48
Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia Laboratório de Crustáceos Decápodes Projeto: Monitoramento das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos (ELP) Responsável: Prof. Dr. Luiz Felipe Cestari Dumont Universidade Federal do Rio Grande - FURG Instituto de Oceanografia - IO Laboratório de Crustáceos Decápodes Contrato de Prestação de Serviço n°691/2014 SUPRG/FURG INTRODUÇÃO O estabelecimento de espécies vindas de outros ecossistemas sejam eles preservados ou antropizados, e seu posterior alastramento, alterando padrões de diversidade biológica, é denominado invasão biológica (NISC, 2001). Atualmente, esta é considerada a segunda maior causa de perda de diversidade biológica, podendo originar mudanças na estrutura e na função dos ecossistemas, aumentando a homogeneização da biota (USC 2001, Loweet al. 2004, Coradin& Tortato 2006). Segundo Souza et al. (2008), a história das invasões biológicas tem relação direta com os avanços tecnológicos. Em ambientes costeiros, sedimentos de lastro, água de porão e incrustações no casco são os principais vetores para introdução de espécies exóticas invasoras (Ferreira et al. 200; GISP, 2005). Adicionalmente, a navegação de recreio, as estruturas flutuantes de plataformas, as boias de navegação, a aquicultura e a aquariofilia também podem ser relacionadas às invasões biológicas (Ferreira et al. 2004, Neves 2006, Souza et al. 2008). Em um trabalho recente (Silva & Barros, 2011), foi verificado que em praticamente todos os estados brasileiros há registros de invasões biológicas. Estes locais têm comum as áreas portuárias que recebem diariamente um grande número de embarcações vindas de todo o mundo (ANTAQ, 2007). A questão da água de lastro dos navios é uma grande preocupação global, em virtude de ser o lastro transportador de espécies biologicamente exóticas e outros contaminantes. Essas espécies exóticas podem ser infectantes, como o vibrião do cólerae algas venenosas, ou invasoras, predadoras da fauna e flora aquática (bentos, planctôn, nécton e vegetação de terras úmidas), em outras áreas portuárias em que o navio descarregará o lastro, reduzindo a biodiversidade (Alfredine, 2014).

Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

  • Upload
    voque

  • View
    220

  • Download
    2

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

Projeto: Monitoramento das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos (ELP)

Responsável: Prof. Dr. Luiz Felipe Cestari Dumont

Universidade Federal do Rio Grande - FURG

Instituto de Oceanografia - IO

Laboratório de Crustáceos Decápodes

Contrato de Prestação de Serviço n°691/2014 – SUPRG/FURG

INTRODUÇÃO

O estabelecimento de espécies vindas de outros ecossistemas sejam eles

preservados ou antropizados, e seu posterior alastramento, alterando padrões de

diversidade biológica, é denominado invasão biológica (NISC, 2001). Atualmente, esta é

considerada a segunda maior causa de perda de diversidade biológica, podendo originar

mudanças na estrutura e na função dos ecossistemas, aumentando a homogeneização da

biota (USC 2001, Loweet al. 2004, Coradin& Tortato 2006). Segundo Souza et al.

(2008), a história das invasões biológicas tem relação direta com os avanços

tecnológicos. Em ambientes costeiros, sedimentos de lastro, água de porão e incrustações

no casco são os principais vetores para introdução de espécies exóticas invasoras

(Ferreira et al. 200; GISP, 2005). Adicionalmente, a navegação de recreio, as estruturas

flutuantes de plataformas, as boias de navegação, a aquicultura e a aquariofilia também

podem ser relacionadas às invasões biológicas (Ferreira et al. 2004, Neves 2006, Souza et

al. 2008).

Em um trabalho recente (Silva & Barros, 2011), foi verificado que em praticamente

todos os estados brasileiros há registros de invasões biológicas. Estes locais têm comum

as áreas portuárias que recebem diariamente um grande número de embarcações vindas

de todo o mundo (ANTAQ, 2007). A questão da água de lastro dos navios é uma grande

preocupação global, em virtude de ser o lastro transportador de espécies biologicamente

exóticas e outros contaminantes. Essas espécies exóticas podem ser infectantes, como o

vibrião do cólerae algas venenosas, ou invasoras, predadoras da fauna e flora aquática

(bentos, planctôn, nécton e vegetação de terras úmidas), em outras áreas portuárias em

que o navio descarregará o lastro, reduzindo a biodiversidade (Alfredine, 2014).

Page 2: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

Uma das mais expressivas ocorrências de bioinvasão no Brasil está relacionada ao

mexilhão dourado (Limnoperma fortunei), que suscitou discussões entre autoridades

governamentais e comunidade científica em relação aos problemas associados à água de

lastro (Collyer, 2007). Adicionalmente, o caranguejo invasor Rhithropanopeus harrisii

vem sendo apontado como bastante abundante no estuário da Lagoa dos Patos (ELP).

O caranguejo Rhithropanopeus harrisii (Gould, 1841), que se distribui do Noroeste

do oceano Atlântico, do Golfo de St. Lawrence (Canadá) a Veracruz (México) chegou à

Lagoa dos Patos na segunda metade do século XX e, apesar de ter um tamanho reduzido

em relação a espécimes em seu local de origem, hoje está bem estabelecido na região

(D’Incao & Martins, 1998; Tavares & Mendonça, 2004). A espécie é um caranguejo

pequeno e eurialino e está tipicamente associado com hábitats estuarinos abrigados

(Petersen, 2006). Não existem estudos quantificando o impacto de R. harrisii nas

comunidades onde foi introduzido, porém há evidências de que esta espécie pode alterar

as interações entre as espécies nativas e causar danos econômicos (Roche & Torchin,

2007). Na Europa e nos EUA, a espécie compete com caranguejos nativos (Jazdzewski &

Konopacka 1993; Cohen & Carlton, 1995) bem como com peixes bentófagos (Zaitsev &

Oztiirk 2001). Além disso, no Mar Cáspio, onde a densidade é bem elevada, este

caranguejo é responsável pelo incrustamento de tubulações e causa perdas econômicas

para pescadores, danificando os peixes nas redes de emalhe (Zaitsev & Oztiirk, 2001). No

Texas (EUA), R. harrisii também tem causado problemas de incrustação em tubulações,

afetando espécies nativas da região (Keith, 2007). Por fim, esta espécie pode ser

hospedeira do baculovírus da Mancha Branca, tornando-se um vetor potencial de doenças

em crustáceos (Shields & Behinger, 2004). Assim, a presença deste caranguejo pode

afetar negativamente as espécies nativas (Zaitsev & Oztiirk, 2001), por isso a importância

de uma análise biológica desta espécie em novos lugares.

Depois de introduzidas, apenas um pequeno número de espécies exóticas irá

sobreviver e se estabelecer no local, entretanto, a erradicação de espécies já estabelecidas

é muito difícil ou mesmo impossível (Bax et al. 2001; Dajoz, 2005, Towsend et al. 2006).

Nesse sentido, o monitoramento ambiental é uma importante ferramenta para avaliação

do impacto humano em ambientes naturais. É um processo de coleta de dados, estudo e

acompanhamento contínuo e sistemático das variáveis ambientais, que tem como objetivo

identificar e avaliar (qualitativa e quantitativamente) as condições dos recursos naturais

Page 3: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

em um determinado momento, assim como as tendências ao longo do tempo. A finalidade

do monitoramento é verificar se determinados impactos ambientais estão ocorrendo,

podendo ser dimensionada sua magnitude e avaliada a eficiência de eventuais medidas

preventivas adotadas (Bitar & Ortega, 1998).

A principal função do monitoramento é controlar o desempenho ambiental de um

empreendimento, e para isso deve suscitar ações de controle. Caso o monitoramento

detecte algum problema, o empreendedor deverá ser capaz de adotar medidas corretivas

dentro de prazos razoáveis. Dentro do processo licenciatório do Porto Organizado do Rio

Grande, o monitoramento ambiental vem como uma exigência legal no cumprimento de

uma condicionante específica para a renovação da licença de operação.

Objetivo geral

Monitorar a ocorrência de espécies invasoras no ELP através de coletas de

zôoplâncton e monitorar a abundância do caranguejo invasor Rhithropanopeus harrisii

através de coletores fixos.

MATERIAIS E MÉTODOS

A variação diária da salinidade foi monitorada em cinco pontos dentro do estuário

através de coletas manuais e foi utilizada para comparações com cenários atuais e futuros

(Figura 1). Os demais dados ambientais, oriundos das estações meteorológicas possuem

um tempo de carência para ser liberados e, portanto, não foram incluídos no relatório.

Entretanto, uma análise prévia, indicou que a salinidade é o principal fator que explica a

abundância das espécies encontradas, especialmente a do caranguejo invasor R. harrisi.

Page 4: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

Figura 1 – Área de estudo, evidenciando os pontos de coleta diários de salinidade.

Amostragem com coletores fixos

As amostras objetivando os adultos e juvenis de Rhithropanopeus harrisii foram

obtidas mensalmente durante doze meses, entre dezembro de 2014 e dezembro de 2015,

distribuídos em três pontos dentro do Estuário da Lagoa dos Patos. Tais pontos foram

definidos como: Barra, Museu e Ilha (Bandeirinhas) (Figura 2).

Figura 2 – Área de estudo, evidenciando os pontos em que foram colocados os coletores de

Rhithropanopeus harrisii.

Page 5: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

Foram utilizados em cada ponto três coletores confeccionados para a captura da

espécie (Figura 3), os quais foram preenchidos com conchas, que servem de abrigo e

atraem os indivíduos. Os coletores ficaram submersos durante 15 dias e ao final do

período os caranguejos eram coletados e levados para laboratório onde foi realizada a

biometria dos mesmos.

Figura 3 – Coletores fixos utilizados para a captura do caranguejo R. harrisii no estuário da Lagoa

dos Patos.

Os indivíduos coletados foram conservados em álcool 70%. Durante a biometria

foi obtido o comprimento e largura da carapaça (mm), altura e comprimento das quelas

para machos (mm), largura do abdômen para fêmeas (mm) e peso total (g) (Figura 4). Os

indivíduos foram classificados em juvenis, adultos e fêmeas ovígeras.

Figura 4 – Indivíduos de R. harrisii, e equipamentos utilizados para sua biometria.

Page 6: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

Coletas com a LOc.Larus

Um total de 12 saídas de campo a bordo da LOc.Larus foram realizadas,

totalizando 60 estações de coleta, sendo duas na região marinha adjacente ao estuário da

Lagoa dos Patos, e três ao longo do canal de acesso ao Porto de Rio Grande (Figura 5).

Durante essas coletas foram obtidas amostras de zooplâncton utilizando uma rede

cilindro-cônica. Adicionalmente, foram realizados arrastos de fundo com portas para a

captura da fauna bentônica e demersal (Figura 6).

Figura 5 – Em amarelo as estações amostrais realizadas durante os embarques com a LOc. Larus.

Segundo a Autorização de Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico

(ACCTMB n°497/2014), para as coletas de plâncton com foco nas espécies exóticas

deveria ser utilizado arrastos oblíquos, com rede planctôn de malha de 200 μm e arrastos

de 5 minutos. Entretanto, para monitoramento futuro, sugere-se o uso de malha 300 μm,

uma vez que a malha adotada de 200 μm resulta em um excessivo acúmulo de material

em suspensão que muitas vezes inviabiliza ou prejudica o processamento da amostra.

