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Programa de desenvolvimento turístico, de lazer e recreação Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu - CEBI PROJETO BÁSICO AMBIENTAL UHE BAIXO IGUAÇU PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO, DE LAZER E RECREAÇÃO Relatório Anual Consolidado Janeiro a dezembro de 2017 Empresa executora: GKS Negócios Sustentáveis Equipe técnica responsável pelo desenvolvimento das atividades do Programa Integrantes Formação Conselho de Classe CTF IBAMA Assinatura Cássio Garkalns Engenheiro Agrônomo CREA 5874758 Gleice Guerra Turismóloga N/A N/A Marta Poggi e Borges Economista CORECON N/A Miriam Say Engenheira Cartógrafa CREA N/A Sergio M. Z. Fernandes Filho Turismólogo N/A N/A Dezembro – 2017

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PROJETO BÁSICO AMBIENTAL UHE BAIXO IGUAÇU

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO TURÍSTICO, DE LAZER E RECREAÇÃO

Relatório Anual Consolidado

Janeiro a dezembro de 2017

Empresa executora:

GKS Negócios Sustentáveis

Equipe técnica responsável pelo desenvolvimento das atividades do Programa

Integrantes Formação Conselho de

Classe CTF IBAMA Assinatura

Cássio Garkalns Engenheiro Agrônomo

CREA 5874758

Gleice Guerra Turismóloga N/A N/A

Marta Poggi e Borges Economista CORECON N/A

Miriam Say Engenheira Cartógrafa CREA N/A

Sergio M. Z. Fernandes Filho Turismólogo N/A N/A

Dezembro – 2017

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 5

2. OBJETIVOS ................................................................................................ 6

2.1. Geral ......................................................................................................... 6

2.2. Específicos ................................................................................................. 6

3. METODOLOGIA ........................................................................................... 6

4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO PERÍODO ................................................. 11

5. DADOS COMPARATIVOS – AÇÕES PREVISTAS X AÇÕES REALIZADAS ............... 12

6. ANÁLISE CRÍTICA DE RESULTADOS ............................................................. 13

7. JUSTIFICATIVAS PARA EVENTUAIS DESVIOS NO DECORRER DAS ATIVIDADES .. 14

8. ATIVIDADES PREVISTAS PARA O PERÍODO SEGUINTE .................................... 15

8.1. Qualificação e treinamentos ........................................................................ 15

8.2. Desenvolvimento de Guia Turístico e Website ................................................ 18

8.3. Fortalecimento da governança ..................................................................... 18

9. EVIDÊNCIAS FOTOGRÁFICAS ...................................................................... 19

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LISTA DE SIGLAS

CEBI - Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu.

ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

MTur – Ministério do Turismo

PDTLR – Plano de Desenvolvimento Turístico, de Lazer e Recreação

UHE – Usina hidrelétrica

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LISTA DE FIGURAS

Figura 01. Atividades previstas x realizadas entre agosto de 2016 e dezembro de 2017 .............12

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1. INTRODUÇÃO O presente documento consiste no Relatório Anual consolidado das Atividades desenvolvidas em 2017 no âmbito do Programa de Desenvolvimento Turístico, Lazer e Recreação – PDTLR da UHE Baixo Iguaçu, um dos 32 programas socioambientais contemplados no Plano Básico Ambiental (PBA) do Consórcio Empreendedor Baixo Iguaçu (CEBI).

O PDTLR tem como público municípios e propriedades da região do entorno do empreendimento, principalmente os mais atingidos pela implantação da usina; empreendedores, empresários, prestadores de serviço em geral, ligados ao setor de turismo; e usuários dos serviços e atrativos turísticos.

O PDTLR visa desenvolver a atividade do turismo local em consonância com a preservação do meio ambiente, melhorando assim a qualidade de vida da população dos municípios abrangidos. O PDTLR é considerado um programa socioeconômico em função do reconhecido potencial conferido à atividade econômica do turismo de gerar trabalho e renda e de preservar tradições e costumes locais, além de fortalecer a identidade regional, valorizar a cultura local e fomentar a inclusão social que as atividades de lazer e recreação podem motivar.

