PROJETO DE ABERTURA DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SOFTWARE - Universidade Tecnológica Federal do Paraná

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Denominação do curso: Engenharia de Software.Modalidade: BachareladoTitulação Conferida: Bacharel em Engenharia de Software.Área do Conhecimento: Ciências Exatas e da TerraModalidade de Curso: Ensino presencial (ensino a distância restrito aopercentual imposto por legislação em vigor).Local de Oferta: Universidade Tecnológica Federal do Paraná Câmpus CornélioProcópio.Coordenação e Unidade Executora: Coordenadoria de Engenharia de Software(COES)Duração do curso: 08 semestres letivos.Regime escolar: Semestral, com a matrícula realizada por disciplina.Número de vagas: 88 vagas por ano, com 44 vagas ofertadas em cada semestre.

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  • Ministrio da Educao Universidade Tecnolgica Federal do Paran

    Reitoria Conselho de Graduao e Educao Profissional

    Conselho de Graduao e Educao Profissional

    COGEP

    PROCESSO N. 043/13-COGEP Cmara de Licenciaturas e Bacharelados

    CAMPUS PROPONENTE: CORNLIO PROCPIO

    Data de entrada: 03/10/13/13.

    PROJETO DE ABERTURA DO CURSO DE GRADUAO EM ENGENHARIA DE SOFTWARE

    Data Destino

    03/10/13 CELIB

  • Ministrio da Educao

    Universidade Tecnolgica Federal do Paran

    Cmpus Cornlio Procpio

    Projeto Pedaggico Curso de Bacharelado em Engenharia de

    Software

    Cornlio Procpio

    Novembro / 2013

    207

  • II

    Ministrio da Educao

    Universidade Tecnolgica Federal do Paran

    Cmpus Cornlio Procpio

    Reitor da UTFPR

    Carlos Eduardo Cantarelli

    Pr-Reitor de Graduao

    Maurcio Alves Mendes

    Diretor do Cmpus Cornlio Procpio

    Devanil Antonio Francisco

    Diretor de Graduao e Educao Profissional do Cmpus Cornlio

    Procpio

    Edson Luis Bassetto

    Equipe de Trabalho do Cmpus Cornlio Procpio

    (Portaria 125 de 2 de julho de 2013, Cmpus Cornlio Procpio Comisso de

    Elaborao e Estruturao do Curso de Engenharia da Computao)

    Jos Augusto Fabri (Presidente)

    Andr Lus dos Santos Domingues (Membro)

    Alessandro Botelho Bovo (Membro)

    Alexandre LErario (Membro)

    Rodrigo Henrique Cunha Palcios (Membro)

    Andr Takeshi Endo (Colaborador)

    Alessandro Silveira Duarte (Colaborador)

    208

  • III

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 Modelo Utilizado na Construo do Projeto Pedaggico do Curso ....... 19

    Figura 2 - Ncleos de Disciplinas ............................................................................................ 34

    Figura 3 - Matriz Curricular do Curso de Engenharia de Software ........................... 35

    209

  • IV

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 - Relao de Disciplinas ............................................................................................ 31

    Tabela 2 - Carga Horria do Curso ......................................................................................... 33

    Tabela 3 - Acervo Bibliogrfico ............................................................................................... 55

    Tabela 4 - Laboratrios Utilizados no Curso ...................................................................... 55

    Tabela 5 - Relao de Docentes, Titulao e Regime de Trabalho TADS e

    Engenharia da Computao ............................................................................................. 57

    Tabela 6 Proposta da Relao de Docentes a Serem Contratados para

    Implementao do Curso .................................................................................................. 58

    210

  • V

    SUMRIO

    1. INTRODUO ................................................................................................................... 7

    1.1 Sntese Histrica ................................................................................................................... 7

    1.2 Cmpus Cornlio Procpio ..............................................................................................12

    1.3 Coordenaes de Informtica COADS / COENC .....................................................14

    1.4 Coordenao de Engenharia de Software ..................................................................15

    2. APRESENTAO DO CURSO .................................................................................... 16

    2.1 Identificao do Curso ......................................................................................................16

    2.2 Princpios Norteadores para Construo do Projeto Pedaggico do Curso ..17

    3. ORGANIZAO DIDTICO-PEDAGGICA ............................................................ 20

    3.1 Dados quantitativos que proporcionaram a concepo do curso ....................20

    3.2 Justificativa ...........................................................................................................................26

    3.3 Objetivos ................................................................................................................................26

    3.4 Perfil do Profissional Egresso ........................................................................................27

    3.5 Competncias e Habilidades...........................................................................................28

    3.6 Interdisciplinaridade e Integrao Verticalizada ...................................................30

    3.7 Iniciao e Pesquisa Tecnolgica..................................................................................30

    3.8 Disciplinas por semestre letivo / periodizao .......................................................31

    3.9 Matriz curricular ................................................................................................................33

    3.10 Ementrio das disciplinas .............................................................................................36

    3.10.1 - 1 Perodo .............................................................................................................................. 36

    3.10.2 - 2 Perodo .............................................................................................................................. 37

    3.10.3 - 3 Perodo .............................................................................................................................. 38

    3.10.4 - 4 Perodo .............................................................................................................................. 40

    3.10.5 - 5 Perodo .............................................................................................................................. 42

    3.10.6 - 6 Perodo .............................................................................................................................. 43

    3.10.7 - 7 Perodo .............................................................................................................................. 45

    3.10.8 - 8 Perodo .............................................................................................................................. 46

    3.10.9 Disciplinas Optativas - rea de Cincias Humanas, Sociais e Cidadania ..... 47

    3.10.10 Disciplinas Optativas Especficas para Engenharia de Software ................. 49

    3.10.11 - Atividades Complementares e Estgio Curricular .............................................. 52

    3.11 Avaliao das disciplinas ..............................................................................................52

    4. INFRAESTRUTURA DO CURSO ................................................................................ 54

    4.1 Salas de aula terica ..........................................................................................................54

    211

  • VI

    4.2 Bibliotecas e acervo bibliogrfico ................................................................................54

    4.3 Auditrios..............................................................................................................................55

    4.4 Laboratrios .........................................................................................................................55

    5. CORPO DOCENTE E TCNICOS ADMINSTRATIVOS........................................... 57

    6. REFERNCIAS ................................................................................................................ 60

    212

  • 7

    1. INTRODUO

    Este captulo aborda o ambiente no qual o curso de Engenharia de

    Software ser aplicado. Uma viso histrica da Universidade, do Cmpus e das

    Coordenaes sero apresentadas.

    1.1 Sntese Histrica

    A instituio atualmente denominada Universidade Tecnolgica Federal

    do Paran (UTFPR) iniciou suas atividades no comeo do sculo XX, quando em

    23 de setembro de 1909, pelo Decreto Presidencial no 7.566 foi

    institucionalizado o ensino profissionalizante no Brasil. Em 16 de janeiro de

    1910 foi inaugurada a Escola de Aprendizes e Artfices de Curitiba, semelhana

    das criadas nas capitais de outros estados da federao. O ensino ministrado era

    destinado, inicialmente, s camadas mais desfavorecidas e aos menores

    marginalizados, com cursos de ofcios como alfaiataria, sapataria, marcenaria e

    serralheria.

    Em 1937, a Escola iniciou o ensino ginasial industrial, adequando-se

    Reforma Capanema. Nesse mesmo ano, a Escola de Aprendizes Artfices passou a

    ser denominada de Liceu Industrial de Curitiba e comeou o Ensino Primrio. A

    partir de 1942, inicia o ensino em dois ciclos. No primeiro, havia o Ensino

    Industrial Bsico, o de Mestria, o Artesanal e o de Aprendizagem. No segundo, o

    Tcnico e o Pedaggico. Com essa reforma foi instituda a Rede Federal de

    Instituies de Ensino Industrial e o Liceu mudou a denominao para Escola

    Tcnica de Curitiba. Em 1943, surgem os primeiros Cursos Tcnicos: Construo

    de Mquinas e Motores, Edificaes, Desenho Tcnico e Decorao de Interiores.

    Em 1944, ofertado o Curso Tcnico em Mecnica.

    Em 1946, foi firmado um acordo entre o Brasil e os Estados Unidos

    visando ao intercmbio de informaes relativas aos mtodos e orientao

    educacional para o ensino industrial e ao treinamento de professores.

    Decorrente desse acordo criou-se a Comisso Brasileiro-Americana Industrial

    (CBAI), no mbito do Ministrio da Educao. Os Estados Unidos contriburam

    com auxlio monetrio, especialistas, equipamentos, material didtico,

    213

  • 8

    oferecendo estgio para professores brasileiros em escolas americanas

    integradas execuo do acordo. A ento Escola Tcnica de Curitiba tornou-se

    um Centro de Formao de Professores, recebendo e preparando docentes das

    Escolas Tcnicas de todo o pas, em cursos ministrados por um corpo docente

    composto de professores brasileiros e americanos.

    Em 1959, a Lei n0 3.552 reformou o ensino industrial no pas. A nova

    legislao acabou com os vrios ramos de ensino tcnico existentes at ento,

    unificando-os. Permitiu maior autonomia e descentralizao da organizao

    administrativa e trouxe uma ampliao dos contedos da educao geral nos

    cursos tcnicos. A referida legislao estabeleceu, ainda, que dois dos membros

    do Conselho Dirigente de cada Escola Tcnica deveriam ser representantes da

    indstria e fixou em 4 anos a durao dos cursos tcnicos, denominados ento

    cursos industriais tcnicos. Por fora dessa lei, a Escola Tcnica de Curitiba

    alterou o seu nome, semelhana das Escolas Tcnicas de outras capitais, para

    Escola Tcnica Federal do Paran.

    No final da dcada de 60, as Escolas Tcnicas implantaram o modelo do

    novo Ensino de 2 Grau Profissionalizante, com seus alunos destacando-se no

    mercado de trabalho, assim como no ingresso em cursos superiores de

    qualidade, elevando seu conceito na sociedade. Nesse cenrio, a Escola Tcnica

    Federal do Paran destacava-se como referncia no estado e no pas.

    Em 1969, a Escola Tcnica Federal do Paran, juntamente com as do Rio

    de Janeiro e Minas Gerais foi autorizada por fora do Decreto-Lei no 547, de

    18/04/69, a ministrar cursos superiores de curta durao. Utilizando recursos

    de um acordo entre o Brasil e o Banco Internacional de Reconstruo e

    Desenvolvimento (BIRD), foram implementados trs Centros de Engenharia de

    Operao nas trs Escolas Tcnicas referidas, que passaram a oferecer cursos

    superiores. A Escola Tcnica Federal do Paran passou a ofertar cursos de

    Engenharia de Operao nas reas de Construo Civil e Eletrotcnica e

    Eletrnica, a partir de 1973.

