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Projecto I&DT Empresas em CoPromoção Promovido pela Leal & Soares SA Copromoção do Instituto Politécnico de Viana do Castelo e da Universidade de Coimbra Compostagem de espécies invasoras (Relatório de atividades 01/201207/2012) Projeto CEI 13584 Quadro de Referência Estratégico Nacional 20072013 Programa Operacional Temático Fatores de Competitividade

Projeto CEI 13584 · 2013. 5. 13. · Acacia melanoxylon, resultantes maioritariamente de rebentamento de touça. Devido a um fenómeno ocorrido em meados de Março de 2012 e registado

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Projecto I&DT Empresas em Co‐Promoção Promovido pela Leal & Soares SA 

Co‐promoção do Instituto Politécnico de Viana do Castelo e da Universidade de Coimbra 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Compostagem de espécies invasoras 

(Relatório de atividades 01/2012‐ 07/2012) 

 

 

Projeto CEI 13584 

 

 

 

 

Quadro de Referência Estratégico Nacional 2007‐2013 Programa Operacional Temático Fatores de Competitividade   

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1. Sumário executivo das atividades do projeto e dos resultados alcançados 

Para  investigar  se  a  compostagem  dos  arbustos  de  acácia  triturados  e  crivados  pode  atingir 

temperaturas elevadas o tempo suficiente para destruir a viabilidade das sementes, e se o composto 

resultante pode ser utilizado como substituto parcial da turfa em substratos hortícolas, construíram‐se 

pilhas  de  grandes  dimensões  para  avaliar  o  processo  de  compostagem  de  arbustos  de  acácia  e  a 

qualidade dos compostos resultantes como componentes de substratos para a produção de plantas. 

O objetivo principal foi avaliar a evolução das principais características físicas e químicas, e as taxas de 

decomposição da matéria orgânica (MO), durante o processo de compostagem de arbustos de acácia 

triturados. E, simultaneamente, determinar o efeito do revolvimento das pilhas de compostagem nas 

taxas de mineralização da MO, na estabilidade e na qualidade do composto final. 

No âmbito deste 2º relatório, foram realizadas as atividades relacionadas com os estudos preliminares, 

experimentação de técnicas de compostagem, testes para avaliar taxa de germinação e a promoção e 

divulgação dos resultados. 

Podemos assim avaliar o processo de  compostagem das pilhas de 2012 que  incluíram acácia com a 

pré‐mistura  para  compostagem  vulgarmente  utilizada  na  empresa  Leal  &  Soares  e  das  pilhas  em 

maturação de acácia de 2011 

 

Apresentamos as atividades e respetivas tarefas realizadas ao longo deste período: 

Atividade 1 – Estudos preliminares 

Tarefa  1:  Avaliação  da  composição  florística.  A  avaliação  da  composição  florística  continuou  a 

decorrer ao longo da primeira metade do ano de 2012, com duas saídas de campo realizadas nos dias 

25 de Janeiro e 02 de Maio. Com esta tarefa deu‐se continuidade ao acompanhamento da capacidade 

de recuperação do sistema, através da re‐colonização por espécies nativas, exóticas e  invasoras, das 

áreas  onde  as  espécies  invasoras  (Acacia  spp.)  foram  removidas.  Os  resultados  demonstram  uma 

elevada taxa de cobertura do solo por indivíduos de Acacia longifolia, resultante de  germinação, e de 

Acacia melanoxylon, resultantes maioritariamente de rebentamento de touça. Devido a um fenómeno 

ocorrido em meados de Março de 2012 e registado em Maio de 2012, muitos indivíduos de Acacia spp. 

secaram, o que possibilitou o desenvolvimento de muitas espécies nativas anuais.  

Tarefa 2: Avaliação das características do solo: já finalizada (consultar relatório anterior). 

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Tarefa 3: Banco de sementes: A tarefa de avaliação do banco de sementes da área intervencionada já 

terminou e os resultados encontram‐se no relatório anterior deste projecto.  

Tal como referido no anterior relatório técnico‐científico deste projecto, na tarefa 3 acrescentaram‐se 

duas experiências consideradas de extrema importância e sem custos adicionais.  

Tarefa 3a: Estudo da viabilidade de  sementes nas pilhas de compostagem: Recebemos em 

Março de 2012 (Figura 1) três sacos com sementes provenientes das pilhas de compostagem. Os sacos 

continham no seu conjunto sementes de A. longifolia, A. melanoxylon, A. dealbata e A. saligna. Estas 

sementes  foram processadas segundo a metodologia utilizada anteriormente. Nenhuma semente de 

nenhum saco germinou ou se mostrou viável.  

Em Julho averiguou‐se a possibilidade de existência de sementes viáveis de Acacia spp. directamente 

no  composto  (Figura  2).  Amostras  do  composto  foram  colocadas  numa  câmara  climática,  com 

condições óptimas para a germinação de sementes de Acacia spp. e a sua monitorização foi seguida 

durante 30 dias. Também aqui, nenhuma semente germinou.  

  Tarefa 3b:  Impacte do  solo  invadido na  flora nativa: Esta experiência  (Figura 3)  teve o  seu 

término em finais de Janeiro de 2012. Até Julho os dados foram analisados e iniciou‐se preparação de 

um artigo científico para publicação numa revista de especialidade. 

Tarefa 4: Avaliação de metodologias de  controlo. De  forma a avaliar a eficácia da metodologia de 

controlo  utilizada  aquando  da  remoção  da  biomassa  para montagem  das  pilhas  de  compostagem, 

avaliou‐se o rebentamento de touça dos indíviduos cortados e a germinação de sementes das espécies 

invasoras presentes. Tendo em conta os objectivos principais da empresa (obtenção de material para 

compostagem viável economicamente), o menor custo em termos de operacionalização no terreno, e 

a expectável reduzida taxa de rebentamento de touça após corte da espécie  invasora dominante (A. 

longifolia), apenas se utilizou o corte raso, com motosserra, sem aplicação de herbicida na touça. Os 

resultados desta acção de controlo foram posteriormente monitorizados ao longo do tempo. Durante 

o período a que corresponde este relatório, realizaram‐se duas saídas de campo (a 25 de Janeiro e 02 

de Maio). Os resultados indicam uma forte regeneração a partir de semente de A. longifolia. As touças 

de A.  longifolia não apresentam rebentos até ao momento, no entanto, a grande maioria das touças 

de A. melanoxylon apresentam rebentos de touça vigorosos. Em Maio verificou‐se um fenómeno que 

afectou grandemente as plântulas e rebentos de Acacia spp. com pouco impacte na flora nativa. 