A concepção do planejamento do turismo, lazer e recreação no entorno do reservatório da UHE Baixo Iguaçu partiu de uma visão sistêmica e global da atividade, considerando uma abordagem integrada, que possibilitasse abranger todos os agentes envolvidos no seu desenvolvimento. As ações propostas fundamentam-se no conceito de sustentabilidade que, no caso do turismo, relaciona-se com a gestão de todos os recursos componentes da atividade, de modo a atender às necessidades econômicas, sociais e ambientais dos territórios, mantendo a integridade natural e cultural local. Considera, ainda, a importância de reconhecer os benefícios sociais, físicos e para a saúde em geral, criados pelo desenvolvimento de ações de lazer e recreação.

As atividades descritas nesse relatório e realizadas ao longo de 2017 resultaram na elaboração do Plano de Desenvolvimento Turístico, de Lazer e Recreação para os municípios da AID, e que contemplou:

• Realização do inventário da oferta turística nos cinco municípios; • Formação de um grupo para a governança da atividade turística na região; • Capacitação e treinamento de agentes envolvidos no planejamento e desenvolvimento do

turismo, como também a qualificação e capacitação de atores da cadeia produtiva; • Diagnóstico turístico; • Elaboração das diretrizes estratégicas; • Pesquisa de demanda turística real e potencial; • Proposta de projetos e programas de turismo; e • Proposta de implantação da infraestrutura de lazer e recreação.

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2. OBJETIVOS

2.1. Geral Contribuir para o desenvolvimento sustentável e harmonioso/ estratégico da atividade turística, de lazer e recreação dos municípios da área de influencia direta, diversificando com isto as oportunidades de emprego, renda e lazer, potencializando esforços, convergindo interesses, qualificando a oferta e empoderando uma governança local representativa.

2.2. Específicos

• Identificar e mobilizar parceiros para o planejamento e desenvolvimento do turismo nos municípios da AID;

• Realizar o inventário turístico dos municípios; • Estudar as potencialidades de desenvolvimento do turismo do ponto de vista da oferta, ou

seja, empresários potenciais para investimentos na região, além do incentivo ao empreendedorismo dos moradores locais; e da demanda, identificando o público de consumidores e usuários dos serviços e atrativos turísticos;

• Compatibilizar o desenvolvimento do turismo com as ações de conservação ambiental, de forma integrada com as diretrizes do plano de manejo do Parque Nacional do Iguaçu, para sua área de entorno, assim como com as diretrizes do Plano Ambiental de Conservação das Águas e Uso do Entorno do Reservatório;

• Apoiar os municípios para a capacitação da população local, com vistas à promoção do desenvolvimento da atividade turística nas propriedades no entorno do empreendimento UHE Baixo Iguaçu, e disseminar práticas sustentáveis;

• Conceber e executar, de forma participativa, projetos para o aproveitamento do potencial turístico já existente nos municípios da AID, bem como das novas oportunidades que serão criadas pelo enchimento do reservatório;

• Estudar alternativas de lazer e recreação para a comunidade local, e propor a criação da infraestrutura necessária para a sua prática, por meio de projetos de parcerias entre o poder público e o empreendedor;

• Elencar e potencializar as oportunidades de utilização do reservatório da UHE Baixo Iguaçu para o desenvolvimento de atividades de turismo, recreação e lazer, de forma a gerar renda e qualidade de vida para as comunidades locais.

3. METODOLOGIA As ações metodológicas propostas com o objetivo de viabilizar a execução do PDTLR, na sua primeira etapa (2017), consideraram as recomendações contidas no PBA, englobando:

o Promover a articulação interinstitucional o Apoio às prefeituras para a estruturação político-administrativa da atividade turística nos

municípios o Criação de uma estrutura de governança para o planejamento e gestão conjunta do turismo

entre atores e os municípios da AID o Qualificação da cadeia produtiva o Elaboração do inventário da oferta turística nos cinco municípios da AID

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Ações estratégicas:

• Implantação de infraestrutura de lazer e recreação, destinados a população dos municípios da AID

• Desenvolvimento do turismo no entorno do Parque Nacional do Iguaçu

• Definição de uma política para o desenvolvimento integrado do turismo sustentável nos municípios da AID da UHE Baixo Iguaçu.

• Promoção e apoio à comercialização

A organização e desenvolvimento dos trabalhos durante o ano de 2017, para atender as recomendações do PBA, concentram-se em sete principais etapas descritas a seguir.

Ressalta-se que uma das bases fundamentais durante todo o processo foi o uso de técnicas de planejamento participativo e de alinhamento com os principais stakeholders dos 5 municípios contemplados.