    Cinco anos depois, em 1978, a Instituio foi transformada em Centro

    Federal de Educao Tecnolgica do Paran (CEFET-PR), juntamente com as

    Escolas Tcnicas Federais do Rio de Janeiro e Minas Gerais, que tambm

    214

  • 9

    ofereciam cursos de ensino superior de curta durao. Era um novo modelo de

    instituio de ensino com caractersticas especficas: atuao exclusiva na rea

    tecnolgica; ensino superior como continuidade do ensino tcnico de 2o Grau e

    diferenciado do sistema universitrio; acentuao na formao especializada,

    levando-se em considerao tendncias do mercado de trabalho e do

    desenvolvimento e realizao de pesquisas aplicadas e prestao de servios

    comunidade. Essa nova situao permitiu no Centro Federal de Educao

    Tecnolgica do Paran (CEFET-PR), a implantao dos cursos superiores com

    durao plena: Engenharia Industrial Eltrica, nfase em Eletrotcnica,

    Engenharia Industrial Eltrica, nfase em Eletrnica/Telecomunicaes e Curso

    Superior de Tecnologia em Construo Civil. Posteriormente, em 1992, passaria

    a ofertar Engenharia Industrial Mecnica em Curitiba e, a partir de 1996,

    Engenharia de Produo Civil, tambm em Curitiba, substituindo o curso de

    Tecnologia em Construo Civil, que havia sido descontinuado.

    Em 1988, a instituio iniciou suas atividades de ps-graduao stricto

    sensu com a criao do programa de Mestrado em Informtica Industrial,

    oriundo de outras atividades de pesquisa e ps-graduao lato sensu, realizadas

    de forma conjunta, com a Universidade Federal do Paran (UFPR) e Pontifcia

    Universidade Catlica do Paran (PUC-PR), alm da participao do governo do

    Estado do Paran como instituio de apoio ao fomento. Mais tarde, em 1991,

    tendo em vista a interdisciplinaridade existente nas atividades de pesquisa do

    programa, que envolviam profissionais tanto nas reas mais ligadas

    Engenharia Eltrica quanto aqueles mais voltados s reas de Cincia da

    Computao, o Colegiado do Curso props que sua denominao passasse a ser

    de "Curso de Ps-Graduao em Engenharia Eltrica e Informtica Industrial"

    (CPGEI), o que foi aprovada pelos Conselhos Superiores do CEFET-PR.

    A partir de 1990, participando do Programa de Expanso e Melhoria do

    Ensino Tcnico, o CEFET-PR estendeu sua ao educacional ao interior do estado

    do Paran com a implantao de suas Unidades de Ensino Descentralizadas

    (UNED) nas cidades de Medianeira, Cornlio Procpio, Ponta Grossa e Pato

    Branco. Em 1994, o ento CEFET-PR, por meio de sua Unidade de Pato Branco,

    incorporou a Faculdade de Cincias e Humanidades daquele municpio. Como

    215

  • 10

    resultado, passou a ofertar novos cursos superiores: Agronomia, Administrao,

    Cincias Contbeis, entre outros. No ano de 1995, foi implantada a Unidade de

    Campo Mouro e, em 2003, a Escola Agrotcnica Federal de Dois Vizinhos foi

    incorporada ao CEFET-PR, passando a ser a stima UNED do sistema.

    Em 1995, teve incio o segundo Programa de Ps-Graduao stricto

    sensu, o Programa de Ps-Graduao em Tecnologia (PPGTE), com rea de

    concentrao em Inovao Tecnolgica e Educao Tecnolgica, na unidade de

    Curitiba.

    Em 1996, a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional, Lei

    9394/96 de 20 de dezembro de 1996, desvincula a educao profissional da

    educao bsica. Assim, os cursos tcnicos integrados so extintos e passa a

    existir um novo sistema de educao profissional, ofertando cursos nos nveis

    bsico, tcnico e tecnolgico, no qual os Centros Federais de Educao

    Tecnolgica deveriam prioritariamente atuar. A partir de ento, houve um

    redirecionamento da atuao do CEFET-PR para o Ensino Superior,

    prosseguindo com expanso tambm da Ps-Graduao, baseada num plano

    interno de capacitao e ampliada pela contratao de novos docentes com

    experincia e titulao.

    Devido a esta mudana legal, a UTFPR interrompe a oferta de novas

    turmas dos cursos tcnicos integrados a partir de 1997. Este nvel de ensino

    continuou a ser contemplado em parcerias com instituies pblicas e privadas,

    na modalidade ps-mdio.

    Em 1998 iniciou-se o Ensino Mdio, antigo 2o grau, desvinculado do

    ensino profissionalizante e constituindo a etapa final da educao bsica, com

    durao mnima de trs anos.

    Em 1999, tiveram incio os Cursos Superiores de Tecnologia, como uma

    nova forma de graduao plena, proposta pelo CEFET-PR em carter indito no

    Pas, com o objetivo de formar profissionais focados na inovao tecnolgica.

    Tambm em 1999 o CPGEI iniciou o doutorado em Engenharia Eltrica e

    Informtica Industrial.

    216

  • 11

    Em fevereiro de 2001 comeou a funcionar em Curitiba, com o nome de

    Programa de Ps-Graduao em Engenharia Mecnica e de Materiais um curso

    de mestrado, envolvendo professores de diferentes reas como: Fsica e Qumica

    e Mecnica. No ano de 2002 ocorreu a primeira defesa de dissertao do

    programa.

    Em 2003 a Unidade de Ponta Grossa passa a ofertar o mestrado em

    Engenharia de Produo, comprovando o crescimento da ps-graduao,

    juntamente com a interiorizao das atividades do sistema. Na continuidade, em

    2006, foi aprovado o Programa de Ps-Graduao em Agronomia (PPGA), em

    Pato Branco, em 2008, o Programa de Ps-Graduao em Ensino de Cincia e

    Tecnologia (PPGECT), em Ponta Grossa. Em 2009, a UTFPR acrescenta mais dois

    Programas de Ps-Graduao, um em Engenharia Eltrica (PPGEE), em Pato

    Branco, e outro em Engenharia Civil (PPGEC), em Curitiba.

    Em outubro de 2005 pela Lei Federal 11.184, o CEFET-PR tornou-se a

    Universidade Tecnolgica Federal do Paran. Os alicerces para a Universidade

    Tecnolgica foram construdos desde a dcada de 70, quando a Instituio

    iniciou sua atuao na educao de nvel superior. Assim, aps sete anos de

    preparo e obtido o aval do Governo Federal, o Projeto de Lei n 11.184/2005 foi

    sancionado pelo Presidente da Repblica, no dia 7 de outubro de 2005, e

    publicado no Dirio Oficial da Unio, em 10 de outubro de 2005, transformando

    o Centro Federal de Educao Tecnolgica do Paran (CEFET-PR) em

    Universidade Tecnolgica Federal do Paran (UTFPR), a primeira universidade

    tecnolgica do Brasil.

    A iniciativa de pleitear junto ao Ministrio da Educao a transformao

    teve origem na comunidade interna, pela percepo de que os indicadores

    acadmicos nas suas atividades de ensino, pesquisa, extenso e gesto

    credenciavam a instituio a buscar a condio de Universidade Especializada,

    em conformidade com o disposto no Pargrafo nico do Artigo 53 da LDB.

    O processo de transformao do CEFET-PR em universidade pode ser

    subdividida em trs fases principais:

    217

  • 12

    1. primeira fase, 1979-1988, responsvel principalmente pela insero

    institucional no contexto das entidades de Ensino Superior, culminando com a

    implantao do primeiro Programa de Mestrado;

    2. segunda fase, 1989-1998, marcada pela expanso geogrfica e pela

    implantao dos Cursos Superiores de Tecnologia; e

    3. ltima fase, iniciada em 1999, caracterizada pelo ajuste necessrio

    consolidao em um novo patamar educacional, com sua transformao em

    Universidade Tecnolgica.

    Em 2006, o Ministrio da Educao autorizou o funcionamento dos

    Cmpus Apucarana, Londrina e Toledo, que comearam suas atividades no incio

    de 2007, e Francisco Beltro, em janeiro de 2008. Em 2011 o Cmpus de

    Guarapuava iniciou suas atividades.

    Aps a transformao em Universidade, ocorreu um processo acelerado

    de implantao de novos cursos de graduao. Assim, no segundo semestre

    letivo de 2009 foram ofertados 28 cursos de tecnologia, 24 cursos de engenharia,

    5 bacharelados em outras reas e 3 licenciaturas.

    Atualmente, a UTFPR conta com 2000 docentes, 976 tcnicos-

    administrativos, 25.000 alunos regularmente matriculados nos Cursos Tcnicos

    Integrados, Tcnicos Subsequentes, Bacharelado e Licenciatura. Cerca de 2.200

    alunos esto matriculados nos cursos de especializao. Os programas de

    mestrado da Universidade renem cerca de 700 alunos e cerca de 100 alunos

    desenvolvem pesquisa no mbito de doutorado.

    1.2 Cmpus Cornlio Procpio

    O Cmpus Cornlio Procpio foi criado no contexto do Programa de

    Expanso e Melhoria do Ensino Tcnico do Governo Federal, nos termos da

    Portaria n 67 de 06 de fevereiro de 1987, e inaugurado oficialmente em abril de

    1993, como UNED do ento CEFET-PR, ofertando os Cursos Tcnicos em

    Eletrotcnica e em Mecnica.

    Em 1996, com a extino da possibilidade de se ofertar Ensino Tcnico

    integrado ao Mdio, foi decidido que seriam implantados o Ensino Mdio e os

    Cursos Superiores de Tecnologia. Assim, em 1999, o Cmpus passou a oferecer

    218

  • 13

    os Cursos Superiores de Tecnologia em Eletrotcnica, Tecnologia em Mecnica e

    de Tecnologia em Informtica. Em 2003, todos os Cursos Superiores de

    Tecnologia oferecidos passaram pelo processo de reconhecimento do Ministrio

    da Educao (MEC) com conceito A e tiveram sua denominao alterada para

    Cursos Superiores de Tecnologia em Automao Industrial, Manuteno

    Industrial e Curso Superior de Tecnologia em Desenvolvimento de Sistemas de

    Informao.

    Em 2007, aps a transformao do CEFET-PR em Universidade

    Tecnolgica Federal do Paran (UTFPR), foram abertos os Cursos de Engenharia

    Industrial Eltrica e Engenharia Industrial Mecnica visando formar recursos

    humanos para atender as necessidades dos setores produtivos em

    desenvolvimento.

    Em 2009, o total de vagas ofertadas anualmente nos cursos de engenharia

    aumentou de 88 para 176 (44 vagas por semestre para Engenharia Industrial

    Eltrica e para Engenharia Industrial Mecnica), respaldado pelo Programa de

    Apoio ao Plano de Reestruturao e Expanso das Universidades Federais

    (REUNI).

