PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO HISTÓRIA SOCIAL s-Graduação... · PDF fileSobre a antropologia das experiências históricas do tempo. Temporalização e estruturas de ... Regimes

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  • PROGRAMA DE PS-GRADUAO HISTRIA SOCIAL DA CULTURA

    DISCIPLINAS 2017.2

    HIS 2113 - Seminrios Especiais em Teoria, Historiografia e Histria Intelectual

    Tema: A estrutura da histria mundial': introduo filosofia da histria de Kojin Karatani.

    Professor responsvel: Marco Antonio Pamplona Professor ministrante: Gabriel Tupinamb

    2: 13h 16h Crditos: 3 Ementa

    Seminrio de introduo obra do filsofo japons Kojin Karatani. Tendo como fio condutor uma leitura

    dirigida de seu livro The Structure of World History (Duke Press, 2014), investigaremos o projeto de reformulao do materialismo histrico iniciado por Karatani com seu livro Architecture as Metaphor (MIT Press, 1995), em que cada formao scio-histrica analisada a partir de um "modelo nodal" de amarraes entre diferentes modos de intercmbio. Percorreremos aqui duas frentes de investigao. Primeiramente, analisaremos a crtica de Karatani aos modelos "arquitetnicos" e "textuais" de organizao terica, contra os quais o filsofo prope seu projeto "transcrtico". Esse estudo nos levar a um confronto com a histria das interpretaes do marxismo e com os efeitos da "virada lingustica" na recepo da obra marxiana, bem como a uma discusso filosfica sobre a relao entre consistncia e imanncia, em interlocuo com Kant, Hegel e a tradio psicanaltica. Ao mesmo tempo, e seguindo a leitura do livro, exercitaremos o mtodo elaborado por Karatani, demonstrando que essa nova epistemologia histrica no s resolve alguns dos problemas mais perenes na teoria marxista da histria, como tambm permite interlocues inovadoras entre Marx e outras tradies do pensamento social - de Mauss e Hobbes Wallerstein e Benedict Anderson. Bibliografia Principal

    KARATANI, Kojin. Architecture as Metaphor. MIT Press, 1995. . Transcritique. MIT Press, 2003.

    . History and Repetition. Columba University Press, 2004. . The Structure of World History. Duke Press, 2014.

    HIS 2111 Seminrios Especiais em Teoria, Historiografia e Histria Intelectual

    Tema: Estratos do tempo em 14 lies Prof. Marcelo Jasmin

    2: 16h 19h Crditos: 3

    Objetivos

    O curso tem a forma de um seminrio de leitura e discusso dos artigos que compem o livro Estratos do tempo de Reinhart Koselleck, com o objetivo de explorar a sua abordagem terica da historiografia e do tempo histrico, com nfase na discusso sobre a experincia histrica do tempo e a modernidade. Sero respeitadas a ordem e a diviso dos artigos propostas pelo prprio autor quando da organizao do livro. Como seminrio de leitura, trata-se de curso com escasso recurso a aulas expositivas, exigindo-se dos estudantes disposio para participar ativamente na discusso dos textos.

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    Ementa

    Sobre a antropologia das experincias histricas do tempo. Temporalizao e estruturas de repetio. Tempos da historiografia e tempos histricos.

    Bibliografia Principal

    KOSELLECK, Reinhart [2000]. Estratos do tempo. Estudos sobre Histria [Historik]. Traduo Markus Hediger. Rio de Janeiro, PUC-Rio; Contraponto, 2014.

    HIS 2146 - Seminrios Especiais em Experincias e Conexes Culturais

    Tema: Modernismos cariocas cidade, cultura e literatura na cidade do Rio de Janeiro na passagem do sculo XIX para o sculo XX. Prof. Antonio Edmilson Rodrigues 3: 13h 16h Crditos: 3

    Objetivos

    Desenvolver a reflexo sobre cultura e histria, tomando como cenrio a passagem do sculo XIX para o sculo XX e a cidade do Rio de Janeiro.

    Ementa

    Discutir as relaes entre cidade, cultura e literatura, utilizando a leitura de trs autores: Jos de Alencar, Machado de Assis e Joo do Rio com a inteno de apresentar formas de ler a cidade na perspectiva dos

    modernismos cariocas.

    Bibliografia Principal:

    SUSSEKIND, Flora. Cinematgrafo das Letras: literatura, tcnica e modernizao no Brasil. So Paulo: Cia das Letras, 1987.

    RODRIGUES, Antonio Edmilson. Em algum lugar do passado: cultura e histria na cidade do Rio de

    Janeiro. IN: PEREIRA, Andr Nunes (org.). Anais do Seminrio Rio de Janeiro: capital e capitalidade. UERJ: Rio de Janeiro, 2002. SILVA, Daniel Pinha. Apropriao e recusa: Machado de Assis e o debate sobre a modernidade brasileira na

    dcada de 1870. Tese de Doutorado. Departamento de Histria. Programa de Ps-Graduao em Histria Social da Cultura. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2012 (pp. 35-200).

    BENJAMIN, Walter. Paris, capital do sculo XIX. IN: KOTHIE, Flvio (org.). Walter Benjamin. So Paulo: tica, 1991. BERMAN, M.. Tudo que slido desmancha no ar. So Paulo: Cia das Letras, 1990. OLIVEIRA, Diogo de Castro. Bomia Literria no Rio de Janeiro fin-de-sicle; onosarquistas e patafsicos. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2008.

