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8/7/2019 Projecto teste
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Projecto teste: ( Em elaboração)
Sumário
Por um lado este trabalho consistiu no estudo de um sistema de ar
condicionado para um café situado no Montijo. O Estudo foi elaborado
desde a definição dos materiais de construção e da sua geometria, tendo
em conta a climatização passiva atendendo aos regulamentos RCCTE e
RSECE.
Por outro lado fundamentou-se na descrição exaustiva de toda a teoria,
de todos os conceitos e factores que fazem parte integrante dos
regulamentos RCCTE e RSECE e que são necessários para o estudo de umsistema de ar condicionado.
Introdução
A pretensão de estabelecer uma melhoria do nível de qualidade das
edifícios, com fins a satisfazer as exigências de conforto com baixos
consumos energéticos, e prevenir determinadas situações desfavoráveis,
para o bem-estar humano, tem sido alvo de sucessivas discussões, no
âmbito da criação de regulamentos que normalizem a aplicação deprincípios gerais, definições e referências, requisitos energéticos,
licenciamentos e fiscalização, de forma a dar satisfação às exigências
regulamentares.
As condições de conforto interiores são de estrema importância para
permitir o aumento da rentabilidade de trabalho, a permanência no lazer,
etc. A definição das condições de conforto é de estrema dificuldade, e
envolve factores exteriores muito variáveis (como a temperatura
resultante, ventilação e a pureza do ar no local, humidade do ar, etc.),sendo também relevantes factores de índole fisiológicas (que variam com
o sexo, idade, meio social, educação, etc.) de quantificação mais difícil. A
referir, há ainda as condições biológicas relacionadas com a climatização
de conforto, que consistem essencialmente no controlo da pureza do ar,
na eliminação de bactérias e vírus, assim como na eliminação de odore s.
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Matéria teórica
y Conforto térmico
A definição clara de conforto termo-higrométrico em edifícios
não é facilmente alcançável uma vez que depende de factoressubjectivos, obtidos através de sensações humanas que
diferem de pessoa para pessoa. Correntemente considera-se
que um indivíduo está colocado em condições de conforto
termo-higrométrico quando não experimenta qualquer
desagrado ou irritação de modo a distrai-lo das suas
actividades de momento. A condição básica para que tal se
verifique é a de que o sistema termo-regulador do organismo
se encontre em equilíbrio com o ambiente envolvente,
obtendo-se então um estado de neutralidade térmica.
Para conforto das pessoas a humidade relativa deve assumir
valores entre 35% e 85%, devendo-se contudo evitar exceder
os 60% no Verão.
Para um ser humano saudável o seu organismo funciona a
uma temperatura aproximadamente constante de 36 C. A
energia calorífica (metabolismo) produzida pelos seus
processos vitais (circulação, respiração, reacções
provenientes da digestão, etc...) e a actividade muscular,deverá ser dissipada na medida em que é produzida, de
forma a não haver acumulação ou défice que provocam um
funcionamento anormal. Esta troca de calor com o meio
envolvente efectua-se através das seguintes vias:
- Condução: Através do contacto directo das partes do corpo
com elementos do contorno;
- Convecção e radiação: Através da interacção da superfívie
do corpo com o ar por convecção e com outras superfíciespor radiação;
- Respiração e evaporação: Transpiração pelos poros da pela.
Este equilíbrio pode ser resumido pela seguinte equeção:
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2) Perdas de calor resultantes da renovação do ar;
3) Ganhos de calor úteis, resultantes da iluminação, dos
equipamentos, dos ocupantes e dos ganhos solares através dos
envidraçados.
Perdas
Perdas de calor por condução através da envolvente:
- Elementos em contacto com o exterior
Qext = 0,024.UA.GD (kWh)
Em que:U- Coeficiente de transmissão térmica do elemento da
envolvente, (em W/m².C).
A- Área do elemento da envolvente medida pelo interior,
(em m²).
GD- Número de graus-dias (anexo III).
- Elementos em contacto com locais não aquecidos
Qlna = 0,024.U.A.GD.
(kWh)
Em que:
U- Coeficiente de transmissão térmica do elemento da
envolvente, (em W/m².C).
A- Área do elemento da envolvente medida pelo interior,
(em m²).
GD- Número de graus-dias (anexo III).
- Coeficiente (tabela IV.1).
- Perdas por pavimentos em contacto com o solo:
Qpe = 0,024.Lpe.GD (kWh)
Em que:
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Lpe- Pedas de calor por diferença [unitária] de temperatura
entre o interior e o exterior.
GD- Número de graus-dias (anexo III).
Lpe = j.Bj (W/C)
Em que:
j- Coeficiente de transmissão térmica linear [W/m.C].
Bj- Perímetro ou desenvolvimento perímetral do pavimento
ou desenvolvimento da parede, medido pelo interior [m].
- Pontes térmicas Lineares
Qpt = 0,024.Lpt.GD (kWh)
Em que:
Lpt- Perdas de calor por diferença [unitária] de temperatura.
GD- Número de graus-dias (anexo III).
Lpt = j.Bj (W/C)
Em que:
j- Coeficiente de transmissão térmica linear da ponte
térmica j [W/m.C].
Bj- Desenvolvimento linear (comprimento) da ponte térmica
j, medido pelo interior (em m).
Perdas de calor resultantes da renovação do ar (ventilação
mecânica)
Qv = 0,024.(0,34.Rph.Ap.Pd).GD.(1-v) (kWh)
Em que:
Rph Número de renovações horárias do ar interior (taxa de
renovação nominal).
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Ap Área útil de pavimento (m²).
Pd Pé direito (m).
GD Número de graus dias (anexo III).
v Rendimento (eficiência) dos ventiladores
Ev = Pv.24.0,03.M (kWh)
Em que:
Pv- Soma das potências eléctricas de todos os ventiladores
instalados (W).
M- Duração média da estação convencional de aquecimento,
em meses (anexo III).
Para Ventilação Natural:
Qv = 0,024.(0,34.Rph.Ap.Pd).GD (kWh)
Em que:
Rph- Número de renovações horárias do ar interior (taxa de
renovação nominal).
Ap- Área útil de pavimento (m²).
Pd- Pé direito (m).
GD- Número de graus dias (anexo III).
Ganhos
Ganhos térmicos úteis
- Ganhos térmicos brutos resultantes das fontes internas
Qi = qi.M.Ap.0,720 (kWh)
Em que:
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qi- Ganhos térmicos internos médios por unidade de área
útil de pavimento (em W/m²) quadro IV.3, numa base de 24
horas por dia, todos os dias, no caso dos edifícios residênciais
e em cada dia que haja ocupação nos edificíos de serviços.
M- Duração média da estação convencional de aquecimento,em meses (anexo III).
Ap- Área útil de pavimento (m²).
- Ganhos solares brutos
. Ganhos solares através dos vãos envidraçados
Qs = Gsul .M (kWh)
Em que:
Gsul-
- Factor de orientação para as diferentes exposições
(quadro IV.4).
Asnj- Área efectiva colectora de radiação solar da superficie
que tem a orientação (em m²).
M- Duração média da estação convencional de aquecimento,
em meses (anexo III).
As = A Fs Fg Fw gperp
Em que:
A- Área do envidraçado.
Fs- Factor de obstrução.
Fg- Fracção envidraçada.
Fw- Factor de correcção da selectividade angolar dosenvidraçados.
Gperp- Factor solar do vidro.
Fs = Fh.Fo.Ff
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Fh Factor de sombreamento do horizonte por obstruções
longíquas exteriores ao edifício ou por outros elementos do
edifício.
Fo Factor de sombreamento do horizonte por elementos
horizontais sobrepostos ao envidraçado (palas, varandas).Ff- Factor de sombreamento do horizonte por elementos
verticais adjacentes ao envidraçado (palas verticais, outros
corpos ou partes do mesmo edifício).
Ganhos solares (vãos) Inverno
. gperp, é o factor solar do vão envidraçado: na estação de
aquecimento (inverno) o valor de gperp tem em consideração
a utilização desejável dos dispositivos móveis de protecção
solar (estores, portadas, gelosias, cortinas, etc.), interiores ou
exteriores.
.Todavia, de acordo com o regulamento, sempre que seja
previsível a utilização de dispositivos que normalmente
permanecem fechados durante a estação de aquecimento,
estes devem ser considerados no cálculo do factor solar do
vão envidraçado.Nesta situação inclui-se o sector residencial, no qual, salvo
justificação em contrário, deve ser considerada a existência,
pelo menos de cortinas interiores muito transparentes de cor
clara.
- Se gperp do vidro for inferior a 0,70 (vidro duplo) ou0,63 (vidro simples), considerar gperp do vidro.
Coeficientes de transmissão térmica de referência
Elemento da envolvente
Zona Climática (*)
I1 I2 I3 RA (**)
Elementos exteriores em zonacorrente:
Zonas opacas verticais 0,7 0,6 0,5 1,4
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Zonas opacas horizontais 0,5 0,45 0,4 0,8
Elementos interiores em zona corrente(***):
Zonas opacas verticais 1,4 1,2 1 2
Zonas opacas horizontais 1 0,9 0,8 1,25
Envidraçados(***) 4,3 3,3 3,3 4,3
(*) Ver quadro sobre Zonamento climático
(**) Regiões autónomas da Madeira e dos Açores, apenas para I1
(***) Para outras zonas anexas não úteis
(****) Valor médio dia e noite (inchui efeito do dispositivo de protecção nocturna)para vãos envidraçados verticais; os vão envidraçados horizontais consideram - sesempre como instalados em locais sem ocupaçaõ nocturna.
y Estação de Arrefecimento
Necessidades Nominais de Arrefecimento (Verão)
As necessidades nominais de arrefecimento de uma fracção
autónoma são calculadas para os quatro meses de Verão
Junho a Setembro (122 dias), definidos no RCCTE como a
esztação convencional de arrefecimento e correspondem à
energia útil que seria necessário retirar para que no interior
não seja excedida a temperatura de 25ºC.
Necessidades de Arrefecimento:
- Os ganhos totais brutos na estação de arrefecimento são obtidos pela
soma das seguintes parcelas:
a) As cargas individuais devidas a cada componente da envolvente,
devidas aos fenómenos combinados da diferença de temperaturainterior-exterior e da incidência da radiação solar;
b) As cargas devidas à entrada da radiação solar através dos
envidraçados;
c) As cargas devidas à renovação do ar;
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d) As cargas internas, devidas aos ocupantes, aos equipamentos e à
iluminação artificial.
Perdas
Perdas pela envolvente exterior (condução)[Paredes exteriores, pavimentos exteriores, coberturas
exteriores, PTP exteriores, envidraçados exteriores]
Ql = 2,928.U.A.(m i)
Em que:
U- Coeficiente de transmissão térmica do elemento da
envolvente, (em W/m².C).
A- Área do elemento da envolvente, (em m²).
m- Temperatura média do ar exterior na estação convencionalde arrefecimento na zona climática de Verão, onde se localiza o
edifício (anexo III).
i- Temperatura do ambiente interior (C).
Perdas pela ventilação
Q3 = 2,928.(0,34.Rph.Ap.Pd). (m i) (kWh)
Em que:
Rph- Número de renovações horárias do ar interior (taxa de
renovação nominal).
Ap- Área útil de pavimento (m²).
Pd- Pé direito (m)
Ganhos
Ganhos pela envolvente opaca (exterior)
Ql = U.A. (kWh)
Ql = U.A.0,04 (kWh)
Em que:
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U- Coeficiente de transmissão térmica do elemento da
envolvente, (em W/m².C).
A- Área do elemento da envolvente, (em m²).
- Coeficiente de absorção (para a radiação solar) da superficieexterior da parede (quadro V.5).
Ir- Intensidade média de radiação total incidente em cada
orientação durante toda a estação de arrefecimento (anexo III).
he- Conditância térmica superficial exterior do elemento da
envolvente, que toma o valor de 25W/m².C.
Ganhos pelos vãos envidraçados
Qs = (kWh)
Em que:
Irj- Energia solar incidente nos envidraçados por orientação j,
conforme o anexo III.
Asnj- Área efectiva colectora de radiação solar da superficie que
tem a orientação (em m²).
As = A Fs Fg Fw gperp
Em que:
A - Área do envidraçado.
Fs- Factor de obstrução.
Fg- Fracção envidraçada.
Fw- Factor de correcção da selectividade angolar dos
envidraçados.
Gperp- Factor solar do vidro.
Fs = Fh.Fo.Ff
Fh Factor de sombreamento do horizonte por obstruções
longíquas exteriores ao edifício ou por outros elementos do
edifício. Fh assume o valor de 1, na estação de arrefecimento.
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Fo Factor de sombreamento do horizonte por elementos
horizontais sobrepostos ao envidraçado (palas, varandas).
Ff- Factor de sombreamento do horizonte por elementos
verticais adjacentes ao envidraçado (palas verticais, outros
corpos ou partes do mesmo edifício).
Qs =
Ganhos internos
Qi = 2,928.qi.Ap (kWh)
Em que:
qi- Ganhos térmicos internos médios por unidade de área útil depavimento (em W/m²) quadro IV.3, numa base de 24 horas por
dia, todos os dias, no caso dos edifícios residênciais e em cada
dia que haja ocupação nos edificíos de serviços.
Ap- Área do pavimento útil (m²).
Consumo dos Ventiladores
Ev = Pv.24.0,03.4 (kWh)
Em que:
Pv- Soma das potências eléctricas de todos os ventiladores
instalados (W).
Ganhos solares (vãos) Verão
. O factor solar do vão envidraçado: na estação de
arrefecimento (Verão) deve ser tomado com dispositivos de
sombreamento móveis activados a 70%, ou seja, o factor
solar do vão envidraçado é igual à soma de 30% do factor
solar do vidro mais 70% do factor solar do vão envidraçado
com a protecção solar móvel actuada.
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Nota: protecções solares fixas (ex: palas) consideram-se
sempre presentes e não são afectadas pelas relação 30%-70%
acima referida.
y Método de Cálculo.Para o cálculo das perdas térmicas deve-se ter em conta os
seguintes factores:
1º Delimitação do tipo de envolvente.
2º O cálculo das perdas e ganhos térmicos.
3º O cáculo da inércia térmica.
- Para o Cáculo das perdas térmicas deve-se ter em conta o
seguinte:
1º Cálculo do parâmetro
2º Coeficientes de transmissão térmica U (na zona corrente e
nas pontes térmicas planas)
3º As pontes térmicas lineares (no contacto com o solo e
nas ligações)
4º A ventilação (que pode ser mecânica e/ou natural)
5º Os vãos envidraçados
- Para o Cáculo dos ganhos térmicos deve-se ter em conta o
seguinte:
1º Coeficientes de transmissão térmica U (na zona corrente e
nas pontes térmicas planas)
2º Os vãos envidraçados
3º Os ganhos internos
y
Levantamento Dimensional
. Nota Técnica:
Anexo I
Para efeitos de cálculo das necessidades nominais de enregia útil
de aquecimento e arrefecimento de uma fracção ou de um
edifício existente, devem as medições necessárias ao
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levantamento dimensional ser efectuadas pelo interior, podendo
ser aplicadas de forma isolada ou em simultâneo as regras de
simplificação indicadas no quadro I.
Quadro I - Regras de simplificação aplicáveis ao levantamento dimensional
Parâmetro Regras de Simplificação
Área útil de pavimento
.Ignorar áreas de pavimento associadas a reentrâncias e saliênciascom profundidade inferior a 1,0 m;
.Ignorar áreas de pavimento associadas a recuados e avançados comprofundidade inferior a 1,0 m;
.Se a mediação da área de pavimento for efectuada contabilizando a
área de contacto dfas paredes divisórias com os pavimentos, deve-se
diminuir o valor da área total em 10%.
Pé-direito médio .Em caso de pé-direito variável deverá ser adoptado um valor médioaproximado, estimado em função das áreas de pavimento
associadas.
Área de parede da envolventeexterior
.Contabilizar, na sua totalidade, as paredes em contacto com o solo,
considerando para efeitos de cálculo o coeficiente de transmissão
térmica da parede da envolvente exterior adjacente. Nesta situação,
deverá assumir-se que a respectiva perda linear é nula.
Área de cobertura (interior eexterior)
.Ignorar áreas de cobertura associada a reentrãncias e saliências com
profundidade inferior a 1,0 m;
.Ignorar áreas de pavimento associadas a recuados e avançados com
profundidade inferior a 1,0 m;
.Se se tratar de uma cobertura inclinada (inclinação superior a10) a medição pode ser efectuada na horizontal. Neste casodeve-se agravar o valor da área em 25%.
Área de pavimento (interior eexterior)
.Ignorar áreas de pavimento associadas a reentrâncias e saliências
com profundidade inferior a 1,0 m;
.Ignorar áreas de pavimento associadas a recuados e avançados comprofundidade inferior a 1,0 m.