I. Inventário turístico

Busca de informações em 3 fontes:

• Pesquisas em fontes secundárias físicas e digitais, inclusive com o uso da internet (site das prefeituras municipais, do IBGE e INPE, empreendimentos, associações, notícias) buscando sistematizar uma lista preliminar de infraestrutura, atrativos, equipamentos e serviços turísticos de cada localidade em estudo.

• Entrevistas semiestruturadas com lideranças dos 5 municípios

• Levantamento e registro in loco (inclusive fotográfico com georeferenciamento) dos atrativos, recursos, equipamentos e serviços turísticos dos 5 municípios, bem como as estruturas de apoio ao turismo, as instâncias de gestão e outras condições gerais que viabilizam a atividade, tendo como referência os conceitos estabelecidos para esse fim pelo Ministério do Turismo.

As informações levantadas no inventário estão alinhadas com os conceitos indicados nas diretrizes do MTur, com o Sistema de Inventariação da Oferta Turística (INVTUR) e com as informações da Secretaria Estadual de Turismo do Paraná, considerando três categorias (INVTUR):

• Categoria A: infraestrutura de apoio ao turismo o informações básicas do município; o meios de acesso ao município; o gargalos de infraestrutura básica (comunicação, segurança, saúde, educação,

saneamento etc.)1; o outros serviços e equipamentos de apoio.

• Categoria B: serviços e equipamentos turísticos o serviços e equipamentos de hospedagem; o serviços e equipamentos de alimentos e bebidas; o serviços e equipamentos de agências de turismo;

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o serviços e equipamentos de transporte público; o serviços e equipamentos para eventos; o serviços e equipamentos de lazer; o outros serviços e equipamentos turísticos.

• Categoria C: atrativos turísticos o atrativos naturais; o atrativos culturais materiais e imateriais; o atividades econômicas geradoras de interesse turístico de lazer; o eventos.

II. Levantamento do perfil do visitante

Para o levantamento da demanda turística real foram selecionados os dois eventos mais significativos de acordo com a opinião dos stakeholders locais: Verão Capanema (no Gavião Macaco) e Carnaval em Planalto.

Em ambos foi adotada uma abordagem exploratória baseada no método de Amostragem não probabilística por conveniência em locais com alto fluxo de visitantes/ turistas.

Os entrevistadores foram treinados para alinhamento conceitual sobre o questionário e metodologia de aplicação, e foi realizado um pré-teste com uma amostra de 20 pesquisas. Os ajustes identificados como necessários no questionário foram incorporados para a versão final.

A metodologia de aplicação da pesquisa envolveu a abordagem aleatória de visitantes em diferentes pontos dos eventos. Foram realizadas pesquisas em dois dias de cada evento, distribuídas ao longo do dia e até à noite. As respostas eram registradas em questionário impresso próprio, e depois sistematizadas, tabuladas e analisadas.

A estrutura da pesquisa objetivou identificar a origem, principal motivação de deslocamento, e perfil socioeconômico dos visitantes, e foi organizada para que cada entrevista durasse no máximo 6 minutos.

III. Diagnóstico

O diagnóstico turístico sistematiza e analisa, em um conjunto de reuniões técnicas e oficinas participativas, os fatos, as estatísticas e as informações obtidas no inventário. Estrutura assim os pontos fortes, os fracos, as oportunidades e as ameaças da atividade turística (análise SWOT - streghts, weaknesses, opportunities & threats), descrevendo a situação atual do turismo e de outros setores afins, trazendo uma visão analítica das potencialidades locais e uma avaliação crítica, além de uma análise que considera os desafios internos e externos ao território.

Permite a caracterização, entendimento e avaliação dos atrativos da região, incluindo a identificação de oportunidades de turismo, lazer e recreação na região, sistematizando assim as informações coletadas.

Como instrumentos para a avaliação dos fatores condicionantes do desenvolvimento turístico na região, foram utilizados estudos da oferta diferencial – aquela que motiva a visitação do turista e a que estimula a permanência do visitante da área. Dentre eles, destacam-se:

• a atratividade dos recursos turísticos, • a acessibilidade, • as possibilidades de promoção.

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Da avaliação do desempenho isolado e integrado desses elementos, foi possível recomendar as ações por empreender no sentido de minimizar as fraquezas e incrementar suas potencialidades, considerando-se a fragilidade dos ecossistemas receptivos e a necessidade de trabalhar considerando prioritariamente o benefício das populações locais.

