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Programação e Caderno de Resumos
Campo Grande, MS 2017
IV ENCONTRO DE HISTÓRIA DA
EDUCAÇÃO DA REGIÃO-CENTRO
OESTE
Programação e Caderno
de Resumos
Organização
Ademilson Batista Paes
Kátia Cristina Nascimento Figueira
Data: 22 a 25 de novembro de 2017
Local: UEMS/Campo Grande
Campo Grande, MS
2017
Bibliotecária Responsável: Susy dos Santos Pereira - CRB1º/1783
IV Encontro de História da Educação (4.: 2017: Campo
Grande, MS)
Programação e Caderno de Resumos do IV Encontro de
História da Educação/ IV Encontro de História da Educação;
Campo Grande, MS (Brasil)/ Organização Ademilson Batista
Paes e Kátia Cristina Nascimento Figueira. -- Campo Grande,
MS: UEMS, 2017.
317f. il.
ISBN: 978-85-99540-80-0
1. Educação. 2. Educação escolar. 3. História da
educação. I. Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. II.
Ademilson Batista Paes. III. Kátia Cristina Nascimento
Figueira. IV. Estela Natalina Mantovani Bertoletti.
CDD – 370.9
IV ENCONTRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DA REGIÃO-CENTRO
OESTE
COORDENAÇÃO GERAL Prof. Dr. Ademilson Batista Paes (UEMS) Prof.ª Dr.ª Kátia Cristina Nascimento Figueira (UEMS) REALIZAÇÃO Programa de Pós-Graduação -Mestrado em Educação (Paranaíba/MS) Programa de Pós-Graduação – Mestrado Profissional em Educação (Campo Grande/MS) COMITÊ CIENTÍFICO Prof.ª Dr.ª Estela Natalina Mantovani Bertoletti (UEMS) – Presidente Prof.ª Dr.ª Adriana Aparecida Pinto (FCH-UFGD) Prof.ª Dr.ª Alessandra Cristina Furtado (FAED-UFGD) Prof.ª Dr.ª Carla Villaimana Centeno (UEMS) Prof. Dr. Carlos Edinei Oliveira (UNEMAT) Prof.ª Dr.ª Elizabeth Figueiredo de Sá (IE/UFMT) Prof.ª Dr.ª Eurize Caldas Pessanha (UFGD) Prof.ª Dr.ª Eva Waisros Pereira (UnB) Prof.ª Dr.ª Léia Teixeira Lacerda (UEMS) Prof.ª Dr.ª Maria Zeneide Carneiro Magalhães de Almeida (PUC/GO) Prof.ª Dr.ª Regina Tereza Cestari de Oliveira (UCDB) Prof.ª Dr.ª Rubia-Mar Nunes Pinto (UFG) Prof.ª Dr.ª Tânia Regina Zimmermann (UEMS) Prof. Dr. Wolney Honório Filho (UFG/Catalão) COMISSÃO ORGANIZADORA Ana Cléia de Oliveira Páscoa Martins Yoshizaki (Acadêmica do curso de Pedagogia UEMS/Paranaíba) Daniela Aparecida da Silva Sales (Rede Privada de Ensino/ Mestranda UEMS/Paranaíba) Edna Silva Simões (Acadêmica do curso de Pedagogia UEMS/Paranaíba) Prof. Dr. Fernando Luís Oliveira Athayde Paes (UEMS) Laís Tosta Mendes de Freitas (Mestranda UEMS/Paranaíba) Me. Renato Lustosa Sobrinho (Técnico-Administrativo UEMS/Paranaíba) Me. Susy dos Santos Pereira (Bibliotecária UEMS/Paranaíba)
_________________________APOIO____________________________
PROGRAMAÇÃO
22/11/2017
8h às 11h – Credenciamento no hall do Anfiteatro
13h às 17h – Credenciamento no hall do Anfiteatro
19h – Apresentação cultural e cerimônia de abertura
Local: Anfiteatro
20h – Conferência – A História Cultural, as linguagens e as manifestações:
inúmeros caminhos para se conhecer e ensinar história
Profa. Dra. Rosângela Patriota Ramos – UFU (GT História Cultural – ANPUH)
Local: Anfiteatro
23/11/2017
8h às 10h – Mesa-redonda: Gênero, história e educação: articulações entre
memória e educação
Debatedores/Expositores:
Prof.ª Dr.ª Eliane Martins de Freitas (UFG/RC)
Prof.ª Dr.ª Júlia Matos (FURG)
Mediadora:
Prof.ª Dr.ª Jaqueline Ap. M. Zarbato (UFMS)
Local: Anfiteatro
10h às 12h – Mesa-redonda: História da infância e da educação da criança no Centro-Oeste: experiências e perspectivas de pesquisa
Debatedores/Expositores:
Prof.ª Dr.ª Magda Sarat (UFGD)
Prof.ª Dr.ª Elizabeth Figueiredo de Sá (UFMT)
Prof.ª Me. Maria Eduarda Ferro (UEMS)
Mediador:
Prof. Dr. Klinger Theodoro Ciríaco (UFMS)
Local: Anfiteatro
10h às 12h – Mesa-redonda: A história das instituições escolares na história da educação do Centro-Oeste: percursos de pesquisas Debatedores/Expositores:
Prof.ª Dr.ª Jacira Pereira do Valle (UFMS) Prof.ª Dr.ª Maria do Carmo Brazil (UFGD)
Prof.ª Dr.ª Maria Zeneide Carneiro Magalhães de Almeida (PUC-Goiás) Mediadora: Prof.ª Dr.ª Alessandra Cristina Furtado (UFGD)
Local: Sala S09 – Bloco D (azul)
14h às 16h – Mesa-redonda: História da educação especial no Centro-Oeste: fontes, instituições e práticas Debatedores/Expositores: Prof.ª Dr.ª Dulcéria Tartuci (UFG) Prof. Me. Giovani Ferreira Bezerra (UFMS/Campus Naviraí)
Prof.ª Dr.ª Nesdete Mesquita Corrêa (UFMS/Campus Pantanal)
Mediadora:
Prof.ª Dr.ª Celi Corrêa Neres (UEMS)
Local: Anfiteatro
16h às 18h – Mesa-redonda: Instituições escolares e sua materialidade: o
público e o privado em questão
Debatedores/Expositores:
Prof.ª Dr.ª Marta Banducci Rahe (UFMS)
Prof.ª Dr.ª Stella Sanches Oliveira Silva (UFMS)
Prof.ª Dr.ª Valdeniza Maria Lopes da Barra (UFG)
Prof.ª Dr.ª Wanderlice da Silva Assis (UFMS)
Mediadora:
Prof.ª Dr.ª Eurize Caldas Pessanha (UFGD)
Local: Anfiteatro
19h– Apresentação cultural Palestra – “O que caracterizava a todos nós era sermos descontentes”: possibilidades da história oral no estudo da história da educação
Prof.ª Dr.ª Verena Alberti (UERJ/FGV)
Local: Anfiteatro
24/11/2017 8h às 10h – Mesa-redonda: Impressos na história da educação do Centro-Oeste Debatedores/Expositores: Prof.ª Dr.ª Diane Valdez (UFG) Prof.ª Dr.ª Kênia Hilda Moreira (UFGD)
Prof.ª Dr.ª Bárbara Cortella Pereira de Oliveira (UFMT) Mediadora: Prof.ª Dr.ª Estela Natalina Mantovani Bertoletti (UEMS/Paranaíba)
Local: Anfiteatro
10h às 12h – Mesa-redonda: Fontes históricas, cultura escolar e história da
educação
Debatedores/Expositores:
Prof.ª Dr.ª Dilza Porto Gonçalves (UFMS)
Prof.ª Me Fabricia Pereira Stein Jubrica (UFMS/SEMED, Campo Grande)
Prof.ª Dr.ª Jaqueline Ap. M. Zarbato (UFMS)
Mediadora:
Prof.ª Dr.ª Stella Oliveira – mediadora (UEMS/UFMS)
Local: Anfiteatro
10h às 12h – Mesa-redonda: Impressos jornalísticos e instituições escolares na era Vargas: leituras possíveis Debatedores/Expositores:
Prof. Dr. Carlos Edinei de Oliveira (Unemat / Campus Barra do Bugres) Prof.ª Dr.ª Regiane Cristina Custódio (Unemat / Campus Tangará da Serra)
Prof.ª Dr.ª Nilce Vieira Campos Ferreira (UFMT/ Cuiabá)
Mediadora:
Prof.ª Dr.ª Silvia Maria dos Santos Stering (IFMT – Campus Cuiabá)
Local: Sala S09 – Bloco D (azul)
13h30 às 17h – Comunicações Orais
19h– Apresentação cultural
Palestra – Contribuições do materialismo histórico-dialético para a História da
Educação
Prof. Dr. José Luis Sanfelice (Univas/UNICAMP)
Local: Anfiteatro 25/11/2017
9h às 10h – Pôsteres
Local: Hall do Anfiteatro
10h às 11h – Lançamento de livros
Local: Hall do Anfiteatro
11h às 12h – Reunião de grupos de pesquisa; avaliação do evento; informe
financeiro e definição da próxima sede
Local: Anfiteatro
SUMÁRIO
Comunicações
GRUPO DE TRABALHO (GT 01) Aiene Rizza Melo Eliane Martins Freitas
Ariane Cristina Xavier
DIVERSIDADE E MOVIMENTOS SOCIAIS DIDÁTICA DA HISTÓRIA: mulheres no período do estado novo...................................43
A DIVERSIDADE RELIGIOSA E A FECUNDIDADE DA HISTÓRIA ORAL...............................................................44
Cláudia Maria F. Campos Maria Marta Lopes Flores Edna Silva Simões Elizangela de Rezende Silva
Felipe Silva de Freitas
Fernando Luís O. Athayde Paes
INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: um espaço possível e necessário.......................45
REZADEIRAS E REZADORES NO CENÁRIO BRASILEIRO..............................46
NEGROS E AFRODESCENDENTES NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL (2004-2016)......................47
CORAÇÃO DE ESTUDANTE: o que os ocupantes apreenderam com as ocupações em Goiás, e como refletiram no espaço e nas relações escolares..............................................48
HOMOSSEXUALIDADE INDÍGENA KAIOWÁ EM MATO GROSSO DO SUL: memória e trajetórias de vidas...................................................................49
Gilsene Daura da Silva Barros Ivone das Dores de Jesus
Jonatas Roque Ribeiro
Lais Tosta Mendes de Freitas
Léia Teixeira Lacerda Kátia Cristina N. Figueira Maria Leda Pinto Magno Nunes Farias Wender Faleiro
Marcirene Selzler Vaz Micilene Todoro Ventura
Sanderson Pereira Leal
Simoni Santos Siqueira Carlos Alberto dos Santos Dutra
AS REPERCUSSÕES DA POLÍTICA EDUCACIONAL BRASILEIRA PARA A INCLUSÃO ESCOLAR E SEUS REFLEXOS NA INSERÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO....................................................50
“TEMPLOS DA SABEDORIA, PARAÍSOS DA PROSPERIDADE”: associativismo negro e educação em Minas Gerais no pós-abolição.............................................................51
LESBIANIDADES NO CONTEXTO ESCOLAR E O FEMININO EM SUAS MÚLTIPLAS FORMAS DE SER...................52
GÊNERO E SEXUALIDADES: histórias e memórias na linguagem de idosos do século XX.....................................................................53
EDUCAÇÃO DO CAMPO E DECOLONIALIDADE: um olhar para os princípios educativos dos movimentos sociais do campo...........................................................54
O PAPEL DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA, PROFESSOR REGENTE E AUXILIAR PEDAGÓGICO ESPECIALIZADO NA INSERÇÃO ESCOLAR DE UM ALUNO AUTISTA.......55
A TEMÁTICA INDÍGENA NO CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO DE MATO GROSSO DO SUL: uma análise a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394 de 1996.......................56
A TRAJETÓRIA DO POVO OFAIÉ: dos primeiros viajantes aos dias atuais...................57
GRUPO DE TRABALHO (GT 02)
Ademilson Batista Paes Fernando Luís Oliveira A. Paes
Adriana Aparecida Pinto
Adriana Espindola Britez Jacira Helena do V. P. Assis Stephanie Amaya
Airta Platero de Souza Cabreira Diogo da Silva Roiz
Alessandra de Oliveira Santos Bruna Ester Gomes Yamashita Tony Honorato
Christian Gonçalves Ana Carolina Brasil
Cinthya Lorena Larrea Viera Kênia Hilda Moreira
FONTES, CATEGORIAS E MÉTODOS DE PESQUISA NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
ARQUIVOS ESCOLARES NO LESTE DE MATO GROSSO DO SUL: organização e digitalização de acervos.....................................59
A INSTRUÇÃO/EDUCAÇÃO E A IMPRENSA PERIÓDICA EM MATO GROSSO: diálogos e contendas......................60
A PERSPECTIVA BIOGRÁFICA NA HISTORIOGRAFIA REGIONAL: a trajetória de Oliva Enciso no campo educacional de Campo Grande – MS.......................................61
O USO DAS CENAS FÍLMICAS: desafios sobre a implementação da Lei 10.639/03 na Escola Municipal Professor Adenocre Alexandre de Morais na cidade de Costa Rica/MS............................................................62
INSTRUÇÃO SECUNDÁRIA, DOCUMENTOS E HISTORIOGRAFIA: uma (re)leitura das fontes para as pesquisas na história da educação em Goiás (1860-1888)....63 AÇÃO DA CÂMARA E EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO DE LONDRINA (1936-1960)..................................................................64
“SEM PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO”: o uso dos desfiles das escolas de samba em sala de aula.....................65
ESCOLA NORMAL N° 16 UMA INSTITUIÇÃO ESCOLAR DA CIDADE DE PEDRO JUAN CABALLERO-PY. PESQUISA HISTÓRICA. QUESTÕES TEÓRICO-METODOLÓGICAS....................66
Danielly Cardoso da Silva Diane Valdez
Diogo Jansen Ribeiro Dyemison Phabulo C. de Pintor
Edna Pereira dos Santos Ferreira Eliane Maria Amaro Maria do Carmo Brazil Marcel dos Santos Borba
Fernanda Isaura M. Mirim Wilson Sandano
Fernanda Silva Camargo
Fernando Vendrame Menezes
Getúlio Raimundo de Lima Maria Aparecida Alves Ribeiro
MOBRAL: uma visão da proposta nacional.............................................................67
O PRIMEIRO GINÁSIO MUNICIPAL NA CIDADE DE ANÁPOLIS-GO E A ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSO.............................68
EDUCAÇÃO ARTÍSTICA EM MATO GROSSO DO SUL: dilemas que a história pode explicar (1971-1992)................................69
“A INTRODUCÇÃO DA SCIENCIA NO AMAGO DA INSTRUCÇÃO POPULAR DESDE A ESCOLA”: o lugar das ciências naturais na legislação........................................70
ESCOLA FRANCISCANA IMACULADA CONCEIÇÃO: fontes para o estudo de instituições educativas na fronteira Brasil-Paraguai (1955-1972)........................................71
A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS MUNICIPAIS DE SOROCABA (1970-2000)................................72
JORNAL PARANÁ-NORTE COMO FONTE DE PESQUISA PARA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO....................................................73
ANÁLISE COMPARADA DAS DISCIPLINAS ESCOLARES PRATICADAS EM DOIS COLÉGIOS PÚBLICOS DE ENSINO SECUNDÁRIO DE BELO HORIZONTE E CAMPO GRANDE (1930 – 1970)..................................................................74
A POLÍTICA EDUCACIONAL NOS RELATÓRIOS MEIRA MATOS E DO GRUPO DE TRABALHO DO MEC.............75
Izadora Maria Martins Lucas Lino da Silva Fernanda Barros Jacqueline da Silva Nunes Geone dos Santos Bernardo
Jorge Delmar da R. da Silva Junior Renato Nésio Suttana
Juarez José Tuchinski dos Anjos
Karolyne Camargo Marques Crystyne Silva de Matos Gomes Kátia Cristina N. Figueira Leia Teixeira Lacerda
Kleberson Rodrigo V. de Oliveira
Leicy Francisca da Silva Lucas Batista Hernandes Tony Honorato
O ENSINO SECUNDÁRIO NA PRIMEIRA REPÚBLICA: formação da cidadania............76 UMA ANÁLISE SOBRE: as brincadeiras lúdicas na infância nos parques de Dourados através da fotografia..........................................77
O LIVRO DE LITERATURA COMO FONTE DA EXPERIÊNCIA DE LEITURA NA ESCOLA DO ENSINO FUNDAMENTAL...78
MANUAIS ESCOLARES OITOCENTISTAS NO ACERVO DE OBRAS RARAS DA BIBLIOTECA DA UnB: inventário e possibilidades de pesquisa................................79
A PRÁTICA DE CATALOGAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS E A PESQUISA EM HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DO GRUPO DE PESQUISA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO E MEMÓRIA...........................80
FONTES PARA A HISTORIOGRAFIA DA EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO DO SUL DO CENTRO DE EDUCAÇÃO EM EDUCAÇÃO, DIVERSIDADE CULTURAL E LINGUAGENS DE MATO GROSSO DO SUL...................................................................81
MADUREZA E BOURDIEU.........................82
ESCOLA, EDUCANDÁRIO EUNICE WEAVER: arquivo documental e histórico............................................................83
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO E ARQUIVOS ESCOLARES: o caso do colégio Estadual Rio Branco de Santo Antonio da Platina-PR........84
Luci Panucci
Márcia Campos M. Guimarães Kênia Guimarães F. Camargo
Nayanne do Nascimento Silva Kênia Hilda Moreira
Nosli César de Jesus Bento Nubea Rodrigues Xavier Magda Sarat
Regiane Cristina Custódio
Rita Tatiana Cardoso Erbs
Sandra Novais Sousa Bárbara de Carvalho Ortega Loren Katiuscia Paiva da Silva
Silvano Ferreira de Araújo
Tatiana Sasse Fabiano Ribeiro
HISTÓRIA ORAL: um registro biográfico de uma professora alfabetizadora de imigrantes, filhos de japoneses no município de Pereira Barreto/SP (1955-1965)...................................85
HISTÓRIA E CULTURA: tecendo
relações..............................................................86
A DISCIPLINA ESCOLAR EDUCAÇÃO ARTÍSTICA NO ENSINO SECUNDÁRIO: localização, acesso e seleção de fontes..............87
MEMÓRIAS DE FAMÍLIA E ESCOLA: relatos de mulheres transgêneras a partir da história oral.....................................................................88
A ERA VARGAS EM MATO GROSSO: o jornal “A cruz” e a representação do ideal de educação............................................................89 OS OUTROS NA NARRATIVA: uma proposta de análise para os materiais coletados nas pesquisas com histórias de vida e narrativas (auto)biográficas................................................90
HISTÓRIAS DE VIDA COMO FONTE DE PESQUISA EM HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO: relatos de professores aposentados da UFMS......................................91
A EDUCAÇÃO NAS MENSAGENS DO GOVERNADOR FERNANDO CORRÊA DA COSTA (1961-1964).........................................92
“ILUMINA O PAÍS EM QUE NASCESTES” INSTRUÇÃO E CIVILIZAÇÃO NA IMPRENSA GOIANA: a matutina meiapontense (1830 – 1834)............................93
Thais Jussara de Oliveira G. Isidro Maria Lúcia da Silva Nunes Verônica Pereira Viana
GRUPO DE TRABALHO (GT 03)
Abigail Ferreira Alves Astofe
Alana de Oliveira Barbosa
Alessandra Viegas Josgrilbert
Ana Cléia de O. P. M. Yoshizaki
Ana Lucia Pereira B. Ebenritter Alessandra Cristina Furtado
Aparecida Maria A. Barros Rafael Vasconcelos de Oliveira
A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFPB................................................................94
REVISTA DE EDUCAÇÃO DE GOIÁS (1937-1962): a veiculação dos preceitos higienistas na imprensa pedagógica........................................95 INSTITUIÇÕES, CULTURAS E PRÁTICAS ESCOLARES CAMPANHA NACIONAL DE EDUCANDÁRIOS GRATUITOS NO SUL DE MATO GROSSO (1949): em perspectiva agentes e campo educacional...........................97
A AÇÃO SOCIAL E RELIGIOSA DE Pe. MARCOS MARTINEZ ROYO NA SOCIEDADE NOVAANDRADINENSE......98 A INFLUÊNCIA DA IGREJA NA EDUCAÇÃO FORMAL NA CIDADE DE PONTA PORÃ................................................99
INSTITUIÇÕES EDUCATIVAS EM MATO GROSSO DO SUL: a história da Escola Visconde de Cairu..........................................100 OS IMIGRANTES JAPONESES E O PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO NO DISTRITO DO GUASSÚ – MT: a Escola da fazenda Miya (1965 a 1977)...........................101
INSTITUIÇÕES ESCOLARES: foco e enfoque das pesquisas produzidas no centro oeste.....102
Ariadne Souza Teixeira Carla Villamaina Centeno César Augusto Martins de Souza
Cláudia de Cillo M. Neri Nedina Roseli M. Stein
Claudiani Ferreira da C. Rodelini
Daniela Aparecida da Silva Sales
Daniela Pereira Versieux
Dayanna Pereira dos Santos Lidiane de Lemos S. Pereira Kamylla Pereira Borges
INSTITUIÇÕES DE ENSINO E CLASSES SOCIAIS: a cada um segundo suas possibilidades..................................................103
A EXPERIÊNCIA DE PASCHOAL LEMME NA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DIDÁTICO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (1934-1936).................................104
DITADURA E TRANSFORMAÇÕES NAS POLÍTICAS E NO COTIDIANO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR NA TRANSAMAZÔNICA, NA DÉCADA DE 1970.................................................................105
HISTÓRIA DA ESCOLA ESTADUAL SALOMÉ DE MELO ROCHA E SUA IMPORTÂNCIA NA CIDADE DE GUIA LOPES DA LAGUNA...................................106
A PRESENÇA DOS FRANCISCANOS NA HISTORIA DA EDUCAÇÃO EM ITAPORÃ-MT: grupo escolar Antonio João Ribeiro (1957-1972)...............................................................107 INSTITUIÇÕES ESCOLARES FRANCISCANAS NO BRASIL...................108
A CRIAÇÃO DO GRUPO ESCOLAR AMERICANO DO BRASIL E O ENSINO PRIMÁRIO EM FORMOSA, GOIÁS (1934-1946)...............................................................109
A “NOVA” REFORMA DO ENSINO MÉDIO E OS “VELHOS” DESAFIOS À EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA NOS INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO..................................................110
Deuzenir Dias F. Barbosa Rubia-Mar Nunes Pinto
Élida Galvão do Nascimento Danielle A. do N. dos Santos
Emilene Fontes de Oliveira Bianca Soler
Emmanuel Lima Cordeiro
Estela Natalina Mantovani Bertoletti
Fabricia Pereira Stein Jubrica
Fanny Silva Valdez Maria do Carmo Brazil Marcel dos Santos Borba Fátima Pacheco de S. Inácio
Fernanda Barros
BRINCANDO DE LAVOURA NO CORAÇÃO DO BRASIL: o caso dos Clubes Agrícolas Escolares em Goiás (1930-1960)................................................................111
MAPEAMENTO DAS PRODUÇÕES ACADÊMICAS SOBRE EDUCAÇÃO ESPECIAL......................................................112
ESCOLARIZAÇÃO DA INFÂNCIA RURAL NO CONTEXTO DA ESCOLA DE ITAICY: um olhar para uma instituição de iniciativa privada.............................................................113
CASA DA MEMÓRIA DE ITURAMA (MG): acervo para a história da educação................114 HISTÓRIA DO ENSINO DE LEITURA E ESCRITA NA ESCOLA PRIMÁRIA (PARANAÍBA/MS. 1950-1960): Vamos Estudar?...........................................................115
ENTRE AS PAREDES DO EDUCANDÁRIO GETÚLIO VARGAS (1941-1969).................116
EXPANSÃO EDUCACIONAL NO SUL DE MATO GROSSO DO SUL: o caso do seminário Santo Antônio e da Escola Reunida São Pedro (1960 - 1990).................................117
A CRIAÇÃO DO GRUPO ESCOLAR PEDRO LUDOVICO EM GOIANDIRA GOIÁS............................................................118
O LYCEU DE GOYAZ: instituição a serviço do poder público provincial................................119
Franciele Cristina da Silva Celi Corrêa Neres
Graciele Alves de Brito Silveira
Graziela de Brito Napi Celi Corrêa Neres
Heloanny Araujo de M. Nunes
Hellen Caroline V. Monteiro Margarita Victoria Rodríguez Paolla Rolon Rocha
Ingrid Pelissari Kravos Marcos Gerhalt Ivanillian Ferreira Paislandim
Jaíne Massirer da Silva
Jéssica Lima Urbieta
PERCURSO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO DOS ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA/SURDEZ E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS...................................................120
ENSINO DE GEOGRAFIA: uma prática que vai além do livro didático...............................121
O BENEFÍCIO DA PRESTAÇÃO CONTINUADA ÀS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA NO CONTEXTO HISTÓRICO E LEGAL BRASILEIRO........122
POLÍTICA DE ATENDIMENTO DOS ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI: garantia de direitos ou mecanismo de controle social?................................................123
FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM TRÊS LAGOAS, SUL DE MATO GROSSO (1952-1975).....................................................124
EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA BRASIL: uma revisão historiográfica.....................................125 A "CEFETIZAÇÃO" DA ESCOLA TÉCNICA FEDERAL DE GOIÁS...................................126 NARRATIVAS ESCOLARES NO PERIÓDICO “VIDA ESCOLAR: ORGÃO DOS ESTUDANTES DE CAMPO GRANDE”: uma análise da cultura escolar sul-mato-grossense na década de 1930...............127
A ORGANIZAÇÃO DA CAMPANHA NACIONAL DE EDUCANDÁRIOS GRATUITOS NO SUL DE MATO GROSSO: notas de estudo sobre o ginásio Barão do Rio Branco (1940-1970)........................................128
Jéssica Taís de Oliveira Silva Vivian Iwamoto
Joana Dark Izaias Ramos
João Carlos Zoti Adriana Aparecida Pinto
Jorge Luiz Zaluski
José Henrique dos S. Barbosa Sandra Elaine A. de Abreu
Juliana Gonçalves dos Santos Robson Andre de O. Curcino
Kênia Hilda Moreira Alessandra Viegas Josgrilbert Raissa Araújo Gomes
Laura da Anunciação Salomão
Letícia Casagrande Oliveira
HISTÓRIA ORAL E A VOZ DA CRIANÇA: o tempo do recreio na instituição escolar.............................................................129
A LEGISLAÇÃO PARA O ENSINO DE INGLÊS NAS ESCOLAS PÚBLICAS BRASILEIRAS (1996 – 1999).......................130
A ESCOLA QUE QUERIA NASCER GRANDE: a implantação do grupo escolar Moura Andrade em nova Andradina-MT (1959 - 1964).............................................................131
DA CHÁCARA PARA O JARDIM: a separação de estudantes em uma escola “moderna” (Guarapuava-PR 1971-1983)......132
A CAIXA ESCOLAR “DR. VASCO DOS REIS GONÇALVES” DO GRUPO ESCOLAR DE LEOPOLDO DE BULHÕES/GO........133
COMEMORAÇÕES DO DOIS DE JULHO NA BAHIA SÉCULO XIX: simbologias e tensões sociais.................................................134
EDUCAÇÃO NOS LIVROS DIDÁTICOS DE “EDUCACIÓN CÍVICA Y MORAL” NO PARAGUAI DOS ANOS 1960................................................................135
ENSINO SECUNDÁRIO NO SUL DO ANTIGO MATO GROSSO: as produções científicas disponíveis na BDTD...................136
A IGREJA CATÓLICA E SUA INFLUÊNCIA NO IDEAL DE EDUCAÇÃO BRASILEIRA: o lugar da religião na Escola Estadual Coração de Maria em Campo Grande/MS.................137
Luana Tainah Alexandre Braz Joice Camila dos Santos Kochi
Marcela de Paolis
Maria Cícera Ferreira Celi Corrêa Neres
Mariza Salete Backes Silva Alessandra Cristina Furtado
Markley Florentino Carvalho Ana karoliny Teixeira da Costa
Míria Izabel Campos Adaiane Enequio Palhano Edilaine de Mello Macedo
Paulo Cezar Pardim de Sousa Renata Lourenço
Paulo Eduardo Silva Galvão
FILMES NA EDUCAÇÃO INFANTIL: as práticas docentes no viés das relações de gêneros e sexualidades...................................138
CULTURA ESCOLAR NA AMPLIAÇÃO DA JORNADA: projetos e práticas no ensino fundamental...................................................139
A EDUCAÇÃO ESPECIAL NOS PLANOS NACIONAIS DE EDUCAÇÃO: histórico e contexto da elaboração do PNE 2014/2024......................................................140
DAS FONTES ORAIS E DOCUMENTAIS A ESCRITA DA HISTÓRIA DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR RURAL: a escola municipal de primeiro grau Antonio João Ribeiro, do Distrito de Indápolis - MS (1973-1983)...............................................................141
CADÊ A LITERATURA QUE ESTAVA AQUI? A GRADE ENCOLHEU!: uma análise das grades curriculares das faculdades públicas de educação sul mato-grossenses........................................................142
INFÂNCIAS, GÊNERO E DIVERSIDADES SEXUAIS: pesquisa na educação infantil rural – Indápolis/MS..............................................143
A MÚSICA COMO "BEM CULTURAL": expressões individuais e coletivas..................144
A ESCOLARIZAÇÃO DO ESTUDANTE COM DEFICIÊNCIA E O TRABALHO DIDÁTICO....................................................145
Rafael Nunes Rosa Carlos Eduardo França
Renata Leny C. de Oliveira Kátia Cristina N. Figueira
Renata Lopes S. Ribeiro Juliana P. de Araújo
Ronaldo Rodrigues Moises José Aparecido da Costa Rosa Maria da Silva Kátia Cristina N. Figueira
Rosângela Farias da Silva
Rosemary Nantes F. Martins Celi Corrêa Neres
Rosemeire de Lourdes M. Ziliani
MARX, DURKHEIM E WEBER: os clássicos da sociologia nos livros escolares, análise centrada na organização do trabalho didático...........................................................146
O FÓRUM ON-LINE NA EaD: um espaço de discussões a respeito da história e cultura dos povos indígenas brasileiros............................147 ANÁLISE DAS PRODUÇÕES DO CENTRO OESTE SOBRE OS COLÉGIOS MILITARES E\OU OS COLÉGIOS DA POLÍCIA MILITAR.......................................................148
O USO DO SISTEMA MECDAYSE COMO ELEMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DIDÁTICO PARA A EDUCAÇÃO DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA VISUAL...............................149
A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DIDÁTICO NA ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL....................................................150
MAPA DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE ESCOLAS EM ALDEIAS NO MATO GROSSO DO SUL........................................151
MARCOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO DE ESTUDANTES COM ALTAS HABILIDADES/ SUPERDOTAÇÃO EM MATO GROSSO DO SUL.................................................................152
GOVERNAMENTALIDADE E EDUCAÇÃO: escritos e posicionamentos de jovens de Dourados/MS sobre o ensino médio..............................................................153
Rosiane Maria de Jesus
Rosileide Lima da Silva Patrícia Lúcia do Nascimento
Sabrina Manoela R. de Alencar Sebastião de Freitas Júnior Samara Grativol Eliana Maria Ferreira
Samira Saad P. Lancillotti
Sara Vital Fernandes
Silvia Maria dos Santos Stering Nilce Vieira Campos Ferreira
Silvana Maria da Silva Jeferson dos Santos
FIGUEIREDO PIMENTEL E AS TRADUÇÕES DOS CONTOS DE FADAS...........................................................154
ANÁLISE DO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO AVANÇO DO JOVEM NA APRENDIZAGEM EM MATO GROSSO DO SUL - AJA/ MS: relação educativa na organização do trabalho didático..................155
O USO DO TEATRO COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DE HISTÓRIA....................................................156 PRÁTICAS PEDAGÓGICAS PARA A PEQUENA INFÂNCIA EM DOURADOS/MS: a escola serviço de educação integral (1980-1995).......................157
LIVRO DE TEXTO OU LIVRO ESCOLAR? Considerações sobre a “série de leitura graduada Pedrinho”, de Lourenço Filho................................................................158
UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA E CULTURAL DA EDUCAÇÃO E DOS MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIAS ESCOLARES EM AMAMBAI/MS..............159
OS PROCESSOS HISTÓRICOS DE REFORMA DO ENSINO MÉDIO E SEUS IMPACTOS NO ENSINO TÉCNICO PROFISSIONAL...........................................160
MODELO ESCOLAR DE EDUCAÇÃO PUBLICA PRIMÁRIA EM MATO GROSSO DURANTE O PERÍODO DE 1930 A 1950................................................................161
Tainá da Silva Bandeira Antonio Basilio N. T. de Menezes
Tamar Naline Shumiski
Thaienn Paes Leme Alberto Renata Lourenço
Vanessa Santos Adriana Horta Faria
Wesley Fernando de A. Hilário Rosemeire de Lourdes M. Ziliani
Willianice Soares Maia
GRUPO DE TRABALHO (GT 04)
Alline Rodrigues Bento Diane Valdez
A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO ENSINO PROFISSIONAL NO MUNICÍPIO DE MOSSORÓ NO PERÍODO REPUBLICANO...........................................162
PARCERIA ENTRE INSTITUIÇÕES PRIVADAS E PÚBLICAS NA ORGANIZAÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS: coleção da olimpíada de língua portuguesa escrevendo o futuro (2002-2012)...............................................................163
REFORMA UNIVERSITÁRIA NO BRASIL – 1968: uma interface com a expansão da educação superior..........................................164 USO DE TECNOLOGIAS E JOGOS ELETRÔNICOS POR CRIANÇAS: uma “nova” parte da história................................165
MAPEAMENTO DA PRODUÇÃO ACADÊMICO-CIENTÍFICA SOBRE ENSINO MÉDIO SEGUNDO O POSICIONAMENTO DE ADOLESCENTES/JOVENS (2000-2016)...............................................................166
OS ESPELHOS DA FLORESTA: histórias de alfabetização no seio da Amazônia – Xapuri/Acre...................................................167 INTELECTUAIS E PENSAMENTOS
EDUCACIONAIS
ZILDA DINIZ FONTES: educadora para além dos muros da escola.......................................169
Ana Paula Manica Avelina Oliveira de Sousa Martins
André Luiz da Motta Silva Luciana Belissimo de Carvalho
Avelina Oliveira de Sousa Martins Ana Paula Manica
Beatriz Ribeiro Aleluia Picolini Maria Aparecida Almeida
Bruna Dutra de Araujo
Daniela Maria Ferreira Campos Maria Marta Lopes Flores Diane Valdez
Gilberto Abreu de Oliveira
Janaina Ohlweiler Milani
CONCEPÇÕES A RESPEITO DO JOGO E DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL: pelo olhar de Friedrich Froebel e Daniil Borisovich Elkonin...........................................................170
O PROFESSOR COMO INTELECTUAL EM FLORESTAN FERNANDES........................171 CRISE DE PARADIGMA SOCIAL NA CONSTRUÇÃO DE CURRÍCULO ESCOLAR......................................................172
ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL EM GOIÁS E ANÍSIO TEIXEIRA: aproximações.................................................173
JOSÉ CANDIDO DE MELLO MATTOS: internamento da infância..............................174
ANÍSIO TEIXEIRA: contribuições para a Educação Brasileira........................................175
DICIONÁRIO DE EDUCADORES/AS GOIANOS/AS: tempos e lugares de educar.............................................................176 “OS TEMPOS DE CONSTANÇA” NO SUL DE MATO GROSSO: reflexões sobre a atuação da normalista Maria Constança Barros Machado (1922-1966)....................................177
A EDUCAÇÃO NO ÂMBITO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS E GOVERNAMENTABILIDADE DA EDUCAÇÃO.................................................178
Kamila Gusatti Dias Laíse Ataides Ribeiro Maria Zeneide C. M. de Almeida Ligia Bahia de Mendonça
Maria Alice de Araújo
Maria do R. Ramos de Almeida Enilda Fernandes
Nubea Rodrigues Xavier Magda Sarat
Oseias Carmo Neves
Paula Fernandes de A. C. Neves Fernanda Welter Adams Dulcéria Tartuci
Raissa Nunes Pinto
Rômulo Pinheiro de Amorim
O AMOR MUNDI E A EDUCAÇÃO NO PENSAMENTO DE HANNAH ARENDT.......................................................179
BREVE HISTÓRIA DO BRASIL: um livro destinado às crianças......................................180
AS CONTRIBUIÇÕES DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DA ESCOLA NOVA PARA A EDUCAÇÃO ATUAL: os avanços dos métodos de ensino.........................................181
A RECONSTRUÇÃO DA EDUCAÇÃO (1932): Monteiro Lobato e a Escola Nova................................................................182
CECÍLIA MEIRELES, A INTELECTUAL, EDUCADORA E JORNALISTA DO DIÁRIO DE NOTÍCIAS (1930-1940)..........................183
PEDAGOGISMO POLÍTICO DA ESCOLA MILITAR DO RIO DE JANEIRO NO SÉCULO XIX NA FORMAÇÃO DO PENSAMENTO POLÍTICO DE EUCLIDES DA CUNHA..................................................184
CONTRIBUIÇÕES DA PEDOLOGIA DE VIGOTSKI PARA PENSAR O DESENVOLVIMENTO POR MEIO DAS VIVÊNCIAS...................................................185
VIDA E OBRA DE LITERATURA INFANTIL DA ESCRITORA PRISCILIANA DUARTE DE ALMEIDA.............................186
OS DISCURSOS SOBRE A EDUCAÇÃO PÚBLICA VEICULADOS NO JORNAL O ESTADO DE MATO GROSSO NOS ANOS 1960................................................................187
Rosely Gonçalves de Oliveira Janaina Silva de Oliveira
Rosimária Rosa do N. Evangelista
Selma Soares do Nascimento
Shayenne Schneider Silva
Silvia Helena A. de Brito Maria Angélica Cardoso Rosely Gonçalves de Oliveira
Stephanie Amaya Adriana Espindola Britez
Suzana Lopes de Albuquerque Carlota Boto
Tiago Alinor Hoissa Benfica Diogo da Silva Roiz
A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DIDÁTICO PARA FERNANDO DE AZEVEDO.....................................................188
A CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO NA VISÃO DE ANÍSIO SPÍNOLA TEIXEIRA.....................................................189 ANÍSIO TEIXEIRA, EDUCAÇÃO PÚBLICA, INCLUSÃO E O EMBATE ENTRE PÚBLICO E PRIVADO................190 "A RELIGIÃO DA PÁTRIA": educação cívica e patriotismo nos "Mandamentos Cívicos" de Coelho Netto..................................................191
FERNANDO DE AZEVEDO E A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DIDÁTICO NA ESCOLA RENOVADA (1930-1937).....................................................192
PROFESSOR LUIZ ALEXANDRE DE OLIVEIRA E A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO SUL DE MATO GROSSO: relações com os imigrantes japoneses..................................193
INCANSÁVEIS CASTILHOS: luta interminável por um espaço no campo dos impressos sobre instrução pública no século XIX brasileiro................................................194
DESLOCAMENTOS E SOCIABILIDADE NA BIOGRAFIA DA PROFESSORA DÓRIS MENDES TRINDADE.................................195
GRUPO DE TRABALHO (GT 05)
Adriana Horta de Faria Larissa Wayhs Trein Montiel
Alfredo Souza de Oliveira Mishelly Ocuda
Cilmara B. Del Rio Ayache
Claudeci de Paula de Almeida Claudeci de Paula de Almeida Antonio Sales
Clóvis Irala Jackson James Debona
Crystyne Silva de M. Gomes Elizabeth Figueiredo de Sá Desire Luciane Dominschek Luciana Botelho Eduardo Marcomini
FORMAÇÃO E PROFISSÃO DOCENTE
HOMEM PROFESSOR DE CRIANÇAS: relações de gênero nos processos de interdependência...........................................197
BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: sua história, participação e formação curricular para o seminário estadual de Mato Grosso do Sul..................................198
A FORMAÇÃO DO PROFESSOR PRIMÁRIO NO ÂMBITO DA LEI 5.692/71 E OS REFLEXOS NO PROCESSO DE PROFISSIONALIZAÇÃO E PROLETARIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE.....................................................199
A FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR DA EDUCAÇÃO BÁSICA: como pressuposto para melhoria da organização do trabalho didático..................200
ESTUDO CONTEXTUALIZADO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DE ACORDO COM O PNAIC..........................201 REGISTROS HISTÓRICOS DE GRAMÁTICA E HISTÓRIA: cadernos de anotações e formação de professores – Dourados 1970...............................................202
FORMAÇÃO E PRÁTICA DOCENTE DAS PROFESSORAS RURAIS EM MATO GROSSO (1930-1950)....................................203
MENOS BALA, MAIS GIZ, REGISTROS DO MOVIMENTO DE GREVE DOS PROFESSORES DO PARANÁ EM 2015................................................................204
Eduardo Henrique O.da Silva Edimara Ribeiro S. Azevedo
Eleis Pereira de Souza Carla Villamaina Centeno
Ferdinanda Dias de O. Kloppel Kátia Cristina N. Figueira
Fernanda Gonçalves Silva Lailton Martins Ribeiro Rita Tatiana Cardoso Erbs
Fernanda Welter Adams Paula Fernandes de A. C. Neves Dulcéria Tartuci
Gabriele Eurides Rodrigues Rafaella Cristina da Silva Carlos Eduardo França
Giane Aparecida Moura da Silva
Gilmara de Souza de Brito Marcos Antônio Bessa-Oliveira
Hercules Guimarães Honorato
A GÊNESE DA PROFISSÃO DOCENTE NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO.....................205
ATRIBUIÇÕES DO SUPERVISOR EDUCACIONAL, NOS ANOS 1960/1970: reflexão de análise na categoria de organização do trabalho didático.......................................206
POLÍTICA DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DOCENTE – A NORMA GERAL DE AÇÃO (NGA) DO COLÉGIO MILITAR DE CAMPO GRANDE (CMCG) – MS...................................................................207
A UNIVERSIDADE E A FORMAÇÃO DOCENTE: uma análise dos cursos de matemática e educação física na UFG - Regional Catalão............................................208
A EDUCAÇÃO ESPECIAL E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM GOIÁS.................209
EXPERIÊNCIA DOCENTE DO PIBID/UEMS: uma abordagem sociológica da ditadura militar..............................................210
PROFESSOR EBTT: a formação docente sob o olhar da teoria crítica..................................211
A FORMAÇÃO DOCENTE PARA A APLICAÇÃO DA LEI 10.639/2003: formação social e profissional........................................212
O RESGATE HISTÓRICO DO MAGISTÉRIO SUPERIOR MILITAR NAVAL: o olhar dos seus integrantes...........213
Ivone das Dores de Jesus Joice Fernanda Pinheiro Gilsene Daura da Silva Barros
Jacqueline da Silva Nunes
Jéssica Taís de Oliveira Silva
João Otávio Chinem A. Alves Arlinda Cantero Dorsa
Juliano Ribeiro de Faria Marcos Antônio Bessa-Oliveira
Kênia Guimarães F. Camargo Maria Zeneide C. M. de Almeida Maria Aparecida Alves Silva Lailton Martins Ribeiro
Larissa Wayhs Trein Montiel Míria Izabel Campos
Laura de Cássia Ribeiro de Lima Silvane Aparecida de Freitas
FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA NAS ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE SANTO AMARO – MA..................................................................214
FORMAÇÃO DOCENTE: uma proposta de intervenção corporal por meio de cantigas de roda.................................................................215
PROCESSO DE FORMAÇÃO DOCENTE: história de vida de uma professora...............216
A COMUNIDADE DOCENTE INDÍGENA: da competência comunicativa intercultural à utilização das sequências textuais no uso da rede social.......................................................217
CORPOS ESTRANHOS: um “kahlo” para além dos muros da escola..............................218
CAMINHOS PERCORRIDOS: o que dizem as fontes sobre a história da formação docente sob os moldes escolanovistas em Goiás................219
DIÁLOGOS TEÓRICOS COM O CONCEITO DE EXPERIÊNCIA E SABERES DOCENTES..................................................220
TRAJETÓRIA DOCENTE NA EDUCAÇÃO DA INFÂNCIA: relato de uma professora – Naviraí/MS.....................................................221
O COORDENADOR PEDAGÓGICO DA REDE MUNICIPAL DE ANDRADINA-SP E OS HORÁRIOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM SERVIÇO..................222
Leni Aparecida Souto Miziara Andreia Lemos de Oliveira
Luciene Cléa da Silva Giseli Tavares de S. Rodrigues
Marcos Antônio Bessa-Oliveira
Marcos Aurélio Pereira
Marcos Lourenço de Amorim Maria do Carmo Brazil
Maria Joana Durbem Mareco
Mariana Rodrigues de Oliveira João Otávio Chinem A. Alves Priscila Palhanos
Marinete Aparecida Z. Rodrigues Viviane Scalon Fachin Micilene Teodoro Ventura Leia Teixeira Lacerda
FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL DO MUNICÍPIO DE PARANAÍBA-MS.........................................223
PROFISSÃO DOCENTE E HISTÓRIA ORAL: vivências de professoras na fronteira entre Brasil e Paraguai...................................224
HISTÓRIA DA ARTE E ENSINO DE ARTES NO BRASIL: perspectivas outras também para América Latina...............................................225
PUC IDENTIDADE: formação institucional identitária universitária.................................226
FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE HISTÓRIA E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL NO MUNICÍPIO DE COXIM – MS...........227 UMA ANÁLISE DAS FORMAÇÕES CONTINUADAS PARA PROFESSORES ALFABETIZADORES NA PERSPECTIVA DAS POLÍTICAS PROPOSTAS PELO MEC ENTRE OS ANOS DE 2001 A 2016............228
A FORMAÇÃO DE PROFESSORES FRENTE A CULTURA MOBILE: novas práticas de ensino e as plataformas de comunicação...................................................229
PROFISSÃO DOCENTE: novas competências no ensino de História....................................230
MEMÓRIAS DE PROFESSORES ALFABETIZADORES INDÍGENAS DA ALDEIA BANANAL/ AQUIDAUANA MS...................................................................231
Michelly dos Santos Gonçalves
Natali Allas dos Santos Marcos Antônio Bessa-Oliveira
Noeli Calacio da Silva
Priscila Palhanos Mariana Rodrigues de Oliveira Maria Augusta de Castilho Priscila Peralta da Silva Rozilene de Oliveira Jara Thayna Monteiro Tavares
Radai Cleria Felipe Gonçalves
Rosangela Cristina T. Fernandes Vilma Miranda de Brito
Rozana Vanessa F. V. de Godoi Alessandra Cristina Furtado
Sandra Novais Sousa Fernando Fidelis Ribeiro
A INCLUSÃO DO ENSINO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NO CURRÍCULO ESCOLAR......................................................232
ENSINO DE ARTE: a subjetividade da relação entre professor e aluno com contribuições da teoria psicanalítica.........................................233
FORMAÇÃO DE NORMALISTAS DO BRASIL: levantamento da produção............234
A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA COMO FATOR DE AUTONOMIA PARA O DOCENTE.....................................................235 MEMÓRIA DE PROFESSORES APOSENTADOS: uma reflexão sobre alteridade e habitus professoral.....................236 O SILÊNCIO ELOQUENTE: a gênese do Imperial Instituto de Surdos-Mudos no Século XIX (1856-1896)............................................237
TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES ALFABETIZADORES NO BRASIL............238
HISTÓRIA DA CRIAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO ARTÍSTICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL, NA DÉCADA DE 1980................................239
MESTRADO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO DA UEMS: propostas de intervenção na linha de pesquisa formação de professores e diversidade...............................240
Tânia Mara dos S. Bassi Vilma Miranda de Brito
GRUPO DE TRABALHO (GT 06)
Ana Paula Squinelo Maria Isabel G. B.de Oliveira Maria Glória Parra Santos Solé
Ana Raquel Costa Dias
Arão Davi Oliveira Celeida Maria C. de S. e Silva Vanessa Janaína V. de Oliveira
Beatriz dos Santos Landa
Bianca de Souza Oliveira Renata de Moraes Candia Kênia Hilda Moreira
Bruna de Oliveira Santos Letícia Cristina de Oliveira
Bruno Nascimento dos Santos Rogério da Palma
Caio Vinicius dos Santos Jaqueline Ap. M. Zarbato
A GÊNESE HISTÓRICA DA CONSTRUÇÃO DO PLANO DE ENSINO INDIVIDUALIZADO (PEI) NA EDUCAÇÃO ESPECIAL......................................................241
ENSINO DE HISTÓRIA E HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
MANUAIS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA E A ABORDAGEM DO CONCEITO DE ESCRAVIDÃO: um estudo comparativo entre Brasil e Portugal............................................243
"GOIAZ CORAÇÃO DO BRASIL": uma história ensinada............................................244
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL BRASILEIRA NA DÉCADA DE 1990: a ação do empresariado nacional e de organismos internacionais.................................................245
TRAJETÓRIAS ESCOLARES FAMILIARES PARA UMA APROXIMAÇÃO À HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL....................246
LIVROS DIDÁTICOS, FONTES ORAIS E MEMORIALÍSTICAS: localização e análise (sul de Mato Grosso, século XX)...................247
CENTRO MEMÓRIA VIVA MT: Identidades das Mulheres na Educação de Jovens e Adultos – EJA...............................................................248
“PREVENÇÃO DA COR”: construção da “raça” no Brasil e o ensino de história.........249
PATRIMÔNIO E REPRESENTAÇÕES DA FERROVIA NOROESTE DO BRASIL: fontes históricas e ensino de história regional.........250
Camila de Paula Bicudo
Cintia Medeiros Robles Jacira Helena do Valle P. Assis
Cláudia de Cillo Mazucato Neri Valéria Sun Hwa Mazucato Lucimara de Oliveira Calvis Cristiane Pereira Peres
Daniela Simone dos Santos Jémerson Quirino de Almeida
Débora Ribeiro dos Santos Patrícia Alves Carvalho Samira Saad Pulchério Lancillotti Eglem de Oliveira Passone
Elizabeth de Fátima da S. Mattas
A PROFESSORA LAURITA SARAIVA SAMPAIO E SUA ATUAÇÃO NO PROCESSO DE CRIAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA MUNICIPAL PADRE ANCHIETA DE VILA FORMOSA - MT (1965-1974).......................251
O ENSINO SECUNDÁRIO NAS MEMÓRIAS DO PROFESSOR E INTELECTUAL JOSÉ PEREIRA LINS: em estudo o ginásio Osvaldo Cruz de Dourados (1954-1970).....................................................252 RECOMEÇOS E PERPETUAÇÕES HISTÓRICAS NO BRASIL.........................253
ESCOLA DA MISSÃO INDÍGENA EVANGÉLICA CAIUÁ: estratégias de escolarização no século XX...........................254
A ORGANIZAÇÃO DO ENSINO NO PERÍODO JESUÍTICO................................255
REFLEXÃO HISTÓRICA SOBRE A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO Nº 4.024/61 E A Nº 9.394/96: aspectos históricos da educação especial.......................................256
A EDUCAÇÃO ESCOLAR NA CIDADE DE CAMPO GRANDE, SUL DE MATO GROSSO, NAS PÁGINAS DA REVISTA MENSAL ILUSTRADA FOLHA DA SERRA (1931-1940).....................................................257
A INCLUSÃO DO ENSINO DA HISTÓRIA REGIONAL NO ENSINO FUNDAMENTAL, NA DISCIPLINA HISTÓRIA, NOS 5º ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL, EM MATO GROSSO DO SUL........................................258
Evelyn Iris Leite Morales Conde Regina Tereza Cestari de Oliveira
Felipe Francisco Insfran
Gabriella Assumpção da S. S. Lopes Adriana Aparecida Pinto
Geraldo Magella de Menezes Neto
Iara Augusta da Silva
Isadora Muniz Vieira Nathália Jonaine Hermann
Izadir Francisco de Oliveira
Jane Cassia Barbosa Nilce Vieira Campos Ferreira
PLANOS DE EDUCAÇÃO NO BRASIL: apontamentos e reflexões..............................259
A ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS DE TRABALHO DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA: o início de um debate para a história da educação...........................260
A EDUCAÇÃO DA MULHER E SEUS MODOS DE SER/FAZER NAS PÁGINAS DA REVISTA POPULAR............................261
“A NARRAÇÃO DE TODOS OS FATOS PASSADOS NA VIDA PARAENSE, DESDE O SEU DESCOBRIMENTO ATÉ OS NOSSOS DIAS”: Dionísio Hage (1935-2006) e a história didática regional no Pará..............262 O PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO DIDÁTICO PARA O ENSINO MÉDIO (PNLD/EM) E O MOVIMENTO HISTÓRICO DO MERCADO EDITORIAL NOS TEMPOS ATUAIS...............................263
CULTURA MATERIAL, VESTÍGIOS E ENSINO DE HISTÓRIA NO ENSINO FUNDAMENTAL: experiências e expectativas de estudantes do sexto ano............................264 O MOVIMENTO DO POVO NEGRO NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA.................................................265
FORMAÇÃO DAS MULHERES NA ESCOLA DOMÉSTICA MARIA AUXILIADORA (1970-1985).......................266
Jefferson Lack da Silva Estela Natalina M. Bertoletti
Jémerson Quirino de Almeida Silvia Helena Andrade de Brito
Juliana Pereira de Araújo Michele Maria da Silva
Keides Batista Vicente Diane Valdez
Kelly Chicrala Matos Lyvia Chicrala Matos Marcelo Tette Lopes
Liana Deise da Silva Fabiany de Cassia Tavares Silva Lilian Flávia Müller Vilma Miranda de Brito Luís César Castrillon Mendes
Luzia Felipe da Silva
ALFABETIZAÇÃO E MEMÓRIA: produção acadêmica sobre história de professores alfabetizadores de pessoas com deficiência (2001 - 2017)...................................................267
UMA PROPOSTA DE ESTUDO SOBRE OS INTELECTUAIS E O ENSINO DE HISTÓRIA NO BRASIL..............................268
O PERCURSO HISTÓRICO DO ENSINO SECUNDÁRIO NO BRASIL: influências do positivismo nas reformas...............................269
A CONSTRUÇÃO DE UMA MEMÓRIA CIENTÍFICA SOBRE A MOBILIZAÇÃO ESTUDANTIL EM GOIÁS ATRAVÉS DAS PESQUISAS REALIZADAS EM PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO....270
A MULHER NA EDUCAÇÃO SUPERIOR
NO BRASIL: um olhar histórico.................271
OS APRENDIZES DA MARINHA (1857-1878) NO ESTUDO DA “EDUCAÇÃO PARA O TRABALHO” EM MATO GROSSO........................................................272
AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA: análise concisa dos marcos históricos e legais...........273
HISTÓRIA OU LITERATURA? OS “EMBARAÇOS DA CIVILIZAÇÃO” NA ESCRITA DE JOAQUIM MANUEL DE MACEDO NO OITOCENTOS BRASILEIRO................................................274
A UNIVERSIDADE BRASILEIRA NO PERÍODO 1958 A 2000 E AS CONSEQUÊNCIAS SOFRIDAS PELA MESMA ANTE O NEOLIBERALISMO....275
Marcus Wagner A. Loureiro
Maria Carla Nunes Santos Tânia Regina Zimmermann
Maria de Fátima M. Mariani Fernando González Rey
Maria Jose Torres Lima Silvana Aparecida Bretas
Marilu Marqueto Rodrigues Rosemary da Luz Nilce Vieira de Campos Ferreira
Mariuza Aparecida C. Guimarães Eliza Emilia Cesco
Markley Florentino de Carvalho Laís Niz dos Reis Karyne da Silva Freitas
Osvaldo Rodrigues Junior
Joyce Almeida de Sena Carvalho Margarita Victoria Rodríguez Paolla Rolon Rocha
MEMÓRIAS DE UM PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA DE EDUCAÇÃO FÍSICA DO EXÉRCITO: as representações da ginástica na década de 1970................................................................276
HISTÓRIA ORAL: voz a quem ainda tem muito a falar no Instituto Federal de Mato Grosso do Sul.................................................277
A SUBJETIVIDADE DE UMA EXPERIÊNCIA EDUCATIVA: o sentido das ações criativas no ensino de história.............278
A QUESTÃO DA MODERNIZAÇÃO E A EDUCAÇÃO DOMÉSTICA NO BRASIL..........................................................279
ENTRE O DISCURSO E A PRÁTICA: a formação de professoras primárias em Mato Grosso (1937-1942)........................................280
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL DE MATO GROSSO DO SUL: trajetórias normativas para o sistema estadual de ensino.............................................................281
SABERES E PRÁTICAS ESCOLARES: história das escolas japonesas na região sul do Mato Grosso do Sul.......................................282
“APRENDER A APRENDER HISTÓRIA” NA DITADURA MILITAR: os materiais didáticos de história produzidos pela FENAME........................................................283
A EDUCAÇÃO NO BRASIL IMPÉRIO: uma análise da instrução pública..........................284
Patricia Lúcia do Nascimento Carla Villamaina Centeno
Patricia Paes Leme Diogo da Silva Roiz
Priscila Lopes d'Avila Borges Luiz Antônio Saléh Amado
Reynaldo Zorzi Neto Kamylla Pereira Borges Dayanna Pereira dos Santos Robson Andre de O. Curcino Juliana Gonçalves dos Santos
Sandra Jung de Mattos Nilce Vieira Ferreira Campos
Sheila Cristina Monteiro Matos Lia Faria
Shirley Ferreira Marinho Silva
Sthefany de Souza Ribeiro Falco Adriana Aparecida Pinto
O ENSINO DE HISTÓRIA NO PROJETO AVANÇO DO JOVEM NA APRENDIZAGEM EM MATO GROSSO DO SUL (AJA-MS): perspectivas de um ensino para além da presença...........................................285
O ESTUDO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA E A FORMAÇÃO HISTÓRICA DE SENTIDO A PARTIR DA PERSPECTIVA DE JÖRN RÜSEN...........................................................286
FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE HISTÓRIA: impactos do estágio em museus............................................................287
LIÇÕES DE UMA AMARGA EXPERIÊNCIA: governo Fernando Henrique Cardoso e a expansão da educação privada na década de 90...................................................288
INQUIETAÇÃO DA PRÁXIS PEDAGÓGICA: reflexões sobre o ensino de história nos anos iniciais do ensino fundamental II...............................................289
EDUCAÇÃO REPUBLICANA BRASILEIRA: escolas femininas mato-grossenses (1889 a 1910)................................290
A ESCOLA PÚBLICA REPUBLICANA NO RIO DE JANEIRO: (des)encontros e contrapontos na gestão de Maria Yedda Leite Linhares (1983-1986).....................................291
EDUCAÇÃO DO CORPO INFANTIL (SUL DE MATO GROSSO, 1930-1945)...............292 A EDUCAÇÃO DA MULHER NAS PÁGINAS DA REVISTA MATTO-GROSSO (1904-1915).....................................................293
Thais Priscila Marques Daniella Jesus Fialho de Arruda Sandra Jung de Mattos
Thaise da Silva
Viviane Scalon Fachin Marinete Aparecida Z. Rodrigues
Waldson Luciano Corrêa Diniz
PÔSTERES
Ana Lúcia Ribeiro Nascimento Aparecida Maria Almeida Barros
Ariane Martins Aragão
Bruna Lana Prado V. Barroso
Esther Campagna B. Ferreira Deir Corrêa Pinheiro
Fernanda Gonçalves Silva Wolney Honório Filho
ESCOLAS FEMININAS NO PERÍODO DA REPÚBLICA: 1889 a 1910..........................294
PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO DIDÁTICO: uma história de sua história............................................................295
METODOLOGIAS INOVADORAS: imagens no ensino de história.....................................296
REFLEXÕES DE UM HISTORIADOR APRENDIZ: a prática de ensino em história na UFMS-CPAN..............................................297 FORMAÇÃO E HABITUS PROFESSORAL NAS MEMÓRIAS E NARRATIVAS DE NORMALISTAS EM MORRINHOS-GO: (1962-1971).....................................................299
ENTRE PARAFUSOS E BORBOLETAS: a trajetória de vida de um homem livre..........300
O ASPECTO SOCIOCULTURAL DO REAL COLÉGIO DAS ARTES DO RIO DE JANEIRO COLONIAL.................................301
AS CAUSAS DA REPETÊNCIA NO PRIMEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO SOB A ÓTICA DO PROFESSOR E DO ALUNO.........................................................302
O CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA UFG REGIONAL CATALÃO NA PERSPECTIVA DO EGRESSO (1990-2005)...............................................................303
Gabriella Giovanna Galiciani Thais Paes Custódio Milene Bartolomei Silva
Graciele Alves de Brito Silveira Altina Abadia da Silva
Heitor Abadio Vicente Janaína Cassiano Silva Higor Heyder da Costa Pinto Aparecida Maria Almeida Barros Altina Abadia da Silva
Kamylla Pereira Borges Reynaldo Zorzi Neto
Lorena Láisse Silva Avelar Wolney Honório Filho
Marcos Tadeu Pereira de Queiroz Lilian Marta Grisolio Mendes
Maria de Lourdes dos Santos
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NO AMBIENTE HOSPITALAR........................304 FILOSOFIA E EDUCAÇÃO: a construção do conhecimento na busca da formação do pensamento emancipatório de crianças na educação.........................................................305
A CONSTRUÇÃO DA LICENCIATURA EM PSICOLOGIA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - REGIONAL CATALÃO.....................................................306 DESCOLONIZAÇÃO DAS CIÊNCIAS NO CENÁRIO DE INTERNACIONALIZAÇÃO DO SISTEMA CAPITALISTA.....................307
A HISTÓRIA DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA EM ANÁPOLIS-GOIÁS E AS VICISSITUDES IMPOSTAS PELA ATUAL REFORMA DO ENSINO MÉDIO..............308
O CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS NAS NARRATIVAS (AUTO) BIÓGRAFICAS DE SEUS EGRESSOS (2009 – 2017)...............................................................309
HOMOFOBIA E DISCUSSÃO DE GÊNERO NOS CURSOS INTEGRADOS DO IFTM CAMPUS PARACATU: o que a escola pode fazer para combater preconceitos.................310
TRAJETÓRIA DA UEMS: história e memória do ensino superior em Mato Grosso do Sul...................................................................311
Michele Maria da Silva Jaira Maria da Silva de Almeida
Mircéia Terezinha S. M. Vareiro Kátia Cristina Nascimento Figueira
Rafael Cobbe Desire Luciane Dominschek Jackson Lima
Ranyelle Foro de Sousa
Sílvia Maria Wainer Caribé e Silva Suzana Lopes de Albuquerque Elizangela Alves da Silva Moraes
Thais Paes Custódio Gabriella Giovanna Galiciani Milene Bartolomei Silva
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E A LEI MARIA DA PENHA: uma análise sobre a prática escolar..............................................312
PERSPECTIVAS DE PESQUISA COM AS FONTES DOCUMENTAIS DA ESCOLA ESTADUAL CORAÇÃO DE MARIA, CAMPO GRANDE/MS (1973-1997)...........313
ARQUIVOS E ACERVOS: a preservação digital em instituições de ensino superior privadas...........................................................314
DA GÊNESE DO ENSINO SUPERIOR EM BELÉM DO PARÁ À CRIAÇÃO DA ESCOLA DE AGRONOMIA NA AMAZÔNIA: uma contribuição a historiografia da educação.........................................................315
HISTÓRIA E MEMÓRIAS DA EDUCAÇÃO: a constituição do discurso científico nas escolas de primeiras letras do século XIX.................316
CLASSE HOSPITALAR: o pedagogo e as práticas pedagógicas em Campo Grande/ MS...................................................................317
IV EHECO
Resumos
Comunicações
de Pesquisas
41
GT1. Diversidade e Movimentos
Sociais
43
DIDÁTICA DA HISTÓRIA: mulheres no período do Estado Novo
Aiene Rizza Melo
Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
E-mail: [email protected]
Eliane Martins Freitas Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
Resumo: Minha tese de mestrado é uma continuidade de minha monografia de
graduação. Neste evento proponho-me a apresentar as conclusões que obtive por meio da pesquisa. Nela, comprovei as campanhas massivas inseridas para reforçar o papel da mulher, de boa mãe, de boa esposa, de dona de casa, o anjo
do lar que era assexuada, prazer era somente para as mulheres excessivamente independentes ou as prostitutas. Afirmava-se o discurso machista de doutrinação da mulher; chamava-a para representar seu papel no contexto do novo Brasil,
que era a mãe de família formadora de novas gerações e o apoio dos verdadeiros protagonistas da história: os homens. As mulheres se transformavam em alvo de
medidas educativas e moralizantes, no seu lar as mulheres ajudariam a constituir uma população menos ignorante, menos enferma e indolente, com o objetivo de que essa população miserável se convertesse em um conjunto
produtivo capaz de trabalhar, consumir, impulsionar as forças econômicas da nação e promover a ordem social. Surge um ambiente propício para a
disseminação de opiniões conservadoras sobre as mulheres; participavam cientistas, intelectuais, religiosos, profissionais liberais, homens de Estado, militantes políticos. As motivações e as crenças de cada um poderiam ser
diferentes, mas eles compartilhavam da mesma opinião: de que o lugar das mulheres era no lar; os que compartilhavam dessas ideais tinham o apoio da igreja católica.
Palavras-chave: Mulher. Era-Vargas. Discurso.
44
A DIVERSIDADE RELIGIOSA E A FECUNDIDADE DA HISTÓRIA ORAL
Ariane Cristina Xavier Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS/Paranaíba)
E-mail: [email protected]
Resumo: Temas como diversidade, gênero e etnicidade encontram-se em voga no país, embora pesquisadores inseridos nesse campo, afirmem que eles tenham chegado por aqui tardiamente – ao contrário do que ocorreu na Europa, por
exemplo - acompanhado o processo de redemocratização ocorrido em meados dos anos de 1990. A despeito dessa avaliação há que se considerar que o momento é
extremamente oportuno e talvez único no que diz respeito ao âmbito da pós-graduação brasileira. Em levantamento da produção recentemente realizado, apurou-se que tais temáticas estão presentes em programas da educação,
história, sociologia, psicologia, letras entre outras. Para o presente trabalho, pretende-se estabelecer uma argumentação salientando a proficuidade da
História Oral (HO), enquanto método ou metodologia de pesquisa para abordagem e resgate de trajetórias de sujeitos singulares, cujas existências podem contribuir para a compreensão de aspectos culturais presentes nas relações com outros
indivíduos, seja na escola, na família, no trabalho ou noutros meios sociais. Assim, serão destacadas partes da infância e da escolarização de um docente negro, gay e Pai de Santo, morador de um município do interior paulista,
buscando traçar aspectos da construção de sua identidade, como também as perspectivas futuras para uma educação multiculturalista que não só aceite o
diferente, mas que o respeite e contemple suas culturas como parte da própria história. A educação é a via de mão dupla da sociedade, por meio dela trabalhamos sujeitos e poderemos modificar o futuro.
Palavras-chave: História de vida. Gênero. Religiões de matriz africana.
45
INCLUSÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: um espaço possível e necessário
Cláudia Maria Ferreira Campos Universidade Federal de Goiás (Catalão)
E-mail: [email protected]
Maria Marta Lopes Flores Universidade Federal de Goiás (Catalão)
E-mail: [email protected]
Resumo: Consideramos que as propostas de educação inclusiva têm como foco o
ingresso de criança com deficiência na rede regular, desde a mais tenra idade, na Educação Infantil (EI), mas também que esse processo esteja atendendo às peculiaridades de cada aluno, entre eles, as crianças com deficiência intelectual,
para que esse aluno obtenha êxito em sua aprendizagem e desenvolvimento. Partimos de princípio de que todas as criança tem capacidade de aprender, desde
que lhes sejam proporcionadas condições para isso. Diante dessas questões, tendo como campo de pesquisa creches e pré-escolas, tivemos como objetivo investigar os benefícios da inclusão escolar para alunos com deficiência
intelectual (DI) na Educação Infantil. E tivemos como objetivos específicos analisar a concepção das professoras da Educação Infantil e do Atendimento
Educacional Especializado sobre a inclusão na EI e analisar suas práticas pedagógicas e socioculturais, identificando elementos que (des) favorecem a inclusão de crianças com DI. A metodologia utilizada foi a observação
participativa e a entrevista semiestruturada. A perspectiva histórico-cultural constituiu a base teórica e metodológica, representada pelos estudos de Vigotski e seus seguidores. A análise dos dados sugere que alguns professores têm boa
vontade e aportes teóricos na condução do trabalho com alunos com DI, já outros demonstram um tanto despreparados para atuar com esses alunos, requerendo
que passem por cursos de formação para que se preparem melhor e possam conduzir seu trabalho de forma que estimulem seus alunos com DI a avançar no seu desenvolvimento. Também fica evidente a necessidade de a Secretaria de
Educação dar suporte para o atendimento das necessidades dessas crianças nas escolas, no sentido de orientar e prover apoios necessários que contribuam para colaborar na execução do trabalho desses professores.
Palavras-chave: Inclusão. Deficiência Intelectual. Educação Infantil.
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REZADEIRAS E REZADORES NO CENÁRIO BRASILEIRO
Edna Silva Simões Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo apresentar um levantamento quantitativo da produção acadêmico-científica existente que aborda o tema
benzer/rezar, com isso o mapeamento da produção se deu a partir de uma pesquisa feita, a qual teve como base o levantamento e a quantificação de teses, dissertações e artigos científicos que tratam da temática benzedores/benzedeiras
e estão disponíveis em formato eletrônico no âmbito nacional. Pois, acreditamos na importância deste tipo de mapeamento da produção científica, uma vez que
possibilita à comunidade acadêmica disponibilizar cada vez mais e melhor ciência, obrigando assim as instituições a utilizarem os recursos eletrônicos como uma forma de facilitar os processos e melhorando a divulgação da informação
produzida nas instituições. Nesse sentido a pesquisa foi realizada no banco de dissertações e teses da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível
Superior (CAPES), no Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) e no SciELO (Scientific Electronic Library Online), as buscas foram realizadas por meio de consultas aos respectivos sites, onde constam o banco de
dados com informações sobre as teses, dissertações e artigos publicados e/ou defendidos no Brasil no período de 1983 a 2017, levantamento este que
possibilitou constituir o corpus documental, que culminou na construção de três quadros. Nessa construção foram utilizadas as seguintes palavras-chave: Rezadores/Rezadeiras, Benzedores/Benzedeiras, Benze e Rezar, estes descritores
propiciaram a localização de 63 trabalhos, sendo 53 dissertações, 9 teses e 4 artigos científicos.