Área de portas (interior eexterior)
.Ignorar áreas de portas cuja área envidraçada seja inferior a 25%;
.Estas áreas consideram-se incluídas na restante envolvente vertical.
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y Envolvente
Nota Técnica
.Ponto 5, Normas de Simplificação: Após a aplicação do
procedimento previsto nos dois pontos anteriores e no casode não ser possível obter informação válida ou credível por
essas vias, pode se para efeitos de certificação de fracções
autónomas de edifícios existentes abrangidos pela presente
Nota Técnica, aplicar as normas de simplificação nele
apresentadas.
Tipos de envolvente
.Existem 3 tipos de envolvente:- Envolvente exterior: é o conjunto dos elementos do edifício
ou da fracção autónoma que estabelecem a fronteira entre o
espaço interior e o ambiente exterior.
- Envolvente interior: é a fronteira que separa a fracção
autónoma de ambiente normalmente não climatizados (em
espaços não úteis), tais como garagens ou armazens, bem
como de outras fracções autónomas adjacentes em edifícios
vizinhos.
- Envolvente sem requisitos: elementos em contacto com o
solo e de separação entre fracções autónomas adjacentes do
mesmo edifício.
Parâmetro adimensional
.Os espaços não úteis são caracterizados termicamente
através dp parâmetro adimensional obtido pelas razão de
áreas dos elementos em contacto com o espaço útil, Ai, e dos
elementos em contacto com o exterior Au.
Valores do coeficiente
Tipo de espaço nãoútil
Ai/Au (1)
De 0 a 1 De 1 a 10 Maior que 10
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1 - Circulação comun1.1 - Sem abertura
directa para oexterior 0,6 0,3 0
1.2 - Com aberturapermanente para o
exterior (porexemplo, paraventilação oudesenfumagem)
a)Áreas deaberturaspermanentes/volumetotal < 0,05 m²/m³) 0,8 0,5 0,1
b)Áreas deaberturaspermanentes/volumetotal >= 0,05 m²/m³) 0,9 0,7 0,3
2 - Espaçoscomerciais 0,8 0,6 0,2 3 - Edificiosadjacentes 0,6 0,6 0,6
4 - Armazéns 0,95 0,7 0,3
5 - Garagens:
5.1 - Privada 0,8 0,5 0,3
5.2 - Colectiva 0,9 0,7 0,4
5.3 - Pública 0,95 0,8 0,56 - Varandas,marquisas e similares(2) 0,8 0,6 0,2 7 - Coberturas sobredesvão não habitado(acessível ou não) (3)7.1 - Desvão nãoventilado 0,8 0,6 0,4 7.2 - Desvãofracamente ventilado 0,9 0,7 0,57.3 - Desvãofortemente ventilado 1
(1) Ai - área do elemento que separa o espaço útil interior do espaço não útil
Au - área do elemento que separa o espaço não útil do ambiente exterior.(2) Corresponde aos espaços do tipo varandas e marquises fechadas, ou equivalentes, emque a envolvente de separação com os espaços aquecidos deve satisfazer,obrigatoriamente, os requisitos minimos de coeficiente de transmissão térmica (U) .(3) Os valores de tau indicados aplicam-se aos desvãos não habitados (não úteis) decoberturas inclinadas, acessiveis ou não. No caso dos desvãos acessiveis, estes podem nãoter qualquer uso ou ser utilizados, nomeadamente, como zona de arrecadações ouespaços técnicos.
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.Em função do valor do parâmetro , a envolvente interior
poderá ter requisitos de envolvente interior ( 0,7) ou
requisitos de envolvente exterior ( > 0,7).
Coeficientes de transmissão térmica superficiais
máximos admissíveis de elementos opacos
Elemento da envolvente
Zona climática (*)
I1 I2 I3
Elementos exteriores em zonacorrente (**):
Zonas opacas verticais 1,8 1.60 1,45
Zonas opacas horizontais 1,25 1 0,9
Elementos interiores em zonacorrente (***):
Zonas opacas verticais2
2
1,9
Zonas opacas horizontais 1,65 1,3 1,2
(*) Ver quadros sobre o Zonamento climático
(**) Incluindo elem. interiores em situações em qu e > 0,7
(***) Para outros edificios e zonas anexas não úteis
Nota técnica Coeficiente de redução de perdas
. Na definição do coeficiente de redução de perdas () de espaços
não aquecidos, pode-se á falta de informação, recorer ao anexo II
da presente Nota Técnica e que dela faz parte integrante.Anexo II
Coeficiente de redução de perdas, contabilização de pontes
térmicas e de perdas por elementos em contacto com o solo
No cálculo das perdas de calor por elementos em contacto com
locais não aquecidos, admite-se que os valores do coeficiente de
redução de perdas (), para as várias situações comuns de espaços
não aquecidos, possam tomar o valor convencional indicado noquadro II.
Parâmetro Regras de Simplificação
Coeficiente de redução deperdas
Atribuir um valor convencional de 0,75 a todos os espaços nãoaquecidos
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Nota: Sempre que se opte por determinar o valor de , para um dos
espaços não aquecidos, seguindo a metodologia do Decreto-lei n.º
80/2006, não poderá aplicar esta regra de simplificação aos
restantes espaços não aquecidos.
U Coeficiente de transmissão térmica
. O Coeficiente de transmissão térmica (U) é base para o
cálculo das perdas e ganhos térmicos através da envolvente
opaca das fracções autónomas.
.Este é devido à diferença entre as temperaturas interior e
exterior (ou de espaços não úteis, ou edifícios adjacentes).
estação de aquecimento (Inverno) e de arrefecimento (Verão)
.Estes é devido à incidência (e absorção) da radiação solar
sobre paredes exteriores e coberturas (ganhos solares pela
envolvente opaca). estação de arrefecimento (Verão)
. Uw e Uwdn são base para o cálculo das perdas térmicas
através da envolvente envidraçada dos edifícios/fracções
autónomas. São devidos à diferença entre as temperaturas
interior e exterior. estação de aquecimento (Inverno) e de
arrefecimento (Verão)
Perdas térmicas
. São devidas à diferença entre as temperaturas dos
ambientes que o elemento construtivo separa:
- Ambiente interior Ambiente exterior.
- Ambiente interior Ambiente de um espaqço não-útil
(apenas na estação de aquecimento [ ]).
- Ambiente interior ambiente de um esdifício adjacente
(apenas na estação de aquecimento e só para elementos
opacos verticais []) (anexo IV).
Ganhos térmicos
. São devidos à incidência (e absorção) da radiação solar sobre
os elementos opacos da envolvente exterior. São
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considerados apenas na estação de arrefecimento (Verão),
em Paredes e Coberturas.
. A subida da temperatura na superfície exterior do elemento
exposti à incidência da radiação solar é traduzida por uma
temperatura fictícia denominada Temperatura ar -sol.
y Coeficiente Global de Transmissão de Calor (U)
Anexo II Definições
.No caso de elementos opacos
Coeficiente de transmissão térmica de um elemento da
envolvente, é a quantidade de calor por unidade de tempo
que atravessa uma superfície de área unitária desseelementos da envolvente por unidade de diferença de
temperatura entre os ambientes que ele separa, expressa-se
em W/m².C.
.No caso de vãos envidraçados
Coeficiente de transmissão térmica médio dia-noite de um
envidraçado, é a média dos coeficientes de transmissão
térmica de um vão envidraçado com a protecção aberta
(posição típica durante o dia) e fechada (posição típicadurante a noite) e que se toma como o valor de base para o
cálculo das perdas térmicas pelos vãos envidraçados de uma
fracção autónoma de um edifício em que haja ocupação
nocturna importante, por exemplo, habitações,
estabelecimentos hoteleiros e similares, zonas de
internamento de hospitais, etc. Expressa-se em W/m².C.
Coeficiente Global de transmissão de calor superficial (U)
[W/m².C]
Em que:
Rj Resistência térmica da camada j (m².C/W);
Rsi Resistência térmica superficial interior (m².C/W);
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20
Rse Resistência térmica superficial exterior (m².C/W).
. Para as camadas não homogéneas, o cálculo dos valores das
resistências térmicas que permitem definir o valor de U dos
elementos opacos da envolvente deve efectuar-se segundo osprincípios e métodos preconizados na norma eu ripeia EN ISO
6946.
Resistências térmicas superficiais
.Valores das resistências térmicas superficiais interior (Rsi) e
exterior (Rse)
Os valores convencionais das resistências térmicas
superficiais dependem da posição/inclinação do elementoconstrutivo (horizontal ou vertical) e do sentido do fluxo de
calor: horizontal, vertical ascendente ou vertical descendente.
Os valores convencionais a adoptar contam do quadro VII.1
do Anexo VII do RCCTE.
.Elemento construtivo vertical: elemento que faz um ângulo
de até +/- 30 com a vertical (em geral, paredes).
. Elemento construtivo horizontal: elemento que faz um
ângulo de até +/- 60 com a horizontal (em geral, coberturas
e pavimentos).
Resistências térmicas superficiais
Sentido do fluxode calor
Resistência térmica superficial (m².ºC/W)
ExteriorRse
Local nãoaquecido (*) Rse
InteriorRst
Horizontal (**) 0,04 0,13 0,13
Vertical (***)
Acendente 0,04 0,1 0,1
Descendente0,04
0,17 0,17
(*) Os valores indicados traduzem o facto de, no caso do cálculo dotérmica de um elemento que separa um local não aquecido de um local
aquecido, se adoptar Rse = Rsi
(**) Aplicável a paredes (até mais ou menos 30º com a vertical)
8/7/2019 Projecto teste
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21
(***) Aplicável a coberturas e pavimentos
.Valores convencionais das resistências térmicas superficiais
Considera-se que o valor de Rse é igual ao valor de Rsi
indicado no quadro anterior nos seguintes casos:
- elementos (ditos elementos da envolvente interior) que
separam um espaço útil interior de um espaço não-útil (local
não-aquecido/climatizado);
- elementos de separação entre edifícios adjacentes;
- elementos em que o revestimento exterior forma um
espaço de ar ventilado;
- desvãos ventilados (não-habitados) sob coberturas
inclinadas desvãos não-ventilados (não-habitados) sobcoberturas inclinadas.
Resistências térmicas dos elementos opacos
.Valores da resistência térmica dos elementos (jRj)
Tratando-se de camadas de materiais/produtos homogéneos,
a resistência térmica, Rj é calculada pela expressão:
Rj =
[m².C/W]
dj espessura da camada j [m]
j valor de cálculo da condutibilidade térmica do material
que constitui a camada [W/m.C]
.Valores da resistência térmica dos elementos opacos (jRj)
Tratando-se de camadas não-homogéneas (alvenarias, lages
aligeiradas, espaços de ar, etc...) os valores das
correspondentes resistências térmicas, Rj, devem ser
calculadas de acordo com a motodologia estabelecida na
norma europeia EN ISO 6946, quer obtidos directamente emtabelas, ou em documentação técnica idón ea.
.Valores convencionais de e de R
Os materiais convencionais da condutibilidade térmica dos
materiais correntes de construção, e das resistências térmicas
8/7/2019 Projecto teste
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22
das camadas não-homogéneas mais utilizadas constam da
publicação do LNEC (ITE 50, versão actualizada de 2006).
Resistências térmicas de espaços de ar
A resistência dos espaços de ar depende do respectivo graude ventilação. Os espaços de ar podem ser ou não ventilados.
A caracterização do grau de ventilação dos espaços de ar faz-
se da seguinte forma:
- Para as paredes, a partir do quociente entre a área total de
orifícios de ventilação, s, em milímetros quadrados, e o
comprimento da parede, l, em metros;
- Para as coberturas, pavimentos e elementos inclinados, a
partir do quociente entre a área total de orifícios de
ventilação, s, em milímetros quadrados, e a área do elemento
em estudo, A, em m².
Resistências térmicas de espaços de ar não-ventilados
O RCCTE apresenta uma tabela (RCCTE, ANEXO VII, Quadro
VII.2) com valores convencionais de resistências térmicas de
espaços de ar (Rar) não ventilados (a ITE 50 apresenta um
quadro semelhante).
Os valores dessa tabela aplicam-se a espaços de ar de
elementos construtivos que satisfazem às seguintes
condições:
- Tiver espessura nominal superior a 5 mm, no caso de
elementos pré-fabricados, e a 15 mm, no caso de elementos
construtivos realizados em obra;
- For delimitado por duas superfícies paralelas, com
emitâncias iguais ou superiores a 0,8 (caso dos materiais
correntes de construção), e perpendiculares à direcção dofluxo de calor;
- Tiver uma espessura (na direcção do fluxo de calor) inferior
a 1/10 de qualquer das outras duas dimensões;
- Não apresentar trocas de ar com o ambiente interior.
Resistência térmica dos espaços de ar não ventilados
8/7/2019 Projecto teste
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23
Sentido dofluxo de
calor
Espessura do espaço dear (mm)
resistência térmica Rar(m².ºC/W)
Horizontal
(*)
5 0,11
10 0,15
15 0,17
De 25 a 100 0,18
Vertical (**)ascendente
5 0,11
10 0,15
De 15 a 100 0,16
Vertical (**)descendente
5 0,11
10 0,15
15 0,17
25 0,19
50 0,21
100 0,22
(*) Paredes (até mais ou menos 30º com a vertical)
(**) Coberturas e pavimentos
.As convenções referentes à definição do sentido do fluxo de
calor indicados neste quadro, bem como o campo de
aplicação de Rar. São os mesmos já referidos anteriormente.
Um espaço de ar que tenha pequenas aberturas (por exemplofuros de drenagem) para o ambente exterior pode também
ser considerado não-ventilado desde que:
- não exista uma camada de isolante térmico entre ele e o
exterior;
- As aberturas existentes não permitam a circulação de ar no
interior do espaço de ar;
- A realação s/L seja igual ou inferior a 500 mm²/m. No caso
de paredes;- A realação s/A seja igual ou inferior a 500 mm²/m², no caso
de elementos horizontais (coberturas ou pavimentos) ou
inclinados.
8/7/2019 Projecto teste
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24
Resistências térmicas de espaços de ar ventilados
. O RCCTE considera os seguintes tipos de espaços de ar
ventilados:
- Espaços de ar fracamente ventilados (RCCTE, anexo VII,1.2.2).
- Espaços de ar fortemente ventilados
s/L > 1500 mm²/m, no caso de paredes;
s/A > 1500 mm²/m, no caso de elementos horizontais, ou
inclinados.
Nestes casos a resistência térmica do espaço de ar considera-
se nula. Rar = 0
Resistências térmicas de outros espaços de ar
. A resistência térmica de outros espaços de ar, tais como
alvéolos de tijolos, de blocos ou de abobadilhas de
pavimentos preafabricados devem ser calculadas de acordo
com os métodos relevantes indicados na norma europeia EN
ISO 6946.
Exemplos de cálculo de valores de U de elementos opacos
.Paredes Exteriores
Descrição:
- Paredes duplas com panos em alvenaria de tijolo furado
normal, 0,11+0,05+0,15m, com caixa de ar não ventilada
preenchida parcialmente com 30 mm de poliestireno
expandido moldado (EPS), rebocadas pelo exterior e interior.
Legenda:
1 reboco interior 2 alvenaria interior tijolo 0,11 m
3 isolamento térmico
4 caixa de ar
5 alvenaria ext. Tijolo 0,15 m
6 reboco exterior
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25
Resistências térmicas dos elementos constituintes da parede exterior, Rj
Constituição dj (m)
(W/m.C)Rj
(m².C/W)Referências
parede simples - alvenaria
tijolo furado 0,11 m
0,11 0,27
ITE 50,LNEC
caixa de ar não ventilada 0,02 0,18
isolamento térmico (EPS) 0,03 0,042 0,71
parede simples - alvenariatijolo furado 0,15 m
0,15 0,39
reboco 0,015 1,3 0,01
Resistências térmicas superficiais da parede esterior, Rsi, Rse
Sentido do fluxo de calor
Resistência térmica superficial(m².C/W) Referências
interior, Rsi exterior, Rse
Horizontal 0,13 0,04 RCCTE, Anexo VII,
Quadro VII.1
U =
W/m².C
.Cobertura inclinada sobre desvão ventilado
Resistências térmicas dos elementos constituintes da cobertura, Rj
Constituição dj (m)
(W/m.C)Rj
(m².C/W)Referências
laje de betão 0,22 2 0,11
ITE 50, LNECisolamento térmico (MW) 0,05 0,04 1,25
reboco 0,015 1,3 0,01
Resistências térmicas superficiais da cobertura, Rsi, Rse
Sentido do fluxo de calor
Resistência térmica superficial(m².C/W) Referências
interior, Rsi exterior, Rse
Vertical Ascendente (Inverno)(Verão - FC V1b, RCCTE)
0,1 0,1RCCTE, Anexo VII,
Quadro VII.1
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26
Vertical Descendente (Verão -FC V.1c, RCCTE)
0,17 0,17
Fluxo vertical ascendente: U =
W/m².C
Fluxo vertical descendente: U =
W/m².