Nesta etapa também foi elaborado um mapa regional com a identificação dos principais atrativos da oferta turística devidamente georreferenciada.

Ao final dos trabalhos desta etapa foi realizado workshop com representantes com o Grupo de Governança para a apresentação dos resultados preliminares e a coleta de subsídios para a proposta das diretrizes para o desenvolvimento do turismo na AID.

IV. Propostas de diretrizes, programas e projetos

A definição de diretrizes para o desenvolvimento do turismo, recreação e lazer na região envolveu a proposição dos princípios gerais para o equilíbrio do desenvolvimento do turismo e a proteção do meio ambiente e que, resumidamente, relacionam-se com:

• a população local tem que ser a maior beneficiária das propostas a serem apresentadas, resguardando a necessidade de conservação dos recursos a serem utilizados;

• a consideração de que a qualidade do meio ambiente passa a constituir-se critério essencial para a definição de um turismo qualitativo e de que a segurança é um fator determinante para qualquer proposta;

• o entendimento de que a viabilização financeira e os retornos socioculturais dos equipamentos e serviços do turismo ocorrem a médio e longo prazos;

• as diretrizes devem estar estreitamente ligadas aos objetivos propostos para as ações do planejamento e constituem a indicação dos rumos a tomar. Determinam as linhas-guia para os programas e projetos.

As diretrizes foram apresentadas e discutidas com o Grupo de Governança e, quando devidamente aprovadas, foram detalhadas e desdobradas em Programas e Projetos. Os programas de ação constituem os marcos específicos de referência para a elaboração de projetos que, vinculados entre si pelas características, devem ser coerentes, interdependentes e apresentar periodicidade. Consideraram os seguintes temas:

• Programa de Identidade econômica, cultural e natural; • Programa de Atrativos para a demanda regional • Programa equipamentos e serviços • Programa Força de trabalho • Programa Fomento e promoção • Programa de Governança • Programa de Eventos

Os Projetos correspondem ao conjunto de informações, sistemática e racionalmente ordenadas, que permitiram o detalhamento necessário para orientar a implementação do Plano. Consideraram ainda a sua aplicabilidade local e sua integração com os objetivos esperados no PBA. Foram detalhados da seguinte forma:

• denominação e código de referência; • objetivos;

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• conteúdo e ações a serem desenvolvidas; • agentes envolvidos e principais responsabilidades; • avaliação da dificuldade técnica; • Insumos; • prioridade de implantação.

A elaboração do PDTRL culmina na apresentação à sociedade, em workshop, dos seus principais aspectos e resultados esperados.

V. Fortalecimento da governança

A concepção da estruturação político-administrativa e da organização e implantação de uma governança regional parte de uma visão sistêmica do turismo a ser desenvolvido nos cinco municípios, considerando a abordagem integrada dos desafios, impactos, benefícios e investimentos, de maneira a abranger e interagir os agentes envolvidos no seu desenvolvimento.

A formação do Grupo de governança regional partiu de convites feitos a representantes da sociedade:

• Gestores públicos do turismo municipal • Empreendedor da UHE Baixo Iguaçu • Representantes das organizações não-governamentais • Representantes das instituições voltadas ao desenvolvimento regional e à sociedade Civil • Representantes dos órgãos ambientais, de transporte, de infraestrutura, de saúde e de

segurança • Representantes do Sistema “S” • Representantes da cadeia produtiva do turismo • Outras lideranças locais identificadas e envolvidas com atividades turísticas,

Durante as visitas técnicas do inventário, o PDTLR era sempre explicado às pessoas entrevistadas, e que também eram convidadas a participar do Grupo.

As três reuniões realizadas com o grupo tiveram sua dinâmica orientada para:

• Estimular a participação e a integração • Buscar a adesão e o compromisso de contribuição • Evidenciar a importância do PDTLR, e consequentemente de participação na sua elaboração

e na sua implementação • Criar as bases para a formalização do Grupo em 2018

VI. Capacitação dos agentes envolvidos no processo de planejamento e desenvolvimento do turismo

As ações de capacitação foram orientadas de acordo com o estabelecido no PBA, considerando:

• as necessidades das comunidades locais, suas carências e potencialidades; • os projetos e iniciativas em andamento na região que visam o estímulo ao turismo; • as necessidades de capacitação identificadas; • as entidades que podem atuar como parceiras.

