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Progresso Americano é uma representação alegórica do ... · independência do Texas em 1836. Formou-se então a ... Esse período começou com a Guerra Hispano-Americana em 1898

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Esta pintura (cerca 1872) de John Gast chamada Progresso Americano é uma representação alegórica do Destino Manifesto. Na cena, uma mulher angelical, algumas vezes identificada como Colúmbia, (uma personificação dos Estados Unidos do século XIX) carregando a luz da "civilização" juntamente a colonizadores americanos, prendendo cabos telégrafo por onde passa. Há também índios americanos e animais selvagens do oeste "oficialmente" sendo afugentados pela personagem.

É o pensamento que expressa a crença de que o povo dos Estados Unidos é eleito por Deus para comandar o mundo, e por isso o expansionismo americano é apenas o cumprimento da vontade Divina. Os defensores do Destino Manifesto acreditavam que os povos da América Latina e Andina deveriam ser seus escravos, pois eram subdesenvolvidos, virando essas pessoas até contra seus países de origem. O Destino Manifesto se tornou um termo histórico padrão, frequentemente usado como um sinônimo para a expansão territorial dos Estados Unidos pelo Norte da América e pelo Oceano Pacífico.

Quando os estadunidenses referem-se a si mesmos como americanos somente repetem a frase mais conhecida do presidente James Monroe, proferida no congresso estadunidense em 1823: "A AMÉRICA PARA OS AMERICANOS (ESTADUNIDENSES)". A esta linha de pensamento denominou-se Doutrina Monroe, que é seguida até a atualidade. A DOUTRINA MONROE CONSISTIU BASICAMENTE EM TRÊS QUESTÕES:

A não intervenção nos assuntos internos da América por países europeus. A não criação de novas colônias por países europeus na América. A não intervenção dos Estados Unidos em conflitos relacionados aos países

europeus como guerras entre estes países e suas colônias . Representava uma séria advertência à Santa Aliança e à Inglaterra, apesar de seu poderio militar situar-se no entorno do Caribe. Ajudou a frustrar os planos de recolonização da América pelos europeus, permitindo que os Estados Unidos continuassem a dilatar suas fronteiras na direção Oeste, dizimando as tribos indígenas que lá habitavam, subsidiada pelo pressuposto do Destino Manifesto.

O chamado Corolário Polk foi uma consequência da Doutrina Monroe. Estabelecido pelo então presidente dos Estados Unidos da América, James Knox Polk, justificava a anexação de antigas áreas coloniais espanholas ao território norte-americano, em um processo de decisão que caberia exclusivamente aos colonos e ao governo em Washington. Com base nesse princípio foram incorporados à União os territórios dos atuais estados do Texas, Novo México, Colorado, Nevada, Arizona, Utah e Califórnia, resultando em um conflito com o México em 1848, tendo como base o separatismo do Texas, com os EEUU apropriando-se (anexando) dois terços do território mexicano. O Corolário Polk prendia-se à idéia de que os EUA estavam abertos a qualquer país que estivesse disposto a anexar-se a eles, sendo extremamente útil como pretexto para a expansão estadunidense sobre os territórios do Oeste.

Entre 1820 e 1830, os estadunidenses começaram a invadir lentamente o território do Texas que pertencia à República do México, era uma invasão benigna através da compra de terras, muito baratas. Ao entrar em território mexicano, grandes latifundiários levaram consigo as oligarquias e o trabalho escravo (O comportamento era muito parecido com o coronelismo). No México não havia escravatura, pois era proibida pela Constituição. Em 1835, o governo mexicano aprovou a Constituição Centralista Mexicana, reforçando a proibição da escravidão em território daquele país. Os grandes oligarcas estadunidenses donos daquelas terras financiaram então uma revolução e proclamaram a independência do Texas em 1836. Formou-se então a República da Estrela Solitária, que passou a ser um protetorado dos Estados Unidos.

