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PROGRAMA DE SUSTENTABILIDADE PARA O ARQUIPÉLAGO DE FERNANDO DE NORONHA Fevereiro / 2011 UMA CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

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PROGRAMA DE SUSTENTABILIDADE PARA O ARQUIPÉLAGO DE FERNANDO DE NORONHA

Fevereiro / 2011

UMA CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA

Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

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Presidenta da República - Dilma Vana Rousseff

Ministra de Estado do Meio Ambiente - Izabella Mônica Vieira Teixeira

Presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Rômulo José Fernandes Barreto Mello

Diretor de Unidades de Conservação e Proteção Integral - Ricardo José Soavinski

Coordenadora Regional de Cabedelo / CR6 - Mary Carla Marcon Neves

Chefe do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha - Fabiana Bicudo César

Chefe da APA Fernando de Noronha, Rocas, São Pedro e São Paulo - Ricardo Araújo

Governador do Estado de Pernambuco - Eduardo Henrique Accioly Campos

Secretário de Ciência e Tecnologia - Marcelino Granja de Menezes

Administrador Geral do Distrito Estadual de Fernando de Noronha - Romeu Neves Batista

Diretor de Articulação e Infraestrutura - Gustavo Araújo

Equipe:

Coordenação: Gisela Carvalho e Carina Abreu - ICMBio

Assessoria Técnica: Guilherme Abdala; Cláudia Bandeira; Marcos Borges Dias, Josenildo Silva; Tereza Correa e Jorge Artur de Oliveira - ECOOIDEIA - Cooperativa de Serviços Am-bientais e Tecnologias Sociais

Moderação: Júlio Almeida e Sara Poletto - Holon Soluções Integrativas

Colaboração: Verônica Modesto - ADEFN e Renato Morais

Desenvolvimento de portal na internet: Luiz Fernando Molina e Frederico Barboza (...)

Edição e Projeto Gráfico: Eduardo Guimarães, Danilo Bezerra de Jesus e Lísias T. Moura - ICMBio

Fotos: Carina Abreu - ICMBio, Gisela Carvalho - ICMBio e Luiz Fernando Molina - ECOOI-DEIA

Patrocínio

OGX, uma empresa do Grupo EBX.

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Sumário

Apresentação ........................................................................................................... 5

Conceito.................................................................................................................... 7

Eixos Temáticos: Caminhos a serem trilhados ................................................ 7

Instrumentos de Acompanhamento e Monitoramento ..........................................10

Observatório da Sustentabilidade ...................................................................10

www.noronha2030.org.br ................................................................................ 11

O Programa Noronha+20 ........................................................................................12

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Programa Noronha+20

Apresentação

O Programa de Sustentabilidade para o Arquipélago Fernando de Noronha - Noronha+20 é composto por um conjunto de ações integradas que visam garantir o bem-estar ambiental e social do arquipélago de Fernando de Noronha. Diferente de todos os outros planos já elaborados para a ilha, o Noronha+20 pode ser entendido como um pacto interinstitucional e comunitário, que aborda de maneira integrada, numa visão de curto, médio e longo prazos, aspectos de sustentabilidade social, econômica e ecológica do arquipélago.

Trata-se de um programa construído com base em discussões participativas, envolvendo instituições governamentais, não governamentais e a sociedade insular. Foram três oficinas participativas realizadas entre setembro de 2009 e março de 2010, nos auditórios do Projeto Tamar - ICMBio e da Escola Arquipélago. Aproximadamente 230 pessoas e 40 instituições se revezaram em 80 horas de discussão em grupo.

A promoção do evento se deu a partir da parceria entre o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – ICMBio e a Administração do Distrito Estadual de Fernando de Noronha - ADEFN.

O Programa Noronha +20 abrange um total de 84 ações distribuídas em oito eixos temáticos. Prazos, responsáveis e indicadores de resultado foram definidos para cada ação, as quais deverão ser acompanhadas por grupo especial de observadores, montado exclusivamente para monitoramento das ações no longo prazo.

O Noronha +20 representa um exercício de construção participativa e democrática para Fernando de Noronha, que pode ser um exemplo para o resto do Brasil e para o mundo. O Noronha +20 exigirá de cada instituição parceira, cidadão insular ou turista, comportamentos e atitudes integradas, inovadoras e conscientes, comprometidas com o bem-estar e equilíbrio do delicado ambiente natural do arquipélago, cartão postal do Brasil, Patrimônio da Humanidade.

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Conceito

Programa Noronha+20, duas perguntas:

Qual Fernando de Noronha deixaremos para nossos filhos e netos?

Quais filhos e netos deixaremos para Fernando de Noronha?

Pensado nos próximos 20 anos, de 2010 a 2030, o Noronha+20 é um programa de ação construído dentro de Fernando de Noronha, envolvendo representantes da sociedade civil organizada, setor produtivo e setor governamental. Trata-se de um planejamento participativo desenvolvido para a ilha, que exercitou, junto com a comunidade e instituições, o “pensar no longo prazo”.

O Noronha+20 coloca em cheque a questão da “sustentabilidade” do arquipélago, ou seja, o bem-estar futuro da população, do turismo, dos negócios e, em especial, da natureza de Fernando de Noronha, patrimônio de todos os brasileiros e do mundo.

Perante a grave situação de risco de degradação social e ambiental, em que a Ilha se encontra (descrita em detalhes no “Estudo de Capacidade de Suporte de Fernando de Noronha”, finalizado em 2009), o Noronha+20, deve ser entendido como um pacto interinstitucional e comunitário, que exigirá mudanças de comportamento das instituições e das pessoas, e que demandará esforços de cooperação mútua, envolvendo agentes de governo e da sociedade.

Eixos Temáticos: Caminhos a serem trilhados

Como opção metodológica, fazendo referência ao Estudo de Capacidade de Suporte que lhe deu origem, a construção do programa baseou-se no universo noronhense a partir de 8 grandes temas, agrupando questões em eixos ambientais, socioeconômicos, urbanísticos, legais e outros de grande relevância para a comunidade.

Para cada Eixo Temático foram identificados e priorizados de dois a quatro Desafios, e para cada desafio foi desenhado um conjunto de ações com suas metas, prazos, responsabilidades e mecanismos de monitoramento da execução projetada coletivamente.

Eixo Temático 1 - Aspectos Urbanísticos e Habitacionais

A história de ocupação do arquipélago de Fernando de Noronha define-se

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por transformações de aspectos econômicos, tecnológicos e infraestruturais marcadas por interesses institucionais distintos. Essas relações socioambientais, em diferentes termos de qualidade e intensidade, determinaram pressões sobre o meio natural.

O problema mais mencionado pela comunidade nas oficinas e que mais mobiliza conflitos relaciona-se ao uso do solo, especialmente a destinação para residências ou estabelecimentos de hotelaria. É em torno desse problema que se constituem as práticas que mais fragilizam a cidadania do ilhéu, pela violação da lei para atender a interesses particulares, estabelecendo as diferenças entre os que logram um tratamento privilegiado e os que têm que se contentar com os limites da norma.

Este eixo aborda também a adequação de infraestrutura viária (vias de acesso, estacionamentos); os limites físicos entre o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e a APA de Fernando de Noronha, Rocas, São Pedro e São Paulo; e o patrimônio histórico material.

Eixo Temático 2 - Infraestrutura - Água, Esgoto, Lixo, Energia

Embora com as peculiaridades de um ambiente insular, a infraestrutura urbana em Fernando de Noronha pode ser comparada à maioria das cidades, onde as ações da gestão públicas são normalmente de caráter corretivo, com foco sobre situações problemáticas já estabelecidas.

A dualidade entre o paradigma do desenvolvimento e o da sustentabilidade, agravada pelas condições locais específicas, transforma o planejamento e a oferta de serviços e infraestrutura em tarefas árduas na ilha de Fernando de Noronha. A água potável é escassa, não ha tratamento de esgoto, os resíduos sólidos são destinados ao continente e a matriz energética e baseada na queima de combustíveis fosseis.

Eixo Temático 3 - Uso público; modelo de turismo; meios de hospedagem

Quase toda sociedade insular depende economicamente do turismo. Uma hipotética recessão turística poderia representar um colapso social, tamanha a dependência da comunidade, a qual tendeu a se desvencilhar de outras formas de subsistência para garantir qualidade de vida.

Uma análise dos últimos anos mostra uma evolução gradativa da movimentação turística. Apesar da estabilização do número de turistas que acessam o arquipélago de avião, após o pico de 2002, uma tendência ao declínio fica mascarada com a contabilização dos turistas que chegam pelos grandes navios. Em termos gerais, observa-se que o aumento no fluxo total de turistas na Ilha em uma década atinge

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a ordem de 500%.

O arquipélago não tem controle preciso deste limite e as ações emergenciais diretamente relacionadas ao tema dão a ênfase da discussão deste Eixo.

Eixo Temático 4 - Recuperação de áreas degradadas e conservação de ambiente terrestre e marinho; proteção, manejo da fauna terrestre e marinha; pesquisa ambiental e sociocultural.

Este Eixo trata da promoção e do ajustamento da legislação, assim como da necessidade de capacitação dos servidores dos órgãos de gestão, visando à conservação do patrimônio ambiental, ecológico, social e cultural.

Volta-se também para o interesse de tornar o conhecimento científico produzido no arquipélago acessível às comunidades locais e visitantes. Para tal, são propostas ações, visando coordenar o sistema de pesquisa para aperfeiçoar a produção científica e subsidiar a gestão da APA e do Parque e estimular o envolvimento da comunidade neste processo.

Eixo Temático 5 - Ordenamento da Atividade Marítima; Porto e Embarcações; Atividade Pesqueira

Neste Eixo são avaliadas as conformidades legais da atividade marítima, incluindo aspectos relacionados a riscos e impactos ambientais, circulação de embarcações, pesca artesanal e operação turística de transatlânticos. O objetivo é o de desenvolver recomendações de ajustes, diminuição de riscos e de impactos sócios ecológicos e econômicos.

Embora os dados existentes não sejam suficientes para avaliar os estoques costeiros, há consenso entre técnicos da área de que não ocorre sobrepesca em Noronha, já que a atividade pesquera perdeu quase toda sua importância para o turismo na ilha. A cada dia há menos pescadores, o que compromete a subsistência do lugar.

Eixo Temático 6 – Atividade Agropecuária

A produção agropecuária na ilha de Fernando de Noronha já teve caráter de sobrevivência. Desta época restam memórias e relatos sobre a abundância das lavouras e especialmente dos rebanhos. Com a decretação da APA e do Parque Nacional Marinho e com a dedicação ao turismo como atividade principal, a decadência das atividades agropecuárias é notória.

Os principais desafios desse Eixo são relacionados às restrições de uso da terra,

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inclusive porque existem controvérsias quanto à aptidão dos trechos indicados à atividade agropecuária pelo Plano de Manejo da APA e os considerados mais propícios e usuais estão em outras categorias de uso ou conservação. Também devem ser consideradas as questões relativas à segurança alimentar da comunidade local.

Eixo Temático 7 - Qualidade de Vida e Bem Estar Social; Saúde; Educação; Educação Ambiental; Cultura; Desenvolvimento do Artesanato Local; Inserção do Jovem Ilhéu; Capacitação Profissional

Fernando de Noronha conta com um hospital público conveniado ao SUS, que atende à população quanto aos serviços médicos, odontológicos e psicológicos. Contudo, o centro cirúrgico e obstetrício estão desativados.