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A metodologia considerou encontros em grupo com temas de relevância, e encontros individuais nos próprios estabelecimentos de empreendedores dos 5 municípios (on job training).

Os convites para os encontros em grupo foram feitos por e-mail a empreendedores identificados durante o inventário, e através das prefeituras. Os encontros abordaram assuntos relacionados a gestão de empreendimentos turísticos e utilizaram as metodologias de apresentação oral e discussões em grupo.

A adesão aos encontros individualizados foi feita por demanda dos interessados e previamente agendada com a equipe técnica. Em cada encontro é realizada uma sessão de orientação técnica, com registro de cada encontro em súmula específica.

4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO PERÍODO • Realização do inventário (setembro de 2016 a janeiro de 2017), incluindo:

o Amplo levantamento bibliográfico o Visitas a equipamentos e serviços turísticos o Estruturas de apoio ao turismo e lazer o Instâncias de gestão o Entrevistas com lideranças, empreendedores e agentes públicos

• Realização da pesquisa de demanda durante o carnaval em Planalto e no evento “Verão Capanema” (fevereiro 2017)

• Realização de workshop para mobilização dos stakeholders e início de estruturação do Grupo de Governança do PDTLR (fevereiro de 2017)

• Realização da análise diagnóstica dos pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças (março a maio de 2017)

• Realização de oficinas para apresentação, discussão e validação do diagnóstico e das diretrizes propostas com os stakeholders (maio de 2017)

• Elaboração de mapa georreferenciado com os principais atrativos turístico e de lazer da região (maio de 2017)

• Identificação de habilidades e competências a serem desenvolvidas nos empreendedores ligados às atividades de turismo e lazer, e condução de processo de capacitação e qualificação da oferta nos formatos de reuniões de ensino/ aprendizagem e de on job training (ações individuais de capacitação nos próprios locais de trabalho dos empreendedores) (fevereiro a junho de 2017)

• Apresentação e discussão do PDTLR com instituições de relevância na região, como o ICMbio e Sebrae (fevereiro a junho de 2017)

• Proposição de diretrizes estratégicas para o desenvolvimento da recreação, turismo e lazer na região (maio de 2017)

• Detalhamento dos projetos recomendados (maio a julho de 2017) • Reuniões presenciais e virtuais com o CEBI e com outros fornecedores para:

o Alinhamento de conceitos o Padronização de nomenclaturas e de formas de apresentação o Inclusão de informações complementares e detalhamento a conteúdos apresentados o Melhoria na qualidade de imagens o Correções gramaticais e ortográficas

• Entrega da versão final do PDTLR

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5. DADOS COMPARATIVOS – AÇÕES PREVISTAS X AÇÕES REALIZADAS

Figura 01: Atividades previstas x realizadas entre agosto de 2016 e dezembro de 2017.

ATIVIDADES

Contrato ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

1. Reunião de kick off detalhamentos e mobilização de equipe

2. Inventário þ

3. Diagnóstico

workshop Grupo de governança

4. Proposta de Diretrizes

Workshop

5. Proposta de programas e projetos

6. capacitacão e qualificação

7. Apresentação e avaliação do Plano Versão Preliminar

8 .Plano Versão Final

Realizado Previsto

MESES

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6. ANÁLISE CRÍTICA DE RESULTADOS

• Os procedimentos metodológicos envolveram pesquisas em fontes secundárias para contextualização, o inventário em campo da oferta turística, duas pesquisas diretas de demanda, a confecção de um diagnóstico e o estabelecimento de diretrizes para propor programas e projetos que, executados nos próximos 18 meses, podem contribuir para o desenvolvimento do turismo, lazer e recreação dos municípios estudados. O processo de trabalho foi permeado por capacitação de empreendedores e oficinas participativas.

• A contextualização identificou as áreas e seus limites geográficos, apresentou informações históricas, avaliou dados da população e dos domicílios e examinou a estrutura institucional municipal, caracterizando a região quanto aos serviços públicos (saneamento e serviços básicos, infraestrutura de transportes e de acesso, segurança pública, saúde, educação, comunicações, estruturas de apoio ao turismo, instrumentos de gestão pública). Além disso, verificou as principais atividades econômicas e o emprego, apresentando dados de PIB per capita e IDHM. As principais conclusões foram classificadas como forças, fraquezas, oportunidades ou ameaças, na análise SWOT apresentada.