A GUERRA DO MÉXICO E A ANEXAÇÃO DOS TERRITÓRIOS CALIFÓRNIA, NOVO MÉXICO, NEVADA, ARIZONA E UTAH Estas medidas de contenção do banditismo geraram muitos desentendimentos entre os dois países. Em 1846, houve um conflito de fronteira entre os Estados Unidos e o México. Os estadunidenses acabaram declarando guerra ao país vizinho invadindo seu território e "libertando" a Califórnia, Novo México, Nevada, Arizona e Utah. Metade do território mexicano foi perdida para os Estados Unidos, e grande parte do povo latino da região, ou foi morto, ou expulso para o que restou do México.

Foi um postulado de política externa, em adição à Doutrina Monroe,

de autoria do presidente dos Estados Unidos Theodore Roosevelt.

Conjugado com a Política do Grande Porrete, o Corolário foi o marco

de um período de controle direto dos EUA sobre os países

latinoamericanos.

Os Estados Unidos se declararam dispostos a ocupar militarmente

países que estivessem passando por uma crise devido a sua

dívida externa. Na Mensagem, Roosevelt expressou sua convicção de

que uma nação que consegue manter a ordem e cumprir com suas

obrigações não precisa temer a interferência dos Estados Unidos. No

entanto, uma "nação civilizada" como os Estados Unidos teria que

assumir o papel de “polícia do mundo", e ser obrigada a intervir, no

caso de um enfraquecimento dos laços da sociedade civilizada em

outros países.

O Corolário Roosevelt foi motivado pela reação violenta do Reino

Unido, Itália e Alemanha à crise da dívida venezuelana em 1902 e

1903.

Foi um dispositivo legal, inserido na Carta Constitucional de Cuba, que autorizava os Estados Unidos da América a intervir naquele país a qualquer momento em que interesses recíprocos de ambos os países fossem ameaçados. Desta forma, na prática, Cuba passou a ser um protetorado estadunidense.

FOI UMA RESPOSTA ARGENTINA (1902) PELO CHANCELER ARGENTINO LUIS MARÍA DRAGO, EM RESPOSTA AO DESCUMPRIMENTO DA DOUTRINA MONROE DOS ESTADOS UNIDOS, AFIRMANDO QUE NENHUMA POTÊNCIA ESTRANGEIRA PDOE USAR A FORÇA CONTRA UMA NAÇÃO AMERICANA COM A FINALIDADE DE COBRAR UMA DÍVIDA. SUA BASE JURÍDICA ESTA NAS IDEIAS DE CARLOS CALVO, NO LIVRO DIREITO INTERNACIONAL TEÓRICO E PRÁTICO DA EUROPA E AMÉRICA. A DOUTRINA CALVO PROPÓE A PROIBIÇÃO DA INTERVENÇAÕ DIPLOMÁTICA ATÁ QUE SEJA UTILIZADOS TODOS OS RECURSOS PACÍFICOS (OU JURÍDICOS) PARA A SOLUÇAO DE CONTROVÉRSIAS. A DOUTRINA DRAGO FOI UMA RESPOSTA ÀS AÇÕES DA GRÃ-BRETANHA, ALEMANHA E ITÁLIA, QUE IMPUSERAM UM BLOQUEIO NAVAL À VENEZUELA NO FINAL DE 1902, COMO RESPOSTA À ENORME DÍVIDA QUE O PRESIDENTE DA VENEZUELA, CIPRIANO CASTRO, HAVIA SE RECUSADO A PAGAR. FRENTE A ESSE ATAQUE, OS ESTADOS UNIDOS DISSERAM QUE NÃO IRIAM APOIAR UM ESTADO QUE FOSSE AFETADO POR ATAQUES DE POTÊNCIAS EUROPÉIAS QUE NÃO SE ORIGINOU COM A INTENÇÃO DE RECUPERAR E COLONIZAR TERRITÓRIOS AMERICANOS. OU SEJA, HAVERIA DEFESA POR PARTE DOS ESTADOS UNIDOS SOMENTE SE AS POTÊNCIAS EUROPÉIAS DESEJASSEM RECOLONIZAR ALGUM TERRITÓRIO NA AMÉRICA. ASSIM, SURGE A DOUTRINA DRAGO, COMO UM ATO DE PROTESTO POR PARTE DE LUIS MARÍA DRAGO CONTRA OS ESTADOS UNIDOS. UMA VERSÃO MODIFICADA FOI APROVADA POR HORACE PORTER EM HAIA, EM 1907. ESTA ACRESCENTOU QUE A ARBITRAGEM E O LITÍGIO DEVEM SER SEMPRE UTILIZADOS PRIMEIRO.