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Intervenções  posteriores  devem  ser  asseguradas,  para  controlo  dos  indivíduos  resultantes  de 

germinação e de rebentamento de touça, de forma a evitar a rápida re‐invasão das áreas controladas 

por Acacia spp. 

 

Atividade 2 – Desenvolvimento 

Tarefa 1: Experimentação de técnicas de compostagem de plantas invasoras lenhosas. Para  efetuarmos  a  experimentação  das  técnicas  de  compostagem  utilizámos  as  pilhas  C  e  D construídas em 30 de Novembro de 2011, monitorizadas durante todo o ano de 2012 sendo a pilha C sujeita  a  um maior  número  de  revolvimentos  que  a  pilha  D.  Utilizaram‐se  resíduos  triturados  da limpeza de acácia (mais de 80% de Acácia longifolia e o restante de Acácia dealbata e urze) misturados com uma pré‐mistura com base em resíduos de casca de pinheiro. Esta pré‐mistura é preparada pela Leal & Soares com a seguinte formulação: Casca, pó e entrecasca de pinheiro, restos das crivagens de pilhas de compostagem de resíduos de pinheiro anteriores, e com 2 kg de ureia e 4 kg de mármore branca moída  (com valor neutralizante equivalente a 90% de carbonato de cálcio), por metro cubico de mistura. 

As pilhas foram constituídas por 60% em volume de resíduos das acácias e 40% de resíduos da casca de  pinheiro.  No  entanto,  esta  proporção,  em  peso  fresco  e  em  peso  seco  foi muito  diferente.  A proporção, em peso  fresco,  foi 34% de acácia e 66% de pinheiro, enquanto em peso seco  foi 44% e 56% respetivamente. A densidade dos resíduos de acácia triturada fresca (185 kg m3), calculada pela Norma CEN 12580, era inferior à da pré‐mistura (549 kg m3), e o teor de humidade (42%) dos resíduos acácia  foi  também  inferior  ao  da  pré‐mistura  (66%).  As  pilhas  construídas  possuíam  grandes dimensões (≈100 m3). A dimensão das partículas foi inferior a 2 cm para os resíduos de pinheiro, mas com partículas mais compridas (até 8‐10 cm) de resíduos de acácia. As  temperaturas  das  pilhas  de  compostagem  (próximo  da  base,  do  centro  e  do  topo  das  pilhas, aproximadamente à altura de 0,5 1,5 e 2,5 m de altura respetivamente), e do ambiente exterior, foram determinadas  com  três  termístores  (tipo  ST1, Delta‐T Devices)  em  cada  pilha,  e  a  temperatura  do ambiente exterior com dois termístores, sendo os valores horários registados com base em leituras a cada minuto, através de um  registador de dados  (Delta‐T Devices). Com base nos  registos horários calcularam‐se as médias diárias de  temperatura do exterior e do  interior de cada pilha ao  longo de todo o período de compostagem. 

  

Análises químicas das amostras das pilhas de compostagem  

Realizaram‐se colheitas de quatro amostras por cada pilha, recolhidas em quatro pontos distintos do centro das pilhas de 2011 até Abril de 2012 e das pilhas de 2012 durante  todo o ano de 2012. As amostras de cada data foram analisadas individualmente. Recorreram‐se às normas europeias  (CEN, 1999) para a determinação das  seguintes  características: humidade, com base em 50 g de material original (EN 13040); pH por potenciometria (Methrohm‐632) utilizando extractos de 60 cm3 de amostra por 300 ml de água (EN 13037); condutividade elétrica dos extractos aquosos obtidos de acordo com a norma do pH (1+5, v/v), após filtração (EN 13038), com um condutivímetro  (Crison‐CDTM/522),  e  os  resultados  ajustados  à  temperatura  de  25°C;  MO  por calcinação  numa  mufla  (Heraus‐MR170E)  a  550°C  durante  4  horas  (EN  13039)  após  moagem  da 

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matéria seca num moinho ultra‐centrífugo de precisão (Retsch® ZM200); e azoto Kjeldahl modificado (EN 13654) (com um digestor Gerhardt‐KT12S e uma unidade de destilação Vadopest‐3). O teor de N‐NO3

‐ foi também estimado com base no extrato aquoso 1:50 (p/v) através do método de salicilato de sódio, com  leitura num espectrofotómetro de absorção molecular, no comprimento de onda de 420 nm (Monteiro et al., 2003). A concentração de carbono total, destinado ao cálculo da relação C/N, foi determinada pela  fracção entre a concentração da matéria orgânica e a constante 1,8  (Gonçalves e Baptista, 2001). A mineralização da MO  foi estimada com base nas perdas de MO  (g kg‐1) que  foram calculadas pela seguinte fórmula (Paredes et al., 2000): Perdas de MO (g kg‐1) = 1000 – 1000 [X1 (1000 – X2)] / [X2 (1000 – X1)]   As perdas de massa foram calculadas pela fórmula (Tang et al., 2007): Perdas de massa (g kg‐1) = 1000 [1‐ (X1 / X2)]            em que que X1 e X2 representam o teor de cinzas (g kg‐1), respetivamente no  início e no fim de cada período de compostagem.  As perdas de N foram calculadas pela seguinte fórmula (Paredes et al., 2000): Perdas de N (g kg‐1) = 1000 – 1000 [X1 N2)] / [X2 N1)]              em que X1 e X2 representam o teor de cinzas (g kg‐1), e  N1 e N2 o teor de N, respetivamente no início e no  fim  de  cada  período  de  compostagem.  As  perdas  dos  restantes  nutrientes  foram  calculadas, substituindo os teores de N pelos do respetivo nutriente, de acordo com a equação anterior. Utilizou‐se  o método  de  Levenberg‐Marquardt  na  análise  de  regressão  não  linear  e  o método  da menor diferença  significativa  (P  <0,05)  para  a  comparação  entre  as  médias  dos  parâmetros  químicos analisados nas pilhas experimentais, recorrendo‐se ao programa SPSS v. 15.0.     Preparação de amostras para análise na UTAD e na Universidade do Algarve 

