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1 PROVERE PROGRAMAS DE VALORIZAÇÃO ECONÓMICA DE RECURSOS ENDÓGENOS VALORIZAÇÃO DOS RECURSOS SILVESTRES DO MEDITERRÂNEO - UMA ESTRATÉGIA PARA AS ÁREAS DE BAIXA DENSIDADE DO SUL DE PORTUGAL CARACTERIZAÇÃO A área de intervenção desta Estratégia de Eficiência Colectiva (EEC) abrange áreas dominadas por sistemas florestais ou dos denominados espaços florestais não arborizados (matagais) na região do Baixo Alentejo e Algarve. Este tipo de ecossistema mediterrânico, permite uma gestão multifuncional, que possibilita a exploração diversificada de um conjunto de recursos autóctones, provenientes da floresta mediterrânica, com um elevado potencial de qualidade e de valor estratégico. Neste sentido, este projecto, pretende constituir uma Estratégia de Eficiência Colectiva, baseada em recursos comuns a uma área de intervenção, cujas características carecem de uma abordagem integrada que possa dinamizar economicamente territórios de baixa densidade do Sul de Portugal. Esta estratégia de intervenção baseia-se na valorização dos recursos silvestres, ou dos recursos florestais não lenhosos (RFNL), como uma via para o desenvolvimento integrado das áreas de baixa densidade do Sul de Portugal e conservação dos recursos naturais dos ecossistemas presentes nessas áreas, através da aposta em inovadoras tecnologias de produção/ transformação e/ou conservação e da constituição de uma escala económica estruturante, a partir de um trabalho de concentração da oferta e da procura de novos mercados (nacionais e internacionais). Esta EEC assenta assim no facto de existir, ao nível do mercado, uma elevada apetência para o consumo de produtos gourmet e de qualidade, provenientes de formas de fabrico tradicional ou artesanal, que podem ser produzidos nestas regiões e quem nem sempre têm tido a devida valorização. O Programa de Acção integra 9 Projectos Âncora, um projecto para gestão e acompanhamento da parceria, um projecto para criação de um Fundo de Apoio ao Empreendedorismo e a Actividade de Microempresas e 131 Projectos Complementares, envolvendo um investimento global previsto de 3.119.726,00€ para o caso dos Projectos Âncora (dos quais 749.000,00€ corresponde a investimento público e 2.370.726,00€ a investimento privado).

PROGRAMAS DE VALORIZAÇÃO ECONÓMICA DE RECURSOS … · integrado das áreas de baixa densidade do Sul de Portugal e conservação dos recursos naturais dos ecossistemas presentes

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PROVERE

PROGRAMAS DE VALORIZAÇÃO ECONÓMICA DE RECURSOS ENDÓ GENOS

VALORIZAÇÃO DOS RECURSOS SILVESTRES DO MEDITERRÂNEO - UMA ESTRATÉGIA

PARA AS ÁREAS DE BAIXA DENSIDADE DO SUL DE PORTUGAL

CARACTERIZAÇÃ O

A área de intervenção desta Estratégia de Eficiência Colectiva (EEC) abrange áreas

dominadas por sistemas florestais ou dos denominados espaços florestais não

arborizados (matagais) na região do Baixo Alentejo e Algarve. Este tipo de ecossistema

mediterrânico, permite uma gestão multifuncional, que possibilita a exploração

diversificada de um conjunto de recursos autóctones, provenientes da floresta

mediterrânica, com um elevado potencial de qualidade e de valor estratégico. Neste

sentido, este projecto, pretende constituir uma Estratégia de Eficiência Colectiva,

baseada em recursos comuns a uma área de intervenção, cujas características carecem

de uma abordagem integrada que possa dinamizar economicamente territórios de baixa

densidade do Sul de Portugal.

Esta estratégia de intervenção baseia-se na valorização dos recursos silvestres, ou dos

recursos florestais não lenhosos (RFNL), como uma via para o desenvolvimento

integrado das áreas de baixa densidade do Sul de Portugal e conservação dos recursos

naturais dos ecossistemas presentes nessas áreas, através da aposta em inovadoras

tecnologias de produção/ transformação e/ou conservação e da constituição de uma

escala económica estruturante, a partir de um trabalho de concentração da oferta e da

procura de novos mercados (nacionais e internacionais). Esta EEC assenta assim no

facto de existir, ao nível do mercado, uma elevada apetência para o consumo de

produtos gourmet e de qualidade, provenientes de formas de fabrico tradicional ou

artesanal, que podem ser produzidos nestas regiões e quem nem sempre têm tido a

devida valorização.

O Programa de Acção integra 9 Projectos Âncora, um projecto para gestão e

acompanhamento da parceria, um projecto para criação de um Fundo de Apoio ao

Empreendedorismo e a Actividade de Microempresas e 131 Projectos Complementares,

envolvendo um investimento global previsto de 3.119.726,00€ para o caso dos Projectos

Âncora (dos quais 749.000,00€ corresponde a investimento público e 2.370.726,00€ a

investimento privado).

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PROJECTOS ÂNCORA

1. Constituição do CERMED

Promotor: CERMED – Centro de Excelência para a Valorização dos Recursos

Silvestres do Mediterrâneo

Investimento: 114.890,00€

2. Estudos de Comercialização e Marketing

Promotor: Associação de Defesa do Património de Mértola

Investimento: 1.050.000,00€

3. Inovação e Novas Tecnologias no Aproveitamento do Medronho

Promotor: CERMED – Centro de Excelência para a Valorização dos Recursos

Silvestres do Mediterrâneo

Investimento: 410.000,00€

4. Redes de Difusão da Informação Técnica e Científica sobre os Recursos

Florestais não lenhosos

Promotor: Instituto Nacional dos Recursos Biológicos

Investimento: 149.000,00€

5. Formação Especializada

Promotor: CERMED – Centro de Excelência para a Valorização dos Recursos

Silvestres do Mediterrâneo

Investimento: 220.000,00€

6. Bolsa de Jovens Empresários e Investidores

Promotor: CERMED – Centro de Excelência para a Valorização dos Recursos

Silvestres do Mediterrâneo

Investimento: 80.000,00€

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7. Unidade de Secagem e Embalamento de Cogumelos

Promotor: CERMED – Centro de Excelência para a Valorização dos Recursos

Silvestres do Mediterrâneo

Investimento: 86.000,00€

8. Eventos Internacionais de Promoção dos Recursos Silvestres

Promotor: CERMED – Centro de Excelência para a Valorização dos Recursos

Silvestres do Mediterrâneo

Investimento: 320.336,00€

9. Elaboração de Produtos Finais à base de PAM

Promotor: CERMED – Centro de Excelência para a Valorização dos Recursos

Silvestres do Mediterrâneo

Investimento: 89.500,00€

10. Fundo de Apoio ao Empreendedorismo e a Actividade de Microempresas

Promotor: CERMED – Centro de Excelência para a Valorização dos Recursos

Silvestres do Mediterrâneo/Consórcio

Investimento: 3.060.000,00€

ENTIDADE LÍDER DO CONSÓRCIO: Município de Almodôvar

PARCEIROS: 98 parceiros, dos quais:

11 Públicos

62 Privados

25 Outros (Cooperativas, Associações e Agências de Desenvolvimento Regional)

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BREVE CARACTERIZAÇÃO DOS PROJECTOS ÂNCORA

1. Constituição do CERMED

Este centro funcionará como um pólo de dinamização do meio rural, apostando na

investigação aplicada e na transferência de conhecimentos entre a comunidade científica

e os produtores, através de actividades de experimentação/investigação, formação,

demonstração prática e extensão rural. Pretende também actuar ao nível da organização

da oferta no apoio ao empreendedorismo, aspectos essenciais para o sucesso desta

estratégia. Neste sentido, este projecto terá como valências:

• Promoção da investigação aplicada na produção, conservação e transformação

dos recursos agro-florestais do Mediterrâneo;

• Transferência de conhecimentos entre a comunidade científica e a comunidade

rural;

• Apoio ao associativismo;

• Concentração da oferta;

• Realização de estudos de marketing e criação de marca;

• Apoio ao empreendedorismo;

• Incentivo à certificação em modo de produção biológico e/ou a sistemas de

certificação de qualidade;

• Apoio à comercialização e internacionalização dos produtos;

• Processamento e transformação de recursos florestais não lenhosos.

2. Estudos de Comercialização e Marketing

O presente projecto tem como objectivo capacitar o CERMED para desenvolver um

conjunto de estratégias e acções de marketing que compreenderão a criação de uma

imagem para o Centro de Excelência para a Valorização dos Recursos Silvestres,

estudos de marketing, estudos de novos mercados, acções de promoção e apoio à

internacionalização dos produtos-alvo desta EEC.

Estes serviços funcionarão como uma ferramenta disponível para os elementos do

consorcio que possibilita a observação de tendências de mercado e a criação de novas

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oportunidades de consumo visando a satisfação do cliente e dando resposta aos

objectivos financeiros das empresas de produção ou prestação de serviços na área de

abrangência do CERMED.

3. Inovação e Novas Tecnologias no Aproveitamento do Medronho

O presente projecto pretende que o CERMED congregue a valência de incentivar a

incorporação aliada à inovação e concepção de novos produtos, processos e tecnologias

no que concerne à produção do medronho. Estas iniciativas concretizar-se-ão através do

apoio ao desenvolvimento de novos produtos à base do medronho, bem como a

realização de testes de aplicabilidade e análise de viabilidade económica. Incluem como

tal as seguintes tarefas:

• Estudos de toxicidade;

• Estudos das características organolépticas;

• Experimentação na concepção de novos produtos;

• Concepção de novos produtos e processos tecnológicos;

• Realização de testes de aplicabilidade e operacionalização;

• Análise de viabilidade económica

4. Redes de Difusão da Informação Técnica e Científica sobre os Recursos

Florestais não lenhosos

O Centro de Excelência para a valorização dos recursos silvestres do mediterrâneo terá

uma componente ligada à investigação e a inovação na concepção de novos produtos

tendo como matéria-prima os produtos florestais não lenhosos, neste sentido o presente

projecto visa capacitar o CERMED para a difusão da informação técnica e cientifica

concebendo estratégias de desenvolvimento e reforço dos "clusters" dos recursos

florestais

O projecto pretende a criação de uma rede de âmbito tecnológico que vise o tratamento

e difusão da informação técnica e científica obtida no decorrer da investigação

promovida pelo CERMED e desenvolvida por este em parceria com as restantes

entidades do SCT deste consórcio, relativamente a novas tecnologias e processos de

produção e/ou transformação dos produtos florestais não lenhosos. Neste sentido e

tendo como lastro as parcerias estabelecidas com as instituições de investigação, será

criado um suporte para apoiar os outros parceiros que necessitam de informações de

base tecnológica e fidedigna.