Palavras-chave: História Oral. Patrimônio Imaterial. Memória.
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NEGROS E AFRODESCENDENTES NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO
GROSSO DO SUL (2004-2016)
Elizangela de Rezende Silva
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) E-mail: [email protected]
Resumo: O presente trabalho encontra-se ancorado em pesquisa (em desenvolvimento) junto ao curso de Especialização em Educação da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Unidade Universitária de Paranaíba,
cujo tema aborda a questão das cotas para o ensino superior, e tendo como objeto de análise o ingresso e permanência de negros e afrodescendentes na
UEMS. Para tanto, utiliza-se de uma abordagem de fundo quantitativo, visando desvelar o número desses acadêmicos em todos os cursos de graduação (licenciaturas e bacharelados). A Universidade a partir de 2004 adotou o sistema
de cotas, por força da Lei 2.605 de janeiro de 2003... No que diz respeito ao montante desses acadêmicos, apurou-se por meio de dados e informações fornecidos formalmente pela Diretoria de Registro Acadêmico (DRA-UEMS), que
foram matriculados num período de doze anos, um total de 7.041 alunos negros e/ou afrodescendentes, mas apenas 1.065 foram diplomados em seus 57 cursos
de graduação, divididos em quinze (15) Unidades Universitárias, distribuídas pelo território do estado de Mato Grosso do Sul. Em termos gerais, os números falam por si mesmos, chamando à atenção a alta porcentagem de ingressantes que não
permanecem! Então, pergunta-se: teria o mecanismo legal atendido um aspecto da exclusão social, mas ao não favorecer a permanência, não seria ele um agente excludente? De toda forma, acredita-se ser preciso ouvir elementos desistentes
para que forneçam indícios ou elementos que possam contribuir para uma visão mais real do tema e situação. Palavras-chave: Cotas. Ações Afirmativas.
Palavras-chave: Cotas. Ações Afirmativas. Negros.
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CORAÇÃO DE ESTUDANTE: o que os ocupantes apreenderam com as
ocupações em Goiás, e como refletiram no espaço e nas relações escolares
Felipe Silva de Freitas Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC)
/Universidade Federal de Goiás (UFG) E-mail: [email protected]
Resumo: Este trabalho busca analisar as mudanças ocorridas no âmbito escolar e nas relações entre estudantes que participaram do processo de ocupação das
escolas estaduais contra a gestão compartilhada com as Organizações Sociais e professores, gestores, estudantes que não participaram das ocupações e o espaço escolar. O objetivo central é identificar as mudanças ocorridas no rendimento
escolar dos estudantes ocupantes pós-ocupação e apresentar as variações das relações com o espaço e os indivíduos nas dependências da Escola. Para isso, realizamos um estudo de caso da Escola Estadual Polivalente Frei João Batista
(Anápolis) aonde buscamos através dos relatos orais de professores, gestores e estudantes; e através da análise dos relatórios de Conselhos de Classe, do
Histórico Escolar (notas) e do arquivo de punições identificar quais foram as mudanças na interação dos estudantes/ocupantes e os motivos possíveis dela ocorrer. Percebemos pois, que houveram mudanças significativas quanto a
relação dos estudantes/ocupantes com o ambiente escolar, o aumento de responsabilidade com a preservação da escola, e o que antes era geograficamente
somente espaço torna-se agora lugar para o estudante possibilitando uma relação com a escola no seu todo de cuidado, sendo uma relação mais afetuosa e de pertença. Portanto, consideramos que as participações dos estudantes no
movimento de ocupação das escolas estaduais contribuíram na sua formação e no seu rendimento e desenvolvimento escolar além de contribuir na educação informal prestada.
Palavras-chave: Movimento Estudantil. Secundarista. Ocupações.
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HOMOSSEXUALIDADE INDÍGENA KAIOWÁ EM MATO GROSSO DO SUL:
memória e trajetórias de vidas
Fernando Luís Oliveira Athayde Paes Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente texto tem como objetivo relatar na contemporaneidade a
história da “homossexualidade” indígena Kaiowá no sul de Mato Grosso do Sul. Para conhecer as histórias de vida desses sujeitos, privilegiamos os saberes
tradicionais advindos de lideranças e rezadores. Por outro lado, foram fundamentais as contribuições e aportes teórico-metodológicos no âmbito da História Oral (HO), vinculados à Nova História Cultural (NHC) e aqueles que mais
recentemente vêm sendo classificados de estudos decoloniais. O tema aqui elencado faz parte de minha trajetória de formação, como pesquisador da etnia Kaiowá em MS, desde o ano de 2003. Em termos de bibliografia, praticamente o
único marco na historiografia que se conhece foi produzida sob a influência de um conhecimento científico colonial, sob uma ótica etnocêntrica. Outro
apontamento encontrado sobre a homossexualidade indígena de MS encontra-se nos escritos de Darcy Ribeiro, relacionados aos kudinas da etnia Kadiwéu. Com essas considerações, por meio de localização, identificação e de diálogos com os
sujeitos, procurei, num processo de inserção cultural, ouvir os indígenas Kaiowá. As entrevistas foram desenvolvidas com indígenas homossexuais masculinos e
femininos e com os índios idosos (rezadores) tendo como eixos a infância, escolarização, adolescência, o “despertar” da sexualidade e experiências de vida nas aldeias. Já com os rezadores foram abordados os saberes étnicos sobre tais
indivíduos, “razão” ou “causas” de sua existência nas comunidades indígenas. Na investigação, procura-se desconstruir o discurso científico imposto sobre a história da “homossexualidade” dos indígenas, sobretudo no que diz respeito à
etnia kaiowá. O recorte cronológico foi estabelecido tendo em vista a idade dos sujeitos em questão (1950-1990). Pode-se afirmar que os índios “homossexuais”
perderam espaço e valorização na cultura indígena kaiowá contemporânea, observado pelo silêncio e ausência desses sujeitos nas reivindicações dos povos indígenas de Mato Grosso do Sul.
Palavras-chave: Índios. História Oral. Homossexualidade.
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AS REPERCUSSÕES DA POLÍTICA EDUCACIONAL BRASILEIRA PARA A
INCLUSÃO ESCOLAR E SEUS REFLEXOS NA INSERÇÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO MERCADO DE TRABALHO
Gilsene Daura da Silva Barros
Instituto de Ensino Superior Franciscano (IESF) E-mail: [email protected]
Ivone das Dores de Jesus
Universidade Federal de Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente trabalho pretende analisar a não efetivação pelo Estado de
direitos sociais básicos oriundos das transformações de mercado, tendo como foco as políticas educacionais voltadas à inclusão escolar de pessoas com
deficiência, bem como o resultado desta negação de cidadania na atuação do deficiente no mercado de trabalho. Objetiva-se demonstrar que a atual política educacional brasileira e o atendimento dispensado às pessoas com deficiência no
Brasil vêm historicamente necessitando de ações de fortalecimento da Escola Pública, de uma democracia com ações e valores verdadeiramente inclusivos. Sabe-se que a inclusão de pessoas com deficiências no trabalho, por ser um
fenômeno relativamente recente, ainda gera, uma tensão tanto da parte da empresa quanto do(a) funcionário (a) com deficiência. É importante evidenciar
que um dos grandes desafios das políticas públicas na atualidade é o de dinamizar meios mais eficazes em favor da implantação de políticas de atendimento a estas pessoas, para que possam favorecer seu processo de
inclusão e a capacitação de colaboradoras com deficiência A metodologia adotada é de caráter qualitativo, com utilização de pesquisa bibliográfica e de campo,
dando ênfase à inclusão escolar de pessoas com deficiência e a atuação cidadã do deficiente no mercado de trabalho.
Palavras-chave: Política educacional. Pessoas com deficiências. Inclusão escolar.
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“TEMPLOS DA SABEDORIA, PARAÍSOS DA PROSPERIDADE”: associativismo
negro e educação em Minas Gerais no pós-abolição
Jonatas Roque Ribeiro Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
E-mail: [email protected]
Resumo: O artigo examina como alguns grupos da população negra mineira
assim como as suas práticas e espaços associativos pensaram, debateram e trataram a questão da educação. Os recentes estudos sobre associativismo negro
no pós-abolição têm revelado o quanto esses sujeitos e as suas manifestações organizativas contribuíram para a constituição e consolidação de ideias e ações práticas no campo educacional. Em diálogo com esses estudos e através da
documentação investigada – grande imprensa, imprensa negra, atas e estatutos de associações culturais negras –, foi possível elucidar como a educação foi considerada a porta de entrada para a participação e reconhecimento social e
ascensão econômica, além de ser um meio de combate ao preconceito de cor e ao racismo e uma forma de garantia ao exercício da cidadania plena para aqueles
sujeitos e suas comunidades.
Palavras-chave: Associativismo Negro. Pós-Abolição. Educação.
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LESBIANIDADES NO CONTEXTO ESCOLAR E O FEMININO EM SUAS
MÚLTIPLAS FORMAS DE SER
Lais Tosta Mendes de Freitas Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este trabalho compõe parte de uma pesquisa de mestrado, a qual trata-
se de uma investigação acerca da história de vida de lésbicas (professoras e não professoras) residentes na cidade de Paranaíba- Mato Grosso do Sul que atuaram
em instituições educacionais e suas relações com a docência e/ou escolarização, afim de compreender a vivência destas mulheres em meio a este ambiente docente e/ou escolar, assim como nos demais contextos sociais pelos quais
transitam, tais como o ambiente familiar, profissional e nas relações interpessoais. Neste trabalho, em específico, pretende-se apresentar como embasamento teórico questões referentes a sexualidade, mais especificamente a
sexualidade feminina e suas invisibilidades ao longo da história, considerando aspectos sociais, tais como classe e raça, levantando, desta maneira, reflexões
sobre gênero interligadas com a prática docente e a feminização da docência. Ao considerar o aspecto histórico da pesquisa, assim como a relação da nova história com a história das minorias sociais - tratando-se aqui das mulheres e, mais
precisamente, das mulheres homossexuais - é de extrema importância ressaltar a escolha da história oral como metodologia de pesquisa na investigação dos relatos
de vida dessas pessoas que, sob o olhar da história tradicional, se constituem duplamente como marginais, sendo, portanto, invisibilizadas em diversos contextos sociais.
Palavras-chave: Diversidade sexual. Ambiente Escolar. História Oral.
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GÊNERO E SEXUALIDADES: histórias e memórias na linguagem de idosos do
século XX
Léia Teixeira Lacerda Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Kátia Cristina Nascimento Figueira Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Maria Leda Pinto
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
Resumo: Esta comunicação visa apresentar os resultados das pesquisas desenvolvidas pelos discentes no projeto: Registro de Memórias dos Idosos sobre Sexualidade, Relações de Gênero e a Geração LGBT, vinculado ao Projeto: A
Trajetória de Formação no Curso de Pedagogia da Unidade Universitária de Campo Grande desenvolvido na disciplina: Gênero e Educação do referido Curso, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, financiado pela Fundação de
Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio dos recursos financeiros do Edital nº 025/2015. A ideia
de registrar as concepções dos idosos sobre sexualidade e relações de gênero, por meio de um roteiro de conversa surgiu quando apresentamos aos discentes alguns questionamentos em sala de aula: o que é ser autor de um texto? Qual é o
mecanismo que possibilita ao pesquisador constituir-se autor? Para refletirmos sobre essas questões desafiamos os discentes, a fazerem um exercício de
construção de autoria, por meio da compreensão dessa temática, estabelecendo uma inter-relação com as histórias de vida de idosos. Essas memórias estão marcadas por um contexto histórico que oportunizou aos discentes se verem
escrevendo a história de vida desses participantes, momento em que, pelas vozes do Outro, vivenciaram a possibilidade de confrontarem as suas crenças e vivências com as visões de mundo de homens e mulheres do Século XX. Os
resultados do desafio proposto aos discentes são apresentados em um e-book que os credibilizam como autores(as) que evidenciam “como se dá e se registra” a voz
do Outro, pois nas narrativas dos idosos o leitor encontrará os tipos de brincadeira vividos entre meninos(as); como era a convivência entre gêneros; a educação sexual recebida ou não no contexto familiar, bem como os fatores que
contribuíram para que optassem por discutir sobre a sexualidade com filhos(as), marido, esposas, netos(as).
Palavras-chave: Idosos. Gênero. Sexualidade.
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EDUCAÇÃO DO CAMPO E DECOLONIALIDADE: um olhar para os princípios
educativos dos movimentos sociais do campo
Magno Nunes Farias Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
E-mail: [email protected]
Wender Faleiro Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
E-mail: wender.faleirogmail.com
Resumo: A Educação do Campo nasce a partir dos Movimentos Sociais do Campo, estando estreitamente vinculado com um projeto de sociedade voltada
para emancipação dos sujeitos do campo, pautado em um Pedagogia Decolonial, voltada para uma interculturalidade crítica. Partindo disso, esse trabalho busca
trazer reflexões acerca dos Princípios Educativos dos Movimentos Sociais do Campo, afim de expor a importância desses princípios nos processos de institucionalização da Educação do Campo enquanto política pública. Tendo
como base a teorias com base na Decolonialidade, educação intercultural e decolonial. Trata-se de um estudo descritivo-exploratório, de caráter qualitativo, realizado a partir de uma Revisão Bibliográfica. Os Movimentos Sociais do Campo
possuem diversos princípios educativos, como indica a literatura, que vem apontando os Movimentos como fonte de concepções contra-hegemônicas e
decoloniais de formação de sujeitos e fonte inesgotável de saberes – pautando-se em uma ecologia dos saberes e na interculturalidade crítica. Sendo a Educação do Campo um movimento sociocultural e educacional que nasce nesses
movimentos sociais, que lutam por uma educação Decolonial e intercultural, tendo como protagonistas os sujeitos do campo e seus potenciais em se afirmar enquanto sujeitos enunciadores de saberes, epistemologias, políticas e formação
humana. Assim, a Educação do Campo também é fruto desses princípios educativos dos Movimentos Sociais. Posto isso, se tem um desafio maior, que é
materializar esses princípios educativos nos cotidianos da Educação do Campo nos processos de institucionalização (em todos os níveis) como política pública, tendo em vista que a educação escolar ainda se coloca fechada e colonizada,
resistente a movimentos pautados em uma pedagogia que busca desestabilizar concepções dominantes de formação de sujeito (atrelada a aspectos coloniais,
neoliberais, capitalistas, educação bancária). Porém, acredita-se que materializar esses princípios é um processo fundamental para que a Educação do Campo como política contribua para a transformação e justiça social no campo
brasileiro.
Palavras-chave: Educação do Campo. Princípios educativos. Movimentos Sociais
do Campo.
55
O PAPEL DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA, PROFESSOR REGENTE E
AUXILIAR PEDAGÓGICO ESPECIALIZADO NA INSERÇÃO ESCOLAR DE UM
ALUNO AUTISTA
Marcirene Selzler Vaz Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Micilene Todoro Ventura Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
E-mail: [email protected]
Resumo: A presente pesquisa é oriundo da observação e experiências vivenciadas no ambiente escolar através da função desenvolvida atualmente que se remete a
apoio pedagógico especializado de um aluno autista pertencente ao sistema municipal da cidade de Campo Grande – MS. Por meio da função desenvolvida dentro de sala de aula que está diretamente ligada ao atendimento especializado
de um aluno autista que está sendo inserido pela primeira vez no sistema regular de ensino, desta forma, surgiu o interesse pelo desenvolvimento da presente
pesquisa que tem por objetivo apontar possibilidades às inúmeras dificuldades e problemáticas enfrentadas pela equipe escolar ao receber um aluno com necessidade educacionais especiais, para tanto, foi realizada uma pesquisa de
campo de com o objetivo de levantar e identificar elementos que favoreçam a parceria entre equipe escolar dentro desse processo. Desta forma, pretende-se com tal pesquisa despertar reflexões acerca da importância do trabalho em
equipe no processo de inclusão escolar.
Palavras-chave: Equipe pedagógica. Inclusão escolar. Desenvolvimento
pedagógico.
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A TEMÁTICA INDÍGENA NO CURRÍCULO DO ENSINO MÉDIO DE MATO
GROSSO DO SUL: uma análise a partir da lei de diretrizes e bases da educação nacional, lei nº 9.394 de 1996
Sanderson Pereira Leal
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) E-mail: [email protected]
Resumo: Esse artigo tem o objetivo de analisar o tratamento da temática indígena, cultura e história, dentro do Currículo do Ensino Médio de Mato Grosso
do Sul (MS), tendo como recorte histórico o período que tem início com a implantação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9.394/96 até junho de 2017, tempo da construção deste artigo. Com a Constituição Brasileira
(1988), abre-se um novo modelo na forma de pensar as sociedades indígenas no território brasileiro, deixando para trás concepções integracionistas que buscavam a assimilação cultural e a incorporação dos povos tradicionais à
sociedade hegemônica nacional, seus costumes e ideologias. Nesta nova Constituição, fruto das lutas históricas das minorias indígenas por autonomia
política, é preciso respeitar e valorizar as especificidades culturais e históricas destes que contribuíram para formação da identidade e do território nacional. A análise da temática indígena dentro do currículo da educação básica – pesquisa e
análise do Referencial Curricular de MS com base em leituras de autores relacionados a Histórica da Educação no Brasil e de estudos culturais – é
importante para a compreensão crítica, pelas novas gerações de estudantes, dos povos tradicionais como grupos e/ou identidades autônomas que mantiveram e ainda mantêm relações conflituosas para conservarem suas formas de pensar e
viver o mundo.
Palavras-chave: Temática Indígena. Currículo. Ensino Médio.
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A TRAJETÓRIA DO POVO OFAIÉ: dos primeiros viajantes aos dias atuais
Simoni Santos Siqueira Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Carlos Alberto dos Santos Dutra
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
Resumo: Este trabalho aborda uma pesquisa sobre o povo Ofaié, cuja reserva
está localizada na região de Brasilândia no Estado de Mato Grosso do Sul. Esse povo habitou tradicionalmente, por muitas décadas, a margem direita do rio Paraná, fato este guardado na memória e nas lembranças de um passado muito
distante. Na década de 1950, por ocasião de sua expulsão da fazenda Boa Esperança, localizada em Brasilândia, aproximadamente 200 índios passaram a ocupar as margens úmidas do Rio Verde, ainda no tempo do Serviço de proteção
ao Índio (SPI). No entanto, foram muitas andanças e lutas até fixarem território. Em 1956, insatisfeitos com a área, retornaram a Brasilândia buscando fixar-se
nas terras onde estavam sepultados seus parentes. Praticamente extintos, perseguidos e ameaçados pelos fazendeiros, na década de 60 já não passavam de poucas dezenas segundo Darcy Ribeiro (1977). O principal objetivo deste trabalho
é analisar porque os Ofaié foram tão pouco assistidos, e uma das hipóteses seria em razão da localização geográfica, atribuo. Entretanto, se observarmos os
primeiros aldeamentos Ofaié localizados na região Nordeste do Estado (Rio Verde, Sucuri e Pardo), sempre foram os menos estudados e/ou visitados pela academia. Porém, ao contrário, foi uma das regiões mais visitadas pelos exploradores
bandeirantes e monçoneiros, que provocam o seu quase extermínio. Hoje, os Ofaié ainda lutam com dificuldade na recuperação de seus territórios, mas a situação nem de longe lembra os anos de angustia, perseguição e morte.
Palavras-chave: Extermínio. Ofaié. Território.
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GT2. Fontes, Categorias e Métodos de
Pesquisa na História da Educação
59
ARQUIVOS ESCOLARES NO LESTE DE MATO GROSSO DO SUL: organização
e digitalização de acervos
Ademilson Batista Paes Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Paranaíba)
E-mail: [email protected]
Fernando Luís Oliveira Athayde Paes
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Paranaíba) E-mail: [email protected]
Resumo: Nos últimos anos têm despontado no campo da pesquisa em história da
educação brasileira, múltiplos interesses e olhares sobre novos campos, como por exemplo, o das instituições escolares. O estudo sobre elas tem-se desvelado o
microcosmo com forma e modo específico de organização e funcionamento dos espaços educativos. Há no interior escolar uma quantidade considerável de massa documental de inestimável valor histórico, mas que em muitos casos,
encontra-se preservados de forma inadequada ou precária. Esses documentos são fontes das mais diversas, como: livros de atas, manuais didáticos, portarias, cadernos escolares, cadernetas de notas, livros de reuniões pedagógicas, atas de
exames, fichas de matrículas, instrumentos de avaliação da aprendizagem, diários de classes. Existem, ainda documentos oficiais, aqueles que são como
relatórios técnicos, publicações externas à instituição escolar (artigos em livros, jornais, revistas), trabalhos escolares elaborados por alunos entre tantos outros. O presente trabalho é resultante de projeto extensionista para a preservação dos
acervos escolares na região leste, propondo localizar, organizar, catalogar e digitalizar a base documental presentes em duas escolas públicas e cuja vigência
foi de março de 2013 a julho de 2015, na Escola Municipal Coronel João Alves Lara (Aparecida do Taboado) e Escola Estadual Aracilda Cícero Corrêa da Costa (Paranaíba), compreendendo um total de duzentos e setenta e duas (272) horas. A
ação desvelou documentos escolares como pastas individuais de alunos, livros de ocorrências, acervo completo do Curso Normal, pastas de escolas rurais desativadas entre tantos outros. Por fim, os documentos contribuirão para a
história da educação primária e secundária (urbana e rural), além de fortalecer a Linha de Pesquisa “Educação, História e Sociedade” do Programa de Pós-
Graduação em Educação (Mestrado), do Grupo de Estudos e Pesquisas em História e Historiografia da Educação Brasileira (GEPHEB) e do Centro de Documentação e Memória da Educação Sul-mato-grossense (CEDOCMS).
Palavras-chave: Memória. Instituições Escolares. Fontes.
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A INSTRUÇÃO/EDUCAÇÃO E A IMPRENSA PERIÓDICA EM MATO GROSSO:
diálogos e contendas
Adriana Aparecida Pinto Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente trabalho parte dos estudos realizados por ocasião da tese de doutoramento e evidencia possibilidades de estudos para a história da educação
mato-grossense, tendo na imprensa periódica de circulação geral sua fonte principal. Objetiva compreender a configuração da instrução/educação, com vistas ao ideário de desenvolvimento e progresso, discurso que permeou grande
parte das abordagens políticas na transição do regime imperial para o republicano no Brasil. Entende-se que a imprensa atuou como força corroboradora, com espaço privilegiado para algumas discussões e, ao mesmo
tempo, inseriu-se no campo das disputas por uma hegemonia no plano das ideias, conferindo àqueles que publicizam seu pensamento nas páginas dos
impressos, suposta legitimidade no discurso educacional. O exercício prático com esse conjunto de ideias resultou na seleção de 20 (vinte) títulos, em circulação em Mato Grosso, nas localidades de São Luiz de Cáceres, Corumbá e na capital
Cuiabá, entre os anos de 1880 a 1910, orientados com base na abordagem teórico metodológica da História Cultural. O exame das fontes viabilizou a
percepção e identificação de ideias em circulação, bem como de sistemas de referência, ora reforçando o argumento de atraso e isolamento, comumente atribuído ao território Centro Oeste. Editores, articulistas, redatores, jornalistas
de ofício se tornaram personagens importantes para a educação, afinal traduziram determinados modos de ver e entender a sociedade e fazer circular notas sobre a instrução/educação em terras mato-grossenses. Por fim, o estudo
possibilitou, de modo significativo, compreender que aspectos interessantes da História da Educação podem ser revelados com base em fontes desta natureza,
ainda que postas a dialogar com outras de tipologias distintas sem, no entanto, incorrer em uma hierarquização das mesmas. Não se trata de uma história da imprensa mato-grossense, e sim, de um exercício de história da educação, cujas
fontes principais foram interrogadas para a compreensão de aspectos educacionais silenciados.
Palavras-chave: História da educação. Imprensa periódica. Mato Grosso.
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A PERSPECTIVA BIOGRÁFICA NA HISTORIOGRAFIA REGIONAL: a trajetória
de Oliva Enciso no campo educacional de Campo Grande – MS
Adriana Espindola Britez
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS/PPGEDU/FAED/Capes) E-mail: [email protected]
Jacira Helena do Valle Pereira Assis
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (/UFMS/PPGEdu/FAED)
Stephanie Amaya
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS/PPGEDU/FAED/Capes)
Resumo: Este artigo apresenta a discussão do uso de biografia na composição da historiografia regional. O objetivo é contribuir para as discussões sobre o uso de
diferentes fontes, categorias e métodos de pesquisa na História da Educação. No País existe um movimento crescente de estudos biográficos de agentes sociais
envolvidos no campo educacional, e ao mesmo tempo, são parcos os estudos em nível local sobre biografias, histórias de vida e trajetórias de agentes sociais que atuaram no campo educacional e que alcançaram com relevância em diferentes
campos sociais, em que há proeminência e são representadas em fontes memorialísticas e históricas regionais. No primeiro momento, buscamos as contribuições de estudos biográficos na composição da História da Educação, e
no segundo momento, analisamos os elementos biográficos de Oliva Enciso no campo educacional representadas em fontes memorialísticas e históricas
regionais e suas contribuições para história da educação. A partir de uma perspectiva histórica e social, baseamos nossas análises nos estudos de Bourdieu (1996, 2007, 2011), Halbwachs (1990), Chartier (1990) e Burke (1992). Os
resultados revelam numa perspectiva bourdieusiana que uma biografia nunca pode ser compreendida por si só, todo percurso biográfico constitui-se na relação entre o agente social e a sociedade, e na ação individual e coletiva. As trajetórias
são observadas a partir dos elementos subjetivos, o habitus, e relacionam-se aos elementos objetivos, os capitais (econômico, cultural, social, etc.) constituídos por
meio do campo social de inserção. A trajetória de Oliva Enciso no campo educacional revela a constituição habitus e capitais (social e político) que
mobilizaram um capital simbólico de conhecimento e reconhecimento da trajetória educacional e política de Oliva Enciso em Campo Grande e no Mato Grosso do Sul.
Palavras-chave: Abordagem biográfica. História da Educação. Oliva Enciso.
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O USO DAS CENAS FÍLMICAS: desafios sobre a implementação da Lei
10.639/03 na Escola Municipal Professor Adenocre Alexandre de Morais na cidade de Costa Rica/MS
Airta Platero de Souza Cabreira
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Paranaíba) E-mail: [email protected]
Diogo da Silva Roiz
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Paranaíba)
E-mail: [email protected]
Resumo: O intuito deste trabalho é de apresentar resultados segmentários de
pesquisa de mestrado sobre o tema “O uso das cenas fílmicas em sala de aula”, para fundamentar a implementação da Lei nº 10.639/03, no que infere ao ensino
da história e cultura africana e afro-brasileira em uma escola municipal, no ensino fundamental, que está sendo desenvolvida junto ao Programa de Pós Graduação na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) Unidade de
Paranaíba, sob orientação do prof. Dr. Diogo da Silva Roiz. O tema abarca a história do “Negro” no Brasil, buscando compreender o Ensino de História a partir da teoria de Rüsen, por meio do desenvolvimento de “narrativas”
produzidas pelos discentes, após trabalho desenvolvido pelo docente em sala de aula, articuladas ao conceito de “consciência histórica”, atrelados ao
embasamento teórico e metodológico, visando refletir a integração da lei em sala de aula pelo fato de que os conteúdos de história e cultura africana e afro-brasileira, fazem parte dos conteúdos programáticos do Ensino Fundamental II
(8º e 9º ano) conforme referencial curricular do ensino fundamental de Mato Grosso do Sul, a luz da Lei 10.639/2003. Para realização desse estudo valer-se-á
das contribuições advindas dos teóricos que abordam a temática da Lei 10.639/03 no contexto escolar. Como a pesquisa encontra-se em fase de desenvolvimento os resultados apresentados serão parciais com elucidações a
auxiliar na produção do relatório final do curso.
Palavras-chave: História e cultura afro-brasileira. Cenas Fílmicas.
Implementação da lei nº 10.639/03.
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INSTRUÇÃO SECUNDÁRIA, DOCUMENTOS E HISTORIOGRAFIA: uma
(re)leitura das fontes para as pesquisas na história da educação em Goiás (1860-1888)
Alessandra de Oliveira Santos
Universidade Federal de Goiás (UFG) E-mail: [email protected]
Resumo: A Instrução Pública e, em particular, a Instrução Secundária, foi tema de grandes discussões e debates no Brasil e em Goiás ao longo do século XIX. Foi durante o Império que as principais medidas em relação à instrução do ensino
secundário foram pensadas, experimentadas, debatidas, iniciadas. E, com todas as tentativas de avanços e recuos, foi um período imprescindível para constituir
esta etapa de ensino. No entanto, tal objeto foi retratado a partir das várias fontes oficiais coletadas nos arquivos históricos goianos e de outras províncias do Brasil (relatórios dos presidentes de províncias, jornais, documentos manuscritos
diversos, entre outros), sob uma visão pessimista, revelando um olhar quase único, que se traduzem em concepções pessimistas e, muitas vezes, anacrônicas. Parte da historiografia que aborda esta temática absorveu tais ponderações sem,
no entanto, questionar a relevância ou não de tais posicionamentos ou afirmações. O objetivo nesta comunicação é apontar iniciativas que
demonstrassem um movimento positivo em torno da implantação da instrução secundária na província, revelando que, diante das contradições comuns na história de qualquer tempo e lugar, enxergamos a possibilidade de lançar outros
olhares, indo além das cristalizações já constituídas em produções que abordam este tema e este tempo. O contorno teórico-metodológico da História Cultural
possibilita este estudo que se insere no campo da História da Educação, pois esta base teórica atua na perspectiva de renovação e alargamento do uso das fontes, permitindo que se façam outras perguntas aos documentos. Entendemos que, em
Goiás, a Instrução Secundária, institucionalizada pelo Liceu (1846) e, mais tarde, pelo Seminário Episcopal (1872), foi constituída dentro de um longo debate político-educacional de grande relevância para a compreensão da história da
educação regional e nacional, e que é possível pensa-la por outro caminho que não reforce as ausências completas de iniciativas em torno da sua estruturação.
Palavras-chave: História da Educação. Instrução Secundária. Fontes documentais.
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AÇÃO DA CÂMARA E EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO DE LONDRINA (1936-1960)
Bruna Ester Gomes Yamashita Universidade Estadual de Londrina (UEL)
E-mail: [email protected]
Tony Honorato Universidade Estadual de Londrina (UEL)
E-mail: [email protected]
Resumo: Trata-se de um estudo das Atas da Câmara Municipal de Londrina-PR (1934-1960), objetivou verificar ações municipais de regulamentação da
Educação na localidade, resgatando o cenário no qual se configurou a estruturação da organização e do funcionamento das escolas nas décadas de 1930, 1940 e 1950. Destaca-se que Londrina, cidade localizada no Estado
Paraná, foi emancipada como município em 1934 e a primeira legislatura assumiu em 1936. Uma perspectiva analítica orientadora é a de Justino de
Magalhães (2004), na qual o autor observa a ação municipal em Portugal e a atuação dos agentes políticos e sociais locais no processo de organização da instrução pública, tendo como característica a descentralização e autonomia dos
sujeitos envolvidos. Desse modo, assumimos como referência a categoria historiográfica Município Pedagógico. A nossa pesquisa versa sobre o momento no qual o poder legislativo local agiu em prol da institucionalização do ensino,
das relações presentes na formalização de leis e de normas de funcionamento, dos desafios com que se deparou e debateu o poder local, das reivindicações
populares, posicionamentos políticos e das medidas tomadas pela competência pública. Por este ponto de vista, a pergunta fundante foi: o que representam as Atas da Câmara Legislativa de Londrina para análise das ações municipais em
nome da educação dos munícipes? Como desfecho, apresentamos a trama social e política envolvida na promoção da instrução, bem como verificamos as
condições para qualificar Londrina enquanto um território educativo promotor de ações regulatórias voltadas à escolarização na cidade.
Palavras-chave: Município Pedagógico. Escola Pública. Atas.
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“SEM PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO”: o uso dos desfiles das escolas de
samba em sala de aula
Christian Gonçalves Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
E-mail: [email protected]
Ana Carolina Brasil Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este artigo propõe um novo olhar sobre os desfiles das escolas de samba e os sambas-enredo, vendo estes como fontes possíveis de serem
trabalhadas no ensino de História. A partir da década de 1980, houve um amplo estudo acadêmico acerca do ensino de História, emergindo discussões sobre as distintas formas de ensino, as fontes, os métodos e a construção do
conhecimento histórico, questionando-se os grandes vencedores, os heróis nacionais, a utilização dos livros didáticos e a relação entre professor e aluno. Nesse passo, as escolas de samba tendem a protagonizar os negros, as mulheres
e os indígenas em seus desfiles de carnaval. Levar a cultura popular brasileira para dentro das instituições escolares é um recurso ainda pouco utilizado pelos
docentes de história nas salas de aula, mas é uma prática que buscamos potencializar neste artigo. Os desfiles das agremiações carnavalescas e os sambas-enredos criam narrativas acerca de uma temática, podendo ser uma
possibilidade de uso em sala de aula, as imagens produzidas pelas escolas de samba não devem ser vistas apenas como ilustração, mas sim, problematizadas e situadas no tempo e espaço. Para a construção do artigo, bebeu-se das
contribuições historiográficas de Maria Auxiliadora Schimidt (2004), Antoni Zabala (1998), Circe Bittencourt (2007) e Leandro Karnal (2004).
Palavras-chave: Ensino de história. Fontes. Samba-enredo.
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ESCOLA NORMAL N° 16 UMA INSTITUIÇÃO ESCOLAR DA CIDADE DE PEDRO
JUAN CABALLERO-PY. PESQUISA HISTÓRICA. QUESTÕES TEÓRICO-METODOLÓGICAS
Cinthya Lorena Larrea Viera
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) E-mail: [email protected]
Kênia Hilda Moreira
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente artigo tem por objetivo apresentar uma pesquisa
bibliográfica referente a um estudo sobre o processo educacional desenvolvido em uma Escola Normal situada em região fronteiriça entre o Brasil e o Paraguai no
período de 1954-1962. O estudo evidencia perspectivas de análise de instituições escolares e sua relevância no campo da história da educação. Apresenta a contextualização histórica e política da educação no Paraguai no período
recortado e descreve brevemente a historiografia adentrando na pertinência das pesquisas relativas à História do Tempo Presente, assim como a análise da História Oral como método de pesquisa. A identidade que uma instituição escolar
constrói depende de elementos internos e externos. A configuração política e social em que está inserida é determinante para a formação dos sujeitos. A
relevância de uma pesquisa no campo da História do tempo presente e da História Oral justifica-se pela preponderância social e pedagógica. Ela proporciona oportunidade aos sujeitos, protagonistas de suas histórias que
sempre foram silenciados na história tradicional. Recuperando os testemunhos orais dos sujeitos envolvidos na construção da história da mencionada escola,
constrói-se uma documentação que permite analisar sob diferentes pontos de vista a formação dos professores na região de fronteira, especialmente, do lado paraguaio.
Palavras-chave: Educação. Instituição escolar. História Oral.
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MOBRAL: uma visão da proposta nacional
Danielly Cardoso da Silva Universidade Federal de Goiás (UFG)
E-mail: [email protected]
Diane Valdez
Universidade Federal de Goiás (UFG) E-mail: [email protected]
Resumo: Muitas foram as propostas que prometeram diminuir de forma expressiva o índice de analfabetismo no Brasil ao longo da história do país. Uma dessas propostas, implantada no contexto da ditadura militar, foi o Movimento
Brasileiro da Alfabetização (Mobral), instituída pela Lei nº 5.379 de 15/12/1967. O presente artigo apresenta uma síntese de revisão bibliográfica acerca da
temática, como fase inicial de uma pesquisa de mestrado intitulada “Mobral em Goiás: uma experiência de alfabetização de adultos no contexto da ditadura militar”. Este artigo busca apresentar os objetivos centrais da proposta do
Mobral, procura-se responder qual o conceito de educação e alfabetização presentes na proposta nacional que orientou as ações desenvolvidas em Goiás. Como parte de um processo mais amplo que busca compreender quais as
influências da proposta nacional no contexto goiano, tendo em vista que criado na década de 1970, estruturado no modelo de fundação, o Mobral se destacou
por permanecer mais de uma década no cenário educacional, prometendo uma drástica mudança nos índices de analfabetismo. Esta foi uma proposta educacional que se desenvolveu com total apoio do regime governamental da
época, com farto financiamento, produção de material didático para todo país e treinamento de pessoal para atuar em suas classes (FÁVERO; FREITAS, 2011).
De modo que esta pesquisa justifica-se quando se considera a visibilidade e possíveis influências deste modelo de alfabetização no que se pensa sobre educação. Trata-se de uma pesquisa documental, em estágio inicial, em busca de
localizar materiais didáticos, e outros documentos que possibilitem apreender as singularidades das ações realizadas pelo Mobral em Goiás a partir da proposta nacional.
Palavras-chave: Mobral. Alfabetização. Pesquisa documental.
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O PRIMEIRO GINÁSIO MUNICIPAL NA CIDADE DE ANÁPOLIS-GO E A
ANÁLISE CRÍTICA DO DISCURSO
Diogo Jansen Ribeiro Universidade Federal de Goiás (UFG)
E-mail: [email protected]
Resumo: Os apontamentos apresentados aqui são parte inicial de uma construção de tese no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Educação da
Universidade Federal de Goiás (UFG) desenvolvido dentro da linha ‘Estado, Políticas e História da Educação’. O objeto analisado é o discurso institucional de
implantação da primeira escola secundária pública no município de Anápolis-Goiás. As fontes para análise são do acervo público da cidade e é a partir destas fontes que se buscará perceber quais os discursos foram empreendidos para a
implementação desta escola. Entende-se a problematização das fontes como passo primordial para a análise, uma vez que são Projetos de Leis, elaborados por
parlamentares, pautados por vários interesses específicos, neste sentido a Análise Crítica do Discurso (ACD) torna-se uma abordagem substancial e pertinente e será explorada de maneira introdutória, mas não superficial.
Palavras-chave: História da Educação. Ginásio Municipal. Análise Crítica do Discurso.
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EDUCAÇÃO ARTÍSTICA EM MATO GROSSO DO SUL: dilemas que a história
pode explicar (1971-1992)
Dyemison Phabulo Cavalcante de Pintor
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) E-mail: [email protected]
Resumo: Este texto apresenta resultados parciais de pesquisa de Mestrado
vinculada a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, UEMS/Paranaíba, cujo tema é a história da disciplina Educação Artística em Mato Grosso do Sul,
investigada entre os anos de 1971 e 1996. Com o objetivo de contribuir para a produção de uma história dessa disciplina, foram examinados os seguintes documentos: Sugestões de Comportamentos Esperados e Conteúdos de Educação
Artística para Mato Grosso do Sul, de 1981; Resolução nº 644 de dezembro de 1989 que estabelece as Diretrizes Curriculares para o ensino de 2º Grau do
estado de Mato Grosso do Sul; e Diretrizes Curriculares, de 1992. Trata-se de dispositivos curriculares da escola de 1º e 2º Graus prescritos para essa disciplina em Mato Grosso do Sul, nos primeiros anos após a criação do estado.
Para tanto, o texto fundamenta-se na abordagem histórica, no âmbito da educação, no campo da História das Disciplinas Escolares. Com a análise desses documentos, foi possível compreender a normatização do ensino de Educação
Artística em Mato Grosso do Sul, assim como os dilemas enfrentados por essa matéria de ensino, entre esses, a falta de professores habilitados, o desinteresse
dos alunos nas aulas de Educação Artística, a dificuldade de encontrar materiais didáticos para desenvolvimento das aulas, a falta de espaço físico para realização de atividades artísticas diferenciadas e, pouco apoio por parte dos gestores e
demais professores de outras disciplinas.
Palavras-chave: História das Disciplinas Escolares. Educação Artística. História
de Mato Grosso do Sul.
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“A INTRODUCÇÃO DA SCIENCIA NO AMAGO DA INSTRUCÇÃO POPULAR
DESDE A ESCOLA”: o lugar das ciências naturais na legislação
Edna Pereira dos Santos Ferreira
Universidade Federal de Goiás (IFG) / Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de
Mato Grosso (IFMT) E-mail: [email protected]
Resumo: Este trabalho é resultado de uma pesquisa realizada para a dissertação
de mestrado em Educação, da Universidade Federal de Goiás, situado na história da educação, na perspectiva da história cultural. Tem por finalidade evidenciar o lugar ocupado pelas Ciências Naturais na legislação, no final do século XIX,
período de transição do Império para a República, em um cenário em que havia o crescimento da produção de livros de leitura no Brasil. Desse modo, os livros
necessitavam ser aprovados pelo Conselho de Instrução Pública para circularem em ambientes escolares. Foram escolhidas duas fontes principais para este trabalho, o Decreto nº 7.247 de 1879, de autoria do Ministro do Império Carlos
Leôncio de Carvalho, e o Parecer da Reforma do Ensino Primário, proposto pela Comissão de Instrução Pública, publicado em 1883, composta, além do deputado e jurista Ruy Barbosa, que a presidia, por Thomaz do Bonfim Espinola e Ulysses
Machado Pereira Vianna, com a finalidade de realizar um estudo aprofundado do referido Decreto. Assim, buscamos evidenciar as Ciências Naturais nas duas
fontes mencionadas, tendo em vista que o conhecimento científico teve grande destaque a partir da segunda metade do século nos livros produzidos, uma vez que as fontes propunham a introdução do ensino científico como essência da
Instrução Primária, além da inserção das Lições de Coisas, também conhecida como método intuitivo, e era baseada no ensino por meio das coisas, partindo do particular para o geral, daquilo que se conhece para então iniciar o desconhecido,
educando assim a vista e o ouvido. De modo semelhante a um investigador, procuramos pistas nas fontes referenciais, a fim de auxiliar na compreensão do
lugar ocupado pelas Ciências Naturais nos livros de leitura, principalmente dos livros de autoria de Felisberto de Carvalho.
Palavras-chave: Século XIX. Livros de Leitura. Lições de Coisas.
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ESCOLA FRANCISCANA IMACULADA CONCEIÇÃO: fontes para o estudo de
instituições educativas na fronteira Brasil-Paraguai (1955-1972)
Eliane Maria Amaro Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Maria do Carmo Brazil Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
Marcel dos Santos Borba Secretaria de Estado de Educação do Mato Grosso do Sul (SEED/MS)
Resumo: Neste ensaio propomos reflexões acerca de estudos que buscam mananciais capazes de alimentar e sustentar o discurso histórico. Estas primeiras aproximações contam com documentos oriundos principalmente do
acervo da escola (crônicas, documentos, iconografia, livros de ocorrências, entre outros), documentos da Igreja e da imprensa local (Jornal O Progresso). O
objetivo da análise dessas fontes é dar suporte ao estudo da Instituição Educativa: Escola Franciscana Imaculada Conceição, surgida na região da Grande Dourados em 1955 (sul do Mato Grosso) em funcionamento até os dias
atuais. As análises deste ensaio comportam questionamentos relativos à metodologia investigativa histórica, cujos dados serão interpretados a partir das
relações reflexivas entre o particular (a presença da Igreja através da Instituição Educativa Imaculada Conceição de Dourados, MS) e o geral (o contexto histórico-agrário-social do país), entre os anos de 1955-1972. Já nos primeiros contatos
com as fontes históricas arroladas, as ditas “coisas velhas” já é possível observar que esta escola historicamente teve, por um lado, suas singularidades educacionais, mas por outro, foi veículo de propagação e ampliação da fé católica
e engajamento com os propósitos educacionais próprios dessa fase republicana, os quais foram nacionalmente divulgados.
Palavras-chave: Instituições Educativas. Memória. Documentos.
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A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS MUNICIPAIS DE
SOROCABA (1970-2000)
Fernanda Isaura Medeiros Mirim
Universidade de Sorocaba E-mail: [email protected]
Wilson Sandano
Universidade de Sorocaba
E-mail: [email protected]
Resumo: Este trabalho, tem como tema a investigação da trajetória da educação
profissional nas escolas públicas municipais de Sorocaba. Assim são abordadas
as instituições escolares municipais Dr. Getúlio Vargas e Dr. Achilles de Almeida,
desde a implantação dos cursos profissionais na década de 1970 até a sua
extinção, em razão do Decreto Federal nº 2.208 de 17 de abril 1997. Para tanto,
investiga à formação profissional e integral dos estudantes egressos de escolas
municipais nas décadas de 1970, 1980 e 1990, visando assim identificar o
cumprimento da meta de se formar jovens para o mercado de trabalho, e
concomitantemente proporcionar a posterior continuidade de seus estudos em
nível superior. Trata-se de pesquisa bibliográfica e documental ancorada na
análise de dados obtidos por meio de questionário eletrônico e de relatos orais de
modo a apresentar singularidades do contexto sócio histórico e político das
instituições educativas profissionais municipais de nível médio em suas
principais características, como sua grade curricular, carga horária, projeto
pedagógico, regimento, clientela, e suas respectivas demandas, de forma a
entender os processos que levaram à criação e posterior extinção dos cursos
profissionalizantes da rede municipal de Sorocaba. A pesquisa chegou ao
resultado que as escolas municipais formaram nos cursos técnicos cerca de 5000
alunos. Constatou-se que o propósito principal dos cursos era o de preparar os
alunos para o mercado de trabalho, porém em função de seu nível elevado,
principalmente na área técnica, acabou cumprindo o papel de facilitar o ingresso
desses alunos no nível superior.
Palavras-chave: Sorocaba. Educação profissional. História oral.
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JORNAL PARANÁ-NORTE COMO FONTE DE PESQUISA PARA HISTÓRIA DA
EDUCAÇÃO
Fernanda Silva Camargo Universidade Estadual de Londrina (UEL)
E-mail: [email protected]
Resumo: O impresso Paraná-Norte foi um jornal produzido na cidade de
Londrina, região norte do estado do Paraná, durante os anos de 1934 a 1953. A Companhia de Terras do Norte do Paraná (CTNP) era interessada direta na
fundação do impresso para propagandear a cidade, visto que os seus interesses eram imobiliários, assim, utilizavam o impresso como veículo para ofertar a venda de terras adquiridas no norte do Paraná. Londrina por sua vez foi
municipalizada em 1934, e no jornal encontramos diversas notícias sobre a cidade, nos diversos âmbitos como o político, econômico, social, cultural e o educacional. Desse modo, esta pesquisa tem por finalidade apresentar o Paraná-
Norte como fonte de pesquisa para compreendermos o processo de escolarização da cidade de Londrina na década de 1930. Assim empreendemos uma
identificação das notícias publicadas no Paraná-Norte. Para isso, nossa pesquisa consistiu nas seguintes etapas: a primeira foi a localização e o acondicionamento do jornal Paraná-Norte; em seguida, mapeou e catalogou as notícias sobre
educação publicadas no impresso; para assim, discorrermos sobre o início da escolarização na cidade nos anos 30. Portanto, esta comunicação, pretende
apresentar o Jornal Paraná-Norte como fonte e objeto de pesquisa para compreender o processo de escolarização na cidade de Londrina-PR na década de 30. As perguntas que guiaram os argumentos foram: quais notícias de educação
foram publicadas no Paraná-Norte? O que os agentes envolvidos com o periódico e a cidade tinham de interesse na área educacional em uma cidade em urbanização recente?
Palavras-chave: Imprensa. Paraná-Norte. Educação.
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ANÁLISE COMPARADA DAS DISCIPLINAS ESCOLARES PRATICADAS EM
DOIS COLÉGIOS PÚBLICOS DE ENSINO SECUNDÁRIO DE BELO HORIZONTE E CAMPO GRANDE (1930 – 1970)
Fernando Vendrame Menezes
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) E-mail: [email protected]
Resumo: Este texto apresenta um recorte dos resultados, ainda parciais, de uma pesquisa histórica comparada, em perspectiva regional, sobre o ensino
secundário em Belo Horizonte e Campo Grande. O objetivo aqui é discutir como produções acadêmicas (teses e dissertações) elaboradas nos programas de pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e da
Universidade de Federal de Minas Gerais, abordaram as características das disciplinas escolares praticadas em dois colégios públicos de ensino secundário nas duas cidades, no período que compreende entre 1930 e 1970. Foram
selecionadas sete produções acadêmicas, datadas entre 2004 e 2014. Estas produções foram analisadas comparativamente a partir dos pressupostos da
História das Disciplinas Escolares, conforme proposto Chervel (1990). Em linhas gerais, a análise indicou que nas duas instituições as disciplinas escolares praticadas eram pautadas pelo caráter propedêutico, pela observância das
prescrições curriculares e pelo uso do livro didático como recurso central do ensino. De forma mais ampla, o texto busca refletir sobre as possibilidades do
uso das produções acadêmicas como fonte para o estudo histórico comparado em Educação, indicando possibilidades e limites de um caminho ainda em construção. Neste sentido, a história comparada da Educação, em perspectiva
regional, possibilita colocar em relevo as dinâmicas próprias de diferentes elementos de um mesmo processo histórico, indicando as singularidades deste processo em lugares específicos.
Palavras-chave: História Comparada da Educação. Ensino secundário. Belo Horizonte e Campo Grande.
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A POLÍTICA EDUCACIONAL NOS RELATÓRIOS MEIRA MATOS E DO GRUPO
DE TRABALHO DO MEC
Getúlio Raimundo de Lima Instituto de Direitos Humanos de Mato Grosso do Sul (IDHMS)
E-mail: [email protected]
Maria Aparecida Alves Ribeiro Secretaria de Educação de Mato Grosso do Sul (SED/MS)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo examinar a política educacional nos Relatórios Meira Matos e do Grupo de Trabalho do MEC- GTRU/MEC, no
regime militar e verificar em que medida esses Relatórios expressam os ideários ideológicos do movimento das classes hegemônicas e suas influências na
definição das políticas públicas de educação com o objetivo de atender os novos processos de produção e os interesses políticos de uma classe. O período em questão, é marcado por profundas contradições nos campos políticos, econômicos
e social, cuja sociedade sofre com uma nova estrutura política militar de poder que confisca à liberdade dos direitos do cidadão. A pesquisa argumenta que as propostas educacionais, intrínsecas ao sistema de produção capitalista que atua
sobre os sistemas educacionais, dentro da relação estrutura-superestrutura e de processos contraditórios, são formas e métodos que almejam reforçar a condição
heteronômica da classe trabalhadora, a intensificação do trabalho mediante o emprego de novas técnicas e tecnologias para o incremento da produtividade. A metodologia do trabalho embasa-se no modelo histórico, no levantamento
bibliográfico de documentos oficiais de órgãos do Estado brasileiro, em sites e publicações diversas, considerando especialmente os aspectos educacionais,
econômicos, políticos e sociais, bem como suas decorrências nos diferentes sistemas de ensinos.
Palavras-chave: Educação. Regime Militar. Ideologia.
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O ENSINO SECUNDÁRIO NA PRIMEIRA REPÚBLICA: formação da cidadania
Izadora Maria Martins Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
E-mail: [email protected]
Lucas Lino da Silva
Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão) E-mail: [email protected]
Fernanda Barros
Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
Resumo: Este texto tem como objeto o ensino secundário brasileiro na Primeira República. Trata-se de uma investigação em andamento que tem como problema compreender como a educação secundária brasileira foi descrita na
documentação oficial produzida pelos poderes legislativo e executivo nacionais. A proposta é mapear o ensino secundário no Brasil na Primeira República a partir da publicação da Reforma Epitácio Pessoa de 1901, que possibilita equiparação
ao Colégio Pedro II a todas as instituições de Ensino Secundário brasileiras. As instituições secundárias mantidas pelos recém-criados Estados brasileiros,
foram, em sua maioria, criadas ainda no século XX, na esteira do Ato Adicional de 1834, e se mantiveram funcionando segundo as políticas estaduais e nacionais durante o séc. XIX e início do século XX, momento que foram afetadas
diretamente pelas reformas educacionais da Primeira República. As Reformas foram suficientes para fortalecer ou fechar as instituições estaduais a partir de 1901, e neste trabalho espera-se compreender a partir dos dados oficiais sobre
estas escolas como se deu a formação da cidadania a partir do ensino secundário. Os instrumentos básicos da pesquisa serão construídos pelos acervos digitalizado
de fontes primárias, periódicos regionais ligados diretamente e, mesmo indiretamente à temática educacional. A investigação que se propõe terá uma contribuição substancial ao campo da História da Educação, pois vários são os
trabalhos de pesquisa sobre o ensino secundário nos programas de mestrado e doutorado brasileiros, porém, estudos localizados que não traçaram ainda uma
abordagem geral sobre o ensino secundário brasileiro da Primeira República, a ponto de compreender os intercruzamentos que foram traçados pelas instituições existentes neste momento.
Palavras-chave: História da Educação. Ensino secundário. Fontes.
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UMA ANÁLISE SOBRE: as brincadeiras lúdicas na infância nos parques de
dourados através da fotografia
Jacqueline da Silva Nunes Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Geone dos Santos Bernardo Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: Na atual situação em que vivemos principalmente em grandes cidades devido à violência e insegurança, onde as ruas não são mais seguras para as
brincadeiras, os parques se tornam uma opção para os pais levarem seus filhos nos finais de semana. Desse modo, torna-se de grande relevância essa pesquisa pois tem como objetivo identificar a importância da utilização dos espaços
públicos como parte da formação da educação da criança. Para a investigação da análise optou-se pelo tipo de pesquisa qualitativa, descritiva, o método de análise foi por meio de imagens fotográficas, com crianças da faixa etária de 1 a 10 anos,
onde buscaram identificar quais são as brincadeiras lúdicas existentes. Os resultados e conclusões demonstraram que por meio da análise das imagens
retratam a importância dos parques públicos como espaço lúdico para o processo de educação da criança, assim como a importância do professor de educação física desenvolver atividades lúdicas nas aulas de educação física, pois as
crianças presentes nas praças estavam sempre brincando, o que demostra a importância de ensinar atividades lúdicas , de despertar na criança o interesse por brincadeiras que possibilite a exploração do espaço, a criatividade e o
movimento corporal fundamental para formação integral da criança.
Palavras-chave: Educação. Fotografia. Parques públicos.
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O LIVRO DE LITERATURA COMO FONTE DA EXPERIÊNCIA DE LEITURA NA
ESCOLA DO ENSINO FUNDAMENTAL
Jorge Delmar da Rosa da Silva Junior Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Renato Nésio Suttana Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
Resumo: Segundo Michel de Certeau, o ato de ler é frequentemente entendido como uma “relação de forças entre mestre e aluno ou produtores e consumidores”, operada por iniciados no conhecimento, ou seja, indivíduos que
se apresentam como privilegiados e verdadeiros intérpretes da sabedoria dos livros. Isso leva às indagações que nortearam a presente pesquisa de iniciação científica, cujo objetivo foi abordar questões relativas à presença do texto literário
como fonte de leitura no Ensino Fundamental público, considerando os alunos de uma escola de Dourados-MS. Enfocamos a dimensão do interesse pela literatura,
buscando dados que revelam o que os estudantes têm lido e o que querem ler, como suporte para seu aprimoramento intelectual e cognitivo. Para sustentar a análise, tomamos como referência escritos de teóricos da literatura, da história da
leitura e da literatura infantojuvenil, bem como recorremos à aplicação de questionários com os alunos da Escola Estadual Tancredo Neves, colhendo
depoimentos sobre o interesse pela literatura e as circunstâncias que envolvem a leitura de livros. Procuramos estabelecer relações entre os depoimentos dos estudantes e os elementos que influenciaram sua experiência, inserindo no
formulário questões quantitativas e qualitativas, para a abordagem dos dados. Concluímos, se o fenômeno do interesse dos jovens pelo objeto livro e pelo que chamamos de literatura passa, em princípio, pela mediação da família e,
posteriormente, da escola, é possível dizer, no entanto, que, se a escola mantiver uma política de letramento e exercício de leitura calcada só no livro didático, o
mercado cooptará cada vez mais esses jovens, contribuindo, conforme mostram as entrevistas, para alijar os clássicos nacionais e mundiais, em prol de produtos massificados. Aqui, é possível dizer que os livros comerciais deveriam ser
utilizados como ferramenta facilitadora e antecipadora do acesso obras que contribuam com uma formação humana e literária de caráter mais consistente e
duradouro.
Palavras-chave: Literatura e ensino. Livro. Jovens leitores.
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MANUAIS ESCOLARES OITOCENTISTAS NO ACERVO DE OBRAS RARAS DA
BIBLIOTECA DA UnB: inventário e possibilidades de pesquisa
Juarez José Tuchinski dos Anjos Universidade de Brasília (UnB)
E-mail: [email protected]
Resumo: Superando matrizes explicativas generalizantes dos anos 70 e 80, que
desqualificavam a escola e a escolarização no Império, as pesquisas recentes têm demarcado a importância das experiências educativas do período, desde que lidas
à luz do contexto de um Estado em formação. Essa virada historiográfica se deve, dentre outros fatores, ao investimento na localização e teorização de fontes diversas, destacando-se aquelas relativas à dimensão pedagógica da escola
primária de então. O objetivo desta comunicação – que integra o projeto de pesquisa “Os Arquivos de Brasília e a História da Educação Brasileira no Império: inventário de fontes e perspectivas de pesquisa” – é inventariar e teorizar
possibilidades de pesquisa de um conjunto de manuais escolares oitocentistas existentes no acervo de obras raras da Biblioteca da Universidade de Brasília. A
metodologia adotada consistiu na análise das bases de dados disponíveis no acervo, seguida da identificação in loco de títulos destinados à instrução escolar entre 1822 e 1889, seus locais de produção e disciplinas ou matérias de que se
propunham ser suporte de conhecimento. Os resultados apontaram a existência de 30 manuais destinados majoritariamente ao ensino primário, mas, também,
secundário e militar. Foram produzidos em províncias como Bahia, Alagoas, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul ou países como França e Portugal além de traduções realizadas no Brasil de títulos internacionais. Abrangem as matérias
ou disciplinas: Aritmética, Filosofia, Geografia, Gramática, História provincial e História Pátria, dentre outras. As conclusões apontam para a potencialidade dessas fontes para futuros estudos sobre a história da educação no Império, em
temáticas como história das disciplinas escolares, história das práticas de leitura (em função de marcas neles identificadas), circulação de saberes e modelos
pedagógicos em perspectiva nacional e transnacional e história dos circuitos de produção local, nacional e internacional de manuais escolares.
Palavras-chave: Fontes. Manuais Escolares. Brasil Império.
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A PRÁTICA DE CATALOGAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO DE DOCUMENTOS E A
PESQUISA EM HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DO GRUPO DE PESQUISA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO E MEMÓRIA
Karolyne Camargo Marques
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) E-mail: [email protected]
Crystyne Silva de Matos Gomes
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
Resumo: O texto versa sobre a prática de classificação de material historiográfico. Através de dados coletados – no Arquivo Público do Estado de Mato Grosso- APEMT, na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Núcleo
de Documentação e Informação Histórica Regional - NDIHR, Instituto Memória do Poder Legislativo e no Arquivo da Casa Barão de Melgaço de Mato Grosso –
durante o período em que as autoras integraram-se como membras do Grupo de Pesquisa História da Educação e Memória - GEM, como bolsista de Projeto de Iniciação Científica entre os anos de 2016 e 2017. Tem como objetivo principal
explanar sobre o processo desde a coleta do material até a finalização da classificação para disponibilizar em acervo online do grupo. Utilizou-se da metodologia análise documental e bibliográfica através, de regulamentos, projetos
de cursos, programas de disciplinas, artigos, dissertações e teses. Os dados obtidos indicam que a fase de construção da base de dados do grupo, através do
mapeamento de fontes primárias, contribuem para o desenvolvimento e concretização das pesquisas desenvolvidas pelo grupo e pelos demais pesquisadores, através dos documentos transferidos e socializados no acervo
virtual do GEM, onde são classificados, ordenados e nomeados de acordo com seu gênero. Dessa forma a localização, catalogação e organização dos dados
contempla produzir e disponibilizar os documentos através do site www.gem.ufmt.br, possibilitando consultas de pesquisadores interessados pela história regional e pela história comparada.
Palavras-chave: Pesquisa. História. Documentos.
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FONTES PARA A HISTORIOGRAFIA DA EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO DO
SUL DO CENTRO DE EDUCAÇÃO EM EDUCAÇÃO, DIVERSIDADE CULTURAL E LINGUAGENS DE MATO GROSSO DO SUL
Kátia Cristina Nascimento Figueira
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) E-mail: [email protected]
Leia Teixeira Lacerda
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este trabalho tem por objeto apresentar a constituição do Centro de Documentação em Educação, Diversidade Cultural e Linguagens de Mato Grosso do Sul e a contribuição de seu acervo para os estudos historiográficos da
educação sul-mato-grossense. Organizado a partir do financiamento por meio do Edital Chamada Fundect/CNPq nº. 5/2011, estabeleceu-se uma delimitação com vistas à organização de fontes primárias e secundárias em três eixos:
historiografia da educação, diversidade cultural e linguagens. Para tanto, os objetivos definidos foram a ampliação do acervo, a organização, o armazenamento
e a estrutura para consulta e disseminação das informações contidas nas fontes primárias e secundárias. No que diz respeito ao tratamento documental, recorremos à organização metodológica proposta pela Arquivologia, nas análises
discursivas das narrativas foram utilizadas as categorias da Análise do Discurso de linha francesa, bem como, as contribuições da Educação e da História Oral.
Pelo exposto, com o trabalho empreendido foram alcançados os seguintes resultados: 13 (treze) séries contendo 2.232 (dois mil, duzentos e trinta e dois) documentos da Escola Estadual Joaquim Murtinho; 13 (treze) narrativas dos
povos pantaneiros indígenas e não indígenas que constituem o acervo oral; 4.107 (quatro mil cento e sete) documentos textuais e fotográficos, relativos ao recorte temporal da metade do século XIX até os anos 1970 do Arquivo Público Estadual
de Mato Grosso; Recebimento em doação do acervo documental privado do memorialista de Amambai, Sr. Almiro P. Sobrinho, constituindo o Fundo Almiro
P. Sobrinho com 47 (quarenta e sete) documentos. Ao total, o resultado foi de 6.399 (seis mil trezentos e noventa e nove) documentos. O êxito do trabalho deve-se a preservação de informações que dizem respeito a nossa constituição
histórica, notadamente nos campos da educação, diversidade e linguagem, bem como, a sistematização de fontes que ficarão disponíveis para a comunidade.
Palavras-chave: Fontes. Educação sul-mato-grossense. Centro de
Documentação.
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MADUREZA E BOURDIEU
Kleberson Rodrigo Vasconcelos de Oliveira Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
E-mail: [email protected]
Resumo: O objetivo desse trabalho é apresentar a relação/ligação entre o texto trabalhado e discutidos na disciplina “A Construção do Objeto de Pesquisa da Educação”, disciplina requisito de aprovação no programa de pós-graduação, com
meu objeto de pesquisa, os Exames de Madureza em Mato Grosso na década de 1930 a 1970. O Exame de Madureza no Brasil foi criado no século XIX pelo
Decreto 981/1890, e buscava, pela sua proposta inicial, atender a um público que, por diferentes motivos, não havia concluído os estudos em instituições regulares de ensino e que almejava galgar patamares mais elevados de
escolaridade. O exame surgiu concomitantemente à reforma Benjamim Constant, com o propósito de que os estudantes nele aprovados pudessem se candidatar a
vagas em cursos superiores disciplina esta ofertada como requisito aos alunos da pós-graduação. Ao decorrer da disciplina foram estudados 17 textos de diversos autores que fundamentam várias produções acadêmicas, dentre eles, Bourdieu,
Marx, Durkhein, Webber, Focault, Cândida Soares e Norbert Elias. O texto escolhido para fazer esse exercício de relação/ligação com meu objeto de pesquisa é de autoria de Pierre Bourdieu, intitulado de “Compreender”, e integra a obra A
Miséria do Mundo (2003), a escolha desse texto se deve a eloquência quanto à posição de Pierre Bourdieu da postura do pesquisador na utilização do
instrumento de pesquisa “entrevistas”, trazendo a sua preocupação quanto sociólogo com a abordagem do pesquisador com o pesquisado, o texto se assemelha a um “manual”, onde trás todo o cuidado que o pesquisador deve ter
na abordagem da coleta de informações através das entrevistas. Por isso o texto de Bourdieu foi melhor escolha para fazer essa relação/ligação com meu objeto, indo de encontro ao me proponho fazer quanto pesquisador.
Palavras-chave: Exame de Madureza. Bourdieu. Disciplina.
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ESCOLA, EDUCANDÁRIO EUNICE WEAVER: arquivo documental e histórico
Leicy Francisca da Silva
Universidade Estadual de Goiás (UEG)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este trabalho trata do processo de organização do arquivo histórico da
Escola Eunice Weaver, em Goiânia. A escola em análise fazia parte do complexo formado pelo educandário e preventório Afrânio de Azevedo, voltado para cuidado e educação das crianças filhas de doentes de hanseníase em Goiás. Isso porque
decorrente do estipulado pelo Serviço de Profilaxia da Lepra, nos anos 1920, os filhos de doentes internados em leprosários foram vítimas colaterais do
isolamento dos pais. Eles ficaram, quando da impossibilidade de serem mantidos pelas famílias sob o resguardo dessas instituições filantrópicas. Atualmente, temos uma demanda por essa documentação histórica decorrente de um Projeto
de Lei (Projeto de lei n. 3.303 proposto por Edivaldo Holanda Junior e Lei nº 11.520/2007, de 18 de setembro de 2007) que propõe como dever do Estado a
reparação monetária, por meio de pensão, para atenuar as consequências dessas políticas. Às pessoas atingidas pela segregação compulsória em leprosários (25.000) e às que sofreram alienação parental (80.000), segundo o Movimento de
Reintegração do Hanseniano (MORHAN), cabia para requerimento da pensão, apresentar a comprovação de sua situação com “ampla produção de prova documental e testemunhal”. As questões que dirigem esse artigo advêm da
previsão legal de prova documental para acesso ao direito de indenização, bem como ao direto à memória individual e coletiva dos atingidos pela política de
profilaxia da hanseníase/lepra. Dessa disposição surgem problemas como: onde, no caso goiano, se encontrariam essas provas e como essa documentação estava sendo preservada, enquanto fonte histórica, para releitura do vivido por essa
população em decorrência daquelas políticas? Quais interrogações emergem daquele conjunto documental e quais respostas para o problema sócio histórico da segregação podemos ali encontrar?
Palavras-chave: História da educação em Goiás. Educandário/preventório. Hanseníase. Educação e assistência social.
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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO E ARQUIVOS ESCOLARES: o caso do colégio
Estadual Rio Branco de Santo Antonio da Platina-PR
Lucas Batista Hernandes Universidade Estadual de Londrina (UEL)
E-mail: [email protected]
Tony Honorato
Universidade Estadual de Londrina (UEL) E-mail: [email protected]
Resumo: Esse artigo tem por objetivo ampliar a discussão sobre a preservação de
fontes documentais arquivísticas para o campo da história da educação, e no que
se refere à pesquisa relacionada sobre a história de instituições escolares. As
fontes documentais são de fundamental importância para que o trabalho do
pesquisador seja efetuado numa perspectiva de heurística da história. O nosso
trabalho se atenta ao uso das fontes para a pesquisa das instituições
educacionais no movimento analítico da cultura escolar. Os arquivos escolares
exercem um papel que se torna essencial no que se refere ao processo de
acondicionamento, levantamento e catalogação de documentos que se constituem
como fontes para pesquisa sobre a história das dinâmicas, sociabilidades,
costumes e valores em configurações escolares humanas específicas. Desta
forma, a própria organização e preservação de acervos podem revelar muito sobre
a cultura escolar, bem como podem evidenciar de que modo uma instituição trata
a sua própria história. Os documentos são considerados também elementos
fundantes para a produção, sistematização e reconstituição das memórias das
instituições e de seus sujeitos históricos. Como realidade empírica, centramos
nos esforços de pesquisa no arquivo permanente do Colégio Estadual “Rio
Branco”, localizado no município de Santo Antônio da Platina, no norte do
Paraná.
Palavras-chave: Instituições escolares. Acervos escolares. Fontes.
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HISTÓRIA ORAL: um registro biográfico de uma professora alfabetizadora de
imigrantes, filhos de japoneses no município de Pereira Barreto/SP (1955-1965)
Luci Panucci
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Paranaíba) E-mail: [email protected]
Resumo: Esta comunicação tem a finalidade de apresentar resultados parciais de pesquisa de mestrado sobre o tema História de Vida de uma Professora Alfabetizadora, que está sendo desenvolvida junto ao Programa de Pós-Graduação
em Educação na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) Unidade Universitária de Paranaíba. O tema investiga a vida de uma professora,
alfabetizadora de crianças que usavam o idioma japonês, no circuito familiar, na cidade de Pereira Barreto/SP, entre os anos de 1955 e 1965. O objetivo dessa pesquisa é o de contribuir para o campo da História da Alfabetização no Brasil,
por meio da biografia da professora, recuperando informações sobre as crianças que frequentaram a escola, o espaço físico, o material usado para a prática de
alfabetização, e os motivos que a levaram a dar início a esse trabalho no ano de 1955, como professora alfabetizadora; constitui-se também como objetivo relacionar sua história com as transformações da educação no município ao
longo do tempo. Com a História de Vida, a finalidade é resgatar as memórias sobre o processo de formação inicial e continuada da professora e os pressupostos teóricos que sustentaram a sua prática na alfabetização. A História
Oral é uma metodologia que possui características próprias, e assim permite o uso da biografia enquanto instrumento para coleta de dados e sustentação
histórica da vida de um sujeito singular, que contribui para a constituição da história social, num dado momento histórico.
Palavras-chave: História Oral. Biografia. Professora Alfabetizadora.