 Para análise na UTAD Parte das amostras foram congeladas  imediatamente após a colheita, para a determinação do azoto mineral  na  UTAD  (após  extracção  com  KCl  2M  (1:5, m:v)  na  ESA/IPVC)  por  espectofotometria  de absorção molecular (Houba et al., 1995), em autoanalisador de fluxo segmentado, sendo o teor de N amoniacal  determinado  pela  reacção  de  Berthelot  e  a  de N  nítrico  através  do  reagente  de Griess‐Ilosvay, após redução em coluna de cádmio. Para a extracção dos nutrientes na ESA/IPVC utilizou‐se uma digestão sulfúrica para o N e o P totais e uma digestão nitro‐perclórica para K o Ca e o Mg. Na UTAD, O N e o P nos digeridos serão determinados por espectrofotometria de absorção molecular, o K por  espectrofotometria  de  emissão  de  chama  e  o  Ca  e Mg  por  espectrofotometria  de  absorção atómica.  Para análise na Universidade do Algarve Enviaram‐se amostras recolhidas no final da compostagem das pilhas de 2011, para a universidade do Algarve, para  se  efetuarem  as  seguintes  análises: matéria  seca; pH; CE; matéria orgânica;  curva de retenção de água (%v/v); densidade aparente; redução de volume (% v/v); granulometria; capacidade de  troca  catiónica.  Todos  os  valores  apresentados  resultam  da  média  de  4  amostras,  cada  uma repetida  3  vezes.  As  características  dos  compostos  de  acácia  foram  comparadas  com  as  de  16 substratos comerciais referidas por Brito et al. (2010). Os teores de humidade e de matéria seca (MS) foram determinados através do método proposto por Martinez (1992), secando 40 a 50 g de material a 105ºC, até peso constante. A matéria mineral (MM) foi  calculada  por  diferença  da  matéria  orgânica  (MO)  para  o  peso  seco  total.  O  teor  de  MO determinou‐se  segundo  Ramos  et  al.,  1987,  calcinando  as  amostras  a  560ºC.  A  densidade  real  foi calculada considerando a densidade da MO igual a 1,45 e a densidade da matéria mineral (MM) igual a 

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2,65. Para a determinação da densidade  aparente  (do material  seco) utilizou‐se uma  adaptação do método  de  De  Boodt  et  al.  (1974).  Denominou‐se  por  contração  de  volume,  a  perda  de  volume experimentada  pelo  substrato,  quando  em  condições  normalizadas  de  humidade,  foi  sujeito  a  um processo de secagem, conforme proposto por Martinez (1992). A porosidade (espaço poroso total) foi calculada com base na razão entre a densidade aparente e a densidade real de acordo com o método de De Boodt et al. (1974). Para análise da composição granulométrica utilizou‐se uma série de crivos com as medidas da malha (mm) seguintes: 40; 25; 16; 10; 5; 2; 1; 0,5; 0,25 e 0,125. A capacidade de retenção de água avaliou‐se sujeitando as amostras de substrato humedecido a uma força de sucção determinada, até um máximo equivalente  a uma  coluna de  água de 100  cm  (≈ 10  kPa),  limite  a partir do qual  se  admite que  as plantas cultivadas em substratos podem começar a sofrer restrição de crescimento. Os teores de ar e de água com o aumento da tensão aplicada, foram calculados de acordo com o método de De Boodt et al., 1974. O pH foi determinado por um método expedito, com base no método proposto por Gabriëls &  Verdonck  (1991).  Preparou‐se  um  extracto  aquoso  1:2  (v/v)  a  partir  de  100  cm3  de  amostra (Martinez &  Casasayas,  1988)  e mediu‐se  o  pH  com  um  potenciómetro. Mediu‐se  a  CE  no mesmo extracto aquoso usado para o pH, após filtração por papel de filtro (Martinez, 1992). A capacidade de troca catiónica  (CTC) determinou‐se pelo método proposto por Harada &  Inoko  (1979), descrito por Soliva et al. (1990). O resultado expressou‐se em relação à MS e à MO do substrato.  

Atividade 3 – Testes e Ensaios 

Tarefa 1: Análise do valor comercial, agronómico e ambiental dos compostos   

Testes de emergência com substratos com compostos de acácia Principal  objetivo,  avaliar  o  efeito  da  substituição  parcial  do  composto  de  casca  de  pinheiro  por composto de acácia na formulação do substrato Siro Plant, na emergência e no crescimento de plantas de alface para transplantação.  

Materiais utilizados na formulação dos substratos  S ‐ Siro Plant, com a seguinte formulação: 70% de composto de casca de pinho maturado (9‐11 

meses de compostagem) (partículas com 0‐12 mm) + 30% turfa loira (partículas com 0‐40 mm) + 2 kg m‐3 de mistura de vários adubos (20:10:8 + micronutrientes) de libertação controlada capsulados para corresponderem a 3, 6 e 9 meses de libertação. 

A e B – Compostos de arbustos de Acacia longifolia (60%) e Acacia melanoxylon (40%) com 273 dias de compostagem (partículas com 0‐20 mm).   