.Notas: Em realação ao cáculo do valor de U de coberturas
inclinadas sobre desvão não-habitado (RCCTE, anexo VII 1.3
ii)
- Para o cálculo do coeficiente de transmissão de calortérmica superficial da cobertura, U (Inverno ou Verão), a
resistência térmica superficial exterior, Rse, é igual a Rsi.
- Para o cálculo do valor de U (Inverno ou Verão), a resistência
térmica da camada exterior (sobre o desvão) considera-se
nula.
- O valor de aplica-se para o cálculo das perdas térmicas de
Inverno (RCCTE, anexo IV, folha de cálculo FC IV.1b) e,
conforme se indica na Tabela IV-1 (Anexo IV) do RCCTE,depende do grau de ventilação do desvão, e da relação entre
as áreas Ai da esteira (laje de betão) e Au do revestimento
exterior.
- Uma boa ventilação do desvão contribui para um melhor
desempenho termo-higrométrico da cobertura.
1- Revestimento exterior da cobertura (incluindo eventual
laje inclinada).
2- Desvão não-habitado (espaço não-útil).
3- Esteira horizontal, incluindo solução de isolamento
térmico.
4- Espaço útil interior.
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27
Figura Representação esquemática de um desvão não-habitado (espaço
não-útil)
Valores do coeficiente tau
Tipo de espaço nãoútil
Ai/Au (1)De 0 a 1 De 1 a 10 Maior que 10
1 - Circulação comun1.1 - Sem abertura
directa para oexterior 0,6 0,3 0
1.2 - Com aberturapermanente para oexterior (porexemplo, paraventilação oudesenfumagem)
a)Áreas deaberturaspermanentes/volumetotal < 0,05 m²/m³) 0,8 0,5 0,1
b)Áreas deaberturaspermanentes/volumetotal >= 0,05 m²/m³) 0,9 0,7 0,32 - Espaçoscomerciais 0,8 0,6 0,2 3 - Edificiosadjacentes 0,6 0,6 0,6
4 - Armazéns 0,95 0,7 0,35 - Garagens:
5.1 - Privada 0,8 0,5 0,3
5.2 - Colectiva 0,9 0,7 0,4
5.3 - Pública 0,95 0,8 0,56 - Varandas,marquisas e similares(2) 0,8 0,6 0,2 7 - Coberturas sobredesvão não habitado(acessível ou não) (3)
7.1 - Desvão nãoventilado 0,8 0,6 0,4 7.2 - Desvãofracamente ventilado 0,9 0,7 0,57.3 - Desvãofortemente ventilado 1
(1) Ai - área do elemento que separa o espaço útil interior do espaço não útilAu - área do elemento que separa o espaço não útil do ambiente exterior.
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28
(2) Corresponde aos espaços do tipo varandas e marquises fechadas, ou equivalentes, emque a envolvente de separação com os espaços aquecidos deve satisfazer,obrigatoriamente, os requisitos minimos de coeficiente de transmissão térmica (U) .
(3) Os valores de tau indicados aplicam-se aos desvãos não habitados (não úteis) decoberturas inclinadas, acessiveis ou não. No caso dos desvãos acessiveis, estes podem nãoter qualquer uso ou ser utilizados, nomeadamente, como zona de arrecadações ouespaços técnicos.
Valores convencionais tabelados dos coeficientes de
transmissão térmica de elementos opacos da envolvente, U.
.A publicação do LNEC ITE 50 Coeficientes de transmissão
térmica de elementos da envolvente dos edifícios . Versão
actualizada 2006, apresenta valores convencionais dos
coeficientes de transmissão térmica, U, referentes às soluções
construtivas mais correntes utilizadas no País, na envolvente
exterior dos edifícios.
.Nessa publicação indica-se ainda a forma de obter os valores
do coeficiente de transmissão térmica, Ulna, de elementos da
envolvente interior (RCCTE, Anexo I Definições), portanto
referentes a paredes e pavimentos que separam um espaço
útil interior de um local não-aquecido (não climatizado).
Outros valores idóneos dos coeficientes de transmissão
térmica, U, ou da condutibilidade térmica, .
. Os valores convencionais de cálculo da condutibilidade
térmica dos materiais () das resistências (R) ou dos
coeficientes de transmissão térmica (U) indicados na ITE 50
são valores convencionais, em geral por excesso, ao quais
têm em consideração a variabilidade e a dispersão dos
valores correspondentes aos produtos colocados no mercado.
.No entanto, sempre que se opte por recorrer a materiais, aprodutos ou a sistemas colocados no mercado que estejam
numa das circunstancias a seguir referidas:
- produtos ou sistemas dispondo de marcação CE;
- sistemas detentores de uma apreciação técnica idónea,
nomeadamente um Documento de Homologação (DH) ou de
8/7/2019 Projecto teste
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29
Aplicação (DA) emitidos pelo LNEC, ou uma Aprovação
Técnica Europeia (ETA) emitida por um organismo menbro da
EOTA Organização Europeia de Aprovação Técnica;
- produtos ou sistemas objecto de certificação ou de
comprovação de qualidade efectuadas por entidadereconhecida.
Podem ser adoptados:
- quer os valores de cálculo constantes nos documentos
acima indicados (nomeadamente, DH, DA ou ETA);
- quer determinados os valores de cálculo a partir dos
correspendentes valores declarados (produtos com marcação
CE ou com qualidade comprovada por terceira parte), com
base nas condições de utilização (por exemplo, valores típicos
do teor de água) em critérios definidos em normalização
europeia.
.Os valores de cálculo utilizados no projecto do RCCTE devem
ser, posteriormente, confirmados com base em documentos
específicos (DH, DA, ETA, marcação CE,...) dos produtos
aplicados em obra. O procedimento a adoptar para essa
confiramação será definida no âmbito do SCE.
Coeficiente de trasmissão térmica.
.Na definição de valores dos coeficientes de transmissão
térmica superficial (U) dos elementos da envolvente da
fracção autónoma a certificar, pode-se, à falat de outra
informação, recorrer às seguintes publicações do LNEC: ITE50
e outra(s) a publicar. Em última instância, e com penalização
para a respectiva classe energética, podera-se recorrer à
tabela síntese disponível no sítio da ADENE.
Parede de Cantaria
Parede Simples
Coeficientes de Transmissão Térmica, U [W/(m².C)
Paredes exteriores (Rse+Rsi = 0,17 [(m².C)/W]
Espessura da alvenaria
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30
[m]
0,2 0,4 0,6 0,8 1
3,7 2,9 2,4 2,1 1,8
NOTAS:
Este quadro poderá ser utilizado no caso de paredes de cantaria
(pedra aparelhada aparente) quando não seja possível identificar, ou
se desconheça, o tipo de pedra utilizada. Caso contrário, devem serutilizados os quadros apresentados no Anexo I.
Sendo mais facilmente identificada a pedra de basalto, nas Regiões
Autónomas dos Açores e da Madeira será preferível utilizar os
correspondentes coeficientes de transmissão térmica indicados noAnexo I.
Parede Rebocada (anterior a 1960)
Parede SimplesCoeficientes de Transmissão Térmica, U [W/(m².C)
Paredes exteriores (Rse+Rsi = 0,17 [(m².C)/W]
Espessura da alvenaria (*)[m]
0,3 0,6 0,9 1,2 2,4 1,8 1,4 1,2
* - A espessura da alvenaria indicada não inclui qualquer revestimento.Em geral, a espesura total das paredes revestidas corresponde, consoante otipo de alvenaria, ao valor indicado no quadro acrescentado de 30 a 100 mm.
NOTAS:
O quadro II.2 poderá ser utilizado nos seguintes casos (paredes anteriores a 1960):- paredes de alvenaria ordinária, quando não seja possível identificar, ou se deconheça o
tipo de pedra; - paredes de alvenaria composta de tijolo maciço
ou perfurado), quando não seja possível identificar a sua natureza (devido aos rebocosexistentes); - paredes de taipa ou de
adobe quando não seja possível identificar a respectiva natureza (devido aos rebocos
existentes). Caso contrário, quando não seja possível identificar, dire cta ou
indirectamente, o tipo de parede, devem ser utilizados os quadros relevantes
apresentados no Anexo I.
Parede Rebocada (posterior a 1960)
Parede Simples ou DuplasCoeficientes de Transmissão Térmica, U [W/(m².C)
Paredes exteriores (Rse+Rsi = 0,17 [(m².C)/W]
Espessura da alvenaria (*)[m]
0,18 a 0,20 0,23 a 0,29 0,3 0,351,7 1,3 1,1 0,96
* - A espessura da alvenaria indicada inclui os revestimento ( espessuratotal) .
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NOTAS:O quadro II.3 poderá ser utilizado nos seguintes casos (paredes posteriores a
1960): - paredes simples (
em geral com espessura total inferior a 0,29 m ) de alvenaria simples, quando
não seja possível identificar, ou se deconheça o tipo de tijolo ou de bloco
utilizado; - paredes duplas ( em geral com espessuratotal superior a 0,29 m), quando não seja possível identificar, ou se
desconheça, quer o tipo de tijolo ou de bloco utilizado quer a espessura dospanos de alvenaria; nos valores indicados não se considera a contribuição de
um eventual isolante térmico.Caso contrário, quando seja possível identificar, directa ou indirectamente, o
tipo e a constituição da parede, devem ser utilizados os quadros relevantesapresentados na ITE 50.
Cálculo dos valores de U de vãos envidraçados
. Para o cáculo dos valores de U dos vãos envidraçados e
elementos translúcidos da envolvente devem utilizar-se os
métodos preconizados nas normas europeias NP EN 673, EN
ISO 10077-2.
. O valor de U a adoptar deve considerar a contribuição dos
eventuais dispositivos de oclusão nocturna existentes
(estores, portadas, persianas, atec.) consoante a padrão típico
(diurno, nocturno) de utilização do espaço interior (fracção
autónoma em questão).
. Para o cálculo do valor de Uw têm de se contabilizar as
resistências térmicas do caixilho e do vidro, e as resistências
térmicas superficiais Rsi e Rse.
. Consoante o vão envidraçado seja vertical (inclinação até +/-
30 com a vertical) ou horizonatl, deve considerar-se o
sentido do fluxo de calor (horizonatl, vertical ascendente ou
descendente) do mesmo modo como se indicou
anteriormente (influencia os valores das resistências térmicas
superficiais e de eventuais espaços de ar).
. De notar que para o cálculo das perdas térmicas de Invernoe de Verão de vãos envidraçados horizontais em cobertuaras,
o sentido do fluxo de calor é sempre vertical ascendente.
. Os ganhos solares através dos vãos envidraçados não são
calculados com base no valor de Uw e, portanto, não s ão
tratados nesta secção.
8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 32/100
32
. Assim, devem utilizar-se os valores de Uw e Uwdn consuante
a utilização dos locais:
- Uw, aplicável a janelas de locais com ocupação
predominantemente diurna, não se considerando a utilização
de eventuais dispositivos de oclusão nocturna dos vãos;- Uwdn, coeficiente de transmissão térmica médio dia-noite
(vd. Anexo I Definições do RCCTE), aplicável a janelas de
locais com utilização diurna e nocturna importantes, por
exemplo, habitações, estabelecimentos hoteleiros e similares ,
zonas de internamento de hospitais, etc;
. Neste valor de Uwdn, considera-se a contribuição de
eventuais dispositivos de oclusão, exteriores ou interiores
(cortinas opacas, persianas, portadas, estores ou dispositivos
similares), os quais é lícito assumir que sejam totalmente
fechados durante a noite [12h].
o Valores convencionais tabelados dos coeficientes de
transmissão térmica de vãos envidraçados, Uw e
Uwdn
. A publicação do LNEC ITE 50 Coeficientes de
Transmissão Térmica de Elementos da Envolvente dos
Edifícios. Versão Actualizada 2006 apresenta valores
convencionais dos coeficientes de transmissão térmica
Uw e Uwdn referentes às soluções mais correntes de
vãos envidraçados utilizados no País.
. Nessa publicação indicam-se ainda alguns valores
correspondentes a vãos envidraçados horizontais
(Uwh) e a vãos envidraçados separando um espaço útil
interior de um local-aquecido (espaço-útil) (Uw(lna)).
o Outros valores idóneos dos coeficientes de
transmissão térmica de vãos envidraçados, Uw, Uwdn
. Os valores de cálculo dos coeficientes de transmissão
térmica (Uw e Uwn) indicados na ITE 50 são valores
convencionais, em geral por excesso, ao quais têm em
8/7/2019 Projecto teste
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33
consideração a variabilidade e a dispersão dos valores
correspondentes aos produtos colocados no mercado.
. No entanto, sempre que se opte por recorrer a
sistemas de caixilharia, de vidros ou de dispositivos de
oclusão nocturna colocados no mercado que estejamnuma das circunstâncias a seguir referidas:
- produtos ou sistemas dispondo de marcação CE;
- sistemas detentore de uma apreciação técnica idónea,
nomeadamente um Documento de Homologação (DH)
ou de Aplicação (DA) emitidos pelo LNEC, ou uma
Aprovação Técnica Europeia (ETA) emitida por um
organismo menbro da EOTA Organização Europeia de
Aprovação Técnica.
. produtos ou sistemas objecto de certificação ou de
comprovação de qualidade efectuadas por entidade
reconhecida podem ser adoptados: os valores de
cálculo constantes nos documentos acima indicados
(nomeadamente, DH, DA, ETA, marcação CE,...).
. Sem esquecer que o valor de cálculo deve
corresponder ao vão envidraçado completo
caixilharia+vidro+ eventual dispositivo de oclusão
nocturna.
. Os valores de cálculo utilizados no projecto do RCCTE
devem ser, posteriormente, confirmados com base em
documentos específicos (DH, DA, ETA, marcação CE,...)
dos produtos aplicados em obra.
. O procedimento a adoptar para essa confirmação será
definida no âmbito do SCE.
Cálculo dos valores de U das pontes térmicas planas.Ponte térmica plana é a heterogeneidade inserida em zona
corrente da envolvente, como pode ser o caso de certos
pilares e talões de viga (RCCTE, ANEXO II Definições), (o
Anexo IX do RCCTE refere, ainda, as caixas de estore como
devendo ser consideradas pontes térmicas planas).
8/7/2019 Projecto teste
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34
. O RCCTE impõe limites para o valor de U (coeficiente de
transmissão térmica superficial) de heterogeneidades opacas
inseridas na zona corrente da envolvente, tais como pilares,
vigas e caixas de estore.
. O valor de U destas heterogeneidades pontes térmicasplanas calculado de forma unidimensional na direcção
normal à envolvente, tem de satisfazer às duas condições
seguintes:
- não pode ser superior ao dobro de valor de U adoptado no
projecto para a zona corrente dos elementos em que estão
inseridos (paredes, pavimentos ou coberturas);
- tem de ser igual ou inferior aos coeficientes de transmissão
máximos admissíveis definidos no Anexo IX do regulamento
(vd. RCCTE, Anexo IX, Quadro IX.1 ou Quadro 3.1 deste
Manual).
. O cálculo dos valores de U destas pontes térmicas planas é
efectuado do modo indicado anteriormente para os
coeficientes de transmissão térmica da zona corrente da
envolvente.
. Adoptam-se os mesmos procedimentos e valores
convencionais relevantes para as resistências térmicas
superficiais, e de eventuais espaços de ar, sentidos de fluxo
de calor....
o Coeficientes de transmissão térmica de pontes
térmicas planas:
.Pilar Intermédio
.Pilar de Cunhal
.Talão de Viga
.Caixa de EstoreCom: U3 2 x U1
U3 2 x U2
U3 Umax (RCCTE Anexo IX, Quadro
IX.1)
8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 35/100
35
o Nota Técnica Pontes Térmicas
. Na definição de valores para efeito de contabilização
de pontes térmicas e de perdas por pavimentos e
paredes em contacto com o solo na envolvente da
fracção autónoma a certificar, pode-se à falta de outrainformação, recorrer ao Anexo II da presente Nota
Técnica e que dela faz parte integrante.
ANEXO II
Coeficiente de redução de perdas, contabilização de pontes térmicas e
de perdas por elementos em contacto com o solo
QUADRO III - Regras de simplificação aplicáveis ás pontes térmicas a
aos elementos em contacto com o solo
Elemento Construtivo Regras de Simplificação
Ponte térmica plana
.Ignorar a determinação das áreas daspontes térmicas planas.
. Caso a solução construtiva não garantaa ausência de pontes térmicas planas(isolamento térmico contínuo peloexterior, paredes exteriores em alvenariade pedra,...), deverá majorar-se o valor
de U da zona corrente em 35%.