    No mbito da Pesquisa e Ps-Graduao, os professores/pesquisadores

    do Cmpus Cornlio Procpio tm realizado estudos avanados, orientando

    alunos de iniciao cientfica e iniciao cientfica jnior, e tambm desenvolvido

    atividades de investigao e sistematizao do conhecimento nas diversas reas

    da cincia e tecnologia. Desde 2003 so oferecidos cursos de ps-graduao latu

    sensu (especializaes), por exemplo, os Cursos de Especializao em Automao

    e Controle de Processos Industriais, Gesto da Produo, Engenharia de

    Segurana do Trabalho, Auditoria e Gesto Ambiental Redes de Computadores e

    Tecnologia Java. Os cursos de ps-graduao lato sensu visam formar mo de

    obra especializada para atender as necessidades da indstria, governo,

    instituies de ensino e terceiro setor.

    No mbito da Extenso, diversas parcerias so estabelecidas pelo Cmpus

    Cornlio Procpio com as empresas e comunidade. Essas parcerias adquirem

    formatos diferentes, atravs da promoo de cursos de extenso, oferta de

    consultoria e prestao de servios tcnicos especializados a empresas do setor

    219

  • 14

    produtivo, alm da realizao de projetos comuns de pesquisa e

    desenvolvimento tecnolgico.

    Em 2010, foram iniciadas as atividades do primeiro programa de ps-

    graduao stricto-sensu do Cmpus de Cornlio Procpio, em nvel de mestrado,

    o Programa de Ps- Graduao em Engenharia Eltrica (PPGEE).

    Em 2013, foram iniciadas as atividades do programa de ps-graduao

    stricto-sensu, em nvel de mestrado, do Programa de Ps-Graduao em

    Engenharia Mecnica.

    Em 2013 o Programa de Ps-Graduao em Informtica (PPGI) da

    Universidade Tecnolgica Federal do Paran (UTFPR) Cmpus Cornlio

    Procpio (stricto-sensu) Mestrado Profissional em Informtica iniciou suas

    atividades. O objetivo do Programa capacitar profissionais para a aplicao de

    conhecimentos cientficos na execuo de atividades de pesquisa e de

    desenvolvimento visando a soluo de problemas ou proposio de inovaes

    tecnolgicas para atender demandas da sociedade e do mercado de trabalho.

    Atualmente o programa reuni 10 docentes, sendo que 09 deles trabalham

    diretamente com as disciplinas dos cursos de graduao das Coordenadorias de

    Analise e Desenvolvimento de Sistemas e Engenharia da Computao.

    O Cmpus Cornlio Procpio conta hoje com aproximadamente 2000

    alunos, 174 professores e 74 tcnico-administrativos. A rea ocupada de

    aproximadamente 55.000 m2, possuindo construes que totalizam 27.000 m2,

    abrangendo ambientes administrativos e didticos. O Cmpus oferece

    atualmente cursos de Educao Profissional Tcnica de Nvel Mdio Integrado,

    Superiores de Bacharelado, Licenciatura e Tecnologia, Ps-Graduao stricto

    sensu e lato sensu, alm de programas especiais de formao pedaggica.

    1.3 Coordenaes de Informtica COADS / COENC

    Em meados de 2010 a extinta denominao COINF Coordenadoria de

    Informtica sucedeu-se em duas novas coordenaes. A primeira denominada

    COADS Coordenao de Anlise e Desenvolvimento de Sistemas e a segunda

    COENC Coordenao de Engenharia de Computao.

    220

  • 15

    Os principais eventos relacionados COADS/COENC podem ser

    apresentados da seguinte maneira:

    1999 Incio do Curso Superior de Tecnologia em Informtica.

    2003 Reconhecimento do Curso Superior de Tecnologia em Informtica e

    alterao da denominao para Curso Superior de Tecnologia em

    Desenvolvimento de Sistemas de Informao.

    2006 Incio do I Curso de Especializao em Tecnologia Java.

    2008 Alterao do nome do curso de Desenvolvimento de Sistemas de

    Informao para Anlise e Desenvolvimento de Sistemas conforme

    portaria normativa MEC 12/2006.

    2010 Incio do Curso de Graduao em Engenharia da Computao.

    2013 Incio do Programa de Ps-Graduao Informtica (PPGI)

    1.4 Coordenao de Engenharia de Software

    A Coordenadoria de Engenharia de Software COES ser instalada aps a

    aprovao do referido projeto pedaggico pelas instncias competentes.

    221

  • 16

    2. APRESENTAO DO CURSO

    O Cmpus Cornlio Procpio, por meio da portaria no 125 de 02 de julho

    de 2013, nomeou, a Comisso de Elaborao e Estruturao do Curso de

    Engenharia de Software Jos Augusto Fabri, Andr Lus dos Santos Domingues,

    e Alessandro Botelho Bovo. A comisso efetuou uma anlise mercadolgica e

    constatou que a demanda por um profissional formado na rea de engenharia de

    software altamente pertinente. A comisso iniciou os trabalhos da construo

    deste projeto pedaggico analisando as diretrizes nacionais para os cursos de

    graduao em computao, os projetos pedaggicos dos cursos de engenharia de

    software instalados em territrio nacional e os pressupostos, referenciais,

    normas tcnicas e de qualidade que norteiam a rea de conhecimento

    caracterizada como engenharia de software. O resultado do trabalho

    desenvolvido pela referida comisso caracteriza-se na organizao do projeto

    pedaggico do curso de Bacharelado em Engenharia de Software.

    2.1 Identificao do Curso

    Denominao do curso: Engenharia de Software.

    Modalidade: Bacharelado

    Titulao Conferida: Bacharel em Engenharia de Software.

    rea do Conhecimento: Cincias Exatas e da Terra

    Modalidade de Curso: Ensino presencial (ensino a distncia restrito ao

    percentual imposto por legislao em vigor).

    Local de Oferta: Universidade Tecnolgica Federal do Paran Cmpus Cornlio

    Procpio.

    Coordenao e Unidade Executora: Coordenadoria de Engenharia de Software

    (COES)

    Durao do curso: 08 semestres letivos.

    Regime escolar: Semestral, com a matrcula realizada por disciplina.

    Nmero de vagas: 88 vagas por ano, com 44 vagas ofertadas em cada semestre.

    Turno previsto: Noturno.

    222

  • 17

    Processo de Seleo: A admisso dos alunos realizada por meio de processo

    seletivo definido pela UTFPR.

    Ano e Semestre de Incio da Implantao Matriz Curricular: 1o semestre de

    2014.

    2.2 Princpios Norteadores para Construo do Projeto Pedaggico do Curso

    O termo Engenharia de Software caracterizado pelo IEEE Computer

    Society [IEEE CS] e pela Association for Computing Machinery [ACM], principais

    entidades profissionais da rea de computao, para definir um corpo de

    conhecimento especfico, assim como para delinear cursos de graduao na rea

    de computao. O CNPq adota esta denominao para a especialidade

    correspondente, assim como a CAPES [CAPES] para designar rea. A Sociedade

    Brasileira de Computao [SBC] promove anualmente o Congresso Brasileiro de

    Software, evento este que reuni: o Simpsio Brasileiro de Engenharia de

    Software (2013 - edio XXVII); Simpsio Brasileiro de Linguagens de

    Programao (2013 - edio XVII); Simpsio Brasileiro de Mtodos Formais

    (2013 - edio XVI); Simpsio Brasileiro de Componentes, Arquiteturas e

    Reutilizao de Software (2013 edio VII). A Engenharia de Software tambm

    caracterizada pelas diretrizes curriculares nacionais para os cursos de

    computao (CNE/CES 136/2012).

    Alm das entidades que justificam a caracterizao da rea, a Engenharia

    de Software possui um conjunto de normas, documentos de referncia e corpos

    de conhecimento que auxiliam o mercado a aprimorar o seu processo e produto.

    Estes documentos serviram como fonte informaes para nortear a concepo

    do modelo utilizado na construo deste projeto pedaggico (vide figura 1). Uma

    viso genrica dos referidos documentos apresentada a seguir:

    Software Engineering Body of Knowledge, ou SWEBOK [SWEBOK 2004]:

    definido pela IEEE Computer Society, caracteriza-se como um guia para o corpo

    de conhecimento da Engenharia de Software. Documento atual, revisado por

    profissionais de todo o mundo, que mapeia o conhecimento em Engenharia de

    Software. Este conhecimento dividido em reas. Todas as reas so cobertas no

    curso proposto.

    223

  • 18

    Curriculum Guidelines for Undergraduate Degree Programs in Software

    Engineering [SE 2004]: documento elaborado pela IEEE Computer Society em

    cooperao com a ACM. Objetivo - orientar instituies de ensino e agncias

    reguladoras acerca do que constitui um curso de graduao em Engenharia de

    Software. O documento caracteriza-se como guia para elaborao de projetos

    pedaggicos.

    Computing Curricula Computer Science: O documento Computing Curricula

    Computer Science [CS 2008] estabelece orientaes para cursos de graduao em

    Cincia da Computao.

    Capability Maturity Model Integration [CMMI] um modelo de melhoria de

    processos mundialmente reconhecido e empregado.

    Melhoria de Processo do Software Brasileiro [MPS.BR] a alternativa

    nacional de propsito similar e mais apropriada ao contexto brasileiro. Os

    modelos no so apenas contedos abordados no curso.

    Project Management Body of Knowledge, ou PMBOK [PMBOK 2008]: corpo de

    conhecimento em gerncia de projetos mantido pelo Project Management

    Institute (http://www.pmi.org), uma referncia amplamente empregada e

    reconhecida internacionalmente acerca de gerncia de projetos.

    Cdigo de tica da Engenharia de Software [ACM/IEEE-CS]. Documento que

    coleciona diretrizes sobre postura tica dentro da Engenharia de Software. Esta

    postura de extrema relevncia em termos da formao esperada do egresso.

    224

  • 19

    Figura 1 Modelo Utilizado na Construo do Projeto Pedaggico do Curso

    Ao analisar a Figura 1 possvel perceber a presena de duas dimenses.

    A dimenso caracterizada como processo e gesto, embasada pelas reas de

    conhecimentos estabelecidas no SWEBOK (requisitos, projeto, codificao,

    teste...) e no PMBOK (gerncia de projetos de software). Os aspectos

    relacionados a gerncia de qualidade so direcionados pelo CMMI e pelo MPS-

    BR. J a dimenso caracterizada como abstrao e tecnologia direciona

    questes ligadas a conhecimento de programao de computadores e ao

    ferramental necessrio utilizado para construo de software (SGBD,

    frameworks, IDEs). Perceba que o engenheiro de software IDEAL deve possuir

    uma gama de contedo altamente qualitativo em ambos os eixos (processo e

    gesto / abstrao e tecnologia).

    225

  • 20

    3. ORGANIZAO DIDTICO-PEDAGGICA

    O objetivo deste captulo apresentar a organizao curricular do curso

    de Bacharelado em Engenharia de Software. Entre as informaes apresentadas

    possvel constatar a matriz curricular e a relao de disciplinas, seguida pela

    tabela de equivalncia com os demais cursos da rea de computao da UTFPR

    Cmpus Cornlio Procpio.

