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PROJETO ACADEMIA ENEM

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Projeto desenvolvido pela Prefeitura de Fortaleza como preparação para o ENEM.

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  • PREFEITURA MUNICIPAL DE FORTALEZAROBERTO CLUDIO RODRIGUES BEZERRA

    prefeito

    GAUDNCIO LUCENA

    vice-prefeito

    JLIO BRIZZI

    secretrio de juventude

    INSTITUTO DE CULTURA, ARTE, CINCIA EESPORTELARA FERNANDES VIEIRA

    presidente

    EXPEDIENTE

    EQUIPE DE ELABORAO E COORDENAOPROJETO ACADEMIA ENEM

    FBIO FROTAcoordenador geral

    ANA CLIA FREIRE MAIALINDOMAR SOAREScoordenador adjuntos

    NORMANDO EPITCIOsupervisor de ensino

  • Roberto Cludio Rodrigues Bezerra

  • Linguagens e Cdigos

    MATERIAL PEDAGGICO:

    ndice

    PORTUgUS: walmir neto e maria gordianoMATEMTICA: carlos davyson e alexandre mouraHISTRIA: eciliano alves e mrcio michilesgEOgRAFIA: yuri saboiaQUMICA: felipe custdioFSICA: aroldo jniorBIOLOgIA: joo paulo gurgel

    Matemtica

    Cincias Humanas

    Cincias da Natureza

    Liguagens e Cdigos I .........................................................................................................Liguagens e Cdigos II ........................................................................................................Redao .............................................................................................................................

    Escala Numrica ................................................................................................................Trigonometria nos Tringulos ............................................................................................Princpios da Contagem .....................................................................................................

    Histria do Brasil ................................................................................................................Histria Geral .....................................................................................................................Geopoltica ........................................................................................................................

    Biologia ..............................................................................................................................Fsica ..................................................................................................................................Qumica .............................................................................................................................

    Grfica Mr Digital - (85) 3023.2395

    011 a 16017 a 24025 a 31

    035 a039040 a 46047 a 51

    055 a064065 a071072 a979

    083 a 093094 a 99100 a 108

  • LINGUAGENS E CDIGOS

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    LINGUAGENS E CDIGOS I

    MORFOSSINTAXE E COMPREENSO TEXTU-ALO ENEM E O ENSINO DA GRAMTICA Hoje, no estudo da gramtica, priorizam--se os efeitos de sentido que as estruturas provo-cam nos textos de diferentes gneros e tipologias, associados a diferentes contextos. A palavra LIN-GUAGENS faz referncia a um campo bem mais vasto de produo de sentidos, o qual pressupe possibilidades de expresso verbais e no ver-bais. O ensino da lngua deve considerar a he-rana de sentidos, advinda da cultura e das prti-cas sociais em que a linguagem se processa. Da a necessidade de se trabalhar, por exemplo, a di-nmica de um anncio publicitrio, o vis de um artigo de opinio, a pluralidade das variedades lingusticas e os diferentes nveis da linguagem e os respectivos graus de formalidade em diferen-tes situaes de comunicao.

    COMPETNCIA DA REA 8: Compreender e usar a lngua materna, geradora de significao e integradora da organizao do mundo e da pr-pria identidade.

    H25 - Identificar, em textos de diferentes gneros, as marcas lingusticas que singularizam as varie-dades lingusticas sociais, regionais e de registro.

    H26 - Relacionar as variedades lingusticas a situ-aes especficas de uso social.

    H27 - Reconhecer os usos da norma padro da lngua portuguesa nas diferentes situaes de co-municao.

    Noes de fontica, sintaxe, morfologia e semn-tica (divises da gramtica). Gramtica normativa - prescreve as regras, normas gramaticais de uma lngua. Admite apenas forma correta nica para a realizao da lngua trata as variaes como erros gramaticais. , atualmente, muito criticada. Tem como base as regras gramaticais tradicionais e o uso da ln-gua por dialetos de prestgio como, por exemplo, obras literrias consagradas, textos cientficos, discursos formais. As variedades lingusticas fa-ladas so tratadas como desvio da norma at que sejam dicionarizadas e oficialmente acrescenta-das s regras gramaticais da lngua.

    Fonologia ortopia - (estudo da pronncia correta dos

    vocbulos) - os erros so chamados de cacopia. - adevogado em vez de advogado; estrupo em vez de estupro; cardeneta em vez de caderne-ta; peneu em vez de pneu; abbra em vez de abbora.

    prosdia - (determinao da slaba tnica) - rbrica em vez de rubrica, - stil em vez de sutil, interim em vez de nterimortografia (representao correta da lngua escri-ta)

    Observe o enunciado a seguir: O pedreiro tinha um cachorro e a me do pedreiro era tambm o pai do cachorro.

    Morfologia estuda a forma dos vocbulos, as 10 classes de palavras ou classes gramaticais. Es-trutura e processos de formao.

    Sintaxe estuda a relao entre as palavras de uma orao ou relao entre as oraes de um perodo a partir de regras pr-determinadas com relao concordncia, regncia e colocao pronominal.

    Anlise Sinttica X Anlise Morfolgica Os meus dois melhores amigos viajaram ontem cedinho.

    Semntica estuda o significado.Estilstica estuda os processos de manipulao da linguagem e os princpios capazes de explicar as escolhas particulares feitas por indivduos e grupos sociais no que se refere ao uso da lngua.

    EXERCCIO DE APRENDIZAGEMQUESTO 01 - (H27) - Pela formalidade como se apresentam os textos de convites para casa-mentos e formaturas, a colocao mesocltica do pronome oblquo tono prtica recorrente na so-ciedade brasileira. Exemplifica-se essa colocao pronominal, de acordo com a norma padro, em:

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    LINGUAGENS E CDIGOS I

    a) Franciso e famlia convidam voc e sua fa-mlia a se fazerem presentes...

    b) Franciso e Francisca vos convidam a faze-rem-vos presente...

    c) A cerimnia religiosa realizar-se- s dezoi-to horas do dia...

    d) Convidam-vos para a cerimonia que reali-zar-se- s dezoito horas...

    e) Os formandos se confraternizaro no salo nobre da universidade...

    QUESTO 02 - (H27) - Podemos afirmar que, do ponto de vista das funes gramaticais, a piada fundamenta-se num mal-entendido, nascido do fato de:

    a) a primeira mulher ter usado o pronome isso para retomar um predicado que ficou implcito na fala da segunda mulher.

    b) a segunda mulher no ter enunciado uma frase completa com a pergunta E teu ma-rido?

    c) a primeira mulher ter usado, na sua justifi-cativa para a recusa, o verbo poder, indi-cando que o marido tinha condies de se lavar sozinho.

    d) a primeira mulher confundir as funes sin-tticas pertinentes, evidenciadas na fala da segunda mulher.

    e) a segunda mulher no ter esperado que a primeira mulher conclusse o discurso que iniciara.

    QUESTO 03 - (H27) - Em rigor, ningum co-mete erro em uma lngua, exceto nos casos de ortografia. O que normalmente se comete so transgresses da norma culta. De fato, aquele que, num momento ntimo do discurso, diz: Nin-gum deixou ele falar, no comete propriamente erro; na verdade, transgride a norma culta. A se-guir foram apresentadas frases em que ocorrem transgresses e as respectivas possibilidades de adaptaes norma culta. Numa das adapta-es atransgresso persiste; assinale-a:

    a) Eu no vi ela hoje. Adaptao: Eu no a vi hoje.

    b) Ningum deixou ele falar. Adaptao: Nin-gum deixou-lhe falar.

    c) Eu te amo, sim, mas no abuse! Adaptao: Eu te amo, sim, mas no abuses!

    d) No assisti o filme nem vou assisti-lo. Adap-tao: No assisti ao filme nem vou assistir a ele.

    e) Sou teu pai, por isso vou perdo-lo. Adapta-o: Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe.

    QUESTO 04 - (H27) - Considerando o ndice de mortos pela gripe H1N1 - gripe suna - no Brasil, em 2009, o Ministro da Sade faria um pronun-ciamento pblico na TV e no rdio para esclare-cer a populao e as autoridades locais sobre a necessidade do adiamento do retorno s aulas, em agosto, para que se evitassem a aglomera-o de pessoas e a propagao do vrus. Fazendo uso da norma padro da lngua, que se pauta pela correo gramatical, seria cor-reto o Ministro ler, em seu pronunciamento, o se-guinte trecho:

    a) Diante da gravidade da situao e do risco de que nos expomos, h a necessidade de se evitar aglomeraes de pessoas, para que se possa conter o avano da epidemia.

    b) Diante da gravidade da situao e do ris-co a que nos expomos, h a necessidade de se evitarem aglomeraes de pessoas, para que se possam conter o avano da epidemia.

    c) Diante da gravidade da situao e do ris-co a que nos expomos, h a necessidade de se evitarem aglomeraes de pessoas, para que se possa conter o avano da epi-demia.

    d) Diante da gravidade da situao e do risco os quais nos expomos, h a necessidade de se evitar aglomeraes de pessoas, para que se possa conter o avano da epi-demia.

    e) Diante da gravidade da situao e do risco com que nos expomos, tem a necessidade de se evitarem aglomeraes de pessoas, para que se possa conter o avano da epi-demia.

    QUESTO 05 - (H25) - Observe o exemplo a se-guir em que se define o termo samambaia. Uma samambaia definida como uma planta vascular que se reproduz por esporos que se espalham para iniciar uma alternncia de ge-raes. Novas folhagens surgem por envenena-o. Considerando-se que as marcas de lin-guagem singularizam as variedades lingusticas sociais, regionais e de registro, pode-se inferir que:

    a) A definio em destaque poder ser lida e compreendida por qualquer pessoa familia-rizada com o manejo desse vegetal.

    b) O conhecimento prtico ou o estudo acad-mico favorecero a compreenso da men-sagem numa mesma proporo.

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    LINGUAGENS E CDIGOS I

    c) Por conter termos tcnicos, a mensagem dirigida particularmente a um grupo espe-cfico de leitor.

    d) Somente conhecedores de rea tecnolgi-ca tero acesso informao transmitida pela mensagem.

    e) Um homem do campo que no saiba ler ja-mais elaborar em sua mente um conceito para samambaia.

    QUESTO 06 - (H-27) - A seguir apresentam-se diferentes ocorrncias de um comando impera-tivo. Assinale a nica que est de acordo com o padro formal da lngua portuguesa:

    a) Creias em ti, mas nem sempre duvides dos outros.

    b) Cr em ti, mas nem sempre duvidas dos outros.

    c) Creias em ti, mas nem sempre duvidas dos outros.

    d) Creia em ti, mas nem sempre duvide dos outros.

    e) Cr em ti, mas nem sempre duvides dos outros.

    QUESTO 07 - (H-27) - Assinale a alternativa correta, considerando o uso dos verbos abun-dantes em situaes formais:

    a) Foi elegido pelas mulheres, apesar de ha-ver eleito a maioria dos homens.

    b) Por haver aceitado as condies do acor-do, seus documentos foramentregues ao escrivo.

    c) Antes de chover, ele tinha cobrido o carro com uma capa.

    d) Tem fazido muito calor ultimamente.e) Por ter morto um animal indefeso, o caa-

    dor foi matado pelos ndios.