Em 1853 uma esquadra estadunidense, comandada pelo Comodoro Mathews Perry, força os japoneses à abertura das fronteiras e seus mercados aos Estados Unidos, encerrando o Xogunato e levando à Restauração Meiji que colocou o imperador no centro do poder, forçando a modernização do Japão.

Em 1855 o mercenário William Walker desembarcou e atacou a Nicarágua dominando o país declarando-se presidente. Fazendeiros sulistas estadunidenses imediatamente fundaram oligarquias na região. Walker porém foi derrotado e fuzilado em Honduras. Muitos dos fazendeiros tiveram que retornar aos Estados Unidos falidos e doentes.

O Geógrafo alemão Friedrich Ratzel visitou a América do Norte no início de 1873 e se impressionou com a doutrina do Destino Manifesto nos EUA. Ratzel simpatizava com os resultados do "Destino Manifesto", mas ele nunca usou o termo. Em vez disso, ele contou com a Tese da Fronteira de Frederick Jackson Turner. Ratzel promoveu colônias ultramarinas para a Alemanha, na Ásia e África, mas não uma expansão em terras eslavas. Depois alguns alemães reinterpretaram Ratzel para defender o direito do raça alemã de expandir na Europa, essa noção foi mais tarde incorporada na ideologia nazista. Harriet Wanklyn argumenta que os políticos distorceram a teoria de Ratzel para objetivos políticos.

Em 1898, com a explosão de um navio estadunidense chamado Maine em Cuba, os EUA declaram a guerra contra a Espanha, os territórios espanhóis no Caribe e no Pacífico (Filipinas) foram invadidos. Cuba permaneceu ocupada até 1902, sendo liberada pelos estadunidenses depois da aprovação da Emenda Platt. A Emenda Platt era uma lei que dava direito aos estadunidenses de invadir Cuba a qualquer momento em que interesses dos Estados Unidos fossem ameaçados. Esta lei permaneceu mantendo Cuba um protetorado estadunidense até 1933.

O arquipélago que forma o Havaí é conhecido historicamente pelo

nome de Ilhas Sanduíche. O arquipélago havaiano era povoado

por polinésios, sendo que a região era governada por vários chefes

polinésios locais, até 1810, quando Kamehameha I centralizou o

governo do arquipélago, e instituiu uma monarquia. Em 1894, o

arquipélago tornou-se uma república, e quatro anos depois,

em 1898, foi invadido militarmente e anexado pelos Estados

Unidos da América, tornando-se um território americano em

1900. A vinda de muitos imigrantes asiáticos e europeus deram um

aspectos multicultural.

A base naval americana de Pearl Harbor foi atacada por aeronaves

da Marinha Imperial Japonesa em 7 de dezenbri de 1941. O

ataque levou os Estados Unidos à guerra. Mais de 2400 pessoas

morreram no ataque. Em 21 de agosto de 1959, o Havaí tornou-se

o 50.º e último Estado americano a entrar à União.

Em 1890, aconteceu a primeira Conferência Pan-americana. Esta propunha uma moeda comum no continente americano, o dólar, uma união aduaneira, um conselho de arbitragem de conflitos militares e econômicos em Washington, além de cobrança de tributos de proteção. O Brasil e a Argentina se opuseram, receberam retaliações econômicas do bloco liderado pelos estadunidenses. Contra o Brasil, a principal retaliação foi o encerramento da importação do látex, contra a Argentina, a importação de gado e de trigo.