Formulação dos substratos (v/v) S = Siro Plant (testemunha) = 70% composto de casca de pinheiro + turfa loira + adubo A15 = 15% composto de acácia + 55% composto de casca de pinheiro + turfa loira + adubo  A30 = 30% composto de acácia + 40% composto de casca de pinheiro + turfa loira + adubo  A45 = 45% composto de acácia + 25% composto de casca de pinheiro + turfa loira + adubo  B15 = 15% composto de acácia + 55% composto de casca de pinheiro + turfa loira + adubo  B30 = 30% composto de acácia + 40% composto de casca de pinheiro + turfa loira + adubo  B45 = 45% composto de acácia + 25% composto de casca de pinheiro + turfa loira + adubo    

Delineamento experimental 

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Realizou‐se  uma  experiência  de  blocos  casualizados  (3  blocos)  com  7  tratamentos  (substratos)  em tabuleiros de germinação com 40 alvéolos com uma superfície de 18 cm2 por alvéolo. Os  tabuleiros possuíam as seguintes dimensões: largura de 21,5 cm, comprimento de 31 cm e profundidade de 3,5 cm.  Analisaram‐se  as  características  dos  substratos  com  base  em  4  repetições,  de  acordo  com  os procedimentos referidos anteriormente (Brito et al., 2012). Os  tabuleiros  foram  colocados  numa  bancada  de  uma  estufa  sem  climatização  da  Escola  Superior Agrária de Ponte de Lima (41º47’30’’N, 8º32’24’’O, 50 m de altitude). Durante o período experimental a média das temperaturas mínimas diárias foi de 8ºC, a média das máximas diárias de 27ºC, e a média das  temperaturas médias diárias  foi de 17ºC. Os  tabuleiros  foram  regados por nebulização durante toda a experiência de forma a manter os substratos próximos da capacidade de campo. A  variedade  escolhida  foi  alface  maravilha  de  inverno,  marca  Reivax.  A  alface  foi  semeada manualmente  no  dia  28  de  Novembro  de  2011  (40  sementes  por  tabuleiro)  nos  21  tabuleiros. Registaram‐se  periodicamente  (intervalos  de  2‐3  dias)  as  plantas  que  emergiram  e  a  data  de aparecimento da  terceira  folha. As plantas  foram colhidas com o  tamanho comercial 42 dias após a sementeira,  separando  a  parte  aérea  das  raízes,  e  procedendo  imediatamente  à  análise  do  peso fresco. O peso seco das plantas foi determinado após secagem em estufa com termoventilação a 65ºC de temperatura até atingirem um peso constante. 

 Testes de crescimento da alface com compostos de acácia Principal  objetivo  avaliar  o  efeito  da  substituição  parcial  do  composto  de  casca  de  pinheiro  por composto  de  acácia  na  formulação  do  substrato  Siro  Plant,  no  crescimento  e  na  absorção  de nutrientes pela alface em vasos.  

Formulação dos substratos (v/v) Sete substratos referido na experiência anterior (SiroPlant, A15, A30, A45, B15, B30, B45).  

Delineamento experimental e métodos analíticos Realizou‐se uma experiência de blocos  casualizados  (4 blocos)  com alface  (Latuca  sativa  L.)  com 15 tratamentos (solo e substratos) em vasos com um diâmetro de 30 cm e uma capacidade de 7,75 L. Os tratamentos incluíram o solo, os 7 substratos formulados e 7 misturas destes com solo, em proporções iguais de solo e substrato, em volume. Os vasos foram colocados numa bancada de uma estufa sem climatização da Escola Superior Agrária de Ponte de Lima (41º47’30’’N, 8º32’24’’O, 50 m de altitude). Durante o período experimental a média das  temperaturas mínimas diárias  foi de xºC, a média das máximas  diárias  de  xxºC,  e  a média  das  temperaturas médias  diárias  foi  de  xxºC. Os  vasos  foram regados por nebulização durante  toda  a  experiência de  forma  a manter os  substratos próximos da capacidade de campo. A variedade escolhida foi alface Bobary frisada. A alface foi transplantada no dia 29 de Fevereiro de 2012 nos 60 vasos. As plantas  foram colhidas com o  tamanho comercial 43 dias após a transplantação, separando a parte aérea das raízes, e procedendo imediatamente à análise do peso fresco. O peso seco das plantas foi determinado após secagem em estufa com termoventilação a 65ºC de temperatura até atingirem um peso constante. Os substratos foram analisados nos termos descritos anteriormente para os compostos. A MO do solo foi determinada com base na quantidade de dicromato de sódio gasto na oxidação do C orgânico. O N mineral,  dos  solos  e  dos  substratos,  foi  determinado  após  extração  com  KCl  2  M  (1:5),  por espectrofotometria  de  absorção molecular.  A  concentração  de  N  nos  solos,  nos  compostos  e  nas folhas da alface foi determinada pelo método de Kjeldahl modificado (EN 13654). As concentrações de P  nos  solos,  nos  substratos  e  nas  folhas  da  alface  foram  determinadas  por  espectrofotometria  de absorção molecular após digestão das amostras em ácido sulfúrico enquanto o K foi determinado for fotometria de emissão de chama, e o Ca, Mg e Fe por espectrofotometria de absorção atómica, em ambos os casos, após digestão nitroperclórica.  

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A taxa de mineralização aparente do N (%) foi estimada pela diferença entre o N acumulado na alface produzida com e sem composto, após subtração do N mineral existente no composto, a dividir pelo N orgânico do composto. A comparação entre os tratamentos realizou‐se através da análise de variância dos  três  fatores,  incluindo  no modelo  as  respetivas  interações,  e  do  cálculo  da menor  diferença significativa (P <0,05) entre médias de resultados, recorrendo‐se ao programa SPSS v. 15.0.  Testes de crescimento da grevillea e de lavanda com compostos de acácia  Pretende‐se avaliar o efeito da substituição parcial do composto de casca de pinheiro por composto de acácia na formulação do substrato Siro Plant, no crescimento da gravillea em vasos.  

Formulação dos substratos (v/v) Sete substratos referido na experiência anterior (SiroPlant, A15, A30, A45, B15, B30, B45).  