    A concepo deste projeto pedaggico segue as prerrogativas delineadas

    na seo 2.2.

    3.1 Dados Quantitativos que Proporcionaram a Concepo do Curso

    Atualmente, a produo de software no Brasil , altamente, deficitria se

    olhada sob a luz da balana comercial. Em 2012 o pas importou cerca de US$ 4.5

    bilhes e as exportaes chegaram perto dos US$ 600 milhes. Para cada dlar

    exportado o pas importa 10 (fonte: Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e

    Comrcio Exterior Apresentao dos dados consolidados da balana comercial

    brasileira http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1298052907.pdf). Para

    efeitos comparativos, pases emergentes como a ndia e a Irlanda exportam cerca

    de 10 vezes o que importam. Analisando os nmeros questiona-se: Como alterar

    este cenrio dentro de nosso pas?

    Para responder tal questo destacam-se algumas potencialidades

    brasileiras dentro das seguintes reas: ativos de Tecnologia da Informao

    (investimentos) e engenharia de software (fonte: Brazilian Association of

    Software & Service Export Companies BRASSCOM) e A.T. Kearney (consultoria

    especializada no desenvolvimento de pesquisas de mercado para a rea de

    Tecnologia da Informao - http://www.brasscom.com.br/):

    Os grandes investidores em Tecnologia da Informao (TI)

    continuam sendo os Estados Unidos seguido pelo Japo.

    Em 2012 o mundo investiu cerca de US$ 3 trilhes em TI. No Brasil

    os investimentos chegaram em torno de US$ 35 bilhes superando

    ndia, Coria, Rssia, Mxico e Argentina, pases estes classificados

    como emergentes no cenrio econmico mundial.

    226

  • 21

    Brasil o 9 no mundo com o maior investimento em TI, o nico

    pas emergente a frente a China.

    Mercado consumidor brasileiro extremamente promissor, por

    exemplo: a 6 populao do mundo em nmeros de celulares.

    A urna eletrnica: Em 2010, 135 milhes eleitores votaram

    utilizando tal dispositivo (100% dos eleitores). Cerca de 90% dos

    votos, para a presidncia da repblica, foram processados em 90

    minutos.

    Brasil o primeiro pas no mundo a informatizar a declarao de

    imposto de renda.

    Brasil um dos lderes em projetos de eGovernment, um exemplo

    disso o prego eletrnico, chamado de comprasNet. Com a

    implantao deste sistema o governo agilizou em 70% o tempo de

    compra de um produto licitado. Outros 2.000 servios

    governamentais so oferecidos via internet.

    Poderio de mo de obra brasileira tambm merece ser destacado:

    O pas possui a segunda maior base de desenvolvedores Java do

    mundo (100.000 desenvolvedores).

    Outro ativo de TI que merece destaque o sistema bancrio brasileiro.

    Em algumas reas como: sistema de pagamentos; internet banking; cartes e

    ATMs o Brasil se caracteriza como lder mundial.

    O contexto, brasileiro, acima apresentado, no explorado dentro do

    mercado mundial de TI, esta afirmao pode ser comprovada com os seguintes

    dados1:

    Atualmente, os Estados Unidos agregam 75% das operaes de

    offShore (instalao de uma filial, geralmente, em um pas

    emergente cuja mo de obra mais barata, para fins de

    terceirizao de bens e servios) no mundo.

    Na Unio Europeia, o Reino Unido, a Alemanha e a Frana

    congregam grande parte dos 25% restantes.

    1Fonte: Associao da Empresas Brasileiras Produtoras e Exportadoras de Software BRASSCOM - Fonte: http://www.brasscom.org.br/en/content/search/%28offset%29/10?SearchText=idc

    227

  • 22

    No contexto asitico, o destaque vai para o Japo.

    A Amrica Latina exportou 1.8% das necessidades americanas

    dentro da rea de TI. O Brasil lidera esse quadro com 1%.

    (Segundo a BRASSCON).

    Somente a ndia atendeu cerca 80% das necessidades americanas

    na rea de software. importante ressaltar que a ndia no possui

    um cenrio to promissor quanto o descrito anteriormente.

    Os fatos apresentados nos remetem a sugerir uma segunda questo:

    Como o Brasil pode utilizar suas potencialidades para se tornar um dos maiores

    exportadores de servios de TI no mundo?

    necessrio enfatizar todo o cenrio tecnolgico favorvel apresentado

    anteriormente, mostrar ao mundo o que temos de melhor: O SISTEMA

    BANCRIO/FINANCEIRO. importante salientar que grande parte das

    operaes de offShore americana foca, estritamente, o mercado financeiro.

    Dentro do contexto sistmico bancrio, outras informaes merecem ser

    destacadas: Temos a maior plataforma Mainframe instalada no mundo (nota: as

    grandes operaes bancrias nos Estados Unidos ainda continuam utilizando

    esta plataforma). O Brasil possui milhares de programadores COBOL com uma

    vasta experincia, no s na linguagem, mas tambm no ambiente financeiro. O

    nmero de sofisticao e funcionalidades do Internet Banking Brasileiro a

    maior do mundo. Proporcionalmente, cerca de 50% da populao brasileira

    utiliza Internet Banking, nenhum pas possui este nmero. O sistema de carto

    de crdito brasileiro slido e dinmico (tal sistema j existe a 50 anos). Cerca

    de 40% da populao brasileira utilizou carto de crdito em 2006 e mais de 2

    milhes de estabelecimentos aceitam este tipo de carto. Temos o maior nmero

    de ATMs por contas, s para ter uma ideia 10% dos ATMs instalados no mundo

    esto no Brasil. A BOVESPA possui o maior patrimnio lquido do mundo2.

    As empresas devem contribuir com sua parte ou seja, se conscientizar

    que somente com a qualidade no processo e no produto (conceitos que no so

    abordados com a devida pertinncia nos bancos universitrios) que podero

    2 Fonte: http://www.brasscom.org.br/en/content/search/%28offset%29/10?SearchText=idc

    228

  • 23

    atingir mercados internacionais. Os nmeros abaixo representam alguns

    entraves3:

    Somente 69,1% das empresas brasileiras desenvolvem o controle

    de verso de seus produtos;

    A gerncia dos requisitos feita em 24,4%;

    Estimativa de custo desenvolvida em 55% e a estimativa de

    esforo em 45,7%;

    J a estimativa de tamanho feita em 29%. Questiona-se: Como as

    empresas estimam esforo e custo sem estimar o tamanho do

    software? Ser que as empresas sabem o que esto respondendo?

    A gerncia de risco feita em 11,8% das empresas;

    Gesto de mudana, 10,4%;

    Planejamento formal dos testes, 37,8%;

    Utilizao de depurador, 39%.

    Todos os nmeros apresentados foram colhidos entre 2002 e 2010 pelo

    Ministrio de Cincia e Tecnologia, Secretaria de Poltica em Informtica (SEPIN)

    e, segundo o prprio ministrio, se perpetuam at hoje.

    Enquanto esses dados caracterizam o cenrio nacional e internacional,

    importante salientar o contexto regional da oferta do curso. Nesse contexto,

    encontra-se o estado do Paran e a Cidade de Cornlio Procpio. Cornlio

    Procpio situa-se na Regio Norte do Estado do Paran, distante 394,53 km de

    Curitiba (referente sede municipal) segundo a Secretaria de Estado dos

    Transportes (SETR). A populao de Cornlio Procpio possui cerca de 50 mil

    habitantes e o Produto Interno Bruto (PIB) foi calculado em aproximadamente

    610 milhes de reais em 2009, segundo dados do Instituto Brasileiro de

    Geografia e Estatstica (IBGE).

    Cornlio Procpio pertence regio Londrina-Maring, de acordo com a

    Pesquisa da Atividade Econmica Regional (PAER), realizada periodicamente

    pela Fundao Sistema Estadual de Anlise de Dados (SEADE). Essa pesquisa tem

    3 Fonte: Secretaria de Poltica em Informtica do Ministrio de Cincia e Tecnologia SEPIN MCT http://www.mct.gov.br/index.php/content/view/3253.html):

    229

  • 24

    por finalidade caracterizar as regies mais dinmicas, nas quais esto ocorrendo

    mudanas na estrutura e nos processos de produo e/ou na composio do

    emprego e seus novos requisitos. No contexto da PAER, alm da Regio

    Londrina-Maring, apenas outras duas regies so consideradas no Paran como

    uma rea de pesquisa: Regio Metropolitana de Curitiba e restante do Estado.

    Essa diviso considera os resultados do trabalho denominado Caracterizao e

    Evoluo da Rede Urbana do Brasil, realizado recentemente sob a coordenao

    do Instituto de Pesquisa Econmicas Aplicadas (IPEA). Portanto, a cidade de

    Cornlio Procpio est inserida em uma regio com importncia social e

    econmica de destaque no Estado.

    As principais empresas de Tecnologia da Informao (TI) da regio

    participam do Arranjo Produtivo Local (APL) de TI de Londrina e Regio. APL

    refere-se a uma concentrao de agentes econmicos, polticos e sociais,

    localizados em uma mesma rea geogrfica, que apresentam vnculos

    consistentes de articulao, interao, cooperao e aprendizagem.

    Em 2008, foi realizada a Pesquisa APL TI pelo SEBRAE/PR e M. A.

    Consultores Associados para identificar o cenrio comercial das Empresas de TI

    da Regio. O relatrio do estudo apresenta os dados estatsticos e anlises dos

    aspectos relevantes das 137 empresas entrevistadas. Entre os aspectos

    identificados esto os principais produtos desenvolvidos pelas empresas. Entre

    os mais citados esto: website, gesto empresarial, lojas, administrativo e

    entretenimento. Os produtos para automao comercial e industrial, metal-

    mecnico, mecnica, agroindstria e celular, apesar de menos citados, esto

    associados maioria das empresas com mais de 20 funcionrios. A rea

    representativa desses produtos considerada altamente promissora para a

    indstria paranaense, como mostram os resultados do projeto Rotas Estratgicas

    para o Futuro da Indstria Paranaense.

    O projeto Rotas Estratgicas para o Futuro da Indstria Paranaense tem

    por objetivo apontar caminhos de construo do futuro para cada um dos

    setores e reas mais promissores para a indstria do Paran no horizonte de

    2015. Esse projeto foi realizado pelo Observatrio de Prospeco e Difuso de

    Tecnologia do SENAI/PR, em parceria com o SESI/PR e com a cooperao tcnica

    230

  • 25

    da Fundao OPTI da Espanha. Entre os resultados do projeto est a

    identificao dos setores e reas considerados de alto potencial para a indstria

    do Paran e para cada uma das regies trabalhadas. As especificidades regionais

    apareceram de forma significativa e apontam oportunidades de desenvolvimento

    que precisam ser potencializadas nos setores de papel, metal-mecnico, plstico,

    turismo, produtos de consumo, sade e microtecnologia e tecnologia da

    informao. Para a Regio Londrina-Maring, qual pertence Cornlio Procpio,

    os setores que se destacam so: turismo, produtos de consumo, sade e

    tecnologia da informao.