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5. Formação Especializada

O objectivo é o de formar pessoas nas áreas em que exista mais necessidade dentro da

EEC do PROVERE. A formação é dirigida aos empreendedores e trabalhadores que

queiram ter mais conhecimento técnico sobre as áreas em que vão trabalhar e

desenvolver os seus projectos. A formação será assim dirigida para as actividades cujos

projectos sejam aprovados.

Formação de nível III, IV e V

Formação em produção e transformação de produtos à base da cortiça, TIC na

comercialização e produção dos RFNL, transformação de frutos silvestres, Produção de

Cogumelos Sapróbios e Micorrizicos, de Agricultura Biológica, de Secagem de

cogumelos, em Sistemas de Certificação e qualificação de produtos, de Normas de

Licenciamento em Segurança e Higiene nas Agro-Alimentares, de Marketing dos RFNL

e em Empreendorismo.

6. Bolsa de Jovens Empresários e Investidores

A Bolsa de Empreendedores e de Investidores, é um instrumento criado pelo CERMED

que visa facilitar o contacto entre empreendedores e investidores, promovendo a sua

associação, com vista ao fortalecimento do espírito de empresa e de contribuição para a

renovação do tecido empresarial.

Os Empreendedores podem procurar meios descrevendo sumariamente a ideia,

indicando o sector de actividade, localização (e outros dados de interesse que não

ponham em risco o carácter de confidencialidade) e identificando os meios necessários.

Os Potenciais Investidores podem procurar ideias identificando os meios disponíveis e

solicitando que a Bolsa de Empreendedores e de Investidores encontre uma ideia com

características determinadas ou em resposta a ideias, residentes na Bolsa, previamente

divulgadas. Uma Comissão de Análise e Selecção, constituída por um representante do

CERMED apreciará as candidaturas e validará a sua inclusão na Bolsa.

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7. Unidade de Secagem e Embalamento de Cogumelos

Numa óptica comercial e demonstrativa pretende-se fazer a produção de cogumelos

sapróbios e a concentração de cogumelos silvestres recolhidos na região. Os mesmos

poderão ser comercializados em fresco ou em seca, pelo que se pretende também

adquirir equipamento para secagem e embalamento. Este projecto será potenciado pela

estratégia PROVERE. Assim pretende-se conseguir um escoamento rápido, eficaz e

normalizado do ponto de vista da qualidade da secagem e embalamento.

8. Eventos Internacionais de Promoção dos Recursos Silvestres

Esta iniciativa tem um carácter transnacional que pretende criar sinergias entre

produtores e consumidores de diferentes aguardentes tradicionais, com a finalidade de

tornar as aguardentes num produto com elevado valor económico e fomentá-las

enquanto produto turístico/cultural com visibilidade e importância nesta região.

Este festival será realizado em parceria com entidades de diferentes países e será

dinamizado na Serra do Caldeirão. Especificamente, o festival contempla: intercâmbios

e encontros entre produtores, concursos e provas de aguardentes de medronho,

workshops, exposições de produtos e novidades em tecnologia e equipamentos,

dinamização de percursos turísticos ligados à produção e transformação de aguardentes

e actividades de animação cultural e de entretenimento para os visitantes.

9. Elaboração de Produtos Finais à base de PAM

A obtenção de produtos finais à base de PAM pode constituir uma mais valia nesta

EEC, uma vez que assegura um maior valor acrescentado local. A transformação dos

óleos essências e dos subprodutos darão origem a uma gama variada de produtos

nomeadamente as Águas Florais, também conhecidas como hidrolatos serão utilizadas

para o fabrico de tónicos e loções para a pele, compressas faciais, na mistura de

perfumes naturais e na aplicação de banhos. No concerne a aplicação de óleos essências

propriamente ditos pretende-se fabricar sabonetes, velas, incenso, papel perfumado e

difusores de ambiente. Estes produtos serão certificados como sendo provenientes de

Agricultura Biológica.

A criação deste centro de transformação tem como objectivo alargar a gama de produtos

do CERMED, dando origem a produtos diversificados e com valor acrescentado.

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10. Fundo de Apoio ao Empreendedorismo e a Actividade de Microempresas

O CERMED enquanto pólo dinamizador das actividades económicas relacionadas com

os recursos silvestres terá uma componente de apoio à criação de empresas e

acompanhamento de micro e pequenas empresas. Este objectivo será concretizado

através da criação de um fundo destinado a apoiar a concretização dos projectos

envolvidos nesta EEC. Este fundo concederá empréstimos relativamente ao capital a

investir, nomeadamente privado e co-financiamento público. Neste sentido, o fundo em

questão poderá apoiar os projectos de investimento propostos pelas empresas já

existentes, promovendo ganhos de competitividade e doando-as de maior capacidade de

empreendedorismo ou, por outro lado, apoiar a incubação de novas empresas.

A aplicação do fundo terá uma estrutura de apoio e acompanhamento técnico no que

concerne ao melhoramento da estrutura produtiva das empresas, ao nível da introdução

de novas tecnologias de produção e transformação, à inovação, ao marketing, aos

estudos de viabilidade económicas, à aquisição de material e outros que se justifiquem

para melhorar o desempenho económico das empresas apoiadas.

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AMBINOV – SOLUÇÕES INOVADORAS EM AMBIENTE , RESÍDUOS E ENERGIAS

RENOVÁVEIS

CARACTERIZAÇÃO

A Estratégia de Eficiência Colectiva (EEC) PROVERE ‘AMBINOV – Soluções

Inovadoras em Ambiente, Resíduos e Energias Renováveis’ tem como objectivo

consolidar e diversificar a fileira ambiental e de tratamento de resíduos já existente na

Chamusca bem como explorar o potencial endógeno da região na produção de energia a

partir de fontes renováveis, nomeadamente de biomassa de origem florestal, de resíduos

e ainda a produção de biocombustíveis.

Uma visão integrada da gestão de resíduos implica olhar para o seu potencial de

valorização, nomeadamente energética. Tendo em conta a quantidade e diversidade de

resíduos, passíveis de serem transformados em energia, que têm como destino as

unidades instaladas na região (RESITEJO, CIRVER, Eco-Parque do Relvão), bem

como a vasta área de floresta existente, é claramente prioritário apostar em projectos

integradores e complementares, preferencialmente com recurso a tecnologias

inovadoras, que contribuam de modo decisivo para uma melhor qualidade ambiental,

fomentando um modelo de desenvolvimento económico sustentável que visa

simultaneamente resolver os problemas ambientais que se colocam no mundo moderno.

Pretende-se que este PROVERE sirva de catalisador para a emergência de redes de

cooperação que permitam ultrapassar os constrangimentos inerentes aos territórios de

baixa densidade, contribuindo decisivamente para o aumento da competitividade

territorial e aumentando a sua atractividade para empresas, entidades e populações.

O Programa de Acção integra um projecto para gestão e acompanhamento da parceria, 8

outros Projectos Âncora e 13 Projectos Complementares, envolvendo um investimento

global previsto de 46.141.527€ para o caso dos Projectos Âncora (dos quais 840.000€

corresponde a investimento público e 45.301.527€ a investimento privado).

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PROJECTOS ÂNCORA

1. SYMBIO – Facilitação de Simbioses Industriais Regionais

Promotor: Município da Chamusca

Investimento: 120.000€

2. ECO-Energy

Promotor: Município da Chamusca

Investimento: 120.000€

3. Smart Energy

Promotor: ADIOPLAST – Indústria de Plásticos, Lda

Investimento: 144.000€

4. Estabelecimento de Armazenagem e Destruição de Baterias Usadas

Promotor: SOGEBAT – Sociedade de Gestão de Baterias Usadas

Investimento: 5.400.000€

5. Ampliação e Modernização do Sistema Produtivo

Promotor: ADIOPLAST – Indústria de Plásticos. Lda

Investimento: 8.557.527€

6. Central de Co-Geração a Biomassa Florestal

Promotor: FLORECHA – Forest Solutions

Investimento: 9.600.000€

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7. Unidade de Pirólise de Biomassa

Promotor: FLORECHA – Forest Solutions

Investimento: 18.000.000€

8. Fabrico e Armazenamento de Produtos Explosivos

Promotor: MAXAMPOR, SA

Investimento: 3.600.000€

ENTIDADE LÍDER DO CONSÓRCIO: Município da Chamusca

PARCEIROS: 10 parceiros, dos quais:

1 Público

9 Privados

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BREVE CARACTERIZAÇÃO DOS PROJECTOS ÂNCORA

1. SYMBIO – Facilitação de Simbioses Industriais Regionais

O projecto pretende capitalizar sobre os efeitos positivos gerados pela dinamização do

Eco-Parque do Relvão (EPR) e pelos seus conceitos enquadradores, procurando

expandir este potencial à restante região. O incentivo à emergência de redes de parcerias

na gestão sustentável de recursos gera efeitos ambientais e económicos positivos, quer

para as empresas, quer para a região. Ao nível da empresa, ao procurar fechar ciclos de

materiais, baixam os custos associados à aquisição de matérias-primas e/ou energia,

bem como os custos associados à gestão de resíduos, e podem ser geradas novas receitas

através da identificação de oportunidades de negócio com base na

reutilização/reciclagem de materiais. Ao nível da região o impacto advém do

investimento e geração de emprego, valorização e rentabilização do património

industrial instalado, bem como das externalidades ambientais positivas associadas à

valorização dos recursos materiais endógenos.