Delineamento experimental e métodos analíticos Realizaram‐se experiências de blocos casualizados (4 blocos) com grevillea (Grevillea juniperina) e com 

lanvada  (Lavandula) com 8  tratamentos  (solo e  substratos) em vasos com um diâmetro de 30 cm e 

uma capacidade de 7,75 L. Os  tratamentos  incluíram o solo e os 7 substratos  formulados  (SiroPlant, 

A15,  A30,  A45,  B15,  B30  e  B45).  Os  vasos  foram  colocados  numa  bancada  de  uma  estufa  sem 

climatização da Escola Superior Agrária de Ponte de Lima (41º47’30’’N, 8º32’24’’O, 50 m de altitude). 

Os  vasos  foram  regados durante  toda  a  experiência de  forma  a manter os  substratos próximos da 

capacidade de campo. A grevillea foi transplantada no dia 28 de Março de 2012 para os 32 vasos e a 

lavanda no dia 8 de Junho de 2012. Durante o seu crescimento mediram‐se periodicamente a altura e 

a  largura máxima das plantas. As plantas  foram colhidas xx dias após a  transplantação, separando a 

parte aérea das raízes, e procedendo imediatamente à análise do peso fresco. O peso seco das plantas 

foi determinado após secagem em estufa com termoventilação a 65ºC de temperatura até atingirem 

um peso constante. 

 

Atividade 4 – Promoção e Divulgação de resultados 

Tarefa  1:  Promover  ações  de  divulgação. No  dia  24  de  Fevereiro  realizou‐se  no Departamento  de 

Ciências da Vida da Universidade de Coimbra uma palestra aberta ao público e divulgada localmente, 

de um tema  ligado a este projecto. Foram divulgados resultados referentes ao  legado da  invasão por 

A. longifolia no solo e as suas consequências para a nativa Ammophila arenaria e para A. longifolia. Na 

palestra estiveram presentes cerca de 30 pessoas e esta foi seguida de um participado debate final.  

Iniciou‐se a preparação de conteúdos a divulgar na página web do projecto. 

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O  projeto  também  foi  divulgado  através  de  comunicações,  designadamente  no  17th  International 

Nitrogen Workshop: Innovations for sustainable use of nitrogen resources, 27–29 June 2012, Wexford, 

Ireland e através de   visitas de  técnicos e agricultores às  instalações da Leal & Soares e de eventos 

como  a  “45ª  Feira  Internacional  de  Agricultura,  Pecuária  e  Alimentação”  realizada  no  Parque  de 

Exposições de Braga (AGRO 2012) 

2. Diagrama de Gantt  

 

   

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3. Resultados alcançados por tarefa 

Atividade 1 – Estudos preliminares 

Tarefa 1: Avaliação da composição florística 

A  área  onde  Acacia  spp.  foi  removida  tem  sido  re‐colonizada  na  sua maioria  pela  germinação  de 

indivíduos  da  espécie  invasora  A.  longifolia.  De  seguida,  mas  numa  percentagem  muito  menor, 

encontram‐se  as  também  invasoras  A.  melanoxylon  e  A.  mearnsii.  Em  percentagens  menores 

identificaram‐se  as  espécies  nativas  Quercus  suber,  Fumaria  muralis,  Ulex  minor,  Pinus  pinaster, 

Senecio sylvaticus e Taraxacum spp. A tabela I e II mostram os índices de abundância‐dominância das 

espécies inventariadas. 

Tabela I ‐ Valores de abundância‐dominância (VAD) das espécies existentes na área de controlo junto à 

zona industrial de Mira 

Espécie  Índice de abundância‐dominância Acacia longifolia  4‐5 Ulex minor  1‐2 Acacia melanoxylon  3‐4 Quercus suber  1‐2 Acacia mearnsii  1‐2 Fumaria muralis  1 Senecio sylvaticus  + Pinus pinaster  1 Taraxacum sp.  + 

 

Tabela II ‐ Critério de atribuição do índice de abundância‐dominância 

Índice  Critério 

+  Indivíduos pouco frequentes ou raros, com muito fraca cobertura (menos de 1%) 

1  Indivíduos bastante comuns, mas com fraca cobertura (1‐10%) 

2  Indivíduos muito abundantes ou cobrindo de 10‐20% da área 

3  Qualquer número de indivíduos cobrindo de 25% a 50% da superfície 

4  Qualquer número de indivíduos cobrindo 50% a 75% da superfície 

5  Qualquer número de indivíduos com cobertura superior a 75% da área  

   

 

 

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Tarefa 2: A

Esta tarefa

 

Tarefa 3: B

A análise d

 

Tarefa 3a

viável. Qu

indica que

viabilidade

 

Tarefa  3b

alterado p

alguma flo

O gráfico 

que se des

Gráfico 2 – Bdiferentes  lecorresponde 

Pela interp

presença 

não invad

 

Tarefa 4: A

Avaliação da

a já está con

Banco de se

do banco de

: Até ao mo

uanto à anál

e as  condiçõ

e das semen

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pela presenç

ora nativa, m

2 evidencia 

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e  revelou 

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ão só de 

arenaria 

 emanas. As y. As  linhas 

rado pela 

r em solo 

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Na monitorização do dia 25 de Janeiro de 2012 (Figura 4) observou‐se uma percentagem semelhante 

de germinação de A. longifolia em comparação ao registado na saída do dia 20 de Setembro de 2011. 

No entanto, verificou‐se que as plântulas  se apresentavam maiores e mais vigorosas. O número de 

plântulas resultantes de germinação de A.  longifolia foi superior  junto à vala com o ensombramento 

dos eucaliptos existentes na área anexa, do que no  lado oposto,  junto à estrada, onde a exposição 

solar é maior, mas a disponibilidade de água possivelmente menor. A germinação de A. melanoxylon 

continuou a ser muito baixa e foi possível observar rebentos vigorosos de A. mearnsii fora das parcelas 

estabelecidas. As  touças de A. melanoxylon  também apresentaram  forte vigor e elevado número de 

rebentos.  Na  parcela  cujos  rebentos  de  A.  melanoxylon  foram  removidos,  verificou‐se  um  maior 

número de rebentos mas com muito fraco vigor.  