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HISTÓRIA E CULTURA: tecendo relações
Márcia Campos Moraes Guimarães Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
E-mail: [email protected]
Kênia Guimarães Furquim Camargo Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC/GO)
E-mail: [email protected]
Resumo: Alicerçado nos pressupostos teórico-metodológicos da Nova História Cultural, o objetivo desta pesquisa bibliográfica é apresentar algumas
ponderações concernentes a história cultural e cultura escolar, bem como o papel do historiador e as fontes de pesquisa. A Nova História Cultural foi responsável
por uma série de mudanças na historiografia brasileira, tais como a ampliação do campo de estudo dos pesquisadores e das fontes de pesquisa, além é claro, de novos métodos para explorá-las. Neste contexto, o conceito de cultura também
sofreu um processo de reformulação com base em diferentes perspectivas disciplinares, o que contribuiu para um novo olhar sobre a escola, reconfigurando a historiografia das instituições de ensino. Todas estas mudanças
tornam os pressupostos da Nova História Cultural um profícuo aporte teórico para tratar os objetos de estudo no campo historiográfico, pois permite ao
pesquisador apreender as impressões dos sujeitos sociais envolvidos no processo histórico. Diante da ampliação das fontes de pesquisa, cabe ao historiador a difícil tarefa de resgate, seleção e análise. Como os documentos são o resultado
do empenho das sociedades históricas de impor sua imagem para o futuro, de forma voluntária ou involuntária, dar voz a eles, sem incorrer no risco de
privilegiar as estratégias e reviver a história dos nomes próprios, ainda é uma árdua tarefa para o pesquisador. Neste prisma, consideramos necessário um olhar de estranhamento para o objeto de pesquisa, bem como questionamentos
consistentes para que o pesquisador possa, então, ser capaz de desnudar suas singularidades e desvelá-lo. Palavras-chaves: História Cultural. Cultura Escolar. Fontes de pesquisa.
Palavras-chave: História Cultural. Cultura Escolar. Fontes de pesquisa.
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A DISCIPLINA ESCOLAR EDUCAÇÃO ARTÍSTICA NO ENSINO SECUNDÁRIO:
localização, acesso e seleção de fontes
Nayanne do Nascimento Silva Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Kênia Hilda Moreira Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
Resumo: Objetiva-se apresentar os procedimentos metodológicos utilizados para
a localização, acesso e seleção de fontes sobre a história da disciplina Educação Artística nas duas primeiras instituições de ensino secundário do município de Dourados, Sul de Mato Grosso, na segunda metade do século XX. As instituições
em questão são: o Ginásio Osvaldo Cruz de Dourados (GOC), criado em 1954 e o Ginásio Estadual Presidente Vargas (GPV), criado em 1951, mas que iniciou suas
atividades em 1958. Utilizou-se, para tanto, o acervo do Ginásio Osvaldo Cruz, disponível no Centro de Documentação Regional da Universidade Federal da Grande Dourados e o do Ginásio Estadual Presidente Vargas, na própria
instituição. A pesquisa considerou as referências em torno da História das Disciplinas Escolares (CHERVEL, 1990; JULIA, 2001), História das instituições escolares (MAGALHÃES, 2004), História do Ensino Secundário (PESSANHA E
GATTI JUNIOR, 2010) e História do Ensino de Arte (BARBOSA, 1991; FERRAZ E FUSARI, 2001), além de um levantamento bibliográfico em torno das produções
sobre as referidas instituições (VELTER, 2014; MOREIRA/RODRIGUES, 2014; VIANA, 2007). Entre os documentos selecionados estão: GOC: Regimento escolar de 1970; Mapa do corpo docente de 1954, 1961 e 1980; Quadro Curricular de
1975-1980, Relatório final de aproveitamento 1954-1961. No GPV: Atas de Resultados Finais de 1950, 1960, 1970 e 1980; Atas das reuniões do Conselho
Diretivo de 1984; Funcionamento do 2º grau de 1982 e Livro de matrícula de 1960. Os documentos localizados permitiram a construção de um conjunto de fontes para a pesquisa em andamento, em torno da história da disciplina
“Educação Artística”. Conclui-se, pelos documentos disponíveis até o momento, que a disciplina esteve em constantes alterações enquanto componente curricular em ambas as instituições.
Palavras-chave: História das disciplinas. Ensino secundário. Pesquisa em História da Educação.
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MEMÓRIAS DE FAMÍLIA E ESCOLA: relatos de mulheres transgêneras a
partir da história oral
Nosli César de Jesus Bento
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) E-mail: [email protected]
Nubea Rodrigues Xavier
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Magda Sarat Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Grupo de Pesquisa Educação e Processo Civilizador/GPEPC UFGD
Resumo: Este trabalho é parte de uma pesquisa em andamento, e tem como
objetivo fazer uma reflexão sobre o tratamento dado pela família e a escola às crianças transgêneras dentro dos diferentes contextos sociais em que elas
convivem. Objetivamos averiguar quais os modelos instituídos pela família e pela escola que determinam comportamentos sociais acerca dos corpos infantis. Como pressupostos teórico-metodológicos nos embasaremos nos estudos queers e pós
estruturalistas que desconstroem a imagem de um corpo em torno de um sexo e de uma sexualidade definidas por características binárias rígidas e construídas. Além das contribuições dos estudos queer, buscaremos na Sociologia da infância
- que enfoca o lugar social da criança e seu protagonismo, como muitos grupos tem sua existência negada e vivenciam infâncias patologizadas e silenciadas num
cenário de violências física, psicológica e simbólica. As memórias sobre as infâncias, escola e família foram investigadas a partir da metodologia da história oral, que ouviu mulheres transgêneras contando sobre suas experiências de
infância e como elas percebem seu processo de formação e identificação social desde criança. Como resultados, esperamos apresentar reflexões sobre comportamentos, modelos e normas que legitimam as infâncias e seus corpos
problematizando os contextos sociais misóginos, homofóbicos e discriminadores que estão presente e silenciam os indivíduos nestes espaços da família e da
escola.
Palavras-chave: Educação. Transgêneras. Travestis/Transexuais.
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A ERA VARGAS EM MATO GROSSO: o jornal “A cruz” e a representação do
ideal de educação
Regiane Cristina Custódio Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT)
E-mail: [email protected]
Resumo: As discussões presentes neste texto devem muito às reflexões
acontecidas no contexto das reuniões do projeto de pesquisa: “A Era Vargas em Mato Grosso: A História da Arquitetura das Obras Oficiais”, desenvolvido desde
novembro de 2014 e finalizado em 2017. Os momentos de pesquisa nos arquivos possibilitaram encontrar jornais da época que deram margem para ideias novas que inspiraram outros estudos. Considerando o contexto de ocupação da
Amazônia e Centro-Oeste do Brasil, através da “marcha para o Oeste” (1938), uma dessas ideias segue a direção de pensar sobre a educação em Mato Grosso naquele período (1937-1945). Além das transformações físicas, levando em conta
a arquitetura das obras oficiais, ocorreu uma intensa representação de educação com o propósito de produzir um cidadão moderno e civilizado. Assim, o objetivo
desta escrita é compreender como, por meio do Jornal “A Cruz”, órgão da Liga Social Catholica Brazileira de Matto-Grosso (um jornal católico de ampla circulação em Cuiabá) se propagava o ideal de educação. Em algumas edições é
possível observar que a responsabilidade pela “formação de personalidades disciplinadas e conscientemente orientadas para um fim alevantado” (A CRUZ, 2
março, 1941) cabia às mulheres, em especial, às mães. Elas estavam encarregadas de formar os jovens, filhos e filhas para viver em uma sociedade que deveria superar o atraso e avançar em direção aos padrões da modernidade que
se instaurava naquele período, marcado em âmbito nacional, por um ideário desenvolvimentista.
Palavras-chave: Era Vargas. Educação. Jornal “A Cruz”.
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OS OUTROS NA NARRATIVA: uma proposta de análise para os materiais
coletados nas pesquisas com histórias de vida e narrativas (auto)biográficas
Rita Tatiana Cardoso Erbs Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente artigo discute a análise de diferentes materiais coletados
nas pesquisas com histórias de vida e narrativas (auto)biográficas, tendo como foco inicial a análise de memoriais e de narrativas de vida e formação, além de
materiais como fotos, currículos, diários, textos de escritas de si, entre outros. Para dar suporte a intenção investigativa apresentada, serão entrelaçados autores/pesquisadores em narrativas (auto)biográficas com sua diferentes formas
de análises de materiais, assim como autores das áreas de educação, história da educação, psicologia, antropologia e sociologia. Pensando na riqueza de materiais
produzidos até então, a partir da intenção de diferentes pesquisadores em seus diferentes campos, pretendendo articular uma possibilidade aos questionamentos de pesquisadores, professores e entrevistadores. O que fazer com todo o material
coletado? Quais passos metodológicos devem ser tomados para transparecer a riqueza e a complexidade do material? Como conversar com uma pessoa após ela ter nos agraciado com sua história de vida a partir de relatos, memoriais, fotos,
diários e outros materiais que representam, para ela, a sua vida? Que tipo de análise pode ser feita que atenda a intenção do pesquisador? O que fazer com os
impactos gerados pela análise nas pessoas que contribuíram com a sua história de vida para a pesquisa? A pesquisa que fundamenta este artigo busca compreender a partir de uma metodologia de análise, as interações sociais,
culturais e psicológicas antes, durante e depois da pesquisa entre pesquisador e narrador, objetividades e subjetividades, indivíduo e cultura, o evidente, o latente
e o oculto nas narrativas e nas interações propiciadas pela pesquisa com histórias de vida e narrativas (auto)biográficas.
Palavras-chave: Histórias de vida. Formação de pesquisador. Metodologia de análise.
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HISTÓRIAS DE VIDA COMO FONTE DE PESQUISA EM HISTÓRIA DA
EDUCAÇÃO: relatos de professores aposentados da UFMS
Sandra Novais Sousa Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Bárbara de Carvalho Ortega Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Loren Katiuscia Paiva da Silva
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) E-mail: [email protected]
Resumo: O presente artigo traz considerações sobre as possibilidades de
pesquisa em história da educação utilizando-se como fontes as memórias de professores aposentados. Para tanto, fez-se uma análise das histórias de vida dos
professores Luiz Salvador de Miranda Sá Junior, Nair Coimbra Motta e Maria da Glória Sá Rosa, entrevistados no âmbito da pesquisa publicada na obra "Episódios do Passado: narrativas de professores aposentados da Universidade
Federal de Mato Grosso do Sul", desenvolvida pelas professoras doutoras Jacira Helena do Valle Pereira e Sônia da Cunha Urt, cujas transcrições foram disponibilizadas em CD-ROM anexo à obra e serviram como fonte de dados para
a investigação aqui proposta. Nosso objetivo consistiu em compreender quais elementos presentes nas histórias de vida desses três professores contribuem
para se entender as práticas educativas e os movimentos próprios do campo educacional à época da criação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, a partir de conceitos da teoria bourdieusiana, sobretudo campos, capitais e
habitus. Como resultados, apontamos que as histórias de vida permitem acessar aspectos sociológicos, culturais e políticos presentes na história da educação,
bem como questões ligadas a procedimentos didáticos e à identidade profissional. À luz dos estudos sobre memória e esquecimento, revelam também, por meio da análise dos elementos que ganharam maior relevância nos relatos, aquilo que os
professores aposentados priorizaram como fatos importantes a serem perpetuados na materialização de suas histórias de vida, consistindo, portanto,
em fonte privilegiada de pesquisa educacional.
Palavras-chave: Memória. História da Educação. Fontes de pesquisa educacional.
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A EDUCAÇÃO NAS MENSAGENS DO GOVERNADOR FERNANDO CORRÊA DA
COSTA (1961-1964)
Silvano Ferreira de Araújo Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e Faculdades MAGSUL
E-mail: [email protected]
Resumo: Este trabalho apresenta o discurso do Governador do Estado de Mato
Grosso, Fernando Corrêa da Costa, apresentadas à Assembleia Legislativa por ocasião da abertura anual das sessões legislativas no período de 1961 a 1964,
focalizando as ações a favor da educação, contidas nas 4 Mensagens governamentais referentes ao seu segundo mandato. As Mensagens se apresentam em um volume de 521 páginas, microfilmadas e separadas entre si
em ordem cronológica, nas quais estão os principais atos desenvolvidos pelo governo durante esse período relativos à saúde, educação, industrialização, comércio, rodovias, entre outros. Foram examinados os discursos dirigidos,
especificamente, aos deputados estaduais, para que, assim, pudéssemos entender a conjuntura política daquele período, também, foram feitos alguns
apontamentos sobre as políticas educacionais desenvolvidas daquele momento, tendo como questão central a configuração do campo educacional por meio da análise de algumas categorias relacionadas à instrução pública. A proposta se
justifica por contribuir com as investigações sobre o desenvolvimento da educação no Estado de Mato Grosso durante o período estabelecido no recorte
temporal, principalmente das ações que buscavam a ampliação e a melhoria da qualidade do ensino oferecido no sistema educacional, sobretudo na educação primária, secundária e superior, no intuito de alavancar o processo de
desenvolvimento econômico do Estado.
Palavras-chave: Mato Grosso. Mensagens Governamentais. Educação.
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“ILUMINA O PAÍS EM QUE NASCESTES” INSTRUÇÃO E CIVILIZAÇÃO NA
IMPRENSA GOIANA: a matutina meiapontense (1830 – 1834)
Tatiana Sasse Fabiano Ribeiro Universidade Federal de Goiás (UFG)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este trabalho trata-se de uma pesquisa documental, com o objetivo de
localizar no primeiro periódico goiano, pistas sobre a educação em Goiás, no início do século XIX. Utilizando a imprensa não oficial como principal fonte,
intencionamos contribuir com os estudos e pesquisas sobre a temática da história da educação goiana. Assim, valemo-nos do jornal A Matutina Meiapontense, primeiro periódico goiano que se configurava como um espaço de
disputa pelo poder e legitimação dos interesses do grupo por trás dessa iniciativa. Esse jornal circulou na província de Goiás entre os anos de 1830 e 1834, e está disponível no Arquivo Histórico de Goiás e digitalizado na internet. A pesquisa foi
realizada sob a fundamentação teórico-metodológica da História Cultural. Nas páginas de A Matutina, encontramos elementos valiosos para desvelar o cenário
goiano nos primeiros anos do Brasil independente. Atas de reuniões governamentais, extratos de textos retirados de outros periódicos, correspondências, anúncios, discursos assinados pelo redator e outras
modalidades textuais são encontrados nesse periódico, abordando, sobretudo, temas relacionados à política, mas abarcando também aspectos da construção de
uma nação em curso. Quanto à educação, encontramos referências à criação de escolas; provimento, formação e concurso de professores; a importância da educação e questões do cotidiano escolar, como material didático e método de
ensino. Os resultados encontrados, além de contribuir para a história da educação local, nos permite também refutar o lugar comumente demarcado pela historiografia para Goiás no século XIX, como um local decadente, marcado pelo
estigma do atraso, da distância e do desinteresse pela educação.
Palavras-chave: História da Educação. Imprensa. Goiás.
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A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO EM HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DO
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO DA UFPB
Thais Jussara de Oliveira Guedes Isidro Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
E-mail: [email protected]
Maria Lúcia da Silva Nunes Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Resumo: Perante a necessidade sentida pelos historiadores da educação de um balanço historiográfico destinado a inventariar as produções na área, estudos e pesquisas sobre a produção científica em história da educação brasileira,
denominados o “estado da arte” ou o “estado do conhecimento”, tem se intensificado nas últimas décadas. Ainda recentes, esses estudos são necessários à medida que levam a compreensão da produção acadêmica em termos dos temas
priorizados, periodicidade, fontes, abordagens metodológicas dominantes e emergentes, recortes espaciais, objetos de estudo, enfim, um mapeamento que
evidencie o que se tem consolidado nas pesquisas e o que ainda há para ser feito. Objetivando contribuir com esse mapeamento e com a constituição da História da Educação da Paraíba realizamos um balanço e análise sobre a produção científica
do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal da Paraíba na linha de História da Educação a partir de um levantamento das dissertações e
teses defendidas no programa desde a criação da linha em 2007, até o ano de 2016.
Palavras-chave: Estado da Arte. História da Educação. Pós-graduação.
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REVISTA DE EDUCAÇÃO DE GOIÁS (1937-1962): a veiculação dos preceitos
higienistas na imprensa pedagógica
Verônica Pereira Viana Universidade Federal de Goiás (UFG)
E-mail: [email protected]
Resumo: Neste trabalho pretendo socializar a fonte referencial da pesquisa já
concluída no programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Goiás. O objetivo do estudo foi identificar quais orientações e prescrições
médico-higienistas voltadas para a educação das crianças pequenas foram veiculadas na Revista de Educação de Goiás (1937-1962), impresso pedagógico de suma importância para identificar propostas e práticas da história educacional
regional e nacional. Trata-se de um impresso produzido pela Imprensa Oficial do Estado de Goiás. O período de circulação deste impresso, de 1937 a 1962, foi marcado por rupturas e mudanças, contudo, acredito que essa fonte pode
contribuir com a produção de pesquisas referentes à história da educação em diferentes contextos, principalmente, se intercruzada com outras fontes e com
uma crítica empírica vigorosa. Exemplares dessa Revista foram localizados no Arquivo Histórico Estadual de Goiás, no Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, no Instituto de Pesquisas e Estudos Históricos do Brasil Central, na Biblioteca
Central da Pontifícia Universidade Católica de Goiás e em acervos particulares. O uso do impresso pedagógico como fonte/objeto de pesquisa conta com
importantes trabalhos como o de Biccas, Bastos, Catani e Bastos, dentre outros. Assim, coloco em evidência a Revista de Educação de Goiás e defendo que esse impresso foi um dos veículos de difusão dos preceitos higienistas entre a
população de Goiás visando à construção de uma cultura higiênica no Estado. Destaco ainda algumas possibilidades do uso dessa fonte para as pesquisas na história da educação, de modo a contribuir com o debate referente à temática do
uso das fontes nesse campo acadêmico. Palavras-chave: Fontes. Revista de Educação de Goiás. Preceitos higienistas.
Palavras-chave: Fontes. Revista de Educação de Goiás. Preceitos higienistas.
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GT3. Instituições, Culturas e Práticas
Escolares
97
CAMPANHA NACIONAL DE EDUCANDÁRIOS GRATUITOS NO SUL DE MATO
GROSSO (1949): em perspectiva agentes e campo educacional
Abigail Ferreira Alves Astofe Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este artigo tem como objetivo compreender a institucionalização da
Campanha Nacional de Educandários Gratuitos (1949) no sul de Mato Grosso, por meio dos desempenhos dos agentes e do campo educacional, tendo como
ponto de partida as memórias de Oliva Enciso. Esta pesquisa é de caráter bibliográfico e documental, tem como fonte principal livros de memórias, biografias e autobiografias, que serão cruzadas com outras fontes, tais como:
legislações, atas, ofícios, relatórios de inspeção, jornais e revistas, analisados à luz de estudos historiográficos e sociológicos, em especial que derivam da obra de Pierre Bourdieu. Oliva Enciso empenhou-se na institucionalização da Campanha
Nacional de Educandários Gratuitos (CNEG) em Campo Grande, fundando o primeiro ginásio de ensino secundário gratuito - o Ginásio Barão do Rio Branco.
Busca-se compreender o campo educacional no período, o poder simbólico atuante, bem como os agentes envolvidos para a institucionalização da CNEG. Constatou-se que, o campo em questão era carente de escolas secundárias
gratuitas, os agentes que legitimavam a instituição foram destacadas personalidades da sociedade campo-grandense e o poder público auxiliou na
legitimação da Campanha com o apoio financeiro e a doação de um terreno na avenida principal da cidade. Destarte, obteve sucesso em sua instalação em Campo Grande e no estado de Mato Grosso tendo em vista o apoio que recebeu
dos agentes e do poder público, a sua aceitação pela sociedade, bem como a sua expansão por outras seis cidades do estado.
Palavras-chave: Campanha Nacional de Educandários Gratuitos. Ginásio Barão do Rio Branco. Ensino Secundário- Memória.
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A AÇÃO SOCIAL E RELIGIOSA DE Pe. MARCOS MARTINEZ ROYO NA
SOCIEDADE NOVAANDRADINENSE
Alana de Oliveira Barbosa Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Paranaíba/GEPHEB)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este resumo tem como finalidade analisar a trajetória de Pe. Marcos
Martinez Royo, considerando a partir de sua mudança de Barcelona (Espanha) até a chegada em solo brasileiro, no porto de Santos (SP), em dezembro de 1960.
Apurou-se em base documental, que a vinda do sacerdote diocesano ocorreu após diálogos e contatos com o colonizador Antônio Joaquim de Moura Andrade, cujo desejo era o de estabelecer um padre no município de Nova Andradina (MS). No
trabalho, objetiva-se destacar a importância do sujeito para a construção do município, enquanto mediador e organizador de frentes para a educação e saúde, ocupando o papel que cabia ao estado e aos administradores municipais, porém,
com uma enorme vantagem para os cofres públicos: não despender dinheiro nessas áreas ao fazer com que os fiéis trabalhassem para o desenvolvimento da
cidade do colonizador. Procede-se à pesquisa baseada em arquivos, atas, jornais e depoimentos de pessoas que conviveram com padre. Observa-se que isto faz entender o fenômeno religioso como um aspecto social, atinente às justificativas
de estar no mundo numa posição específica que demandou a criação de corpos de especialistas, isso evidencia o porquê da relação do representante da Igreja,
Pe. Marco, com o processo de desenvolvimento do município. Conclui-se que sua figura é parte integrante para compreender um pouco sobre a construção da sociedade de Nova Andradina (MS), afim de evidenciar as vicissitudes da vida
social.
Palavras-chave: Nova Andradina-MS. Religião. Padre.
99
A INFLUÊNCIA DA IGREJA NA EDUCAÇÃO FORMAL NA CIDADE DE PONTA
PORÃ
Alessandra Viegas Josgrilbert
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) E-mail: [email protected]
Resumo: O problema central da investigação proposta por este texto é analisar a influência das Igrejas, tanto Católicas como Protestantes, na educação formal, especialmente na cidade de Ponta Porã, Mato Grosso do Sul; localizada na
fronteira Brasil-Paraguai. O recorte temporal está situado na segunda metade do século XX, período em que as escolas confessionais dominaram o cenário
educacional da cidade. A História Oral será utilizada como metodologia do trabalho, centralizada nas falas de duas ex-diretoras dessas escolas. O texto utiliza como referencial teórico, a nova história cultural, centrada nos estudos de
Chartier (1988) e preconizada pela nova história defendida por Bloch e Febvre, segundo Burke (1992), responsáveis pela revista dos Analles, publicada em 1929.
As pesquisas anteriores de Josgrilbert (2016) comprovaram que, no início do século XX, a educação era marcada pela existência de professores lecionando a crianças de várias idades, como foi observado por Vidal e Faria Filho (2000, p. 22)
caracterizando-as como escolas de improviso, pois “utilizavam espaços improvisados das casas de famílias ou dos professores e de prédios públicos ou comerciais.” Posteriormente, se observou a implantação de escolas
governamentais, como, por exemplo, a Escola Mendes Gonçalves, construída pela Empresa Mate Laranjeira e criada pelo governo de Mato Grosso, em 1927. A
partir da década de 1940, foram criadas as escolas confessionais, que dominaram o cenário educacional na cidade de Ponta Porã, durante a segunda metade do século XX. Foram entrevistadas a Sra. Carolina Nachreiner Pelusch, fundadora e
diretora, por mais de quarenta anos, da Escola Batista Eurico Nelson; e a Sra. Labibe Esther Esgaib Kayatt, diretora da Escola São José, de 1971 a 1994. As entrevistas demonstraram como igreja atuava junto aos diretores, professores e
alunos. Vale ressaltar que, tanto a Escola Batista Eurico Nelson quanto a Escola São José, não estão mais em funcionamento.
Palavras-chave: Escolas Confessionais. Fronteira. História Oral.
100
INSTITUIÇÕES EDUCATIVAS EM MATO GROSSO DO SUL: a história da
escola Visconde de Cairu
Ana Cléia de Oliveira Páscoa Martins Yoshizaki Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/PIBIC/CNPq)
E-mail: [email protected]
Resumo: O objeto e foco central na execução deste trabalho foi a Escola Vicente de Cairu, fundada por imigrantes japoneses na cidade de Campo Grande (MS). Sabe-se que a chegada desses sujeitos no Sul do então estado de Mato Grosso, foi concretizada, sobretudo, em decorrência da
construção da Ferrovia Noroeste Brasil (NOB), trajeto de Bauru (SP) a
Campo Grande (MS). Com o fim das obras (1914), os imigrantes trabalhadores na ferrovia que se fixaram na região, preocupados com a educação dos filhos foram impulsionados a construírem na colônia, um espaço destinado a instrução das próximas gerações. Esses espaços construídos nas colônias ficaram conhecidos como escolas étnicas.
Possuíam um currículo diferenciado, pois ocupavam-se do ensino da língua do país de origem, que foi suprimida posteriormente na década de 1940, pelo governo Getúlio Vargas. A partir destas intervenções governamentais, a referida escola passou a ser dirigida pelo Dr. Luiz Alexandre de Oliveira, possibilitando que a instituição continuasse exercendo suas atividades educativas. A pesquisa investigou a cultura escolar desenvolvida na
instituição, como currículo, disciplinas, materiais pedagógicos entre outros.
O referencial teórico-metodológico utilizado neste trabalho é o da Nova História Cultural (NHC), que possibilitou a partir de determinantes culturais e sociais a compreensão da conjuntura desta instituição, identificando seus agentes, sua formação e trajetória.
Palavras-chave: Escolas étnicas. Imigração japonesa. História da educação.
101
OS IMIGRANTES JAPONESES E O PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO NO
DISTRITO DO GUASSÚ – MT: a escola da fazenda Miya (1965 a 1977)
Ana Lucia Pereira Borges Ebenritter Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Alessandra Cristina Furtado Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este trabalho insere-se nos estudos sobre história das instituições
escolares e educação rural. Para tanto, tem como objetivo analisar a atuação da família Ishy, de imigrantes japoneses, na criação da Escola Fazenda Miya, no distrito do Guassú, no município de Dourados, no período de 1965 a 1977. O
marco inicial refere-se ao início do processo de escolarização no Guassú, com a atuação docente de Tieko Miyazaki Ishy, posteriormente, sinaliza um período de
mudanças na escola, com a conclusão do curso intensivo de férias de Magistério realizado pela professora Tieko Miyazaki Ishy. O estudo fundamenta-se na história cultural, história de Mato Grosso, história e historiografia da educação e
ao ensino rural. As fontes que embasam este trabalho são constituídas por livros de matrículas, atas de reuniões, Relatórios, fotografias, Mensagens de
Governadores, localizadas no arquivo da Escola da Fazenda Miya, no Centro de Documentação Regional da Universidade Federal da Grande Dourados, no Arquivo Público de Mato Grosso e no acervo pessoal da professora Tieko Miyazaki
Ishy. Também foram utilizadas as entrevistas com a professora Tieko Miyazaki Ishy e antigos moradores do Guassú. As fontes analisadas possibilitaram verificar que a família Ishy, de imigrantes japoneses no distrito do Guassú, promoveu o
desenvolvimento educacional desse distrito, com a atuação da professora Tieko Miyazaki Ishy e a criação da Escola da Fazenda Miya. Constatou-se, ainda que,
essa escola atendeu no período investigado, alunos filhos de imigrantes japoneses e de brasileiros que residiam na Fazenda Miya, e no seu entorno. Conclui-se, assim que, a família Ishy contribuiu para o processo de escolarização do distrito
do Guassú, em uma época que essa região do município de Dourados, situado no Sul de Mato Grosso, contava ainda com poucas escolas de ensino primário e um
grande número de crianças analfabetas.
Palavras-chave: Imigrantes Japoneses. Escolarização Rural. Distrito do Guassú.
102
INSTITUIÇÕES ESCOLARES: foco e enfoque das pesquisas produzidas no
centro oeste
Aparecida Maria Almeida Barros Universidade Federal de Goiás (UFG)
E-mail: [email protected]
Rafael Vasconcelos de Oliveira Universidade Federal de Goiás (UFG)
Resumo: Ao tomar como indagação condutora: o que se estuda das e sobre as
instituições escolares no Centro Oeste, buscou-se como base empírica estudos já produzidos sobre a pesquisa no campo da História da Educação. Orientados por
estudos de Gonçalves (2013) e Barra e Valdez (2014) que esboçam parte da cartografia das pesquisas situadas nos distintos Programas de Pós-Graduação nessa Região, nos quais algumas Linhas de Pesquisas se dedicam à investigação
de instituições escolares, ampliada pela consulta aos Anais das edições anteriores do EHECO (2011, 2013, 2015), os autores esboçaram os focos e enfoques da
pesquisa sobre Instituições Escolares que resultaram em teses e dissertações, com o propósito de evidenciar aspectos como: objeto, questão central, referencial teórico, método e metodologia, fontes, tipo de pesquisa, abordagem, discussão e
resultados visualizados na produção científica identificada. O percurso desse ensaio foi guiado por questões como: tipo e perfil das instituições investigadas, autores e referenciais mais utilizados. No tocante ao enfoque, direcionou-se o
olhar investigativo quanto aos aspectos políticos, históricos, religiosos e culturais que envolvem o status das pesquisas analisadas. Ao compor os quadros
referenciais, procurou-se evidenciar a vitalidade, crescimento, diálogo e intercâmbio dos conhecimentos elaborados nesta vertente, delineando o predomínio de determinados focos e enfoques das investigações, notadamente
identificados no que se refere a aspectos históricos, políticos e culturais das instituições investigadas. Enquanto resultados provisórios, há indicativos de uma
ampliação do olhar analítico-investigativo para as questões alusivas à natureza institucional: laica x confessional, pública x privada x mista; urbana x rural; propedêutica x profissional situadas em diferentes espaços e tempos.
Palavras-chave: Instituições Escolares. Pesquisa. História da Educação.
103
INSTITUIÇÕES DE ENSINO E CLASSES SOCIAIS: a cada um segundo suas
possibilidades
Ariadne Souza Teixeira Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente estudo tem por objetivo compreender a dualidade do sistema de ensino, que se exprime pela configuração de uma escola de excelência
para as classes abastadas e uma escola mediana para as classes populares. Para tanto, intenta-se discutir a gênese das instituições de ensino e posterior
diferenciação entre ensino público e privado, bem como compreender a relação das diferentes frações da sociedade com o sistema escolar, como valores e sentido da educação, expectativas e investimentos. Pretende-se realizar uma revisão
bibliográfica sobre o tema, com o escopo de responder as questões suscitadas por este estudo, bem como aprofundar o conhecimento da teoria operada na
investigação, qual seja a teoria Bourdiesiana. Com este estudo foi possível compreender que a dualidade no ensino brasileiro é decorrente de um longo processo histórico do sistema educativo, marcado pela origem elitista das
instituições e posterior massificação e diferenciação, que hodiernamente se configura por uma divisão qualitativa entre ensino público e privado. Além disso, as relações desenvolvidas pelas diferentes classes socais e a escola resultam das
condições objetivas de existência de cada fração, a qual lhes conferem um habitus, específico, no qual está contido sua visão de mundo, expectativas e
valores em relação a educação.
Palavras-chave: Dualidade do ensino. Instituições de ensino. Classes sociais.
104
A EXPERIÊNCIA DE PASCHOAL LEMME NA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
DIDÁTICO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (1934-1936)
Carla Villamaina Centeno Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/CNPq)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este trabalho apresenta resultados parciais de uma pesquisa mais ampla intitulada: A organização do trabalho didático na perspectiva de
educadores da Escola Nova (1930-1970), financiada pelo CNPq. Discute a organização do trabalho didático na modalidade de Educação de Jovens e
Adultos, na experiência implantada pelo educador Paschoal Lemme. Paschoal Lemme (Rio de Janeiro, Brasil, -1904-1997) foi um educador que se envolveu em várias ações e formulação de políticas públicas entre os anos 1920 e 1980.
Ocupou funções técnicas na administração da rede escolar pública do Rio de janeiro, atuando ao lado de escolanovistas expressivos como Fernando de
Azevedo e Anísio Teixeira. Este intelectual elaborou uma proposta para educação de jovens e adultos entre os anos 1934-1936, quando participou da administração de Anísio Teixeira, no Distrito Federal. O objetivo é verificar se
Lemme atribuiu formas diferentes de organização didática em relação às formas existentes do ensino comum. Foram utilizados como fontes primárias suas produções escritas. Foi utilizada a categoria “organização do trabalho didático”,
com base nos estudos marxistas para análise do objeto investigado. De forma geral, houve uma organização que tentou superar a forma seriada e formal dos
cursos e com conteúdos que superam a organização simplificada da escola moderna, com inserção de formas variadas como atividades extraclasse ministradas com projetos culturais diversificados com a inserção de cinema,
rádio, teatro, etc. Em 1936 essa experiência foi interrompida pela detenção do autor pelo Tribunal de Segurança Nacional, sob a acusação de ter desenvolvido
ideologias subversivas nos cursos organizados.
Palavras-chave: Paschoal Lemme. Educação de Jovens e Adultos. Organização do trabalho didático.
105
DITADURA E TRANSFORMAÇÕES NAS POLÍTICAS E NO COTIDIANO DA
EDUCAÇÃO ESCOLAR NA TRANSAMAZÔNICA, NA DÉCADA DE 1970
César Augusto Martins de Souza Universidade Federal do Pará (UFPA)
E-mail: [email protected]
Resumo: Com a construção da rodovia Transamazônica, durante do governo do
general-presidente Médici, na década de 1970, centenas de famílias do Nordeste e Sul do Brasil, migraram para a Amazônia, em busca de terras e uma nova
oportunidade de vida nos projetos de colonização oficial. Nesse sentido, o presente trabalho busca compreender o cotidiano da Transamazônica, logo após a sua construção, a partir das transformações na educação escolar, ao longo da
rodovia. A análise de relatórios oficiais, entrevistas com moradores e obras literárias e ensaios jornalísticos e memorialistas evidencia-se que a construção da rodovia que pretendia integrar dois oceanos, Atlântico e Pacífico, e ocupar a
Amazônia no sentido leste-oeste provocou profundas transformações e impactos em toda a sociedade nos municípios situados às margens da rodovia, bem como
nas vilas de agricultores que surgiram a partir de então. As escolas existentes não conseguiam atender a nova demanda, de modo que surgiram novas escolas que buscavam ensinar conteúdos e integrar as famílias de migrantes a nova
realidade em que se inseriam. Nas agrovilas, agrópolis e rurópolis, as escolas se tornavam em um espaço estratégico de ensino e de sociabilidade para os antigos
e novos moradores, bem como para a afirmação dos projetos do regime, de acordo com a ideologia do Brasil Grande, com um povo "saudável, patriótico e trabalhador".
Palavras-chave: Ditadura. Educação escolar. Transamazônica.
106
HISTÓRIA DA ESCOLA ESTADUAL SALOMÉ DE MELO ROCHA E SUA
IMPORTÂNCIA NA CIDADE DE GUIA LOPES DA LAGUNA
Cláudia de Cillo Mazucato Neri Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Campo Grande/PIBAP/
PROFEDUC) E-mail: [email protected]
Nedina Roseli Martins Stein
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/PROFEDUC)
E-mail: [email protected]
Resumo: O artigo apresenta resultados parciais da pesquisa sobre a História da
Escola Estadual Salomé de Melo Rocha de Guia Lopes da Laguna. O objetivo da pesquisa é identificar os momentos mais importantes da história desta instituição e demonstrar a importância desta escola para a cidade de Guia Lopes da Laguna
no decorrer de sua existência por meio de pesquisas documentais, bibliográficas e entrevistas. A referida escola foi a primeira escola do Município, criada 01 de março de 1960 como Grupo Escolar Visconde de Taunay e mantida pela Secção
Estadual da Campanha Estadual de Educandários Gratuitos. Em 1966, passou a pertencer ao Governo do Estado. A escola foi até o início deste século XXI a mais
importante da cidade, atendendo todas as classes sociais. Até os dias atuais ainda é uma escola de destaque na cidade. Em 1988, recebeu o nome de Escola Estadual Salomé de Melo Rocha por meio da deliberação CEE n° 5231
23/10/1998, a partir de então deixou de atender Educação Infantil. Atualmente atende mais de 500 (quinhentos) alunos do Ensino Fundamental e Ensino Médio, e é uma das três (03) escolas que atendem esses níveis de ensino no Município.
Por ser a escola mais antiga e por historicamente apresentar bons resultados é muito bem vista pela população da cidade e constitui-se como parte da
identidade da região a qual está inserida. A importância da escola para a cidade e as características da clientela mudou durante os mais de 50 anos de existência da escola, o artigo apresenta resultados parciais da pesquisa que busca
evidenciar essas mudanças.
Palavras-chave: História Educação. História das instituições. História de Guia
Lopes da Laguna.
107
A PRESENÇA DOS FRANCISCANOS NA HISTORIA DA EDUCAÇÃO EM
ITAPORÃ-MT: grupo escolar Antonio João Ribeiro (1957 - 1972)
Claudiani Ferreira da Cunha Rodelini Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente trabalho insere-se na temática Igreja e Educação, cujo foco principal reside no estudo sobre o processo de escolarização ministrado pelas irmãs franciscanas, em geral e, mais especificamente, na implantação desse
modelo de escolarização na região da Grande Dourados, com destaque para o Grupo Escolar Antônio João Ribeiro, do município de Itaporã-MT. Assim o
objetivo deste trabalho é analisar as condições políticas e sociais que fizeram com que as irmãs franciscanas assumissem a direção do Grupo Escolar Antônio João Ribeiro (1957 -1972), bem como a implantação deste modelo de escolarização,
suas formas de funcionamento, suas práticas cotidianas e dos distintos agentes sociais da comunidade escolar. Este recorte temporal se justifica pelo fato que durante esse período, as irmãs franciscanas estiveram à frente da administração
desse Grupo Escolar. A pesquisa fundamenta-se com base nos referenciais da História e da História da Educação. O trabalho recorre a uma documentação
proveniente do arquivo da escola e dos acervos pessoais de alguns moradores da cidade de Itaporã. Também, utiliza entrevistas com sujeitos que vivenciaram o cotidiano do Grupo Escolar Antônio João Ribeiro no período escolhido para o
estudo. A documentação analisada permitiu compreender que a criação do Grupo Escolar Antônio João Ribeiro representou, naquele período, o ato principal da
política local, cujo discurso fundava-se na formação do cidadão “moderno” e “civilizado”. Assim, esse Grupo Escolar, marcado por suas singularidades, inclusive pela presença das irmãs franciscanas em sua direção, foi um veículo
propagador de ideais próprios do período republicano, os quais foram nacionalmente divulgados.
Palavras-chave: Irmãs Franciscanas. Grupo Escolar Antônio João Ribeiro.
Itaporã.
108
INSTITUIÇÕES ESCOLARES FRANCISCANAS NO BRASIL
Daniela Aparecida da Silva Sales Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Paranaíba)
E-mail: [email protected]
Resumo: Neste trabalho expõem-se os resultados alcançados com a pesquisa realizada no curso de Pós-Graduação lato sensu em Educação da Universidade
Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Unidade Universitária de Paranaíba, defendida em 2016. A temática da monografia foi sobre o registro historiográfico
de instituições escolares franciscanas no Brasil. A pesquisa esteve vinculada ao Grupo de Estudos e Pesquisas em História e Historiografia da Educação Brasileira (GEPHEB). O trabalho teve por objetivo contribuir para a história da
educação franciscana brasileira, realizando o mapeamento da produção acadêmica acerca do tema. Metodologicamente, buscou-se por trabalhos sobre instituições escolares franciscanas, levantando nos Bancos de teses e
dissertações da Capes e em bibliotecas virtuais de algumas universidades renomadas, como UEMS, UFMS, UNESP, UFU, UNICAMP, UFS, UCDB, UFSCar.
No total, foram localizados oito trabalhos acadêmicos sobre a temática, sendo três teses e cinco dissertações. A partir da leitura dos elementos básicos do texto, como resumo, introdução, referências bibliográficas e as considerações finais. Foi
possível identificar o objeto de estudo de cada pesquisa, metodologia, técnicas, tipos de fontes e referencial teórico utilizado. Diante de tal investigação concluiu-
se que a produção acadêmica sobre o tema encontra-se ainda em fase inicial, visto que o número de trabalhos encontrados não é numeroso e, o período das pesquisas (2003 – 2014) é recente. Observando a estrutura e as lacunas das
pesquisas mapeadas, pode-se afirmar que ainda há muito a ser feito sobre a história das instituições escolares franciscanas no Brasil.
Palavras-chave: História da Educação. Instituições escolares franciscanas. Educação Franciscana.
109
A CRIAÇÃO DO GRUPO ESCOLAR AMERICANO DO BRASIL E O ENSINO
PRIMÁRIO EM FORMOSA, GOIÁS (1934-1946)
Daniela Pereira Versieux Instituto Federal de Goiás (IFG/ Formosa)
E-mail: [email protected]
Resumo: Os grupos escolares surgiram no Brasil em 1894, em São Paulo, de
onde se difundiram para todo o país. Eram instituições modelares, que simbolizavam a modernidade, a ruptura entre o modelo de ensino vigente no
Império e aquele que se pretendia construir na República. Em Goiás, o primeiro grupo escolar surgiu em 1921. Na cidade de Formosa, localizada no nordeste goiano, chegou somente em 1934, quando o interventor Pedro Ludovico decretou
a criação Grupo Escolar “Americano do Brasil”. A pesquisa ora relatada elegeu esta instituição como objeto de estudo, buscando identificar se e como o Grupo Escolar Americano do Brasil constituiu-se como modelo de ensino primário no
município de Formosa durante o período de 1934-1946. A metodologia consistiu na produção da história de criação, instalação e primeiros anos de
funcionamento dessa instituição, por meio da digitalização, transcrição, análise e problematização de fontes históricas primárias, produzidas pelo Grupo Escolar e pelos poderes públicos municipal e estadual. Exercitou-se um jogo de escalas
entre a macrohistória da educação em Goiás e a microhistória do Grupo Escolar, e trabalhou-se com a categoria de cultura escolar na análise dos dados. Como
resultado, compreendemos que a criação do Grupo Escolar Americano do Brasil inseriu-se no contexto de expansão dos Grupos Escolares enquanto instituições modelares para a educação. Sua existência foi viabilizada tanto pela
municipalidade quanto pelo governo estadual. No contexto educacional de Formosa era relevante a presença das escolas confessionais, referências de qualidade de ensino: a cidade conheceu ainda em 1919 a organização de um
grupo escolar, o do Colégio São José, instituição confessional. Várias das primeiras professoras do Grupo Escolar “Americano do Brasil” foram formadas
pela Escola Normal mantida pelo mesmo Colégio. O Grupo Escolar buscou ativamente constituir-se enquanto referência de qualidade para o ensino primário de Formosa, no que parece ter obtido sucesso relativo.
Palavras-chave: Grupos escolares. História do ensino primário. Formosa-GO.
110
A “NOVA” REFORMA DO ENSINO MÉDIO E OS “VELHOS” DESAFIOS À
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA NOS INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO
Dayanna Pereira dos Santos
Universidade Federal de Goiás (UFG)/Instituto Federal de Goiás (IFG) E-mail: [email protected]
Lidiane de Lemos Soares Pereira
Universidade Federal de Goiás (IFG) E-mail: [email protected]
Kamylla Pereira Borges Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG/Anápolis)
E-mail: [email protected]
Resumo: A presente pesquisa visa empreender uma análise histórica, a partir da década de 1930, sobre as variações da Educação Profissional no contexto das
transformações sociais, econômicas e políticas que caracterizaram essas diferentes décadas e momentos históricos do país. Com efeito, pretende-se analisar como a Educação Profissional e Tecnológica em âmbito federal, a partir
da Lei nº 11. /2008, passa a contemplar, pouco a pouco, o atendimento a padrões de exigências centrados na busca de qualidade no ensino ofertado e na
valorização de ideais democráticos inerentes à dinâmica escolar. Paradoxalmente, discutem-se os possíveis impactos da dita ‘nova’ Reforma do Ensino Médio, iniciada em seus debates no ano de 2016, no âmbito da educação profissional e a
‘velha’ problemática do papel social destinado à essas instituições. Neste caso, considera-se o risco de que os Institutos Federais (IFs) se voltem para uma formação utilitarista e fragmentária visando exclusivamente as exigências do
mercado de trabalho, na medida em que torna-se crescente a escassez de recursos financeiros destinados à educação pública . Tal reflexão propõe analisar
historicamente as permanências e rupturas no campo da história e políticas dessas instituições federais, perpassando uma pesquisa bibliográfica sob uma abordagem qualitativa realizada por meio de análise documental. Sob esse
prisma, pode-se inferir que a falta de investimento na educação associada à uma reestruturação curricular que não valoriza a integração dos conhecimentos
científicos pode reforçar o modelo de escola dual estruturado ao logo da história brasileira possibilitando, com isso, um “desmonte” dos IFs. Considera-se, sobretudo, que entre os caminhos para consolidação da tão urgente qualidade do
Ensino Médio esteja a valorização dos fundamentos das ciências que possibilitem a emancipação intelectual dos estudantes a partir da integração com a educação profissional vinculada à uma expansão paulatina e com qualidade de sua oferta
nas esferas públicas educacionais.
Palavras-chave: Educação profissional. Ensino Médio. Reforma.
111
BRINCANDO DE LAVOURA NO CORAÇÃO DO BRASIL: o caso dos Clubes
Agrícolas Escolares em Goiás (1930-1960)
Deuzenir Dias Fernandes Barbosa
Universidade Federal de Goiás (UFG) E-mail: [email protected]
Rubia-Mar Nunes Pinto
Universidade Federal de Goiás (UFG)
Resumo: Este trabalho faz parte de uma pesquisa de cunho historiográfico, em
fase de defesa, do curso de mestrado em Educação na FE- UFG, que interroga os Clubes Agrícolas Escolares em Goiás de 1930-1960. Em 1935 num contexto nacionalista e ruralista, surgiram em Goiás os Clubes Agrícolas Escolares,
instituições anexas às escolas primárias, públicas e particulares, do campo e da cidade, fundadas pela Sociedade dos Amigos de Alberto Torres (SAAT) e apoiadas
Ministério da Agricultura (MA). Segundo os idealizadores dessas organizações, o principal objetivo dos clubes era formar a mentalidade ruralista e difundir o modo racional de produção agrícola, despertando o gosto pela terra e pelas lides do
campo. O artigo tem o intuito de apresentar uma visão periférica dos clubes mostrando sua origem e organização e a visão e interna através do regimento interno e das atividades desenvolvidas em seu interior, destacando as
responsabilidades atribuídas à educação e relacionando com o contexto político, histórico e econômico da época. Foi utilizado o estudo de natureza teórico-
bibliográfico, alicerçado em pesquisadores das políticas de educação rural como a historiadora Sonia Regina de Mendonça (1997; 2006; 2010) e também a socióloga da educação Adônia Prado (1995). Foram consultadas diversas fontes, como as
publicações produzidas pelo Serviço de Informação Agrícola (SIA), especialmente para os Clubes Agrícolas; o Correio Oficial de Goiás e outros Jornais que circulavam entre o período recortado; os escritos da professora Amália Hermano
Teixeira (1944; 1946; 1959), a maior incentivadora dos clubes em Goiás, além de um livro de ata que pertenceu ao Clube Agrícola do Grupo Escolar de Catalão
(1935). Para facilitar a leitura o artigo foi dividido em duas partes que mostrarão respectivamente a origem e a organização dos clubes agrícolas e sua visão interna. O artigo constata que os Clubes Agrícolas Escolares foram difundidos em
Goiás, entre as décadas de 1930 e 1960; que a instituição foi um importante instrumento de difusão do ideário nacionalista e ruralista; que a professora
instruía os sócios e articulando os conteúdos das disciplinas com as práticas agrícolas; que os alunos aprendiam a produzir em cooperação e transmitiam os métodos de cultivo racional em casa e na comunidade.
Palavras-chave: Clube Agrícola. Nacionalismo-ruralismo. Cooperação.
112
MAPEAMENTO DAS PRODUÇÕES ACADÊMICAS SOBRE EDUCAÇÃO
ESPECIAL
Élida Galvão do Nascimento Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE)
E-mail: [email protected]
Danielle Aparecida do Nascimento dos Santos Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este trabalho tem a finalidade de mapear e socializar as produções científicas em forma de dissertações e teses sobre educação especial elencando
quais temáticas são relevantes e se a história das instituições educacionais especializadas tem sido foco de interesse para esse tipo de produção, tendo como
marco temporal o período de 1999 a 2015, com o intuito de subsidiar uma dissertação de mestrado. Para esse intento fez-se uma busca na Banco de Dados de Teses e Dissertações - BDTD e os descritores de busca utilizados foram:
História, Instituição Especializada, Educação Especial e Inclusão, para um melhor resultado da busca foi utilizado o operador booleano “OR” para cruzamento dos descritores. O total de dissertações e teses encontrado foi de
57.801 publicações que após serem analisadas através dos títulos, Palavras-chave e resumos foram catalogadas 654 publicações que respondiam ao objetivo
desse mapeamento. A metodologia utilizada foi uma análise quantitativa das produções catalogadas levando em consideração a localização geográfica, ano de publicação e categorias temáticas, e uma análise qualitativa das produções que
abordam a temática história da instituição especializada. O tema instituição escolar especializada carece de investigações. Se faz necessário entender que essa
modalidade faz parte do contexto da história da educação brasileira e estudá-la é reconstruir suas práticas e representações através da compreensão de sua organização e de suas memórias, sejam em arquivos da instituição ou em
memórias dos atores que a construíram.
Palavras-chave: Mapeamento. Educação Especial. Instituição Especializada.
Inclusão.
113
ESCOLARIZAÇÃO DA INFÂNCIA RURAL NO CONTEXTO DA ESCOLA DE
ITAICY: um olhar para uma instituição de iniciativa privada
Emilene Fontes de Oliveira Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
E-mail: [email protected]
Bianca Soler
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
Resumo: O presente trabalho trata-se da pesquisa de doutorado em andamento
que visa contribuir para a História da educação da infância no município de Santo Antonio de Leverger, Mato Grosso. A pesquisa acontece no âmbito da Escola de Itaicy tendo em suas prioridades a educação das crianças em área
rural. As crianças estavam inseridas no contexto da Usina Itaicy, uma indústria de produção de açúcar criada no final do século XIX no referido município, cujo modo de vida tinha como referência o modelo das sociedades coronelistas. Nosso
objetivo é investigar o funcionamento da Escola de Itaicy no período de 1897 a 1930, observando a administração da escola e a fabricação da cultura escolar.
Trata-se de uma pesquisa histórico-documental, cujas fontes são: Regulamentos da Instrução Pública, mensagens, relatórios, imprensa periódica e iconográficas, acessíveis no Arquivo Público de Mato Grosso e na Secretaria Municipal de
Cultura da cidade de Santo Antonio de Leverger/MT. Busca-se ampliar os conhecimentos sobre a História da Educação em Mato Grosso e da escolarização da infância. Pautada na história cultural a pesquisa aponta que o espaço
reservado para a Escola de Itaicy foi planejado e agenciado pelo primeiro proprietário da usina que construiu um prédio próprio para funcionamento da
escola com a finalidade de educar a infância rural para se adequar à sociedade da época, respeitando hierarquias, porém, também teve que lidar com questões de resistências ao modo de vida na usina.
Palavras-chave: Infância. Escolarização. Mato Grosso.
114
CASA DA MEMÓRIA DE ITURAMA (MG): acervo para a história da educação
Emmanuel Lima Cordeiro Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS/Paranaíba)
E-mail: [email protected]
Resumo: Durante a formação do povoado de Santa Rosa, entre 1905 e 1938, as chances das pessoas aprenderem a ler e escrever eram muito raras, somente as
famílias providas de muitas posses é que conseguiam providenciar estudo aos seus filhos. Com a criação do distrito de Santa Rosa em 1938, os moradores
pediram para o então prefeito eleito a criação de uma escola e na década de 40 o pedido foi atendido, sendo então construída a primeira escola de Iturama–MG. Em 23/06/2006 o prédio da escola foi tombado como Patrimônio Histórico e
Cultural, pelo decreto de no 4.303 e em 17/02/2009 foi indicado para a instalação de um museu, onde se preservaria a história da educação do
município. Assim, em 23/08/2010 foi inaugurado o acesso do museu ao público. Quando se realizou a reforma, procurou-se manter ao máximo a originalidade da escola da década de 40, para que os visitantes ao entrarem na Casa de Memória
sentissem como se estivessem voltando ao passado e adentrando na mesma escola de 77 anos atrás. O acervo é composto de carteiras escolares da época, mesa da primeira professora, documentos históricos, cartilhas escolares, fotos e
objetos dos mais variados tipos, que juntos remontam a trajetória e história de quem passou por ali.
Palavras-chave: Educação. História Educação. Cultura.
115
HISTÓRIA DO ENSINO DE LEITURA E ESCRITA NA ESCOLA PRIMÁRIA
(PARANAÍBA/MS. 1950-1960): vamos estudar?
Estela Natalina Mantovani Bertoletti Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Paranaíba)
E-mail: [email protected]
Resumo: Nesta comunicação, apresentam-se resultados parciais de projeto de
pesquisa desenvolvido na Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Unidade Universitária de Paranaíba, sobre a série de livros didáticos Vamos
Estudar?, de Theobaldo Miranda Santos (1904-1971). Com objetivo de contribuir para a produção de uma história do ensino de leitura e escrita na escola primária do estado de Mato Grosso do Sul e do Brasil, procedeu-se ao exame da série que
circulou na escola primária no município de Paranaíba/MS, durante os anos de 1950 e 1960, mediante análise da “configuração textual” dos livros que a compõem, e análise das apropriações e da utilização pelos professores, entre os
anos de sua circulação. Assim, pretendeu-se uma análise do sentido desse material didático para ensino de leitura e escrita nas práticas escolares da escola
primária em Paranaíba, em sua especificidade, como criação da própria escola, nela e para ela, compreendendo o projeto do autor e do editor e sua recepção pelo professor. Dos resultados obtidos, é possível sintetizar: os livros didáticos
utilizados na escola primária de Paranaíba assumiram papel catalisador no ensino de leitura e escrita, uma vez que os professores pautavam seu fazer
docente na aplicação do livro didático adotado, a partir de um processo de autonomia e autodidatismo, a despeito das políticas oficiais. Nesse ínterim, a série Vamos Estudar? seja por ter tido ampla circulação e utilização pelos
professores na escola primária em Paranaíba nos anos de 1950 e 1960, seja por autor e obra terem permanecido no imaginário popular e nas memórias de grande parte de professores que nela atuaram pôde ser considerada como sinônimo de
livro didático e de escola primária.
Palavras-chave: História do ensino de leitura e escrita. História do livro didático.
Vamos Estudar?
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ENTRE AS PAREDES DO EDUCANDÁRIO GETÚLIO VARGAS (1941-1969)
Fabricia Pereira Stein Jubrica Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS/Campo Grande/SEMED)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este estudo apresenta o histórico da criação dos preventórios e ou educandários no país e a descrição da estrutura e funcionamento, bem como das
atividades desenvolvidas no Educandário Getúlio Vargas, localizado na cidade de Campo Grande no então Estado de Mato Grosso. O trabalho de análise do
segmento do Educandário foi feito a partir do livro de registros e atas, com o qual foi construído um banco de dados das atividades desenvolvidas pela instituição no período de 1941-1969. O Educandário Getúlio Vargas foi construído com o
auxílio do governo Federal, na época representado pelo presidente Getúlio Vargas, e tinha como objetivo salvar da lepra as novas gerações, ou seja, as crianças e adolescentes, filhos indenes e carentes, consideradas em “situação de risco”. A
instituição era a residência de dezenas de crianças que viviam em situação de pobreza e vulneráveis as mazelas sociais e doenças. Além de oferecer toda a
assistência médica, alimentar e educacional, as crianças eram preparadas profissionalmente. Os aportes teórico-metodológicos aqui utilizados são os que dizem respeito à Nova História Cultural (NHC). A história se constitui em lugares
como o educandário, que, no exercício de uma ação preventiva sanitária, traz para dentro de sua estrutura as crianças comprometidas pela enfermidade
acometida a seus pais. A busca pela compreensão de como se processou o internamento dessas crianças aflora o desejo de beber dessa fonte e refletir sobre os significados e as construções sociais sobre ela, aspirando, assim, uma
contribuição para desvelar as práticas voltadas para o acolhimento dessas crianças.
Palavras-chave: Preventório. Educandário. Lepra.
117
EXPANSÃO EDUCACIONAL NO SUL DE MATO GROSSO DO SUL: o caso do
seminário Santo Antônio e da escola reunida São Pedro (1960 - 1990)
Fanny Silva Valdez Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Maria do Carmo Brazil Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Marcel dos Santos Borba
Secretaria de Estado de Educação do Mato Grosso do Sul (SEED/MS)
Resumo: Esta pesquisa toma como proposta discutir a expansão educacional e a missão na região sul de Mato Grosso do Sul das instituições confessionais católicas franciscanas: Seminário Santo Antônio de Rio Brilhante e Escola
Reunida São Pedro localizada na Vila São Pedro. A pesquisa visa abordar aspectos socioculturais e o processo educativo de ambas instituições. O recorte temporal corresponde ao período das décadas de 1960 a 1990 e faz referência ao
movimento da Ordem Franciscana, oriundo da Província de Turíngia, na Alemanha, rumo ao Estado de Mato Grosso do Sul, a partir de 1938. Ancorada
em fontes históricas (memórias, documentos e impressos), objetivou-se construir parte da história da educação na região. Para tanto, o trabalho realizado tomou como base teórica o viés da História Cultural, a luz de nomes como os de Chartier
(1982), Certeau (1982), Le Goff (1990), Bourdieu (2007), entre outros. Nas análises sobre instituições educativas, seguiu-se basicamente o referencial teórico
de Justino Magalhães (2004). Ao traçar a história da região, buscou-se Knob (1988), Marin (2012) e Doerzbacher (1991), entre outros. As fontes históricas utilizadas para subsidiar este trabalho pertencem às instituições de pesquisas
regionais, como o acervo documental institucional da Arquidiocese de Campo Grande (MS), da Diocese de Rio Brilhante (MS) e da Paróquia da Vila São Pedro. Os resultados apontam para o árduo investimento feito por alemães na “Região
de Missões”, em especial, no que tange à educação. Isto favoreceu sua extensão e atuação, que visou não apenas a chamada “promoção vocacional”, mas também o
exercício e a oferta educacional. Compreendeu-se com a investigação que, se por um lado algumas instituições apresentassem limitações enquanto promotoras sacerdotais, por outro, obtiveram sucesso enquanto escola promotora de uma
educação de qualidade.
Palavras-chave: Educação confessional. Seminário franciscano. Escola Reunida.
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A CRIAÇÃO DO GRUPO ESCOLAR PEDRO LUDOVICO EM GOIANDIRA GOIÁS
Fátima Pacheco de Santana Inácio Universidade Federal de Goiás (UFG/ Catalão)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente estudo visou conhecer e analisar a criação e consolidação do
Grupo Escolar Pedro Ludovico, em Goiandira, estado de Goiás, durante os anos de 1930 a 1940, procurando compreender o processo da passagem de uma educação informal para uma educação formal (institucional), buscando perceber
e discutir o significado desse acontecimento para a comunidade envolvida. Foram utilizados como fonte de pesquisa tanto a memória oral como documentos da
época. Os dados orais foram obtidos através de entrevistas com moradores do município. Desta forma, o estudo referente ao ensino informal baseou-se na recuperação da história do município, através de depoimentos e relatos de vida.
Já o ensino formal pôde ser estudado através dos diversos documentos encontrados no depósito da Prefeitura Municipal: atas, ofícios, registros
escolares, livros de chamada etc. Perseguindo esta ideia compreendemos que, a criação do grupo escolar em Goiandira teve por objetivo ajustar o cidadão à prática educacional do país, num determinado contexto de sua história.
Percebemos, também, que esse ajustamento resultou na institucionalização educacional em substituição às práticas anteriores, o que significou um impacto na vida da comunidade educativa local. Por fim, procuramos identificar o
contexto histórico de institucionalização do ensino em Goiandira privilegiando as representações dessa mudança nos sujeitos envolvidos. A criação da primeira
escola pública no município representou a inserção do mesmo nas diretrizes previamente estabelecidas pelo governador, no sentido de ampliar o número de alfabetizados e, gradativamente, colocar o estado de Goiás nos trilhos do
progresso e da civilização. Sendo o resultado avaliado como positivo pelas lideranças políticas e civis da sociedade goiandirense. No entanto, parte significativa da população local encontrava-se alheia a esse acontecimento.
Palavras-chave: Instituição escolar. Educação informal. Educação formal.
119
O LYCEU DE GOYAZ: instituição a serviço do poder público provincial
Fernanda Barros Universidade Federal de Goiás (UFG)
E-mail: [email protected]
Resumo: O texto tem como objeto o Lyceu de Goyaz, criado em 1846 e instalado em 1847 na Cidade de Goyaz, capital da Província de mesmo nome. A proposta se dedica a compreender como o poder público provincial se encarregou de levar
adiante a criação de uma instituição de ensino secundário, a fim de atender aos interesses da elite goiana para a formação dos jovens. A documentação
consultada para o trabalho se insere na ordem da documentação oficial produzida e registrada pelo grupo dominante da Província de Goyaz, que são os relatórios de governo, de deputados e de inspetores da instrução. Esses textos se
dedicavam a detalhar os pormenores das ações tomadas pelos poderes executivo e legislativo de Goyaz e apresentam informações substanciais para a
compreensão do ensino secundário pela elite goiana. Dada essa documentação podemos analisar como os governantes pretendiam organizar o Lyceu de Goyaz e quais os objetivos ficam prementes em suas falas. Essas falas produzem um
entendimento de que a instituição tinha como objetivo principal a formação dos futuros governantes de Goyaz, que assumiriam responsabilidades em propagar os ideários políticos da classe dominante. Os resultados obtidos nos permitem
compreender como a evolução da concepção de formação dos jovens secundaristas foi sendo incorporada pelas elites goianas.
Palavras-chave: História da Educação. Ensino Secundário. Lyceu.
120
PERCURSO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO DOS ESTUDANTES COM
DEFICIÊNCIA AUDITIVA/SURDEZ E AS TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
Franciele Cristina da Silva Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
(UEMS/Profeduc/Campo Grande) E-mail: [email protected]
Celi Corrêa Neres
Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul
(UEMS/Profeduc/ Campo Grande) E-mail: [email protected]
Resumo: O objetivo desse trabalho é apresentar o processo histórico da educação
das pessoas com deficiência auditiva/ surdez com recorte para a análise das tendências pedagógicas que marcaram esse processo e a contribuição das tecnologias assistivas. Para tanto, recorreu-se aos estudos já produzidos na área
com ênfase naqueles que apontam para a potencialidade das tecnologias para a educação dos estudantes com deficiência auditiva/ surdez. Historicamente a educação das pessoas com deficiência auditiva/ surdez foi marcada pela
segregação, em grande parte pelo isolamento e pela imposição do uso da linguagem oral. As pessoas com deficiência auditiva/ surdez só podiam
comunicar-se por meio dessa forma de linguagem. O estudo revelou que o uso da Língua Brasileira de Sinais (Libras) como linguagem no caso dos surdos, aliado à disponibilização de outras tecnologias assistivas para os surdos como também
para as pessoas com deficiência auditiva, grande avanço se pode notar no que tange à educação e inclusão dessas pessoas na escola e na sociedade. A
organização de uma pedagogia que incorpore as tecnologias assistivas como instrumentos mediadores do trabalho didático é condição fundamental para o estabelecimento de estratégias que favoreçam a ação pedagógica que contemple o
desenvolvimento e a aprendizagem dos estudantes deficiência. Tal realidade aponta também para a necessidade de difusão da Libras e da formação de professores para o uso das tecnologias assistivas.
Palavras-chave: Educação. Deficiência Auditiva-Surdez. Tecnologia Assistiva.
121
ENSINO DE GEOGRAFIA: uma prática que vai além do livro didático
Graciele Alves de Brito Silveira Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este trabalho tem como objetivo descrever a pratica de ensino da
geografia desenvolvido a partir do tema “as regiões e estados do Brasil” a partir de um trabalho além do livro didático, fazendo uso de outros recursos acessíveis ao
educando possibilitando a ampliação de conhecimentos do aluno com maiores estudos e pesquisa. É uma pesquisa de caráter descritivo o que compreende o relato dos passos utilizados na pratica de ensino de geografia tendo como tema as
regiões e estados do Brasil a partir de um projeto elaborado e colocado em pratica no quinto ano das series iniciais em uma escola rural do município de Paracatu-MG no ano de 2016 tendo como base o livro didático disponibilizado como
recurso no mesmo ano. Através da pratica evidenciou consideráveis ganhos no processo de ensino e aprendizagem do aluno oportunizando novos conhecimentos
além daqueles evidenciados no livro didático, sendo que o mesmo deve ser utilizado em sala de aula pelo professor como um recurso e não como um manual ampliando possibilidade de trabalhar com uma gama de recursos metodológicos
que sejam acessíveis e que possa promover uma aprendizagem significativa possibilitando com que o educando possa fazer parte de todo este processo aprendendo de forma dinâmica e prazerosa através da mediação do professor.
Palavras-chave: Professor. Recursos didáticos. Ensino e aprendizagem.
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O BENEFÍCIO DA PRESTAÇÃO CONTINUADA ÀS PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA NO CONTEXTO HISTÓRICO E LEGAL BRASILEIRO
Graziela de Brito Napi Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul
(UEMS/Profeduc/SED/MS) E-mail: [email protected]
Celi Corrêa Neres
Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul
(UEMS/Profeduc) E-mail: [email protected]
Resumo: Este trabalho aborda, no contexto histórico e no âmbito legal da educação especial no Brasil, a garantia do Benefício da Prestação Continuada
(BPC) às pessoas com deficiência, instituído pela Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS); e apresenta dados sobre a situação desse Programa no Estado de Mato Grosso do Sul. O Benefício da Prestação Continuada (BPC) prevê um
salário-mínimo mensal à pessoa com deficiência que, em razão de suas limitações, apresenta impedimentos na sua participação de forma plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas. Para tanto,
recorreu-se às fontes primárias e secundárias e aos estudos da área da educação especial com recorte para aqueles que abordam os direitos sociais e educacionais
das pessoas com deficiência. O fortalecimento da educação especial na perspectiva da inclusão escolar tem passado por expressivas transformações que não seriam possíveis sem o comprometimento e a intensificação de movimentos
sociais que lutam por uma educação com qualidade e, principalmente com equidade, para que seja garantido o desenvolvimento, o exercício da cidadania e o
direito à educação para todos definido na Constituição da República Federativa do Brasil (1988), sem preconceitos ou quaisquer outras formas de discriminações. Ao longo de todo o percurso transcorrido da educação especial notam-se
mudanças consideráveis quanto à inclusão dos estudantes nas instituições de ensino que devem trabalhar com a conscientização para que se faça valer o respeito às diferenças. A pluralidade dos estudantes tem exigido novo formato do
trabalho didático e na organização dos sistemas de ensino de forma a processar, construir e impulsionar estratégias que contemplem as pessoas com deficiência
no seu processo educacional.
Palavras-chave: Educação Especial. Benefício da Prestação Continuada (BPC). Inclusão.
123
POLÍTICA DE ATENDIMENTO DOS ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A
LEI: garantia de direitos ou mecanismo de controle social?
Heloanny Araujo de Morais Nunes
Universidade Federal de Goiás (UFG) E-mail: [email protected]
Resumo: O objeto de investigação deste estudo são as políticas e diretrizes estabelecidas para atendimento dos adolescentes em conflito com a lei, problematizando se essas são garantias de direitos, ou só servem como
mecanismo de controle social para esses sujeitos, em meio à cultura de repressão e desigualdade sociais no Brasil. Buscou-se analisar, avaliar e refletir a respeito
da reestruturação do sistema de institucionalização dos adolescentes que cometeram crimes e hoje chamados de atos infracionais, no Brasil nas últimas décadas. Para isso, recorremos como estratégia metodológica à pesquisa
bibliográfica de elementos textuais, as legislações pertinentes levando em conta á especificidade dos adolescentes que cometeram atos infracionais considerando o caráter histórico de todo o processo, e observando as modificações sociais ao
decorrer dos anos. Partimos das discussões sobre o “Modelo Tutela” instauradas á partir do Código de Menores de 1927 e 1979 e “Modelo Socioeducativo” á partir
do Estatuto da Criança e do Adolescente e SINASE para internação dos adolescentes que cometeram atos infracionais tendo o Estado quanto instituição responsável por essas políticas. Ao final, tentou-se estabelecer uma breve análise
crítica sobre a efetivação destas políticas de atendimento, e sua relação com a garantia de direitos na condição peculiar de desenvolvimento dos adolescentes e
do caráter educativo e de ressocialização das medidas socioeducativas que são aplicadas atualmente, com o mecanismo de controle social que culturalmente está enraizado na cultura brasileira.
Palavras-chave: Institucionalização. Atos infracionais. Garantia de Direitos.
124
FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM TRÊS LAGOAS, SUL DE MATO GROSSO
(1952-1975)
Hellen Caroline Valdez Monteiro Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Margarita Victoria Rodríguez Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Paolla Rolon Rocha
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UFMS) E-mail: [email protected]
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo reconstruir a historicidade da
Escola Normal Dom Aquino Corrêa, criada mediante a Lei 501 de 21 de outubro de 1952, em conformidade com o contexto da Lei Orgânica do Ensino Normal
(1946) implementada por Gustavo Capanema e encerrada em 1975, resultado da criação da Habilitação Específica para o Magistério (1971). Como procedimentos metodológicos foram coletadas e analisadas fontes legais que regularam a
institucionalização das escolas normais no país, bem como documentos da Escola Estadual Dom Aquino Corrêa, além de realizar entrevistas com 4 ex-normalistas e esquadrinharmos a legislação estadual. O propósito da pesquisa foi
evidenciar as práticas escolares, o currículo, o público alvo com o intuito de verificar as necessidades impostas pela sociedade Três-lagoense que motivou a
demanda por formação de professores, naquele momento histórico. Para compreender a instalação da escola normal no município analisamos os fenômenos econômicos, culturais, políticos e ideológicos e adotamos a concepção
de Estado e Superestrutura gramsciniana. Para tanto foram utilizadas a categoria do universal e a especificidade local em sua singularidade no contexto da totalidade. Como resultados destaca- se a participação predominante de filhas de
ferroviários na instituição, fenômeno que esteve associado à construção da Ferrovia Noroeste do Brasil (NOB), que motivou um intenso processo migratório,
necessidade imposta para o desenvolvimento econômico de Mato Grosso. A referida instituição, não contou com estrutura física própria, sendo anexa ao Ginásio 2 de Julho, fato que prova a inexistência de recursos para se instalar
uma instituição específica que formasse professores. Práticas de controle e currículo cultural- cognitivo foram evidenciados.
Palavras-chave: Escola Normal. Formação de Professores. Três Lagoas.