Tomando como ponto de partida o EPR e o trabalho desenvolvido em conjunto pelos

seus stakeholders (empresas, universidades, câmara municipal, associações industriais,

associações multimunicipais) pretende-se encetar uma série de actividades coordenadas

que visem analisar e implementar parcerias empresariais que conduzam ao mesmo

fecho de ciclos materiais e energéticos, em toda a região envolvente. Estas actividades

incluem a análise extensiva de fluxos de materiais e energéticos na região, a

identificação de fluxos de materiais prioritários para reintrodução nos ciclos

económicos, a identificação de empresas e sectores industriais e de prestação de

serviços na região que tenham capacidade tecnológica e processual para integrar os

materiais no seu processo produtivo, a identificação de novas oportunidades de negócio

com base no potencial material e energético contabilizado, a análise de viabilidade

económica e de impacte ambiental associada ao potencial de reutilização identificado e

por fim a mediação entre as empresas/sectores identificados.

O projecto obriga à criação de uma equipa multidisciplinar, com várias competências,

que integra elementos dos actores envolvidos na estratégia, e que trabalhará em

conjunto com os recursos externos a serem contratados.

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2. ECO-Energy

O projecto tem como finalidade contribuir para o cumprimento dos objectivos

estabelecidos na Estratégia Nacional de Energia, no Plano Nacional de Acção para a

Eficiência Energética (PNAEE) e no Plano Tecnológico e no Plano Nacional de

Combate às Alterações Climáticas.

Para a prossecução desse objectivo, propõe-se assegurar o cumprimento da política dos

3 vinte (aumento em 20% da eficiência energética, 20% de energias renováveis e

redução em 20% das emissões de GEE) da Comissão Europeia promovendo a

autonomia e a auto-suficiência energética e a eficiência colectiva (mini centrais foto-

voltaícas para abastecer conjuntos de empresas, infra-estruturas de aproveitamento de

calor e vapor, etc.) e a redução global de custos energéticos por parte do conjunto das

empresas do Eco-Parque do Relvão (EPR), através da implementação de uma gestão

energética sustentável capaz de minimizar o impacte ambiental do parque em geral, e

minimizar as emissões de gases de efeito de estufa em particular através da integração

de energia obtida a partir de fontes renováveis, bem como de medidas de eficiência

energética. Estas acções serão controladas e monitorizadas por sistemas de

telecontagem.

Pretende-se elaborar o Masterplan Energético do Eco-Parque do Relvão (EPR) que

inclui o levantamento do potencial de aproveitamento energético dos recursos

endógenos do EPR e da região envolvente (energias renováveis - solar, eólica,

biomassa), a elaboração da matriz energética e a elaboração de um Plano de Acção

Estratégico, com a identificação de eixos prioritários de intervenção e de medidas

concretas a implementar. Este Masterplan e respectivo Plano de Acção Estratégico serão

fundamentados em diversos estudos técnico-económicos de viabilidade de

implementação das medidas de eficiência energética e energias renováveis, de âmbito

colectivo e individual, incluindo a identificação de possíveis modelos de financiamento.

A divulgação dos resultados e conhecimentos obtidos será feita através da publicação de

um manual de boas práticas energéticas para as empresas instaladas e a instalar no EPR

e a sua implementação será assegurada através do projecto de animação e dinamização

da EEC. Ao mesmo tempo será feito o levantamento das necessidades de formação no

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domínio da eficiência energética de modo a definir prioridades de formação de curto-

médio prazo para a requalificação dos recursos humanos das empresas do EPR e sua

envolvente.

3. Smart Energy

Este projecto tem como objectivos promover a implementação de medidas de poupança

energética nas empresas instaladas no Ecoparque do Relvão, recorrendo a medidas de

eficiência energética, integração de energias renováveis e sistemas de telecontagem para

monitorização, tendo em vista a promoção do uso dos recursos endógenos (vento, sol e

biomassa). Assegurar o cumprimento da política dos 3 vinte (aumento em 20% da

eficiência energética, 20% de energias renováveis e redução em 20% das emissões de

GEE) da Comissão Europeia por parte das empresas do Ecoparque.

O projecto consiste na realização de diagnósticos energéticos nas empresas, elaboração

de planos de racionalização de consumos energéticos e estudos de viabilidade técnico-

económica de implementação das medidas identificadas como necessárias, bem como

na implementação de projectos-piloto de telecontagem visando monitorizar a evolução

dos consumos energéticos. Pretende que a lógica de actuação tenha um foco principal

nas medidas de âmbito colectivo, servindo os resultados deste projecto para posterior

disseminação pelas empresas do Eco-Parque e da região.

4. Estabelecimento de Armazenagem e Destruição de Baterias Usadas

Construção de um estabelecimento destinado à destruição de baterias, com

reaproveitamento total de todos os seus componentes, através da utilização de

tecnologia inovadora desenvolvida pelo Grupo Azor Ambiental, com comprovada

experiência de mais de 60 anos, nesta área. Esta tecnologia inovadora garante a não

contaminação do ambiente pelos componentes das baterias, por funcionar em circuito

fechado reaproveitando, para além do chumbo, também os ácidos e o invólucro plástico

que, após tratamento, poderão ser utilizados como matéria-prima em circuitos

industriais.

Serão construídos dois pavilhões industriais, um já terminado, para recolha de baterias e

filtros de óleo, e o segundo para instalação de uma linha industrial para a destruição,

separação e aproveitamento de todos os componentes que constituem uma bateria. Os

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resíduos a receber e tratar são baterias de chumbo (LER 160601), filtros de óleo (LER

160107) e sucata de chumbo (LER 170403).

5. Ampliação e Modernização do Sistema Produtivo

A empresa pretende ampliar a quantidade de resíduos a receber e tratar, que estima em

mais de 60 000 t/ano tendo estabelecido acordos com os sistemas de gestão de RSU da

ECOLezíria, Resitejo e Tratolixo. Pretende ainda ser ponto de recepção de todo o

plástico proveniente dos agricultores da região, necessitando para isso de modernizar e

ampliar o seu sistema produtivo.

O projecto tem, por isso, como objectivo ampliar e modernizar linha de triagem, linha

de lavagem e linha de granulação, bem como estruturas complementares: a ETAR com

o objectivo de garantir o cumprimento da legislação e a melhoria do seu desempenho

ambiental, o laboratório de controlo de qualidade com o objectivo de garantir a

qualidade da produção e a rede de transportes de recolha de material com o objectivo de

garantir a recolha eficaz na vasta área territorial abrangida pelos contratos. Pretende

ainda implementar um sistema integrado de gestão da qualidade e ambiente de acordo

com as normas ISO 9001 e ISO 14001, de modo a permitir a exportação do material

reciclado.

6. Central de Co-Geração a Biomassa Florestal O projecto consiste na produção de energia, sob a forma de electricidade, de água

quente e de vapor de água numa unidade de co-geração, a partir de uma fonte de energia

renovável, a biomassa florestal, obtida no concelho da Chamusca e concelhos limítrofes.

A unidade é constituída por um parque de recepção, trituração e armazenamento de

biomassa; equipamento de alimentação da caldeira (gruas e tapetes de alimentação);

caldeira; permutador de calor; circuito de vapor/água; turbina; gerador; sistema de

tratamento de gás de exaustão e sistema de remoção de cinzas. Os produtos finais

passíveis de serem comercializados são água quente, vapor e electricidade. A tecnologia

a utilizar pode ser combustão directa ou gaseificação.

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7. Unidade de Pirólise de Biomassa

O projecto consiste na produção de um conjunto de produtos tais como bio-óleos, gás de

síntese, carvão ou electricidade numa unidade de pirólise (degradação térmica na

ausência de Oxigénio), a partir de uma fonte de energia renovável, a biomassa florestal,

obtida no concelho da Chamusca e concelhos limítrofes.

A instalação inclui um parque de recepção, armazenamento e trituração; secagem do

combustível, o reactor de pirólise, recuperador de calor, sistema de recuperação de

produtos e sistema de produção de vapor e electricidade.

Da pirólise da biomassa obtêm-se produtos na fase sólida (carvão), líquida (alcatrão) e

gasosa (H2, CO e CO2). O carvão pode ser transformado em carvão activado, utilizado

como combustível ou adicionado a solos agrícolas e florestais por possuir qualidades

enquanto melhorador da actividade biológica e da sua capacidade de retenção de

nutrientes (importante sumidouro de CO2) e corrector de pH. O alcatrão pode ser

refinado num bio-óleo que pode ser utilizado em motores de combustão ou directamente

para a produção de calor e electricidade. Também o gás de síntese pode ser utilizado

como substituição de gás natural para a produção de calor e electricidade.

8. Fabrico e Armazenamento de Produtos Explosivos

Construção de um estabelecimento de fabrico e de armazenagem de um novo tipo de

produto explosivo civil, desenvolvido pela unidade de investigação, inovação e

desenvolvimento da empresa e que utilizará matéria-prima nacional.

O estabelecimento será construído nos terrenos da herdade do “Casal da Galega” na

Chamusca, limítrofe ao Eco-Parque do Relvão e constará de três (3) paióis tipo “igloo”

(semi-enterrados cobertos com uma camada de terra de 2 metros) para armazenagem de

explosivos e cordões detonantes, dois (2) paióis em superfície travesados para

armazenagem de detonadores e de cartuchos de caça, uma oficina de fabrico de

explosivos, para além de edifícios de apoio.

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A CULTURA AVIEIRA A PATRIMÓNIO NACIONAL

CARACTERIZAÇÃO

Com base no conceito da Cultura Avieira e na preparação de candidatura a Património

Nacional (numa perspectiva de mais tarde vir a ser qualificado como património

europeu), a EEC tem por finalidade afirmar a Cultura Avieira como Património

Nacional e nesta sequência desenvolver actividades turísticas e de lazer recorrendo a um

conjunto de intervenções que combinam a qualificação de um conjunto de recursos

imateriais (saberes) com a qualificação física de recursos, com a promoção/fixação de

iniciativas de animação e produtos turísticos visando a fruição do território como um

todo.