    QUESTO 08 - Transportando para a voz passi-va a frase eu estava revendo, naquele momen-to, as provas tipogrficas do livro, obtm-se, de acordo com a norma culta da lngua portuguesa, a frase:

    a) Eu ia revendo, naquele momento, as pro-vas tipogrficas do livro

    b) Estava sendo revisto, naquele momento, as provas tipogrficas do livro

    c) Seriam revistas, naquele momento, as pro-vas tipogrficas do livro

    d) Comecei a rever, naquele momento, as provas tipogrficas do livro

    e) Estavam sendo revistas, naquele momen-to, as provas tipogrficas do livro

    QUESTO 09 - (H-27) - Escolha a alternativa em que a situao de comunicao fez uso do pre-sente do subjuntivo dentro dos padres da norma culta da lngua portuguesa:

    a) Como os preos baixaram, necessrio que ns refazemos o oramentos.

    b) importante que nossa tentativa vale o es-foro.

    c) Convm que ele propunha um novo acordo.d) Para que no nomeemos necessrio que

    ns sabemos o que elas pensam.e) Espero que vs comais e bebais comedida-

    mente no Carnaval. QUESTO 10 - (H27) - cara, t azarando uma mina que o maior barato. Assinale a opo que apresenta, para o texto oral reproduzido acima, uma verso de acordo com as caractersticas do registro escrito da lngua culta padro.

    a) Ei, estou paquerando uma menina muito legal!

    b) Estou interessado numa moa bonita e in-teligente.

    c) Estou dando em cima de uma garota bem maneira.

    d) Voc no acredita em que mulhero estou interessado!

    e) No h mulher mais sinistra do que a que t de olho!

    EXERCCIOS COMPLEMENTARES A invaso da revoluo da Internet e da era digital atraiu o setor da informao com a perspectiva de lucro fcil. Industriais dos setores mais variados (eletricidade, informtica, arma-mento, construo, telefonia e gua) edificaram gigantescos imprios, monopolizando os meios de comunicao em poucas mos, e integraram de maneira vertical e horizontal os setores da informao, a cultura e o entretenimento, ante-riormente separados, com o desenvolvimento de conglomerados onde o conhecimento e os conte-dos se transformam em uma nova mercadoria. O texto acima est escrito numa lingua-gem tcnica. Observe-o em uma outra verso: A difuso sbita da revoluo da Inter-net e da era digital atraiu o setor da informao com a crena de lucro fcil. Industriais dos se-tores mais variados (eletricidade, informtica, ar-mamento, construo, telefonia e gua) criaram gigantescos imprios, monopolizando os meios de comunicao em poucas mos, e integraram de maneira vertical e horizontal os setores da

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    LINGUAGENS E CDIGOS I

    informao, a cultura e o entretenimento, ante-riormente separados, com o desenvolvimento de conglomerados onde o conhecimento e os conte-dos se transformam em uma nova mercadoria.

    QUESTO 01 - (H25) - Comparando-se os dois textos, verifica-se que, na segunda verso, hou-ve mudanas relativas a:

    a) vocabulrio.b) construes sintticas.c) pontuao.d) fontica.e) regncia verbal.

    QUESTO 02 - (H-26) - No texto de Patativa, verifica-se a utilizao de linguagem:

    a) predominantemente formal e figurada, apresentando traos do ambiente em que foi criada e do contexto que a gerou.

    b) regionalista e coloquial, tendo porfinalidade mostrar a discriminao cultural a que o campons submetido.

    c) simples e informal, originando-se das limita-es de conhecimento do autor em relao norma culta da lngua portuguesa.

    d) sertaneja e conotativa, sendo justificada pela necessidade de problematizar a rela-o entre o escritor e o leitor popular.

    e) popular e culta, objetivando criar intimidade entre o receptor da mensagem e o falar pe-culiar ao homem campons.

    QUESTO 03 - (H-27) - Leia a notcia a seguir, do dia 29 de julho, retirada da Agncia de Not-cias So Joaquim online: Segundo os fatos o nibus se dirigia pela Rua Paulo Bathke em frente as construes do Edifcio Cricima quando de repente caiu em uma vala aberta pela prpria construtora sobre o asfalto. As rodas traseiras do nibus patinaram e o nibus no conseguiu sair. -O motorista foi pedir auxilio e o cara das obras do Cricima e em tom grosseiro disse que ningum mandou eles passarem por ali e que no tinha nada haver com a histria. comentou os estudantes. No fragmento transcrito, o padro formal da linguagem convive com marcas de coloquia-lismo no vocabulrio e desvios estruturais da ln-gua. Pertence variedade do padro formal da linguagem o seguinte trecho:

    a) em frente as construes do Edifcio Crici-ma (l.1-2).

    b) o motorista foi pedir auxlio (l.4).c) ningum mandou eles passarem por ali

    (l.5).d) no tinha nada haver com a histria (l.5).e) comentou os estudantes (l.5-6)

    QUESTO 04 - (H - 27) - Considerando as re-laes que as palavras exercem entre si ou os elementos que as retomam, os termos e seus referentes esto devidamente representados, no texto a seguir, em: No se devem confundir os conceitos de fontica e de fonologia. Enquanto aquela estuda os aspectos fsico-articulatrios do som, estaes-tuda as diferenas fnicas intencionais, distinti-vas, isto , que se unem a diferenas de signifi-caes.

    a) aquela-aspectos fsicos, esta - diferenas fnicas;

    b) aquela-fontica, esta - fonologia;c) aquela-conceitos de fontica, esta - diferen-

    as fnicas;d) aquela-fonologia, esta - fontica;e) aquela-aspectos fsico-articulatrios, esta -

    diferenas de significao;

    QUESTO 05 - (H27) - A reescritura de Era a flor, e no j da escola, SENO de toda a cida-de, respeita o padro culto da lngua portugue-sa, sem alterao de sentido, na alternativa:

    a) Era a flor, e no j da escola, MAS SIM de toda a cidade.

    b) Era a flor, e no j da escola; DE OUTRO MODO de toda a cidade.

    c) Era a flor, e no j da escola. EXCETO de toda a cidade.

    d) Era a flor, e no j da escola, PORTANTO de toda a cidade.

    e) Era a flor, e no j da escola, OU de toda a cidade.

    QUESTO 06 - (H-27) - Das frases que seguem, uma traz o emprego coloquial da forma verbal, si-tuao em que a comunicao se processa sem, muitas vezes, sem fazer a devida observncia dos princpios normativos da lngua. Assinale-a:

    a) Cumpre teus deveres, e ters a conscincia tranquila.

    b) S o teu melhor amigo.c) Nada do que se possui com gosto se perde

    sem desconsolao.d) No voltes atrs, pois fraqueza desistir-se

    da coisa comeada.e) Dizia Rui Barbosa: Fazeis o que vos man-

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    LINGUAGENS E CDIGOS I

    da a conscincia, e no fazeis oque con-vm ao apetite.

    QUESTO 07 - (H-27) - Dentre as diferen-tes situaes de comunicao apresentadas a seguir,assinale a frase em que se fez uso da nor-ma padro da lngua portuguesa, considerando--se a correlao entre modos e tempos verbais:

    a) Se voc interferisse, ele faria o trabalho so-zinho;

    b) Se voc no interferir, ele fazia o trabalho sozinho;

    c) Se voc no interferir, ele faria o trabalho sozinho;

    d) Se voc no interfere, ele fazia o trabalho sozinho;

    e) Se voc no interferisse ele faz o trabalho sozinho.

    QUESTO 08 - (ENEM - 2011 - H27) - H cer-tos usos consagrados na fala, e at mesmo na escrita, que, a depender do estrato social e do n-vel de escolaridade do falante, so, sem dvida, previsveis. Ocorrem at mesmo em falantes que dominam a variedade padro, pois, na verdade, revelam tendncias existentes na lngua em seu processo de mudanaque no podem ser bloque-adas em nome de um tal ideal lingustico que estaria representado pelas regras da gramtica normativa. Usos como ter por haver em constru-es existenciais (tem muitos livros na estante), o do pronome objeto na posio de sujeito (para mim fazer o trabalho), a no-concordncia das passivas com se (aluga-se casas) so indcios da existncia, no de uma norma nica, mas de uma pluralidade de normas, entendida, mais uma vez, norma como conjunto de hbitos lingusti-cos, sem implicar juzo de valor.CALLOU, D. Gramtica, variao e normas. In: VIEIRA, S.

    R.; BRANDO, S. (orgs).Ensino de gramtica: descrio e uso. So Paulo: Contex-

    to, 2007 (fragmento).

    Considerando a reflexo trazida no texto a respeito da multiplicidade do discurso, verifica--se que:

    a) estudantes que no conhecem as diferen-as entre lngua escrita e lngua falada em-pregam, indistintamente, usos aceitos na conversa com amigos quando vo elaborar um texto escrito.

    b) falantes que dominam a variedade padro do portugus do Brasil demonstram usos que confirmam a diferena entre a norma idealizada e a efetivamente praticada, mes-

    mo por falantes mais escolarizados.c) moradores de diversas regies do pas que

    enfrentam dificuldades ao se expressarem na escrita revelam a constante modificao das regras de emprego de pronomes e os casos especiais de concordncia.

    d) pessoas que se julgam no direito de contra-riar a gramtica ensinada na escola gostam de apresentar usos no aceitos socialmen-te para esconderem seu desconhecimento da norma padro.

    e) usurios que desvendam os mistrios e sutilezas da lngua portuguesa empregam formas do verbo ter quando, na verdade, deveriam usar formas do verbo haver, con-trariando as regras gramaticais.

    QUESTO 09 - (ENEM - 2011 - H27) -

    O humor da tira decorre da reao de uma das cobras com relao ao uso de prono-me pessoal reto, em vez de pronome oblquo. De acordo com a norma padro da lngua, esse uso inadequado, pois:

    a) contraria o uso previsto para o registro oral da lngua.

    b) contraria a marcao das funes sintticas de sujeito e objeto.

    c) gera inadequao na concordncia com o verbo.

    d) gera ambiguidade na leitura do texto.e) apresenta dupla marcao de sujeito.

    QUESTO 10 - (ENEM 2012 - H26) - eu gos-tava muito de passe sa com as minhas col-gas brinc na porta di casa di vlei and de patins bicicleta quando eu levava um tombo ou outro eu era a:: a palhaa da turma ((ri-sos)) eu acho que foi uma das fases mais as-sim gostosas da minha vida foi essa fase de quinze dos meus treze aos dezessete anos

    A.P.S., sexo feminino, 38 anos, nvel de ensino fundamen-tal. Projeto Fala Goiana, UFG. 2010 (indito).

    Um aspecto da composio estrutural que caracteriza o relato pessoal de A.P.S. como modalidade falada da lngua :

    a) predomnio de linguagem informal entrecor-tada por pausas.

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    LINGUAGENS E CDIGOS I

    b) vocabulrio regional desconhecido em ou-tras variedades do portugus.

    c) realizao do plural conforme as regras da tradio gramatical.

    d) ausncia de elementos promotores de coe-so entre os eventos narrados.

    e) presena de frases incompreensveis a um leitor inciante.

    GABARITO DE APRENDIZAGEM01 02 03 04 05 06 07 08 09 10C B B C C E B E E B

    GABARITO COMPLEMENTAR01 02 03 04 05 06 07 08 09 10A C B B A E A B B A

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    LINGUAGENS E CDIGOS II

    VARIEDADES LINGUSTICAS E A NORMA PA-DRO

    Conhecimento necessrio Arcasmo - uso lexical ou gramatical de uma palavra ou expresso antiga, que j caiu em desuso. Pode ser lingustico ou literrio. O arca-smo lingustico encontrado na fala que contm traos fonticos, morfolgicos, sintticos e lxi-cos que so conservadores e antigos na lngua. Qui (formado por alterao do antigo qui sabe?), substitudo por talvez. Vossa Merc, pronome de tratamento que evoluiu para a forma voc. Uso do pretrito mais-que-perfeito (disse-ra, sorrira, amara). Uso de Mesclise no futuro do presente e no futuro do pretrito (pedir-se-, vender-se-ia). Termos coloquiais - utilizados no coti-diano, sem preocupao com a norma gramati-cal, para que haja mais fluidez na comunicao oral. A gente no viu ela hoje. (Ns no a vi-mos hoje.)Ningum deixou ele falar. (Ningum o deixou fa-lar.) Deixe eu ver isso, meu. (Deixe-me ver isso, rapaz.) Eu te amo, sim, mas no abuse. (Eu o amo, sim, mas no abuse.) Obedeci meus pais e no assisti o filme. (Obedeci a meus pais e no assisti ao filme).