Foram realizados arrastos com a rede de 300 μm sem que a composição das espécies

capturadas tenha sido alterada.

Page 7: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

Figura 6- LOc.Larus, e coletas de zooplâncton e fauna demersal e bentônica.

Dados Porto Sem Papel (PSP)

Devido a problemas para autorização no acesso ao concentrador de dados

portuários do programa “Porto Sem Papel” da Secretaria Especial de Portos (SEP/PR), o

início da coleta de dados teve início em Junho de 2015. As embarcações selecionadas

foram feitas de forma aleatória.Através do concentrador de dados portuários do programa

Porto Sem Papel da Secretaria Especial de Portos da Presidência da República (SEP/PR)

foram selecionadas 65 embarcações (Tabela I) para análise. Destas embarcações apenas

cinco sinalizavam a realização de troca de água com descarga em no Porto de Rio

Grande. As embarcações foram a United Splendor, C. Iris, Flag Alexandros, Kind Seas

e United Liberty, seus portos de origem da água de lastro foram Porto de Mejillones

(Chile), Visakhapatnam (Índia), Santos (Brasil), Krishnapatnam (Índia) e Rizhao (China)

respectivamente.

Page 8: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

RESULTADOS

Monitoramento da salinidade

Os dados do monitoramento diário da salinidade, indicam que o estuário apresentou

médias de salinidades inferiores nos últimos 5 anos, quando comparada com o início do

período, no ano de 2005. Com exceção do ano de 2012, a salinidade média anual esteve

sempre abaixo da média histórica para o período (Salinidade média 2005-2015=10,89)

(Figura 7). Sazonalmente, existe um padrão de maiores salinidades no verão, com uma

queda em direção à primavera e uma nova recuperação em dezembro. Entretanto, nota-se

uma importante modificação nos valores de salinidade do verão na segunda metade da

série temporal. Enquanto na primeira metade do período existe uma dominância de

anomalias positivas de salinidade (acima de 12 de salinidade - cor laranja), na segunda

metade pode-se verificar uma maior frequência de períodos neutros (entre 10 e 12 de

salinidade - cor branca), e anomalias negativas de salinidade (menos de 10 de salinidade -

cor azul) (Tabela I, Figura 7).

Figura 7 –Valores médio da salinidade por ano entre 2005 e 2015.

Tabela I - Valores de salinidade por mês, em que cor a laranja representa anomalias positivas de salinidade

(> 12), a cor branca representa os períodos neutros (entre 10 e 12) e a cor azul representa as anomalias

negativas (< 10).

Page 9: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

A precipitação média mensal acumulada média para a série histórica foi de 95

mm3. A salinidade no ELP se relacionou pobremente com a pluviosidade anotada para o

período. Apesar de existir uma correlação negativa entre o volume de chuvas obtido a

partir da estação meteorológica da FURG (Rio Grande) e a salinidade da Lagoa dos

Patos, a chuva explicou menos de 40% da variância na salinidade (Figura 8).

Provavelmente em função disso, a pluviosidade não ajudou a explicar a frequeência e

abundância do caranguejo invasor R. harrisi.

Figura 8. Regressão linear obtida a partir dos valores de pluviosidade acumulada

(mm3) e salinidade.

Abaixo tabela com os valores de pluviosidade obtidos a partir da Estação

Meteorológica da FURG.

Tabela II. Valores de precipatação acumulada por mês, em que cor a laranja representa

anomalias positivas de chuva (> 95 mm3) e a cor azul representa as anomalias negativas (< 95 mm

3)

Page 10: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

Coletas LOc. Larus

Foram realizadas saídas mensais, no Estuário da Lagoa dos Patos e região

adjacente, para coleta da material biológico e parâmetros ambientais. Uma vez que os

dados ambientais refletem uma condição pontual, que na maioria das vezes, não explica a

presença/abundância dos organismos em um dado instante, os dados utilizados para

interpretaçãoo dos resultados biológicos foram aqueles coletados de maneira contínua.

Um resumo com os dados obtidos pontualmente a bordo da LOc. Larus pode ser

encontrado na Tabela III.

Tabela III. Resumo dos dados abióticos obtidos pontualmente para cada coleta

utilizando a LOc. Larus. Algumas estações não foram realizadas em função do mau

tempo (_).

mês estação temp sup temp fun sal sup sal fundo

jan/15

#1 _ _ _ _

#2 _ _ _ _

#3 _ _ _ _

#4 _ _ _ _

#5 _ _ _ _

fev/15

#1 24,34 21,34 17,98 35,1

#2 21,49 20,63 31,73 35,2

#3 24,57 21,03 2,81 34,48

#4 24,41 21,31 2,27 29

#5 25,71 22,81 0,19 14,47

mar/15

#1 20,46 20,69 31,15 34,8

#2 _ _ _ _

#3 20,58 20,37 28,4 32,63

#4 21,15 20,76 12,92 28,9

#5 20,3 20,39 10,24 32,13

abr/15

#1 17,09 17,29 35,22 34,51

#2 17,03 17,04 34,62 34,63

#3 17,09 17,03 34,62 34,63

#4 16,56 17,25 34,91 34,36

#5 17,06 17,22 32,96 33,76

Page 11: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

mai/15

#1 16,9 17,57 35,4 35,19

#2 18,3 17,6 34,6 35,29

#3 17,41 17,5 35,3 35,2

#4 17,27 17,54 35,44 35,33

#5 17,27 17,5 35,31 35,3

jun/15

#1 _ _ _ _

#2 12,5 12,5 24 31

#3 13 12,2 3,2 3,3

#4 12,3 12,3 3,41 3,52

#5 12,9 12,7 3,4 3,5

jul/15

#1 _ _ _ _

#2 _ _ _ _

#3 11,9 11,81 0,8 0,84

#4 13 12,34 0,91 1

#5 14,8 12,2 0,51 0,58

ago/15

#1 _ _ _ _

#2 _ _ _ _

#3 16,34 14,59 3,46 26,5

#4 15,5 14,8 3,83 25,89

#5 16,3 16 0,051 0,72

set/15

#1 16,5 13,4 12,76 29

#2 15,3 13,9 18,6 29,2

#3 15,63 16,2 0,1 0,09

#4 15,89 15,8 0,11 0,11

#5 17,03 15,95 0,06 0,07

out/15

#1 16,13 14,63 11,7 28,8

#2 16,37 15,62 14,7 23,5

#3 16,43 16,43 0,05 0,04

#4 15,9 15,65 0,06 0,06

#5 16,92 17,5 0,04 0,04

nov/15

#1 _ _ _ _

#2 _ _ _ _

#3 18,98 18,97 0,84 0,8

#4 19,16 18,97 0,07 0,13

#5 19,84 19,84 0,04 0,04

dez/15

#1 _ _ _ _

#2 21,1 19,2 26,6 29,49

#3 21,79 21,13 0,16 0,25

#4 21,48 21,3 0,06 0,6

#5 22,84 21,52 0,05 0,05

Um total de 23 espécies/gêneros foi coletado durante os arrastos de plâncton.

Ainda é necessária uma melhor revisão e identificação de algumas amostras com maior

Page 12: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

dificuldade de resolução taxonômica, embora grande maioria tenha sido identificada ao

nível de espécie. Contudo, as larvas do caranguejo R. harrisi foram encontradas com

frequência no plâncton. Excluindo as larvas, foi coletado um total de 2.409 indivíduos de

R. harrisi, entre dezembro de 2014 e dezembro de 2015, dos quais 174 juvenis e 292

fêmeas ovígeras. Dois picos de fêmeas ovígeras foram observados, o primeiro em janeiro

e o segundo em abril (Figura 8).

O pico reprodutivo de janeiro resulta em um grande pico na abundância de larvas

no plâncton no mesmo mês. No mês seguinte (fevereiro), pode-se notar um aumento na

abundância de juvenis, afetando positivamente o tamanho da população. Os indivíduos da

população crescem durante os meses seguintes mantendo a população em níveis altos de

abundância. Um segundo pico de fêmeas ovígeras pode ser verificado em abril.

Entretanto, este segundo período reprodutivo não se reflete em um recrutamento tão

importante quanto o primeiro, uma vez que o número de larvas e de juvenis que seguem

esse período são claramente menores que os observados no primeiro período. Essa

diferença na intensidade do recrutamento está provavelmente associada com a diminuição

da temperatura que acontece nos meses seguintes. Embora o número total de caranguejos

capturados se mantenha relativamente estável entre agosto e outubro, percebe-se a

ausência de fêmeas ovígeras durante esse período. Com a chegada da primavera e o

aumento da temperatura, percebe-se novamente o aparecimento de fêmeas em estado

reprodutivo durante os meses entre outubro e dezembro. Chama à atenção a ausência de

larvas no plâncton entre outubro e dezembro, o que provavelmente é consequência da

elevada vazão da Lagoa dos Patos, que poderia estar transportando as larvas para a região

costeira, onde as condições ambientais não permitem a sobrevivência da espécie. De

qualquer modo, a espécie manteve níveis de abundância relativamente altos e estáveis ao

longo de todo o período (Figura 9).

Page 13: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

Figura 9- Abundância mensal de R. harrisii .

Dados Porto sem Papel

Através do concentrador de dados portuários do programa Porto Sem

Papel da Secretaria Especial de Portos da Presidência da República (SEP/PR) foram

selecionadas 65 embarcações (Tabela IV) para análise. Destas 35 indicaram que foi

realizada a troca de água de lastro, mas apenas 14 apresentaram o histórico completo.

Destas embarcações apenas cinco sinalizavam a realização de troca de água com descarga

em no Porto de Rio Grande. As embarcações foram a United Splendor, C. Iris, Flag

Alexandros, Kind Seas e United Liberty, seus portos de origem da água de lastro foram

Porto de Mejillones (Chile), Visakhapatnam (Índia), Santos (Brasil), Krishnapatnam

(Índia) e Rizhao (China) respectivamente.

Tabela IV – Dados portuários do programa Porto Sem Papel da Secretaria Especial de Portos

(PSP)

Tabela III – Dados portuários do programa Porto Sem Papel da Secretaria Especial de Portos (PSP).

Embarcação Data atracação Troca de água de lastro Origem da água de lastro Descarga da água de lastro

GREAT AMITY 28/06/2015 Sim, sem histórico.

MAERSKI LAMANAI 02/07/2015 Não

SHAMROCK JUPITER 05/07/2015 Não

UNITED SPLENDOR 24/07/2015 Sim, com histórico. Chile; Porto de Mejillones Porto do Rio Grande

CAP SAN ANTONIO 26/07/2015 Sim, sem histórico.

SAPPHIRE 28/07/2015 Sim, com histórico. França; Porto FOS (Fos-sur-Mer) Porto de Ponta Madeira

MSC BARBARA 29/07/2015 Não

Page 14: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

MAERSKI LINS 30/07/2015 Sim, sem histórico.

TIM-S 31/07/2015 Não

FREDERICO MADORIN 01/08/2015 Não

PETREL ARROW 05/08/2015 Não

C.IRIS 14/08/2015 Sim, com histórico. Índia; VISAKHAPATNAM Porto do Rio Grande

RAVEN ARROW 19/08/2015 Não

TERESA SHANDONG 22/08/2015 Sim, sem histórico.

FERNÃO MAGALHÃES 24/08/2015 Sim, sem histórico.