Os recursos endógenos a valorizar são no essencial a cultura Avieira, reconhecimento

esse que dinamiza um conjunto de iniciativas/projectos centrados nas Aldeias Avieras,

no Rio, na Biodiversidade da Lezíria, e nas tradições locais, assentes nos patrimónios

natural e cultural com características únicas e diferenciadoras desta região, focalizados

na estruturação de produtos de Touring cultural e de natureza com vista à manutenção e

sustentabilidade dos territórios e das populações que nele habitam.

O Programa de Acção integra 7 Projectos Âncora, um projecto para gestão e

acompanhamento da parceria e 48 Projectos Complementares, envolvendo um

investimento global previsto de 6.159.080€ para o caso dos Projectos Âncora (dos

quais 2.482.580€ corresponde a investimento público e 3.676.500€ a investimento

privado).

PROJECTOS ÂNCORA

1. Aldeia Palafítica Avieira

Promotor: Francisco José Marques da Cruz Rosa;

Investimento: 2 460 000€

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2. Assinalamento Marítimo do Rio Tejo entre Vila Franca de Xira e Porto de

Muge;

Promotor: ANMPN – Associação Náutica Marina Parque das Nações;

Investimento: 616 500€

3. Recuperação e Reabilitação da Aldeia Avieira, Lezirão e zona envolvente

Promotor: Câmara Municipal da Azambuja;

Investimento: 752 880€

4. Intervenção arquitectónica na aldeia Avieira da Palhota

Promotor: Câmara Municipal do Cartaxo;

Investimento: 800 000€

5. Candidatura da Cultura Avieira a Património Nacional

Promotor: Instituto Politécnico de Santarém;

Investimento: 209 700€

6. Recuperação da Aldeia Avieira das Faias

Promotor: Câmara Municipal de Almeirim;

Investimento: 370 000€

7. Recuperação da Aldeia de Caneiras

Promotor: Câmara Municipal de Santarém/Associação dos Amigos das Caneiras;

Investimento: 350 000€

ENTIDADE LÍDER DO CONSÓRCIO: Instituto Politécnico de Santarém

PARCEIROS: 33 parceiros, dos quais:

6 Públicos

24 Privados

3 Outros

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BREVE CARACTERIZAÇÃO DOS PROJECTOS ÂNCORA

1. Aldeia Palafítica Avieira

O projecto prevê o alojamento turístico em espaço rural, recreando uma Aldeia Palafita

Avieira. A localização na margem sul do Tejo, excelente espelho de água a 50Km de

Lisboa e do seu aeroporto, permite desfrutar em simultâneo o rio (pesca, cruzeiros,

desportos náuticos, observação de aves e de touros cavalos em “liberdade” nos seus

mouchões) e a Lezíria, (espectáculos com garraios, touros, cavalos, etc., e passeios a

cavalo, em charretes, a pé, etc.), e outros acontecimentos e práticas da região, todos sob

a dinâmica integradora da Cultura Avieira enquanto elemento novo, recuperando a

centralidade do Rio Tejo.

2. Assinalamento Marítimo do Rio Tejo entre Vila Franca de Xira e Porto de

Muge

Pretende-se criar as condições de segurança e de conforto que permitam o

desenvolvimento do Turismo de vertente náutica, no grande estuário do Tejo, em

particular, até Porto de Muge. O projecto visa a dinamização de uma nova cultura

náutica, que permita a descoberta, através do rio, da riqueza da cultura das populações

ribeirinhas, nomeadamente, as associadas às aldeias Avieiras, bem como da fauna e da

flora características do grande estuário do Tejo. Pretende-se ainda potenciar o

desenvolvimento de actividades de hotelaria, restauração e lazer, bem como da indústria

naval ligeira e de serviços nos municípios com zonas ribeirinhas.

3. Recuperação e Reabilitação da Aldeia Avieira, Lezirão e Zona Envolvente

Com este projecto pretende-se recuperar a aldeia Avieira – o Lezirão com o objectivo

de desenvolver o turismo cultural e de natureza. Este projecto está associado a projectos

integrados no PROGRAMA DE ACÇÃO (2008-2017) que são investimentos da

administração local para o Município de Azambuja, nomeadamente um projecto de

intervenção na Praia do Tejo, reabilitação e construção de infra-estruturas de apoio a

actividades náuticas no Troço da Vala Azambuja entre a Estalagem e a Ponte Troço do

Esteiro (Azambuja – Ponte sobre Vala de Azambuja), que, por sua vez, acompanham o

Plano Estratégico Nacional do Turismo, nomeadamente ao nível do turismo náutico e

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turismo de natureza, possibilitando ainda a promoção da gastronomia e vinhos e o

património e a cultura local. Da mesma forma, está também associado ao projecto de

candidatura ao QREN (2007 – 2023), mais especificamente a construção da ciclovia

entre a praia do Tejo, em Azambuja e Valada do Ribatejo, no Concelho do Cartaxo,

promovendo a mobilidade sustentável.

4. Intervenção arquitectónica na aldeia Avieira da Palhota

O projecto visa a execução de um “ Plano Geral de Intervenção” que defina um

conjunto de projectos, ideias e medidas a tomar para permitir a Requalificação e

preservação do património construído da Aldeia ribeirinha da Palhota ( Aldeia Avieira ).

Incide preferencialmente nas seguintes áreas:

• Definição dos critérios para a Requalificação da estrutura urbana e

construções existentes

• Execução de projecto “ modelo – tipo “ de casa Avieira e adaptação

desse modelo a usos mais abrangentes ( habitação para aluguer sazonal,

restaurante / bar, etc. )

• Requalificação das infra estruturas, acessos e espaços públicos

• Definição da localização do novo pontão

• Requalificação do Museu e Centro Documental

5. Candidatura da Cultura Avieira a Património Nacional

Este reconhecimento formal permitirá dar visibilidade a um conjunto de saberes,

tradições e vestígios materiais únicos no País e na Europa, como as casas das aldeias

Avieiras, os pontões ancoradouros, os barcos, as artes de pesca, os trajes, a

Biodiversidade da Lezíria do Tejo.

Aspectos como os fluxos migratórios, o modo de organização das comunidades e das

famílias e o papel da religião nas aldeias Avieiras têm sido objecto de inúmeros estudos

de investigação, dado tratar-se de uma cultura com características muito próprias;

O reconhecimento da Cultura Avieira como Património Nacional dotará o território em

causa de um potencial Cultural que promoverá e enriquecerá as restantes actividades de

bem-estar e lazer.

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6. Recuperação da Aldeia Avieira das Faias

O projecto prevê preservar o património histórico e ambiental, recuperando a Aldeia,

nomeadamente intervindo nos seguintes pontos:

• Criar um pólo turístico e de lazer no Município;

• Restaurar as habitações Avieiras segundo a sua traça original que serão

destinados a espaços de comércio, turismo e recreação;

• Reabilitar a margem do Tejo e construir um cais embarcadouro para

embarcações;

• Requalificar a zona envolvente à aldeia através de melhores acessos, instalações

de apoio como um parque de estacionamento e sinalética necessária;

• Instalação de rede de esgotos e instalações sanitárias;

7. Recuperação da Aldeia de Caneiras

O presente projecto articula-se com outras intervenções a desenvolver em Caneiras e

visa por um lado, consolidar actividades de lazer já existentes e, por outro, criar novas

actividades, nomeadamente com recurso às seguintes intervenções:

o Arranjo de barco existente;

o Instalação de dois cais fluviais, um a montante e outro a jusante da

comunidade;

o Instalação de rampa para aceso de barcos ao rio;

o Recuperação de 8 «barracas» características dos Avieiros, aquisição do

respectivo terreno, com o objectivo de rentabilizar turisticamente;

o Construção de oito embarcações com motor, destinadas a actividade

turística;

o Adaptação de “Barraca” a Centro de Interpretação da Cultura Avieira;

o Aldeia Museu – criação de percursos de visita à comunidade, com a

necessária instalação de painéis com sinalética de identificação das

«barracas» e da sua história, do percurso e de algumas linhas de força da

cultura Avieira;

o Campanha de marketing , comunicação e divulgação (site)

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REINVENTAR E DESCOBRIR: DA NATUREZA À CULTURA

CARACTERIZAÇÃO:

A vasta linha costeira do Alentejo Litoral e Costa Vicentina onde incidem

particularidades geográficas com elevado valor ambiental, a permanência de

importantes recursos e valores naturais, associados à grande quantidade, diversidade e

qualidade dos valores arquitectónicos, patrimoniais e culturais, permitem o

desenvolvimento de um turismo orientado para as mais variadas vertentes aliando um

turismo de sol e mar com formas menos convencionais e massificadas como o são o

turismo cultural e de natureza.

Esta Estratégia de Eficiência Colectiva tem como foco principal a valorização dos

elementos inimitáveis da região, que (re)descobertos, (re)inventados e associados a

lógicas valorativas como o turismo sustentável correspondem à consolidação das

vantagens comparativas do território pela afirmação da respectiva identidade e

diferenciação económico-social, empresarial e turística.

Tendo como prioridade a primazia ambiental e paisagística como factor central, a sua

concretização permitirá afirmar o Alentejo Litoral e Costa Vicentina como um destino

de turismo e lazer em que se interligam e complementam as características naturais e de

biodiversidade e iniciativas de animação e valorização do território como um todo.

O Programa de Acção integra 18 Projectos Âncora, um projecto para gestão e

acompanhamento da parceria e 103 Projectos Complementares, envolvendo um

investimento global previsto de 15.370.952€ para o caso dos Projectos Âncora (dos

quais 5.115.200€ corresponde a investimento público e 10.255.752€ a investimento

privado).