    O recorte adotado para as rotas de microtecnologia foi baseado na

    Classificao Nacional de Atividades Econmicas (CNAE) do IBGE e se

    concentrou nas divises 30, 31, 32 e 33, respectivamente, fabricao de

    mquinas e equipamentos de informtica, aparelhos e materiais eltricos,

    fabricao de material eletrnico e de aparelhos e equipamentos de

    telecomunicaes, fabricao de equipamentos de instrumentao mdico

    hospitalar, instrumentos de preciso e pticos, equipamentos para automao

    industrial, cronmetros e relgios. As principais atuaes hoje na indstria da

    microtecnologia fazem referncia incorporao de microssistemas nos

    produtos desenvolvidos para diversos setores da economia paranaense. Podem

    ser citados como exemplo: Tecnologias de Informao e Comunicao, Software,

    Automao, Sade, Biotecnologia, Instrumentao e Robtica. A capacidade de

    desenvolvimento de produto prprio limitada pelo nvel tecnolgico das

    empresas e pela capacidade de investimento.

    A microtecnologia tem grande poder de impacto em todos os setores

    industriais e se configura como um novo e amplo mercado de trabalho. De

    acordo com os especialistas, os recursos humanos so um dos fatores crticos

    para o sucesso de uma indstria de microtecnologia competitiva e inovadora no

    Estado do Paran. Portanto, necessrio investir na formao de pessoal nas

    reas de tecnologias da informao e comunicao.

    231

  • 26

    3.2 Justificativa

    A falta de profissionais que impacta na organizao do processo de

    software um dos principais fatores que contribuem com os nmeros

    apresentados pela SEPIN no contexto nacional. O curso ofertado no Cmpus da

    UTFPR de Cornlio Procpio pode contribuir para minimizar os problemas

    detectados pela referida secretaria tendo vista o contexto favorvel apontado no

    norte do Paran. Neste sentido o curso de Bacharelado em Engenharia de

    Software plenamente justificvel. Somente com um conjunto de disciplinas

    tericas/prticas atualizadas e sequenciadas de forma lgica ir prover

    melhorias qualitativas na referida rea produtiva no contexto local e global.

    3.3 Objetivos

    O Curso de Bacharelado em Engenharia de Software do Cmpus Cornlio

    Procpio tem como objetivo geral a formao de recursos humanos para o

    planejamento, construo, gesto (do projeto e da qualidade) e manuteno de

    produtos caracterizados software, com vistas a atender as necessidades do

    mercado de trabalho corrente. As necessidades que podem ser atendidas

    abrangem principalmente o desenvolvimento, implantao e gerenciamento de

    projetos e conhecimento para uso em processos organizacionais, passando pela

    infraestrutura e manuteno de software. O curso deve desenvolver o esprito

    cientfico dentro da Engenharia de Software, para solucionar de forma crtica e

    eficiente, problemas que envolvam uma combinao de recursos humanos e

    computacionais interrelacionando a coleta, o armazenamento, a recuperao, a

    distribuio e o uso de dados, usando-se da criatividade na aplicao das

    tecnologias de informao existentes para a concepo, implantao,

    administrao e manuteno de sistemas tambm faz parte do foco do referido

    curso.

    Objetivos Especficos

    Formar recursos humanos com alta qualificao cientfica e tecnolgica,

    ticos e socialmente responsveis, que sejam capazes de contribuir para o

    desenvolvimento da sociedade, comprometidos com a soluo de problemas

    sociais e ambientais suscitados pelo desenvolvimento tecnolgico.

    Estimular o questionamento e inovaes de modo a formar empreendedores.

    232

  • 27

    Conscientizar o aluno sobre a responsabilidade com a sociedade ao exercer a

    profisso e orient-lo sobre a necessidade permanente de aperfeioamento

    profissional.

    Implementar prticas pedaggicas diferenciadas por parte do corpo docente

    que estimulem a autonomia, a criatividade, o esprito crtico, o

    empreendedorismo e a conduta tica.

    Estimular atitudes pr-ativas do estudante na busca do conhecimento.

    Capacitar o estudante a identificar o problema a ser resolvido, buscar a sua

    soluo, test-la, avali-la e desenvolv-la, por meio de uma formao

    profissional flexvel, indisciplinar e extracurricular.

    Promover a extenso com participao da comunidade como forma de

    difuso cientfica e tecnolgica fomentadas no curso de Engenharia de

    Software.

    Incentivar e promover a busca pela pesquisa e investigao cientfica.

    Promover a flexibilidade curricular utilizando uma organizao curricular

    menos rgida (parcialmente hierarquizada), mantendo-se apenas os pr-

    requisitos absolutamente necessrios para a progresso do conhecimento.

    Estimular a interao de docentes e discentes com a indstria e outras

    instituies de ensino e pesquisa.

    3.4 Perfil do Profissional Egresso

    O egresso do curso de Bacharelado em Engenharia de Software deve:

    Possuir slida formao em Sistemas Computacionais e de Produo, visando

    a criao de sistemas de software de alta qualidade de maneira sistemtica,

    controlada, eficaz e eficiente que levem em considerao questes ticas,

    sociais, legais e econmicas;

    Ser capaz de criar solues, individualmente ou em equipe, para problemas

    complexos relacionados aos domnios de conhecimento e de aplicao;

    Ser capaz de agir de forma reflexiva na construo de software,

    compreendendo o seu impacto direto ou indireto sobre as pessoas e a

    sociedade;

    Ser capaz de entender o contexto social no qual a construo de Software

    praticada, bem como os efeitos dos projetos de software na sociedade;

    233

  • 28

    Ser capaz de entender os aspectos econmicos e financeiros, associados a

    novos produtos e organizaes;

    Ser capaz de entender a importncia da inovao e da criatividade e

    compreendam as perspectivas de negcios e oportunidades relevantes.

    De acordo com a perspectiva de processo e gesto (eixo X Figura 1) e com a

    perspectiva tecnolgica (eixo Y Figura 1) o egresso do curso de Bacharelado em

    Engenharia de Software deve ser capaz de:

    Elicitar, analisar, modelar, especificar (documentar), validar e gerenciar

    requisitos de software.

    Projetar software (arquitetura e projeto detalhado) e realizar modelagem,

    anlise e avaliao da qualidade considerando mtodos, modelos

    arquiteturais e padres de projeto nestas atividades do processo.

    Programar com qualidade e em equipe. Inclui mtodos, tcnicas, tecnologias

    e ferramentas.

    Manter o software para que evolua qualitativamente.

    Planejar e executar de verificao, validao, revises, inspees e testes.

    Gerenciar projetos de software.

    Customizar processos de software e contribuir com projetos de melhoria de

    processos.

    Transmitir ideias com clareza na forma verbal ou escrita.

    Exercitar o conhecimento por meio do emprego de tecnologias, ferramentas e

    mtodos.

    Selecionar tecnologias apropriadas para um contexto especfico de

    desenvolvimento de software.

    3.5 Competncias e Habilidades

    Competncia inclui conhecimento, habilidades (qualificao, experincia),

    atitudes (personalidade) e comportamentos que so relacionados como causa de

    desempenho superior de trabalho.

    Tendo em vista a definio de conhecimento e habilidade apresentada pela

    comisso responsvel pela elaborao e estruturao do referido curso, a

    234

  • 29

    formao do engenheiro de software do Cmpus de Cornlio Procpio tem por

    objetivo dotar o profissional de conhecimentos tcnicos requeridos, como:

    Investigar, compreender e estruturar as caractersticas de domnios de

    aplicao em diversos contextos que levem em considerao questes ticas,

    sociais, legais e econmicas, individualmente e/ou em equipe;

    Compreender e aplicar processos, tcnicas e procedimentos de construo,

    evoluo e avaliao de software;

    Analisar e selecionar tecnologias adequadas para a construo de software;

    Avaliar a qualidade de sistemas de software;

    Integrar sistemas de software;

    Gerenciar projetos de software conciliando objetivos conflitantes, com

    limitaes de custos, tempo e com anlise de riscos;

    Aplicar adequadamente normas tcnicas;

    Qualificar e quantificar seu trabalho baseado em experincias e

    experimentos;

    Exercer mltiplas atividades relacionadas a software como:

    desenvolvimento, evoluo, consultoria, negociao, ensino e pesquisa;

    Conceber, aplicar e validar princpios, padres e boas prticas no

    desenvolvimento de software;

    Analisar e criar modelos relacionados ao desenvolvimento de software;

    Identificar novas oportunidades de negcios e desenvolver solues

    inovadoras.

    Identificar e analisar problemas avaliando as necessidades dos clientes,

    especificar os requisitos de software, projetar, desenvolver, implementar,

    verificar e documentar solues de software baseadas no conhecimento

    apropriado de teorias, modelos e tcnicas.

    Para consolidao de tais conhecimentos e competncias, a matriz

    curricular articula disciplinas que compreendem desde a concepo do software,

    at sua manuteno, levando em considerao os aspectos inerentes ao processo

    e a gesto.

    As disciplinas apresentadas na matriz se dividem em aulas tericas e

    prticas. Desta maneira, procura-se formar um profissional completo, que tenha

    235

  • 30

    o conhecimento de teoria e tambm a maturidade no desenvolvimento prtico.

    Tais aulas sero ministradas em laboratrios adequadamente equipados.

    A matriz proposta na Figura 2 tambm contempla a competncia de

    capacidade empreendedora do discente.

    O aluno egresso estar habilitado a prosseguir na ps-graduao nas

    modalidades lato sensu e stricto sensu. So recomendadas as especializaes na

    rea de computao, sistemas de informao e desenvolvimento de sistemas.

    3.6 Interdisciplinaridade e Integrao Verticalizada

    A interdisciplinaridade est presente na matriz do curso, integrando os

    ncleos de disciplinas. No entanto, ela se manifesta de forma explcita durante a

    execuo da oficina de integrao 1 e 2. Nestas oficinas os alunos, orientados por

    um professor, devem desenvolver uma soluo, aplicao ou processo de

    software este por sua vez ser aplicado junto a alguma empresa cadastrada no

    banco de estgio curricular da UTFPR-CP. Esta aplicao, com certeza, abrir as

    portas das empresas para que os alunos possam iniciar seu estgio curricular.

    Outro ponto de destaque a integrao dos trabalhos gerados pelos

    alunos do curso de Bacharelado em Engenharia de Software com a rea de

    Pesquisa Engenharia de Software implementada no Programa de Ps-Graduao

    em Informtica. importante salientar que todos os docentes da referida rea

    iro ministrar aulas neste curso.

    importante salientar que caber ao Ncleo Docente Estruturante NDE,

    balizar a integrao verticalizada do curso e os aspectos relacionados a

    interdisciplinaridade.