    Pleonasmo - redundncia (propositada ou no) numa expresso, enfatizando-a. Pleo-nasmo literrio - (tambm denominado pleonas-mo de reforo, estilstico ou semntico) - uso do pleonasmo como figura de estilo para enfatizar algo em um texto. Pleonasmo vicioso - (no uma figura de linguagem, e sim um vcio de linguagem) - repe-tio desnecessria de algum termo ou ideia na frase.

    EXEMPLOS: subir para cima, hemorragia de sangue, sair para fora, adiar para depois, encarar de frente, elo de ligao, certeza absoluta, duas metades iguais, h anos atrs, detalhes minu-ciosos, surpresa inesperada, escolha opcional, possivelmente poder ocorrer, comparecer pes-soalmente...

    Cacofonia - (do grego kako=ruim + fonia=som) o nome dado aos sons desagrad-

    veis dos cacfatos, palavras formadas por aque-les encontros casuais das slabas finais de um vocbulo com as iniciais do outro.

    Linguagem formal - falada e escrita em situaes mais formais pelas pessoas de maior instruo e de maior escolaridade. Os documentos oficiais (leis, sentenas judiciais), os livros e relatrios cientficos, os con-tratos, as cartas comerciais, os discursos polti-cos so exemplos de textos escritos nessa varie-dade lingustica.

    Linguagem coloquial - cotidiana, sem preocupaes com as regras rgidas da gramti-ca normativa, usa expresses populares, frases feitas e grias.

    Conotao e denotao DENOTAO X CONOTAO Gostava da cor roxa. Sentia pela namorada uma paixo roxa Adequao vocabular - fatores que in-fluenciam: Os interlocutores: um professor no pode usar com um aluno da faculdade a mesma lin-guagem com que se dirige a um aluno da alfabe-tizao.

    Ambiente: impossvel usar o mesmo tipo de linguagem entre amigos e em uma pales-tra para gestores executivos; em um velrio e em um campo de futebol; em uma igreja e em uma festa.

    Assunto: preciso adequar a linguagem ao que ser dito, logo, no se convida para um ch de beb da mesma maneira que se convida para uma missa de 7 dia.

    Relao falante-ouvinte: o grau de inti-midade entre os interlocutores outro fator utili-zado para a adequao lingustica.

    Intencionalidade (efeito pretendido): nenhum texto (oral ou escrito) despretensioso; todos so carregados de intenes. E para cada inteno existe uma forma de linguagem que ser compatvel, por isso, as declaraes de amor so feitas diferentes de uma solicitao de emprego. H diferentes maneiras para criticar, elo-giar ou ironizar.

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    LINGUAGENS E CDIGOS II

    Estrangeirismo

    Barbarismo - emprego desnecessrio de palavras estrangeiras, quando j existe palavra ou expresso correspondente na lngua. O show hoje! (espetculo) Vamos tomar um drink? (drinque)

    Neologismo - fenmeno lingustico que consiste na criao de uma palavra ou expresso nova, ou na atribuio de um novo sentido a uma palavra j existente

    Jargo - modo de falar especfico de um grupo, geralmente ligado profisso. Existe o jargo dos mdicos, o jargo dos especialistas em informtica...

    Gria

    Variedades lingusticas - compondo o quadro do padro informal da linguagem, repre-sentam as diferentes formas de comunicao de acordo com as condies sociais, etrias, cultu-rais, regionais e histricas.

    Ambiguidade - uso de orao em que se percebe duplo sentido, pelo mau emprego ou pela m ordenao de termos, causando dificul-dade de compreenso da mensagem por parte do receptor.Exemplo: A pai pediu para a filha dirigir seu carro. (De quem era o carro?) Como vai a cachorra da sua irm? (Que cachorra? A irm ou a cadela criada pela irm?) Este lder dirigiu bem sua nao(Nao de quem? Sua ou dele?) Eu comprei sapatos para homens pre-tos. (Sapatos ou homens pretos?) O rapaz comeu ma e sua prima tam-bm. (O rapaz comeu quem ou o qu?) Vimos o incndio do prdio. (Estvamos no prdio ou vimos que ele fora incendiado?)

    Polissemia - conceito da rea da lingus-tica com origem no termo grego polysemos, que significa algo que tem muitos significados. Uma palavra polissmica uma palavra que rene v-rios significados.

    EXERCCIOS COMPLEMENTARESQUESTO 01 - H25 - Considere o texto do con-vite de aniversrio, compartilhado entre vizinhos adolescentes, cursando o ensino mdio, que re-partiram muitos momentos e brincadeiras duran-te a infncia, assim redigido: Venho respeitosa-mente solicitar-lhe que se digne comparecer ao meu aniversrio. A atitude desse rapaz se assemelha ati-tude do indivduo que:

    a) comparece a uma festa de formatura usan-do terno.

    b) vai entrevista de emprego de short e ca-miseta.

    c) vai praia de terno e gravata.d) pe terno e gravata para ir Cmara dos

    Deputados.e) vai a uma partida de futebol de chinelo e

    bermuda.

    QUESTO 02 - H26 - Por se tratar de um convite de aniversrio, entre rapazes, feito na modalida-de oral, o texto da questo anterior estaria mais adequado em:

    a) Amigo, espero voc no meu aniversrio.b) Terei a honra de vos receber em meu ani-

    versrio.c) Nis vai fazer uma festana de aniversrio,

    vamo nessa.

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    LINGUAGENS E CDIGOS II

    d)Vai rolar um festo, t ligado? Tamo junto, falou?

    e) Ide ao meu aniversrio e no vos arrepen-dereis.

    QUESTO 03 - H27 - As palavras onde,aonde e por onde existem na lngua portuguesa, tm sig-nificados diferentes e devem ser usadas em si-tuaes especficas. A palavra onde se refere ao lugar em que algum ou alguma coisa est; ao lugar em que algo est acontecendo. As palavra-saonde e por onde recebem o acrscimo de uma preposio em virtude da relao que exercem com o termo ao qual se ligam. Observando-se os excertos de msicas a seguir, percebe-se que, algumas vezes, de modo informal, o emprego dessas palavras se desvia dos padres gramati-cais, como se observa em:

    a) E aonde quer que eu v Levo voc no olhar

    Paralamas

    b) No quero estar de foraAonde est voc?Eu tive que ir emboraMesmo querendo ficarAgora eu sei!

    Marisa Monte/ Nando Reis

    c) E por falar em saudadeonde anda voconde andam seus olhos que a gente no v,onde anda esse corpoque me deixou louco de tanto prazer

    Toquinho / Vincius de Moraes

    d) Moro onde no mora ningumOnde no passa ningumOnde no vive ningum l onde moroE eu me sinto bemMoro onde moro ...

    Agep

    e) Por onde andei?Enquanto voc me procuravaE o que eu te deiFoi muito pouco ou quase nadaE o que eu deixei?Algumas roupas penduradasSer que eu sei?Que voc mesmoTudo aquilo que me faltava...

    Nando Reis

    QUESTO 04 - (H25) - As marcas lingusticas utilizadas no texto Distrbios de Dficit de Aten-o, poderiam exemplificar o uso de:

    a) termos regionais.b) vocabulrio tcnico.c) variedade histrica.d) arcasmos.e) neologismos

    QUESTO 05 - (H26) - O trecho parte de uma carta comercial enviada por uma loja do Nordes-te ao diretor de uma empresa de fornecedores em So Paulo. As opes lingusticas usadas condizem com uma linguagem:

    a) regional, adequada troca de informaes entre diferentes espaos geogrficos.

    b) jurdica, por tratar de assunto relacionado a bancos e pagamentos depositados.

    c) coloquial, considerando-se a relao de inti-midade entre colegas de trabalho.

    d) formal, adequando-se aos interlocutores e situao de comunicao em que se pro-cessa.

    e) tcnica, pressupondo os graus de escolari-dade do emissor e do receptor da mensa-gem.

    QUESTO 06 - (H27) - Nas diferentes situaes de comunicao apresentadas a seguir, marque a que faz uso de linguagem formal, seguindo os preceitos da norma culta:

    a) Esse livro que est comigo deveras sur-preendente.

    b) Vi-lhe comentar fofocas provocadoras.c) Eu lhe amo com as foras de todos os deu-

    ses da mitologia.d) A velinha era para mim apagar depois das

    congratulaes.e) Eles me pediram uma resposta, e eu lhas

    dei.

    QUESTO 07 - (H25) - Os provrbios e expres-ses populares da Lngua Portuguesa no Brasil, reescritos numa linguagem erudita e rebusca-da, podem levar o leitor ao humor e ao riso, como nos textos apresentados a seguir.

    TEXTO 01Lista de provrbios1. guas passadas no movem moinhos. 2. Quem ama o feio bonito lhe parece. 3. Quem diz o que quer ouve o que no quer. 4. Santo de casa no faz milagre.5. Pelo dedo se conhece o gigante.

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    LINGUAGENS E CDIGOS II

    TEXTO 02Provrbios Modernizados Millr Fernandes QUESTO 01- A substncia inodora e incolor que j se foi no mais capaz de comunicar movimento ou ao ao engenho especial para triturar cereais. QUESTO 02 - Aquele que se deixa prender sentimentalmente por criatura inteiramente destituda de dotes fsicos, de encanto, ou gra-a, acha-a extraordinariamente dotada des-ses mesmos dotes que outros no lhe veem. QUESTO 03 - Aquele que anuncia por palavras tudo que satisfaz o seu ego tende a perceber pe-los rgos de audio coisas que no se des-tinam a aumentar-lhe o sentimento de euforia. QUESTO 04 - A criatura canonizada que vive em nosso prprio lar no capaz de produzir efeito extraordinrio que v contra as leis funda-mentais da natureza.QUESTO 05 - Por cada um dos prolongamen-tos articulados em que terminam os ps e mos do homem e outros animais, estabelece-se a identidade do ser de estatura descomunal. Comparando-se os dois tipos de escrita, verifica-se que, na segunda verso, houve mu-danas relativas:

    a) expressividade alcanada por recursos fonticos.

    b) emprego adequado da regncia verbal.c) sentido final da mensagem transmitida.d) uso abusivo desinais de pontuao.e) vocabulrio que destoa do contexto popular.

    QUESTO 08 - (H26) - A linguagem a carac-terstica que nos difere dos demais seres, permi-tindo-nos a oportunidade de expressar sentimen-tos, revelar conhecimentos, expor nossa opinio frente aos assuntos relacionados ao nosso coti-diano, e, sobretudo, promovendo nossa insero ao convvio social. A seguir, pode-se observar o trecho de uma msica que fez muito sucesso na dcada de 90:CHOPIS CENTIS Eu di um beijo nelaE chamei pra passear.A gente fomos no shoppingPra mode a gente lanchar.Comi uns bicho estranho, com um tal de gerge-lim.At que tava gostoso, mas eu prefiro aipim.[...] (Dinho e Jlio Rasec, encarte CD Mamonas Assassinas, 1995.)

    Nele se fazem presentes variaes lin-gusticas de carter:

    a) cultural, por apresentarem especificidades de um grupo social e seu grau de instruo.

    b) econmico, uma vez que almoar no sho-pping uma prtica comum a quem tem dinheiro.

    c) estilstico, pelas estruturas a que os com-positores recorreram para criticar a fala do matuto.

    d) etimolgico, uma vez que se pretende res-saltar a origem de termos e expresses po-pulares.

    e) histrico, por se poder identificar as trans-formaes que a lngua sofre com o passar do tempo.