Em 1901, Theodore Roosevelt assumiu a presidência dos Estados Unidos, sua máxima era (sic)...FALE SUAVE, MAS TENHA NAS MÃOS UM GRANDE PORRETE QUE SERÁ BASTANTE ÚTIL..., esta foi chamada da política do Big Stick. Seguindo esta orientação, sob os mais diversos pretextos os Estados Unidos ocuparam em nome da democracia Cuba entre 1906 a 1909, em 1912 e 1917 a 1922, o Haiti entre 1915 a 1934, a Republicana Dominicana entre 1916 e 1924 e a Nicarágua entre 1909 a 1910 e 1912 a 1933.

Foram uma série de ocupações, ações militares, e INTERVENÇÕES QUE ENVOLVERAM OS ESTADOS UNIDOS NA AMÉRICA CENTRAL E NO CARIBE. Esse período começou com a Guerra Hispano-Americana em 1898 e no subsequente Tratado de Paris, que deu aos Estados Unidos o controle de Cuba e Porto Rico. Terminou com a retirada das tropas do Haiti e pela Política da Boa Vizinhança do presidente Franklin D. Roosevelt em 1934. RAZÕES DOS CONFLITOS: interesses econômicos. O termo "guerras das bananas" surge a partir da conexão entre estas intervenções e à preservação dos interesses comerciais americanos na região, principalmente, da United Fruit Company que teve participações financeiras significativas na produção de bananas, tabaco, cana-de-açúcar, e vários produtos em todo o Caribe, América Central e na porção norte da América do Sul. Os Estados Unidos também foram avançando seus interesses políticos, a manutenção de uma esfera de influência e de controle do Canal do Panamá, criticamente importante para o comércio global e o poder naval.

A região do Canal do Panamá pertencia à Colômbia, por uma questão de soberania os colombianos não aceitaram a proposta estadunidense da construção de um canal em seu território. Em 1903, o Senado da Colômbia negou-se a ratificar o Tratado de Hay-Herrán, que estabeleceria o arrendamento aos Estados Unidos de uma faixa de território do istmo do Panamá para construírem um canal e ter seu uso exclusivo por 100 anos. Como conseqüência os Estados Unidos insuflaram uma guerra separatista na região. Depois da intervenção de tropas estadunidense foi criado o Panamá, país que ficou sob o protetorado dos estadunidenses. Em troca foi cedida a região para a construção do canal e o direito de explorá-la para sempre pelos estadunidenses. Em meados de 1975, sob muita pressão internacional, e depois de muitos anos de negociações, os Estados Unidos aceitaram entregar o canal para o Panamá em 1999.

Foi uma iniciativa política criada e apresentada pelo governo dos Estados Unidos, presidido por Franklin D. Roosevelt durante a Conferência Panamericana de Montevideo, em dezembro de 1933, indo até 1945. Oficialmente essa política consistia em investimentos e venda de tecnologia norte-americana para os países latino-americanos, mas em troca, estes deviam dar apoio a política norte-americana. Ela consistia, no entanto, de um esforço para aproximação cultural entre EUA e América Latina, cujas relações vinham se deteriorando devido ao forte intervencionismo norte-americano durante a política do "Big Stick", lançada por Theodore Roosevelt em 1901. Ela foi praticada em diversas frentes, sendo centrais o cinema e o rádio (o Zé Carioca), a criação da Usina Siderúrgica Nacional (CSN) e a grande quantidade de vocábulos em Inglês que vemos por todo o lado no Brasil - na publicidade e na moda, principalmente - e a influência da Pop Music - MTV - e do cinema Hollywoodiano, são facetas da penetração

cultural norte-americana no Brasil, que data desse período.

Designa um conjunto de práticas do

governo dos Estados Unidos da América,

em escala mundial, à época da chamada

Guerra Fria, que buscava conter a

expansão do socialismo junto aos

chamados "elos frágeis" do sistema

capitalista.

Em seguida, o secretário de estado George

Catlett Marshall anunciou a disposição dos

Estados Unidos de efetiva colaboração

financeira para a recuperação da economia

dos países europeus.

