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As empresas industriais que procuram manter-se competitivas e sobreviver, ajustam-se a ambientes de negócios turbulentos e imprevisíveis. Têm-se percebido que as questões ambientais exigem novas posturas, processos de renovação contínua na maneira de operar seus negócios gerenciar suas organizações, procurando apontar a preocupação ecológica como uma variável da Gestão Empresarial a ser considerada no planejamento estratégico das empresas. Procurou-se compreender o processo de adaptação das pequenas e médias empresas do setor aos novos valores de preservação do meio ambiente, através de medidas que vêm sendo adotadas em respostas aos apelos das organizações internacionais, do governo e da sociedade. As conclusões são de que as estratégias ambientais são motivadas tanto por fatores institucionais quanto concorrenciais, que evoluíram em importância e conteúdo nas empresas, e que variam em função de fatores internos da empresa. A gestão ambiental é uma área de conhecimento, cujo desenvolvimento tem sido contínuo nas duas últimas décadas. E também é uma das mais poderosas ferramentas de qualidade à medida que os problemas ambientais ficaram mais evidentes a ideia de qualidade total no setor produtivo ganhou consistência, se percebeu que o controle de impactos ambientais só seria efetivo através de um Sistema de Gestão Ambiental. A preocupação ambiental decorre de uma realidade econômica em mutação e crescimento acelerado, resultado da crescente competitividade e disseminação de inovações sem precedentes, há necessidade de detectar e otimizar os fatores críticos de sucesso, para alcançar o desenvolvimento sustentado. Ao mesmo tempo o foco do controle ambiental migrou das tecnologias de tratamento de fim de tubo para a ações dentro do setor produtivo, através de Programas de Prevenção da Poluição e da adoção de Tecnologias Limpas Toda atividade humana, principalmente de caráter empresarial, tem efeitos ambientais. Há algumas décadas, a geração de poluentes pelas empresas era entendida como uma conseqüência inevitável nos processos industriais, o que provocou um grau de deteriorização ambiental acentuado em muitas regiões do mundo. Em 1972 a ONU organizou a I Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente, que resultou na criação de órgãos de proteção ambiental em diversos países. Durante muito tempo estes órgãos se ocupavam apenas de fiscalizar o atendimento dos padrões ambientais estabelecidos. Por sua vez as empresas potencialmente poluidoras estavam preocupadas unicamente em atender à legislação ambiental. À

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As empresas industriais que procuram manter-se competitivas e sobreviver, ajustam-se a ambientes de negócios turbulentos e imprevisíveis. Têm-se percebido que as questões ambientais exigem novas posturas, processos de renovação contínua na maneira de operar seus negócios gerenciar suas organizações, procurando apontar a preocupação ecológica como uma variável da Gestão Empresarial a ser considerada no planejamento estratégico das empresas. Procurou-se compreender o processo de adaptação das pequenas e médias empresas do setor aos novos valores de preservação do meio ambiente, através de medidas que vêm sendo adotadas em respostas aos apelos das organizações internacionais, do governo e da sociedade. As conclusões são de que as estratégias ambientais são motivadas tanto por fatores institucionais quanto concorrenciais, que evoluíram em importância e conteúdo nas empresas, e que variam em função de fatores internos da empresa.

A gestão ambiental é uma área de conhecimento, cujo desenvolvimento tem sido contínuo nas duas últimas décadas. E também é uma das mais poderosas ferramentas de qualidade à medida que os problemas ambientais ficaram mais evidentes a ideia de qualidade total no setor produtivo ganhou consistência, se percebeu que o controle de impactos ambientais só seria efetivo através de um Sistema de Gestão Ambiental. A preocupação ambiental decorre de uma realidade econômica em mutação e crescimento acelerado, resultado da crescente competitividade e disseminação de inovações sem precedentes, há necessidade de detectar e otimizar os fatores críticos de sucesso, para alcançar o desenvolvimento sustentado. Ao mesmo tempo o foco do controle ambiental migrou das tecnologias de tratamento de fim de tubo para a ações dentro do setor produtivo, através de Programas de Prevenção da Poluição e da adoção de Tecnologias Limpas

Toda atividade humana, principalmente de caráter empresarial, tem efeitos ambientais. Há algumas décadas, a geração de poluentes pelas empresas era entendida como uma conseqüência inevitável nos processos industriais, o que provocou um grau de deteriorização ambiental acentuado em muitas regiões do mundo.