Reforço de isolamento.
.No caso de fracções autónomas de edifícios abrangidos pela
Nota Técnica que tenham sido objecto de reabilitação,
nomeadamente através do reforço do isolamento térmico
dos elementos da envolvente, os coeficientes de transmissão
térmica superficial (U), poderão ser revistos como base noindicado no Anexo III da presente Nota Técnica e que dela faz
parte integrante.
8/7/2019 Projecto teste
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36
. Nota Técnica
Anexo III
Correcção de Coeficientes de Transmissão Térmica de
elementos construídos que tenham sido alvo de benefeciação
(colocação de isolamento térmico após constrição)
.No caso dos elementos da envolvente que tenham sido
objecto de reforço de isolamento térmico após construção do
edifício, os valores do coeficiente de transmissão térmica
podem ser obtidos através da expressão seguinte:
em que:
Ud Coeficiente de transmissão térmica do elemento
construtivo após o reforço de isolamento térmico posterior.
[W/(m².C)]
Uo Coeficiente de transmissão térmica do elemento
construtivo antes o reforço de isolamento térmico posterior.
[W/(m².C)]
dD Espessura do isolamento térmico adicional [m]
- Coeficiente de condutibilidade térmica.
Em alternativa, pode-se recorrer aos valores propostos no
Quadro IV. Os quadros deste quadro foram calculados
assumindo que o isolante térmico possui um coeficiente de
condutibilidade térmica de 0,04 W/m.C. Deste modo, ter-se-
á que apurar apenas a espessura dD do isolamento térmico.
Caso essa espessura não seja facilmente determinável, deve-
se considerar uma espessura de isolamento térmico de2
0mm.
8/7/2019 Projecto teste
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37
QUADRO IV - Coeficientes de transmissão térmica UD [W/(m².C)]
Situação
Inicial
Espessura do Isolamento térmico adicional
20 mm 30 mm 40 mm 60 mm 80mm 100 mm
UD >2
,5 1,2
0,92
0,7
5 0,55 0,4
3 0,352 < UD 2,5 1,11 0,87 0,71 0,53 0,42 0,34
1,5 < UD 2 1 0,8 0,67 0,5 0,4 0,33
1,0 < UD 1,5 0,86 0,71 0,6 0,46 0,38 0,32
0,7 < UD 1,0 0,67 0,57 0,5 0,4 0,33 0,29
0,5 < UD 0,7 0,52 0,46 0,41 0,34 0,29 0,25
UD 0,5 0,4 0,36 0,33 0,29 0,25 0,22
y Perdas Térmicas Lineares
Coeficiente de Transmissão Térmica Linear
.Existem pontes térmicas lineares em pavimentos e paredes
em contacto com o terreno e também devidas e ligações
entre elementos da envolvente.
. As perdas térmicas lineares são perdas bi- ou tri-
dimensionais assimiladas a uma perda linear ( [W/m.C)).
.No RCCTE consideram-se apenas as perdas térmicas lineares
mais significativas, relativas a:
- pavimentos e paredes em contacto com o terreno;
- ligações entre os elementos da envolvente.
. De acordo com o RCCTE consideram-se apenas as perdas
térmicas lineares que ocorrem durante a estação de
aquecimento (inverno) (RCCTE, Anexo IV, FC IV.1ª e FCIV.1b).
Pavimentos e paredes em contacto com o
terreno
Lpe = j.Bj [W/C]
Durante toda a estação de aquecimento:
8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 38/100
38
Qpe = 0,024.Lpe.Gd [kWh]
Em que:
Lpe perdas de calor por diferença [unitária] de
temperatura entre o interior e o exterior [W/C]
coeficiente de transmissão térmica linear
[W/m.C]
B perímetro ou desenvolvimento perimetral do
pavimento ou desenvolvimento da parede, medido
pelo interior [m]
GD número de graus-dias
Pavimentos e paredes em contacto com o
terreno
. Não se contabilizam perdas térmicas lineares
(=0) de elementos em contacto com o terreno
nas seguintes situações:
- Em espaços não-úteis (locais não-aquecidas)
- Em paredes interiores separando dois espaços
úteis
ou
- um espaço útil e um espaço não útil adjacente
(local não-aquecido), desde que
0,7 (vd. FC IV.1b)
Valores de para elementos em contacto com o
terreno:
- Geometrias Típicas tabelas do RCCTE (Anexo
IV, tabelas IV.2)- Configurações não previstas no RCCTE Norma
EN ISO 13370.
.Sem Isolante Térmico
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http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 39/100
8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 40/100
40
B perímetro do pavimento ou
desenvolvimento da parede medido pelo interior;
GD número de graus-dias.
Durante toda a estação de aquecimento:Qpt = 0,024.Lpt.GD [kWh]
Pontes térmicas lineares devidas a ligações
entre elementos da envolvente
.Não se contabilizam perdas térmicas lineares (
= 0) nas seguintes situações:
- Em paredes interiores intersectando a
cobertura, as paredes exteriores e os
pavimentos, quer sobre o exterior quer sobre
espaços não-úteis (locais não aquecidos).
- Em paredes interiores separando um espaço
útil de um espaço não-útil adjacente (local não-
aquecido), desde que 0,7 (vd. FC IV. 1b).
Valores do coeficiente
Tipo de espaço não
útil
Ai/Au (1)
De 0 a 1 De 1 a 10 Maior que 10
1 - Circulação comun1.1 - Sem abertura
directa para oexterior 0,6 0,3 0
1.2 - Com aberturapermanente para oexterior (porexemplo, paraventilação oudesenfumagem)
a)Áreas deaberturaspermanentes/volumetotal < 0,05 m²/m³) 0,8 0,5 0,1
b)Áreas deaberturaspermanentes/volumetotal >= 0,05 m²/m³) 0,9 0,7 0,32 - Espaçoscomerciais 0,8 0,6 0,2
8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 41/100
41
3 - Edificiosadjacentes 0,6 0,6 0,6
4 - Armazéns 0,95 0,7 0,3
5 - Garagens:
5.1 - Privada 0,8 0,5 0,3
5.2 - Colectiva 0,9 0,7 0,4
5.3 - Pública 0,95 0,8 0,56 - Varandas,marquisas e similares(2) 0,8 0,6 0,2 7 - Coberturas sobredesvão não habitado(acessível ou não) (3)7.1 - Desvão nãoventilado 0,8 0,6 0,4 7.2 - Desvãofracamente ventilado 0,9 0,7 0,57.3 - Desvãofortemente ventilado 1
(1) Ai - área do elemento que separa o espaço útil interior do espaço não útilAu - área do elemento que separa o espaço não útil do ambiente exterior.
(2) Corresponde aos espaços do tipo varandas e marquises fechadas, ou equivalentes, emque a envolvente de separação com os espaços aquecidos deve satisfazer,obrigatoriamente, os requisitos minimos de coeficiente de transmissão térmica (U) .
(3) Os valores de indicados aplicam-se aos desvãos não habitados (não úteis) decoberturas inclinadas, acessiveis ou não. No caso dos desvãos acessiveis, estes podem nãoter qualquer uso ou ser utilizados, nomeadamente, como zona de arrecadações ou
espaços técnicos.
.Valores de para ligações entre elementos da
envolvente
- Configurações mais correntes Tabelas do RCCTE
(anexo IV, tabelas IV.3, quadros A a H);
- Configurações não consideradas nas tabelas do
RCCTE- = 0,5 W/m.ºC ou utilizar procedimentosdescritos nas normas EN ISO 10211 ou EN ISO 14683.
Configurações tipo (RCCTE, Anexo IV)
.A Ligação com pavimentos térreos.
.B Ligação da fachada com pavimentos sobre
locais não aquecidos ou exterior.
8/7/2019 Projecto teste
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42
.C Ligação da fachada com pavimentos
intermédios.
.D Ligação da fachada com cobertura inclinada
ou terraço.
.E Ligação da fachada com varanda.
.F Ligação entre duas paredes verticais.
.G Ligação da fachada com caixa de estore.
.H Ligação da fachada com padieira, ombreira
ou peitoril.
.Na definição de valores para efeito de
contabilização de pontes térmicas e de perdas
por pavimentos e paredes em contacto com o
solo na envolvente da fracção autónoma a
certificar, pode-se á falta de informação, recorrer
ao anexo II da presente Nota Técnica e que dela
faz parte integrante.
QUADRO III - Regras de simplificação aplicáveis ás pontes térmicas a aos elementos em
contacto com o solo
Paredes em contacto
com o solo
Caso tenha sido contabilizada, na sua totalidade, a área de parede emcontacto com o solo na área de parede de envolvente exterior, considerar
= 0.
Pavimentos em contacto
com o solo
Se a cota do pavimento for inferior á do terreno exterior considerar = 1,5
W/mºC. Caso contrário utilizar = 2,5 W/mºC.
Pontes térmicas
limeares
Considerar apenas o desenvolvimento linear total das ligações da fachadascom pavimentos, cobertura ou varanda e utilizar um valor convencional de
= 0,75 W/mºC (desprezar as ligações de fachada com caixa de estore,
padieira, ombreira ou peitoril e as ligações entre duas paredes verticais).
y Quantificação da Renovação do Ar
.A renovação do ar representa uma contribuição decisiva para
as necessidades de aquecimento dos edifícios.
.Nos climas mais frios, e em caso de envolventes bem
protegidas, a renovação do ar pode ser responsável por 30% a
8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 43/100
43
50%, ou mesmo mais, do total das necessidades do
aquecimento do edifício.
.No Verão, dado que a diferença de temperaturas interior-
exterior é bastante reduzida, em termos médios diários, o
impacto da renovação do ar nas necessidades dearrefecimento é bastante menor.
.No entanto, no Verão, a ventilação nocturna, ou o
arrefecimento gratuito, implicitamente assumido pelo RCCTE
como habitualmente adoptado pelos ocupantes, pode ser
fundamental para reduzir necessidades de arrefecimento, ou
mesmo factor decisivo para a não necessidade de instalação
de equipamentos de ar condicionado.
. A renovação do ar pode ser promovida por formas naturais
ou mecânicas.
. A ventilação natural resulta de diferenças de pressão
causadas pela exposição ao vento e pelo efeito da chaminé
derivado da diferença de temperaturas interior-exterior.
. A ventilação natural não pode assegurar em permanência
uma taxa de renovação constante, mas pode ser quantificada
em termos médios durante um certo período (por exemplo,
uma base anual ou sazonal).
. A ventilação mecânica pode assegurar uma taxa de
renovação constante, mas é menos comun nos edifícios de
habitação portugueses, sobretudo nos mais antigos e nas
unidades unifamiliares.
. A ventilação mecânica começa no entanto a ser muito mais
comun nos edfícios de habitação multifamiliar mais
modernos.
. No RCCTE de 1990, a renovação do ar era consideradaconstante para todos os edifícios e contabilizada à taxa de 1
RPH ( Renovação por hora). No entanto, a taxa de renovação
pode ser muito variável:
- Com ventilação mecânica, depende do sistema e dos caudais
insuflados e extraídos (sistema equilibrado ou não);
8/7/2019 Projecto teste
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8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 45/100
45
de renovação de ar nominal como se não houvesse caixas de
estore.
Taxa de RPH em ventilação natural
Outros factores importantes para o valor da estanqueida-de:- Aplicação de vedantes nas zonas de possível frinchas nas
portas evitam-se caminhos possíveis para entrada ou saída
do ar no espaço útil;
- Para o mesmo tipo de caixilharia, a área de envidraçados é
proporcinal à área de frinchas da caixilharia portanto,
quanto mais envidraçados houver, maior a taxa previsível de
renovação do ar.
Classes de exposição ao vento das fachadas do edificio ou da fracção autónoma
Altura acima do soloRegião A Região B
I II III I II III
Menor que 10 m Exp. 1 Exp. 2 Exp. 3 Exp. 1 Exp. 2 Exp. 3
De 10 m a 18 m Exp. 1 Exp. 2 Exp. 3 Exp. 2 Exp. 3 Exp. 4
De 18 m a 28 m Exp. 2 Exp. 3 Exp. 4 Exp. 2 Exp. 3 Exp. 4
Superior a 28 m Exp. 3 Exp. 4 Exp. 4 Exp. 3 Exp. 4 Exp. 4
Região A Tudo menos os locais pertencentes a B.
Região B Açores e Madeira e uma faixa de 5 km de largura junto à costa e/ou
de altitude superior a 600 m.
Rugosidade I Interior de uma zona urbana.
Rugosidade II Periferia de uma zona urbana ou zona rural.
Rugosidade III Zonas muito expostas, sem obstáculos ao vento.
Classe deexposição
Dispositivos de admissão nafachada
Permeabilidade ao ar das caixilharias (de acordo com a norma EN12207)
Edificiosconformescom NP1037 -1
Sem classificaçãoCaixa de estore
Classe 1Caixa de estore
Classe 1Caixa de estore
Classe 1Caixa de estore
Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não
1Sim 0,9 0,8 0,85 0,75 0,8 0,7 0,75 0,65
0,6Não 1 0,9 0,95 0,85 0,9 0,8 0,85 0,75
2 Sim 0,95 0,85 0,9 0,8 0,85 0,75 0,8 0,7
Não 1,05 0,95 1 0,9 0,95 0,85 0,9 0,8
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46
3Sim 1 0,9 0,95 0,85 0,9 0,8 0,85 0,75
Não 1,1 1 1,05 0,95 1 0,9 0,95 0,85
4 Sim 1,05 0,95 1 0,9 0,95 0,85 0,9 0,8
Não 1,15 1,05 1,1 1 1,05 0,95 1 0,9
Aberturas não auto-reguláveis RPH+0,10Área de Envidraçados RPH+0,10
Portas com vedantes de borracha em todo o perímetro RPH-0,05
Aberturas auto-reguláveis
A taxa de renovação pode também ser melhor controlada se
o edifício tiver, na sua envolvente, aberturas auto-reguláveis,
normalmente inseridas na caixilharia, capazes de garantir um
caudal de ar constante para uma gama de diferencial de
pressões interior-exterior de 10 a 200 Pa. Estas são unidades
unidireccionais, por isso deve-se ter cuidado na montagem.
Aberturas auto-controladas
A utilização deste tipo de aberturas no cálculo RCCTE tem de
ser comprovada com certificado de desempenho por
laboratório acreditado. Estas aberturas podem ser usadas em
ventilação natural ou mecânica.
NP 1037-1:
.Edifícios ou fracções autónomas que verifiquem a NP 1037 -1,
que é uma boa solução, terão uma taxa de renovação
nominal de 0,6 RPH.
.Requisitos da NP 1037-1:
- as fachadas dos edifícios devem dispor de dispositivos de
admissão de ar auto-reguláveis em todos os compartimentos
principais;- portas exteriores ou para zonas não úteis que disponham
de vedacção por borracha ou equivalente em todo o seu
perímetro;
- existência de dispositivos (ex.: grelhas...) que asseguram a
passagem de ar dos compartimentos principais para os
compartimentos de serviços;
8/7/2019 Projecto teste
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47
- Aberturas ou tubos de extracção nas zonas húmidas,
arrumos, cozinhas, etc., devidamente dimensionados;
- Ausência de quaisquer meios mecânicos de insuflação ou de
extracção de ar, nomeadamente extracção mecânica nas
instalações sanitárias ou nas cozinhas (nem sequer exaustorde cozinha...).
Exautor da cozinha
.É um dispositivo mecânico.
. Nas situações em que este não funciona em contínuo, e em
que depende do seu accionamento pelo utilizador, o tempo
de utilização é pequeno e, portanto, pode ser desprezado.
Portanto, nestes casos, e na ausência de quaisquer outros
meios mecânicos de ventilação no edifício ou fracção
autónoma, o RCCTE considera este tipo de edifícios (ou
fracções autónomas) podem ser considerados como
ventilados naturalmente.
Perdas ou ganhos de calor por Renovação de Ar (abordagem
potência)
As trocas de calor por renovação do ar são
calculadas pela expressão:
Qra = .Cp.Rph.V.(i-m)/3600
Em que:
- massa volúmica do ar (kg/m³)
Cp- calor específico do ar (J/kg.C)
Rph- número de renovações horárias do ar
interior (taxa de renovação nominal);
V- volume interior da fracção autónoma (m³), ouseja, o produto da área útil de pavimento pelo
pé-direito médio;
i- temperatura interior de referência (C);
m- temperatura do ar exterior (C).
8/7/2019 Projecto teste
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48
Ou:
Qra=0,34.Rph.Ap.Pd.(i-m) (W)
As perdas de calor por Renovação de Ar quer na
estação de aquecimento quer na dearrefecimento
. Durante toda a estação de aquecimento, a
energia associada a estas perdas é calculada pela
expressão:
Qv= 0,0024.(0,34.Rph.Ap.Pd).GD (kWh)
. Durante toda a estação de arrefecimento, a
energia associada a estas perdas é calculada pela
expressão:
Qv= 2,928.(0,34.Rph.Ap.Pd).(i-m) (kWh)
. Rph será fixado de acordo com as regras
anteriormente descritas, com um minímo de 0,6.