Harry Truman, Presidente americano, 1945-53

Foi um programa efetuado entre 1961 e

1970, com o objetivo de promover o

desenvolvimento econômico mediante a

colaboração financeira e técnica em toda a

América Latina a fim de não deixar

aparecer um outro país com tendências

aos ideais comunistas, como em Cuba

(lembre-se que a Revolução Cubana é de

1959).

Criado no governo do Presidente John F.

Kennedy

A Aliança duraria 10 anos, projetando-se um

investimento de 20 mil milhões de dólares,

principalmente da responsabilidade dos

Estados Unidos, mas também de diversas

organizações internacionais, países europeus

e empresas privadas.

A Aliança foi extinta em 1969, por Richard

Nixon.

O presidente John F. Kennedy e Jacqueline

Kennedy (La Morita na Venezuela, 16 DEZ 1961),

divulgando o programa Alinaça para o Progresso

com Rómulo Betancourt.

Todos os países da América sofreram em maior ou menor grau o efeito da doutrina do Destino Manifesto. Ora com intervenções militares, ora econômicas, políticas ou ideológicas. No Brasil também houve o domínio e compra de muitas terras gerando gigantescos oligopólios e a compra de companhias brasileiras por muitos empresários norte-americanos do início do século XX até a década de cinqüenta do mesmo século. Grande parte das atividades de extrativistas, construção de estradas de ferro, rodovias, mineração, geração de energia elétrica, águas e esgotos, transportes, indústrias de papel, metalúrgicas, mecânicas, navais entre outras, pertenciam àqueles grupos.

De todos que vieram ao Brasil, o mais conhecido foi o norte-americano PERCIVAL FARQUHAR, o dono da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, que ficou mais conhecida como a Ferrovia do Diabo, em cuja construção morreram muitos milhares de trabalhadores que viviam na selva amazônica sob as mais precárias condições de trabalho sub-humano e semi-escravidão. Em todo Brasil o senhor Farquar tinha suas indústrias voltadas quase que unicamente para o extrativismo vegetal e mineral. Derrubou no Estado do Paraná 250 milhões de pinheiros que, somados às remessas ilegais ao exterior, resultou em 750 milhões de pinheiros, praticamente extinguindo toda a fauna e flora dependente das florestas de araucárias do Estado. Em Santa Catarina ultrapassou a casa dos 800 milhões de árvores, remetendo-as para os Estados Unidos, construindo ferrovias para exportá-las no interior do Paraná e Santa Catarina, com dinheiro do povo brasileiro. Uma das conseqüências das mazelas de uma de suas empresas, a Southern Brazil Lumber & Colonization Company foi a Guerra do Contestado, após a demissão de milhares de operários que haviam sido contratados para a construção da ferrovia.

TRAJETÓRIA

DA MADEIRA-

MAMORÉ

Duas cidades tipicamente norte-americanas com direito a campos de golf,

hidrantes nas esquinas, casas de madeira, piscinas, geladeiras, refrigerantes

e automóveis foram instaladas no Vale do Tapajós, no meio da Amazônia, no

início da década de 1930. Esse era o sonho americano de Henry Ford, que

fundou a Fordlândia para fugir dos altos preços do látex praticados pelos

ingleses, sempre fiel ao ideal de implantar uma sociedade em que as

atividades agrícola e industrial estivessem integradas e, sobretudo, em

equilíbrio.

Seguindo a doutrina do Destino Manifesto começou a campanha de penetração cultural norte-americana ostensiva no Brasil e nos outros países americanos. O “AMERICAN WAY OF LIFE” foi sendo introduzido gradativamente na sociedade latino-americana. No caso do Brasil, o plano era uma estratégia dos Estados Unidos para incentivar a solidariedade hemisférica de forma a enfrentar a influência do Eixo e consolidar-se como grande potência. O início da campanha foi a propagação através da propaganda dos "valores pan-americanos" , isto ocorreu durante as conferências interamericanas. Em agosto de 1940, foi criado o “Office of the Coordinator of Inter-American Affairs (OCIAA)”, era um escritório chefiado pelo empresário Nelson Rockerfeller vinculado ao Conselho de Defesa Nacional dos Estados Unidos.