    TEXTO PARA AS QUESTES 09 E 10CONVERSA TELEFNICA Telefonista da escola Bom dia. Em que posso ser til?Aluna - Por favor, voc poderia transferir esta li-gao para a biblioteca?Telefonista da escola - Pronto, pode falar. A bi-bliotecria est na linha.Aluna - Gostaria de verificar se j posso retirar livros da biblioteca, porque me matriculei agora e as aulas apenas comearam.Bibliotecria - Preciso de seu nmero de matr-cula e de seu nome completo.Aluna - Sou Kamila Arruda de S...Bibliotecria - Prima, voc? Sou a Aline, filha da ngela. Como t a tia? C passa aqui pra gente resolver isso rapidinho e sem pro. T aqui at 22h.Aluna - Oh mundinho pequeno que nem uma er-vilha! Combinado.

    QUESTO 09 - (H26) - A variao lingustica algo inerente diversidade das situaes de uso da lngua portuguesa. mais apropriado avaliar as variedades lingusticas a partir da noo de adequao de uso, retirando da norma-padro o status de nica variedade correta, isto , de variedade superior s outras. Na representao escrita da conversa telefnica entre a aluna e as funcionrias da escola, observa-se que a manei-ra de falar dos interlocutores foi alterada devido:

    a) adequao da fala conversa com pes-soa ntima, atravs da informalidade.

    b) iniciativa da aluna ao se apresentar s funcionrias da escola como novata.

    c) ao fato de os trs interlocutores pertence-rem mesma instituio de ensino.

    d) intimidade forada pela bibliotecria ao revelar o parentesco com a aluna.

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    LINGUAGENS E CDIGOS II

    e) ao interesse profissional das funcionrias em serem receptivas com os novatos.

    QUESTO 10 - (H27) - A expresso j posso retirar livros da biblioteca poderia ser substituda de acordo com a norma culta, sem comprometi-mento de sentido, por:

    a) J os posso retirar da bibliotecab) J posso lhes retirarda.c) J posso os retirarde l.d) J posso retirar-lhes de l.e) J posso retirar eles da biblioteca.

    EXERCCIOS COMPLEMENTARESO Poeta da Roa

    Sou fio das mata, canto da mo grossa,Trabio na roa, de inverno e de estio.A minha chupana tapada de barro,

    S fumo cigarro de paia de mo.Sou poeta das brenha, no fao o pap

    De argunmenestr, ou errante cantQue veve vagando, com sua viola,

    Cantando, pachola, percura de am.No tenho sabena, pois nunca estudei,

    Apenas eu sei o meu nome assin.Meu pai, coitadinho! Vivia sem cobre,

    E o fio do pobre no pode estud.Meu verso rastero, singelo e sem graa,

    No entra na praa, no rico salo,Meu verso s entra no campo e na roa

    Nas pobrepaioa, da serra ao serto.(...)

    http:/ /letras.mus.br/patativa-do-assare/872145/ - acessa-do em 20/08/2013

    QUESTO 01 - (H26) - Nesse texto de Patativa, verifica-se a utilizao de uma variedade lingus-tica, que revela uma situao especfica de uso social, por ser:

    a) predominantemente rebuscada e figurada, apresentando traos do ambiente em que foi criada e do contexto que a gerou.

    b) regionalista e coloquial, tendo por finalida-de mostrar a discriminao cultural a que o campons submetido.

    c) simples e coloquial, originando-se das limi-taes de conhecimento do autor em rela-o norma culta da lngua portuguesa.

    d) sertaneja e conotativa, sendo justificada pela necessidade de problematizar a rela-o entre o escritor e o leitor popular.

    e) popular e culta, objetivando criar intimidade entre o receptor da mensagem e o falar pe-

    culiar ao homem campons.

    QUESTO 02 - (H25) - As dezesseis palavras que compem a frase de Roriz podem ser com-preendidas como:

    a) uma diferente forma de expresso, justifica-da pelas variedades lingusticas.

    b) marcas lingusticas que aproximam a lin-guagem do poltico de seu povo.

    c) detentoras de variedade lingustica histrica comum ao discurso opressivo.

    d) exemplo de variedade lingustica caracte-rstica da tradio crioula.

    e) variaes dialetais resultantes de diversas culturas presentes em Brazlndia.

    QUESTO 03 - (H26) - Ao contrrio do que mui-tos pensam, a gria no constitui um flagelo da linguagem. Quem, um dia, j no usou bacana, dica, cara, chato, cuca, esculacho? O mal maior da gria reside na sua adoo como forma per-manente de comunicao, desencadeando um processo no s de esquecimento, como de des-prezo do vocabulrio oficial. Usada no momento certo, porm, a gria um elemento de lingua-gem quedenota expressividade e revela grande criatividade, desde que, naturalmente, adequada mensagem, ao meio e ao receptor. Ainda que criativa e expressiva, a gria s admitida na ln-gua falada. A lngua escrita no a tolera, a no ser na reproduo da fala de determinado meio ou poca, com a visvel inteno de documen-tar o fato, ou em casos especiais de comunica-o entre amigos, familiares, namorados, dentre outros, caracterizada pela linguagem informal. A seguir, encontram-se falas de polticos, as quais fazem uso de grias, reproduzidas na Folha de So Paulo. Para cada texto foi apresentada uma interpretao da linguagem, entretanto s uma est correta. Assinale-a.

    a) As empresas tm sido nocauteadas. Ao referir-se s altas multas cobradas pelo governo americano das empresas que ex-portam ao para os Estados Unidos, o ad-vogado valeu-se de uma metfora, usando nocauteadas com o sentido de enalteci-das.

    b) (...) sinais de racha na bancada governis-ta mostram que possvel a aprovao do impeachment, no lugar de uma CPI. O ter-mo racha foi usado metaforicamente para referir-se a vazamento de informaes.

    c) Vereadores governistas comearam a ba-lanar em favor da CPI. Ocorreu uma me-

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    taforizao: balanar significando posi-cionar-se.

    d) Houve bolhas de consumo, surtos de cres-cimento e apostas numa economia mais aberta(...) A expresso coloquial bolhas, significa borbulhas.

    e) Setor de tele (empresa de telecomunica-es) do Brasil vedete na AL (Amrica Latina). Atravs de uma metaforizao, foi substituda a expresso se vulgariza por vedete.

    QUESTO 04 - (H26) - Observe os exemplos dos tipos de linguagem, empregados com dife-rentes intenes em contextos adversos:

    I. Coloquial: Pega o bon para mim no sof de casa.

    II. Culta: Pegue, por favor, o bon que est em cima do sof em minha casa.

    III. Cientfica: A lua envolvia a viva natureza com seus braos reluzentes.

    IV. Literria: A gua alcana fervura tempe-ratura de 100C.

    V. Gria: E a, cara. Beleza?VI. Regionalismo: Bah, o guri pegou o chimar-

    ro.Houve inverso da classificao da linguagem entre as declaraes:

    a) I e II, b) III e IV,c) V e VI, d) I e IV,e) I e V.

    QUESTO 05 - (H26) - O texto a seguir transcre-ve a fala de um jovem com seu pai ao telefone. O jovem fala: velho, j faz um tempo que sou dono do meu nariz... Sempre batalhei, arrumei um trampo, dou um duro danado! Me empresta o carango preu sair com a gata hoje? O pai responde: S se voc conseguir traduzir o que disse para uma linguagem que eu gosto de ouvir de meu filho! A reescritura da fala do filho, provando para seu pai que sabe utilizar o nvel formal da linguagem nas ocasies em que isso necessrio ser:

    a) Pai, h tempo que sou responsvel pelos meus atos. Sempre trabalhei, consegui um emprego e me esforo muito. Empresta-me o carro para eu sair com uma garota hoje?

    b) Pai, fazem tempos que sou responsvel pe-los meus atos. Sempre trabalhei, consegui um emprego e me esforo muito. Empres-ta-me o carro para eu sair com uma garota hoje?

    c) Pai, faz tempo que sou responsvel pelos

    meus atos. Sempre trabalhei, consegui um emprego e me esforo muito. Me empresta o carro para que eu saia com uma garota hoje?

    d) Pai, h tempos cujo sou responsvel pelos meus atos. Sempre trabalhei, consegui um emprego e esforo-me muito. Me empreste o carro para eu sair com uma garota hoje?

    e) Pai, sou responsvel pelos atos meus faz tempo. Sempre trabalhei, consegui um em-prego e me esforo muito. Descola o carro para eu sai com uma garota hoje?

    QUESTO 06 - (H27) - Neste trecho de uma car-ta de Fernando Sabino a Mrio de Andrade, o emprego de linguagem informal bem evidente em:

    a) escrevendo rapidamente.b) acabei de ler agora.c) desabafar com voc.d) Mas longo.e) tudo o que ela me fez sentir.

    QUESTO 07 - (H27) - Os dois grandes nveis de fala, o coloquial e o culto, so determinados pela cultura e grau de formao escolar dos fa-lantes, pelo grupo social a que eles pertencem e pela situao concreta em que a lngua utili-zada. Exemplifica o uso da modalidade culta da lngua o texto da alternativa:

    a) Menina, que um dia conheci crianaMe aparece assim de repente,linda, virou mulher.Menina, como pude te amar agora?Te carreguei no colo menina,Cantei pra ti dormir. (Paulinho Nogueira)

    b) Hoje o samba saiu procurando vocQuem te viu, quem te vQuem no a conhece no pode mais ver pra crerQuem jamais a esquece no pode reco-nhecer (Chico Buarque)

    c) Meu verso rastro, singelo e sem graa

    No entra na praa, no rico saloMeu verso s entra no campo e na roaNas pobrepaioa, da serra ao serto.

    (Patativa do Assar)

    d) Mas o bom negro e o bom brancoDa Nao BrasileiraDizem todos os diasDeixa disso camarada

    LINGUAGENS E CDIGOS II

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    Me d um cigarro (Oswald de Andrade)

    e) O mal que fora encubro, ou que desminto,Dentro no corao que o sustento:Com que para penar sentimento,Para no se entender, labirinto.

    (Gregrio de Matos Guerra)

    QUESTO 08 - (H26) - As variedades lingusti-cas esto diretamente relacionadas a situaes especficas de uso social. No caso da charge de Dilbert:

    a) a linguagem administrativa fez uso de ter-mos tcnicos peculiares s atividades exer-cidas no contexto empresarial.

    b) a palavra software foi inserida no dilogo como forma de ironizar a dependncia de empresas nacionais ao capital estrangeiro.

    c) a pluralidade de termos cientficos eviden-cia a influncia da globalizao no linguajar de gestores focados no lucro.

    d) o coloquialismo pode ser justificado por se tratar de uma conversa rotineira entre membros de uma mesma equipede traba-lho.

    e) as palavras presentes no dilogo remete-m seriedade com que as empresas geren-ciam as atividades internas.

    QUESTO 09 - (ENEM-2011-H25) - MANDIOCA mais um presente da Amaznia Aipim, castelinha, macaxeira, maniva, maniveira. As designaes da Manihot utilissima podem variar de regio, no Brasil, mas uma de-las deve ser levada em conta em todo o territrio nacional: po-de-pobre - e por motivos bvios. Rica em fcula, a mandioca - uma plan-ta rstica e nativa da Amaznia disseminada no mundo inteiro, especialmente pelos colonizado-res portugueses - a base de sustento de mui-tos brasileiros e o nico alimento disponvel para mais de 600 milhes de pessoas em vrios pon-tos do planeta, e em particular em algumas regi-es da frica.