Ventilação mecânica
Enquadram-se neste âmbito todos os edifícios que tenham:
- Extracção mecânica, individual ou comun, em cozinhas,
arrumos e instalações sanitárias;
- Insuflação de ar exterior, tratado ou não, nas fracções
autónomas;
- Sistemas de ventilação com insuflação e extracção
simultaneamente.
.Excluem-se os FA que só tenham exaustor de cozinha ou
dispositivos equivalentes que só funcionem muito
pontualmente.
. O caudal associado à ventilação mecânica é o maior dos doiscaudais: o total insuflado ou o total extraído.
. A ventilação mecânica coexiste com as infiltrações
(ventilação natural), sendo a taxa de renovação nominal da
fracção obtida como uma conjugação dos dois mecanismos
segundo regras descritas mais adiante.
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49
A co-existência entre Ventilação Natural e
Mecânica
. A taxa de renovação horária é, genericamente,
dada pela expressão:
Rph = [h¯¹]
Em que:
Vf- caudal devido à ventilação mecânica [m³/h]
Vx- caudal devido à ventilação natural [m³/h]
V- volume útil interior da fracção autónoma [m³]
. O caudal devido à ventilação mecânica, Vf, toma
os seguintes valores:
- o maior dos valores correspondentes ao caudalinsuflado ou extraído, no0 caso de sistemas
mecânicos de caudal contante;
- o maior dos valores médios diários dos caudais
insuflado e extraído, no caso de sistemas
mecânicos de caudal variável.
. Quando um edifício (ou fracção autónoma) tem
ventilação mecânica equilibrada, isto é, caudaisinsuflado e extraído iguais, a pressão interior é
neutra e as infiltrações decorrem de modo
idêntico ao de um edifício ventilado
naturalmente em paralelo com a ventilação
mecânica. Neste caso, somam-se os caudais de
ventilação natural e mecânica.
. Quando os caudais insuflado e extraído são
distintos, a pressão interior média do edifício é
distinta da atmosférica exterior:
- Se o caudal extraído é maior, o edifício está em
depressão, e tem de entrar através da envolvente
o diferencial de caudal correspondente ao
excesso de extracção;
8/7/2019 Projecto teste
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50
- Caso contrário, o caudal de ar insuflado em
excesso cria uma sobrepressão interior e tem de
sair pela envolvente;
- Quando o excesso de ar (ou depressão) forem
suficiente-mente elevados, a ventilação mecânicaé dominante e as infiltrações (ventilação
nominal) torna-se desprezável.
Recuperadores de calor
.No caso de a ventilação ser assegurada por
meios mecânicos providos de dispositivos de
recuperação de calor do ar extraído com
eficiência v, as necessidades de energia para
aquecimento podem ser subs-tancialmente
reduzidas:
Qv = 0,024.(0,34.Rph.Ap.Pd).GD.(1-v) (kWh)
Consumo de energia com os Ventiladores
.Quando o edifício dispuser de sistemas
mecânicos de ventilação, a energia Ev necessária
ao seu funcionamento, que se considera ligado
em permanência durante 24 horas por dia,
durante a estação de aquecimento, é obtida pela
seguinte expressão:
Ev = Pv.24.0,03M (kWh)
Em que:
-Pv é a soma das potências eléctricas de todos os
ventiladores instalados, em W;
- M é a duração média da estação convencinonal de
aquecimento, em meses;
E na estação de arrefecimento pela expressão:
Ev = Pv.24.0,03.4
8/7/2019 Projecto teste
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51
.Nota 1: estes consumos acrescentam-se às
necessidades brutas de aquecimento na estação
de aquecimento e às necessidades brutas de
arrefecimento. Funcionam como penalização.
.Nota 2: no caso de um ventilador comun a várias
fracções autónomas, a energia total
correspondente ao seu funcionamento deve ser
dividida entra cada uma das fracções autónomas,
numa base directamente proporcional aos
caudais de ar nominais correspondentes a cada
uma delas.
Exemplo Ilustrativo
Considere-se uma fracção autónoma com as
seguintes características:
- Ap = 120 m (área útil de pavimento)
- Pd = 2,5 m (pé direito útil)
- V = 120*2,5 = 300 m³ (volume útil interior)
- As fachadas da fracção autónoma têm uma
classe de exposição 2.
Classes de exposição ao vento das fachadas do edificio ou da fracção autónoma
Altura acima do soloRegião A Região B
I II III I II III
Menor que 10 m Exp. 1 Exp. 2 Exp. 3 Exp. 1 Exp. 2 Exp. 3
De 10 m a 18 m Exp. 1 Exp. 2 Exp. 3 Exp. 2 Exp. 3 Exp. 4
De 18 m a 28 m Exp. 2 Exp. 3 Exp. 4 Exp. 2 Exp. 3 Exp. 4
Superior a 28 m Exp. 3 Exp. 4 Exp. 4 Exp. 3 Exp. 4 Exp. 4
Região A Tudo menos os locais pertencentes a B.
Região B Açores e Madeira e uma faixa de 5 km de largura junto à costa e/ou
de altitude superior a 600 m.
Rugosidade I Interior de uma zona urbana.
Rugosidade II Periferia de uma zona urbana ou zona rural.
Rugosidade III Zonas muito expostas, sem obstáculos ao vento.
8/7/2019 Projecto teste
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52
- Sistema de ventilação mecânica com extracção
nos compartimentos de serviços.
- Caudal constante de extracção mecânica = 180
m³/h (não há insuflação mecânica)
. Como a fracção autónoma não dispõe de
insuflação mecânica.
Vins = 0 e Vf = Vev
. A taxa de renovação horária do ar interior
devida á ventilação mecânica é:
= 0,6 h¯¹
. A diferença, em valor absoluto, entre as taxas
de renovação devidas aos caudais insuflado e
extraído é:
.Este valor é superior ao limite de 0,25 h¯¹
estabelecendo para a classe de exposição 2 e,
portanto, pode considerar-se nulo o contributoda ventilação natural.
Outro exemplo ilustrativo
.Considere-se agora a mesma fracção autónoma
mas admita-se que dispõe de sistemas mecânicos
de insuflação e de extracção de ar com as
seguintes características:
- Caudal constante da extracção mecânica:
Vev = 180 m³/h
- Caudal constante da insuflação mecânica:
Vins = 240 m³/h
.De acordo com o RCCTE o caudal de ventilação
mecânica é o maior destes dois valores:
Vf = Vins = 240 m³/h
8/7/2019 Projecto teste
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53
. e a taxa de renovação horária do ar interior
devida á ventilação mecânica é:
Vf/V = 240/300 = 0,8 h¯¹
. O desequilibrio entre as taxas de renovação
devidas aos caudais insuflado e extraído é:(Vins Vev)/V = 0,2 h¯¹
.Este valor é inferior ao limite de 0,25 h¯¹
estabelecido para a classe de exposição 2 e,
portanto, o contributo da ventilação natural é
0,22 h¯¹.
Exemplo Ilustrativo (conclusão)
. Neste caso a taxa horária de renovação do ar
interior (Rph) a adoptar para o cálculo das
necessidades de aquecimento e arrefecimento é
de:
Rph =
Renovações de ar
.Na determinação do número de renovações
horárias do ar interior (Rph) na fracção autónoma
a certificar, pode-se, à falta de outra informação,
utilizar os valores do Anexo IV da presente Nota
Técnica e que dela faz parte integrante.
Anexo IV
Renovações horárias do ar interior (Rph) por ventilação mecânica e
potências eléctricas de ventiladores (Pv)
A utilização desta Nota Técnica para determinar as variáveis que
influenciam a ventilação mecânica, pressupõe que se deve verificar o bom
funcionamento e o estado de manutenção e conservação dos
ventiladores. Caso seja evidente o não funcionamento destes, não se
poderá considerar que o edifício tem ventilação mecânica.
8/7/2019 Projecto teste
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54
O valor da renovação horária a considerar pode ser determinado através
do seguinte método:
Considerar um valor de caudal extraído de 100 m³/h, por cada Instalação
Sanitária ou Arrumo, sendo o valor da renovação horária obtido através da
fórmula:
Rph =
Nota: A ventilação originada pelas infiltrações, é desprezada para efeitos
deste método de cálculo. O valor de Rph a considerar no cálculo não pode
ser inferior a 0,6 h¯¹.
. Na definição de valores das potências eléctricas de
todos os ventiladores instalados (Pv) presentes nafracção autónoma a certificar, pode-se á falta de
informação, recorrer a valores do Anexo IV da presente
Nota Técnica e que dela faz parte integrante.
Anexo IV
Renovações horárias do ar interior (Rph) por ventilação mecânica e
potências eléctricas de ventiladores (Pv)
O valor da potência dos ventiladores é obtido di rectamente do quadro V.
Quadro V - Valores de potência de
ventiladores
Caudal (m³/h) Potência Pv (W)
100 16
200 31
300 47
400 63
Para valores que não se encontrem no quadro, estes poderão ser obtidos
através de interpolação ou extrapolação.
8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 55/100
55
y Ganhos Solares pelos Envidraçados
Estação de aquecimento
Qs =M.Gsul.
A.Fh.Fo.Ff.Fg.Fw.gperp área efectiva colectora da radição solar
Fs = Fh.Fo.Ff Factor de obstrução
n cada vão
Estação de arrefecimento
Qs =
A.Fh.Fo.Ff.Fg.Fw.gperp área efectiva colectora da radição solar
Fs = Fh.Fo.Ff Factor de obstrução
n cada vão
Cálculo ganhos solares brutos
.O cálculo é efectuado vão a vão ou por grupo de
vãos com características idênticas de protecção
solar e de incidência da radiação solar.
.São excluídos do cálculo os envidraçados das
varandas e marquises fechadas, estufas ou
solários adjacentes aos espaços úteis,
eventualmente pode ser adoptado método de
cálculo das tecnologias solares passivas.
.São consideradas envidraçados horizontais os
que apresentam ângulo com a horizontal inferior
a 60 e verticais as restantes.
Área do vão envidraçado
.Aj,n área total do vão envidraçado, incluindo
vidro e caixilho (m²).
8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 56/100
56
Factor de sombreamento (Fh, Fo, Ff, Fg, Fw)
.Fh, factor de sobreamento do horizonte,
obstruções longínquas exteriores ao edifício
(outros edifícios ou construções, relevo, etc.) ou
por outros elementos (corpos e outros volumes)do próprio edifício;
.Fo, factor de sombreamento por elementos
horizontais adjacentes (ou sobrepostos) ao vão
envidraçado, ex. palas, varandas, toldos;
. Ff, factor de sombreamento por elementos
verticais, adjacentes ao vão envidraçado, ex.
palas verticais, varandas;
.Fg, fracção envidraçada, relação entre a área
envidraçada (vidro) e a área total do vão
envidraçado;
.Fw, factor de correcção da selectividade angular
do tipo de envidraçado redução dos ganhos
solares causada pela variação das propriedades
de transmissão da radiação solar directa através
do vidro com o respectivo ângulo de incidência.
.Estes factores devem ser calculados para a
estação de aquecimento e para a estação de
arredecimento devidos aos diferentes ângulos da
radiação solar.
Método detalhado Factor de sombreamento
horizonte Fh Estação de aquecimento
.Ângulo de horizonte é medido entre o plano
horizontal e a recta que passa pelo centro do
envidraçado e pelo ponto mais alto da maiorobstrução existente entre dois planos verticais
que fazem 60 para cada um dos lados da normal
ao envidraçado.
.É calculado para cada vão ou grupo de vãos
semelhantes.
8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 57/100
57
. Considere o efeito das obstruções existentes no
momento do licenciamento e as que estão
previstas nos planos de pormenor.
.Caso não exista informação disponível que
permita o cálculo, = 45 em ambiente urbano e = 20 em edifícios isolados fora das zonas
urbanas.
. Com base no ângulo de horizonte o factor Fh é
obtido na tabela IV.5 (página 2499 do DL nº
80/2006).
Método detalhado Factor de sombreamento
horizonte Fh Estação de arrefecimento
.Fh = 1
Método detalhado Factor de sombreamento
palas Fo Ff
.O ângulo da pala é obtido traçando uma recta
que passa no centro do envidraçado e no
extremo da pala ou obstrução.
. É calculado para cada vão ou grupos de vãos
semelhantes.
. Com base no ângulo da pala horizontal ( ) o
factor Fo é obtido na tabela IV.6 (página 2499 do
DL nº 80/2006) para estação de aquecimento e
no quadro V.1 (página 2502 do DL nº 80/2006)
para a estação de arrefecimento.
. Com base no ângulo da pala vertical () o factor
Ff é obtido na tabela IV.7 (página 2500 do DL nº
80/2006) para a estação de aquecimento e noquadro V.2 (página 2502 do DL nº 80/2006) para
a estação de arrefecimento.
8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 58/100
58
Método detalhado Fh, Fo Ff
. Quando o vão envidraçado não dispõe de
qualquer pala de sombreamento (horizontal e
vertical), para quantificar o sombreamento
provocado pelo contorno do vão: Fo.Ff = 0.90. Para limitar a majoração associada à
sobreposição das sombras das diversas
obstruções, na estação de aquecimento o
produto Xj.Fh.Fo.Ff não pode ser inferior a 0,27.
Deste modo, sempre que esse produto seja
inferior a 0,27, adopta-se o valor 0,27.
Método detalhado Fracção envidraçada F
.Fg, fracção envidraçada, contabiliza efeito dos
perfis.
.A fracção envidraçada = área envidraçada (vidro)
/ área total do vão envidraçado.
. A fracção envidraçada varia com o material dos
perfis e com as soluções arquitectónicas
adoptadas.
.Por defeito podem ser adoptados os valores
indicados no quadro IV.5.
Fracção envidraçada para diferentes tipos de caixilharia
Tipos de caixilhariasFg
Caixilho sem quadícula Caixilho com quadrícula
Janelas de aluminio ou aço 0,7 0,6
Janelas de madeira ou PVC 0,65 0,57
Fachadas-cortinas de aluminioou aço
0,9
. Alternativamente poderá ser efectuado um
cálculo Fg vão a vão.
. Este valor é igual para a estação de
aquecimento e arrefecimento.
8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 59/100
59
.Deve ser identificado o tipo de material do
caixilho e a existência de quadricula.
Factor de correcção da selectividade angular dos
envidraçados Fw. Fw traduz a redução dos ganhos solares causada
pela variação das propriedades da transmissão e
reflexão da radiação solar com o respectivo
ângulo de incidência.
. Estes factores devem ser calculados para a
estação de aquecimento e para a estação de
arrefecimento devido aos diferentes ângulos de
incidência da radiação solar.
.Estação de aquecimento: Fw = 0,90 para vidro
simples e duplo
.Estação de arrefecimento: quadro V.3 página
2503 do DL. 80/2006.
Valores do factor de correcção da selectividade anglar dos envidraçados
(Fw) - Situação de Verão
N NE/NW E/W SE/SW S
Vidro simples 0,85 0.90 0,9 0,9 0,8
Vidro duplo 0,8 0,85 0,85 0,85 0,75
Método simplificado (Fh, Fo, Ff, Fg, Fw)
. Para o ponto médio de cada fachada do edifício
ou zona independente, não devem existir
obstruções:
- acima de um plano inclinado a 20 com a
horizontal entre os planos verticais que fazem
60 para cada um dos lados da normal à fachada,
com excepção de pequenas obstruções ex.
postes de electricidade;
- palas horizontais com comprimento inferior a
1/5 da altura da janela;
8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 60/100
60
- palas verticais com comprimento inferior a ¼ da
largura da janela.
. o produto Fh x Fo x Ff x Fg x Fw =
- 0,46 na estação de aquecimento (Fh = 0,9; Fo =
0,9; Ff = 0,9; Fg = 0,7; Fw = 0,9).- 0,51 na estação de arrefecimento (Fh = 1,0; Fo
= 0,9; Ff = 0,9; Fg = 0,7; Fw = 0,9).
Factor solar
. Estação de aquecimento :
- gperp considera vidro e cortina interior muito
transparente em habitações;
- Vidro simples incolar g = 0,70;
- Vidro duplo incolor g = 0,63.
. Estação de arrefecimento:
. gperp = 0,3 x gperp vidro + 0,7 x gperp vidro
com protecção solar (protecção móvel 100 %
activa).
Factor solar do vidro
. O factor solar do vidro pode ser obtido das
seguintes formas:
. Tabela IV.4.1 e tabela IV.4.2 (gperp), página
2498 do DL. nº 80/2006.
. Normas EN 410, ISO 9050.