A superagência de coordenação dos negócios interamericanos - OCIAA. As divisões da agência continham setores de relações culturais, comunicações, saúde, relações comercial e financeira. Portanto, todas as atividades eram isentas de impostos e ainda recebiam dinheiro do governo brasileiro para atuarem em todo o território nacional. O OCIAA, se subdividia em seções: música, cinema, imprensa, literatura, rádio, arte, finanças, exportação, problemas sanitários, transporte e educação infantil. O OCIAA atuou de forma ostensiva com o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), no governo Vargas, principalmente nas pesquisas e implementação de técnicas para a criação de cartilhas escolares.

Quando atuava nas áreas de informações e comunicações, a agência norte-americana veiculava na imprensa brasileira factóides favoráveis aos Estados Unidos. Difundiu no Brasil as técnicas mais modernas de manipulação comportamental mediante imagens agradáveis ligadas a tudo que era norte-americano. Difundiu por anos a impressão de que os produtos importados dos Estados Unidos faziam parte da moda e que produtos nacionais eram somente aceitos pela classe baixa da população, fomentou a diferenciação de classes e a criação de serviços de primeira classe para quem podia pagar e de segunda classe para quem não podia pagar. Este tipo de propaganda fez a classe média iniciar a onda consumista já no início da década de 1950, acelerando o comércio e a importação de produtos norte-americanos, principalmente automóveis e eletrodomésticos.

Sob a coordenação do OCIAA, se iniciou uma campanha publicitária direcionada à classe média brasileira. Eram incentivados o luxo e o consumismo através das roupas caras e apetrechos de luxo de grande apelo popular. Os programas radiofônicos e as produções cinematográficas davam ênfase aos produtos de consumo, principalmente eletrodomésticos. A propaganda massificava a população e era largamente utilizada como um dos mais importantes instrumentos de propaganda da guerra. Programas de rádio transmitidos do território americano tinham penetração em todo o Brasil. O OCIAA através da rádio A Voz da América com suas antenas voltadas para o Brasil apresentava a cobertura em tempo real da guerra com slogans incitando aos brasileiros o quanto era bom ser "americano", há que se lembrar que brasileiros não são bem vindos em território americano. As transmissões divulgavam durante todo o tempo a cultura norte-americana, seus usos e costumes. Eram reforçadas as publicidades direcionadas principalmente à classe média e aos jovens de faixa etária entre vinte e cinco e trinta anos em programas radiofônicos. Bons exemplos de propaganda de guerra foram programas como "O Brasil na Guerra", "A Família Borges" e "Barão Eixo“.

Os filmes de ficção e documentários norte-americanos tinham o papel de difundir a ideologia e cultura dos Estados Unidos, para tal, OCIAA usava as indústrias cinematográficas de Hollywood. O OCIAA evitava mostrar para a América Latina em seus filmes os costumes norte-americanos que poderiam a vir a ofender os brios e o modo de vida latino. Exemplo típico foram os famosos foras da lei mexicanos, tão comuns nos filmes de bang-bang. Estes foram eliminados das produções de Hollywood para evitar mal-estar entre os latinos. Outro exemplo comum utilizado até a atualidade que procura disfarçar a discriminação racial contra os negros e latinos, bastante comum nos Estados Unidos eram, e ainda continuam sendo os filmes policiais dirigidos para a América Hispânica e Brasil. Nos filmes os policiais negros são companheiros inseparáveis de policiais brancos. No caso de filmes dirigidos e exportados para a Argentina, e outros países hispânicos evitavam ofender os brios e o machismo dos latino-americanos, enaltecendo a masculinidade e a feminilidade latinas.

A criação de personagens para fomentar a política de boa vizinhança continental foi muito utilizada sob o comando do OCIAA. Assim, os Estúdios Disney, criaram o papagaio Zé Carioca com a firme proposição de influenciar as crianças brasileiras em serem amigos das crianças norte-americanas, preparando as latinas para serem lideradas por aquelas no futuro. O filme Alô Amigos demonstra bem a manipulação comportamental onde o "simpático e falador papagaio" enfatiza a amizade com o "nervoso e temperamental" Pato Donald, naturalmente a mensagem passada é que o papagaio aceita a liderança do pato em todas as ocasiões.