Na monitorização seguinte, do dia 2 de Maio de 2012 (Figura 5), todos os indivíduos de A. longifolia de 

germinação encontravam‐se secos. Desconhece‐se a causa mas supõe‐se que tenha sido resultado de 

aplicação de herbicida e/ou exposição solar e  falta de água. A constatação de  indivíduos adultos em 

período  de  floração  completamente  secos  em  áreas  anexas  sugere  que  o  fenómeno  ocorreu  em 

meados  de  Março.  Muitos  dos  rebentos  provenientes  de  touças  de  A.  melanoxylon  também  se 

encontravam afectados. Alguns totalmente secos e outros parcialmente secos, com diminuição no seu 

vigor. Verificou‐se uma maior regeneração da  flora nativa com bastantes  indivíduos de Ulex minor e 

Fumaria muralis. Em menor percentagem algum Pinus pinaster, Quercus suber, e espécies anuais. Na 

parcela cujos rebentos de A. melanoxylon foram removidos, verificou‐se agora um menor número de 

rebentos e com muito fraco vigor. Algumas touças já não apresentavam rebentos. Os indivíduos de A. 

mearnsii que se encontram do outro lado da vala não se encontram afectados. 

 

Atividade 2 – Desenvolvimento 

Tarefa 1: Experimentação de técnicas de compostagem de plantas invasoras lenhosas   

Esta experiência decorreu até Março de 2012. Os principais resultados desta experiência encontram‐se 

no Artigo submetido à Revista de Ciências Agrárias  (em anexo). O  resumo seguinte  foi publicado no 

livro de resumos do V Congresso Ibérico da Ciência do Solo. 

As acácias são espécies muito competitivas da  família Fabaceae que representam uma  forte ameaça 

para  a  conservação  dos  habitats  naturais  e  que  contribuem  para  o  alastramento  dos  incêndios 

florestais. A compostagem para utilização do composto como corretivo orgânico do solo poderá ser 

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uma  forma  de  valorização  destas  plantas.  Para  investigar  se  a  compostagem  de  plantas  de  acácia 

triturados  e  crivados, pode  atingir  temperaturas  elevadas durante um período de  tempo  suficiente 

para destruir a viabilidade das sementes de infestantes, e se o composto resultante tem características 

adequadas à utilização como  fertilizante orgânico, construíram‐se pilhas de grandes dimensões  (100 

m3),  sujeitas  a  três  ou  cinco  revolvimentos,  avaliaram‐se  as  características  físico‐químicas  dos 

compostos  e  modelou‐se  a  decomposição  da  matéria  orgânica  (MO),  durante  420  dias  de 

compostagem. 

A temperatura no interior das pilhas ultrapassou as condições mais exigentes consideradas necessárias 

para  higienizar  o  composto,  verificando‐se  temperaturas  entre  65ºC  a  75ºC  durante  vários meses. 

Estas altas temperaturas resultaram da elevada proporção de MO degradável existente na biomassa 

das acácias (747‐757 g kg‐1 da MO inicial). Após o período inicial de mais rápida degradação da MO (< 

60  dias),  seguiu‐se  um  longo  período  de  tempo  com  temperaturas  elevadas,  o  que  poderá  ser 

explicado pelo prolongado ataque microbiano à celulose  remanescente nos  resíduos dos  ramos das 

acácias  e  pela  lenta  dissipação  do  calor  das  pilhas  de  grandes  dimensões,  devido  à  sua  reduzida 

superfície específica. As elevadas temperaturas, em combinação com o pH alcalino verificado durante 

a compostagem,  terão promovido as elevadas perdas de azoto  (484‐490 g kg‐1 do N  inicial) que, no 

entanto,  foram  inferiores às perdas de C e, por  isso, a  razão C/N diminuiu de um valor  inicial de 50 

para um valor de 23‐26 após 420 dias da compostagem. Este estudo  revelou que a acácia pode ser 

compostada em pilhas de grande dimensão com apenas 3 a 5 revolvimentos, resultando um composto 

com elevado teor de MO e baixa condutividade elétrica (< 1,2 dS m‐1). No entanto, é necessário um 

longo período de tempo para se alcançar um elevado nível de maturação do composto.  

 

Caraterização da compostagem de resíduos de acácias e de pinheiro 

 

Em análise. 

 

Características físicas dos compostos (Análises na Universidade do Algarve) 

 

Em análise. 

 

 

Atividade 3 – Testes e Ensaios 

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Tarefa 1: Análise do valor comercial, agronómico e ambiental dos compostos   

Testes de emergência com compostos de acácia  

A incorporação dos compostos de acácia nos substratos (Anexo 3) contribuiu para um ligeiro aumento 

de condutividade elétrica e diminuição no teor de MO. Em contrapartida, contribuiu para a diminuição 

da razão C/N e o aumento no teor de N, apesar da única diferença significativa (p <0,05) ser a que se 

verificou entre o substrato A45 e o Siro plant (Quadro 1). 

 

Quadro 1. Características dos substratos  (n=4) 

   MS  pH  CE  MO  C/N N‐NH4+  N‐NO3

‐  N  P  K  Ca  Mg  Fe 

   %    dS m‐1  g kg‐1    ‐‐‐‐‐‐ mg kg‐1‐‐‐‐‐‐ ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ g kg‐1 ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 

SiroPlant  41  6,3  0,3  862  52  512  48  9,2  0,9 4,7  15,4  1,3  1,3

A15  40  6,4  0,3  843  52  374  89  9  1,0 5,3  13,6  1,2  1,2

A30  43  6,6  0,6  814  44  488  6  10,6  1,3 5,3  17,6  1,8  1,3

A45  46  6,4  0,6  702  36  480  11  10,8  0,9 4,7  21,6  1,8  1,5

B15  41  6  0,4  800  47  292  89  9,6  1,2 6,4  13,5  1,9  1,3

B30  44  6,1  0,5  771  42  356  26  10,3  1,0 6,8  17,6  1,7  1,7

B45  48  6,3  0,7  701  38  296  22  10,4  1,3 5,4  24,2  1,9  1,9

A matéria orgânica  (MO)  e os  teores dos nutrientes  encontram‐se  expressos  em  relação  à matéria 

seca. 