• O inventário da oferta turística avaliou 29 atrativos e recursos turísticos nos cinco municípios da AID e identificou 25 meios de hospedagem, 68 estabelecimentos de alimentação e 10 outros serviços e equipamentos relevantes, que foram visitados e convidados para os eventos participativos deste PDTLR. A pesquisa de demanda foi realizada para identificar o visitante de eventos, em fevereiro e março de 2017, no Carnaval de Planalto e no Verão Capanema, respectivamente.

• O estudo do posicionamento dos atrativos e recursos, públicos e privados, traçou um panorama da atratividade, uso, representatividade, apoio, conservação, infraestrutura e acesso de cada elemento, que serviram para identificar áreas críticas e a potencialidade da região como um todo. Para o turismo, o baixo grau de atratividade e representatividade são aspectos que se destacam, sendo vislumbrado, para o curto prazo, atividades de lazer e recreação de alcance regional, apenas.

• Juntamente com a análise SWOT, o posicionamento dos atrativos serviu para traçar diretrizes para a região, decompostas em princípios – devidamente discutidos com representantes do poder público local, objetivos e estratégias temáticas. O posicionamento potencial orientou as definições, ao dividir a análise em cenários otimistas e pessimistas de médio e longo prazos e apontar variáveis-chave que os condiciona: acesso (via território nacional ou via Argentina), autorizações para uso de recursos e atrativos naturais, disponibilidade de comunicação e qualificação dos equipamentos e serviços. Para o curto prazo, objeto de intervenções propostas para os próximos 18 meses, foram definidos pontos-chave, fortes e fracos, que se desdobraram em nove programas e 32 projetos, 25 dos quais detalhados no escopo deste PDTLR. Esses projetos são considerados prioritários, além de sete projetos de acesso e infraestrutura básica. Outros projetos de curto e médio prazos foram vislumbrados e mencionados, mas devem ser revistos à luz dos desdobramentos das variáveis-chave condicionantes.

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• Os projetos propostos e apresentados devem ser estudados e viabilizados pelo grupo de governança e pelos atores do poder público responsáveis por sua implementação.

• Foi realizada a mobilização e constituição do Grupo de Governança incluindo representantes do setor público, iniciativa privada e sociedade civil organizada, onde foi possível iniciar um processo de discussão sobre a importância do turismo, lazer e recreação na região, e criar um ambiente de networking para o fortalecimento de parcerias regionais. Porém, o grupo ainda precisa ser fortalecido e orientado para que possa se apropriar do PDTRL e desenvolver/ fomentar ações para a sua implementação.

• Foram realizadas 60 horas de capacitações nos formatos de aulas em grupo e treinamento individualizados (on job training), que mostraram-se importantes para a qualificação dos participantes mas ainda insuficientes para melhorar o padrão médio da oferta turística regional.

• O PDTLR indicou, em suas diretrizes, programas e projetos, que o foco no curto e médio prazos seja o desenvolvimento e qualificação das atividades de recreação e lazer nos 5 municípios, e que ações regionais estruturantes para o desenvolvimento do turismo (o que deverão ser conduzidas orientadas para resultados no longo prazo.

Com isso, o PDTLR cumpriu seu papel de se tornar um instrumento norteador para orientar decisões futuras dos gestores municipais e do Grupo de Governança e auxiliar o desenvolvimento do turismo, lazer e recreação nos municípios de Capitão Leônidas Marques, Capanema, Planalto, Realeza e Nova Prata do Iguaçu.

7. JUSTIFICATIVAS PARA EVENTUAIS DESVIOS NO DECORRER DAS ATIVIDADES O cronograma de atividades realizadas sofreu alterações perante o planejado considerando as seguintes situações:

• Grande impacto na dinâmica sociopolítica dos municípios depois das eleições municipais de

2016, o que impôs o reinício de contatos nas prefeituras em que o quadro de servidores foi

alterado, e dilatação dos prazos de algumas atividades considerando o tempo necessário

para que os novos prefeitos pudessem criar uma agenda de disponibilidade para este

assunto;

• A grande quantidade de feriados ao longo do ano;

• A dificuldade de mobilização dos empreendedores para as atividades de qualificação, já que

na maioria dos casos o empreendedor é o único (ou principal) funcionário de seu negócio;

• A complexidade para a leitura e discussão de um Plano com abrangência regional que, pelo

alto volume de informações apresentadas, exigiu a cada revisão um esforço de dedicação

de todos os atores diretamente envolvidos (consultoria e contratante); e

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• A necessidade de adequação do cronograma do Plano ao cronograma da obra, para que não

houvessem ruídos no relacionamento no território. As paralizações da obra e os processos

de negociação do empreendimento com as diversas partes interessadas impactaram

também o cronograma do PDTLR.