As principais doenças pesquisadas "humanitariamente" foram a malária e a febre amarela já reveladas quando da construção das ferrovias e rodovias por empreiteiros estadunidenses. A OCIAA, embora tenha negado, sabe-se que o objetivo principal não era obter a aprovação da população à atuação da agência no Brasil. AS FORÇAS ARMADAS NORTE AMERICANAS PRECISAVAM PREPARAR O TERRENO PARA A PROVÁVEL CHEGADA E MANUTENÇÃO DE SUAS TROPAS E EMPRESAS MINERADORAS EM TERRITÓRIO BRASILEIRO COM A FINALIDADE DE EXTRAIR MATERIAIS ESTRATÉGICOS A SEREM FORNECIDOS ÀS SUAS INDÚSTRIAS BÉLICAS. Todas as jazidas conhecidas então na América do Norte estavam sendo exploradas e muitas estavam se exaurindo. Conforme acertado nas

negociações em que ocorreu o alinhamento brasileiro à política norte americana, o BRASIL PASSARIA A SER UM PROTETORADO daquele país na época da Segunda Guerra Mundial por não ter poderio bélico suficiente para se defender de um inimigo externo. Foram construídas então bases aéreas, navais, fábricas de armas, metalúrgicas e siderúrgicas com financiamento oferecido por banqueiros norte-americanos sob o aval do Ministério da Defesa daquele país. A única condição era que as "empresas" fundadas deveriam ser orientadas por empresas de consultoria norte-americana e que a tecnologia e insumos deveriam ser comprados dos norte-americanos. Foi acertado também que certas ligas metálicas e certos artefatos não poderiam ser construídos em território brasileiro para salvaguardar as patentes de produtos daquela nação. Foi este o motivo em parte do atraso do Brasil em produzir certas ligas de aço resistentes e de não produzir ligas metálicas nacionais para solda elétrica até a década de 1950.

CARMEM MIRANDA, O ZÉ CARIOCA, COCA-COLA, A OBRIGATORIEDADE DO ENSINO DO INGLÊS NAS ESCOLAS PÚBLICAS E AS FÁBRICAS DE CIGARROS A portuguesa Carmem Miranda naquela época se tornou o símbolo da cultura brasileira nos Estados Unidos. O papagaio Zé Carioca ajudou a construir o estereótipo do brasileiro simpático e malandro, não muito chegado ao trabalho. A poderosa Coca-Cola utilizando de propaganda maciça, principalmente no cinema, iniciou uma campanha lançando "modismos" como novas vestimentas, roupas de praia e banho para senhoras e senhoritas, dando ênfase às formas femininas e à sensualidade acabou por substituir o consumo pela classe média dos sucos naturais. A família brasileira deixou então de beber a limonada, a laranjada, o suco de melancia, o suco de abacaxi e demais sucos de frutas tropicais. Um detalhe importante era a ênfase dada pelo fabricante norte-americano de que sua bebida deveria ser consumida pelas "famílias de bem", dando margem subliminar de que os consumidores de sucos não eram "consumidores premium”. O ensino de línguas estrangeiras nas escolas brasileiras, a exemplo do latim, do francês e do espanhol, passou a ser desestimulados pelo governo brasileiro influenciado pela propaganda norte-americana. O idioma inglês passou já naquela época a ser considerado a língua de "pessoas cultas". As escolas estaduais passaram a ser obrigadas pelas esferas federais a substituir o ensino de quaisquer idiomas pelo inglês. Nas escolas, principalmente nas "particulares", era moda o uso de roupas de corte norte-americano entre os adolescentes já no início da década de 1950. O vício do fumo iniciou sua caminhada pela publicidade dirigida a crianças através de pequenos “cigarros de chocolate” distribuídos nas escolas públicas. Era comum ver crianças de 6, 7 anos de idade na década de 1950 e 1960 sorvendo pequenas barras de chocolate idênticas aos cigarros que os adultos fumavam. As caixas onde eram acondicionados "os cigarrinhos de mentirinha" eram idênticas às carteiras dos cigarros verdadeiros. As crianças andavam às mãos de seus pais segurando os "cigarrinhos" da mesma forma que os adultos.