. Propriedades declaradas pelos fabricantes no
âmbito da marcação CE dos vidros, de
homologações ou de aprovações técnicas
europeias.
. Na fase de projecto será admissível recorrer abases de dados reconhecidos e idóneas (ex. wis,
optics), cujas propriedades serão confirmadas
após construção com a declaração do fabricante
do vidro.
8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 61/100
61
Factor - solar vidros especiais
. Tabela IV.4.1 e tabela IV.4.2 (gperp), página
2498 do DL. nº 80/2006.
Factor solar vidros incolor e 1 protecção solar. Quadro V.4 página 2503 do DL. nº 80/2006.
Factor solar do vão envidraçado
. A cor da protecção é obtida com base no
coeficiente de reflexão, quadro V.5.
Cor da superficie exterior da protecção solar
Cor da protecção Clara Média Escura
Coeficiente de absorção solar dasuperfície exterior da protecção
0,4 0,5 0,8
Cor
Branco Vermelho-escuro Castanho
Creme Verde-claroVerde-escuro
Amarelo Azul-claro Azul-vivo
Laranja Preto
Vermelho -claro
. A transparência das protecções é caracterizadacom base na sua transmitância solar.
- Ligeiramente transparentes:
0,05e0,15;
- Transparentes: 0,15e0,25;
- Muito transparentes: 0,25e.
Factor solar de vidros especiais com 1 protecção
solar. Quando são utilizados vidros diferentes do
incolor, o factor solar do vão pode ser obtido por:
- Vidro simples: gperp =
- Vidro duplo: gperp =
8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 62/100
62
gperp é o factor solar do vidro especial (tabela
IV.4.1 ou IV.4.2 ou outra fonte).
gperpv é o factor solar do vidro incolor com a
protecção solar (quadro V.4).
gperp é o factor solar do vidro especial com aprotecção solar.
.Caso exista uma protecção exterior opaca (tipo
persiana), o valor do factor solar é obtido
directamente do quadro V.4.
Factor solar com mais de uma protecção solar
. Quando é utilizada mais de um protecção solar :
- Vidro simples: gperp =
- Vidro duplo: gperp =
. O produto é realizado desde a protecção mais
exterior até ao interior ou até à primeira
protecção opaca.
Exemplo Protecção solar
. Na ausência de informação mais detalhada, os
elementos de protecção solar horizontais ouverticais na estação de arrefecimento podem ser
tratados como palas, estimando os respectivos
coeficientes Fo e Ff. No caso de elementos
móveis para a estação de arrefecimento pode-se
adoptar o mesmo princípio 0,3*toldo fechado +
0,7+toldo aberto.
- Ângulo () do toldo vertical (aberto): 45
- Orientação do vão envidraçado: Sudoeste- Factor Ff correspondente ao toldo
completamente activado (aberto) : Ff = 0,85
- Factor Ff correspondente ao toldo
completamente recolhido: Ff = 1,0
- Valor de Ff a utilizar no cálculo dos
ganhos solares estação de arrefecimento :
8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 63/100
63
Ff = 0,7.(0,85) + 0,3.(1,0) = 0,90
Factor solar de protecções
.Além dos valores do factor solar indicados no
quadro V.4, será admissível adoptar valores:- De acordo com as normas ISO15099: 2003,
EN13363-1: 2003, EN13363-2: 2005.
- Pode ser obtido através das propriedades
declaradas pelos fabricantes no âmbito da
marcação CE das protecções, de homologações
ou de aprovações técnicas europeias.
- Na fase de projecto será admissível recorrer a
bases de dados reconhecidas e idóneas (ex. wis),
cujas propriedades serão confirmadas após a
construção com a declaração do fabricante.
Factor Solar
.Na definição de valores do factor solar do
envidraçado (gperp) da fracção autónoma a
certificar, nos casos em que não seja possível
determinar o tipo de vidro e/ou as espessuras
reais dos vidros observados, poderá-se
considerar no âmbito desta Nota Técnica, vidro
simpes ou duplo corrente, conforme a situação.
Produto Fs.Fg.Fw
. Na definição de valores do produto Fs.Fg.Fw dos
vãos envidraçados da fracção autónoma a
certificar, á falta de outra informação, pode-se
recorrer ao Anexo V da presente Nota Técnica eque dela faz parte integrante.
8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 64/100
64
ANEXO V
Produto Fs.Fg.Fw
Na estação de aquecimento, os ganhos térmicos associados ao
aproveitamento da radiação solar pelos vãos envidraçados podem sercalculados assumindo os valores indicados no Quadro VI, para o produto
Fs.Fg.Fw. Em nenhum caso o produto deve ser menor que 0,27.
Para o cálculo dos ganhos solares na estação de arrefecimento através dos
vãos envidraçados podem ser adoptados os valores indicados no Quadro
VII para o produto Fs.Fg.Fw.
Quadro VI - Valores do produto Fs.Fg.Fw para o cálculo das necessidades de aquecimento
Parâmetro Regras de Simplificação Regras de aplicação
Produto Fs.Fg.Fw
Sem sombreamentoFs.Fg.Fw = 0,57
Fs = 0,90; Fg = 0,70; Fw = 0,90
. Envidraçados orientados a Norte
. Envidraçados nas restantesorientações, sem obstruções do
horizonte e sem palas
SombreamentoNormal/StandardFs.Fg.Fw = 0,28
Fs = 0,45; Fg = 0,70; Fw = 0,90
. Envidraçados não orientados a Norte,com obstruções do horizonte ou palas
que conduzam a um ângulo deobstrução inferior ou igual a 45
Fortemente SombreadoFs.Fg.Fw = 0,17 Fs = 0,27; Fg = 0,70; Fw = 0,90
. Envidraçados não orientados a Norte,com obstruções do horizonte ou palasque conduzam a um ângulo deobstrução claramente superior a 45
Quadro VII - Valores do produto Fs.Fg.Fw para o cálculo das necessidades de
arrefecimento
Parâmetro Regras de Simplificação Regras de aplicação
Produto Fs.Fg.Fw
Sem sombreamento
Fs.Fg.Fw = 0,57
. Envidraçados orientados a Norte
. Envidraçados nas restantes
orientações, sem obstruções dohorizonte e sem palas
SombreamentoNormal/Standard
Fs.Fg.Fw = 0,50
. Envidraçados não orientados aNorte, com palas que conduzam a
um ângulo de obstrução inferior ouigual a 45
Fortemente SombreadoFs.Fg.Fw = 0,17
. Envidraçados não orientados aNorte, com palas que conduzam a
8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 65/100
65
um ângulo de obstrução claramentesuperior a 45
y
Requisitos mínimos de sombreamento: factor solar do vão
envidraçado (vidro+dispositivos (,60) ou móveis desombreamento)
. São iguais aos do RCCTE de 1990, mas isenta-se uma
área envidraçada até 5% da área útil, sala a sala.
Factores solares máximos admissíveis de vãos envidraçados
com mais de 5% da área útil do espaço que servem
Zona Climática(*)
V1 V2 V3
Classe de inércia térmica, factos solar (**)
Fraca 0,15 0,15 0,1
Média 0,56 0,56 0,5
Forte 0,56 0,56 0,5
(*) Ver quadro sobre Zonamento climático
(**) Ver quadro sobre Classe de Inércia térmica
. Para o cálculo do Factor Solar de um vão envidraçado
é necessário determinar:
- O gperp do vidro;
- O gperp 100% activo;
- O gperp de inverno;
- O gperp de verão.
O gperp 100% activo: Factor solar do vão envidraçado
com todos os sistemas de sombreamento activados, este
deve-se comparar com o factor máximo admissível, indicado
no quadro acima.
O gperp de inverno: Factor solar do vão envidraçado
considerando apenas cortinas muito transparentes.
8/7/2019 Projecto teste
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66
O gperp de verão:
- 30%gperp do vidro + 70%gperp 100% activo
Coeficientes de transmissão térmica superficiais
máximos admissíveis de elementos opacos
Elemento da envolvente
Zona climática (*)
I1 I2 I3
Elementos exteriores em zonacorrente (**):
Zonas opacas verticais 1,8 1.60 1,45
Zonas opacas horizontais 1,25 1 0,9
Elementos interiores em zonacorrente (***):
Zonas opacas verticais2
2
1,9
Zonas opacas horizontais 1,65 1,3 1,2
(*) Ver quadros sobre o Zonamento climático
(**) Incluindo elem. interiores em situações em que > 0,7
(***) Para outros edificios e zonas anexas não úteis
y Inércia Térmica
Inércia Térmica Interior
. A inércia térmica interior de uma fracção
autónoma é função da capacidade térmica (pu
capacidade de armazenamento e de restituição
de calor) que os locais apresentam e depende da
massa superficial útil por unidade útil de área útil
de pavimento, It, de cada um dos elementos de
construção (paredes, pavimentos, coberturas),
envolventes ou interiores, dessa fracção.
Massa superficial útil por unidade útil de área
útil de pavimento, It
. Calcula-se através da seguinte expressão:
[kg/m²]
8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 67/100
8/7/2019 Projecto teste
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68
- os factores solares máximos admissíveis dos
vãos envidraçados (RCCTE, Anexo IX, quadro
IX.2), (maior inérciamaiores factores solares
admissíveis).
Factores solares máximos admissíveis de vãos envidraçados
com mais de 5% da área útil do espaço que servem
Zona Climática(*)
V1 V2 V3
Classe de inércia térmica, factos solar (**)
Fraca 0,15 0,15 0,1
Média 0,56 0,56 0,5
Forte 0,56 0,56 0,5
(*) Ver quadro sobre Zonamento climático
(**) Ver quadro so bre Classe de Inércia térmica
Cálculo das massas superficiais úteis Msi dos
elementos construtivos
.Identificação dos elementos da envolvente
.El1 Elemento da envolvente exterior, elemento
de construção em contacto com outra fracção
autónoma (incluindo em edifícios adjacentes) ou
com espaços não úteis.
.El2 Elementos em contacto com o terrena.
.El3 Elementos de compartimentação interior
da fracção autónoma em estudo.
. A massa superficial útil, Msi, de cada elementode construção da envolvente (exterior ou
interior), ou interior à fracção autónoma,
depende da massa total por unidade de área do
elemento e, ainda do seguintes aspectos:
8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 69/100
69
- da sua localização no edifício (em contacto com
o ambiente exterior, com espaços não-úteis, com
outras fracções autónomas ou com o terreno; ou
no interior da fracção autónoma).
- da sua constituição, nomeadamente doposicionamento de uma eventual solução de
isolamento térmico (interior, exterior ou
intermédia) 0,065 W/m.C e R 0,30
m².C/W.
- das características térmicas (R) do respectivo
revestimento superficfial interior.
. El1 Elemento da envolvente exterior,
elemento de construção em contacto com outra
fracção autónoma (incluindo em edifícios
adjacentes) ou com espaços não úteis.
Sem Isolamento Térmico Com Isolamento Térmico
Msi = mt/2 Msi = mi (massa do isolamento
térmico para o interior)
e
Msi 150 kg/m²
. El1/El2 Paredes exteriores ou em contacto
com o terreno.
- Considera-se apenas a massa do elemento
localizada do isolamento térmico para o interior.
Tipo de paredeMsi [kg/m²]
Com isolamento Sem isolamento
1 - Isolamento pelo interior, parede simples 0 mt/2 150 kg/m²
2 e 3 - Isolamento pelo exterior, parede simples mt 150 kg/m² mt/2 150 kg/m²
4 e 5 - Isolamento no espaço de ar, parede dupla mpi 150 kg/m² mpi/2 150 kg/m²
6 - Parde em contacto com o solo mt 150 kg/m² 150kg/m²
8/7/2019 Projecto teste
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70
. EL1 Coberturas
- Considera-se apenas a massa do elemento
localizada do isolamento térmico para o interior.
Tipo de coberturaMsi [kg/m²]
Com isolamento Sem isolamento
7 e 8 - Terraço, isolamento exterior mt 150 kg/m² mt/2 150 kg/m²
9 a 11 - Laje horizontal, sótão não habitável mt 150 kg/m² mt/2 150 kg/m²
12 a 14 - Cobertura inclinada, sótão habitável mt 150 kg/m² mt/2 150 kg/m²
15 - Terraço, isolamento interior 0 mt/2 150 kg/m²
.El2 Elementos em contacto com o solo
Sem Isolamento Térmico Com Isolamento Térmico
Msi = 150 kg/m²Msi = mi (massa do
isolamento térmico para ointerior)
. El1/El2 Pavimentos exteriores, de separação com espaços
não úteis ou em contacto com o solo
Tipo de pavimentoMsi
Comisolamento
Sem isolamento
16 e 17 - Isolamento inferior, cave não habitével ou ambiente exteriormt 150 kg/m² mt/2 150
kg/m²
18 - Isolamento intermédiomt 150 kg/m²
mt/2 150kg/m²
19 e 20 - Pavimento em contacto com o solo (isolamento sob o pavimento) mt 150 kg/m² 150 kg/m²
. El 3 Elementos interiores da fracção autónoma em estudo
(paredes e pavimentos interiores)
. Msi = mt (massa total do elemento) e Msi 300 kg/m²
. Influência dos revestimentos superficiais interiores de
paredes, de tectos ou de pavimentos, no cálculo de Msi.
Elemento construtivo Resistência térmica, R, do
revestimento superficial
Factor de
correcção r
Valor efectivo a adoptar para
o valor da massa superficial
8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 71/100
71
[m².C] útil (Msi)
Elemento das envolventesexterior ou "interior"
R 0,14 1 Msi
0,14 < R 0,30 0,5 0,50.Msi
R > 0,30 0 0
Elemento decompartimentação interior
(parede ou pavimentointerior) da fracção autónoma
R 0,14 1 Msi
R > 0,14 numa das faces doelemento 0,75 0,75.Msi
R > 0,14 em ambas as faces doelemento 0,5 0,50.Msi
.A título de exemplo pode apontar-se a influência de algumas
soluções habituais de revestimentos superficiais de paredes,
de pavimentos e de tectos:
. os rebocos correntes com base em argamassas de gesso, de
cimento ou de cal, bem como os revestimentos cerâmicos oude pedra, ou ainda, os revestimentos de madeira (tacos,
parquet) ou de produtos derivados da madeira assentes
directamente sobre o suporte contínuo apresentam
resistências térmicas reduzidas (R 0,14 m².C /W), e
portanto r = 1.
.Exemplo: Cálculo da Inércia Térmica
Cálculo da Inércia Térmica - It
Elemento de construção Msi (kg/m²) Si (m²)Factor de
correcção (r)Msi.r.Si
Laje de tecto
Laje de pavimento
Paredes da envolvente da fracçãoautónoma em estudo
Paredes enterradas
Pavimentos enterrados
Pavimentos interioresParedes interiores
TOTAL
Área útil do pavimento, Ap, (m²) - _____________
Massa superficial útil por m² de área de pavimento, It (kg/m²) - ______________
8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 72/100
72
Inércia Térmica
. No âmbito da determinação da classe de inércia
térmica da fracção autónoma a certificar, pode-
se á falta de informação, recorrer ao
procedimento apresentado no Anexo VI dapresente Nota Técnica e que dela faz parte
integrante.
Anexo VI
Determinação da classe de Inércia Térmica
No caso de não existirem cálculos devidamente justificados da classe de
inércia térmica interior da fracção autónoma em estudo podem-se
considerar, em geral, as três situações seguintes:
1) Inércia Térmica FORTE:
Características a verificar cumulativamente na tracção autónoma :
- Pavimento e tecto de betão armado ou pré esforçado;
- Revestimento de tecto em estuque ou reboco;
- Revestimento de piso cerâmico, pedra, parquet, alcatifa tipo
industrial sem pêlo (não se incluem soluções de pavimentos
flutuantes);
- Paredes interiores de compartimentação em alvenaria comrevestimentos de estuque ou reboco;
- Paredes exteriores de alvenaria com revestimentos interiores de
estuque ou reboco;
- paredes exteriores da envolvente interior (caixa de escadas,
garajem,...) em alvenaria com revestimentos interiores de estuque
ou reboco.
Nota: Nenhuma das soluções em cima inclui isolamento térmico pelo interior.
2) Inércia Térmica FRACA:
Características a verificar cumulativamente na tracção autónoma:
- Tecto falso em todas as divisões ou pavimento de madeira ou
esteira leve (cobertura);
- Revestimento de piso do tipo flutuante ou pavimento de madeira;
8/7/2019 Projecto teste
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73
- Paredes de compartimentação interior em tabique ou gesso
cartonado ou sem paredes de compartimentação.
3) Inércia Térmica Média:
No caso de não se verificarem os requisitos acima indicados quepermitem definir uma classe de inércia térmica FORTE ou FRACA, a
inércia térmica interior da fracção em estudo deve considera-se
MÉDIA.