 

As  alfaces  (figura  13)  emergiram  quase  na  totalidade  entre  o  5º  e  o  7º  dia  após  a  sementeira. O 

aparecimento da terceira folha ocorreu, também, na quase totalidade das alfaces, entre o 14º e o 16º 

dia  após  a  sementeira.  A  emergência  e  consequentemente  o  número  de  plantas  produzidas  não 

diferiram  significativamente  entre  tratamentos  (Quadro  2).  De  igual  modo,  não  se  verificaram 

diferenças  significativas  no  teor  de matéria  seca  das  alfaces  produzidas  nos  diferentes  substratos 

(Quadro  2). O  peso  fresco  das  alfaces  foi  superior  com  o  tratamento  A45  em  comparação  com  o 

tratamento  com  Siro  plant,  e  não  se  verificou  qualquer  diferença  significativa  entre  os  restantes 

tratamentos, ou entre estes e aqueles dois  (Quadro 2). O peso  seco  foi  superior em A45 e B45 em 

comparação com o Siro plant e o tratamento B15, não se verificando qualquer diferença significativa 

entre  os  restantes  três  tratamentos  (A15,  B15  e  A30),  ou  entre  estes  três  e  aqueles  quatro 

tratamentos (Quadro 2). 

 

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Quadro 2. Taxa de emergência (%), peso fresco, peso seco e teor de matéria seca das alfaces 

Tratamento  Emergência  Peso fresco  Peso seco  TMS 

  (%)  (g pl‐1)  (g pl‐1)  (%) 

S  99,2  1,9  0,10  5,0 

A15  99,2  2,1  0,11  5,4 

A30  97,5  2,0  0,11  5,4 

A45  99,2  2,3  0,12  5,1 

B15  96,7  1,8  0,10  5,3 

B30  99,2  2,0  0,11  5,4 

B45  97,5  2,2  0,12  5,3 

MDS  5,0  0,4  0,02  0,5 

MDS = Menor diferença significativa (P <0,05) 

 

Conclusões 

A substituição do composto de casca de pinheiro pelo composto de acácia não afectou a germinação 

da  alface. O  crescimento  (peso  seco)  da  alface  nos  alvéolos  foi  superior  com  a  dose máxima  dos 

compostos  de  acácia,  o  que  poderá  estar  relacionado  com  a  menor  razão  C/N,  e  a  maior 

disponibilidade de N nos compostos de acácia, em comparação com o composto de casca de pinheiro. 

 

 

Testes de crescimento da alface com compostos de acácia 

 

As principais características do solo e dos substratos, utilizados na experiência com alface (figura 13), 

encontram‐se  no Quadro  3.  Verificou‐se,  em  comparação  com  o Quadro  1,  que  quase metade  da 

amónia foi nitrificado, no período de 142 dias entre as respetivas experiencias. 

 

Quadro 3. Características do solo e dos substratos  (n=4) 

   MS  pH  CE  MO  C/N N‐NH4+  N‐NO3

‐  N  P  K  Ca  Mg  Fe 

   %    dS m‐1  g kg‐1    ‐‐‐‐‐‐ mg kg‐1‐‐‐‐‐‐ ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ g kg‐1 ‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐‐ 

Solo  95  6,4  0,1  34  8      2,4  1,5 10,3  2,4  6,1  6,6

SiroPlant  44  6,1  0,5  848  53  436  197  9,0  1,0 4,7  12,9  1,5  1,7

A15  41  5,7  0,8  809  43  113  388  10,6  1,0 4,7  16,3  1,3  1,4

A30  42  6,5  0,6  773  38  540  43  11,3  1,0 5,5  19,3  1,4  1,6

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A45  44  6,5  0,7  706  31  422  46  12,6  1,1 5,7  20,2  1,7  2,0

B15  42  5,8  0,8  781  41  39  327  10,9  1,1 5,3  14,8  1,3  1,5

B30  44  5,9  0,8  719  35  41  269  11,8  1,0 4,8  19,0  1,5  1,5

B45  47  6,2  1,0  675  29  59  199  12,9  0,6 5,0  23,3  2,1  1,7

A matéria orgânica  (MO)  e os  teores dos nutrientes  encontram‐se  expressos  em  relação  à matéria 

seca. 

 

O peso fresco e o peso seco da alface foram superiores (p <0,05) com qualquer substrato, misturado 

ou não com solo, em comparação com o solo sem substrato (Quadro 4). Não se verificaram diferenças 

significativas  e  consistentes de peso  entre os  substratos. A produção  só  com os  substratos não  foi 

significativamente superior à produção do respetivo substrato com solo (50% v/v). O teor de matéria 

seca foi superior na alface só com solo em comparação com a alface produzida em alguns substratos. 

Idêntico comportamento verificou‐se para a absorção de N pelas alfaces sedo a absorção  limitada no 

tratamento  só  com  solo,  em  comparação  com  os  tratamentos  com  substratos. Não  se  verificando 

qualquer  tendência  consistente  com  o  aumento  dos  compostos  de  acácia  na  composição  dos 

substratos. 

 

Quadro 4. Peso fresco (PF) e peso seco (PS) da alface produzida em solo, nos substratos e nas misturas 

de substrato com solo (50% v/v).  

Tratamento    Peso fresco  Peso seco  Teor de MS  Teor de N N acum. 