125
EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA BRASIL: uma revisão historiográfica
Ingrid Pelissari Kravos
Universidade de Passo Fundo (UPF)
E-mail: [email protected]
Marcos Gerhalt Universidade de Passo Fundo (UPF)
Resumo: O presente artigo trata das questões historiográficas da Educação, de
maneira mais específica da História da Educação Inclusiva no Brasil. Para tanto
faz uso de documentos legais a nível nacional e internacional, e de produção
literária que envolve a temática. Possui como objetivo analisar as transições e
modificações legais que ocorreram a nível nacional e internacional, e como estas
influenciaram e continuam e interferindo diretamente do cotidiano dos deficientes
na escola e na sociedade, hoje no Brasil. Tendo como problemática central o
desenrolar das legislações brasileiras no ponto de vista da educação especial, e
quais foram os reflexos dos documentos internacionais na produção de
normativas legais e documentos do setor educacional, produzidos pelo Ministério
da Educação, no cenário nacional. O texto será dividido em três momentos de
discussão, o primeiro que procura observar os diferentes documentos
internacionais que puderem interferir na elaboração das normativas legais
nacionais, elaborando uma linha cronológica destes, o segundo, que elabora um
perfil historiográfico das normativas brasileiras, desde de o império; e por fim, a
terceira etapa, que tem por finalidade explanar a educação inclusiva no Brasil,
com implicações que alteraram muitos dos setores e da organização das escolas,
e como instituições privadas, ainda trabalham sanando as lacunas que o estado
deixa.
Palavras-chave: História da educação. História da educação inclusiva. Educação
inclusiva.
126
A "CEFETIZAÇÃO" DA ESCOLA TÉCNICA FEDERAL DE GOIÁS
Ivanillian Ferreira Paislandim Universidade Federal de Goiás (UFG)
E-mail: [email protected]
Resumo: Considerando que muitas mudanças ocorreram quando da quando da passagem da Escola Técnica Federal de Goiás (ETFG) para Instituto Federal de
Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG), de 1999 a 2014, e que o princípio dessas transformações partiu de um projeto nacional de "cefetização" das Escolas
Técnicas, quando a ETFG foi totalmente reformulada e se transformou em Centro Federal de Educação Tecnológica de Goiás (CEFET-GO), passando a funcionar como Instituição de Ensino Superior. Este estudo tem o objetivo de compreender
a transformação da ETFG em CEFET-GO, a partir de 1999. Pra tanto, procedeu-se à utilização de método biográfico narrativo, partindo da análise de narrativas oficiais, por meio dos documentos legais e institucionais, apoiadas pelas
narrativas das histórias de vida de quatro servidores técnico-administrativos da instituição. Desse modo, observou-se que as transformações pelas quais a
instituição passou, a partir de 1999 deram início a um período de instabilidade e incertezas, que levou a instituição a procurar novamente seu significado e a reconstrução da sua identidade. Apresenta-se, portanto, uma narrativa histórica
da instituição e da educação profissional na passagem de Escola Técnica a CEFET, construída a partir das narrativas dos documentos legais, institucionais
e dos relatos dos profissionais técnicos administrativos que atuaram na instituição durante essa transição.
Palavras-chave: Escola Técnica Federal de Goiás. Cefetização. Narrativas.
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NARRATIVAS ESCOLARES NO PERIÓDICO “VIDA ESCOLAR: ORGÃO DOS
ESTUDANTES DE CAMPO GRANDE”: uma análise da cultura escolar sul-mato-grossense na década de 1930
Jaíne Massirer da Silva
Universidade de São Paulo (USP) E-mail: [email protected]
Resumo: Este artigo tem o intuito de analisar o periódico estudantil “Vida
Escolar: Orgão dos Estudantes de Campo Grande”, produzido por alunos e professores em Campo Grande, no sul de Mato Grosso na década de 1930, como
prática de um espaço escolar, cultura escolar e de prática de formação pessoal. Busca-se analisar os discursos veiculados, sobre a cultura escolar e como eles pensavam e se expressavam nesse espaço. Essa pesquisa insere-se nas práticas
de escritas escolares e juvenis, especialmente na interface com a História da Educação e segue os postulados da História Cultural. O estudo tem como
referência as concepções sobre a escrita como um lugar de poder, que analisa a produção, difusão, conversão e uso dos objetos escritos, em suas várias modalidades. Pela leitura e análise documental, percebe-se uma diversidade de
temas, aliando o cotidiano escolar com alguns temas mais complexos, como a política. Esse lugar de escrita dos alunos configura-se como uma produção de significados das vivências da sociedade campo-grandense no contexto delimitado.
Identifica-se uma certa autonomia por parte dos alunos na produção do periódico escolar, demonstram os seus pensamentos sobre assuntos do microcosmo
escolar, de ordem política, familiar e do cotidiano.
Palavras-chave: Jornal escolar. Periódico Estudantil. Cultura escolar.
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A ORGANIZAÇÃO DA CAMPANHA NACIONAL DE EDUCANDÁRIOS
GRATUITOS NO SUL DE MATO GROSSO: notas de estudo sobre o ginásio Barão do Rio Branco (1940-1970)
Jéssica Lima Urbieta
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) E-mail: [email protected]
Resumo: O presente artigo apresenta os resultados da investigação que focalizou o desenvolvimento da Campanha Nacional de Educandários Gratuitos em Campo
Grande, sul de Mato Grosso, no período de 1940-1970. Aproximou-se da consolidação da instrução no Ginásio Barão do Rio Branco tendo como ponto de partida fontes memorialística e autobiográfica de Oliva Enciso, narradas em dois
livros: “Mato Grosso do sul: minha terra” (1986) e “Pensai na Educação, Brasileiros” (1989). A investigação de caráter bibliográfico e documental teve como fonte inicial os livros de memórias e autobiografias, no qual, foram
cruzados com outras fontes, tais como: legislações, atas, jornais e periódicos levantados em arquivos públicos de Campo Grande/MS. Na análise incursionou-
se por estudos historiográficos e sociológicos, em especial pelo aporte sociológico do teórico Pierre Bourdieu. Os resultados sinalizaram para a constituição inicial do ensino no sul de Mato Grosso marcado pela iniciativa privada e escasso
incentivo às classes menos favorecidas. Destacou-se no estudo a Campanha Nacional de Educandários Gratuitos que teve a finalidade de construir ginásios
para a escolarização daqueles que não apresentavam aparatos necessários ao acesso e permanência no primeiro ciclo do ensino secundário no estado de Mato Grosso. O primeiro Ginásio da Campanha no estado foi o Ginásio Barão do Rio
Branco, que contava com a administração de Oliva Enciso.
Palavras-chave: Ensino secundário. Instrução pública. Ginásio Barão do Rio Branco.
129
HISTÓRIA ORAL E A VOZ DA CRIANÇA: o tempo do recreio na instituição
escolar
Jéssica Taís de Oliveira Silva Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Vivian Iwamoto Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)/
Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN)
Resumo: O presente trabalho parte de uma pesquisa em andamento, discute o tempo do recreio na instituição escolar, considerando as concepções das crianças
sobre este momento de liberdade e brincadeira das crianças das séries iniciais do Ensino Fundamental. Buscaremos dialogar com os referenciais teóricos da pesquisa, especialmente, Norbert Elias (1989, p. 23) que ensina “relógios são
invenções humanas já incorporadas no mundo simbólico do homem como forma de orientação e integração de aspectos físicos, biológicos, sociais e subjetivos”,
portanto aprendizado necessário para as crianças, ainda que seu interesse seja o tempo da liberdade e da brincadeira. Assim a constituição dos tempos escolares, envolvem diferentes atividades pedagógicas e absorvem as crianças na escola,
nosso intuito é perceber como estas concebem a experiência do tempo livre, especialmente longe do adulto. Nesse sentido para as crianças o pátio da escola é
seu território, não só como local de brincadeiras, mas também de significados sobre o tempo pois, segundo Barbosa (2006) os tempos são parte das rotinas escolares e constituem espaço-temporais nos quais as crianças precisam
participar de sua elaboração, no sentido de discutir, elaborar e executar, em parceria com todos os interlocutores envolvidos no ambiente escolar. Pretendemos realizar uma pesquisa que utiliza a história oral temática, com
entrevistas a um grupo de crianças do 2° ano do Ensino Fundamental- faixa etária 8, 9 anos-, para identificar suas concepções sobre o tempo no ambiente
escolar, bem como, suas percepções sobre as rotinas escolares e a utilização do tempo livre. A pesquisa será realizada em uma escola do município de Naviraí-MS, com a contribuição da pesquisa etnográfica, observando a hora do recreio,
pois desejamos compreender os comportamentos das crianças nesse tempo. Ouviremos as crianças no bojo das pesquisas com crianças que buscam ampliar
a visibilidade das concepções de suas atividades nos espaços e tempos do recreio.
Palavras-chave: Tempo. Infância. Escola.
130
A LEGISLAÇÃO PARA O ENSINO DE INGLÊS NAS ESCOLAS PÚBLICAS
BRASILEIRAS (1996 – 1999)
Joana Dark Izaias Ramos Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este estudo apresenta resultados parciais de pesquisa de mestrado,
desenvolvida na Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS), Unidade
Universitária de Paranaíba/MS, centrados na história da legislação educacional
para o ensino de Inglês nas escolas brasileiras, entre os anos de 1996 e 1999.
Para a análise foram eleitos os documentos que tratam da seguinte legislação: Lei
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9.394, de 20 de dezembro
de 1996 e Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), de 1998 e Parâmetros
Curriculares Nacionais Ensino Médio PCN-EM), de 1999. Trata-se de refletir a
respeito da presença dessa disciplina no currículo da educação básica, a partir
do campo da história das disciplinas escolares. Essa reflexão possibilitará a
compreensão das mudanças pelas quais a disciplina passou diante das políticas
educacionais no país, considerando a concepção de cultura escolar, os agentes
educacionais e seus saberes. As reflexões em torno da legislação que
regulamentam o ensino de Inglês, ainda, podem contribuir para o debate acerca
das disciplinas escolares, bem como para compreensão da disciplina Inglês, sua
entrada e permanência no cotidiano das salas de aula. Por meio desse estudo
pretende-se colaborar para o avanço das pesquisas em torno das disciplinas
escolares, em especial, para a constituição da disciplina Inglês no contexto da
educação brasileira.
Palavras-chave: Inglês. História das disciplinas escolares. Legislação.
131
A ESCOLA QUE QUERIA NASCER GRANDE: a implantação do grupo escolar
Moura Andrade em nova Andradina-MT (1959 - 1964)
João Carlos Zoti Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD/PPGH)
E-mail: [email protected]
Adriana Aparecida Pinto Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente artigo tem por objetivo analisar o processo de implantação do Grupo Escola Moura Andrade - GEMA na cidade de Nova Andradina – MT.
Diante disso, o trabalho teve como intuito de início construir um estudo acerca a implantação dos grupos escolares em Mato Grosso no ano 1910, pela Reforma Pedro Celestino. A presente pesquisa, por sua vez, propõe investigar a
institucionalização do ensino primário no interior do Sul do antigo Mato Grosso a partir da implantação dos Grupos Escolares, e evidenciar as diferentes formas
que os grupos escolares foram implantados nas cidades de Mato Grosso, comparando-os com o processo de implantação do grupo escolar na cidade de Nova Andradina. Desta forma, a pesquisa apresentada neste artigo buscou
entender o momento história para a criação do GEMA e suas singularidades; e entender como a escola possibilitou o desenvolvimento econômico e influenciou
na construção da sociedade novaandradinense. Para a construção do trabalho foi utilizado fontes documentais, como regulamentos de Instrução de 1910 e 1927, Relatório e Regimentos; e fontes imagéticas que foram analisadas com a proposta
de compreender a relação dos espaços, a construção da escola e implantação do grupo escolar na cidade relacionada a questões de ordem social, política e cultural.
Palavras-chave: Grupo Escolar. Nova Andradina-MT. Instituição Escolar.
132
DA CHÁCARA PARA O JARDIM: a separação de estudantes em uma escola
“moderna” (Guarapuava-PR 1971-1983)
Jorge Luiz Zaluski Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
E-mail: [email protected]
Resumo: As propostas de modernização que atravessaram o país na segunda metade do século XX foram efetuadas e percebidas de diferentes formas. Em
Guarapuava-PR, o lento processo em construir uma cidade urbana e a reconfiguração dos modos de viver, contribuíram de forma intensa para marcar
as diferenças sociais. Junto a esse cenário, atribuiu-se à escola a função de qualificar para o trabalho. O direito conquistado de crianças e adolescentes de receberem uma educação igualitária, através da Lei de Diretrizes e Bases da
Educação nº. 5.692, de 11 de agosto de 1971, foi interpretado como o direito em receber uma educação profissional. Logo, diante da ausência de bancos escolares
para suprir a demanda durante a década de 1970, fez com que várias instituições de ensino recebessem uma atenção especial. A Escola Ana Vanda Bassara, instituição selecionada para esta análise é uma delas. Com base nas
investigações realizadas até o momento, junto a observação do currículo escolar adotado pela instituição, livros de matricula, registros de turmas, dentre outras fontes, é possível afirmar que mesmo que essa escola tenha sido construída para
atender uma educação para a modernidade, a instituição deu continuidade à divisão de turmas por sexo e outras pedagogias que tinham como base a
distinção de gênero, práticas de uma cultura escolar ressignificada para um novo período histórico. Diante disso, este texto tem como objetivo compreender sobre o processo de modernização reverberado pela equipe da instituição escolar durante
o período estudado, e ainda, por meio do uso da categoria gênero, perceber como as diferenças corporais contribuíram para a organização do espaço escolar e
demais atividades realizadas no estabelecimento de ensino.
Palavras-chave: Educação. Gênero. Instituições. Modernidade.
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A CAIXA ESCOLAR “DR. VASCO DOS REIS GONÇALVES” DO GRUPO
ESCOLAR DE LEOPOLDO DE BULHOES/GO
José Henrique dos Santos Barbosa Centro Universitário de Anápolis (UniEvangélica)
E-mail: [email protected]
Sandra Elaine Aires de Abreu Centro Universitário de Anápolis (ISE/UniEvangélica)
e da Universidade Estadual de Goiás (PPG-IELT/UEG).
E-mail: [email protected]
Resumo: O tema principal desta pesquisa é a Caixa Escolar “Dr.Vasco dos Reis
Gonçalves” do grupo escolar de Leopoldo de Bulhões – GO, no período de 1939 a 1969 diante da revisão literária realizada nos permite dizer que não há nenhuma
pesquisa realizada sobre o assunto na cidade, sendo por isso um tema de grande relevância e justifica-se a escolha do referido objeto de estudo. Para tanto estabelecemos como objetivo geral analisar a finalidade da Caixa Escolar Dr.
Vasco dos Reis Gonçalves. A metodologia utilizada para o desenvolvimento desta investigação foi a pesquisa bibliográfica e a análise documental. A pesquisa documental foi realizada por meio da análise do Livro de Atas da Caixa Escolar
(1939 – 1969) e do Livro das contribuições para a Caixa Escolar (1944 – 1960). Entende – se a Caixa Escolar como meio de permanência de crianças pobres no
grupo escolar, esse auxilio transcendia o simples ato assistencialista, por meio da Caixa Escolar foi possível resgatar e proporcionar aos discentes pobres, melhores condições de permanência dentro da escola proporcionando consequentemente a
essas crianças melhor condições de aprendizagem. Esse sem dúvidas era um programa de altíssima relevância para a região e momento em análise, pois é
preciso considerar que o número mínimo de alunos frequentes nas escolas era chave essencial para a permanência do grupo em determinadas localidades em Goiás, e em cidades como Leopoldo de Bulhões, surgida de um povoado às
margens de um córrego, tornava-se ainda mais vulnerável a existência dessas escolas.
Palavras-chave: Caixa Escolar. Grupo Escolar. Leopoldo de Bulhões.
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COMEMORAÇÕES DO DOIS DE JULHO NA BAHIA SÉCULO XIX: simbologias
e tensões sociais
Juliana Gonçalves dos Santos Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
E-mail: [email protected]
Robson Andre de Oliveira Curcino Universidade Federal do Recôncavo Bahiano (UFRB)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente trabalho intitulado Comemorações do Dois de Julho na Bahia Século XIX: Simbologias e tensões sociais, pretende analisar a intensidade
conflituosa demarcada pela divisão social nas comemorações do Dois de Julho, como também, retratar a importância da primeira festa cívica e popular na Bahia,
e identificar elementos que comprovem a essencialidade do reconhecimento das lutas de independência da Bahia, assim como, no âmbito nacional. Essa pesquisa propõe uma discussão crítica e dialética diante da mobilização popular e
representação identitária do que simboliza o Dois de Julho numa especificação estadual e de território nacional, em que foram travadas muitas lutas e repulsas para a não obtenção do mérito ao reconhecimento do Dois de Julho. Para tanto, a
metodologia adotada foi abordagem qualitativa de cunho bibliográfico, tendo como principais contributos teóricos Kraay (1999), Tavares (2005). Os resultados
da pesquisa apontam pela necessidade de aprofundamento das análises dos contextos sociais em conhecer e reconhecer a relevância do dois de julho a nível nacional, numa perspectiva de patriotismo que deve ser ampliado e discutido em
outras esferas, para a compreensão que não apenas uma luta e sim, lutas que favoreceram a independência do território nacional. Espera-se que o trabalho
apresentado possa provocar inquietudes nos leitores, como também, a comunidade acadêmica e a sociedade em geral repensar e ter um novo olhar para as reflexões imbricadas as lutas do Dois de Julho.
Palavras-chave: Conflitos. Classes. Simbologias.
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EDUCAÇÃO NOS LIVROS DIDÁTICOS DE “EDUCACIÓN CÍVICA Y MORAL” NO
PARAGUAI DOS ANOS 1960
Kênia Hilda Moreira Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Alessandra Viegas Josgrilbert Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Raissa Araújo Gomes
Resumo: O presente trabalho objetiva refletir sobre o conteúdo em torno da organização da educação no Paraguai, como parte do processo de integração
social, presente em dois livros didáticos de educação moral e cívica, destinados ao “tercer curso del ciclo básico”, que circularam nos anos 1960, localizados na Biblioteca municipal de Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com o
Brasil. As questões giram em torno da concepção de educação presente nesses manuais escolares, a relação entre família, igreja e escola, bem como a organização legislativa que passa pelo “Ministerio de Educación y Culto” e a
estrutura escolar, em seus três níveis de ensino. Para tanto, considerou-se o breve histórico da educação no Paraguai, desde a colonização até os anos 1960,
presente em ambos os livros didáticos, além do contexto de ditadura presente na escola paraguaia, durante o governo do general Alfredo Stroessner (1954-1989). Como referencial para compreender o contexto histórico utilizou-se de Nickson
(2010) e Schulz et al (2008). Como referencial teórico metodológico, considerou-se Choppin (2017), Ossenbach (2016), Telesca (2015), Brown (2010), Caetano
(2006), dentre outros. Conclui-se que a educação é apresentada nesses manuais como o meio de transmissão da experiência social e humana, por um processo social vivo e dinâmico, que requer o controle constante por parte do Estado.
Espera-se com esta investigação contribuir para diminuir a escassez de pesquisas sobre História da educação e livros didáticos no Paraguai, visíveis a partir de nosso levantamento bibliográfico.
Palavras-chave: Educação. História da Educação no Paraguai. Livros didáticos.
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ENSINO SECUNDÁRIO NO SUL DO ANTIGO MATO GROSSO: as produções
científicas disponíveis na BDTD
Laura da Anunciação Salomão Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente trabalho apresenta resultados de mapeamento sobre o
ensino secundário no Brasil, com ênfase no sul do antigo Mato Grosso, conforme trabalhos disponíveis na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD). Objetivou um levantamento das produções sobre a temática, especialmente sobre
o ginásio, primeiro ciclo do ensino secundário, pois tal temática constitui-se objeto de pesquisa de mestrado em andamento no Programa de Pós-Graduação
em Educação, da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Grande Dourados. O trabalho é resultado de pesquisa bibliográfica que teve como fonte o banco de dados da BDTD, como suporte teórico conceitos da perspectiva
foucaultiana e como apoio bibliográfico Norberto Dallabrida, estudioso do ensino secundário no país. Para o levantamento partiu-se da inserção das seguintes
expressões e/ou palavras-chave: ensino secundário em Mato Grosso, ciclo ginasial, ginásio e ensino secundário. Com essa metodologia foram localizados somente nove trabalhos. Percebeu-se a pouca exploração da temática na última
década, indicando a necessidade de ampliação das buscas. A partir dos títulos, fez-se a leitura dos resumos e/ou trabalhos completos para uma aproximação dos resultados. Das produções encontradas, 50% tratam do ensino secundário no
estado de Mato Grosso. Observou-se que os trabalhos se ativeram ao processo de implantação do ensino secundário, a democratização e reformas do ensino, as
instituições escolares, ao exame de admissão, as finalidades dessa etapa da educação e aos ginásios vocacionais. A democratização do ensino, pela oferta do ginásio, ampliou o acesso à educação e, ao mesmo tempo, estruturou saberes,
determinou hábitos de civilidade, racionalidade e a disciplina, ou seja, com apoio de Foucault, pode-se afirmar que foram abertas as portas da escola com a
finalidade de moldar/conformar os comportamentos e as subjetividades dos escolares. Realizar o mapeamento possibilitou a identificação das preocupações centrais dos pesquisadores e a relevância da temática no campo da história da
educação.
Palavras-chave: Ginásio. Produção acadêmica. História da educação.
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A IGREJA CATÓLICA E SUA INFLUÊNCIA NO IDEAL DE EDUCAÇÃO
BRASILEIRA: o lugar da religião na escola estadual coração de maria em
Campo Grande/MS
Letícia Casagrande Oliveira Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente artigo tem como objetivo apresentar uma discussão sobre a influência exercida pela Igreja Católica nos ideários da educação no Brasil. A
partir das discussões propostas nesse trabalho, pretende-se refletir sobre questões como o princípio da laicidade e a forma como a religião é abordada nas
escolas públicas. As análises serão realizadas a luz do referencial teórico de Pierre Bourdieu e seus interlocutores. A história da educação no Brasil passa por diversas fases em que podemos observar a valorização de diversos aspectos que
passam a serem reconhecidos como sendo o ideal de formação a ser proporcionada aos indivíduos. Durante esses períodos de mudança e reorganização desses ideais, podemos observar que mesmo após a separação do
Estado e da Igreja os princípios religiosos funcionam como um dos pilares da educação no Brasil. Como forma de demonstrar como isso ocorre, apresentamos
a análise do Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Coração de Maria, localizada na cidade de Campo Grande/MS. Essa instituição desenvolve suas práticas a partir de uma parceria entre a Secretaria do Estado de Educação e
uma organização religiosa. Essa análise pretende demonstrar até que ponto os princípios religiosos influenciam na forma como as práticas do currículo escolar
são desenvolvidas.
Palavras-chave: Educação. Escola. Religião.
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FILMES NA EDUCAÇÃO INFANTIL: as práticas docentes no viés das relações
de gêneros e sexualidades
Luana Tainah Alexandre Braz Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD/ FAED/FUNDECT)
E-mail: [email protected]
Joice Camila dos Santos Kochi Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD/ FAED/FUNDECT)
E-mail: [email protected]
Resumo: Esta pesquisa objetivou discutir e analisar as práticas docentes, quanto a utilização dos filmes e desenhos animados, como recurso didático na Educação Infantil do Município de Dourados - MS, analisando a concepção dos docentes,
acerca de temas como gênero e sexualidade. Buscou compreender como os filmes e recursos visuais são utilizados quanto à sua frequência, os títulos utilizados, os
critérios de escolha, o planejamento docente, e a mudança de comportamento das crianças em sala de aula após a sua exibição. A investigação partiu-se do princípio de que os filmes e desenhos são assistidos repetidas vezes pelas
crianças, criando um forte diálogo exclusivo entre a criança e a Mídia, no qual elas decoram falas e repetem gestos. Na pesquisa foram realizadas entrevistas com Professores/as da Educação Infantil problematizando as relações de gêneros
e sexualidades nos filmes e na rotina de sala. Neste sentido, foi possível concluir que os professores utilizam os filmes em determinados momentos com o objetivo
de ‘acalmar’ as crianças, fazê-las parar e chamar a sua atenção. Contudo acabam não realizando uma escolha consciente destes, no intuito de atingir objetivos planejados com intencionalidade. Acreditam que as crianças não conseguem
identificar as relações de gêneros e sexualidades nos filmes, no entanto os discursos dos mesmos apontam que propõem trabalhar o respeito e a igualdade
em suas práticas docentes.
Palavras-chave: Prática Docente. Filmes Infantis. Gênero.
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CULTURA ESCOLAR NA AMPLIAÇÃO DA JORNADA: projetos e práticas no
ensino fundamental
Marcela de Paolis Universidade de Brasília (UNB)
E-mail: [email protected]
Resumo: O texto apresenta uma discussão sobre as possibilidades de criação e uso do espaço do contraturno em escolas do ensino Fundamental da rede
municipal de São Paulo. O objetivo dessa proposta é apresentar algumas das práticas elaboradas no período de 2010 a 2017 na ampliação da jornada escolar nessa rede pública de ensino e problematizar seus aspectos políticos e
pedagógicos. Além das contribuições teóricas no campo da cultura escolar e da educação integral, o trabalho considera uma pesquisa de campo feita a partir de documentação escolar (composta por Projeto Político Pedagógico, atas de reuniões
de Conselho de escola e o programa de projetos de contraturno) e entrevistas com professores e diretores de escolas públicas integrantes da Diretoria Regional de
Educação do Butantã, em São Paulo. Nesse percurso, os projetos concebidos no âmbito da jornada ampliada de estudantes e docentes foram identificados como elaborações próprias das escolas, articulados aos conhecimentos docentes, às
necessidades da comunidade escolar e às pressões do sistema de ensino pelo aumento do tempo de permanência do aluno na escola. Como resultado desse
processo, o contraturno tem sido incorporado por essas unidades de ensino como um espaço inerente à rotina escolar, de uso e negociação com o entorno e a comunidade, de valorização e desenvolvimento cultural, e de fortalecimento da
qualidade social da educação pública.
Palavras-chave: Cultura escolar. Jornada ampliada. Ensino fundamental.
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A EDUCAÇÃO ESPECIAL NOS PLANOS NACIONAIS DE EDUCAÇÃO: histórico
e contexto da elaboração do PNE 2014/2024
Maria Cícera Ferreira Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul
(UEMS/ Campo Grande/ Profeduc/SEMED) E-mail: [email protected]
Celi Corrêa Neres
Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul
(UEMS/Campo Grande) E-mail: [email protected]
Resumo: Nesse trabalho é abordado o percurso histórico traçado, os documentos e as leis que foram fundamentais para a elaboração do novo Plano Nacional de Educação (PNE 2014/2024) e como a educação das pessoas com deficiência foi
sendo inserida nesses documentos que determinam os seus direitos à educação. A aprovação dos Planos de Educação no Brasil é o resultado de lutas e embates políticos, no entanto, uma conquista da sociedade brasileira, assim como a
educação das pessoas com deficiência que tem como precedente os movimentos sociais. Para construção do texto foram utilizadas fontes primárias e secundárias,
além de estudos que abordam a educação especial no contexto das políticas públicas. Historicamente a trajetória educacional das pessoas com deficiência é marcada pela segregação. A educação desses estudantes tomou impulso à
medida que a organização da educação primária foi se materializando, mas sempre em segundo plano. A defesa dos direitos das pessoas com deficiência em âmbito social e educacional ainda é recente na história social e educacional da
sociedade brasileira. Tais direitos estão hoje expressos no PNE 2014/2024, muito como resultado das lutas sociais empreendidas. O PNE 2014/2024 estabelece, na
Meta 4 que trata da Educação Especial/ Inclusiva, 20 (vinte) estratégias que coadunam com o objetivo de universalizar o atendimento à população de 04 a 17 anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades
ou superdotação. Prevê o acesso universal à educação básica e ao atendimento educacional especializado. Percebe-se que para o alcance da referida Meta, há
necessidade de se garantir no âmbito dos sistemas de ensino, condições favoráveis na estruturação dos serviços e principalmente investimento na mudança da organização do trabalho didático que se desenvolve hoje nas escolas.
Palavras-chave: Plano Nacional de Educação. Educação Especial. Educação Inclusiva.
141
DAS FONTES ORAIS E DOCUMENTAIS A ESCRITA DA HISTÓRIA DA
INSTITUIÇÃO ESCOLAR RURAL: a escola municipal de primeiro grau Antonio João Ribeiro, do Distrito de Indápolis - MS (1973-1983)
Mariza Salete Backes Silva
Universidade Federal da Grande Dourados E-mail: [email protected]
Alessandra Cristina Furtado Universidade Federal da Grande Dourados
E-mail: [email protected]
Resumo: Este trabalho apresenta um recorte da história da educação rural,
trazendo para a análise a história de uma instituição escolar rural. O presente trabalho tem como objetivo analisar em que medida as fontes documentais e
orais coletadas nos acervos públicos pesquisados de Dourados, no Arquivo Público de Mato Grosso e nas entrevistas com antigos professores, alunos e moradores do distrito de Indápolis, no município de Dourados/MS, possibilitam o
estudo e a escrita da história da Escola Municipal de Primeiro Grau Antonio João Ribeiro, no período de 1973 a 1983. O recorte temporal é justificado por dois argumentos: o ano de 1973, marca a construção da Escola no distrito, mediante
ao convênio MEC/ 8º RM.; e o ano de 1983 sinaliza o período de regulamentação da respectiva Escola, com a solicitação de validação dos estudos dos alunos junto
a Secretaria Municipal da Educação de Dourados. A pesquisa orienta-se com base nos referenciais da História, História da Educação, Ensino Rural. Recorre, a um conjunto de documentos de diferentes naturezas e espécies provenientes da
Escola, da Secretaria Municipal de Educação de Dourados, do Centro de Documentação Regional da UFGD, do Arquivo Público de Mato Grosso. E,
também de entrevistas com antigos professores, alunos e moradores do distrito. A análise das fontes documentais e orais revelou que, a Escola Municipal de Primeiro Grau Antonio João Ribeiro foi instalada no distrito de Indápolis, em
1973, num terreno doado pela família Kushida, que tinha o interesse que os filhos estudassem nas proximidades da localidade e também para atender crianças de baixo poder socioeconômico, pois a escola mais próxima ficava
aproximadamente 5 quilômetros. Assim, concluiu-se que, essa escola foi criada tanto por interesses de uma família de descendência japonesa quanto pelas
necessidades socioeconômicas das crianças da localidade.
Palavras-chave: Distrito de Indápolis. Fontes. História de Instituição Escolar Rural.
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CADÊ A LITERATURA QUE ESTAVA AQUI? A GRADE ENCOLHEU!: uma
análise das grades curriculares das faculdades públicas de educação sul mato-grossenses
Markley Florentino Carvalho
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) E-mail: [email protected]
Ana karoliny Teixeira da Costa
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: A presente pesquisa, ainda em andamento, toma por objetivo fazer um
levantamento de dados, nos últimos três anos, em currículos acadêmicos das universidades públicas Sul Mato-grossenses relativos aos cursos de Educação, a
fim de verificar o espaço ocupado pela Literatura na atualidade. Esta proposta se baseia na hipótese de que as últimas alterações realizadas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBN), bem como, as tomadas de decisões
realizadas pela SED (Secretaria de Estado de Educação), do MS, referente a integração das disciplinas de Literatura e Língua Portuguesa na grade do ensino básico, refletem diretamente na diminuição desta disciplina nos currículos
acadêmicos. As lacunas deixadas pela falta da Literatura nestes currículos impactam, como se procurará mostrar, diretamente no ensino de Letramento
Literário a professores em formação que atuarão nos primeiros anos de ensino e na educação básica, como um todo. A partir do cenário posto, exige-se uma reflexão sobre as consequências deste ciclo de “não-leitores literários/não-leitores
do mundo” que está em vias de se consolidar nos últimos anos e como isto pode indicar problemas graves no futuro próximo, no que diz respeito a formação
leitora, crítica e cidadã dos futuros professores e alunos da educação básica, de maneira que sejam capazes de protagonizar criticamente em seu contexto social. No contexto teórico, partilhamos as reflexões de autores como Demerval Saviani
(1991), Rubem Alves (2001), Magda Soares (2004), Rildo Cosson (2009), entre outros. E buscamos, ainda, compartilhar as experiências de práticas pedagógicas que desenvolvemos com acadêmicos de licenciaturas, bem como, professores das
séries iniciais e educação básica; as quais resistem a esse problema, em um processo de contracorrente, a partir do desenvolvimento de oficinas de letramento
literário, com enfoque na contação de histórias, em cursos de Formação Continuada na região da Grande Dourados-MS.
Palavras-chave: Letramento literário. Currículos acadêmicos. Oficinas de
contação de histórias.
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INFÂNCIAS, GÊNERO E DIVERSIDADES SEXUAIS: pesquisa na educação
infantil rural – Indápolis/MS
Míria Izabel Campos Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Adaiane Enequio Palhano Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Edilaine de Mello Macedo
Secretaria Municipal de Educação (SEMED/Dourados) E-mail: [email protected]
Resumo: As crianças, por vezes antes mesmo do nascimento já são esperadas,
depois cuidadas e educadas de modo a atender padrões entendidos como naturais, os quais as identificam como meninas ou meninos. No entanto, os
estudos têm levado ao questionamento dessas determinações a priori. A vista disso, o artigo traz recorte de pesquisa desenvolvida entre 2015 e 2017, cujo objetivo foi conhecer e compreender os conceitos de gênero e diversidades sexuais
que permeavam as brincadeiras e as escolhas de brinquedos. A metodologia constituiu-se de estudos bibliográficos nas áreas de infâncias, Educação Infantil, brinquedos e brincadeiras, bem como gênero e diversidades sexuais, além de
observações, de caráter etnográfico, realizadas em Pré-Escola na área rural, com registros em Diário de Campo. Com o estudo foi possível apreender que as
crianças chegam às instituições de Educação Infantil com diferentes concepções sobre o que é ser menina e ser menino, aprendidas no convívio em diversos espaços. Sendo assim, nas suas relações ali, elas expressam muito do que já
sabem e abrem possibilidades para a desconstrução e ressignificação de conceitos. Observou-se que meninos brincavam de montar armas, carrinhos, e como crianças da zona rural, gostavam de montar tratores e colheitadeiras
trazendo para a Pré-Escola vivências de seu cotidiano. Já as meninas brincavam de casinha e de montar prédios e com a massa de modelar construíam utensílios
de casa como xícara, panelinha, reproduzindo, de certa forma, uma feminilidade entendida como sendo natural delas. Mas presenciaram-se as crianças transgredindo o que a sociedade pré-determina para cada gênero, quando
brincavam com diferentes brinquedos e nas brincadeiras trocavam os lugares sociais, rompendo com demarcações heteronormativas. Portanto, espera-se que
as instituições tenham um olhar atento para os questionamentos feitos pelas crianças, contribuindo para desnaturalizar concepções arraigadas de ser menino e ser menina.
Palavras-chave: Contextos rurais. Crianças. Práticas do brincar.
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A MÚSICA COMO "BEM CULTURAL": expressões individuais e coletivas
Paulo Cezar Pardim de Sousa Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Paranaíba)
E-mail: [email protected]
Renata Lourenço
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Paranaíba) E-mail: [email protected]
Resumo: Esta comunicação discorre sobre o projeto de pesquisa de Mestrado em Educação, pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Unidade Universitária de Paranaíba/MS
(PGEDU-UEMS). A presente pesquisa está sendo realizada no município de Pereira Barreto/SP, na Escola Municipal de Tempo Integral Comendador Hirayuki
Enomoto e tem como objetivo principal compreender a configuração das aulas de música inseridas no currículo dos anos iniciais do ensino fundamental, bem como verificar as metodologias desenvolvidas, e de que maneira a experiência
com o ensino de música, pode contribuir como forma de transmissão de cultura, para alunos de classes sociais mais baixas, que fora do ambiente escolar não teriam condições de acesso a esse tipo de conhecimento. Desde o ano de 2008,
em atendimento à Lei 11.769/08, que trata da obrigatoriedade do ensino de música na educação básica, no município a Música é disciplina curricular
somente na escola pesquisada, localizada na periferia da cidade. Investigar de que forma é trabalhada a educação musical como bem cultural, trata-se do objeto central deste estudo, em andamento. A pesquisa abrange pesquisa bibliográfica,
documental e de campo, além da coleta de entrevistas, por amostragem dos vários segmentos da comunidade escolar envolvidos. Vários estudos, demonstram
que a Arte dentre elas a Música auxilia no desenvolvimento da sensibilidade humana das crianças. A Cultura artística no meio escolar propicia aos alunos oportunidade de se expressarem tanto no âmbito individual como coletivo, de
interagirem e encontrar formas de diálogo, e contrapõe o incentivo exacerbado ao consumo de produtos culturais midiáticos muitas vezes de pouca qualidade, possibilitando a nossas crianças e jovens a aproximação com novas experiências
artísticas, de modo mais reflexivo e crítico, bem como a chance de deixarem de ser simples ouvintes passivos da indústria cultural.
Palavras-chave: Ensino de música. Currículo. Cultura.
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A ESCOLARIZAÇÃO DO ESTUDANTE COM DEFICIÊNCIA E O TRABALHO
DIDÁTICO
Paulo Eduardo Silva Galvão Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: O objetivo do presente trabalho é analisar o contexto escolar onde estes
estudantes com deficiência devem ser vistos e compreendidos como sujeitos pertencentes a escola e que apresentam diferentes interesses no processo de
aquisição do conhecimento acadêmico. Para tanto, recorreu a revisão bibliográfica visando investigar a respeito da organização do trabalho didático para a escolarização dos alunos com deficiência. O processo de inclusão dos
estudantes com deficiência tem apresentado inúmeros questionamentos e novas propostas de trabalho com este público. As produções acadêmicas têm evidencia do a preocupação em efetivar um trabalho didático exitoso que favoreça a
escolarização destes alunos. A escolarização do estudante com deficiência é resultante de um processo histórico da educação e precisa ser compreendida a
partir desta abordagem. Para compreender esse processo como se apresenta hoje na contemporaneidade ressalta-se a importância apreendê-lo historicamente tendo como foco principal como se deu a organização do trabalho didático ao
longo do tempo e o uso dos instrumentos didáticos. Atualmente, com a proposta de universalização do ensino, emerge a proposição a respeito do trabalho didático
direcionado a estes estudantes: A organização do trabalho didático da escola para todos cumpre com a sua função perante a escolarização do estudante com deficiência? Ao tratar dessa questão no ensino comum deve-se considerar estes
como sujeitos atuantes de seus processos de aprendizagem. Com isto constatou a indagação da real aplicabilidade da legislação vigente acerca da educação especial na perspectiva da educação inclusiva. A legislação preconiza ao público alvo da
educação especial o direito a matrícula e permanência na escola comum, mas não tem atingido as esferas mais legais do fazer pedagógico.
Palavras-chave: Escolarização. Trabalho didático. Deficiência Intelectual.
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MARX, DURKHEIM E WEBER: os clássicos da sociologia nos livros escolares,
análise centrada na organização do trabalho didático
Rafael Nunes Rosa Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Carlos Eduardo França Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: Nesta comunicação propomos apresentar a pesquisa que está sendo desenvolvida junto ao programa de Pós-graduação em Educação, nível de
mestrado, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. O estudo tem como objeto de análise textos escolares utilizados na rede básica de educação na
disciplina de sociologia, (PNLD triênio 2015, 2016 e 2017). Buscamos mensurar como os autores clássicos da sociologia, Karl Marx, Max Weber e Émile Durkheim são apresentados nesses materiais. Estes pensadores recebem posição de
destaque e importância pelo fato de que ainda nos dias atuais seus métodos e teorias serem capazes de explicar os embates sociais, pois, foram eruditos que inovaram, sendo os mesmos indispensáveis para a formação do cientista social e,
para estudiosos que pretendem fazer uma analise profunda da sociedade. O presente trabalho pretende entender por meio da categoria Organização do
trabalho didático como Comenius propõe seu método, realizando uma revisão bibliográfica a fim de compreender como se deu historicamente a educação básica no Brasil e analisar de que forma os autores clássicos da sociologia: Karl Marx,
Émile Durkheim e Max Weber são apresentados nos livros didáticos. Para tanto a pesquisa se pautara em bibliografias, dialogando com autores que compactuam
junto à perspectiva da Organização do Trabalho Didático desenvolvida por Gilberto Luiz Alves. Através de uma revisão da bibliografia disponível reconstruir o processo histórico que percorrera a educação básica no Brasil. Espera-se que
esta pesquisa a qual não tem a pretensão de esgotar o tema, mas, colaborar para o campo do saber acadêmico e auxiliar na melhoria do trabalho didático.
Palavras-chave: Ensino de Sociologia. Livro didático. Organização do trabalho didático.
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O FÓRUM ON-LINE NA EaD: um espaço de discussões a respeito da história e
cultura dos povos indígenas brasileiros
Renata Leny Costa de Oliveira Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Kátia Cristina Nascimento Figueira Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: ká[email protected]
Resumo: Com o crescimento considerável de cursos de formação superior na
modalidade a distância com maior evidência nas licenciaturas. Este artigo pretende discutir a relevância da construção de um fórum on-line no ambiente
virtual de aprendizagem (AVA) nos cursos de formação de professores na modalidade de Educação a Distância (EaD), como um recurso de debates entre os alunos e professores/tutores. Com o objetivo de fomentar a discussão e a
capitação de ideias e das representações dos envolvidos, sobre a formulação de novos conceitos a partir dos conhecimentos a respeito da cultura e história dos povos indígenas. Nessa perspectiva, o fórum on-line se constitui como um
recurso tecnológico que facilita a interação e a troca de conhecimentos sem medidas de comunicação, de quantidade de postagem, de espaço, tempo e lugar.
Nesse aspecto, o fórum de discussão permite aos acadêmicos e os demais envolvidos o compartilhamento de ideias/saberes a partir de seus conhecimentos anteriores, bem como a possibilidade de se apropriarem de novos significados,
novas representações a cerca dos temas propostos no referido espaço de interação virtual, de forma abrangente e democrática. Com o intento de melhorar
práticas pedagógicas, diminuir preconceitos e estereótipos dos povos indígenas e compreender as particularidades históricas desses grupos étnicos no contexto atual.
Palavras-chave: Fórum on-line. EAD. Povos indígenas.
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ANÁLISE DAS PRODUÇÕES DO CENTRO OESTE SOBRE OS COLÉGIOS
MILITARES E\OU OS COLÉGIOS DA POLÍCIA MILITAR
Renata Lopes Silva Ribeiro Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
E-mail: [email protected]
Juliana P. de Araújo Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
Resumo: Na história da educação brasileira a influência dos militares é histórica.
O que explica esse poder é a presença destes em momentos cruciais da política do país, principalmente como aliados políticos, buscando a manutenção da ordem, a defesa da pátria e a organização da sociedade. Um dos marcos dessa
relação ocorreu em 1889 quando foi criado o “Imperial Collégio Militar” que, vinculado ao exército brasileiro, se consolidou como instituto de instrução e
educação militar, designado a receber filhos dos oficiais efetivos, reformados e honorários do Exército e da Armada. Ao longo do século XX muitos outros colégios foram criados tendo como características principais o respeito à
hierarquia e a disciplina mas ao final do período houve movimento de fechamento de algumas instituições sobretudo devido a abertura política e fim do regime militar. A partir dos anos 2000, as instituições ligadas à Polícia Militar se
expandem rapidamente em todo território brasileiro fomentando inquietações ao campo da pesquisa em educação. Neste cenário a região centro oeste se destaca,
especialmente o estado de Goiás que totaliza até o momento 35 colégios da Polícia Militar. Esta problemática que para muitos é a da “militarização da educação” fundamenta e direciona uma pesquisa de mestrado desenvolvida no programa de
pós graduação em educação da UFG-RC cujo objetivo é conhecer o projeto de ensino médio do Colégio da Polícia Militar de Catalão/GO. Como parte dessa
pesquisa nos dedicamos a descobrir como o campo da história da educação vem se aproximando deste tema por meio de uma revisão de literatura. São os resultados desta atividade que socializamos no texto que ora se apresenta. Os
resultados sinalizam que o tema tem recebido a atenção da academia, que há certo acúmulo a partir das produções, mas que ainda há a necessidade de novos estudos.
Palavras-chave: História da Educação. Colégios Militares. Fundamentos.
149
O USO DO SISTEMA MECDAYSE COMO ELEMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO
TRABALHO DIDÁTICO PARA A EDUCAÇÃO DE ESTUDANTES COM
DEFICIÊNCIA VISUAL
Ronaldo Rodrigues Moises Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
E-mail: [email protected]
José Aparecido da Costa Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo elencar o contexto histórico e tecer
considerações quanto a consolidação do sistema operacional de leitura Mecdaisy tomando como norteamento metodológico a categoria Organização do Trabalho
Didático (OTD) que pressupõe em toda relação educativa a forma histórica do educador e do educando, recursos pedagógicos mediadores e espaço físico com características peculiares. Desenvolvido pelo professor da UFRJ José Antônio dos
Santos Borges e lançado em 2009 pelo Ministério da Educação o Mecdaisy é uma ferramenta de leitura para estudantes cegos e com baixa visão sendo de domínio público. Na condição de software livre, isto é, de uso gratuito, o Mecdaisy pode
ser utilizado atualmente pelos referidos estudantes na educação básica e superior, todavia, ainda sendo pouco conhecido por professores que não atuam
diretamente com o público-alvo em questão. O surgimento de ferramentas digitais de acessibilidade acompanhou a evolução dos movimentos sociais organizados e das políticas-públicas de inclusão que adquiriram maior expressão a partir da
década de 1990 com a Declaração Mundial de Educação para todos. Neste sentido, tal trabalho justifica-se por evidenciar o desenvolvimento histórico que culminou com o surgimento do software de leitura em questão identificando-o
como recurso pedagógico mediador dentro da OTD dos professores suscitando visibilidade acadêmica e maior debate acerca do uso desta e de outras tecnologias
de acessibilidade em prol da educação das pessoas com deficiência visual. Os resultados apontam que o uso do Mecdaisy ainda se restringe a parcela pequena da população carecendo de maiores ações de promoção e visibilidade. Conclui-se
que o sistema Mecdaisy se constitui importante ferramenta de acessibilidade do estudante ao saber socialmente elaborado, todavia, se apresenta subutilizado
carecendo de maior divulgação entre os professores e estudantes da educação básica e superior.
Palavras-chave: Mecdaisy. Organização do Trabalho Didático. Deficientes.
150
A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DIDÁTICO NA ESCOLA DE TEMPO
INTEGRAL
Rosa Maria da Silva
Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS) E-mail: [email protected]
Kátia Cristina Nascimento Figueira
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: ká[email protected]
Resumo: O presente artigo faz uma rápida análise sobre a proposta de
organização do trabalho didático para as escolas brasileiras que atualmente começam a funcionar em período de tempo integral. Sabe-se que este modelo de
educação foi tema de discussões e ações educacionais durante todo o século XX, tendo como um dos principais protagonistas no Brasil dos anos 20 e 30 o educador Anísio Teixeira, que, como muitos colegas pensadores, acreditava que a
educação integral, contribuiria para o fim da educação dualista, a formação de um indivíduo mais autônomo, democrático e emancipado. Essas mudanças educacionais contemporâneas exigem um repensar a escola, sem dúvida, uma
nova organização no trabalho didático escolar. Ao analisar através de observações, conversas informais, horário de aulas e um questionário semi-
estruturado para educadores de uma escola do campo, que há dois anos funciona em tempo integral, foi possível constatar que essa organização não vem procedendo como propõe o programa, inclusive, a educação de tempo integral
vem sendo alvo de muitas críticas atualmente, o que nos leva a questionar se esse modelo educacional realmente emancipa o indivíduo, ou apenas mantém de
certa forma a sua alienação assegurando, dessa maneira, a atual ordem de mercado que alimenta o sistema capitalista no país.
Palavras-chave: Organização do trabalho escolar. Educação integral. Campo.
151
MAPA DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE ESCOLAS EM ALDEIAS NO MATO
GROSSO DO SUL
Rosângela Farias da Silva Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD/ Capes)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este artigo tece o esboço de um mapeamento realizado sobre as
produções acadêmico-científicas publicadas em periódicos da Scientific Eletronic Library Online (SciELO), teses e dissertações disponíveis no banco de dados da
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD) e trabalhos localizados em Anais de eventos da Associação Nacional de Pesquisa em Educação (ANPEd),
sobre instituições escolares localizadas em aldeias, buscando identificar se o processo de institucionalização foi abordado e se as aldeias de Mato Grosso do Sul (MS) constituíram-se em lócus das pesquisas, adotando como recorte
temporal o período de 2002 a 2017. Como metodologia de busca foram utilizadas, inicialmente, as expressões-chave “escolas em aldeias” e “escolas indígenas em
MS”; expressões que, num segundo momento, foram ampliadas em decorrência da rarefação dos trabalhos. Foram selecionadas 21 produções, sendo 11 teses/dissertações, 5 artigos em periódicos e 5 trabalhos completos (ANPEd). As
temáticas privilegiadas nos materiais foram: os processos de institucionalização da educação, a formação de professores, identidade, políticas públicas e processo de ensino-aprendizagem. Do total mapeado, 6 produções abordam temas
referentes a educação escolar desenvolvida em aldeias localizadas em MS. Concluiu-se desse mapa que o processo de institucionalização, as lutas e o
exercício de poder presentes no processo de instauração e permanência dessas escolas nas aldeias, não se constituem objetivo central dos trabalhos, porém estão presentes em toda a produção mapeada. Essa constatação permite afirmar
a existência de espaço para realização de outras pesquisas que tratem da temática nessa perspectiva. Podem ser incluídas nessa“lacuna”, a história e as
lutas por educação escolar empreendidas em instituições localizadas no município de Juti/MS: a Escola Mbo’Ero Arandu’I e a Escola Mbo’ErogaTaperandi, ambas localizadas nas reservas indígenas Jarará e
Taquara, respectivamente, sobre as quais não foram encontradas produções nos bancos selecionados e se constituem em objeto de interesse de pesquisa de mestrado, em andamento.
Palavras-chave: Mapeamento. Escola indígena. Processo de institucionalização.
152
MARCOS HISTÓRICOS DA EDUCAÇÃO DE ESTUDANTES COM ALTAS
HABILIDADES/ SUPERDOTAÇÃO EM MATO GROSSO DO SUL
Rosemary Nantes Ferreira Martins Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/ Profeduc/SED/MS)
E-mail: [email protected]
Celi Corrêa Neres Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS/Profeduc)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente trabalho tem como proposta analisar o decurso das políticas educacionais para estudantes com altas habilidades/superlotação em Mato
Grosso do Sul até a implantação do Núcleo de Atividade de Altas Habilidades/Superdotação (NAAH/S). Para tanto, foram realizados estudos
bibliográficos, utilizando-se de artigos, documentos oficiais, dissertações e dados coletados no NAAH/S. No Brasil, 1932 foi ano no qual se encontram as primeiras publicações sobre superdotação, mas somente na década de 1990 com a política
educacional orientada pela proposta de inclusão escolar, houve uma ampliação nas publicações e nas propostas educacionais para os estudantes com altas habilidades/superdotação. Após a criação do Estado de Mato Grosso dos Sul,
esse movimento é registrado no final dos anos de 1980. Nesse período, já é possível destacar as legislações e recomendações pertinentes ao atendimento
educacional especializado (AEE) ao estudante com altas habilidades/superdotação na educação básica, no entanto, muitas das ações previstas no âmbito das políticas anunciadas não foram implantadas. Somente a
partir da década de 2005, com o desenvolvimento do processo de inclusão escolar em curso, nota-se a efetivação de uma política específica para esses estudantes.
Assim, é possível verificar que as políticas e as práticas educativas para o estudante com altas habilidades/superdotação tem apresentado avanços nos últimos dez anos, o que tem confirmado a importância da implantação do
NAAH/S para a educação especial do Estado de Mato Grosso do Sul.
Palavras-chave: Educação. Altas Habilidades-Superdotação. Inclusão escolar.
153
GOVERNAMENTALIDADE E EDUCAÇÃO: escritos e posicionamentos de
jovens de Dourados/MS sobre o ensino médio
Rosemeire de Lourdes Monteiro Ziliani Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: O trabalho socializa resultados parciais de pesquisa em andamento na Faculdade de Educação da Universidade Federal da Grande Dourados, cujo objetivo é o de analisar a oferta de educação média, considerando os
posicionamentos de jovens matriculados nas duas séries finais do ensino médio de cinco escolas estaduais do município de Dourados/MS, no período entre 2012
e 2015. Para este trabalho enfatizaram-se o posicionamento dos jovens sobre escolarização. Como apoio teórico foram utilizadas as noções de governamentalidade ou governamento e de processos de subjetivação, seguindo
Foucault e outros estudiosos. Com tais noções parte-se da ideia segundo a qual os sujeitos são colocados em constantes relações de “governamento”, presentes em espaços-tempos socioeducativos diversos, que os objetiva e a noção de
subjetivação, que implica não somente a objetivação dos sujeitos, mas o modo como estes delas se apropriam e/ou transformam na constituição de si mesmos.
Neste trabalho foram analisadas, os escritos e os posicionamentos dos sujeitos, segundo instrumento com questões abertas aplicado nas escolas pesquisadas. Os escritos evidenciam que os jovens sentem-se estereotipados nas falas dos adultos
e denunciam a falta de diálogo; além disso os conhecimentos ali adquiridos são pensados para o mundo do trabalho futuro. A falta de “possibilidade de escolhas”
foi amplamente utilizada para marcar seus posicionamentos e as críticas à escola foi recorrente, mas ainda assim não se veem fora dela, inscrevendo-se nos discursos em circulação sobre sua “imprescindível necessidade”. Tal afirmação
não significa que não tenham aparecido posições, mesmo raras, que destoem afirmando sua inutilidade. Esse material, escritos sobre educação escolar, foi anterior a última Reforma do ensino médio, homologada em fevereiro de 2017 (Lei
13.415/17), entretanto inscrevem-se no apelo central desta, que afirma a possibilidade de os jovens fazerem “escolhas” para a própria vida profissional e se
afinam ao neoliberalismo em curso.
Palavras-chave: Escolarização. Governo do outro. Narrativas.
154
FIGUEIREDO PIMENTEL E AS TRADUÇÕES DOS CONTOS DE FADAS
Rosiane Maria de Jesus Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: Embora os contos existam desde que o mundo é mundo, no Brasil, a produção acadêmica sobre contos de fadas é, ainda, exígua. A falta de estudos fica destacada pelo pequeno número de dissertações localizadas no Banco de
Teses e Dissertações da Capes (sete) como também pela pouca diversidade de temas que se ocupam, sobretudo, de analisar os contos e seus usos na escola.
Diante disso, nesta comunicação, optou-se por investigar a vida e a obra do autor brasileiro Figueiredo Pimentel (1869 - 1914), que teve publicadas traduções de contos de fadas para crianças, no final do século XIX, com objetivo de contribuir
para a produção acadêmica sobre o tema, com assunto diversificado do que se pode localizar, uma vez que os contos de fadas são muito importantes para
despertar o imaginário de crianças, tornando-as seres com autonomia e capazes de interpretações do mundo que as rodeia. Nesse sentido, estudos sobre autores fundadores da produção de contos de fadas no Brasil são fundamentais para não
somente se compreender a história desses gêneros de textos como também para se compreender a dimensão do impacto que eles têm na vida da criança leitora. Figueiredo Pimentel ficou conhecido como o pioneiro na literatura infantil no
Brasil, pois na época os livros eram mais de cunho civilizador, por serem difundidas pelas classes dominantes. A popularização dos contos dá outra
estética para a literatura da época, levando seu caráter humanizador as classes populares. Com o estudo bibliográfico de suas obras poderemos entender como é a perspectiva da literatura para o Brasil, e qual sua importância para a formação
humana. Os contos de Pimentel trazem um novo entendimento para o mundo da leitura.
Palavras-chave: História dos contos de fadas; Figueiredo Pimentel; Literatura
brasileira
155
ANÁLISE DO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO AVANÇO DO JOVEM NA
APRENDIZAGEM EM MATO GROSSO DO SUL - AJA/ MS: relação educativa na organização do trabalho didático
Rosileide Lima da Silva
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Campo Grande) E-mail: [email protected]
Patrícia Lúcia do Nascimento
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
Resumo: O Projeto Avanço do Jovem na Aprendizagem - AJA é uma das ações da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul que visa atender ao Plano Estadual de Educação, o qual prevê universalizar o ensino fundamental de
nove anos para toda a população de 6 a 14 anos e garantir que 95% dos estudantes concluam essa etapa na idade recomendada, atendendo em especial
aos estudantes de 14 a 17 anos. Assim,a proposta do presente artigo é discutir o Projeto Político Pedagógico à partir da categoria Organização do Trabalho Didático ao que tange relação educativa como aspecto sistemático, elaborado por Gilberto
Luiz Alves à luz da Ciência da História. O objetivo consiste em análise dos documentos legais problematizando a educação oferecida aos jovens com defasagem em sua escolaridade. Nessa perspectiva, o projeto da rede estadual de
ensino de Mato Grosso do Sul, busca acompanhar brevemente o caminhar deste processo educacional no ensino fundamental de nove anos. Como resultados,
observou se que o mesmo visa romper com toda e qualquer perspectiva de reação e luta por meio da educação escolarizada dada aos sujeitos, massificando os saberes, que são projetados para o hoje, sem avaliar as consequências para
Ensino Médio. A organização do trabalho didático priorizada no projeto, em consonância com o pensamento educacional vigente desde o surgimento da
escola moderna, não atende as exigências sociais de nosso tempo, pois é estabelecida uma relação educativa em que se observa a simplificação do trabalho didático e o impedimento do acesso dos estudantes aos conhecimentos
em sua totalidade e à movimentação dentro da sociedade capitalista.
Palavras-chave: Organização do Trabalho Didático. Relação educativa. Projeto
Avanço do Jovem na Aprendizagem - AJA-MS.
156
O USO DO TEATRO COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DE HISTÓRIA
Sabrina Manoela Ribeiro de Alencar Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
E-mail: [email protected]
Sebastião de Freitas Júnior
Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão) E-mail: [email protected]
Resumo: A proposta deste artigo é apresentar parte de um estudo em andamento, a respeito do uso do teatro e suas extensões como ferramenta para o ensino de história para crianças de 6 a 12 anos e adolescentes de 13 a 15 anos.
Usando como base teorias e autores da psicologia, como Vygotsky e Jung para justificar a eficácia deste método como facilitador da aprendizagem para o sujeito
aluno. Levando-se em conta que Vygotsky difundiu ideias sobre a importância da interação social e da arte no desenvolvimento e no aprendizado humano, é possível usá-lo como base para se desenvolver formas de ensinar através de peças
e jogos teatrais no conteúdo de história em sua mais ampla diversidade. E, recorrendo aos arquétipos de Jung ter respaldo sobre o que ocorre no inconsciente da criança ao ver pessoalmente os personagens de quem ela ouve
falar através dos livros, e como, o processo pode se tornar muito mais simples para esta, quando de fato, a história sai do papel e passa a se tornar viva aos
seus olhos. A arte não é um ato especificamente isolado, ela sempre estará relacionando-se com a realidade e as outras disciplinas, ou seja, trata-se de um fazer completamente interdisciplinar que busca prioritariamente representar o
outro, suas subjetividades e dimensões estéticas, possibilitando uma melhor compreensão de dados assuntos para quem assiste uma representação teatral,
seja ela em forma humana ou objetificada. A arte ligada a estética é uma forma de construção de saberes que afetam a sensibilidade do inconsciente do aprendiz. Portanto, torna-se o objetivo deste estudo, mostrar a arte como ferramenta
facilitadora dos conteúdos de História na sala de aula.
Palavras-chave: Arte. Teatro. Subjetividades. Aprendizagem. Ensino.
157
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS PARA A PEQUENA INFÂNCIA EM DOURADOS/MS:
a escola serviço de educação integral (1980-1995)
Samara Grativol Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Eliana Maria Ferreira Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente trabalho é parte de uma pesquisa maior de mestrado desenvolvido na Universidade Federal da Grande Dourados na linha de pesquisa
História da Educação Memória e Sociedade. Esse recorte envolve aspectos relacionados às práticas pedagógicas desenvolvidas no âmbito de uma escola particular do município de Dourados – MS, a Escola Serviço de Educação
Integral, com crianças de 02 a 06 anos de idade, tendo como recorte temporal 1980-1995. A pesquisa teve como objetivo compreender como eram desenvolvidas e pensadas as práticas pedagógicas destinadas às crianças menores de 06 anos
na instituição. Com o acervo institucional preservado, recorremos às fontes do mesmo para responder nossos questionamentos. Entre eles encontramos
documentos burocráticos, diários de frequência, livros de matrículas, fotografias, informativos, jornais escolares, entre outros. A metodologia esteve pautada na Nova História Cultural ligada à História do Tempo Presente, fundamentada em
autores como: Burke (1992); Kishimoto (1988); Kramer (1982; 2003); Kuhlmann Jr (2004); Monarcha (2001); Sarat (2006); Sarat e Furtado (2016); Sarat e Silva (2015); Sá (2007). A documentação nos informa que a concepção de criança
presente nas práticas da Escola SEI, esteve organizada no sentido de tomar a criança como o ponto de partida, colocá-la como o centro do planejamento e das
atividades buscando seu desenvolvimento a partir de diferentes linguagens, enfatizando a ludicidade própria das crianças.
Palavras-chave: História das instituições. Educação. Infância.
158
LIVRO DE TEXTO OU LIVRO ESCOLAR? considerações sobre a “série de
leitura graduada Pedrinho”, de Lourenço Filho
Samira Saad Pulchério Lancillotti Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: O movimento da Escola Nova se notabilizou pela crítica ao ensino
tradicional, julgado autoritário e homogêneo por desconsiderar a individualidade do aluno e repousar o ensino no uso de manuais didáticos, ou “livros de texto”,
uniformes e excludentes, que guiariam todo processo educativo. Em oposição a este tipo de instrumento didático, propunha-se o uso de “livros escolares” variados, selecionados pelos educandos a partir de seus próprios interesses e
necessidades. Manoel Bergström Lourenço Filho foi autor destacado do movimento da Escola Nova no Brasil e, contraditoriamente, produziu manuais didáticos prescritivos para a escola primária, dentre os quais se destaca a “Série
de Leitura Graduada Pedrinho”, composta por cinco livros, acompanhados de “Guias do Mestre”. Os livros da série foram publicados pela Editora
Melhoramentos, entre 1953 – 1970, e tiveram ampla circulação. Este trabalho objetiva problematizar, a partir de uma perspectiva crítica, o papel desses manuais didáticos no processo de implantação e expansão da escola pública
brasileira. Traz resultados parciais de uma pesquisa bibliográfica, interinstitucional, desenvolvida pelo GEPSE/HISTEDBR/MS, com financiamento
do CNPq, sobre “A Organização do Trabalho Didático na Perspectiva de Educadores da Escola Nova (1930-1970)”. Toma por referência estudos sobre o a organização do trabalho didático e sobre o trabalho docente desenvolvidos no
campo teórico da ciência da história. A análise permite concluir que a contradição, entre as ideias do autor e sua obra didática, encontra lastro em condições materiais dadas, nas quais o propósito de expansão da escola pública
impôs o uso dos “livros de texto”, tão criticados pelos escolanovistas.
Palavras-chave: Lourenço Filho. Escola pública. Manual didático.
159
UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA E CULTURAL DA EDUCAÇÃO E DOS
MOVIMENTOS DE RESISTÊNCIAS ESCOLARES EM AMAMBAI/MS
Sara Vital Fernandes Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: O documentário “Quando sinto que já sei”, discute vivências escolares,
apresentando uma nova abordagem das políticas educacionais em escolas que foram criadas em uma metodologia de ensino crítico – ou mesmo já
institucionalizadas e do Estado – e que foram transformadas em escolas que tem por finalidade o desenvolvimento do pensamento crítico e autônomo. Percebemos que a educação na contemporaneidade, em certa medida, ainda cumpre um papel
conservador e tradicional. A prioridade dos sistemas de ensino nem sempre consiste em buscar estratégias de ensino que auxiliem crianças e jovens a se
constituírem como sujeitos críticos e autônomos. Os processos de ensinar e aprender, em muitos casos, estão versados em uma autoridade maior, e quem cumpre esse papel é o professor/a. O/a estudante, como se não tivesse utilidade
nenhuma, é posto em um sistema de “decoreba”. A partir desse documentário vamos desenvolver pesquisa em algumas escolas localizadas no Município de Amambai/MS - considerando as práticas já realizadas nas Escolas Estaduais
Coronel Felipe de Brum e Dr. Fernando Correa da Costa - pensando as relações de poder dentro dessas escolas que tentam romper, mesmo que de maneira
mínima, com os estereótipos das escolas classificadas como tradicionais. O referencial teórico para a pesquisa tem como base principal os escritos de Michel Foucault, principalmente no que se refere as discussões sobre as relações de
poder e as práticas de liberdade.
Palavras-chave: Educação. Práticas de resistências. Escola.
160
OS PROCESSOS HISTÓRICOS DE REFORMA DO ENSINO MÉDIO E SEUS
IMPACTOS NO ENSINO TÉCNICO PROFISSIONAL
Silvia Maria dos Santos Stering
Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) E-mail: [email protected]
Nilce Vieira Campos Ferreira
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
Resumo: No Brasil, ao longo do tempo, o Ensino Médio tem se configurado como um campo de disputas ideológicas, que perpassam as políticas públicas a ele
direcionadas na perspectiva de via de mão dupla, cuja marca é a indefinição e a busca de identidade, uma vez que este “rito de passagem” vivenciado não se configura apenas como uma celebração. Após assistirmos a tomada da
presidência da república pelo PMDB, mediante impeachimant da então presidente Dilma Roussef, o Ensino Médio no Brasil parece voltar ao ideário da
década de 90. A dualidade do Ensino Médio ganha reforço com a Medida Provisória (MP) nº 746, de 22 de setembro de 2016, que propõe a ampliação da carga horária mínima anual, no ensino médio, para mil e quatrocentas horas,
observadas as normas do respectivo sistema de ensino e de acordo com as diretrizes, os objetivos, as metas e as estratégias de implementação estabelecidos no Plano Nacional de Educação. Diante do exposto, busca-se mediante à luz da
ciência, investigar os processos históricos de Reforma do Ensino Médio na perspectiva do Ensino Profissional Tecnológico, no sentido de perceber os
impactos para o Ensino Profissional Tecnológico em uma perspectiva histórica. Trata-se de uma pesquisa qualitativa bibliográfica, documental via estudo de caso a ser realizada no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de MT.
Palavras-chave: Reforma do Ensino Médio. Instituto Federais de Educação. Ciência e Tecnologia de MT.
161
MODELO ESCOLAR DE EDUCAÇÃO PUBLICA PRIMÁRIA EM MATO GROSSO
DURANTE O PERÍODO DE 1930 A 1950
Silvana Maria da Silva Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
E-mail: [email protected]
Jeferson dos Santos Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este estudo busca compreender as classificações das escolas primárias
do modelo escolar vigente nas décadas de 20 a 50 do século XX. Tal modelo de educação era regido pelo Regulamento da Instrução Pública Primária do Estado
de Mato Grosso de 1927. Por esse Regulamento as escolas públicas primárias eram divididas em cinco categorias: escolas isoladas rurais, escolas isoladas urbanas, escolas isoladas noturnas, escolas reunidas e grupos escolares. A
pesquisa é de cunho historiográfico, desenvolvida por meio de dados obtidos de fontes documentais (relatórios, mensagens governamentais, entre outros) localizadas no Arquivo Público do Estado de Mato Grosso, no banco de dados do
Grupo de Pesquisa em História da Educação e Memória – GEM/IE/UFMT e por meio de bibliografia ligada à história da educação e história da educação de Mato
Grosso. O breve estudo permite identificar que durante esse período as escolas primárias obedeciam a um mesmo programa de ensino, contudo, as condições de organização e funcionamento eram diferentes, indicando que as escolas isoladas
rurais em função dessa diferença ficaram num plano inferior evidenciando as desigualdades existentes entre essas categorias de escolas.
Palavras-chave: História da Educação. Educação Primária. Tipos de Escola Primária.
162
A INSTITUCIONALIZAÇÃO DO ENSINO PROFISSIONAL NO MUNICÍPIO DE
MOSSORÓ NO PERÍODO REPUBLICANO
Tainá da Silva Bandeira Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
E-mail: [email protected]
Antonio Basilio Novaes Thomaz de Menezes Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)
E-mail: [email protected]
Resumo: O seguinte trabalho tem por objetivo analisar os primeiros espaços escolares de ensino profissional que foram implantados no município de Mossoró,
estado do Rio Grande do Norte. Ao questionarmos em que medida o ensino direcionado para o trabalho foi se constituindo no município de Mossoró,
partimos dos campos de pesquisa da História das Instituições Escolares e Educação Profissional, nos apropriando dos estudos de Magalhães (2004) na sua obra Tecendo Nexos, para o primeiro campo, e Cunha (2005) com seu estudo O
ensino de ofícios nos primórdios da industrialização. Utilizando como metodologia a análise documental, direcionamos o olhar para fontes como documentos das primeiras instituições, obras memorialísticas da Coleção Mossoroense e jornais
da época tanto impressos, localizados no Museu Municipal Jornalista Lauro Escóssia, como digitalizados no site da Hemeroteca Digital. Além disso, nos
apropriamos de estudos e trabalhos científicos como artigos, dissertações e teses. Nossas investigações nos esclareceram que o ensino comercial foi o primeiro a ser pensando e praticado na cidade, mesmo que informalmente. A Escola Normal foi
a primeira escola de ensino profissional a ser institucionalizada e, posteriormente, a Escola Técnica de Comércio União Caixeiral. Também foi
identificado que o ensino profissional foi determinado pela dinâmica social do município e a sua constituição nesse espaço urbano reafirmou as dualidades hierárquicas do contexto socioeconômico mossoroense. A Escola Normal e a
Escola Técnica de Comércio União Caixeiral possuíram características diferenciadas quanto a sua implantação principalmente no que tange ao seu quadro inicial, estrutura física, currículo e visibilidade nos âmbitos da cidade
devido ao fato de atenderem sujeitos de diferentes classes sociais.
Palavras-chave: História da Educação. História das Instituições Escolares.
Educação Profissional - Mossoró.