Há instituições de Ensino Básico e Educação à Distância no Ensino Superior, embora a infraestrutura de comunicação não desenvolva a inclusão digital com propriedade, o que pode agravar o quadro de baixa capacitação profissional dos jovens ilhéus. Ao mesmo tempo, há grande carência de fomento à cultura, ao lazer e à assistência social.

Os antecedentes históricos de Fernando de Noronha como presídio, base militar e seu forte apelo de preservação ambiental, configuram-se na dificuldade da comunidade local de desenvolver sua autonomia na reversão dos aspectos educacionais deficitários e reivindicação de sua cidadania, bem como no equilíbrio entre sua responsabilidade como agente ambiental e a manutenção de sua qualidade de vida.

Eixo Temático 8 - Monitoramento e Controles Urbanístico, Migratório, de Veículos e de Embarcações

Este eixo refere-se a necessidade de controle da entrada de novos moradores, veículos e embarcações em Fernando de Noronha. O tema deste, que se volta para o desenvolvimento de descritores de indicadores de diversos aspectos da sustentabilidade socioambiental do Arquipélago.

Instrumentos de Acompanhamento e Monitoramento

Observatório da Sustentabilidade

O Observatório do Plano Noronha+20 é uma proposta de instrumento de gestão participativa em Fernando de Noronha. Dentre os objetivos do Observatório estão: acompanhar e monitorar as ações do Noronha+20, organizar e sistematizar as informações, e divulgar as ações e seus resultados.

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As principais missões do Observatório são acompanhar e dar visibilidade às ações do Noronha+20 e apoiar o alinhamento das interações entre as instituições e destas com a comunidade.

Compõem o Observatório da Sustentabilidade: cinco representantes da comunidade, um representante de organismo internacional (UNESCO), um de órgão federal (Ministério do Meio Ambiente), um de órgão estadual (SECTMA) e um de órgão local (Conselho Distrital).

Uma Secretaria Executiva do Observatório deverá ser formada no sentido de apoiar a gestão do grupo, que deverá ter regimento e forma de funcionamento próprios, assim como, apoio técnico e de recursos para as atividades de monitoramento, comunicação, mobilização e acompanhamento de ações e projetos.

www.noronha2030.org.br

Tendo como referência o ‘Hawaí 2050’ (www.hawaii2050.org) estruturou-se, ao longo das Oficinas Participativas, um instrumento que oferecesse visibilidade local, nacional e internacional ao planejamento das ações voltadas à sustentabilidade ambiental e à justiça social em Fernando de Noronha. O site do Noronha+20 é um instrumento do Observatório da Sustentabilidade e deve ser por ele gerido. Foi criado com a intenção de garantir o acompanhamento das ações no longo prazo, e dar transparência a todo o novo pacto interinstitucional-comunitário representado pelo Programa.

O Programa Noronha+20

A seguir apresenta-se o Programa Noronha+20, com Eixos Temáticos, Desafios priorizados, Ações propostas, Metas, Prazos, Responsáveis, Parceiros e descritores para Monitoramento da execução das ações, apontados em Plenária.

Observação: O processo de construção deste documento foi participativo e aberto a todas as manifestações populares e institucionais, sendo que o seu resultado final representa o resultado da plenária, ou pelo menos daqueles que se manifestaram em público. Desta forma, algumas ações podem refletir necessidades e aspirações que esbarrem em preceitos legais, técnicos ou mesmo que representem o ponto de vista de uma parte da sociedade. Nestes casos, alternativas legais, técnicas e equânimes deverão ser procuradas para o atendimento das metas estabelecidas.

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EIXO 1: ASPECTOS URBANÍSTICOS E HABITACIONAIS

DESAFIO.1 – Solucionar a demanda habitacional, considerando critérios legais e socioambientais em conformidade com as políticas públicas e atendendo as especificidades de Fernando de Noronha.

Ação.1 - Implementar política habitacional distrital em consonância com as políticas estadual e nacional, de forma a garantir linhas de financiamento para implantação de projetos habitacionais, acesso a material de construção e apoio técnico à população de forma participativa e em parceria com órgãos públicos e privados.

Complemento: Incentivar que os novos projetos busquem o uso de energia solar, a reciclagem de águas (reaproveitamento), e o uso de descargas e torneiras com sensores de presença de mão para a saída de água, que economizam 60% da água.

Metas: a) Implantar política habitacional, considerando carga populacional máxima de referência de 6 mil pessoas (conforme Estudo de Capacidade de Suporte);b) Inserir Distrito Estadual de Fernando de Noronha nas políticas de financiamento nacionais;c) Atender 100% da demanda habitacional (atualmente 300 pedidos).

Prazos:(a) Início imediato, contínuo, com revisão dos dados de carga populacional de 2 em 2 anos; (b) Até 2012; (c) Até 2015.

Responsáveis: ADEFN*, Conselho Distrital.

Parceiros: Secretaria das Cidades de Pernambuco, SPU, CPRH, IPHAN, ICMBio, CEHAB, SECTMA, Ministério das Cidades, CEF.

Monitoramento: Déficit habitacional; índices de qualidade de moradia.

Programa Noronha+202010-2030, Fernando de Noronha/PE

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Ação.2 - Desenvolver e implementar programa habitacional específico para Fernando de Noronha, considerando estudos técnicos periódicos contemplando: identidade arquitetônica insular; materiais alternativos e tecnologia sustentável; custo acessível e otimização do material construtivo para atendimento da demanda habitacional (como/onde).

Complemento:Enquanto os diversos estudos não ficam prontos, a ADEFN tem a discricionariedade (liberdade segundo os parâmetros legais) para continuar a minimizar o déficit habitacional dentro das suas prioridades, com preocupação com a qualidade, acabamento e estética das construções públicas e privadas.

Metas:a)Realizar os estudos indicados;b) Atender os cerca de 300 pedidos de interesse habitacional atuais, considerando o financiamento habitacional de interesse social, de acordo com os justos critérios de atendimento;c) Flexibilizar o financiamento para utilização de materiais alternativos e tecnologias sustentáveis para construções e reformas;d) Usina de Tratamento de Lixo (UTL) atue na triagem e beneficiamento dos resíduos sólidos para construção civil de interesse social.

Prazos: (a) Até 2012; (b) Até 2015; (c) Até 2015; (d) Até 2015.

Responsáveis: ADEFN*, Secretaria das Cidades/PE.

Parceiros: ITEP, CEF, SPU, CPRH, IPHAN, ICMBio, CEHAB, SECTMA, Ministério das Cidades, Conselho Distrital.

Monitoramento: Materiais de construção utilizados; estudos realizados; déficit habitacional; volume de material destinado para a construção civil pela UTL.

Ação.3 - Programa de identificação e incentivo à utilização de construções ociosas de valor patrimonial, histórico e cultural, com potencial para uso habitacional.

Meta: Construções identificadas.

Prazo: Até 2012.

Responsáveis: ADEFN*, ICMBio, IPHAN, SPU

Parceiros: FUNDARPE, MinC, Ministérios da Justiça, do Turismo e das Cidades, CEF, Secretaria das Cidades de Pernambuco, CPRH, ICMBio, CEHAB.

Monitoramento: Construções de valor histórico e cultural em utilização.

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DESAFIO.2 - Solucionar os conflitos de ocupação e uso decorrentes das inadequações dos limites e zoneamento da APA e do Parque Nacional quanto à realidade local, considerando aspectos socioambientais e legais, garantindo sua revisão permanente.

Ação.1 - Corrigir o limite entre a APA e Parque Nacional, com a participação da sociedade, nas ocupações urbanas em conflito.

Metas: Resolver todos conflitos de limite entre APA e Parque Nacional.

Prazos: Imediato.

Responsáveis: ICMBio*,SPU, ADEFN.

Parceiros: Ministério Público Federal.

Monitoramento: Ministério Público Federal.

Ação.2 - Revisar o Plano de Manejo da APA, de maneira participativa, de acordo com cartografia atualizada, priorizando as zonas de conflito geradas por distorções da base utilizada quando da definição do Plano de Manejo, adequando o zoneamento à demanda atual da população.

Metas:a) Revisão do Plano de Manejo;b) Resolver os conflitos identificados ligados ao zoneamento da APA, em especial os que afetam a zona urbana.

Prazos: a) Até 2012. b) Imediato.

Responsáveis: ICMBio* (a,b); ADEFN, SPU (b).

Parceiros: Ministério Público, Sociedade Civil Organizada (Fóruns, Conselhos), CPRH, IPHAN.

Monitoramento: Plano de Manejo Revisado; conflitos de zoneamento da APA.

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EIXO 2 – INFRAESTRUTURA - ÁGUA, ESGOTO, LIXO, ENERGIA

DESAFIO GERAL - Elaborar modelos de gestão integrada sustentáveis e implantar um plano de desenvolvimento territorial, considerando a identidade cultural, a capacidade ambiental insular e a herança patrimonial construída (patrimônio histórico), com a participação efetiva da comunidade. O plano deverá ser dinâmico e flexível à realidade temporal, considerando: forma de ocupação; padrões construtivos; padrões de consumo; sistemas de infraestrutura, matriz energética e gestão de resíduos.

DESAFIO.1 - Revisão da matriz de abastecimento de água. Otimização do abastecimento e consumo de água, com 100% da população tendo acesso ao nível mínimo de consumo preconizado pela ANA, considerando a capacidade de carga populacional máxima de referência de 6 mil usuários (conforme Estudo de Capacidade de Suporte)

Ação.1 - Desenvolver sistema integrado de abastecimento e armazenamento de água para Fernando de Noronha que contemple: recuperação e ampliação da capacidade de mananciais subterrâneos (favorecimento de infiltração de água no solo), ampliação da capacidade de armazenamento de mananciais superficiais (coleta e armazenamento de água de chuva).

Complemento: Considerar as múltiplas fontes: i) captação de água da chuva; ii) utilização de água subterrânea (poços tubulares); iii) água do dessalinizador; iv) açudes; v) outras possibilidades (novas tecnologias).

Metas: 100% da população tendo acesso ao nível mínimo de consumo preconizado pela ANA.

Prazos: Até 2015.

Responsáveis: ADEFN*, COMPESA*.

Parceiros: CPRH, SECTMA, ANA, Secretaria de Recursos Hídricos (PE).

Monitoramento: Taxa de consumo de água per capita; capacidade instalada de coleta e armazenamento de água pluvial; capacidade instalada de ampliação do manancial e exploração de águas subterrâneas.

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Ação.2 - Desenvolver estudo sobre o potencial e limitações de coleta e armazenamento de água de exploração subterrânea, açudes, pluvial e reuso de águas servidas em domicílios residenciais e comerciais já existentes.

Metas: estudo sobre potencial e limitações desenvolvido.

Prazos: Imediato.

Responsáveis: ADEFN*, CPRH*.

Parceiros: UFRPE, UFPE, ICMBio.

Monitoramento: grau de conhecimento do potencial e limitações de coleta e armazenamento de água pluvial e reuso de águas servidas.

Ação.3 - Desenvolver normativa integrante do sistema de licenciamento de novas edificações que contemple a existência de coleta e armazenamento de água pluvial e reuso de águas servidas em domicílios residenciais e comerciais.

Metas: legislação elaborada e em vigor (100% das novas edificações com coleta e armazenamento de água pluvial e reuso).

Prazos: até 2012.

Responsáveis: ADEFN*.

Parceiros: Conselho Distrital, CPRH.

Monitoramento: novas edificações com coleta e armazenamento de água pluvial e reuso.

Ação.4 - Desenvolver sistema insular de educação e orientação para o uso e consumo adequado e consciente de água em Fernando de Noronha (moradores e turistas), com presença dos órgãos envolvidos por meio de escritórios instalados na Ilha.