    O melhor do Globo Rural. Fev. 2005 (fragmento). De acordo com o texto, h no Brasil uma variedade de nomes para a Manihot utilissima, nome cientfico da mandioca. Esse fenmeno re-

    vela que:a) existem variedades regionais para nomear

    uma mesma espcie de planta.b) mandioca nome especfico para a espcie

    existente na regio amaznica.c)po-de-pobre designao especfica

    para a planta da regio amaznica.d) os nomes designam espcies diferentes da

    planta, conforme a regio.e) a planta nomeada conforme as particula-

    ridades que apresenta.

    QUESTO 10 - (ENEM-2011-H26) - Motivadas ou no historicamente, normas prestigiadas ou estigmatizadas pela comunidadesobrepem-se ao longo do territrio, seja numa relao de opo-sio, seja de complementaridade, sem, contudo, anular a interseo de usos que configuram uma norma nacional distinta da do portugus europeu. Ao focalizar essa questo, que ope no s as normas do portugus de Portugal s normas do portugus brasileiro, mas tambm as chamadas normas cultas locais s populares ou vernculas, deve-se insistir na ideia de que essas normas se consolidaram em diferentes momentos da nossa histria e que s a partir do sculo XVIII se pode comear a pensar na bifurcao das variantes continentais, ora em consequncia de mudanas ocorridas no Brasil, ora em Portugal, ora, ainda, em ambos os territrios.CALLOU, D. Gramtica, variao e normas. In: VIEIRA, S.

    R.; BRANDO, S. (orgs). Ensino de gramtica: descrio e uso. So Paulo: Contexto, 2007 (adaptado).

    O portugus do Brasil no uma lngua uniforme. A variao lingustica um fenmeno natural, ao qual todas as lnguas esto sujeitas. Ao considerar as variedades lingusticas, o texto mostra que as normas podem ser aprovadas ou condenadas socialmente, chamando a ateno do leitor para a:

    a) desconsiderao da existncia das normas populares pelos falantes da norma culta.

    b) difuso do portugus de Portugal em todas as regies do Brasil s a partir do sculo XVIII.

    c) existncia de usos da lngua que caracteri-zam uma norma nacional do Brasil, distinta da de Portugal.

    d) inexistncia de normas cultas locais e po-pulares ou vernculas em um determinado pas.

    e) necessidade de se rejeitar a ideia de que os usos frequentes de uma lngua devem ser aceitos.

    LINGUAGENS E CDIGOS II

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    GABARITO DE APRENDIZAGEM01 02 03 04 05 06 07 08 09 10C A B B D B E A A A

    GABARITO COMPLEMENTAR01 02 03 04 05 06 07 08 09 10C A C B A C E A A C

    LINGUAGENS E CDIGOS

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    REDAO

    ASSUNTO: ENTENDENDO A REDAO PARA O ENEM 2015

    1. APRESENTAO Caro participante, Voc est se preparando para realizar o Enem 2015, constitudo de quatro provas objeti-vas e uma prova de redao. A prova de redao exigir de voc a pro-duo de um texto em prosa, do tipo dissertati-vo-argumentativo, sobre um tema de ordem so-cial, cientfica, cultural ou poltica. Os aspectos a serem avaliados relacionam-se s competn-cias que devem ter sido desenvolvidas durante os anos de escolaridade. Nessa redao, voc dever defender uma tese, uma opinio a res-peito do tema proposto, apoiada em argumentos consistentes estruturados de forma coerente e coesa, de modo a formar uma unidade textual. Seu texto dever ser redigido de acordo com a modalidade escrita formal da Lngua Portuguesa. Por fim, voc dever elaborar uma proposta de interveno social para o problema apresentado no desenvolvimento do texto que respeite os di-reitos humanos.

    TEMATESEARGUMENTOSPROPOSTA DE INTERVENO

    A seguir, vamos esclarecer algumas dvi-das sobre o processo de avaliao: 01. Quem vai avaliar a redao? O texto produzido por voc ser avaliado por, pelo menos, dois professores,de forma inde-pendente, sem que um conhea a nota atribuda pelo outro. 02. Como a redao ser avaliada? Os dois professores avaliaro seu de-sempenho de acordo com os seguintes critrios:Competncia 1: Demonstrar domnio da modali-dade escrita formal da Lngua Portuguesa.Competncia 2: Compreender a proposta de redao e aplicar conceitos das vrias reas de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argu-mentativo em prosa.Competncia 3: Selecionar, relacionar, organi-zar e interpretar informaes, fatos, opinies e argumentos em defesa de um ponto de vista.

    Competncia 4: Demonstrar conhecimento dos mecanismos lingsticos necessrios para a construo da argumentao.Competncia 5: Elaborar proposta de interven-o para o problema abordado, respeitando os direitos humanos. 03. Como ser atribuda a nota reda-o? Cada avaliador atribuir uma nota entre 0 (zero) e 200 (duzentos) pontos para cada uma das cinco competncias, e a soma desses pon-tos compor a nota total de cada avaliador, que pode chegar a 1000 (mil) pontos. A nota final do participante ser a mdia aritmtica das notas to-tais atribudas pelos dois avaliadores. 04. O que considerado discrepncia? Considera-se discrepncia a divergn-cia de notas atribudas pelos avaliadores quan-do: elas diferirem, no total, por mais de 100 (cem) pontos ou a diferena for superior a 80 (oi-tenta) pontos em qualquer uma das competn-cias. 05. Qual a soluo para o caso de haver discrepncia entre as duas avaliaes iniciais? A redao ser avaliada, de forma inde-pendente, por um terceiro avaliador. A nota final ser a mdia aritmtica das duas notas totais que mais se aproximarem. 06. E se a discrepncia ainda continuar depois da terceira avaliao? A redao ser avaliada por uma banca presencial composta por trs professores, que atribuir a nota final do participante. 07. Quais as razes para se atribuir nota 0 (zero) a uma redao? A redao receber nota 0 (zero) se apre-sentar uma das caractersticas a seguir:1. fuga total ao tema;2. no obedincia estrutura dissertativo-argu-mentativa;3.texto com at 7 (sete) linhas;4.improprios, desenhos e outras formas propo-sitais de anulao ou parte do texto deliberada-mente desconectada do tema proposto;5.desrespeito aos direitos humanos; e6. folha de redao em branco, mesmo que haja texto escrito na folha de rascunho.

    IMPORTANTE! Para efeito de avaliao e de contagem do mnimo de linhas, a cpia parcial dos textos motivadores ou de questes objetivas do cader-no de prova acarretar a desconsiderao do

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    REDAO

    nmero de linhas copiadas, valendo somente as que foram produzidas pelo autor do texto.

    IMPORTANTE! Procure escrever sua redao com letra legvel, para evitar dvidas no momento da ava-liao. Redao com letra ilegvel no poder ser avaliada.IMPORTANTE! O ttulo um elemento opcional na pro-duo da sua redao e ser considerado como linha escrita.IMPORTANTE! A implantao definitiva do Acordo Or-togrfico da Lngua Portuguesa deveria ocorrer no Brasil a partir de 1 de janeiro de 2013, se-gundo decreto presidencial de 2008. No entanto, um novo decreto ampliou o perodo de transi-o at 31 de dezembro de 2015. At l, coexis-tiro a norma ortogrfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida por meio do acordo. Como ser avaliada a redao de partici-pantes surdos ou com deficincia auditiva? Sero adotados mecanismos de avalia-o coerentes com o aprendizado da Lngua Por-tuguesa como segunda lngua, de acordo com o Decreto n 5.626, de 22 de dezembro de 2005. 01. Como ser avaliada a redao de par-ticipantes com dislexia? 02. Sero adotados critrios de avaliao que levem em conta questes lingusticas espe-cficas relacionadas dislexia.

    2. MATRIZ DE REFERNCIA PARA REDAO 2015 - DETALHAMENTO POR COMPETNCIA Apresentamos, a seguir, o detalhamento das cinco competncias a serem avaliadas na sua redao. Nosso objetivo explicitar os crit-rios de avaliao, de modo a ajud-lo a se pre-parar para o Exame. Como por texto entende-se uma unidade de sentido em que todos os aspec-tos se inter-relacionam para constituir a textuali-dade, a separao por competncias, na Matriz, tem a finalidade de tornar a avaliao mais obje-tiva.2.1 Competncia 1 - Demonstrar domnio da modalidade escrita formal da Lngua Portuguesa. A primeira competncia a ser avaliada em seu texto o domnio da modalidade escrita for-mal da lngua. Voc j aprendeu que as pessoas no es-crevem e falam do mesmo modo, uma vez que so processos diferentes, cada qual com carac-tersticas prprias. Na escrita formal, por exem-

    plo, deve-se evitar, ao relacionar ideias, o em-prego repetido de palavras, como e, a, da, ento, prprias de um uso mais informal. Por isso, para atender a essa exigncia, voc precisa ter conscincia da distino entre a modalidade escrita e a oral, bem como entre registro formal e informal. Outra diferena entre as duas modalida-des diz respeito constituio das frases. No registro informal, elas so muitas vezes fragmen-tadas, j que os interlocutores podem comple-mentar as informaes com o contexto em que a interao ocorre, mas, no registro escrito formal, em que esse contexto no est presente, as in-formaes precisam estar completas nas frases. A entoao, recurso expressivo impor-tante da oralidade, e as pausas, que conferem coerncia ao texto, so muitas vezes marcadas, na escrita, por meio dos sinais de pontuao. Por isso, as regras de pontuao assumem tambm essa funo de organizao do texto. Na redao do seu texto, voc deve pro-curar ser claro, objetivo e direto, empregar um vocabulrio mais variado e preciso, diferente do que utiliza quando fala, e seguir as regras estabe-lecidas pela modalidade escrita formal da Lngua Portuguesa. Alm disso, o texto dissertativo-ar-gumentativo escrito exige que alguns requisitos bsicos sejam atendidos. Alm dos requisitos de ordem textual, como coeso, coerncia, sequenciao, informa-tividade, h outras exigncias para o desenvolvi-mento do texto dissertativo-argumentativo:01. ausncia de marcas de oralidade e de regis-tro informal;02. preciso vocabular; e03. obedincia s regras de:

    concordncia nominal e verbal; regncia nominal e verbal; pontuao; flexo de nomes e verbos; colocao de pronomes oblquos (tonos e

    tnicos); grafia das palavras (inclusive acentuao

    grfica e emprego de letras maisculas e minsculas); e

    diviso silbica na mudana de linha (trans-lineao).

    O quadro, a seguir, apresenta os seis n-veis de desempenho que sero utilizados para avaliar a Competncia 1 das redaes do Enem 2015:200 pontos: Demonstra excelente domnio da modalidade escrita formal da Lngua Portuguesa

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    REDAO

    e de escolha de registro. Desvios gramaticais ou de convenes da escrita sero aceitos somente como excepcionalidade e quando no caracteri-zem reincidncia.160 pontos: Demonstra bom domnio da moda-lidade escrita formal da Lngua Portuguesa e de escolha de registro, com poucos desvios grama-ticais e de convenes da escrita.120 pontos: Demonstra domnio mediano da modalidade escrita formal da Lngua Portuguesa e de escolha de registro, com alguns desvios gra-maticais e de convenes da escrita.80 pontos: Demonstra domnio insuficiente da modalidade escrita formal da Lngua Portuguesa, com muitos desvios gramaticais, de escolha de registro e de convenes da escrita. 40 pontos: Demonstra domnio precrio da mo-dalidade escrita formal da Lngua Portuguesa, de forma sistemtica, com diversificados e frequen-tes desvios gramaticais, de escolha de registro e de convenes da escrita. 0 ponto Demonstra desconhecimento da modalidade escrita formal da Lngua Portuguesa.