    3.7 Iniciao e Pesquisa Tecnolgica

    O Programa de Iniciao Cientfica, Desenvolvimento Tecnolgico e

    Inovao da UTFPR, para alunos de graduao, composto pelos programas de

    Iniciao Cientfica e de Iniciao ao Desenvolvimento Tecnolgico e Inovao.

    O Programa de Iniciao Cientifica (PIBIC) um mecanismo de incentivo

    para o discente iniciar-se em pesquisas cientficas. Tal programa fomentado

    236

  • 31

    pelo CNPq, Fundao Araucria e UTFPR com a concesso de bolsas, mas os

    alunos tambm tm a opo de realizar o programa na modalidade voluntria.

    O Programa Institucional de Iniciao em Desenvolvimento Tecnolgico e

    Inovao (PIBITI) tem o objetivo de proporcionar ao aluno a aprendizagem de

    tcnicas e mtodos de pesquisa tecnolgica, bem como estimular o

    desenvolvimento do pensar tecnolgico e da criatividade, decorrentes das

    condies criadas pelo confronto direto com os problemas de pesquisa. O cursos

    de Tecnologia em Anlise e Desenvolvimento de Sistema e de Engenharia da

    Computao possuem vrios alunos bolsistas em programas de iniciao

    cientfica.

    3.8 Disciplinas por Semestre Letivo / Periodizao

    As disciplinas propostas para o curso de Bacharelado em Engenharia de

    Software so apresentadas na Tabela 1, distribudas ao longo de oito semestres

    letivos que considerado o tempo normal para a realizao do curso. As

    legendas utilizadas so as seguintes: AT para Aulas Tericas, AP para Aulas

    Prticas, APS para Atividades Prticas Supervisionadas (quando houver), CHS

    (Carga Horria de Aula Semestral aulas de 50 minutos), AS aulas por semana.

    importante salientar que o referido curso no prev certificaes intermedirias.

    As disciplinas Optativa Cincias Humanas, Sociais e Cidadania 1, Optativa

    Cincias Humanas, Sociais e Cidadania 2, Optativa Especfica 1, Optativa

    Especfica 2 e Optativa Especfica 3 representam blocos nos quais as cargas

    horrias especificadas podem ser preenchidas de acordo com as disciplinas

    propostas na Seo 3.10 Ementrio de Disciplinas. Isso possibilita a

    flexibilizao na formao em Cincias Humanas, Sociais e Cidadania e em

    Engenharia de Software.

    Tabela 1 - Relao de Disciplinas

    1 Perodo CHS AT AP CHT APS TOTAL

    Algoritmos 5 51 34 85 0 85 Introduo Engenharia de Software 5 51 34 85 0 85 Lgica para Computao 4 34 34 68 0 68 Matemtica Discreta 4 68 0 68 0 68 Laboratrio de Informtica 5 34 51 85 0 85

    237

  • 32

    2 Perodo CHS AT AP CHT APS TOTAL

    Tcnicas de Programao 5 51 34 85 0 85 Processo de Produo de Software 5 51 34 85 0 85 Arquitetura de Computadores 4 34 34 68 0 68 Banco de Dados 1 5 51 34 85 0 85 Probabilidade e Estatstica 4 68 0 68 0 68 3 Perodo CHS AT AP CHT APS TOTAL

    Estrutura de Dados 5 51 34 85 0 85 Requisitos de Software 5 51 34 85 0 85 Sistemas Operacionais 4 34 34 68 0 68 Banco de Dados 2 4 34 34 68 0 68 Empreendedorismo 2 34 0 34 0 34 tica, Normas e Postura Profissional para Computao 3 51 0 51 0 51 4 Perodo CHS AT AP CHT APS TOTAL Programao Orientada Objetos 5 51 34 85 0 85 Interao Humano Computador 5 51 34 85 0 85 Anlise e Projeto Orientado Objetos 4 34 34 68 0 68 Oficina de Integrao 1 5 51 34 85 0 85 Redes de Computadores 4 34 34 68 0 68 5 Perodo CHS AT AP CHT APS TOTAL Programao Desktop 5 51 34 85 0 85 Qualidade de Software 3 51 0 51 0 51 Gerncia de Configurao 5 51 34 85 0 85 Gerenciamento de Projeto de Software 5 51 34 85 0 85 Segurana e Auditoria em Sistemas 5 51 34 85 0 85 6 Perodo CHS AT AP CHT APS TOTAL

    Programao WEB 1 5 51 34 85 0 85 Estimativas e Mtricas de Software 5 51 34 85 0 85 Teste de Software 5 51 34 85 0 85 Oficina de Integrao 2 5 51 34 85 0 85 Linguagens Formais, Autmatos e Computabilidade 3 34 17 51 0 51 7 Perodo CHS AT AP CHT APS TOTAL

    Programao para Dispositivos Mveis 5 51 34 85 0 85 Programao WEB 2 5 51 34 85 0 85 Manuteno de Software 5 51 34 85 0 85 Arquitetura de Software 5 51 34 85 0 85 Trabalho de Concluso de Curso 1 2 34 0 34 38 72 8 Perodo

    Programao Distribuda 5 51 34 85 0 85 Optativas Especficas 15 153 102 255 0 255 Trabalho de Concluso de Curso 2 2 34 0 34 38 72 Optativa Cincias Humanas, Sociais e Cidadania 2 34 0 34 0 34

    238

  • 33

    Tabela 2 - Carga Horria do Curso

    CARGA HORRIA TOTAL DO CURSO (em horas):

    Carga horria total das disciplinas: 2670 Atividades complementares: 180

    Estgio Curricular Obrigatrio: 400 Carga horria total: 3250

    Tabela 2 apresenta informaes referentes a carga horria do curso.

    Neste h um total de horas/aula (50 minutos) de 3204. Convertido em

    horas/aula para horas relgio (60 minutos) tem-se 2670 horas. No valor de

    2670 horas acrescentada a carga horria do Estgio Curricular (400 horas

    relgio) e as atividades complementares (180 horas relgio), totalizando 3250

    horas relgio. Este carga horria atende as diretrizes nacionais para os cursos de

    graduao em computao (CNE/CSE 136-2012 pgina 16) que rege que a

    carga horria mnima para os cursos desta natureza devem ser de 3200 horas.

    3.9 Matriz curricular

    A matriz curricular indica a evoluo dos grupos de disciplinas

    caracterizado como ncleos - e suas interdependncias. Tal matriz exibida na

    Figura 3. As dependncias entre disciplinas foram criadas nesta matriz com o

    intuito de conduzir melhor o aluno em ordem de aprendizagem. Desta forma, a

    implantao das dependncias, entre disciplinas chaves do curso, tem como

    objetivo garantir ao aluno mecanismo de proteo para que no se matricule em

    disciplinas, as quais o aluno ainda no possui as habilidades e competncias

    necessrias para acompanhar a evoluo da ementa.

    Os ncleos de disciplinas capacitaro o egresso nas reas de engenharia

    de software, programao, cincia da computao, matemtica e humanidades.

    Desta maneira, o profissional ter uma viso ampla de Tecnologia de Informao.

    A distribuio de disciplinas em seus respectivos ncleos exibida na Figura 2.

    239

  • 34

    Figura 2 - Ncleos de Disciplinas

    Os ncleos de disciplinas identificados que consolidam o curso de

    Bacharelado em Engenharia de Software, explcitos na Figura 2, so:

    programao, engenharia de software, cincia da computao, matemtica e

    humanidades.

    A matriz curricular apresentada na Figura 3 complempla toda estrutura

    das disciplinas do curso. O grupo referido em tal figura como 8.2, optativas

    especficas, equivale a um conjunto de trs disciplinas a serem escolhidas e

    cursadas pelo discente.

    240

  • 35

    Figura 3 - Matriz Curricular do Curso de Engenharia de Software

    241

  • 36

    3.10 Ementrio das disciplinas

    As ementas so agrupadas em semestres para uma melhor visualizao

    da organizao da matriz curricular. As referncias bibliogrficas sero

    especificadas no plano de curso de cada disciplina. Desta maneira o professor

    poder atualizar as bibliografias de sua disciplina sem a necessidade de

    modificar o projeto do curso.

    3.10.1 - 1 Perodo

    Algoritmos

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: sem pr-requisito.

    Conectivos Lgicos. Valor Verdade. Tabela Verdade. Operadores Aritmticos,

    Relacionais e Lgicos. Expresses. Estruturas de Deciso e Controle. Conceitos de

    Programao Estruturada e Modular. Variveis Compostas Homogneas e

    Heterogneas. Procedimentos e Funes. Ponteiros. Recursividade.

    Introduo a Engenharia de Software

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: sem pr-requisito.

    Definies de sistema, software e Engenharia de Software. Contexto social e de

    negcio da Engenharia de Software. Conceituao de produto e processo de

    software. reas do conhecimento da Engenharia de Software (requisitos, projeto

    de software e demais). Mtodos de desenvolvimento de software. Aplicaes da

    engenharia de software. Ferramentas.

    Lgica para Computao

    Carga Horria: AT (34) AP (34) Total (68)

    Pr-requisito: sem pr-requisito.

    Lgica Proposicional. Linguagem e Semntica. Sistemas Dedutivos. Aspectos

    Computacionais. O Princpio da Resoluo. Lgica de Predicados. Substituio e

    Resoluo. Introduo programao em lgica matemtica. Introduo

    Especificao e Verificao de Programas.

    242

  • 37

    Matemtica Discreta

    Carga Horria: AT (68) AP (00) Total (68)

    Pr-requisito: sem pr-requisito.

    Teoria dos conjuntos, lgica, funes e relaes. Nmeros inteiros e o princpio

    de induo. Combinatria, regras bsicas de contagem, princpio da incluso e

    excluso. Probabilidade discreta. Grafos: rvores, fluxos em redes,

    emparelhamentos, grafos eulerianos, hamiltonianos, planares e coloridos.

    Laboratrio de Informtica

    Carga Horria: AT (34) AP (51) Total (85)

    Pr-requisito: sem pr-requisito.

    Evoluo histrica do desenvolvimento dos computadores. Conceitos de

    Arquitetura de Computadores. Noes bsicas sobre operao de

    microcomputadores e sistemas operacionais. Noes bsicas de Internet.

    Introduo de um ambiente de desenvolvimento de programas, editor,

    compilador e depurador. Introduo implementao e construo de

    programas computacionais. Atividades em Laboratrio. Sistemas de numerao.

    3.10.2 - 2 Perodo

    Tcnicas de Programao

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: Algoritmos.

    Comandos e estruturas de uma linguagem de programao. Desenvolvimento de

    programas. Metodologia de desenvolvimento de programas. Abstrao de dados.

    Programao estruturada e modular. Diagramas. Testes de mesa.

    Processo de Produo de Software

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: sem pr-requisito.

    243

  • 38

    Definio de sistema, software. Processo. Processo de Software. reas do

    conhecimento da Engenharia de Software. Mtodos de desenvolvimento de

    software. Ferramentas. Processos Tradicionais e Processos geis.