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PROJECTOS ÂNCORA

1. Animação e qualificação das praias

Promotor: Troiaresort – Investimentos Turísticos, AS

Investimento Previsto: 1.000.000€

2. Centro de Excelência em Ciências Costeiras e Estuarinas

Promotor: SII – Soberana – Investimentos Imobiliários, AS

Investimento Previsto: 1.000.000€

3. Centro de Interpretação e Visitação do Forte da Ilha do Pessegueiro

Promotor: ICNB - Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, IP

Investimento Previsto: 300.000€

4. Cruzeiro do Sado ao Mira

Promotor: ADL - Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano

Investimento Previsto: 180.000€

5. Espaço Museológico “Museu do Arroz”

Promotor: Fundação da Herdade da Comporta

Investimento Previsto: 2.200.000€

6. Herdade do Pinheirinho – Gestão Ambiental

Promotor: Pelicano - Investimento Imobiliário, S.A.

Investimento Previsto:620.000€

7. Odemira Expo

Promotor: Fundação Odemira

Investimento Previsto: 175.000€

8. Passeios da Natureza e Birdwatching

Promotor: Fundação Odemira

Investimento Previsto: 101.900€

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9. Património em Rede no Desenvolvimento Sustentável

Promotor: CIMAL – Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral

Investimento Previsto: 775.000€

10. Percurso Pedestre Santiago do Cacém - Aljezur GR 11 (Rota Vicentina)

Promotor: Casas Brancas - Associação de Turismo de Qualidade do Litoral

Alentejano e Costa Vicentina

Investimento Previsto: 400.000€

11. EcoMuseu do Mira

Promotor: ICNB - Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, IP

Investimento Previsto: 300.000€

12. Rede EcoExperience

Promotor: Green Bubble - Turismo Sustentável, S.A.

Investimento Previsto: 975.000€

13. Rede Turismo “NATURA” e Alojamento Turístico

Promotor: Fundação Odemira

Investimento Previsto: 2.300.000€

14. Rotas Turísticas

Promotor: ADL - Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano

Investimento Previsto: 550.000€

15. Sado XXI - Limpeza e Desobstrução do Rio Sado

Promotor: Associação de Beneficiários do Vale do Sado

Investimento Previsto: 403.852€

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16. Sistema de Mobilidade Turístico - Tour_LA

Promotor: ADL - Associação de Desenvolvimento do Litoral Alentejano

Investimento Previsto: 350.000€

17. Valorização Ambiental da Produção Agrícola no Parque Natural do

Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e dentro do Perímetro de Rega do Mira

Promotor: AHSA - Associação de Horticultores do Sudoeste Alentejano

Investimento Previsto: 2.520.000€

18. Valorização da Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha

(RNLSAS)

Promotor: ICNB - Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, IP

Investimento Previsto: 853.000€

ENTIDADE LÍDER DO CONSÓRCIO: CIMAL - Comunidade Intermunicipal do

Alentejo Litoral

PARCEIROS: 47 parceiros dos quais

8 Públicos

39 Privados

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BREVE CARACTERIZAÇÃO DOS PROJECTOS ÂNCORA

1. Animação e qualificação das praias

A margem marinha de Tróia tem potencial para a criação de percursos subaquáticos

interpretativos uma vez que alberga pradarias marinhas, de relevância nacional e

elevado estatuto de conservação, nas quais é possível observar espécies muito

interessantes (ex.: cavalos-marinhos e raias).

O projecto consiste na instalação de infra-estruturas e equipamentos nas praias por

forma a criar condições de apoio à sua prática, nomeadamente, às actividades de vela

ligeira e mergulho. O projecto implicará, ainda, a criação de percursos de ligação entre

os diferentes pontos de interesse para a prática destas actividades, mediante a ampliação

da rede de passadiços existentes na área de praia e duna.

As praias a qualificar através do projecto são as praias Tróia-Bico das Lulas e Tróia-

Galé, uma vez que, na península de Tróia, são as que apresentam maior potencial de

criação de valor nesta área.

2. Centro de Excelência em Ciências Costeiras e Estuarinas

O projecto tem como objectivo o estabelecimento, em Tróia, de um pólo de

investigação e desenvolvimento na área das ciências do mar. O Centro, que pretende

promover a cooperação científica, promoverá o envolvimento de instituições de

investigação nacionais e estrangeiras, nomeadamente através da criação de um

Conselho Cientifico no qual terão assento os respectivos representantes.

3. Centro de Interpretação e Visitação do Forte da Ilha do Pessegueiro

O projecto incide sobre o tema “Viver o Forte”, procurando-se criar uma vivência de

todo o conjunto do Forte da Ilha do Pessegueiro. Para tal propõe: i) criar uma “Casa de

Chá ou pequeno Serviço de Restauração” num edifício de arquitectura contemporânea,

integrado nos elementos estruturais existentes, de onde se destaca o seu volume

principal; ii) a criação de áreas destinadas ao Artesanato e Afins, distribuídas por

pequenos pólos de venda – edifícios modulares (cúbicos) interligados entre si; iii) a

criação de um espaço destinado a um Núcleo Museológico direccionado

fundamentalmente para a exposição de espólio arqueológico encontrado na região do

litoral alentejano.

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4. Cruzeiro do Sado ao Mira

O projecto consiste na dinamização de uma acção de promoção turística integrada, um

Cruzeiro entre o Sado e o Mira, de onde poderão embarcar os passageiros nacionais e

internacionais (com ligação ao aeroporto), passando pelas paisagens costeiras e

observando os núcleos urbanos (Setúbal/Tróia, Sines e Vila Nova de Milfontes). O

percurso seguirá em direcção a Sines, onde se efectuará outro ponto de saída e entrada.

O factor de inovação que irá marcar este cruzeiro será a sua programação cultural e

activa, através de um plano de actividades a bordo, com a possibilidade de realização de

iniciativas activas de animação, em que os passageiros terão a oportunidade de realizar

tudo num fim-de-semana prolongado perante um cenário deslumbrante, desde o

amanhecer ao por do sol no mar, de uma forma saudável. A proposta e o desafio é

embarcar numa viagem que lhe dará a conhecer tudo o que de melhor tem para oferecer

a Região.

Das actividades de animação a realizar constam: Curso de Fotografia de Natureza para

fotografar paisagens ao por do sol; Sessão de Observatório das Estrelas nocturno; Saída

de Mergulho junto a Sines; Saída de Pesca Desportiva; Sessão Fotográfica Profissional

e Família para ficar com uma recordação da viagem; Sessões de Danças de Salão;

Animação Infantil para as crianças; entre outras.

5. Espaço Museológico “Museu do Arroz”

Os objectivos da criação do Espaço Museológico “Museu do Arroz” são dar a conhecer

as memórias laborais da produção do arroz e a sua comercialização através da história e

transformar-se num pólo de atracção patrimonial, inserido no contexto do projecto

turístico traçado pela Herdade da Comporta. Por outro lado, pretende-se inventariar,

conservar e estudar todas as referências a este sector económico que existam na região,

assim como recolher objectos que irão colmatar lacunas no acervo do museu. Este

projecto terá também uma vertente educativa e cultural numa estreita relação com a

comunidade As instalações do museu situam-se numa antiga fábrica de descasque de

arroz, datada de 1952, início do descasque deste cereal na Comporta.

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6. Herdade do Pinheirinho – Gestão Ambiental

A Herdade do Pinheirinho é um empreendimento turístico que se localiza no Concelho

de Grândola que prevê a instalação de cerca de 2900 camas e inclui a construção de 2

hotéis, 4 aparthotéis, 3 aldeamentos turísticos, 204 moradias, um campo de golfe de 27

buracos e serviços numa área de cerca de 200ha. Na restante área da propriedade, num

total de 600 ha está previsto a execução deste projecto que consiste na implementação

de um Plano de Gestão Ambiental com a recuperação de áreas naturais sensíveis e a

aplicação de um Plano de Gestão Florestal para maximizar as potencialidades de

conservação da natureza, incremento da biodiversidade e rentabilização da propriedade

7. Odemira Expo

O projecto prevê a aquisição e adaptação de uma viatura (unidade móvel) para

participação em eventos que promovam a divulgação dos produtos locais e serviços do

concelho de Odemira. Através deste projecto pretende-se promover um encontro entre

população local e visitantes, transmitindo saberes, tradições e valorizando os produtos

tradicionais locais.

8. Passeios da Natureza e Birdwatching

Pretende-se promover a reflexão sobre as potencialidades turísticas que os recursos

ornitológicos representam, nomeadamente, baseados nas experiências nacionais e

internacionais e dos respectivos efeitos sobre a que valorização do património natural,

prevendo-se o desenvolvimento das seguintes actividades: criação de guia de percursos

pedonais no concelho; criação de guia de percursos de BTT no concelho ; criação de

percursos 4x4 no concelho; criação de guia de observação de aves; criação de

sinalização eloquente; criação de plataforma informática e a criação de

quiosques/placards informáticos didácticos.

9. Património em Rede no Desenvolvimento Sustentável

A valorização do património histórico – cultural e do património Natural, é um dos

objectivos desta EEC PROVERE de forma a reavivar as heranças de um passado que

concede identidade ao presente. O presente projecto visa assim o aproveitamento

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turístico, cultural e pedagógico do Património através de: i) Valorização turística do

património cultural e natural; ii) Intervenções e publicações relativas a monumentos e

sítios arqueológicos; iii) Fomento do turismo de natureza, com a edição de uma Carta de

Desporto e da realização de Circuitos de Interpretação; iv) Elaboração e edição de uma

Carta de Património Sub-Regional (arquitectónico, arqueológico, artístico, imaterial,

geológico, vegetal e paisagístico); v) Organização de uma Rede de Museus e Centros

Interpretativos (criação de circuitos de interpretação).

10. Percurso Pedestre Santiago do Cacém - Aljezur GR 11 (Rota Vicentina)

Trata-se de um projecto que unirá toda a costa sudoeste desvinculando-a de uma

imagem de destino sol e mar, antes apostando na sua vertente ambiental, cultural e

paisagística. Este projecto visa ainda dar suporte a todos os pequenos empresários da

região, que nele podem encontrar uma fonte de investimento segura ou apenas usufruir

do regular fluxo de visitantes que a região irá ganhar.