163
PARCERIA ENTRE INSTITUIÇÕES PRIVADAS E PÚBLICAS NA ORGANIZAÇÃO
DE MATERIAIS DIDÁTICOS: coleção da olimpíada de língua portuguesa escrevendo o futuro (2002-2012)
Tamar Naline Shumiski
Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS) E-mail: [email protected]
Resumo: Este estudo apresenta resultados parciais de dissertação de mestrado, desenvolvida junto a Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS), e
tem como objetivo investigar parcerias entre instituições privadas e públicas, na organização de materiais didáticos, especificamente, quanto a Coleção da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro (OLPEF). Essa Coleção faz
parte de programa de formação de professores, intitulado Programa Escrevendo o Futuro, criado em 2002, pelo Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC) e Fundação Itaú Social. Em 2008, após
parceria entre as instituições privadas, CENPEC, Fundação Itaú Social, Conselho Nacional de Secretários da Educação (CONSED), União Nacional dos Dirigentes
Municipais da Educação (UNDIME) e Canal Futura, e a instituição pública, Ministério da Educação e Cultura (MEC), o Programa teve seu nome alterado para Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. Essa parceria decorreu do
lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), em 2007, em conjunto com o Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, instituído
pelo Decreto Lei nº 6.094, que possuiu, entre outros objetivos, o de elevar a qualidade do ensino nacional, por meio da valorização e formação inicial e continuada dos professores da Educação Básica. A OLPEF, por meio do
documento Caderno do Professor – Orientação para Produção de Textos, parte da Coleção da Olimpíada, conquistou hegemonia na formação de professores de Língua Portuguesa, das escolas públicas, como resultado dessa ação firmada
entre parceria público-privada. Esta pesquisa visa investigar como se deu esta parceria, por meio de revisão bibliográfica.
Palavras-chave: Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. Parcerias público-privadas. Materiais didáticos.
164
REFORMA UNIVERSITÁRIA NO BRASIL – 1968: uma interface com a
expansão da educação superior
Thaienn Paes Leme Alberto Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Renata Lourenço
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Paranaíba) E-mail: [email protected]
Resumo: O presente artigo é resultado de estudos e reflexões desenvolvidos para
dissertação de mestrado acadêmico, em andamento, no programa de pós-graduação em Educação na Universidade Estadual do Mato Grosso do
Sul/Unidade de Paranaíba, e tem como objetivo analisar e discutir a implementação da Reforma Universitária em 1968, propondo a reflexão acerca da conjuntura educacional deste período, com foco essencialmente na educação
superior pública federal. Para tanto, este estudo tem como abordagem metodológica a investigação qualitativa e essencialmente bibliográfica. Constata-
se que a reforma universitária ocorrida em 1968 foi um dos principais acontecimentos do período do Regime militar, de cunho ditatorial – instaurado no Brasil com o golpe de 1964 – e, partindo do pressuposto que ela visou
fundamentalmente à modernização e expansão das instituições públicas, preponderantemente das universidades federais, constata-se o surgimento de efeitos paradoxais na educação superior. Por um lado, deu-se início à associação
entre ensino, pesquisa e extensão; ampliou e modernizou uma parte significativa das universidades federais e determinadas instituições estaduais, propiciando
um aumento no número de estudantes matriculados nestas instituições, por outro lado, abriu condições para o surgimento de um ensino privado voltado para a mera transmissão de conhecimentos de cunho marcadamente
profissionalizante e distanciado da atividade de pesquisa. Percebe-se que a expansão da educação superior foi uma das características marcantes desta
reforma universitária.
Palavras-chave: Reforma Universitária. Educação Superior. Expansão.
165
USO DE TECNOLOGIAS E JOGOS ELETRÔNICOS POR CRIANÇAS: uma
“nova” parte da história
Vanessa Santos Universidade Federal da Grande Dourados
(UFGD/CNPq/FUNDECT/GPEPC) E-mail: [email protected]
Adriana Horta Faria
Universidade Federal da Grande Dourados
(UFGD/Capes/FUNDECT/GPEPC) E-mail: [email protected]
Resumo: Na história da infância, percebemos que as crianças nem sempre foram vistas como indivíduos que pudessem produzir cultura, contudo, jogos e brincadeiras habitualmente fizeram/fazem parte do cotidiano infantil. Nesse
sentido buscamos verificar como a cultura infantil, na história do tempo presente, vem sendo construída nos diferentes modos do uso das tecnologias e jogos eletrônicos. Primeiramente realizamos um levantamento bibliográfico
buscando compreender a história da infância, a construção da cultura lúdica e as relações das crianças com as mídias tecnológicas. Posteriormente, observamos a
rotina das crianças no horário do recreio e aplicamos questionário com linguagem acessível às crianças, procurando verificar as implicações dos jogos eletrônicos no cotidiano desses infantes. Como resultado, identificamos que os jogos preferidos
são Minecraft, Minha Talking e Subway Surfers, e que os adultos responsáveis buscam normatizar e regular a utilização dos recursos midiáticos. Observamos também que as relações de gênero, que vem sendo reproduzidas ao longo do
tempo, estão presentes nesse contexto, tendo em vista que as meninas preferem jogos de caráter doméstico, que tratam de moda, maquiagem e culinária, tanto
que, o jogo escolhido por boa parte delas foi Minha Talking Angela, no qual os anúncios propõem às mesmas, adotar sua própria filhotinha e criar ela até ficar uma “gata”. Já o jogo Subway Surfers, mais escolhido por meninos, consiste em
uma corrida constante por vários ambientes virtuais por meio de um metrô e desvio dos obstáculos pelo caminho. Nessa perspectiva averiguamos na
construção da história presente da infância, que os jogos virtuais estão consideravelmente presentes e fazem parte do seu processo de formação influenciando os mesmos e sua infância.
Palavras-chave: História da infância. História do tempo presente. Mídias tecnológicas.
166
MAPEAMENTO DA PRODUÇÃO ACADÊMICO-CIENTÍFICA SOBRE ENSINO
MÉDIO SEGUNDO O POSICIONAMENTO DE ADOLESCENTES/JOVENS (2000-2016)
Wesley Fernando de Andrade Hilário
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) E-mail: [email protected]
Rosemeire de Lourdes Monteiro Ziliani
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
Resumo: Este trabalho apresenta os primeiros resultados de uma dissertação de mestrado em andamento no Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEd) da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Trata-se de um
mapeamento da produção acadêmico-científica sobre o posicionamento de adolescentes/jovens em relação ao ensino médio, considerando-os os maiores interessados e, ao mesmo tempo, colocados à margem das decisões sobre o
processo de escolarização. Como metodologia foi realizado levantamento bibliográfico de títulos e resumos de teses e dissertações disponíveis nos bancos
de dados digitais da Coordenadoria de Aperfeiçoamento Pessoal do Ensino Superior (CAPES) e na Biblioteca Digital de Teses e Dissertações (BDTD), utilizando diferentes combinações dos descritores “jovens”, “juventude”, “ensino
médio” e “escolarização”. Com as buscas foram localizados um total de 26 trabalhos, sendo 10 teses e 16 dissertações. Seguindo as teorizações foucaultianas, pode-se afirmar que o conjunto desses resumos constitui-se em
um discurso científico específico e datado. Concluiu-se que, mesmo que a importância do ensino médio esteja colocada nos documentos ou discursos
oficiais, como uma etapa essencial na vida dos adolescentes/jovens do país, no discurso científico consultado tornam-se visíveis as críticas dirigidas principalmente para o fato de que esses sujeitos não se sentem contemplados
com a educação que lhes foi ofertada ou a qual estiveram submetidos. Nos resumos analisados observam-se “reivindicações” dos sujeitos, por uma educação
que ofereça suporte para a compreensão da realidade e do contexto social no qual estão inseridos. A escolarização foi por eles entendida não apenas como uma etapa de aquisição de educação formal, conteudista, mas também como um
espaço-tempo de sociabilização e de constituição de valores morais. Além disso, notou-se a preocupação dos sujeitos com o próprio futuro, em relação ao trabalho e à continuidade de estudos, aspecto que, na perspectiva dos mesmos, é
“ignorado” ou pouco explorado pela instituição escolar.
Palavras-chave: Ensino médio. Discurso. Adolescentes/jovens.
167
OS ESPELHOS DA FLORESTA: histórias de alfabetização no seio da
Amazônia – Xapuri/Acre
Willianice Soares Maia
Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS/Paranaíba) E-mail: [email protected]
Resumo: Este artigo tem como propósito abordar sobre o processo de alfabetização e leitura(s) na construção das primeiras formas de escolarização do município de Xapuri, em especial nos seringais desse município, no Estado do
Acre, perpassando em um olhar de Chico Mendes no “projeto seringueiro” que motivava a implantação de ensino no seringal e a atual situação identitária da
educação nesse município. Xapuri é o município do Acre mais lembrado pelo Brasil. A metodologia utilizada nesse trabalho foi um levantamento a partir da realidade atual do município de Xapuri e uma abordagem da obra de Souza que
trata da alfabetização do seringueiro. Discorrer sobre a cultura escolar e a sociedade xapuriense nos leva a conhecer e entender um pouco mais sobre os
sujeitos acreanos. Esse artigo terá como embasamento teórico autores que abordem sobre a história da educação, alfabetização e em especial aqueles textos que abordem sobre a educação do Acre. O ensino chegou nessa região à duras
penas devido à exploração dessas terras, assim não era importante ou permitida a escolarização nessa região, pois, assim era mais fácil manter a exploração dos emigrantes nordestinos. Os seringueiros viam na alfabetização como uma
oportunidade de libertação, ou por que não dizer ascensão, porém, tiveram a oportunidade apenas da alfabetização primária, não havia o ensino contínuo. Os
resultados dessa pesquisa foi uma amostragem do atual cenário educacional do município de Xapuri e a situação atual do que viveram da floresta. Abordar sobre esse contexto histórico, do processo educacional nesse munícipio é importante
para se entender sobre a história e contribuir também para a historiografia da educação acreana.
Palavras–chave: Educação. Alfabetização. Xapuri.
168
GT4. Intelectuais e Pensamentos
Educacionais
169
ZILDA DINIZ FONTES: educadora para além dos muros da escola
Alline Rodrigues Bento Universidade Federal de Goiás (UFG)
E-mail: [email protected]
Diane Valdez
Universidade Federal de Goiás (UFG) E-mail: [email protected]
Resumo: Na busca de conhecer mais da história da educação em Morrinhos/GO, nos deparamos com uma educadora que se destacou no campo educacional: Zilda Diniz Fontes. Além de professora, foi teatróloga, escritora, compositora,
novelista, poeta e autora de projetos culturais, contribuindo com relevância para a educação e cultura do município, já que sua atuação não se limitou ao ensino
no ambiente escolar formal. O presente trabalho objetiva apresentar a pesquisa biográfica inicial realizada sobre Zilda Diniz Fontes para a elaboração do verbete que compôs o Dicionário de educadora/es goianas/os: séculos XVIII-XX.
Professora, principalmente de Português e Literatura, também escreveu contos; poemas; crônicas; letra de hino; novelas radiofônicas; peças teatrais e um livro, produção histórica de cunho memorialista que retrata a história das famílias que
colaboraram para a constituição de Morrinhos. Versou sobre temas que fizeram e ainda fazem parte do contexto social, considerando as peculiaridades de seu
tempo e distanciando de influências religiosas, o que era próprio do tempo e lugar vivido. As obras escritas e a memória coletiva de pessoas da cidade possibilitaram o levantamento de dados que surpreenderam pelo movimento da atuação da
mesma em tempos de repressão do regime militar. Logo, o registro de parte da biografia de Zilda Diniz Fontes se deu pela relevância da sua atuação em diversos
contextos nas décadas de 1940 a 1980, fato que, possivelmente, colaborou para a educação de gerações de distintas formas. Conquanto, considerou-se principalmente a sua ousadia de ocupar espaços que extrapolaram a rotina
doméstica e a sua recusa de se curvar aos limites impostos à maioria das mulheres de seu tempo, concebendo a educação e arte como princípios caros de sua vida e da vida de muitos que a tiveram como educadora, escritora,
dramaturga, noveleira, referência máxima de socialização de conhecimento para todos sem excluir os menos favorecidos.
Palavras-chave: Biografia. História da Educação. Morrinhos/GO.
170
CONCEPÇÕES A RESPEITO DO JOGO E DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL:
pelo olhar de Friedrich Froebel e Daniil Borisovich Elkonin
Ana Paula Manica
Universidade Federal de Goiás (IFG/Catalão) E-mail: [email protected]
Avelina Oliveira de Sousa Martins
Universidade Federal de Goiás (UFG)
E-mail: [email protected]
Resumo: Considerando a pedagogia contemporânea, o objetivo desse artigo será
verificar as semelhanças e diferenças encontradas nas obras de Froebel e Elkonin ao que se refere ao papel do jogo no desenvolvimento da criança em idade pré-escolar. Dessa forma, ainda que essas duas abordagens considerem o jogo uma
atividade muito importante no desenvolvimento da criança, elas diferem em sua visão do que seja o significado do jogo no contexto do processo de formação do
indivíduo. Assim, esse estudo será dividido em três partes, num primeiro momento será exposto as concepções de Froebel sobre o jogo; posteriormente as concepções de Elkonin, juntamente com as ideias de Leontiev e Vigotski; e por
fim buscaremos apresentar as semelhanças e divergências dos autores sobre a concepção de jogo. Ao fazermos essa comparação entre Froebel e Elkonin nosso
foco se concentra principalmente nas distintas concepções de ser humano e de sociedade e, consequentemente, nas distintas concepções a respeito do jogo e do desenvolvimento infantil. Fazemos ainda uma discussão baseada nas ideias de
Suchodolski que nos ajuda a compreender que aquilo que para a pedagogia da essência devia ser um programa para levar a criança a conhecer sistematicamente as etapas do desenvolvimento da Humanidade torna-se na
perspectiva da pedagogia da existência a organização e a satisfação das necessidades atuais da criança, no domínio do conhecimento e da ação. Desse
modo, observa-se que para Froebel a base de suas discussões reside em uma infância naturalizada, divina e universal, enquanto que para Elkonin o ser humano constrói a sua própria história assim como é por ela construído. O que
nos permite concluir que essa divergência é uma consequência de suas opostas concepções acerca da relação entre a natureza humana e a história.
Palavras-chave: Jogo/Brincar. Pedagogia essencial. Pedagogia existencial.
171
O PROFESSOR COMO INTELECTUAL EM FLORESTAN FERNANDES
André Luiz da Motta Silva Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS)
E-mail: [email protected]
Luciana Belissimo de Carvalho Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS/SEMED /CG-MS)
E-mail: [email protected]
Resumo: O objeto desta comunicação é a concepção do professor como intelectual expressa e defendida pelo sociólogo Florestan Fernandes. O objetivo
fundamental deste trabalho está em apresentar e buscar compreender a argumentação e o pensamento político que levaram Florestan Fernandes a desenvolver suas ideias sobre as questões que envolvem a formação e o trabalho
do professor enquanto intelectual e elemento de transformação social. Desse modo, para se entender como Fernandes constrói sua visão sobre o papel da
educação, da escola e do professor como intelectual é necessário estabelecer, de modo sintético, as bases sobre as quais se apoiam suas concepções políticas e científicas que embasam sua noção de intelectual. Para alcançar tal propósito, o
artigo está dividido em dois momentos. O primeiro está reservado ao exame das concepções político-científicas presentes na argumentação de Florestan
Fernandes sobre o papel dos intelectuais. Busca-se assim, nesse início, apresentar o modo como a importância da formação política e científica se apresentam no pensamento de Florestan. Na segunda parte do texto, ao se
destacar os argumentos deste intelectual e sociólogo brasileiro, visa-se a exposição do pensamento político e educacional de Fernandes sobre o papel dos professores como intelectuais. Pretende-se assim, identificar e apresentar o
projeto intelectual e de ação presente na defesa dos professores como intelectuais no discurso político educacional de Florestan Fernandes.
Palavras-chave: Florestan Fernandes. Intelectuais. Professores.
172
CRISE DE PARADIGMA SOCIAL NA CONSTRUÇÃO DE CURRÍCULO ESCOLAR
Avelina Oliveira de Sousa Martins Universidade Federal de Goiás (UFG)
E-mail: [email protected]
Ana Paula Manica
Universidade Federal de Goiás (IFG/Catalão) E-mail: [email protected]
Resumo: Mudança gera insegurança, porém essa insegurança comum à mudança tem perdido força e espaço, estamos em um momento de crise, de quebra de paradigma social e compreendo o cotidiano escolar como um espaço
social, vêm-se reconhecendo os sujeitos e as realidades até então excluídas, ocultadas pelos currículos vigentes e modificando-os, complementando-os. Para
tal haverá uma ruptura epistemológica, na ciência moderna essa ruptura foi o salto do conhecimento de senso comum para o conhecimento científico, agora na pós-modernidade será o inverso. Boaventura Santos esclarece ainda que, a
ciência pós-moderna ao “sensocomunizar-se”, não deixa de considerar o conhecimento que produz tecnologia, mas sim que o mesmo deve traduzir-se em sabedoria de vida. O presente artigo é resultado de uma pesquisa bibliográfica
atendendo solicitação do Programa de Pós-Graduação ao término da disciplina Conhecimento e Educação, sendo que esta produção é requisito para conclusão
da mesma. Assim tratamos aqui de como na sociedade o conhecimento científico é valorizado em detrimento do conhecimento de senso comum. Essa discussão está intimamente ligada ao currículo da escola, compreendendo o espaço escolar
como espaço social remete-se à necessidade de um movimento de valorização do diálogo entre os saberes, entre conhecimento científico e de senso comum. A
escolha deste autor - Boaventura Santos - se deu primeiramente por ser um autor, vivo e em atividade, sendo a mais próxima ao nosso tempo, dentre as obras estudadas. Segundo por saber que ele influencia diretamente as pesquisas no
Brasil também na área de educação, e ainda por ter sido o autor do qual melhor me aproximei durante o primeiro semestre de pós-graduação.
Palavras-chave: Quebra de paradigma. Currículo. Senso comum.
173
ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL EM GOIÁS E ANÍSIO TEIXEIRA:
aproximações
Beatriz Ribeiro Aleluia Picolini Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
E-mail: [email protected]
Maria Aparecida Almeida Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
Resumo: Anísio Teixeira destaca-se, no cenário brasileiro, com um importante legado intelectual composto por elaborações teóricas e técnicas. Fundamentado em uma filosofia pragmatista americana, alicerçada em Jonh Dewey e W.H.
Kilpatrick, repensa a escola brasileira e tem como um dos pilares de seu pensamento educacional a ampliação das funções da escola, suscitando, assim, o conceito que, hoje, conhecemos como escola Integral. Partindo desse pressuposto
o artigo, em questão, objetivou traçar um paralelo entre as concepções de Anísio Teixeira e o documento norteador da Escola de Tempo Integral, proposto pela
Secretaria de Educação de Goiás, em 2010. O trabalho caracteriza-se como um estudo teórico acrescido de uma análise documental. Constatou-se que o ideário de Teixeira e o documento analisado estão em consonância em diversos aspectos.
Palavras-chave: Anísio Teixeira. Escola Integral. Goiás.
174
JOSÉ CANDIDO DE MELLO MATTOS: internamento da infância
Bruna Dutra de Araujo Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Paranaíba)
E-mail: [email protected]
Resumo: Tendo como destaque a luta pela infância e juventude, o Professor e Juiz José Candido de Mello Mattos, na década de 20, revolucionou a forma que o
menor abandonado, marginalizado e delinquente era tratado, cuidando assim de sua proteção e assegurando seus direitos, com a criação do Código de Menores ou Código Mello Matos. O início do século XX foi marcado por mazelas sociais e
foi com isso que Mello Mattos se preocupou, sempre ligado a questões sociais criou instituições destinadas aos pobres, e nessa época, crianças abandonadas
pelas ruas começaram a movimentar a sociedade, a qual os viam como marginalizados, e cobravam providências para com destino desses menores. O código de Menores assegurou um tratamento digno aos considerados
abandonados e/ou delinquentes, substituindo a punição pela proteção e forma de recuperação, criando instituições com espaços educativos. Visando analisar,
estudar e discutir a historicidade destas instituições voltadas aos menores delinquentes, esta pesquisa é realizada com base em análise documental e bibliográfica sobre a vida e trabalhos de José Candido de Mello Mattos, que foi o
precursor das medidas voltadas aos menores transgressores, assegurando-os na forma da lei. Logo, o primeiro Juiz de Menores Mello Mattos, foi quem instituiu normas voltadas às crianças, as quais lhes garantiam dignidade no tratamento
social e na reeducação, normas estas implementadas através das instituições e da comissão de supervisão destas, ainda assim surgiram problemas ligados ao
tratamento punitivo/educativo desses menores. Palavras Chave: Código de Menores. Pobreza. Criança.
Palavras-chave: Código de Menores. Pobreza. Criança.
175
ANÍSIO TEIXEIRA: contribuições para a Educação Brasileira
Daniela Maria Ferreira Campos Universidade Federal de Goiás (Catalão)
E-mail: [email protected]
Maria Marta Lopes Flores
Universidade Federal de Goiás (Catalão) E-mail: [email protected]
Resumo: Este Trabalho de pesquisa tem como tema as contribuições de Anísio
Teixeira para a educação brasileira. Tem como objetivo conhecer um pouco da vida do educador e pensador brasileiro que lutou pelos direitos das classes menos
favorecidas, na área da educação. Trata-se de uma revisão bibliográfica de caráter histórico documental. Anísio Teixeira teve a educação como foco de trabalho, foi um dos principais pioneiros na luta pela escola primária, formação
dos professores, democratização do ensino público no Brasil e, engajou na tarefa de tentar colocar o Brasil em um patamar mais elevado de desenvolvimento. Contribuiu com a implantação de várias escolas públicas em todo o país, como
uma forma de democratizar o ensino e torná-lo mais acessível a todos. Signatário do Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova – programa de reconstrução
educacional para o país – defendeu o desenvolvimento e a reconstrução do país, através do acesso à educação e de uma escola pública, gratuita, universal e de qualidade para todos os brasileiros. Idealizou e criou o Centro Carneiro Ribeiro,
Escola Parque, o qual representou a concretização do pensamento de Anísio Teixeira com relação a uma escola capaz de preparar as pessoas para participarem plenamente na vida social e econômica da sociedade; essa nova
concepção de escola trazia em sua gênese a proposta revolucionária desse educador: Educação Integral voltada para as populações mais carentes. Era um
devoto incondicional à democracia e à educação para a democracia, traduzido em livros e artigos e em uma excepcional obra de administração pública. Suas obras refletem o seu esforço pela complexa batalha pela democratização da cultura e da
educação brasileira. Seus projetos e iniciativas fazem parte da nossa herança social e cultural e nos motivam a pensar o nosso momento histórico.
Palavras-chave: Educação Brasileira. Democratização do Ensino. Ensino Público.
176
DICIONÁRIO DE EDUCADORES/AS GOIANOS/AS: tempos e lugares de
educar
Diane Valdez Universidade Federal de Goiás (UFG)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este trabalho apresenta um recorte do Dicionário de Educadores/as
Goianos/os: séculos XVIII-XX que, produzido sob minha coordenação, será publicado no final do ano de 2017. Este material reúne cento e um verbetes
biográficos de histórias de homens e mulheres que ensinaram sob diversas perspectivas em distintos tempos e lugares das terras goianas. Os verbetes, escritos por diversas mãos (cento e vinte pessoas), discorrem a respeito de
práticas em ambientes de instituições educacionais e outros, pois educar, na perspectiva deste material, é algo que extrapola qualquer modelo, espaço, modalidade e outros. A comunicação presente, propõe apresentar este Dicionário
tomando como referência dois recortes: o tempo, em que atuaram as pessoas biografadas (séculos XVIII/XX), e o lugar, os espaços, tanto institucional como
regional, priorizados nas tarefas educativas das pessoas contempladas nos verbetes. Pretende-se, com este diálogo, debater a respeito de ações educativas individuais que compõem a história coletiva, levando-se em conta que os
movimentos de homens e mulheres são frutos de seus tempos, assim como os modelos e formatos de ensinar e de aprender se constituem nas exigências dos
períodos, muitas vezes sem qualquer pragmatismo. A despeito disso, é evidente que as possibilidades de extrapolar modelos estabelecidos se fazem presentes na história e na história da educação, isso, pode ser constatado quando estudamos
histórias de vidas, como as que este Dicionário de pessoas captou. Trata-se de um material que prioriza as vivências, seja no interior de instituições, de propostas educacionais, dos sindicatos, de movimentos sociais, da arte, da
literatura e outros que trazem propostas indicadoras da complexa tarefa educativa, que escapa de modelos prévios e tampouco contempla histórias
únicas.
Palavras-chave: Biografias. História da Educação. Goiás.
177
“OS TEMPOS DE CONSTANÇA” NO SUL DE MATO GROSSO: reflexões sobre a
atuação da normalista Maria Constança Barros Machado (1922-1966)
Gilberto Abreu de Oliveira Faculdades Integradas de Paranaíba (FIPAR)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este trabalho tem como objetivo contribuir com os trabalhos que
versam sobre a formação e atuação de normalistas egressas da Escola Normal de Cuiabá (MT). Tomamos como ponto de partida a trajetória de Maria Constança
Barros Machado, pelo fato de ter sido uma das pioneiras no que tange a educação pública implementada entre as décadas de 1920 e 1960, na cidade de Campo Grande (MS), uma vez que, foi nessas décadas que a normalista desenvolveu suas
atividades educacionais, primeiramente no Grupo Escolar de Campo Grande (1922) finalizando na Escola Normal e no Colégio Estadual Campo-grandense (1966). A escolha pela figura da normalista justifica-se pelo fato de que, em sua
trajetória podemos perceber uma intrínseca relação entre sua formação pela Escola Normal de Cuiabá (1916) e sua posterior atuação por meio da pesquisa
desenvolvida no âmbito do Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Unidade de Paranaíba, foi possível perceber a influência da referida normalista na escolarização de inúmeras
gerações além das contribuições na formação de professores no antigo sul de Mato Grosso.. A pesquisa orientou-se a partir do método regressivo, proposto por
Bloch (2002), pelo qual compreendemos o presente por meio da seleção e crítica às fontes históricas e pautou-se ainda no paradigma indiciário que auxilia o historiador da educação a busca-se compreender um cenário mais amplo por
meio das relações estabelecidas por um sujeito histórico, neste caso, marcado pelos caminhos e descaminhos da formação e atuação de professores.
Palavras-chave: Maria Constança Barros Machado. Atuação. Mato Grosso.
178
A EDUCAÇÃO NO ÂMBITO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS E
GOVERNAMENTABILIDADE DA EDUCAÇÃO
Janaina Ohlweiler Milani Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente trabalho se propõe a problematizar, através da leitura dos
artigos - Reformas para quê? As políticas educacionais nos anos de 1990, o “novo projeto de formação” e os resultados das avaliações nacionais – de Monica Ribeiro
da Silva e Cláudia Barcelos de Moura Abreu, bem como da leitura da Declaração Mundial sobre Educação para Todos – Jomtien, 1990, do papel ocupado pelas agências internacionais na formulação de políticas públicas voltadas para a
educação e a consequente formulação de metas a serem desenvolvidas que atuam como estratégia biopolítica de regulação da vida, de onde se referência a noção de governamentabilidade – dispositivo de saber- poder trabalhado por Michel
Foucault. Os “achados” deste estudo sinalizam que se constituem através das diretrizes internacionais e das reformas realizadas pelo Estado brasileiro na
educação, novas forma da arte de governar, focadas na racionalidade neoliberal de educação.
Palavras-chave: Reformas educacionais. Políticas Públicas. Governametabilidade.
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O AMOR MUNDI E A EDUCAÇÃO NO PENSAMENTO DE HANNAH ARENDT
Kamila Gusatti Dias Pontifícia Universidade Católica (PUC/GO)
E-mail: [email protected]
Laíse Ataides Ribeiro
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Paranaíba) E-mail: [email protected]
Maria Zeneide Carneiro Magalhães de Almeida
Pontifícia Universidade Católica (PUC/GO)
E-mail: [email protected]
Resumo: Pretende-se discutir nesse escopo, a partir do pensamento arendtiano, a fundamental importância do amor ao mundo para a educação e sua relevância
para a ação educativa. Hannah Arendt nos convida a descortinar a educação em um momento de “crise”, da qual em sua obra Entre o Passado e o Futuro, a crise
na educação deve ser entendida como oportunidade crucial para reflexões críticas a respeito do próprio processo educativo. Desse modo, ao buscar compreender e repensar seu pensamento, partindo da premissa de que a essência da educação
para Arendt é a natalidade, pensamos que a as relações entre a formação dos novos e o mundo é preciso ser reconsiderada sob a perspectiva de uma tarefa educativa, assim, a tarefa da educação, é introduzir as crianças num mundo que
lhes antecede e que continuará depois delas. Hannah Arendt, não propõe soluções em suas obras diante dessa problemática, mas nos oferece uma
inexorável investigação, acerca do amor mundi e sua relação com a educação. Tais experiências postas pela autora, não explicita o que vem ser esse amor, mas investiga-se a noção de amor mundi, recorrendo ao conjunto de reflexões das
quais ela nos proporciona. Acredita-se que, essas reflexões tecidas por Arendt no campo da filosofia, possam ajudar a compreender e sinalizar outras novas elucidações, que podem ainda estar solapadas. A filósofa Hannah Arendt, ainda
nos permite perquirir de maneira crítica no real significado da ação educativa, mesmo não sendo uma pedagoga. Assim, estabelecemos como campo
metodológico a de revisão da literatura, a fim de aprofundar ainda mais essa temática, por meio da leitura e análise de suas principais obras, de teses e dissertações e de artigos científicos.
Palavras-chave: Hannah Arendt. Ação educativa. Amor mundi.
180
BREVE HISTÓRIA DO BRASIL: um livro destinado às crianças
Ligia Bahia de Mendonça Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este artigo tem por objetivo investigar a abordagem da cultura material
escolar do livro didático Breve História do Brasil, de autoria do padre jesuíta Raphael Maria Galanti, publicado em 1913. Explorando sua materialidade e seus dispositivos de editoração, dialogo nesta pesquisa, com autores que auxiliam na
apreensão dos elementos tangíveis desta obra e na reflexão dos indícios que admitem perceber as articulações entre os sujeitos responsáveis por sua edição.
Debruçar sobre a produção deste intelectual vinculando-o ao projeto da escrita da História do Brasil para Ensino Primário permite compreender a cultura escolar. Também serão estudados livros de História do Brasil voltados para as
crianças, escrito por diversos autores, nos primeiros decênios da República. Esta análise permite refletir sobre as permanências e mudanças no processo de
produção dos livros didáticos. Recorri aos livros disponíveis no Laboratório de Ensino e Material Didático (LEMAD). A investigação sobre o livro “destinado” às crianças contribui para a história da educação, no que diz respeito à discussão
da produção e da circulação e usos de impressos, que tornam interpretáveis títulos, capas, formatos e tamanhos desses manuais até a rede de sociabilidade implicada na produção, edição e circulação.
Palavras-chave: Livro didático de História. Cultura material escolar. Raphael Maria Galanti.
181
AS CONTRIBUIÇÕES DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DA ESCOLA NOVA PARA
A EDUCAÇÃO ATUAL: os avanços dos métodos de ensino
Maria Alice de Araújo Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
E-mail: [email protected]
Resumo: O objetivo do artigo é analisar as propostas pedagógicas da Escola Nova
e pontuar alguns métodos de ensino que os escolanovistas propuseram para o novo modelo de educação que aos poucos foi influenciando o ensino tradicional e
que continua presente nas escolas atuais. Para fazer esse estudo teórico serão utilizados a metodologia com base em estudo teórico das ideias dos intelectuais Dewey(2007) e Teixeira(1975) em obras estudadas na disciplina Educação e
Conhecimento do curso de pós-graduação Mestrado em Educação: DEWEY, J. Democracia e Educação e TEIXEIRA, A.S. Pequena Introdução à Filosofia da Educação, bem como outros autores que discutem temas relativos a escola nova
.O percurso da reflexão segue apresentando as críticas feitas pelos autores citados ao ensino tradicional, em seguida trazemos os princípios principais do
novo modelo tais como : concepção de ensino ,relação professor- aluno ,a função da escola e suas aplicações na prática pedagógica com foco principal nos métodos de ensino. Por fim identificaremos os métodos de ensino que foram se
constituindo sob a influência da Escola Nova por outros educadores e que foram sendo aplicados e trazidos para a atualidade com sensíveis modificações.
Concluímos que os avanços da escola nova em relação aos métodos foram difundidos no meio escolar e inovaram o ensino tradicional e permeiam a atualidade educacional.
Palavras-chave: Escola Nova. Prática pedagógica. Métodos de Ensino.
182
A RECONSTRUÇÃO DA EDUCAÇÃO (1932): Monteiro Lobato e a escola nova
Maria do Rosário Ramos de Almeida Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Enilda Fernandes
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) E-mail: [email protected]
Resumo: Neste texto apresentamos parte da pesquisa, O Estado da Arte: As Reinações de Narizinho na Obra de Monteiro Lobato, articulada ao Programa de Iniciação Científica da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. A partir da
teorização marxista, nosso objetivo é o de analisar a relação de Monteiro Lobato com os ideais da Escola Nova e verificar se, e em que medida, o escritor esteve
envolvido com o movimento de reconstrução da educação nova (1932). Consultamos fontes clássicas e historiográficas vinculadas à questão em estudo. Abordamos o movimento de reconstrução educacional que ocorreu no Brasil no
contexto histórico de transformações de ordem estrutural e superestrutural. Foi um momento em que intelectuais liberais em oposição à tradição escolar da transmissão passiva e ensino propedêutico, recomendaram um novo modelo
abalizado pela atividade de “descoberta” e do “Fazer ativo”. Procuramos apreender os princípios da Escola Nova para responder o objetivo proposto. Percebemos em
muitos estudos uma tendência em apontar a influência da Escola Nova nas mudanças que Lobato imprimiu em sua obra. Porém, neste trabalho não negamos que houve em suas histórias para a infância uma relação com a Escola
Nova, entretanto, mais precisamente, o que ocorreu foi uma ruptura com a linguagem empolada e de efeito moral presente na literatura brasileira com uma
feição europeizante. Lobato é sem dúvida um educador, que em linguagem simples, direta e cativante, encanta as crianças com as aventuras narradas em suas obras, aproximando-as de um mundo imaginário, ativo e cheio de
possibilidades, coincidindo com aspectos presentes na concepção da Escola Nova.
Palavras-chave: Monteiro Lobato. Escola Nova. Educação.
183
CECÍLIA MEIRELES, A INTELECTUAL, EDUCADORA E JORNALISTA DO
DIÁRIO DE NOTÍCIAS (1930-1940)
Nubea Rodrigues Xavier Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Magda Sarat Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: Cecília Meireles foi educadora, poeta, ensaísta, tradutora, jornalista, folclorista, professora universitária e intelectual. Atuou como defensora da
educação brasileira, publicando materiais pedagógicos como cartilhas, livros e poesias infantis, além de desempenhar a função de jornalista no Diário de
Notícias, na seção Página de Educação, coluna Comentário, durante o período de 1930 a 1940, obtendo um vasto material sobre princípios da laicidade e escolanovismo. O objetivo deste trabalho é analisar essas produções jornalísticas
que travava embates, críticas, discussões e orientações aos educadores, suscitando disputas de poder entre ela e intelectuais, governantes e responsáveis pelas diretrizes educacionais daquele período. Para os pressupostos teóricos-
metodológicos, utilizaremos as teorias eliasianas que compreende que as figurações sociais se adéquam ou se reestruturam conforme a dinâmica social de
um determinado período histórico, de maneira que a balança de poder mantenha um equilíbrio entre os indivíduos no sentido de obter posições e equilibrar os diferentes gradientes de poder. O Diário de Notícias será utilizado como fonte por
apontar defesas aos direitos da criança e da educação brasileira. Como resultados, queremos compreender as estratégias de resistência da autora, as
representações da educação e infâncias na obra e na sua trajetória de intelectual, segundo seu engajamento social considerando, especialmente, sua atuação enquanto jornalista, educadora e mulher.
Palavras-chave: Escola. Gênero. Impressos.
184
PEDAGOGISMO POLÍTICO DA ESCOLA MILITAR DO RIO DE JANEIRO NO
SÉCULO XIX NA FORMAÇÃO DO PENSAMENTO POLÍTICO DE EUCLIDES DA CUNHA
Oseias Carmo Neves
Universidade Estadual do Rio de Janeiro (IESP/UERJ)/ Universidade Estadual de Mato Grosso (UNEMAT/Juara)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente artigo procurará situar a produção literária de Euclides da
Cunha a luz do pensamento político brasileiro tomando como chave analítica a influência positivista recebida pela formação acadêmica desse intelectual em Engenharia pela Escola Militar do Rio de Janeiro do final do século XIX, período
compreendido pela transição entre monarquia e república. A despeito de Euclides da Cunha ser um autor consagrado na Literatura, História e Sociologia, queremos recuperar uma parte desconsiderada do seu pensamento político,
sobretudo, aquele que coincide com sua formação intelectual pela Escola Militar do Rio de Janeiro, da qual suscitou uma fervorosa defesa do regime republicano
e, consequente, incorporação da ideologia positivista como militância política. Nesse sentido, a hipótese analítica que sustenta esse artigo gira em torno da influência da matriz pedagógica da Escola Militar no pensamento e produção
literária de Euclides da Cunha, sobretudo, quando incorporam aspectos filosóficos e políticos do período revolucionário francês às disciplinas de natureza
matemática. Para tanto, optamos pelas contribuições teóricas e metodológicas propostas pelo historiador Quentin Skinner (1960) da qual estão centradas no contextualismo linguístico que procura compreender e analisar em que medida se
dá as construções discursivas de uma produção intelectual, enfocando-se na relação entre texto e o contexto de produção. Com isso, ao estreitarmos esse diálogo entre a Ciência Política, em especial o Pensamento Político Brasileiro, a
Literatura e a História da Educação, queremos, de fato, confirmar nossa hipótese pelo qual a formação política de Euclides da Cunha foi a fonte inspiradora da sua
produção literária revelando uma obscura nacionalidade brasileira.
Palavras-chave: Euclides da Cunha. Positivismo. Escola Militar.
185
CONTRIBUIÇÕES DA PEDOLOGIA DE VIGOTSKI PARA PENSAR O
DESENVOLVIMENTO POR MEIO DAS VIVÊNCIAS
Paula Fernandes de Assis Crivello Neves Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
E-mail: [email protected]
Fernanda Welter Adams Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
E-mail: [email protected]
Dulcéria Tartuci
Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
Resumo: Este trabalho intenta discutir as contribuições de Vigotski (1935, 2010)
para a educação, sendo ele o principal pensador da abordagem Histórico-Cultural. Para isto questiona-se: Quais as contribuições das obras Vigotskianas para compreensão do desenvolvimento por meio das vivências? O objetivo,
portanto, é compreender as discussões realizadas por Vigotski sobre o desenvolvimento humano a linguagem, o meio e as vivências tendo em vista a pedologia e os fundamentos do materialismo histórico dialético, afirmando o
homem como ser social, histórico e cultural. A partir da análise bibliográfica discutiremos a constituição do homem produzido historicamente e coletivamente
por meio do trabalho e da cultura, a importância da linguagem para constituição do sujeito e o papel do outro neste processo, bem como a relação entre desenvolvimento e aprendizagem. Vigotski confere um papel de destaque à
linguagem sendo esta um signo mediador dos conceitos elaborados pela cultura humana. É com a linguagem que se estabelece o elo entre a tomada de
consciência e a vivência. Em seus estudos sobre a pedologia, o desenvolvimento relaciona-se com o meio e o que determina esta influência são as vivências, ou seja, não somente experimentar ou viver uma situação, mas vivenciar no sentido
da aquisição do conhecimento tendo esta um papel mediador na relação criança e cultura. Vivências configura nossa relação com/no mundo. A pedologia volta-se para compreensão do papel, influência e significado do meio no desenvolvimento
da criança. A vivência do meio é que determina a influência desse no desenvolvimento da criança ou ainda é a interpretação desta situação que
determinará a sua influência no desenvolvimento, portanto a vivência comporta sempre a particularidade da personalidade da criança. Sendo assim, destaca-se a importância das contribuições de Vigotski e sua teoria para pensar uma
educação mais humanizadora que problematize as vivências e o desenvolvimento humano em sua totalidade.
Palavras-chave: Abordagem Histórico-Cultural. Pedologia.Vivências.
186
VIDA E OBRA DE LITERATURA INFANTIL DA ESCRITORA PRISCILIANA
DUARTE DE ALMEIDA
Raissa Nunes Pinto
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) E-mail: [email protected]
Resumo: Neste estudo apresenta-se pesquisa de iniciação científica em andamento, desenvolvida junto a Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul
(UEMS), Unidade Universitária de Paranaíba, cujo tema é a vida e obra de Literatura Infantil produzida pela escritora mineira Prisciliana Duarte de Almeida
(1867-1944) que nasceu em Pouso Alegre, no dia 03 de junho de 1867 e faleceu em 13 de junho de 1944. Bibliotecária, dedicou parte de sua vida à produção de Literatura Infantil voltada para a alfabetização de crianças da época. Foi casada
com Silvio de Almeida, também poeta, filólogo e educador. Foi uma das fundadoras da Academia Paulista de Letras, e veio a ocupar a Cadeira número 8,
escolhendo como patrona sua trisavó, Barbara Eliodora, também poetisa. O estudo tem como metodologia a pesquisa documental e bibliográfica, e como objetivo geral contribuir para a produção de uma história da Literatura Infantil
brasileira; os objetivos específicos são: localização, seleção e organização das fontes documentais sobre a vida e a obra da autora, e compreensão da época de produção da autora. Pretende-se também preencher lacunas na linha cronológica
da história da Literatura Infantil brasileira, uma vez que a escritora produziu Literatura Infantil entre os anos de 1905 e 1920, antecedendo um dos maiores
nomes do gênero, considerado como pai da Literatura Infantil, o escritor Monteiro Lobato. Desse modo, entende-se que é necessário para a história da Literatura Infantil, apresentar autores que antecederam este grande autor e que, de alguma
forma, contribuíram para constituição do gênero.
Palavras-chave: Prisciliana Duarte de Almeida. Literatura Infantil. História da
Literatura Infantil.
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OS DISCURSOS SOBRE A EDUCAÇÃO PÚBLICA VEICULADOS NO JORNAL O
ESTADO DE MATO GROSSO NOS ANOS 1960
Rômulo Pinheiro de Amorim Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente artigo tem como objetivo analisar as representações
construídas sobre a educação pública veiculados no jornal O Estado de Mato Grosso nos anos 1960. A definição dos anos 1960 como recorte temporal deste
estudo foi devido à elaboração de planejamentos educacionais realizados pelo governo federal, que influenciaram a organização da educação escolar no estado, principalmente no que se refere à constituição de uma estrutura voltada para a
formação e aperfeiçoamento de professores mato-grossenses. O jornal O Estado de Mato Grosso foi criado em 1939, e funcionou no estado por um período de 40 anos, com um total de 7749 edições. Este jornal noticiou várias matérias
relacionadas à situação do ensino público do estado diante das ingerências dos governos federal e estadual na educação de Mato Grosso. Sendo assim, este
artigo procura compreender como as questões educacionais foram narradas nos conteúdos publicados no referido jornal. O subsídio teórico escolhido para este estudo foi o conceito de representações, que é compreendido como delimitações,
classificações e divisões que indivíduos e grupos organizam sobre si mesmos ou sobre algum aspecto do mundo social. Para a realização deste texto foram
consultadas diversas matérias publicadas no jornal O Estado de Mato Grosso, localizada no arquivo do Núcleo de Documentação e Informação de História Regional – NDIHR/UFMT e da literatura relacionada à história da educação. As
análises indicaram que diversos discursos difundidos nos conteúdos do jornal procuravam enaltecer a atuação do Estado na implantação de modificações no ensino estadual.
Palavras-chave: Educação pública. Representações. Mato Grosso.
188
A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DIDÁTICO PARA FERNANDO DE AZEVEDO
Rosely Gonçalves de Oliveira Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Janaina Silva de Oliveira
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) E-mail: [email protected]
Resumo: O objetivo desse artigo é apresentar a proposta escolanovista de
Fernando de Azevedo (1894-1974) para a expansão do ensino público no Brasil no período de 1930 até 1970 e para uma nova organização do trabalho didático
diferente da já existente no novo aparelho escolar, com o objetivo de consolidar o positivismo no país. Para tanto, foram utilizados textos e um livro produzido pelo autor, além dos escritos de Gilberto Luiz Alves acerca do assunto. O resultado
encontrado foi que, para que houvesse a expansão da educação, os educadores deveriam passar por um processo de especialização e os livros didáticos teriam a necessidade de se adequar às novas demandas, acarretando na perda da relação
com o todo social. Sendo assim, Azevedo (1894-1974) propõe a continuação da formação dos educadores com cursos de extensão universitária e ensino post-
escolar, pois dessa maneira, teriam um preparo para tornarem-se pesquisadores para, posteriormente, formarem outros pesquisadores. No que tange à utilização dos livros escolares, Azevedo (1894-1974) defendia que este se diferenciava dos
livros textos e de leitura porque, sendo um elemento de cultura, continha conteúdos relacionados à vida social do educando e deveriam ser utilizados com instrumento de ensino do professor. Vale ressaltar que Azevedo (1894-1974) se
utilizava do pensamento de Durkheim e Dewey quando dizem que, com a interferência do educador na atividade de ensino, a educação não permanece
centrada apenas no educando, mas estabelece uma relação educativa entre os dois, pois ambos observam a sociedade em que vivem. Desta forma, o positivismo é consolidado na educação brasileira tendo seu período de hegemonia entre 1930
e 1950.
Palavras-chave: Organização do trabalho didático. Formação dos professores.
Livros escolares.
189
A CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO NA VISÃO DE ANÍSIO SPÍNOLA TEIXEIRA
Rosimária Rosa do Nascimento Evangelista Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão) E-mail: [email protected]
Resumo: O referido artigo procura discutir as contribuições de Anísio Spínola Teixeira para a educação brasileira, dentro dos ideais do filosofo John Dewey.
Conta um pouco da trajetória dele, suas contribuições e a defesa pela criação de escolas pública, gratuita e laica de qualidade, além da grande preocupação com a formação inicial e continuados dos professores. Anísio considerava que a Escola
em Tempo Integral, seria um forte instrumento para a implementação de uma escola eficaz tanto para alunos como para professores e que com este modelo de
educação ofertado às classes populares, a educação não caracterizava privilégio para ninguém. Com esse ideário, favorece a construção de escolas públicas e com identidade própria, o estado com a responsabilidade de ofertar escola gratuita e
de qualidade para todos os brasileiros independentes da sua função social. Mediante as evidencias deixada por Anísio uma das constatações apresentadas
no artigo também, foi de que ele foi o grande idealizador da escola pública no Brasil em todos os níveis. Foi um educador que não só propôs medidas, como também executou todas as medidas para a democratização do ensino brasileiro e
defendia as experiências do aluno como base do aprendizado, rompendo assim com a concepção de uma educação que apenas memorizava, incluindo a compreensão do ensinado nas oficinas práticas vivenciadas na escola e proposta
no currículo da então escola em tempo integral. Para Anísio a educação era meta política e se fazia necessário ocorrer mudanças, pois o Brasil crescia
aceleradamente devido à industrialização e urbanização nos anos de 1920, então percebiam a necessidade de preparar o país para o desenvolvimento.
Palavras-chave: Anísio Spínola Teixeira. Escola Democrática e Integral.
Formação de Professores.
190
ANÍSIO TEIXEIRA, EDUCAÇÃO PÚBLICA, INCLUSÃO E O EMBATE ENTRE
PÚBLICO E PRIVADO
Selma Soares do Nascimento Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este artigo trata-se de um trabalho final para a disciplina Educação e
Conhecimento do Programa de Mestrado em Educação da UFG Regional Catalão que teve como objetivo abordar a educação pública em dois momentos históricos
fazendo uma discussão a partir do embate entre público e privado, sendo o primeiro quando se busca a predominância na definição da LDB de 1961 e depois nas legislações voltadas para a Educação Especial quando esta passa a ser
norteada pela Inclusão. Primeiramente faz-se uma breve abordagem das ideias de Anísio Teixeira, sua defesa de educação para todos e o embate entre público e privado naquele contexto. Em seguida faz-se uma breve discussão acerca do
princípio da Inclusão na Educação Especial, a defesa da educação para todos e o embate entre público e privado nesse contexto. A partir da análise desses dois
momentos pode-se concluir que o discurso em defesa de uma educação como direito de todos e obrigação do Estado incomodou no passado e incomoda em um contexto mais recente. Assim, o que se observa é a interferência do setor privado
na definição de legislações que definem os rumos da educação pública, configurando resultados sempre como meia vitória e não como vitória completa
no sentido de caminhar rumo a uma educação pública efetiva.
Palavras-chave: Anísio Teixeira. Educação Pública. Inclusão.
191
"A RELIGIÃO DA PÁTRIA": educação cívica e patriotismo nos "Mandamentos
Cívicos" de Coelho Netto
Shayenne Schneider Silva Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
E-mail: [email protected]
Resumo: Interpretar a atuação de Henrique Maximiano Coelho Netto – professor, político, romancista, crítico e teatrólogo – como Secretário Geral da Liga da Defesa Nacional (LDN) através da charge publicada no jornal O Malho, de 1920,
no qual ele aparece como protagonista preconizando um “Crèdo” em nome dessa Liga, é o objetivo do presente trabalho. Em 1919, Coelho Netto tornou-se
Secretário Geral da LDN, que fora uma Associação civil, fundada em 1916, no Rio de Janeiro, por Olavo Bilac, Pedro Lessa, Miguel Calmon, dentre outros, que tinha como principal objetivo difundir “a educação cívica, o amor à justiça e o
culto do patriotismo”. Com o mesmo intuito, Coelho Netto escreve o “Mandamentos Cívicos” a ser distribuído gratuitamente por esta Liga, identificada
na charge a ser investigada como “Crèdo”. Para tal, precisei dialogar com estudos sobre a política da época, a história da educação, especificamente na Primeira República, a questão da identidade nacional, alicerçada em Nagle (1974) e José
Murilo de Carvalho (1990); com Ginzburg (1989), com o seu método indiciário; e com Badanelli (2003), com o estudo sobre leitura e interpretação de imagens. A análise da charge em questão permitirá revelar o pensamento educacional
defendido pelo escritor aqui mencionado, além dos embates sociais, políticos e educacionais na Primeira República.
Palavras-chave: Educação Cívica e patriotismo. Liga da Defesa Nacional. Coelho
Netto.
192
FERNANDO DE AZEVEDO E A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DIDÁTICO NA
ESCOLA RENOVADA (1930-1937)
Silvia Helena Andrade de Brito
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Maria Angélica Cardoso Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Rosely Gonçalves de Oliveira
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) E-mail: [email protected]
Resumo: Entre as inúmeras atividades que assumiu durante sua trajetória profissional no campo da educação, Fernando de Azevedo (1894-1974) produziu, principalmente entre 1927 e 1937, um conjunto de reflexões sobre a nova
organização do trabalho didático, a ser construída pelo movimento renovador. O ensejo para estas reflexões coincide com dois momentos em que assumiu a
Direção-Geral da Instrução Pública, neste período: entre 1927 e 1930, no Distrito Federal; e entre 1933-1934, no estado de São Paulo. O objeto deste artigo são estas reflexões de Azevedo sobre a organização do trabalho didático. A intenção
de retomar estes escritos é analisar a visão deste autor sobre como se organizaria o trabalho didático na escola renovada, apresentado como superador das formas ultrapassadas de organização do trabalho didático, típicas da assim chamada
escola tradicional. Para tal, são utilizados como fontes quatro livros produzidos pelo autor, tratando da Reforma Fernando de Azevedo, implantada entre 1927 e
1930 no Distrito Federal; da reforma paulista (1933-1934) e dos debates gerados em torno destes projetos. Além disto, os próprios textos legais, bem como o seu relato autobiográfico (que também está publicado sob a forma de livro) também
são mobilizados como fontes para este artigo. A partir destas fontes desvelam-se os limites e possibilidades, bem como as contradições presentes na nova
organização do trabalho didático proposta por Fernando de Azevedo: por um lado, Azevedo realizou uma crítica contundente àquilo que considerava como os entraves para a renovação: o livro de texto que engessava o trabalho didático; as
edificações escolares que inexistiam ou eram inadequadas para um trabalho didático que se almejava fosse para além das salas de aula. Por outro lado, contudo, depositava na política escolar e na visão cidadã das elites dirigentes a
responsabilidade de mudar este quadro, encaminhando soluções para a democratização do conhecimento, por meio da escolarização.
Palavras-chave: Fernando de Azevedo. Organização do trabalho didático. Escola
Nova.
193
PROFESSOR LUIZ ALEXANDRE DE OLIVEIRA E A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
NO SUL DE MATO GROSSO: relações com os imigrantes japoneses
Stephanie Amaya Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Adriana Espindola Britez Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS/PPGEDU/FAED/Capes)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente artigo apresenta parte do relatório de pesquisa em andamento, sobre a relação do professor Luiz Alexandre de Oliveira com o grupo
de imigrantes japoneses no estado, contribuindo com a história da educação do sul de Mato Grosso. Temos como principal objetivo expor um recorte da biografia do professor no que tange a sua importância para educação no estado, bem
como, caracterizar sua relação com os japoneses. Em vista, a sua atuação com benfeitor desse grupo no período do Governo Vargas (1930 – 1945). Neste período a escola Visconde de Cairu e outras propriedades foram passados para seu nome,
como uma forma de proteção dos bens e da cultura japonesa, Desta forma buscamos responder os seguintes questionamentos: Qual a importância do
professor Luiz Alexandre para a história da educação no sul de Mato Grosso? Como se estabeleceu a relação com imigrantes japoneses no estado? Para isto, do ponto de vista teórico metodológico realizamos o levantamento de dados através
de pesquisas documentais e bibliográficas em acervos públicos. Utilizamos como base empírica o livro autobiográfico do professor intitulado “O mundo que vi” (1986) em conjunto com documentos oficiais da escola e também das obras
históricas das associações japonesas Nipo e Okinawa. As análises foram pautadas no referencial teórico de Pierre Bourdieu (2009) e seus interlocutores. A
investigação possibilitou identificar o professor como uma figura prestigiada no cenário educacional por ter sido professor, diretor e administrador de importantes escolas da cidade. Assim como, a sua colaboração ativa para a manutenção e
continuidade das atividades da Escola de Japoneses no período de perseguições aos imigrantes no Governo Vargas.
Palavras-chave: Professor Luiz Alexandre de Oliveira. Imigrantes japoneses. História da Educação.
194
INCANSÁVEIS CASTILHOS: luta interminável por um espaço no campo dos
impressos sobre instrução pública no século XIX brasileiro
Suzana Lopes de Albuquerque Instituto Federal de Goiás (IFG) / Universidade de São Paulo (USP)
E-mail: [email protected]
Carlota Boto
Universidade de São Paulo (USP) E-mail: [email protected]
Resumo: Esse trabalho visa trazer a visibilidade dos embates envolvendo a adoção do livro Iris Clássico (1859) de autoria do português José Feliciano de
Castilho Barreto e Noronha (1810-1879) que circulou em diferentes províncias brasileiras durante o século XVIII. Nas respostas emitidas aos “opositores” brasileiros do Iris Classico, José Castilho rememora a luta incessante de seu
irmão, António Feliciano Castilho (1800-1875), na busca por adeptos ao seu Methodo Portuguez-Castilho para o ensino rápido e aprasivel do ler, escrever e
bem falar em terras portuguesa e brasileira. A obra Orthographia portuguesa e missão dos livros elementares; correspondência oficial, relativa ao Iris Clássico (1860), de 201 páginas, foi escrita por José Castilho para responder às críticas
brasileira, que segundo ele, sua obra Iris Clássico recebera. Dessa forma, abordando a temática da circulação de impressos em terras “d’aquém e d’alem mar”, esse artigo vislumbra analisar o engendramento de territórios, saberes,
métodos em um contexto de internacionalização de ideias pedagógicas. Esse campo, todavia, era minado por disputas e poder que incidem no território da
autorização e circulação de impressos pedagógicos em solo brasileiro. Consistindo, portanto, em um trabalho com fontes históricas, a presente comunicação fundamenta-se em Batista (2009); Galvão (2009) e Bittencourt
(2004). Ao analisarmos as incansáveis investidas dos irmãos portugueses Castilho no campo da instrução pública no Brasil, deparamos com um cenário de
disputas, embates, oposições, críticas e inúmeras respostas da parte destes, registradas em diferentes fontes, já que logravam espaço para a circulação de suas obras - como o Íris Clássico - no cenário nacional brasileiro.
Palavras-chave: Castilho. Império brasileiro. Instrução.
195
DESLOCAMENTOS E SOCIABILIDADE NA BIOGRAFIA DA PROFESSORA
DÓRIS MENDES TRINDADE
Tiago Alinor Hoissa Benfica
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) E-mail: [email protected]
Diogo da Silva Roiz
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: Pretende-se divulgar parte do trabalho de pesquisa, ainda em andamento, de construção da biografia da professora aquidauanense Dóris Mendes Trindade. O interesse por essa personalidade proveio da visibilidade dos
lugares de memória erigidos pela UFMS de Aquidauana para homenagear Dóris, dos escritos deixados pela mesma e da sua peculiar trajetória, realizada em
instituições educacionais nos estados de Mato Grosso e de São Paulo. Estudar no interior do Mato Grosso em meados do século XX era oportunidade que poucos dispunham; nessa condição, Dóris foi privilegiada em dois sentidos: pelo capital
financeiro e pelo capital cultural, de sua família. Esse contexto motivou-a aos estudos e alimentou projetos para galgar o campo educacional: de professora do ginásio, em Aquidauana, foi professora e coordenadora no Serviço de Ensino
Vocacional, em São Paulo, fundadora do Centro Pedagógico de Aquidauana e membro do Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso. No conjunto de
ideias que embalava a personagem, verificam-se discursos de cunho “iluminista” sobre o papel da educação, atrelados a uma ideia de Razão; no entanto, ao se trabalhar e cruzar fontes de diferentes períodos, notam-se padrões de
comportamento integrados a uma rede de sociabilidade que destoam da pura racionalidade. Esse exercício de distanciamento permite identificar a construção
simbólica pelos sujeitos da trama daquilo que era justificado como científico ou racional, objeto central de reflexão. A pesquisa utilizou-se de fontes de arquivos institucionais da UFMS e de entrevistas orais com contemporâneos da década de
1970, quando existia a denominação Centro Pedagógico de Aquidauana, atual CPAq/UFMS.
Palavras-chave: História intelectual. Poder. Sensibilidades.
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GT5. Formação e Profissão Docente
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HOMEM PROFESSOR DE CRIANÇAS: relações de gênero nos processos de
interdependência
Adriana Horta de Faria Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Larissa Wayhs Trein Montiel Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: Partindo da perspectiva de que estudar as memórias de professores veteranos pode colaborar e estimular a reflexão de novos professores, além de
contribuir para reconstrução da história da profissão docente em Mato Grosso do Sul e a desconstrução de estereótipos de gênero, apresentamos recorte de uma
pesquisa de mestrado, em andamento, cujo objetivo é conhecer trajetórias de professores homens no magistério. Assim, neste artigo, a partir da história de um professor, trazemos os primeiros resultados da investigação, quando buscamos
identificar os motivos da escolha profissional e as implicações de gênero envolvidas na atuação docente masculina. Utilizamos como recurso metodológico a História Oral temática, sendo que a entrevista foi gravada em áudio, transcrita,
textualizada e analisada a luz do referencial teórico de Norbert Elias. O professor entrevistado se autodefine cisgênero, atuou com crianças e agora se encontra
aposentado. Ele narrou que cursou o magistério, mas trabalhava em uma gráfica, quando foi convidado a ministrar aulas na Escola Primária Fernando Corrêa da Costa, no município de Iguatemi/MS em 1977. Sua primeira experiência docente
foi com crianças de 7 anos mas, no ano seguinte, pediu para trabalhar na turma de quarta série. Continuou atuando no primário por mais 3 anos e após a
graduação em Ciências Sociais foi exercer o magistério no ensino médio. Nesse seguimento, em pouco tempo veio a ser coordenador e diretor da escola, sendo que no ano de 2010 encerrou suas atividades docentes. Compreendemos que
rememorar os aspectos de gênero envolvidos no percurso de sua vida e trajetória profissional, poderá nos auxiliar no entendimento de como as figurações, quer sejam, as redes de interdependência, são construídas de modo a contribuir com a
constituição das identidades de homens e mulheres na profissão docente e atuar como instrumentos de poder e exclusão entre os indivíduos.
Palavras-chave: Trajetória Profissional. História Oral. Figurações.
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BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR: sua história, participação e
formação curricular para o seminário estadual de Mato Grosso do Sul
Alfredo Souza de Oliveira Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)
E-mail: [email protected]
Mishelly Ocuda
Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)
Resumo: Este artigo visa analisar as propostas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) mediante a participação do estado de Mato Grosso do Sul (MS), contribuindo para as ações e estudos de sua estruturação e fundamentação
com a parceria das unidades federativas entre os anos de 2014 a 2017, tornando-o como políticas públicas que traçam os direitos de ensino e de aprendizagem dos alunos no decorrer de sua trajetória escolar. Desta maneira, BNCC
complementarão as Leis de Diretrizes e Base (LDB) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), com o intuito de propiciar educação de qualidade e de forma
igualitária respeitando as especificidades dos estados e dos municípios. O estado de Mato Grosso do Sul, visou estruturar o currículo no intuito de estimular as entidades educacionais públicas e privadas, ao estudo da cultura sul-
matogrossense valorizando o ensino e a cultura sul-matogrossense como também os grupos de direitas e esquerdas, por pensarem em estudo de governo, mas sempre o mesmo objetivo que está exposto na constituição brasileira e na LDB,
não abandonando os PCNs e as Diretrizes, mas como todo trabalho educacional não consegue abraçar todas as causas, na escrita do documento final e inicial,
não foram apresentados itens referentes à temática de educação de jovens e adultos e educação especial, e indígena, mas todas essas solicitações foram tratadas em documento à parte no seminário estadual e contando com a
participação aberta a todos os professores que se dispuseram de seu tempo para realizar estudos por conta própria e em momentos destinados nas escolas da rede
estadual de Mato Grosso do Sul.
Palavras-chave: Currículo. Estudos da BNCC. História.
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A FORMAÇÃO DO PROFESSOR PRIMÁRIO NO ÂMBITO DA LEI 5.692/71 E
OS REFLEXOS NO PROCESSO DE PROFISSIONALIZAÇÃO E PROLETARIZAÇÃO DO TRABALHO DOCENTE
Cilmara Bortoleto Del Rio Ayache Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: O texto apresenta os resultados parciais da pesquisa em andamento e
tem por objetivo discutir a formação de professores primários no Brasil, após a implantação da Lei 5.692/71 momento histórico em que as formulações
filosóficas e pedagógicas produzidas, se voltam para a formação do capital humano em função das transformações sociais e econômicas decorrentes da industrialização e consolidação do capitalismo no Brasil como modo de produção
hegemônico. Na esteira dessas transformações, questiona-se que lugar os professores ocupam na divisão social do trabalho? Compreender a divisão social
do trabalho torna-se essencial, sobretudo, numa sociedade dividida em classes cujas relações sociais de produção são compostas pelas relações entre os agentes da produção, o objeto e os meios de trabalho. Fundamentado pelos pressupostos
do Materialismo Histórico e Dialético o objeto de estudo focaliza duas categorias de análise: profissionalização e proletarização do trabalho docente. Resultados parciais da análise em processo apontam que os dispositivos legais da Lei
5.692/71 no que tange a formação de professores primários consubstanciam-se no discurso de profissionalização, contudo, a base material na qual se pretendeu
instalar o modelo de organização curricular e institucional, a Habilitação Especifica para o Magistério- HEM, reverberou na proletarização do trabalho docente compreendido a partir do debate sobre a profissão docente e seu lugar na
divisão social do trabalho. Nesse contexto, entende-se que o professor possui apenas a força de trabalho vendida ao mercado, contudo normatizada pelo Estado e assemelham-se a outras categorias de trabalhadores, uma vez que
participam de associações e sindicatos na luta por direitos e melhorias nas condições de trabalho.
Palavras-chave: Formação de professores primários. Profissionalização. Proletarização.
200
A FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR DA EDUCAÇÃO BÁSICA: como
pressuposto para melhoria da organização do trabalho didático
Claudeci de Paula de Almeida Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/ Campo Grande)
E-mail: [email protected]
Resumo: O objetivo desta pesquisa é explicitar a importância da formação
continuada na carreira do professor. Para auxiliar nesta reflexão optou-se, por analisar autores que já se propuseram a estudar a respeito deste tema de grande
relevância social e educacional. Neste estudo o foco é o professor, que ao centrar a atenção em suas ações necessita ser pesquisador, necessita estar instigado e compromissado com sua própria prática pedagógica, buscando a vertente da
ação, reflexão, ação como um ciclo onde o ensino é entendido como atividade criativa, tendo como matéria prima o conhecimento. Conhecimento esse que é entendido como possibilidade para novas tomadas de decisão, novos
encaminhamentos que se revelam na reflexão e na aquisição de novas experiências. Diante da importância da formação continuada, será enfocada uma
experiência onde a formação partiu da necessidade e parceria dos gestores, equipe técnica e professores da Escola Municipal Prof. Licurgo de Oliveira Bastos, com a construção de uma plataforma de estudos e oficinas que visam atender as
necessidades dos professores. Para evidenciar o estudo, buscou-se aporte teórico em Alarcão (2005), Gatti (2008), Macedo (2002), Nóvoa (2012), Shön (1992). O
estudo nos revela que a formação continuada tem que ser ofertada pelos entes federados e ou àquela organizada no espaço escolar precisa vir ao encontro com as necessidades de cada instituição de ensino colaborando com o
desenvolvimento de um ensino de qualidade.
Palavras-chave: Formação continuada. Reflexão. Ação e prática pedagógica.
201
ESTUDO CONTEXTUALIZADO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO DE
ACORDO COM O PNAIC
Claudeci de Paula de Almeida Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Antonio Sales Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo identificar a importância do
PNAIC na organização da prática pedagógica do professor alfabetizador, buscando compreender os caminhos que favorecem a apropriação dos conhecimentos por meio de diferentes estratégias que podem ser propostas no contexto educacional.
Por entender que a ação do professor é de suma importância para a ampliação e desenvolvimento do conhecimento dos alunos, far-se-á necessário buscar
descrever quais os caminhos, os professores que atuaram no PNAIC Pacto Nacional pela Alfabetização na idade Certa, têm buscado para garantir o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos na fase de alfabetização. Para tal os
estudos seguiram os moldes da pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo, os quais contribuíram consideravelmente para alicerçar a ampliação dos conhecimentos a respeito do tema abordado. Nesta caminhada foram utilizados
autores como: Marx, Leal, Alves, Gramsci, Durkheim dentre outros. O encaminhamento teve sua base no contexto, da organização didática para
formalização da alfabetização no contexto educacional e foi possível compreender, que os estudos ofertados no PNAIC, foram e estão sendo utilizados na prática dos professores entrevistados.
Palavras-chave: PNAIC. Alfabetização. Organização didática.
202
REGISTROS HISTÓRICOS DE GRAMÁTICA E HISTÓRIA: cadernos de
anotações e formação de professores – Dourados 1970
Clóvis Irala Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN)
E-mail: [email protected]
Jackson James Debona Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
Resumo: O presente trabalho busca compreender aspectos da formação de
professores leigos rurais no município de Dourados, Sul de Mato Grosso, na década de 1970 a partir da análise de materiais didáticos e registros utilizados
por professores que estiveram em exercício efetivo da profissão durante a década de 1970. A metodologia assenta-se em exame de documentação obtida com professores leigos, em especial cadernos de anotações da frequência em cursos de
formação de professores oferecidos pelo Estado de Mato Grosso, para habilitar pessoas interessadas, ao exercício do magistério. Para subsidiar as análises dos
estudos dialogam com referencial bibliográfico em duas vertentes: as leituras de impressos derivados de situações pedagógicas, apoiados na concepção de dispositivos de ensino, circulação de ideias e apropriação cultural, assentados no
aporte da Nova História, na sua vertente da Historia Cultural e a discussão das teorias de currículo como artefato histórico que congrega marcas do seu tempo e interesses dos grupos em disputa, propostas por Ivor Goodson, Pierre Bourdieu
dentre outros. A partir do exame preliminar dos documentos, podemos afirmar da existência de cursos de formação de professores para o magistério rural na
década de 1970. A professora Jair Martins Ferreira, que ministrava aula na Escola Rural Mista Coronel Ramiro Fernando de Noronha – Distrito da Picadinha fez parte da turma do curso magistério rural de férias ofertado pelo Colégio
Osvaldo Cruz de Dourados no mês de janeiro de 1970, conforme consta no caderno de anotações de História e de Português da referida professora.
Palavras-chave: Cadernos de Anotações. Formação de Professores. Mato Grosso.
203
FORMAÇÃO E PRÁTICA DOCENTE DAS PROFESSORAS RURAIS EM MATO
GROSSO (1930-1950)
Crystyne Silva de Matos Gomes Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
E-mail: [email protected]
Elizabeth Figueiredo de Sá Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente artigo se configura como o resultado de uma investigação
realizada acerca da relação entre a formação de professores e as práticas de docentes que atuaram no ensino primário em escolas do meio rural no período entre 1930 a 1950 no Estado de Mato Grosso (MT). O objetivo é analisar a
atuação docente na zona rural de Mato Grosso por meio de dados que foram coletados e analisados a partir de documentos encontrados no acervo do Arquivo
Público de Mato Grosso (APMT) localizado na cidade de Cuiabá- MT. Utilizou-se como fontes historiográficas requerimentos, atestados, relatórios de interventores, relatórios dos docentes e diretores, comunicados, exonerações, atestados,
notícias encontradas em periódicos e um livro de Movimento Escolar datado em 1938 que descrimina o nome das escolas rurais e urbanas e seus respectivos docentes. Percebeu-se que a função docente era exercida majoritariamente por
mulheres, normalistas e leigas. Com pouca ou nenhuma formação as professoras que atuaram no período de recorte da pesquisa construíram suas práticas
docentes através das experiências vivenciadas dentro das escolas rurais, marcadas por dificuldade de acesso e comunicação, favores políticos, falta de recursos materiais e pedagógicos, crianças em condições precárias de saúde e
pelo contato com as comunidades rurais do estado.
Palavras-chave: Formação. Rural. Professoras.