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    HIS 2144 - Seminrios Especiais em Experincias e Conexes Culturais

    Tema: Tempo, Histria e Memria Prof. Srgio Barra 3: 16h 19h Crditos: 3

    Objetivos

    O curso, oferecido em conjunto para os alunos do Programa de Ps-Graduao em Histria Social da Cultura e para os alunos do Mestrado Profissional em Ensino de Histria (ProfHistoria), pretende refletir a

    respeito do Tempo como categoria histrica fundamental no trabalho do historiador a partir da discusso

    sobre as relaes existentes entre histria e memria. A discusso sobre a construo da memria individual e coletiva nos permite observar a relao dos homens com o tempo ao longo do tempo. As

    diferentes composies entre as trs temporalidades (passado, presente e futuro) se refletem em outras tantas formas de se pensar a Histria e o ensino de Histria.

    Ementa

    Tempo histrico como elemento estruturante da produo do conhecimento histrico; as diferentes

    temporalidades da histria; a polissemia da noo de memria; memria coletiva e quadros sociais da memria; memria-sonho e memria-trabalho; a dialtica entre memria e esquecimento; memria,

    identidade e projeto; os usos polticos da memria; a construo da metamemria; construo e preservao de um patrimnio cultural como inveno de tradies; memria e ensino de histria;

    Tempo histrico e histria ensinada.

    Bibliografia Principal:

    CATROGA, Fernando. Memria, Histria e historiografia. Coimbra: Quarteto, 2001. HARTOG, Franois. Regimes de Historicidade: presentismo e experincias do tempo. Belo Horizonte:

    Autntica, 2013. ROCHA, Helenice; MAGALHES, Marcelo; GONTIJO, Rebeca (org.). A escrita da histria escolar: memria

    e historiografia. Rio de Janeiro: FGV, 2009.

    HIS 2127 Seminrios Especiais em Histria da Arte e da Arquitetura

    Tema: Arte Povera e o ps-guerra na Itlia

    Prof. Srgio Martins 4: 13h 16h Crditos: 3

    Objetivos

    Este curso enfocar os debates e correntes que informam a produo dos artistas conhecidos por integrar a assim denominada Arte Povera, bem como o desenvolvimento de suas trajetrias individuais. Nosso

    objetivo, no entanto, manter uma distncia crtica em relao ao prprio termo, compreendendo tanto as

    bases de sua formulao pelo curador Germano Celant quanto a heterogeneidade irredutvel do grupo de artistas por ele arrolados. Dessa forma, ser possvel articular essa produo no s a outros

    desdobramentos do ps-guerra europeu e italiano, mas tambm, por exemplo, ao trabalho de um artista como Antonio Dias, que transitava por este meio na virada dos anos 1960 para os 1970, e que se tornou

    prximo de figuras como Luciano Fabro, Alighiero Boetti e Tommaso Trini.

    Bibliografia Principal

    CHRISTOV-BAKARGIEV, Carolyn Arte Povera. Londres: Phaidon, 2005. CELANT, Germano Arte Povera: storia e storie. Milo: Electa, 2011. Zero to Infinity: Arte Povera 1962-1972. Minneapolis: Walker Art Center, 2001. Catlogo de exposio.

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    HIS 2145 - Seminrios Especiais em Experincias e Conexes Culturais Tema: Histria Social e Direito Profa. Larissa Correa

    5: 13h 16h Crditos: 3

    Objetivos

    O curso pretende refletir sobre o papel das leis, direitos e justia na Histria Social. A proposta pensar o Direito, por um lado, como um campo epistemolgico distinto, mas tambm prximo, da Histria, e, por outro, como instrumento importante nas relaes entre dominantes e dominados. Entende-se que as ferramentas jurdicas e suas instituies operam diretamente na produo das dinmicas sociais e nos conflitos travados em diferentes perodos histricos. Dessa forma, sero enfocados textos que tratam da escravido temticas mais contemporneas referentes ao Brasil Repblica do ps-1930, passando pela ps-abolio. Dentre as perguntas que orientam o curso, buscamos refletir sobre o modo como os de baixo (trabalhadores escravos e livres, classes populares, pessoas comuns) se relacionavam e acumularam experincias com os diferentes aparatos jurdicos. Ademais, o direito tambm pode ser considerado um ponto de inflexo importante no desenvolvimento do sistema capitalista. Por fim, aproximar as disciplinas Histria e Direito tambm nos permite debater diferentes mtodos de investigao

    que versam sobre as formas narrativas, bem como os conceitos de verdade, fato e prova documental (pistas, indcios, sinais). O curso ainda busca refletir sobre as possveis especificidades das fontes judiciais, seus acessos e diferentes usos por historiadores e pesquisadores em geral.

    Ementa

    Dilogos entre a Histria Social e o Direito. Produo de dinmicas sociais, embates e conflitos produzidos

    pela apropriao das leis e direitos pelos de baixo. Ressignificaes das noes de (in) justia. O paradigma indicirio, de Carlo Ginzburg, como mtodo de pesquisa. O aparato jurdico e suas instituies

    como espaos de prticas sociais, embates simblicos, imaginrios, identidades, lutas e representaes. A construo de uma cultura de direitos.

    Bibliografia Principal

    GINZBURG, Carlo. O queijo e os vermes. O cotidiano e as ideias de um moleiro perseguido pela inquisio. So Paulo: Companhia das Letras, 200