8. ATIVIDADES PREVISTAS PARA O PERÍODO SEGUINTE Para 2018 estão previstas as seguintes atividades:

8.1. Qualificação e treinamentos O diagnóstico realizado na fase 1 do PDTLR identificou a necessidade de sensibilização da comunidade sobre a importância do turismo, e também continuidade das ações de capacitação de atores do poder público, empresários do setor privado, proprietários dos empreendimentos e serviços turísticos mapeados no inventário turístico.

Para atender a essa demanda, estão previstas atividades como cursos e minicursos, oficinas de aprendizagem, palestras e ciclo de excursões, organizados da seguinte forma:

a) Mini curso de Gestão de Turismo Responsável

• Carga horária total: 60 horas

• Carga horária por grupo de município: 20 horas

Grupo A – Capanema (10h) e Planalto (10h)

Grupo B – Capitão Leônidas Marques (10h) e Nova Prata do Iguaçú (10h)

Grupo C – Realeza (20h)

• Vagas por município: 20

• Temas centrais:

o questões ligadas ao desenvolvimento e à gestão da atividade turística, a nível público (destino) ou privado (empreendimentos turísticos), abordando temas como: legislação que regula as atividades e serviços turísticos, políticas públicas de turismo, estratégias de fomento e prospecção de negócios, gerenciamento de processos e informações, planejamento das ações de desenvolvimento do negócio.

o subsídios para o planejamento e monitoramento do turismo, para atuação pública ou privada, avaliação de impactos socioambientais, aos relacionamentos institucionais e públicos, arranjo e fortalecimento institucional, organização e desenvolvimento da comunidade local para o turismo, estímulo do resgate de práticas e hábitos culturais e antigas tradições.

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b) Treinamentos em “Inovação e Empreendedorismo em Negócios Turísticos Sustentáveis”

• Carga horária total 180 horas

• Carga horária por grupo de município: 60 horas

Grupo A – Capanema (30h) e Planalto (30h)

Grupo B – Capitão Leônidas Marques (30h) e Nova Prata do Iguaçu (30h)

Grupo C – Realeza (60h)

• Vagas por município: 20

• Temas centrais:

o O curso irá trabalhar temas e questões relevantes para a produtividade, qualidade e sustentabilidade nas ações empresariais, governamentais e do terceiro setor, bem como tratar da importância do empreendedorismo na gestão dos equipamentos receptivos e projetos de turismo.

o Busca atender à uma demanda importante da atividade turística, que é dar suporte para o profissional que desenvolve ou busca ações sustentáveis nos empreendimentos e nos destinos, utilizando conhecimentos para a consolidação do branding local, estimulando o uso das inovações para uma ação profissional responsável e compreendendo o nível dos impactos socioambientais do turismo

o Serão contemplados e vivenciados conceitos-chave como empreendedorismo; inovação e criatividade em modelos de negócios; atividades econômicas sustentáveis; desenvolvimento da comunidade local e articulação de Cadeias Produtivas e Redes de Colaboração; conhecer o mercado do turismo; como interagir com os clientes; planejamento e gestão da produção e logística; planejamento financeiro; viabilidade do negócio; estratégias para captação de recursos.

c) Mini cursos “Aperfeiçoamento em Operacional turístico”

• Carga horária total 60 horas

• Carga horária por grupo de município: 20 horas

Grupo A – Capanema (10h) e Planalto (10h)

Grupo B – Capitão Leônidas Marques (10h) e Nova Prata do Iguaçu (10h)

Grupo C – Realeza (20h)

• Vagas por município: 30

• Temas centrais:

o As ações desse treinamento levam em consideração que os gestores, diariamente, precisam tomar decisões sobre investimentos, financiamentos, ações de marketing, recursos humanos, fornecedores, estoques, políticas de crédito, custos, tecnologias e ainda buscar ações de inovação e crescimento. Dentro de um cenário de constantes

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mudanças, recomenda-se a esses profissionais que desenvolvam liderança, criatividade e otimismo para promover o crescimento da empresa e atingir resultados competitivos.