Metas: 100% da população e turistas recebendo educação e orientação para uso adequado e consciente de água.

Prazos: até 2012 e contínuo.

Responsáveis: ICMBio*, ADEFN*.

Parceiros: sociedade civil organizada, Universidades

Monitoramento: percentual de moradores e turistas com acesso ao sistema de educação ambiental para uso e consumo de água.

Ação.5 - Desenvolver programas de apoio e fomento à adaptação de domicílios e comércios já existentes para a captação de águas pluviais e reuso de águas servidas.

Metas: 100% dos domicílios adaptados.

Prazos: até 2012.

Responsáveis: ADEFN*, CPRH*.

Parceiros: SECTMA, sociedade civil organizada, patrocinadores.

Monitoramento: percentual de domicílios com sistema de captação de águas pluviais e reuso de águas servidas.

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DESAFIO.2 - Desenvolvimento de sistema integrado de esgotamento sanitário.

Desenvolver sistema integrado de esgotamento sanitário para FN que contemple uso de tecnologias domiciliares e coletivas que favoreçam a reutilização de águas servidas para uso doméstico e agrícola, considerando a capacidade de carga populacional máxima de referência de 6 mil usuários (conforme Estudo de Capacidade de Suporte).

Ação.1 - Implantação imediata e em caráter de urgência de sistemas de coleta e tratamento autônomos, individuais ou coletivos em áreas atualmente desprovidas, utilizando tecnologias de baixo custo.

Metas: 100% do esgotamento sanitário implantado e em funcionamento.

Prazos: Até 2015.

Responsáveis: ADEFN*, COMPESA*.

Parceiros: CPRH, SECTMA, ANA, Secretaria de Recursos Hídricos (PE).

Monitoramento: Taxa de domicílios com sistema de esgoto.

Ação.2 - Desenvolver estudo para determinação da capacidade de absorção e digestão da carga orgânica dos efluentes dispostos nos solos, visando o dimensionamento e adequação dos sistemas de tratamento, tais como biodigestores, lagoas de estabilização e tratamentos terciários.

Metas: 01 estudo realizado.

Prazos: Até 2012.

Responsáveis: ADEFN*, COMPESA*.

Parceiros: CPRH, SECTMA, ANA, Secretaria de Recursos Hídricos (PE), institutos de pesquisa, comunidade.

Monitoramento: tecnologias validadas e aplicadas.

DESAFIO.3 – Estímulo e fomento a processos que favoreçam a adoção de padrão de consumo compatível com o modelo pretendido (gestão integrada sustentável), disponibilizando subsídios para utilização de processos e tecnologias de baixo impacto e elevada autonomia.

Ação.1: Revisão e ajuste de regras - legislação e normativas efetivamente aplicáveis, que considerem a mínima geração de lixo, o maior reaproveitamento e o menor dispêndio energético (menor impacto) para destiná-los ao continente.

Complemento: Instituir sistema de cobrança de Taxa de Limpeza Pública (TLP) que considere os volumes gerados.

Metas: legislação em vigor.

Prazos: imediato.

Responsáveis: ADEFN, CPRH.

Parceiros: comunidade, Conselho Distrital, sociedade civil organizada.

Monitoramento: tonelagem de lixo gerado e reaproveitado.

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Ação.2: Padrões de Consumo - restrinjam e tachem (TLP) a entrada de produtos oriundos do continente cujos resíduos (embalagens, sobre-embalagens ou restos não utilizáveis) sejam de difícil absorção (reutilização e reciclagem) no Arquipélago e comprometa o fornecedor com o retorno ao continente.

Metas: redução do lixo gerado.

Prazos: até 2012.

Responsáveis: ADEFN, CPRH.

Parceiros: comunidade, Conselho Distrital, sociedade civil organizada.

Monitoramento: Volume de produtos que chegam e que saem da ilha.

Ação.3: Campanhas educativas e de conscientização da população, empresários locais e visitantes que estimulem o consumo consciente e a redução de uso na comunidade de sacolas e embalagens plásticas, assim como de garrafas pet.

Metas: 100% da população e dos turistas abrangidos pela campanha.

Prazos: imediato e contínuo.

Responsáveis: ADEFN (Rádio e TV Golfinho).

Parceiros: Escola Arquipélago, empresários locais, sociedade civil organizada, comunidade, Conselho Distrital, Diretórios Acadêmicos.

Monitoramento: campanhas realizadas; taxa de redução de uso de sacolas e embalagens plásticas.

Ação.4 - Dotar o Arquipélago de Sistema de Gestão de Resíduos capaz de envolver toda a comunidade, responsabilizando os geradores (as cadeias) e gestores da Limpeza Pública, proporcionalmente.

Complementos: i) O Sistema de Gestão de Resíduos engloba coleta, tratamento, destinação final e serviços correlatos (varrição, serviço de bueiros, meios fios, podas, aparas...).ii) Inclusão da obrigatoriedade da coleta seletiva no edital de contratação da empresa de coleta de lixo, com os funcionários capacitados.

Metas: Sistema implantado e em operação.

Prazos: até 2012.

Responsáveis: ADEFN*, CPRH.

Parceiros: Escola Arquipélago, empresários locais, sociedade civil organizada, comunidade, Conselho Distrital, Diretórios Acadêmicos.

Monitoramento: “cidade limpa”: estado de limpeza da Ilha.

Ação.5: Sistema de Coleta de Lixo - desenvolver participativamente sistema de coleta seletiva adaptado às diversas situações (artesanal), considerando as respectivas cadeias de tratamento, com recuperação e instalação de lixeiras seletivas e programas de divulgação.

Metas: 100% de coleta seletiva na Ilha.

Prazos: imediato e contínuo.

Responsáveis: ADEFN*, CPRH*, comunidade, sociedade civil organizada.

Parceiros: Escola Arquipélago, empresários locais, Conselho Distrital, Diretórios Acadêmicos, Associação dos Artistas Plásticos.

Monitoramento: percentual de domicílios com coleta seletiva, percentual do lixo coletado de forma seletiva.

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Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Ação.6: Tratamento do Lixo - aprimorar o sistema de triagem e prensagem dos recicláveis e dos rejeitos que retornarão ao continente.

Metas: 100% do lixo coletado sendo tratado.

Prazos: imediato e contínuo.

Responsáveis: ADEFN, CPRH.

Parceiros: Escola Arquipélago, empresários locais, sociedade civil organizada, comunidade, Conselho Distrital, Diretórios Acadêmicos.

Monitoramento: Relação entre o peso de materiais que entram e que saem da ilha.

Ação.7: Compostagem - aprimorar o sistema de compostagem da parcela orgânica do lixo e dos resíduos oriundos de podas e aparas de jardins e logradouros – articular o consumo do adubo com as atividades produtivas agrícolas e de jardinagem.

Metas: 100% do lixo orgânico compostado.

Prazos: Imediato e contínuo.

Responsáveis: ADEFN*, CPRH*.

Parceiros: Escola Arquipélago, empresários locais, Conselho Distrital, Diretórios Acadêmicos, sociedade civil organizada.

Monitoramento: volume de composto gerado na Ilha a partir do lixo orgânico.

Ação.8: Destino Final - estruturar e manter no Arquipélago de Fernando de Noronha equipamento mínimo de destinação final de resíduos – estipulando percentual máximo dos resíduos gerados a serem aterrados.

Complemento: Pensar em sistemas de biorremediação para tratamento das células de aterramento.

Metas: equipamento instalado e em operação.

Prazos: Até 2012.

Responsáveis: ADEFN*, CPRH*.

Parceiros: Institutos de Pesquisa, universidades.

Monitoramento: volume de resíduos aterrados.

Ação.9 - Incentivos ao consumo consciente (selo verde).

Metas: 100% dos domicílios comerciais e residenciais participando do consumo consciente, com incentivo.

Prazos: Imediato.

Responsáveis: Conselho de Turismo.

Parceiros: Conselho Distrital.

Monitoramento: percentual de domicílios com selo verde.

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PROGRAMA DE SUSTENTABILIDADE PARA O ARQUIPÉLAGO DE FERNANDO DE NORONHA

UMA CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA

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DESAFIO.4 – Revisão da matriz energética de forma integrada ao programa de gestão sustentável Noronha+20, convergindo com o relatório apresentado pelo GT de Mudança da Matriz Energética.

Ação.1 - Diminuição do consumo de combustíveis fósseis (na proporção indicada pelo GT de Mudança da Matriz Energética), de forma que combustíveis não poluentes sejam majoritários.

Metas: reduzir na proporção indicada pelo GT.

Prazos: 2015 a 2030.

Responsáveis: SECTMA*, ADEFN*.

Parceiros: Integrantes do GT de Mudança da Matriz Energética, Sociedade Civil, ICMBio, CELPE.

Monitoramento: consumo de combustível fóssil (taxa de variação do consumo).

Ação.2 - Debater as alternativas de geração de “energia limpa” (placas fotovoltaicas, aquecimento solar, energia eólica e energia de ondas etc) entre os órgãos envolvidos e com a participação da comunidade; considerando aspectos de paisagem, potencial turístico, legalidade, princípio da precaução, impactos ambientais etc, e priorizar as que são de aplicação em até 2012 prazo.

Complemento: Considerar que o maior potencial de geração de energia de ondas, eólica e solar está relacionado à parte leste da Ilha (Mar de Fora), que pertence ao Parque Nacional.

Metas: Estudos apresentados (Seminários, Audiências Públicas...).

Prazos: Início Imediato.

Responsáveis: ADEFN*, ICMBio*, Integrantes do GT de Mudança da Matriz Energética.

Parceiros: Sociedade Civil, CELPE.

Monitoramento: matriz de geração de energia da Ilha consolidada e consensuada.

Ação.3 - Fomentar e patrocinar a adoção de mini-turbinas eólicas, placas solares e aquecimento solar residenciais, comerciais e institucionais (órgãos públicos).

Metas: 100 % dos estabelecimentos dotados de energia solar e/ou eólica.

Prazos: 2012 (50%) a 2015 (100%).

Responsáveis: ADEFN*, Empresários.

Parceiros: Órgãos públicos, CELPE.

Monitoramento: percentual de estabelecimentos utilizando energia solar e eólica.

EIXO 3 : USO PÚBLICO; MODELO DE TURISMO; MEIOS DE HOSPEDAGEM

DESAFIO.1: Qualificar melhor, ou seja, definir quais os direitos e deveres de cada órgão público, com transparência das competências institucionais, feito com participação popular, e fazê-lo cumprir.

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Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Ação.1 - Promover debates e palestras com especialistas para indicar os caminhos jurídicos com vistas a conferir a Fernando de Noronha uma organização político-administrativa independente.

Metas: Efetivação dos debates e palestras, com participação de100% da população.

Prazos: Imediato.

Responsáveis: Sociedade civil organizada e Conselho Distrital.

Parceiros: ADEFN, ICMBio e Assembleia Legislativa de PE (ALEPE).

Monitoramento: Esclarecimento da população.

Ação.2 - Efetivar a Diretoria de Turismo no organograma do Distrito Estadual de Fernando de Noronha, incentivando convênios com EMPETUR, Ministério do Turismo e MMA.

Metas: Diretoria de Turismo implantada e em funcionamento.

Prazos: Imediato.

Responsáveis: ADEFN.

Parceiros: CONTUR-FN e Governo do Estado do PE.

Monitoramento: Atividades da Diretoria de Turismo.