204
MENOS BALA, MAIS GIZ, REGISTROS DO MOVIMENTO DE GREVE DOS
PROFESSORES DO PARANÁ EM 2015
Desire Luciane Dominschek Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) /
Centro Universitário Internacional (UNINTER)
E-mail: [email protected]
Luciana Botelho Centro Universitário Internacional (UNINTER)
Eduardo Marcomini Centro Universitário Internacional (UNINTER)
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo descrever o trabalho efetivado pelos
bolsistas pibidianos durante o momento em que as escolas públicas do Estado do Paraná passaram por um grande movimento de greve. O objetivo desta pesquisa
foi a formação política de nossos futuros professores e também o resgate histórico dos acontecimentos que permearam o movimento de greve. Neste foco o trabalho tem como tema norteador a greve dos professores do Estado do Paraná que
aconteceu em 2015 este estudo tem a finalidade de apresentar o registro histórico sobre as fases da greve, e as negociações com o governo do Estado. Concluímos que esse trabalho contribuiu para o registro de fontes sobre o movimento de greve
e com a formação política dos futuros professores e para tanto utilizamos a pesquisa bibliográfica, documental e de campo, também recorremos a fontes
orais. Quanto aos documentos, de forma qualitativa acessamos o site da APP Sindicato e o jornal da Gazeta do Povo. Concluímos que esse trabalho contribuiu para a formação docente dos pibidianos e futuros professores, e de forma crítica
instigou a pesquisa sobre o papel do professor e as relações com a política pública educacional.
Palavras-chave: PIBID. História e memória. Greve professores do Estado do PR.
205
A GÊNESE DA PROFISSÃO DOCENTE NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
Eduardo Henrique Oliveira da Silva
Universidade Norte do Paraná (UNOPAR)
E-mail: [email protected]
Edimara Ribeiro Silva Azevedo
Resumo: Esta comunicação é o resultado parcial de um projeto de pesquisa em desenvolvimento que elegeu como objeto de investigação a gênese da profissão
docente na história da educação. Para tanto, foi necessário realizar uma imersão na história da educação para captar os traços constitutivos da profissão docente desde a Antiguidade, Idade Média e Idade Moderna. Assim, formulou-se como
problemática: quais as condições materiais que fizeram com que surgisse a profissão docente ao longo dos momentos históricos delimitados na investigação? Para responder essa indagação formulou-se o objetivo geral: analisar as
condicionalidades históricas que fizeram surgir a profissão docente nos períodos estudados. Os objetivos específicos consistiram em: a) caracterizar os momentos
históricos estudados; b) explicitar o processo educativo praticado em cada momento histórico contemplado na investigação; c) identificar quem foram os atores sociais que exerceram o ofício de ensino nos momentos históricos
estudados. A pesquisa ora relatada é de cunho teórico que privilegiou a abordagem qualitativa, na perspectiva exploratória e descritiva. Os procedimentos
metodológicos consistiram no levantamento bibliográfico e documental. A coleta de dados teve como base empírica obras da história da educação que abrangem os períodos históricos considerados na pesquisa. Teve como resultados que a
educação foi o mecanismo encontrado para educar os membros de determinada sociedade, e à medida que os atores sociais foram dominando a realidade física e social sentiram a necessidade de ampliar a educação pelo processo de
escolarização em uma instituição escolar mediada pelos professores. Conclui-se que cada momento histórico produziu as condições materiais que fizeram surgir
os pais educadores, mestres-artesãos, eruditos e filósofos-mestres e professores que exerceram o ofício de ensinar os integrantes das determinadas formações sociais.
Palavras-chave: Educação. História da Educação. Profissão docente.
206
ATRIBUIÇÕES DO SUPERVISOR EDUCACIONAL, NOS ANOS 1960/1970:
reflexão de análise na categoria de organização do trabalho didático
Eleis Pereira de Souza Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Carla Villamaina Centeno Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente trabalho é parte de uma investigação mais abrangente, que
visa, investigar a função da coordenação pedagógica, numa perspectiva histórica, tendo como objetivo, refletir sobre suas atribuições e as influencias destas para o contexto educacional. Portanto, a referida pesquisa compreende-se as décadas de
1960 e 1970, em que a expansão populacional urbana demandou pela expansão da escola. O estudo apresenta análise das reflexões dessas atribuições para o
campo educacional. Nesse sentido, considera-se relevante o contexto em que a expansão da escola começou a atingir a classe trabalhadora, oportunizando assim a inserção desses à escola. Para tanto, fundamenta-se em pesquisa
bibliográfica, na contribuição de autores que já pesquisaram sobre o tema, legislações educacionais brasileira e utilizar-se fontes primárias e secundárias.
Nessa análise tem como base teórica a perspectiva marxista, e a categoria de Organização do trabalho didático. O tema investigado apresenta-se ainda em resultado preliminar, e destina-se à compor uma pesquisa mais ampla em
capítulo de dissertação de mestrado profissional da educação. Conclui-se que a pesquisa contribui para desvelar limites e proposições no contexto da Escola Moderna, sob a égide do acirramento do capital resquício da divisão do trabalho e
da racionalização dos processos educacionais na atuação dos profissionais da supervisão.
Palavras-chave: Coordenação Pedagógica. Legislação. Organização do trabalho didático.
207
POLÍTICA DE QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DOCENTE – A NORMA GERAL
DE AÇÃO (NGA) DO COLÉGIO MILITAR DE CAMPO GRANDE (CMCG) – MS
Ferdinanda Dias de Oliveira Kloppel
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) E-mail: [email protected]
Kátia Cristina Nascimento Figueira
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: ká[email protected]
Resumo: Os desafios pelos quais passam escola e professores revelam a
importância de abordarmos a questão das políticas de qualificação profissional na Educação Básica. O próprio desdobramentos da sociedade que se torna cada
vez mais complexa e com novas necessidades históricas exigem do profissional docente, a busca por qualificação para tentar obter respostas para os constantes desafios apresentados no contexto de sua profissão. Baseado nesse contexto, o
presente estudo objetiva fazer uma reflexão a respeito das políticas de qualificação profissional no Sistema Colégio Militar do Brasil (SCMB) com recorte nas Normas Gerais de Capacitação (NGA) do Colégio Militar de Campo Grande -
MS. A metodologia utilizada é a revisão de bibliografia que conta com os autores Fiorentin (2013), Nóvoa (1992), Pimenta (2005), Romanowski & Martins (2010),
entre outros que contribuíram como aporte teórico dessa pesquisa. O estudo aponta uma instituição que, mesmo em face de contradições institucionais, está comprometida com a promoção de ações de aperfeiçoamento de seu quadro
docente em conexão com o que determina o Sistema Colégio Militar do Brasil e o Exército Brasileiro. Verifica-se, no plano formal, a existência de normas que
procuram oferecer, tanto dentro da escola com estágios continuados, quanto fora, por meio de liberações para capacitação de seus quadros, espaços possíveis de reflexão e reconstrução da prática docente.
Palavras-chave: Qualificação Profissional Docente. Capacitação. Colégio Militar.
208
A UNIVERSIDADE E A FORMAÇÃO DOCENTE: uma análise dos cursos de
matemática e educação física na UFG - Regional Catalão
Fernanda Gonçalves Silva Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
E-mail: [email protected]
Lailton Martins Ribeiro Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
E-mail: [email protected]
Rita Tatiana Cardoso Erbs
Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão) E-mail: [email protected]
Resumo: O presente artigo tem como designo principal traçar uma reflexão
acerca da formação docente nos cursos de licenciatura plena de Matemática e Educação Física da UFG/Regional Catalão, fundados respectivamente em 1987 e
1990, na referida universidade. A fim de adensar esta análise, tomar-se-á como suporte ao estudo as teorias propostas sobre a universidade como espaço de formação crítica e a sua historicidade na cidade de Catalão/GO, assim como o
currículo dos referidos cursos e as transformações ocorridas até a estruturação do Projeto Pedagógico vigente. Pretende-se apontar a partir de indícios históricos locais e nacionais como a formação docente, por vezes, não toma um caráter
prioritário na universidade, embora, notoriamente, a implantação das licenciaturas tenha sido o intuito inicial na UFG/Regional Catalão. Para a análise
dos cursos em termos de formação docente foi importante priorizar a nossa reflexão na dimensão da atuação dos profissionais, uma vez que, ao buscar a docência como profissão e a sala de aula como território de atuação, o indivíduo
tem em mãos uma matéria humana para lidar, e assim, espera-se que dentro de seu período de formação hajam aparatos que lhe dê suporte para essa atuação, não apenas em relação a conteúdos teóricos e práticos. A partir da dimensão da
atuação profissional nos foi possível comparar a formação docente dos dois referidos cursos e com isto também constatar a autonomia, divergências e
convergências de cada área ao pensar no futuro professor. Vale ressaltar que, com a evolução de pesquisas e a ampliação do espaço para discussão dessas estruturas curriculares, mudanças vem sendo propostas e novos caminhos
traçados nesse percurso tão desafiador.
Palavras-chave: Formação Docente. Educação Física. Matemática.
209
A EDUCAÇÃO ESPECIAL E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM GOIÁS
Fernanda Welter Adams Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
E-mail: [email protected]
Paula Fernandes de Assis Crivello Neves
Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão) E-mail: [email protected]
Dulcéria Tartuci
Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
Resumo: A preocupação com a educação especial se deu com a garantia da educação da pessoa com deficiência no ensino regular. A constituição Federal
(1988), Declaração Mundial de Educação para todos (1990), Declaração de Salamanca (1994), Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) e a Política Nacional de Educação na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), são
leis que asseguram a inclusão escolar e uma educação igualitária para todos. Com esta realidade se faz necessário ampliar as discussões acerca da formação de professores na perspectiva da inclusão escolar, compreendendo o papel desta
como responsável por garantir a permanência e o aprendizado dos alunos com deficiência. Desse modo, questiona-se: como tem-se discutido a formação de
professores na perspectiva da educação especial no estado de Goiás? O objetivo, portanto, é discutir a educação especial e a formação de professores nessa perspectiva no estado de Goiás. Para tanto fez-se uso da pesquisa documental. A
educação especial em Goiás teve início com a Lei n. 926 em 1953, que cunhou o Instituto Pestalozzi de Goiânia, uma instituição pública que atende alunos com
deficiência. Já em 1970, diversas escolas do estado aderiram ao processo de integração da pessoa com deficiência, através das classes especiais. Em 1999 houve o fim das classes especiais e iniciou-se discussões para garantir a
valorização da diversidade. Em 2005 o documento “Educação Especial de Goiás” garante apoio as escolas inclusivas através de uma equipe de multiprofissionais composta por professor de apoio/recurso, psicólogos, fonoaudiólogos, etc.
garantindo ainda a formação inicial e continuada. A história da educação especial no estado de Goiás não foi diferente do restante país, marcada pela exclusão,
normalização, visão assistencial e integração, e como os demais estados sofre com problemas como a descontinuidade nas políticas governamentais tanto para a educação especial quanto para a formação de professores nessa perspectiva.
Palavras-chave: Educação Especial. Formação de Professores. Goiás.
210
EXPERIÊNCIA DOCENTE DO PIBID/UEMS: uma abordagem sociológica da
ditadura militar
Gabriele Eurides Rodrigues Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Rafaella Cristina da Silva Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Carlos Eduardo França
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) E-mail: [email protected]
Resumo: O presente trabalho trata do relato de uma experiência de iniciação à
docência realizada em uma escola pública estadual da cidade de Paranaíba/MS, como uma das atividades do PIBID - Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação à Docência, subprojeto de Ciências Sociais, da UEMS - Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Abordamos o tema do Regime Militar no Brasil em uma perspectiva crítica proporcionada pelo viés da Sociologia. Para tanto,
utilizamos como recursos teóricos o livro didático intitulado Sociologia Hoje, e a poesia Uma canção para Stuart de Alex Polari. O objetivo central foi trabalhar com alguns pontos fundamentais à compreensão do regime ditatorial, como o
autoritarismo, os cerceamentos de liberdades civis, e as estratégias de silenciamento deste período de exceção brasileiro. Com isso, pretendemos
desnaturalizar a representação que os estudantes constroem sobre este período da história brasileira, chamando a atenção para os fatos que caracterizaram este governo como regime de exceção que foi um obstáculo ao desenvolvimento da
democracia no país. Além de ser um tema presente nas orientações curriculares da Secretaria de Educação de Mato Grosso do Sul - SED/MS - o tema se fez relevante de ser abordado pelo contexto histórico de perda de direitos a partir do
golpe parlamentar que instituiu Michel Temer à presidência da república, o que nos impulsionou a debater assuntos caros à consolidação da democracia
brasileira. O resultado da atividade docente foi importante tanto para os alunos quanto para nós bolsistas, visto que os estudantes participaram das aulas, desnaturalizaram as impressões que tinham sobre o Regime Militar, e
desenvolveram uma perspectiva crítica com relação ao Regime Militar e a necessidade de luta constante em prol do desenvolvimento de práticas
democráticas de liberdades e avanços de direitos. Para nós bolsistas, a experiência didática contribuiu para a inserção da iniciação à docência enquanto cursamos o curso de graduação, o que repercutirá em nossa constituição futura
enquanto docente de Sociologia.
Palavras-chave: Sociologia. Ditadura Militar. Iniciação à Docência.
211
PROFESSOR EBTT: a formação docente sob o olhar da teoria crítica
Giane Aparecida Moura da Silva Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este artigo tem o objetivo apresentar a Educação Profissional Científica e Tecnológica (EPCT), sua finalidade, objetivos, sua abrangência no Estado do
Mato Grosso do Sul, e a carreira do magistério do Ensino Básico Técnico e Tecnológica (EBTT) dos professores que atuam na EPCT, a partir da interface dos
textos legais da Lei nº 11.892/2008, a Lei nº 9394/1996 alterada pela Lei nº 11.741/2008 e a Resolução CNE/CEB nº 06/2012 para fomentar reflexões sobre a formação docente necessária para esses profissionais que atuam desde a
Educação Básica, em seus diferentes níveis, até o Ensino Superior. Neste estudo procurou-se analisar as especificidades do fazer docente do magistério EBTT e explicitar a necessidade da produção de conhecimento na formação docente em
seus diferentes níveis, a partir das informações dos preceitos legais e dos dados apresentados pelos autores Silva (2014), Urbanetez (2012) sob a luz da teoria
crítica da educação, a partir dos teóricos Diniz-Pereira (2002) ; Zeinchner; Saul; Diniz-Pereira (2014), no sentido de explicitar a lacuna existente entre a legislação, a realidade e a atividade profissional. Para isso discutiu-se sobre o imperativo de
romper com o modelo tradicional de formação docente, a importância da pesquisa-ação realizada por professores pesquisadores e sua contribuição na
formação continuada.
Palavras-chave: Formação Docente. Professor EBTT. Educação Profissional.
212
A FORMAÇÃO DOCENTE PARA A APLICAÇÃO DA LEI 10.639/2003:
formação social e profissional
Gilmara de Souza de Brito Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Marcos Antônio Bessa-Oliveira Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: O objetivo principal deste artigo é compreender, através de entrevistas com docentes atuantes em escolas públicas de educação básica de Campo
Grande/MS, as suas experiências enquanto alunos durante a graduação e a atuação em sala de aula a partir da abordagem da Lei 10.639/03. Neste artigo será realizada também revisão de literatura para compreender a formação
docente no decorrer da História do Brasil após a Proclamação da República (1889), apresentando as propostas educacionais e de cidadania da primeira e da
última Constituições brasileiras, 1891 e 1988 respectivamente, sendo a última tratada com melhor enfoque, tendo em vista a sua vigência atual e o objeto de estudos do trabalho estar subsidiado por essa. A aplicação da Lei 10.639/03 na
formação docente surgiu a partir das demandas advindas da Constituição de 1988, sendo incluída na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), para a
obrigatoriedade do ensino de História e da Cultura Afro-Brasileiras nos ensinos Médio e Fundamental. O trabalho abordará a referida Lei, as perspectivas geradas pelo poder público para a aplicação dela e levantará questões para
compreendermos como anda a formação docente para atender as demandas da prática dessa política pública em educação dentro do âmbito escolar e sugerir propostas, a partir das entrevistas, de alternativas para a aplicação da referida
lei.
Palavras-chave: Formação docente. Constituição Federal. Cultura Afro-
Brasileira.
213
O RESGATE HISTÓRICO DO MAGISTÉRIO SUPERIOR MILITAR NAVAL: o
olhar dos seus integrantes
Hercules Guimarães Honorato Escola Naval
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente artigo tem por objetivos resgatar e apresentar um período
histórico, entre as décadas de 1960 e 1970, vivido na Escola Naval (EN) quando
da incorporação, por concurso público, de oficiais dos diversos corpos e quadros
para comporem o seu corpo de professores efetivos. Este estudo é de cunho
qualitativo, com pesquisa documental, apoiada em diversos documentos
históricos existentes na Secretaria Escolar da instituição, e bibliográfica como
técnicas exploratórias. Utilizou-se, como instrumento de coleta de dados, um
questionário com perguntas abertas, procurando dar voz aos integrantes do
magistério militar naval, senhores com idade média atual acima dos 75 anos. O
estudo está dividido em duas seções. Na primeira parte, é tratado o magistério
superior e, em especial, o militar naval propriamente dito, com uma breve
história e uma contextualização à época. A seguir, são caracterizados os sujeitos
da pesquisa e são analisados os dados coletados. A Lei no 4.128/1962 estipulava
que, para a admissão de professores efetivos para a Marinha, deveria haver um
concurso público de títulos e de provas, no qual poderiam concorrer militares e
civis. Para a constituição desse quadro, foram realizados quatro concursos, o
primeiro em 1968 e o último em 1973, com a aprovação de um total de 42
militares, além de professores civis. Os professores militares ministravam aulas
fardados, não davam serviço de pernoite e, em paralelo, podiam exercer outras
atividades ou funções em empresas privadas, mas participavam de cursos, de
comissões de trabalhos e de bancas examinadoras de concursos. Ao final, foi
possível perceber nas falas dos docentes militares, personagens de uma vivência
única e rica na EN, a clara importância em se aliar o conhecimento técnico e
pedagógico ao comprometimento com a Força Armada, sendo considerados ainda
exemplos extremamente positivos para a construção da identidade militar dos
que foram por eles formados.
Palavras-chave: Escola Naval. Magistério superior militar naval. Memória.
214
FORMAÇÃO DE PROFESSORES PARA INCLUSÃO DE ALUNOS COM
DEFICIÊNCIA NAS ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE SANTO AMARO - MA
Ivone das Dores de Jesus Universidade Federal de Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Joice Fernanda Pinheiro Universidade Estadual do Maranhão (UEMA)
E-mail: [email protected]
Gilsene Daura da Silva Barros
Instituto de Ensino Superior Franciscano (IESF) E-mail: [email protected]
Resumo: O projeto de formação de professores é vinculado ao projeto de extensão em andamento pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), para refletir sobre a inclusão de alunos com deficiência no ensino fundamental público, tendo
como lócus o município de Santo Amaro- MA. É extremamente oportuno o desenvolvimento do projeto nesse município haja vista que as escolas públicas
precisam ampliar suas ações, no sentido de atender, inclusive, alunos que são oriundos das camadas sociais com menor índice de desenvolvimento humano. O objetivo é promover intervenção educativa no município de Santo Amaro, com
formações pedagógicas na área da Educação Especial, visando a melhoria da qualidade do ensino, com propostas de currículos viáveis ao aprendizado dos
alunos com deficiência. Quanto ao método, optou-se pela fundamentação dialética da educação especial na perspectiva inclusiva, afim de se obter conhecimentos técnicos suficiente sobre a temática. A formação está sendo
realizada com os professores da rede pública municipal, sendo que no desenvolvimento do projeto estão sendo feitas discursões acerca da temática, oficinas de recursos adaptados para pessoas com deficiência, com o apoio da
equipe de alunos universitários formadores. Os professores estão sendo capacitados, visando melhorar as lacunas existentes no processo de formação
inicial. A formação dos professores, foi organizada em quatro ciclos, sendo trabalhada uma apostila com orientações sobre como atuar com alunos com deficiência visual, auditiva, física e intelectual. Estão sendo abordados conteúdos
relacionados com a temática e documentos norteadores do processo de inclusão da pessoa com deficiência. Esse projeto visa contribuir com a elevação dos indicadores sociais do município de Santo Amaro, visto que, o aprofundamento
dos conhecimentos na área de educação especial, poderá favorecer a melhoria das práticas pedagógicas frente aos desafios da inclusão de pessoas com
deficiência.
Palavras-chave: Formação. Deficiência. Habilidades.
215
FORMAÇÃO DOCENTE: uma proposta de intervenção corporal por meio de
cantigas de roda
Jacqueline da Silva Nunes Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este trabalho tem como objetivo apresentar uma proposta de intervenção com professores de Educação Física escolar na educação infantil,
visando à construção de conhecimentos e procedimentos metodológicos que possam tornar mais efetiva a prática pedagógica dos mesmos, direcionada ao
conteúdo de importância das Cantigas de Roda na formação de professores para as aulas de Educação Física na educação Infantil como práticas corporais, culturais e pedagógicas, que propiciam o resgate de valores, conhecimento de seu
próprio corpo, da cultura e da sociedade. A metodologia foi pautada na abordagem qualitativa e baseou-se no referencial teórico da pesquisa-ação,
propondo um plano de intervenção na formação continuada e na atuação de professores de Educação Física escolar. Os participantes pertencem à rede estadual e municipal de ensino da cidade de Dourados-MS. O desenvolvimento do
estudo está sendo constituído pela capacitação dos professores com encontros programados durante um ano para adquirirem não só percepção e o domínio corporal, mas adquirirem domínio pedagógico no trato das cantigas populares
assim como a sua importância para a formação da linguagem corporal da criança no ambiente escolar. Os resultados ainda são parciais, mas podemos perceber
que nas intervenções ocorridas os professores, possuem limitações, físicas, psicológicas e sociais a maior limitação está na falta de convívio com as práticas corporais, o que demonstra o distanciamento dessa prática corporal em sua
formação e em sua própria vida.
Palavras-chave: Cantigas de roda. Educação física. Formação de professores.
216
PROCESSO DE FORMAÇÃO DOCENTE: história de vida de uma professora
Jéssica Taís de Oliveira Silva Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente trabalho, em andamento, coloca em pauta as questões da formação docente de uma professora aposentada, introduzindo olhares sobre sua vida e principalmente como foi construída a sua formação docente ao longo dos
anos. Salientando que a professora começou sua vida sem a conclusão do ensino médio. Desse modo constatando que “[...] muita coisa da profissão se aprende
com a prática, pela experiência, tateando e descobrindo, em suma, no próprio trabalho” (TARDIF, 2007, p. 86). Nesse sentido, objetivo se constitui em compreender como a construção social da profissão docente se constituiu no
sentido da falta de formação acadêmica e colocando em pauta a importância dessa formação por aquela que teve o desejo de se profissionalizar e continuar a
carreira. Para tanto, realizamos um estudo exploratório com uma professora aposentada da educação infantil e ensino fundamental, com o objetivo de identificar como essas representações de ser professora foram construídas ao
decorrer de sua vida, destacando os motivos da escolha, as indagações e questionamentos e sua autorreflexão docente. A entrevista foi realizada com a utilização da metodologia da história oral como instrumentos principal de
pesquisa. Sendo essa também considerada uma forma de relato da própria história enquanto “uma metodologia a ou método de pesquisa que utiliza a
técnica da entrevista para registrar as narrativas das experiências das pessoas, histórias que há muito as pessoas sabiam e contavam, mas que estavam à margem da documentação produzida pela História Oficial” (SARAT; SANTOS,
2010, p. 51). Isto é, coloca-se a história da pessoa, mulher e professora, e não somente da escola como um todo, destacando suas expectativas e mostrando também a realidade vista pela própria professora.
Palavras-chave: Profissionalização. Docência. História Oral.
217
A COMUNIDADE DOCENTE INDÍGENA: da competência comunicativa
intercultural à utilização das sequências textuais no uso da rede social
João Otávio Chinem Alexandre Alves Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)
E-mail: [email protected]
Arlinda Cantero Dorsa Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)
Resumo: Este trabalho dá continuidade a uma pesquisa voltada ao uso de linguagem em diferentes ferramentas de comunicação e informação, e faz parte do projeto “Formação tecnológica continuada de professores em contexto
intercultural: interconectividade no Facebook”. Volta-se para um estudo sobre a competência comunicativa intercultural focalizada na formação continuada dos professores indígenas, tendo como ponto de partida os estudos já realizados pelo
Grupo de Pesquisas e Estudos em Tecnologia Educacional e Educação a Distancia (GETED). Uma vez que a modernidade e os recursos tecnológicos
conquistaram espaço na área educacional, é necessário utilizar essas ferramentas de maneira benéfica, podendo ser utilizadas para expandir, aprimorar e compartilhar conhecimento. Nesse contexto, objetivou-se com a pesquisa: (I)
analisar a formação discursiva docente no uso de tecnologias de informação e comunicação com foco nas sequencias textuais utilizadas na rede social; (II)
trabalhar na formação docente continuada com comunidade de professores indígenas as competências de comunicação intercultural, linguística, sociolinguística e discursiva; (III) identificar a formação iniciada e continuada de
cada professor tocante à sua formação discursiva e domínio discursivo; (IV) promover a socialização das pesquisas relacionadas às práticas discursivas educacionais mediadas pelo uso do Facebook entre os professores e
pesquisadores participantes do grupo em formação continuada; Esta visão contempla novas formas de analisar a linguagem, seus graus de formalidade ou
informalidade, a adequação ao contexto em que é produzida, a utilização de sequencias textuais, bem como a figura de linguagem com ênfase na intertextualidade, intencionalidade, coerência e coesão. Conclui-se que através do
elo entre o dialogo intercultural e a tecnologia, é promovido um enriquecimento do conteúdo a ser falado, escrito e compartilhado, preservando também, a
tradição e os costumes.
Palavras-chave: Competência comunicativa. Interculturalidade. Comunidade docente indígena.
218
CORPOS ESTRANHOS: um “kahlo” para além dos muros da escola
Juliano Ribeiro de Faria
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) E-mail: [email protected]
Marcos Antônio Bessa-Oliveira
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este estudo pretende investigar o corpo estranho, que é aqui entendido
como o corpo cultural, um corpo que aprende e apreende com o colégio e com o mundo. Todavia, para ocorrer na Escola essa mesma relação, tem-se que vê-lo por inteiro e compreender que cada corpo é um corpo que deve ser apreciado,
analisado e, especialmente, entendido com suas singularidades e não taxados como iguais como ainda vem ocorrendo na contemporaneidade, visto que ele vem
rompendo com os locais produtores de saberes, por exemplo, a Escola, que impõem corpos disciplinados históricos: um corpo coerente, vestido com valores históricos que são passados de gerações para geração. Esses corpos com valores
tradicionais e disciplinados continuam ainda dentro da sala de aula reproduzindo os mesmos conhecimentos e preconceitos ensinados por séculos aos corpos
latino-americanos pelos mesmos discursos hegemônicos – sempre europeus e/ou norte-americanos. O trabalho toma como base investigativa as perspectivas teórico–críticas de Michael Foucault (1997), Eneida de Souza (2002), Bessa-
Oliveira (2016), entre outros autores, que nos fazem pensar o corpo cultural como corpo que precisa ser aceito e valorizado pela escola da contemporaneidade e não mais corpos adestrados, afagados com conceitos eurocêntricos. Este estudo
pretende apresentar subsídios para que a Escola possa repensar a concepção sobre corpos estranhos, vendo este não como indisciplinado, mas como corpos
culturais que podem contribuir com suas estranhezas, inquietudes com outros corpos que se sentem, como ele, estranhos à Escola: lugar que passará a ser a morada desses corpos e não mais a prisão, onde a desunião entre corpo e mente
(modernos) insiste em reinar.
Palavras-chave: Ensino de Artes. Artes Cênicas. Episteme Cultural.
219
CAMINHOS PERCORRIDOS: o que dizem as fontes sobre a história da
formação docente sob os moldes escolanovistas em Goiás
Kênia Guimarães Furquim Camargo Pontifícia Universidade Católica (PUC/GO)
E-mail: [email protected]
Maria Zeneide Carneiro Magalhães de Almeida Pontifícia Universidade Católica (PUC/GO)
E-mail: [email protected]
Maria Aparecida Alves Silva
Universidade Federal de Uberlândia (UFU) E-mail: [email protected]
Resumo: Este trabalho vincula-se a um programa de investigação histórica que privilegia estudos sobre a formação dos professores primários no Estado de Goiás, apresentando um percurso de pesquisa no campo da História da
Educação. Para tanto, recorrendo às contribuições constantes nas seguintes a saber: Correio Oficial do Estado de Goiás e Revista da Educação. Vale dizer que
as fontes utilizadas e analisadas sobre a educação goiana, mais precisamente sobre a formação docente, objetivam a compreensão do modelo formativo de inspiração escolanovista proposto pelo governo do Estado de Goiás durante a
primeira metade do século XX além de nos ajudar a compreender as direções das muitas histórias, entre elas a formação docente primária goiana sob os moldes
escolanovistas. Desse modo, as fontes são ferramentas primordiais para o trabalho do historiador, pois são capazes de apontar caminhos, ajudar a elucidar sentimentos, deslindar épocas e apontar trajetos. Neste trabalho, serão lidas à luz
dos referenciais teóricos e metodológicos da Nova História e História Cultural. Em linhas gerais, a investigação possibilitou a percepção da relevância de conhecermos as contribuições destes importantes veículos de divulgação das
ideias pedagógicas, sobre o assunto, no período estudado. Naquele momento histórico, a formação dos professores foi colocada como parte importante do
processo de modernização do Estado, o que tornou a questão da qualidade da educação tema relevante no cenário educacional goiano.
Palavras-chave: Formação de professores. História da Educação em Goiás.
Escola Nova.
220
DIÁLOGOS TEÓRICOS COM O CONCEITO DE EXPERIÊNCIA E SABERES
DOCENTES
Lailton Martins Ribeiro Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente estudo se propôs entrelaçar a concepção de experiência de
Dewey na aproximação com algumas teorias acerca da experiência docente, tendo em vista a problematização de uma pesquisa científica com foco na formação e
experiência docentes. Em um primeiro momento, apresentamos a teoria de experiência fundamentada na obra Experiência e Educação (1979) com ênfase no sentido originário de experiência comum, no diálogo com experiência docente e
formação. Em seguida ampliamos o foco de análise recorrendo a autores como: Tardif (2014), Guauthier (2006), Pimenta (1999), Savianni (1996) e Nóvoa (1999), que, ao se dedicarem ao estudo das atividades e carreiras de professores se
defrontaram com o conceito de experiência, tomando como ponto de reflexão a experiência docente. Nesse exercício, vislumbramos a utilização do conceito de
experiência em pesquisas que tratam de história de vida, fundada na proposta metodológica de Connelly e Clandinin (2015), estabelecendo o diálogo desses autores com a teoria deweyana. Assim sendo, temos como resultado do presente
estudo, a conceituação de experiência por um lado vai ao encontro de saberes produzidos na experiência dos professores e por outro, se encontra nas pesquisas
narrativas e as histórias de vida, de modo que tal entrelaçamento nos indique a possibilidade se estudar a constituição da experiência dos professores por meio de pesquisas de caráter narrativo.
Palavras-chave: Experiência. Experiência docente. Pesquisa Narrativa.
221
TRAJETÓRIA DOCENTE NA EDUCAÇÃO DA INFÂNCIA: relato de uma
professora – Naviraí/MS
Larissa Wayhs Trein Montiel Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Míria Izabel Campos Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: Com o propósito de contribuir com a discussão acerca da história da educação regional, o artigo que ora propomos, vinculado a um projeto mais
amplo intitulado Trajetórias docentes na Educação Infantil: pesquisas em escolas públicas de Mato Grosso do Sul (FUNDECT/Capes), no qual são instituições
parceiras a Universidade Federal da Grande Dourados e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, esta última especialmente representada pelo campus de Naviraí. Nesse contexto, o objetivo para este trabalho é apresentarmos as
primeiras ações de uma das pesquisas desenvolvidas no bojo do referido projeto, a qual vem se efetuando a partir do registro de relato oral da história de uma professora que chega à região, na década de 1970, para trabalhar na educação
das crianças. A metodologia vem se constituindo de estudos acerca da infância, formação docente, bem como das perspectivas teóricas que embasam a técnica da
entrevista semiestruturada. Como conclusões iniciais, apontamos que a história da professora em muito se aproxima das demais acompanhadas por nós, na escrita da história da educação da região Centro-Oeste. De forma semelhante a
um grande número de pessoas originárias das diferentes regiões do nosso país, que para cá se desloca, ela também efetua essa trajetória saindo da região
Sudeste, recém-formada, vindo se estabelecer e contribuir para educação de Mato Grosso do Sul, como também construir sua vida nesta parte do Brasil.
Palavras-chave: Profissão Docente. Relato Oral. História da Educação.
222
O COORDENADOR PEDAGÓGICO DA REDE MUNICIPAL DE ANDRADINA-SP E
OS HORÁRIOS DE FORMAÇÃO CONTINUADA EM SERVIÇO
Laura de Cássia Ribeiro de Lima Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Capes)
E-mail: [email protected]
Silvane Aparecida de Freitas Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este artigo faz parte do desenvolvimento da Dissertação de Mestrado, Pós-Graduação em Educação Unidade Universitária de Paranaíba, cujo objetivo
geral de pesquisa é verificar como se dá a formação identitária do coordenador pedagógico, que ideologias defende, que representações possui, se compreende o
seu papel enquanto formador de professores. O discurso da formação contínua do professor tem transferido para a escola boa parte da responsabilidade pelo desenvolvimento profissional docente. O coordenador pedagógico, na Rede
Municipal de Ensino de Andradina-SP, é o profissional responsável pelo acompanhamento e desenvolvimento desse processo intermediado na escola. Esta pesquisa toma como objeto de investigação o papel do coordenador pedagógico
como gestor de formação contínua do docente na escola e apresenta como objetivo investigar como esse profissional organiza e implementa tal formação
desenvolvida nos Horários de Formação Continuada em Serviço (HFCS), em consonância com a regulamentação da Secretaria Municipal de Educação. Para isso, realizamos uma pesquisa empírica, de base qualitativa, envolvendo catorze
coordenadoras pedagógicas e sete escolas. As entrevistas semiestruturadas feitas com as coordenadoras pedagógicas possibilitaram considerar o ponto de vista
dessas profissionais sobre o ser e o estar na coordenação. Os resultados preliminares confirmaram que o trabalho do coordenador pedagógico, de acordo com o foco proposto nesta pesquisa, decorre de fatores com a evolução pessoal, a
ordenação institucional e as normas vindouras da Secretaria Municipal de Educação. As coordenadoras pedagógicas consideram-se responsáveis pela formação dos professores nas escolas. Todavia, precisam empregar tempo na
construção de uma identidade formativa que possibilite legitimar, junto às equipes escolares e ao sistema, uma liderança pautada na adequação do tempo
às tarefas da coordenação, na compreensão do papel do coordenador pedagógico, não como técnico, mas como sujeito também aprendente do seu fazer, numa perspectiva ativa e reflexiva, ou seja, em processo de formação identitária, que
está sempre em movimento, incompleto.
Palavras-chave: Coordenador pedagógico. Identidade. Formação Continuada em
Serviço.
223
FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL DO
MUNICÍPIO DE PARANAÍBA-MS
Leni Aparecida Souto Miziara Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/ SEMED)
E-mail: [email protected]
Andreia Lemos de Oliveira
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) E-mail: [email protected]
Resumo: A Educação Infantil está sendo, cada vez mais, valorizada como fase inicial da escolarização das crianças e, por isso, requer dos professores
competência teórica e prática para organizarem e desenvolverem suas aulas. Esta comunicação versa sobre a experiência de uma formação continuada desenvolvida com 90 professores da Educação Infantil, do município de
Paranaíba. Foi uma proposta implementada pela Secretaria Municipal de Educação (SEMED), por meio de uma parceria com a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul-UEMS, com o objetivo de viabilizar uma formação aos
professores para eles exercessem seu oficio com crianças de 0 a 5 anos de forma humanizada. O referencial teórico baseou-se nas produções pertinentes a questão
da formação de professores e em autores que defendem a Pedagogia Histórico Crítica. De modo que para análise, tomou-se como referência Saviani (2003, 1996, 1995); Horn (2004); Barbosa e Horn (2001); Rossetti Ferreira et al (2007) e
Miziara (2014). Constata-se que a formação trouxe conhecimento e experiência aos participantes. Espera-se que essas reflexões possibilitem ampliar os debates
acerca das propostas voltadas às formações continuadas de professores, em especial no que concerne à temática de organização do tempo e espaço das salas de aulas da Educação Infantil, para que as professoras não ajam de forma
alienada e, sim conscientes de que, para desempenharem bem o seu papel, faz-se necessário, antes de tudo, terem uma boa formação teórica e prática.
Palavras-chaves: Educação Infantil. Formação de Professores. Tempo e Espaço.
224
PROFISSÃO DOCENTE E HISTÓRIA ORAL: vivências de professoras na
fronteira entre Brasil e Paraguai
Luciene Cléa da Silva Universidade Federal da Grande Dourados
(UFGD/FUNDECT/UFMS/Ponta Porã) E-mail: [email protected]
Giseli Tavares de Souza Rodrigues Universidade Federal da Grande Dourados
(UFGD/FUNDECT) E-mail: [email protected]
Resumo: A história da formação de professores/as no Brasil, bem como a trajetória destes/as profissionais é marcada por diferentes investigações e temáticas que se iniciam desde os finais do século XIX, o que nos permite olhar
por diversos prismas para este contexto, buscando conhecer como esta história e trajetória imbricam-se. Neste trabalho, o recorte que se busca é compreender as vivências de duas professoras da fronteira, sendo uma delas de Ponta Porã (BR) e
outra de Pedro Juan Caballero (PY), as quais narram acerca de sua profissão docente, ressaltando o período de 1970 a 1980 como o início de suas práticas
profissionais com a infância. Cabe observar que esse estudo faz parte de uma pesquisa em andamento, a qual objetiva estudar as memórias de professoras da infância, no contexto da fronteira. A metodologia escolhida para o
desenvolvimento do mesmo resguarda-se na história oral, que pode ser entendida como um método que usa a entrevista para fazer registros das narrativas e
experiências de indivíduos e que, em sua ampla possibilidade como metodologia de pesquisa, pode apresentar contribuições teóricas que se apresentam como uma das riquíssimas ferramentas que auxiliam no entendimento do processo de
desenvolvimento da sociedade a partir de histórias de pessoas que nela vivem. Para a fundamentação teórica pertinente ao desenvolvimento do trabalho, buscou-se um diálogo com Alberti (2013), Elias (1994, 2000, 2006), Ferreira
(2000), Kishimoto (2005); Meihy (2006), Portelli (1997), Sarat (2001) e Sarat e Santos (2010), entre outros. Destarte, conhecer as vivências das professoras da
fronteira permite conceber a história da formação e do trabalho docente destas profissionais que iniciaram suas práticas com a infância, em um contexto que apresenta proximidades e distanciamentos, em especial quando estas mulheres
professoras narram sobre o “ser professora” e sobre “a escolha da profissão”, delineando assim, a constituição da história da Educação da região da fronteira
entre Brasil e Paraguai.
Palavras-chave: História Oral. Profissão Docente. Infância.
225
HISTÓRIA DA ARTE E ENSINO DE ARTES NO BRASIL: perspectivas outras
também para américa latina
Marcos Antônio Bessa-Oliveira Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Campo Grande)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente artigo pretende discutir a atual situação da História da Arte
como disciplina para o ensino de Artes Visuais (plástica) no Brasil, com perspectivas também para a questão na América Latina, no curso de Artes
Cênicas da UEMS/UUCG. A emergência da discussão está na necessidade de (re)verificarmos obrigatoriamente a História da Arte como disciplina e conteúdo, bem como o Ensino de Artes no Brasil que ainda pautam-se sobremaneira,
respectivamente, pelas Histórias e Pedagogias internacionais. Tal situação mantém excluídas a História da Arte e as Pedagogias Latino-Americanas graças aos seus processos históricos e de dependências coloniais. Objetiva-se com a
discussão aqui proposta apresentar subsídios que evidenciem uma História da Arte outra, bem como uma episteme Pedagógica descolonial que façam emergir
Histórias e Pedagogias apagadas pelos discursos históricos e contemporâneos hegemônicos: quase sempre europeus e/ou norte-americanos. Tendo como base uma bibliografia pós-colonial e culturalista, que está para além da ideia de
revisão, mas que propõem a (re)verificação dos fatos (im)postos aos sujeitos, locais e narrativas (BIOgeografias) periféricos, este trabalho almeja alcançar com
suas discussões resultados que apresentem alternativas outras à disciplina de História da Arte através de Pedagogias outras que evidenciarão, por conseguinte, histórias e formas de transmissão de conhecimentos que a colonialidade dos
poderes instituídos na América Latina não permitiram até hoje emergir. Toma-se disso, por exemplo, considerando que, assim como em toda a Europa, a América Latina teve povos que imprimiram inscrições nas paredes de grutas e cavernas,
edificaram arquiteturas que têm alternativas empreendedoras não vistas em nenhuma outra, que povos ameríndios transmitem conhecimentos do
conhecimento até hoje atuais e, por último, que as produções artísticas (Artes Visuais, Dança, Teatro e Música – como noutras linguagens contemporâneas) e bem como as transmissões dos conhecimentos Latinos não passam
exclusivamente pelas noções de História, Memória, Arte, Cultura e Conhecimentos até então ex-postos.
Palavras-chave: História da Arte. Ensino de Artes. BIOgeográfias.
226
PUC IDENTIDADE: formação institucional identitária universitária
Marcos Aurélio Pereira Universidad Nacional de La Plata (UNLP)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este trabalho é um estudo descritivo do PUC Identidade, um programa de formação institucional organizado e ofertado pela PUCPR ao seu corpo docente no período de 2000 a 2014. Para atuar em consonância com sua identidade, as
organizações precisam que seus protagonistas tenham um certo grau de identificação. Por isso, ofertam programas ou desenvolvem ações de formação
institucional para criar um sentimento de pertença. O PUC Identidade foi organizado com o objetivo de criar e fortalecer o sentimento de pertencimento, para que as práticas nos âmbitos da docência e da pesquisa sejam expressão da
identidade da universidade. Uma identidade calcada no princípio de que a universidade se constitui em comunidade de docentes e estudantes que buscam
as verdades pela experiência da fé, estabelecendo uma interlocução entre fé e razão, cultura e transcendência, espiritualidade e cotidianidade acadêmica. Iluminada pela fé cristã, a comunidade docente da PUCPR assume um
compromisso eclesial de salvaguardar as culturas tradicionais e acolher os valores modernos que reafirmam a dignidade humana. De um encontro anual, a formação institucional ofertada aos professores tornou-se um programa
sistemático e orgânico de educação institucional.
Palavras-chave: Igreja Católica. Identidade. Universidade.
227
FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE HISTÓRIA E EDUCAÇÃO PATRIMONIAL
NO MUNICÍPIO DE COXIM – MS
Marcos Lourenço de Amorim
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) E-mail: [email protected]
Maria do Carmo Brazil
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: A proposta desta comunicação é apresentar as diferentes formas como professores de História do Ensino Fundamental no município de Coxim, estado
de Mato Grosso do Sul estão se apropriando das representações da paisagem como elemento constitutivo do patrimônio cultural local que diz respeito às
reminiscências do maior movimento migratório fluvial na história do Brasil em suas relações intrínsecas com os rios Coxim e Taquari e a forma como a memória coletiva deste patrimônio é percebida nos saberes e práticas docentes nas aulas
de História. A hermenêutica da pesquisa comporta questões acerca da identidade histórica regional pelo viés da Nova História Cultural no diálogo entre Bourdieu,
Chartier e De Certeau através dos conceitos de campo, habitus, e capital; representação, apropriação, estratégia e tática. A pesquisa ancorada na metodologia da história oral utiliza uma estratégia que através de rodas de
conversa reúne professores e alunos e liga ensino, pesquisa e extensão. Suas Conclusões mostraram que os docentes pesquisados têm um “habitus
professoral” que invisibiliza questões importantes acerca do patrimônio cultural e da história local. O estudo conclui que a formação e as práticas pedagógicas dos professores em suas relações com as representações da memória e do patrimônio
cultural local apresentam lacunas e limitações que precisam ser revisitadas pelas instituições de Ensino superior responsáveis pela formação inicial e continuada
dos professores de História, pelas escolas de Ensino Fundamental e pelos próprios professores em função de suas necessidades de formação dentro da profissão que exercem.
Palavras-chave: Formação Docente. Patrimônio Cultural. Mato Grosso do Sul.
228
UMA ANÁLISE DAS
FORMAÇÕES CONTINUADAS PARA PROFESSORES ALFABETIZADORES NA PERSPECTIVA DAS POLÍTICAS PROPOSTAS PELO MEC ENTRE OS ANOS DE
2001 A 2016
Maria Joana Durbem Mareco Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este artigo tem como proposta apresentar uma análise dos Programas
de Formação Continuada para professores do ensino fundamental desenvolvidos pelo Ministério da Educação (MEC), nas últimas décadas, tais como: Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (PROFA), Programa de Formação
Continuada dos Professores dos Anos do Ensino Fundamental (PRÓ-LETRAMENTO) e o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). Utiliza-se na abordagem teórica autores que tratam do referido tema. A
metodologia utilizada para coletas de dados foi pesquisa bibliográfica e documental e as legislações pertinentes ao assunto. É inegável a importância da
formação continuada de professores no desenvolvimento de uma educação de qualidade, que revertam em aprendizagens significativas para todos os alunos, contribuindo para produção e socialização de conhecimentos que os possibilitem
ter resultados positivos na trajetória escolar. A formação em serviço é aposta para alterar a realidade de insucesso no ciclo de alfabetização, considerando que esse
espaço, quando constituído dialogicamente, é o desencadeador de reflexões a respeito das práxis, das concepções ideológicas e metodológicas, porém a descontinuidade das políticas de formação, a falta de uma avaliação
sistematizada dos processos formativos e dos impactos dos programas no avanço das aprendizagens dos estudantes são impeditivos para um planejamento mais sistematizado por parte do governo federal e são desafios para as políticas
educacionais.
Palavras-chave: Formação continuada. Políticas educacionais. Professor
alfabetizador.
229
A FORMAÇÃO DE PROFESSORES FRENTE A CULTURA MOBILE: novas
práticas de ensino e as plataformas de comunicação
Mariana Rodrigues de Oliveira Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)
E-mail: [email protected]
João Otávio Chinem Alexandre Alves Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)
E-mail: [email protected]
Priscila Palhanos
Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) E-mail: [email protected]
Resumo: O trabalho em tela volta-se para um estudo sobre a formação de professores frente a cultura mobile, focalizada nas novas práticas de ensino e plataformas de comunicação existentes na sociedade atual. O estudo tem como
ponto de partida o desenvolvimento da cultura digital, uma vez que a modernidade e os recursos oriundos da tecnologia conquistaram espaço na área
educacional, podendo contribuir de maneira benéfica para expandir, aprimorar e transmitir conhecimentos. A cultura mobile permitiu a criação de blogs, rede sociais, ferramentas e aplicativos que propiciassem o avanço das plataformas de
comunicação, permitindo, também, a socialização entre professores e alunos. Nesse contexto, objetivou-se com a pesquisa: (I) analisar as mudanças na
formação docente frente a cultura mobile; (II) à luz da fundamentação teórica sobre o tema proposto, identificar as estratégias de ensino e as plataformas de comunicação; e (III) relacionar educação e tecnologia, com olhares nas práticas
docentes e interação comunicacional. Desse modo, o presente artigo possui método qualitativo com tendência de descrição analítica, tendo contribuído para a percepção da importância da reflexão sobre os meios digitais na área educacional,
proporcionando desafios na formação docente e conscientização no uso das ferramentas mobile como meio de interação e consolidação de conhecimento.
Palavras-chave: Formação de professores. Cultura mobile. Práticas de ensino.
230
PROFISSÃO DOCENTE: novas competências no ensino de História
Marinete Aparecida Zacharias Rodrigues Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Viviane Scalon Fachin
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) E-mail: [email protected]
Resumo: A pluralidade cultural presente na sociedade brasileira impõem
atualmente aos profissionais que atuam como docentes no ensino de história, na Educação Básica, novos desafios e novas demandas socioeducativas que exigem
aperfeiçoamento e qualificação continuadas. O exercício da profissão docente no ensino de história requer muito mais do que apenas o conhecimento aprendido na formação inicial, exige-se desse profissional a apreensão de competências
específicas que dinamizam a relação com as competências globais e que juntas possibilitem uma compreensão lógica dos processos históricos. Para enfrentar tais questões o docente de história tem procurado desenvolver e inovar
competências que lhe permita agir, interagir, orientar e transferir conhecimentos apreendidos no decorrer do “fazer docente”. Para alcançar seus objetivos recorre
as novas metodologias, tecnologias e saberes de uma prática que tem contribuído para aprimorar novas concepções sobre a educação, proporcionando a atualização nas teorias do desenvolvimento da aprendizagem. Buscamos com este
artigo analisar as competências que se delineiam como exigências nas políticas educativas para a profissão docente no ensino de história. Tais competências são construídas a partir da formação inicial e qualificação continuada, mas também
das práticas da sala aula, na relação constante com as situações e os recursos intelectuais mobilizados pelo docente. Podemos dizer que a profissionalização
docente, para o ensino de história é uma construção constante que requer inovação de conhecimentos, aprendizados, atitudes, habilidades e competências.
Palavras-chave: História. Educação Básica. Docência.
231
MEMÓRIAS DE PROFESSORES ALFABETIZADORES INDÍGENAS DA ALDEIA
BANANAL/ AQUIDAUANA MS
Micilene Teodoro Ventura Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Leia Teixeira Lacerda Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este trabalho tem por objetivo apresentar os resultados de uma pesquisa desenvolvida no Programa de Mestrado Profissional em Educação da
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). O tema dessa pesquisa é a proposta de alfabetização bilíngue, em línguas Terena e Portuguesa,
implementada em uma escola indígena localizada na Aldeia Bananal em Aquidauana/MS. Optamos pelo uso das narrativas como procedimentos metodológicos para a obtenção dos dados. Dessa forma, foram analisadas
narrativas produzidas pelos professores da escola indígena. A metodologia de produção dessas escritas autobiográficas consistiu na reprodução de imagens, que nesse contexto foram utilizadas como recursos metafóricos, a fim de motivar
os professores a refletirem sobre o seu processo de alfabetização e sobre suas concepções de alfabetização e ensino bilíngue. O artigo tem como proposta
evidenciar, por meio desses escritos autobiográficos, como abordar os processos de alfabetização e contribuir com a formação do leitor e escritor nas línguas Terena, de tradição oral, e a portuguesa. Nesse sentido, os dados foram
analisados a partir das contribuições de teóricos do campo da educação, da linguística e da antropologia. Evidenciou-se, por meio das narrativas, as
dificuldades no processo de alfabetização devido ao não uso da língua materna, uma vez que os professores eram falantes da sua língua materna, e em sala de aula era proibido o uso da língua, dessa forma eram forçados a usar somente a
língua portuguesa no ambiente escolar.
Palavras-chave: Educação Escolar Indígenas. Alfabetização. Memórias.
232
A INCLUSÃO DO ENSINO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NO CURRÍCULO
ESCOLAR
Michelly dos Santos Gonçalves
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) E-mail: [email protected]
Resumo: Esse artigo tem como objetivo analisar as relações étnico-raciais no currículo escolar a partir da perspectiva da Lei 10. 639/2003 e das Diretrizes
Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana. Considerando que essa lei foi a primeira que estabeleceu a obrigatoriedade do ensino de história e da
cultura afro-brasileira, apresentaremos sua longa trajetória de luta e resistência até ser regulamentada, destacando na luta do Movimento Negro no Brasil: a Revolta dos Malês, a Revolta da Chibata e a Marcha Zumbi dos Palmares contra o
racismo e pela cidadania e vida. Essa pesquisa, de caráter bibliográfico, nos deu sustentação em grandes teóricos da área como Homi Bhabha (1998), Kabengele
Munanga (2004), Luciana Jaccoud e Nathalie Beghin (2002), Nilma Lino Gomes (2012), Stuart Hall (2011), Tomaz Tadeu da Silva (2000), dentre outros. Dessa forma, esperamos que essa pesquisa desperte nos professores e a todos
implicados na elaboração, execução, avaliação de programas de interesse educacional, de planos institucionais, pedagógicos e de ensino e a todos os cidadãos comprometidos com a educação dos brasileiros, o desejo de
proporcionar atividades para combater o racismo e o afropessimismo na escola, visando a consolidação da democracia, a promoção da cidadania e o reforço à
igualdade racial na sociedade entre os diferentes grupos étnicos que compõem a rica nação brasileira.
Palavras-chave: Étnico-racial. Currículo. Educação.
233
ENSINO DE ARTE: a subjetividade da relação entre professor e aluno com
contribuições da teoria psicanalítica
Natali Allas dos Santos Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Marcos Antônio Bessa-Oliveira Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Campo Grande)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este artigo trata do ensino de Arte com enfoque na subjetividade dos indivíduos — professor e aluno — suas relações, comportamentos e
manifestações inconscientes. Os motivos que impulsionaram a pesquisa decorreram das inquietações e questionamentos provindos da experiência do Estágio Curricular Supervisionado Obrigatório realizado nos anos de 2015/2016
na disciplina de Arte em escolas públicas de Campo Grande. Durante a realização do estágio inevitavelmente entrei em contato com o aluno e fui atravessada por sua subjetividade e comportamento. As questões subjetivas, comportamentais e
afetivas (minhas e dos alunos) que foram constantes durante o estágio permeiam esta pesquisa que é bibliográfica, mas que permite minha inscrição como sujeito
autoral por meio do relato daquela experiência. Embora o ponto de partida tenha sido minha própria experiência, os conhecimentos que apresento são de interesse de todo professor preocupado com sua formação, seu comportamento em sala de
aula, sua saúde psíquica, sua maneira de lidar com o aluno e com os desafios da profissão. Para desenvolver as reflexões propostas a Psicanálise é tida como subsídio teórico que auxilia na compreensão da subjetividade e do psiquismo do
indivíduo. Além disso, os estudos de pesquisadores da área da Educação e do ensino de Arte são considerados a fim de possibilitar os diálogos possíveis entre
ensino de Arte e Psicanálise. Dentre os diversos autores utilizados nesta pesquisa destacam-se Ana Mae Barbosa, Duarte Júnior, Célia M. de Castro Almeida, Elisabeth Roudinesco, Fabio Herrmann, Leandro de Lajonquière, Maria Cristina
Kupfer e Regina L. Sucupira Pedroza. Os conceitos psicanalíticos de aparelho psíquico (consciente e inconsciente) e desejo ajudam a entender o indivíduo
(professor e aluno) e os elementos psíquicos que o compõem. Ao tentar compreender o sujeito, o professor desenvolve maturidade afetiva e responsabilidade profissional, fatores muito importantes para assumir a docência
com todos os desafios que ela traz em seu bojo.
Palavras-chave: Ensino de Arte. Formação Docente. Psicanálise.
234
FORMAÇÃO DE NORMALISTAS DO BRASIL: levantamento da produção
Noeli Calacio da Silva Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Paranaíba)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente trabalho encontra-se vinculado ao Programa de Pós-Graduação (lato sensu) em Educação da Universidade Estadual de Mato Grosso
do Sul (UEMS), Unidade Universitária de Paranaíba (MS). A pesquisa de cunho qualitativo encontra-se em andamento e tem como tema a formação de
professores normalistas do Brasil, desenvolvido por meio de levantamento da produção acadêmica, apurando quantitativamente os trabalhos (teses e dissertações) que tratem sobre o tema em questão. Em buscas no IBICT,
verificou-se que das 492 dissertações e 227 teses catalogadas no sistema, apenas nove (09) estão vinculados ao curso Normal em questão. Por outro lado, os
estudos em geral, mencionam o ano de 1946, período em que a educação brasileira e a formação de professores, ganham nova regulamentação por meio do Decreto-Lei nº 8.530/46 (Lei Orgânica do Ensino Normal), configurando-se com o
início da reestruturação do Ensino Normal no país, como formação docente, e, o ano de 1971, surgindo a formação no âmbito do chamado curso de Magistério. De uma forma geral, buscou elementos nesta pesquisa para responder dúvidas
quanto a formação docente e sua relevância no cenário brasileiro. Se no âmbito da historia da educação a formação docente é uma das prioridades como estudo e
pesquisa, porque encontra-se tão poucos trabalhos que abordam o assunto? Mediante esse questionamento, o trabalho busca respostas que possam contribuir para uma discussão futura.
Palavras-chave: Formação de Professores. Mato Grosso do Sul. Brasil.
235
A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA COMO FATOR DE AUTONOMIA PARA O
DOCENTE
Priscila Palhanos Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)
E-mail: [email protected]
Mariana Rodrigues de Oliveira Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)
E-mail: [email protected]
Maria Augusta de Castilho
Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)
Resumo: O objetivo do trabalho é demonstrar como as ações de extensão
universitária podem desenvolver características fundamentais para o docente no contexto da intelectualidade e da moralidade, desenvolvendo aspectos de respeito entre todos aqueles que estão inseridos na escola/instituição como aqueles da
comunidade. O método do estudo foi o indutivo, voltado para as experiências ocorridas no Laboratório de História da Universidade Católica Dom Bosco, no contexto do Projeto de extensão intitulado: Práticas extensionistas no Labhis:
saberes culturais e aprendizagem. Além da experiência cotidiana no Labhis, foram realizadas pesquisas em livros, revistas científicas e textos retirados da
internet sobre a temática proposta. Tais atividades de extensão compreendem também: cursos, oficinas, teatro, organização de eventos, visitas de estudos e palestras realizadas em escolas públicas com debates e reflexões sobre o
patrimônio cultural de Campo Grande – MS visando levar a os conhecimentos docentes e universitários para escolas e comunidade. As bolsistas de extensão
também confeccionam material didático tais como: memorial descritivo, arquivos pessoais, banners, álbuns fotográficos, gravação de CDs didáticos voltados para a história e outras áreas do conhecimento. Dessa forma são oferecidas
oportunidades aos alunos a troca de experiência entre os mesmos e um período de prática dentro da sala de aula em contato com a escola. As atividades do Labhis relacionadas aos bolsistas de extensão têm a função de preparar o
acadêmico para o exercício profissional com competência, responsabilidade e valores éticos, para poder desenvolver o ensino de forma adequada e para que se
torne um bom professor de história.
Palavras-chave: Ensino-aprendizagem. Autonomia intelectual e moral. Formação Docente.
236
MEMÓRIA DE PROFESSORES APOSENTADOS: uma reflexão sobre alteridade
e habitus professoral
Priscila Peralta da Silva Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Rozilene de Oliveira Jara Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Thayna Monteiro Tavares
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) E-mail: [email protected]
Resumo: O presente artigo tem como objeto de estudo a relevância da alteridade na formação do habitus professoral. Tem como objetivo analisar as relações de
alteridade percebidas nos relatos das memórias da professora Maria da Glória Sá Rosa (Glorinha), aposentada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, e como essas relações influenciaram seu habitus professoral. Para tanto, foi
realizada uma pesquisa bibliográfica e documental, tendo como principal fonte os estudos teóricos de Pierre Bourdieu, que se constituem o aporte teórico da
pesquisa, e a transcrição de uma entrevista à professora Maria da Glória, disponibilizada em CD-ROM anexo à obra Episódios do Passado: narrativas de professores aposentados da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul,
sobretudo no conceito de habitus. Como resultados, apontamos que o habitus professoral de Glorinha revela que as relações de alteridade presentes em sua
trajetória ocorreram com profundo respeito ao outro, permitindo e estimulando que seus estudantes e pares se manifestassem com liberdade, principalmente no seu trabalho feito em relação à cultura. Concluímos que, ao olhar para a história
de profissionais docentes aposentados, por meio das histórias de vida, é possível estimular a reflexão nos professores em início de carreira e em acadêmicos da área educacional, com relação não somente às suas práticas futuras, mas
também com vistas às suas interações com o outro.
Palavras-chave: Habitus professoral. Alteridade. Memórias de professores
aposentados.
237
O SILÊNCIO ELOQUENTE: a gênese do Imperial Instituto de Surdos-Mudos
no Século XIX (1856-1896)
Radai Cleria Felipe Gonçalves Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Paranaíba)
E-mail: [email protected]
Resumo: No presente trabalho, são apresentados os resultados de pesquisa desenvolvida no âmbito do curso de mestrado, vinculado ao Programa de Pós-
graduação em Educação, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Unidade Universitária de Paranaíba (MS), destacando o tema "história da
educação de surdos no Brasil", com enfoque sobre o Silêncio eloquente: a Gênese do Imperial Instituto de Surdos-Mudos no Século XIX com o recorte temporal (1856-1896), hoje, denominado de Instituto Nacional de Educação de Surdos
(INES). Os aportes teóricos que forneceram subsídios para a compreensão do objeto foram os mapeamentos e identificação de considerável base documental
(relatórios, pareceres, fotografias, regimentos, leis, decretos etc) localizada nos arquivos institucionais. A documentação contribuiu de forma substancial para a compreensão da trajetória da instituição no período elencado. Além disso, as
fontes possibilitaram vislumbrar as práticas ocorridas no interior da instituição, como aquelas ligadas ao ensino, como por exemplo, o conflito entre o realismo e linguagem gestual. Dados quantitativos de alunos com o acolhimento, origem e
grau de surdez também sobressaem no refinamento dos dados. Fatores com a alternância de diretores, mudanças na estrutura física e da necessidade de
recursos financeiros, também sobressaem na narrativa. De modo geral, apesar das vicissitudes enfrentadas no decorrer da existência do Instituto, admite-se que sua criação e manutenção, no Século XIX, foi determinante para a história da
educação de surdos no país.
Palavras-chave: História da Educação de Surdos. Rio de Janeiro. Império.
238
TRAJETÓRIA HISTÓRICA DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
ALFABETIZADORES NO BRASIL
Rosangela Cristina Teixeira Fernandes Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
(UEMS/Campo Grande/PROFEDUC)
E-mail: [email protected]
Vilma Miranda de Brito Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
(UEMS/Campo Grande/PROFEDUC)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente texto tem como objetivo delinear o percurso de formação dos docentes responsáveis pelo processo de alfabetização no país. Sendo assim, o
texto perpassa os períodos da Colônia (momento em que surgiu a função docente), do Império e da República até chegar aos dias atuais, ressaltando os
sentidos atribuídos à leitura e à escrita em cada época, bem como as suas influências na proposta de formação dos professores alfabetizadores, que era vinculada às Escolas Normais, as Escolas-Modelo, aos Institutos de Educação, ao
Curso Normal – Magistério, a Pedagogia e, por fim, as Formações Continuadas. Trata-se, portanto, de um trabalho de fundamentação histórica com base em
pesquisa bibliográfica, cujos estudos possibilitaram identificar que, ao longo da história, a ideia de professor alfabetizador esteve atrelada a função de professor primário. Por outro lado, as formações docentes eram propostas conforme os
interesses da sociedade dominante em cada período histórico, evidenciando a não existência de uma formação inicial específica para o professor alfabetizador, estando à mesma, portanto, atrelada ao curso de Pedagogia. Por esta razão, os
professores alfabetizadores vêm sendo capacitados por meio de formações continuadas que se constituem no modelo atual de formação oferecido pelos
poderes públicos no Brasil, disseminando métodos oficiais como modelos eficazes de ensino. Conclui-se, portanto, que a formação do professor alfabetizador sempre esteve atrelada aos interesses sociais, políticos e econômicos da sociedade
dominante em cada momento histórico. Sendo assim, os discursos oficiais são utilizados para direcionar o trabalho docente, que, consequentemente, passa a ser visto como ineficaz e responsável pela má qualidade do ensino encobrindo,
portanto, o papel dos poderes públicos pela precariedade da educação ao longo dos anos no nosso país.
Palavras-chave: História. Professores alfabetizadores. Formação docente.
239
HISTÓRIA DA CRIAÇÃO DO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO
ARTÍSTICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL, NA
DÉCADA DE 1980
Rozana Vanessa Fagundes Valentim de Godoi
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) E-mail: [email protected]
Alessandra Cristina Furtado
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente trabalho apresenta uma pesquisa inicial acerca da história
do curso de Licenciatura em Educação Artística da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande – MS, no período de 1980 a 1997. Este recorte justifica-se por dois argumentos: o ano de 1980 marca a criação desse Curso na
instituição e o ano de 1997 sinaliza um período de mudanças no Curso, devido a sua estruturação com características polivalente, propondo uma formação de
professores constituída por distintas linguagens artísticas. Assim, o trabalho apresentado tem como objetivo analisar o processo de criação da primeira graduação na área de arte no Estado de Mato Grosso do Sul. Torna-se pertinente
contextualizar a partir do objetivo proposto, os aspectos históricos que anteciparam a implementação do curso e os pressupostos legais do período, visto que os primeiros cursos de licenciatura foram criados no Brasil na década de
1970. Esta pesquisa fundamenta-se nos referenciais da história, história e historiografia da educação, ensino de arte, ensino superior e das políticas
educacionais. Para tal, recorre-se aos documentos do arquivo do curso investigado na UFMS, como atas, diários de classe, comunicações internas e as suas estruturas curriculares. Ainda, utiliza as entrevistas com coordenadores e
professores que participaram da criação do curso. As fontes revelaram que o curso de Educação Artística iniciado na UFMS teve a princípio o papel de atender
a demanda por formar profissionais na área para atuar no ensino de 1º e 2º graus, mas que além da formação de professores, também contribuiu para formar artistas e fomentar as atividades artísticas e culturais do Estado ao propor em
seu percurso a criação do bacharelado em Educação Artística. Espera-se, com os resultados obtidos, contribuir para a história da formação de professores dentro de uma licenciatura específica no Brasil e, mais especificamente em Mato Grosso
do Sul.
Palavras-chave: Licenciatura em Educação Artística. História de Curso. Ensino
Superior.
240
MESTRADO PROFISSIONAL EM EDUCAÇÃO DA UEMS: propostas de
intervenção na linha de pesquisa formação de professores e diversidade
Sandra Novais Sousa Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Fernando Fidelis Ribeiro Secretaria de Estado de Educação do Mato Grosso do Sul (SEED/MS)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente artigo apresenta como objeto de estudo as propostas de intervenção elaboradas por egressos do Programa de Pós-Graduação Mestrado
Profissional em Educação da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul - UEMS, no âmbito da linha de pesquisa Formação de Professores e Diversidade.
Tem como objetivo evidenciar as potencialidades do referido programa tanto para a formação de professores como para a formulação de proposições de melhoria da qualidade da educação básica em Mato Grosso do Sul, analisando-se as
temáticas e a abrangência das propostas de intervenção apresentadas pelos concluintes do mestrado profissional nos anos de 2014-2016. A proposta de intervenção consiste em uma das exigências do programa para obtenção do título
de mestre em educação, que deve estar, necessariamente, articulada à problemática de pesquisa investigada durante a pós-graduação. Como
procedimentos metodológicos, realizou-se pesquisa bibliográfica e documental, tendo como fontes os estudos que tratam da formação e do desenvolvimento profissional de professores, bem como as dissertações produzidas por egressos do
mestrado profissional da UEMS, disponibilizadas em seu banco de dados. Como resultados, aponta-se a diversidade de temas abordados nas propostas, que vão
desde políticas de alfabetização e formação de professores, educação indígena, educação especial e ensino de música, até questões como formação em direitos humanos. As propostas de intervenção, no entanto, não foram objeto de estudo
das secretarias de educação municipal e estadual. Percebeu-se, ainda, que grande parte das propostas é voltada para a realidade da unidade escolar lócus da pesquisa, o que provoca reflexões quanto à necessidade de ampliar a visão dos
mestrandos para os contextos educacionais mais gerais, ainda que o particular ou local não deva ser desconsiderado.
Palavras-chave: Mestrado Profissional em Educação. Linha de pesquisa Formação de Professores e Diversidade. Proposta de intervenção.
241
A GÊNESE HISTÓRICA DA CONSTRUÇÃO DO PLANO DE ENSINO
INDIVIDUALIZADO (PEI) NA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Tânia Mara dos Santos Bassi Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/ PROFEDUC)
E-mail: [email protected]
Vilma Miranda de Brito Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
(UEMS/ Campo Grande/ PROFEDUC)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente artigo se insere no âmbito da pesquisa em Políticas Públicas
tendo especificamente como objeto de estudo a inclusão de alunos da Educação Especial na escola regular e o direito ao atendimento às suas necessidades educacionais especiais por meio de práticas pedagógicas diferenciadas. A
metodologia utilizada abrangeu pesquisa documental e bibliográfica. Nesse sentido, abordamos brevemente a formação do professor em face à perspectiva inclusiva, na qual deve elaborar o Plano de Ensino Individualizado (PEI),
instrumento pedagógico fundamental, em consideração às particularidades do aluno com deficiência. Essa abordagem, de cunho histórico, aborda diversos
marcos legais que disciplinaram a oferta de educação inclusiva, desde a Constituição de 1988 até o que dita a Lei n.º 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Como resultados principais, apontamos para as
determinações históricas que levaram à inclusão desse público no ensino regular, as quais passam pelas demandas capitalistas de mão de obra economicamente ativa, assim como a necessidade de inovações curriculares e pedagógicas para
que ocorra verdadeiramente um processo de inclusão. Também aborda, brevemente, a formação do professor na perspectiva inclusiva que tem como
responsabilidade a elaboração do PEI em consideração às particularidades do aluno com deficiência. O PEI, como marco referencial para um processo dinâmico de sala de aula, exige do docente não somente a articulação de saberes e
posturas, mas também visões e comprometimentos com uma educação que busca o pleno desenvolvimento do ser humano, independente de sua condição
física ou mental. Conclui-se, portanto, que apesar do longo caminho trilhado até o presente momento, tanto o PEI quanto a própria noção de inclusividade foi fruto mais do desenvolvimento teórico e escolar do que legislacional propriamente
dito.
Palavras-chave: PEI. Educação Especial. Educação Inclusiva.
242
GT6. Ensino de História e História da
Educação
243
MANUAIS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA E A ABORDAGEM DO CONCEITO DE
ESCRAVIDÃO: um estudo comparativo entre Brasil e Portugal
Ana Paula Squinelo Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS/CPAq)
E-mail: [email protected]
Maria Isabel Gomes Barca de Oliveira Universidade do Minho (Braga/Portugal)
E-mail: [email protected]
Maria Glória Parra Santos Solé
Universidade do Minho (Braga/Portugal) E-mail: [email protected]
Resumo: Apresentamos nessa Comunicação os resultados advindos da pesquisa realizada no Estágio Pós-Doutoral desenvolvido no Instituto de Educação da Universidade do Minho (Braga/Portugal), no Departamento de Estudos
Integrados de Literacia, Didática e Supervisão na especialidade em Educação Histórica e Ciências Sociais sob a supervisão das Professoras Doutoras Maria
Isabel Gomes Barca de Oliveira e Maria Glória Parra Santos Solé. No processo de investigação analisamos como o conceito escravidão é abordado nos Manuais Didáticos de História adotados no Brasil e em Portugal, sendo que no Brasil
foram elencados os manuais destinados ao 7° Ano do Ensino Fundamental II e em Portugal os adotados para o 5° Ano (1° Ciclo) e 8° Ano (2° Ciclo). Como
referencial teórico e suporte metodológico para o estudo dos manuais didáticos apoiamo-nos nos estudos de Alain Choppin (2001), Cuesta Fernández (2009), Bittencourt (2011), Isabel Afonso (2013), Glória Solé (2014) e Jörn Rüsen (2016).
Os instrumentos de pesquisa para a análise e categorização dos Manuais foram elaborados ancorados na perspectiva da Educação Histórica e as pesquisas de Isabel Barca (2000) e Peter Lee (2003), nos orientamos também pela Grounded
Theory. Apresentamos portanto os resultados alcançados e que se referem a abordagem em torno do conceito de escravidão, tendo como categorias para
análise: a) a narrativa (escravidão colonial; o mundo ampliado); b) imagens/fontes (mapas, documentos, obras, pinturas etc); c) a abordagem historiográfica; d) as atividades; e, d) questão da perspectivação futura (perspectiva da Pluralidade
Cultural). Do processo investigativo concluímos que os Manuais Didáticos em Portugal apresentam uma narrativa eurocêntrica e lusófona do processo que envolve a escravidão e o tráfico de escravos, ao mesmo tempo que tal processo
insere-se e encerra-se no século XVI. No Brasil averiguamos alguns avanços relacionados à temática que se inserem no contexto das demandas impostas
pelas Leis: 10.639/2003 e 11.645/2008.
Palavras-chave: Manuais Didáticos. Escravidão. Portugal e Brasil.
244
"GOIAZ CORAÇÃO DO BRASIL": uma história ensinada
Ana Raquel Costa Dias Universidade Federal de Goiás (UFG)
E-mail: [email protected]
Resumo: A pesquisa em questão encontra-se em andamento e refere-se a um estudo de mestrado da área de História da Educação. Trata-se da análise da obra "Goiaz coração do Brasil", primeiro livro de leitura sobre história de Goiás, para
fins didáticos, que circulou nas escolas primárias do estado de Goiás, entre os anos trinta e os anos oitenta do século XX. A obra escrita por Ofélia Sócrates do
Nascimento Monteiro, escrita em 1933 e publicada em 1934, enfatiza algumas categorias possíveis de investigação, como livro, leitura, grupos escolares, gênero, ensino primário, avaliação, premiação, higienização, ensino de história e geografia
especialmente regional. A obra se impôs como um grande instrumento de orientação para professores e alunos acerca da construção de uma ideia de
história, sobre o estado de Goiás, já que até então os professores goianos especialmente, mostravam enorme dificuldade em encontrar material para ser utilizado em sala de aula, sobre a história regional. De maneira lúdica e
diferenciada, por meio de diálogos, narrativas e cartas, Ofélia descreve, defende e assumi um discurso educacional em consonância com o projeto de cidadania republicano, em prol da construção de um cidadão ideal, um “soldado da pátria”.
Apesar do conteúdo descrito, existe uma aproximação clara com o universo infantil, no qual a obra se preocupa em mostrar e moldar o perfil ideal da criança
e do jovem, que a pátria necessita e deseja. Nesse contexto, o conhecimento histórico exposto, inclusive de forma cronológica, se constitui de valor fulcral para o devido cumprimento das tarefas patriotas. O ambiente escolar e doméstico
são os principais cenários apresentados como ambiente estudo. No contexto de engrandecimento da pátria, a natureza e a sociedade são constantemente
exaltados. Para a construção da pesquisa o perfil historiográfico da História Cultural está sendo utilizado, bem como o compartilhamento do conceito de Representação.
Palavras-chave: História regional. História cultural. Livro de leitura.
245
EDUCAÇÃO PROFISSIONAL BRASILEIRA NA DÉCADA DE 1990: a ação do
empresariado nacional e de organismos internacionais
Arão Davi Oliveira Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)
E-mail: [email protected]
Celeida Maria Costa de Souza e Silva Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)
Vanessa Janaína Viana de Oliveira Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este artigo tem como tema a história da educação profissional
brasileira, se limita a investigar a seguinte problemática: com quais interesses os organismos internacionais e os empresários nacionais propuseram uma reforma no sistema educativo brasileiro, em específico, na educação profissional na
década de 1990? Esta pesquisa vincula-se ao Grupo de Pesquisa Políticas de Formação e Trabalho Docente na Educação Básica (GEFORT) do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB).
Objetiva-se apresentar as propostas e interesses do empresariado nacional e dos organismos internacionais para a reforma da educação profissional brasileira
iniciada na década de 1990. Focamos nossos estudos na Conferência Mundial de Educação para Todos, realizada em Jomtien (1990); no Relatório de Jacques Delors, Educação: um tesouro a descobrir (DELORS, 1998); no documento
Educação Básica e Formação Profissional: uma visão dos empresários” (EBFP) publicados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em 1993; e no
documento “Prioridades e Estratégias para a Educação” publicado pelo Banco Mundial em 1995. É uma pesquisa documental e bibliográfica cujos resultados indicam que esses documentos promoveram um consenso no âmbito educativo
nacional e serviram de referência para a proposição de reformas no sistema educacional brasileiro, atingindo a LDBN de 1996, os PCNEM de 1999 e Decreto Federal n° 2.208 de 1997 que ficou conhecido como a Reforma da Educação
Profissional. Esses documentos federais atenderam as sugestões advindas dos organismos internacionais e dos representantes do empresariado nacional
proporcionando uma formação geral flexível, polivalente, valorizando as competências com intuito de promover melhor adaptação da força produtiva a nova fase de acumulação flexível do capital.
Palavras-chave: História da educação profissional. Políticas Públicas Educacionais. Acumulação Flexível do Capital.
246
TRAJETÓRIAS ESCOLARES FAMILIARES PARA UMA APROXIMAÇÃO À
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL
Beatriz dos Santos Landa
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) E-mail: [email protected]
Resumo: O objetivo do texto é apresentar uma experiência realizada na disciplina de História e Filosofia da Educação no curso de Ciências Biológicas da UEMS, na unidade universitária de Dourados, que foi solicitada para permitir uma melhor
compreensão por parte dos alunos dos diferentes contextos políticos e sociais que interferem nas políticas públicas para educação, que resultam em avanços,
retrocessos ou tensões constantes. Foi proposta uma atividade na qual teriam que pesquisar o histórico educacional de três gerações, sendo que o ponto inicial era a própria trajetória, a segunda dos pais, e a última dos avós, sendo que em
cada uma delas também fariam parte familiares da mesma faixa etária. Foram analisadas e sistematizadas as pesquisas realizadas pelos alunos nos últimos
quatro anos na referida disciplina que compõe uma das práticas como componente curricular prevista no projeto pedagógico. Os resultados da atividade realizada pelos alunos podem ser analisados sob dois aspectos principais: um
primeiro estritamente acadêmico, no qual a investigação do processo de escolarização da família identificou que a geração representada pelos avós, salvo raras exceções, é formado por um grande contingente de analfabetos ou que
permaneceram na escola o suficiente somente para aprender a ler e realizar operações matemáticas básicas. Outro dado importante é que a maioria dos
estudantes deste curso ainda é a primeira pessoa a acessar o ensino superior público, mesmo com a democratização deste ingresso na última década, como o uso das notas do ENEM para ingresso pelo SISU nas instituições públicas
estaduais e federais, e a criação e ampliação de programas de permanência nestas instituições. O segundo aspecto diz respeito à possibilidade de comunicação entre as gerações a partir dos relatos das trajetórias educacionais.
A avaliação feita em conjunto demonstrou uma melhor compreensão por parte dos alunos dos condicionantes que interferem na educação brasileira.
Palavras-chave: Trajetória escolar. Prática como componente curricular. História da Educação.
247
LIVROS DIDÁTICOS, FONTES ORAIS E MEMORIALÍSTICAS: localização e
análise (sul de mato grosso, século XX)
Bianca de Souza Oliveira Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Renata de Moraes Candia Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Kênia Hilda Moreira
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
Resumo: Objetiva-se apresentar uma análise dos livros didáticos localizados no
sul de Mato Grosso, durante o século XX (1901 a 2000), por meio das fontes orais e memorialísticas. O principal desígnio da pesquisa foi localizar e obter informações sobre obras didáticas tendo apoio de entrevistas e leituras de obras
memorialísticas possibilitando apresentar um repertório analítico das obras didáticas apontando elementos em torno de sua materialidade, as formas de acesso aos livros didáticos, resgatando os diferentes usos desse material e
evidenciando práticas que compunham a cultura escolar desse tempo-espaço. Os procedimentos teóricos metodológicos de pesquisa tem como suporte a História
Oral (ALBERTI. 2005; THOMPSON, 1995 e outros), para as obras regionais memorialísticas nos baseamos em Assis e Silva (2015) e como referenciais teóricos de análise os que tratam da história do livro didático (BITTENCOURT,
2008; CHOPPIN, 2004, OSSENBACH, 2016 e outros). A pesquisa possibilitou a localização de quatorze obras didáticas permitindo constatar que os livros
didáticos eram passados de geração a geração. Para expor as análises, dividimos o texto em três partes: a primeira aponta a relevância do livro didático, a segunda relata as contribuições e desafios da metodologia utilizada e a terceira apresenta
o uso e as práticas do livro didático.
Palavras-chave: Livro didático. História oral. Obras memorialísticas.
248
CENTRO MEMÓRIA VIVA MT: Identidades das Mulheres na Educação de
Jovens e Adultos – EJA
Bruna de Oliveira Santos Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
E-mail: [email protected]
Letícia Cristina de Oliveira Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
E-mail: [email protected]
Resumo: Temos como finalidade relatar o projeto de extensão da Universidade Federal de Mato Grosso, que se intitula Centro Memória Viva: Mulheres na
Educação de Jovens e Adultos – EJA, com o objetivo de destacar as memórias das mulheres que estudaram na EJA de Cuiabá/ MT. Analisamos suas histórias, e a
realização de seus estudos, bem como os desafios que enfrentaram ao longo de sua trajetória. A pesquisa foi desenvolvida no âmbito do Grupo de Pesquisa em História da Educação, Instituições e Gênero – GPHEG, e contamos com análises
entrevistas, iconografia e análise documental. Com esse estudo evidenciamos a história da educação das mulheres, discorrendo sobre os percursos de vida, escolares e profissionais, uma temática que ainda é pouco discutida.
Ressalvamos ainda que as mulheres participantes dessa pesquisa revelaram que sua procura por educação foi permeada por interrupções de sua escolarização,
fosse pela necessidade do cuidado com a família, para preparar-se para o mercado de trabalho, associando seu retorno a escola à procura de melhoria nas condições de vida, uma vez que, muitas das mulheres são oriundas das camadas
sociais de menor poder aquisitivo, sendo possível apenas concluírem seus estudos por meio da participação em cursos da EJA. Havendo um fator
determinante onde os filhos incentivam o seu retorno e permanência nos estudos, bem como o fortalecimento de sua própria auto-estima.
Palavras-chave: Mulheres. EJA. História da Educação Feminina.
249
“PREVENÇÃO DA COR”: construção da “raça” no brasil e o ensino de
história
Bruno Nascimento dos Santos Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Rogério da Palma
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
Resumo: O presente trabalho tem por finalidade compreender a construção do conceito de “raça” no Brasil do século XIX durante o lento processo de
emancipação dos escravizados e da própria construção do Estado brasileiro. Para tanto, pretende-se pesquisar e analisar os principais processos utilizados pelo Império Brasileiro e pela nascente República para diminuir a “preponderância
africana” no país. Entre os principais estavam a recepção das teorias raciais vigentes na Europa e Estados Unidos e os incentivos à imigração europeia em contraponto à proibição da entrada de colonos africanos e asiáticos. A
incorporação maciça de contingente europeu no país, no século XIX, trouxe consigo a ideia de uma incapacidade do escravizado e de seus descendentes para
o trabalho disciplinado. A justificativa, que naturaliza a substituição por razões econômicas, da mão de obra escravizada para o trabalho assalariado do imigrante, traz consigo (por desconfiar da capacidade do liberto e seus
descendentes para o trabalho regular e disciplinado) a hierarquização das raças e acaba fundamentando as discriminações raciais. Tratando o assunto com maior
ênfase no Ensino Básico, historicizando o processo de racialização, podemos desconstruir diversas concepções eurocêntricas presentes na formação escolar brasileira. Tal conhecimento pode e deve ser usado como instrumento de luta
contra a discriminação racial, ao desnaturalizar a desigualdade entre as “raças”, o racismo, combatendo concepções que determinam características morais e intelectuais de um grupo ao seu fenótipo ou aos seus aspectos biológicos.
Palavras-chave: Raça. Discriminação racial. Ensino de História.
250
PATRIMÔNIO E REPRESENTAÇÕES DA FERROVIA NOROESTE DO BRASIL:
fontes históricas e ensino de história regional
Caio Vinicius dos Santos Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Jaqueline Ap. M. Zarbato Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: Esta pesquisa surge enquanto continuação do projeto de pesquisa
Ensino de História e ações educativas: Educação Patrimonial em Três Lagoas/MS. As discussões desenvolvidas no processo de pesquisa nos conduziram a ampliar o debate acerca da estrada de ferro Noroeste do Brasil e
suas significâncias enquanto patrimônio histórico para a história regional, especificamente para a cidade de Três Lagoas. Diferente da pesquisa mãe, esta pesquisa pretende concentrar seus esforços no envolvimento da história local
com a história da estrada de ferro Noroeste do Brasil (NOB). Observamos que ambas caminham juntas e se fazem complementares, bem como a relação entre o
relógio e a estação, a praça central e a estação, o fluxo de imigrantes e o desenvolvimento industrial recente. A tese da professora Helena Pinto é o embasamento teórico para as discussões que permearam esta pesquisa, pois a
autora aborda a educação patrimonial enquanto fundamentação teórica possível para a educação histórica, abordada por Jörn Rüsen, que discute educação histórica a partir da perspectiva humanista. A proposta é que, a partir desta
pesquisa, possamos elaborar, assim como no projeto anterior, uma cartilha educativa, a fim de orientar professores e alunos da educação básica, para a
aplicação da educação patrimonial, principalmente, em Três Lagoas.
Palavras-chave: Patrimônio. Ensino de História. História Regional.
251
A PROFESSORA LAURITA SARAIVA SAMPAIO E SUA ATUAÇÃO NO
PROCESSO DE CRIAÇÃO E FUNCIONAMENTO DA ESCOLA MUNICIPAL PADRE ANCHIETA DE VILA FORMOSA - MT (1965-1974)
Camila de Paula Bicudo Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este trabalho tem como objetivo analisar a atuação da professora Laurita Saraiva Sampaio na criação e no funcionamento da Escola Municipal
Padre Anchieta, situada na Vila Formosa, no município de Dourados, no período de 1965 a 1974. Este recorte temporal justifica-se por dois argumentos: o ano de 1965 marca o período de criação dessa escola na Vila Formosa. E, o ano de 1974
sinaliza o período de elevação da Escola de Vila Formosa em Escola Municipal Padre Anchieta, por meio do Decreto nº 296/74, do prefeito municipal de
Dourados, o Senhor João da Câmara. A pesquisa orienta-se com base nos referenciais da história, história e historiografia da educação, ensino rural, entre outros. As fontes que embasam este trabalho são constituídas por regulamentos,
decretos, mensagens de governadores, legislação, cadernos, livros, fotografias, entre outros. Utiliza, também, as entrevistas com antigos alunos da escola e com a professora Laurita Saraiva Sampaio. A análise das fontes revelou que a criação
da Escola na Vila Formosa somente ocorreu após a professora Laurita Saraiva Sampaio ter sido cedida pelo governo estadual da Escola Rural Mista do Mercado
da Vila Sapé, para a Escola em Vila Formosa. Neste contexto, essa escola teve que contar no período pesquisado para o seu funcionamento somente com a atuação da professora Laurita Saraiva Sampaio, que além de ministrar as aulas em uma
sala multisseriada, cuidava de todo o seu funcionamento. No decorrer dos anos, a escola passou por algumas transformações, no final da década de 1960, foi elevada de Escola Rural Mista do Mercado para Escola Reunida da Vila Formosa
e em 1974, transformou-se em instituição de ensino municipal, passando a receber o nome de Escola Municipal Padre Anchieta. Contudo, pode-se concluir
que existência histórica dessa escola não pode deixar de relacionar com a trajetória da professora Laurita Saraiva Sampaio.
Palavras-chave: História de Instituição Escolar. Escola Primária Rural. Vila
Formosa.
252
O ENSINO SECUNDÁRIO NAS MEMÓRIAS DO PROFESSOR E INTELECTUAL
JOSÉ PEREIRA LINS: em estudo o ginásio Osvaldo Cruz de Dourados (1954-1970)
Cintia Medeiros Robles
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) E-mail: [email protected]
Jacira Helena do Valle Pereira Assis
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: Esta pesquisa tem como objeto de estudo o ensino secundário no sul de
Mato Grosso, especificamente no município de Dourados (MT-UNO), com o objetivo de compreender as representações desta etapa da educação, na
historiografia regional e memorialística. A análise se apoia em fontes empíricas localizadas no Centro de Documentação Regional da Universidade Federal da Grande Dourados (CDR-UFGD) e no Museu Histórico Municipal de Dourados,
tais como: legislações, atas, jornais, relatórios de inspeção e fotos; bem como em fontes historiográficas encontradas em produções científicas de relevância e em fontes memorialísticas e (auto) biográficas regionais, que foram cruzadas e
analisadas à luz de estudos historiográficos e sociológicos; tomamos como fio condutor destas análises e fundamentação teórico-metodológica a perspectiva
bourdieusiana. Os resultados revelaram o significativo envolvimento do campo político no campo educacional, a compreensão de que a educação secundária, em Dourados e região, foi um dos fatores de relevância no desenvolvimento
econômico e social do município; que a história do Ginásio Osvaldo Cruz de Dourados é o início da escrita, de mais uma parte, da história da educação
douradense e do Sul de Mato Grosso; e que mesmo em número minoritário, estudantes de classes populares tiveram as mesmas possibilidades de romper com um habitus incorporado e movimentar-se pelas estruturas, sendo capazes de
gerar novas disposições naquele espaço; Isto posto concluímos que, a presença do Ginásio Osvaldo Cruz de Dourados fomentou, direta e indiretamente,
discussões sobre acesso, permanência e o direito de uma educação para todos no município, desencadeando oportunidades de instrução a jovens que não conseguiam sair da cidade para concluir seus estudos, e a necessidade de
iniciativas públicas na oferta da modalidade de ensino no município.
Palavras-chave: Ensino Secundário. Memória. Ginásios.
253
ESCOLA DA MISSÃO INDÍGENA EVANGÉLICA CAIUÁ: estratégias de
escolarização no século XX
Cristiane Pereira Peres Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: O objetivo deste artigo é demonstrar um estudo realizado sobre a escola
da Missão Indígena Evangélica Caiuá, criada no século XX pelos (as) professores (as) missionários (as) na Reserva Indígena da cidade de Dourados, no antigo Sul de Mato Grosso, bem como, identificar e analisar as estratégias de escolarização
utilizadas com crianças e adultos das etnias Guarani, Kaiowá e Terena via o projeto escolar indigenista. Busca, por meio de revisão bibliográfica e da análise
de documentos oficiais (relatórios), em especial do Posto Indígena Francisco Horta, apresentar seu funcionamento a partir do ano 1929, período em que os missionários (as) iniciaram as primeiras experiências de alfabetização com os
adultos da Reserva por intermédio dos cultos e aulas dominicais, introduzindo novos costumes e formas de trabalho. A Missão tinha como objetivo “civilizar”,
integrar e evangelizar as etnias indígenas por meio de estratégias escolares e religiosas que priorizaram um ensino que negava e desvalorizava a cultura indígena, impondo uma cultura não indígena como única e desenvolvida. As
estratégias de escolarização utilizadas foram justificadas por meio de argumentos coloniais de que os indígenas eram atrasados e praticavam atos demoníacos através das suas crenças religiosas e práticas de cura. Contudo, os indígenas, a
seu modo, resistiram a essa violência cultural, tanto recusando as propostas de escolarização da Missão, quanto levando seus filhos (as) à escola para receberem
presentes.
Palavras-chave: Escola da Missão. Ensino. Etnias Indígenas.
254
A ORGANIZAÇÃO DO ENSINO NO PERÍODO JESUÍTICO
Daniela Simone dos Santos Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Jémerson Quirino de Almeida
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) E-mail: [email protected]
Resumo: Neste trabalho, tenho como tema de pesquisa a educação ministrada pelos jesuítas no Brasil. Buscamos compreender como era organizado o ensino, baseado no plano de trabalho jesuítico chamado Ratio Studiorum. O objetivo é
fazer uma análise bibliográfica, com base em textos que se referem a este período e, discorram sobre a forma jesuítica de ensino. Nosso levantamento bibliográfico,
no momento nos levou ao encontro de Alves (2011) e Paiva (2005). Com base nesses autores, percebemos que os jesuítas vieram para o Brasil junto aos colonizadores portugueses e começaram seu trabalho alfabetizando índios
adultos, mas não obtiveram sucesso, então voltaram seus esforços ao ensino de crianças indígenas e aos filhos dos colonos. Os jesuítas tinham como objetivo principal educar os nativos com base na fé católica. O seu plano de estudos, o
Ratio Studiorum, era definidor do que poderia ser ensinado nos colégios. A ordem jesuítica permaneceu no Brasil por cerca de 210 anos, até sua expulsão pelos
próprios portugueses na chamada Reforma Pombalina. Nota-se, que para além das questões educacionais, estavam concentradas nas mãos dos jesuítas grande parte da administração do poder econômico do país. Consideramos assim, que
além de eles serem provavelmente os primeiros professores e profissionais que ensinaram no Brasil, os jesuítas também respondiam por outras demandas
ligadas a burocracia na colônia, pois, eles eram neste período os poucos letrados presentes nestas terras.
Palavras–chave: Educação no Brasil. Organização do trabalho didático. Ensino
Jesuítico.
255
REFLEXÃO HISTÓRICA SOBRE A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA
EDUCAÇÃO Nº 4.024/61 E A Nº 9.394/96: aspectos históricos da educação especial
Débora Ribeiro dos Santos
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) E-mail: [email protected]
Patrícia Alves Carvalho
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
Samira Saad Pulchério Lancillotti
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) E-mail: [email protected]
Resumo: O presente artigo procura fazer uma reflexão dos momentos históricos
sobre as Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº4.024/61, nº9.394/96 e a Educação Especial, a partir do estudo, compreensão e análise dessas leis. Esta é uma pesquisa de caráter teórico-bibliográfico que traz como
base de estudo as referidas leis e referenciais teóricos como Bazílio, Frigotto e Januzzi, entre outros, que nos permitem traçar uma reflexão crítica sobre os
momentos históricos da educação especial no Brasil, seus avanços e retrocessos, conquistas e desafios. Nesta perspectiva, procuramos conhecer e compreender os aspectos históricos e o cenário socioeconômico que antecederam a promulgação
dessas leis, analisando se contemplam de forma eficiente a demanda de escolarização das pessoas com deficiência e necessidades educacionais especiais. Compreendendo que conhecer o passado nos permite compreender o presente e
modificá-lo se necessário, por meio desta pesquisa pudemos refletir sobre a batalha ideológica que se travou e se trava para atender os interesses de alguns
grupos, e a mobilização da sociedade civil na busca de um sistema que realmente atenda os interesses da população no que diz respeito à educação especial.
Palavras-chave: Educação Especial. LDBEN. Escolarização.
256
A EDUCAÇÃO ESCOLAR NA CIDADE DE CAMPO GRANDE, SUL DE MATO
GROSSO, NAS PÁGINAS DA REVISTA MENSAL ILUSTRADA FOLHA DA SERRA (1931-1940)
Eglem de Oliveira Passone
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) E-mail: [email protected]
Resumo: Objetiva-se analisar no presente artigo, a institucionalização da educação escolar na cidade de Campo Grande, sul de Mato Grosso, tendo como
fonte a Revista Mensal Ilustrada Folha da Serra (RFS), impresso não pedagógico publicado na cidade de Campo Grande, pela tipografia Aguinaldo Trouy & Cia, entre outubro de 1931 e dezembro de 1940, foram publicados 48 números em 10
anos de publicação da Revista. A análise de todos os 48 números do periódico baseia-se nos referenciais da Nova História Cultural (BURKE, 1997; CERTEAU, 2000, CHARTIER, 2002). Deste modo, questiona-se sobre o modelo de educação
escolar propagado nas páginas da Revista; quem estava por trás das publicações; qual o propósito da exposição de determinadas instituições alvos de propaganda;
dentre outras indagações. Percebeu-se, com base na análise dos conteúdos, que os editores da Revista buscaram construir por meio da educação formal um sinal de civilidade e as instituições por sua vez, indicavam progresso e modernidade,
seja pela estrutura material dos estabelecimentos de ensino, seja pelo corpo docente. Apesar da RFS propagar uma educação fértil e promissora, a
contraposição com fontes oficiais de educação permitiram identificar que a educação escolar formal e as instituições provenientes do ensino público estavam deficientes em Campo Grande. Assim, a estratégia da Revista, foi de construir
uma representação de educação baseada em propaganda referente ao número de instituições escolares e aos graus de ensino que a cidade oferecia: primário, secundário, superior e técnico, silenciando, por outro lado, a qualidade do ensino
público de modo geral e privilegiando a educação privada.
Palavras-chave: Educação escolar em Campo Grande. Imprensa periódica.
História da educação.
257
A INCLUSÃO DO ENSINO DA HISTÓRIA REGIONAL NO ENSINO
FUNDAMENTAL, NA DISCIPLINA HISTÓRIA, NOS 5º ANOS DO ENSINO
FUNDAMENTAL, EM MATO GROSSO DO SUL
Elizabeth de Fátima da Silva Mattas Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo apresentar como ocorreu a inclusão da História Regional, na disciplina História, para os anos iniciais do
Ensino Fundamental. Para tanto é preciso entendermos os caminhos percorridos pela disciplina História na educação escolar, dando prioridade ao Ensino
Fundamental. Tendo como objeto a História Regional, para os 5º anos, dos anos iniciais, do Ensino Fundamental, a pesquisa documental e bibliográfica foram fundamentais para a compreensão da inclusão dessa temática: os documentos
federais são a Constituição de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos e os Parâmetros Curriculares Nacionais – História, e os documentos estaduais são os
Referenciais Curriculares Estaduais da Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul: ensino fundamental que legalizaram a inclusão da História Regional, e
teóricos como (NEVES, 1994; ALVES, 2001; BANDIERI, 2009; BITTENCOURT 2011; MARTINS, 2015) que definem História Regional, defendem, mas também criticam as formas de ensinar. O aporte teórico deste estudo está na categoria
organização do trabalho didático elaborada por Gilberto Luiz Alves ao concluir que o trabalho existente, hoje, nas instituições escolares, perpassando pela
relação educativa, mediação de recursos didáticos e espaço físico, são pertinentes à escola moderna idealizada por Comenius na qual teve início a fragmentação do conhecimento e a simplificação do trabalho didático. A análise dos documentos
federais evidenciou o direcionamento do ensino de História para a corrente teórica da História Cultural-Social e os documentos estaduais indicaram alterações e permanências em relação ao conteúdo do componente curricular
História para os 5º anos, dos anos iniciais, do Ensino Fundamental. Podemos concluir que o ensino de História Regional para os 5º anos, dos anos iniciais, do
Ensino Fundamental fica comprometido devido à dificuldade de acesso às produções acadêmicas por parte dos professores regentes, em virtude de tempo e disponibilidade, os quais
Palavras-chave: Ensino de História. Legislação educacional. História Regional.
258
PLANOS DE EDUCAÇÃO NO BRASIL: apontamentos e reflexões
Evelyn Iris Leite Morales Conde Universidade Católica Dom Bosco (UCDB)
E-mail: [email protected]
Regina Tereza Cestari de Oliveira
Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) E-mail: [email protected]
Resumo: O teor deste artigo faz parte da pesquisa de doutoramento sobre planos de educação, sobretudo, ao processo de implementação da Meta 19 do Plano Nacional de Educação 2014-2024 e suas decorrências à gestão democrática na
Educação Básica de Mato Grosso do Sul e de Campo Grande. A pesquisa alinha-se às discussões do Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Públicas e Gestão
da Educação (GEPPE) do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Católica Dom Bosco de Mato Grosso do Sul. Trata-se do resultado de uma pesquisa bibliográfica e documental acerca da política educacional
brasileira, incluindo a gestão democrática, com objetivo de descrever e realizar apontamentos quanto ao movimento histórico referente à elaboração dos planos de educação no país, considerando, entre outras ações, o Manifesto dos Pioneiros
da Educação Nova, na década de 1932; o Plano de Metas do Governo Juscelino Kubitscheck de Oliveira (1956-1961); a LDB de 1961; o Plano Decenal de
Educação para Todos, a partir de 1985; a LDB de 1996, e ainda o Plano Nacional de Educação referente aos decênios 2001-2011 e 2014-2024. Como resultado preliminar, observaram-se diferentes aspectos quanto à elaboração dos planos de
educação no Brasil, culminando a expressiva participação social que ocorreu com as discussões concernentes ao Plano Nacional de Educação vigente 2014-2024
em conferências organizadas no país.
Palavras-chave: Política educacional. Planos de educação. Gestão democrática.
259
A ANÁLISE DOS INSTRUMENTOS DE TRABALHO DO PROFESSOR DE
EDUCAÇÃO FÍSICA: o início de um debate para a história da educação
Felipe Francisco Insfran Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: Em tempos de discussões no cenário da educação, vivemos um período de reformas e mudanças no ambiente escolar. Por mais que tais mudanças
aconteçam, seja no sentido tecnológico, curricular, teórico, entre outros elementos, ainda encontramos uma escola pensada e organizada no século XVII, por Comenius, caracterizada por uma escola manufatureira. Nesse sentido, o
presente trabalho tem como objetivo, verificar a discussão dos instrumentos de trabalho do professor de Educação Física (EF), a partir da Organização do Trabalho Didático (OTD). Será realizada a análise das produções acadêmicas,
para compreender o que se vem produzindo sobre os livros didáticos. No mesmo percurso de análise, será realizada a verificação de dois livros para o ensino da
EF, sendo um publicado no ano de 1978 e o outro no ano 2003. O trabalho tem como característica a pesquisa descritiva quantitativa e qualitativa, com referências (Alves 2005; 2010; 2015). Para Alves (2005) três elementos
constituem a OTD sendo (1) relação educativa, entre educador e educando (2) elementos de mediação pedagógica, recursos didáticos, conteúdos e o procedimento didático-pedagógico e (3) espaço físico. Os instrumentos de
trabalho serão apresentados no trabalho como elementos a serem verificados para alcançarmos os objetivos propostos. O método do trabalho se caracteriza
pelo materialismo histórico. Os procedimentos metodológicos serão (1) Introdução (2) Levantamento das produções acadêmicas de EF nos mais relevantes campos de busca (3) Análises dos livros. Os dados serão interpretados e analisados a
partir do referencial teórico e das categorias metodológicas. Pretende-se alcançar o objetivo proposto e a busca de condições concretas para a discussão da OTD
nas aulas de Educação Física escolar. Entendo a proposta como uma possibilidade de contribuição, para o início de um debate na história da educação e da EF.
Palavras-chave: Organização Trabalho Didático. Educação Física. Escola.
260
A EDUCAÇÃO DA MULHER E SEUS MODOS DE SER/FAZER NAS PÁGINAS DA
REVISTA POPULAR
Gabriella Assumpção da Silva Santos Lopes Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Adriana Aparecida Pinto Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: A Revista Popular constituiu-se em mais um dos muitos empreendimentos do ramo dos impressos de propriedade do empresário francês
Baptiste Louis Garnier, desenvolvidos no Brasil. Circulou no Rio de Janeiro, entre os anos de 1859 a 1862 e trazia notícias sobre diversas áreas, dentre elas: agricultura, crônica, comércio e indústria, contos e narrativas, crítica e análises,
descrições, economia política, emigração e colonização, esboços biográficos, higiene, instrução e educação, geografia, música, física, poesia, economia doméstica, romances e variedades. Interessa, para essa comunicação, evidenciar
as discussões presentes nas linhas e entrelinhas da publicação, que alcançam ao público leitor feminino, como a seção de instrução, crônicas, casas
recomendáveis onde podem ser visualizados anúncios sobre costureiras, casas de modas, tecidos e até mesmo de colégios para meninas, bem como a seção de biografias “Brasileiras Célebres”. Na seção de instrução e educação, pode-se
visualizar alguns conselhos sobre a educação e criação das crianças, e até mesmo textos que se direcionam a educação e instrução feminina. Alguns artigos discutem o papel das mulheres na educação dos filhos, incentivando uma
preparação adequada para que elas exercessem sua "missão materna". Comentam que naquele momento, as mulheres estavam se educando como os
homens, mas rejeitavam uma ideia de emancipação feminina, delegando ao “bello sexo” o ambiente privado do lar. Nesse sentido, o presente estudo busca, no âmbito dos estudos históricos e no diálogo com o campo educacional,
compreender algumas das formas de educação das mulheres do Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX, a partir da difusão de práticas e valores
contidos em impressos periódicos, visto que partimos do entendimento que esta documentação permite vislumbrar aspectos sociais nos contextos em que se encontram inseridas.
Palavras-chave: Impressos periódicos. História da Educação. Revista Popular.
261
“A NARRAÇÃO DE TODOS OS FATOS PASSADOS NA VIDA PARAENSE,
DESDE O SEU DESCOBRIMENTO ATÉ OS NOSSOS DIAS”: Dionísio Hage (1935-2006) e a história didática regional no Pará
Geraldo Magella de Menezes Neto Universidade Federal do Pará (UFPA/FIBRA)
E-mail: [email protected]
Resumo: O ensino da história regional apresenta-se como uma demanda em vários estados do Brasil. Por conta da produção historiográfica brasileira se
concentrar por muito tempo no eixo Rio de Janeiro-São Paulo, e da produção de livros didáticos serem originários em sua maioria desses estados, a narrativa da história do Brasil acabou por valorizar os acontecimentos e personagens ligados à
região sudeste. No Pará, desde o início do século XX há a produção de livros didáticos que tentam abordar a história do estado ou da Amazônia, atentando para suas particularidades. A partir dos anos 1960 destaca-se na produção
didática regional o nome de Dionísio João Hage (1935-2006). Nascido em Santarém-PA, Dionísio Hage lecionou em várias escolas de Belém e ocupou vários
cargos públicos no Estado do Pará, vários deles ligados à área da educação. Hage foi autor de alguns livros didáticos sobre a história do Pará, tais como: História do Pará (1962), Pontos da nossa história (1970), Estudos Sociais do Pará (1971),
Estudos paraenses (1993) e Estudos Paraenses e Amazônicos (2003). Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é analisar as contribuições de Dionísio Hage
para uma história didática regional, problematizando os conteúdos veiculados por essas obras, suas seleções e exclusões; as transformações nas abordagens da história regional dos anos 1960 até os anos 2000; os tipos de exercícios
propostos; e as influências das experiências sociais de Dionísio Hage na sua forma de narrar a história regional. Entendemos que os livros didáticos de Hage são indícios de uma cultura escolar no Pará relacionada à história regional na
segunda metade do século XX e início do XXI.
Palavras-chave: História regional. Livros didáticos. Pará.
262
O PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO DIDÁTICO PARA O ENSINO MÉDIO
(PNLD/EM) E O MOVIMENTO HISTÓRICO DO MERCADO EDITORIAL NOS TEMPOS ATUAIS
Iara Augusta da Silva
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) E-mail: [email protected]
Resumo: Este trabalho, parte da pesquisa desenvolvida no Curso de Doutorado em Educação (2013), analisa a relação de dependência entre o Programa Nacional
do Livro Didático para o Ensino Médio (PNLD/EM) implementado pelo Estado brasileiro e o movimento histórico do mercado editorial nos anos iniciais do século XXI. O PNLD/EM foi instituído pelo Ministério da Educação, por meio da
Resolução nº 38, de 25 de outubro de 2003, como forma de expansão do processo de distribuição de material didático aos alunos da educação básica de escolas públicas. Considera-se que o mercado editorial em âmbitos nacional e mundial,
na contemporaneidade, deve ser analisado levando em conta o movimento da sociedade capitalista, em seu estágio de desenvolvimento monopolista
(BRAVERMAN, 1987; HOBSBAWN, 1995 e MÉSZÁROS, 2009). Quanto aos procedimentos metodológicos realizou-se a análise de dados estatísticos (CBL, MEC/FNDE), de documentos disponibilizados pelo Ministério da Educação
(MEC), pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e sítios oficiais de Grupos de editoras, bem como estudo de obras de autores que tratam
da questão do mercado editorial (EARP e KORNS, 2005; HALLEWELL, 1985; BORGES, 2009). A pesquisa aponta a interdependência entre as empresas do ramo editorial e o Estado, que por intermédio do Programa Nacional do Livro
Didático para o Ensino Médio compra um volume expressivo de livros para distribuir às escolas públicas do Brasil. Fica evidente a importância desse Programa para manter a “saúde” financeira do mercado editorial no país. No
Brasil, como em outras partes do mundo, o processo de formação de grandes conglomerados no setor da indústria gráfica tem sido aprofundado e acelerado
nas últimas décadas. No caso especial dos grupos editorais, a pesquisa revelou o interesse crescente de empresas de outras regiões do mundo em estabelecer negócios no território brasileiro, por meio de aquisições e fusões.
Palavras-chave: História da Educação. Programa Nacional do Livro Didático para o Ensino Médio (PNLD/EM). Mercado Editorial.
263
CULTURA MATERIAL, VESTÍGIOS E ENSINO DE HISTÓRIA NO ENSINO
FUNDAMENTAL: experiências e expectativas de estudantes do sexto ano
Isadora Muniz Vieira Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
E-mail: [email protected]
Nathália Jonaine Hermann Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar uma das atividades executadas ao longo do Estágio Curricular Supervisionado, realizado na turma do
6º ano B do Colégio de Aplicação da UFSC, durante o semestre de 2016.2. A “Pré-História” no Brasil foi o conteúdo que nos foi designado durante o estágio -
disciplina de extrema importância para a formação docente de estudantes de cursos de graduação de licenciatura em História. Além de orientar os graduandos e graduandas para a profissão docente, a disciplina objetiva que o aluno
experimente o cotidiano escolar nas suas mais diversas complexidades. Segundo a historiadora Maria Auxiliadora Schmidt o professor de história, enquanto autoridade em sala, deve procurar “estabelecer uma espécie de comunicação
individual com o seu aluno, levando-o a ter intimidade com um certo passado ou, quem sabe, com um determinado presente” (1997, p. 56). Ou seja, o primeiro
contato efetivo com a sala de aula para alunos de graduação é essencial para a formação dos mesmos. O trabalho selecionado para análise foi a atividade intitulada “Arqueologia do Futuro” que tinha como objetivo compreender quais os
espaços de experiência dos alunos e alunas do sexto ano e perceber suas expectativas de futuro, bem como notar de que forma a turma compreende o
ofício do arqueólogo e a função da arqueologia. Por fim, com base nas suas respostas foi realizado um debate sobre a temática. Observamos que a turma têm uma noção de futuro relacionado a robótica e a concepção de uma pouca
participação humana nas atividades que dizem respeito à arqueologia, bem como a noção da tecnologia vinculado a cibernética, computação, informática. Discussões teóricas e metodológicas foram articuladas com autores do ensino de
história, como Rüsen, da arqueologia, como Barreto, e da história dos conceitos, como Koselleck.
Palavras-chave: Ensino de História. Pré-história. Arqueologia.
264
O MOVIMENTO DO POVO NEGRO NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO
BRASILEIRA
Izadir Francisco de Oliveira Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente trabalho tem como objeto de estudo o papel da população
negra no contexto da cidadania no sistema hegemônico singular e universal, considerado como mão de obra barata, através de movimentos sociais. Em uma
concepção gramisciana, procura desenvolver uma reflexão de inserção social, mão de obra e cultural desta população no percurso da educação brasileira, com base no histórico das Constituições, legislações e dos movimentos de influencia
internacionais como o Inglês e Francês na concepção pertinente a Educação implantada e implementada no Brasil. Nesse percurso do contexto do desenvolvimento econômico universal do histórico político, da sociedade de
classes, e da cultura da produção e do consumo. Procura abrangência da participação do povo negro, dos movimentos negros na luta por uma educação a
qual pudesse atender melhorias nas suas necessidades e condições de vida social, moral e intelectual. Demonstrar a importância de proposta de Educação liderada pelo Movimento Negro e a sua evolução com perspectivas de busca por
uma abolição cultural, antirracista, que combata o genocídio, dentro de uma estrutura de organização política capitalista de valorização da exploração e da
exclusão, se contrapondo a formação do trabalhador consciente. Na concepção gramsciana, o que a Escola como extensão do Estado, pode contribuir para o fortalecimento identitário, do combate ao antirracismo, a discriminação, e a
Etnicidade, confrontando com as concepções que atendem o contexto hegemônico contemporâneo por meio de legalizações universais que tomam cunho singular.
Palavras-chave: Educação. Gramsci. Movimento Negro.
265
FORMAÇÃO DAS MULHERES NA ESCOLA DOMÉSTICA MARIA AUXILIADORA
(1970-1985)
Jane Cassia Barbosa Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
E-mail: [email protected]
Nilce Vieira Campos Ferreira Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
Resumo: Investigamos o Curso de Habilitação para o Magistério oferecido na Escola Doméstica Maria Auxiliadora, EDMA, no período de 1970 a 1985. Como
fontes de pesquisa temos as Atas de Adaptação e livros de Matrículas dos anos de 1970 a 1985. Analisamos como as práticas formativas estavam estruturadas na instituição. Constatamos que a formação docente oferecida na EDMA
pressupunha uma atuação na educação da infância que reproduzisse os ensinamentos sociais e religiosos que permeavam as práticas pedagógicas. A
mulher professora, por sua vez, difundiria os valores salesianos dentro e fora das escolas, ministrando aulas e princípios da religião que professavam.
Palavras-chave: Formação docente. História da Educação Feminina. Magistério Primário.
266
ALFABETIZAÇÃO E MEMÓRIA: produção acadêmica sobre história de
professores alfabetizadores de pessoas com deficiência (2001 - 2017)
Jefferson Lack da Silva Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Paranaíba)
E-mail: [email protected]
Estela Natalina Mantovani Bertoletti Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Paranaíba)
E-mail: [email protected]
Resumo: Nesta comunicação, apresenta-se um levantamento da produção acadêmica sobre a história de professores alfabetizadores de pessoas com
deficiência, com parte de pesquisa de mestrado em andamento junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
(UEMS) – Unidade Universitária de Paranaíba. Com isso, busca-se compreender a dimensão da produção acadêmica relacionada à história de professores alfabetizadores de pessoas com deficiência. Para tanto, foi realizada revisão
bibliográfica em sete banco de dados, sendo cinco deles diretamente ligados à história da educação e ao Portal de Periódicos CAPES e SCIELO a partir de 2001 até o encerramento coleta de dados em 2017. Ao todo foram encontrados 325
trabalhos relacionados à história da alfabetização, destes nenhum sobre a história de professores alfabetizadores de pessoas com deficiência. No entanto,
desde 2001 tem havido um aumento nas discussões sobre inclusão escolar de pessoas com deficiência, transtorno global do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, principalmente a partir da Resolução CNE/CEB nº 2/2001, que
institui Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica. A resolução garante a matrícula de crianças que possuem necessidade educacional
específica. Sendo assim, mediante ao aumento das discussões e garantia de matrícula de pessoas com deficiência na escola regular, é importante compreender este silenciamento na história de professores alfabetizadores dos
alunos com deficiência.
Palavras-chave: História da Educação. História da Alfabetização. Deficiência.
267
UMA PROPOSTA DE ESTUDO SOBRE OS INTELECTUAIS E O ENSINO DE
HISTÓRIA NO BRASIL
Jémerson Quirino de Almeida Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Silvia Helena Andrade de Brito Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: O objeto desta comunicação é o estudo das categorias gramscianas intelectual e intelectual orgânico, chaves teóricas para se analisar a produção de
textos escolares no Brasil, em especial aqueles relacionados ao ensino de história. Nesse sentido, o objetivo desse texto é apresentar a compreensão gramsciana de
intelectual e intelectual orgânico, enquanto categorias que podem iluminar a análise da história da produção dos referidos textos escolares, sobretudo aqueles surgidos na segunda metade do século XX, no Brasil. Para tanto, temos como
fontes os escritos de Antonio Gramsci: A concepção dialética da história (1978), Os intelectuais e a Organização da Cultura (1985) e, Os Cadernos do Cárcere, volume 2 (2001), publicados no Brasil pela editora Civilização Brasileira. Também
serão utilizados alguns autores que estudam a questão dos intelectuais em Gramsci. O entendimento sobre a questão dos intelectuais em Gramsci é crucial
para o aprofundamento teórico requerido em nosso estudo, pois a compreensão das categorias intelectual e intelectual orgânico nos permite reconhecer indivíduos que exercem na sociedade funções específicas ligadas à organização da
cultura, inclusive no caso da educação escolar. Acreditamos que existem conexões entre o processo de fragmentação do ensino e simplificação dos
conteúdos imposta pela ditadura do manual didático e, a defasagem que os estudantes apresentam sobre o conhecimento histórico nas escolas e universidades. Por isso estamos investigando a relação entre os intelectuais e o
ensino de História, por meio da análise de livros escolares brasileiros.
Palavras-chave: Ensino de História. Organização do trabalho didático.
Intelectuais orgânicos.
268
O PERCURSO HISTÓRICO DO ENSINO SECUNDÁRIO NO BRASIL: influências
do positivismo nas reformas
Juliana Pereira de Araújo Universidade Federal de Goiás (UFG)
E-mail: [email protected]
Michele Maria da Silva
Universidade Federal de Goiás (UFG)
E-mail: [email protected]
Resumo: O texto que apresentamos é parte de uma pesquisa de mestrado que vem sendo desenvolvida no programa de pós-graduação em educação da
Universidade Federal de Goiás-Regional Catalão, cujo objeto se define como os projetos de ensino médio existentes na região de Uberlândia para egressos do
ensino fundamental no\do campo. Sua elaboração se sustenta na necessidade de nos aproximarmos das produções que, no campo da História da Educação, ofereçam conhecimento sobre as bases teóricas e ideológicas que orientam, direta
ou indiretamente, as propostas estruturantes do ensino secundário, ou seja, o atual ensino médio. A hipótese inicial que defendemos sugere que o positivismo, por conta do ideal moderno de educação, instaurou âncoras para um ensino
elitista, verticalizado e excludente. A partir dessa problemática podemos externar mais claramente que o objetivo deste artigo é perceber as influências do
positivismo nos textos do aparato legal (reformas) que ao longo do século XX e XXI produzem o ensino secundário brasileiro. Como a Reforma Couto Ferraz (1854), Reforma Benjamin Constant (1890), Reforma Epitácio Pessoa (1901),
Reforma Rivadária Corrêa (1911), Reforma Carlos Maximiliano (1915) e Reforma Rocha Vaz (1925). A metodologia utilizada será a pesquisa documental para constituição de um corpus que será tratado com a análise do conteúdo.
Esperamos que os resultados evidenciem que as reformas do ensino secundário ecoam o positivismo ao adotarem elementos estruturadores do ensino secundário
no Brasil, como por exemplo, a organização do ensino secundário em séries, além disso a laicização, liberdade e gratuidade da educação pública primária.
Palavras-chave: Ensino secundário. Reformas educacionais. Positivismo.
269
A CONSTRUÇÃO DE UMA MEMÓRIA CIENTÍFICA SOBRE A MOBILIZAÇÃO
ESTUDANTIL EM GOIÁS ATRAVÉS DAS PESQUISAS REALIZADAS EM PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO
Keides Batista Vicente
Universidade Federal de Goiás (IFG) E-mail: [email protected]
Diane Valdez
Universidade Federal de Goiás (UFG)
E-mail: [email protected]
Resumo: Acreditamos que através das pesquisas realizadas na pós-graduação o
conhecimento é pulverizado na sociedade e com isso elabora-se uma memória científica e uma compreensão da história e da realidade. Desta forma, a presente
pesquisa tem como objetivo analisar e compreender como as pesquisas realizadas nos programas de Pós-graduação em Ciências Humanas oferecidos pela Universidade Federal de Goiás e Pontifícia Universidade Católica de Goiás
enfatizam o tema Ditadura militar em Goiás. Entre as especificidades das pesquisadas realizadas sobre Goiás com o tema Ditadura militar encontramos temas como a mobilização camponesa, a participação dos movimentos
eclesiásticos e educacionais e a mobilização estudantil. Direcionaremos nosso recorte para as participações do movimento estudantil ocorrido na educação
secundária e após a criação das instituições de ensino superior como a Universidade Católica de Goiás e Universidade Federal de Goiás na década de 1950. As dissertações e teses estão disponíveis nas bibliotecas digitais das
referidas universidades e foram acessadas na íntegra através de uma consulta com refinamento por tema. Após a leitura do resumo e justificativas das
pesquisas, elaboramos um processo de catalogação por programa de pós-graduação, ano de defesa, pesquisador, título e palavras-chaves. Desta forma, encontramos na construção de uma memória científica em Goiás problemáticas
que buscam materializar uma historicidade política e social do Estado e de como as pessoas que estão fazendo ciência em Goiás pensam a Ditadura Militar e a história da educação no referido período histórico. Ao percorremos os resultados
das pesquisas realizadas nos programas de Pós-graduação da PUC e UFG reconhecemos um emaranhado de disputas por uma memória, que se propõe
evidenciar, materializar e ser acessada com ciência.
Palavras-chave: Ditadura militar. Pesquisa. Pós-graduação.
270
A MULHER NA EDUCAÇÃO SUPERIOR NO BRASIL: um olhar histórico
Kelly Chicrala Matos Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Lyvia Chicrala Matos Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Marcelo Tette Lopes
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) E-mail: [email protected]
Resumo: A inclusão da mulher no contexto educacional brasileiro abrange diversas questões e complexos temas de desigualdade entre gêneros, na qual o
sexo masculino sempre esteve no discurso de superioridade social e econômica. Cada vez mais, a falta de oportunidades de acesso à educação proporciona a desigualdade entre os sexos. A educação religiosa que dividiu a população por
critério de sexo formou uma sociedade machista e dominante que, historicamente, impôs limites ao desenvolvimento social das mulheres. Este
artigo tem por objetivo trazer à tona a história da educação brasileira e a inclusão da mulher no contexto educacional, que somente a partir do final do século XIX, teve autorização oficial do Estado brasileiro para se matricular num curso
superior. Para tanto, o trabalho foi dividido em três partes, na primeira faz-se uma retrospectiva histórica da educação brasileira, partindo do início da
colonização portuguesa até o início do período imperial, na segunda, busca-se demonstrar a inserção do público feminino nas escolas pública criadas com a lei de 15 de outubro de 1827, na terceira parte, mostra a inclusão da mulher nos
cursos superiores no final do século XIX e início do século XX. A metodologia utilizada foi uma pesquisa de caráter bibliográfico apresentada por autores renomados da história.
Palavras-chave: Educação Feminina. Universidades. História da Educação.
271
OS APRENDIZES DA MARINHA (1857-1878) NO ESTUDO DA “EDUCAÇÃO
PARA O TRABALHO” EM MATO GROSSO
Liana Deise da Silva Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Fabiany de Cassia Tavares Silva Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente estudo, tem por objetivo o estudo histórico da Companhia de Aprendizes Marinheiros que funcionou em Cuiabá no período de 1857 a 1878.
Busca-se compreender as relações de contradição que a população livre e pobre da província de Mato Grosso mantinha em relação a esta instituição militar, uma
vez que ela poderia ser a única opção de se ter o aprendizado de um ofício e de ensino escolar primário. A Companhia tinha como função, educar disciplinar e preparar para o trabalho os meninos pobres, visando torna-los futuramente
trabalhadores disciplinados e úteis à sociedade. Os meninos eram encaminhados a Companhia por seus pais ou tutores responsáveis e frequentemente também eram enviados a Companhia, à força pelas autoridades da Província. Estas
mantinham em suas representações o discurso de que os menores eram vagabundos e que essa era a maneira de afasta-los da vida de vícios e crimes.
Para Chartier (1990 p.17) essas representações não são discursos neutros, elas produzem estratégias e práticas tendentes a impor autoridade, acatamento e mesmo legitimar. Parte-se da hipótese de que a população rejeitava o projeto
disciplinar imposto pelas autoridades, uma vez que por esta ser uma instituição militar trás em seu interior, características de um ambiente disciplinar rígido. A
vida no Arsenal era delimitada pelo campo entre o aceitável e o inaceitável, e demarcavam a fronteira que separava o mundo de sofrimento do arsenal, da vida de privações nos cortiços.
Palavras-chave: História da educação. Educação na Marinha. Educação e
trabalho.
272
AVALIAÇÃO EM LARGA ESCALA: análise concisa dos marcos históricos e
legais
Lilian Flávia Müller Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Vilma Miranda de Brito Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
(UEMS/ Campo Grande/ PROFEDUC)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente trabalho é resultado dos estudos feitos no Programa de Pós-
Graduação, Mestrado Profissional em Educação da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Trata-se de pesquisa qualitativa, pautada em análise dos
documentos oficiais que dispõem sobre a avaliação em larga escala no Brasil e estudo bibliográfico a partir de teóricos que discutem a temática. O objetivo foi de discorrer sobre o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica,
considerando os marcos históricos e legais e a evolução até a atualidade. Compor uma análise concisa da avaliação em larga escala é de suma importância, visto que esta política, embora justificada com caráter diagnóstico, tem gerado muitas
discussões e influenciado a organização das escolas. Espera-se que este estudo possa contribuir para que os leitores conheçam melhor essa política pública e a
partir das informações apresentadas possam realizar reflexões. Com a análise dos dados já coletados para a pesquisa percebeu-se que há necessidade de debates e reflexões sobre os usos e desusos da avaliação externa, para que assim, de forma
mais consciente, haja mobilização voltada para minimizar o caráter regulador e classificador e ainda, possa ser utilizada como uma fonte de informações para a
promoção de ações que viabilizem a tão almejada garantia de qualidade da educação.
Palavras-chave: Política Pública. Avaliação em larga escala. Qualidade da
educação.
273
HISTÓRIA OU LITERATURA? OS “EMBARAÇOS DA CIVILIZAÇÃO” NA
ESCRITA DE JOAQUIM MANUEL DE MACEDO NO OITOCENTOS BRASILEIRO
Luís César Castrillon Mendes Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: O médico Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882) foi romancista,
historiador, professor e autor de manuais de História do Brasil. Foi sócio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, lugar em que ocupou os cargos de
secretário, orador e vice-presidente, além de catedrático de História do Brasil no Imperial Colégio de Pedro II, criado em 1837 no Rio de Janeiro para servir de modelo para as demais instituições de ensino nas províncias. Em sua vasta
produção histórico-literária, buscava ir ao encontro de um projeto de construção identitária por parte da Monarquia. Para tal empreendimento, um assunto se tornava particularmente delicado, qual seja, o negro e a escravidão. De que forma
o recém fundado Estado brasileiro poderia sustentar tal incoerência, qual seja, fazer parte do rol das nações ditas civilizadas, tendo como principal mola
propulsora da sua economia o trabalho compulsório? Além disso, o Brasil trazia o estigma da miscigenação, fato que pesava negativamente, já que a regra para se constituir qualquer nação deveria ser um povo “puro”. Pretende-se, nesta
comunicação, analisar em que momentos Joaquim Manuel de Macedo, que transitava entre duas das principais instituições imperiais, se referiu a esse tema,
um tanto quanto indigesto para a elite letrada, bem como o veículo selecionado para a manifestação de tal "embaraço" para a consolidação da Monarquia brasileira nos trópicos.
Palavras-chave: Negro. Macedo. Identidade nacional.
274
A UNIVERSIDADE BRASILEIRA NO PERÍODO 1958 A 2000 E AS
CONSEQUÊNCIAS SOFRIDAS PELA MESMA ANTE O NEOLIBERALISMO
Luzia Felipe da Silva Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
E-mail: [email protected]
Resumo: Ensino de História e História da Educação Resumo: Neste trabalho
analisamos a performance da Universidade Brasileira no período que compreende os anos de 1958 ao ano 2000, perante a sociedade para além de seus muros; seu
envolvimento nas lutas de classe, e a sociedade acadêmica propriamente dita, as exigências em relação a sua produtividade e o impacto dessas no cotidiano da mesma. Será quantificado em números a as Universidades públicas existentes no
país durante o período que segue do ano de 1970 a 1985 e verificado a expansão destes números no intervalo compreendido entre 1985 a 2000. Será analisado as questões enfrentadas por esta Universidade durante o período militar e as
consequências destas para sua expansão em unidades e a pesquisa como busca por questionamentos e novos saberes. As interferências das Leis de Diretrizes
Básicas em sua organização institucional, produtividade científica, o professor como docente e pesquisador, a formação do sujeito crítico quanto cidadão e profissional qualificado. O esforço dos estudantes no sentido de preservar a
autonomia desta Universidade quanto instituição democrática e de direito social e suas conquistas neste sentido. Para isto contamos com subsídios de obras
teóricas e estudos que trazem em seu bojo abordagens pertinentes à análise empreendida nesta pesquisa. Concluiu-se que a universidade brasileira, ainda não tomou posse do seu papel, como instituição democrática de direito do
cidadão, apesar das lutas empreendida pela comunidade acadêmica e não acadêmica durante as décadas de 60 e 70, carecendo de uma reforma, que lhe atribua autonomia e liberdade para assumir seu papel como espaço de pesquisa,
de formação do cidadão crítico, investigador e consciente de seu papel na sociedade, e que esta esqueceu também seu papel ante os problemas sociais, não
se posicionando nem contra nem a favor às lutas de classe.
Palavras-chave: Universidade. Período militar. Neoliberalismo.
275
MEMÓRIAS DE UM PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA DE
EDUCAÇÃO FÍSICA DO EXÉRCITO: as representações da ginástica na década de 1970
Marcus Wagner Antunes Loureiro
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) E-mail: [email protected]
Resumo: A presente pesquisa tem por objetivo ampliar o entendimento das representações da ginástica como conteúdo da Educação Física (EF) no Brasil. Os
métodos ginásticos utilizados no Brasil foram todos importados da Europa no século XIX. A ginástica foi a primeira forma de sistematização de conteúdos escolares que mais se assemelha à EF contemporânea, e estes métodos foram
introduzidos nas escolas geralmente por mestres militares de ginástica. Os métodos que mais se difundiram foram o sueco, o alemão, o francês e o belga. Devido ao fato de a EF enquanto disciplina escolar tradicionalmente não utilizar-
se de livros e cadernos em suas práticas, adotamos como fonte desta pesquisa a história oral. As memórias de um professor de EF da rede municipal de
Dourados, que também foi instrutor da Escola de Educação Física do Exército na década de 1970, nos ajudarão a compreender as representações da ginástica por parte do Exército Brasileiro, e mais especificamente, do uso que se fez do
Regulamento nº 7, tradução integral do Manual de Ginástica Francesa, amplamente utilizado nas escolas. Esta pesquisa de história oral faz parte de um
projeto de pesquisa mais amplo, que visa identificar as influências do Positivismo na EF brasileira, utilizando como fonte os manuais de ginástica do final do século XIX e início do século XX, período este em que é mais evidente o uso de livros
didáticos na história da disciplina. As memórias do professor nos permitiram perceber novos ângulos das representações da ginástica por parte dos militares, no que tange aos ideais da ginástica como ferramenta de fortalecimento biológico
e disciplina dos corpos, bem como retomar os antigos embates entre a Associação Brasileira de Educação e sua Seção de Educação Física e Higiene, nas discussões
relativas a quais espaços a EF deveria ocupar socialmente.
Palavras-chave: Educação Física. Ginástica. Livro Didático.
276
HISTÓRIA ORAL: voz a quem ainda tem muito a falar no Instituto Federal de
Mato Grosso do Sul
Maria Carla Nunes Santos Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/ Paranaíba)
E-mail: [email protected]
Tânia Regina Zimmermann Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Amambai)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente estudo parte da pesquisa em andamento no qual o objeto de estudo é a mulher inserida num curso de formação profissional “definido”
culturalmente como masculino. O curso Superior Tecnológico em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul, unidade de Três Lagoas, possui um total de dez alunas frequentes. Se
propuseram a participar da pesquisa nove alunas. O curso teve como propósito suprir a demanda de formação profissional nesta área, devido o crescimento
econômico da cidade e região. Durante a oferta desse curso foi constatado um aumento e permanência significativa de mulheres. Ao dar voz e visibilidade a essas mulheres elegemos a perspectiva de gênero para entender como essas
relações são vivenciadas dentro do curso. Nesse sentido, optamos pelo uso da metodologia da História Oral entendendo que ao inscrever o relato das
experiências das alunas podemos desvelar como são de fatos as relações estabelecidas entre o feminino e masculino. Sabemos que a mulher sempre trabalhou, mas por muito tempo não se profissionalizou e sua formação esteve
calcada de estereótipos que coíbem aspirações bem como a construção de sua própria identidade, encoberta no discurso da superioridade masculina. A História Oral contribui com a historicização dos marginalizados pela história oficial. É
dando voz aos relatos que se desconstroem as verdades dadas e, com isso, emerge o não dito, submerso ao grande sistema “perfeito” da realidade. Deste
modo, utilizar esta metodologia oferece a pesquisa novos elementos nos discursos impostos ou mesmo na prática diária dos indivíduos, que durante as entrevistas vão sendo desveladas e possibilitando ao pesquisador verificar se as devolutivas
recebidas respondem às suas indagações iniciais.
Palavras-chave: História Oral. Gênero. Educação.
277
A SUBJETIVIDADE DE UMA EXPERIÊNCIA EDUCATIVA: o sentido das ações
criativas no ensino de história
Maria de Fátima Magalhães Mariani Instituto de Ensino Superior Planalto (IESPLAN)
E-mail: [email protected]
Fernando González Rey Centro Universitário de Brasília/ Universidade de Brasília (UNB)
Resumo: História como disciplina de ensino favorece possibilidades criativas nas relações pedagógicas. As metodologias se ancoram em novos objetos e abordagens e focalizam aspectos culturais e do cotidiano. O uso de novas
linguagens vem fazendo parte das estratégias pedagógicas na tentativa de tornar as aulas de história mais prazerosas e interessantes para os alunos. A trajetória no campo da psicologia e da educação foi o que motivou este estudo. O objetivo é
analisar as configurações criativas do trabalho docente numa perspectiva histórico-cultural de subjetividade, maneiras que o professor cria para tornar
suas aulas mais atrativas, e o impacto desse processo nas relações com o aluno. O sujeito de pesquisa foi um professor de história, de uma escola de ensino fundamental da rede pública de Brasília-DF. A estratégia metodológica baseou-se
nos princípios da epistemologia qualitativa, nas dinâmicas de conversação e no completamento de frases. Na análise de conteúdo desenvolvemos modelos
teóricos e expressamos nossas próprias concepções na interpretação das informações. Procuramos enfatizar as configurações subjetivas que participam das relações pedagógicas, tendo o ambiente escolar como espaço de subjetivação
que pode gerar possibilidades criativas. Destarte, selecionamos núcleos de sentido subjetivo que configuram as possibilidades criativas. Os mais enfatizados foram o compromisso profissional, valorização do conhecimento, busca de
qualidade das aulas, maneiras de controlar o estresse da rotina laboral e de desenvolver as relações interpessoais. Enfatizamos os jogos de sentidos presentes
nas relações pedagógicas, ora prazerosas, ora conflituosas, e que configuram a participação das condições multiculturais nas significações subjetivas. A pesquisa permitiu aprofundar a compreensão dos processos de subjetivação nas
relações pedagógicas e, também, vem contribuir no processo de formação docente continuada. Torna-se relevante desenvolver pesquisas interventivas que venham
contribuir no processo de formação docente e na produção do conhecimento acerca das implicações das ações criativas no ambiente escolar.
Palavras-chave: Criatividade. Sentido subjetivo. Ensino de história.
278
A QUESTÃO DA MODERNIZAÇÃO E A EDUCAÇÃO DOMÉSTICA NO BRASIL
Maria Jose Torres Lima Universidade Federal de Sergipe (UFS)
E-mail: [email protected]
Silvana Aparecida Bretas
Universidade Federal de Sergipe (UFS)
Resumo: Este trabalho tem como proposta, descrever brevemente como as
tentativas de inserção do Brasil na modernidade tornou-se uma competência importante para o desvendamento da cultura educacional em que o Brasil vive hoje. Buscar no passado as premissas da possível modernização nacional após os
períodos colonial e imperial delineia-se o caminho percorrido pela educação brasileira no processo de demarcação das iniciativas do Estado nesse percurso. Compreender de que forma a escola pública estatal traçava seu futuro mediante a
oferta da educação doméstica, revela-se muito mais interessante do que se pode imaginar, pois, a era moderna para os brasileiros, chega justamente com as
mutações do ensino escolar, e por que não do ensino da casa? A educação doméstica foi durante muito tempo no país, a barreira que separava duas classes distintas numa mesma sociedade. Enquanto uma classe dominava, a outra era
dominada. Quando uma intelectualizava-se, a seguinte se subjugava. E assim, apesar de a educação doméstica não mais existir atualmente, os traços que dela
emergiram, permanecem visíveis no cerne da nação tupiniquim sob uma nova roupagem: público e privado. O primeiro continua ansiando pela modernização, a qual parece nunca chegar. Já o segundo acredita fazer parte da modernidade,
esta, porém, limita-se a avanços tecnológicos e industriais. A verdade, porém, é que para ambos a modernização ainda não ocorreu, e somente poderá acontecer quando a autonomia política e econômica do Brasil não restringir-se a um seleto
grupo social, assim como acontecia na prática da educação doméstica, que ao sucumbir ao sistema de escolas públicas estatais transformou-se na
exemplificação primeira da emancipação de um povo.
Palavras-chave: Educação doméstica. Modernização. Brasil.
279
ENTRE O DISCURSO E A PRÁTICA: a formação de professoras primárias em
Mato Grosso (1937-1942)
Marilu Marqueto Rodrigues
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT/Cuiabá) E-mail: [email protected]
Rosemary da Luz
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
Nilce Vieira de Campos Ferreira
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) E-mail: [email protected]
Resumo: Investigamos a formação de professoras para Educação Primária no
Estado de Mato Grosso, no período de 1937 a 1942, a partir das reformas propostas pelo Presidente Getúlio Vargas e pelo Ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema. Analisamos os Relatórios da Instrução Pública do estado
elaborados em 1938 e 1942. Objetivamos investigar o processo de organização das escolas normais e evidenciar as práticas educacionais voltadas para formação de professoras no período no qual Mato Grosso contava com apenas três escolas
normais. Procuramos responder: como estava organizada a formação de professoras primárias no estado de Mato Grosso? Com a promulgação do Decreto
n.º 112, de 29 de dezembro de1937, a formação do professor primário que cabia à Escola Normal Pedro Celestino, em Cuiabá, passou a ser realizada no curso especializado para professores no Colégio Liceu Cuiabano. A escola normal
estadual de Campo Grande, também foi transformada em curso especializado para formação de professores, funcionando anexa ao Liceu Campo-grandense,
nos termos do Decreto n.º 229, de 27 de dezembro de 1938. Nessas escolas o curso tinha duração de um ano e compreendia o ensino de: Didática, Prática de Ensino, História da Educação, Escrituração Escolar, Psicologia Geral e
Educacional, Pedagogia, Biologia Aplicada a Educação; Higiene da Criança, Higiene Escolar, Domiciliar e Rural; Trabalhos Manuais. Para Vargas, cabia aos mestres, transmitir não apenas conhecimentos e noções do mundo, mas a
atuação por meio de sugestões emotivas, inspiradas nos mais elevados sentimentos do coração humano, para despertar nos jovens “o impulso heróico e
a chama dos entusiasmos creadores”.
Palavras-chave: Formação de Professoras. História da Educação feminina. Escola Normal mato-grossense.
280
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO ESPECIAL DE MATO GROSSO DO SUL: trajetórias
normativas para o sistema estadual de ensino
Mariuza Aparecida Camillo Guimarães Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: mariuza.guimarã[email protected]
Eliza Emilia Cesco
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UFMS) E-mail: [email protected]
Resumo: Em consonância com as normas nacionais, os conselhos estaduais de educação, investidos de suas funções normativa, consultiva e deliberativa e com base em fundamentos e princípios estabelecidos, normatizam para os seus
respectivos sistemas de ensino, tendo em vista a sua realidade. O Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul, que nasceu em 1979, juntamente
com a instalação do Estado, aprova, em março de 1982, a primeira norma referente à educação especial para o Sistema Estadual de Ensino de MS, que já contava com a Diretoria de Educação Especial, vinculada à estrutura da
Secretaria Estadual de Educação, criada por força do Decreto 1.231, de 23 de setembro de 1981. Buscando refletir sobre o processo histórico da educação
especial em Mato Grosso do Sul (MS), far-se-á o recorte a partir das normas aprovadas pelo Conselho Estadual Educação, no período de 1982 a 2016, sobre a temática em epígrafe. Nessa linha, o presente artigo trata da discussão dos
conceitos e concepções presentes nas normas norteadoras da educação especial para o Sistema Estadual de Ensino do Mato Grosso do Sul, durante esse período: Deliberações do Conselho Estadual de Educação 261/1982; 4827/1997;
7828/2005, dentre outras, com vistas a explicitar a constituição da história da educação especial no Estado. Os dados foram coletados por meio de pesquisa
documental e o modo de análise teve sustentação no referencial foucaultiano, que permite o entendimento da palavra em suas concepções e intencionalidades. As normas evidenciam a trajetória da educação especial demarcadas pelas
abordagens médico-psicopedagógica, da integração e da inclusão, em conformidade com as políticas desenvolvidas em nível nacional em cada momento
histórico.