O projecto consiste em implementar um percurso pedestre que ligará Santiago do

Cacém a Aljezur, com seguimento para Monchique e Sagres (e destes dois pontos à Via

Algarviana), a integrar na grande rota transnacional GR11, que vem de S. Petersburgo e

passa pelos Caminhos de Santiago, terminando precisamente no Cabo de S. Vicente. O

percurso seguirá o caminho histórico, passando naturalmente pelas localidades mais

importantes, como V. N. Milfontes, Odemira ou Aljezur, e será igualmente percorrível

de bicicleta. Serão ainda implementadas variantes deste percurso em alguns troços que

mereçam um desvio até à costa.

Do mesmo modo, serão trabalhadas pequenas rotas circulares, para caminhadas de

algumas horas ou dias, e que poderá apostar em grupos alvo específicos, como as

famílias, caminhantes profissionais, seniores, etc.

11. EcoMuseu do Mira

Projecto de promoção do Mira nas componentes de visitação, valorização e divulgação,

nomeadamente: i) Conservação dos recursos ambientais, praticas de agricultura

tradicionais, espécies tradicionais de flora para cultivo e produção; ii) Gestão em rede

de lavradores locais para praticar agricultura tradicional diversificada e de artesãos

locais; iii) apoio “à conversão” de equipamentos susceptíveis de integrarem a visitação;

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iv) Visitação: adaptação de edifício existente, para recepção e pernoita de visitantes; v)

Recuperação de cais de acesso a barcos no rio Mira, para apoio à visitação de barco; vi)

Organização integrada e divulgação em rede dos recursos e serviços de apoio à

visitação.

12. Rede EcoExperience

O ecoturismo é um segmento turístico em expansão, onde se promove o respeito pela

natureza no usufruto da mesma em equilíbrio e ponderação. As principais componentes

do projecto são: i) Desenvolvimento da rede, estruturação da oferta – concepção e

redesenho de produtos turísticos, Plataforma tecnológica e desenvolvimento de

conteúdos e ferramentas de comunicação; ii) Comunicação e eventos em que

privilegiando o canal internet irá trabalhar com diferentes suportes e abordagens tendo

em conta a diversidade de targets e a necessidade de promover o cross seling; iii)

Acesso a mercados internacionais; iv) Cooperação com entidades públicas e privadas –

nomeadamente para fomentar a modernização das práticas de gestão das microempresas

parceiras, bem como a especialização em áreas disciplinares muito específicas do

turismo da natureza.

13. Rede Turismo “NATURA” e Alojamento Turístico

Criação de uma rede crescente de Oferta de Alojamento de qualidade superior,

localizado em ambiente natural que promova Odemira, também pelos valores do seu

território, natureza, valor paisagístico, cultural, patrimonial e humano.

14. Rotas Turísticas

O projecto consiste na organização de grupos de visitantes e turistas para dar a conhecer

as unidades de paisagem do Litoral Alentejano, diferenciadas por elementos humanos e

naturais que compõem o conjunto harmonioso dos 5 municípios do Litoral Alentejano.

A fruição destes recursos será através da proposta de rotas temáticas em torno dos

recursos (Rios, Serras, Lagoas, Mar, Património Arqueológico e Mineiro). A

dinamização das mesmas passará pelo espaço CITAL (Centro de Iniciativas Turísticas)

em articulação com projectos de cooperação transnacional já existentes.

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15. Sado XXI - Limpeza e Desobstrução do Rio Sado

Este projecto construi-se como elemento de conservação e reabilitação da rede

hidrográfica, mais propriamente, de limpeza e desobstrução do rio Sado num percurso

total de troço de rio de 24 000 metros, entre São Romão (freguesia do Torrão) e Vale de

Guiso (freguesia de Santiago do Cacém). É também pretensão que, o braço de rio com

uma extensão de 443 metros, existente na Herdade de Porto Rei e parte da Ribeira de

Algalé, com uma extensão de 3800 metros, e a Vala Real numa extensão total de 3900

metros que culmina numa comporta denominada “Portas de Água”, sejam limpos e

desobstruídos nesta intervenção.

16. Sistema de Mobilidade Turístico - Tour_LA

O projecto consiste na organização de um sistema de mobilidade turístico intermodal e

articulado com os pontos de interesse visitáveis na região, os existentes e os potenciais

identificados pelos parceiros do PROVERE. O sistema de mobilidade permitirá

estabelecer a ligação entre os pontos de interesse da terra ao mar, entre o litoral e o

interior, utilizando os diferentes modos de transporte: rodoviário, ferroviário e fluvial.

17. Valorização Ambiental da Produção Agrícola no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e dentro do Perímetro de Rega do Mira

O projecto consiste na criação de um conjunto de normas e valores associados a boas

práticas agrícolas e ambientais, traduzíveis num código de conduta e procedimentos

perceptíveis, e geradores de mais valias objectivas para todos os actores económicos

envolvidos. Do projecto consta a criação do Código de Conduta, a constituição de uma

estrutura técnico - administrativa, acções de marketing e comercial assim como a

análise e avaliação.

18. Valorização da Reserva Natural das Lagoas de Santo André e da Sancha

(RNLSAS)

As acções que se pretende vir a executar destinam-se a concretizar alguns dos

objectivos estabelecidos no Programa de Execução que integra o Plano de Ordenamento

da RNLSAS, que possibilitam a conservação dos valores naturais e patrimoniais

existentes e simultaneamente a qualificação e o ordenamento da visitação. Com a

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execução destas acções alia-se a conservação do património existente à possibilidade do

seu usufruto, quer pelos habitantes destes Concelhos, quer pelos visitantes do litoral

alentejano. As acções propostas são as seguintes:

• Estudo para a exploração sustentada dos recursos pesqueiros existentes nesta

Área Protegida (na faixa marinha classificada e na Lagoa de Santo André);

• Construção dos Percursos Interpretativos no âmbito do projecto “Natureza para

todos”, de acesso universal (Percurso da Lagoa de Santo André) e do Salgueiral,

para divulgação de valores de flora, avifauna e história de ocupação humana do

território;

• Construção de uma via pedonal/ciclovia de acesso às praias do Monte Velho e

da Costa de Santo André, com passagem no Monte do Paio;

• Reconstrução de um imóvel do Estado, em ruínas, para instalação de um Centro

de Interpretação de Zonas Húmidas (Casa do Peixe), destinado ao apoio ao

estudo e divulgação da importância destes ecossistemas, mas também à

visitação;

• Valorização dos percursos interpretativos já existentes, pela instalação de

informação em painéis e pela edição de brochuras informativas (flora e

geologia);

• Intervenções de valorização do Monte do Paio, para aumentar o número e a

qualidade de serviços disponíveis para os utentes, quer seja em contexto de

trabalho quer em actividades de lazer, para criar condições à manutenção da

actividade “Sábado no Monte”;

• Instalação de dois cais flutuantes, de acesso à Lagoa de Santo André, para

permitir o acesso ordenado ao plano de água, pelos pescadores e por visitantes

em actividades de educação ambiental coordenadas pela RNLSAS.

Page 33: PROGRAMAS DE VALORIZAÇÃO ECONÓMICA DE RECURSOS … · integrado das áreas de baixa densidade do Sul de Portugal e conservação dos recursos naturais dos ecossistemas presentes

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INM OTION

CARACTERIZAÇÃO: O PROVERE INMotion identifica como recursos endógenos a

natureza e Biodiversidade assentes nos patrimónios natural e cultural com

características únicas e diferenciadoras desta região, focalizados na estruturação de

produtos de touring cultural e de natureza com vista à manutenção e sustentabilidade

dos territórios e das populações que nele habitam. Associado aos produtos propostos,

está o conceito Slow Motion, através do qual se pretende inovar e criar um novo

paradigma de descoberta e mobilidade no território, através da diferença de percepção e

uso do tempo bem como, a realização de um conjunto de projectos de investigação que

têm por finalidade a preservação e manutenção do património histórico e ambiental.

A Estratégia de Eficiência Colectiva (EEC), abrange áreas económicas diversificadas:

conservação e gestão ambiental, investigação, concepção/estruturação de produtos

turísticos, dinamização empresarial, capacitação e acolhimento de turistas e visitantes,

marketing e promoção, a que estão associadas actividades de internacionalização e

cooperação na área da investigação, numa lógica de eixos de intervenção onde as

parcerias e as sinergias entre os diferentes projectos a concretizar podem contribuir de

forma significativa para diversificar a cadeia de valor existente nestes territórios.

Trata-se de uma abordagem integrada, segundo uma lógica de fileira e dotada de um

dispositivo de gestão e operacionalização de acções de sustentabilidade dos recursos do

território, de mobilização de investimentos e iniciativas empresariais, de inovação de

produtos e serviços e de dinamização dos fluxos de visitantes como veículo de

transferência de rendimento ligada à valorização dos recursos, nomeadamente nos

mercados de implementação do turismo e lazer.