Ação.3 - Promover esclarecimento e realizar consulta comunitária sobre proposta em andamento para implementação de novo contrato de cessão entre União Federal (SPU) e o Governo do Estado (ADEFN).

Metas: Processo participativo realizado.

Prazos: Imediato.

Responsáveis: ADEFN*, SPU*.

Parceiros: Conselho Distrital, Ministério Publico Federal, AGU.

Monitoramento: Esclarecimento e participação da população no processo.

DESAFIO.2: Monitoramento e adequação urgente da APA e do Parque Nacional e seus limites, com relação às áreas de conflito, com a participação direta da população local.

Ação.1: Planos de Manejo da APA e do Parque Nacional - Garantir a participação da população local na adequação urgente e posterior revisão dos Planos de Manejo, respeitando direitos constitucionais; capacitar a população para participar da revisão dos Planos de Manejo da APA e do Parque Nacional; preparar a comunidade, através da veiculação de campanhas educativas na mídia local, contribuindo para a participação de qualidade na revisão do Plano de Manejo da APA; abrir um canal de diálogo entre as UCs e a população.

Metas: Planos de Manejo revisados, com adequações nos locais de conflito.

Prazos: Início Imediato

Responsáveis: ICMBio*.

Parceiros: ADEFN, comunidade.

Monitoramento: Qualidade de vida; adequação do Plano de Manejo (zoneamento) às necessidades de sustentabilidade e sobrevivência da comunidade e do meio ambiente.

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PROGRAMA DE SUSTENTABILIDADE PARA O ARQUIPÉLAGO DE FERNANDO DE NORONHA

UMA CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA

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DESAFIO.3: Definir o tipo de turismo que se quer para a ilha, como exemplo, Ecoturismo, Turismo de Aventura, Educativo, Histórico, de Luxo etc... e melhorar o modelo de hospedagem local, de forma planejada, priorizando a qualidade de vida da família e a identidade do modelo de hospedagem, com a criação de uma Diretoria e/ou Secretaria de Turismo Local dentro do organograma da ADEFN, buscando linhas de apoio e capacitação contínuos, para melhoria dos equipamentos e do empreendedor local e da população.

Ação.1 - Qualificar e especializar a mão-de-obra local com capacitação contínua em interpretação ambiental, ecoturismo, turismo histórico cultural e turismo de aventura, conscientizando sobre o comércio irregular e não banalização dos preços dos serviços prestados em Fernando de Noronha.

Complemento: Instituir palestra e vídeo no desembarque na ilha sobre as Unidades de Conservação e conduta consciente, visando sensibilizar o visitante.

Metas: 100% dos profissionais ligados ao turismo qualificados.

Prazos: Imediato e contínuo.

Responsáveis: ADEFN* e ICMBio.

Parceiros: Universidades que trabalham com pesquisas, CONTUR, MINTUR, SEBRAE, ABETA, IPHAN.

Monitoramento: Qualidade dos serviços ligados ao turismo e atividades de capacitação continuada.

Ação.2 - Fazer revisão do inventário turístico de Fernando de Noronha e dar publicidade em todos os meios de comunicação possíveis.

Metas: Inventário revisado.

Prazos: Imediato.

Responsáveis: EMPETUR.

Monitoramento: atualização do inventário turístico.

Ação.3 - Consolidar o Plano do “Programa de Regionalização do Turismo de Fernando de Noronha” (MTUR), com a participação da comunidade, promovendo seminários sobre turismo sustentável, trazendo especialistas das áreas, com objetivo de embasá-lo.

Metas: Plano de turismo implantado.

Prazos: Imediato.

Responsáveis: ADEFN*, MTUR*, EMPETUR*.

Parceiros: ABETA, SETUR, ICMBio, CONTUR, SEBRAE, IPHAN.

Monitoramento: Definição de uma política de Turismo para Fernando de Noronha.

Ação.4 - Melhorar a infraestrutura existente e dotar a Ilha de nova infraestrutura turística para atender os vários segmentos de turismo (Ecoturismo, Turismo de Aventura, Educativo, Histórico, de Luxo, Gastronômico, Cultural, Sol e Mar etc.), buscando linhas de crédito publicas e privadas.

Metas: Melhoria da infraestrutura existente e novas infraestruturas implantadas.

Prazos: Imediato e Contínuo.

Responsáveis: Trade Turístico*, ADEFN*, ICMBio*.

Parceiros: Aeronáutica (vias de acesso), CONTUR.

Monitoramento: Infraestruturas turísticas da ilha (capacidade e operação).

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Ação.5 - Rever urgente os pontos de apoio de beira de praia, buscando soluções conjuntas para os conflitos.

Metas: Regulamentação e implementação dos pontos de apoio.

Prazos: Imediato e contínuo.

Responsáveis: ADEFN*, IPHAN, ICMBio, SPU, CPRH (GT de Adequação dos Apoios e Bares de Praia).

Parceiros: Sociedade civil organizada, Conselho Distrital, APN.

Monitoramento: Funcionamento dos pontos de apoio.

DESAFIO.4: Aeroporto em operação em Fernando de Noronha de forma segura e satisfatória.

Ação.1 - Realizar estudo para todo o “complexo do aeroporto”.

Metas: Realização de estudo sobre as necessidades de adequação do complexo do aeroporto.

Prazo: Imediato.

Responsáveis: ADEFN* , DTCEA, ANAC.

Monitoramento: Estudo realizado.

Ação.2 - Providenciar as ações emergenciais de segurança: isolamento eficiente e adequado da área do aeroporto em todo o perímetro; proteção dos tanques de combustíveis; manutenção da pista de pouso e iluminação; sistema de combate a incêndios.

Metas: Ações emergenciais realizadas.

Prazos: Início Imediato e até 2012.

Responsáveis: ADEFN*, DTCEA, ANAC, DER.

Parceiros: Corpo de Bombeiros, ICMBio.

Monitoramento: nível de segurança do aeroporto.

Ação.3 - Implantar as recomendações referentes ao Estudo (Ação E3/D4/A1) sobre o complexo do aeroporto de forma a atender definitivamente às necessidades levantadas.

Metas: Aeroporto atendendo plenamente e de forma segura.

Prazos: de acordo com resultado do estudo.

Responsáveis: ADEFN*, DTCEA, ANAC, DER.

Monitoramento: Aeroporto funcionando segundo as normas da ANAC.

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UMA CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA

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EIXO 4: RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS E CONSERVAÇÃO DE AMBIENTE TERRESTRE E MARINHO; PROTEÇÃO, MANEJO DA FAUNA TERRESTRE E MARINHA; PESQUISA AMBIENTAL E SOCIOCULTURAL.

DESAFIO.1 – Promover o ajustamento da legislaçao e a capacitação dos servidores dos órgãos de gestão, visando a conservação do patrimônio ambiental, ecológico, social e cultural.

Ação.1 - Incluir programa para recuperação de áreas degradadas e prevenção da degradação de novas áreas na revisão dos Planos de Manejo do Parque Nacional e da APA de Fernando de Noronha.

Metas: a) Planos de Manejo revisados, considerando as pesquisas realizadas na ilha; b) Áreas degradadas identificadas; c) Programas de avaliação e recuperação das áreas degradadas e plano de monitoramento das áreas marinhas e terrestres susceptíveis à degradação, incluidos nos Planos de Manejo.

Prazo: Até 2012 (a, b e c).

Responsáveis: ICMBio*.

Parceiros: UFRPE, UFPE, UFRN e demais universidades; sociedade civil; ADEFN; APES.

Monitoramento: Número de pesquisas consideradas nos Planos de Manejo da APA e do Parque Nacional; Áreas degradadas em recuperação (m²) e áreas sob ações de prevenção da degradação.

Ação.2 - Capacitar, de forma continuada, os servidores dos órgãos de gestão, identificando cursos diversos necessários nas áreas ambiental e sociocultural.

Metas: 100% dos servidores capacitados.

Prazo: Imediato e contínuo.

Responsáveis: ADEFN, ICMBio, CPRH, SPU.

Parceiros: Universidades e ONGs locais.

Monitoramento: Percentual de servidores capacitados.

DESAFIO.2 - Tornar o conhecimento científico acessível para a comunidade local e visitantes.

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Ação.1 - Promover ações para tornar o comportamento dos turistas e moradores compatível com a sustentabilidade, por meio de: a) Pesquisas científicas realizadas na Ilha divulgadas em linguagem simplificada; b) Realização de cursos, palestras e vivências.

Metas: a) 100% das pesquisas divulgadas; b) eventos realizados.

Prazo: Até 2012 e contínuo.

Responsáveis: ICMBio*, ADEFN e pesquisadores.

Parceiros: Universidades e Escola Arquipélago.

Monitoramento: Práticas de sustentabilidade adotadas pela comunidade e pelos turistas.

Ação.2 - Criar programa de tradução e divulgação do conhecimento científico em linguagem popular específica para os diferentes segmentos da sociedade, por meio de: a) divulgação de pesquisas nas escolas e no site do Noronha +20; b) criação de programas de rádio e TV.

Metas: a) 100% das pesquisas divulgadas; b) eventos realizados.

Prazo: Até 2012 e contínuo.

Responsáveis: ICMBio*, ADEFN e pesquisadores.

Parceiros: Universidades e Escola Arquipélago.

Monitoramento: Práticas de sustentabilidade adotadas pela comunidade e pelos turistas.

Ação.3 - Formar multiplicadores para preservação ambiental e cultural, por meio de cursos de capacitação.

Metas: Realização de 4 Cursos de capacitação por ano.

Prazo: Imediato e contínuo.

Responsáveis: ADEFN e ICMBio.

Parceiros: Escola Arquipélago, Universidades.

Monitoramento: Multiplicadores capacitados.

DESAFIO.3 - Coordenar o sistema de pesquisa para otimizar a produção científica e subsidiar a gestão da APA e do Parque, estimulando o envolvimento da comunidade neste processo.

Ação.1 - Criar mecanismos para estimular o envolvimento da comunidade em todas as atividades de pesquisa em Fernando de Noronha, numa abordagem participativa.

Metas: Comunidade envolvida e integrada com as pesquisas desenvolvidas no Arquipélago.

Prazos: Imediato e contínuo.

Responsáveis: ADEFN, ICMBio, Universidades, Instituições e Centros de Pesquisa e pesquisador com trabalho realizado no Arquipélago.

Parceiros: Projeto Tamar, Projeto Golfinho Rotador, Pesquisadores com trabalhos realizados no Arquipélago, Escola Arquipélago, DCA, APES.

Monitoramento: Porcentagem de pesquisas com participação de ilhéus, como estagiários voluntários, entre outros.

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UMA CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA

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Ação.2 - Identificar e incentivar as pesquisas necessárias para a comunidade e os gestores públicos, criando editais para pesquisas que se enquadrem em solucionar problemas sociais, culturais e ambientais locais.

Metas:Lançamento de editais anuais de pesquisa induzida.

Prazos: Até 2012 e contínuo.

Responsáveis: ADEFN*, ICMBio*, CNPq, Fundação de Pesquisa de Pernambuco.

Parceiros: Espaço Ciência, Universidades, Escola Arquipélago e Bem-me-quer, DCA.

Monitoramento: Demandas locais identificadas e porcentagem de pesquisas induzidas em andamento.

Ação.3 - Organizar e disponibilizar, nas bibliotecas locais e no site do Noronha +20, um banco de informações com textos publicados, projetos, instituições e pesquisadores pertinentes a Fernando de Noronha, Atol das Rocas e Arquipélagos de São Pedro e São Paulo.

Metas: 100% dos textos publicados disponibilizados em meio digital e em bibliotecas locais em pleno funcionamento.