    Arquitetura de Computadores

    Carga Horria: AT (85) AP (00) Total (85)

    Pr-requisito: sem pr-requisito.

    Sistemas numricos. Aritmtica binria: ponto fixo e ponto flutuante.

    Organizao de computadores: memrias, unidade central de processamento,

    unidades de entrada e sada, linguagens de montagem. Modos de

    endereamento, conjunto de instrues. Mecanismos de interrupo e de

    exceo. Barramento, comunicaes, interfaces e perifricos. Organizao de

    memria. Memria auxiliar. Arquiteturas RISC e CISC.

    Banco de Dados 1

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: sem pr-requisito.

    Viso geral do gerenciamento de banco de dados. Modelo Entidade-

    Relacionamento (MER). Modelo relacional. Normalizao. lgebra relacional.

    SQL. Regras de integridade. Projeto de banco de dados relacional.

    Probabilidade e Estatstica

    Carga Horria: AT (68) AP (0) Total (68)

    Pr-requisito: sem pr-requisito.

    Estatstica descritiva. Teoria elementar de probabilidade. Variveis aleatrias.

    Distribuio de probabilidade. Estimao. Intervalo de confiana. Testes de

    hipteses. Anlise de varincia. Anlise de correlao e regresso. Controle

    estatstico de processo (CEP).

    3.10.3 - 3 Perodo

    Estrutura de Dados

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    244

  • 39

    Pr-requisito: Tcnicas de Programao.

    Conceito de tipo abstrato de dados. Listas lineares e suas generalizaes: listas

    ordenadas, listas encadeadas, pilhas e filas. rvores e suas generalizaes:

    rvores binrias, rvores de busca e rvores balanceadas (AVL), rvores B e B++.

    Ordenao, busca e tabelas de disperso.

    Requisitos de Software

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: Processo de Produo de Software.

    A atividade de requisitos. Nveis de requisitos (requisitos dos usurios,

    requisitos de sistema, requisitos de software). Caractersticas de requisitos

    (testveis e verificveis). Princpios de modelagem como de composio e

    abstrao. Modelagem requisitos por meio de fluxo de dados. Gerncia de

    requisitos. Rastreabilidade.

    Sistemas Operacionais

    Carga Horria: AT (34) AP (34) Total (68)

    Pr-requisito: sem pr-requisito.

    Estrutura e conceitos bsicos de sistemas operacionais. Processo: conceitos,

    sincronizao, comunicao, escalonamento. Monoprocessamento e

    multiprocessamento. Memria virtual. Gerenciamento de memria. Alocao de

    recursos e deadlocks. Gerenciamento de sistemas de arquivos. Noes de

    proteo e segurana. Tolerncia a falhas em sistemas operacionais.

    Banco de Dados 2

    Carga Horria: AT (34) AP (34) Total (68)

    Pr-requisito: Banco de Dados 1.

    Organizao e armazenamento de dados: arquivos, ndices. Processamento e

    otimizao de consultas. Transaes: definio, propriedades, estados.

    Recuperao de falhas. Controle de concorrncia. Noes bsicas de bancos de

    dados distribudos.

    tica, Normas e Postura Profissional para Computao

    245

  • 40

    Carga Horria: AT (51) AP (00) Total (51)

    Pr-requisito: sem pr-requisito.

    Fundamentos da tica. Abrangncia da tica. tica e religio. tica e moral. Senso

    moral e conscincia moral. A liberdade. A tica e a vida social. tica na poltica.

    tica profissional: dimenso pessoal e social. tica na Computao. Patentes de

    software, direitos autorais e legislao digital.

    Empreendedorismo

    Carga Horria: AT (17) AP (17) Total (34)

    Pr-requisito: sem pr-requisito.

    Ementa: Caractersticas do perfil empreendedor. Oportunidade de negcios.

    Plano de negcios.

    3.10.4 - 4 Perodo

    Programao Orientada a Objetos (OO)

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: Estrutura de Dados.

    Aspectos tericos do paradigma de orientao a objetos. Elementos bsicos de

    uma linguagem de programao orientada a objetos. Programao orientada a

    objetos. Tratamento de excees. Desenvolvimento de interfaces grficas com o

    usurio. Projeto de solues usando programao orientada a objetos.

    Interao Humano Computador

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: sem pr-requisito.

    Introduo aos conceitos fundamentais da interao entre o usurio e o

    computador. Definio de usabilidade. Geraes de interfaces e de dispositivos

    de interao. A evoluo dos tipos de interfaces para interao usurio-

    computador. Aspectos humanos. Aspectos tecnolgicos. Mtodos e tcnicas de

    design. Ciclo de vida da engenharia de usabilidade. Heursticas para usabilidade.

    246

  • 41

    Ferramentas de apoio. Mtodos para avaliao da usabilidade. Padres para

    interfaces. Interao do usurio com sistemas multimdia e hipertexto.

    Desenvolvimento prtico em avaliao e construo de interfaces.

    Anlise e Projeto Orientado a Objetos

    Carga Horria: AT (34) AP (34) Total (68)

    Pr-requisito: sem pr-requisito.

    Histrico e evoluo das metodologias de orientao a objetos. Comparao

    entre os principais mtodos. Modelagem de sistemas com a notao Unified

    Modeling Language (UML). Aspectos da anlise e projeto orientados a objetos

    relativos ao processo de desenvolvimento. Ferramentas de apoio anlise e

    projeto orientados a objetos. Estudo de caso completo.

    Oficina de Integrao 1

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: O aluno deve estar matriculado no 4 perodo.

    Integrao dos conhecimentos das disciplinas de formao bsica e

    profissionalizante ocorridas at o perodo corrente. Aplicao dos

    conhecimentos no desenvolvimento de um sistema computacional que

    contemple essa integrao. Aplicao de conceitos de metodologia da pesquisa e

    comunicao oral e escrita para a elaborao e apresentao de relatrio final

    dos resultados do projeto desenvolvido.

    Redes de Computadores

    Carga Horria: AT (34) AP (34) Total (68)

    Pr-requisito: Sistemas Operacionais.

    Evoluo das redes de computadores. Organizao das redes de computadores. O

    modelo OSI e a arquitetura TCP/IP. Padres ISO e IETF. Redes locais. Projeto de

    redes. Redes de longa distncia. Equipamentos de conectividade. TCP/IP.

    Algoritmos e protocolos de roteamento. Protocolos de transporte TCP e UDP.

    Protocolos de aplicao. Qualidade de servio em redes de computadores.

    247

  • 42

    Multicast. ATM. Administrao de redes de computadores. Gerncia de redes de

    computadores.

    3.10.5 - 5 Perodo

    Programao Desktop

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: Programao Orientada a Objetos

    Conceitos de Programao visual. Desenvolvimento de interface. Componentes

    de interface. Ambiente de programao visual. Operaes com banco de dados.

    Acesso s bibliotecas de componentes. Controle de propriedades e eventos.

    Acesso a fluxo de entrada e sada de dados.

    Qualidade de Software

    Carga Horria: AT (51) AP (0) Total (51)

    Pr-requisito: Processo de Produo de Software.

    Definies e terminologia de qualidade de software. Custos e impactos de baixa

    qualidade. Modelos de qualidade tradicionais (McCall, Boehm). Terminologia

    para caractersticas de qualidade de software (ISO 9126-1). Papel de pessoas,

    processos, mtodos, ferramentas e tecnologias em qualidade. Padres de

    qualidade (ISO 9001, ISO 9003-04, IEEE Std 1028-2008, IEEE Std 1465-2004,

    IEEE Std 12207-2008, ITIL). Aspectos relacionados qualidade de modelos de

    processos de software. Viso geral do CMMI. MPS.BR. Planejamento e garantia de

    qualidade. Avaliao de atributos de qualidade. Desenvolver planos de qualidade

    de software em conformidade com o padro IEEE Std 730-2002.

    Gerncia de Configurao

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: sem pr-requisito.

    Conceitos e terminologia. A atividade de gerncia de configurao. Identificao

    de itens de configurao. Atributos a serem registrados para cada item de

    configurao. Armazenamento. Controle de mudanas. Relatrios de status.

    Controle de verses e linhas base ou de referncia (baselines). Princpios de

    248

  • 43

    gerncia de configurao e relao com atividades de desenvolvimento de

    software. Gerncia de configurao segundo desenvolvimento gil. Gerncia de

    configurao para desenvolvimento de software distribudo geograficamente,

    mltiplos interessados e desenvolvimento paralelo. Ferramentas.

    Gerenciamento de Projeto de Software

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: Processo de Produo de Software.

    Conceitos de Projeto e de Gesto de Projetos. Caractersticas dos Projetos. Fases

    do Projeto. Estrutura e Organizao dos Processos de Gerenciamento de

    Projetos. Mtricas e estimativas para projetos de software. Gerncia de custo.

    Gerncia de tempo. Gerncia de risco. Estudo sobre as diferentes abordagens

    sobre processos de Gerenciamento de Projeto.

    Segurana e Auditoria em Sistemas

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: Redes de Computadores.

    Auditoria de sistemas. Segurana de sistemas. Metodologia de auditoria. Anlise

    de riscos. Plano de contingncia. Tcnicas de avaliao. Aspectos especiais: vrus,

    fraudes, criptografia, acesso no autorizado.

    3.10.6 - 6 Perodo

    Programao WEB 1

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: Programao Desktop.

    Conceitos de desenvolvimento de aplicaes para cliente Web. Linguagens de

    marcao: XML, (X)HTML, HTML 5. Linguagem de estilo para Web: CSS. DOM,

    Javascript (padro Ecma), Ajax, JSON, JQuery, APIs da HTML5.

    Estimativas e Mtricas de Software

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: Gerenciamento de Projeto de Software.

    249

  • 44

    Introduo a mtricas de software, mtricas diretas e indiretas. Mtricas

    orientadas funo, orientadas ao tamanho e orientadas as pessoas. Mtricas

    para cdigo fonte: LoC, acoplamento e complexidade. Seleo de mtricas:

    abordagem GQM (Goal, Question, Metric). Estimativas de tamanho do software.

    Estimativa dos riscos e incertezas do projeto. Estimativa de esforo. Estimativas

    de tempo. Estimativa de custo do projeto. Modelos de Estimativas: anlise de

    pontos de funo e pontos de casos de uso, COCOMO e COCOMO II.

    Teste de Software

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: Programao Orientada a Objetos.

    Verificao e Validao. Planejamento da Atividade de Teste. Documentao de

    estratgias de testes e outros artefatos. Reviso de software. Testes de unidade.

    Tcnicas de teste funcional (caixa preta). Tcnicas de teste estrutural (caixa

    branca). Testes de integrao. Desenvolvimento de casos de teste baseados em

    casos de uso e estrias de usurios. Testes de sistema. Testes de aceitao.

    Testes de atributos de qualidade. Testes de regresso. Testes automatizados e

    ferramentas de apoio. Teste em ferramentas de integrao contnua.