O Programa de Acção integra 7 Projectos Âncora, um projecto para gestão e

acompanhamento da parceria e 184 Projectos Complementares, envolvendo um

investimento global previsto de 6.095.831€ para o caso dos Projectos Âncora (dos quais

1.507.081€ corresponde a investimento público e 4.588.750€ a investimento privado)

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PROJECTOS ÂNCORA:

1. Plano de Acção para o Turismo Ornitológico no Alto Alentejo

Promotor – SPEA (Sociedade Portuguesa de Estudo das Aves)

Investimento – 500.000€

2. Valorização Ambiental da Albufeira do Caia

Promotor – SPEA (Sociedade Portuguesa de Estudo das Aves)

Investimento – 200.000€

3. AMMAIA – Museu – CEIAR

Promotor – Fundação Cidade AMMAIA

Investimento – 3.000.000€

4. Jogos equestres nacionais na Coudelaria de Alter

Promotor – Fundação Alter Real

Investimento – 224.750€

5. Revitalização da Estação de Caminhos de Ferro de Évoramonte

Promotor – Exploração agro-pecuária Rosado & Filhos, L.da

Investimento – 664.000€

6. Comboio Turístico «Estrela do Alentejo»

Promotor – Município de Évora

Investimento – 300.000€

7. Quinta dos Olhos de Água

Promotor – ICNB

Investimento – 607.081€

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ENTIDADE LÍDER DO CONSÓRCIO: INSTITUTO DA CONSERVAÇÃO DA

NATUREZA E DA BIODIVERSIDADE, IP (ICNB)

PARCEIROS: 85 parceiros, dos quais:

24 Públicos,

51 Privados

10 Outros.

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BREVE CARACTERIZAÇÃO DOS PROJECTOS ÂNCORA:

1. Plano de Acção para o Turismo Ornitológico no Alto Alentejo

Este projecto visa proceder ao levantamento do potencial ornitológico regional e das

necessidades estruturais associadas à observação de aves, proceder à identificação

dos produtos turísticos associados ao tema da ornitologia, como um turismo

ambiental e economicamente sustentável, desenvolver uma estratégia de promoção

e divulgação do turismo ornitológico da região e promover a formação de guias

especializados.

2. Valorização Ambiental da Albufeira do Caia

A Albufeira do Caia é uma das áreas mais importantes para a conservação das aves

aquáticas no Alto Alentejo e um local de usufruto público com grande potencial

para o turismo de natureza e observação de aves. Com este projecto pretende-se:

• Proceder ao ordenamento da utilização da albufeira;

• Desenvolver o usufruto do património natural e do turismo ornitológico;

• Sensibilizar as populações locais, em particular a população escolar e os

utilizadores da albufeira;

• Manter ou incrementar as populações das espécies de aves ameaçadas na

área.

3. AMMAIA – Museu – CEIAR

Pretende-se implementar com este projecto, uma rede ligada ao património

arqueológico. A dimensão e o número de vestígios arqueológicos existentes na

região e que lhe estão relacionados, dos quais se destacam a área mineira do Conhal

(Mina de ouro de época romana existente no Arneiro-Nisa), a villa romana de Torre

de Palma em Monforte (possuidora de um notável conjunto de mosaicos), os

vestígios romanos de Ferragial d’el Rei em Alter do Chão (trabalhos que se

encontram em curso), a Barragem romana do Muro em Campo Maior (imponente

estrutura hidráulica de época romana), legitimam um papel de relevo para cidade da

Ammaia. A internacionalização do projecto, passa pelo envolvimento de parceiros,

além da Universidade de Évora, de diversas universidades europeias das quais

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podemos destacar a Universidade de Gent (Bélgica), a Universidade de Ljubljana

(Eslovénia), British School at Rome (Itália,Roma), a Universidade de Cassino

(Itália), e outras entidades públicas e privadas, que em conjunto pretendem

desenvolver aplicações de I&D que serão testadas na Ammaia e posteriormente

aplicadas noutros sítios arqueológicos a nível europeu, bem como, no território

arqueológico envolvente.

4. Jogos Equestres Nacionais na Coudelaria de Alter

Este projecto visa criar uma rede de articulação entre os diversos agentes equestres e

de outras áreas de actividade, gerar um processo de arrastamento que revitalize a

actividade equestre na sua vertente turística. A dinamização intrínseca à realização

de eventos equestres é geradora de uma economia muito própria que de momento

não tem expressão na região. Por via da criação de infra-estruturas para a

actividade, será possível relançar as provas hípicas na Coudelaria de Alter, o turismo

equestre na região e naturalmente todos os projectos que integram o Alto Alentejo

como destino sustentável de Cultura e Natureza.

5. Revitalização da Estação de Caminhos de Ferro de Évoramonte

O objectivo deste investimento passa pela recuperação e ampliação da estação para

que se transforme num estabelecimento de transformação de carne, nomeadamente

presuntos, enchidos tradicionais e venda de subprodutos derivados do porco preto

alentejano, podendo também dar conhecimento das práticas tradicionais e de

degustação dos produtos relacionados com o porco preto. Este, é criado na

Exploração adjacente denominada pela Herdade da Marmeleira que é atravessada

pela linha férrea em questão.

6. Comboio Turístico «Estrela do Alentejo»

Está centrado na ferrovia e nos territórios por ela servidos. Concentração do

comboio no troço Évora –Estremoz com paragens temáticas em diferentes estações

recuperadas para o efeito. Possibilidade de desfrute desta experiência com pacotes

diferenciados quer na natureza dos mesmos ( associando-se percursos pedestres ou

percursos equestres), quer nos territórios abrangidos. Espera-se aumentar o número

de turistas no Alentejo, aumentar o seu tempo de estadia, aumentar o gasto per

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capita e o tipo de gasto efectuado (disponibilizando produtos gourmet – vinho e

produtos regionais), merchandising cultural.

7. Quinta dos Olhos de Água

Com este projecto pretende-se constituir um centro de informação e interpretação,

com capacidade de organizar a oferta e potenciar as restantes valências patrimoniais

do território, mais acentuadamente na vertente natural, o que permite a eleição da

Quinta dos Olhos d’água como a infra-estrutura que cumpre os requisitos para

desempenhar este papel. - a possibilidade de construir um modelo organizacional

que transforme a diversidade dos recursos em produtos transaccionáveis e com valor

de mercado, o que implica a existência de um pólo com capacidade para centralizar

a procura e a partir do qual os visitantes sejam orientados para a “descoberta” do

território. Estabelecer-se-á uma forte articulação com agentes privados, no sentido

de maximizar os investimentos, designadamente os que foram já efectuados nas

casas abrigo e no Centro de Acolhimento. Esta articulação, permitirá melhorar e

qualificar os serviços a prestar.

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PROVERE - ZONA DOS MÁRMORES

CARACTERIZAÇÃO

A Estratégia de Eficiência Colectiva (EEC) PROVERE Zona dos Mármores

assume como foco temático o aproveitamento do recurso endógeno mármore, com

uma abrangência alargada, em torno da dimensão económica do mármore como

recurso produtivo, criativo, turístico e como forma de conferir maior suporte à

capacitação dos recursos humanos e ao aumento da massa crítica.

A EEC assume o mármore como recurso económico multidimensional, não

limitando a sua relevância à dimensão produtiva e considerando que a ligação às

artes e ofícios da pedra valoriza a importância das indústrias criativas, mobiliza

talentos e incentiva a criatividade e a inovação. Neste contexto, é feita uma forte

aposta no turismo industrial e criativo associado ao recurso mármore, minimizando

os problemas ambientais e associando uma forte vertente inovadora e de aposta em

novos produtos e mercados.

O território de incidência desta EEC integra os cinco concelhos alentejanos de

Alandroal, Borba, Estremoz, Sousel e Vila Viçosa, pertencentes às NUTS III do

Alentejo Central, localiza-se sobre o Anticlinal de Estremoz, zona que corresponde

à maior e mais importante jazida continental de mármores.

O Programa de Acção integra 4 Projectos Âncora, um projecto para gestão e

acompanhamento da parceria e 41 Projectos Complementares, envolvendo um

investimento global previsto de 6.945.000€ para os Projectos Âncora (1.600.000€

investimento público e 5.345.000€ investimento privado).

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PROJECTOS ÂNCORA

1. Valorização e Gestão dos Resíduos: Investigação e Desenvolvimento de Sub-

Produtos

Promotor: EDC Mámores

Investimento: 4.800.000€

2. Feira Internacional “Artes da Pedra”

Promotor: Associação de Desenvolvimento Montes Claros

Investimento: 185.000€

3. Centro Novas Oportunidades do Sector da Pedra Natural

Promotor: ESTER

Investimento: 360.000€

4. Descobrir a Pedra Natural – Promoção do Turismo Industrial

Promotor: Universidade de Évora

Investimento: 1.000.000€

ENTIDADE LÍDER DO CONSÓRCIO: Município de Borba

PARCEIROS: 34 parceiros, dos quais:

6 Públicos

28 Privados

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BREVE CARACTERIZAÇÃO DOS PROJECTOS ÂNCORA

1. Valorização e Gestão dos Resíduos: Investigação e Desenvolvimento de Sub-

Produtos

Na Zona dos Mármores existe a maior concentração de unidades extractivas e de

transformação de rochas ornamentais. O forte incremento de produção que se verificou

entre as décadas de 70 e 90, realizado na maior parte dos casos sem um planeamento

estratégico do uso do território, aliada à escassez de matéria prima considerada de

“qualidade” originou um elevado passivo ambiental.

A adopção de métodos que promovam o conhecimento de novas aplicações para os sub-

produtos da extracção e transformação das pedras, constitui uma das principais medidas

de intervenção, na óptica da utilização eficiente dos recursos e de atenuação de impactes

ambientais negativos. Outro dos objectivos desste projecto passa pela consolidação

gradual de novas utilizações para os sub-produtos da extracção e transformação das

pedras naturais, viabilizando o seu aproveitamento económico.

2. Feira Internacional “Artes da Pedra”

A Feira Internacional “Artes da Pedra” será o evento de referência deste território de

baixa densidade, pela sua dimensão e escala nacional/internacional. Deverá centrar-se

na dinamização e promoção da Estratégia de Eficiência Colectiva bem como na

promoção e divulgação das artes, associadas à Pedra Natural e ao mármore, em

particular. De cariz regional mas com ambição de assumir um relevante papel à escala

nacional e internacional, tem por objectivo dinamizar um conjunto de actividades

associadas ao sector/recurso que marca a identidade da Zona dos Mármores.

A forte promoção e divulgação nos mais variados segmentos e públicos assumirá um

papel relevante neste processo. Das inúmeras actividades a desenvolver no âmbito do

Festival, merecem destaque a criação de ateliers de escultura e a realização de um

Simpósio Internacional de Escultura em Mármore, pretendendo promover o

desenvolvimento da região associado ao mármore.