Prazos: Imediato e contínuo.

Responsáveis: Pesquisadores, ICMBio e ADEFN.

Monitoramento: Número de pesquisas e textos disponibilizados à comunidade e gestores.

Ação.4 - Criação de um protocolo interno para os gestores de Fernando de Noronha, que vincule o desenvolvimento de pesquisas com a entrega obrigatória dos resultados das mesmas, em forma de relatórios, teses, e/ou artigos, além de um texto e apresentação com linguagem acessível sobre o tema.

Metas: Acervo com 100% dos resultados de pesquisas desenvolvidas no Arquipélago, em linguagem científica e popular.

Prazos: Imediato.

Responsáveis: ICMBio*, ADEFN.

Parceiros: Conselhos da APA e do Parque Nacional.

Monitoramento: Porcentual de pesquisas no acervo criado.

EIXO 5 - ORDENAMENTO DA ATIVIDADE MARÍTIMA; PORTO E EMBARCAÇÕES; ATIVIDADE PESQUEIRA.

DESAFIO.1 - Garantir a PRODUTIVIDADE e EXCLUSIVIDADE EFETIVA sobre as águas (proibir a pesca de rede de arrasto dos grandes navios nas Zonas de Exclusividade Econômica - ZEE); promover a manutenção e fomento de um modelo de pesca artesanal para Fernando de Noronha, com apoio técnico que busque a viabilidade econômica da pesca, a segurança, o conforto e a cidadania por meio da reestruturação da Associação dos Pescadores Profissionais; bem como reorganizar e garantir a pesca de subsistência (de arremesso, não embarcado). Proposta de criação de zona de uso múltiplo no Parque Nacional, visando a pesca de arremesso (subsistência) e a captura de isca (sardinha e garapau) pelos pescadores artesanais**.

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** é importante salientar que este item foi exaustivamente discutido e foi salientado a população que existem impedimentos legais para o seu atendimento, entretanto que se buscariam alternativas para seu atendimento.

Ação.1 - Garantir um programa contínuo que inclua estudos sobre a pesca e a criação de espécies locais, capacitação de pescadores e jovens da escola, recursos e infra estrutura para a associação de pescadores, incentivos à pesca esportiva.

Metas: Elaboração e aplicação do programa, 100% dos pescadores capacitados.

Prazos: Imediato e contínuo.

Responsáveis: ADEFN, ICMBio.

Parceiros: Pescadores, pesquisadores, UFRPE, Escola Arquipélago.

Monitoramento: Programa aplicado e efetivo; Número de pescadores e de jovens capacitados.

Ação.2 - Ampliar a “Zona de Pesca Artesanal” da APA, exclusiva para os barcos de Fernando Noronha, até 20 milhas*, com o objetivo de garantir a pescaria para a comunidade local, enquanto se estuda a viabilidade de criação de uma RESEX e sua localização.

Complemento: * Caso haja impedimento legal para esta distância, considerar o limite legal de 12 milhas para a ampliação.

Metas:a) Ampliação do limite da “zona de pesca artesanal”; b) estudo de viabilidade da RESEX.

Prazos: a) imediato e b) até 2015.

Responsáveis: ICMBio*, ANPESCA*.

Parceiros: UFRPE, Conselho Distrital, Ministério da Pesca, comunitários, Marinha, sociedade civil organizada, ADEFN.

Monitoramento: Produtividade pesqueira artesanal.

Ação.3 - Criar mecanismos legais e efetivos para atender a necessidade de captura de isca (sardinha e garapau) para a pesca artesanal local e também a pesca de arremesso com o intuito de resgatar e garantir uma pescaria de importância cultural e local, considerando a necessidade de: a) Estudo sobre sustentabilidade da pesca: acompanhamento do desembarque; estudo biológico das espécies locais mais importantes; impactos, análise sociológica e antropológica da categoria de pescadores etcb) Monitoramento da atividade.

Metas:Pesca artesanal e de arremesso praticada pelos pescadores de forma sustentável, com suprimento de isca viva.

Prazos: Ação: até 2015 (a) até 2012; (b) contínuo.

Responsáveis: ICMBio, ANPESCA, e comunidade.

Parceiros: ADEFN, UFRPE, Conselho Distrital.

Monitoramento: Renda e/ou produção proveniente da pesca artesanal e de arremesso, soberania alimentar dos pescadores.

DESAFIO.2 – Reestruturação emergencial infraestrutural e espacial do atracadouro e sua regulamentação que promova o ordenamento das atividades, desenvolvidas com competência técnica e segurança, considerando a situação

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UMA CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA

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emergencial do assoreamento e a necessidade do cais específico de pesca.

Ação.1 - Comparação das Legislações Ambientais e da Marinha para avaliar a utilização da Baía do Sueste como fundeadouro emergencial.

Metas: Avaliação da utilização da Baía do Sueste como fundeadouro emergencial.

Prazo: Imediato.

Responsáveis: ICMBio,* Marinha* e ADEFN.

Parceiros: ANPESCA, ABATUR, ANEMA e ALAMAR.

Monitoramento: Utilização da Baía do Sueste como fundeadouro emergencial.

Ação.2 - Desassoreamento planejado e criterioso do Porto a partir de planejamento e estudos de dragagem e distribuição da areia no sistema natural, com critérios de mínimo impacto ambiental, considerando as ações subsequentes.

Complemento: i) Deverá constar que o pedido/execução das dragagens cabe à autoridade portuária; ii) Necessidade de se estudar os ciclos de marés, granulometria etc para a consecução do serviço.

Metas: Região do Porto com profundidade adequada para as atividades.

Prazos: Imediato.

Responsáveis: ADEFN*, IBAMA, ICMBio, CPRHe Marinha.

Monitoramento: Profundidade do Porto.

E.5/D.2/A.3 - Reestruturação e adequação do molhe; reconstrução das áreas danificadas.

Metas: Projetos elaborados e executados (molhe recuperado).

Prazos: Imediato.

Responsáveis: ADEFN*

Parceiros: SPU (autorização em águas públicas), Marinha, CPRH, ICMBio.

Monitoramento: Estado de operação do molhe.

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Ação.4 - Porto da baía de Santo Antonio - Regulamentação de uso do atracadouro, bacia de evolução e fundeadouro, ordenando as atividades envolvidas e responsabilidade socioambiental das empresas atuantes.

Complemento: Realizar estudos para implantação de um porto flutuante na área entre a ponta do “Air France” e a ANPESCA para carga e descarga, separando os serviços da área de embarque e desembarque de passeios/mergulho.

Metas: Porto organizado, regulamentado pela ANTAQ (Agência Nacional de Transporte Aquaviário) e Polícia Federal.

Prazos: Até 2015.

Responsáveis: ADEFN*.

Parceiros: Polícia Federal, ANTAQ, Marinha (Capitania dos Portos).

Monitoramento: Classificação do “Porto”.

DESAFIO.3 - Equilibrar a oportunidade de renda para a comunidade local com o acesso, uso, atividades e tipos de embarcações na área do Parque Nacional de Fernando de Noronha.

Considerando que:

- Manifestações da plenária questionam a realização de licitações neste momento, considerado inadequado uma vez que ainda não se fez a revisão dos Planos de Manejo das UCs;

- Há necessidade de esclarecer a população quanto às implicações das licitações e consultá-la; perceber se este é o desejo da população;

- A proposta de rodízio entre os barcos de passeio dos comunitários na área do Parque Nacional foi retomada como uma opção (a exemplo das empresas que exploram o mergulho);

- Há necessidade de se buscar uma solução negociada que garanta condições mínimas para que a comunidade possa ser protagonista das atividades econômicas desenvolvidas no Parque;

- ICMBio informou que:

1. As concessões que serão realizadas por este Instituto não interferem no zoneamento da unidade de conservação nem prevêem o uso dos seus recursos naturais, estando em conformidade com seus objetivos de criação e Plano de Manejo, já que todas as áreas envolvidas já estão dentro da Zona de Uso Público e que a concessão diz respeito apenas aos serviços prestados diretamente ao visitantes tendo como objetivo o ordenamento do turismo, do uso das área da unidade de conservação a na melhoria da infraestrutura oferecida.

2. As concessões propostas estão baseadas em estudos técnicos e econômicos contratos pelo ICMBio, que foram elaborados incluindo em sua metodologia de trabalho a realização de reuniões dos consultores com a equipe técnica do ICMBio e com os setores envolvidos,

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demonstrando assim todo o cuidado que está sendo tomado para construção de um processo ecologicamente viável e socialmente justo;

3. A equipe do ICMBio e sua Diretoria promoveram uma série de reuniões para debate das concessões dentro do Conselho Consultivo do Parque Nacional, ofereceu à comunidade local diversas oficinas sobre licitações públicas, participou de reunião sobre o tema no Conselho Distrital e participou de reuniões com todos os setores envolvidos.

4. A concessão da exploração de passeio náutico dentro das áreas do Parque Nacional é o instrumento legal do Governo Federal na busca da regularização da atividade que atualmente é exercida sem qualquer formalização e sem critério de escolha de prestadores de serviço. O projeto básico para esta concessão também deverá estar baseado em seus estudos técnicos e econômicos que deverão definir o desenho mais correto para conservação dos recursos naturais e para a viabilidade econômica da atividade.

A plenária recomendou que todas as ações do Desafio 3 (E5/D3) sejam rediscutidas após a revisão dos Planos de Manejo da APA e do PARQUE e que sejam suspensas quaisquer iniciativas de licitação envolvendo estas áreas.

Ação.1 - Orientar e capacitar a comunidade local para participação na concorrência pública, assim como incluir critérios que valorizem a participação da comunidade no edital de licitação para utilização de embarcações no Parque Nacional, considerando tempo na atividade e necessidade de renda e especificidades locais.

Metas: 100% dos proprietários de barcos qualificados.

Prazos: Imediato e contínuo. (Anterior ao lançamento do edital).

Responsáveis: ICMBio* e ADEFN.

Monitoramento: Processo de capacitação organizacional para participação em processo licitatório; Assessoria de desenvolvimento organizacional para a comunidade local, cooperativas e/ou grupos de empreendimentos, para desenvolver competências e habilidades da comunidade local na participação do processo.

Ação.2 - Organizar, qualificar e capacitar a comunidade local, incluindo pescadores, definindo critérios e órgãos competentes para conferir o selo às embarcações que estiverem atualizadas na matriz, considerando a segurança, qualidade e classificação da atividade.

Metas: Realizar anualmente 3 capacitações, 1 intercâmbio e 1 encontro de monitoramento.

Prazos: Imediato e continuo.

Responsáveis: ICMBio, Marinha, ADEFN, Vigilância Sanitária e Corpo de Bombeiros.

Monitoramento: Capacitação e qualificação da comunidade.

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Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Ação.3 - Estudar as concessões de embarcações regulares para operação no Parque Nacional, segundo a capacidade econômica e de suporte, considerando o sistema de rodízio de embarcações.

Metas: estudo realizado.

Prazos: Imediato – Primeiro semestre de 2010.

Responsáveis: ICMBio.

Monitoramento: Apresentação do estudo técnico em reunião do Conselho do Parque Nacional.

Ação.4 - Realizar estudo de impactos sociais e ambientais dos navios turísticos (grande porte), considerando os estudos anteriores e as implicações socioeconômicas para a ilha, que oriente sobre a necessidade de revisão do plano de operação do navio, tempo de permanência e controle dos visitantes e fiscalização do navio.

Metas: Estudo realizado.

Prazos: Até 2012.

Responsáveis: ADEFN*, ICMBio, CPRH, Marinha.

