PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA ÁGUA … · Figura 4 - Distribuição do teor em cloro residual livre por concelho De acordo com o artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 306/2007,

REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA GOVERNO REGIONAL

SECRETARIA REGIONAL DOS ASSUNTOS SOCIAIS INSTITUTO DE ADMINISTRAÇÃO DA SAÚDE

E ASSUNTOS SOCIAIS, IP-RAM

PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA

DA ÁGUA DESTINADA

AO CONSUMO HUMANO

RELATÓRIO ANUAL 2013

Funchal, março de 2013




RE LAT ÓRI O D O P R OGR AM A DE VI GI LÂN CI A S ANIT ÁRI A D A ÁGU A DE STIN AD A AO C ON SUM O HU M AN O 20 13

1

1. INTRODUÇÃO O presente documento tem por objetivo apresentar os resultados da avaliação do Programa de Vigilância Sanitária da Água Destinada ao Consumo Humano na Região Autónoma da Madeira, referente ao ano 2013. A coordenação deste programa é da responsabilidade da Unidade Flexível de Engenharia Sanitária e resulta do trabalho de:

Técnicos de Saúde Ambiental na colheita de amostras de água para análise; Laboratório de Saúde Pública na análise laboratorial das amostras de água; Autoridades de Saúde na avaliação do risco para os consumidores.

2. LEGISLAÇÃO APLICÁVEL O Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto, que estabelece o regime da qualidade da água destinada ao consumo humano, entrou em vigor a 1 de janeiro de 2008. Este diploma define as competências das entidades intervenientes e fixa as caraterísticas mínimas a que uma água para consumo humano deve obedecer. Tem por objetivo proteger a saúde humana dos efeitos nocivos resultantes de eventual contaminação dessa água e assegurar a disponibilização tendencialmente universal de água salubre, limpa e desejavelmente equilibrada na sua composição. 3. APLICAÇÃO DO PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA 3.1. Colheita de Amostras Para cada sistema de abastecimento, os pontos de amostragem foram definidos em conjunto pela Unidade de Engenharia Sanitária e respetivas Entidades Gestoras. A colheita de amostras foi efetuada em torneiras habitualmente usadas para consumo humano em estabelecimentos públicos (centros de saúde, hospitais, escolas, infantários, lares de terceira idade, centros de dia), estabelecimentos comerciais, casas particulares e fontenários públicos. 3.2. Parâmetros Avaliados 3.2.1. Parâmetros Bacteriológicos Os parâmetros bacteriológicos avaliados são os estabelecidos no Anexo I do Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto: Bactérias coliformes, Escherichia coli, Enterococos, Clostridium perfringens, N.º de colónias 22ºC/72h, N.º de colónias 37ºC/48h e Pseudomona aeruginosa.





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3.2.2. Parâmetros Físico-Químicos A análise de parâmetros físico-químicos é efetuada de acordo com a capacidade técnica disponível no Laboratório de Saúde Pública. Os parâmetros físico-químicos avaliados são: Cloro residual livre, Temperatura, Condutividade, pH, Turvação, Nitratos, Nitritos, Oxidabilidade, Ferro, Cloretos e Fluoretos. A determinação do Cloro residual livre e Temperatura é efetuada no momento da colheita. 4. AVALIAÇÃO DO PROGRAMA REFERENTE A 2013 4.1. Avaliação Pontual A avaliação pontual é feita de acordo com os indicadores de qualidade do Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto. A apreciação feita a cada amostra analisada é a seguinte:

Qualidade Própria - Se nenhum dos parâmetros ultrapassar os valores paramétricos (Anexo I do Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto);

Qualidade Imprópria - Se algum dos parâmetros ultrapassar os valores paramétricos (Anexo I do Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto).

4.2. Apresentação dos Resultados A avaliação da qualidade bacteriológica da água desenvolvida no âmbito do Programa de Vigilância Sanitária da Água Destinada ao Consumo Humano na Região Autónoma da Madeira no ano 2013, foi efetuada com base na realização de 431 análises, das quais 87,0% (375 análises) encontravam-se com Qualidade Própria e 13,0% (56 análises) com Qualidade Imprópria. De forma a avaliar a evolução da qualidade da água nos últimos 5 anos (2009 a 2013), apresenta-se na Figura 1 os resultados referentes a este período.

Figura 1 – Percentagem de análises de qualidade Própria e Imprópria no período de 2009 a 2013





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A avaliação da qualidade bacteriológica da água por concelho é representada na Figura 2.

Figura 2 – Percentagem de análises de qualidade Própria e Imprópria por concelho em 2013

Em relação aos incumprimentos da qualidade da água, observa-se na Figura 3, que Bactérias coliformes é o parâmetro bacteriológico com maior número de incumprimentos (42%), seguido de Escherichia coli (28%), Enterococos (22%), Pseudomonas aeruginosa (4%), Clostridium perfringens (2%) e parâmetros Físico-Químicos com 3% (ferro).

Figura 3 – Percentagem de parâmetros bacteriológicos em incumprimento no ano 2013

Atendendo a que os riscos imediatos para a população, são os associados aos parâmetros bacteriológicos e uma vez que o cloro residual livre funciona como barreira sanitária, compreende-se que o seu teor seja um dos melhores indicadores para a avaliação dos sistemas, cujo intervalo de





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variação deverá situar-se entre 0,2 e 0,6 mg/l. Na figura 4 mostra-se a percentagem de teor de cloro residual livre nas análises efetuadas, por concelho.

Figura 4 - Distribuição do teor em cloro residual livre por concelho

De acordo com o artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 306/2007, de 27 de agosto, a água distribuída deve ser submetida a um processo de desinfeção. Esta obrigação entrou em vigor a 1 de janeiro de 2009 (art.º 41.º). ANEXOS

Anexo A – Avaliação relativa aos parâmetros bacteriológicos – 2013

Anexo B – Avaliação relativa ao parâmetro cloro residual livre – 2013

Anexos C a M – Evolução da qualidade da água para consumo humano por concelho –

2009/2013

Instituto de Administração da Saúde e Assuntos Sociais, IP-RAMUnidade Flexível de Engenharia Sanitária

PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA ÁGUA DESTINADA AO CONSUMO HUMANO2013

CONCELHO Nº ANÁLISES PRÓPRIA % IMPRÓPRIA %Calheta 56 67,9 32,1Câmara de Lobos 34 73,5 26,5Funchal 105 100,0 0,0Machico 38 92,1 7,9Ponta do Sol 30 76,7 23,3Porto Moniz 16 100,0 0,0Ribeira Brava 38 94,7 5,3Santa Cruz 46 93,5 6,5Santana 32 87,5 12,5S. Vicente 30 66,7 33,3Porto Santo 6 100,0 0,0

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

Calheta Câmarade Lobos

Funchal Machico Ponta doSol

PortoMoniz

RibeiraBrava

SantaCruz

Santana S. Vicente PortoSanto

PERCENTAGEM DE ANÁLISES DE QUALIDADE PRÓPRIA E IMPRÓPRIAPOR CONCELHO - 2013

PRÓPRIA % IMPRÓPRIA %

Anexo A


Calheta 56 80 20 0Câmara de Lobos 34 38 41 21Funchal 105 9 84 8Machico 38 26 68 5Ponta do Sol 30 33 67 0Porto Moniz 16 31 69 0Ribeira Brava 38 42 47 11Santa Cruz 46 15 85 0Santana 32 34 31 34S. Vicente 30 83 17 0Porto Santo 6 33 67 0

PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA ÁGUA DESTINADA AO CONSUMO HUMANOAVALIAÇÃO RELATIVA AO PARÂMETRO CLORO RESIDUAL LIVRE (%) - 2013

Nº ANÁLISES REALIZADASCONCELHO < 0,2 mg/l 0,2 a 0,6 mg/l > 0,6 mg/l

80

38

9

2633 31

42

15

34

83

33

20

41

84

6867 69 47

8531

17

67

218 5 11

34

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

Calheta Câmarade Lobos

Funchal Machico Ponta doSol

PortoMoniz

RibeiraBrava

SantaCruz

Santana S. Vicente PortoSanto

TEOR EM CLORO RESIDUAL LIVRE (CRL) POR CONCELHO - 2013

% análises com teor de CRL <0.2mg/l % análises com teor de CRL entre 0.2 e 0.6 mg/l

% análises com teor de CRL >0.6 mg/l

Anexo B


PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA ÁGUA DESTINADA AO CONSUMO HUMANOCALHETA - 2009/2013

ANO Nº ANÁLISES BACTERIOLÓGICAS PRÓPRIA % IMPRÓPRIA %

2009 58 72,4 27,62010 28 53,6 46,42011 56 64,3 35,72012 28 50,0 50,02013 56 67,9 32,1

A classificação da qualidade da água é efetuada de acordo com o Decreto-Lei n.º 306/2007:

Própria - Se nenhum dos parâmetros ultrapassar os valores paramétricos;

Imprópria - Se algum dos parâmetros ultrapassar os valores paramétricos.

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

2009 2010 2011 2012 2013

Perc

enta

gem

Ano

Evolução da Qualidade da Água Destinada ao Consumo Humano no Concelho da Calheta - 2009/2013


Anexo C - Calheta


PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA ÁGUA DESTINADA AO CONSUMO HUMANOCÂMARA DE LOBOS - 2009/2013


2009 36 66,7 33,32010 19 52,6 47,42011 35 71,4 28,62012 34 73,5 26,52013 34 73,5 26,5




0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

2009 2010 2011 2012 2013

Perc

enta

gem

Ano

Evolução da Qualidade da Água Destinada ao Consumo Humano no Concelho de Câmara de Lobos - 2009/2013


Anexo D - Câmara de Lobos


PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA ÁGUA DESTINADA AO CONSUMO HUMANOFUNCHAL - 2009/2013


2009 113 97,3 2,72010 110 92,7 7,32011 103 96,1 3,92012 99 98,0 2,02013 105 100,0 0,0




0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

2009 2010 2011 2012 2013

Perc

enta

gem

Ano

Evolução da Qualidade da Água Destinada ao Consumo Humano no Concelho do Funchal - 2009/2013


Anexo E - Funchal


PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA ÁGUA DESTINADA AO CONSUMO HUMANOMACHICO - 2009/2013


2009 38 86,8 13,22010 38 94,7 5,32011 36 94,4 5,62012 18 100,0 0,02013 38 92,1 7,9




0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

2009 2010 2011 2012 2013

Perc

enta

gem

Ano

Evolução da Qualidade da Água Destinada ao Consumo Humano no Concelho de Machico - 2009/2013


Anexo F - Machico


PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA ÁGUA DESTINADA AO CONSUMO HUMANOPONTA DO SOL - 2009/2013


2009 38 78,9 21,12010 22 63,6 36,42011 30 53,3 46,72012 15 80,0 20,02013 30 76,7 23,3




0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

2009 2010 2011 2012 2013

Perc

enta

gem

Ano

Evolução da Qualidade da Água Destinada ao Consumo Humano no Concelho da Ponta do Sol - 2009/2013


Anexo G - Ponta do Sol


PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA ÁGUA DESTINADA AO CONSUMO HUMANOPORTO MONIZ - 2009/2013


2009 19 89,5 10,52010 16 100,0 0,02011 13 92,3 7,72012 16 100,0 0,02013 16 100,0 0,0




0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

2009 2010 2011 2012 2013

Perc

enta

gem

Ano

Evolução da Qualidade da Água Destinada ao Consumo Humano no Concelho do Porto Moniz - 2009/2013


Anexo H - Porto Moniz


PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA ÁGUA DESTINADA AO CONSUMO HUMANORIBEIRA BRAVA - 2009/2013


2009 41 82,9 17,12010 52 71,2 28,82011 38 78,9 21,12012 19 73,7 26,32013 38 94,7 5,3




0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

2009 2010 2011 2012 2013

Perc

enta

gem

Ano

Evolução da Qualidade da Água Destinada ao Consumo Humano no Concelho da Ribeira Brava - 2009/2013


Anexo I - Ribeira Brava


PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA ÁGUA DESTINADA AO CONSUMO HUMANOSANTA CRUZ - 2009/2013


2009 49 91,8 8,22010 49 89,8 10,22011 48 91,7 8,32012 23 82,6 17,42013 46 93,5 6,5




0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

2009 2010 2011 2012 2013

Perc

enta

gem

Ano

Evolução da Qualidade da Água Destinada ao Consumo Humano no Concelho de Santa Cruz - 2009/2013


Anexo J - Santa Cruz


PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA ÁGUA DESTINADA AO CONSUMO HUMANOSANTANA - 2009/2013


2009 40 65,0 35,02010 35 71,4 28,62011 32 78,1 21,92012 32 93,8 6,22013 32 87,5 12,5




0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

2009 2010 2011 2012 2013

Perc

enta

gem

Ano

Evolução da Qualidade da Água Destinada ao Consumo Humano no Concelho de Santana- 2009/2013


Anexo K - Santana


PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA ÁGUA DESTINADA AO CONSUMO HUMANOSÃO VICENTE - 2009/2013


2009 32 53,1 46,92010 30 53,3 46,72011 30 46,7 53,32012 30 53,3 46,72013 30 66,7 33,3




0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

2009 2010 2011 2012 2013

Perc

enta

gem

Ano

Evolução da Qualidade da Água Destinada ao Consumo Humano no Concelho de São Vicente - 2009/2013


Anexo L - São Vicente


PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA ÁGUA DESTINADA AO CONSUMO HUMANOPORTO SANTO - 2009/2013


2009 12 100 0,02010 12 100 0,02011 20 75,0 25,02012 7 85,7 14,32013 6 100,0 0,0




0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

2009 2010 2011 2012 2013

Perc

enta

gem

Ano

Evolução da Qualidade da Água Destinada ao Consumo Humano no Concelho do Porto Santo - 2009/2013


Anexo M - Porto Santo

Documents

PROGRAMA DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA DA ÁGUA … · Figura 4 - Distribuição do teor em cloro residual livre por concelho De acordo com o artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 306/2007,