    (g planta‐1)  (g planta‐1) (%)  (mg g‐1)  (mg planta‐1) 

Solo    211  15  7,1  23  340 

Siro‐Plant    492  27  5,9  28  734 

A15     408  24  5,8  24  556 

A30    531  30  5,8  28  840 

A45    551  29  5,4  28  803 

B15    496  25  5,3  26  664 

B30    514  31  6,2  24  753 

B45    427  27  6,4  29  789 

Siro‐Plant com solo    428  27  6,2  28  745 

A15 com solo    570  34  6,4  29  1017 

A30 com solo    506  30  6,0  24  733 

A45 com solo    447  31  6,9  22  662 

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B15 com solo    447  30  6,7  25  735 

B30 com solo    408  28  6,8  24  656 

B45 com solo    461  29  6,3  25  721 

MDS    142  6  1,3  23  340 

MDS = Menor diferença significativa (p <0,05) 

Os  substratos  incluíram:  Siro‐SiroPlant  sem  composto de acácia, e  substratos  com doses  crescentes 

(15%, 30% e 45% v/v) de compostos de acácia, A e B, em substituição do húmus de casca de pinheiro 

do Siroplant. 

 

 

 

      

Figura 1. Peso fresco, peso seco, acumulação de N e teor de N nas folhas de alface. 

 

 

 

   

0

5

10

15

20

25

30

35

40

0

100

200

300

400

500

600

Solo

Siro

A15

A30

A45 B15

B30

B45

Siro

A15

A30

A45 B15

B30

B45

Sem solo Com solo

Peso

seco

(g)

Peso

fres

co (g

)

PFPS

0

5

10

15

20

25

30

35

0

200

400

600

800

1000

1200

SoloSiro A15A30A45 B15 B30 B45 Siro A15A30A45 B15 B30 B45

Sem solo Com solo

Teor

de N

(mg

g-1)

N /

plan

ta (

mg/

pl)

N/pl N

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4. Identificação dos Deliverables e Milestones 

Relativamente à atividade 1, foram efetuados inventários florísticos intensivos, recolha de amostras e 

análises  de  resultados  tendo  sido  desenvolvidos  relatórios. Na  atividade  2,  para  além  do  relatório 

anual,  foram  recolhidos dados no  início de cada novo momento de desenvolvimento. A atividade 3, 

contempla os resultados dos testes e biotestes efetuados, descritos nos relatórios anuais. No que diz 

respeito à atividade 4, os resultados foram divulgados em palestras, workshops e comunicações.  

 

 

5. Impacto do projeto na(s) empresas (s) que integram o consórcio 

Como referido no relatório anterior, a relação desenvolvida entre os intervenientes do consórcio que 

contribuem com o conhecimento científico e tecnológico de processos e técnicas, é possível obter e 

desenvolver  o  processo  de  compostagem  para  utilização  em  substrato  com  recurso  a  uma  nova 

matéria‐prima proveniente de plantas  invasoras cujos resíduos ate agora não haviam sido estudados 

nem valorizados. 

Este  projeto  vai  contribuir  para  que  o  promotor  líder  Leal &  Soares,  fique  dotado  de  uma menor 

dependência  de  matérias‐primas  clássicas,  cada  vez  mais  escassas,  dominando  uma  tecnologia  e 

processos  otimizados  que  permitirão  criar  substratos  competitivos,  tanto  nos mercados  nacionais 

como internacionais.  

A relação do  intervenientes do consorcio será mantida e enriquecida, pela divulgação dos resultados 

deste projeto, pelos compromissos estabelecidos e pela divulgação da    inovação e desenvolvimento 

tecnológico e cientifico verificado. 

 

6. Apresentação das atividades de valorização dos resultados realizadas  

O  projeto  foi  divulgado  através  de  comunicações,  designadamente  no  17th  International  Nitrogen 

Workshop: Innovations for sustainable use of nitrogen resources, 27–29 June 2012, Wexford, Ireland e 

através de visitas de técnicos e agricultores às instalações da Leal & Soares e de eventos como a “45ª 

Feira  Internacional  de  Agricultura,  Pecuária  e  Alimentação”  realizada  no  Parque  de  Exposições  de 

Braga (AGRO 2012).  

 

 

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Comunicação no 17th International Nitrogen Workshop 

 

 

 

 

 

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Divulgação Visitas técnicas às pilhas de compostagem em Mira – Leal & Soares, Lda. 

 Parque de Exposições de Braga – AGRO 2012.  45ª Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimentação 

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Publicação  Brito, L.M., Mourão, I. 2012. Physicochemical changes and nitrogen losses during composting of Acacia longifolia  and  Acacia  melanoxylon.  Proceedings  of  the  17th  International  Nitrogen  Workshop: Innovations for sustainable use of nitrogen resources, 27–29 June 2012, Wexford, Ireland, pp. 194‐195.   

 

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7. Fotografias  

 

 

Figura 1 – Saco com sementes depois de permanência nas pilhas de compostagem. Pormenor de sementes em caixas de Petri durante processo de verificação de germinabilidade e viabilidade. 

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Figura 2 – Composto de Acacia spp. colocado em câmara climática para verificar a germinação de sementes. 

 

Figura 3 – Experiência do impacte de solo invadido por A. longifolia em plantas nativas e na própria A. longifolia. 

 

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Figura 4 – Aspecto geral da área de controlo no dia 25 de Janeiro de 2012 

 

Figura 5 – Aspecto da área de controlo no dia 02 de Maio de 2012. 

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 Figura 6 – Pormenor de rebentamento de touça de A. melanoxylon. 

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 Figura 7 – Espécie nativa (Quercus suber) na área de controlo. 

 

 

Figura 8 – Espécie nativa (Ulex minor) na área de controlo. 

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  Figura 9 – Construção das pilhas C e D – Monitorizadas em 2012 

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Figura 10 – 7 substratos das misturas de SiroPlant com composto de acácia 

Siro Plant Composto A 15%, 30% e 45%  Composto B 15%, 30% e 45% Figura 11 – Experiência de emergência de alface em alvéolos 

Figura 12 – Experiência de crescimento de alface em vasos 

Figura 13 – Experiência de crescimento de alface em vasos com diferentes substratos

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Da esquerda para a direita: Solo, Solo+SiroPlant, SiroPlant, A15, A30, A45  Figura 14 – Experiências de crescimento de gravíllea e de lavândula em vasos 

Grevillea

Solo Solo + SiroPlant

SiroPlant

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Lavândula