Em 1972 a ONU organizou a I Conferência Mundial sobre o Meio Ambiente, que resultou na criação de órgãos de proteção ambiental em diversos países. Durante muito tempo estes órgãos se ocupavam apenas de fiscalizar o atendimento dos padrões ambientais estabelecidos. Por sua vez as empresas potencialmente poluidoras estavam preocupadas unicamente em atender à legislação ambiental. À medida que os problemas ambientais ficaram mais evidentes e a idéia de qualidade total no setor produtivo ganhou consistência, se percebeu que o controle de impactos ambientais só seria efetivo através de um Sistema de Gestão Ambiental.

Ao mesmo tempo o foco do controle ambiental migrou das tecnologias de tratamento de fim de tubo para a ações dentro do setor produtivo, através de Programas de Prevenção da Poluição e da adoção de Tecnologias Limpas.

As empresas industriais que procuram manter-se competitivas e sobreviver, ajustando a

ambientes de negócios turbulentos e imprevisíveis têm percebido que as questões ambientais

exigem novas posturas, processos de renovação contínua na maneira de operar seus negócios

e gerenciar suas organizações. O presente artigo discorre sobre a temática meio ambiente no

setor químico, procurando apontar a preocupação ecológica como uma variável da Gestão

Empresarial a ser considerada no planejamento estratégico das empresas. Procurou-se

compreender o processo de adaptação das pequenas e médias empresas do setor aos novos

valores de preservação do meio ambiente, através de medidas que vêm sendo adotadas em

respostas aos apelos das organizações internacionais, do governo e da sociedade. As

conclusões são de que as estratégias ambientais são motivadas tanto por fatores institucionais

quanto concorrenciais, que evoluíram em importância e conteúdo nas empresas, e que variam

em função de fatores internos da empresa.

Algumas empresas começaram a perceber que gerar resíduos é sinônimo de perdas econômicas a longo prazo, pois isto representa:

Perda de insumos, isto é, desperdício de matérias primas, água e energia; Gastos adicionais com o tratamento, armazenamento e disposição final dos resíduos; Risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente: resíduos podem provocar graves

acidentes ambientais quando manuseados, tratados, ou dispostos de forma inadequada.

Enfim, parece claro que uma boa conduta ambiental já é imperativa no setor industrial.

A implementação de um Sistema de Gestão Ambiental constitui uma estratégia para que o empresário, em processo contínuo, identifique oportunidades de melhorias que reduzam os impactos das atividades de sua empresa sobre o meio ambiente.

A tendência atual é que as empresas façam do seu desempenho ambiental um fator diferencial no mercado. O que significa, em alguns casos, adotar requisitos internos até mais restritivos que os legalmente impostos no país.

O Sistema de Gestão Ambiental, conforme a série ISO 14000, fundamenta-se na adoção de ações preventivas à ocorrência de impactos adversos ao meio ambiente. Trata-se de assumir uma postura pró-ativa com relação às questões ambientais.

Os 5 princípios do SGA são:

1. Conhecer o que deve ser feito, definindo sua política de meio ambiente;2. Elaborar o Plano de Ação para atender aos requisitos de sua política ambiental;3. Assegurar condições para o cumprimento dos objetivos e metas ambientais e

implementar as ferramentas de sustentação necessárias;4. Realizar avaliações qualitativas e quantitativas periódicas do desempenho

ambiental da empresa;5. Revisar e aperfeiçoar a política do meio ambiente, os objetivos e metas

ambientais e as ações implementadas para asseguar a melhoria contínua do desempenho ambiental da empresa.

A figura abaixo representa a seqüência de etapas da implementação do SGA em uma empresa. O modelo tem a forma espiral porque, após a série de etapas relacionadas, a retroalimentação do sistema faz com que cada ciclo se desenvolva em um plano superior de qualidade. O objetivo do SGA é assegurar a melhoria contínua do desempenho ambiental da empresa.

Uma etapa importante do processo de implantação do SGA é a Auditoria de Efluentes. Podemos dividir esse processo em 4 etapas: diagnóstico e preparação; balanço de massa, identificação de alternativas e plano de ação . A figura abaixo representa essas etapas.