Parceiros: Sociedade civil organizada, Conselhos, Trade Turístico.

Monitoramento: Estudo de impactos sociais e ambientais dos navios turísticos de grande porte.

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EIXO 6: ATIVIDADE AGROPECUÁRIA

DESAFIO.1 – Garantir a segurança alimentar através do resgate da cultura agropecuária local e uso de tecnologias de sustentabilidade.

Ação.1 - Elaboração de projetos agropecuários sustentáveis, com uso de técnicas que garantam a produção, beneficiamento e comercialização dos produtos.

Metas: a) Elaboração e realização de projeto agropecuário sustentável; b) Capacitação de pessoas em estratégias de comercialização.

Prazos: Imediato (a) e contínuo (b).

Responsáveis: Associação Noronha Terra* e ADEFN.

Parceiros: ICMBio, SEBRAE, UFRPE, IPA (Instituto de Pesquisa Agropecuária).

Monitoramento: Comercialização dos produtos pelos produtores e satisfação do consumidor.

Ação.2 - Implementar na matriz curricular práticas agropecuárias nas escolas, visando a sustentabilidade e a integração entre a comunidade escolar e os produtores.

Metas:Inserção dos temas agricultura e pecuária na matriz curricular.

Prazos: Imediato e contínuo.

Responsáveis: Escola Arquipélago*, Diretórios Acadêmicos e Associação Noronha Terra.

Parceiros: ADEFN, UFRPE.

Monitoramento: Criação da horta escolar e aulas interdisciplinares a partir da horta.

Ação.3 - Fortalecer a Associação Agroecológica Noronha Terra, estimulando o espírito de coletividade, garantindo a participação das pessoas que efetivamente produzem na ilha.

Metas: Pleno funcionamento da Associação Noronha Terra, com grau de coletividade e associativismo adequado.

Prazos: Imediato e contínuo.

Responsáveis: associados.

Parceiros: ADEFN, SEBRAE, UFRPE, ADAGRO-PE (Agência de Desenvolvimento Agropecuário de PE), IPA (Instituto de Pesquisa Agropecuária).

Monitoramento: Funcionamento da Associação, ações desenvolvidas, número de sócios e participação em atividades coletivas.

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Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Ação.4 - Resgatar e garantir a atividade pecuária com planejamento, acompanhamento veterinário, dentro das condições sanitárias e de sustentabilidade, exercida na zona destinada para este fim, visando a segurança alimentar.

Metas: Elaboração e realização de projeto pecuário sustentável. Capacitação de pessoas em estratégias de comercialização.

Prazos: Imediato e contínuo.

Responsáveis: Associação Noronha Terra*, ADEFN.

Parceiros: ICMBio, ADAGRO, ANAGRO (Agência Nacional de Agropecuária), IPA.

Monitoramento: adequação das atividades pecuárias e sua sustentabilidade.

DESAFIO.2 – Oferta continuada de suporte técnico voltado à produção e comercialização agropecuária.

Ação.1 - Estabelecer parcerias continuadas com instituições públicas e privadas visando apoio e estudos de viabilidade técnica, econômica, social e ambiental de interesse às atividades agropecuárias.

Metas: Estudos e capacitação realizados pelos parceiros SEBRAE, ADAGRO e UFRPE.

Prazos: ADEFN e Associação Noronha Terra*.

Responsáveis: SEBRAE, ADAGRO e UFRPE.

Parceiros: Imediato e continuo.

Monitoramento: Participação dos parceiros no projeto.

Ação.2 - Estimular as atividades de extensão rural continuada com suporte técnico, considerando os saberes dos produtores, resgatando a história da produção agropecuária do arquipélago, incluindo a da Ilha Rata.

Complemento: Extensão rural é o “processo de estender ao povo rural conhecimentos e habilidades sobre práticas agropecuárias, florestais e domésticas, reconhecidas como importantes e necessárias à melhoria de sua qualidade de vida.”Em 1984 a EMBRAER engloba na definição o “processo educativo com o objetivo de contribuir para a elevação da produção, da produtividade, da renda e da qualidade de vida das famílias rurais, sem dano ao meio ambiente”, considerando as gerações presentes e futuras.

Metas:a) Realização de encontro de produtores para troca de experiências;b) Publicação com resgate histórico da agropecuária na ilha e cartilhas com troca de experiências.

Prazos: imediato e contínuo.

Responsáveis: Associação Noronha Terra, ADEFN*.

Parceiros: IPA, UFRPE.

Monitoramento: Resultados dos encontros, publicações, técnicas utilizadas pelos produtores, produção, produtividade, qualidade de vida, segurança alimentar...

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Ação.3 - Elaborar e implementar projetos coletivos de captação das águas pluviais e reutilização de efluentes líquidos, otimizando seu uso com base em tecnologias sustentáveis.

Metas: Projeto coletivo para captação de água pluvial. Projeto para tratamento de esgoto.

Prazos: Até 2012.

Responsáveis: ADEFN* e COMPESA*, Associação Noronha Terra.

Parceiros: Associação dos Pousadeiros, Bares e Restaurantes, ICMBio, UFRPE, CPRH.

Monitoramento: Utilização de água pluvial na agricultura, pecuária e estabelecimentos comerciais. Utilização dos efluentes líquidos domésticos na agricultura.

DESAFIO.3 - Efetivação das políticas públicas voltadas à segurança alimentar, reordenando a zona agropecuária com inclusão de áreas atualmente produtivas, fortalecendo essa atividade de forma sustentável em Fernando de Noronha.

Ação.1 - Revisão no Zoneamento do Plano de Manejo da APA, possibilitando a concessão para atividades agropecuárias nas áreas atualmente produtivas que estão fora da zona agropecuária – (Ver E.1/D.2 e E.3/D.2).

Metas: estudos de viabilidade que definam a possibilidade de realizar agropecuária sustentável em áreas atualmente fora da zona agropecuária da APA.

Prazos: Imediato.

Responsáveis: ICMBio*.

Parceiros: Associação Noronha Terra, ADEFN.

Monitoramento: Revisão da zona agropecuária no Plano de Manejo da APA.

Ação.2 - Criar a Diretoria Técnica de Agropecuária e Pesca junto à ADEFN.

Metas: Diretoria Técnica de Agropecuária e Pesca criada com a participação dos produtores e pescadores.

Prazos: Imediato.

Responsáveis: ADEFN*.

Parceiros: Associação Noronha Terra e ANPESCA.

Monitoramento: Funcionamento da Diretoria Técnica de Agropecuária e Pesca com a realização dos projetos.

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Ação.3 - Elaborar, oficializar e difundir o conjunto de normas técnicas para produção agrícola, quintais produtivos e criações de pequeno porte, de forma ecologicamente correta.

Metas: Elaboração e difusão de manual técnico de produção agroecológica.

Prazos: Até 2012.

Responsáveis: ADEFN*.

Parceiros: ICMBio, Associação Noronha Terra.

Monitoramento: Utilização das normas técnicas por parte dos produtores e técnicos de controle.

Ação.4 - Definir um processo de regularização fundiária no Arquipélago.

Metas: Regularização fundiária das zonas produtoras.

Prazos: Até 2012.

Responsáveis: SPU*, ADEFN e ICMBio.

Monitoramento: Produtores regularizados.

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Eixo 7: QUALIDADE DE VIDA E BEM ESTAR SOCIAL; SAÚDE; EDUCAÇÃO; EDUCAÇÃO AMBIENTAL; CULTURA; DESENVOLVIMENTO DO ARTESANATO LOCAL; INSERÇÃO DO JOVEM ILHÉU; CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL.

DESAFIO.1 – Resgate cultural, social e ambiental, integrado à educação formal e não-formal, em todos os espaços e atividades específicas, promovendo projetos continuados com foco no cultivo de valores junto à família, que previna e erradique o uso de drogas lícitas e ilícitas, prostituição infanto-juvenil e todos os tipos de violência.

Ação.1 - Gerar e integrar programas contínuos de capacitação de profissionais da educação para atendimento psicopedagógico na educação formal, ressaltando a educação especial, garantindo o cumprimento da Lei de Inclusão (Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001).

Metas: Inclusão do programa de capacitação de profissionais no plano plurianual / Qualificação continuada presencial e à distância dos professores de Fernando de Noronha.

Prazos: Imediato e contínuo.

Responsáveis: Secretaria de Educação do Estado de PE*, Escola Arquipélago e Escola Bem-me-quer.

Parceiros: Conselho Noronhense de Educação-CONED, Gestores da Educação do Distrito, Diretoria de Gestão Insular- DGI/ ADEFN.

Monitoramento: Professores aptos a atender alunos com necessidades especiais e aplicar as técnicas adequadas em sala de aula.

Ação.2 - Implantar programas contínuos de educação e cultura que envolvam diretamente a sociedade noronhense na execução das atividades, incentivando as boas práticas ambientais, resgatando seus valores histórico-culturais, dialogando com o conhecimento científico, adequando e criando espaços para este fim.

Metas: a) Formação de 15 agentes ambientais a cada ano (alunos do ensino até 2015 local); b) Construção e implementação de um projeto de formação para jovens; c) Estudar a viabilidade de inserção dos alunos de ensino até 2015 como monitores das pesquisas realizadas em FN. (Obs: ver Eixo 4).

Prazos: Implantação em 2010 (a e b); até 2012 (c) e execução contínua (a,b e c).

Responsáveis: Escola Arquipélago* e Escola Bem-me-quer*, ICMBio.

Parceiros: Produtores Culturais Locais (Associação de Artistas Plásticos), APES; Projetos Tamar e Golfinho Rotador; ADEFN, Universidades que desenvolvem pesquisa no Arquipélago, IPHAN.

Monitoramento: Jovens atuando na comunidade como agentes ambientais e culturais e em pesquisas.

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Ação.3 - Implantar, de forma contínua, o Fórum Juvenil Noronha + 20 para discussão e monitoramento da sustentabilidade de Fernando de Noronha, para os próximos 20 anos.

Metas: a) Criação do Fórum Juvenil Noronha+20; b) Espaço de divulgação das ações desenvolvidas no site do programa Noronha+20; c) Parceria com a escola, agregando ações de juventude; d) Proporcionar a participação dos jovens nas discussões sobre as políticas públicas em Fernando de Noronha.

Prazos: implantação imediata e contínuo.

Responsáveis: Escola Arquipélago*, através dos professores de Educação Ambiental;

Parceiros: Diretórios Acadêmicos, equipe responsável pelo site Noronha+20, MEC.

Monitoramento: Criação do Fórum de Juventude Noronha+20 e participação dos jovens no mesmo.

DESAFIO.2 – Contribuir para superar a baixa qualidade de vida, implantando a política de assistência social (proteção e garantia dos direitos do cidadão), em equidade com as políticas públicas das demais unidades da federação, atendendo às especificidades do Distrito Estadual de Fernando de Noronha, e aplicando a Lei Orgânica.

Ação.1 - Criar um programa permanente de esporte, cultura e lazer, para todas as faixas etárias, envolvendo diretamente a sociedade noronhense em sua execução, adequando e criando espaços para estes fins, possibilitando a elevação da autoestima e valorizando a sociedade noronhense.

Metas: Criação e implementação de um calendário anual de cultura, esporte e lazer para os moradores de Fernando de Noronha.

Prazos: Imediato e contínuo.

Responsáveis: ADEFN e conselhos locais.

Monitoramento: Comunidade envolvida na produção dos eventos culturais de Fernando de Noronha.