Notas:
I) Na dúvida entre o tipo de inércia FORTE ou MÉDIA, devem os peritos
qualificados optar pela Inércia MÉDIA.
II) Na dúvida entre o tipo de inércia MÉDIA ou FRACA, devem os peritos
qualificados optar pela inércia FRACA.III) A aplicação das regras de simplificação de classificação da inércia
térmica interior acima apresentadas exige discemimento por parte do
perito qualificado face a circinstâncias particulares pouco comuns que
podem ser encontradas em situações reais.
y Dimensionamento dos Equipamentos:
Condições de insuflação
As condições de insuflação e as potências envolvidas no
tratamento do ar são obtidas através de balanços
integrais de massa e enrgia, assumindo regime
estacionário. A metodologia que a seguir se apresenta
foi desenvolvida com base no esquema apresentado na
figura seguinte que representa uma zona a ser
climatizada e uma unidade de tratamento de ar. São
ainda representados, nessa figura, os volumes de
controle utilizados para obter equações de balanço:Figura: Conjunto: recinto, unidade de tratamento de ar
e condutas.
As variáveis e os índices representados nesta figura têm
o seguinte significado:
8/7/2019 Projecto teste
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74
Qs- carga sensível do compartimento;
Ql- carga latente do compartimento;
QM- carga latente e sensível a fornecer à máquina;
R- Ar recirculadp que volta a ser injectado na sala;
E- Ar vindo do esterior;S- Ar expelido para o exterior do edifício;
2- Condições do ar de retorno da sala;
1- Condições do ar de insuflação;
3- Condições do ar após mistura do ar recirculado com
o ar exterior;
V1- Volume de controle aplicado ao compartimento;
V2- Volume de controle aplicado à máquina;
V3- Volume de controle aplicado ao ponto de mistura
do caudal de ar novo com o recirculado;
V4- Volume de controle aplicado ao recinto e ao
sistema de ar condicionado.
O procedimento utilizado para o cálculo das diversas
potências caloríficas assenta nos seguintes
pressupostos:
- O caudal de ar novo é imposto, pois é determinado
com base no quadro IV.1 e quadro IV.2.
- As propriedades do ponto i são idênticas às dos
pontos 2, R, S;
- O diferencial de temperaturas existente entre a
temperatura de insuflação (Ponto 1) e a temperatura
no recinto é imposto;
- Temperatura e humidade relativa interior são
conhecidas;
- Temperatura e humidade relativa exterior sãoconhecidas;
- Carga sensível e latente no recinto são conhecidas.
Classe deexposição
Dispositivos de admissão nafachada
Permeabilidade ao ar das caixilharias (de acordo com a norma EN12207)
Edificiosconformescom NP1037 -1
Sem classificaçãoCaixa de estore
Classe 1Caixa de estore
Classe 1Caixa de estore
Classe 1Caixa de estore
8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 75/100
75
Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não
1Sim 0,9 0,8 0,85 0,75 0,8 0,7 0,75 0,65
0,6
Não 1 0,9 0,95 0,85 0,9 0,8 0,85 0,75
2 Sim 0,95 0,85 0,9 0,8 0,85 0,75 0,8 0,7
Não 1,05 0,95 1 0,9 0,95 0,85 0,9 0,8
3 Sim 1 0,9 0,95 0,85 0,9 0,8 0,85 0,75Não 1,1 1 1,05 0,95 1 0,9 0,95 0,85
4 Sim 1,05 0,95 1 0,9 0,95 0,85 0,9 0,8
Não 1,15 1,05 1,1 1 1,05 0,95 1 0,9
Classes de exposição ao vento das fachadas do edificio ou da fracção autónoma
Altura acima do soloRegião A Região B
I II III I II III
Menor que 10 m Exp. 1 Exp. 2 Exp. 3 Exp. 1 Exp. 2 Exp. 3
De 10 m a 18 m Exp. 1 Exp. 2 Exp. 3 Exp. 2 Exp. 3 Exp. 4 De 18 m a 28 m Exp. 2 Exp. 3 Exp. 4 Exp. 2 Exp. 3 Exp. 4
Superior a 28 m Exp. 3 Exp. 4 Exp. 4 Exp. 3 Exp. 4 Exp. 4
Região A Tudo menos os locais pertencentes a B.
Região B Açores e Madeira e uma faixa de 5 km de largura junto à costa e/ou
de altitude superior a 600 m.
Rugosidade I Interior de uma zona urbana.
Rugosidade II Periferia de uma zona urbana ou zona rural.
Rugosidade III Zonas muito expostas, sem obstáculos ao vento.
Técnicas para controlar a humidade
Quando se quer que haja um controle da humidade é
necessário a existência de uma bateria de aquecimento
e uma bateria de arrefecimento, para que o ar possa
numa primeira fase ser arrefecido até umadeterminada temperatura e ocorra a condensação de
algum vapor de água para de seguida ser reaquecido
até a temperatura de insuflação. A exigência de duas
baterias para efecruar o controlo de humidade implica
que não possamos adoptar um sistema de dois tubos,
8/7/2019 Projecto teste
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76
pois nestes só se produz calor ou frio, mas nunca os
dois em simultâneo. Apresenta-se de seguida uma
figura onde se representa esquematicamente a
evolução idela do ar ao longo das duas baterias.
Figura: Evolução do ar ao passar pela bateria de
arefecimento e reaquecimento.
Dimensionamento das redes de distribuição de fluídos
Para dimensionamento dos ventiladores e das bombas,
nos sistemas de distribuição de fluidos, é necessário
contabilizar as perdas de pressão estática que se
designam, também, por perdas de carga. O correcto
dimensionamento é flucral pois o consumo energético,
associado a estes componentes, representa uma
percentagem significativa do consumo energético total
da instalação. As perdas de carga podem dividir-se em
dois tipos: perdas em Linha e perdas Localizadas. As
perdas em linha são contabilizadas a partir de um
factor de atrito f, que se representa, geralmente, num
diagrama designado por diagrama de Moody.
f =��
]
Onde ReD é o número de Reynolds baseado no
diâmetro D e a rugosidade da superfície.
Relativamente às perdas de carga localizadas
consideram-se as perdas em contracções e expansões,
nos cotovelos, em ramificações e nas grelhas de
insuflação.
Para dimensionar o diâmetro das condutas são
geralmente utilizados dois métodos: o método da
perda de carga constante e o método da velocidade. O
8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 77/100
77
primeiro baseia-se, essencialmente, em impor uma
determinada perda de carga por unidade de
comprimento (por exemplo de 1 Pa por metro de
conduta) enquanto o segundo se baseia na imposição
de velocidade.
CASO DE ESTUDO
Descrição do edificío
O café localiza-se no Montijo no interior de uma zona urbana, com uma
distância à conta superior a 5 km, a Sul do rio Tejo.
No café existem quatro zonas anexas (zonas não úteis): Despensa,
lavabos, instalações sanitárias dos homens e instalações sanitárias dasmulheres. Nas zonas anexas não é feita a climatização do ar, mas apenas
nas instalações sanitárias é feita uma extracção do ar para evitar odores
no compartimento. Existem 2 zonas úteis: a zona de serviços e a zona de
cliente onde é feita a climatização do ar.
Análise da Climatização Passiva
y Orientação do edificío
A fachada norte não apresenta área de envidraçados e a fachada
sul tem uma maior área de envidraçados. A fachada a este
apresenta uma menor área de envidraçados.
y Envolvente exterior
Paredes duplas de fachada de tijolo furado de 11 mm, com caixa-de-
ar de 60 mm, sem isolante térmico. Espessura das paredes de 300
mm e coeficiente de transmissão térmica de 1,4 W/m² ºC.
y Envolvente interior
Paredes simples de tijolo furado de 11 mm, sem isolante térmico,
com revestimento em reboco. Espessura das paredes de 150 mm e
coeficiente de transmissão térmica de 2,4 W/m² ºC.
8/7/2019 Projecto teste
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78
y Cobertura
Cobertura com 320 mm de espessura e coeficiente de transmissão
térmica de calor 0,85 W/m² ºC. Acabamento interior em reboco,
seguido de blocos de betão, betão, cortiça como isolante, e
acabamento exterior em betão de acabamento.
y Pavimento
Pavimento sobre ar interior de 250 mm de espessura, construídos
em laje aligeirada de blocos de betão, com re boco como
acabamento.
y Envidraçados
Envidraçados construídos em vidro duplo incolor de 5 mm , comcaixa-de-ar de 5 mm e caixilho de metal com isolante térmico.
Coeficientes de transmissão térmica superficiais
máximos admissíveis de elementos opacos
Elemento da envolvente
Zona climática (*)
I1 I2 I3
Elementos exteriores em zonacorrente (**):
Zonas opacas verticais 1,8 1.60 1,45Zonas opacas horizontais 1,25 1 0,9
Elementos interiores em zonacorrente (***):
Zonas opacas verticais 2 2 1,9
Zonas opacas horizontais 1,65 1,3 1,2
(*) Ver quadros sobre o Zonamento climático
(**) Incluindo elem. interiores em situações em que > 0,7
(***) Para outros edificios e zonas anexas não úteis
Factores solares máximos admissíveis de vãos envidraçados
com mais de 5% da área útil do espaço que servem
Zona Climática(*)
V1 V2 V3
Classe de inércia térmica, factor solar (**)
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79
Fraca 0,15 0,15 0,1
Média 0,56 0,56 0,5
Forte 0,56 0,56 0,5
(*) Ver quadro sobre Zonamento climático
(**) Ver quadro sobre Classe de Inércia térmica
Coeficientes de transmissão térmica de referência
Elemento da envolvente
Zona Climática (*)
I1 I2 I3 RA (**)
Elementos exteriores em zonacorrente:
Zonas opacas verticais 0,7 0,6 0,5 1,4
Zonas opacas horizontais 0,5 0,45 0,4 0,8
Elementos interiores em zona corrente(***):
Zonas opacas verticais 1,4 1,2 1 2
Zonas opacas horizontais 1 0,9 0,8 1,25
Envidraçados(***) 4,3 3,3 3,3 4,3
(*) Ver quadro sobre Zonamento climático
(**) Regiões autónomas da Madeira e dos Açores, apenas para I1
(***) Para outras zonas anexas não úteis
(****) Valor médio dia e noite (inchui efeito do dispositivo de protecção nocturna)para vãos envidraçados verticais; os vão envidraçados horizontais consideram - se
sempre como instalados em locais sem ocupaçaõ nocturna.
Factores solares máximos admissíveis de envidraçados
com mais de 5% da área útil do espaço que servem
Zonas climáticas:
V1 - 0,25V2 - 0,20
V3 - 0,15
Nota: Estes valores do factor solar são correspondentes ao vãoenvidraçado com o(s) respectivo(s) dispositivo(s) de protecção 100%
activo(s).
8/7/2019 Projecto teste
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80
Cálculo das áreas
Pd = 3,06 m
Fachadas:
Norte
Paredes: 3,50 * 5,92 = 20,72 m²
Envidraçados: não existem
Noroeste não tem
Oeste
Paredes: 3,50 * 13,54 = 47,39 m²
Envidraçados: não existem
Sudoeste não tem
Sul
Paredes: 3,50 * 6,21 = 21,735 m²
Envidraçados: 4 * (1,4 * 2,50) + (1,80 * 2,05) = 17,69 m²
Sudeste não tem
Este
Paredes: 3,50 * 13,84 = 48,44 m²
Envidraçados: 2 * (0,5 * 0,5) = 0,5 m²
Nordeste - não tem
Áreas de paredes exteriores:
Área total = 20,72 + 47,39 + 21,735 + 48,44 = 138,285 m²
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81
Área de envidraçados:
Área total = 17,69 + 0,5 = 18,19 m² tem o dobro da área de
envidraçados que pode ter, de acordo com o RCCTE (9,105 m² de excesso
de área em relação a Ap)
Área de pavimento útil:
Ap = 25 + 24 + 2 + 2 + 1,7 + 6 = 60,7 m²
Área de cobertura:
Área total = 24 + 25 = 49 m²
Alturas das casas
Altura exterior = 3, 50 m
Altura interior = 3,06 m
Pd = 3,06 m
Áltura da laje = 0,2 m
Divisões
R/C (único piso)
Despensa = 6 m²
Zona de serviços = 24 m²
Zona de clientes = 25 m²
Lavabos = 2 m²
Instalações sanitárias dos homens = 2 m²
Instalações sanitárias das mulheres = 1,70 m²
8/7/2019 Projecto teste
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Condições Operacionais
Zona Climática : I1, V3
Verão (Arrefecimento)
Textp = 34C
dT = 15C
Tint = 25C
Hrint = 50 %
Inverno (Aquecimento)
GD= 12
60C.dias
Duração da estação de aquecimento = 5,3 meses
Text = 20C
HRext = 50 %
Ocupação
Nº funcionários = 3
Nº máximo de clientes em lugares sentados = 24
Horário de funcionamento = 8:00 h 22:00 h
Caudais minímos de ar novo
V = 35m³/(h.ocupante) (serviços de refeições)
Nota: A taxa de referência para a renovação do ar é de 0,6 ren/h .
gvidro = 0,52
gperp (inverno) = 0,63 (vidro duplo em questão com cortina interior muito
tranparente)
gperpcorrigido (inverno) = (0,52.0,63)/0,75 = 0,44
gperp(verão) = 30%.gperpvidro+70%.gperp100%activo
8/7/2019 Projecto teste
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gperp (verão) = 0,3.0,52+0,7.0,013 = 0,165
gperp100%activo = (gperp.gperpvidro)0,75 vidro duplo
gperp factor solar do vidro especial
gperpvidro factor solar do vão envidraçado com protecção solar e
incolor
gperp= 0,04 persiana cor clara, com réguas plásticas.
gperp 100% activocorrigido =0,52. [(0,63/0,75).(0,04/0,75)] = 0,013
vidro duplo
Cálculo dos Coeficientes de Transmissão de Calor
1 Coeficiente global de transmissão de calor das Paredes Exteriores
2 Coeficiente global de transmissão de calor das Paredes Interiores
3 Coeficiente global de transmissão de calor das Paredes divisórias
4 Coeficiente global de transmissão de calor da cobertura
5 Coeficiente de transmissão de calor do Pavimento
1- Coeficiente global de transmissão de calor da Paredes Exteriores
2 Coeficiente global de transmissão de calor das Paredes Interiores
3 Coeficiente global de transmissão de calor das Paredes divisórias
4 Coeficiente global de transmissão de calor da cobertura
5 Coeficiente de transmissão de calor do Pavimento
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84
Cargas Térmicas
1) - Perdas de calor por condução através da envolvente:
1.1) Elementos em contacto com o exterior
Qext = 0,024.UA.GD (kWh)
Uparedes exteriores = 1,4 W/m² C
Aparedes exteriores = 138, 285 m²
Ucobertura = 0,85 W/m² C
Acobertura = 49 m²
GD = 1260 C. Dias
Qext = 0,024. [(1,4.0,001. 138,285)+(0,85.0,001.49)]. 1260 = 7,11
kWh
1.2 Elementos em contacto com locais não aquecidos
Qlna = 0,024.U.A.GD. (kWh)
Aparedes interiores = 2,51 * 3,06 = 7, 68 m²
Uparedes interiores = 2,4 W/m²C
�������������������������� (tabela iv.1) = 0,3
Apavimento = 49 m²
Upavimento = 1,65 W/m²C
Qlna =0,024.[(2,4.0,001.7,68)+(1,65.0,001.49)].1260.0,6= 1,8
kWh
Nota:
Ai = 3,50.(2,51+3,1+0,94) = 22,93 m²
8/7/2019 Projecto teste
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85
Au = 3,50.(2,51+3,1+0,94) + 2 + 2 + 1,7 + 3,5. (2,8+1,57) = 44,02
m²
Cálculo de Au:
Paredes em contacto com locais não aquecidos:3,50.(2,51+3,1+0,94) = 22,93 m²
Cobertura = 2 + 2 + 1,7 = 5,7 m²
Paredes exteriores = 3,5. (2,8+1,57) = 15,39 m²
Ai/Au = 0,521 Valores do coeficiente
Tipo de espaço nãoútil
Ai/Au (1)
De 0 a 1 De 1 a 10 Maior que 10
1 - Circulação comun1.1 - Sem abertura
directa para oexterior 0,6 0,3 0
1.2 - Com aberturapermanente para oexterior (porexemplo, paraventilação ou
desenfumagem)a)Áreas deaberturaspermanentes/volumetotal < 0,05 m²/m³) 0,8 0,5 0,1
b)Áreas deaberturaspermanentes/volumetotal >= 0,05 m²/m³) 0,9 0,7 0,32 - Espaçoscomerciais 0,8 0,6 0,2 3 - Edificios
adjacentes 0,6 0,6 0,64 - Armazéns 0,95 0,7 0,3
5 - Garagens:
5.1 - Privada 0,8 0,5 0,3
5.2 - Colectiva 0,9 0,7 0,4
5.3 - Pública 0,95 0,8 0,56 - Varandas,marquisas e similares(2) 0,8 0,6 0,2
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86
7 - Coberturas sobredesvão não habitado(acessível ou não) (3)7.1 - Desvão nãoventilado 0,8 0,6 0,4 7.2 - Desvão
fracamente ventilado 0,9 0,7 0,57.3 - Desvãofortemente ventilado 1
(1) Ai - área do elemento que separa o espaço útil interior do espaço não útilAu - área do elemento que separa o espaço não útil do ambiente exterior.
