pode ter influenciado na

ineficiência da sua ação bactericida frente ao Streptococcus mutans. Se faz

necessário a realização de novos estudos verificando outros métodos de extração,

diferente da extração hidroalcoólica, que mantenham os princípios ativos do

barbatimão para melhor elucidar a sua ação bactericida e/ou bacteriostática.

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REFERÊNCIAS

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ANEXO A

LAUDO BARBATIMÃO

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ANEXO B

LAUDO PROPILENOGLICOL

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ANEXO C

APRESENTAÇÃO DO MANUSCRITO

O texto do manuscrito deverá estar redigido em inglês e fornecido em arquivo digital

compatível com o programa "Microsoft Word" (em formato DOC, DOCX ou RTF).

Cada uma das figuras (inclusive as que compõem esquemas/combos) deverá ser

fornecida em arquivo individual e separado, conforme as recomendações descritas

em tópico específico.

Fotografias, micrografias e radiografias deverão ser fornecidas em formato TIFF,

conforme as recomendações descritas em tópico específico. Gráficos, desenhos,

esquemas e demais ilustrações vetoriais deverão ser fornecidos em formato PDF,

em arquivo individual e separado, conforme as recomendações descritas em tópico

específico. Arquivos de vídeo poderão ser submetidos, respeitando as demais

especificidades, inclusive o anonimato dos autores (para fins de avaliação) e

respeito aos direitos dos pacientes.

As seções do manuscrito devem ser apresentadas observando-se as características

específicas de cada tipo de manuscrito: folha de rosto (Title Page), introdução,

metodologia, resultados, discussão, conclusão, agradecimentos e referências. Folha

de rosto (Title Page; dados obrigatórios) Indicação da especialidade*, ou área de

pesquisa, enfocada no manuscrito.

Título informativo e conciso, limitado a um máximo de 110 caracteres incluindo

espaços.

Nomes completos e por extenso de todos os autores, incluindo os respectivos

números de telefone e endereços eletrônicos (email). Recomenda-se aos autores

confrontar seus nomes anotados na Folha de Rosto (Title Page) com o perfil criado

no ScholarOne™, de modo a evitar incompatibilidades. A participação de cada um

dos autores deverá ser justificada por escrito em folha separada, observando-se os

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critérios de autoria e coautoria adotados pelo International Committee of Medical

Journal Editors, disponíveis em

http://www.icmje.org/recommendations/browse/rolesandresponsibilities/

definingtheroleofauthorsandcontributors. html

Dados de afiliação institucional/profissional de todos os autores, incluindo

universidade (ou outra instituição), faculdade/curso, departamento, cidade, estado e

país, apresentados de acordo com as normas internas de citação estabelecidas pela

instituição de cada um dos autores. Verificar se as afiliações foram inseridas

corretamente no ScholarOne™.

CARACTERÍSTICAS E FORMATAÇÃO DOS TIPOS DE MANUSCRITOS

Pesquisa Original

Devem ser limitados a 30.000 caracteres incluindo espaços (considerando-se

introdução, metodologia, resultados, discussão, conclusão, agradecimentos, tabelas,

referências e legendas de figuras).

Será aceito um máximo de 8 (oito) figuras e 40 (quarenta) referências. O resumo

deve conter, no máximo, 250 palavras.

Formatação Arquivos de Texto

Folha de rosto (Title Page)

Texto principal (30.000 caracteres incluindo espaços)

Resumo máximo de 250 palavras

Descritores de 3 (três) a 5 (cinco) descritores principais

Introdução

Metodologia

Resultados

Discussão

Conclusão

Agradecimentos

Tabelas

Referências máximo de 40 referências

Legendas de figuras

Formatação Arquivos de figuras

Figuras máximo de 8 (oito) figuras, conforme descrito acima.

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APÊNDICE A

FOTOS ENSAIO “IN VITRO”