    3. PROPOSTA DE REDAO DO ENEM 2012 3.1 - Recomendaes: Para o seu bom desempenho, voc deve fazer, antes de escrever sua redao, uma leitura cuidadosa da proposta apresentada, dos textos motivadores e das instrues, a fim de que pos-sa compreender perfeitamente o que est sen-do solicitado. O tema de redao vem sempre acompanhado, na proposta, de textos motivado-res. Em geral, so textos em linguagem verbal e em linguagem no verbal (imagem) que remetem ao tema proposto a fim de orientar sua reflexo. Assim, para elaborar uma redao de qualidade, voc deve seguir as seguintes recomendaes:

    a) ler com bastante ateno o tema proposto e observar a tipologia textual exigida (texto dissertativo-argumentativo);

    b) ler os textos motivadores, observando as palavras ou os fragmentos que indicam o posicionamento dos autores;

    c) identificar, em cada texto motivador, a tese e os argumentos apresentados pelos auto-res em defesa de ponto de vista;

    d) refletir sobre o posicionamento dos autores dos textos motivadores; e

    e) ler atentamente as instrues apresentadas aps os textos motivadores.

    A proposta de redao do Enem 2012 manteve o formato dos anos anteriores: redigir um texto dissertativo-argumentativo, segundo a

    modalidade escrita formal da Lngua Portuguesa, sobre um determinado tema.

    a) Tema proposto: O movimento imigratrio para o Brasil no sculo XXI.

    b) Tipologia textual: texto dissertativo-argu-mentativo.

    Com base na situao problema propos-ta, o participante deveria expressar sua opinio, ou seja, apresentar uma tese. Para tal, poderia inspirar-se nos textos motivadores, mas sem copi-los, pois eles devem ser entendidos como instrumentos de fomento de ideias, para que cada um possa construir o seu prprio ponto de vista. Nos pargrafos seguintes, o participante deveria apresentar argumentos e fatos em defesa de seu ponto de vista, inter-relacionados, com coeso e coerncia.

    c) O texto deveria ser redigido de acordo com o registro formal da Lngua Portuguesa. Assim, o participante deveria estar atento estrutura dos perodos, concordncia e regncia nominal e verbal, ao emprego convencional das letras na grafia das pala-vras, acentuao grfica, A redao no Enem 2013 Guia do Participante 26 pontu-ao e adequao vocabular. Em suma, demonstrar domnio do cdigo escrito.

    d) O texto definitivo deveria ser escrito tinta, na folha prpria, em at 30 (trinta) linhas.

    e) A redao com at 7 (sete) linhas seria con-siderada insuficiente e receberia nota 0 (zero).

    f) Tambm seria atribuda nota 0 (zero) re-dao que fugisse ao tema ou tipologia textual, isto , no fosse um texto disser-tativo-argumentativo, ou que apresentasse proposta de interveno desrespeitando os direitos humanos.

    4 ANLISE DE REDAO NOTA 1000 ENEM 2012 Redao de LARISSA REGHELIN CO-MAZZETTO Santa Maria/RS Imigrao no Brasil: Resolver para poder crescer Japoneses, italianos, portugueses, ao-rianos ou espanhis. Durante o sculo XIX, mui-tos foram os povos que, em busca de trabalho e bem-estar social, desembarcaram no Brasil e en-riqueceram nossa cultura. Atualmente, em pleno sculo XXI, a imigrao para o Brasil mantm-se crescente, desafiando no somente nossa so-ciedade como tambm nossa economia. Assim como os antigos imigrantes, os indivduos que hoje se instalam em territrio brasileiro anseiam

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    por melhores e mais dignas condies de vida. Muitos deles, devido Crise Econmica origina-da em 2008, viram-se obrigados a se dirigir para outras naes, como o Brasil. Os espanhis, por exemplo, por terem sido intensamente atin-gidos pela recesso, j somam uma quantida-de expressiva na periferia de So Paulo. Diante disso, a frao da sociedade que reside em tal localidade vem enfrentando muitas dificuldades em dividir seu espao, que, inicialmente, no era adequado sobrevivncia, quem dir aps a chegada dos europeus. Segundo pesquisas rea-lizadas pelo jornal A Folha de So Paulo, no pri-meiro semestre de 2012, brasileiros e espanhois dos arredores de So Paulo vivem em constan-tes conflitos e a causa traduz-se, justamente, na irregularidade habitacional que ambos comparti-lham. Como se no bastasse, a economia brasi-leira tambm tem sofrido com a chegada dos mi-grantes. Existem, entre eles, tanto trabalhadores desqualificados como profissionais graduados. O problema reside na pouca oferta de emprego a eles destinada. Visto que no recebem oportu-nidades, passam a integrar setores informais da economia, sem direitos trabalhistas e com au-sncia de pagamento dos devidos impostos. O Estado, dessa forma, deixa de arrecadar capital e de aproveitar a mo-de-obra disponvel, o que auxiliaria no andamento da economia nacional. Assim, com a finalidade de preparar a socieda-de e a economia brasileiras para a chegada dos novos imigrantes, medidas devem ser tomadas. O Estado deve oferecer incentivos s empresas que empregarem os recm-chegados; essas, por sua vez, devem prepar-los para o mercado brasileiro, oferecendo treinamentos adequados e cursos de Lngua Portuguesa e, ainda, garantir seus direitos trabalhistas. imprescindvel que o governo procure habitaes para os imigrantes e que ns, brasileiros, respeitemos os povos que, seja no passado ou no presente, somente tm a nos acrescentar.

    Comentrios: O texto demonstra excelente domnio da modalidade escrita formal e no apresenta pro-blemas lingusticos, a no ser a falta de acento em espanhis, sem reincidncia em inadequa-es de grafia. Demonstra tambm que a pro-posta de redao foi compreendida e que o tema foi desenvolvido dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo. O texto objeti-vo e impessoal. A redao organiza-se em quatro pargrafos bem construdos. A tese desenvolvida

    a de que o Brasil enfrenta um grande desafio social e econmico ao receber tantos imigrantes na atualidade, e o governo deve interferir para integrar esses novos cidados assegurando em-prego, qualificao e cursos de Lngua Portugue-sa, bem como garantindo direitos trabalhistas e habitao. Na introduo, o texto cita a imigra-o no sculo XIX. As ideias so desenvolvidas esclarecendo que o Brasil est recebendo mui-tos espanhis devido crise econmica que comeou em 2008. Aprofunda essa informao elucidando que a chegada dos espanhis em So Paulo tem provocado conflitos na periferia. Amplia a argumentao, informando que muitas vezes esses imigrantes so desqualificados e in-tegram setores informais do mercado, o que no contribui para o desenvolvimento da economia. Conclui com uma proposta ampla e abrangente de interveno para o problema abordado, res-peitando os direitos humanos: o governo deve intervir com incentivos a empresas que empre-garem imigrantes, e essas empresas devem ofe-recer treinamentos e cursos de Lngua Portugue-sa e garantir os direitos trabalhistas. O governo deve ainda lhes assegurar habitao. A proposta coerente com as ideias desenvolvidas no texto. A redao apresenta encadeamento de ideias e demonstra que a participante soube selecionar, relacionar, organizar e interpretar informaes, fatos e argumentos em defesa de seu ponto de vista: o tema desenvolvido de forma coerente, os argumentos selecionados so consistentes e a concluso relacionada ao ponto de vista ado-tado, pois sugere que o Brasil deve se preparar para receber bem os imigrantes, j que eles tm muito a nos acrescentar. Do ponto de vista da estruturao textual, o texto recorre a vrios co-nectores, revelando utilizao dos mecanismos lingusticos necessrios construo da argu-mentao. O texto emprega recursos coesivos que contribuem para a boa articulao entre as ideias, por exemplo: Assim como, Diante dis-so, Como se no bastasse, Muitos deles, entre eles, dessa forma, essas. Emprega tambm conectores, tais como: no somente ... como tambm, Visto que, Assim.

    4. AGORA COM VOC!!!PROPOSTA DE REDAO: A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos cons-trudos ao longo de sua formao, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escri-ta formal da lngua portuguesa sobre o tema H

    REDAO

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    limites para a liberdade de expresso?, apre-sentando proposta de interveno, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e rela-cione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

    TEXTO 1 O atentado Charlie Hebdo e a regula-o da mdia O destaque liberdade de expresso como pilar da democracia veio a calhar para a grande mdia, que aproveitou o momento para opor o tema regulao dos meiospor Intervozes - publicado 11/01/2015 22:18, ltima modifi-

    cao 12/01/2015 10:29Joel Saget / AFP

    Ns somos todos Charlie, dizem mani-festantes em protesto em Paris, no domingo 11Por Mnica Mouro e Bia Barbosa* Neste domingo (11), mais de um milho e meio de pessoas foram s ruas em Paris em homenagem s doze vtimas do atentado revis-ta Charlie Hedbo, no ltimo dia 7, e dos aconteci-mentos que o sucederam, quando outras quatro pessoas foram assassinadas dentro de um su-permercado de produtos judaicos na cidade. Foi a maior manifestao da histria da Frana. Mais de quarenta lderes e chefes de Estado se en-contraram com o Presidente Franois Hollande e reafirmaram seu compromisso no combate ao terrorismo. Depois do Arco do Triunfo, foi a vez da esttua que simboliza a Repblica Francesa e seus valores ser iluminada com a frase Je suis Charlie. Nos ltimos dias, entretanto, outra frase ganhou a internet e as redes sociais: Je ne suis pas Charlie, adotada por aqueles que conside-ram ofensivas as charges publicadas pela revis-ta. O caso, porm, enseja um debate muito mais complexo, que exige fugir das dicotomias. O slo-gan e seu antislogan, em sua condensao de ideias em poucas palavras, falham ao confundir

    a solidariedade (ou falta dela) s vtimas do aten-tado com a concordncia ou discordncia com a linha editorial do Charlie Hebdo e, ainda, com a defesa de que se deve ter a liberdade de expres-sar quaisquer pensamentos. No toa, ambos esto sendo apropriados pelos mais diferentes lados em disputa, em meio comoo que aba-teu o mundo ocidental. Ao criticar as publicaes do Charlie Heb-do, no foram poucos os que, absurdamente, se-guiram na linha de culpabilizar as vtimas por sua prpria morte. Quem mesmo puxou o gatilho?, questionaram. Nada mais abjeto. Refletir sobre o impacto de charges ofensivas , no entanto, tam-bm importante, principalmente quando o alvo indireto dos desenhos uma populao j estig-matizada na Frana: a comunidade muulmana. No foram poucos os analistas que afir-maram, com razo, que os desenhos do Hebdo foraram, nos ltimos anos, a linha conservado-ra da poltica francesa contrria aos imigrantes. Mesmo que seu foco principal fossem os funda-mentalistas, diversas retratavam muulmanos genericamente como terroristas. Depois dos atentados desta semana, a ascenso de uma ofensiva intolerante contra estrangeiros dada como certa.[...] O discurso de Le Pen ecoa a ideia do ns contra eles, que no apenas preponde-rante da mdia francesa como tambm tem dado a tnica da cobertura jornalstica sobre o tema no Brasil, reforando barreiras entre franceses e imigrantes. No dia do ataque ao Charlie Hebdo, o jornal O Globo escreveu que preciso que os governos convenam esses imigrantes [segrega-dos] das vantagens dos valores ocidentais sobre o fundamentalismo. Trata-se de um tipo de pola-rizao j bastante criticada por Edward Said em 2001, ao colocar em xeque o conceito de cho-que de civilizaes como uma explicao para os atentados de 11 de setembro, nos Estados Unidos. Por isso, no equivocado afirmar que inmeras capas do Charlie foram usadas, inde-pendentemente da vontade ou no de seus au-tores, como armas para propagar o preconceito e a estigmatizao. Muitas, inclusive, foram alvo de processos, mas a Justia francesa, seguindo uma antiga tradio do pas em relao ao humor e stira, no condenou seus autores, com base no princpio da liberdade de expresso. E, em absoluto, nenhuma delas - nem o seu conjunto - pode justificar qualquer tipo de violncia.