    Oficina de Integrao 2

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: O aluno deve estar matriculado no 6 perodo.

    Integrao dos conhecimentos das disciplinas de formao bsica e

    profissionalizante ocorridas at o perodo corrente. Aplicao dos

    conhecimentos no desenvolvimento de um sistema computacional que

    contemple essa integrao. Aplicao de conceitos de metodologia da pesquisa e

    comunicao oral e escrita para a elaborao e apresentao de relatrio final

    dos resultados do projeto desenvolvido.

    Linguagens Formais, Autmatos e Computabilidade

    Carga Horria: AT (34) AP (17) Total (51)

    Pr-requisito: Matemtica Discreta.

    250

  • 45

    Autmatos de Estado Finito. Linguagens Regulares. Mquinas de Turing e

    modelos equivalentes. Complexidade Computacional. Linguagens Formais e

    Gramticas.

    3.10.7 - 7 Perodo

    Programao para Dispositivos Mveis

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: Programao Orientada a Objetos.

    Conceito de mobilidade e tipos de dispositivos mveis. Tecnologias e

    ferramentas para desenvolvimento de aplicaes mveis. Persistncia e

    comunicao de dados. Desenvolvimento de aplicaes para dispositivos mveis.

    Programao WEB 2

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: Programao WEB 1.

    Conceitos de desenvolvimento de aplicaes para servidor Web.

    Desenvolvimento de aplicaes Web em camadas. Integrao de aplicaes Web

    com banco de dados. Linguagens de programao para Web. Frameworks para o

    desenvolvimento de aplicaes Web.

    Manuteno de Software

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: sem pr-requisito.

    Conceitos e terminologia. Categorias (tipos) de manuteno. Questes tcnicas e

    gerenciais de manuteno. Estimativa de custo de manuteno.

    Mtricas/medidas para manuteno. Processos e atividades de manuteno.

    Compreenso de programas. Reengenharia. Engenharia reversa. Refatorao.

    Transformao de programas.

    Arquitetura de Software

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: Anlise e Projeto Orientado a Objetos.

    251

  • 46

    Conceitos de arquitetura de software. Padres de projeto e frameworks de

    desenvolvimento. Padres de criao, estrutural e comportamental. Padres

    GRASP e padres MVC. Estilos arquiteturais.

    Trabalho de Concluso de Curso 1

    Carga Horria: AT (34) AP (00) APS (38) Total (72)

    Pr-requisito: sem pr-requisito.

    Fundamentos da metodologia cientfica. Normas para elaborao de trabalhos

    acadmicos. Mtodos e tcnicas de pesquisa. A comunicao entre orientadores e

    orientandos. O pr-projeto de pesquisa. O projeto de pesquisa. O experimento. A

    comunicao cientfica. A organizao do texto cientfico. Normas ABNT e da

    UTFPR. Elaborao de proposta de trabalho cientfico e/ou tecnolgico,

    envolvendo temas abrangidos pelo curso. Qualificao do Trabalho.

    3.10.8 - 8 Perodo

    Programao Distribuda

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: Redes de Computadores.

    Implementao de aplicativos para redes de computadores. Programao em

    socket, RMI, RPC. Middlewares para aplicaes distribudas. Conceitos de

    Transaes distribudas.

    Disciplinas Optativas Especficas

    Esse bloco deve ser preenchido por uma das disciplinas disponveis na Seo

    3.10.10.

    Trabalho de Concluso de Curso 2

    Carga Horria: AT (34) AP (00) APS (38) Total (72)

    Pr-requisito: Trabalho de Concluso de Curso 1.

    Redao de proposta de trabalho cientfico e/ou tecnolgico, envolvendo temas

    abrangidos pelo curso. Defesa do Trabalho. importante salientar que toda a

    regulamentao do Trabalho de Concluso de Curso 2 definida uma forma

    globalizada dentro do sistema de ensino da UTFPR.

    252

  • 47

    Optativa Cincias Humanas, Sociais e Cidadania

    Esse bloco deve ser preenchido por uma das disciplinas disponveis na Seo

    3.10.9.

    3.10.9 Disciplinas Optativas - rea de Cincias Humanas, Sociais e Cidadania

    Ingls Instrumental

    Carga Horria: AT (34) AP (00) Total (34)

    Pr-requisito: sem pr-requisito.

    Ementa: Desenvolvimento das estratgias de leitura em Lngua Inglesa,

    aplicando os princpios tericos do ESP (English for Specific Purposes).

    Libras 1

    Carga Horria: AT (24) AP (10) APS(02) Total (36)

    Pr-requisito: sem pr-requisito.

    Lnguas de sinais e minoria lingustica. As diferentes lnguas de sinais. Status da

    lngua de sinais no Brasil. Cultura surda. Organizao lingustica da Libras para

    usos informais e cotidianos: vocabulrio; morfologia; sintaxe e semntica. A

    expresso corporal como elemento lingustico.

    Libras 2

    Carga Horria: AT (24) AP (10) APS(02) Total (36)

    Pr-requisito: Libras 1.

    A educao de surdos no Brasil. Cultura surda e a produo literria. Emprego da

    Libras em situaes discursivas formais: vocabulrio; morfologia; sintaxe e

    semntica. Prtica do uso da Libras em situaes discursivas mais formais.

    Comunicao Oral e Escrita

    Carga Horria: AT (34) AP (00) APS(02) Total (36)

    Pr-requisito: sem pr-requisito.

    Fundamentos da comunicao para conversao e apresentao em pblico.

    Tcnicas e estratgias de comunicao oral. Planejamento e elaborao de

    reunies e seminrios. A comunicao em trabalhos de grupo. Solues e

    253

  • 48

    problemas de comunicao empresarial. Memorando. Currculo (CV). Memento.

    Relatrio. Emprego da norma culta em trabalhos tcnicos.

    Qualidade de vida 1

    Carga Horria: AT(34) AP(00) APS(00) TA(34)

    Pr requisito: sem pr-requisito.

    Ementa: Atividade fsica com nfase em ginstica laboral: condicionamento,

    alongamento, relaxamento e atividades recreativas. benefcios advindos da

    prtica sistemtica de atividades fsicas. tcnicas psico-motrizes e jogos pr-

    desportivos. mtodos empregados em atividades fsicas em empresas. leses por

    esforo repetitivo (LER) e distrbios osteomusculares relacionados ao trabalho

    (DORT).

    Qualidade de vida 2

    Carga Horria: AT(34) AP(00) APS(00) TA(34)

    Pr requisito: Qualidade de Vida 1.

    Ementa: Aptido Fsica, Capacidades Fsicas relacionadas Sade. Preveno de

    doenas ocupacionais. Desenvolvimento de atividades fsicas supervisionadas.

    Legislao.

    Histria e Cultura Afro-Brasileira

    Carga Horria: AT (34) AP (00) APS (02) Total (36)

    Pr-requisito: sem pr-requisito.

    Ementa: A histria afro-brasileira e a compreenso dos processos de diversidade

    tnico-racial e tnico-social na formao poltico, econmica e cultural do Brasil.

    O processo de naturalizao da pobreza e a formao da sociedade brasileira.

    Igualdade jurdica e desigualdade social.

    254

  • 49

    Meio Ambiente e Sociedade

    Carga Horria: AT (34) AP (00) APS(02) Total (36)

    Pr-requisito: sem pr-requisito.

    Ementa: Desenvolvimento sustentvel em suas diversas abordagens. A crise

    ecolgica e social e as criticas ao modelo de desenvolvimento. A tecnologia e seus

    impactos scio-ambientais.

    3.10.10 Disciplinas Optativas Especficas para Engenharia de Software

    Integrao de Software

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: sem pr-requisito.

    Ementa: Definio de integrao de aplicaes. Desafios de integrao.

    Abordagens de integrao (transferncia de arquivos, bases de dados

    compartilhadas, chamada de procedimento remoto e troca de mensagens).

    Padres para integrao de aplicaes. Tecnologias para integrao de software

    (tais como Service-Oriented Architecture (SOA), Servios Web: WS-* e

    Representational State Transfer (REST)).

    Customizao de Sistemas Integrados

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: sem pr-requisito.

    Anlise de modelagem de negcio para a aquisio de sistemas integrados.

    Anlise da viabilidade de sistemas integrados. Instalao de Sistemas Integrados.

    Customizao de Sistemas Integrados.

    Mtodos Formais

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: Linguagens Formais, Autmatos e Computabilidade.

    Ementa: Mtodos formais para especificao de software: viso histrica,

    paradigmas existentes, comparao entre mtodos. Software de tempo real:

    classificaes e aplicaes. Sistemas Reativos. Tcnicas formais para

    255

  • 50

    especificao: mquinas de estados finitos, Redes de Petri, Statecharts e

    Linguagem Z. Verificao e simulao de Modelos. Desenvolvimento de um

    sistema exemplo completo.

    Metodologias geis de Desenvolvimento de Software

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: Programao Orientada a Objetos e Teste de Software.

    Ementa: Introduo s metodologias geis. Principais prticas das metodologias

    geis. Principais metodologias geis: Extreme Programming (XP), Scrum, Agile e

    Crystal. Comparao entre metodologias geis.

    Reuso de Software

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: Programao Orientada a Objetos e Arquitetura de Software.

    Ementa: Introduo ao reuso de software e suas principais tcnicas. Tcnicas

    tradicionais: bibliotecas, funes e objetos. Frameworks caixa branca e caixa

    preta. Engenharia de software baseada em componentes. Linhas de produto de

    software. Desenvolvimento dirigido por modelos (MDD/MDA).

    Desenvolvimento Distribudo de Software

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: Gerenciamento de projeto de Software e Programao Orientada a

    Objetos

    Ementa: Processos de desenvolvimento distribudo, Dinmica de

    Desenvolvimento Distribudo de Software, Engenharia Simultnea e

    comunicao entre grupos, groupware.

    Residncia em Software

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: Anlise e Projeto Orientado a Objetos, Processo de Produo de

    Software e Requisitos de Software.

    256

  • 51

    Ementa: Residncia em Software: conceitos, terminologia e histrico.

    Caracterizao de ambientes de residncia em software. Simulao de ambientes

    de residncia; atividades prticas em equipes. Gesto de conhecimento. Estudo e

    instrumentao de bases de conhecimento.

    Tpicos em Engenharia de Software

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: O aluno deve estar matriculado no 8 perodo.

    Ementa: Esta disciplina abordar temas especficos e contemporneos de

    engenharia de software.

    Inteligncia Artificial

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito: Estrutura de Dados.

    Ementa: Introduo inteligncia artificial. Representao do conhecimento.

    Sistemas especialistas. Conjuntos fuzzy. Lgica Fuzzy. Algoritmos genticos.

    Redes neurais. Redes Bayesianas. Aprendizagem por reforo.

    Compiladores

    Carga Horria: AT (51) AP (34) Total (85)

    Pr-requisito