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Ação.2 - Garantir a regularização dos serviços de Assistência Social do Distrito Estadual de Fernando de Noronha, assegurando o atendimento adequado a dependentes químicos, famílias, jovens, idosos e pessoas com necessidades especiais.

Metas: a) Contratação dos profissionais de Assistência Social previstos na Lei Orgânica do Distrito Estadual de Fernando de Noronha, priorizando os profissionais moradores da ilha; b) Capacitação dos profissionais contratados.

Prazos: Imediato (a e b) e contínuo (b).

Responsáveis: ADEFN*.

Parceiros: Conselhos Locais (Distrital, Saúde, Educação, Assistência Social, Tutelar).

Monitoramento: Disponibilidade de serviços para a comunidade na área de Assistência Social.

Ação.3 - Exigir que todos os Conselhos de Controle Social utilizem a Lei Orgânica como forma de legitimar as suas ações e reivindicações.

Metas: Fazer cumprir a Lei Orgânica.

Prazos: imediato.

Responsáveis: Conselhos locais.

Monitoramento: Serviços públicos ofertados satisfatoriamente à comunidade.

DESAFIO.3 – Superar as atuais condições de abastecimento e transporte de bens e produtos, caracterizadas por (A) frete aéreo e marítimo de alto custo; (B) vigilância sanitária deficiente; (C) segurança alimentar deficitária; (D) falta de planejamento para abastecimento; (E) falta de política de mercado, as quais geram influências econômicas e culturais indesejáveis, considerando também a precariedade da prestação de serviços e da acessibilidade dos moradores ao continente.

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Ação.1 - Rever e formalizar novos contratos entre a Administração e empresas de transporte, ampliando o número e garantindo direito a reservas, inclusive por internet, aos assentos previstos para moradores em empresas aéreas no deslocamento ilha-continente-ilha, e eventualmente em empresas marítimas. Direito de se comprar passagem além do número de vagas previstas para moradores, caso haja vagas no vôo.

Metas: a) Aumentar o número de assentos para moradores nos vôos; b) Criação de cota de cabines com preços diferenciados para moradores nos cruzeiros marítimos; c) Regulamentar o repasse de doações provenientes das atividades de cruzeiro marítimo para fins sociais.

Prazos: Imediato.

Responsáveis: ADEFN*, Conselho de Assistência Social.

Parceiros: empresas aéreas, marítimas e Conselho Distrital.

Monitoramento: Comunidade melhor servida no deslocamento entre o continente e a Ilha. Volume de recursos repassados para fins sociais pelas atividades de cruzeiros marítimos.

Ação.2 - Implantar a criação de uma central de abastecimento, garantindo preços acessíveis e produtos de qualidade à comunidade, e assegurar carga aérea para transporte de alimentos perecíveis para a população local em pelo menos 2 vôos públicos por semana.

Metas: Fornecimento satisfatório de gêneros de primeira necessidade à comunidade da Ilha.

Prazos: Imediato e contínuo.

Responsáveis: ADEFN e Conselho Distrital.

Parceiros: texto Sociedade civil organizada.

Monitoramento: Preços e qualidade de produtos de primeira necessidade praticados na Ilha.

Ação.3 - Implementar o serviço de vigilância sanitária de forma que abranja as entradas aérea e marítima, além da reativação do PROCON.

Metas: Fazer cumprir a lei de Vigilância Sanitária (Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976 e alterações posteriores) e o Código de Defesa do Consumidor (Lei n.º 8.078, de 11 de setembro de 1990).

Prazos: Imediato.

Responsáveis: ADEFN e Conselho Distrital.

Monitoramento: Aplicação das normas de vigilância sanitária e defesa dos consumidores.

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Ação.4 - Garantir o funcionamento eficaz e pleno do Hospital São Lucas e Posto de Saúde da Família-PSF, com equipe médica permanente, cumprindo o que está determinado na Lei Orgânica, além da constante disponibilidade de medicamentos.

Metas: Comunidade sendo atendida de forma qualificada, com a maternidade e outras especialidades em funcionamento, medicamentos disponíveis e contratação de equipe médica.

Prazos: Imediato.

Responsáveis: ADEFN*, Conselho Distrital de Saúde*, Secretaria de Saúde*.

Parceiros: Ministério da Saúde.

Monitoramento: Funcionamento do Hospital e do Posto de Saúde (profissionais, atendimentos, especialidades...), oferta de medicamentos.

Ação.5 - Garantir o cumprimento de Lei Orgânica quanto às necessidades básicas da comunidade, subsidiando o abastecimento de água potável de mesa (ou água mineral) e promovendo a quebra do monopólio comercial de combustível e gás por meio de licitação pública.

Metas: Oferta adequada e preços reduzidos de água potável para a comunidade e licitação pública realizada para o comércio de combustível e gás.

Prazos: Imediato e contínuo.

Responsáveis: ADEFN, Conselho Distrital.

Monitoramento: Custo de água potável para a comunidade; estabelecimentos de comércio de combustível e gás em atividade na Ilha.

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Eixo 8: MONITORAMENTO E CONTROLES URBANÍSTICO, MIGRATÓRIO, DE VEÍCULOS E DE EMBARCAÇÕES

DESAFIO.1: Atuação eficiente dos órgãos públicos no monitoramento, controle e fiscalização urbanística, migratória, de veículos e embarcações, com a participação consciente e efetiva da população noronhense.

Ação.1 - Diagnóstico da situação atual, criação e aplicação rigorosa da base legal especial para disciplinar controle migratório, veículos, embarcações (esporte, lazer, pesca e cabotagem); e aspecto urbanista com a participação da população.

Complemento: Condições para os veículos institucionais e de órgãos públicos:

a) Todos tenham identificação do órgão para o qual estão a serviço;b) Veículos sejam locados dentro da ilha, para evitar a entrada de novos carros;c) Estabelecer uma cota de veículos para os órgãos do governo;d) Estabelecer uma legislação específica para os veículos institucionais e de órgãos públicos;e) Veículos que concluam sua função na Ilha sejam imediatamente devolvidos para o continente.

Metas: Leis complementares sendo elaboradas e/ou revisadas de forma participativa e aprovadas nas instâncias competentes (Planos de Manejo da APA e do Parque Nacional, Lei de Uso de Solo, Plano Diretor, regulamentação de veículos, normas de controle migratório de embarcações etc).

Prazos: até 2012.

Responsáveis: ADEFN*, ICMBio*.

Parceiros: Conselho Distrital, Assembléia Popular Noronhense (APN), sociedade civil organizada, IPHAN.

Monitoramento: Percentuais de veículos, embarcações e edificações regularizados; regulamentação do controle migratório.

Ação.2 - Criação pelos órgãos públicos de instrumentos para informações e publicização dos valores e conceitos ligados a controles migratório, de veículos, de embarcações e urbanístico e ao crescimento vegetativo,visando a sua internalização pela comunidade.

Metas: Divulgar nos sites (Noronha+20 e ADEFN) e utilizar espaço da rede Golfinho para publicização dos dados atualizados relativos ao controle migratório, embarcações, crescimento vegetativo, de veículos e urbanísticos.

Prazos: Até 2012.

Responsáveis: ADEFN.

Parceiros: Conselhos, sociedade civil organizada.

Monitoramento: Comunidade esclarecida.

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Ação.3 - Veicular campanhas de esclarecimento, divulgar e orientar sobre crescimento vegetativo, de forma contínua, com linguagem acessível, especialmente junto aos jovens e adolescentes, através do rádio, TVs e palestras (incluindo o espaço escolar)para incorporação dos conceitos na cultura local.

Metas: a) Implementar uma política de controle do crescimento vegetativo, através de mecanismos de divulgação direcionados à comunidade.b) Incluir na grade escolar disciplina voltada ao planejamento familiar, palestras educativas, etc; c) Divulgar, através do Sistema Golfinho de Comunicação, informações e programas voltados à temática do planejamento familiar.

Prazos: Imediato e contínuo.

Responsáveis: ADEFN e comunidade.

Monitoramento: Conscientização da população, taxa de natalidade e mortalidade, crescimento vegetativo.

Ação.4 - Elaborar urgente a lei de uso e ocupação do solo de Fernando de Noronha, vinculada ao Plano Diretor e à revisão do Plano de Manejo da APA.

Metas: Lei elaborada.

Prazos: até 2012.

Responsáveis: ADEFN.

Monitoramento: Ordenamento da ocupação da Ilha.

DESAFIO.2: Revisão e adequação da legislação vigente para controle migratório com a utilização dos meios de comunicação e participação social.

Ação.1 - Elaboração de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para efetivação do controle migratório emergencial, até que se elabore uma lei (federal ou estadual) específica para Fernando de Noronha que trate do tema.

Complemento: Divulgar os problemas sociais e ambientais decorrentes da migração desordenada: diminuição da qualidade de vida e de oportunidades no mercado de trabalho, poluição, abastecimento insuficiente, favelização e perda de título de Patrimônio Natural da Humanidade.

Metas: TAC elaborado com o acompanhamento do Ministério Público e demais gestores, entidades, empresas e comunidade local.

Prazos: Imediato.

Responsáveis: Ministério Público* .

Parceiros: ICMBio, ADEFN, Conselho Distrital, sociedade civil organizada, APN.

Monitoramento: Qualidade de vida da população insular; controle migratório.

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DESAFIO.3: Racionalizar, limitar e dar transparência sobre a distribuição de veículos e embarcações por pessoa física e jurídica, incluindo órgãos governamentais, e implementar um plano eficiente de transporte coletivo sem implicação no adensamento de veículo per capta. Rever, readequar e ordenar os contratos de locadoras e embarcações.

Ação.1 - Implementar transporte público suficiente que utilize energia limpa e menos poluente, incluindo a substituição da frota atual, para atender a comunidade local e os visitantes; estímulo ao uso do transporte público em detrimento do particular; implantar política de incentivo para substituição de veículos tradicionais por alternativos e menos poluentes.

Complemento: Realizar oficinas para estudo de matrizes energéticas viáveis; definir matrizes a serem incorporadas no Noronha+20, assim como seus responsáveis; identificar e avaliar meios de transportes com atendimento de qualidade e que considerem aspectos de acessibilidade; efetivar a lei que estabelece meia passagem para estudantes e gratuidade para idosos, portadores de mobilidade reduzida (PMR) e de necessidades especiais (PNE) e seus acompanhantes.

Metas: 100% do transporte público prestado por frota utilizando energia “limpa”, menos poluente; redução do número de veículos movidos a combustíveis fósseis; aumento da utilização do transporte público pela comunidade e visitantes (incluindo estudantes, idosos, PMR, PNE e acompanhantes).

Prazos: Até 2015 (conversão da frota); imediato (meia passagem, gratuidade, acessibilidade).

Responsáveis: ADEFN*, órgãos públicos, sociedade civil organizada.

Parceiros: Diretórios Acadêmicos.

Monitoramento: Eventos de estudo de matrizes energéticas, meios de transporte utilizados pela comunidade e visitantes, valor pago pelos estudantes no transporte público, acessibilidade no transporte público, proporção entre veículos utilizando combustíveis fósseis e energia “limpa”.

Ação.2 - Publicização da quantidade de veículos e embarcações que circulam na ilha por pessoa física e jurídica (privado e governamental); revisão do Decreto Distrital referente aos veículos e embarcações.

Complemento: Considerar o Estudo de Capacidade de Suporte (ECS) para adequar a realidade local, verificando os limites e penalidades, com participação da população.

Metas: Apresentação imediata da quantidade de veículos e embarcações que circulam na Ilha, através do portal da ADEFN e do Portal Noronha+20; elaboração de novo Decreto Distrital baseado no Estudos de Capacidade de Suporte.