A POPULAÇÃO ESTAVA VICIADA EM PRODUTOS NORTE-AMERICANOS.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial e a consequente derrota do eixo, os Estados Unidos fizeram ser aprovada a Declaração de Solidariedade para a Preservação da Integridade Política dos Estados Americanos Contra a Intervenção do Comunismo Internacional, esta era a nova maneira dos norte-americanos continuarem sua presença nas Américas.

FIM DA GUERRA FRIA E DA DISPUTA COM A UNIÃO SOVIÉTICA (URSS). ORDEM MULTIPOLAR OU UNIPOLAR (OS ESTADOS UNIDOS AGINDO COMO SE POLÍCIA DO MUNDO FOSSE). OFENSIVA TERRORISTAS: ATAQUE ÀS TORRES GÊMEAS – DEMONSTRAÇÃO DA VULNERABILIDADE DO PAÍS. RESPOSTA: INVASÃO DO AFEGANISTÃO E IRAQUE. IMPACTO ECONÔMICO, COLOCANDO EM XEQUE SUA DOUTRINA DO DESTINO MANIFESTO.

TAMBÉM IDENTIFICADA COMO DOUTRINA

PREVENTINA.

ADMITE TRÊS CRITÉRIOS:

1. AÇÃO PREVENTIVA

2. SUPERIORIDA MILITAR

3. PAX AMERICANA

PROPÕE UMA DIVISÃO ENTRE:

1. Eixo do Bem: Estados pró-EUA.

2. Eixo do Mal: Estados Muçulmanos (Afeganistão,

Iraque, Irã, Líbano, Síria, Líbia, Coréia do Norte) e até

mesmo a China.

Direito de agir preventivamente contra o Eixo do Mal.

Uma conseqüência da Doutrina Bush é o

enfraquecimento de organismos supranacionais,

principalmente a ONU.

O ex-presidente dos EUA, George

W. Bush

A DOUTRINA É COMPOSTA POR TRÊS PILARES BÁSICOS:

1- "Todas as nações, em todas as regiões, agora têm uma decisão a tomar: ou estão

conosco ou estão com os terroristas" (discurso de Bush ao Congresso norte-americano

no dia 20 de setembro de 2001). Com essa afirmação, a Casa Branca prometeu caçar

terroristas em todo o mundo e ameaçou países que abrigam terroristas ou que optaram

pela neutralidade. Nesse discurso, Bush definiu o terrorismo como o principal inimigo da

humanidade e condicionou qualquer apoio financeiro e diplomático dos EUA ao

engajamento de outros países.

2- "A guerra contra o terror não será ganha na defensiva. Dissuasão —a promessa de

retaliação maciça contra nações— nada significa contra esquivas redes terroristas sem

nações ou cidadãos para defender. A contenção é impossível quando ditadores

desequilibrados, com armas de destruição em massa, podem enviá-las por mísseis ou

transferi-las secretamente para aliados terroristas" (discurso de Bush a cadetes da

academia militar de West Point em 2 de junho passado). Esse discurso introduziu a

opção de ataques militares preventivos como figura central de uma nova ordem

mundial. Segundo o presidente, é necessário "levar a batalha ao inimigo e confrontar as

piores ameaças antes que venham à tona". Em suma: durante a Guerra Fria, os EUA

continham seus inimigos com ameaças. Agora, passarão a destruí-los antes que eles

ataquem.

3- "Nossas forças serão firmes o bastante para dissuadir adversários potenciais de

buscar uma escalada militar na esperança de ultrapassar ou se equiparar ao poderio

dos Estados Unidos" (trecho do documento "A Estratégia de Segurança Nacional dos

EUA", enviado por Bush ao Congresso em 20 de setembro de 2002). O significado dessa

afirmação é que os EUA não pretendem nunca mais permitir que sua supremacia militar seja desafiada.