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3. Centro Novas Oportunidades do Sector da Pedra Natural

O Concelho de Borba detém neste momento um CNO (Escola E B 2, 3 Padre Bento

Pereira de Borba), o qual detém RVCC para equivalência escolar ao nível do 1º, 2º e 3º

ciclos. Neste contexto, a ESTER pretende alargar a oferta formativa para o RVCC, com

a Certificação Escolar e Profissional ao nível do 1º, 2º e 3º ciclos do Ensino Básico e ao

Nível Secundário. É sobre os activos empregados e desempregados, com idade superior

aos 18 anos, que a ESTER pretende actuar com a oferta de Certificação Escolar e

Profissional, por forma a aumentar as qualificações da população activa.

O CNO ESTER pretende aumentar o nível de qualificação e competências, reforçando a

empregabilidade dos candidatos e promovendo a formação e certificação ao longo da

vida através da Valorização de todas as aprendizagens realizadas em contexto formal,

não formal e informal.

O CNO ESTER tem como objectivo reconhecer as competências nas áreas da

Linguagem e Comunicação, Tecnologias da Informação e Comunicação, Matemática

para a Vida e Cidadania e Empregabilidade. Visa proporcionar uma Certificação com

equivalência escolar ao nível do 1º, 2º e 3º ciclos do Ensino Básico, respectivamente 4º,

6º e 9º ano de escolaridade e ao Nível Secundário, aumentando a qualificação.

4. Descobrir a Pedra Natural – Promoção do Turismo Industrial

O projecto assenta na valorização do território através de uma aposta firme e consistente

na actividade turística em complemento à actividade industrial, em que o mármore e a

sua indústria assumem o centro da estratégia. É um projecto de promoção e divulgação

da Zona dos Mármores, das suas indústrias e recurso mais representativo, através do

envolvimento de Actores Locais, Centro Tecnológico, Autarquias, Empresas,

Associações, Universidade.

Aproveitando a riqueza de recursos geológicos, a existência de uma indústria

reconhecida internacionalmente, a sinergia entre entidades privadas e públicas na

região, com características turísticas e de forma a explorar este património industrial de

excelência, pretende-se empreender um Projecto Integrado denominado “Promoção do

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Turismo Industrial”. A promoção deverá ter em conta três destinatários-alvo: Turistas e

visitantes que seleccionam o Alentejo como destino de visitação, para tentar criar

complementaridades com Alqueva; Agentes Turísticos Nacionais e Internacionais e

Prescritores Nacionais e Internacionais de Pedra Natural Portuguesa.

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O MONTADO DE SOBRO E A CORTIÇA

CARACTERIZAÇÃO

Pretende-se valorizar um recurso endógeno de grande valor e significado económico

como é o montado de sobro e cortiça para o qual pretendem encontrar novas aplicações

práticas, nomeadamente para a utilização da cortiça, valorizando-a enquanto produto

natural, com valor biológico e com um balanço positivo na economia de carbono. No

que respeita à valorização do montado, com esta EEC pretende-se a busca de novas

soluções ao nível silvícola tendo em vista a preservação das espécies, possibilidade de

novas utilizações da cortiça e desenvolvimento de maior flexibilidade na produção de

soluções por forma a encontrar/criar novos mercados.

O foco temático da estratégia de desenvolvimento apresentada assenta em três eixos

estratégicos:

• Up-Grade Competitivo do Sector – Engloba os projectos realizados com o

intuito estratégico de reforçar a produtividade, de reforçar a orientação para os

mercados (interno e internacional). Engloba as vertentes urbana e rural, mas

sempre na perspectiva do cluster.

• Valorização do Potencial Turístico – refere-se à perspectiva de desenvolvimento

da visitação e turismo do território, quer numa perspectiva urbana, quer numa

perspectiva rural. Assume preocupações com a promoção das iniciativas, numa

acepção mais relacionada com o marketing territorial e com a promoção e

complementaridade das iniciativas enquadradas na Educação Ambiental e

Biodiversidade

• Educação e Investigação Aplicadas – Compreende as dimensões da educação

ambiental e biodiversidade e a investigação e Inovação no seio do sector/cluster

e da região. Tem essencialmente a preocupação de preparar as futuras gerações

para a convivência com um ambiente mais são e respeito pelas natureza e cultura

tradicional e encontrar soluções inovadoras para os actuais e futuros problemas

do maneio da floresta, procurando simultaneamente ir ao encontro das futuras

necessidades dos consumidores.

O Programa de Acção integra 4 Projectos Âncora, um projecto para gestão e

acompanhamento da parceria e 20 Projectos Complementares, envolvendo um

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investimento global previsto de 8.345.835€ para o caso dos Projectos Âncora (dos

quais 6.345.835€ corresponde a investimento público e 600.000€ a investimento

privado).

PROJECTOS ÂNCORA

1. Observatório do Sobreiro e da Cortiça – Apetrechamento Técnico para

Investigação e Documentação

Promotor: Câmara Municipal de Coruche/Fundação a ser constituída

Investimento: 495.835€

2. Programa de valorização da Cortiça no Alentejo

Promotor: Associação Portuguesa de Cortiça

Investimento: 600.000€

3. Parque Urbano do Montado de Vendas Novas

Promotor: Câmara Municipal de Vendas Novas

Investimento: 2.250.000€

4. Parque Interpretativo do Montado

Promotor: Câmara Municipal de Portel;

Investimento: 5.000 000€

ENTIDADE LÍDER DO CONSÓRCIO : Câmara Municipal de Coruche

PARCEIROS: 18 parceiros, dos quais:

5 Públicos

12 Privados

1 Outros

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BREVE CARACTERIZAÇÃO DOS PROJECTOS ÂNCORA

1. Observatório do Sobreiro e da Cortiça – Apetrechamento Técnico para Investigação e

Documentação

O apetrechamento técnico do Observatório do Sobreiro e da Cortiça (OSC) inclui a

criação de um laboratório, estrutura plenamente adequada às necessidades sectoriais de

desenvolvimento e apoio técnico e tecnológico, no âmbito do estudo científico da

cortiça e a realização de ensaios visem conhecer os materiais analisados, guiar a

produção e auxiliar a indústria, de acordo com as realidades emergentes de um contínuo

e veloz progresso. O Laboratório do OSC estabelecerá relações de cooperação e

parcerias com os principais laboratórios mundiais que se dedicam à investigação

relacionada com o montado, bem como, com as Universidades e Institutos nacionais e

internacionais, em projectos no domínio da Inovação e Desenvolvimento.

Um outro elemento essencial aos propósitos do OSC é o Centro de Documentação. Esta

secção pretende desenvolver um conjunto de actividades, individuais e também

articuladas com outros parceiros, relacionadas com a produção científica, técnica e

cultural. Servirá de suporte à investigação realizada no laboratório procurando a

publicação desses resultados nas diversas revistas especializadas.

2. Programa de valorização da Cortiça no Alentejo

Melhoria da Competitividade das empresas do sector da cortiça, cooperação entre as

empresas e, dentro da cadeia de valor, melhorar a qualidade do processo produtivo e a

sustentabilidade do montado de sobro. Assistência técnica às empresas; Acções de

formação empresarial; Promoção e divulgação da cortiça; Realização de suportes

promocionais; Criação de um Seminário Internacional da Cortiça; Investigação &

Desenvolvimento e Inovação dos processos produtivos, da extracção da cortiça e do

tratamento de resíduos através do estudo dos custos do processo de extracção e

preparação da cortiça, estudo de I&D sobre equipamentos/maquinaria para a extracção

da cortiça, estudo I&D sobre o aproveitamento energético das aparas e dos resíduos de

cortiça/ Biomasa através da Cortiça

.

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3. Parque Urbano do Montado de Vendas Novas

O objectivo é demonstrar como o montado é adequado a um uso múltiplo de recreio e

lazer em áreas urbanas e peri-urbanas, com reduzidos custos de manutenção e elevado

valor ecológico e educativo, constituindo assim um dos melhores sistemas de uso do

solo para espaços verdes nas áreas urbanas e peri-urbanas de uma parte importante do

País. Como móbil da intervenção visa-se a criação de um espaço exterior público de

grandes dimensões (parque urbano) assente num montado pré-existente, que venha a ser

preponderante na estrutura ecológica local, que integre equipamentos públicos

existentes e propostos, e que faça a uma desejável transição entre o tecido urbano em

permanente crescimento e uma paisagem rural tradicional.

O projecto assenta conceitos de: espaço verde estruturante do tecido urbano, que

permita a integração entre a paisagem urbana e a paisagem rural; simplicidade formal;

continuidade espacial, criando uma imagem de unidade de conjunto (embora com

funções e apropriações distintas dos espaços); sustentabilidade económica e ambiental;

criação de áreas multifuncionais, com espaços pedagógicos e zonas de percurso e de

estadia, que permitam uma constante descoberta da natureza, destinando-se a

utilizadores de várias idades; valorizar a importância da presença da água na paisagem;

criação de áreas multifuncionais, com espaços pedagógicos e zonas de percurso e de

estadia, que permitam uma constante descoberta da natureza, destinando-se a

utilizadores de várias idades; valorização e manutenção do montado (de sobreiros e

azinheiras) como elemento de composição e fruição da paisagem urbana e peri-urbana.

4. Parque Interpretativo do Montado

Pretende-se com este projecto requalificar cerca de 76ha de Montado nas margens do

Grande Lago de Alqueva, criando assim um Parque Temático potenciando e

valorizando dois importantes recursos para o desenvolvimento do concelho de Portel - o

Montado e o Grande Lago de Alqueva, permitindo ao visitante Conhecer, Viver,

Aprender e Sentir o montado em todas as suas vertentes: natural, cultural e económica,

apostando nas componentes pedagógica, lúdica e turística. Atendendo ao forte potencial

do Grande Lago de Alqueva, a criação deste Parque Temático constituirá um importante

pólo de atracção à região. Este Parque será constituído por 3 núcleos centrais: Parque

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Interpretativo do Montado; Núcleo de Intervenção Turística Hotelaria);Núcleo de Apoio

Turístico (Posto de Turismo, Loja de Produtos do Montado, Zona Comercial,

Restauração Tradicional, etc.) .