(2) Corresponde aos espaços do tipo varandas e marquises fechadas, ou equivalentes, emque a envolvente de separação com os espaços aquecidos deve satisfazer,obrigatoriamente, os requisitos minimos de coeficiente de transmissão térmica (U) .
(3) Os valores de indicados aplicam-se aos desvãos não habitados (não úteis) decoberturas inclinadas, acessiveis ou não. No caso dos desvãos acessiveis, estes podem não
ter qualquer uso ou ser utilizados, nomeadamente, como zona de arrecadações ouespaços técnicos.
1.3) Perdas por pavimentos em contacto com o solo
Qpe = 0,024.Lpe.GD (kWh)
Lpe = j.Bj (W/C)
j (tabela iv.2) = 2,5 W/m. C ( a cota do pavimento não é
inferior à do terreno exterior NT página 7)
B (perímetro) = 5,92 + 13,84 + 5,96 + 4,40 + 2,51 + 6,85 + 2,51 +
2,19 = 44,18 m
Lpe = 2,5 * 44,18 = 110,45 W/C
Qpe = 0,024.110,45.0,001.1260 = 3,34 kWh
8/7/2019 Projecto teste
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87
1.4) Pontes térmicas Lineares
Qpt = 0,024.Lpt.GD (kWh)
Lpt = j.Bj (W/C)
j (tabela iv.3) = 0,75 W/m. C
B (comprimento) = 44,18 m
Lpt = 0,75.44,18 = 33,14 W/C
Qpt = 0,024.33,14.0,001.1260 = 1 kWh
2. Perdas de calor resultantes da renovação do ar (ventilação
mecânica)
Qv = 0,024.(0,34.Rph.Ap.Pd).GD.(1-v) (kWh)
Ev = Pv.24.0,03.M (kWh)
No caso de estudo, admite-se que este possui apenas
ventilação natural.
Para Ventilação Natural:
Qv = 0,024.(0,34.Rph.Ap.Pd).GD (kWh)
Rph (quadro iv.1) = 0,95 ren/h (altura acima do solo menor que 10, edificios
situados na periferia de uma zona urbana ou rural, com dispositivos de admissão na
fachada, caixa de estore sem classificação e com permeabilidade ao ar das caixilharias).
Ap = 60, 7 m²
Pd = 3,06 m
QV = 0,024.(0,34.0,95.60,7.3,06.1260) = 1814,24 kWh
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88
Classe deexposição
Dispositivos de admissão nafachada
Permeabilidade ao ar das caixilharias (de acordo com a norma EN12207)
Edificiosconformescom NP1037 -1
Sem classificaçãoCaixa de estore
Classe 1Caixa de estore
Classe 1Caixa de estore
Classe 1Caixa de estore
Sim Não Sim Não Sim Não Sim Não
1Sim 0,9 0,8 0,85 0,75 0,8 0,7 0,75 0,65
0,6
Não 1 0,9 0,95 0,85 0,9 0,8 0,85 0,75
2 Sim 0,95 0,85 0,9 0,8 0,85 0,75 0,8 0,7
Não 1,05 0,95 1 0,9 0,95 0,85 0,9 0,8
3Sim 1 0,9 0,95 0,85 0,9 0,8 0,85 0,75
Não 1,1 1 1,05 0,95 1 0,9 0,95 0,85
4 Sim 1,05 0,95 1 0,9 0,95 0,85 0,9 0,8
Não 1,15 1,05 1,1 1 1,05 0,95 1 0,9
Classes de exposição ao vento das fachadas do edificio ou da fracção autónoma
Altura acima do soloRegião A Região B
I II III I II III
Menor que 10 m Exp. 1 Exp. 2 Exp. 3 Exp. 1 Exp. 2 Exp. 3
De 10 m a 18 m Exp. 1 Exp. 2 Exp. 3 Exp. 2 Exp. 3 Exp. 4
De 18 m a 28 m Exp. 2 Exp. 3 Exp. 4 Exp. 2 Exp. 3 Exp. 4
Superior a 28 m Exp. 3 Exp. 4 Exp. 4 Exp. 3 Exp. 4 Exp. 4
Região A Tudo menos os locais pertencentes a B.
Região B Açores e Madeira e uma faixa de 5 km de largura junto à costa e/oude altitude superior a 600 m.
Rugosidade I Interior de uma zona urbana.
Rugosidade II Periferia de uma zona urbana ou zona rural.
Rugosidade III Zonas muito expostas, sem obstáculos ao vento.
3. Ganhos térmicos úteis
3.1 - Ganhos térmicos brutos resultantes das fontes internas
Qi = qi.M.Ap.0,720 (kWh)
qi (tabela iv.3) = 7 w/m²
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89
Ap = 60,7 m²
M = 5,3 meses
Qi = 7. 5,3. 60,7.0,001. 0,720 = 1,62 kWh
Ganhos térmicos internos médios por unidade de
área útil de pavimento
Tipo de edificio qi (W/m2)
Residencial 4
Serviços dos tipos: escritórios, comércio,restauração, consultórios, serviços de
saúde com internamento, etc. 7
Hotéis 4
Outros edificios com pequena carga de
ocupação 2
3.2 - Ganhos solares brutos
. Ganhos solares através dos vãos envidraçados
Qs = Gsul .M (kWh)
Gsul (anexo III) = 108 kWh/m².mês
Xj (quadro IV.4):
Factor de Orientação
X Octante N. Octantes NE.e NW.
Octantes E. eW.
Octantes SE.e SW.
Octantes S. Horizontal
0,27 0,33 0,56 0,84 1 0,89
As = A.Fs.Fg.Fw.gperp
Fs.Fg.Fw (simplificado)= 0,57 envidraçados a sul e a
este, sem obstruções do horizonte e sem palas.
As = A.0,57.gperp
gvidro = 0,52
gperp = 0,63 (com cortina interior muito tranparente)
8/7/2019 Projecto teste
http://slidepdf.com/reader/full/projecto-teste 90/100
90
gperpcorrigido (inverno) = (0,52.0,63)/0,75 = 0,44
gperp corrigido (inverno) = 0,63 (vidro duplo em questão com
cortina interior muito tranparente
Qs = 108.0,57.0,44.5,3. [(1.17,69) + (0,56.0.5)] =
2579,74 kWh
Total potência de aquecimento: - 7,11 1,8 3,34 - 1 1814,24 +
1,6 + 2579,74 = -1831,49 +2581,34 = 749,85 KWh
y
Terá de se compensar com uma carga térmica de aquecimento
no valor de 749,85 kWh.
y Arrefecimento
1) Perdas pela envolvente exterior (condução)
[Paredes exteriores, pavimentos exteriores, coberturas
exteriores, PTP exteriores, envidraçados exteriores]
Ql = 2,928.U.A.(m i)
m (anexo III) = 23C
i = 25C
Uparedes exteriores = 1,4 W/m²C
Área total das paredes exteriores = 138,29 m²
Área cobertura exterior = 49 m²
Ucobertura exterior = 0,85 W/m²
QI = [2,928.1,4.0,001.138,29.(23-25)] +[2,928.0,85.0,001.49.(23-
25)] = - 1,13 0,24 = - 1,37 kWh
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8/7/2019 Projecto teste
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92
A = Sul: 17,69 m²; Este: 0,5m².
gvidro = 0,52
gperp(verão) = 30%.gperpvidro+70%.gperp100%activo
gperp (verão) = 0,3.0,52+0,7.0,013 = 0,165
gperp100%activo = (gperp.gperpvidro)0,75 vidro duplo
gperp factor solar do vidro especial
gperpvidro factor solar do vão envidraçado com protecção
solar e incolor
gperp= 0,04 persiana cor clara, com réguas plásticas.
gperp 100% activocorrigido =0,52. [(0,63/0,75).(0,04/0,75)] =
0,013 vidro duplo
Fs.Fg.Fw (simplificado) = 0,57 envidraçados a sul e a este, sem
palas horizontais (NT página 10).
Qs = [(400.17,69) + (460.0,5)].0,57.0,165 = 687,13 kWh
4) Perdas pela ventilação
Q3 = 2,928.(0,34.Rph.Ap.Pd). (m i) (kWh)
Rph = 0,95
Ap = 60, 7 m²
Pd = 3,06 m
m = 23C
i = 25C
Q3 = 2,928.(0,34.0,95.60,7.3,06).(23-25) = -351,33 kWh
8/7/2019 Projecto teste
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93
5) Ganhos internos
Qi = 2,928.qi.Ap (kWh)
qi = 7W/m².
Ap = 60,7 m²
Qi = 2,928.7.0,001.60,7 = 1,24 kWh
6) Consumo dos Ventiladores
Ev = Pv.24.0,03.4 (kWh)
O caso em estudo possui apenas ventilação natural.
Total potência de arrefecimento: - 1,37 + 7,28 + 687,13 - 351,33
+ 1,24 = 343,15 kWh
y Terá de se compensar com uma carga térmica de arrefecimento
no valor de 343,15 kWh.
Cálculo para o Dimensionamento das redes de distribuição de
fluídos
1º Método da perda de carga constante: Este método se baseia na
circulação de ar e perdas em dutos redondos (condutas); para dutos
rectangulares, será necessário a conversão da bitola de duto redondo em
duto rectangular (equivalente) com a mesma quantidade de ar circulante
e as mesmas perdas. Com estas considerações, nos dutos rectangulares
teremos menor velocidade de ar para a mesma vazão e as mesmas
perdas.
P = 1 Pa (N/m²)
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2º Método da velocidade constante: Este método deve ser usado para
pequenos sistemas com poucos dutos (condutas) e no máximo cinco ou
seis bocas. È um método empírico no qual é a velocidade arbitrariamente
fixada no ventilador e, com base na experiência, reduzida em sucessivas
etapas.
V = 0,2 m/s (velocidade considerada)
Nota: Em edifícios públicos velocidades de 5 a 8 m/s são aceitáveis
nas condutas principais e velocidades de 4 a 6 m/s nas ramificações.
A velocidade do ar interior não deve ultrapassar os 0,2 m/s e
quaisquer desequilíbrios térmicos devem ser devidamente
compensados (um dos requisitos exigênciais do RSECE).
.Escoamento laminar Re < 2000 (Permanente)
f =
hf = (condutas circulares)
hf perda de carga em linha, em metros.
L comprimento do tubo, em metros.
peso específico do fluído.
.Escoamento Turbulento Re > 4000
f =
/D rugosidade relativa.
f coeficiente de atrito ou factor de atrito, adimensional.
hf = (condutas circulares)
Condutas circulares:
Re =
=
[adimensional]
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Re número de Reynolds.
D diâmetro do tudo, em metros.
D = Rh
Logo Re =
=
[adimensional]
Rh raio hidraúlico
����������À� ����������������� ���������������������� ��À������ ����������������������� ��À����������������±��������������������� Rh =
A - área, em m².
Pm Perímetro molhado, em metros.
Condutas não circulares:
Re =
= [adimensional]
Re número de Reynolds.
Rh raio hidraúlico
����������À� �������������� ��� ���������������������� ��À������
�
��
��
�����
�
���
������
�
��
��À�
���
������������±��������������������� Rh =
A - área, em m².
Pm Perímetro molhado, em metros
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����
Cálculo da Inércia Térmica
- Cálculo da massa total das Paredes Exteriores
Para determinar a massa das paredes exteriores é necessário considerar
que estas têm isolamento térmico, com uma resistência térmica superior a
0,5 m².C/W. Neste caso contabilizamos apenas a massa situada do lado
interior do isolante.
- Cálculo da massa total das Paredes Interiores
Neste caso contabilizamos todas as paredes que não façam fronteira comalgum compartimento ou com o meio exterior.
- Cálculo da massa total das Paredes Divisórias
As paredes aqui contabilizadas referem-se as que separam uma divisão
interior de outra, não se aplicando no caso em estudo
- Cálculo da massa total do Pavimentos
Se o pavimento fizesse fronteira com compartimentos por baixo, só se
contabilizava metade da massa do pavimento, como não é o que acontece
no exemplo em estudo, contabiliza-se a totalidade da massa do
pavimento.
- Cálculo da massa total da Cobertura
Neste caso temos dois limites superiores para a massa superficial útil, no
caso de se tratar de cozinhas e casas de banho o limite é de 150 kg/m² e
para salar e quartos o limite é de 125 kg/m².
Obtendo-se então a massa total do café = kg. Se dividirmos pela
área de pavimento útil ( m²) obtemos uma massa superficial de
kg/m². Através dos critérios do RCCTE a classe de Inércia Térmica do
café é Média.
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�� �
�
Tipo de paredeMsi
Com isolamento Sem isolamento
1 - Isolamento pelo interior, parede simples 0 mt/2 150 kg/m²2 e 3 - Isolamento pelo exterior, parede simples mt 150 kg/m² mt/2 150 kg/m²
4 e 5 - Isolamento no espaço de ar, parede dupla mpi 150 kg/m² mpi/2 150 kg/m²
6 - Parede em contacto com o solo mt 150 kg/m² 150kg/m²
Tipo de coberturaMsi
Com isolamento Sem isolamento
7 e 8 - Terraço, isolamento exterior mt 150 kg/m² mt/2 150 kg/m²
9 a 11 - Laje horizontal, sótão não habitável mt 150 kg/m² mt/2 150 kg/m²
12 a 14 - Cobertura inclinada, sótão habitável mt 150 kg/m² mt/2 150 kg/m²
15 - Terraço, isolamento interior 0 mt/2 150 kg/m²
Tipo de pavimentoMsi
Comisolamento
Sem isolamento
16 e 17 - Isolamento inferior, cave não habitável ou ambiente exterior mt 150 kg/m² mt/2 150 kg/m²
18 - Isolamento intermédio mt 150 kg/m² mt/2 150 kg/m²
19 e 20 - Pavimento em contacto com o solo (isolamento sob o pavimento) mt 150 kg/m² 150 kg/m²
Classe de Inércia térmica interior
Classe de Inércia Massa superficial útil por metro quadradoda área de pavimento (kg/m²)
Fraca It < 150
Média 150 It 400
Forte It > 400
y Í ndices Fundamentais do RCCTE
y Verificação do RCCTE
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y Selecção dos componentes principais da instalação:
Numa primeira abordagem podemos classificar os sistemas de
climatização em duas categorias: Sistemas Centrais e Sistemas
locais. Os sistemas centrais são caracterizados pela produção
centralizada de calor/frio num compartimento. Os fluidos sãoposteriormente distribuidos às unidades terminais através de uma
rede de condutas, que por vezes atinge um grau de complexidade
elevado. Nos sistemas locais os equipamentos presentes em cada
recinto têm um funcionamento autónomo, baseando-se apenas nas
condições de insuflação exigidas por cada espaço climatizado. Esta
autonomia confere uma maior flexibilidade ao sistema.
Não existe uma aplicação específica para cada uma destas
categorias, pois não existem vantagens marcantes de um tipo faceao outro. Os sistemas centrais de ar condicionado podem também
ser classificados pelo fluido térmico utilizado, identificando-se,
neste caso, Sistemas tudo ar, Sistemas ar-água e Sistemas tudo
água. Nos sistemas tudo ar as necessidades de arrefecimento são
todas fornecidas pelo sistema. Em relação às necessidades de
aquecimento poderão ser ou não providas por este sistema. Os
sistemas ar-água utilizam dois meios. O ar (normalmente designado
po ar primário) e a água (normalmente designada por água
secundária) para executarem as trocas de calor e de vapor de água.
Necessitam de equipamentos centrais para a produção de
calor/frio. Podem executar a desumidificação do ar, mas não
controlam rigorosamente o valor da humidade relativa. Nos
sistemas tudo água as unidades terminais não recebem ar primário,
adoptamdo-se outras soluções para a ventilação do recinto.
Diferenciando-se dos sistemas ar-água pelo facto de as unidades
terminais removerem as cargas sensíveis e latentes, nos períodos de
arrefecimento (Verão). Esta configuração permite o controlo datemperatura e da humidade relativa.
Análise da solução proposta
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Selecionou-se uma unidade de tratamento de ar (UTA)
apoiada por Chiller bomba de calor (sistema a 2 tubos)
e rede de condutas.
Análise de resultados
y Conclusões
y Anexos
- Planta do Café
- Catálogo dos equipamentos instalados