o Serão trabalhados também temas, situações e práticas relacionadas com a gestão de melhoria e cuidados nas instalações físicas e equipamentos; qualidade no atendimento e na prestação da oferta de produtos e serviços; segmentação, comercialização e marketing.

d) Palestras de sensibilização

• Carga horária total (nos cinco municípios): 20 horas

• Carga horária por município: 4 horas

• Total de municípios: 5

• Número estimado de participantes para cada encontro: acima de 15

• Vagas por município: 20 a 30

• Temas centrais:

o A importância do turismo

o Turismo e geração de renda

o Turismo e valorização cultural

o Turismo rural

o Educação ambiental

• Pretende-se, como objetivo, sensibilizar para a importância que o turismo pode proporcionar para o desenvolvimento local, para o resgate e preservação de tradições e valores culturais, históricos e culinários etc. Busca-se também introduzir temas de interesse local e ampliar o conhecimento acerca do Turismo e das atividades que complementam essa cadeia produtiva.

e) Ciclo de excursões técnicas

• Número de excursões previstas: 5

• Número estimado de participantes: 10 a 15

• Vagas por município: 20 a 30

• Temas centrais:

• Realização de ciclos de excursões guiadas, nos moldes de visitas técnicas, pelos principais atrativos e pontos turísticos dos cinco municípios da AID e da região, explorando especialmente aqueles identificados no Inventário e Diagnóstico da fase 1 do PDTLR, e que compuseram o mapa dos 20 principais atrativos da região do Baixo Iguaçú.

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8.2. Desenvolvimento de Guia Turístico e Website Objetivando o fomento do desenvolvimento turístico dos cinco municípios da área de influência do empreendimento, está prevista a criação de material impresso e eletrônico sobre o Circuito Turístico Baixo Iguaçu.

O guia turístico terá o conteúdo editado a partir das informações coletadas no inventário realizado na primeira fase do PDTRL. Os principais atrativos naturais e culturais dos cinco municípios comporão este conteúdo. Serão impressos e distribuídos 2000 exemplares com o seguinte formato:

• Formato fechado: 210x297mm • 4x4 cores • 4 dobras • 52 páginas (4 de capa e 48 de miolo) • Papel couchê fosco 170gr2para o miolo e 240gr2para a capa.

Posteriormente será criado website em plataforma wordpress que opera em todos os equipamentos, desde mobile a desktop. Este website será responsivo e gerenciável em até 10 botões. O conteúdo será distribuído em até 60 páginas, incluindo a inserção de mapas com os principais atrativos e equipamentos dos cinco municípios. A hospedagem será garantida em provedor contratado para este fim por um período de 6 (seis) anos.

8.3. Fortalecimento da governança A concepção da estruturação político-administrativa e da organização e implantação de uma governança regional é um dos aspectos identificados na fase 1 do PDTLR como estruturantes para o desenvolvimento sustentável e estratégico do território.

A partir do grupo de governança já mobilizado, composto por representantes do poder público, sociedade civil organizada e empresários da iniciativa privada dos cinco municípios está prevista a orientação e acompanhamento do trabalho do grupo para a sua estruturação nos diferentes níveis de atuação, com vistas a discutir encaminhamentos e qualificá-los para conduzir e monitorar as ações políticas, planos e projetos para o desenvolvimento do turismo na esfera regional.

Atribuições pretendidas para o grupo de governança:

• Promover a integração e cooperação dos diversos setores sociais, políticos e econômicos, em torno do PDTLR;

• Propor, analisar e acompanhar a implementação de políticas, planos e projetos voltados ao turismo;

• Articular parcerias e negociar recursos técnicos, normativos e institucionais com as diferentes esferas do poder público, empresários e entidades internacionais;

• Trabalhar o planejamento e a gestão dos produtos e roteiros turísticos regionais;

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Estão previstas 12 (doze) atividades presenciais, de 4 horas cada, que contemplam reuniões, treinamentos, palestras e workshops (preferencialmente, em diferentes municípios).

Além das etapas presenciais, será realizado o acompanhamento mensal do Grupo de governança à distância para verificar o status das atividades e esclarecimento de dúvidas dos integrantes do grupo.

9. EVIDÊNCIAS FOTOGRÁFICAS As evidências fotográficas encontram-se em relatório específico protocolado no IAP sob número 14974204-2 em 14/12/2017

1712_CEBI PDTL_RelatorioFINAL_GKS_v4_r5.doc