DENSA FALCON 25/08/2015 Não

SHAMROCK MERCURY 25/08/2015 Não

NORD BUTTERFLY 26/08/2015 Não

DE ZHOU 27/08/2015 Não

SITC HUANGSHAN 28/08/2015 Sim, com histórico. China; NANCHANG

MEDEA 29/08/2015 Não

FLAG ALEXANDROS 01/09/2015 Sim, com histórico. Santos Porto do Rio Grande

TABAGO BAY 02/09/2015 Não

VEJA BETA 02/09/2015 Sim, sem histórico.

CAP. SAN JUAN 03/09/2015 Sim, sem histórico.

DIAMOND SKY 03/09/2015 Não

NORD TOKYO 04/09/2015 Sim, sem histórico.

POLA ATLANTIC 08/09/2015 Não

CRYSTAL BAY 08/09/2015 Sim, sem histórico.

EAGLE ARROW 09/09/2015 Sim, sem histórico.

GAURAV PREM 15/09/2015 Sim, com histórico. Índia; PARADIP GARH Porto de Santos

FRISIA KIEL 01/10/2015 Não

NORASIA ALYA 02/10/2015 Sim, sem histórico.

TE HO 04/10/2015 Sim, com histórico. Bahrein, Ilhas Porto de São Francisco

STAR ISFJORD 04/10/2015 Não

TABEA 06/10/2015 Não

CAROLINA STAR 09/10/2015 Não

KIND SEAS 21/10/2015 Sim, com histórico. India; KRISHNAPATNAM Porto do Rio Grande

STOL OCELOT 22/10/2015 Sim, sem histórico.

SPRUCE ARROW 23/10/2015 Não

NANDU ARROW 23/10/2015 Não, com histórico. Argentina; Puerto Madryn Barra do Riacho - PORTOCEL

SWIFT ARROW 24/10/2015 Sim, com histórico. Confuso

CONDOR ARROW 25/10/2015 Sim, com histórico. Bélgica; ANTUERPIA Uruguai - Punta Pereira

UNITED LIBERTY 25/10/2015 Sim, com histórico. China, Rizhao Porto do Rio Grande

GRIKOS 02/11/2015 Não

MUSKY 05/11/2015 Sim, sem histórico.

FRISIA WISMAR 05/11/2015 Sim, sem histórico.

STAR HERDLA 06/11/2015 Sim, com histórico. Barra do Riacho - PORTOCEL Porto de Itaqui

OSPREY ARROW 08/11/2015 Sim, sem histórico.

OCEAN RIDER 09/11/2015 Sim, sem histórico.

Page 15: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

NORDIC VISBY 10/11/2015 Não

FINCH ARROW 11/11/2015 Sim, sem histórico.

SOCRATIS 12/11/2015 Não

NJORD ERIC 15/11/2015 Não

BABITONGA BAY 16/11/2015 Sim, sem histórico.

ZEUGMAN 16/11/2015 Sim, sem histórico.

LACONIC 19/11/2015 Não

FU KANG 20/11/2015 Não

AMERICO VESPUCIO 23/11/2015 Não

TS DESEJADO 24/11/2015 Sim, sem histórico.

ST JOHANNIS 30/11/2015 Não

AMETHYST 01/12/2015 Sim, com histórico. Costa do Marfim Sem descarga

MONTE ACONCAGUA 01/12/2015 Sim, sem histórico.

CAROLINA STAR 03/12/2015 Sim, sem histórico.

BASIC RAINBOW 08/12/2015 Sim, sem histórico.

Características ambientais dos portos de origem da água de lastro:

O porto de Visakhapatnam está localizado na costa leste da Índia. Este porto é composto por

dois portos, o porto interior e exterior. A principal característica é o canal longo e estreito que liga

o porto interno com o porto exterior. As marés são semi-diurnas com amplitude de 1,2 m.

Consideráveis influxos de água doce ocorrem principalmente durante o período de monção. A

salinidade da água do mar nas proximidades de Visakhapatnam varia de uma média de cerca de

25 em janeiro até 29 em outubro (http://www.vizagport.com/UsefulInformation/Weather.aspx)

O porto de Krishnapatnam está localizado na região da baía de Bengala, costa da Índia.

Variações sazonais na água do mar foram observadas com valores mínimos de 20,5 ºC e máximos

de 29,9ºC. A salinidade média foi de 33,9, com amplitude de 31,61 – 36,04 (Kankal & Warudkar,

2012)

O porto de Mejillones está localizado na baía de Mejillones, região costeira do Chile. Está sob

influência de um sistema muito ativo de ressurgência na porção sul da corrente de Humbolt. A

ressurgência é fortemente sazonal, com eventos mais intensos durante a primavera/verão. A

descarga de água doce é importante, e baixas salinidades (<33.8) podem se estender até distâncias

de 30 Km da costa. Altos valores de produtividade primária podem ser encontrados (> 10 g C m2

d -1

), sustentando grandes pescarias (Escribano et al., 2012).

Porto de Rizhao é um porto natural de água profunda, localizado na costa da cidade de

Rizhao- China, na boca do Mar Amarelo. O Mar Amarelo é um corpo semi-fechado de

água, com uma profundidade média de 44 m. As comunidades faunísticas são

Page 16: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

compostas por de vários grupos taxonômicos de água fria e quente, bem como espécie

cosmopolita e amphi-pacíficas. No entanto, a diversidade e abundância da fauna são

comparativamente baixas. As comunidades bióticas mostram marcada variações sazonais,

em que a turbidez e sedimentologia parecem ser os principais parâmetros que a afetam a

distribuição de organismos planctônicos e bentônicos nas águas costeiras do Mar

Amarelo (Tang 1989, Zhang & Kim, 1999)

O porto de Santos está inserido na região metropolitana da Baixada Santista (região

sudeste) no estuário de Santos, que é formado pela baía de Santos e um complexo

emaranhado de rios (Piaçabuçu, Paranhos, Cubatão, Morrão, Perequê, Moji da Onça,

Quilombo, Jurubatuba, Diana, Santo Amaro, Bertioga, Casqueiro, Santana entre outros),

além de vários canais, como os de Bertioga, Barreiros, Piaçaguera, Mar Pequeno, e,

ainda, os lagos da Pompeba, Candinho, São Vicente e o de Santa Rita. Durante o verão, a

Baía de Santos apresenta temperatura média entre 21,58 ºC e 28,40 ºC e salinidade média

entre 29,09 e 35,08, ao longo da coluna d’água. Durante o inverno, os gradientes

diminuem, tornando a coluna mais homogênea, com valores de temperatura entre 17,56

ºC e 22,85 ºC, e salinidade entre 32,4 e 34,89. Ainda, destaca-se o efeito da maré como

principal forçante da circulação A vazão total dos rios que deságuam na região é de 54

m³/s em condições típicas de verão (QLP) e de 13 m³/s em condições de estiagem

(Q7,10) (Roversi, 2012)

Levantamento das principais espécies de plâncton que ocorrem nas

proximidades dos portos de origem da água de lastro.

A tabela V mostra o levantamento das principais espécies de plâncton (fito

e zôoplâncton) que ocorrem nas proximidades dos portos que foram origem da água de

lastro que foi descarregada em Rio Grande. Apenas para o porto e Rhizao não foi

possível realizar este levantamento, pois o acesso à bibliografia está restrito a

determinados usuários com senha.

Tabela V – Principais espécies de plâncton que ocorrem nas proximidades dos portos de origem

da água de lastro

País Porto Referência Nome científico

Chile Porto de Mejillones Iriarte & Gonzáles, 2004 Pseudonitzschia cf. delicatissima

Page 17: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

Chile Porto de Mejillones Iriarte & Gonzáles, 2004 Gymnodinium spp.

Chile Porto de Mejillones Iriarte & Gonzáles, 2004 Chaetoceros spp.

Chile Porto de Mejillones Iriarte & Gonzáles, 2004 Guinardia delicatula

Chile Porto de Mejillones Iriarte & Gonzáles, 2004 Rhisozolenia spp.

Chile Porto de Mejillones Iriarte & Gonzáles, 2004 Detonula pumila

Chile Porto de Mejillones Iriarte & Gonzáles, 2004 Eucampia cornuta

Chile Porto de Mejillones Escribano et al., 2012 Paracalanus cf. indicus

Chile Porto de Mejillones Escribano et al., 2012 Acartia tonsa

Chile Porto de Mejillones Escribano et al., 2012 Oithona similis

Chile Porto de Mejillones Escribano et al., 2012 Centropages brachiatus

Chile Porto de Mejillones Escribano et al., 2012 Oncaea spp.

Chile Porto de Mejillones Escribano et al., 2012 Calanus chilensis

Chile Porto de Mejillones Escribano et al., 2012 Corycaeus typicus

Chile Porto de Mejillones Escribano et al., 2012 Eucalanus inermis

Chile Porto de Mejillones Escribano et al., 2012 Rhincalanus nasutus

Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Paracalanus parvus

Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Oncaea conifera

Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Oithona similis

Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Calanus chilensis

Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Eucalanus hyalinus

Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Centropages brachiatus

Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Corycaeus typicus

Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Acartia tonsa

Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Neucalanus gracilis

Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Eucalanus attenuatus

Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Eucalanus inermis

Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Euaetideus bradyi

Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Euchaeta marina

Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Scolecithricella bradyi

Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Pleuromamma gracilis

Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Metridia sp.

Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Temora discaudata

Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Candacia bipinnata

Chile Porto de Mejillones Escrbano & Hidalgo , 2000 Clytemnestra rostrata

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Paracalanus parvus

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Oithona similis

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Oncaea conifera

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Acartia tonsa

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Corycaeus typicus

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Microsetella norvegica

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Centropages brachiatus

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Calanus chilensis

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Eucalanus hyalinus

Page 18: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Euaetideus bradyi

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Candacia bipinnata

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Clytemnestra rostrata

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Eucalanus subtenuis

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Euchaeta marina

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Heterorhabdus sp.

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Labidocera acutifrons

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Mecynocera clausi

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Metridia sp.

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Oithona plumifera

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Phaenna spinifera

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Pleuromamma gracilis

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Pontellina plumata

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Rhincalanus nasutus

Chile

Porto de

Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Sapphirina sp.

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Scolecithricella bradyi

Chile Porto de Mejillones Hidalgo & escribano 2001 Temora discaudata

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Astrococus palmella

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Coelastrum astroideum

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Closterium pronum

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Coenococcus planctonicus

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Cosmarium auriculatum

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Cosmarium botrystis

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Cosmarium dentiferum

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Casmarium formulosum

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Casmarium hammeri

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Casmarium holmiense

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Casmarium impressulum

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Casmarium polynicum

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Casmarium subcostatum

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Casmarium turpine

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Eudorina elegans

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Gloeocystis Gloeocystis

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Hydrodictyon reticulatum

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Micractinium pusillum

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Oedogonium capilliforme

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Pandorina morum

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Pediastrum angulosum

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Pediastrum boryanum

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Pediastrum duplex

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Pediastrum simplex

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Scenedesmus acuminatus

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Scenedesmus obliquus

Page 19: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Scenedesmus quadricauda

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Scenedesmus quadricauda

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Spirogyra longata

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Staurostrum crenulatum

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Staurostrum manfelditii

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Tetraspora cylindrical

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Ulothrix zonata

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Volvox aureus

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Zygnema pectinatum

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Zygnema gangeticum

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Cyclotella meneghiniana

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Cymbella affinis

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Cymbella delicatula

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Fragilaria crotonensis

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Navicula subtilis

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Navicula pupula

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Navicula reinholdi

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Navicula viridula

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Nitzschia denticula

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Pinnularia viridis

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Pinnularia gibba

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Prorocentrum micans,

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Rhopalodia gibba

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Anabaena constica

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Aphaocapsa biformis

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Aphanotheca clathrata

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Chroococcus minor

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Chroococcus turgidus

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Eucapsis alpine

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Gloeotheca rupestris

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Gomphospheria apomia

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Lyngbya majuscule

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Nostoc commune

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Oscillatoria limosa

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Spirulina platensis

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Euglena acus

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 uglena. viridis

Índia Visakhapatnam Kapararu & Geddada, 2015 Phacus curvicauda

Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Ankistrodesmus sp

Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Cosmarium sp

Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Scenedesmus sp

Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Chlorococcum sp

Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Chlamydomonas sp

Page 20: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Navicula sp

Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Nitzschia sp

Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Cymbella sp

Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Cyclotella sp

Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Synedra sp

Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Gyrosigma sp

Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Osillatoria sp

Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Brachionus sp

Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Keratella sp

Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Acanthocystis sp

Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Daphnia sp

Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Allonella sp

Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Moina sp

Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Cyclops sp

Índia Krishnapatn Kankal & Warudkar, 2012 Nauplius larva

Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Acartia lilljeborgi

Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Acartia sp.

Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Calanopia sp.

Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Corycaeus giesbrechti

Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Corycaues sp

Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Euterpina acutifros

Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Hemicyclops sp

Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Hemicylops thalassius

Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Mesocyclops meridianus

Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Mesocyclops sp.

Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Oithona hebes

Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Oithona plumifera

Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Oithona sp

Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Oncaea sp.

Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Paracalamus crassirostris

Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Paracalanus quasimodo

Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Pseudodiaptomus richardi

Brasil Santos Souza-Pereira e Camargo 2004 Temora sp

Brasil Santos GIANESELLA-GALVÃO Et Al 1997 Penilia avirostris

Brasil Santos GIANESELLA-GALVÃO Et Al 1997 Temora turbinata

Brasil Santos GIANESELLA-GALVÃO Et Al 1997 Temora stylifera

Brasil Santos GIANESELLA-GALVÃO Et Al 1997 Oncaea venusta

Brasil Santos GIANESELLA-GALVÃO Et Al 1997 Clausocalanus furcatus

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Leprotintinnus nordquitti

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Tintinniduium incertum

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Tintinnopsis socatinensis

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Tintinnopsis beroidea

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Tintinnopsis mortensi

Page 21: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Amphorellopsis acuta

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Favella ehranbergi

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Coxliella annulata

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Euritinnus lustus-undae

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Metacylis annulifera

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Podocoryne sp

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Obelia sp.

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Convoluta

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Spionidae

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Cirratulidae

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Nereidae

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Radiolaria

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Rotifera

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Gastropoda

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Bivalvia

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Ostrocoda

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Paracalanus crassirostris

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Paracalus quasimodo

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Temora stylifera

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Pseudodiaptomus richardi

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Labidocera fluviatilis

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Clausocalanus furcatus

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Centropages velificatus

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Eucalanus pileatus

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Acartia lilljeborgi

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Oithona hebes

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Oithona oswaldocruzi

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Oithona simplex

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Oithona nana

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Oithona plumifera

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Paraoithona flemingeri

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Oncae media

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Oncae subtilis

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Corycaeus amazonicus

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Saphirella sp

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Halicyclops cf. ovatus

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Halicyclops spinifer

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Halicyclops similis

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Halicyclops paradensulatus

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Halicyclops crassicornis

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Homocyclops ater

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Macrocyclops albidus

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Paracyclops cf fimbriatus

Page 22: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Ectocyclops herbsti

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Tropocyclops prasinus

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Eucyclops serrulatus

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Eucyclops sp

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Mesocyclops longisetus

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Muscocyclops longisetus

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Muscocyclops aperculatus

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Apocyclops procerus

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Microcyclops diversus

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Microcyclops varicans

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Microcyclops ceibaensis

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Microcyclops alius

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Microcyclops sp.

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Metacyclops sp

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Cyclopoida de água doce

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Euterpina acutifrons

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Microsetella novegiga

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Macrosetella gracilis

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Tisbe sp.

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Ergrasilidae

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Harpactoicoida

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Penilia avirostrus

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Evadne tergestina

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Pleapsis schmackeri

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Chydoridae

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Cirripedia

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Bopyridae

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Sphaeromatidae

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Manna sp

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Bathyporeiapus ruffoi

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Hyporidae

Brasil Santos Tôha e Lima 1993

Metamysidopsis elongasa

atlantica

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 kallapseudes shubarti

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Brachyura

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Palamoneidae

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Thallassinidae

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Sergesteidae

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Lucifer sp

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Hydracarina

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Chironomidae

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Culicidae

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Ephemeroptera

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Echinodermata

Page 23: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Sagitta friderici

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Oikopleura dioica

Brasil Santos Tôha e Lima 1993 Pisces

Brasil Santos Pardo 1968 Sagitta enflata

Brasil Santos Pardo 1968 Sagitta triderici

Brasil Santos Pardo 1968 Sagitta hispida

Brasil Santos Pardo 1968 Sagitta minima

Brasil Santos Pardo 1968 Sagitta serratodentata

Brasil Santos Pardo 1968 Krohnitta pacifica

Brasil Santos Pardo 1968 Pterosagitta draco

Brasil Santos Villac et al 2008 Actinoptychus senarius

Brasil Santos Villac et al 2008 Bacteriastrum delicatulum

Brasil Santos Villac et al 2008 Cerataulina pelagica

Brasil Santos Villac et al 2008 Chaetoceros curvisetus

Brasil Santos Villac et al 2008 Chaetoceros laevis

Brasil Santos Villac et al 2008 Chaetoceros lorenzianus

Brasil Santos Villac et al 2008 Corethron pennatum

Brasil Santos Villac et al 2008 Coscinodiscus oculus-iridis

Brasil Santos Villac et al 2008 Cyclotella stylorum

Brasil Santos Villac et al 2008 Cylindrotheca closterium

Brasil Santos Villac et al 2008 Dactyliosolen fragilissimus

Brasil Santos Villac et al 2008 Ditylum brightwellii

Brasil Santos Villac et al 2008 Guinardia delicatula

Brasil Santos Villac et al 2008 Guinardia flaccid

Brasil Santos Villac et al 2008 Gyrosigma balticum

Brasil Santos Villac et al 2008 Hemiaulus sinensis

Brasil Santos Villac et al 2008 Odontella mobiliensis

Brasil Santos Villac et al 2008 Phaeodactylum tricornutum

Brasil Santos Villac et al 2008 Proboscia alata

Brasil Santos Villac et al 2008 Pseudo-nitzschia “seriata”

Brasil Santos Villac et al 2008 Rhizosolenia imbricata

Brasil Santos Villac et al 2008 Rhizosolenia setigera

Brasil Santos Villac et al 2008 Skeletonema costatum

Brasil Santos Villac et al 2008 Stephanopyxis turris

Brasil Santos Villac et al 2008 Asterionellopsis glacialis

Brasil Santos Villac et al 2008 Guinardia striata

Brasil Santos Villac et al 2008 Leptocylindrus danicus

Brasil Santos Villac et al 2008 Paralia sulcata

Brasil Santos Villac et al 2008 Thalassionema nitzschioides

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Nannocalanus minor

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Calanus propinquus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Calanoides carinatus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Calanoides sp

Page 24: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Calanus sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Undinula vulgaris

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Eucalanus sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Eucalanus crassus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Eucalanus longiceps

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Eucalanus pileatus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Eucalanus pileatus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Rhincalanus sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Acrocalanus longicomis

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Paracalanus aculeatus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Paracalanuscampaneri

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Paracalanuscrassirostris

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Paracalanusnanus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Paracalanusparvus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Paracalanusquasímodo

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Delius sewelli

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Delíus sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Calocalanus sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Calocalanus contractus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Calocalanus styliremis

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Calocalanus pavo

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Calocalanus pavoninus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Dolichocera tenuis

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Mecynocera clausi

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Clausocalanus arcuicomis

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Clausocalanus furcatus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Clausocalanus laticeps

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Clausocalanus paululus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Ctenocalanus heronae

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Ctenocalanus vanus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Euaetideus giesbrechti (Oeve,

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Chiridius gracüis

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Gaidius tenuispinus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Euchaeta marina

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Euchaeta sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Scolecithricella bradyi

Brasil Santos Véga-Perez 1993 S. vittata

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Scolecithricella sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Temora stylifera

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Temeropia mayumbaensis

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Pleuromamma sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Pleuromamma gracilis

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Pleuromammapiseki

Page 25: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Pleuromammaxiphias

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Pseudodiaptomus acutus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Centropages gracilis

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Centropages velificatus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Centropages violaceus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Centropages calaninus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Lucicutia clausi

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Lucicutia flavicomis

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Lucicutia gausse

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Heterorhabdus papilliger

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Heterorhabdus spinifrons

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Heterorhabdus austrinus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Heterorhabdus sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Augaptilus megalulUs

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Haloptilus longicomis

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Haloptilus acutifrons

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Haloptilus mucronatus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Haloptüus sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Candacia bipinnata

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Candacia cheirura

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Candacia curta

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Candacia longimana

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Candacia maxima

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Candacia pachydactyla

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Candacia sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Paracandacia simplex

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Calanopia americana

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Labidocera acutifrons

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Labidocera fLabidocera

uviatiLabidocera is

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Labidocera sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Pontellopsis brevis

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Pontellopsis regalis

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Pontellopsis villosa

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Pontellopsis sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Acartia danae

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Acartia lilljeborgi

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Acartia tonsAcartia

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oithona hebes

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oithona nana

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oithona plumifera

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oithona robusta

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oithona setigera

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oithona similis

Page 26: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oithona simplex

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oithona oculata

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Ratania flava

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Conacea rapax

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Lubocckia aculeata

Brasil Santos Véga-Perez 1993 L. squillimana

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oncaea conifera

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oncae curta

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oncae curvata

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oncae media

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oncae mediterranea

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oncae obscura

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oncae subtilis

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oncaea sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Copilia mirabilis

Brasil Santos Véga-Perez 1993 C. vitrea

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Sapphirina angusta

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Sapphirina nigromaculata

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Sapphirina sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Corycaeus africanus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Corycaeus agilis

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Corycaeus amazonicus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Corycaeus clausi

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Corycaeus flaccus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Corycaeus furcifer

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Corycaeus giesbrechti

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Corycaeus lautus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Corycaeus limbatus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Corycaeus speciosus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Corycaeus typicus

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Corycaeus sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Farranula gracilis

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Farranularostrata

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Microsetella norvegica

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Microsetella rosea

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Macrosetella gracilis

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Euterpina acutifrons

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Clytemnestra rostrata

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Clytemnestra scutellata

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Tisbe gracilis

Brasil Santos Véga-Perez 1993 TiSbe sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Penilia avirostris

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Evadne tergestina

Page 27: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Evadne spinifera

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Evadne sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Podon polyphemoides

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Euconchoecia sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Malacostraca - larvas

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Squilla sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Euphausiacea

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Decapoda

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Penaeidae

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Luciferidae

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Lucifer foxoni

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Sergestidae

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Palaemonidae

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Callianassidae

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Callianassa sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Munida sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Emerita brosiliensis

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Libinia sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Brachyura - larvas

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Portunidae

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Dromidae

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Xanthidae

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Cumacea

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Mysidacea

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Tanaidacea

Brasil Santos Véga-Perez 1993 lsopoda

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Platyhelminlhes

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Cnidaria

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Lanice sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Thalia democratica

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Thalia sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Doliolum nationalis

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oikopleura dioica

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Oikopleura sp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Fritillaria spp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Sagitta spp

Brasil Santos Véga-Perez 1993 Pterosagitta dmco

Levantamento espécies invasoras e origem dos navios

Em 31 de outubro de 2013 a Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Rio

Grande do Sul (Sema) publicou a Portaria nº 79/2013, que reconhece a lista das espécies

Page 28: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

exóticas invasoras do estado. Para as áreas costeiras e do sistema laguna dos Patos estão

listadas 14 espécies: Acestrorhymchus pantaneiro; Hoplerythrinusunitaeniatus;

Hopliaslacerdae; Pachyurusbonariensis. Piaractusmesopotamicus; Corbiculafluminea;

Corbiculalargillieri; Limnoperna fortunei; Perna perna; Rhithropanopeus harrisi;

Megabalanuscoccopoma; Temoraturbinata; Alexandriumtamarense;

Coscinodiscuswailesii.

Acestrorhynchus pantaneiro

A distribuição de Acestrorhynchus pantaneiro restringe-se à bacia do rio Uruguai

(Menezes, 2003). A presença de Acestrorhynchus pantaneiro na laguna dos Patos a

caracteriza como uma espécie alóctone, isto é, espécie nativa de bacia hidrográfica

brasileira e registrada em bacia onde não ocorreria naturalmente. Acredita-se que a

presença de A. pantaneiro no sistema hidrográfico da laguna dos Patos pode estar

associada ao escape de cultivos em açudes, soltura por pessoas que se dedicam à

aquariofilia ou ainda por ação antrópica direta no meio ambiente, modificando os limites

hidrográficos de bacias em função socioeconômica, o que, neste caso poderia ter

facilitado a transposição da espécie entre as bacias hidrográficas (Saccol-Pereira et al.,

2006).

Hoplerythrinusunitaeniatus

A espécie Hoplerythrinusunitaeniatus é conhecida popularmente como jeju ou

aimara. Possui ampla distribuição geográfica ocorrendo em diversas bacias hidrográficas

da América Central e do Sul (Oyakawa, 2003). Em 2008 foram capturados dois

exemplars após uma grande inundação que atingiu áreas extensas da bacia do Rio do

Sinos, a origem mais provável de introdução do jeju é a piscicultura (Leal et al. 2010)

Hopliaslacerdae

É um peixe de água doce, que se distribuí nas regiões tropicais e subtropicais da

América do Sul (Paiva 1974). Apesar de oriunda de outras bacias brasileiras,

Hopliaslacerdaeé exótica para a Lagoa dos Patos, tendo sido registrada na Bacia do Rio

dos Sinos associada a escape de psciculturas (Leal et al., 2009) é predadora, o que pode

causar um efeito negativo sobre outras espécies nativas. Além disso, pode apresentar alta

probabilidade de sucesso de invasão devido à presença de uma espécie congênere nativa

na região (Troca & Vieira, 2012).

Page 29: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

Pachyurusbonariensis

Conhecidas popularmente como Maria-luiza, as espécies do gênero Pachyurussão

amplamente distribuídas em sistemas hidrográfios brasileiros, estando representado no

Rio Grande do Sul (RS) pela espécie P. bonariensis Steindachner 1879. Esta espécie

distribui-se pelos rios do sistema Paraná-Paraguai-Uruguai, à jusante do reservatório de

Itaipu, incluindo Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina (Casatti, 2001). Contudo, a

primeira ocorrência no sistema da laguna dos Patos, RS, foi registrada por Pinto et al.

(2001), sendo interpretada como resultado da construção de canais de irrigação para

cultivos de arroz ou em decorrência de sua introdução por pescadores e/ou piscicultores.

A espécie encontra-se muito bem distribuída e adaptada ao sistema da laguna dos Patos,

pois foi registrada sua atividade reprodutiva, sendo também considerada como espécie de

importância comercial em algumas regiões do Estado. Ainda não existe comprovação de

nenhum impacto concreto a respeito da presença de Pachyurusbonariensis na laguna dos

Patos (Dufech & Fialho, 2007).

Piaractusmesopotamicus

Originário da Bacia do Rio Prata e do Originário da Bacia do Rio Prata e

do Pantanal do Mato Grosso, é morador habitual das grandes coleções de água, como as

dos rios Paraná, Mogi-guaçu, Paraíba e baixo Tietê (Petreri Jr., 1989). Pantanal do Mato

Grosso é morador habitual das grandes coleções de água, como as dos rios Paraná, Mogi-

guaçu, Paraíba e baixo Tietê (Petreri Jr., 1989). Apesar de oriunda de outras bacias

brasileiras, Piaractusmesopotamicusé exótica para a Lagoa dos Patos, (Leal et al., 2009).

É uma espécie cultivada desde década de 80 (Kubitza et al., 2007), com algumas

ocorrências de introdução (Troca & Vieira, 2012).

Corbiculafluminea

Outro molusco exótico de água doce que apresenta ampla distribuição no Brasil é o

bivalve Corbiculafluminea. Originário da China foi introduzido na América do Norte por

volta de 1920 para servir como alimento (Surianiet et al., 2007). Seu primeiro registro na

América do Sul ocorreu nas décadas de 1960 e 1970 em águas do Rio da Prata

(Argentina). No Brasil, esta espécie foi registrada pela primeira vez no estado do Rio

Grande do Sul no fim da década de 1970 (Veitenheimer-Mendes, 1981). C. flumineaé

Page 30: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

típica de ambientes dulcícolas (especialmente rios, mas suporta índices de salinidade até

15%) (Morton, 1982). Um dos grandes problemas envolvendo esta espécie é o

entupimento de tubos de condensadores, canos de água e sistemas de combate a incêndio

em rios, riachos e represas voltados ao abastecimento (Hakenkamp & Margaret, 1999).

Segundo Isom (1986), só existem dois meios responsáveis pela dispersão da espécie

asiática: a correnteza da água e o homem. Assim, acredita-se que o surgimento de

Corbiculana lagoa Mirim possa ter ocorrido de duas maneiras: levada pelas correntes dos

rios que nascem no Uruguai e que desembocam na Lagoa dos Patos, ou que tenham

penetrado pelo lado norte através do canal de São Gonçalo.

Corbiculalargillierti

Corbiculalargillierti é um bivalve de água doce de origem Asiática. Este molusco

é encontrado em várias bacias da América do Sul, com a primeira ocorrência descrita

para o Brasil no Pantanal (Callil & Mansur, 2002). No Rio Grande do Sul foi encontrado

na bacia do Rio dos Sinos (Mansur & Pereira, 2006). Os prováveis meios responsáveis

pela dispersão da espécie asiática devem ser a correnteza da água e o homem (Ison,

1986).

Limnoperna fortunei

Limnoperna fortunei é um bivalve de água doce, nativo de rios da China e sudeste

asiático. Os primeiros registros da espécie para a América do Sul ocorreram em 1991 no

litoral argentino próximo ao Rio da Prata (Pastorinoet al. 1993). Sua introdução na

América do Sul provavelmente ocorreu devido às descargas de água de lastro com altas

concentrações de larvas do bivalvo (Darrigran & Pastorino, 1995). A partir da

colonização dos rios da bacia do Prata, L. fortunei atingiu em 1998 o Pantanal Mato

Grossense (Darrigan & Pastorino, 2003). Sua primeira ocorrência no estado de Rio

Grande do Sul foi registrada na bacia do Guaíba em 1998 (Mansur et al..1999) e após

dois anos se estendeu pela Lagoa dos Patos (Mansur et al..2003). Esta espécie, por ser

epifaunal e possuir bisso para fixação em substratos duros, acarreta danos graves a

ecossistemas aquáticos e ao funcionamento de sistemas de captação de água, como o

observado recentemente na América do Norte (Ricciardi, 1998). Além disso, devem se

Page 31: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

considerar os possíveis impactos ecológicos causados pela introdução desta espécie

exótica especialmente devido à provável competição com espécies nativas de bivalves

por espaço e alimento (Darrigran, 2000).

Perna perna

Esse animal é nativo da África do Sul (Bownes&McQuaid, 2009) com fortes

indícios de introdução via água de lastro na época do tráfico negreiro (Ferreira et al.,

2013). Pode ser facilmente encontrado nos costões rochosos brasileiros e em substratos

artificiais. O Perna perna compete com mexilhões nativos, além de apresentar impactos

econômicos já que é comumente encontrado incrustado em cascos de navios e

plataformas (Ferreira et al., 2009). Atualmente apresenta um grande valor econômico na

maricultura, pois é comercializado e seu cultivo é realizado em diversas partes do país

(Marenzi & Branco, 2005).

Rhithropanopeus harrisi

O caranguejo Rhithropanopeus harrisii é oriundo da Costa Oeste da América do

Norte, chegou à Lagoa dos Patos na segunda metade do século XX provavelmente devido

a água de lastro e, apesar de ter um tamanho reduzido, hoje está bem estabelecido na

região (D’Incao & Martins, 1998). A espécie é um caranguejo pequeno associado com

hábitat estuarino abrigado (Petersen, 2006). Há evidências de que esta espécie pode

alterar as interações entre as espécies nativas e causar danos econômicos como

incrustamento de tubulações e danificando os peixes nas redes de emalhe (Zaitsev &

Ozturk, 2001).

Megabalanuscoccopoma

Está espécie é originária da costa Pacífica da América Central (do México até o

Peru) (Celiset et al., 2007). Esta espécie teve seu primeiro registro no litoral brasileiro na

Baía de Guanabara (RJ), na década de 70 (Lacombe & Monteiro, 1974). Pode ser

encontrada desde a faixa inferior da zona entre-marés até o infralitoral em substratos

consolidados naturais e artificiais. É uma espécie oportunista, adaptada para recrutar e

sobreviver facilmente em ambientes estressantes (inclusive em áreas com grande

batimento de ondas) e em estruturas artificiais (Silveira, 2002). Esta espécie foi

Page 32: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

introduzida, possivelmente, por incrustação e/ou água de lastro por plataformas de

petróleo, cascos de navios.

Temoraturbinata

Esta espécie tem registros de ocorrência no Índico, Pacífico Leste, Mar do Japão e

Nova Zelândia, sendo categorizada como invasora para a costa brasileira, na qual foi

citada pela primeira vez na década de 80 na região nordeste (Araújo & Mantu, 1993) e

em seguida sua ocorrência foi registrada no Sul do país (Muxagata & Gloeden, 1995). A

introdução ocorreu provavelmente por meio de deslastre de navios, porém não há

elementos que permitam traçar as características exatas do processo de introdução. Esta

espécie se adaptou bem a condição ambiental encontrada nas águas do Atlântico e

ampliou a sua distribuição na costa brasileira. Temoraturbinata compete com a espécie

nativa T. stylifera tanto na fase adulta quanto no estágio de náuplios. Este invasor é

menor que a espécie nativa, podendo então explorar recursos alimentares de tamanhos

diferentes apesar de serem do mesmo grupo taxonômico. A chegada do alienígena

reduziu a densidade da população da espécie nativa principalmente em regiões costeiras

(Cunha, 2008).

Alexandriumtamarense

Algumas décadas atrás, a ocorrência de dinoflagelados do gênero Alexandrium

estavam, em grande parte, restritas ao hemisfério Norte, principalmente na América do

Norte e Ásia (Taylor, 1985). O primeiro registro de Alexandriumtamarense para o Brasil,

na costa do Rio Grande do Sul, ocorreu em 1996 (Odebrecht et al., 1997). Análises

filogenéticas realizadas entre cistos coletados na Praia do Cassino, próxima ao porto de

Rio Grande (RS), com outros, da Argentina, Uruguai e Estados Unidos descartam que a

migração para o Brasil ocorreu por correntes marítimas, aumentando a possibilidade de o

processo de introdução ter ocorrido por meio da água de lastro de navios oriundos do

hemisfério norte. A sua presença na costa do Rio Grande do Sul representa um potencial

que pode promover na região impactos de ordem econômica e de saúde pública, uma vez

que toxina paralisante dos moluscos pode contaminar o marisco branco, que é explorado

de bancos naturais para o consumo humano (Persich, 2006). Embora não existam dados,

esse marisco e outros filtradores podem acumular, em seus tecidos, quantidades de

Page 33: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

toxinas suficientes para intoxicar seres humanos ou causar danos a outros organismos

marinhos.

Coscinodiscuswailesii

A espécie é originária da costa pacífica da América do Norte (até o sul da

Califórnia) e Japão. Somente nas décadas de 80 e 90 foram encontradas nas costas da

Europa e América do Sul. No Brasil, o registro publicado de sua primeira ocorrência é

para a costa do Estado do Paraná por Valente-Moreira (1987). É provável que a espécie

tenha sido transportada de outras latitudes por água de lastro de navios e/ou maricultura,

provavelmente facilitado devido à sua capacidade de formar células de resistência

(Fernades et al., 2001). Essa diatomácea pode esgotar os nutrientes da água causando o

aumento da turbidez. Na Baía de Paranaguá, PR, a floração dessa espécie resultou em

competição por nutrientes e exclusão temporária de demais espécies do fitoplâncton

(Fernandes et al., 2001).

Ações de Educação Ambiental

Como ação de Educação Ambiental, participamos do o III Workshop de SMS da

empresa SAGRES, operadore portuário atuante na área do Porto Novo, realizado no dia

30 de Novembro de 2015 para a comunidade portuária. A palestra abordou o tema de

água de lastro, no sentido de alertar o setor envolvido sobre a importância em se

desenvolver boas práticas para a troca de água de lastro. Adicionalmente, está sendo

elaborado um folder para informar comandantes e tripulações sobre a problemática das

invasões biológicas oriundas da água de lastro e outro alertando sobre as principais

espécies invasoras da região. Os materiais serão confeccionados em inglês e português.

DISCUSSÃO E CONCLUSÕES

Bioinvasão pode ser definida como um fenômeno biológico com consequências

ecológicas e evolutivas para a biota local é a introdução e o estabelecimento de uma

espécie onde não ocorria anteriormente (Marques et al., 2013; Elton, 1958). As invasões

biológicas apresentam consequências negativas para biodiversidade, questões de saúde

pública, cultural e econômica para as regiões afetadas.

Page 34: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

Os navios são lastreados em diversas partes do planeta e na medida em que são

carregados com mercadorias em portos de todo o mundo os tanques são deslatreados,

com isto a navegação dissemina pelo globo terrestre espécies presentes nas águas e

sedimentos de lastro (Boldrini, 2009).

Uma forma de mitigar os impactos ambientais causados pela boinvasão de

espécies exóticas por água de lastro é a troca oceânica, medida proposta na Convenção

Internacional de Água de Lastro assinada pelo Brasil. A Convenção recomenda, mas não

obriga, a todos os comandantes de navios a realização da troca oceânica, registrando nos

formulário emitidos pela IMO as coordenadas e tanques em que a troca foi realizada,

além do volume existentes. No Brasil, a Marinha internalizou parte da Convenção sobre a

água de lastro promulgando a NORMAM 20, mas não desenvolveu procedimentos de

controle da troca oceânico por meio de fiscalização em todos os portos do Brasil

(Boldrini, 2009). Para o caso específico do caranguejo R. harrisi, recomenda-se

fortemente a troca de lastro em ambiente oceânico, uma vez que esta espécie possui ciclo

de vida estuarino e portanto, não teria invadido o estuário caso essa prática tivesse sido

adotado sistematicamente.

Através da implantação do sistema concentrador de dados portuários do programa

Porto Sem Papel da Secretaria Especial de Portos (SEP/PR), as informações acerca da

troca de água de lastro oceânica fazem parte do rol de dados a serem informados pelo

navio antes da atracação. Como podem ser observados nos dados obtidos através do, as

embarcações UNITED SPLENDOR, C. IRIS, FLAG ALEXANDROS, KIND SEAS,

UNITED LIBERTY seguiram as recomendações da IMO, apresentando os daos

completos de troca, descraga e origem da água de lastro. Mas podemos perceber que

muitas embarcações não apresentam todos os dados requisitados., o que resulta no

aumento de chances de colonização de novas espécies na região. A falta de uma

fiscalização eficaz, reforça a necessidade de um monitoramento e um conhecimento

adequado na fauna nativa, incluindo dados taxonômicos, biológicos e ecológicos

(Marques et al., 2013) propostos neste projeto.

O caranguejo Rhithropanopeus harrisii (Gould, 1841) é a única espécie do gênero

Rhithropanopeus Rathbun, 1898 pertencente à família Panopeidae (Ng et al., 2008).

Originalmente, habita as águas da Costa Atlântica da América do Norte, mas foi

introduzida em estuários da Europa e América do Sul via água de lastro (Wolff &Sandee,

Page 35: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

1971; Mizzan & Zanella, 1996; Mathieson & Berry, 1997; D’Incao & Martins, 1998). No

último século, R. harrisii invadiu 20 países, dois oceanos, dez mares e dez reservas de

água doce em quatro continentes, cobrindo cerca de 45 graus de latitude, provavelmente

por intervenção humana (Roche &Torchin, 2007). A presença do caranguejo no estuário

da Lagoa dos Patos se deve, provavelmente, a introdução a partir de água de lastro dos

navios que utilizamo porto de Rio Grande (D’Incao & Martins, 1998). O transporte de

organismos por água de lastro é uma preocupação atual e pode ter consequências graves,

tanto ecológicas quanto econômicas, principalmente na questão de ocupação de nichos e

transmissão de doenças (Roche et al., 2009; Briski et al., 2012). No mar Báltico, R.

harrisii encontra-se já estabelecido e traz à tona a preocupação com a distribuição de

indivíduos por água de lastro (Zaitsev & Özturk, 2001; Hegele-Drywa & Normant, 2009).

Da mesma forma, podemos afirmar que Rithropanopaeus harrisii está estabelecida no

estuário da Lagoa dos Patos, apesar de não ter sido detectada sua presença em outros

estuários do Brasil (Tavares, 2011). O imenso tamanho da Lagoa dos Patos e a elevada

movimentação portuária, podem ter agido em conjunto para facilitar o estabelecimento

dessa espécie aqui na região. Entretanto, não se pode descartar que a ausência da espécie

em ouros portos pode apenas estar refletindo a falta de coletas sistemáticas, de

especialistas em identificação de crustáceos, ou simplesmente por utilizarem métodos de

coleta que não são ideias para a captura dessa espécie.

O caranguejo R. harrisii vive por até cinco anos, e pode chegar a fazer até oito

ecdises para atingir o estágio adulto (Turoboyski, 1973; Christiansen&Costlow, 1975). É

capaz de se instalar em uma grande variedade de novas áreas, se adaptando à condições

ambientais variadas e estressantes, uma das razões para seu sucesso e ampla distribuição

geográfica (Turoboyski 1973, Rodrigues & D´Incao, 2015). Considera-se que estuários

são ambientes de baixa riqueza de espécies, uma vez que apresenta elevadas variações

ambientais. Essa situação permite que apenas algumas espécies consigam lidar com essas

condições e aquelas que se adaptam acabam se tornando frequentes e abundantes.

Rhithropanopeus harrisii evita a competição com outras espécies e a predação, se

valendo dessa enorme plasticidade adaptativa, podendo ocupar substratos lamosos e

duros, além de ocorrer em águas com salinidades entre 1 e 35, apesar de se estabelecer

melhor em salinidades em torno de 10. Habitar ambientes com salinidades em torno de 10

parece ser uma estratégia para evitar parasitas contra como o rizocéfalo

Page 36: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

Loxotylacuspanopaei (Wolff & Sandee, 1971; Mizzan & Zanella, 1996; Forward Jr.,

2009). De acordo com o levantamento das espécies listadas como invasoras, apenas o

caranguejo R.harrisi foi identificado nas amostras até o momento. A abundância da

espécie foi maior durante os meses de verão, especialmente fevereiro e março,

confirmando a sua relação com a salinidade mais alta nesse período.

Os dois picos de fêmeas ovígeras foram observados em janeiro e abril. Entretanto,

o pico reprodutivo que acontece no verão parece ser o mais importante para a reposição

de biomassa da população no estuário da Lagoa dos Patos. O maior sucesso da

reprodução do verão possivelmente está associado às maiores salinidades observado no

período. Apesar disso, é uma estratégia da população, para lidar coma variabilidade

ambiental, manter diferentes períodos reprodutivos ao longo do ano. Acredita-se que isso

possa ser estratégia de espécies que se dispersam através de eventos únicos, como no caso

da água de lastro, e se aproveitam de “janelas de oportunidade”, onde maximizam seu

leque de estratégias reprodutivas, de modo a colonizar o ambiente com maior eficiência

(Carlton & Geller, 1993; Briski et al., 2012). Houve uma clara relação entre a abundância

dos caranguejos e a salinidade, também reportado por Costlow et al. (1966), que

trabalhando com megalopas de R. harrisii apontaram diminuição do tempo de

metamorfose das megalopas para juvenis com o aumento da salinidade, acelerando o seu

crescimento. Estes autores ainda descrevem que esta espécie requer um gradiente de

salinidade específico, com valores mais baixos sendo limites de distribuição mais

importantes que as altas. R. harrisii é eurihalino e, quando adulto, pode tolerar

salinidades de 0,5 em águas doces (Boyle et al., 2010) até 20,4 em baías estuarinas

(Ryan, 1956). Apesar disto, Christiansen & Costlow (1975) observaram que valores de

salinidade próximos de 35 causam anormalidades nas megalopas de R. harrisii, e que

valores abaixo de 5 podem atrasar a muda de megalopa para o primeiro estágio de

caranguejo. Rhithropanopeus harrisii necessita de um gradiente ótimo quando chega em

seu período reprodutivo, pela necessidade de salinidades em torno de 10 para os estágios

larvais (Costlow et al., 1966), valor que esteve relacionado aos períodos de maiores

capturas no estuário da Lagoa dos Patos. Estes resultados corroboram também

informações de Forward Jr. (2009), que afirma que as populações de R. harrisii na baía

de Chesapeake (E.U.A.) têm seu refúgio e prosperam nesta salinidade. Quando adultos, a

salinidade não é mais um fator limitante na distribuição, pelo fato de R. harrisii se manter

Page 37: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

dentro dos estuários, mas ainda assim continua necessária para os processos reprodutivos,

visto que as larvas necessitam de gradientes específicos para seu desenvolvimento

(Turoboyski, 1973). Como conclusão, pode-se afirmar que a espécie está estabelecida e

bem adaptada ao estuário da Lagoa dos Patos e recomenda-se monitorar seus níveis de

abundância e suas relações tróficas a fim de entender o seu impacto no ecossistema local.

O controle dessa população é fundamental, pois em alguns locais no mundo existem

relatos de densidades extremamente elevadas, causando entupimento de tubulações e

gerando prejuízos econômicos importantes. Além disso, a espécie pode ser hospedeira do

vírus da mancha branca (WSV), que pode, por sua vez ser transmitido às espécies nativas

da região, especialmente outros crustáceos. Portanto, sugere-se fortemente a

implementação sistemática de troca de água de lastro em ambiente oceânico, evitando

que eventuais larvas ou adultos da espécie possam continuar colonizando o estuário da

Lagoa dos Patos.

Page 38: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

REFERÊNCIAS

ALFREDINI, P. Engenharia portuária. São Paulo: Blucher. 1307pp.

ANTAQ - Agência Nacional de Transportes Aquaviários.2007. Sistema Desempenho

Portuário - Relatório Técnico

ARAÚJO, H.M.P. &MONTÚ. M. 1993. Novo registro de Temoraturbinata (Dana, 1849)

(Copepoda, Crustacea) para águas atlânticas. Nauplius, 1:89-90.

BAX, N.; CARLTON, J.T.; MATHEWS-AMOS, A.; HAEDRICH,R.L.; LOWARTH,

F.G.; PURCELL, J.E.; RIESE, A. & GRAY, A.2001. The control of biological

invasions in the world’s ocean.Conservation Biology, 15(5): 1234-1246.

BITAR, O. Y., & ORTEGA, R. D. 1998. Gestão ambiental. Geologia de Engenharia.

São Paulo: ABGE, cap, 32, 499-508.

BOLDRINI, E. B., 2009. Gestão Ambiental Portuária na Perspectiva da Totalidade

Terminais Portuários da Ponta do Félix, Porto de Antonina, um Estudo de Caso. In:

BOLDRINI, E.B. & VEDOR, E.P. (Eds). Gestão ambiental portuária: subsídios para

o licenciamento das dragagens portuárias. 1 ed. Antonina, PR: Associação de

Antonina; Faculdades Integradas Espírita; Secretaria de Ciência e Tecnologias para

inclusão social (MCT). 376p.

BOWNES, S.J.; MCQUAID, C.D. 2009. Mechanisms of habitat segregation between an

invasive and an indigenous mussel: settlement, post-settlement mortality and

recruitment. Marine Biology, 156: 991-1006.

BOYLE, T. JR; KEITH, D. &PFAU, R. 2010. Occurrence, reproduction, andpopulation

genetics of the estuarine mud crab, Rhithropanopeus

harrisii (Gould) (Decapoda, Panopeidae) in Texas freshwaterreservoirs.

Crustaceana, 83(4): 493-505.

BRISKI, E.; GHABOOLI, S.; BAILEY, S. A. &MACISAAC, H.J. 2012. Invasion risk

posedby macroinvertebrates transported in ships’ ballast tanks. BiologicalInvasions,

14: 1843-185

CALLIL, C.T. & MANSUR, M.C.D. 2002. Corbiculidae in the Pantanal: history of

invasion in souther and South America and biometrical data. Amazoniana

17(1):153-167.

Page 39: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

CARLTON, J. T. & GELLER, J. 1993. Ecological roulette: the global transportand

invasion of nonindigenous marine organisms. Science, 261: 78-82.

CASATTI, L. 2001. Taxonomia do gênero PachyurusAgassiz, 1831 (Teleostei:

Perciformes: Sciaenidae) e descrição de duas novas espécies. Comum. Mus.

Ciênc.Tecnol. PUCRS, série Zoologia 14(2):99-207

CELIS, A.; RODRÍGUEZ-ALMARÁZ, G & ÁLVAREZ, F. 2007. Los cirripedios

torácicos (Crustacea) de aguas somerasdeTamaulipas, México. Revista Mexicana de

Biodiversidad, v. 78 p. 325- 337.

CHRISTIANSEN, M. E. &COSTLOW, J. D. 1975. Effect of salinity and

cyclictemperature on larval development of mud-crab Rhithropanopeusharrisii

(Brachyura, Xanthidae) reared in laboratory. Marine Biology,32(3): 215-221

COHEN AN AND CARLTON JT (1995) Nonindigenous aquatic species in a U.S.

estuary: a case study of the biological invasions of the San Francisco Bay and delta.

A Report for the US fish and wildlife service, Washington D.C.

COLLYER, W. 2007. Água de lastro, bioinvasão e respostainternacional. Revista

Jurídica, 9(84): 145-160

CORADIN, L. &TORTATO, D.T. 2006. Espécies Exóticas Invasoras: Situação

Brasileira. Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Biodiversidade e Florestas. -

Brasília: MMA. 24p.

COSTLOW, J. D.; BOOKHOUT, C. G. & MONROE, R. J. 1966. Studies on

larvaldevelopment of crab Rhithropanopeus harrisii (Gould). I. Effect ofsalinity and

temperature on larval development. Physiological Zoology,39(2): 81

CUNHA, D.R. 2008. Estudo comparativo das espécies de copépodesTemorastyliferae T.

turbinatana Plataforma Continental Sudeste do Brasil no verão e inverno de 2002.

Dissertação de Mestrado em Oceanografia Biológica, Universidade de São

Paulo.

D’INCAO, F, & MARTINS, STS. 1998. Occurrence of Rhithropanopeus harrisii (Gould,

1841) in the southern coast of Brazil (Decapoda, Xanthidae). Nauplius 6: 191-194.

DAJOZ, R. 2005. Princípios de Ecologia. 7ª ed. Porto Alegre:Editora Artmed. 520p.

DARRIGRAN, G, &PASTORINO, G. 1995. The recent introduction of Asiatic Bivalve,

Limnopernafortunei(Mytilidae) into South America. The Veliger38 (2); 183-187.

Page 40: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

DARRIGRAN, G. 2000. Invasive freshwater bivalve of the Neotropical Region.

Dreissena. Sea Grant. New York: 11 (2) :7– 13.

DARRIGRAN, G &PASTORINO, G. 2003. The golden mussel

Limnopernafortunei(Dunker, 1857) (Bivalvia: Mytilidae) in the Neotropical region: a

10 years story of invasion. Tentacle11: 8-9.

DUFECH A. P. S &FIALHO C. B. 2007.Biologia populacional de

PachyurusbonariensisSteindachner, 1879 (Perciformes, Sciaenidae), uma espécie

alóctone no sistema hidrográfio da laguna dos patos, Brasil. Biota Neotropica, 7 (1):

105-110

ELTON, C.S. 1958. The ecology of invasions by animals and plants. Methuen, London,

181 pp.

ESCRIBANO, R., & HIDALGO, P. (2000). Spatial distribution of copepods in the north

of the Humboldt Current region off Chile during coastal upwelling.Journal of the

Marine Biological Association of the UK, 80(02), 283-290.

ESCRIBANO, R., HIDALGO, P., FUENTES, M., & DONOSO, K. (2012). Zooplankton

time series in the coastal zone off Chile: Variation in upwelling and responses of the

copepod community. Progress in Oceanography, 97, 174-186.

FERNANDES, L. F., ZEHNDER-ALVES, L. &BASSFELD, J. 2001. The recently

established diatom Coscinodiscus wailesii(Coscinodiscales, Bacillariophyta) in

Brazilian waters. I: remarks on morphology and distribution. Phycol. Res. 49:89-96.

FERREIRA, C.E.L., GONÇALVES, J.E.A. & COUTINHO R. 2004. Cascos de navios e

plataformas como vetores na introdução de espécies exóticas. Pp. 143-156. In: J.S.V.

Silva & R.C.C.L. Souza (orgs.). Água de lastro e bioinvasão, Interciência, Rio de

Janeiro. 224p.

FERREIRA, C.E.L., JUNQUEIRA, A.O.R., VILLAC, M.C., LOPES &R.M. 2009.

Marine bioinvasions in the Brazilian coast: brief report on history of events, vectors,

ecology, impacts and management of non-indigenous species. In: RILOV, G.;

CROOKS, J.A. (Eds.). Biological invasions in marine ecosystems: Ecological,

management, and geographic perspectives. Berlin, Heidelberg: Springer, 204:459-

477,

FORWARD JR., R. B. 2009. Larval biology of the crab Rhithropanopeus

harrisii(Gould): a synthesis. Biological Bulletin, 216: 243-256.]

Page 41: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

GIANESELLA- GALVÃO, S. M. F., AIDAR, E., VEJA-PEREZ, L. A., &

SALDANHA-CORRÊA, F. M. P. (1997). Distribuição do plâncton na região costeira

de São Sebastião. Publção esp. Inst. oceanogr., S Paulo,(41), 5-14.

GISP - The Global Invasive Species Programme. 2005. South America invaded: the

growing danger of invasive alien species. Secretaria do GISP. 80p.

HAKENKAMP, C.C. &A.P. MARGARET. 1999. Introduced bivalves in freshwater

ecosystems: the impact of Corbicula on organic matter dynamics in a sandy

stream. Oecologia 119: 445-451.

HIDALGO, P., & ESCRIBANO, R. (2001). Succession of pelagic copepod species in

coastal waters off northern Chile: the influence of the 1997–98 El Niño.

Hydrobiologia, 453(1), 153-160.

IRIARTE, J. L., & GONZÁLEZ, H. E. (2004). Phytoplankton size structure during and

after the 1997/98 El Niño in a coastal upwelling area of the northern Humboldt

Current System. Marine ecology progress series, 269, 83-90.

ISOMB.G. 1986. Historical review of Asiatic clam (Corbicula) invasion and biofouling

of waters and industries in the Americas. In: JC Britton (ed.), Proceedings of the

Second International Corbicula Symposium, American Malacological Bulletin -

Special edition no. 2.

JAZDZEWSKI K AND KONOPACKA A (1993) Survey and distribution of Crustacea

Malacostraca in Poland. Crustaceana. 65: 176-191.

KANKAL, N. C., & WARUDKAR, S. (2012). Biodiversity of phytoplankton,

zooplankton and zoobenthos in east coast, bay of Bengal near Nellore, Andhra Pradesh

(India).

KAPARAPU, J., & GEDDADA, M. N. R. Seasonal dynamics of phytoplankton and its

relationship with the environmental factors in Meghadrigedda Reservoir of

Visakhapatnam, Andhra Pradesh, India

KEITH D.E. 2007. Occurrence of the estuarine mud crab, Rhithropanopeus harrisii, in

Texas reservoirs. http://www.tarleton.edu/~biology/MudCrab.html. Personal

communication. Citadoem 23 de abril de 2007.

Page 42: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

KUBITZA, F.; ONO, E.A. & CAMPOS, J.L. 2007 Os caminhos da produção de peixes

nativos no Brasil: Uma análise da produção e obstáculos da piscicultura. Panorama

da Aquicultura, Rio de Janeiro, 102: 14-23.

LACOMBE, D. & MONTEIRO, W. 1974 Balanídeos como indicadores de poluição na

Baía de Guanabara. Revista Brasileira de Biologia, 34 (4): 633-644.

LANSAC-TÔHA, F. A., & LIMA, A. F. (1993). Ecologia do zooplâncton do estuário do

rio Una do Prelado (São Paulo, Brasil). Acta Limnologica Brasiliensia, 6(1), 82-96.