    REDAO

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    Mas, tirando o caso especfico do Charlie Hebdo do foco, vale perguntar: vale tudo ento em nome desta liberdade de expresso? No. Na prpria Frana, como na maior parte dos pa-ses democrticos, h, por exemplo, regras claras contra a veiculao de contedo discriminatrio na televiso. A diretiva europeia em vigor, vlida para todos os pases do bloco, probe o incita-mento ao dio por razes de sexo, origem racial ou tnica, religio ou convico, deficincia, ida-de ou orientao sexual. O Conselho Europeu tambm emitiu resolues e recomendaes que tratam da representao e de discriminaes contra grupos especficos, no apenas na mdia televisiva. A Recomendao 1277, 1995, sobre mi-grantes e minorias tnicas, por exemplo, afirma que eles devem ser representados de forma compreensiva e imparcial na mdia. Esta uma precondio para que todos os cidados desen-volvam uma viso mais racional da imigrao e do multiculturalismo e aceitem pessoas de ori-gem imigrante ou membros de minorias tnicas como iguais. J a resoluo 1510, de 2006, e a recomendao 1805, de 2007, tratam de grupos alvos de preconceito religioso. A primeira afirma que enquanto h pouco espao para restries de discursos polticos ou de debates sobre ques-tes de interesse pblico, uma margem de apre-ciao mais ampla est geralmente disponvel quando se trata da regulao da liberdade de expresso em relao a assuntos passveis de ofenderem convices pessoais morais ou reli-giosas e que o discurso de dio contra qualquer grupo religioso no compatvel com os direitos e liberdades fundamentais garantidos pela Con-veno Europeia de Direitos Humanos e com a jurisprudncia da Corte Europeia de Direitos Hu-manos. J a recomendao de 2007 diz que em uma sociedade democrtica, grupos religiosos, assim como outros grupos, devem tolerar deba-tes e posicionamentos pblicos crticos acerca de suas atividades, ensinamentos e crenas, desde que tal crtica no atinja insultos intencionais e gratuitos ou o discurso de dio, e no configure incitamento perturbao da paz ou violncia e discriminao contra adeptos de uma determi-nada religio.[..] Fica clara, assim, a diferena empregada na Frana entre os limites liberdade de expres-so impostos a canais de rdio e TV meios de comunicao de massa e concesses pblicas

    e a meios impressos, como o Charlie Hebdo, lido por 60 mil pessoas que, voluntariamente, optam por adquirir este tipo de contedo. Infelizmente, essa diferena est longe de ser considerada por aqueles que, no involuntariamente, transforma-ram o ataque da ltima quarta-feira exclusiva-mente num atentado liberdade de expresso. No Brasil, o destaque dado questo da liberdade de expresso como um dos pilares das democracias ocidentais veio muito a calhar para os veculos da chamada grande mdia, que aproveitaram mais esse momento para defen-der a liberdade de expresso como algo oposto regulao dos meios. Aqui, a ideia equivocada sobre a regulao enquanto mecanismo de cer-ceamento a uma liberdade fundamental tem ser-vido historicamente para manter privilgios das empresas do setor.[..] interessante ver os direitos humanos acionados pelas narrativas miditicas para servir a seus propsitos, evitando qualquer relao en-tre a garantia destes e uma mdia mais plural. No caso da cobertura sobre o atentado ao Charlie Hebdo, o propsito de acentuar a distino entre o Oriente violento e o Ocidente civilizado, e de distanciar desta civilizao qualquer iniciativa que vise estabelecer limites nica lei respeitada pela maioria das empresas brasileiras de comu-nicao: a do mais forte. Nada menos democrtico.[...] *Mnica Mouro jornalista, mestre e doutoranda em Comunicao (UFF). Bia Bar-bosa jornalista, especialista em direitos huma-nos (USP) e mestre em polticas pblicas (FGV). Pesquisou a regulao da mdia na Frana em comparao com os casos ingls e brasileiro. Ambas so integrantes do Intervozes.

    TEXTO 2

    Capas do jornal satrico Charlie Hebdo:

    REDAO

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    humor provocativo, que entrou na mira de grupos terroristas

    TEXTO 3 No concordo com nenhuma palavra do que dizes, mas defenderei at morrer o teu direi-to de diz-lo.

    [Frase atribuda a Voltaire, filsofo iluminista francs]

    TEXTO 4 Expresso e democracia A liberdade de expresso, sobretudo so-bre poltica e questes pblicas o suporte vital de qualquer democracia. Os governos democrti-cos no controlam o contedo da maior parte dos discursos escritos ou verbais. Assim, geralmen-te as democracias tm muitas vozes exprimindo idias e opinies diferentes e at contrrias.

    [site da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil]

    TEXTO 5 O papa se pronuncia Um dia depois da publicao da nova edi-o do jornal satrico francs Charlie Hebdo, o papa Francisco afirmou que a liberdade de ex-presso tem limite e no se pode provocar nem insultar a f das pessoas. (...) Temos a obriga-o de falar abertamente [sobre religio], temos esta liberdade. Mas sem ofender. No se pode provocar, no se pode insultar a f dos outros, no se pode tirar sarro dela, disse.

    [Folha de S. Paulo]

    TEXTO 6 Liberdade de insultar O primeiro-ministro islamita-conservador turco, Ahmet Davutoglu, denunciou nesta quinta--feira (15/01/15) a publicao de uma nova char-ge do profeta Maom na capa da revista satrica Charlie Hebdo, ao considerar que a liberdade de expresso no a liberdade de insultar.A publicao da charge uma grande provocao (...) liberdade de imprensa no significa liberdade de insultar, declarou Davutoglu imprensa em Ancara antes de viajar a Bruxelas. No pode-mos aceitar os insultos ao profeta Maom, insis-tiu.

    [Correio Braziliense]

    TEXTO 7 Liberdade com responsabilidade Podemos pr em risco a segurana e a vida de outras pessoas em nome da liberdade de expresso e do livre pensar? A liberdade de opi-nio e o direito de express-la so uma conquis-

    ta social, no apenas um direito individual para servir aos interesses e ao narcisismo de pessoas ou de grupos. Portanto o livre exerccio do direito de opinar, criticar, caricaturar e denunciar exige reflexo, responsabilidade e tica. (...) No po-demos transformar a liberdade de expresso em um dogma, pois os dogmas so antidemocrticos e geram autoritarismo e posies extremistas.

    [Luiz Carlos Barreto, Folha de S. Paulo]

    TEXTO 8 Sem mas... O problema da liberdade da expresso o mas..., assim, com reticncias. Sou a favor da liberdade de expresso, mas... E cada um tem o seu mas e as suas reticncias. Se os mas e as reticncias de todo mundo forem levados em conta, a liberdade de expresso simplesmen-te deixar de existir.[Carlos Lana, colaborador da Pgina 3 Pedagogia & Comu-

    nicao]

    INSTRUES: O rascunho da redao deve ser feito no es-

    pao apropriado. O texto definitivo deve ser escrito tinta, na

    folha prpria, em at 30 linhas. A redao que apresentar cpia dos textos

    da Proposta de Redao ou do Caderno de Questes ter o nmero de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correo. Receber nota zero, em qualquer das situ-aes expressas a seguir, a redao que:

    tiver at 7 (sete) linhas escritas, sendo consi-derada insuficiente.

    fugir ao tema ou que no atender ao tipo dis-sertativo-argumentativo.

    apresentar proposta de interveno que des-respeite os direitos humanos.

    apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.

    REDAO

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    MATEMTICA

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    A escala numrica representa a relao existente entre as dimenses reais de um objeto/ regio e as suas dimenses em uma represen-tao reduzida (mapa, maquete ou miniatura), representada sob a forma de frao. O numera-dor sempre a unidade (1) e indica a distncia no mapa, e o denominador indica a distncia real correspondente (nmero de vezes que a realida-de foi reduzida). No momento de calcular a escala de uma reduo, necessrio que as distncias, real e reduzida, estejam na mesma unidade de medida, normalmente em centmetros; porm a escala propriamente dita no possui unidade de medida. A escala numrica pode ser representada de trs formas diferentes.

    1: 100.000; 1/100.000 ; 1100.000

    Ex1.: Na escala 1: 100.000 - 1 cm representa a distncia no mapa enquanto que o 100.000 cm representa a distncia real. Isto significa que 1 cm no mapa corresponde a 100.000 cm na realidade, ou seja 1 km.Obs: A escala numrica 1: 100.000 - citada no exemplo1, pode tambm ser representada grafi-camente e denominada escala grfica, veja a seguir:

    A escala grfica representada sob a for-ma de um segmento de reta, normalmente sub-dividido em seces e ao longo do qual so re-gistradas as distncias reais correspondentes s dimenses do segmento. Exemplo da utilizao dos dois tipos de esca-las na mesma situao possvel que j tenham percebido que alguns mapas possuem uma escala grfica, ou-tros a escala numrica e, existem ainda, os que trazem os dois tipos de escalas. Vejam o mapa do Brasil, nele possvel ver que o mesmo mapa pode ser acompanhado por qualquer um dos ti-pos de escalas. Como sabem, as escalas gr-ficas e numricas so representadas de forma diferente, mas tm o mesmo objetivo.

    Relao: Escala x Tamanho da Reduo Os mapas de grande escala so mapas que se aproximam muito da realidade, ou seja, no foram muito reduzidos. Tm escalas com-preendidas entre 1/10.000 e 1 / 100.000. Por exemplo: 1/50.000 superior a 1/80.000. Estes mapas representam pequenas reas de territ-rio, mas com uma grande riqueza de detalhes. Os mapas de pequena escala so ma-pas em que a realidade foi muito reduzida, ser-vindo para representar grandes superfcies ou a totalidade do planeta, mas com pouca riqueza de detalhes, como exemplo temos os mapas-mndi. Tm escalas inferiores a 1/100 000. O trabalho com escalas exigem o conhe-cimento das transformaes entre unidades de medida, abaixo as unidades de medida de com-primento.

    Quil-metro

    Hec-tme-

    tro

    Dec-metro Metro

    Dec-metro

    Cent-metro

    Mil-metro

    km hm dam m dm cm mm

    Exemplos de transformaes:6.000.000 cm 60 km 1,2 km m

    2 hm 200 m 0,04 km mm

    2.300.000 mm m 0,2 m mm

    300.000 cm m 2,4 hm cm

    4.500.000 dm km 20 m mm

    6800 m km 2,3 km m

    2500 cm km 0,23 dam dm

    3.500.000 mm km 0,034 km cm

    Leitura de um mapa e clculo de distncias reais

    ESCALA NUMRICA

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    1. Identifique a escala presente no mapa 1: 13.000.000.2. Mea com a rgua a distncia entre os pontos que pretende descobrir a distncia real. Exemplo: Fortaleza Natal (4cm)

    3. Usa a regra da proporcionalidade para calcular a distncia real.

    1cm 4cm13000000 cm x

    = 52000000cmx =

    520km

    PROBLEMAS RESOLVIDOS Problema 01 - Determine a distncia en-tre duas cidades que esto representadas em um mapa cuja escala 1:250.000, e que distam na realidade de 50km.Resoluo A escala 1:250.000 significa que 1cm no mapa representa a distncia real de 250.000cm, ou seja, 2,5km. Agora devemos fazer uma sim-ples regra de trs na qual compararemos as dis-tncias no mapa e a real, veja:

    ( ) Re ( )

    1 2,5 2,5. 50 2050

    Mapa cm al km

    x xx

    = =

    Problema 02 - Temos uma planta de uma sala de aula sem escala. Nesta planta as jane-las esto representadas com 1cm, mas sabemos que na realidade medem 3 metros. Neste proble-ma sabemos a distncia no mapa e a distncia real, determine a escala da planta.Resoluo:1cm 1cm 13m 300cm 300