Palavras-chave: Educação Especial. Mato Grosso do Sul. Trajetória normativa.
281
SABERES E PRÁTICAS ESCOLARES: história das escolas japonesas na região
sul do Mato Grosso do Sul
Markley Florentino de Carvalho
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) E-mail: [email protected]
Laís Niz dos Reis
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD/PIBIC-EM/FAED) E-mail: [email protected])
Karyne da Silva Freitas Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD/PIBIC-EM/FAED)
E-mail: [email protected])
Resumo: Atualmente, no campo de pesquisa da História da Educação, destacam-
se estudos relacionados à memória e às instituições escolares, bem como sobre a preservação de documentos, destacando-se projetos de pesquisa e de extensão com a temática “instituições educativas”. A partir dos anos 2000, foram
realizadas pesquisas que resultaram em dissertações, monografias e artigos, disponíveis eletronicamente. Porém, neste tipo de literatura, não houve
apontamentos de pesquisas voltados especificamente para as escolas japonesas inseridas numa área fora dos centros urbanos do país. Em diversas obras podemos encontrar textos científicos a respeito da educação, porém sem o recorte
das particularidades das escolas. Partindo deste pressuposto, este projeto visa contribuir para a reconstrução da memória da comunidade escolar japonesa, por
meio da discussão baseada na experiência acerca dos arquivos fundamentados na documentação das escolas japonesas pesquisadas neste projeto, localizadas no sul de Mato Grosso do Sul: Kiyoei, Fátima do Sul, Caarapó, Ivinhema, Naviraí,
Glória de Dourados, Nova Andradina e Maracaju. Esta discussão acerca do arquivo estará aliada a um referencial teórico voltado para a História, História da Educação e Arquivologia, entre outros. O recorte temporal diz respeito à década
de 1970, período em que se deu o início às atividades da Escola de Japonês na sede do Clube Nipônico em Dourados, um momento significativo para a história
das escolas japonesas pesquisadas. É nessa perspectiva que os estudos das comunidades escolares étnicas se revelam desafiadores, principalmente pela complexidade do tema. Para o aprofundamento dos estudos bibliográficos, foram
realizadas pesquisas de autores da área educação e migração japonesa, entre os quais destacamos: INAGAKI (2002, 2008), DEMARTINI (1999, 2000, 2004),
MACHADO (2011), FREITAS (2002), CAMPOS (2010), PEREIRA (2012) entre outros. Com a experiência educacional japonesa no sul de Mato Grosso do Sul pretendemos compreender as questões que se referem às características do
processo educacional entre esses imigrantes em relação às associações mantenedoras, as famílias e a dinâmica escolar, sendo possível, apreender especificidades do cotidiano escolar, em função da existência de uma rede de
unidade escolares inseridas nas Associações Culturais Nipo-Sul-Mato-Grossenses.
Palavras-chave: Instituições escolares. Arquivos e fontes. Comunidade escolar étnica.
282
“APRENDER A APRENDER HISTÓRIA” NA DITADURA MILITAR: os materiais
didáticos de história produzidos pela FENAME
Osvaldo Rodrigues Junior Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
E-mail: [email protected]
Resumo: Apresenta resultados parciais de pesquisa em desenvolvimento que tem
como objetivo analisar a natureza e conteúdo dos materiais didáticos de História publicados pela Fundação Nacional de Material Escolar – FENAME. Criada pela
Lei nº 5.327, de 2 de outubro de 1967, a fundação tinha por objetivo produzir e distribuir material didático de forma a favorecer a melhoria de sua qualidade, preço e utilização. Dentre os títulos editados estão localizadas as fontes da
presente pesquisa: Guia Metodológico para cadernos MEC (1971) e os Cadernos MEC História Geral (1971). O trabalho se insere no conjunto de debates sobre a história das disciplinas escolares, entendendo esses manuais como “textos
visíveis” do código disciplinar. Assim sendo, o problema foi compreender as concepções de aprendizagem histórica presente nos materiais didáticos
analisados. Os objetivos foram: a) inventariar os materiais didáticos produzidos pela FENAME; b) analisar a natureza e conteúdo dos materiais selecionados; c) compreender a produção desses textos escolares. O referencial teórico-
metodológico assumido para a análise dos manuais pode ser localizado em dois campos principais: a sociologia do conhecimento e a história dos livros e da
leitura. Os resultados permitem identificar elementos das teorias pedagógicas do “aprender a aprender” e da pedagogia tecnicista sustentada no “saber fazer”. Diante disso, considera-se que os materiais didáticos produzidos pela FENAME
contribuem para a compreensão do código disciplinar da História enquanto disciplina escolar.
Palavras-chave: FENAME. Materiais didáticos. Aprendizagem histórica.
283
A EDUCAÇÃO NO BRASIL IMPÉRIO: uma análise da instrução pública
Joyce Almeida de Sena Carvalho Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Margarita Victoria Rodríguez
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) E-mail: [email protected]
Paolla Rolon Rocha
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente artigo tem como objetivo apresentar um estudo sobre a História da Instrução Pública no Brasil e as mudanças no campo educacional
após a proclamação da Independência em 1822, período no qual se promulgara certas normas legais respeito da instrução no país. A metodologia desenvolvida
na pesquisa consistiu na coletada e analise da legislação que regulamentou o ensino primário, além do estudo documental e bibliográfico do período. Alguns dos aportes teóricos foram: Marx (2011), Saviani (2013), Alves (2004). A
promulgação da primeira Constituição do Império do Brasil no dia 25 de março de 1824, estabeleceu a instrução primária pública para todos os cidadãos. Mas somente em 1827 se promulgou a primeira lei referente à educação, denominada
Lei das Primeiras Letras, um marco para o novo país independente. Porém, com o Ato Adicional de 1834 houve um retrocesso, pois, o governo imperial desobrigou-
se em cuidar das escolas, deixando essa incumbência para às províncias. Apenas com a Proclamação da República em 15 de novembro de 1889 se voltou a legislar a respeito da instrução pública em todo o território nacional. Essa investigação
possibilitou um maior entendimento da historicidade da educação pública no Brasil e a compreensão do governo imperial na intenção de implementar a instrução no país. Podemos concluir que a educação no Brasil Imperial era
elitista, a classe trabalhadora, camponesa e escrava não concorriam à escola. Este fenômeno acontecia não apenas por falta de interesse do governo central em
implementar políticas públicas destinadas a assegurar o direito à educação para todos, mais também por falta de recursos. Outrossim, a base econômica do país não exigia a escolarização generalizada da população, dado que ainda no Brasil, a
produção era basicamente agrária, e sua indústria muito incipiente. Sendo assim, a educação pública não se materializou de maneira maciça.
Palavras-chave: Instrução Pública. Brasil Imperial. Ensino Primário.
284
O ENSINO DE HISTÓRIA NO PROJETO AVANÇO DO JOVEM NA
APRENDIZAGEM EM MATO GROSSO DO SUL (AJA-MS): perspectivas de um ensino para além da presença
Patricia Lúcia do Nascimento
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/Campo Grande) E-mail: [email protected]
Carla Villamaina Centeno
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente artigo é parte da pesquisa do mestrado profissional em
educação pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, em que o objeto volta-se ao Projeto Avanço do Jovem na Aprendizagem em Mato Grosso do Sul
(AJA-MS) ofertado pela Secretaria Estadual de Educação. O Projeto Avanço do Jovem na Aprendizagem em Mato Grosso do Sul (AJA-MS), teve seu início em 2014 em algumas unidades escolares, com alto índice de evasão e atraso escolar.
Também foi implantado como experiência nas Unidades Educacionais de Internação (UNEI). Durante essa fase de experiências nestas escolas e UNEIs, fazia-se o levantamento de evasão e atraso escolar em outras cidades, a fim de
estender o Projeto. O AJA visa atender a Meta 2 do Plano Estadual de Educação (2014-2024) com jovens de 14 a 17 anos com distorção ano/idade. Como
objetivo, essa reflexão busca verificar quais foram os instrumentos didáticos utilizados no AJA em 2014-2015 com o componente curricular História, mais especificamente. Esta é uma reflexão marxista, pautada na categoria abordada
por Gilberto Luiz Alves, Organização do Trabalho Didático. A análise dos dados apontados advém do Projeto Político Pedagógico do AJA-MS, que vive em constante reformulação e outras informações ofertadas pela Secretaria de
Educação. Para tanto, dentro do ensino de História ofertado, a análise recai no sistema apostilado próprio e em como o ensino tem ocorrido de acordo ao PPP e
quais impactos diretos este projeto com sua prática têm causado na construção dos saberes escolares dos estudantes no referente componente. É observado por meio dos índices do AJA uma aprovação em massa com conhecimento real
extremamente limitado pela pedagogia da presença tão difundida e pelo ensino pela pesquisa sem estrutura. O Projeto reproduz um ensino de História
fragmentado e simplificado, impedindo quaisquer avanços educacionais, seguindo e atendendo aos interesses da sociedade capitalista vigente.
Palavras-chave: Projeto AJA. Ensino de História. Marxismo.
285
O ESTUDO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E AFRICANA E A
FORMAÇÃO HISTÓRICA DE SENTIDO A PARTIR DA PERSPECTIVA DE JÖRN RÜSEN
Patricia Paes Leme
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/ Paranaíba) E-mail: [email protected]
Diogo da Silva Roiz
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS/ Paranaíba)
E-mail: [email protected]
Resumo: Esse trabalho objetiva, a partir da análise das mudanças propostas no
currículo resultante da aprovação da Lei nº 10.639/03, refletir sobre as possibilidades de transformações políticas e pedagógicas daí decorrentes. Para
tanto, nos ancoraremos na tipologia da consciência histórica criada pelo historiador e filósofo alemão, Jörn Rüsen e em seus conceitos de formação de sentido e de aprendizado histórico. Rüsen afirma que a tomada de decisões na
vida prática está condicionada à consciência histórica do sujeito, responsável pela mediação entre os valores adquiridos e/ou desenvolvidos e o agir na realidade; e ainda, que é só a partir da formação de sentido que o sujeito poderá
entender a si e aos outros ao longo das suas relações sociais, e então conseguirá ressignificar o passado, com suas dores e absurdos. Dessa forma, tornar-se-á
apto para orientar o agir na vida prática atual de uma forma mais positiva e pautada pela alteridade. A partir dessas premissas, buscaremos demonstrar como a inclusão dos estudos de História e Cultura Afro-brasileira e Africana foi
um grande avanço em favor de uma sociedade mais justa e igualitária, assim como sua possível exclusão a partir da MP 746/16 será um grande retrocesso
para a educação brasileira. Nesse sentido, a proposta deste texto, cuja metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica, é realizar uma reflexão alicerçada na questão da aprendizagem histórica - em especial em História e Cultura Afro-
brasileira e Africana, pensada a partir do campo teórico da Educação Histórica e baseada no pensamento rüseniano.
Palavras-chave: História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Consciência histórica. Educação histórica.
286
FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE HISTÓRIA: impactos do estágio em
museus
Priscila Lopes d'Avila Borges Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)
E-mail: [email protected]
Luiz Antônio Saléh Amado Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)
E-mail: [email protected]
Resumo: O estágio em escolas é um item obrigatório para conclusão de licenciaturas no Brasil, contudo a preparação de docentes em espaços formais
não garante que professores de História estejam aptos para utilização de espaços de educação não formal, como museus. Este trabalho busca expor a relevância
do estágio docente em outros ambientes formativos, entendendo a prática dos professores como resultado de suas experiências e o estágio como um lugar fundamental na construção dos saberes empregados em sala de aula. Neste
sentido, analisaremos os relatos de alunos dos cursos de Educação Superior em História do Estado do Rio de Janeiro, que trabalham no Museu Histórico Nacional e no Museu Imperial, construindo um quadro comparativo com os
questionários respondidos por professores que atuam na Educação Básica e no Ensino Médio, e visitaram estas instituições com objetivos pedagógicos. O
propósito deste encontro de narrativas é a verificação dos desafios enfrentados pelos professores, os impactos formativos vivenciados pelos estagiários de museus históricos, além das dificuldades de diálogo entre escolas e museus.
Visando a apresentação conceitual do panorama, acima exposto, privilegiaremos à compreensão do ensino de História e da formação docente, o que abarca uma
revisão bibliográfica e uma breve amostra das leis que regem a prática profissional no país.
Palavras-chave: História. Formação Docente. Museus.
287
LIÇÕES DE UMA AMARGA EXPERIÊNCIA: governo Fernando Henrique
Cardoso e a expansão da educação privada na década de 90
Reynaldo Zorzi Neto
Instituto Federal de Goiás (IFG) E-mail: [email protected]
Kamylla Pereira Borges Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás
(IFG/Anápolis) E-mail: [email protected]
Dayanna Pereira dos Santos Universidade Federal de Goiás (UFG)
/ Instituto Federal de Goiás (IFG) E-mail: [email protected]
Resumo: É consenso entre os especialistas que o sistema de educação superior na década de 90 passou por fortes transformações no Brasil e em toda a América
Latina. Essas transformações apontaram para o repensar do papel da educação pública no setor como um todo. Esse postulado, assumido por organismos financeiros internacionais, sobretudo Banco Mundial, influenciou as políticas
governamentais na década de 90 no país. Assim, os males da sociedade brasileira foram atribuídos a crise fiscal do Estado que acabou se transformando num
empecilho ao desenvolvimento econômico do Brasil. A solução para o problema estaria na Reforma do Estado, cujo objetivo era de melhorar a alocação dos recursos estatais, tornando-o mais eficiente e menos burocrático. Nesse processo,
foram instaurados programas fiscais que contemplavam amplos cortes, atingindo as universidades públicas e transferindo a primazia da oferta de vagas do ensino superior para as instituições privadas. O presente trabalho tem como objetivo
estudar a política de “proliferação” de instituições privadas durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995 – 2002), apontando que no período de seu
governo a ação voltou-se a apoiar a criação de instituições privadas sem nenhum controle de qualidade, e que acabaram por inverter dramaticamente a relação de oferta entre os setores público e privado. Trata-se de um estudo comparativo,
crítico e histórico das políticas implementadas no sistema de ensino superior. A importância desse estudo reside na existência de similaridades entre o momento que foi vivido e o momento que se desenha claramente nos dias atuais para o
setor e para a sociedade em um todo. A conclusão a que se chega nessa pesquisa é que o descaso do executivo federal em relação ao ensino superior, somado a
determinação das políticas em ampliar a oferta privada pioraram a condição da educação superior pública brasileira levando a crise vivenciada na década de 90.
Palavras-chave: Educação superior. Governo Fernando Henrique Cardoso.
Privatizações.
288
INQUIETAÇÃO DA PRÁXIS PEDAGÓGICA: reflexões sobre o ensino de
história nos anos iniciais do ensino fundamental II
Robson Andre de Oliveira Curcino Universidade Federal do Recôncavo Bahiano (UFRB)
E-mail: [email protected]
Juliana Gonçalves dos Santos Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente artigo corresponde às vivências do ensino de História, em uma escola pública do Recôncavo baiano, precisamente Cachoeira-Bahia.
Partindo da idealização de realizar uma práxis comprometida, com intenções de proporcionar uma leitura diferenciada entre teoria e prática. Práxis, aqui entendida, como atividade que transforma o sujeito, não é a atividade pela
atividade e sim, a atividade intencional, objetiva com proposições de mudanças no contexto real dos sujeitos. Nesse contexto, o trabalho teve como finalidade discutir a inquietação da prática docente sobre o ensino de História nos anos
iniciais do ensino fundamental II, a partir das questões como se dar o ensino de história nos anos iniciais do ensino fundamental II? Porque os discentes não se
interessam pelo ensino de história? E de que maneira a base formativa (licenciatura), tem contribuído no desenvolvimento profissional docente de história? Assim, fizemos inicialmente estudo bibliográfico na tentativa de
responder os questionamentos que competem ao exercício profissional docente, tendo como referenciais teóricos Barreiro (1952), Freire (2005), Caimi (2006), dentre outros. A metodologia para a escrita desse artigo centra-se numa pesquisa
qualitativa, baseada na pesquisa ex-post facto. Os resultados mostram que o ensino de história ainda tem uma base tradicionalista, contempla a ordenação
mecânica de fatos em causas e consequências, volta-se para o discurso eurocêntrico, focalizando numa visão heroicizada, muita das vezes, expondo o conteúdo num pensamento mágico e deixando de lado a criticidade. Assim,
acreditamos o quanto seja necessário essa reflexão sobre a formação e ao mesmo tempo, se fazer repensar sobre o que praticamos para que possamos encontrar
soluções para o êxito da educação.
Palavras-chave: Ensino de história. Prática docente. Vivências.
289
EDUCAÇÃO REPUBLICANA BRASILEIRA: escolas femininas mato-grossenses
(1889 a 1910)
Sandra Jung de Mattos Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
E-mail: [email protected]
Nilce Vieira Ferreira Campos Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
Resumo: Investigamos as reformas políticas efetivadas na instrução pública no
período republicano brasileiro e a sua contextualização nas escolas do sexo feminino no estado de Mato Grosso nos anos de 1889 a 1910, período no qual se intensificaram os debates em prol da regulamentação da educação popular
brasileira. Dialogamos com Jacques Le Goff (1990), Peter Burke (1992), Michel de Certeau (1982) na compreensão de que o processo de construção historiográfica
acontece em um diálogo constante com o passado e o presente e/ou o presente com o passado, o que exprime e atribui valores a nossa narrativa. Gervásio Leite (1971), memorialista mato-grossense possibilitou explorar o percurso da
instrução pública de Mato Grosso; Guacira Lopes Louro (1997) permitiu compreender e analisar os caminhos traçados pelos governantes para a instrução feminina. Como fontes primárias, examinamos leis, decretos, regulamentos da
educação, Relatórios Gerais da Instrução Pública de Mato Grosso e mensagens emitidas pelos presidentes do estado que foram coletadas nos Arquivos Públicos
de Mato Grosso e acervos digitais como o Center Research Libraries. Propomos, portanto, uma pesquisa bibliográfica e documental. Constatamos que as reformas educacionais e políticas mato-grossenses, no período analisado, eram voltadas
para um ideal de educação feminina da mulher republicana: a mulher precisaria ser, em primeiro lugar, a mãe virtuosa, sustentáculo do lar, a educadora e
cuidadora dos filhos, do marido e dos filhos. Para que esse ideal fosse alcançado, as reformas educacionais no estado consolidavam em seus currículos e planos de ensino, práticas educativas cuidadosamente escolhidas que delegavam às
mulheres determinadas atitudes e ações desejadas pela sociedade conservadora da época. Portanto, eram responsáveis pela honra familiar e deveriam zelar pela sua postura em sociedade, no máximo admitindo-se a profissão de professora.
Palavras-chave: Escolarização feminina. Políticas públicas. Instituições escolares brasileiras.
290
A ESCOLA PÚBLICA REPUBLICANA NO RIO DE JANEIRO: (des)encontros e
contrapontos na gestão de Maria Yedda Leite Linhares (1983-1986)
Sheila Cristina Monteiro Matos
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
E-mail: [email protected]
Lia Faria Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
Resumo: Pensar a articulação de uma escola pública, que transcendesse a ótica
da ‘escola para pobres” e, quicá, para desvalidos, foi a proposta histórica que pautou a agenda da educação nos anos 1980 na Capital fluminense. Imbuídos com um currículo emancipador para a época de transição dos moldes autoritários
pelos quais o País se encontrava. Os Centros Integrados de Educação Pública se tornaram a grande revolução de uma educação em tempo integral no País, possibilitando vozes, tendências, rupturas e continuidades no seio do reajuste
estrutural pelo qual passou a gestão da secretária de educação municipal Maria Yedda. A pesquisa teve um cunho qualitativo, em que a densidade teórica
enfatizou questões de cunho materialista dialético, cujo empenho e análise de fontes documentais e narrativas de depoentes foram imprescindíveis para recuperar tal momento histórico. Como considerações finais, destaca-se o legado
de Maria Yedda Linhares para a educação fluminense: os Centros Integrados de Educação Pública como espaço de intervenção social; a redemocratização da rede
municipal, desmontando as antigas leis da ditadura; a gestão democrática, incluindo o diálogo com a comunidade e com as categorias; a valorização da educação como projeto prioritário de governo; a nova estruturação da
alfabetização, em dois anos; a gratificação para os professores alfabetizadores; a ampliação do tempo escolar.
Palavras-chave: Centro Integrado de Educação Pública (1983-1986). Educação Integral. Maria Yedda Linhares.
291
EDUCAÇÃO DO CORPO INFANTIL (SUL DE MATO GROSSO, 1930-1945)
Shirley Ferreira Marinho Silva Universidade da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: Objetiva-se analisar os conteúdos sobre educação do corpo infantil veiculadas no impresso periódico não pedagógico, no sul de Mato Grosso, na
cidade de Campo Grande, durante o primeiro governo de Getúlio Vargas (1930 e 1945) por meio do periódico Revista Mensal Ilustrada Folha da Serra (1931-
1940). A pesquisa em andamento questiona sobre como o corpo infantil foi representado nos periódicos nesse período e, como e a quem cabia a função de educá-los. As análises dos conteúdos referentes ao corpo infantil foram realizadas
na perspectiva da Nova História Cultural. As representações do corpo infantil desse periódico assentavam-se na forte tendência educacional condizentes ao projeto político do governo Vargas, calcada em uma perspectiva de educar os
sentidos e as sensibilidades, pautado em discursos médico-higienistas. Problematizamos sua relação com o discurso governamental nacionalista, com o
intuito de melhorar os índices físicos da nova geração de brasileiros, como parte do pensamento científico da época, que incentivava a educação de crianças brancas, gordinhas e saudáveis, fazendo jus ao movimento higienista da época.
Nesta aproximação inicial, conclui-se que a imprensa ocupou-se em difundir maneiras de comportamento frente a educação do corpo da criança, atribuindo um padrão de educação do corpo infantil, subordinando a família e a criança a
inserir-se na esfera pública norteada por um novo projeto de governo.
Palavras-chave: Educação do Corpo. Infância. Impressos.
292
A EDUCAÇÃO DA MULHER NAS PÁGINAS DA REVISTA MATTO-GROSSO
(1904-1915)
Sthefany de Souza Ribeiro Falco Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Adriana Aparecida Pinto Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: Os processos de educação na história brasileira são objetos de estudos a partir das mais variadas fontes documentais. Esta pesquisa busca, no âmbito
dos estudos históricos e no diálogo com o campo educacional, compreender algumas das formas de educação das mulheres mato-grossenses, nas primeiras décadas do século XX, a partir da difusão de práticas e valores contidos em
impressos periódicos, em especial em revistas de cultura, visto que partimos do entendimento que esta documentação permite vislumbrar aspectos sociais nos contextos em que se encontram inseridas. Nesta pesquisa, que também é parte
dos estudos desenvolvidos por ocasião do curso de Mestrado em História, tais processos educacionais serão problematizados a partir do exame detalhado da
Revista Matto-Grosso (1904-1915), impressa mensalmente pelo Liceu Salesiano de Artes e Ofícios de São Gonçalo, localizado em Cuiabá/MT, entre os anos de 1904 e 1915, como pudemos identificar no mapeamento realizado até o presente
momento. O Liceu Salesiano foi uma instituição fundada em 1896 por padres salesianos que chegaram à Cuiabá em 1894 com o intuito de educar e catequizar indígenas. O Liceu tinha por objetivos prestar serviços educacionais e
profissionalizantes a meninos, e funcionava em modo de internato e externato. Não havia alunas nessa instituição, no entanto a pesquisa que está sendo
realizada busca encontrar propostas educativas e civilizatórias, direta ou indiretamente, para as mulheres dentro da revista. O principal objetivo dessa revista era divulgação científica, assim como textos religiosos, artísticos e
variedades. As revistas, tanto físicas quanto digitais, se encontram em formato de compilação anual, sendo a numeração das páginas feitas desde a número um
(janeiro) a doze (dezembro), totalizando entre 300 a 400 páginas anuais. Importa ressaltar a pertinência deste estudo uma vez que, até o momento, não foram localizados trabalhos desta natureza, utilizando-se desta fonte em particular.
Palavras-chave: Impressos. História da Educação. Civilidade.
293
ESCOLAS FEMININAS NO PERÍODO DA REPÚBLICA: 1889 a 1910
Thais Priscila Marques Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
E-mail: [email protected]
Daniella Jesus Fialho de Arruda
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) E-mail: [email protected]
Sandra Jung de Mattos
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
E-mail: [email protected]
Resumo: Este trabalho tem como propósito investigar a organização das escolas femininas mato-grossenses, durante o período de 1889 a 1910, início da
República no Brasil. Temos como fontes históricas, o Decreto n° 10 de 7 de novembro de 1891, o Decreto n° 68 de 20 de junho de 1896 e o Decreto n° 265 de
22 de outubro de 1910 que moldavam como deveria ser a instrução pública do estado, os relatórios gerais da Instrução Pública emitidos entre os anos de 1891 a 1910, mensagens emitidas pelos presidentes do estado de Mato Grosso no
período proposto e notícias publicadas em jornais da época. Essas fontes foram coletadas no Arquivo Público de Mato Grosso, no acervo digital Center Research Libraries e Hemeroteca da Biblioteca Nacional. Propomos, dessa maneira, uma
pesquisa bibliográfica e documental. Apresentamos alguns resultados de uma pesquisa realizada no Programa de Iniciação Científica da Universidade Federal
de Mato Grosso. Identificamos que as escolas femininas existiam em menor número se comparado àquelas destinadas à educação dos meninos. A educação das mulheres deveria abordar apenas conteúdos necessários para que elas
pudessem educar as crianças e atender às necessidades do lar, embora, um dos princípios republicanos fosse à preconização de educação para todas e todos.
Palavras-chave: Instrução Pública. Escolas femininas. História da Educação.
294
PROGRAMA NACIONAL DO LIVRO DIDÁTICO: uma história de sua história
Thaise da Silva Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: Na área da História da Educação os livros didáticos são fontes importantes de investigação. Um livro traz consigo as metodologias, os discursos e as formas de pensar e ver a educação e a sociedade em um determinado
contexto, grupo social e período histórico. A importância destes materiais para o controle de práticas e disseminação de ideias fez com que os mesmos se
tornassem objeto de domínio e controle das políticas públicas de governo. Diante disto, este estudo tem por objetivo analisar as políticas públicas federais que regulamentaram a produção, importação, difusão e circulação do livro didático no
Brasil desde 1929, ano em que foi criado um órgão específico para legislar sobre políticas nacionais do livro didático: o Instituto Nacional do Livro (INL), até os
dias atuais, regido Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Para tanto será realizada uma pesquisa qualitativa de cunho documental, onde serão analisados decretos, leis, programas e outros dispositivos legais que marcaram as políticas
públicas de aprovação, importação, produção, circulação e distribuição dos livros didáticos. A partir das investigações feitas pode-se concluir que as políticas públicas do livro didático foram alvo de uma quantidade significativa de decretos-
lei que visavam democratizar o acesso ao livro didático neste país, bem como controlar a suposta qualidade, definindo políticas e metodologias de ensino e
formas de se tornar um bom filho, um bom aluno e um bom cidadão brasileiro.
Palavras-chave: PNLD. Livro didático. Políticas públicas.
295
RECOMEÇOS E PERPETUAÇÕES HISTÓRICAS NO BRASIL
Cláudia de Cillo Mazucato Neri
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
(UEMS/PROFEDUC/PIBAP) E-mail: [email protected]
Valéria Sun Hwa Mazucato
Centro Universitário Anhanguera/ Campo Grande
E-mail: [email protected]
Lucimara de Oliveira Calvis Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
(UEMS/Campo Grande/ PROFEDUC) E-mail: [email protected]
Resumo: Este artigo, baseando-se em revisões bibliográficas, traz o processo
histórico desde o final da Ditadura Militar, período no qual o desenvolvimento econômico caminhou junto com a modernização mundial porém com uma
intensa repressão social que trouxe influências ao modelo educacional da época. A sociedade por meio de movimentos de contraposição pede pela redemocratização, e a aprovação da Constituição de 1988 se torna uma marco
histórico na busca por direitos essenciais. Neste processo histórico, a reformulação educacional recebeu um caráter comercial com grande interferência
político-econômica de organizações externas como Banco Mundial e BID, tendo a LDBEN 9394/96 papel fundamental na consolidação de políticas públicas educacionais. Devido o caráter mercantilista que assolou a educação neste
período, as disparidades econômicas ficaram mais evidentes nas instituições escolares reacendendo movimentos sociais que juntos lutaram para fazer-se representar politicamente, e com objetivo inicial de modificação do cenário
político e educacional brasileiro deram luz a um novo período na política brasileira. Compreender o caminho escolhido para a busca pela qualidade
educacional e abranger aspectos importantes das bases para a formulação da educação brasileira até o início da década de 2010, perpassando por diferentes momentos e movimentos que demonstram a necessidade da Nação brasileira se
constituir como ativa na garantia e consolidação de direitos educacionais será um caminhar entre diferentes governos e proposituras políticas, que influenciaram, cada qual com sua visão de Estado, com sua parcela contributiva na realidade
educacional vivenciada atualmente.
Palavras-chave: Educação. Políticas Educacionais. História da Educação.
296
METODOLOGIAS INOVADORAS: imagens no ensino de história
Viviane Scalon Fachin Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Marinete Aparecida Z. Rodrigues
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) E-mail: [email protected]
Resumo: Nas primeiras décadas do século XXI, consolidam-se as mais variadas metodologias para o ensino. Incorporam-se novos instrumentais no trabalho do
historiador e, consequentemente ao ensino de História. Vivemos uma época na qual a leitura de imagens, da interpretação de signos visuais tornou-se uma necessidade, e os meios imagéticos se tornaram ferramentas didáticas
extremamente interessantes para o ensino. Os dispositivos audiovisuais atuam com tanta expressividade na vida cotidiana que tornam possível acreditar que
exerçam influência capaz de remodelar o consciente e o inconsciente dos indivíduos. As imagens mentais passam a ser constituídas não apenas em função de sentimentos e daquilo que se vê, ao vivo, mas pelo que se assiste nas telas da
vida. A partir dessas constatações entendemos que o sistema educacional, como um todo, deve assumir uma postura crítica e trabalhar no sentido de
acompanhar os avanços tecnológicos, a partir da adoção de práticas pedagógicas que possibilitem aos educandos desenvolver capacidade crítica suficiente para filtrar a influência a que estão expostos pela comunicação de massa, sem perda
do senso da realidade. Assim, entendemos que a educação escolar está diante das exigências de sua adaptação ao ritmo das mutações culturais e do desafio de se colocar à frente dessas mudanças. Nesse sentido a escola precisa superar a
competência de seu discurso e, sem renunciar a sua perspectiva histórica de formadora de homens, assumir sua própria época como um cruzamento de vários
caminhos, num mundo cada vez mais plural e multifacetado, adotando novas práticas que possibilitem a construção do conhecimento por meio de metodologias inovadoras que desenvolvam a percepção e a sensibilidade por meio
do uso de imagens. Com esse objetivo, esse estudo busca agregar experiências sobre a introdução de metodologias inovadoras no ensino de História, mais
especificamente para a disciplina de estágio supervisionado.
Palavras-chave: Políticas públicas. Aprendizado. Formação.
297
REFLEXÕES DE UM HISTORIADOR APRENDIZ: a prática de ensino em
história na UFMS-CPAN
Waldson Luciano Corrêa Diniz Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: A Prática de Ensino foi implantada no Curso de História do Campus do
Pantanal como uma disciplina que, comum a todas as licenciaturas, deveria fazer a integração teoria-prática no processo de formação dos jovens licenciandos.
Porém, nesse percurso, houve muitas dificuldades da parte da instituição, dos docentes e dos discentes para a implementação da mesma. O fato de não ter sido realizado um concurso específico para a mesma indica certo desprestígio e
descompasso entre o texto das Diretrizes Curriculares Nacionais e a administração da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Ela de fato nasceu sob o estatuto da dubiedade, pois ainda hoje há questionamentos sobre
sua natureza e suas infindáveis interfaces com a Pedagogia e com as disciplinas específicas do Curso. Produto de reflexões sobre as lacunas do currículo, a
Prática de Ensino busca a produção de sua identidade com base na reflexão constante em torno da produção historiográfica brasileira, francesa e inglesa em confronto com os debates contemporâneos da pedagogia que possuem em comum
o aporte do materialismo histórico e que portanto situam a escola no espaço contraditório da sociedade burguesa. Pretende-se que a disciplina constitua-se no
referencial identitário do estudante da graduação que ao cursá-la ao longo de oito semestres poderá articular criticamente teoria e prática com base na interdisciplinaridade sugerida pelos PCN’s e nos Temas Transversais com o
objetivo precípuo de compreender para quem ensina e como ensina sem perder de vista o papel libertador do conhecimento e o prazer que uma escola que busca a autonomia dos indivíduos pode e deve proporcionar.
Palavras-chave: Interdisciplinaridade. História. Educação.
298
IV EHECO
PÔSTERES
299
FORMAÇÃO E HABITUS PROFESSORAL NAS MEMÓRIAS E NARRATIVAS DE
NORMALISTAS EM MORRINHOS-GO: (1962-1971)
Ana Lúcia Ribeiro Nascimento
Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão) E-mail: [email protected]
Aparecida Maria Almeida Barros
Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
E-mail: [email protected]
Resumo: A proposta é pesquisar por intermédio de narrativas, a Formação e o Habitus Professoral de Normalistas, do Curso Normal oferecido na Escola Normal Senador Hermenegildo de Morais situada no município de Morrinhos-Go nos
anos de 1962 a 1971, cujo recorte compreende a vigência da Lei 4.024 promulgada em 12 de dezembro de 1961 que fixa diretrizes e bases da educação
nacional outorgando ao Curso Normal a finalidade de formar “professores, supervisores e administradores destinados ao ensino primário, e o desenvolvimento dos conhecimentos técnicos relativos à educação da infância”
(BRASIL, 1961). Considerado o período de vigência da Lei n. 4.024/61, sob a qual o Curso Normal foi configurado na última edição sob esse formato, abrem-se inúmeras possibilidades para delinear o objeto de estudo, focalizado na Formação
e no Habitus Professoral de Normalistas que protagonizaram a fase final do Curso Normal, antes de ser transformado em um novo Curso com habilitação técnica
em Magistério. Em suma, buscar-se-á em Bourdieu, os dispositivos que conceituam e definem o habitus professoral, para cotejar nas memórias e
narrativas de Normalistas, como apreendiam e percebiam o ofício/habitus de professor. Com tais expectativas, propomos nessa investigação responder à seguinte questão: O que era (foi) para as Normalistas o processo de Formação e a
apreensão do habitus professoral na fase final do Curso Normal em Morrinhos? Destarte, o objetivo dessa proposta de pesquisa é analisar os dispositivos de
Formação a apreensão do habitus professoral de Normalistas em Morrinhos, cotejadas nas memórias e narrativas.
Palavras-chave: Curso Normal. Formação. Habitus.
300
ENTRE PARAFUSOS E BORBOLETAS: a trajetória de vida de um homem livre
Ariane Martins Aragão
Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
E-mail: [email protected]
Resumo: O presente trabalho traz à tona a trajetória de vida de um homem autista com diagnóstico tardio. Viveu todas as adversidades possíveis e
impossíveis do espectro relacionadas à interação e comunicação, influenciando em seu desenvolvimento e, consequentemente, seus aspectos sociais e escolares, mas não em sua inteligência, raciocínio lógico, direto e rápido. Enfrentou e
enfrenta preconceitos na sociedade por suas características, e quase sempre consegue se sobressair bem ou muito bem. O autismo adulto, infelizmente, é tido
como um grupo invisível. O objetivo do trabalho é recuperar e resignificar as memórias do entrevistado para a produção de fontes em uma dimensão viva, discutir as aproximações e possíveis distanciamentos entre a pesquisa narrativa,
a biografia, e a pesquisa bibliográfica no cruzamento de fontes. Assim, para a realização do trabalho foi utilizada a metodologia de História Oral, visto que este encaminhamento metodológico propõe um projeto, um roteiro, a realização de
entrevistas, transcrição, tratamento da informação e análise, dessa forma, narrativa e pesquisa se entrelaçam. Em sua proposta, a autora se dispõe a
investigar os conceitos do Autismo e da Síndrome de Asperger, como também explorar a história e trajetória de vida do entrevistado, que nos confronta com alguns comentários pontuais sobre o autismo, suas experiências e vivências.
Vários são os enigmas e um vasto corpo conceitual a ser desbravado. Foi realizada pesquisa bibliográfica tendo como referência autores de notabilidade no
ramo com intenção de cumprir os objetivos propostos mencionando artigos científicos. Foram apontadas as barreiras que são enfrentas tanto pelas crianças e adultos autistas, quanto pela família. A partir da pesquisa observamos, que o
diagnóstico precoce ajuda na implementação da inclusão, no desenvolvimento, e atendimentos adequados voltados especificamente para as necessidades educacionais e sociais do indivíduo.
Palavras-chave: Autismo. História oral. Síndrome de Asperger.
301
O ASPECTO SOCIOCULTURAL DO REAL COLÉGIO DAS ARTES DO RIO DE
JANEIRO COLONIAL
Bruna Lana Prado Velozo Barroso
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) E-mail: [email protected]
Victor Melo
Resumo: O presente trabalho pretende analisar a formação do primeiro colégio
jesuíta na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, o Real Colégio das Artes do
Rio de Janeiro, construído no Morro do Castelo no dia 01 de março de 1567.
Levando em consideração o contexto histórico (primeira metade do século XVI,
marcado pela Reforma e Contrarreforma religiosa e expansão marítima comercial
e colonizadora portuguesa) em que se deu a fundação do colégio e os papéis que
ele foi acumulando no decorrer dos anos, uma vez que não se restringiu a função
de natureza pedagógica, mas também acumulou as atribuições administrativas,
políticas, culturais, militares, econômicas, sociais na cidade do Rio de Janeiro
colonial. Também será possível observar a localização, a estrutura física, os
cursos oferecidos, os serviços prestados e o público-alvo – e a estreita relação
entre o colégio inaciano e a cidade nos primeiros séculos de sua formação. A
principal fonte utilizada na pesquisa foi a obra de Serafim Leite denominada a
História da Companhia de Jesus, tomos I, IV, V, VI e VII. Entendendo que o
período colonial é pouco privilegiado pela Historiografia da Educação, o trabalho
pretende contribuir com novas interpretações sobre a educação inaciana na
cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Palavras-chave: Educação no Brasil Colônia. Companhia de Jesus. Colégio
Jesuíta. Rio de Janeiro Colonial.
302
AS CAUSAS DA REPETÊNCIA NO PRIMEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO SOB A
ÓTICA DO PROFESSOR E DO ALUNO
Esther Campagna Bertazzoni Ferreira
Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) E-mail: [email protected]
Deir Corrêa Pinheiro
Resumo: Considerando o fato de que o fenômeno da repetência no ensino médio cresce a cada ano no Brasil, este trabalho tem como objetivo analisar as causas
da repetência no 1º ano do E.M. na escola Padre José Scampini (Campo Grande/MS). Este trabalho foi elaborado por meio de pesquisa qualitativa, com aplicação de questionários para identificar as causas da repetência sob o ponto
de vista de: professores, alunos e coordenação pedagógica, traçando um comparativo com a teoria estudada. Os professores apontaram um conjunto de fatores que contribuem para o fracasso escolar, sendo: a avaliação da
aprendizagem na forma tradicional; o sistema educacional; a organização da escola e definição de regras internas com falhas na comunicação entre direção,
coordenação, professores e funcionários; a gestão escolar; os alunos pela falta de interesse e indisciplina e os pais pela falta de apoio nas atividades escolares e a desvalorização dos professores e da escola pela sociedade em geral. Os alunos
atribuíram a repetência ao mau resultado nas provas do exame; a falta de motivação pelos estudos; indisciplina na sala de aula promovendo conversas e
brincadeiras desvinculadas ao tema em questão; muitas faltas estimuladas pelas amizades erradas; e o grande número de alunos por sala, justificando que uma sala muito cheia dificulta a audição bem como dispersa a atenção. Na percepção
da coordenação pedagógica a principal causa da repetência está centrada na cultura escolar sobre a eficácia da reprovação como recurso didático, grande parte dos professores acreditam que reprovando os alunos estarão dando a
chance de rever o mesmo conteúdo. Os fatores mencionados pelos três agentes pesquisados indicam que mais importante que identificar as causas da repetência
será a reorganização do trabalho educativo na instituição de ensino pesquisada, para melhorar o desempenho dos alunos e assim amenizar ou até mesmo resolver o problema da repetência.
Palavras-chave: Avaliação da aprendizagem. Repetência. Ensino Médio.
303
O CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA UFG REGIONAL CATALÃO NA
PERSPECTIVA DO EGRESSO (1990-2005)
Fernanda Gonçalves Silva Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
E-mail: [email protected]
Wolney Honório Filho
Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão) E-mail: [email protected]
Resumo: Pesquisas a partir das narrativas (auto)biográficas trazem uma nova forma de compreender a história de instituições escolares. Neste caso, trata-se de investigar o curso de Educação Física na UFG/Regional Catalão na perspectiva
do egresso. A pesquisa tem como método o narrativo (auto)biográfico, fundamentado na teoria da história das instituições. Falar sobre as próprias vivências e recontar suas experiências traz, para o narrador, sentimentos de
intensidades de uma importância e significados individuais. É refazer seu percurso, reviver valores sobre si, o ambiente e o momento passado, o que é mais
do que simplesmente contar uma história, é revivê-la e poder extrair detalhes importantes com o olhar do presente. O curso de Educação Física da UFG Regional Catalão, narrado na perspectiva de seus egressos, para além das
perspectivas que tem como sujeitos protagonistas apenas os docentes, pode mostrar que todos os sujeitos são importantes para narrar as histórias desta instituição e suas experiências formadoras, pois “pela narrativa, os homens
tornam-se os próprios personagens de suas vidas e dão a elas uma história” (DELORY-MOMBERGER, 2012, p.39). Assim, não há apenas uma história, ou
uma história mais importante que a outra, e sim várias perspectivas que não podem ser desconsideradas. Estimamos que as narrativas dos egressos possam nos ajudar a compreender dimensões da história do curso de Educação Física da
UFG/Regional Catalão até então desconhecidas. Cabe então reconhecer o egresso como sujeito que também é responsável pela construção da instituição, e é
importante no trato histórico das instituições escolares e, neste caso, dos cursos de graduação, no caso de universidades, sejam públicas ou privadas.
Palavras-chave: Educação Física. Egresso. Narrativas (auto)biográficas.
304
ATUAÇÃO DO PEDAGOGO NO AMBIENTE HOSPITALAR
Gabriella Giovanna Galiciani Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Thais Paes Custódio
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
Milene Bartolomei Silva
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) E-mail: [email protected]
Resumo: O presente trabalho trás uma discussão a cerca da atuação do pedagogo em ambiente hospitalar por meio de sua atuação lúdico-pedagógica
junto às crianças e adolescentes que estão submetidas a tratamento por conta de enfermidades graves. As crianças e adolescentes que se encontram afastados do
ambiente escolar, acabam de certa forma se privando do convívio social e passam a ter pouco acesso aos bens culturais, como livros, passeios pedagógicos e atividades artísticas, por exemplo, música e dança. Esse afastamento da rotina
escolar pode levar a um atraso, a reprovações, configurando o fracasso escolar. O objetivo deste trabalho é analisar a atuação do pedagogo dentro do ambiente
hospitalar, o desenvolvimento de suas funções, e as suas contribuições na recuperação das crianças internadas. O pedagogo é responsável por planejar atividades lúdicas que possam amenizar a angustia a ansiedade e o medo. “O
professor da escola hospitalar é, antes de tudo um mediador das interações da criança com o ambiente hospitalar. Por isso, não lhe deve faltar, além de sólido conhecimento das especialidades da área de educação, noções sobre as técnicas e
terapêuticas que fazem parte da rotina da enfermaria, e sobre as doenças que acometem seus alunos e os problemas (mesmo os emocionais) delas decorrentes,
tanto para as crianças como também para os familiares e para as perspectivas de vida fora do hospital. (FONSECA, 2008, p. 29)”. Portanto este trabalho compõe-se por uma pesquisa bibliográfica de caráter exploratório buscando as respostas que
a norteiam.
Palavras-chave: Crianças. Atuação do Pedagogo. Ambiente hospitalar.
305
FILOSOFIA E EDUCAÇÃO: a construção do conhecimento na busca da
formação do pensamento emancipatório de crianças na educação
Graciele Alves de Brito Silveira Universidade Federal de Goiás (UFG)
E-mail: [email protected]
Altina Abadia da Silva
Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão) E-mail: [email protected]
Resumo: O trabalho aqui proposto tem como tema de estudo fazer uma abordagem da filosofia e educação: a construção do conhecimento na busca da
formação do pensamento emancipatório de crianças na educação, estabelecendo como objetivo apresentar um breve panorama sobre a Filosofia da Educação, destacando a criança e a construção do conhecimento na educação em busca da
formação do pensamento emancipatório. Trata-se de uma revisão bibliográfica utilizando-se do pensamento de dois principais estudiosos que fazem uma
abordagem sobre a Filosofia da Educação e a formação do sujeito além de outros autores que tem um olhar no que diz respeito a mesma perspectiva estudada dentro o objetivo aqui apresentado. Sendo possível evidenciar durante os estudos
a necessidade da educação desde os primeiros anos da criança para uma boa formação do pensamento devendo perfazer durante toda a vida na construção de
seres humanos cada vez mais autônomos e com liberdade de decisões em seu processo continuo de vivencia no meio social que é estabelecido, podendo conduzir cada vez mais a uma trajetória de sujeitos intelectualmente formadores
de conhecimentos emancipados que vive em um mundo globalizado e uma sociedade cada vez mais exigente. Evidenciando assim que a educação é de grande relevância na vida e na construção de sujeitos autônomos levando a uma
pratica emancipatória podendo fazer grande diferença nas tomadas de decisões que possam ocorrer posteriormente na vida do sujeito que teve uma boa base
educacional que possa ter conduzido durante toda sua vida em permanente formação continua. Palavras chaves: Filosofia, Educação, conhecimento, criança.
Palavras-chave: Filosofia. Educação. Conhecimento. Criança.
306
A CONSTRUÇÃO DA LICENCIATURA EM PSICOLOGIA NA UNIVERSIDADE
FEDERAL DE GOIÁS - REGIONAL CATALÃO
Heitor Abadio Vicente Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
E-mail: [email protected]
Janaína Cassiano Silva Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
E-mail: [email protected]
Resumo: A história da Psicologia no Brasil está marcada por um processo de construção moroso, devido a criação das instituições ter sido somente no século
XIX, fato esse que ocasionou em um processo de construção díspar. Em 1996 a LDB, postula diretrizes que surgem como recomendações a serem vistas pelas
IES para elaboração dos currículos. A responsabilidade das comissões especialistas de cada área de conhecimento, a elaboração das diretrizes. Através do parecer 776 de 03/12/1997 o CNE apresentou normativas gerais para
construção das Diretrizes Curriculares Nacionais, afirmando então a rigidez dos currículos mínimos existentes anteriormente, até a homologação da LDB, e que essa nova proposta teria como objetivo a flexibilização dos currículos. Em 1999, a
CEEPSI, publicou a primeira proposta de DCNs para a formação em psicologia. A proposta sugeria uma formação de cursos de Psicologia que se pautassem em
formar psicólogos para atuar em três áreas, pesquisa, no ensino de psicologia e como psicólogos, as duas primeiras como facultativas, e a formação com psicólogo obrigatória. Definiu-se então, três modalidades de formação a serem
oferecidas nos cursos de Psicologia, o Bacharelado, a Licenciatura e a Formação de Psicólogo. Tomando como base estas referências, esse trabalho trata-se de
uma pesquisa documental, está caracteriza-se pela investigação de documentos que ainda não receberam uma análise profunda, possibilitando novas interpretações sobre o mesmo. Os principais aspectos que referentes a formação
de professores de Psicologia presentes na DCN de 2011 dizem respeito a formação de professor não pode ser considerada uma ênfase do curso e que essa formação seja oferecida de forma complementar a formação de psicólogo, porém, a
formação é facultativa ao aluno. Com intuito de uma formação não fragmentada, a formação de professor de Psicologia deve ser oferecida no decorrer do curso, e
articulada aos demais campos de formação
Palavras-chave: Licenciatura em Psicologia. História da Psicologia. Formação do Professor.
307
DESCOLONIZAÇÃO DAS CIÊNCIAS NO CENÁRIO DE INTERNACIONALIZAÇÃO
DO SISTEMA CAPITALISTA
Higor Heyder da Costa Pinto Universidade Federal de Goiás (UFG)
E-mail: [email protected]
Aparecida Maria Almeida Barros
Universidade Federal de Goiás (UFG) E-mail: [email protected]
Altina Abadia da Silva
Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
E-mail: [email protected]
Resumo: Ao se observar a história da Ciência, verifica-se um longo processo de
reflexão acerca do papel do homem em relação à natureza, o grande avanço
tecnológico dos séculos XIX, XX e XXI foi pautado em um conhecimento científico
de grande racionalização e transformou profundamente a percepção do homem
em relação ao meio. Ao quantificar a natureza, o homem exterioriza-se do espaço
natural e supõe possuir total domínio sobre esse espaço. É Nesse contexto
histórico-científico que ocorre uma revolução tecnológica nos meios de produção,
transporte e comunicação, como consequência, verifica-se um rápido processo de
industrialização, urbanização e crescimento demográfico no planeta, inúmeras
guerras e conflitos, problemas ambientais, desigualdade socioeconômica, fome e a
miséria. A certeza de que a ciência positivista seria suficiente para a construção
de um mundo de liberdade para todos já tem sido questionada há décadas e,
nessa perspectiva, o sociólogo Boaventura de Sousa Santos e o geógrafo Milton
Santos discutem profundamente os limites dessa vertente científica em meio ao
atual período de expansão do processo de globalização. O positivismo foi
primordial para o surgimento e aprofundamento do processo de globalização, que
se constitui de fato, como a internacionalização do sistema capitalista em escala
planetária. O processo de colonização foi e ainda é legitimado pela ciência
moderna, não há como ignorar que o pensamento com rigor científico se sobrepôs
ao senso comum, ao desqualificar qualquer possível verdade que não possa ser
comprovada dentro da epistemologia científica dominante, contudo, as promessas
de progressos e uma vida melhor para todos os povos já não se mostra como uma
meta alcançável se permanecermos dentro da mesma lógica e estrutura
produtiva, assim o caminho para essa ruptura pode ser trilhado a partir da
ciência, que atualmente possui papel fundamental dentro desta lógica.
Palavras-chave: Globalização. Descolonização. Epistemologia.
308
A HISTÓRIA DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA EM ANÁPOLIS-GOIÁS E AS
VICISSITUDES IMPOSTAS PELA ATUAL REFORMA DO ENSINO MÉDIO
Kamylla Pereira Borges
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás (IFG/Anápolis) E-mail: [email protected]
Reynaldo Zorzi Neto
Instituto Federal de Goiás (IFG)
E-mail: [email protected]
Resumo: A presente pesquisa tem como objeto de estudo o percurso histórico da inclusão, retirada e reinserção da disciplina de sociologia no currículo do Ensino Médio, nas escolas públicas estaduais de Anápolis, Goiás, da década de 1920 até
a atual Reforma do Ensino Médio proposta pelo Governo Temer. Para tanto, recorre-se a história das disciplinas escolares (HDE) que visa realçar o fato de os conteúdos, programas, livros e perfil dos docentes estarem articulados tanto na
configuração de um campo escolar específico, quanto na constituição de um campo social balizado pela coexistência de grupos sociais com objetivos distintos
e com elaborações ideológicas e culturais heterogêneas, para os quais as práticas escolares são tomadas como elemento social, político e simbólico dotado de extrema relevância. Sob esse prisma, a pesquisa busca compreender algumas
características da constituição da disciplina de sociologia no Brasil, em Goiás e, sobretudo, em Anápolis. Trata-se de um estudo qualitativo, fundamentado em
uma revisão bibliográfica e análise documental. Entre os resultados primordiais pode-se considerar que a disciplina de sociologia até o início da década setenta, compareceu nos currículos escolares do ensino médio brasileiro, sob a ótica da
formação humanista, no entanto, com a Lei nº 5692/71, prevalece a tendência pedagógica tecnicista, e a disciplina de sociologia é retirada do currículo escolar, em um movimento análogo a atual proposta de Reforma do Ensino Médio.
Palavras-chave: Currículo. Sociologia. Ensino Médio.
309
O CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS NAS NARRATIVAS (AUTO) BIÓGRAFICAS DE
SEUS EGRESSOS (2009 – 2017)
Lorena Láisse Silva Avelar
Universidade Federal de Goiás (UFG)
E-mail: [email protected]
Wolney Honório Filho
Universidade Federal de Goiás (UFG)
E-mail: [email protected]
Resumo: Pesquisa com narrativas (auto) biográficas vem se tornando importante para a realização de pesquisas sobre instituições escolares. Através do olhar do egresso buscamos conhecer o curso de Ciências Sociais na UFG / Regional
Catalão, observando questões relevantes sobre o curso, formação e anseios profissionais. O recorte temporal da pesquisa abrange desde a criação do curso, em 2009, até o presente. O curso de Ciências Sociais surgiu com a expansão da
universidade proposta pelo governo federal em 2006, porém suas atividades iniciam em 2009. Através das experiências de vida dos egressos do curso de
Ciências Sociais, consideramos importante um diálogo com o passado e com o presente trazendo através das narrativas (auto) biográficas reflexões importantes sobre o modo como se constituiu o curso de Ciências Sociais, particularmente na
visão dos egressos, os significados que o egresso traz sobre o curso e sua formação e as perspectivas profissionais. Através das narrativas (auto) biográficas
dos egressos podemos conhecer o curso de Ciências Sociais no contexto regional Catalão / UFG como também a história do Curso de Ciências Sociais no Brasil e também conhecer os sujeitos através de suas narrativas. O método utilizado para
a pesquisa é o método (auto) biográfico, por considerarmos um importante método para estudos sobre instituições escolares e histórias de vida.
Palavras–chave: Ciências Sociais-egresso. Regional Catalão Universidade Federal
de Goiás. Narrativas (Auto) Biográficas.
310
HOMOFOBIA E DISCUSSÃO DE GÊNERO NOS CURSOS INTEGRADOS DO
IFTM CAMPUS PARACATU: o que a escola pode fazer para combater preconceitos
Marcos Tadeu Pereira de Queiroz Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão)
E-mail: [email protected]
Lilian Marta Grisolio Mendes
Universidade Federal de Goiás (UFG/Catalão) E-mail: [email protected]
Resumo: O Trabalho que ora apresentamos busca discutir o papel da educação
no combate a homofobia e os preconceitos relacionados ao gênero dentro do ambiente escolar. Pensamos ser necessário essa discussão pois em um espaço
que visa educar os cidadãos para uma sociedade democrática, livre e inclusiva o ato de ensinar deve servir antes de tudo como um mecanismo de sensibilização para compreensão e uma possível aceitação daqueles que o grupo social
considera diferente. Desta forma, a educação servirá para que os educandos compreendam que todos são iguais e que no fundo ninguém é diferente sendo essa pretensa diferença apenas uma construção sócio histórica. Priorizamos o
espaço educativo do IFTM campus Paracatu como cenário da nossa pesquisa pois ali os alunos do ensino médio convivem em uma jornada de 8 horas diárias nos
cinco dias da semana no ensino médio integrado e nesse ambiente de contínua convivência a presença de alunos não heterossexuais poderia dar margem ao surgimento de discursos homofóbicos como acontece em outras escolas pelas
quais já passamos. Entretanto não percebemos em um primeiro olhar neste educandário atitudes de cunho preconceituosas entre os discentes mas
conseguimos sim visualizar uma convivência tranquila e harmoniosa entre alunos gays e heterossexuais. Desta forma, objetivamos nessa pesquisa entender como os professores, funcionários e estudantes se posicionam diante deste tema
e de que maneira é combatida as discriminações aos homossexuais e como é construído neste espaço uma cultura de tolerância. Através da aplicação de questionários de questões abertas ao grupo alvo de nova pesquisa buscaremos
compreender o que acontece nesse espaço. Juntamente com os questionários procederemos a uma analise de revisão bibliográfica. Nossa pesquisa encontra-se
em processo de desenvolvimento. Palavras-chave: Educação. Diversidade. Homofobia.
311
TRAJETÓRIA DA UEMS: história e memória do ensino superior em Mato
Grosso do Sul
Maria de Lourdes dos Santos Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD/FAED)
E-mail: [email protected]
Resumo: A proposta de pôster visa apresentar uma discussão ainda em fase de investigação, a respeito da relação entre história da educação e história oral,
sobre a abordagem da trajetória histórica e da memória de uma instituição educacional de ensino superior do Estado de Mato Grosso do Sul, a Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS). Busca apreender a memória de sujeitos
envolvidos nos vinte e cinco anos de história da instituição (2018), por meio da coleta de depoimentos orais e de sua sistematização em arquivos digitais e em
publicações voltadas para a difusão da história da educação regional. Para tanto, a pesquisa prescinde de leituras de textos específicos sobre as histórias de Mato Grosso Uno, de Mato Grosso do Sul e sobre as instituições de ensino superior
(IES) brasileiras e, em especial sobre a UEMS, a sua criação, implantação e funcionamento, bem como leituras sobre história e fontes orais. Assim, a
investigações tem como objeto a memória e a historicidade da UEMS, apreendida por meio de depoimentos orais. O assunto pode ser associado a uma imensa gama de relações entre história, cultura e educação, ou, ainda, aos múltiplos
caminhos percorridos em quase vinte e cinco anos de vida da instituição. O tema e a abordagem, propostos no projeto inicial de pesquisa se justificam por aspectos como relevância, oportunidade e ineditismo. E, apresenta uma
capacidade inerente de contribuição para o coletivo da UEMS quanto à reflexão sobre suas origens, trajetória institucional e sobre a formação/consolidação da
identidade da comunidade. Por fim, as pesquisas tem demonstrado que apesar da história das instituições e da cultura escolares ser um dos campos temáticos de maior crescimento na área de história da educação, no que tange a instituições
de ensino superior e no Estado pesquisado, as produções ainda são escassas.
Palavras-chave: História oral. Instituições. Ensino Superior.
312
EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS E A LEI MARIA DA PENHA: uma análise
sobre a prática escolar
Michele Maria da Silva
Universidade Federal de Goiás (UFG) E-mail: [email protected]
Jaira Maria da Silva de Almeida
Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
Resumo: A discussão sobre a igualdade entre homens e mulheres não é um assunto novo. Ainda que previsto na Declaração Universal dos Direitos Humanos,
no art. 2º, bem como na Constituição Republicana (art. 5°, inciso I) e considerando a desigualdade real que existe entre homens e mulheres, o tema ainda causa dúvidas e desentendimentos naqueles que se deparam com a
temática. A Constituição de 1988, trouxe em seu bojo a dignidade humana como um dos fundamentos do Estado Democrático, e a igualdade material, como um
dos direitos e garantias fundamentais. Nesse sentido, a educação em Direitos Humanos, no âmbito escolar, constitui-se como um importante instrumento no sentido de provocar mudanças e transformações sociais, com vistas à construção
de uma sociedade mais humana, livre, justa e solidária. Diante disso, esse artigo tem como objetivo abordar a questão dos direitos humanos das mulheres,
baseando-se na Lei 11.340/2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha, por meio da análise do gibi “As Marias em: Maria da Penha vai às Escolas!”. Para isso, inicialmente, apresentaremos o contexto de elaboração da Lei Maria da
Penha, no âmbito da legislação nacional e internacional sobre os direitos humanos e posteriormente analisaremos o material em questão. Para tanto, essa pesquisa foi realizada a partir de estudos bibliográficos, análise de documentos
normativos e fonte de estudo em questão. De acordo com a pesquisa realizada, consideramos que o gibi “As Marias em: Maria da Penha Vai às Escolas” e as
“Sugestões de Atividades Pedagógicas: Projeto Maria da Penha vai às Escolas”, apesar de algumas limitações, podem contribuir bastante no sentido de conscientizar a sociedade sobre os direitos humanos das mulheres, bem como,
levar ao conhecimento de todos, pontos específicos da Lei 11.340/2006.
Palavras-chave: Educação em Direitos Humanos. Lei Maria da Penha. Direitos
humanos das mulheres.
313
PERSPECTIVAS DE PESQUISA COM AS FONTES DOCUMENTAIS DA ESCOLA
ESTADUAL CORAÇÃO DE MARIA, CAMPO GRANDE/MS (1973-1997)
Mircéia Terezinha Suffiatti Mesnerovicz Vareiro Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: [email protected]
Kátia Cristina Nascimento Figueira Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)
E-mail: ká[email protected]
Resumo: O presente artigo tem por finalidade apresentar os resultados de uma pesquisa realizada como trabalho de conclusão da Unidade de Estudos Itinerários
Científicos II, intitulado “Levantamento de Fontes Documentais na Escola Estadual Coração de Maria em Campo Grande (1973 – 1997)”. Essa pesquisa foi desenvolvida com a participação das acadêmicas Andréa de Oliveira, Louise dos
Santos, Mircéia Vareiro e Wânia Silva do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Unidade de Campo Grande, em 2016. Para tanto, foram levantadas as fontes que constituirão um guia que indica o local em
que foram encontradas, a identificação, a organização e o acesso. Assim, esse estudo visa compreender a importância da produção desse guia para a História
da Educação, pois com essa experiência e a realização do levantamento bibliográfico acerca de pesquisas que abordam estudos a partir de documentações preservadas, os resultados dessa proposta evidenciaram como
esses documentos mapeados na Escola Estadual Coração de Maria abrem perspectivas para a realização de pesquisas. Com base nessa análise conclui-se que a diversidade do material encontrado – histórico escolar, livro de reposição de
aula, fichas admissionais, contratos de trabalho de professores, registros de ponto, livro de expedição de transferência, livro de ponto, diário de classe,
canhotos de notas e faltas de Educação Física, ficha de resumo de atividades, legislação da instituição, produções textuais de alunos, livro de Plano Curricular, ata de resultados finais, livro ata de aproveitamento e frequência dos alunos,
registros fotográficos – fornece vestígios das ações desenvolvidas nessa Instituição que possibilitam não só a reconstrução da História dessa Escola, mas também
pode contribuir com a História da Educação em Mato Grosso do Sul.
Palavras-chave: Guia de fontes. História da Educação em MS. Preservação de fontes.
314
ARQUIVOS E ACERVOS: a preservação digital em instituições de ensino
superior privadas
Rafael Cobbe Centro Universitário Internacional (UNINTER)
E-mail: [email protected]
Desire Luciane Dominschek Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) /
Centro Universitário Internacional (UNINTER) E-mail: [email protected]
Jackson Lima
Centro Universitário Internacional (UNINTER)
Resumo: Este trabalho busca apresentar um projeto de pesquisa que visa a
preservação documental digital de uma instituição de ensino superior. A partir de uma pesquisa documental e descritiva. Nossa análise identifica os arquivos como
lugares de memória, onde o historiador encontra suas fontes. Entendemos que as fontes não falam por si, assim como por si não se tornam documento; o que as fontes transmitem confronta-se com a subjetividade ou a objetividade do
historiador. A realidade do passado e a intencionalidade do historiador necessitam de um aporte teórico de conceitos e procedimentos. E aos historiadores cabe a responsabilidade pelas escolhas e recortes destes conceitos e
procedimentos metodológicos. Segundo Le GOFF (1991), a história é que transforma os documentos em monumentos, e neste sentido esta pesquisa
explora a importância da preservação digital dos arquivos institucionais enquanto preservação da memória institucional. Identifica-se a relevância deste estudo para a área de história na medida em que o objetivo norteador do trabalho foi
apresentar o arquivo enquanto espaço de memórias e que produz memórias e histórias a partir da intencionalidade do historiador. Além disso, fazer emergir a
narrativa deste arquivo enquanto local de preservação da memória de instituições, é destacar a intencionalidade dos percursos históricos que podem emergir a partir de pesquisas científicas. Ainda na direção do que nos apresenta
Le Goff, os monumentos são nossas heranças do passado. Ragazzini (2001) indica ainda que, fazer história também tem muita história, o desvelar do passado transforma-se em presente, com uma atividade intensa que existe da
descoberta e garimpagem das fontes. Assim a análise sobre as fontes consiste em explicitar as relações que existem entre a variedade de fontes e os intentos
buscados com a pesquisa.
Palavras-chave: Arquivo digital. Memória. Preservação documental.
315
DA GÊNESE DO ENSINO SUPERIOR EM BELÉM DO PARÁ À CRIAÇÃO DA
ESCOLA DE AGRONOMIA NA AMAZÔNIA: uma contribuição a historiografia da educação
Ranyelle Foro de Sousa Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS)
E-mail: [email protected]
Resumo: O artigo tem como objetivo historicizar a criação do ensino superior na cidade de Belém do Pará, com foco no ensino de Agronomia, bem como identificar
e compreender os diferentes motivos que levaram a criação da Escola de Agronomia da Amazônia (EAA) na década de 1940. Nessa pesquisa, utilizou-se
como procedimento metodológico a análise bibliográfica e documental. O estudo apresenta apoio teórico nos autores Secreto (2007), Daou (2000), Moreira (1977), Trindade (2014), dentre outros. As principais considerações alcançadas nesse
estudo mostram que a criação do ensino superior no Pará foi resultante dos interesses das elites locais e seu incremento só ocorreu com a fase crítica da borracha na Amazônia, quando essa elite passou a enfrentar dificuldades
financeiras para enviar seus filhos e intelectuais à Europa para estudos. Quanto ao ensino de Agronomia no Estado, sua implementação ocorreu no ano de 1918,
com a criação da Escola de Agronomia do Pará. A instituição encerrou suas atividades no ano de 1943. A EAA, criada em 1945, é considerada a primeira Instituição de ensino Agrícola da região sob os desígnios do Governo Federal.
Dentre as motivações que levaram a sua criação, destacam-se: formar pessoal para sanar a ausência de técnicos no Instituto Agronômico do Norte. Atender ao
anseio da sociedade amazônica, por acesso a uma formação agrícola em nível superior. Transplantar para região um modelo científico existente no Sul e Sudeste brasileiro, onde ensino e pesquisa eram incentivados conjuntamente. Por
fim, contribuir para o atendimento dos interesses internacionais expressos nos Acordos assinados entre os Estados Unidos e o Brasil, desenvolvendo a Ciência e a Tecnologia na Amazônia, sobretudo na área agrícola, de forma a possibilitar a
formação de pessoal para atuar na maximização de produtos primários na região, com objetivo de atender as necessidades de suprimento agrícola da sociedade e
indústria norte americana.
Palavras-chave: Ensino Superior. Ensino de Agronomia. Escola de Agronomia da Amazônia.
316
HISTÓRIA E MEMÓRIAS DA EDUCAÇÃO: a constituição do discurso
científico nas escolas de primeiras letras do século XIX
Sílvia Maria Wainer Caribé e Silva Instituto Federal de Goiás (IFG/ Anápolis)
E-mail: [email protected]
Suzana Lopes de Albuquerque Instituto Federal de Goiás (IFG/USP)
E-mail: [email protected]
Elizangela Alves da Silva Moraes
Instituto Federal de Goiás (IFG)
Resumo: A presente comunicação propõe apresentar os desdobramentos do projeto de pesquisa “História e Memórias da Educação: a constituição do discurso científico na escola brasileira” cadastrado no Instituto Federal de Educação, na
modalidade PIBIC. A discussão está inserida no campo da História da Educação centrando a reflexão em torno dos debates Iluministas que nortearam a constituição da pedagogia no âmbito escolar brasileiro e da escola moderna. Em
torno dessa temática, observa-se uma variedade de fontes que tratam especificamente da cientificidade proposta pela escola moderna que adota uma
preocupação com o tempo, espaço e fazeres pedagógicos. A questão da “febre” de apropriação por variados métodos de ensino circulantes em outros países remonta à essa preocupação de inserir o Império e República Brasileira em um
contexto de civilização a partir da internacionalização das ideias pedagógicas. Serão apresentadas, dessa forma, uma análise do cenário das escolas de primeiras letras a partir de questionamentos como: Quais matrizes e forma de
apropriação dos diferentes métodos de ensino no cenário brasileiro apresentados pela análise da cultura material escolar das escolas de primeiras letras? O que as
fontes levantadas como livros de leitura e compêndios denotam acerca da constituição da ciência moderna e da configuração da escola sob seus respaldos? A metodologia utilizada nessa pesquisa consiste na análise documental a partir
de fontes arquivísticas como Livros de Leitura e compêndios escolares circulados em diferentes províncias brasileiras, inclusive a de Goyaz.
Palavras-chave: Império. Livros de leitura. Primeiras letras.
317
CLASSE HOSPITALAR: o pedagogo e as práticas pedagógicas em Campo
Grande/ MS
Thais Paes Custódio Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Gabriella Giovanna Galiciani
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) E-mail: [email protected]
Milene Bartolomei Silva
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
E-mail: [email protected]
Resumo: A classe hospitalar é um dos campos de atuação que estão disponíveis
para o pedagogo. Entretanto, durante o processo de formação, os acadêmicos possuem poucas informações acerca desta área de trabalho ou até mesmo desconhecem, o que, interfere nas futuras atividades educacionais. O objetivo
deste trabalho é buscar informações sobre as práticas pedagógicas dentro do ambiente hospitalar, que são desenvolvidas pelos profissionais da educação que, atuam nas classes hospitalares de Campo Grande / MS. Para o estudo, utiliza-se
da abordagem qualitativa e descritiva no contexto do Hospital Universitário (HU) do município de Campo Grande, no Estado do Mato Grosso do Sul. Para a coleta
de dados, utilizaremos de entrevista semiestruturada com o intuito de obter informações sobre o processo de formação como base para a atuação na classe hospitalar e suas práticas pedagógicas com as crianças hospitalizadas. Ao final
do processo, pretende-se apresentar os resultados no Trabalho de Conclusão do Curso, em forma de artigo científico. A classe hospitalar no Brasil é relativamente
nova e pouco explorada, muitas vezes os graduandos de pedagogia, pouco sabem ou até mesmo desconhecem este campo de atuação que também está disponível. Buscar informações acerca da história da classe hospitalar em Campo Grande e
as práticas pedagógicas efetuadas com crianças hospitalizadas contribuirá de forma significativa para o levantamento de discussões no que concerne à formação do pedagogo para realizar sua práxis dentro do hospital.
Palavras-chave: Classe Hospitalar. Práticas Pedagógicas. Formação Acadêmica.