Prazos: Imediato.

Responsáveis: ADEFN.

Monitoramento: veículos e embarcações que circulam na ilha (Pessoa Física e Jurídica); veiculação nos sites da ADEFN e Noronha+20.

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Observatório da Sustentabilidade

Titulares: Artur Cândido, João Rocha, Sílvia Bobko, Ailton Jr., Patrícia Cândido

Suplentes: Carlos Flor, João Melo, Duda Rei

Participantes Noronha+20

Nome InstituiçãoAdmilson Fernandes de Medeiros CDFN

Adriana Larve da Costa Melo Moradora

Adriana Fernanda Flôr Contur

Adriana Schmidt Your Way Ecoturismo

Ailton Rodrigues de Araújo Júnior ADEFN – Controle Veículos/Diretório Acadêmico

Alessandra Nascimento Souza Açaí Raízes de Noronha

Alexandre Lopes ADEFN

Alexsandra Machado Barros ADEFN/DAÍ

Amancio Gonçalves dos Santos -—

Amanda Dias EAFN

Ana Cláudia Fernandes EAFN

Ana Lucia Bobko Barbaridade

Ana Luiza do Oliveira Rezende Centro Golfinho Rotador

Ana Maria Rojo Prado USP

Andrea Carolina da Silva EAFN

Andre Matheus Morador

André Otaviano EAFN

Andressa Paula EAFN

Anita Dias dos Santos SPU

Antonio Carlos Francisco Nascimento EAFN/CONED

Aquiles Araújo ECOOIDEIA

Armando José B. Santos Projeto Tamar

Artur Candido da Silva Acitur

Bárbara Beatriz de Carvalho EAFN

Bárbara Sttefane Flor EAFN

Berenice Rodrigues dos Santos Kunze Moradora

Bruno da Silva de Araújo Dias EAFN

Caio José de Souza EAFN

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Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Nome InstituiçãoCamilla Carolyne Medeiros EAFN

Carina Tostes Abreu ICMBio

Carla Marcon ICMBio

Carlos Diógenes F. del Filho ADEFN

Carlos Alberto Flor APN

Carolina M. M. Lima CPRH

Celso Schenkel Unesco

Cesário Costa Noronha Divers

Claudia Bandeira ECCOIDEIA

Claudia Fernanda de Souza Ciliares Produções

Clériston Silva dos Anjos UFRPE

Cristiane de Gusmão Medeiros Ministério Público Estadual

Cristiano D'Angeloantonio Morador

Cristiano Feitosa S. da Silva EAFN

Cristina Tolentino dos Santos Moradora

Crivalda Padilha Vilar ADEFN

Cybelle Coelho de Araújo ADEFN-DAI

Cynthia Ranieri APES

Cyntia Priscila Campos EAFN

Daniel Paulo de Oliveira EAFN

Debora Ferrer —

Hosana Aparecida Pereira Moradora

Domício Alves Cordeiro IAFENO

Edna Carneiro da Silva Projeto Golfinho Rotador

Edna Moura Atalaia Tour/Contur

Erivaldo Batista Silva dos Santos Morador

Élida Dias ADEFN

Elton G. Apory da Silva EAFN

Emerson Nilson da Silva Nortax

Ernande José de Souza ADEFN

Eugênio Lima Porto Associação Pousadas

Eunice Mª de Oliveira CDFN

Fabiana Bicudo ICMBio

Felippe Luis Maciel da Silva CPRH

Fernando Cavalcanti de Oliveira Porto Santo Antônio

Fernando Francisco A. de Morais Morador

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Nome InstituiçãoFernando Morais Iafeno

Fernando Paulo de Oliveira GuiaTurístico

Flavia Pandolfi Atlantis Divers

Francisco Paulo de O. Jr. Morador

Gabriela dos Santos Moradora

Gisela Livino de Carvalho ICMBio

Gisela Montenegro Iphan

Gisele Vicente Rabêlo Conselho Distrital

Gustavo Araújo ADEFN

Hélio de Araújo CPPE-MB

Helvio Polito L.F. Sectma

Humberto Calaça —

Ida Körössy Marques de Almeida Associação de Artistas Plásticos de FN

Iona Cito Conselho Distrital

Isabel Maria Pereira dos Santos Moradora

Israel Xavier da Silva Igreja Evangélica Assembleia de Deus

Italo Felipe de Santana Albuquerque EAFN

Ivo Gomes Barbosa —

Jane Soares Nascimento DCA/FN

Jessika Paz EAFN

Jeydison A. do Nascimento EAFN

Joab Maciel Pousada

João da Rocha Amorim Pousada do Dandão

João Maria de Melo AHDFN/ Contur

João Rocha ADEFN

João Rodrigues Filho Nortax

João Victor Dantas Moura Antunes EAFN

João Victor Sulino da Silva EAFN

Jorge Artur F. C. de Oliveira ECCOIDEIA

José Alexandre da Silva Pousada das Flores

José Carlos Lopes Associação Pousadas

José Cordeiro dos Santos Sectma

José Martins da Silva Júnior CMA/ICMBio

Josenildo Souza e Silva ECOOIDEIA/Universidade Federal de Rondônia

Josinaldo de Araújo Dantas Morador

Josinaldo de Azevedo Dutra (?) Morador

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Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

Nome InstituiçãoJosué Antônio da Silva —

Judson Carneiro Martins Contur

Julio Soares de Mello EAFN

Kátia de Sousa Dantas Simões Pires SPU/PE

Larissa Meyrelles EAFN

Leonice Pereira dos Santos Moradora

Leonora Fritzsche Hidrosphera Produções

Lidia Maria dos Santos ECOOIDEIA

Lucas Tercio EAFN

Luiz Falcão Júnior Dolphin Hotel

Magna Maria da Silva Associação de Artistas Plásticos de FN

Maiza M. Lima Gomes Atlantis Divers

Manoel Sérgio A. de Morais —

Manuela Guimarães Moradora

Marcelina Correa da Silva Noronha Terra

Marcílio da Silva Barros Pousadeiro

Marcos Aurélio ICMBio

Maria Aparecida de Melo —

Maria Cristina ADEFN

Maria da Glória Neves Moreira Lima Coned

Maria do Carmo M. de Almeida Conselho Tutelar

Maria de Lourdes Alves ADEFN

Mariana Alves da Silva EAFN

Marilde Martins da Costa - Véia Conselho Distrital

Matheus Henrique EAFN

Michele Roth —

Miriam Cazzetta ADEFN

Moisés José de Souza Anpesca

Nina Veras EAFN

Orlando José de Souza Anpesca

Otavio Minervino Conselho Distrital

Patricia de Alcântara Roelandt ADEFN/Acitur/Contur

Patrick Müller Atlantis /Anema/Abeta

Paulo Camaroti —

Paulo Guilherme Vasconcelos de Oliveira UFRPE

Pedro Ivo Velozo de Melo —

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PROGRAMA DE SUSTENTABILIDADE PARA O ARQUIPÉLAGO DE FERNANDO DE NORONHA

UMA CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA

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Nome InstituiçãoRafael Heraceia EAFN

Raimundo Soares Igreja Presbiteriana do Brasil

Renato Morais —

Renê Jerônimo de Araújo APN

Ricardo de Andrade Oliveira —

Ricardo Araujo ICMBio

Rinaldo Nortaxi

Rodrigo Csallaz de Souza Aeronáutica

Rodrigo Gomes EAFN

Rômulo Mello ICMBio

Rosângela Maria dos Santos Moradora

Samuel Rodrigues ADEFN

Sandra Cadengue de Santana ADEFN

Sérgio Roberto Almeida Feliciano SPU

Sidnei José Fernandes Cavacanti CBMPE

Silvia Figaro Morelli Moradora

Silvia Marcia Bobko Barbaridade/Iafeno/Asafen

Solon Pousada do Vale

Suenildo Martins da Costa Conselho Distrital

Sueli Lucena APES

Tânia Maria Soares de Amorim SPU/PE

Tatiane Silva Leite APES/UFRN

Thais Flor EAFN

Teresa Araújo UFPE

Teresa Cristina M. Corrêa ECCOIDEIA

Vanessa Silva da Rocha Porto Santo Antônio

Verônica Maria P. Modesto ADEFN

Victoria Saad Bezerra EAFN

Vinícius Alves Mariano EAFN

Virgílio Costa de Almeida UFRPE

Vitor Hugo E. de Souza EAFN

Waldir Almeida dos Santos Contur

Walter Siqueira da Silva Noronha Terra

Wilson Araujo da Conceição EAFN

Wilson Araújo Silveira SPU

Wilson da Silva Teixeira ICMBio/Igreja Presbiteriana

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Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

INSTITUIÇÕES PRESENTES ÀS OFICINAS

ADEFN – Administração do Distrito Estadual de Fernando de Noronha

DAI – Direção de Articulação e Infraestrutura

Controle Migratório

Porto Santo Antônio

Aeronáutica - DPV/FN – Departamento de Proteção ao Voo

APN – Assembleia Popular Noronhense

Abeta - Associação Brasileira das Empresas de Turismo de Aventura

AHDFN - Associação das Hospedarias Domiciliares de Fernando de Noronha

Noronha Terra - Associação dos Agricultores de Fernando de Noronha

AAFEN - Associação dos Artistas e Artesãos de Fernando de Noronha

Acitur -Associação dos Condutores de Ecoturismo de Fernando de Noronha

APES – Associação dos Pesquisadores de Fernando de Noronha e Rocas

Anema - Associação Noronhense das Empresas de Mergulho Autônomo

Nortax – Associação Noronhense de Taxistas

Anpesca - Associação Noronhense dos Pescadores de Fernando de Noronha

Projeto Golfinho Rotador

CDFN – Conselho Distrital de Fernando de Noronha

Coned – Conselho de Educação de Fernando de Noronha

Contur – Conselho de Turismo de Fernando de Noronha

Conselho Tutelar

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PROGRAMA DE SUSTENTABILIDADE PARA O ARQUIPÉLAGO DE FERNANDO DE NORONHA

UMA CONSTRUÇÃO PARTICIPATIVA

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CBMPE - Corpo de Bombeiros Militar de Pernambuco

Marinha do Brasil - CPPE - Capitania dos Portos de Pernambuco

CPRH – Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos/PE

EAFN – Escola Arquipélago de Fernando de Noronha

ECOOIDEIA – Cooperativa de Serviços Ambientais e Tecnologias Sociais

Fundação Pró-Tamar

Holon Soluções Integrativas

Iafeno - Instituto Ambiental de Fernando de Noronha

ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

APA/FN – Área de Proteção Ambiental de Fernando de Noronha, Rocas, São Pedro e São Paulo

CMA - Centro Mamíferos Aquáticos

Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha

Igreja Evangélica Assembleia de Deus

Igreja Presbiteriana do Brasil

Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico

Ministério Público Estadual/PE

Ministério Público Federal

Sectma – Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente

SPU – Secretaria de Patrimônio da União

Superintendência do Patrimônio da União/PE

UFPE – Universidade Federal de Pernambuco

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Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

UFRPE – Universidade Federal Rural de Pernambuco

Unir – Universidade Federal de Rondônia

USP – Universidade de São Paulo

Unesco – Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura.

EMPRESAS PRESENTES ÀS OFICINAS

Açaí Raízes de Noronha

Atalaia Tour

Atlantis Divers

Barbaridade

Cilliares Produções

Dolphin Hotel

Hidrosphera Produções

Noronha Divers

Pousada das Flores

Pousada do Dandão

Pousada do Vale

Your Way Ecoturismo