LEAL, M. E.; KLEIN, G. F.; SCHULZ U. H. &ALBORNOZ P. L. 2010. Primeiro

registro e aspectos escológicos de Hoplerythrinusunitaeniatus (Agassia, 1829)

(Characiformes, Erythrinidae) como espécie introduzida na Bacia do Rio dos Sinos,

RS, Brasil. Biota Neotropica., 10 (3)

LEAL, M.; BREMM, C. & SCHULZ, U.H. 2009 Lista da ictiocenose da Bacia do Rio

dos Sinos, sul do Brasil. Boletim do Instituto de Pesca, 35(2): 307-317.

LOWE, S.; BROWNE, M. &BOUDJELAS, S. 2004. 100 of the world’s worst invasive

alien species. A selection from the global invasive species database.

MANSUR, M. C. D.; PEREIRA, D. 2006. Bivalves límnicos da bacia do rio dos Sinos,

Rio Grande do Sul, Brasil (Bivalvia, Unionoida, Veneroida e Mytiloida). Revista

Brasileira de Zoologia, 23 (4): 1123–1147.

MANSUR, M.C.D, SANTOS, C.P, DARRIGRAN, G., HEYDRICH, I., CALLIL, C.T. &

CARDOSO, FR. 2003. Primeiros dados qualiquantitativos do mexilhão dourado,

Limnoperna fortunei (Dunker, 1857), no lago Guaíba, Bacia da Laguna dos Patos,

Rio Grande do Sul, Brasil e alguns aspectos de sua invasão no novo ambiente.

Revista Brasileira de Zoologia, Curitiba, 20 (1): 75-84.

MANSUR, MCD, RICHINITTI, LMZ& DOS SANTOS, CP. 1999. Limnoperna fortunei

(Dunker 1857), molusco bivalve invasor na bacia do Guaíba Rio Grande do Sul,

Brasil. Biociências, 69: 99-116.

MARENZI, A.W.C& BRANCO, J.O. 2005. The mussel Perna perna (Linnaeus)

(Bivalvia, Mytilidae) in cultureatthe Armação oftheItapocoroy, Santa Catarina,

Brazil. Revista Brasileira de Zoologia, 22 (2).

MARQUES, A.C., LOFUTO, L.V.C., PAIVA, P.C., CHAVES, P.T.C. & LEITÃO, S.N

(GuestEditors), 2013. Exotic benthic species in São Sebastião, Brazil - “Proceedings

Page 43: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

of the 3rd Brazilian Congress of Marine Biology” .Lat. Am. J. Aquat. Res., 41(2):

265-285p.

MATHIESON, S. & BERRY, A. J. 1997. Spatial, temporal and tidal variation incrab

populations in the Forth estuary, Scotland. Journal of The MarineBiological

Association of The United Kingdom, 77: 163-183.

MENEZES. N. A. 2003. FamíliaAcestrorhynchidae In Checklist of the Freshwater

Fishes of South and Central America (R.E. Reis, S.O. Kullander&C.J. Ferraris,

Jr., eds.). Porto Alegre: EDIPUCRS, Brasil. 432-433.

MIZZAN, L. &ZANELLA L. 1996. First record ofRhithropanopeus harrisii

(Gould,1841) (Crustacea, Decapoda, Xanthidae) in the Italian Waters. BolletinoDel

MuseoCivico Di StoriaNaturale Di Venezia, 46: 109-122.

MORTON, B. 1991. Do the Bivalvia demonstrate environment-specific sexual strategies?

A Hong Kong model. Jour. Zoo., London, 223: 131-142.

MUXAGATA, E. &GLOEDEN, I.M 1995. Ocorrência de Temoraturbinata Dana, 1849

(Crustacea: Copepoda) no estuário da Lagoa dos Patos, RS, Brasil. Nauplius, 3:163-

164.

NEVES, C.S. 2006. Bioinvasão mediada por embarcações de recreio na Baía de

Paranaguá, PR e suas implicações para a conservação. Dissertação de Mestrado.

Programa de PósGraduação em Ecologia e Conservação, Universidade Federal do

Paraná. 71p.

NG, P. K. L., GUINOT D. & DAVIE, P. J. F., 2008. SystemaBrachyurorum. Part I. An

annotated checklist of extant brachyuran crabs of the world.

RafflesBulletinofZoology, 17: 1–286.

NISC - National Invasive Species Council. 2001. Meeting the Invasive Species

Challenge: National Invasive Species Management Plan. 90 pp.

ODEBRECHT, C., MENDE´Z, S. & GARCIA, V. M. T. 1997. Oceanographic processes

and HAB in the subtropical southwestern Atlantic (28–36 8 S).In: VIII

International Conference on Harmful Algae. Vigo (Spain) (Abstract)

OYAKAWA, O.T. 2003. Family Erythrinidae. In Check List of the Freshwater Fishes

of South and Central America (R. Reis, S. Kullander& C. Ferraris eds.).

EDIPUCRS, Porto Alegre, 238-240

Page 44: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

PAIVA, M. P. 1974. Crescimento, alimentação e reprodução de traíra,

Hopliasmalabaricus(Bloch), no nordeste brasileiro, Fortaleza: Imprensa

Universitária da UFC, 32p.

PASTORINO, G, DARRIGRAN, G, MARTIN, S. &LUNASCHI, L. 1993. Limnoperna

fortunei (Dunker, 1857) (Mytilidae), nuevobivalvo em águas del Rio de La Plata.

Neotropica,39 :101- 102

PERSICH, G., KULIS, D., LILLY, E., ANDERSON, D. & GARCIA. V.M.T. 2006.

Probable origin and toxin profile of Alexandriumtamarense (Lebour) Balech from

southern Brazil Harmful Algae, 5:6–44

PETERSEN, C. 2006. Range expansion in the northeast Pacific by an estuary mud crab -

a molecular study. Biological Invasions 8: 565-576.

PETRERE JR., M. 1989 River fisheries in Brazil: a review. Regulated Rivers

Research& Management, 4:1-16.

PINTO, R.F., OLIVEIRA, C.L.C., COLOMBO, P., FIALHO, C.B. &MALABARBA,

L.R. 2001. Primeiro registro de Pachyurusbonariensis(Steindachner, 1879)

(Perciformes, Sciaenidae) para o sistema da Laguna dos Patos, Rio Grande do Sul,

Brasil. Resumo In: XIV Encontro Brasileiro de Ictiologia, Unisinos, São

Leopoldo.

RICCIARDI, A. 1998. Global range expansion of the asian mussel Limnopernafortunei

(Mytilidae): another fouling threat to freshwater systems. Biofouling, 13(2): 97-106.

ROCHE, D. G.; TORCHIN, M. E. 2007. Established populations of the NorthAmerican

Harris mud crab Rithropanopeus harrisii (Gould, 1841)(Crustacea: Brachyura:

Xanthidae) in the Panama Canal. AquaticInvasions, 2: 1055-161.

RODRIGUES, M. A., & D'INCAO, F. 2015. Abundância e relações biométricas de

Rhithropanopeus harrisii no estuário da Lagoa dos Patos, RS. Boletim do Museu de

Biologia Mello Leitão, 37(2).

RYAN, E. P. 1956. Observations on the life histories and the distribution of thexanthidae

(mud crabs) of Chesapeake Bay. American Midland Naturalist,Notre Dame,

56(1): 138-162

SACCOL-PEREIRA, A.; MILANI, P. C. C. & FIALHO, C. B. 2006. Primeiro registro de

Acestrorhynchuspantaneiro Menezes, 1992 (Characiformes, Acestrorhynchidae) no

sistema da laguna dos Patos , Rio Grande do Sul, Brasil. Biota Neotropica 6(3)

Page 45: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

SHIELDS JD, BEHRINGER DC (2004) A new pathogenic virus in the Caribbean spiny

lobster Panulirusargus from Florida. Dis Aquat Org 59:109–118

SILVA, E. D., & BARROS, F. 2011. Macrofauna bentônica introduzida no Brasil: lista

de espécies marinhas e dulcícolas e distribuição atual.OecologiaAustralis, 15(2),

326-344.

SILVEIRA, N. G. 2002. A influência da atividade portuária na introdução de espécies

exóticas de cracas (Cirripedia: Balanidae) na Baía de Sepetiba - RJ. Rio de Janeiro,

42 f. Monografia em Oceanografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

SURIANI, A.L.; FRANÇA, R.S. & ROCHA, O. 2007. A malacofauna bentônica das

represas do médio Tietê e uma avaliação ecológica das espécies exóticas invasoras,

Melanoidestuberculatae Corbiculaflminea. RevistaBrasileira de Zoologia, 24(1):

21-32

TAVARES, M & MENDONÇA Jr. JB. 2004. Introdução de Crustáceos Exóticos no

Brasil: Uma Roleta Ecológica. Pp.59- 76. In: J.S.V. Silva & R.C.C.L. Souza (orgs.).

Água de lastro e bioinvasão. Interciência, Rio de Janeiro. 224p.

TAVARES, M. 2011. Alien decapod crustaceans in the Southwestern AtlanticOcean. In:

Galil BS, Clark PF, Carlton JT (eds.) In the wrong place—alien marine crustaceans:

distribution, biology and impacts. InvadingNature—Springer Series in Invasion

Ecology, 6:251-268

TAYLOR, F.J.R. 1985. The taxonomy and relationships of red tide flagellates. In:

Anderson, D. M., White, A. W., Baden, D. G. (Eds.), Toxic Dinoflagellates.

Elsevier, NY, 11–26

TOWNSEND, C.R.; BEGON, M. & HARPER, J.L. 2006.Fundamentos em Ecologia. 2ª

ed. Porto Alegre: Artmed. 592p.

TROCA, D. F. A. & VIEIRA, J. P. 2012. Potencial invasor dos peixes não nativos

cultivados na região costeira do Rio Grande do Sul, Brasil. Bol. Inst. Pesca, São

Paulo, 38(2): 109 – 120.

USC. 2001. The science of invasive species. http://www.ucsusa.org/global_environment/

invasive_species/index.cfm. (Acessoem 29/12/2008).

VALENTE-MOREIRA, I. M. 1987. The marine and estuarine diatom flora in the

balnearies of Canoas and Ipanema, Paraná State, Brazil. Estudos Biologia, 17: 26–

48.

Page 46: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

VEITENHEIMER-MENDES, I. 1981. Corbiculamanilensis, (Philippi, 1844) molusco

asiático, na Bacia do Jacuí e do Guaíba, Rio Grande do Sul, Brasil (Bivalvia,

Corbiculidae). Iheringia, SérieZoologia, 60: 63-74.

VEGA-PÉREZ, L. A. (1993). Estudo do zooplâncton da região de Ubatuba, Estado de

São Paulo. Publicação Especial do Instituto Oceanográfico, 10, 65-84.

VILLAC, M. C., CABRAL-NORONHA, V. A. D. P., & PINTO, T. D. O. (2008). The

phytoplankton biodiversity of the coast of the state of São Paulo, Brazil.Biota

Neotropica, 8(3), 0-0.

WOLFF, W. J. &SANDEE, A. J. J. 1971. Distribution and ecology of the

DecapodaReptantia of the estuarine area of the rivers Rhine, Meuse, and

Scheldt.Netherlands Journal of Sea Research, 5(2): 197-226

ZAITSEV, Y & OZTIIRK B. 2001. Exotic species in the Aegean, Marmara, Black, Azov

and Caspian Seas. Turkish Marine Research Foundation. 160: 125-126.

EQUIPE

Page 47: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes

Page 48: Proj. Monit. das espécies invasoras no Estuário da Lagoa dos Patos

Universidade Federal do Rio Grande Instituto de Oceanografia

Laboratório de Crustáceos Decápodes