    = =

    EXERCCIO DE APRENDIZAGEMQUESTO 01 - O laboratrio de matemtica da escola solicitou a cada aluno que confeccionasse um mapa do bairro onde reside com riquezas de detalhes; das escalas abaixo propostas, a que melhor convm ser escolhida :

    a) 1: 2.000 b) 1: 2.500c) 1: 10.000 d) 1: 25.000e) 1: 500.000

    QUESTO 02 - A distncia entre duas cidades de 450 km e est representada em um mapa por 10 cm. Determine a escala desse mapa.

    a) 1: 45 b) 1: 4.500c) 1: 45.000 d) 1: 45.000e) 1: 4.500.000

    QUESTO 03 - Sabe-se que a distncia real, em linha reta, de uma cidade A, localizada no estado do Cear, a uma cidade B, localizada no estado do Maranho, igual a 750km. Analisando esta distncia em um mapa com uma rgua milimetra-da, verifica-se que essa distncia 3mm. A par-tir dos dados possvel afirmar que o mapa foi construdo em uma escala:

    a) 1:250 b) 1:2.500c) 1:250.000 d) 1:25.000.000e) 1:250.000.000

    QUESTO 04 - Numa planta de uma casa est representada na escala 1 : 1.000, que dimenses (em m) devem ser atribudas, a um compartimen-to de 0,5 dm por 60 mm?

    a) 5 m x 6 m b) 50 m x 6 mc) 50 m x 60 m d) 5 m x 60 me) 50 m x 600 m

    QUESTO 05 - Uma empresa deseja fazer uma maquete de um prdio para um evento de ven-das. A altura do bloco que representa o prdio (de 40 metros de altura) 20 cm. Na entrada do prdio h um espelho-dgua circular de 3 metros de raio, que deve ser representado na maquete por um crculo de papel azul na mesma propor-o. O dimetro do crculo de papel utilizado para representar o espelho dgua :

    a) 0,15 cm b) 0,3 cmc) 3 cm d) 1,5 cm e) 4,5 cm

    QUESTO 06 - A planta a seguir ilustra as de-pendncias de um apartamento colocado ven-da, onde cada quadrcula mede 0,5 cm 0,5 cm. Se o preo do m2 de rea construda deste apartamento R$ 1600,00, calcule o preo do mesmo.

    a) R$ 108.500,00 b) R$ 112.000,00 c) R$ 113.600,00 d) R$ 116.000,00 e) R$ 118.200,00

    ESCALA NUMRICA

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    QUESTO 07 - (ENEM 2010 2 Aplicao) - As Olimpadas de 2016 sero realizadas na cidade do Rio de Janeiro. Uma das modalidades que trazem esperanas de medalhas para o Brasil a natao. Alis, a piscina olmpica merece uma ateno especial devido as suas dimenses. Pi-scinas olmpicas tm 50 metros de comprimento por 25 metros de largura. Se a piscina olmpica fosse representada em uma escala de 1:100, ela ficaria com as medidas de:

    a) 0,5 centmetro de comprimento e 0,25 centmetro de largura.

    b) 5 centmetros de comprimento e 2,5 centmetros de largura.

    c) 50 centmetros de comprimento e 25 centmetros de largura.

    d) 500 centmetros de comprimento e 250 centmetros de largura.

    e) 200 centmetros de comprimento e 400 centmetros de largura.

    QUESTO 08 - O condomnio de um edifcio per-mite que cada proprietrio de apartamento cons-trua um armrio em sua vaga de garagem. O projeto da garagem, na escala 1 : 100, foi dispo-nibilizado aos interessados j com as especifica-es das dimenses do armrio, que deveria ter o formato de um paraleleppedo retngulo reto, com dimenses, no projeto, iguais a 3 cm, 1 cm e 2 cm. O volume real do armrio, em centmetros cbicos, ser:

    a) 6 b) 600c) 6.000 d) 60.000e) 6.000.000

    QUESTO 09 - Os mapas representam as su-perfcies terrestres. A fim de que se possa visu-aliz-las numa folha de papel ou na tela de um computador, usamos escalas. Uma escala cons-titui a relao de reduo entre as dimenses apresentadas no mapa e seus valores reais cor-respondentes no terreno representado. Um certo municpio, quando representado em um mapa na escala 1: 250.000 apresenta uma rea de 100cm. Se a populao desse municpio de 25.000 habitantes, correto afirmar que a sua densidade demogrfica de:

    a) 40 hab./km2 b) 44 hab./km2c) 48 hab./km2 d) 52 hab./km2e) 56 hab./km2

    QUESTO 10 - Uma empresa especialista em fazer bolos comemorativos gigantes, apresenta inicialmente uma miniatura do bolo solicitado a

    seus clientes e aps a aprovao inicia a con-feco do bolo real. A miniatura de uma das en-comendas feitas empresa foi feita na escala 1: 10 e seu peso era de aproximadamente 750g, baseado nesta informao, possvel afirmar que o peso real deste bolo de:

    (a) 7,5 kg (b) 75 kg(c) 750 kg (d) 7,5 ton.(e) 75 ton.

    EXERCCIOS COMPLEMENTARESQUESTO 01 - (ENEM 2011 1 Aplicao) - Sabe-se que a distncia real, em linha reta, de uma cidade A, localizada no estado de So Paulo, a uma cidade B, localizada no estado de Alagoas, igual a 2000km. Um estudante, ao analisar um mapa, verificou com sua rgua que a distncia entre essas duas cidades, A e B, era 8 cm. Os dados nos indicam que o mapa observado pelo estudante est na escala de:

    a) 1 : 250. b) 1 : 2 500.c) 1 : 25 000. d) 1 : 250 000.e) 1 : 25 000 000.

    QUESTO 02 - (ENEM 2010 1 Aplicao) - No monte de Cerro Armazones, no deserto de Ataca-ma, no Chile, ficar o maior telescpio da superf-cie terrestre, o Telescpio Europeu Extremamen-te Grande (E-ELT). O E-ELT ter um espelho primrio de 42 m de dimetro, o maior olho do mundo voltado para o cu.

    Disponvel em: http://www.estadao.com.br. Acesso em: 27 abr. 2010 (adaptado).

    Ao ler esse texto em uma sala de aula, uma professora fez uma suposio de que o di-metro do olho humano mede aproximadamente 2,1 cm. Qual a razo entre o dimetro aproxima-do do olho humano, suposto pela professora, e o dimetro do espelho primrio do telescpio cita-do?

    a) 1 : 20 b) 1 : 100c) 1 : 200 d) 1 : 1 000e) 1 : 2 000

    QUESTO 03 - (ENEM 2013 1 Aplicao) - A Secretaria de Sade de um municpio avalia um programa que disponibiliza, para cada aluno de uma escola municipal, uma bicicleta, que deve ser usada no trajeto de ida e volta, entre sua casa e a escola. Na fase de implantao do programa, o aluno que morava mais distante da escola re-alizou sempre o mesmo trajeto,representado na figura, na escala 1 : 25 000, por um perodo de cinco dias:

    ESCALA NUMRICA

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    Quantos quilmetros esse aluno percorreu na fase de implantao do programa?

    a) 4 b) 8c) 16 d) 20e) 40

    QUESTO 04 - (ENEM 2011 1 Aplicao) - Para uma atividade realizada no laboratrio de Matemtica, um aluno precisa construir uma ma-quete da quadra de esportes da escola que tem 28 m de comprimento por 12 m de largura. A ma-quete dever ser construda na escala de 1 : 250. Que medidas de comprimento e largura, em cm, o aluno utilizar na construo da maquete?

    a) 4,8 e 11,2 b) 7,0 e 3,0c) 11,2 e 4,8 d) 28,0 e 12,0e) 30,0 e 70,0

    QUESTO 05 - (ENEM2009 2 Aplicao) - A figura a seguir mostra as medidas reais de uma aeronave que ser fabricada para utilizao por companhias de transporte areo. Um engenheiro precisa fazer o desenho desse avio em escala de 1:150.

    Para o engenheiro fazer esse desenho em uma

    folha de papel, deixando uma margem de 1 cm em relao s bordas da folha, quais as dimen-ses mnimas, em centmetros, que essa folha dever ter?

    a) 2,9 cm 3,4 cm. b) 3,9 cm 4,4 cm. c) 20 cm 25 cm. d) 21 cm 26 cm.e) 192 cm 242 cm.

    QUESTO 06 - (ENEM2013 1 Aplicao - Adaptada) - A figura apresenta dois mapas, em que o estado do Rio de Janeiro visto em dife-rentes escalas.

    H interesse em estimar o nmero de vezes que a escala desse mapa desse aumentada. Esse numero :

    a) menor que 10.b) maior que 10 e menor que 20.c) maior que 20 e menor que 30.d) maior que 30 e menor que 40.e) maior que 40

    QUESTO 07 - (ENEM 2013 1 Aplicao) - A figura apresenta dois mapas, em que o estado do Rio de Janeiro visto em diferentes escalas.

    H interesse em estimar o nmero de vezes que foi ampliada a rea correspondente a esse esta-do no mapa do Brasil. Esse numero :

    a) menor que 10.b) maior que 10 e menor que 20.

    ESCALA NUMRICA

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    c) maior que 20 e menor que 30.d) maior que 30 e menor que 40.e) maior que 40

    QUESTO 08 - (ENEM 2012 1 Aplicao/Pro-va Cinza) - Um bilogo mediu a altura de cinco rvores distintas e representou-as em uma mes-ma malha quadriculada, utilizando escalas difer-entes, conforme indicaes na figura a seguir.

    Que rvore representa a maior altura real?a) I b) IIc) III d) IVe) V

    QUESTO 09 - (ENEM PPL 2013) - Vulco Puyehue transforma a paisagem de cidades na Argentina - Um vulco de 2 440 m de altu-ra, no Chile, estava parado desde o terremoto em 1960. Foi o responsvel por diferentes con-tratempos, como atrasos em viagens areas, por causa de sua fumaa. A cidade de Bariloche foi uma das mais atingidas pelas cinzas.

    Disponvel em: http://g1.globo.com. Acesso em: 25 jun. 2011 (adaptado).

    Na aula de Geografia de determinada escola, fo-ram confeccionadas pelos estudantes maquetes de vulces, a uma escala 1 : 40 000. Dentre as re-presentaes ali produzidas, est a do Puyehue, que, mesmo sendo um vulco imenso, no se compara em estatura com o vulco Mauna Loa, que fica no Hava, considerado o maior vulco do mundo, com 12 000 m de altura. Comparando as maquetes desses dois vulces, qual a diferena, em centmetros, entre elas?

    a) 1,26 b) 3,92c) 4,92 d) 20,3e) 23,9

    QUESTO 10 - (ENEM PPL 2013) - Em um folheto de propaganda foi desenhada uma planta de um apartamento medindo 6 m 8 m, na escala 1 : 50. Porm, como sobrou muito espao na folha, foi decidido aumentar o desenho da planta, passando para a escala 1 : 40. Aps essa modificao, quanto aumentou, em cm2, a rea

    do desenho da planta?a) 0,0108 b) 108c) 191,88 d) 300e) 43 200

    GABARITO DE APRENDIZAGEM01 02 03 04 05 06 07 08 09 10A E E C C D C E A C

    GABARITO COMPLEMENTAR01 02 03 04 05 06 07 08 09 10E E E C D A D D E B

    ESCALA NUMRICA

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    TRIGONOMETRIA NOS TRINGULOS

    Razes Trigonomtricas Em um tringulo retngulo as razes tri-gonomtricas seno, cosseno e tangente so as-sim definidas:

    cos

    tan

    cateto opostosenohipotenusa

    cateto adjacentesenohipotenusa

    cateto opostogentecateto adjacente

    =

    =

    =

    Veja no tringulo ABC abaixo: